sheila mello - revista zzz

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8 ZunZunZum celebridade ZZZ ZZZ – A Record já havia lhe convidado para participar de “A Fazenda” em outras duas ocasiões, e você recusou alegando que não queria expor sua intimidade. O que, de fato, a fez mudar de ideia? Sheila Mello – Quando eu pensava nesse formato de programa, eu tinha medo de tornar pública a minha fragilidade, por isso não aceitei o convite. No entanto, durante a exibição da primeira temporada, me encantei por tudo: as festas e o convívio com os animais. Assistindo em casa, eu me via lá dentro o tempo inteiro: não achei apelativo. Esse pensamento foi o principal responsável pela minha mudança. A proposta financeira também foi relevan- te, uma vez que sempre paguei minhas contas. Além disso, é claro que eu via o programa como um trampolim para outros projetos profissionais. E foi o que, de fato, aconteceu. ZZZ – Falando nisso, a imprensa chegou a divulgar que, ao aceitar, você teria imposto como condição a sua contratação pela emissora após o término do reality. Essa informação procede? Sheila Mello – Não, o que existiu foi uma conversa. Já dentro da casa, a contratação aconteceu, mas não de uma maneira agressiva. A minha partici- pação foi um facilitador. ZZZ – Antes do confinamento, você declarou, em seu blog, que “esperava melhorar sua relação com galinhas e não queria encontrar sapos”. Como foi a convivência com os animais? Sheila Mello – Eu sou uma menina nascida e criada nos arranha-céus de São Paulo. Até então, eu tinha a impressão de que as galinhas eram extra- terrestres: um bicho estranho, todo torto; realmente sentia muito medo. Na Fazenda, pude perceber as singularidades de cada animal. Isso é tão bonito. Foi engraçado porque me presentearam com um livro de Clarice Lispector, do qual faz parte o conto “Uma Galinha”, e depois, lá no galinheiro, eu con- seguia divagar nos pensamentos da autora: elas viraram minhas melhores amigas. Mas confesso que, no caso de outros bichos, não fiz muita questão de enfrentar o medo: quando cuidei dos avestruzes, o Igor [Cotrim] me acompanhou o tempo inteiro. De qualquer forma, a relação com os animais é o ponto mais delicioso desse formato. Recém-saída de “A Fazenda”, ela agora quer unir suas duas paixões: dança e dramaturgia la chegou ao estrelato quando substituiu Carla Perez no grupo “É o Tchan”. Eleita por votação popular, essa leonina nascida em 23 de julho de 1978, permaneceu no grupo por cinco anos e meio. Algum tempo depois que saiu da banda, ela descobriu uma nova paixão – os palcos – e buscou na profissionalização um meio de não deixar seu trabalho tão vulnerável às críticas, que ela garante saber diferenciar. Cinco anos e dez peças depois de sua estreia no teatro, a atriz faz questão de complementar que também é dançarina. Mais do que isso, deixa claro que tem orgulho de sua história e também de não ter perdido seus valores. No seu mundo cor-de-rosa, Sheila sonha em, daqui a algum tempo, fazer algo que alie as duas atividades que mais ama: dançar e atuar. Agora contratada da Rede Record, ela foi uma das participantes do reality show “A Fazenda 2”. Depois de recusar o convite para participar do programa na primeira temporada, Sheila – que dizia ter receio de expor sua fragilidade – resolveu enfrentar seu medo. E, pelas revelações que ela fez nessa entrevista exclusiva à ZZZ, parece que essa foi uma decisão acertada. A dançarina conta que essa experiência dilatou todos os seus sentimentos e, com isso, ela conseguiu distinguir o que realmente importa na vida daquilo que é secundário. Porém, engana-se quem pensa que este foi o único aprendizado de Sheila na casa. Durante a conversa, ela revela como conseguiu superar seu medo de galinhas – que até então lhe pareciam seres extraterrestres – e como as aves se tornaram suas melhores amigas. Sempre simpática, Sheila aceitou compartilhar conosco um pouco do seu mosaico de lembranças e conversou com a reportagem da ZZZ por telefone, no final de janeiro. A íntegra do bate-papo você confere a seguir. O mundo cor-de-rosa de Sheila Mell POR PIERO VERGÍLIO

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Entrevista com a atriz e dançarina Sheila Mello, publicada na quarta edição da Revista ZZZ, que circula nas cidades de Salto, Itu e Indaiatuba (SP)

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Page 1: Sheila Mello - Revista ZZZ

8 ZunZunZum

celebridade ZZZ

ZZZ – A Record já havia lhe convidado para participar de “A Fazenda” em outras duas ocasiões, e você recusou alegando que não queria expor sua intimidade. O que, de fato, a fez mudar de ideia? Sheila Mello – Quando eu pensava nesse formato de programa, eu tinha medo de tornar pública a minha fragilidade, por isso não aceitei o convite. No entanto, durante a exibição da primeira temporada, me encantei por tudo: as festas e o convívio com os animais. Assistindo em casa, eu me via lá dentro o tempo inteiro: não achei apelativo. Esse pensamento foi o principal responsável pela minha mudança. A proposta financeira também foi relevan-te, uma vez que sempre paguei minhas contas. Além disso, é claro que eu via o programa como um trampolim para outros projetos profissionais. E foi o que, de fato, aconteceu.

ZZZ – Falando nisso, a imprensa chegou a divulgar que, ao aceitar, você teria imposto como condição a sua contratação pela emissora após o término do reality. Essa informação procede?Sheila Mello – Não, o que existiu foi uma conversa. Já dentro da casa, a contratação aconteceu, mas não de uma maneira agressiva. A minha partici-pação foi um facilitador.

ZZZ – Antes do confinamento, você declarou, em seu blog, que “esperava melhorar sua relação com galinhas e não queria encontrar sapos”. Como foi a convivência com os animais? Sheila Mello – Eu sou uma menina nascida e criada nos arranha-céus de São Paulo. Até então, eu tinha a impressão de que as galinhas eram extra-terrestres: um bicho estranho, todo torto; realmente sentia muito medo. Na Fazenda, pude perceber as singularidades de cada animal. Isso é tão bonito. Foi engraçado porque me presentearam com um livro de Clarice Lispector, do qual faz parte o conto “Uma Galinha”, e depois, lá no galinheiro, eu con-seguia divagar nos pensamentos da autora: elas viraram minhas melhores amigas. Mas confesso que, no caso de outros bichos, não fiz muita questão de enfrentar o medo: quando cuidei dos avestruzes, o Igor [Cotrim] me acompanhou o tempo inteiro. De qualquer forma, a relação com os animais é o ponto mais delicioso desse formato.

Recém-saída de “A Fazenda”, ela agora quer unir suas

duas paixões: dança e dramaturgia

la chegou ao estrelato quando substituiu Carla Perez no grupo “É o Tchan”. Eleita por votação popular,

essa leonina nascida em 23 de julho de 1978, permaneceu no

grupo por cinco anos e meio. Algum tempo depois que saiu da banda, ela

descobriu uma nova paixão – os palcos – e buscou na profissionalização um meio de não deixar seu trabalho tão vulnerável às críticas, que ela garante saber diferenciar. Cinco anos e dez peças depois de sua estreia no teatro, a atriz faz questão de complementar que também é dançarina. Mais do que isso, deixa claro que tem orgulho de sua história e também de não ter perdido seus valores. No seu mundo cor-de-rosa, Sheila sonha em, daqui a algum tempo, fazer algo que alie as duas atividades que mais ama: dançar e atuar. Agora contratada da Rede Record, ela foi uma das participantes do reality show “A Fazenda 2”. Depois de recusar o convite para participar do programa na primeira temporada, Sheila – que dizia ter receio de expor sua fragilidade – resolveu enfrentar seu medo. E, pelas revelações que ela fez nessa entrevista exclusiva à ZZZ, parece que essa foi uma decisão acertada. A dançarina conta que essa experiência dilatou todos os seus sentimentos e, com isso, ela conseguiu distinguir o que realmente importa na vida daquilo que é secundário.Porém, engana-se quem pensa que este foi o único aprendizado de Sheila na casa. Durante a conversa, ela revela como conseguiu superar seu medo de galinhas – que até então lhe pareciam seres extraterrestres – e como as aves se tornaram suas melhores amigas. Sempre simpática, Sheila aceitou compartilhar conosco um pouco do seu mosaico de lembranças e conversou com a reportagem da ZZZ por telefone, no final de janeiro. A íntegra do bate-papo você confere a seguir.

O mundo cor-de-rosa de

SheilaMello

POR PIERO VERGÍLIO

Page 2: Sheila Mello - Revista ZZZ

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ZZZ – O que foi mais difícil: superar o medo dos bichos ou conviver com um grupo de pessoas com as quais não se tem intimidade? Sheila Mello – É muito mais complicado lidar com o ser

humano, pois isso requer uma “coragem emocional” muito grande. Aqui fora, você pode fugir; excluir determinadas pessoas do seu convívio. Naquele ambiente, não há escolha: você tem que enfrentar tudo. Essa coragem que o programa me deu eu quero levar para a

vida inteira.

ZZZ – Ex-participantes de realities normalmente dizem que não interpretaram personagens e foram “eles mesmos” durante o confinamento. Você concorda?

Sheila Mello – Coloquei algumas metas para a minha participação na Fazenda. Uma delas era controle mental. Eu fui eu o tempo inteiro, mas escolhia as minhas reações: trabalhei muito a minha

paciência, porque eu não queria brigar, nem alfinetar ninguém lá dentro; não acho isso legal. En-tão eu ponderei muito, mas não há como você ser outra pessoa ali, porque a gente se expressa

de várias maneiras, inclusive com o corpo. Tem várias maneiras de você se expor e você não consegue pensar em todas: chega uma hora que a coisa começa a ser natural.

ZZZ – Como parte desse processo, a pressão do jogo não faz com que, em determinado momento, você se esqueça das câmeras e da vigilância, por mais que tente se policiar?

Sheila Mello – Acredito que não, porque se os participantes se esquecessem das câmeras estariam todos pelados. Toda vez que eu ia tomar banho ou trocar de roupa, por exemplo, eu sempre me cobria com uma toalha. É

claro que de vez em quando você pensa: “eu não deveria ter falado / feito aquilo”, mas o fato de não ter ficado nua é a maior prova de que eu não me esqueci das câmeras.

ZZZ – Depois que você saiu qual a primeira coisa que você fez? Por reflexo, continuou se policiando?Sheila Mello – Arrancar o microfone. Eu dormia mais a vontade e ficava assustada, pensando que tinha câmeras. Acordei de sobres-salto umas quatro noites depois do programa.

ZZZ – Normalmente, quem vive essa situação passa a enxergar a vida de outra forma. A Sheila Mello que deixou a Fazenda é a mesma que entrou no programa quase dois meses antes? O que mudou?Sheila Mello – Essa experiência dilata todos os seus senti-mentos e, com isso, você consegue distinguir o que realmente importa na vida daquilo que é secundário. Lá dentro, pude perceber a energia que a gente gasta com coisas desneces-sárias; eu brinco que, na Fazenda, eu estava longe do meu mundo de código de barras: sem contas para pagar, nem celular. Consequentemente, a pessoa dedica-se integral-mente àquele momento. Em nenhum instante, eu me pe-guei pensando no futuro; apenas vivi o presente, conduta que eu acredito que seria a ideal. Essa é a grande lição que extraio desse projeto.

ZZZ – Como foi a sua passagem por Itu? Já conhecia a cidade?

Sheila Mello – Eu já co-nhecia, tanto com o “Tchan”,

como depois, na minha nova etapa, com as peças teatrais.

Então eu tenho um grande carinho por Itu. Especificamente em relação à Fazen-da, não posso dizer que tive uma impressão, porque a gente foi de olhos vendados, soltaram a gente lá e depois da eliminação, a gente não podia circular pela cidade. Essa admiração é resultado de experiências anteriores.

ZZZ – Artisticamente, você ganhou projeção nacional quando passou a fazer parte de um conhecido grupo da Bahia. Até hoje, algumas pessoas ainda se lembram de Sheila Mello como a “ex-loira do Tchan”. Isso incomoda?

Sheila Mello – Nem por um segundo. A minha passagem pelo “É o Tchan” é reflexo de uma história de batalhas – financeiras e pessoais – e

me realizou muito. Permaneci no grupo durante cinco anos e meio e, toda vez que eu me lembro do concurso, tenho a certeza de que este é

o grande orgulho da minha vida. Em momento algum, negaria a minha história. Quando alguém me diz: “você é atriz”, eu complemento: e dança-

rina, que é uma coisa que eu fui, sou e vou ser pela vida inteira. Essas peças construíram o mosaico de lembranças da Sheila.

Mello

“Lá dentro (da Fazenda), pude perceber a energia que a gente gasta com coisas desnecessárias”

“Em momento algum, negaria

a minha história”

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celebridade ZZZ

ZZZ – Não teme ficar estigmatizada também como “ex-partici-pante de reality show”? Como você reage às críticas?Sheila Mello – Eu acredito que essa pre-ocupação com as opiniões diversas a gente não pode ter; caso contrário não conseguiria respirar. Não quis deixar o meu trabalho tão vulnerável e busquei a formação. Ainda sim, existem pessoas que opinam sem conhecer a sua trajetória. Consigo discernir as críticas construtivas – que visam o meu crescimen-to – das que são preconceituosas. Nem faço questão de tomar conhecimento dessas que não levam a lugar algum; elas não têm impor-tância para a minha vida e vão direto para a minha “lixeirinha”. Depois é só esvaziá-la e a vida continua...

ZZZ – Simultaneamente ao trabalho como dançarina, você também está investindo cada vez mais na carreira de atriz, especialmente no teatro. Como foi esse processo? Houve uma transição?Sheila Mello – Assim que saí do grupo “É o Tchan”, aceitei o convite para fazer um espe-táculo teatral. Eu via as pessoas comentando sobre interpretação, da mesma maneira que eu falava de dança: os olhos brilhavam. Na minha primeira peça, apesar de ter gostado de estar no palco, eu não senti essa emoção: ape-nas segui marcas estabelecidas pelo diretor; o que para mim, enquanto dançarina, era muito fácil. Nesse momento, percebi que estava no caminho errado e me matriculei num curso de “Artes Cênicas” – com duração de três anos – e me apaixonei. Um novo mundo se abriu na minha frente: o mesmo prazer que tinha com a dança, eu comecei a enxergar na dramatur-gia, especificamente no teatro. A sensação de pisar no palco e esperar pelo terceiro sinal me faz bem. Na Fazenda, tive a certeza de que essa experiência era importante para a minha vida.

ZZZ – Quais os projetos para o futuro? Sheila Mello – Quando eu entrei na Fazen-da, eu estava participando de duas peças. Pedi para colocarem alguém de standby, pois eu não sabia como seria o desenrolar dos acontecimentos após a minha saída. Agora vou retomar esses projetos, além de continuar meus estudos [Sheila estava fazendo faculda-de de Educação Física]. Lá na frente, o meu objetivo é fazer algo que mescle dança e teatro, pois uniria algo que eu fiz a minha vida inteira a essa minha nova etapa. Esse é o mundo cor-de-rosa de Sheila Mello.

ZZZ – Em 2010, você desfilou como Rainha de Bateria da escola “Acadêmicos do Tucuruvi” no carnaval paulistano. Para você, o que isso representa?Sheila Mello – Eu sinto um grande prazer em desfilar, porque o Carnaval é uma celebra-ção à nossa cultura e isso me permite conhecer muito mais o Brasil. Já viajei muito, mas não tinha tempo de saber mais sobre a dança e a cultura das cidades pelas quais eu passava. Era sempre uma passagem rápida (aeropor-to – hotel – local do show – aeroporto). Fico muito orgulhosa de essa festa ser brasileira e gosto de fazer parte dessa grandiosidade e, além do mais, a essência do carnaval é a diversão. Eu amo sambar, amo brincar; e o carnaval consegue conciliar tudo isso.

ZZZ – Loira também tem samba no pé então...Sheila Mello – (aos risos) “Ô meu filho, muito”. Sinto-me honrada quando eu termino meu desfile – e isso acontece sempre – e as

• Sheila conheceu a dança aos quatro anos, quando começou a fazer aulas de balé.

• Antes da fama, Sheila trabalhou como atendente do McDonalds, frentista e telefonista.

• 2.351 meninas se inscreveram no concurso para encontrar a subs-tituta de Carla Perez, realizado no Domingão do Faustão, em 1998.

• Antes de ser eleita a loira do Tchan, com 62,9% dos votos, Sheila Melo e sua adversária na final, Daniela Freitas, passaram por nove eliminatórias.

• No seu segundo ensaio nu, Sheila posou ao lado da ex-companheira do “É o Tchan”, a morena Scheila Carvalho.

• Cinco anos se passaram desde a estreia de Sheila no teatro. Nesse período, ela participou de dez peças.

• Sheila foi a oitava eliminada de “A Fazenda 2”, com 48% dos votos.

pessoas da comunidade me dizem: “parabéns, você representou bem”. Não só pela fantasia, beleza ou forma física; elas vêm me cumpri-mentar justamente pelo samba. É o conjunto da obra.

ZZZ – E como você se prepara para o desfile?Sheila Mello – No meu caso, como eu sempre dancei, não tinha esse tempo para me preparar. No “Tchan” eu dançava todos os dias, então, para mim, Carnaval era só mais um dia. Em 2009, eu percebi que eu estava um pouco despreparada, então, nesse ano, “me matei” na esteira, correndo, para melhorar meu condicionamento e não por a linguinha para fora na hora de representar a minha escola.

ZZZ – Considerada um símbolo sexual, Sheila Mello já foi capa de revista masculina por quatro vezes. Acredita que a beleza tenha lhe aberto portas? Sheila Mello – Com certeza. Até pela propos-ta do “Tchan” era preciso ser bonita. Depois eu comecei a ganhar dinheiro também nesse segmento, com produtos de beleza, assinando algumas grifes; então abriu portas e me trouxe dinheiro. Com o cachê das revistas, consegui comprar meus apartamentos e algumas outras coisas. Para quem não tinha nada, foi ótimo. ZZZ – Faça uma breve retrospectiva da sua carreira, enumeran-do alguns momentos dos quais tem orgulho. Na outra ponta, você se arrepende de alguma coisa?Sheila Mello – Arrependimento “zero” e o que eu mais me orgulho é de ter construído a minha história sem nunca ter perdido os meus valores. E é legal, porque essa impressão se fortaleceu depois que eu tive essa experiência – onde as pessoas puderam me conhecer quase que, pelo avesso – tenho escutado muito esse tipo de comentário, que sou ligada à família.

Sucesso em “A Fazenda” e no Carnaval paulistano, Sheila Mello aguarda novo projeto para atuar e dançar

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torto; realmente sentia muito medo”

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