sesquicentenário rondon

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Edição 2015

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Heróis são símbolos poderosos, encarnações de ideais e aspirações, pontos de referência,

fulcros de identificação coletiva.

A América pode apresentar ao mundo duas realizações ciclópicas: ao norte, o canal

do Panamá; ao sul, o trabalho de Rondon – científico, prático, humanitário.

“”

José Murilo de Carvalho

Theodore Roosevelt

No final de 1864, o cenário político-militar conformava as causas imediatas para o desfecho do maior conflito armado da América do Sul: o apresamento do vapor Marquês de Olinda; a prisão do Presidente da Província do Mato Grosso, Coronel Frederico Carreiro de Campos; o cerco à colônia Militar de Dourados; o sacrifício de Antônio João e seus comandados; e o assalto ao Forte de Coimbra.

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Transcorria o ano de 1865. No dia 1º de Maio, o Brasil, a Argentina e o Uruguai assinavam, em Buenos Aires, o Tratado de Tríplice Aliança. Caxias, Osório, Mallet, Villagran e tantos outros bravos defendiam o solo pátrio.

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Em 5 de maio, nascia, em Mimoso, aquele que, pelo seu credo Positivista, viveria para proteger os índios, integrar o Brasil e viria a ser o Patrono da Arma de Comunicações: Cândido Mariano da Silva Rondon. Aos 8 anos, após a morte de sua mãe, Rondon foi morar em Cuiabá, com seu tio Manoel Rodrigues da Silva, e, aos 16 anos, ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro.

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Em 1888, foi promovido a alferes-aluno. Matriculou-se na recém-criada Escola Superior de Guerra, onde se graduou em Ciências Físicas e Naturais. Foram dois anos de intensos estudos que, em 1890, levaram-no ao posto de 2º Tenente de Artilharia e à função de professor de Astronomia, Mecânica Racional e Matemática Superior.

Em 1890, Rondon foi designado para a Comissão Construtora de Linhas Telegráficas de Cuiabá ao Araguaia, chefiada pelo Major Antônio Ernesto Gomes Carneiro e, em 1900, foi nomeado Chefe da Comissão Construtora de Linhas Telegráficas do Estado de Mato Grosso.

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Rondon participou, ao longo de 45 anos, de incursões pelo sertão e por rios brasileiros, desbravando e realizando levantamentos cartográficos, topográficos, zoológicos, botânicos e linguísticos da região percorrida nos trabalhos de construção das linhas telegráficas e, sobretudo, pacificando a população silvícola sob a égide de “Morrer se preciso for, matar nunca!”.

Em 1910, sob a direção do próprio Rondon, instituiu-se o Serviço de Proteção ao Índio e Localização dos Trabalhadores Nacionais (SPILTN), responsável pela integração nacional das sociedades indígenas, mediante a sua incorporação ao restante da população brasileira, e pela proteção e defesa de suas terras.

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Em outubro de 1913, Rondon recebeu um telegrama ordenando sua ida ao Rio de Janeiro para deliberar, com os ministros da Guerra, da Viação e do Exterior, sobre uma expedição conjunta à Amazônia com Theodore Roosevelt. A Expedição Científica Rondon-Roosevelt iniciou-se em 21 de janeiro de 1914, em Tapirapuã, e terminou em 26 de abril do mesmo ano.

Em 1914, a Sociedade de Geografia de Nova Iorque conferiu a Rondon o Prêmio Livingstone: uma medalha de ouro por sua obra em terras tropicais. Esse reconhecimento foi conferido, também, aos cientistas Amundsen (descobridor do Polo Sul), Pearry (descobridor do Polo Norte), Charcot (explorador que mais devassou terras árticas) e Byrd (explorador que mais devassou terras antárticas).

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Após ter se demitido do cargo em 1930, durante a revolução no Brasil, Rondon reassumiu a direção do Serviço de Proteção aos Índios no ano de 1939.

Em maio de 1952, Rondon, acompanhado do Vice-Presidente da República Café Filho, de indigenistas e antropólogos, foi recebido pelo Presidente Getúlio Vargas para apresentar as medidas constantes do anteprojeto de criação do Parque Indígena do Xingu.

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Sob a inspiração direta de Rondon, Darcy Ribeiro fundou o Museu Nacional do Índio. Cândido Rondon participou da inauguração.

Baseado na Lei nº 2.409, de 27 de janeiro de 1955, o Congresso Nacional, em sessão conjunta da Câmara e do Senado, outorgou a patente de Marechal do Exército Brasileiro a Cândido Mariano da Silva Rondon, em 5 de maio de 1955, data em que completava 90 anos.

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Rondon foi homenageado com a criação do Estado de Rondônia, nova denominação doTerritório do Guaporé, que havia sido desbravado por Rondon. Essa nova denominação foi consagrada a partir de 17 de fevereiro de 1956, pela Lei nº 2.731. Postos telegráficos instalados pelaComissão Rondon haviam crescido, tornando-se importantes núcleos populacionais nessa região.

Em 1957, o Explorer’s Club, de Nova Iorque, indicou o nome de Rondon ao Prêmio Nobel da Paz (prêmio concedido a um indivíduo ou uma organização que tenha trabalhado para a fraternidade das nações, contra a guerra e pela paz). Logo surgiram moções de apoio internacional, da Universidade de Columbia, do Instituto Indigenista do México, da Universidade de Coimbra e da Sociedade Suíça de Americanistas, dentre outros.

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1818

RealizaçãoCentro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CCOMGEx)

ProduçãoCentro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx)

Direção GeralGeneral de Brigada Otávio Santana do RÊGO BARROS

Direção de EdiçãoGeneral de Brigada CARLOS ROBERTO Pinto de Souza

Supervisão de ProduçãoCoronel Luiz Fernando Estorilho BAGANhA

Coronel Alexandre GUERRA

TextoGeneral de Brigada CARLOS ROBERTO Pinto de Souza

Revisão de TextoCapitão ADRIANA Ferreira Ribeiro de CASTRO

Capitão CACILDA Leal do Nascimento

Roterização2o Tenente LUIS ANTONIO Oliveira da Costa

Projeto GráficoCapitão KARLA Roberta holanda Gomes Moreira

1o Tenente PALLEMBERG Pinto de Aquino1o Tenente Osmar LEÃO Rodrigues

1o Sargento Djalma MARTINS2o Sargento Juliano BASTOS Cogo

2o Sargento Fabiano MAChESoldado Igor henrique Kukulka de MENDONÇA

Diagramação e FinalizaçãoCapitão KARLA Roberta holanda Gomes Moreira

IlustraçõesLuiz Fernando Vieira Moreira Rocha

Rondon faleceu, aos 92 anos, em 19 de janeiro de 1958. O marechal foi velado no Clube Militar por altas autoridades militares e civis, inclusive pelo Presidenteda República, Juscelino Kubitscheck. Pelo Decreto nº 51.960, de 26 de abril de 1963, o Marechal Rondon foi agraciado com o título de Patrono da Arma de Comunicações do Exército Brasileiro. Em 27 de abril de 1971, foi reconhecido como Patrono Nacional das Comunicações e o dia do seu nascimento, 5 de maio, tornou-se o Dia Nacional das Comunicações.

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