servico social 3

64
Universidade Anhanguera - Uniderp Centro de Educação a Distância Caderno de Atividades Serviço Social Coordenação do Curso Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre Autores Andrea Tochio de Antonio Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre Emanuela Patrícia de Oliveira Enilda Maria Lemos Silvia C. A. Marques Yaeko Ozaki

Upload: leia-mayer

Post on 05-Dec-2014

14.732 views

Category:

Documents


40 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Servico social 3

Universidade Anhanguera - UniderpCentro de Educação a Distância

Caderno de Atividades

Serviço Social

Coordenação do Curso

Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre

Autores

Andrea Tochio de Antonio

Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre

Emanuela Patrícia de Oliveira

Enilda Maria Lemos

Silvia C. A. Marques

Yaeko Ozaki

Page 2: Servico social 3

Universidade Anhanguera - UniderpCentro de Educação a Distância

ChancelerAna Maria Costa de Sousa

ReitorGuilherme Marback Neto

Vice-ReitoraHeloisa Helena Gianotti Pereira

Pró-ReitoresPró-Reitor Administrativo: Antonio Fonseca de CarvalhoPró-Reitor de Extensão, Cultura e Desporto: Ivo Arcângelo Vendrúsculo BusatoPró-Reitor de Graduação: Eduardo de Oliveira EliasPró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação: Elizabeth Tereza Brunini Sbardelini

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIADiretor-GeralJosé Manuel Moran

Diretor-AdjuntoLuciano Sathler

Coordenação de Qualidade do Material DidáticoLuciano Gamez: Coordenador e organizador da publicaçãoFernanda Bocchi BalthazarHelena OkadaWaurie Rolão

IlustraçõesEdnei Marx

ANHANGUERA PUBLICAÇÕESGerente EditorialAdauto Damásio

C129 Caderno de atividades: serviço social / Andrea Tochio de Antonio

…[et al.]; Organizador Luciano Gamez; Coordenação do cur-so Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues Nobre. - Valinhos : Anhan-guera Publicações, 2010. p. 248 - (EAD ; 2ª série).

ISBN: 978-85-7969-033-4

1. Serviço social - Metodologia. 2. Sociologia. 3. Serviço social - Filosofi a. I. Antonio, Andrea Tochio de. II. Nobre, Elisa Cléia Pi-nheiro Rodrigues. III. Série.

CDD – 20 ed. : 370.15

© 2010 Anhanguera Publicações - Proibida a reprodução fi nal ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modifi cada em língua portuguesa ou qualquer outro idioma. Impresso no Brasil 2010

Page 3: Servico social 3

Nossa Missão, Nossos Valores

Desde sua fundação, em 1994, os fundamentos da “Anhanguera Educacional” têm sido o principal motivo do seu crescimento.

Buscando permanentemente a inovação e o aprimoramento acadêmico em todas as ações e programas, é uma Instituição de Educação Superior comprometida com a qualidade do ensino, pesquisa de iniciação científi ca e extensão, que oferecemos.

Ela procura adequar suas iniciativas às necessidades do mercado de trabalho e às exigências do mundo em cons-tante transformação.

Esse compromisso com a qualidade é evidenciado pelos intensos e constantes investimentos no corpo docente e de funcionários, na infraestrutura, nas bibliotecas, nos laboratórios, nas metodologias e nos Programas Institu-cionais, tais como:

• Programa de Iniciação Científi ca (PIC), que concede bolsas de estudo aos alunos para o desenvolvimento de pesquisa supervisionada pelos nossos professores.

• Programa Institucional de Capacitação Docente (PICD), que concede bolsas de estudos para docentes cursa-rem especialização, mestrado e doutorado.

• Programa do Livro-Texto (PLT), que propicia aos alunos a aquisição de livros a preços acessíveis, dos melhores autores nacionais e internacionais, indicados pelos professores.

• Serviço de Assistência ao Estudante (SAE), que oferece orientação pessoal, psicopedagógica e fi nanceira aos alunos.

• Programas de Extensão Comunitária, que desenvolve ações de responsabilidade social, permitindo aos alunos o pleno exercício da cidadania, benefi ciando a comunidade no acesso aos bens educacionais e culturais.

A fi m de manter esse compromisso com a mais perfeita qualidade, a custos acessíveis, a Anhanguera privilegia o preparo dos alunos para que concretizem seus Projetos de Vida e obtenham sucesso no mercado de trabalho. Adota inovadores e modernos sistemas de gestão nas suas instituições. As unidades localizadas em diversos Es-tados do País preservam a missão e difundem os valores da Anhanguera.

Atuando também na Educação a Distância, orgulha-se em oferecer ensino superior de qualidade em todo o Terri-tório Nacional, por meio do trabalho desenvolvido pelo Centro de Educação a Distância da Universidade Anhan-guera - UNIDERP -, nos diversos polos de apoio presencial espalhados por todo o Brasil. Sua metodologia permite a integração dos professores, tutores e coordenadores habilitados na área pedagógica, com a mesma fi nalidade: aliar os melhores recursos tecnológicos e educacionais, devidamente revisados, atualizados e com conteúdo cada vez mais amplo para o desenvolvimento pessoal e profi ssional de nossos alunos.

A todos, bons estudos!

Prof. Antonio Carbonari NettoPresidente - Anhanguera Educacional

Page 4: Servico social 3
Page 5: Servico social 3

Sobre o Caderno de Atividades

Caro(a) Aluno(a),

Você está recebendo o Caderno de Atividades, preparado pelos professores do Curso de Graduação em que você está matriculado, com o objetivo de contribuir para a sua aprendizagem. Ele aprofunda os conteúdos disponíveis nas publicações que fazem parte do Programa do Livro-Texto (PLT), trazendo orientações de estudo, destaques, propostas de atividades individuais e em grupo e desafi os de aprendizagem a serem realizados.

As questões propostas foram elaboradas pelos docentes ou adaptadas de provas públicas já realizadas, inclusi-ve do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), que tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação a conhecimentos, habilidades e competências, necessários ao seu futuro desempenho profi ssional. Essa inclusão de perguntas, selecionadas a partir de avaliações ocorridas fora do âmbito universitário, colabora na sua preparação para o enfrentamento de situações mais contextualizadas.

Você também vai encontrar caminhos para vincular os textos e questões com as teleaulas do seu curso. Isso permite planejar com antecedência seu tempo e dedicação, estudar os temas previamente e se preparar para aproveitar ao máximo a interação com a equipe docente.

Desejamos que você tenha um ótimo semestre letivo.

José Manuel Moran e Luciano SathlerDiretoria do Centro de Educação a Distância

Universidade Anhanguera - UNIDERP

Page 6: Servico social 3

Autores

Andrea Tochio de AntonioGraduação: Ciências Sociais - Universidade Federal de São Carlos - UFscar, 2004.

Graduação: Psicologia - Universidade Paulista - UNIP Jundiaí, cursando 5º semestre.Mestrado: Antropologia Social - Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, 2008.

Elisa Cléia Pinheiro Rodrigues NobreGraduação: Serviço Social - Universidade Católica Dom Bosco, 1992.

Especialização: Gestão de Políticas Sociais - Universidade do Estado e da Região do Pantanal/UNIDERP, 2003.Mestrado: Educação - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/UFMS, 2007.

Emanuela Patrícia de OliveiraGraduação: Ciências Sociais: Bacharel em Sociologia e Antropologia e Licenciatura em Ciências Sociais -

Universidade Estadual de Campinas, 2004.Especialização: Didática e Metodologia do Ensino Superior - Universidade Anhanguera-UNIDERP, 2008.

Mestrado: Antropologia Social - Universidade Estadual de Campinas, 2007.

Enilda Maria LemosGraduação: Estudos Sociais - Faculdade de Ciência, Letras e Educação de Presidente Prudente (FCLEPP), 1975.

Graduação: Serviço Social. Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMT), 1979.Especialização: Metodologia de Ação do Serviço Social. Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMT), 1982.

Mestrado: Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional. Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal, UNIDERP, Campo Grande, Brasil, 2004.

Sílvia C. A. MarquesGraduação: Comunicação Social com habilitação em Cinema e vídeo - FAAP, 2000.

Mestrado: Comunicação e Semiótica - PUC de São Paulo, 2003.Doutorado: Comunicação e Semiótica - PUC de São Paulo, 2009.

Yaeko OzakiGraduação: Psicologia - Universidade São Francisco (USF), 1991.

Especialização: Administração de Recursos Humanos - Universidade São Judas Tadeu (USJT), 1993. Mestrado: Clínica Médica - Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, 2008.

Luciano Gamez – Organizador da publicaçãoGraduação: Psicologia - Universidade de Lisboa, 1992.

Mestrado: Engenharia Humana - Universidade do Minho, 1998.Doutorado: Engenharia de Produção - Área de concentração: Ergonomia

Universidade Federal de Santa Catarina, 2004.

Page 7: Servico social 3

Fundamentos Históricos e Teóricos-Metodológicos do Serviço Social I

Tema 1 - O Processo de Produção Capitalista ............................................................. 15

Tema 2 - O Serviço Social e o Trabalho do Assistente Social ........................................ 21

Tema 3 - As Origens do Serviço Social Brasileiro e Latino-Americano .......................... 26

Tema 4 - Manifestações sociais das décadas de 1920 e de 1930 ................................ 34

Tema 5 - As Primeiras Escolas Brasileiras de Serviço Social .......................................... 40

Tema 6 - A Prática e o Discurso dos Primeiros Assistentes Sociais ............................... 46

Tema 7 - Primeiras Instituições Públicas e Privadas que Implantaram o Serviço Social ........................................................................................... 52

Tema 8 - Primeiros Congressos Brasileiros de Serviço Social ........................................ 58

Formação Social, Econômica e Política do Brasil

Tema 1 - O Brasil Colônia ........................................................................................... 71

Tema 2 - A Economia Cafeeira ................................................................................... 77

Tema 3 - A Crise do Trabalho Escravo ......................................................................... 82

Tema 4 - A Imigração e o Esgotamento do Sistema Cafeeiro ...................................... 88

Tema 5 - O Brasil Republicano e a Industrialização ..................................................... 94

Tema 6 - As Diferenças Econômicas Regionais no Brasil ............................................ 100

Tema 7 - Revolução de 1930 e a Era Vargas ............................................................. 105

Tema 8 - O Processo de Substituição de Importações ............................................... 110

Filosofia Aplicada ao Serviço Social

Tema 1 - O Ser Humano .......................................................................................... 129

Tema 2 - O conhecimento ........................................................................................ 185

Tema 3 - História da Filosofia ................................................................................... 141

Tema 4 - Filosofia Moderna ...................................................................................... 146

Tema 5 - Filosofia Contemporânea ........................................................................... 151

Tema 6 - Ciência e Filosofia ...................................................................................... 157

Tema 7 - Ética e Filosofia .......................................................................................... 162

Tema 8 - Filosofia Política e Estética ......................................................................... 167

Sumário

Page 8: Servico social 3

Sociologia

Tema 1 - Fundamentos básicos da Sociologia Geral: da pesquisa sociológica ao planejamento governamental ............................................................... 180

Tema 2 - Cultura e sociedade: as estruturas, as interações e os grupos sociais .......... 187

Tema 3 - O papel das instituições na regulamentação e controle social ..................... 194

Tema 4 - O papel da sociedade civil na dinâmica social e na luta pelo desenvolvimento sustentável ..................................................................... 202

Responsabilidade Social e Meio Ambiente

Tema 1 - Ecossistemas e aquecimento global ........................................................... 215

Tema 2 - As metas do milênio e a sustentabilidade .................................................. 221

Tema 3 - Responsabilidade empresarial ................................................................... 228

Tema 4 - Marketing sustentável ............................................................................... 235

Page 9: Servico social 3

Tema 1 - Atividades Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Autoras:Andrea Tochio de Antonio Emanuela de Oliveira

Page 10: Servico social 3

122

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Orientações de estudo

Caro(a) aluno(a),

Este caderno de atividades foi elaborado com base no livro “Fundamentos da Filosofi a: História e Gran-des Temas” do autor Gilberto COTRIM, da Editora Saraiva, 2006.

Ele é composto por 8 temas:

Tema 1O Ser Humano

Aborda os conteúdos situados nos capítulos 1, 2, e 3. Neles você observará que o conceito de “ser humano” do ponto de vista fi losófi co e social abrange características que vão além do corpo biológico e, até por isso, o diferencia dos demais animais. Os homens são seres culturais que modifi cam a natureza e possuem aspectos como aprender, inventar, perceber, interpretar, transformar a si mesmo e o que está ao seu redor.

Ocorre no ser humano uma síntese, ou seja, uma integração de características hereditárias e adquiridas, aspec-tos individuais e sociais, elementos de natureza e de cultura. Assim, enquanto o comportamento dos animais é defi nido por refl exos e instintos hereditários, os homens possuem “linguagem simbólica” que os capacita a questionar, transformar e criar a si mesmos e o que está ao redor.

Os antropólogos, historiadores e sociólogos chamam de cultura o conjunto dos modos de vida criados e transmitidos de uma geração para outra, entre os membros de uma sociedade. Dessa maneira, abrange co-nhecimentos, crenças, artes, normas, costumes e outros elementos adquiridos socialmente pelos homens. A cultura é um conceito amplo que envolve o que pensamos, fazemos e temos, como membros de um grupo social. Sendo assim, todas as sociedades humanas, desde a pré-história aos dias de hoje, possuem uma cultura.

Podemos falar em diferentes culturas: a cultura ocidental ou oriental (própria de um conjunto de povos com determinadas características comuns), cultura chinesa ou brasileira (própria de uma nação ou civilização), cultura tupi ou africana (própria de um grupo étnico), cultura cristã ou muçulmana (própria de um grupo religioso) e assim por diante.

A cultura se caracteriza por ser adquirida pela aprendizagem e não herdada pelos instintos naturais; é trans-mitida de geração a geração, por intermédio da linguagem, nas diferentes sociedades; é uma criação exclusiva dos seres humanos, incluindo a produção material e não material; é múltipla e variável no tempo e no espaço, de sociedade para sociedade.

O trabalho é toda atividade em que o ser humano utiliza sua energia para satisfazer necessidades ou atingir determinado objetivo. A função do trabalho pode ser abordada por meio de duas perspectivas: a individual, na qual o trabalho é capaz de moldar a realidade sociocultural do homem e a si mesmo, e a social, na qual o trabalho tem como objetivo a manutenção, a satisfação da vida e o desenvolvimento da sociedade.

Ao longo da história, o trabalho teria sido desviado de sua função positiva em vez de servir ao bem comum, sendo utilizado para o enriquecimento de algumas classes sociais. É o que chamamos de alienação, que signi-fi ca “tornar algo alheio a alguém”.

Page 11: Servico social 3

123

O Taylorismo consiste numa forma de organização do trabalho em linhas de operação e montagem que foi aperfeiçoada pelo engenheiro e economista Frederick Taylor (1856-1915). Sua principal consequência é que a fragmentação do trabalho conduz à fragmentação do saber, pois o trabalhador perde a noção de conjunto do processo produtivo. Isso acaba com o envolvimento afetivo e intelectual que o trabalhador teria com seu trabalho, até que se torne uma relação fria, monótona e apática.

Ao executar a rotina de trabalho alienado, o trabalhador se submete a um sistema de exploração que, em grande parte, não lhe permite desfrutar fi nanceiramente dos benefícios de sua própria atividade. Assim, o tra-balhador alienado produz para satisfazer as necessidades do mercado e não as pessoais, o que acaba gerando desprazer, embrutecimento e sua própria exploração.

Uma das características que o ser humano possui é a consciência. Ela é uma atividade mental que nos permite estar no mundo com algum saber, “com consciência”. O processo de conscientização faz do homem um siste-ma aberto, que se encontra relacionado com o mundo e consigo mesmo. Há duas dimensões complementares no processo de conscientização: a consciência de si que exige a refl exão, atingindo a dimensão da interioridade por meio da fala, criação e inovação e a consciência do outro, dos objetos exteriores, que exige atenção por meio do escutar, absorver, rever e renovar.

A consciência crítica depende do crescimento dessas duas dimensões: a refl exão sobre si mesmo e a atenção sobre o mundo.

A palavra Ideologia foi criada pelo fi lósofo francês Destutt de Tracy (1754-1836), e compreende o estudo da origem e do desenvolvimento das ideias. Posteriormente, e por infl uência de Karl Marx, foi bastante utilizada na fi losofi a e nas ciências sociais, adquirindo um signifi cado crítico e negativo.

Dessa maneira, a ideologia não seria apenas um conjunto de ideias que elaboram uma compreensão da rea-lidade, mas também um conjunto delas que dissimulam essa realidade, porque mostram as coisas de forma parcial ou distorcida em relação ao que realmente são.

Tema 2O conhecimento

Aborda os conteúdos situados no capítulo 4. Nele você observará que uma das questões fi losófi cas importan-tes é o conhecimento. O ser humano sempre buscou compreender a si mesmo e o mundo a sua volta. A teoria do conhecimento, gnosiologia, crítica do conhecimento ou epistemologia busca responder a algumas ques-tões: O que é conhecimento? Qual é o fundamento do conhecimento? É possível o conhecimento verdadeiro?

No processo de conhecimento existe a relação de dois elementos básicos: um sujeito conhecedor (nossa cons-ciência/mente) e um objeto conhecido (a realidade/mundo).

Na corrente fi losófi ca chamada de realismo, as percepções que temos dos objetos são reais, ou seja, correspon-dem de fato às características presentes nesses objetos. Já no idealismo, o sujeito é que predomina em relação ao objeto, ou seja, é a percepção da realidade que é construída pelas nossas ideias, pela nossa consciência. Assim, os objetos seriam construídos de acordo com a percepção do sujeito.

A palavra empirismo tem sua origem no grego empeiria, que signifi ca “experiência sensorial”. Defende que todas as nossas ideias são provenientes de nossas percepções sensoriais (visão, audição, tato, paladar e olfato). Locke afi rmava que, ao nascermos, nossa mente é como um papel em branco, desprovida de ideias.

O racionalismo é uma doutrina que atribui confi ança na razão humana como instrumento capaz de conhecer a verdade. Segundo Descartes, “nunca devemos deixar persuadir senão pela evidência de nossa razão”.

Uma doutrina que buscou o Meio termo foi o apriorismo kantiano. Kant afi rma que todo conhecimento co-meça com a experiência, mas que a experiência sozinha não dá conta do conhecimento. Assim, é preciso um trabalho do sujeito para organizar os dados da experiência.

Page 12: Servico social 3

124

Tema 3História da Filosofi a

Aborda os conteúdos situados nos capítulos 5, 6, 7 e 8. Neles você observará, que na Grécia Antiga, o pe-ríodo pré-socrático foi dominado pela investigação da natureza e tinha um sentido cosmológico, baseado na mitologia grega.

Seguiu-se a esse período uma nova fase fi losófi ca caracterizada pelo interesse no próprio homem e nas relações políticas do homem - homem esse chamado Sofi sta - com a sociedade. A lição dos sofi stas tinha como objetivo a argumentação, a habilidade retórica - eles transmitiam um jogo de palavras, raciocínios e concepções baseados na arte de convencer as pessoas, driblando as teses dos adversários. Disso seguem as concepções relativistas nas quais não há verdade única, absoluta.

A teoria das ideias baseada em Platão procura explicar como se desenvolve o conhecimento humano. Segundo ele, o processo de conhecimento se desenvolve por meio da passagem progressiva do mundo das sombras e aparências para o mundo das ideias e essências. Assim, o conhecimento deve ultrapassar a esfera das impressões sensoriais, o plano da opinião e penetrar na esfera racional da sabedoria - o mundo das ideias.

O conhecimento é elaborado quando se alcança a ideia, que rompe com as aparências e a diversidade ilusória. O método proposto por Platão é a dialética, que consiste na contraposição de uma opinião com a crítica que dela podemos fazer.

O epicurismo fundado por Epícuro (324-271 a.C.) propunha que o ser humano deve buscar o prazer, pois o prazer é o princípio e o fi m de uma vida feliz. Já o estoicismo foi fundado por Zenão de Cício (336-262 a.C) e defendia que toda realidade existente é uma realidade racional. Todos os seres, os homens e a natureza fazem parte desta realidade.

A patrística (IV-VIII) buscou uma reconciliação entre a razão e a fé, na qual se destacou Santo Agostinho e a infl uência da fi losofi a platônica. A patrística foi um conjunto de textos sobre fé e revelação cristãs.

Santo Agostinho argumentou a favor da superioridade da alma humana, na supremacia do espírito sobre o corpo, a matéria. A alma teria sido criada por Deus para reinar sobre o corpo para dirigi-lo à prática do bem. O homem pecador em posse do livre-arbítrio, inverte essa relação fazendo o corpo assumir o governo da alma. A verdadeira liberdade estaria na harmonia das ações humanas com a vontade de Deus. A salvação estaria na combinação de seu esforço pessoal de vontade e a graça divina.

Tomás de Aquino, um fi lósofo escolástico, introduziu uma distinção entre o ser e a essência. O único ser que realmente é pleno é Deus, no qual o ser e a essência se identifi cam. Ele partiu da fi losofi a de Aristóteles para realizar uma sistematização da doutrina cristã.

Para ele, Deus é o Ser que existe como fundamento da realidade das outras essências que, uma vez existen-tes, participam do seu Ser.

Idade Moderna é o período histórico que vai do século XV-XVIII na qual ocorreram mudanças importantes, tais como: a passagem do feudalismo para o capitalismo, a formação dos Estados nacionais, o movimento da Reforma, o desenvolvimento da ciência natural e a invenção da imprensa. Houve também importantes mudanças na concepção de homem e de mundo baseadas no antropocentrismo (homem como centro, e não mais Deus ou a igreja católica), o desenvolvimento do racionalismo (ênfase na razão humana) e uma fi losofi a laica (não-religiosa).

O movimento cultural que marcou as transformações socioculturais da Idade Moderna na Europa foi o Renascimento (séculos XV-XVI), inspirado no humanismo, movimento intelectual que defendia o estudo da cultura greco-romana e o retorno de ideais de exaltação do homem e de seus atributos como a razão e a liberdade.

Page 13: Servico social 3

125

Tema 4Filosofi a Moderna

Aborda os conteúdos situados no capítulo 9. Nele você observará que o Empirismo defende a tese de que a origem fundamental do conhecimento está na experiência sensível. Contrapõe-se aos racionalistas que acreditam que as ideias são inatas, ou seja, já nascem com os indivíduos, tendo Descartes, como principal expoente.

Entre os principais representantes do empirismo estão: Thomas Hobbes, John Locke, George Berkeley e David Hume.

A expansão capitalista dos séculos XVII-XVIII trouxe uma crescente ascensão da burguesia. A corrente racio-nalista encontrava uma grande infl uência na Europa nesse período, colocando na razão o principal instru-mento do homem para enfrentar sua realidade.

Dessa maneira, a partir da Revolução Industrial, os elementos tais como a razão, a ciência e a tecnologia tornaram-se centrais. De forma paralela, desenvolvia-se o Iluminismo, Ilustração ou Século das Luzes (sé-culo XVIII), que foi um movimento cultural que defendia ideias como: igualdade, tolerância, liberdade e propriedade privada. Havia entre os iluministas uma série de pensadores que tinham em comum a busca pelo racional das pessoas. Eram eles: Montesquieu, Voltaire, Diderot, D´alembert, Rosseau, Adam Smith e Immanuel Kant.

Tema 5Filosofi a Contemporânea

Aborda os conteúdos situados nos capítulos 10 e 11. Neles você observará que a Revolução Francesa (1789-1799) é considerada o marco inicial da época contemporânea. Esse movimento histórico foi liderado por grupos burgueses em ascensão econômica que, por meio do capitalismo industrial, reivindicavam uma participação no poder político e na construção de um novo modelo de sociedade.

Juntamente com as aspirações dos trabalhadores urbanos e do campesinato, tais anseios geraram em seus desdobramentos as lutas e correntes socialistas do século XIX, que denunciavam a exploração do trabalho no contexto do capitalismo industrial, bem como uma série de questões sociais e políticas ganharam desta-que nas refl exões fi losófi cas.

O romantismo foi um movimento cultural que se iniciou no fi nal do século XVIII e predominou durante a primeira metade do século XIX, envolvendo a arte e a fi losofi a. Esse movimento reagiu contra o espírito racionalista, a racionalização e a mecanização que caracterizavam o mundo industrial.

Segundo o ideal romântico, tais características ameaçavam a expressão humana, pois os sentimentos indivi-duais fi cavam relegados a segundo plano. São aspectos do romantismo: exaltação das paixões e sentimen-tos, valorização da sensibilidade e do sujeito, ideia de natureza como força vital que resiste à racionalização tecnológica, concepção mística e emocional, o desenvolvimento do nacionalismo, o amor pela pátria, a valorização das tradições nacionais e o anseio pela liberdade individual. Os grandes nomes do romantismo são: Göethe (1749-1832), Beethoven (1770-1827) e Chopin (1810-1849), entre outros.

O idealismo alemão, um importante movimento fi losófi co do século XIX, reteve do romantismo o aspecto do nacionalismo, do amor à pátria, da valorização do povo e do Estado e teve Hegel como seu maior repre-sentante (1770-1831).

Hegel postulou o conceito de realidade como Espírito, a partir da fi losofi a de Fitchte e Schelling. De acordo com Hegel, a realidade é entendida como um processo, um movimento, e não somente como coisa (subs-tância). A realidade, como Espírito, possui uma vida própria, um movimento dialético - diversos movimentos sucessivos (e contraditórios) pelos quais a realidade se apresenta.

Nascido na França, Augusto Comte (1789-1857) foi o pai da sociologia. Criou o positivismo que é a doutri-na que valoriza o método científi co das ciências positivas (baseadas nos fatos e na experiência) e na recusa de discussões metafísicas. Consiste num culto à ciência e à sacralização do método científi co.

Page 14: Servico social 3

126

Manifestando-se em vários países ocidentais a partir da segunda metade do século XIX, o positivismo refl ete, no plano fi losófi co, o entusiasmo burguês pelo progresso capitalista e pelo desenvolvimento técnico-industrial. O objetivo do método positivo de investigação é a pesquisa das leis gerais que regem os fenômenos naturais. Com base nessas leis, o homem torna-se capaz de prever os fenômenos naturais, podendo agir sobre a re-alidade. Um exemplo do lema positivista é a bandeira brasileira: ordem e progresso, pois as transformações impulsionadas pelas ciências visam o progresso e este dever estar subordinado à ordem.

Um dos fi lósofos de maior infl uência na fi losofi a contemporânea foi Karl Marx (1818-1883). Marx realizou uma crítica à fi losofi a idealista de Hegel e elaborou bases teóricas para seu próprio pensamento que se baseou em escritos socialistas de sua época e desenvolveu uma atividade teórica de análise da realidade social - o so-cialismo marxista e uma atividade prática na organização de movimentos de trabalhadores.

De acordo com Marx, os homens não podem ser pensados de forma abstrata como na fi losofi a de Hegel, nem de forma isolada, como nas fi losofi as de Feuerbach, de Proudhon, Schopenhauer e Kierkegaard. Para Marx não existe o indivíduo formado fora das relações sociais. Isso signifi ca que a forma como os indivíduos se com-portam, agem, sentem e pensam se vincula com a forma de produção da vida material, isto é, pela maneira como trabalham e produzem os meios necessários para a sustentação material das sociedades.

A Dialética Marxista se vale dos princípios da dialética, porém de forma distinta de Hegel. A dialética em Marx permite compreender a história em seu movimento e cada etapa não é vista como algo estático e defi nitivo, mas sim, como algo transitório, e que pode ser transformado pela ação humana.

As grandes transformações, segundo esse autor, se deram primeiramente no campo da economia, causadas por contradições no interior do próprio modo de produção. Diferentemente de Hegel, Marx não concebe a história guiada pelo Espírito ou pela Razão, mas sim pelos homens, que podem transformar a realidade social.

Karl Marx possui uma visão materialista da história - a forma como os indivíduos se comportam, agem, sentem e pensam se vincula com a forma como se dão as relações sociais.

Ao falar sobre a produção material da vida, ele não se refere apenas à produção das inúmeras coisas necessá-rias à manutenção física dos indivíduos; ele está considerando também, o fato de que, ao produzirem todas as coisas, os homens constroem a si mesmos como indivíduos.

O termo existencialismo designa um conjunto de tendências fi losófi cas que, embora divergentes em vários aspectos, possuem na existência humana o ponto de partida e o objeto fundamental de refl exões.

O existencialismo entende o ser humano como uma realidade imperfeita, aberta e inacabada, a liberdade humana é condicionada às circunstâncias históricas da existência e a vida humana não é um caminho seguro em direção ao progresso, ao êxito ou ao crescimento. Ao contrário, é marcada por situações de sofrimento, doenças, injustiças, luta pela sobrevivência, fracassos, velhice e morte.

As fi losofi as da existência surgiram no século XX e sofreram infl uência dos pré-existencialistas, tais como: Schopenhauer, Nietzsche e Husserl.

Na virada do século XIX para o século XX, surgiu uma corrente fi losófi ca que, pela análise lógica da linguagem, procurava esclarecer o sentido das expressões (conceitos, enunciados, uso contextual) e seu uso no discurso linguístico - é a fi losofi a analítica ou fi losofi a da linguagem.

De acordo com essa corrente, muitos dos problemas fi losófi cos se reduziriam a equívocos e mal-entendidos originados do uso ambíguo da linguagem. Alguns nomes importantes são: Jurgen Habermas, Bertrand Russel e Ludwig Wittgenstein, entre outros.

A Escola de Frankfurt é o nome dado ao grupo de pensadores alemães do Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt, fundado na década de 1920. São eles: Theodor Adorno, Max Horkheimer, Walter Benjamin, Hebert Marcuse, Jurgen Habermas e Eric Fromm.

Cada um desses pensadores possui uma forma de pensamento, porém a preocupação comum de estudar variados aspectos da vida social, de modo a compor uma teoria crítica da sociedade.

Os pontos de partida para isso foram as refl exões da teoria marxista e a teoria freudiana, que trouxe elementos novos sobre o psiquismo das pessoas. Há também infl uências de Hegel, Kant e Max Weber.

Page 15: Servico social 3

127

A Indústria Cultural é um termo difundido por Adorno e Horkheimer para designar a indústria da diversão de massa, veiculada pela televisão, pelo cinema, pelo rádio, pelas revistas, pelos jornais, pelas músicas, pelas propagandas e demais meios de comunicação. Ela é a causa da homogeneização dos comportamentos e a massifi cação das pessoas.

O termo pós-moderno se aplica a um grupo de intelectuais, entre eles alguns fi lósofos, que possuem em co-mum a crítica ao projeto da modernidade. É entendido como projeto de emancipação humano-social por meio do desenvolvimento da razão.

Tais pensadores partem da constatação dos desastres sociais e ambientais aos quais a sociedade contemporâ-nea chegou: miséria, desigualdades sociais, catástrofes ambientais, guerras, dominação de países economica-mente desenvolvidos sobre os demais e a situação de barbárie que se verifi ca em algumas regiões do planeta.

O pós-modernismo designa o fi m do projeto da modernidade - a desesperança historicamente constatada de que a razão técnico-científi ca favoreça a emancipação humana. Dessa forma, a fi losofi a pós-moderna passou a analisar os diversos aspectos da vida social, nos quais se verifi ca maior racionalização, racionalização essa rumo ao controle dos indivíduos, denunciando as formas de opressão que os acompanham em sua vida coti-diana. Os pensadores pós-modernos mais signifi cantes são: Michel Foucault, Jean Baudrillard, Jacques Derrida e Jean-François Lyotard.

Tema 6Ciência e Filosofi a

Aborda os conteúdos situados no capítulo 12. Nele você observará que, na virada do século XIX para o século XX, algumas descobertas voltaram a revolucionar os princípios da ciência, originando questões referentes à epistemologia - a teoria que se dá o conhecimento - é o que se chama de a “crise da ciência”.

Nesse período, a matemática e a física clássica foram revolucionadas por novas descobertas que romperam os modelos já estabelecidos. Muitas certezas foram abaladas, fazendo surgir novos questionamentos e reavalia-ções dos critérios de verdade e da validade dos métodos e teorias científi cas. Sendo assim, a fi losofi a da ciência se debruçou sobre essas questões.

A questão da neutralidade da ciência é importante, pois o conhecimento científi co não é neutro e o seu uso é menos neutro ainda. A produção científi ca se insere no conjunto de interesses das sociedades. É direcionada por verbas e fi nanciamentos vinculados a objetivos dos grupos que exercem poder social.

Tema 7Ética e Filosofi a

Aborda os conteúdos situados no capítulo 13. Nele você observará que embora os termos ética e moral sejam, algumas vezes, usados como sinônimos, é possível fazer uma distinção entre eles. A palavra moral vem do latim mos, mores, “costumes”, e se refere ao conjunto de normas que orientam o comportamento humano tendo como base os valores próprios de cada cultura. São questões relativas à moral: O que devo fazer para ser justo? Quais valores devo escolher para guiar minha vida?, etc.

Já a palavra ética vem do grego ethikos, “modo de ser”, “comportamento”, e se aplica à disciplina fi losófi ca que investiga os diversos sistemas morais elaborados pelos homens, buscando compreender a fundamentação das normas e proibições próprias a cada um. Nesse sentido, a ética é uma disciplina teórica sobre uma prática humana, que é o comportamento moral, e busca aplicar o conhecimento sobre o ser para construir aquilo que deve ser.

As normas morais e as normas jurídicas são criadas pelos membros da sociedade e ambas possuem como obje-tivo regulamentar as relações sociais. Há alguns aspectos comuns entre elas: devem ser seguidas por todos os indivíduos da sociedade, buscam uma melhor convivência social, orientam-se pelos valores culturais próprios de cada grupo, têm um caráter histórico, ou seja, mudam de acordo com as transformações histórico-sociais.

Porém, existem diferenças: as normas morais são cumpridas a partir da convicção individual de cada indivíduo e é mais ampla, atingindo diversos aspectos da vida humana. Já as normas jurídicas se aplicam na legislação e se restringem a questões específi cas nascidas da interferência de condutas sociais.

Page 16: Servico social 3

128

Tema 8Filosofi a Política e Estética

Aborda os conteúdos situados nos capítulos 14 e 15. Neles você observará que o termo política vem do grego polis (“cidade-Estado”) e designa, desde a Antiguidade, o campo da atividade humana que se refere à cidade, ao Estado, à administração pública e ao conjunto dos cidadãos. Os vínculos entre fi losofi a e política existem desde a origem do pensamento fi losófi co.

A fi losofi a política pode ser defi nida como o campo de refl exão fi losófi ca que, historicamente, se ocupou do fenômeno político e das características que o distinguem dos demais fenômenos sociais, analisando as ins-tituições e práticas das sociedades políticas existentes, refl etindo sobre a melhor maneira de se construir as sociedades futuras.

O poder é um tema central dentro da fi losofi a política e se refere à capacidade, força ou recurso para produzir certos efeitos. Segundo Bertrand Russell (1872-1970), “poder é a posse dos meios que levam à produção de efeitos desejados”. Sendo assim, o indivíduo que detém esses meios tem a capacidade de exercer infl uência ou domínio e alcançar os efeitos que desejar.

O fenômeno do poder é dividido em duas categorias: o poder do homem sobre a natureza e o poder do ho-mem sobre outros homens. A fi losofi a política investiga o poder do homem sobre outros homens - o poder social. Mas também se preocupa com o poder sobre a natureza.

Muitos estudiosos procuraram entender uma das mais complexas instituições sociais criadas e desenvolvidas pelo homem ao longo da história: o Estado. Max Weber (1864-1920) caracteriza o Estado por ser uma “insti-tuição política que, dirigida por um governo soberano, reivindica o monopólio do uso legítimo da força física em determinado território, subordinando os membros da sociedade que nele vivem.”

Duas correntes de pensamento destacaram as funções do Estado: a corrente liberal e a corrente marxista. Para o pensamento liberal, o Estado deve promover a conciliação dos grupos sociais, amortecendo os choques dos setores divergentes para evitar a desagregação da sociedade. É função do Estado alcançar a harmonia entre os grupos rivais, preservando os interesses comuns. Entre os pensadores liberais clássicos estão: John Locke e Jean-Jacques Rosseau.

Já para o pensamento marxista, o Estado não é um simples mediador de grupos rivais, pois entre eles se con-fi gura a luta de classes. O Estado é uma instituição que interfere nessa luta de modo parcial, quase sempre to-mando partido das classes sociais dominantes. É sua função tomar partido das classes dominantes, garantindo o domínio de classe. Os fundadores dessa corrente são: Karl Marx e Friedrich Engels.

O termo estética vem da palavra grega aisthetiké e se refere a tudo aquilo que pode ser percebido pelos sentidos. Para Kant, a estética é o estudo das condições da percepção pelos sentidos. Seu principal objeto de investigação é o fenômeno artístico que se traduz na obra de arte.

O ser humano pode fazer juízos de fato (dizer o que são as coisas) e juízos de valor (julgar se determinada coisa é boa, ruim, agradável, bonita, feia). Entre os juízos de valor podemos distinguir o juízo moral e o juízo estético, sendo o juízo estético um conceito importante dentro da estética fi losófi ca. Os fi lósofos que se dedi-caram à investigação do que é beleza se dividem em duas crenças: 1) a beleza é algo que está objetivamente nas coisas; 2) a beleza é um juízo subjetivo, pessoal e intransferível das coisas. São as concepções idealistas e empiristas, respectivamente.

ATENÇÃO! As respostas para as atividades deste caderno estão disponíveis no ambiente virtual do curso. Consulte seu professor-tutor para maiores informações.

Page 17: Servico social 3

129

Tema 1O ser humano

Objetivos de aprendizagem

• Conhecer as questões introdutórias da Filosofi a, Ciências Humanas e Sociais, tais como a visão do ser hu-mano como ser social, cultural e histórico, a diferenciação dos homens e dos animais, ou seja, da cultura e da natureza;

• Reconhecer e compreender o conceito de trabalho como atividade típica do homem ao longo da história e das diferentes culturas, bem como a relação do homem moderno com seu trabalho por meio da alie-nação que afeta milhões de trabalhadores nas sociedades contemporâneas;

• Identifi car o estudo do aspecto da consciência, a esfera do saber, como um dos aspectos fundamentais da existência humana e da convivência social e a importância do seu conhecimento para o profi ssional do serviço social junto para às comunidades.

Para início de conversa

Você já parou para pensar o que é o “ser humano”? O que o torna tão diferente ou singular? Diferentemente dos outros animais e seres que habitam nosso planeta, os homens não são apenas seres biológicos produzidos pela natureza. Os homens são também seres culturais que modifi cam o es-tado de natureza, ou seja, o modo de ser, a condição natu-ral das coisas, defi nida natureza. Alguns estudiosos afi rmam que a diferença entre natureza e cultura está na linguagem, enquanto outros ressaltam a construção de instrumentos de trabalho.Outro aspecto importante da existência humana e da convi-vência social, além da cultura e do trabalho, é a consciência, o desenvolvimento dessa atividade mental que nos permite estar no mundo com algum saber.

Por dentro do tema

A Filosofi a, as Ciências Humanas e Sociais possuem uma visão bastante particular do ser humano como um ser social, cultural e histórico. O ser humano possui como característica a capacidade de aprender, inventar, perceber, interpretar e comunicar o que percebeu, além de transformar a si mesmo e o que está ao seu redor. Ocorre no ser humano uma síntese de características hereditárias, adquiri-das, aspectos individuais e sociais.

A cultura pode ser considerada um amplo conjunto de conceitos, símbolos, va-lores e atitudes que modelam a vida em sociedade. Envolve o que pensamos, fazemos e temos, como membros de um grupo social. Nesse sentido, todas as sociedades humanas, desde a pré-história aos dias atuais, possuem uma cultura.

Page 18: Servico social 3

130

Entendemos por trabalho toda atividade na qual o ser humano utiliza sua energia para satisfazer necessidades ou atingir determinado objetivo. É uma atividade tipicamente humana, porque implica a existência de um projeto mental que modela uma conduta a ser desenvolvida para se alcançar um objetivo. Outra atividade que envolve características mentais do homem é o processo de conscientização, que faz do ser humano um ser dinâmico, que consegue olhar tanto para si mesmo, quanto para os objetos exteriores - a dimensão da alteridade.

Page 19: Servico social 3

Tema 1 - Atividades

131

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Agora, é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1

Refl ita sobre o conceito de cultura e justifi que a seguinte afi rmação:

“Cada pessoa é, em grande medida, a criação diária e constante da cultura em que vive.”

(COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofi a: História e grandes temas. São Paulo: Saraiva, 2006, p.17).

Questão 2

Refl ita sobre exemplos da cultura brasileira que possam demonstrar como ela é distinta e abar-ca muitas particularidades.

Atividades

INSTRUÇÕES

As atividades sobre “o Ser Humano” devem ser realizadas em duplas. Para isso, além da atenção aos conteúdos dados em aula referentes a este tema, é importante a leitura e debate dos três primeiros capítulos do livro-texto da disciplina.

Ponto de partida

Leia, refl ita e interprete sobre a seguinte afi rma-ção:

“Todas as sociedades humanas, da pré-história aos dias atuais, possuem uma cultura. E cada cultura tem seus próprios valores e sua própria verdade.”

(COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofi a: História e grandes temas. São Paulo: Saraiva, 2006, p.17).

Page 20: Servico social 3

132

Tema 1 - Atividades Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Questão 3

O trabalho consiste numa atividade tipicamente humana e faz parte da vida social. Qual a pers-pectiva de Karl Marx sobre o trabalho?

Questão 4

Explique o que é o processo de alienação.

Questão 5

A ideologia se refere ao conjunto de ideias que dissimulam a realidade, pois mostram coisas de maneira parcial ou distorcida em relação ao que elas são. Refl ita sobre a importância do “exercí-cio de estranhamento” perante o senso comum e os dados vistos como naturais.

Questão 6

(Prefeitura São Luiz-MA, Concurso Filosofi a, 2007). “O pior analfabeto é o analfabeto polí-tico. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da fa-rinha, do aluguel, do sapato dependem de deci-sões políticas.” Bertold Brecht .

A partir da leitura do trecho acima, marque a opção que refl ete o estado desse homem não-politizado.

a) Desolação e descrença.

b) Alienação e indiferença.

c) Insatisfação e acomodação.

d) Preocupação e ingenuidade.

e) Desamparo e incompreensão.

Page 21: Servico social 3

Tema 1 - Atividades

133

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Questão 7

(Prefeitura Barueri-SP, Concurso Filosofi a, 2006). O que faz a diferença entre a memória do com-putador e a memória do ser humano é que a se-gunda é:

a) vazia de recordação, e recordar vem do latim (recordis) e signifi ca tornar a passar pelo co-ração.

b) “encharcada” de emoção. O ser humano tem recordações. O humano é fruto da articula-ção da razão, da imaginação, da memória e da emoção.

c) só aparência, e as aparências enganam e nos afastam das essências.

d) ocultadora da essência, pois está carregada de emoções.

e) semelhante a um fi lme, não nos leva ao estu-do das causas.

Questão 8

(Governo do Estado do Ceará- CESPEUnb, 2009)

Para Marx, as forças produtivas são:

a) a terra e o trabalho humano.

b) a natureza, o trabalho humano e a técnica.

c) os meios de produção e a força de trabalho.

d) os meios de produção e as relações de produ-ção.

Questão 9

(Governo do Estado do Ceará- CESPUnb, 2009).

Para Marx, a medida do valor é determinada:

a) pela lei da oferta e da procura.

b) pelo tempo de trabalho socialmente necessá-rio para a produção de um valor de uso.

c) pelo desenvolvimento das forças produtivas.

d) pela relação entre o capital investido e a taxa de lucro aferida.

Questão 10

(Secretaria de Administração- Estado do Tocan-tins, Cesgranrio, 2009).

Em uma aula de Filosofi a, o professor trabalha com os textos apresentados a seguir.

“Não podemos esquecer que toda prática so-cial tem como ponto de partida a ideologia. Ela impregna tudo, até a própria ciência. Por isso, é preciso cuidado ao fi losofar, porque, sem o percebermos, podemos estar sendo governados pela ideologia, ideias que, a priori, já estão em nossas mentes”.

TELES, Maria Luiza S. Filosofi a para jovens, Petró-polis: Vozes, 1996, p. 70.

“Meu partido É um coração partido E as ilusões Estão todas perdidas (...) Meus heróis Morreram de overdose Meus inimigos Estão no poder Ideologia! Eu quero uma prá viver”.

Cazuza e Roberto Frejat. (CD “O poeta está vivo”).

O professor pede a três estudantes uma defi ni-ção do tema central da aula e recebe as seguin-tes respostas:

Ana - Ideologia é um sistema de ideias para expli-car a realidade, e todos nós precisamos de uma.

Rodrigo - A ideologia governa, como um parti-do, o nosso pensamento e a nossa ação. A fi loso-fi a pode revelar essa forma de comando.

Carlos - Ideologia é uma maneira de conhecer a verdade e a falsidade das coisas, que pode ser verdadeira ou falsa, boa ou negativa.

Dos textos apresentados e das respostas obtidas, conclui-se que:

a) Carlos defi ne a temática de maneira coerente e justifi cada.

b) Rodrigo foi o único a defi nir a proposta te-mática do professor.

c) Ana não articula, em sua defi nição, os dois textos propostos em aula.

Page 22: Servico social 3

134

Tema 1 - Atividades Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

d) Ana e Carlos não defi nem a temática central da aula.

e) Ana e Rodrigo defi nem, com coerência, a proposta temática da aula.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Quer saber mais sobre esse assunto? Então, con-sulte:

Disponível em:

• <www.consciencia.org>, é um site de estudo, pesquisa e ensino sobre Filosofi a e Ciências Hu-manas.

• <http://www.revistaindice.com.br>, a Revista Índice é um periódico online de Filosofi a que abrange também outras áreas das ciências hu-manas.

Sugestões de artigos científi cos:

• IANNI, Octavio. Tipos e Mitos do Pensamento Brasileiro. In: Revista Brasileira de Ciências So-ciais. v.17 n.49 São Paulo ,2002. (Disponível em : http://www.scielo.br)

• DUBZ, Georges. História Social e Ideologia das Sociedades. Francisco Alves, Rio de Janeiro, 1976.

FINALIZANDO

Nesta disciplina você viu que as atividades pro-postas no Tema 1 “O Ser Humano” visaram o aprofundamento dos conceitos introdutórios da Filosofi a, das Ciências Humanas e Sociais. Enxer-gar o ser humano por um viés cultural, social e histórico por meio de questões importantes tais como: o conceito de cultura, de trabalho e de consciência. Os conceitos de alienação e ideolo-gia também estiveram presentes por intermédio das questões objetivas e dissertativas.

Dessa maneira, o estudo e a fi xação do temas relevantes na compreensão da realidade social, cultural, política e fi losófi ca por meio dos exer-cícios apresentados só vêm a acrescentar na for-mação intelectual e crítica dos profi ssionais en-volvidos com o Serviço Social.

Page 23: Servico social 3

135

Tema 2O conhecimento

Objetivos de aprendizagem

• Oferecer ao aluno as noções básicas para entender os chamados “problemas fi losófi cos”, entre eles o conhecimento, que desde a antiguidade grega consiste em um assunto de grande interesse para a Filosofi a;

• Compreensão dos principais questionamentos que envolvem a Teoria do Conhecimento e suas vertentes fi losófi cas.

Para início de conversa

Você já parou para pensar o que é o conhecimento? O ser humano vive, desde os seus primórdios, em busca de ques-tionamentos que envolvem a compreensão de si e do mun-do a sua volta. Isso levou muitos pensadores a questiona-rem sobre a capacidade de entender dos indivíduos - é o que dentro da Filosofi a chama-se Teoria do Conhecimento.A Teoria do Conhecimento somente foi assim denominada e tratada como uma das disciplinas centrais da Filosofi a a partir da Idade Moderna. Entre os fi lósofos que colabo-raram para isso estão: René Descartes (1596-1650), John Locke (1632-1704) e Immanuel Kant (1724-1804).

Por dentro do tema

Foi visto que desde a antiguidade grega os fi lósofos possuíam a preocupação com o conhecimento, com a investigação sobre as condições do conhecimen-to verdadeiro. É o que chamam de Teoria do Conhecimento.

Cada Teoria do Conhecimento constitui uma refl exão fi losófi ca para compre-ender as origens, possibilidades, fundamentos, extensão e valor do conheci-mento. E existem inúmeras vertentes fi losófi cas que procuram entender tais questões. O realismo acredita que as percepções que temos dos objetos são reais, isto é, correspondem de fato às características presentes na realidade. Já para os idealistas, a percepção da realidade é construída pelas nossas ideias, pela nossa consciência.

O ceticismo e o dogmatismo são duas correntes opostas na fi losofi a a respeito das possibilidades do conhecimento humano. O ceticismo diagnostica a impossibilidade de conhecermos a verdade e o dogmatismo defende de forma categórica a possibilidade de atingirmos a verdade. O criticismo é uma tentativa de superação do impasse entre o ceticismo e o dogmatismo; trata de uma posição crítica diante da possibilidade do conhecimento.

Page 24: Servico social 3

136

Outro problema central da Teoria do Conhecimento é de onde se originam as ideias, os conceitos, as re-presentações? Há varias correntes fi losófi cas como por exemplo o empirismo, o racionalismo, o apriorismo kantiano. O empirismo defende que todas as nossas ideias são provenientes de nossas percepções sensórias (visão, audição, paladar, tato, olfato). O racionalismo afi rma que a experiência sensorial é uma fonte de erros sobre a realidade do mundo, sendo que somente a razão humana pode atingir o conhecimento verdadeiro e os princípios lógicos são inatos, ou seja, já estão na mente do homem desde o seu nascimento. O apriorismo kantiano elaborado por Kant afi rma que todo conhecimento começa com a experiência, mas que a experiên-cia não dá conta sozinha, é preciso um trabalho do sujeito para organizar os dados da experiência. Para Kant, a experiência fornece a matéria do conhecimento, enquanto a razão organiza essa matéria de acordo com suas estruturas existentes a priori no pensamento.

Page 25: Servico social 3

137

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Tema 2 - Atividades

Agora, é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1

Foi visto que o problema do conhecimento é um dos temas centrais da Filosofi a. Explique por quê.

Questão 2

Qual é a diferença entre idealismo e realismo?

Atividades

INSTRUÇÕES

As atividades sobre o tema de “O Conhecimen-to” dentro das vertentes fi losófi cas devem ser realizadas individualmente como uma forma de estimular a fi xação dos conteúdos vistos durante as aulas e os estudos independentes.

Ponto de partida

De acordo com John Locke, ao nascermos a men-te humana é como um papel em branco, despro-vida de ideias. Comente o que esta frase quer dizer, no contexto da Teoria do Conhecimento, e identifi que a corrente fi losófi ca a que pertence.

Page 26: Servico social 3

138

Filosofi a Aplicada ao Serviço SocialTema 2 - Atividades

Questão 3

Explique a diferença entre ceticismo e dogma-tismo.

Questão 4

Como o criticismo foi criado?

Questão 5

O apriorismo kantiano busca um meio-termo en-tre o empirismo e o racionalismo. Explique esta afi rmação.

Questão 6

(Seduc-MT- Unemat-2010)

A Filosofi a oferece resposta à seguinte questão: a razão é algo próprio do ser humano ou adqui-rida pela experiência?

Uma das possíveis respostas é a de que o homem, ao nascer, traz, em sua inteligência, não só os princípios racionais, mas também algumas ideias verdadeiras.

A resposta acima corresponde a qual perspectiva fi losófi ca?

a) Inatismo.

b) Fenomenologia.

c) Existencialismo.

d) Empirismo.

e) Estruturalismo.

Page 27: Servico social 3

139

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Tema 2 - Atividades

4. O conhecimento tinha, para Descartes, li-mites que eram dados pelos sentidos que apreendem seus objetos (mundo exterior ou operações da mente) e pode-se dizer que era limitado, também, pelo objeto, já que toda e qualquer ideia dele depende.

São corretas as afi rmativas:

a) 1, 2, 3 e 4.

b) 2 e 4, somente.

c) 1 e 3, somente.

d) 2 e 3, somente.

Questão 9

(Fundação Educacional Araçatuba-FEA-SP-2008). Teoria epistemológica que afi rma a radical deri-vação, direta ou indireta, de todo conhecimento da experiência sensível, seja ela interna ou ex-terna:

a) Racionalismo.

b) Iluminismo.

c) Postulado.

d) Empirismo.

Questão 10

(Fundação Educacional Araçatuba-FEA-SP-2008). São as duas grandes orientações da teoria do co-nhecimento:

a) Física e Metafísica.

b) Ação e Reação.

c) Racionalismo e Empirismo.

d) Crítica e Autocrítica.

Questão 7

(Seduc-MT-Unemat-2010)

“A razão humana não é somente razão teórica, ou seja, capaz de conhecer, mas também razão prática, capaz de determinar a vontade e a ação moral. Trata-se, portanto, de mostrar que a ra-zão é sufi ciente por si só (sem o auxílio de im-pulsos sensíveis) para mover a vontade, porque apenas neste caso podem existir princípios mo-rais válidos sem exceção para todos os homens, ou seja, leis morais universais”.

(In: REALE, Giovani. História da Filosofi a: De Spi-nosa a Kant, v.4 São Paulo: Paulus, 2003, pág. 376).

Essas afi rmações correspondem às refl exões fi lo-sófi cas de qual pensador?

a) Jean-Jacques Rousseau.

b) David Hume.

c) Benedito Spinosa.

d) Thomas Hobbes.

e) Immanuel Kant.

Questão 8

(Escola Bosque - Universidade da Amazônia- 2008). Dentre as correntes da fi losofi a moder-na, destaca-se, na França, o Racionalismo, de René Descartes, que se apresentou como uma resposta ao problema gnosiológico do século XVII. Analise as afi rmativas e indique qual a fon-te verdadeira e determinante do conhecimento humano.

1. Descartes afi rmava que tudo que conhece-mos, que todas as ideias que temos, são ad-quiridas, derivam da experiência.

2. O Racionalismo de Descartes acreditava na possibilidade de se conhecer e de se chegar à verdade somente pela recuperação da razão.

3. Descartes chega à crença na razão através de um processo em que, usando a dúvida como procedimento metódico, a estende a tudo o que o cerca.

Page 28: Servico social 3

140

Filosofi a Aplicada ao Serviço SocialTema 2 - Atividades

21

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Você quer saber mais sobre esse assunto? En-tão, consulte:

Disponível em:

• <http://www.pucsp.br/pos/fi losofi a/Pragmatis-mo/cognitio_estudos/cognitio_estudos.htm>, é o site da Revista Eletrônica Cognitio-Estudos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

• <http://criticanarede.com> é o site de uma re-vista de Filosofi a que aborda vários temas como: ciência, fi losofi a e epistemologia, entre outros.

Sugestão de artigos científi cos:

• CHISHOLM, Roderick. O que é Teoria do Co-nhecimento. Disponível em: <http://cfh.ufsc.br/~wfi l/chisholm.htm>.

• DUCLÓS, Miguel. A crítica de Platão ao tea-tro e a Homero como educador. Disponível em: <htpp://www.consciencia.org.br/artigos.shtml>.

FINALIZANDO

Nesse tema você viu que abarcar a problemáti-ca da “Teoria do Conhecimento” e suas verten-tes fi losófi cas foi o foco das questões objetivas e dissertativas que compuseram as atividades. Dessa forma, a fi xação deste conteúdo por meio de tais atividades é importante para os profi s-sionais de Serviço Social por ser uma comple-mentação na formação refl exiva e crítica, que é esperada desses futuros profi ssionais.

Page 29: Servico social 3

141

Tema 3 História da Filosofi a

Objetivos de aprendizagem

• Oferecer ao aluno condições para um entendimento introdutório das principais vertentes fi losófi cas de acordo com a tradição histórica;

• Informar aos alunos sobre o modo como cada fi lósofo, em épocas históricas distintas, emprega uma lin-guagem conceitual própria e formula seus próprios problemas fi losófi cos, a partir de temas, problemas e conceitos que lhes são precedentes;

• Desenvolver habilidades de compreensão das vertentes fi losófi cas e sua relação com a história, chaman-do atenção para o fato de que a fi losofi a se realiza de acordo com uma tradição histórica, pela discussão com uma tradição que lhe é anterior, retomando-a, transformando-a e redefi nindo-a.

Para início de conversa

Você já ouviu falar em Zeus, Atena, Hera ou no mito de Édi-po que matou o pai e casou-se com a própria mãe?

Essas histórias são chamadas de mitologias e foram criadas pelos gregos como forma de explicação sobre a origem dos homens e do universo.

Na história do pensamento ocidental, a fi losofi a nasce na Grécia entre os séculos VI e VII a.C., promovendo a passa-gem do saber mítico - baseado na mitologia grega - ao pensamento racional - baseado na razão humana. Porém, esse processo foi longo e sem um rompimento total com as formas de conhecimento do passado.

Por dentro do tema

O momento histórico da Grécia antiga em que se afi rma a utilização da razão em contraposição à explicação mítica dos homens e do universo está vincu-lado ao surgimento da pólis - organização social e política desenvolvida entre os séculos VIII e VI a.C. A cidade-Estado grega era dirigida pelos cidadãos, sendo criação dos homens e não dos deuses. Isso abriu espaço para refl exão de forma racional, além da prática constante da discussão política em praça pública pelos cidadãos. Com o tempo, todas as outras questões passaram a ser refl etidas de acordo com a razão.

A fi losofi a grega nasce com o período pré-socrático, ou seja, anterior à Sócra-tes - um grande fi lósofo, e abrange as refl exões de Tales de Mileto (623-546 a. C.) até o aparecimento de Sócrates (468-399 a.C.). Diversas foram as ver-tentes fi losófi cas a partir de então, inúmeros fi lósofos foram surgindo ao longo da história, cada um tomando como base os pensamentos precedentes para formular pensamentos únicos e distintos.

Page 30: Servico social 3

142

Filosofi a Aplicada ao Serviço SocialTema 3 - Atividades

Atividades

INSTRUÇÕES

As atividades relacionadas ao tema “História da Filosofi a” devem ser realizadas em dupla. Para isso, além do conteúdo das aulas é necessária a leitura dos capítulos 5, 6, 7 e 8 do livro-texto, bem como a discussão e fomentação de debates com os demais alunos.

Ponto de partida

A fi losofi a nasceu na Grécia entre os séculos VI e VII a. C. promovendo a passagem do saber míti-co ao saber racional. Porém essa passagem não ocorreu de forma brusca, havendo ainda ele-mentos míticos em algumas explicações. Refl ita sobre isso, tomando como base os primeiros fi -lósofos gregos - Tales, Anaximandro e Anaxíme-nes que caracterizaram o período pré-socrático.

Agora, é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1

O que é mitologia grega e qual sua relação com o pensamento fi losófi co?

Questão 2

O que se entende por período pré-socrático? Quais eram suas preocupações fi losófi cas?

23

Page 31: Servico social 3

143

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Tema 3 - Atividades

Questão 3

Comente a importância dos sofi stas e suas preo-cupações fi losófi cas.

Questão 4

Analise e defi na as diferenças de método entre Platão e Aristóteles.

Questão 5

(Ministério da Educação-ENADE-CESPE-2005).Quem duvida que vive, recorda, compreende, quer, pensa, sabe e julga? Pois, se duvida, vive; se duvida de onde vem sua dúvida, recorda; se duvida, compreende que está duvidando; se du-vida, quer estar certo; se duvida, pensa; se duvi-da, sabe que não sabe; se duvida, julga que não convém consentir temerariamente. E embora se possa duvidar de muitas coisas, dessas não se pode duvidar, porque, se não existissem, de nada se poderia duvidar.

Santo Agostinho. Tratado sobre a Trindade.

Relacione esse texto de Agostinho com a afi r-mação dos céticos de seu tempo, os quais diziam que nós não temos certeza de coisa alguma.

Questão 6

(Seduc-MT-UNEMAT-2010). Em meados do século V, em Atenas, um grupo de intelectuais escan-dalizou os fi lósofos da época ao fazer do saber, profi ssão, oferecendo aulas de retórica e de elo-quência aos jovens da classe dirigente, que pre-tendiam dedicar-se à carreira política.

Como se chamou esse grupo?

Page 32: Servico social 3

144

Filosofi a Aplicada ao Serviço SocialTema 3 - Atividades

a) Eleatas.

b) Monistas.

c) Pitagóricos.

d) Sofi stas.

e) Socráticos.

Questão 7

(Seduc-MT-UNEMAT-2010). Considerando o núcleo da refl exão fi losófi ca de Platão, leia os enunciados.

I. Platão propõe a organização ideal do Estado segundo sua compreensão ontológica e ética do mundo e da vida.

II. Para Platão, o Estado deve garantir a harmo-nia para que todos os cidadãos possam puri-fi car sua alma e chegar à sabedoria, que é o caminho do retorno ao mundo das essências, ao mundo divino.

III. À semelhança da alma humana, Platão orga-nizou o estado em duas classes - dos artesões e dos fi lósofos.

IV. Para que reine a paz e a harmonia no Estado, segundo Platão, cada classe deve realizar o seu papel, todas agindo em vista do mesmo fi m: o bem e a justiça.

Com base nos enunciados, assinale a alternativa correta.

a) Apenas III está correta.

b) Apenas II e IV estão corretas.

c) Apenas IV está correta.

d) Apenas I, II e IV estão corretas.

e) Todas estão corretas.

Questão 8

(Prefeitura Municipal de São Luiz-MA-FSADU-UFMA-2007). Aristóteles, fi lósofo da Idade An-tiga, centrou sua atenção numa questão essen-cial do fi losofar - o ser - partindo do real como substância, para compreendê-lo, e daí formular entendimento sobre o conhecer e o agir. Indi-que a alternativa abaixo que revela o seu proje-to fi losófi co.

a) A essência do ser humano, ou de qualquer outro objeto do conhecimento não é desven-dada no próprio ser humano ou no objeto que esteja sendo investigado.

b) O ser real é constituído de dois coprincípios que são indissociáveis, sendo que um expres-sa a potência para ser e o outro a atualização do ser.

c) O mundo externo do sujeito é compreendido a partir do mundo racional, baseado em dois princípios.

d) O ser verdadeiro é abstrato e não representa a realidade concreta do ser dual.

e) As mutabilidades visíveis no cotidiano das coisas e da vida são perfeitamente concilia-das com a idéia de ser.

Questão 9

(Instituto Federal do Pará-AOCP-2009). O século XVIII é conhecido como Século das Luzes, Ilumi-nismo ou Ilustração. Como as próprias designa-ções sugerem, o que caracteriza esse movimento de ideias é a valorização do homem e a defesa da autonomia da razão em face dos argumentos tirados da autoridade e da tradição.

Sobre o Iluminismo, assinale abaixo a alternativa correta.

a) Podemos falar do Iluminismo como um movi-mento absolutamente homogêneo. Quando falamos em Iluminismo, portanto, estamos nos referindo a uma doutrina sistemática sus-cetível de ser exposta como um todo uno e coerente.

b) Esse movimento de ideias ocorreu apenas em um país da Europa, a França. Seus repre-sentantes maiores são Voltaire, Diderot e os enciclopedistas. A publicação da Enciclopédia caracterizou-se pela erudição com que seus verbetes foram escritos, o que inviabilizou sua divulgação.

c) Esse movimento se difundiu em vários países da Europa, englobando uma grande varie-dade de escolas e pensadores. Achamo-nos diante de um movimento de ideias que se manifesta por meio de uma grande varieda-de de obras distintas que, no entanto, parti-cipam de um mesmo “espírito” comum e de uma mesma atmosfera cultural.

Page 33: Servico social 3

145

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Tema 3 - Atividades

d) Para os fi lósofos das Luzes há apenas uma autoridade que não pode ser regida pelos domínios da razão: a esfera moral, pois é ela a principal responsável por dirigir e organi-zar a vida em sociedade, sendo fundamen-tada não na razão, mas nos princípios da liberdade, fraternidade e igualdade.

e) Novos domínios, novos territórios vão sen-do descobertos pela Ilustração no mapa do saber. A atenção dos fi lósofos se volta para este mundo, a imanência religiosa cede lu-gar à transcendência da razão.

Questão 10

(Prefeitura Municipal de São Luiz-MA-FSADU-UFMA-2007). No período da Idade Média em que a Escolástica se desenvolveu de maneira mais fecunda, identifi ca-se a fi losofi a aristoté-lico-tomista que utiliza, tanto as luzes da razão divina quanto as luzes da razão natural.

Diante desta assertiva, assinale a alternativa que evidencia essa visão fi losófi ca.

a) A “Suma Teológica” de São Tomás de Aqui-no representa a mais alta expressão da pos-sível conciliação entre a fé e a razão.

b) O conteúdo das verdades da revelação divi-na é contrário às verdades oriundas da ra-zão.

c) Na Baixa Idade Média começam a haver mu-danças fundamentais no campo da cultura, todavia não se constata o desenvolvimento do gosto pelo racional.

d) Crer para compreender é o lema que norteia a base doutrinária do dogma cristão ao lon-go do pensamento tomista.

e) Diferentemente da Alta Idade Média, a fi lo-sofi a cristã escolástica defende as verdades teológicas que predominam sobre a verda-de intelectiva.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Quer saber mais sobre esse assunto? Então, con-sulte:

Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br> – Um site do Instituto Humanitas Unisinos que abarca vários temas das ciências humanas e so-ciais.

• <http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materiais/> - Site da Revista On-line do Arquivo Público de São Paulo.

Sugestão de Bibliografi a Complementar:

• CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofi a. Edito-ra Ática, 1996. Disponível em: <http://cfh.ufsc.br/~wfi l/convite.pdf>.

FINALIZANDO

Neste tema você viu que as atividades sugeri-das buscaram o aprofundamento de questões e conceitos que envolvem desde o nascimento da fi losofi a, com o período pré-socrático, até a formação da fi losofi a na Idade Moderna. Foram vários fi lósofos e inúmeras correntes fi losófi cas estudados e o conhecimento ampliado por ques-tões objetivas e dissertativas.

Sendo assim, o objetivo foi suprir a necessidade de compreensão das vertentes fi losófi cas, por intermédio de uma perspectiva histórica que abarcasse as vertentes fi losófi cas desde seu nas-cimento.

Page 34: Servico social 3

146

Tema 4Filosofi a Moderna

Objetivos de aprendizagem

• Desenvolver habilidades de compreensão da Filosofi a Moderna;

• Introduzir o aluno ao conhecimento dos fundamentos teóricos e principais fi lósofos dos séculos XVII e XVIII que formularam diversas epistemologias sobre o conhecimento.

Para início de conversaThomas Hobbes, René Descartes, John Locke, George Berkeley, David Hume, Montesquieu, Voltaire, Rosseau, Adam Smith, Immanuel Kant são alguns dos grandes nomes que caracterizam o pensamento fi losófi co na Idade Moderna (XV-XVIII).

Você sabia que as duas correntes de investigação - a empi-rista e a racionalista - retomaram a refl exão sobre o conhe-cimento? O racionalismo moderno teve René Descartes como expoente a partir da tese das ideias inatas (nascem com o indivíduo) - o inatismo, que teve como defensores Platão na Antiguidade, Santo Agostinho na Idade Média e Descartes na Filosofi a Moderna.Em contraposição estão os empiristas modernos que defendem a experiência sensível como ponto de parti-da - Francis Bacon, Thomas Hobbes, John Locke, George Berkeley e David Hume. Outro ponto de destaque são os fi lósofos iluministas, com refl exões importantes sobre a vida social e a experiência humana.

Por dentro do tema

A expansão capitalista dos séculos XVII-XVIII corroborou para a ascensão da burguesia. Nessa época, imperava na Europa a confi ança de que a razão seria o principal instrumento do homem na vida social. É também nessa época que ocorre a Revolução Industrial e o nascimento da ciência moderna, juntamente com o crescimento de diversas especialidades - como a química, a física e a matemática. Expandiu-se a crença na razão, na ciência e na tecnologia, como formas de impulsionar o homem e a sociedade para a verdade e o progresso.

A partir dessas mudanças de paradigmas surgiu um movimento cultural cha-mado de Iluminismo ou Filosofi a das Luzes (século XVIII). Os fi lósofos iluminis-tas acreditavam na capacidade humana e na razão, com a proposta de libertar o homem dos medos irracionais, superstições e crendices que marcaram a Idade Média. Para isso, eles formularam diversas doutrinas críticas e analíticas aos diversos campos da atividade humana.

Page 35: Servico social 3

147

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Tema 4 - Atividades

Atividades

INSTRUÇÕES

As atividades referentes ao tema “Filosofi a Mo-derna” devem ser realizadas individualmente. Para isso, é importante a leitura atenta do capí-tulo 9 do livro-texto.

Ponto de partida

O que foi o Iluminismo e quais são seus princi-pais pensadores?

Agora, é com você! Responda às questões a se-guir para conferir o que aprendeu.

Questão 1

Explique quais as diferenças entre as correntes empiristas e racionalistas e diga quais foram seus principais expoentes.

Questão 2

Conceitue as idéias de George Berkeley.

Page 36: Servico social 3

148

Filosofi a Aplicada ao Serviço SocialTema 4 - Atividades

Questão 3

Explique a teoria do conhecimento de David Hume.

Questão 4

Uma das questões mais importantes de Kant foi a respeito do conhecimento. Explique.

Questão 5

(Ministério da Educação-ENADE-CESPE-2005). Uma ação praticada por dever tem o seu valor moral, não no propósito que com ela se quer atingir, mas na máxima que a determina; ela não depende, portanto, da realidade do objeto da ação, mas somente do princípio do querer se-gundo o qual a ação, abstraindo-se de todos os objetos da faculdade de desejar, foi praticada.

I. Kant. Fundamentação da Metafísica dos Costu-mes (com adaptações).

Com base no fragmento de texto acima, analise as relações entre vontade, liberdade e agir moral em Kant.

Questão 6

(Prefeitura Municipal de São Luiz-MA-FSADU-UFMA-2007). Rousseau, um dos fi lósofos críticos de seu tempo, tratou, com muita pertinência, de questões sociais, políticas e educacionais. Desta-ca-se sua relevante contribuição, por ter promo-vido a “Revolução Copernicana” na educação, deixando como lição o otimismo pedagógico.

Page 37: Servico social 3

149

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Tema 4 - Atividades

Tomando por base essa assertiva, assinale a res-posta CORRETA.

a) Uma nova maneira de lidar com a natureza hu-mana que possibilitou no processo da educa-ção: a a valorização da infância, a abertura de espaço para as individualidades, o sentimento de liberdade e o relacionamento interpessoal.

b) Sua posição inovadora na política e o enten-dimento sobre Estado e soberania assinalam uma relação muito próxima com o propósito da educação.

c) A espontaneidade e as emoções não predomi-nam sobre a razão, sobre o pensamento ela-borado do indivíduo em estado de natureza.

d) A escola deve ser espaço de alegria, de prazer, todavia, pelas exigências quanto ao domínio intelectivo, não propicia a cooperação entre os alunos.

e) A criança precisa ser considerada enquanto tal, desenvolver seus interesses, sua indepen-dência, porém é vista como miniatura do adul-to, não sendo reconhecida como centro do processo educativo.

Questão 7

(Prefeitura Municipal de São Luiz-MA-FSADU-UFMA-2007). Se queremos denominar a recepti-vidade de nossa mente a receber representações na medida em que é afetada de algum modo, de sensibilidade, a faculdade de produzir ela mesma representações, ou a espontaneidade do conhe-cimento é, contrariamente, o entendimento. (...) Sem sensibilidade nenhum objeto nos seria dado, e sem entendimento nenhum seria pensado. Pen-samentos sem conteúdo são vazios, intuições sem conceitos são cegas. Immanuel Kant. Crítica da Ra-zão Pura.

A partir do texto acima, analise as asserções abai-xo.

Para Kant, pensamentos sem conteúdo são vazios, intuições sem conceitos são cegas porque faz-se necessário, para que ocorra conhecimento, a sín-tese das intuições com os conceitos.

A propósito dessas assertivas, assinale a opção correta.

a) As duas asserções são proposições verdadeiras e a segunda é uma justifi cativa correta da pri-meira.

b) As duas asserções são proposições verdadei-ras, mas a segunda não é uma justifi cativa correta da primeira.

c) A primeira asserção é uma proposição verda-deira e a segunda é uma proposição falsa.

d) A primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda é uma proposição verdadeira.

e) Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas.

Questão 8

(Ministério da Educação-ENADE-CESPE-2005). A mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem quais-quer ideias; como ela será suprida? De onde provém este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou com uma variedade quase infi nita? De onde apreende to-dos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo, numa palavra, da experiência. John Locke. Ensaio acerca do entendimento hu-mano ( com adaptações).

Tendo como referência o texto acima, analise as asserções a seguir.

Para Locke, a mente é uma tabula rasa e não contém nada inscrito antes de qualquer conta-to do homem com a experiência, porque todo o material da mente é constituído exclusivamente de ideias.

Considerando as afi rmativas acima, assinale a opção correta.

a) As duas asserções são proposições verdadei-ras e a segunda é uma justifi cativa correta da primeira.

b) As duas asserções são proposições verdadei-ras, mas a segunda não é uma justifi cativa correta da primeira.

c) A primeira asserção é uma proposição verda-deira e a segunda é falsa.

d) A primeira asserção é uma proposição falsa e a segunda é uma proposição verdadeira.

e) Tanto a primeira como a segunda asserções são proposições falsas.

Page 38: Servico social 3

150

Filosofi a Aplicada ao Serviço SocialTema 4 - Atividades

Questão 9

(Secretaria de Estado de Educação do RJ- Fun-dação Escola de Serviço Público-FESP RJ-2008). Francis Bacon, Thomas Hobbes, John Locke, George Berkeley e David Hume são alguns dos mais importantes nomes da tradição empirista, corrente fi losófi ca desenvolvida especialmente na Inglaterra e nos países de língua inglesa. No pensamento de Hume, é fundamental sua con-clusão sobre o que se pode chamar de “identi-dade pessoal”. Para ele, o “eu” é defi nido como:

a) feixe de percepções

b) folha em branco

c) substância pensante

d) sujeito transcendental

e) espírito absoluto

Questão 10

(Secretaria de Estado de Educação do RJ- Funda-ção Escola de Serviço Público-FESP RJ-2008). Para a fi losofi a de Kant, o conhecimento da razão pode ser referido de dois modos a seu objeto. No prefácio para a segunda edição da Crítica da Razão Pura, ele então explica que há:

a) o modo teórico, visando apenas refl etir sobre o objeto e seu conceito; e o modo prático, visando apenas determiná-lo.

b) o modo teórico, visando apenas determinar o objeto e seu conceito; e o modo prático, visando apenas refl etir sobre ele .

c) o modo teórico, visando realizar ou tornar real o objeto e seu conceito; e o modo práti-co, visando apenas determiná-lo.

d) o modo teórico, visando apenas determinar o objeto e seu conceito; e o modo prático, visando também realizá-lo ou torná-lo real.

e) o modo teórico, visando apenas determinar o objeto e seu conceito; e o modo estético, visando também realizá-lo ou torná-lo real.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Para saber mais sobre esse assunto consulte:

Disponível em:

• <http://cafehistoria.ning.com> - Site que re-úne notícias exclusivas de história, entrevistas com historiadores, blogs, vídeos, grupos de es-tudos, entre outros.

• <http://www.ufjf.br/rehb> - Site da Revista Eletrônica de História do Brasil.

Sugestão de Bibliografi a Complementar:

• DUCLÓS, Miguel. Aspectos da Filosofi a Moral e da Política de Kant. Disponível em: <www.consciencia.org/artigos.shtml>.

• VIEIRA, Júlia Lemos. Rosseau: o papel da pe-dagogia na manutenção da vontade geral. Dis-ponível em: <http://www.revistaindice.com.br>.

FINALIZANDO

Nesse tema você viu que as questões objetivas e dissertativas tiveram como objetivo a refl exão e a fi xação dos conhecimentos adquiridos sobre a Filosofi a Moderna. A intenção foi complemen-tar o processo de aprendizagem de conceitos importantes tais como o questionamento em-pirista e racionalista sobre a epistemologia do conhecimento; a compreensão histórica e social do Iluminismo ou Século das Luzes - XVIII e tam-bém propiciar um conhecimento introdutório sobre os diversos fi lósofos iluministas.

Page 39: Servico social 3

151

Tema 5Filosofi a contemporânea

Objetivos de aprendizagem

• Proporcionar ao aluno um panorama teórico acerca da fi losofi a contemporânea e seus principais pensa-dores e respectivas linhas teóricas;

• Gerar refl exões sobre o romantismo, o idealismo alemão e o existencialismo;

• Debater os principais aspectos da obra de Auguste Comte e Karl Marx;

• Construir uma visão sobre a Escola de Frankfurt;

• Discutir a chamada Filosofi a Pós-Moderna.

Para início de conversa

Você entendeu que a Filosofi a Contemporânea abarca mui-tas questões relevantes para o saber fi losófi co como um todo? Portanto, trata-se de uma temática bastante impor-tante a ser estudada, cujos fundamentos trazem considerá-veis contribuições para a compreensão da sociedade atual.As discussões passam pelo Romantismo e suas contribuições para se pensar o indivíduo, a emoção e a natureza, pelo Ide-alismo Alemão e suas análises sobre o real, além do Existen-cialismo e seus apontamentos sobre a existência humana.Há ainda o pensamento positivista de Comte e o materia-lismo dialético de Marx, além da Escola de Frankfurt e sua teoria crítica contra a opressão social e, por fi m, a chamada Filosofi a Pós-Moderna e sua ênfase no caráter plural dos ca-minhos e das culturas.

Por dentro do tema

A chamada época contemporânea se estende de 1789, ano da Revolução Francesa, até os dias atuais. A Filosofi a Contemporânea tem suas análises e teorias voltadas à compreensão do homem, fudamentalmente.

Um dos movimentos que marcam o início da contemporaneidade é o Roman-tismo, que aconteceu do fi nal do século XVIII à primeira metade do século XIX, apresentando uma crítica à racionalização e à mecanização característi-cas da industrialização e exaltando a expressão humana, os sentimentos e as emoções dos homens, além da força da natureza.

Da infl uência romântica originou-se o Idealismo Alemão, que perdurou no século XIX, e reconhecia o papel do sujeito no processo do conhecimento, afi rmando, por outro lado, que tudo que este conhece plenamente são suas ideias e sua consciência. Nesse contexto, destaca-se a fi losofi a de Hegel.

Page 40: Servico social 3

152

Por sua vez, o existencialismo, também denominado fi losofi a da existência, refl ete basicamente sobre a exis-tência humana e o existir.

Comte criou o positivismo como doutrina e por meio do qual se fazia um culto à ciência e ao método cien-tífi co, mostrando-se bastante confi ante em relação aos avanços e progressos causados pela industrialização.

Marx retoma o pensamento sobre o homem, como contruído por relações sociais. Daí se volta ao modo de produção e ao mundo do trabalho para apontar a luta de classes existente entre a burguesia e o proletariado.

As teorias marxistas foram um dos pontos de partida para a criação da Escola de Frankfurt que concentrou sua análise na sociedade de massa. Indicava como os avanços tecnológicos são colocados a serviço da re-produção da lógica capitalista, destacando o consumo e a diversão como meios de anulação dos problemas sociais.

Por fi m, a Filosofi a Pós-Moderna concentra suas críticas no projeto da modernidade que se fundamentava na emancipação humano-social por meio da razão. Os fi lósofos pós-modernos focam não nas totalidades, mas nas singularidades, particularidades e diversidades do real e do humano.

Page 41: Servico social 3

153

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Tema 5 - Atividades

Atividades

INSTRUÇÕES

As atividades sobre o tema 5, Filosofi a Contem-porânea, devem ser feitas em dupla e requerem a leitura dos capítulos 10 e 11 do livro-texto da disciplina.

Ponto de partida

As discussões da Filosofi a Contemporânea são feitas sobre o humano e nascem em uma época na qual passam a predominar as inovações tec-nológicas. Hoje vivemos em um contexto em que a tecnologia, em diferentes vertentes, está total-mente incorporada ao cotidiano dos indivíduos. As novas tecnologias de reprodução humana e da engenharia genética trazem todo um deba-te sobre o que constitui o humano e, nesse qua-dro, quais os limites da intervenção do próprio homem sobre a vida. Você já pensou sobre isso? Tente apontar alguns dos dilemas que decorrem deste quadro.

Agora, é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1

Por que é possível dizer que o Romantismo foi um movimento de reação ao processo de indus-trialização e à consequente racionalização e me-canização do mundo?

Questão 2

Discuta a afi rmação de Hegel: “Tudo que é real é racional, tudo que é racional é real”. Quais as críticas que se pode fazer a ela?

Page 42: Servico social 3

154

Filosofi a Aplicada ao Serviço SocialTema 5 - Atividades

Questão 5

Segundo Marx “o modo de produção da vida material condiciona o processo geral de vida so-cial, política e espiritual”. Explique essa afi rma-ção considerando a visão materialista da história por ele apresentada.

Questão 3

(SEE/DF – Professor Filosofi a – 2006)

Com relação ao positivismo, julgue os próximos itens como certos ou errados.

a) Auguste Comte caracteriza o estado positivo, que é único na natureza, pela subordinação da imaginação e da argumentação às razões transcendentais, posto que as estruturas para intelecção dos seres são adequadas para o en-tendimento da realidade.

b) Comte classifi ca as ciências de acordo com a simplicidade dos seus objetos, partindo das mais simples para as mais complexas. A so-ciologia é a ciência mais simples e mais geral, por tratar dos seres na sociedade, e a ma-temática, a mais complexa e concreta, pela complexidade dos seus cálculos.

c) Na visão geral do desenvolvimento da huma-nidade, Comte, entendendo a ordem como base e o progresso como fi m, ressaltou a im-portância de um princípio fundamental, au-sente no dístico pátrio da bandeira brasileira, o amor.

Questão 4

(IF/RS – Professor Filosofi a – 2010). Marx e Engels operaram uma grande virada na fi losofi a ao di-rigir sua atenção para a situação miserável das classes trabalhadoras, e ao fornecer instrumen-tos intelectuais de análise e interpretação da so-ciedade, capazes de modifi cá-la; entre esses ins-trumentos estão:

a) A aceitação e a ampliação do idealismo de Hegel.

b) A defi nição do indivíduo por si mesmo, pela sua autonomia, e não pelas suas relações so-ciais.

c) O materialismo dialético, que afi rma que so-ciedades e culturas são determinadas pelas suas condições materiais.

d) A defi nição da relação entre economia e so-ciedade, excluindo as forças produtivas da questão do modo de produção.

e) A doutrina da luta de classes como motor se-cundário.

Page 43: Servico social 3

155

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Tema 5 - Atividades

Questão 8

(Pref. Barueri/SP – PEB Filosofi a – 2006). Para os fi lósofos da escola de Frankfurt a crítica tem a função de:

a) Desencadear um processo de acomodação diante das certezas e dos confl itos cognitivos de si mesmo.

b) Naturalizar o mundo, torná-lo menos com-plexo, mais óbvio.

c) Consolidar a fé nas aparências, nas rotinas, nos dogmas para adentrar-se numa tarefa sistemática e metódica de identifi car os cená-rios, as estruturas categoriais, os pressupostos universais.

d) Impedir que os seres humanos se abandonem irrefl etidamente àquelas ideias e formas de condutas instituídas socialmente.

e) Reconhecer os fatos ou fenômenos puros sem a interpretação, na mesma perspectiva do pensamento nietzscheano.

Questão 9

(IF/RS – Professor Filosofi a – 2010). Habermas fi -gura como um dos fi lósofos mais discutidos na atualidade por meio da Teoria da Ação Comuni-cativa, que busca inspirar uma Nova Teoria Crí-tica. Ele, enquanto herdeiro da Escola de Frank-furt, dialoga com as perspectivas dialética e fenomenológica, buscando fundamentar a Ética do Discurso na teoria do agir comunicativo. Nes-sa direção, Habermas nos remete para a necessi-dade de construir uma nova racionalidade, mais ampla e radicalmente crítica, que ele denomina de racionalidade ético-comunicativa. Nessa pers-pectiva de Construção da Razão Comunicativa, Habermas concebe que a exigência primeira é:

a) A realização da Époche, colocando toda per-cepção do mundo natural em suspenso.

b) A mudança do paradigma transitando da fi -losofi a da consciência para o paradigma da linguagem.

c) O resgate da ética cristã, pautada na justiça e igualdade social.

Questão 6

(IF/RS – Professor Filosofi a – 2010). O existencia-lismo foi uma corrente de pensamento que fez do homem efetivamente existente o centro e o núcleo das questões fi losófi cas, e o ponto de partida para a Ontologia. Um dos seus mais co-nhecidos criadores e pensadores, o francês Jean Paul Sartre,

a) Rejeita toda e qualquer dependência da fi lo-sofi a de Heidegger.

b) Não aceita a metodologia fenomenológica e prefere um discurso fi losófi co mais próximo do dramático.

c) Considera que a existência de Deus é a ga-rantia da plena liberdade humana.

d) Defi ne o ser humano como um ser em proje-to, inacabado, que se completa nas suas rela-ções de solidariedade com os outros.

e) Argumenta que a essência do ser para si é sua própria existência.

Questão 7

O que signifi ca a afi rmação de Sartre de que “a existência precede a essência”?

Page 44: Servico social 3

156

Filosofi a Aplicada ao Serviço SocialTema 5 - Atividades

d) A prática da rivalidade de posições para ven-cer o argumento mais forte.

e) A disputa de teses contrárias para acirrar os confl itos.

Questão 10

Qual a origem e as características centrais da Fi-losofi a Pós-Moderna?

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Você quer saber mais sobre esse assunto? Então, consulte:

Disponível em: <http://www.cobra.pages.nom.br/fi lcont.html> - que traz dados biográfi cos so-bre alguns pensadores desse período.

• Para se aprofundar em temas à sua escolha con-sulte o Portal Brasileiro da Filosofi a em <http://portal.fi losofi a.pro.br/publicaes-com-desconto.

HTML>.

• A obra de Auguste Comte é analisada em ar-tigo. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/auguste-comte-423321.shtml>.

• O pensamento de Karl Marx é discutido em: <http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/karl-marx-filosofo-revolu-cao-428135.shtml>. Acesso em:

• Uma boa leitura sobre a Escola de Frankfurt e a Indústria Cultural pode ser feita em: <http://seer.fclar.unesp.br/index.php/estudos/article/viewFi-le903/767>.

FINALIZANDO

Nesta tema você viu que a Filosofi a Contemporâ-nea apresenta variadas e importantes temáticas que são fundamentais para se pensar e refl etir sobre a realidade do homem e da sociedade atu-al. Pensadores desse período se tornaram clássi-cas referências e, por isso, merecem ser estuda-dos e analisados com atenção.

Page 45: Servico social 3

157

Tema 6Ciência e Filosofi a

Objetivos de aprendizagem

• Proporcionar um debate que envolve as relações e as contradições entre a fi losofi a e a ciência;

• Debater o método científi co e o mito do cientifi cismo;

• Entender as investigações fi losófi cas sobre a ciência.

Para início de conversa

Você percebeu que a Filosofi a da Ciência consiste em um campo de refl exão sobre a ciência e seus métodos? Na so-ciedade atual, a ciência ocupa cada vez mais espaço e de-manda variadas e interdisciplinares análises, tendo em vista que vem expandindo seus domínios às mais direferentes áreas da vida humana!

Por dentro do tema

A ciência pode ser defi nida como a busca pelo conhecimento sistemático e seguro dos fenômenos do mundo, tendo como um de seus objetivos propor-cionar ao ser humano meios para exercer controle sobre a natureza. Mas os conhecimentos e as ações científi cas são neutras?

Existem análises decorrentes da relação que se estabelece entre a ciência e o poder que, entre outras coisas, se refl ete na presença tecnológica cotidia-na capaz de gerar certas regressões dos valores humanos. Tem-se assim um quadro em que a ciência desafi a diretamente questões de humanidade e de sociabilidade.

Ao fi lósofo da ciência cabe a análise de ambiguidades, acertos e erros, pre-tensões e possibilidades científi cas e, sobretudo, um olhar crítico aos métodos científi cos que constantemente requerem questionamentos e reavaliações, considerando também as transformações que ocorrem no campo científi co.

O fundamental é que a ciência deixe de ser vista como disseminadora de verdades absolutas e inquestio-náveis. Isso vai ao encontro do mito do cientifi cismo, isto é, da perspectiva segundo a qual a ciência leva invariavelmente ao progresso. E, também de que toda e qualquer tecnologia visa a satisfação exclusiva das necessidades humanas.

Page 46: Servico social 3

158

Filosofi a Aplicada ao Serviço SocialTema 6 - Atividades

Atividades

INSTRUÇÕES

As atividades a seguir deverão ser realizadas in-dividualmente e requerem a leitura do capítulo 12 do livro-texto da disciplina.

Ponto de partida

Considere a frase de Rubem Alves apresentada por Gilberto Cotrim no livro-texto:

“O cientista virou um mito. E todo mito é perigo-so, porque ele induz o comportamento e inibe o pensamento. Este é um dos resultados engraça-dos (e trágicos) da ciência. Se existe uma classe especializada em pensar da maneira correta (os cientistas), os outros indivíduos são liberados da obrigação de pensar e podem simplesmente fa-zer o que os cientistas mandam.” (In: (COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofi a: História e grandes temas. São Paulo: Saraiva, 2006, p.17).

O que se pode entender e discutir a partir desta colocação?

Agora, é com você! Responda às questões a se-guir para conferir o que aprendeu.

Questão 1

Quando surge o que hoje conhecemos como ci-ência? Por que Gilberto Cotrim afi rma que as origens do saber científi co se confundem com as origens da própria fi losofi a?

Questão 2

Por que a passagem do século XIX para o XX traz uma nova perspectiva à ciência e seu método?

Page 47: Servico social 3

159

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Tema 6 - Atividades

Questão 3

(ENADE – Filosofi a – 2008). “Neste ensaio, ‘ci-ência normal’ signifi ca a pesquisa fi rmemente baseada em uma ou mais realizações científi -cas passadas. Essas realizações são reconhecidas durante algum tempo por alguma comunidade científi ca específi ca como proporcionando os fundamentos para sua prática posterior. (...) Su-ponhamos que as crises são uma pré-condição necessária para a emergência de novas teorias e perguntemos então como os cientistas respon-dem à sua existência. (...) De modo especial, a discussão precedente indicou que considerare-mos revoluções científi cas aqueles episódios de desenvolvimento não-cumulativo, nos quais um paradigma mais antigo é total ou parcialmente substituído por um novo, incompatível com o an-terior.” [T. Kuhn. A estrutura das revoluções cien-tífi cas. Editora Perspectiva.]

Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a fi losofi a da ciência de Thomas Kuhn, assinale a opção incorreta.

a) A assunção de um paradigma ocorre depois que o fracasso persistente na resolução de um problema dá origem a uma crise.

b) A atividade científi ca madura desenvolve-se por meio de fases de ciência normal (paradig-ma), crise, revolução e novo paradigma.

c) A ciência normal é o período em que se de-senvolve uma atividade científi ca com base em um novo paradigma.

d) Paradigma é uma concepção teórica associa-da a aplicações-padrão, que são objetos de consenso em uma comunidade científi ca.

e) As revoluções científi cas produzem efeitos desintegradores na tradição à qual a ativida-de da ciência normal está ligada.

Questão 4

(SESI – Analista Pedagógico- Filosofi a – 2008). Não acredito ser possível decidir, usando méto-dos de ciência empírica, questões controverti-das como a de saber se a ciência realmente usa ou não o princípio da indução. Minhas dúvidas aumentam quando me dou conta de que será sempre questão de decisão ou de convenção sa-ber o que deve ser denominado ciência e quem

deve ser chamado cientista. [K. Popper. The logic of scientifi c discovery. NY, Harper, 1968, p. 54-5 (com adaptações).]

Acerca das idéias apresentadas no texto acima e de conhecimentos relativos à fi losofi a da ciência, assinale a opção correta.

a) A ciência é um saber absoluto, positivo, in-questionável.

b) A defi nição do método científi co é uma cons-trução social, historicamente datada.

c) A ciência é uma descrição pura e objetiva da realidade, baseada no método empírico.

d) Popper, autor do texto, acredita ser a ciência um saber logicamente comprovado.

Questão 5

(Governo DF – Professor – 2006). “Um cientista, seja teórico, seja experimental, formula enun-ciados ou sistemas de enunciados e verifi ca-os um a um. No campo das ciências empíricas, para particularizar, ele formula hipóteses ou sistemas de teorias e submete-os a teste, confrontando-os com a experiência, por meio de recursos de ob-servação e experimentação. A tarefa da lógica da pesquisa científi ca, ou da lógica do conhecimen-to, é, segundo penso, proporcionar uma análi-se lógica desse procedimento, ou seja, analisar o método das ciências empíricas.” [K. Popper. A lógica da pesquisa científi ca. São Paulo: Cultrix, 1975, p. 27 (com adaptações).]

Considerando o texto acima e a teoria popperia-na, julgue os itens que se seguem como certos ou errados.

a) Para comprovar uma teoria, K. Popper pro-cura comparar logicamente as conclusões, investiga a forma lógica da teoria, compara com outras teorias e fi nalmente verifi ca as aplicações empíricas das conclusões que dela se possam deduzir.

b) Popper usa o critério da verifi cabilidade como critério de demarcação, pois entende ser melhor dizer o que uma coisa é do que o que não é e usa para tanto a indução, nas ciências naturais.

Page 48: Servico social 3

160

Filosofi a Aplicada ao Serviço SocialTema 6 - Atividades

Questão 6

Contextualize as oposições que se constroem entre o senso comum e a ciência. Qual crítica se pode fazer a tais oposições?

Questão 7

Como as oposições construídas entre o senso co-mum e a ciência alimentaram a criação do mito do cientifi cismo?

Questão 8

(Polícia Federal – Técnico em Assuntos Educacio-nais - Filosofi a – 2004). Não exigirei que um sis-tema científi co seja suscetível de ser dado como válido, de uma vez por todas, em sentido posi-tivo; exigirei, porém, que sua forma lógica seja tal que se torne possível validá-lo por meio do recurso a provas empíricas; em sentido negativo deve ser possível refutar, pela experiência, um sistema científi co empírico. [Karl Popper. A lógi-ca da pesquisa científi ca. (com adaptações).]

Uma vez encontrado um primeiro paradigma com o qual conceber a natureza, já não se pode mais falar em pesquisa sem qualquer paradigma. Rejeitar um paradigma sem simultaneamente substituí-lo por outro é rejeitar a própria ciência. [Thomas Kuhn. A estrutura das revoluções cien-tífi cas.]

A partir dos textos acima e da fi losofi a da ciência de Karl Popper e Thomas Kuhn, julgue os itens a seguir como certos ou errados.

a) Existe uma semelhança entre os critérios que caracterizam as mudanças dos sistemas cien-tífi cos e teorias científi cas, tomando como base as fi losofi as de Karl Popper e Thomas Kuhn.

b) Segundo Thomas Kuhn, os paradigmas com-põem a dinâmica da ciência, chegando mes-mo, em alguma medida, a determiná-la.

c) Segundo Karl Popper, as teorias científi cas são sempre refutadas, por isso são científi cas.

Page 49: Servico social 3

161

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Tema 6 - Atividades

Questão 9

(Secretária da Educação e Cultura/PI – Professor Filosofi a/Sociologia – 2010). Sobre o conceito de Epistemologia, podemos afi rmar que:

a) É o conhecimento das formas e regras gerais do pensamento correto e verdadeiro, inde-pendentemente dos conteúdos pensados; regras para a verifi cação da verdade ou falsi-dade de um pensamento ou de um discurso.

b) É a análise crítica das ciências, tanto as ciên-cias exatas ou matemáticas, quanto as natu-rais e as humanas; avaliação dos métodos e dos resultados das ciências; compatibilidades e incompatibilidades entre as ciências; for-mas de relações entre as ciências.

c) É o estudo das diferentes modalidades de conhecimento humano: o conhecimento sen-sorial ou sensação e percepção; a memória e a imaginação; o conhecimento intelectual; a ideia de verdade e falsidade; a ideia de ilusão e realidade; formas de conhecer o espaço e tempo.

d) É a linguagem como manifestação humana; signos, signifi cações; a comunicação; a passa-gem da linguagem oral à escrita, da lingua-gem cotidiana à fi losófi ca, à literária, à cien-tífi ca; diferentes modalidades de linguagem como diferentes formas de expressão e de comunicação.

e) É o estudo caracterizado pela intenção de ampliar incessantemente a compreensão da realidade, no sentido de apreendê-la na sua inteireza, quer pela busca da realidade capaz de abranger todas as outras, o Ser, quer pela defi nição do instrumento capaz de apreen-der a realidade, o Pensamento, tornando-se o homem tema inevitável de consideração.

Questão 10

Considerando a sacralização do conhecimento científi co e o mito do cientifi cismo, com suas pa-lavras, aponte qual deve ser o papel da Filosofi a da Ciência.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Você quer saber mais sobre esse assunto? Então, consulte:

• Para leituras de diferentes temáticas relaciona-das à Filosofi a da Ciência. Disponível em: <http://www.cefetsp.br/edu/eso/fi losofi a/textosf>i.

• Para uma visão crítica das relações entre a fi lo-sofi a e a ciência, ler a análise de Paulo Ghiraldelli Jr. Disponível em: <http://ghiraldelli.wordpress.com/2007/11/21/ciencia-e-fi losofi a/>.

• Para uma revisão e discussão da Filosofi a da Ciência, ver artigo de Reinaldo Furlan. Dispo-nível em: <http://www.scielo.br/pdf/paideia/v12n24/02.pdf>.

• Para compreender melhor a teoria de Popper sobre a ciência, consultar material. Disponí-vel em: <http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v15n2/a03v15n2.Pdf>.

FINALIZANDO

Nesta tema você viu que, em face de tantos avanços científi cos e tecnológicos presentes na sociedade atual, é importante que se considerem elementos da Filosofi a da Ciência para se pen-sar tal realidade. As refl exões sobre a ciência são fundamentais para que os avanços científi cos não ultrapassem barreiras importantes no que se refere à natureza e à humanidade como um todo.

Page 50: Servico social 3

162

Tema 7Ética e Filosofi a

Objetivos de aprendizagem

• Gerar uma discussão sobre o conceito de ética no campo da fi losofi a;

• Discutir as distinções entre a moral e a ética;

• Pensar a moral e a ética em diferentes contextos sociais e históricos.

Para início de conversa

Você já ouviu falar de ética? A defi nição desse conceito nem sempre é dada com facilidade. Há uma área da fi losofi a que aborda especifi camente a questão da ética.Uma outra questão que se deve ressaltar é que ética e moral não são a mesma coisa, tampouco são imutáveis. Princípios morais e éticos variam ao longo do tempo e conforme as so-ciedades.Enfi m, trata-se de uma discussão de extrema relevância e que é capaz de proporcionar um novo e consciente olhar sobre a vida social de maneria geral!

Por dentro do tema

Antes de qualquer coisa, é preciso que se estabeleça a distinção entre moral e ética. Moral é o conjunto de regras de conduta que se admite em determinada época ou por determinado grupo de homens. Já ética - ou fi losofi a moral - é voltada à refl exão das noções e princípios que norteiam a vida moral.

Em outras palavras, ética é a disciplina fi losófi ca que estuda os sistemas morais e a compreensão da fundamentação de normas, proibições e seus respectivos pressupostos. Sendo que tais pressupostos, revelam concepções, o ser huma-no e a existência humana.

Os sistemas morais são decorrentes de valores cuja elaboração se altera com o passar do tempo. Por exemplo, coisas que eram consideradas imorais há alguns anos, hoje acontecem corriqueiramente. Portanto, a moral é uma construção humana.

A ética é também construída pelas sociedades a partir de valores históricos e culturais. Sendo assim, diferentes sociedades e diferentes grupos podem vir a possuir diferenciados códigos de ética. A ética é então relativa a determinados contextos, sejam estes culturais, históricos ou sociais.

Page 51: Servico social 3

163

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Tema 7 - Atividades

Atividades

INSTRUÇÕES

As atividades deverão ser realizadas individual-mente e, para isso, se faz necessária a leitura do capítulo 13 do livro-texto da disciplina.

Ponto de partida

Além dos princípios da ética que se voltam ao bom funcionamento social de maneira geral, existe também a ética que se aplica a contextos profi ssionais. Constantemente ouvimos falar de ética médica, ética da pesquisa, ética jurídica, éti-ca na propaganda, ética na televisão, ética em-presarial, ética educacional, ética nos esportes, ética jornalística, ética na política, ética no servi-ço social etc. Mas o que os Códigos de Ética das profi ssões signifi cam na prática?

Agora, é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1

Elabore, com suas palavras, uma distinção entre a moral e a ética.

Questão 2

(TRT – Serviço Social – 2008). Os termos moral e ética são usados como sinônimos, mas conside-rando a diferença entre a vida prática e o conhe-cimento teórico, como também entre o indiví-duo em sua singularidade e o humano genérico, é correto defi nir a moral como:

a) Refl exão teórica e como ação livre voltada ao humano genérico e a ética como prática dos indivíduos em sua singularidade.

b) Contribuição para entender esse processo e o seu signifi cado e a ética como necessidade prática de convívio social.

c) Prática dos indivíduos em sua singularidade e a ética como refl exão teórica e como ação livre voltada ao humano genérico.

d) Prática dos indivíduos de forma genérica e a ética como refl exão teórica e como ação vol-tada ao humano em sua singularidade.

e) Refl exão teórica em relação à práxis, permi-tindo a elevação da moralidade singular ao humano genérico, enfi m, a ética.

Page 52: Servico social 3

164

Filosofi a Aplicada ao Serviço SocialTema 7 - Atividades

Questão 3

(Governo DF - Professor – 2006). Um estudo sobre ética que se pretenda fi losófi co deve dedicar-se preliminarmente a delinear o contorno semânti-co dentro do qual o termo ética será designado e a defi nir assim, em primeira aproximação, o objeto ao qual se aplicarão suas investigações. [Henrique C. de Lima Vaz. Ética fi losófi ca. São Paulo: Loyola, 1999 (com adaptações).]

Com relação à questão ética, julgue os itens sub-sequentes como certos ou errados:

a) O termo ética, segundo sua signifi cação eti-mológica, une os sentidos de costume e cará-ter.

b) Em uma linguagem atual e mais precisa, a moral é a ciência do agir humano, é a ação humana epistemologicamente considerada, ao passo que a ética trata dos costumes e das ações humanas amplamente consideradas.

c) A moral de situação é aquela que considera a relatividade dos princípios éticos dependente de cada contexto, no qual as circunstâncias não só condicionam o ato moral, mas o deter-minam.

d) Sócrates tinha como máxima o dito “Homem, conhece-te a ti mesmo”, em uma época em que abundavam os estudos cosmológicos e, embora nada tivesse escrito de que se tenha conhecimento, foi considerado o pai da ética.

e) Para Aristóteles, a questão fundamental da fi losofi a é a procura do bem supremo identi-fi cado como a felicidade, que consiste no agir corretamente e ter uma boa sorte.

Questão 4

Por que se afi rma que a moral passa por trans-formações ao longo do tempo? Dê exemplos.

Questão 5

(SESI – Analista Pedagógico - Filosofi a – 2008). A fi losofi a de Aristóteles pode parecer uma cate-dral abandonada, uma construção a ser visitada aos domingos, a respeito da qual se pergunta-ria, com certa curiosidade, que pessoas a teriam habitado. Um exame mais atento da fi losofi a do nosso século, porém, atesta o contrário: Aristó-teles foi continuamente discutido, analisado, debatido, e isto nas mais diferentes correntes, em momentos decisivos de suas elaborações. Em particular, a ética aristotélica ocupa uma posi-ção privilegiada nos atuais debates sobre a mo-ral. A razão disso consiste muito provavelmente no fato de que a ética contemporânea buscou atenuar os elementos demasiadamente rígidos que herdou do que podemos considerar a ética por excelência da época moderna — o formalis-mo kantiano. As refl exões de Aristóteles sobre a ação, a moral e a razão prática foram corre-tamente vistas por um bom número de auto-res como podendo servir de contrapeso a essa herança. [Marco Zingano. Prefácio. In: Hobuss João. Eudaimonia e auto-sufi ciência em Aristó-teles. Pelotas: Ed. Universitária, UFPel, 2002, p. 9 (com adaptações).]

A partir do texto acima e de conhecimentos acer-ca da ética clássica, assinale a opção correta.

a) A ética de Kant é uma atualização da ética aristotélica.

b) A ética contemporânea reconhece a necessi-dade de recorrer à ética de Aristóteles, pois seus conceitos parecem-lhe mais apropriados do que os da ética moderna.

Page 53: Servico social 3

165

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Tema 7 - Atividades

c) A fi losofi a aristotélica é um edifício em ruína, relevante somente para fi ns arqueológicos.

d) A ética é o estudo das normas clássicas de convivência social.

Questão 6

Explique os princípios norteadores da concepção de ética apresentada por Kant, centrando-se na questão do dever.

Questão 7

Gilberto Cotrim apresenta no livro-texto da disci-plina o documento chamado Carta da Terra, que foi elaborado por uma comissão internacional de estudiosos, coordenada pela ONU, e apresen-ta um código de ética planetário. Leia esse mate-rial e tente articular os pontos que ele defende à atuação do profi ssional em Serviço Social.

Questão 8

Na sua opinião, quais as grandes questões que a ética procura responder no mundo de hoje? Ela-bore comentários fornecendo exemplos.

Page 54: Servico social 3

166

Filosofi a Aplicada ao Serviço SocialTema 7 - Atividades

Questão 9

(IF/RS – Professor Filosofi a – 2010). Segundo os princípios da ética: Direito à Vida, Liberdade e Consciência responsável, o fundamento primeiro para avaliar as práticas morais inerentes à vida em sociedade é a vida. O valor maior de tudo o que temos está no direito à vida digna, que deve ser respeitado incondicionalmente. Se partirmos desse princípio – a vida – podemos avaliar que as práticas do aborto, eutanásia, eugenia, tráfi co de bebês e de órgãos humanos são práticas anti-éticas porque:

a) Vão contra a moral e os princípios cristãos.

b) Produzem a morte de pessoas inocentes e in-defesas.

c) Ferem o princípio ético por excelência – do direito à vida digna para todos.

d) Causam graves problemas e injustiças sociais.

e) Alimentam a violência contra a sociedade, principalmente aos mais pobres.

Questão 10

(ENADE – Serviço Social – 2004)

O assistente social, ao se deparar com confl itos de interesses, deve, de acordo com o atual Có-digo de Ética, em seus Princípios Fundamentais, posicionar-se a favor da democracia, da cidada-nia, da equidade, da justiça social, dos direitos humanos e da liberdade como valor ético cen-tral. Nesse quadro, o assistente social deve optar por um projeto profi ssional vinculado à constru-ção de:

a) Uma sociedade liberal e democrática, sem qualquer tipo de discriminação.

b) Uma sociedade burguesa renovada, plural, livre de qualquer tipo de opressão.

c) Uma sociedade democrática, porém conser-vando as diferenças econômicas, políticas e culturais.

d) Uma nova ordem societária, sem dominação-exploração de classe, gênero e etnia.

e) Um novo projeto social-democrata.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Você quer saber mais sobre esse assunto? Então, acesse:

• Acesse o portal que traz as publicações feitas nos Cadernos de Ética e Filosofi a Política. Dispo-nível em: <http://www.ffl h.usp.br/df/cefp/outras.html>.

• Para ver uma discussão sobre a ética e a mo-ral acessar vídeo do fi lósofo Paulo uiraldelli Jr. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=oFtjZ7b4NNg>.

• Para ter acesso a uma análise da ética profi ssional. Acessar. Disponível em: <http://www.ufr-gs.br/bioetica/eticprof.Htm>.

• Para uma discussão sobre a relação entre a Ética e o Serviço Social ler artigo disponível em: <http://www.rededobem.org/arquivospdf/1381.pdf.>.

• Para consultar o Código de Ética do Assistente Social acessar material. Disponível em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_1965.pdf.>.

FINALIZANDO

Nesse tema você aprendeu sobre ética - que é o conjunto de valores e princípios morais nortea-dores da conduta humana em sociedade. Pode compreender que ela é fundamental para asse-gurar um equilíbrio no convívio social.

É interessante enfatizar ainda que a ética se re-vela (ou deveria) quando nos deparamos com o “outro.” Porque não se pode ser indiferente, nem desconsiderar suas necessidades ou desres-peitá-lo. É preciso agir corretamente.

47

Page 55: Servico social 3

167

Tema 8Filosofi a política e estética

Objetivos de aprendizagem

• Inserir os alunos nas discussões sobre a Filosofi a Política e a Estética, dois campos importantes da Filoso-fi a;

• Trabalhar os conceitos de poder e Estado no contexto da Filosofi a Política;

• Refl etir sobre as vivências sociais por meio da arte no que se refere à estética.

Para início de conversa

Você sabia que o universo político e as relações com a arte revelam diferentes elementos de uma sociedade e auxiliam na compreensão do modo de vida que lá se estabelece?A política e as relações entre o Poder, o Estado e a sociedade são pensadas por diferentes autores com linhas de pensamen-to em épocas distintas.São consideráveis as referências clássicas para se pensar todos esses conceitos. Já no que diz respeito à arte, mais do que pensar em elemen-tos individuais ou particulares, é possível associá-la às ques-tões sociais mais profundas. Várias discussões ocorrem para se entender as ligações diretas entre a arte, sua produção e “consumo” nos respectivos contextos sociais em que se inse-rem.

Por dentro do tema

O termo política implica o campo da atividade humana que se refere à cida-de, ao Estado, à administração pública e ao conjunto de cidadãos. A fi losofi a política é o campo da refl exão fi losófi ca que se ocupa do fenômeno político e das características que o diferenciam dos demais fenômenos sociais. Isso é feito através da análise das instituições, das práticas das sociedades políticas e do debate sobre como construir as sociedades futuras.

A Filosofi a Política trata de um abrangente conjunto de questões, dentre as quais se destacam aquelas sobre o poder e o Estado.

Não há como discutir política sem se referir ao poder - aqui defi nido como uma relação ou um conjunto de relações por meio das quais indivíduos ou grupos se relacionam e interferem na vida uns dos outros. Desse quadro se desdobra o Estado como institui-ção que concentra sobremaneira o exercício do poder político.

Por outro lado, ainda no campo da fi losofi a, a estética remete às teorias da criação e percepção artísticas. Busca, assim, refl exão sobre o belo e o feio, o gosto, os sentidos, a recepção da arte, bem como suas funções, signifi cados e concepções.

Page 56: Servico social 3

168

No campo fi losófi co se debatem a educação estética dos indivíduos - a criação de condições para que a maioria das pessoas possa receber manifestações artísticas de maior qualidade. Por outro lado, as relações cada vez mais constantes entre a arte e as demandas de mercado, consumo e lucro, deixam a arte reduzida a mercado-rias. E essas não servem às necessidades do espírito humano, mas sim a interesses capitalistas.

Page 57: Servico social 3

169

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Tema 8 - Atividades

Atividades

INSTRUÇÕES

As atividades poderão ser realizadas em dupla e para tanto são fundamentais as leituras dos capí-tulos 14 e 15 do livro-texto da disciplina.

Ponto de partida

Pense na sociedade brasileira e refl ita como esta lida com questões relativas à política e à arte. Como é possível perceber tais realidades no país como um todo?

Agora, é com você! Responda às questões a seguir para conferir o que aprendeu!

Questão 1

(Governo DF - Professor - 2006). Política e fi lo-sofi a nasceram na mesma época. Por serem con-temporâneas, diz-se que “a fi losofi a é fi lha da pólis”, e muitos dos primeiros fi lósofos foram chefes políticos e legisladores de suas cidades.

Por sua origem, a fi losofi a não cessou de refl etir sobre o fenômeno político, elaborando teorias para explicar sua origem, sua fi nalidade e suas formas. [Marilena Chaui. Convite à fi losofi a. São Paulo: Ática, 1995, p. 379 (com adaptações).]

Com relação ao assunto abordado no texto aci-ma, julgue os itens que se seguem como certos ou errados.

a) Na visão aristotélica, o ser humano é um ani-mal político, que estabelece as normas do agir pessoal para si próprio (ética), deduz as normas do agir doméstico (economia) e exa-mina o contexto, que é a cidade em que o homem virtuoso deve exercer a sua virtude (política).

b) O conjunto dos poderes de uma nação politi-camente organizada é o Estado.

c) O socialismo utópico, embora veja a classe trabalhadora como oprimida e geradora da riqueza social de que não desfruta, sonha com uma irreal sociedade de pessoas livres e iguais que se autogovernam.

d) A liberdade é o poder que a vontade possui de se autodeterminar e agir sem ser coagida por nenhuma força.

e) O determinismo, ao afi rmar que tudo tem uma causa, inclusive as decisões da vontade, tende a eliminar o conceito de liberdade hu-mana.

Questão 2

Discuta o poder e seus signifi cados, destacando as investigações da fi losofi a política sobre ele.

Page 58: Servico social 3

170

Filosofi a Aplicada ao Serviço SocialTema 8 - Atividades

Questão 3

Discuta o conceito de Estado valendo-se, sobre-tudo, da teoria de Weber.

Questão 4

Como Marx e Engels defi nem o Estado?

Questão 5

(ENADE – Filosofi a – 2006). Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e indepen-dentes por natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio consentimento. A úni-ca maneira pela qual alguém se despoja de sua liberdade natural e se coloca dentro das limita-ções da sociedade civil é por meio de acordo com outros homens para se associarem e se unirem em uma comunidade para uma vida confortável, segura e pacífi ca, desfrutando com segurança de suas propriedades e melhor protegidos contra aqueles que não são daquela comunidade. [J. Locke. Segundo tratado sobre o governo civil.]

De acordo com o texto acima,

I. os homens são coagidos por sua natureza a se reunirem em sociedade.

II. há um momento real em que os homens en-tram em entendimento e criam a sociedade civil.

III. a sociedade civil tem como fi m a promoção de uma vida confortável e segura.

IV. a sociedade civil impõe a submissão do indiví-duo ao poder do Estado.

V. em estado de natureza, os homens são consi-derados livres e iguais.

Estão certos apenas os itens

a) I e II.

b) I e IV.

c) II e III.

d) III e V.

e) IV e V.

Questão 6

(Governo São Paulo – Professor Filosofi a – 2005)

A área da fi losofi a conhecida como Estética teve sua primeira sistematização:

a) Na antiguidade clássica, com o Hípias Maior de Platão.

b) Na antiguidade clássica, com a Poética de Aristóteles.

c) No século XVIII, com a Crítica do Juízo de Kant.

Page 59: Servico social 3

171

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Tema 8 - Atividades

d) No século XVIII, com a Estética de Baumgar-ten.

e) No século XIX, com as Lições de Estética de Hegel.

Questão 7

(IF/RS – Professor Filosofi a – 2010). Emanuel Kant ocupa espaço singular nas discussões sobre o tema “Estética”. Abaixo encontram-se algumas apreciações simplifi cadas envolvendo essa “dis-ciplina”. Aponte aquela defi nição que melhor se encaixa no pensamento kantiano referente ao assunto.

a) Para saber o que há de verdadeiramente belo nesta terra é necessário primeiro fazer o va-zio mental e limpar o espírito de tudo o que ele contém de inexato ou de insufi ciente.

b) O belo é o arranjo estrutural de um mundo encarado no seu melhor aspecto. Não se trata tanto de ver os homens como eles são, mas de vê-los como deveriam ser.

c) A beleza é formal, pois somente é belo o que é objeto de prazer universal, isto é, a beleza é um predicado do juízo que o homem junta a um objeto quando este convida para o livre jogo de uma contemplação desinteressada.

d) O Bom é o homem sério que resolve tudo em casa. A Beleza é a sua esposa fl orescente, o Agradável é o bebê- todo ele sentidos e jo-gos-, o Útil é o criado que contribui com o trabalho manual, o Verdadeiro é o preceptor da Família: ele dá a vista ao bem, a mão ao útil e apresenta um espelho à beleza.

e) O belo não é uma dádiva ao nível da vida. Não existe no mundo terrestre. Está acima e para além do mundo.

Questão 8

Segundo Lukács, o artista vive em sociedade e – queira ou não – existe uma infl uência recíproca entre ele e a sociedade. Considerando a coloca-ção desse fi lósofo, discuta a perspectiva da arte como fenômeno social.

Questão 9

Discuta a arte no contexto da cultura de massa, retomando princípios da chamada indústria cul-tural.

Page 60: Servico social 3

172

Filosofi a Aplicada ao Serviço SocialTema 8 - Atividades

Questão 10

(Governo DF – Professor – 2006)

Tendo em vista as várias concepções da estética, julgue os próximos itens como certos ou errados.

a) A obra aberta, segundo Umberto Eco, é uma mensagem fundamentalmente clara, uma unicidade de signifi cado que convive em vá-rios signifi cantes.

b) Para Baumgarten, a estética é o estudo das sensações (sentidos) e das percepções (inte-lectuais).

c) O estilo barroco implica em uma obra de fei-ção esquisita, exagerada ou extraordinária. É uma arte exuberante.

d) O ideal bizantino de beleza era mais divino do que humano, intelectual e abstrato.

e) A função pragmática da arte diz respeito a sua utilidade. Desse modo, a arte não é valo-rizada em si mesma, mas como meio para se alcançar uma outra fi nalidade.

f) A função naturalista se refere ao interesse pelo que a obra retrata em detrimento de sua forma ou modo de apresentação. Por exemplo, uma pintura ou escultura para evo-car algo ou alguém com certa importância.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Você quer saber mais sobre esse assunto? Então, consulte:

• Existe um dicionário de Filosofi a Moral e Po-lítica. Disponível em: <http://www.ifl pt/ifl old/dfmp.Htm>.

• Uma discussão introdutória à Filosofi a Políti-ca. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-69091998000100010&script=sci_arttext.>.

• Uma interessante contextualização sobre a Fi-losofi a Política Moderna e o conceito de Estado. Disponível em: <http://www.cedap.assis.unesp.br/cantolibertario/textos/0007.html.>.

• Uma discussão sobre a estética e a questão do belo. Disponível em: <http://www.espacoacade-mico. com.br/046/46cvale.htm>.

É possível aprofundar a compreensão da estética em Kant. Disponível em: <http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciHumanSocSci/article/viewFile/7060/7060>.

FINALIZANDO

Nesse tema você viu que as discussões pertinen-tes à Filosofi a Política são importantes para se pensar realidades da sociedade atual;

Desde questões sobre como o poder é exercido, ate funções do Estado, os sistemas políticos. Os pensamentos fi losófi cos clássicos trazem consi-derações teóricas imprescindíveis a essa vasta gama de debates. Por sua vez, a Estética traba-lha com a arte e o mundo dos sentidos (o belo, o sensível) e também o social. As manifestações artísticas devem ser consideradas na análise das constituições das sociedades. Revelam pontos cruciais sobre os indivíduos que nelas se relacio-nam.

Page 61: Servico social 3

173

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Desafi o de Aprendizagem

Autora: Emanuela de Oliveira - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3

Este desafi o de aprendizagem tem por objetivos:

• Favorecer a aprendizagem;

• Estimular a corresponsabilidade do aluno pelo aprendizado efi ciente e efi caz;

• Promover o estudo, a convivência e o trabalho em grupo;

• Desenvolver os estudos independentes, sistemáticos e o autoaprendizado;

• Oferecer diferenciados ambientes de aprendizagem;

• Auxiliar no desenvolvimento das competências requeridas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação;

• Promover a aplicação da teoria e conceitos para a solução de problemas relativos à profi ssão;

• Direcionar o estudante para a emancipação intelectual.

Para atingir esses objetivos, as atividades foram organizadas na forma de um desafi o, que será solucionado por etapas, ao longo do semestre letivo.

Realizar essas atividades é essencial para o desenvolvimento das competências e habilidades requeridas na atuação do aluno, no mercado de trabalho.

Aproveite a oportunidade de estudar e aprender com os desafi os da vida profi ssional.

Competências e Habilidades

Ao concluir as etapas propostas nesse desafi o, você terá desenvolvido a competência e habilidade descritas a seguir:

• Elaborar, executar e avaliar planos, programas e projetos na área social.

Desafi o

Esse desafi o consiste na elaboração de um Ensaio sobre a relação existente entre a Filosofi a e o Serviço Social.

Você deverá refl etir sobre como estas áreas se conectam e discutir os principais aspectos de tal conexão. Ao longo das etapas e atividades sugeridas, serão dados elementos para que você pense essa realidade e assim lhe serão fornecidos pontos importantes para a elaboração do texto solicitado.

Lembre-se de que um Ensaio se caracteriza como um artigo em forma embrionária, ou seja, são os primei-ros estudos de um autor sobre determinado assunto. O texto pode ser construído livremente, com ou sem tópicos a sua escolha, entretanto as refererências bibliográfi cas, segundo as normas da ABNT, ao longo e ao fi nal, dele são fundamentais.

O desafi o e todas as atividades poderão ser realizados em grupo de até cinco integrantes, sendo que o mes-mo deverá manter-se fi xo ao longo das etapas.

Etapa n.o 1

Aula-tema: Filosofi a da antiguidade - Pré socráticos - Sócrates

Essa atividade é importante para que você entenda um pouco melhor o que abrange a Filosofi a como ciência.

Para realizá-la é importante seguir os passos descritos a seguir.

Page 62: Servico social 3

174

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Desafi o de Aprendizagem

PASSOSPasso 1 - Entregue uma relação ao professor contendo nomes, RA’s e e-mails dos alunos que comporão a equipe de trabalho. Lembre-se de que a mesma pode ser formada por no máximo cinco integrantes.

Passo 2 - Leia a defi nição de Filosofi a e assista aos vídeos disponíveis em http://portal.fi losofi a.pro.br/o-que--fi losofi a-short.html, acessado em 20/05/10.

Passo 3 - Debata o texto e os vídeos em grupo. Discuta o que é Filosofi a e quais seus mais importantes princípios.

Passo 4 - Elabore um texto com apontamentos sobre a importância da Filosofi a para se “decifrar” a socieda-de e o mundo em que se vive. Busque também apontar as principais características da Filosofi a.

Etapa n.o 2

Aula-tema: Filosofi a no Renascimento

Essa atividade é importante para que você pense a respeito da relação entre os indivíduos e a Filosofi a.

Para realizá-la é importante seguir os passos descritos a seguir.

PASSOSPasso 1 - Observe a imagem disponível no link: http://blogdonico.zip.net/arch2009-07-12_2009-07-18.html. Acessado em 20/05/2010.

Passo 2 - Discuta em grupo a postura dos dois personagens e relacione-as com os princípios da Filosofi a e da postura fi losófi ca.

Passo 3 - Leia o texto de Cipriano Luckesi disponível em: http://www.rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/719/642, acessado em 20/05/10.

Passo 4 - Debata em grupo os principais aspectos do texto e faça, por escrito, apontamentos considerados chaves.

Passo 5 - Refl ita sobre como o assistente social deve trazer para seu cotidiano posturas “fi losófi cas”. Produza um texto e o entregue ao professor.

Etapa n.o 3

Aula-tema: Filosofi a Moderna: Empirismo

Essa atividade é importante para que você articule a postura do fi lósofo e a postura do assistente social.

Para realizá-la, é importante seguir os passos descritos a seguir.

PASSOSPasso 1 - Leia o texto de Vera Suguihiro disponível em: http://www.ssrevista.uel.br/c_v2n1_invest.htm, aces-sado em 19/05/10.

Passo 2 - Debata em grupo o que a autora apresenta como sendo a postura investigativa do assistente social. Faça apontamentos, por escrito, a respeito dos argumentos apresentados pela autora.

Passo 3 - Refl ita em que medida o que se aponta como postura investigativa se relaciona a princípios da postura fi losófi ca.

Autora: Emanuela de Oliveira - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3

Page 63: Servico social 3

175

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Desafi o de Aprendizagem

Etapa n.o 4

Aula-tema: Filosofi a Contemporânea: Idealismo

Essa atividade é importante para que você pense a relação entre a Filosofi a e o Serviço Social.

Para realizá-la, é importante seguir os passos descritos a seguir.

PASSOSPasso 1 - Leia o texto de Ednéia Machado disponível em: http://www.ssrevista.uel.br/c_v2n1_quest.htm, acessado em 19/05/10.

Passo 2 - Debata em grupo o texto e os seus principais pontos.

Passo 3 - Faça um relatório sobre o texto e as discussões por ele motivadas. No mínimo, aponte cinco dife-rentes argumentos da autora e, em seguida, apresente o que se discutiu com o grupo sobre eles.

Passo 4 - Considerando as leituras e as discussões feitas, elabore o Ensaio sobre a relação existente entre a Filosofi a e o Serviço Social. O mesmo deverá ser entregue pela equipe ao professor, dentro das normas da ABNT, que podem ser consultadas em http://www.unianhanguera.edu.br/anhanguera/bibliotecas/normas_bibliografi cas/Arquivos/normascitacao.htm e http://www.unianhanguera.edu.br/anhanguera/bibliotecas/nor-mas_bibliografi cas/Arquivos/referencias.htm, acessado em 20/05/10.

Autora: Emanuela de Oliveira - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3

Page 64: Servico social 3

176

Filosofi a Aplicada ao Serviço Social

Referências Bibliográfi cas

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofi a: História e Grandes Temas. São Paulo: Saraiva, 16ª ed., 2006.