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Semana da Leitura e da Poesia Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro Bibliotecas Escolares

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Semana da Leitura e da Poesia

Agrupamento de Escolas de Oliveira do Bairro

Bibliotecas Escolares

Poemas e outros textos construídos pelos alunos

Poemas colectivos

Dia de S. Valentim

Hoje é o Dia do AmorDia de S. ValentimÉ o Dia dos NamoradosCom raminhos de jasmim.

O coração é o símboloE Cupido o deus do AmorPara a minha namoradaVou oferecer esta flor.

Uma carta vou escreverUm poema vou rimarUma fada vou quererPara à minha amada agradar.

Poema colectivo5º A (Artem, Beatriz, Bernardo, Carolina, Duarte, Gleb, Gonçalo Almeida, Gonçalo Fresco, Hugo)Escola Dr. Acácio de Azevedo

Dia de S. Valentim

Hoje é Dia de S. ValentimÉ o Dia do AmorO Amor anda no arSempre a passear.

Convites vamos receberCartas de amor vamos terUm coração vamos darPara todos fazer sonhar.

O Amor é alegreO Amor é tristeSão olhares que fazem sorrirSão pensares que fazem sentir.

Poema colectivoAlunos do 5º A ( Joana, José, Leonardo, Mafalda, Marco, Maria, Mariana, Paulo, Raquel, Tiago)Escola Dr. Acácio de Azevedo

Dia de S. Valentim

Hoje é Dia de S. ValentimUma linda menina chama por mimSe lhe der o meu amorVai dar-me muito valor.

De rosa na mão olho para elaE digo-lhe que é uma bela donzelaEm sonhos vamos às estrelasA cintilar ficamos a vê-las.

Poema colectivoAlunos do 5º B (Fábio, Filipe Silva, Maria João, Maria Pereira, Mariana Nogueira, Mariana Reis, Ricardo Pereira, Rúben Fernandes, Tiago Calôba)Escola Dr. Acácio de Azevedo

As fadas

As fadas são engraçadasE também muito animadasUmas são más, outras são boasAlgumas são magras e comem meloas!

Certas fadas são inteligentesE têm grandes mentesCom a varinha de condãoTransformam o gato em cão.

Poema colectivo Alunos do 5ºC (Alexandre, Andreia, Beatriz Marques, Bruno, Carolina, Francisca, Gonçalo, Mariana Reis, Olavo)Escola Dr. Acácio de Azevedo

Episódios

A que sabem as folhas de tangerineira…

Era sábado à tarde e estava um belo dia de sol.O meu pai e eu decidimos ir brincar para o jardim.Depois da brincadeira, deitámo-nos à sombra da tangerineira a descansar.Ainda era pequenina, tinha os meus três anos bem frescos.Só me lembro de cair uma folha, eu apanhá-la e metê-la à boca. Mas não tive sorte, a

marota ficou-me colada no início da traqueia (mais ou menos) e eu não resisti e comecei aficar sem ar.

O meu pai logo me tentou ajudar batendo com as suas mãos nas minhas costas.De súbito, chegou a minha mãe e a minha irmã tentando ajudar na causa do sucedido.

A minha mãe ao ver-me naquele estado, e sem saber o que fazer, pegou-me nas pernas,virou-me de cabeça para baixo, não sei mais o que me fez e a folha lá resolveu sair.

E ainda hoje, nos sábados à tarde, quando está um belo dia de sol, eu e o meu paideitamo-nos debaixo da sombra da tangerineira a descansar, mas eu já não sou herbívora!

Delfina Gonçalinho, 6ºA, Nº9 Escola Dr. Acácio de Azevedo

Eu “chocolato” chocolates

Desde pequena que os meus avós me chamam “chocolate”. Eu achava estranho, porque afinal decontas eu nem tenho o hábito de comer chocolate. Tanto, que nem gosto: nem de branco, nem depreto, nem de leite, nem de noz…Talvez fosse um daqueles termos carinhosos…Bem, não sabia.

Um dia estávamos todos na brincadeira e a mim pareceu-me uma boa altura e perguntei:- Avô, por que me chamas chocolate?O meu avô sorriu e disse:- Não te lembras? Então, eu digo-te….Tu tinhas mais ou menos dois aninhos, eu e a tua avó íamos

ver-te e levávamos sempre um chocolate. Tu abria-lo de imediato e comia-lo sem mais nem menos.Adoravas chocolate! Depois de agradeceres, ias brincar satisfeita. Uma vez, eu disse-te: “- Um dia,como eu o chocolate todo e tu não comes nada!” E tu logo respondeste: “- Não, não, avô! Eu é quecomo o chocolate todo e tu não chocolatas nada! “

Gargalhada geral! Ninguém se conteve. Nem eu, nem ninguém se lembrava deste episódio.Este é um fenómeno raro: gostar de chocolates ao ponto de ser capaz de comer um inteiro a

qualquer hora e hoje não gostar! E até inventar o verbo “chocolatar” e ser chamada de chocolate!Às vezes há coisas engraçadas escondidas no passado, pequenas coisas que fazem rir e até

aprender, o verbo para sempre imaginário no mundo dos chocolates, “chocolatar”.

Beatriz Rodriguez, 6º A, Nº 5Escola Dr. Acácio de Azevedo

Estações do Ano

A sonhar com o Outono

O Outono é uma estaçãoQue já faz parte do meu coração Quando olho da janela Vejo como a Natureza é bela…

É uma estação intensaCom frio e vento de arrepiar… Quando olho o céu cinzento, Vejo alguém que vai chorar…

Quando esse alguém chora,Suas lágrimas libertaE para não se sentir só As nuvens aperta…

Respiro um aroma adocicadoDas árvores, dos ares e do chão, Das folhas vermelhas e amarelas…Que estão em decomposição…

Os pássaros vão voandoPara Terras onde há calor E eu despeço-me deles Com melancolia e amor…

O Outono é assim, Tem frio para partilhar. Mas não me incomodaCom ele gosto de sonhar…

Delfina Gonçalinho ,6ºA, Nº9Escola Dr. Acácio de Azevedo

O Inverno

O Inverno é a mais bela estação do ano. O Inverno é a força e a delicadeza, desde aqueda da última folha da mais vigorosa árvore até ao desabrochar da mais bela flor daPrimavera.

Eu sei quando ele se avizinha, pois, ouço o ribombar do estrondoso trovão, sinto oarrepio, vejo o castanho das árvores despidas e cheiro o ar. Ao contrário do que acontecenas outras estações, este ar não é um ar pesado, é leve como se pairasse uma grandenuvem de melancolia que me atordoa, me torna imóvel e me faz apreciar os primeirosmomentos desta grande estação.

Neste espacinho do ano vêem-se coisas inimagináveis como os flocos de neve tãobrancos como um torrão de açúcar e os rápidos voos dos pardais à procura de poleiro ecomida, parecendo pequenas pulgas aos saltos por entre um imenso tapete branco.

É assim que eu vejo esta maravilhosa e bela estação, ela que para muitas pessoas nãotem cor ou vida; para mim é a estação onde posso dar asas à minha imaginação, ofereceruma cor a cada objecto ou ser vivo que encontro.

Para a aproveitar é preciso imaginar!...

José Bernardo da Silva Belo Zeferino, 6ºB, Nº 15Escola Dr. Acácio de Azevedo

Outono

O Outono chegou e, com ele, a azáfama das vindimas com a esperança de fazer um bomvinho. Também os castanheiros abrem os seus ouriços e com todo o carinho deixam fugir assuas saborosas castanhas.

É na sombra do Outono que vêm os primeiros ventos, as primeiras chuvas e, nas terrasaltas, os primeiros nevões.

Também chegam as primeiras tempestades como se fossem as fadas das trevas a sair paraver as nuvens. Fazem malabarismos e voando em ziguezagues brilham, brilham... Olhamospara o céu e só vemos raios de luz e depois "BUM"... um barulho enorme. São elas que caemno chão, cansadas de tanta brincadeira. Anunciam-nos, então, as primeiras trovoadas.

Com os ventos travessos as folhas caem no chão e fazem um lindo arco-íris de quase todasas cores e, aí, apercebemo-nos das cores da alma do Outono: verde esperançoso, vermelho devida, amarelo pacífico, laranja brincalhão...

Sim, o Outono é brincalhão. Um dia lá ia o Sr. Alberto a passear quando o vento lhearrancou o chapéu da cabeça. Corria o Sr. Alberto de tal maneira que acabou por cair numapoça de água deixada pela chuva. Ficou todo ensopado: sapatos, meias, casaco, camisolas ...nada escapou.

Os dias ficam pequenos e as famílias reúnem-se junto da lareira como se de reuniõesfamiliares se tratasse. Assim, vivem intensamente a amizade, a partilha e o carinho entretodos.

O Outono para mim é, acima de tudo, uma estação que nos marca pelo clima e pelosmomentos que passamos com a família.

Beatriz Correia Rodriguez, 6ºA, Nº 5Escola Dr. Acácio de Azevedo

A Primavera

A Primavera está a chegar,as abelhas o mel a fazer.Nas flores que teimam em desabrochar,só me apetece correr.

Correr e saltarpor prados floridos,sentir a magiados sentidos…

Viver de forma intensao presentee assistir a um pôr-do-solresplandecente.

Acordo com os pássaros a chilrear,numa melodia relaxante.E adormeço com um sorrisono semblante.

Na Primavera se verá o arco-íris mais lindoa colorir as vidas sem cor.E todas essas vidas se renovarão,se forem motivadas por gestos de amor.

Joana Teixeira, 6º GEscola Dr. Fernando Peixinho- Oiã

Poemas com Aliterações

As Flores

Margarida, perdidano campo esquecida! Falava com a rosabastante cheirosa.

-Dizem que significassinceridade.Será que é verdade?- disse rosa com amizade.

-Posso ser sinceridade,mas tu és beldade!Todos te preferem,todos te querem.

-Girassol,que rodas aí ao sol,dá-me a tua opinião- disse margarida com emoção.

-

Tu, rosa, és a Rainha das flores.Tens tantas corese tantos amores !...

Ao lado, entusiasmado,estava o cravoencantado!

Entrou na conversae disse muito depressa:

-Todas nós somos importantes.Damos cor ao mundo com amor profundo.

Ana Margarida Nunes Araújo, 6ºA, Nº 3Escola Dr. Acácio de Azevedo

A maçã mandona

A maçã mandona mandava…mandava, mandava, masela não cumpria nada. Vejam láque ela até o irmão melãomandava para o chão!Todas as outras frutasjá andavam zangadasde tanto serem mandadas.

A banana bananonaque era a mais respondonanão se conseguiu conter:- Vai procurar outro lugarpara poderes mandar!

As outras frutasgritaram em sintonia:- Quem fala assimconsegue harmonia.

A maçã mandonadisse, já muito chorosa:- Não me mandem embora,ainda não está na minha hora!

A laranja que tudo manjae o resto das frutasderam outra oportunidade à maçã mandona.

A banana bananonasó tinha uma condiçãoe não guardou mais, não:- Se aqui vais ficar,uma condição vais aceitar.Em vez de maçã mandona,vais passar a maçã chorona.

E tudo se riu no cesto de fruta!!!

Mariana Torres, 6º AEscola Dr. Acácio de Azevedo

A nossa sala de aula

Na nossa sala de aulaHavia grande confusão.Era uma aula de português Cheia de animação.

“Temos farra!” Gritava Sofia Saudável,Balançando no arA sua capa impermeável.

Logo começou a barafustarO Nycolas Nítido,E a Patrícia Preguiça Entornou o iogurte líquido.

A Carolina Corações ficou a verO David Duvidoso,Sempre a interrogarO seu Lápis Queixoso.

O André AnsiosoNão parava de saltar,Teve a Mariana MalandraDe o agarrar.

Flávio FolhadoUm bolo comeu,Mas o Gonçalo CaladoRoubou-lhe um bocado.

Veio a Beatriz BranquinhaQue tudo pintou,Atrás o Luís LimpinhoQue tudo limpou.

A professora Sandra SalienteEntrou e gritou:“Sentem-se todos,A macacada acabou!”

A Margarida Magricela Sobe para a mesa:“Eh malta, não fecharam a janela!”E um, dois, três…lá foi ela.

A professora Elisabeth Elegante Sentada ficou,Mas a Lara LarocasTudo ao chão mandou.

Ricardo RisonhoPara o chão se atirara,E Mariana MacacaPôs a cabeça na saca.

João TrapalhãoCom apoio da Delfina Desengonçada,Criou uma mansãoNuma mesa deitada.

Alice AlicateCom a cadeira na mão,Acabou de esborracharO Miguel Mandão.

Cátia CatitaProcura um namorado,E o Diogo DiscretoJá foi recrutado.

Adultos arreliaram-seE gritaram até mais não,Enquanto a Senhora DirectoraChorava de aflição:

“Para que escola vim eu,É só palhaçadaSerá que os alunosNão têm uma aula sentada?”

Na sala entrou,A Directora Júlia Janota Que tão alto gritou E até tocou sinetaMas nada resultou.

“Se não os podes vencer,Então junta-te a eles!”

Assim fizeramFuncionários e professoresPara passarem a tarde Sem mais horrores.

Ligaram a música E puseram-se a dançarPara acabarem o diaSem mais ninguém se arreliar.

Não viam adultosDecidiram procurar,Na sala de professores os foram encontrar.

“A música tão alta…Estão a dar uma festa pois…Mas será que ninguém Nos convidou aos dois?!”Comentou o Flávio FolhadoPara a Margarida Magricela.

Então os alunos entraramTodos a dançarCom tanta alegriaNinguém se pode arreliar.

Um dia sem aulasSem nada para comemorarMas ninguém se importouPor não estar a trabalhar.

Trabalho realizado por Beatriz BranquinhaQue gosta de escrever,Sobre com quem temTodos os dias que conviver.

Beatriz Branquinha, 6ºA, Nº 5Escola Dr. Acácio de Azevedo

O corpo do João

No corpo do João Andava grande agitaçãoEra mesmo uma confusão!

Ninguém se entendia,Era toda a noite E todo o dia!

Os sistemas Andavam com muitos problemas!

A cabeça era grande Como uma pêra,Em cada ouvidoHavia cera!

Os olhos pequenosComo um piolho,Em cada olho Tinha um treçolho!

Nariz grandeComo uma batata,Em cada narinaTinha um barata!

Boca fraca E em forma de arco. Em cada dente Havia um buraco!

Traqueia comprida Como um lagartoPortava-se malLevava com o sapato!

Pulmões negros Iguais aos do Zé Que mais pareciamUma chaminé!

Coração cansado Como um velhinho,Em cada válvulaTinha um bichinho!

Intestinos grandes Como um tambor,Tinham comida.Era um horror!

Rins pequenosAos trambolhõesQue mais pareciamGrandes feijões!

Pernas magras E bastante compridas Que andavam sempreMuito mal vestidas!

Pé fofinho Como veludo,Mas afinal Era cabeludo!

No corpo do João Não queria estar eu não!

Vê lá, cérebro sabichão,O que podes fazer Para mudar esta situação!

Delfina Gonçalinho, 6º AEscola Dr. Acácio de Azevedo

A Turma da Barafunda

A minha turma é uma barafunda,Um funga,Outro resmunga,E no fim, outro chumba.

O Zé Banzé Não pára de bater o pé.

A Carla CaldeiraAdora partir a cadeira. O João RoupãoAnda sempre com uma constipação.

A Inês ChinêsParece que fala mirandês.

O Pedro PanelasNunca pára de olhar pelas janelas.

A Beatriz NarizTem medo do pó de giz.

O Afonso SonsoAdora ser palonço.

A Mónica AtómicaTem medo de ficar afónica.

E

O Leonardo Leopardo Tem medo de engolir um moscardo.

Com uma turma assim Coitado de mim!

José Bernardo da Silva Belo ZeferinoNº 15 6º BEscola Dr. Acácio de Azevedo

A nossa turma

Veio a Alicecom a sua patetice.E para ajudar veio a Anaa comer uma bifana.

A Margarida que é muito queridae não é nada aborrecidaa turma calou.

Para destoar veio o André sentou-se na mesa, tirou o sapato.E toda a gente disse:- Ó André, que chulé!

Muito atarefada veio a Beatriz.Andava a estudar para ser actriz!

A Carolina com muita adrenalina, já deslizava na cortina.

A Cátia resolveu lembrar:- Olhem que a professora esta á a chegar!

Responde o João:-Sim, está dentro do meu caldeirão!

A Lara que adora cantar, o Justin Biber pôs a tocar.

Grita o Luís Bernardo:- Desliga-me esse tarado!

A Mariana Abreu com tudo isto enlouqueceu!

A Mariana Torres apanhou um caracola meio dum jogo de futebol!

O David muito descansadona cadeira dormiu um bocado.

Nisto aparece a Delfinaatrás de uma bola de naftalina!

E o Diogo que é muito toloqueimou-se a fazer um bolo!

Para se juntar à festa, veio o Flávioquis comer o bolo e queimou o lábio.

Ouve-se um grito, era o Gonçalo:- Alguém viu o meu galo?

No intervalo lá estava o Miguela deliciar-se com o seu pastel.

O Nycolas do Brasil chegousentou-se à mesa e o bolo provou.

Alguém estava a faltar…Qual não foi o nosso espanto…Aparece a Patrícia num enorme pranto.

O Ricardo logo a quis consolare um beijinho lhe foi dar!

Grita a Sofia, que apareceucom uma enguia:

- Vamos todos para o lugar,a professora vem aíe a aula vai começar!

Carolina Ferreira, 6º AEscola Dr. Acácio de Azevedo

Outros Temas

Para o meu pai

Pai, tenho um segredo Que hoje te vou contar,És muito importante para mimPrometo-te que te vou sempre amar.

Numa folha escreviO teu nome, pai.É uma palavra tão linda Que do meu coração já não sai.

Estejas onde estiveresSei que sempre voltarás,Cheio de amor e carinho,Que é aquilo que sempre me dás.

Sonho um dia poder dar-teO carinho que merecesPara te agradecerO que por mim sempre fizeste.

Pai, sou feliz:

quando me estendes os teus braços pronto para

me abraçar,

quando te faço zangar e tu, em vez de me bateres,

me desculpas,

quando empurras o meu baloiço,

quando chegas do trabalho cansado e ainda

brincas comigo,

quando estou triste e me apoias,

quando me olhas com muito amor e me beijas

e quando me ensinas as coisas boas da vida…

Pai,

ajuda-me a crescer carinhosa, responsável e

disponível.

Delfina Gonçalinho, 6º A

A mãe natureza e o problema da beleza

No parque da Joanahavia bastantes cãeslevados por criançase suas mães.

A velha e sábia árvoregritou zangadatão alto, tão altoque choveu trovoada.

-Já chega de cães e gatos a sujar,castores a roere namorados a seu nome gravarpara quando casarem se conseguirem recordar!

-Eu quero ser um cãolivre como o homem,indiferente à poluição.

Então apareceu a mãe naturezanuma luz ofuscante.Parecia pequena,mas estava distante.

Aproximou-se e disse:-Porque queres mudar de raça?Se fores um cão,ainda apanhas uma carraça!

Como era sábia,decidiu reflectir:“- Sou uma árvoree ao destino não posso fugir”.

Miguel Amaral, 6º A, Nº 18Escola Dr. Acácio de Azevedo

As letras são um mundo de magia,Assim podemos cantar,Com elas podemos escrever poesia,E um dia …dançar!

O abecedário queremos aprender,Brincar ao jogo do saber,Com muitas letras o vamos fazer,Mas nunca o esquecer!

Num grande mar,Elas estão a boiar,Com uma cana de pescaAs vamos encontrar!

Num estojoVamos agarrar um lápisE com ele vamosEscrever até morrer!

Alunos do 6º F ( Ana Miguel, Andreia Martins,Diana Campos, Irene Ascensão)Escola Dr. Fernando Peixinho - Oiã

s Letras

A Minha Turma

Nesta sala estão os meus amigos,aqueles que sempre me deram a mão.São os amigos verdadeiros,aqueles que nunca nos deixaram na solidão.

Com eles gosto de brincar, aprender.Há bons e maus momentos!Muita coisa posso eu não compreender,mas sei euque não há força mais incríveldo que a força da Amizade.

Bruno, 6º F, Nº 4Escola Dr. Fernando Peixinho - Oiã

O Universo da Leitura

A Leiturafaz crescer,faz-nos aprendera viver.

Faz-nos crescerem cultura,pois crescer,não é só em altura!

Faz-nos viversonhos e fantasias,para um dia recordargrandes alegrias!

Faz-nos percorreruniversos distantes,mas está tudo alinaquelas estantes…

Não é tudo contos,vindos da imaginação,até há livrosque estudam o coração!

Descobertas e factospertencem à Ciência,coisas que o Homemdescobriu com inteligência!

A Históriafaz parte do passadoque aprendemos no presente,com grande agrado!

Leitura - imaginação ou factos reais -viaja pelo tempode formas fenomenais!!!

Milene Marques, 6º G, nº 13Escola Dr. Fernando Peixinho

A Idade

Não se detém,não se pode conter,mas nem todossão obrigados a envelhecer!

A idade faz-nos crescernão só em estatura,mas também em altura.

A personalidadee a posturacrescem ao mesmo tempoque a altura.

Se uma pessoafor enérgica e mexida,nunca se darápor vencida!

Com a idadevem o saber,como não tenho muito,preciso de tempopara aprender.

Milene Marques, 6º G, Nº 15Escola Dr. Fernando Peixinho - Oiã

Amizade

A amizade sente-se no coraçãopassando pela palma da mãopor vezes dizendo NÃOferindo a nossa razão.

Ela faz todo o sentidoporque a minha almatudo vai sentindomesmo com o coração partidoa amizade vai sempre ficando.

Esta mensagem fica para todos os meus amigosesperando que nunca se tornemmeus inimigospodendo contar com elessempreem todos os meus perigos.

Vanessa Branco, 6º G, Nº 19Escola Dr. Fernando Peixinho

Em cada passoPercorremos diversos caminhos,Em cada giroViajamos pelo mundo,Em cada olhar Transmitimos desejos,Em cada toqueMultiplicamos sensações,Em cada quedaSentimos a emoção,Em cada dançaSonhamos com o coração.

Joana Teixeira, 6º G, Nº 13Escola Dr. Fernando Peixinho - Oiã

Em cada sonhoPercorremos diversos caminhos,Em cada minuto Tentamos descobrir o amanhã,Mas nunca conseguimos descobrir o verdadeiro olhar da vida!

Em pés descalçosEm terra molhadaDanço entre as floresMinhas amigas perfumadas…

Sonha…pois tudo se pode realizar!

Joana Teixeira, 6º G, Nº 13Escola Dr. Fernando Peixinho- Oiã

Pai

Ente queridoe protector,que nos dedicatodo o seu amor!

Quando temosuma desilusão,ele alegra-nose melhora a situação.

Tenho invejado seu coração,lá dentro cabeuma multidão…

São meninos grandesbem crescidos,mas nunca esquecemos seus jogos preferidos!...

Histórias e aventuras,rios de ilusão,contam-nos tudonuma linda canção!

Com as suas manhas,fazem-nos superar problemase escalar montanhas…

Dão-nos amor,carinho e afectos,que um dia irão dar aos seus netos.

A palavra Paimuito me diz,ao ouvi-lafico feliz!

Milene Marques, 6º G, nº 13Escola Dr. Fernando Peixinho

Pai

Procurei pelos papéisQue me rodeavam pelo chão,As palavras mais fiéisAo que me vai no coração.

Neste dia sem igualQuero-te homenagear,Por seres um pai especialQue nunca deixaste de me apoiar.

Tantas coisas me ensinasteTantas asneiras também fiz,Sempre sorridente me motivaste“Vais conseguir, Beatriz!”.

Deste-me afecto... Carinho...Mostraste-me a vida,Ensinaste-me o meu caminhoPara eu nunca andar perdida.

Ensinaste-me a amar...Com os teus gestos de ternura.Ensinaste-me a perdoar…E a não ter amargura.

Secaste -me as lágrimas…Fizeste-me tantas vezes sorrir,Com paciência e carinhoEnsinaste-me a ouvir.

Ensinaste-me a respeitar...O teu exemplo sempre me davas,Ensinaste-me a lutar... a sonhar.…E nunca de mim abdicavas.

Pai... Quero apenas agradecerPelo que sou e poderia não ser...Amo-te do fundo do coraçãoE nunca te quero perder.

Obrigada, papá …

Beatriz RodriguezEscola Dr. Acácio de Azevedo

Felicidade

Felicidade está em todos os dias, nuns mais do que noutros.

Felicidade é ter família, um lar e amigos de verdade.

É um sorriso espontâneo que ilumina o dia.

A Felicidade é a alegria que todos precisam para viver.

Há felicidade num sorriso, no olhar e no coração.

Felicidade é dar e receber. É o sorriso de uma criança.

Felicidade é para todos… porque a felicidade não discrimina;

é para altos, baixos, gordos e magros; não há limites para ser feliz.

Para mim felicidade resume-se a viver, enfrentar a vida e conhecê-la de canto a canto.

Beatriz Rodriguez, 6º AEscola Dr. Acácio de Azevedo

As minhas piadas

As minhas piadas são muito fixes.

Eu vi uma mulher atrás de um poço a roer um osso.

As minhas piadas são delirantes.

Eu vi um cão em cima de um galho a comer carvalho.

Bruno Miguel, 5º C

Escola Dr. Acácio de Azevedo

Poemas de Autores Portugueses

Balada da neve

Batem leve, levemente,como quem chama por mim.Será chuva? Será gente?Gente não é, certamentee a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:mas há pouco, há poucochinho,nem uma agulha buliana quieta melancoliados pinheiros do caminho…

Quem bate, assim, levemente,com tão estranha leveza,que mal se ouve, mal se sente?Não é chuva, nem é gente,nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caíado azul cinzento do céu,branca e leve, branca e fria…- Há quanto tempo a não via!E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.Pôs tudo da cor do linho.Passa gente e, quando passa,os passos imprime e traçana brancura do caminho…

Fico olhando esses sinaisda pobre gente que avança,e noto, por entre os mais,os traços miniaturaisduns pezitos de criança…

E descalcinhos, doridos…a neve deixa inda vê-los,primeiro, bem definidos,depois, em sulcos compridos,porque não podia erguê-los!…

Que quem já é pecadorsofra tormentos, enfim!Mas as crianças, Senhor,porque lhes dais tanta dor?!…Porque padecem assim?!…

E uma infinita tristeza,uma funda turbaçãoentra em mim, fica em mim presa.Cai neve na Naturezae cai no meu coração.

Augusto Gil, Luar de Janeiro

As palavras

São como cristal,as palavras.Algumas, um punhal,um incêndio.Outras,orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.Inseguras navegam:barcos ou beijos,as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,leves.Tecidas são de luze são a noite.E mesmo pálidasverdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quemas recolhe, assim,cruéis, desfeitas,nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade

Autopsicografia

O poeta é um fingidor. Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dor A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama coração.

Fernando Pessoa

Retrato de uma princesa desconhecida

Para que ela tivesse um pescoço tão fino Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos Para que a sua espinha fosse tão direita E ela usasse a cabeça tão erguida Com uma tão simples claridade sobre a testa Foram necessárias sucessivas gerações de escravos De corpo dobrado e grossas mãos pacientes Servindo sucessivas gerações de príncipes Ainda um pouco toscos e grosseiros Ávidos cruéis e fraudulentos

Foi um imenso desperdiçar de gente Para que ela fosse aquela perfeição Solitária exilada sem destino.

Sophia de Mello Breyner Andresen

Ai, flores, ai, flores do verde pino

Ai, flores, ai, flores do verde pino,se sabedes novas do meu amigo?

Ai, Deus, e u é?

Ai, flores, ai, flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado?

Ai, Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amigo, que mentiu do que pôs comigo?

Ai, Deus, e u é?

Se sabedes novas do meu amado, aquel que mentiu do que mi à jurado?

Ai, Deus, e u é?

Vós me preguntades polo vosso amigo? E eu ben vos digo que é sano e vivo.

Ai, Deus, e u é?

Vós me preguntades polo vosso amado? E eu ben vos digo que é vivo e sano.

Ai, Deus, e u é?

E eu ben vos digo que é sano e vivo e seerá vosco ante o prazo saido.

Ai, Deus, e u é?

E eu ben vos digo que é vivo e sano e seerá vosco ante o prazo passado.

Ai, Deus, e u é?

El-Rei D. Dinis

Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho é uma constante da vida tão concreta e definida como outra coisa qualquer, como esta pedra cinzenta em que me sento e descanso, como este ribeiro manso em serenos sobressaltos, como estes pinheiros altos que em verde e oiro se agitam, como estas aves que gritam em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho é vinho, é espuma, é fermento, bichinho álacre e sedento, de focinho pontiagudo, que fossa através de tudo num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonhoé tela, é cor, é pincel, base, fuste, capitel, arco em ogiva, vitral, pináculo de catedral,

contraponto, sinfonia, máscara grega, magia, que é retorta de alquimista, mapa do mundo distante, rosa-dos-ventos, Infante, caravela quinhentista, que é Cabo da Boa Esperança, ouro, canela, marfim, florete de espadachim, bastidor, passo de dança, Colombina e Arlequim, passarola voadora, pára-raios, locomotiva,barco de proa festiva, alto-forno, geradora, cisão do átomo, radar, ultra-som, televisão, desembarque em foguetão na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham, que o sonho comanda a vida.Que sempre que um homem sonhao mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança.

António Gedeão

Fim