sebenta fisiologia

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  • Sistemas de rgos

    1. Sistema tegumentar constitudo pela

    pele, forma uma barreira protetora que

    separa o meio interno do corpo do meio

    externo.

    2. Sistema msculo-esqueltico fornece

    suporte ao movimento do corpo

    Sistemas que trocam materiais entre o meio

    interno e externo:

    1. Sistema respiratrio troca de gases

    2. Sistema gastro-intestinal absorve

    nutrientes e gua e elimina resduos

    3. Sistema urinrio remove o excesso de

    gua e material residual

    4. Sistema genital produz ocitos e

    espermatozoides.

    Os restantes sistemas distribuem-se ao longo do corpo:

    1. Sistema circulatrio distribui nutrientes e outros compostos necessrios atravs dos

    vasos sanguneos; bombardeamento do sangue

    2. Sistema nervoso e endcrino coordena as funes do corpo

    3. Sistema imunitrio protege o meio interno contra invasores

    UtilizadorTexto digitadoSEBENTA DE FISIOLOGIA

    UtilizadorTexto digitadoAlina Maria Ardel, Faculdade de Cincias da Universidade de Lisboa

  • Conceito de Homeostasia

    Homeostasia Equilbrio dinmico meio interno estvel

    Os organismos tm de enfrentar a variabilidade externa para manter o seu meio interno

    relativamente estvel capacidade designada por homeostasia. Cada tipo de organismo tem os

    seus parmetros internos, como a temperatura, pH, concentrao inica, presso osmtica,

    presso sangunea, concentrao de glucose, etc., bem definidos e independentemente das

    variaes externas que possam ocorrer nestes parmetros, o organismo tende em manter o

    seu meio interno estvel, isto , parmetros constantes ou dentro do intervalo de valores

    aceitveis. Esta regulo desiganda por regulao homeosttica e a constncia dos valores

    depende da capacidade reguladora (detectabilidade resposta). A incapacidade de manter a

    homeostase num ou vrios parmetros leva perturbao do funcionamento normal e

    posterior condio patologica.

    Exemplos que ilustram a homeostasia:

    Lquido intersticial ultrafiltrado do sangue que

    circunda todas as clulas do organismo, pode ser

    comparado a uma soluo tampo pois este

    independentemente de variaes externas tende

    em manter-se constante. Quando a sua

    composio ultrapassa a faixa de valores

    normais, so ativados mecanismos

    compensatrios, i.e, mecanismos de regulao,

    para que o lquido retorne sua homeostasia.

    Exemplo particular: quando ingerimos muita

    gua, a diluio do lquido intersticial detetado

    desencadeando-se um mecanismo que faz com

    que os rins removam o excesso de gua (sistema

    urinrio). A maior parte das clulas de

    organismos multicelulares superiores no

    toleram grandes variaes sendo o

    funcionamento normal das clulas dependente

    da consistncia do lquido extracelular.

    A presso osmtica do fludo intersticial o fator

    que sofre maior regulao no homem.

  • A composio inica e proteica do meio

    intersticial e do plasma muito semelhante, no

    entanto muito diferente do meio intracelular:

    abundncia de K+ (catio dominante) invs do

    Na+ que est presente em quantidades muito

    pequenas relativamente sua grande

    abundncia no meio extracelular. Para alm de

    ies, o meio intracelular tem uma grande

    contribuio do seu contedo proteico e

    fosfatos orgnicos para a sua concentrao e

    conseguinte osmolaridade e carga global. O

    anio por excelncia do meio extracelular o

    Cl-, no sendo abundante no interior da clula

    devido a efeito de toxicidade deste.

    Membranas biolgicas

    As membranas biolgicas podem ser subdivididas em membranas plasmticas (delimitam a

    clula) e membranas dos organelos (delimitam organelos). As propriedades fsico-qumicas das

    membranas celulares so diferentes e esto de acordo com o tipo de processos bioqumicos

    que ocorre dentro da rea que delimitam, isto , a compartimentao estrutural define a uma

    compartimentao funcional.

    Principais funes da membrana plasmtica:

    1. Suporte estrutural das clulas (fixao do citoesqueleto)

    2. Isolamento fsico - separa o meio intracelular do meio extracelular que circunda as

    clulas

    3. Isolamento qumico A membrana plasmtica permite manter as diferenas de

    concentrao entre o citoplasma e o meio extracelular

    4. Barreiras de permeabilidade: a maior parte das molculas que circundam nos sistemas

    vivos so solveis em gua hidrossolveis/hidrfilas e insolveis ou pouco solveis

    em solventes apolares. Assim sendo, estas molculas polares tambm so pouco

    solveis no interior da bicamada fosfolipdica que constituem as membranas,

    funcionando esta como uma barreira para a maior parte das molculas polares,

    permevel a certas substncias e tem a capacidade de realizar passagem seletiva

    destas.

  • Mecanismos de FEEDBACK

    Emissor Canal Recetor

    Mecanismos que permitem a manuteno da homeostasia interna do organismo

    independentemente das oscilaes externas. So processos que se iniciam a nvel de fronteira,

    isto , nas interfaces que comunicam diretamente com o meio externo. De modo geral, o

    mecanismo de feedback funciona de seguinte forma: deteo, por recetores presentes na

    fronteira, de uma perturbao no meio externo (estmulo), traduo e anlise ou integrao

    do estmulo, transmisso de um sinal que carrega informao para uma resposta a esse

    estmulo e, por fim, reposio da condio alterada a estvel.

    O sistema de feedback dividido em 3 partes:

    1. Recetor ou Sensor o que deteta variao no meio externo. Funciona de seguinte

    maneira: o sistema controlado tem por exemplo um parmetro com um intervalo de

    valores de referncia; quando ocorre uma variao exterior nesse parmetro, o recetor

    deteta essa variao (diferena entre o valor de referncia e o valor a que o sistema se

    encontra no momento da variao) e envia informao do desajuste atravs de sinal para

    o centro de controlo/centro de integrao.

    2. Centro integrao o sinal proveniente do recetor analisado, isto , entendido e

    posteriormente processado: convertido/amplificado a um novo sinal, que carrega a

    informao acerca do local de atuao e tipo de resposta (que pode contrariar ou

    favorecer a perturbao), este sinal transmitido para o efetor.

    3. Efetor pode ser um rgo, tecido, clula que alvo ou ponto de chegada do sinal

    proveniente do centro de controlo; o efetor interpreta o sinal e age de acordo com as

    ordens que este carrega, contrariando ou no a perturbao inicial.

  • Feedback negativo

    Algum estmulo perturba a homeostasia

    Aumentando a presso sangunea

    Recetores - Barorecetores presentes nas paredes dos vasos sanguneos enviam um input - impulso nervoso- para o crebro

    Crebro - centro de controlo, interpreta o sinal e prepara uma resposta enviando-a

    para o efetor por meio de impulsos nervosos

    Efetor:

    Corao baixa a taxa do batimento cardco de modo a reduzir a presso arterial

    Homeostasia reposta quando a presso sangunea volta ao normal

    Feedback positivo

    A contrao da parede uterina , que fora o beb para o cervix, perturba a

    homeostasia

    Aumentando da cntrao uterina

    Recetores - clulas nervosas no crvix enviam um input - impulso nervoso-

    para o crebro

    Crebro - centro de controlo, interpreta o sinal e prepara uma resposta

    enviando-a para o efetor - oxitocina

    Efetor:

    Msculo que delimita a parede celular contrai ainda mais

    A cabea do beb faz contrarir o crvix ainda mais

    Homeostasia reposta quando h interrupo do ciclo - nascimento do

    beb

    Feedback Negativo e Feedback Positivo:

    Feedback Negativo leva a uma resposta

    que contraria a perturbao (exemplo da

    figura anterior); efetor=inversor

    Feedback positivo leva a uma resposta

    que amplifica a perturbao, isto ,

    refora o estmulo; efetor=amplificador

    Feedforward- consiste numa antecipao da

    variao um dado parmetro; face a um estmulo

    o sistema prepara-se para o que vai acontecer.

    Exemplo: o cheiro da comida faz salivar, portanto

    o corpo prepara-se para a refeio antes de

    ingerir a comida; um animal ao ver um predador,

    antes de ocorrer a resposta fuga o sistema

    comea a preparar-se para efetuar a resposta, por

    exemplo, bombardeando mais sangue para a zona muscular.

  • Caractersticas do Feedback:

    1. Contexto espao isolado em que o sistema exerce controlo

    2. Ponto operacional valor de referncia para determinado parmetro controlado

    3. Sensor/Detetor deteta a diferena face ao ponto operacional

    4. Fonte de energia

    5. Circuito de ligao vias aferentes e eferentes

    6. Interruptor (inverso ou amplificador)

    7. Preciso diferena detetada, quando menor maior a preciso do sistema.

    Transduo de Sinal. Tipos de Comunicao

    Transduo de sinal - a converso do sinal para a informao que este carrega, isto , o sinal

    descodificado a uma linguagem entendida pela clula efetora que, por sua vez, mediante a

    informao que o sinal carrega, desencadeia uma resposta. A transduo de sinal envolve,

    quando a substncia no consegue atravessar a membrana plasmtica o mais comum-, a

    ligao de uma substncia reguladora extracelular, tambm designada por molcula

    sinalizadora (hormona, neurotransmissor) ao recetor (protena integrada na membrana

    celular) da clula alvo, o que vai desencadear uma srie de eventos celulares, como alterao

    das atividades de certos enzimas, com o objetivo de produzir uma resposta.

    Comunicao = fluxo de informao sinais qumicos/eltricos

    Glossrio:

    Sinais eltricos mudanas de potencial de membrana da clula

    Sinais qumicos molculas secretadas por clulas para a o meio extracelular (este

    tipo de sinal responsvel pela maior parte de fluxo de informao no corpo)

    Comunicao local clula para clulas vizinhas

    Comunicao a longa distncia - parte do corpo para outra

    Tipos de comunicao:

    1. Endcrina comunicao a longa distncia;

    ocorre via hormonas libertadas pelas clulas

    endcrinas em resposta a variados estmulos.

    As hormonas viajam via corrente sangunea (de

    forma livre ou complexadas) que as

    transportam at s clulas alvo s quais se

    ligam via recetor especfico presente na

    membrana celular destas. A resposta atravs

    de hormonas mais lenta, no entanto, o seu

    efeito mais duradouro.

  • 2. Parcrina tipo de comunicao local; a substncia

    parcrina libertada por clulas que no se encontram

    imediatamente adjacentes s clulas alvo mas encontram-

    se suficientemente perto para que o sinal possa chegar ao

    alvo por difuso. Tem-se o exemplo das sinapses qumicas

    em que o neurotransmissor libertado para a fenda

    sinptica onde vai-se difundir at chegar ao recetor da

    clula excitatria vizinha a este tipo de substncia

    comum designar tambm por substncia neurcrina. Ou

    outro exemplo: histamina que libertada por clulas

    adjacentes ao local de leso provocando o vermelho.

    3. Autcrina algumas clulas libertam para o fludo

    intersticial molculas sinalizadoras que atuam na prpria

    clula ou na vizinhana numa clula do mesmo tipo.

    Exemplos: fatores de crescimento; alguns terminais de

    axnio de certos neurnios libertam substncias

    autcrinas que se ligam aos recetores do mesmo

    terminal para influenciar a subsequente libertao de

    neurotransmissores.

    4. Justcrina comunicao clula-clula que

    requer contacto fsico entre estas. Como

    exemplo tem-se as sinapses eltricas: uma

    alterao de potencial de membrana de uma

    clula transmitida para a outra adjacente de

    forma direta atravs de gap junctions

    Gap junctions so estruturas proteicas,

    integradas nas membranas celulares das clulas

    adjacentes, que contactam formando um canal designado

    por canal de conexes que consiste em 2 conexes (cada

    conexo uma estrutura hexagonal, isto , formada por 6

    subunidades de conexina) adjacentes. Estes canais

    permitem a passagem direta de molculas polares com

    massa molecular entre 1200 e 1500 e de corrente eltrica,

    sendo a nica forma de sinapse eltrica.

  • Sinapse eltrica ao contrrio da sinapse qumica que unidirecional, a sinapse eltrica

    permite a conduo de corrente em ambas as direes, no entanto, pode haver retificao

    certas sinapses conduzem mais rapidamente numa direo que noutra. As sinapses eltricas

    so particularmente teis na resposta de reflexo onde se d a transmisso rpida, com um

    atraso quase nulo, entre clulas ou quando necessria uma resposta sincronizada de um

    conjunto de neurnios. Tipo de comunicao sem modulao.

    Vias de transduo de sinal

    Formas de transduo

    1. Alteraes de potencial de membrana

    2. Alteraes metablicas

    3. Alteraes de atividades da expresso gnica

    4. Variao de pontos operacionais

    5. Alterao no citoesqueleto associado a movimentos no meio intracelular

    Os sinais podem ser:

    Hidrossolveis a membrana plasmtica impermevel a este tipo de molculas

    (polares) sendo necessrios recetores membranares para que seja possvel a

    transduo de sinal. Apenas pequenas molculas e sem carga que conseguem

    atravessar a membrana.

    Lipossolveis a membrana plasmtica permevel a este tipo de molculas no

    sendo necessrio qualquer transportador ou recetor superfcie membranar, no

    entanto, estes sinais s tero algum efeito na clula se existir um recetor

    citoplasmtico ou nuclear para os receberem. Quanto maior for a solubilidade em

    solvente apolar da substncia maior a permeabilidade da membrana a esta.

  • PROTENAS CINASES E FOSFATASES:

    Frequentemente, o passo final da

    transduo de sinal a fosforilao por um

    cinase de protenas particulares que tm um

    papel importante na elucidao de uma

    resposta celular (protenas efetoras).

    Quando estas protenas efetoras so

    fosforiladas a sua atividade pode ser

    estimulada ou inibida, ou seja, o estado de

    atividade, ativo ou inativo, destas depende

    da atividade do cinase que as fosforila ou do

    fosfatase que lhes remove o grupo fosfato.

    PROTENA G:

    Protenas acopladas a recetores;

    Trimricas, existindo vrias isofromas e so

    constitudas pelas subunidades , e .

    Existe em 2 estados: ativo (on) ou inativo (off);

    Na forma ativa, a protena G tem uma grande

    afinidade GTP enquanto que na forma inativa

    est, preferencialmente, ligada (atravs da

    subunidade ) a uma molcula de GDP.

    Quando ativada, a protena G interage com

    protenas efetoras, geralmente enzimas ou

    canais inicos, de modo a alterar a sua

    atividade.

    Tem atividade de GTPase, isto , o GTP ligado

    hidrolisado a GDP revertendo-se forma inativa.

  • Targets mais importantes das protenas G: molculas que conseguem aumentar as

    concentraes citoslicas dos 2s mensageiros (ex: cAMP,cGMP,Ca2+, IP3, diacilgliceris) como

    por exemplo moduladores de atividade do adenilciclase responsvel pela produo de cAMP

    ou do cGMP fosfodiesterase responsvel pela produo de GMP.

    Funcionamento mediante um sinal, este liga-se ao recetor membranar que

    consequentemente ir alterar a sua forma conformacional o que vai permitir a acessibilidade

    protena G que est inativa e, portanto, ligada a GDP. Esta passa a ativa: a molcula de GDP

    substituda por outra de GTP que se vai ligar subunidade . Esta subunidade ir dissociar-se

    das restantes duas e vai comunicar com o seu target que, tal como anteriormente referido,

    so, geralmente, moduladores de atividade de enzimas responsveis pela produo de 2s

    mensageiros que, por sua vez so responsveis pela amplificao do sinal que compreende

    vrias etapas. As restantes duas subunidades, por sua vez podem, simulataneamente, interagir

    com canais inicos, como por exemplo o canal de potssio, alterando a sua atividade.

    Transporte de molculas atravs das membranas por difuso

    Algumas molculas atravessam a membrana celular por

    simplesmente difundir atravs desta passam atravs dos

    fosfolpidos que constituem a bicamada fosfolipdica enquanto que

    outras necessitam de protenas especficas, presentes na membrana,

    que permita a sua passagem atravs desta.

    Ex: O2 uma pequena molcula apolar que altamente solvel em

    solventes apolares da que facilmente atravessa a membrana por

    difuso. A glucose, em contraste, uma molcula muito maior e que,

    apesar de no ter carga, pouco solvel nos lpidos da membrana e

    da esta entrar para a clula atravs de transportadores.

  • Sempre que existe um gradiente entre dois lados de uma fronteira (ex: membrana semi-

    permevel) este tender, segundo as leis da termodinmica, em dissipar-se. De ponto de vista

    fisiolgico, os gradientes mais importantes so:

    1. Concentrao

    2. Presso osmtica

    3. Presso hidroesttica (diferena de nvel)

    4. Voltagem

    Difuso

    1.Deve-se o movimento trmico dos tomos ou molculas (Movimento Browniano)

    2.Tem como finalidade a distribuio uniforme dos elementos (equilbrio dinmico)

    3. A difuso atravs das membranas celulares tendem em tornar iguais as concentraes

    do meio interno e externo.

    4. A gua atravessa a membrana por difuso de forma muito mais rpida que o esperado

    (100x mais rpido) havendo 2 razes para isso: H2O uma molcula pequena e sem carga

    (apesar de polar) e para alm disso existem protenas integradas purinas que formam

    canais permitindo a passagem livre de gua atravs da bicamada.

    Conceito de fluxo de soluto atravs de uma membrana:

    O fluxo, , diretamente proporcional ao gradiente de

    concentrao (diferena de concentraes da substncia

    em difuso nos dois lados) e inversamente proporcional

    espessura da membrana, X.

    A espessura da fronteira crtica para o fluxo que passa

    atravs dela

    Lei da difuso de Fick (ver equao de fluxo)

    O coeficiente de difuso D, inversamente proporcional ao

    raio da molcula e viscosidade do meio, isto , quanto

    maior a molcula e mais viscoso for o meio, mais

    dificilmente esta atravessa a fronteira, portanto a passagem

    atravs da membrana dificultada (ver equao de Stokes-

    Einstein).

    A esta equao est associado um sinal negativo que uma

    conveno: indica que h dissipao de gradiente

    O tempo que leva a difuso diretamente proporcional ao

    quadrado da distncia e inversamente proporcional a 2D

    (quanto maior for o coeficiente de difuso menor o tempo)

    Existe sempre fluxo nos dois sentidos: se forem iguais, significa que se atingiu em

    equilbrio dinmico e o fluxo net zero, se forem diferentes, o fluxo net a diferena

    entre os dois fluxos.

  • Osmose

    Passagem de gua atravs de uma membrana semi-

    permevel (membrana permevel a gua e impermevel a

    solutos) de um compartimento de menor concentrao de

    solutos para outro de maior concentrao. Se a membrana

    fosse permevel a solutos, haveria simultaneamente um

    fluxo contrrio de migrao destes para o compartimento

    de menor concentrao de soluto.

    Potencial qumico da gua decresce com a presena de

    solutos; tem-se uma menor quantidade de molculas de

    gua num compartimento contendo solutos que num

    compartimento igual sem solutos, da que neste ltimo o

    potencial qumico da gua maior.

    Direo fluxo de H2O sentido menor potencial qumico

    Presso osmtica depende do nmero de partculas em

    soluo! O grau de ionizao de determinado soluto deve

    ser levado em conta

    Ex: Para um mesmo volume:

    [glucose]=1M

    [NaCl]=0,5M

    [CaCl2]=0,33M

    Estas trs solues tm a mesma presso

    osmtica: CaCl2 dissocia-se a Ca+ e 2Cl- (3

    partculas em soluo/mol de CaCl2, logo

    uma menor concentrao corresponde a

    um maior presso osmtica); Glucose no

    se dissocia (sendo necessria uma soluo

    mais concentrada para atingir a mesma

    presso osmtica que CaCl2) e por fim o

    NaCl dissocia-se a Na+ e Cl- (2 partculas

    em soluo) sendo necessria uma

    concentrao maior que a soluo de CaCl2

    e menor que a de glucose.

  • Transporte de molculas atravs da membrana mediado por protenas

    Como referido anteriormente: molculas mdias/grandes, neutras, polares e espcies inicas

    no conseguem difundir livremente a membrana, seja do meio extracelular para o citoslico

    ou o contrrio. Ento, nestes caso, so necessrias protenas intrnsecas na membrana

    plasmtica transportadores ou canais especializadas no transporte de cada molcula

    particular ou tipo de molcula.

    Transportador protena que se liga substncia a ser transportada, seguindo-se uma

    alterao conformacional que permite moldar-se molcula de forma a poder

    transport-la para o outro lado da membrana.

    Canal no altera a sua conformao, no entanto pode estar aberto ou fechado

    dependendo isso da posio do gate; quando o canal est aberto, o io pode

    atravessar a membrana em ambas as direes.

    Canal inico canal especializado no transporte de ies e pode ser de dois tipos:

    Voltage gated abre-se, permitindo

    a passagem de ies mediante o

    potencial transmembranar (a favor do

    gradiente eltrico), ver figura ao lado.

    Ligand gated abre mediante a

    ligao de um ligando que regula o

    canal (ex: neurotransmissor,

    hormona); ex: acetilcolina,

    neurotransmissor, promove abertura

    de canal inico mediante a sua ligao

    a este.

    Propriedades gerais do transporte mediado:

    1. O substrato transportado muita mais rapidamente que um substrato com a mesma

    massa e solubilidade apolar que atravessa a membrana por difuso simples.

    2. A velocidade de transporte segue uma cintica de saturao (hiprbole retangular

    idntica de Michaelis-Menten) sendo a velocidade mxima atingida quando

    transportador est saturado com o composto. Nota: o transporte por difuso simples

    segue uma cintica linear)

    3. O transportador tem especificidade qumica absoluta ou no, seja pelo tamanho ou

    espcie qumica.

    4. Molculas estruturalmente relacionadas podem competir para um mesmo

    transportador (anlogo ao que se passa na inibio competitiva enzimtica).

    5. O transportador pode ainda ser inibido por molculas no relacionadas com o

    substrato. O inibidor ao ligar-se ao transportador diminui a sua afinidade para o

    substrato.

    6. Para o transporte ativo, pode ocorrer inibio do transporte por inibidores que atuam

    no metabolismo de sntese de energia.

  • Tipos de transporte mediado:

    o Transporte facilitado/passivo:

    transporte a favor do gradiente qumico ou

    eltrico (dependendo do tipo de molculas

    que o transportador deixa atravessar);

    tende em estabelecer a igualdade de

    gradiente atravs da membrana (para que o

    fluxo net dos solutos e gua sejam nulos);

    no h consumo de energia (ATP);

    Exemplo: purinas (canal), os canais inicos

    voltage-gated e outros transportadores;

    funcionam no sentido da dissipao de

    gradiente.

    funcionam no sentido da dissipao de

    gradientes: os canais inico tendem em dissipar

    o gradiente eltrico enquanto que os transportadores trabalham para a dissipao do

    gradiente de concentrao.

    o Transporte ativo:

    transporte contra o gradiente qumico/eltrico;

    necessrio o consumo de energia (ATP) por parte da clula.

    este transporte pode ser inibido por qualquer composto que interfira com a

    capacidade de produo metablica de energia.

    Exemplo: transportadores inicos ATPases (como a bomba de sdio e potssio) que

    usam a energia obtida por hidrlise do ATP para transportar uma ou mais espcies

    inicas.

    Transporte ativo pode ser sub-classificado em:

    1. Transporte ativo primrio transporte ligado diretamente ao metabolismo celular

    (uso direto do ATP para aproveitamento de energia que torna possvel o

    transporte).

    2. Transporte ativo secundrio o gradiente de concentrao deve ser mantido

    entre o meio intra e extracelular, sendo isso conseguido pelo transporte ativo; no

    entanto quando o transporte dado a favor do gradiente de concentrao, h

    dissipao de energia que, por sua vez, pode produzir trabalho, nomeadamente o

    transporte de molculas.

    Exemplo: O Na+ liga-se ao transportador

    que o transporta a favor do gradiente de

    concentrao, isto , do meio extra para

    intracelular, o que vai levar dissipao de

    energia que aproveitada para transportar

    a glucose contra o seu gradiente de

    concentrao, para dentro da clula.

  • Bomba de sdio e potssio (Na+K+ATPase):

    Presente nas membranas plasmticas de todas

    as clulas;

    Transporte ativo primrio (contra o gradiente

    de concentrao)

    A sua conformao varia entre uma

    conformao (E1) em que o local de ligao ao

    io est virado para o citosol e tem grande

    afinidade para o Na+ e baixa afinidade para o

    K+ e uma segunda conformao (E2) na qual o

    local de ligao est virado para o meio

    extracelular com elevada afinidade para o K+ e

    baixa afinidade para o Na+.

    Quando o transportador passa de E1 para E2

    lana 3Na+ para o meio extracelular quando o contrrio o transportador lana 2 K+ para o

    meio intracelular.

    Em cada ciclo, hidrolisada uma molcula de ATP

    Devido assimetria da concentrao entre o meio intra e extracelular o Na+ tende em difundir

    passivamente de volta para o citosol, visto este ter uma baixa concentrao deste io, e o K+

    para o meio extracelular, na tentativa de equilibrar as concentraes. No entanto, nas

    condies normais da clula, em estado de equilbrio dinmico (definido pelo potencial

    eletroqumico da membrana, ver mais adiante), as concentraes de cada um dos ies

    mantm-se constante no citosol ao longo do tempo porque a taxa de transporte ativo e da

    difuso so iguais em magnitude e direes opostas.

    Na+K+Cl- co- transporte:

    Muitas clulas, tanto epiteliais como no epiteliais,

    contm uma protena transmembranar que media o

    transporte simultneo de Na+, K+ e 2Cl- do fludo

    extracelular para o citosol. O transporte

    eletroneutro (2 cargas positivas e 2 cargas negativas).

    uma forma de transporte ativo secundrio em que a

    entrada de Na+ segundo o seu gradiente

    eletroqumico leva dissipao de energia que

    usada simultaneamente para o transporte do K+ e Cl-

    contra o gradiente. Geralmente, este co-

    transportador est associado regulao do volume

    da clula: o influxo destes ies aumenta a presso

    osmtica intracelular levando entrada de gua para

    dentro da clula de modo a restabelecer o seu volume.

  • Epitlio. Transporte nas clulas epiteliais.

    Funo: O tecido epitelial constitudo por camada de clulas que cobrem as superfcies

    expostas dos rgos e o organismo vivo, protegendo o meio interno delimitado do meio

    externo sendo, tambm, responsvel por regular a troca de materiais. Cada tipo de epitlio

    especializado numa funo: a pele responsvel para manter a gua no organismo e para

    proteger o meio interno de invasores como bactrias e outros agentes patolgicos; outros

    epitlios so responsveis pela secreo de substncias qumicas no sangue ou para o meio

    externo como o caso do suor e da saliva (glndulas sudorparas e salivares) e das hormonas

    que so lanadas para a corrente sangunea.

    Estrutura:

    O epitlio consiste em uma ou mais camadas de

    clulas conectadas lado a lado por junes tight

    junctions e unidas a uma lmina basal que uma

    matriz extracelular que conceta a camada de clulas

    epiteliais e as clulas adjacentes.

    O epitlio pode ser classificado como permevel a

    impermevel dependendo da facilidade com que esta

    deixa passar substncias de um lado da camada do

    epitlio para o outro.

    O epitlio transportador:

    As clulas dos epitlios tm uma face da que

    est em contacto com o exterior ou lmen

    membrana apical - enquanto que a outra

    face da membrana est em contacto com o

    interior membrana basolateral. Estes

    tecidos apesar de poderem ser constitudos

    por mais que uma camada, funcionam quase

    como se fosse uma s camada, uma s

    clula.

    A membrana plasmtica estrutural e quimicamente

    assimtrica - clulas epiteliais so polarizadas: os lpidos

    da membrana apical no so todos iguais da membrana

    basal tal como o contedo proteico, nomeadamente,

    tipos de transportadores. Esta assimetria estrutural

    influencia muito as propriedades funcionais, conferindo,

    assim, o efeito de polaridade clula. Isto faz com que

    certas substncias sejam transportadas preferencialmente

    para fora ou para dentro do sistema, havendo assimetria

    de fluxo das mesmas. A assimetria mantida graas aos

    complexos de juno. Portanto, os epitlios so barreiras

    funcionais especializadas que devido ao transporte

    assimtrico, permitem a manuteno da homeostasia.

  • Existem duas formas de transporte atravs das clulas

    epiteliais:

    Transporte transtecido a substncia vai da membrana

    apical at basolateral migrando no interior da clula

    Transporte paracelular realizado atravs das tight

    junctions, isto entre as clulas passando a substncia, por

    exemplo, do lmen do intestino (mucosa) diretamente para o

    fludo intersticial onde esto inseridos os capilares sanguneos

    (serosa).

    Classificao estrutural dos epitlios

    1. Se o epitlio for constitudo por uma s

    camada de clulas, este designa-se por

    epitlio simples e por ser subdividido

    em 3 classes:

    Escamoso ou pavimentado

    Cubide

    Colunar

    2. Se o epitlio for constitudo por mais

    camadas de clulas, este designa-se por

    epitlio estratificado e pode ser

    subdividido em 4 classes:

    Escamoso

    Cuboide

    Colunar

    Pseudocolunar

    Epitlio de transio tipo especial de epitlio que varia a sua morfologia; est presente,

    exclusivamente, no sistema urinrio: quando a bexiga est vazia, as clulas do epitlio tm um

    aspeto escamoso e quando a bexiga est cheia, passam a apresentar um aspeto cuboide.

  • Equilbrio inico eletroqumico. Equao de Nernst

    No transporte de uma espcie inica tem que se ter em conta no s o gradiente de

    concentrao mas tambm o gradiente eltrico. Em contraste, nas espcies neutras apenas se

    deve ter em conta o gradiente de concentrao.

    Equilbrio inico exemplificaes:

    Figura 1: o io X+ est em maior concentrao no

    compartimento A do que em B. Se No existir

    diferena de potencial eltrico entre os dois

    compartimentos, o io tender em difundir de A

    para B, ou seja, no sentido da dissipao de

    gradiente (local de maior concentrao para o de

    menor concentrao). No equilbrio teramos as

    concentraes de X+ e quantidade de carga em A e B

    iguais.

    Figura 2: se o compartimento A for mais negativo que

    o B a situao torna-se mais complexa embora X+

    tende em difundir de AB a favor do seu gradiente

    de concentrao (potencial qumico), este vai ter

    tender, tambm, em difundir de BA segundo o

    gradiente eltrico criado devido diferena de carga

    (potencial eltrico) entre os compartimentos.

    A direo net do fluxo de X+ depender, ento, de quando a diferena de potencial qumico

    tem maior ou menor efeito que a diferena de potencial eltrico.

    Potencial eletroqumico, :

    Corresponde ao valor que nos permite comparar as contribuies relativas do gradiente de

    concentrao inico (efeito do potencial qumico) e do gradiente eltrico (efeito do potencial

    eltrico) para prever a direo do movimento do io.

    Diferena de potencial eletroqumico de X+ atravs da membrana:

    (X+) = A(X+) - B(X

    +) =

    A primeira parcela da equao corresponde e a segunda parcela corresponde diferena de

    portencial eltrico atravs da membrana.

    Primeira parcela da equao: corresponde tendncia dos ies X+ se moverem devido

    AB devido diferena de concentrao nestes 2 compartimentos;

    A segunda parcela da equao: corresponde tendncia dos ies X+ se moverem de

    AB devido diferena de potencial eltrico (gradiente eltrico) entre A e B.

  • Os ies X+ tendem em mover-se espontaneamente no sentido de potencial eletroqumico

    mais baixo.

    Equilbrio eletroqumico Equao de Nernst

    atingido o equilbrio atravs da membrana

    quando =0, ou seja, no h uma net force

    no io nem por parte do gradiente de

    concentrao nem por parte do gradiente

    eltrico.

    A equao de Nernst d-nos o valor de um

    potencial de equilbrio, mais precisamente, o

    potencial de membrana ideal para que se

    estabelea o equilbrio eletroqumico.

    Na maior parte das experincias em biologia:

    O ln convertido escala logartmica: lny=2.303logy

    Os potenciais eltricos so expressos em Mv

    Para T=29,2C (temperatura absoluta): 2.303RT/F = 60mV

    Exemplos do uso da equao de Nernst:

    a) A eq. de Nernst d-nos o valor da diferena de potencial

    (potencial de membrana) que deve existir para que os

    compartimentos que a membrana separa estejam em

    equilbrio eletroqumico.

    b) Quando os ies no esto em equilbrio eletroqumico, a

    eq. de Nernst pode ser utilizada para prever a direo do

    movimento do io que vai sempre tender no sentido de

    restabelecimento do equilbrio:

    Em primeiro lugar temos de ver se HCO3- est em equilbrio eletroqumico:

    Equao de Nernst +60mv (significa que o compartimento A, no equilbrio,

    60mV positivo relativamente ao B o que significa que a fora do gradiente superou

    a fora eltrica)

  • Como a diferena de potencial fora do equilbrio est a +100mV (de acordo com o

    exemplo da figura) significa que o compartimento A tem +40mV que o equilbrio.

    Para se atingir esta voltagem de +100mv foi necessria a migrao do HCO3- a

    favor do gradiente de concentrao. Para restabelecer os +60mV, necessrio que

    o io migre a favor do seu gradiente eltrico, isto para o compartimento com

    mais carga positiva (A).

    Regulao do volume celular

    No citoplasma tem-se outras espcies inicas presentes, como nucletidos e protenas s quais

    membrana plasmtica impermevel. Porque no ocorre lise celular, visto a concentrao do

    meio intracelular ser superior ao do meio extracelular? A resposta est nas bombas de Na+K+

    que bombeia 3Na+ para o meio intracelular ao mesmo tempo que transporta 2K+ para o

    citosol. A expulso de 3 moles de Na+ para fora da clula diminui a presso osmtica dentro do

    citoplasma ao mesmo tempo que aumenta a mesma no meio extracelular, havendo assim um

    balano de fluxo de gua atravs da membrana. Quando a produo de ATP na clula

    comprometida ou a bomba inibida por outros fatores, Na+ entra mais rapidamente do que

    sai, aumentado a presso osmtico no interior da clula com consequente entrada de gua

    lise celular.

    Potenciais de repouso de membrana

    Na maior parte das clulas, o citoplasma, geralmente, eletricamente negativo relativamente

    ao fluido extracelular, ou seja, as clulas mantm uma diferena de potencial eltrico atravs

    da membrana plasmtica (potencial de membrana0). A essa diferena de potencial

    caracterstica da membrana em repouso dado o nome de potencial de repouso da

    membrana e tem uma importncia relevante nas clulas excitatrias nervosas e clulas

    musculares.

    As clulas de concentrao:

    Seguindo o exemplo da figura:

    Inicialmente no h diferena de potencial

    eltrico atravs da membrana.

    Como a concentrao de K+ em A maior que em

    B, ento K+ vai difundir de AB.

    Como resultado ir ser transferida carga positiva

    para o compartimento B e o compartimento A ir

    ficar com um pequeno excesso de carga negativa

    oferecida pelo Cl-.

    A fica eletricamente negativo relativamente a B

  • Quando mais K+ se deslocar de AB, maior ser a fora eltrica que se ope a esse

    movimento conduzindo pelo gradiente de concentrao. O equilbrio atingido quando a fora

    eltrica equivale fora da concentrao. O valor do equilbrio corresponde diferena de

    potencial atravs da membrana que, por sua vez, corresponde ao potencial de repouso da

    membrana.

    Em maior parte das clulas, alguns ies no esto em equilbrio qumico entre o citosol e o

    meio extracelular.

    Quando um certo nmero de ies so distribudos atravs da membrana, e todos so

    removidos (afastados) do seu equilbrio eletroqumico, cada io tender em forar o

    potencial de membrana para o seu prprio potencial de equilbrio (valor obtido pela

    equao de Nernst). Quanto mais permevel for a membrana a dado io, maior ser a

    sua vantagem sobre os outros ies, isto : maior a capacidade dele em trazer o

    potencial de membrana para o seu potencial de equilbrio.

    Exemplo: no msculo de r, o Na+ tende em trazer o potencial de membrana (-90mV)

    para +59mV que o seu potencial de equilbrio (valor obtido pela equao de Nernst);

    o K+ tende em puxar o potencial de membrana para -101mV e Cl- para -99mV. Como

    iremos ver adiante, quanto maior a permeabilidade (condutncia) da membrana a

    dado io, mais prximo o valor do potencial de membrana ao valor do potencial de

    equilbrio desse io, o contrrio vlido.

  • Equao de Goldman e Equao de Chord (exemplo: ies K+,Cl- e Na+)

    Pela equao de Nernst, obtm-se o potencial de equilbrio para cada io individualmente, ou

    seja, permite o estudar apenas um io. No entanto esta equao no permite prever qual o

    potencial real da membrana, isto , o potencial tendo em conta os diversos ies que esta

    delimita. Tem de se ter em conta o fator permeabilidade, visto as membranas biolgicas no

    serem permeveis de igual modo para todos os ies. A equao de Goldman leva em conta a

    permeabilidade das membranas para casa um dos ies em anlise.

    Equao de Goldman:

    Em potencial de repouso da membrana

    Px permeabilidade da membrana ao io X

    Equao de Chord:

    Outra forma de olhar para a equao de Goldman.

    Quanto mais permevel a membrana a um dado io, maior a condutncia, g, da

    membrana para esse io, logo P g.

    No equilbrio:

    A equao de Chord indica que quanto maior for a condutncia da membrana para um

    io particular, isto , quanto mais permevel for a membrana a esse io, maior a

    capacidade deste em tornar o potencial de membrana mais prximo do seu potencial

    de equilbrio.

    Obteno da expresso da equao de Chord:

    1. Quando o potencial de membrana = potencial eletroqumico do io X: Em=Ex, no h

    fluxo net de ies atravs da membrana.

    2. Quando o potencial de membrana potencial eletroqumico do io X: EmEx,

    Em-Ex= diferena de potencial que representa o driving force do io.

    3. Como os ies transportam carga, a migrao inica equivalente corrente eltrica:

  • Tcnica de Corrente de Curto-Circuito (SCC)

    Estudo do transporte ativo atravs dos epitlios;

    Pele de r preparao prottipo no estudo do transporte inico transtecido em

    muitos tecidos epiteliais e glandulares;

    A pele de r desempenha um papel fundamental na manuteno da homeostasia

    interna (funo comum a todos os epitlios);

    As bombas de ies, nomeadamente Na+,K+ATPase, so muito importantes na

    manuteno de um gradiente inico atravs das membranas biolgicas, pois

    contrariam a dissipao permitindo ao todo uma dinmica constante de movimento

    inico entre os meios intra e extracelulares. Como j vimos, as bombas de Na+K+ so

    vitais na manuteno do volume celular;

    Aspetos tericos:

    A pele de r isolada mantm uma diferena de potencial entre o

    lado externo (lado da mucosa, exterior) e o lado interno (lado

    da serosa, sangue), de cerca de 100mv positivo no lado da

    serosa relativamente ao lado da mucosa.

    Estudos demostraram que a manuteno do gradiente inico

    deve-se ao transporte ativo de sdio propondo-se que o

    aumento de potencial no lado da serosa (os tais +100mv) se

    deva a uma assimetria do transporte de Na+:

    a membrana apical do epitlio permevel ao Na+

    havendo entrada passiva, a favor do gradiente de

    concentrao, de fora para dentro da clula;

    a membrana basolateral do epitlio, em contraste,

    muito pouco permevel ao Na+, ou seja, a passagem

    deste para o sangue (mais concentrado em Na+) ocorre

    de forma ativa.

    Transporte transtecido de Na+ envolve duas fases:

    1. Passagem de Na+ do meio exterior para o meio intracelular de forma passiva, isto , a

    favor do gradiente de concentrao, atravs de canais seletivos (altamente especficos

    para o Na+) como Nac existentes na membrana apical.

    2. Sada de Na+, de forma ativa, isto , contra o gradiente de concentrao, do meio

    citoslico para o lado da serosa atravs de bombas Na+K+ existentes na membrana

    basolateral (sensvel a oubana- inibidor).

    O K+ que entrou por transporte ativo volta a sair do meio intracelular para a serosa de forma

    passiva, ou seja: a membrana basolateral pouco permevel ao io Na+ e muito permevel ao

    io K+. Estudos verificaram que um grande aumento de concentrao de K+ no lado da mucosa

    no iria influenciar o potencial de membrana, ou seja a membrana apical pouco permevel

    aos ies K+.

  • Da surge que:

    - membrana apical eltrodo de sdio (condutncia de Na+ francamente dominante)

    - membrana basolateral eltrodo de potssio (condutncia de Na+ francamente dominante)

    O transporte de Cl- ocorre a favor do seu potencial eletroqumico da surge a ideia de que o

    gradiente de Cl- atravs da membrana epitelial mantido e s possvel devido bomba de

    Na+K+.

    A corrente de curto-circuito:

    o Quando o epitlio de r separa dois compartimentos contendo exatamente a mesma

    soluo (sol. Ringer) com concentraes de Na+, K+ e Cl- idnticas e igual volume (de

    forma a eliminar a presso hidrulica) previsvel que se crie uma diferena de

    potencial entre a mucosa e a serosa.

    o Quando a diferena de potencial acertada a zero (ddp=0) aplicando uma corrente

    externa controlada, anulado o gradiente que se est a formar devido passagem de

    ies de forma passiva (net flux=0) e a corrente criada pela pele de r corresponde

    exatamente ao transporte ativo de Na+ = net flux do Na+.

    o O transporte de Na+ do meio intracelular das clulas epiteliais para o meio extracelular

    claramente ativo visto o influxo de Na+ da mucosa ser de 20 a 100x maior que o efluxo

    para a serosa, ou seja, a membrana basolateral controla rigorosamente, por transporte

    ativo, a passagem de ies do citosol para o sangue.

    Montagem do circuito:

    Pilha = bomba de Na+K+ com o polo positivo para o lado

    da mucosa e o negativo para o lado serosa

    Voltmetro colocado entre a mucosa e a serosa; mede a

    diferena de potencial entre as duas hemicmeras;

    mantido sempre a zero enquanto que se est a medir a

    corrente no ampermetro.

    A = ampermetro - regista a corrente ( frente do

    ampermetro est a resistncia que por ser controlada

    manualmente)

  • Interruptor aberto ampermetro regista valor zero para a corrente

    Interruptor fechado ampermetro regista uma valor 0 para a corrente; por cada Na+ que

    passa para o lado da serosa, um io de Cl- cede o seu eletro para o eltrodo correspondente;

    os eletres que passam no circuito equivalem ao nmero de Na+ que passaram para o lado da

    serosa.

    Os epitlios de absoro para transportarem gua de fora para o meio interno aumentam o

    influxo de Na+ e Cl- para que a presso osmtica intracelular aumente tendo como

    consequncia a entrada de gua.

    Relao eletrlito no eletrlito. Transporte ativo secundrio de glucose

    Aspetos da experincia de Schulz e Zalusky:

    Descoberta da bomba de Na+-Glucose

    que permite entrada de glucose

    contra o seu gradiente de

    concentrao para o meio

    intracelular, por transporte ativo

    secundrio;

    Uso de clulas epiteliais do intestino

    de coelho (epitlio de absoro);

    Fato: diferena de potencial entre a

    mucosa (negativo) e serosa (positivo);

    A glucose leva estimulao da

    corrente de curto-circuito aps adio de 10Mm de glucose em ambas as hemicmeras;

    Idade da preparao fator importante na estimulao da corrente;

    Na ausncia de Na+ no se deteta corrente o que levou a deduzir que o transporte de

    glucose est diretamente ligado ao transporte de Na+;

    Quanto maior a concentrao de glucose maior a corrente, no entanto h um ponto de

    saturao em que o aumento de concentrao no

    produz efeito.

    Estes dados no chegaram para acoplar o transporte de

    Na+ ao transporte de glucose porque como a glucose

    fonte principal de ATP e a hidrlise do ATP essencial

    no funcionamento do Na+K+ATPase seria de esperar que

    um aumento de glucose no meio intracelular

    estimulasse a bomba para um transporte ativo mais

    rpido. A questo : o aumento de corrente deve-se ao

    fato de a glucose ser fonte de ATP ou se o fato da

    glucose ser transportada simultaneamente com Na+

    (reparar que: o Na+ ao ir a favor do seu gradiente de

  • concentrao, fornece energia para que a glucose seja transportada contra o gradiente de

    concentrao. No entanto necessrio repor o nvel normal de Na+ intracelular e isso s

    possvel atravs da bomba de Na+K+ que bombeia Na+ para o meio extracelular; assim o

    simporte de Na+ e glucose estimula a bomba de sdio e potssio).

    Para analisar a questo: adicionou-se, em vez de glucose uma ose estruturalmente

    semelhante a esta, aldose (3-O-metil glucose), no metabolizvel. Observou-se que havia

    estmulo de corrente na presena deste composto o que indica que a sua presena

    aumentava a atividade da bomba de Na+K+ o que s seria possvel se o transporte da aldose

    fosse acoplado ao transporte de Na+.

    O aumento da concentrao de Na+ leva ao estmulo do uptake de glucose que linear,

    com um delive 1, o que indica que a estequiometria da bomba de glucose de

    1Na+:1glucose.

  • Sistema Nervoso. Clulas constituintes

    O sistema nervoso o principal responsvel pela manuteno da homeostasia interna dos

    organismos vivos. Contrirui uma rede que permite a comunicao de forma apropriada entre o

    organismo e o meio que o circunda, seja ele externo ou interno. A nvel celular, constitudo

    por um complexo agregado de clulas, uma parte delas responsveis pela rede de

    comunicao, criando numerosos circuitos neuronais, enquanto que a outra forma uma matriz

    de suporte.

    Breve introduo do sistema nervoso, um sistema de feedback autntico

    Sistema nervoso perifrico (SNP) Sistema nervoso central (SNC)

    1. Componente sensorial:

    Constituda pelas clulas nervosas sensorias que

    funcionam como recetores, responsveis por

    detetar estimulos provenienetes do meio

    ambiente;

    Filtros de transduo/ informao;

    Perifricos ou viscerais;

    2. Componente integrativa:

    Responsvel pelo processamento da informao

    sensorial, isto interpretao da informao

    obtida a partir do recetor e envio de sinal com

    codificao de uma resposta ao estmulo;

    Encfalo e medula espinal

    3. Componente motora:

    Corresponde ao efetor;

    Responsvel por pr em prtica a resposta:

    gerao de movimento e/ou secreo glandular.

  • A deciso funo do SNC

    O sistema nervoso central constitui a parte integrativa do sistema nervoso. Recebe sinais a

    partir da zona perifrica, nomeadamente a partir das clulas sensoriais perifricas e viscerais,

    integradas no SNP. A este sentido de fluxo de informao d-se o nome de via aferente, de

    fora para dentro. Aps processamento do sinal aferente, o SNC cria um sinal feedback, ou seja,

    toma uma deciso, enviando-a, de seguida, para o SNP via de resposta uma via eferente.

    Dependendo do tipo de resposta a executar o SNP, subdividido numa parte somtica

    responsvel pelo movimento controlado/voluntrio (efetor= msculo esqueltico) - outra

    autnoma dividido em simptico, parassimptico e entrico, responsvel por processos vitais

    do organismo (efetores= msculo liso, cardaco e glndulas). Tudo o que sensorial entra pela

    espinal medula e tudo o que motor entra pela raiz ventral.

    Clulas do Sistema Nervoso

    Neurnios:

    1. Estrutura: corpo celular envolto de

    dendrites (salincias) de comprimento

    varivel e axnio (prolongamento do corpo

    celular, pode ser revestido ou no por

    bainha de mielina uma clula de Schwann

    que cobre o axnio com mais de 100

    camadas de membrana plasmtica).

    2. Outras estruturas: grande diversidade

    morfolgica alguns tipos de neurnios

    no tm axnios, o agrupamento de uma

    quantidade relevante de corpos celulares

    constituem os ncleos (SNC) ou gnglios

    (SNC e SNP); os axnios podem dispor-se

    camadas sendo dominados por tracts (SNC)

    ou nervos (SNP)

    3. Funo: processamento (SNC) e conduo

    de informao (SNP). De modo geral, os

    neurnios so responsveis pela

    comunicao que consiste em circuitos

    neuronais formados por neurnios

    sinapticamente conectados transmisso

    sinptica por intermdio de potenciais de

    aco (mais adiante) entre a clula pr e ps

    sinptica.

    A conduo de uma resposta para o efetor correto depende do tipo de estmulo e do local

    estimulado.

  • Clulas da glia:

    cerca de 10x mais abundantes que os neurnios;

    capacidade de diviso celular;

    do suporte fsico aos neurnios e bioqumico em processos de transmisso nervosa

    No SNC dividem-se em 3 tipos de clulas:

    1. Astrcitos clulas bastante ramificadas, constituem cerca de metade do encfalo;

    assumem vrios papeis: podem realizar sinapses, fornecer substratos aos neurnios

    para produo de ATP (isto porque os aristrcitos constituem uma barreira hemato-

    enceflica, uma espcie de isoladores dos vasos sanguneos cerebrais o que permite

    controlar trocas de substncias e captao de nutrientes), ajudam a manter a

    homeostasia do lquido extracelular do SNC.

    2. Oligodendrcitos sustento estrutural e isolamento dos axnio enrolando-se volta

    deste e formando a mielina que est envolvida na acelerao da transmisso nervosa;

    a diferena destas clulas para as clulas de Schwann que os oligodendrcitos

    formam mielina volta de vrios axnios enquanto que as ltimas apenas se dedicam

    a um nico axnio.

    3. Microglia espcie de clulas imunitrias especializadas, responsveis pela remoo

    de clulas danificadas e invasores; clulas fagocticas.

  • Produo e Conduo de Potenciais de Ao

    O potencial de ao uma alterao rpida no potencial

    de membrana seguida pela reposio do potencial de

    repouso da membrana.

    A extenso e forma dos potenciais de ao variam

    consideravelmente de um tecido para outro.

    Caractersticas:

    propagado com a mesma forma e extenso ao

    longo do comprimento das clulas nervosas e

    musculares;

    responsvel pelo transporte de sinal (impulso

    nervoso) atravs das clulas nervosas percorre

    os tais circuitos-neuronais;

    nas clulas musculares, o potencial de ao

    permite a contrao simultnea de todo o

    comprimento da clula;

    os canais inicos voltage-gated presentes nas

    membranas plasmticas das clulas excitatrias

    so os responsveis pela gerao e conduo de

    potenciais de ao;

    por conveno, o potencial de membrana= (Ein)-

    (Eout);

    para produzir um potencial de ao necessrio

    que o estmulo seja igual ou superior a um limiar

  • Respostas Locais

    Impulsos de corrente:

    1. Despolarizante a diferena de potencial

    da membrana diminui. (ex: passa de -90mV a

    -70mV ou a valores positivos)

    2. Hiperpolarizante a diferena de potencial

    aumenta, ou seja, h uma maior polarizao

    da membrana (ex: passa de -90mV a -

    100mv)

    O tipo de impulso depende da direo da corrente

    inica, isto , do sentido do movimento (meio intra

    ou extracelular e vice-versa), atravs da

    membrana, dos ies envolvidos.

    Quanto mais intenso ou maior for o impulso,

    maior ser a diferena de potencial causada na

    membrana, ou seja, mais afastado estar o

    potencial de membrana relativamente ao seu

    valor de equilbrio.

    Para que ocorra o potencial de ao

    necessrio:

    Que o impulso despolarizante tenha um

    valor igual ou superior a um limiar

    correspondente ao valor treshold, abaixo

    do qual o impulso designado por

    subthreshold, que insuficiente para que

    se d o disparo do

    potencial de

    ao.

    O que acontece se o impulso for subthereshold?

    Resposta local quando se d um impulso abaixo do

    valor limiar, isso vai levar depolarizao da membrana

    (embora insuficiente para que o potencial de ao dispare)

    que se vai propagar na regio de membrana adjacente,

    despolarizando-a.

    A extenso (altura) da diferena de potencial depende

    da distncia percorrida pelo impulso relativamente ao local

  • inicial, ou seja: se tivermos um eltrodo de registo, medida que este se distancia

    relativamente ao eltrodo que passa corrente, observa-se uma diminuio sequente

    da diferena de potencial de ao da membrana.

    Ao contrrio do que acontece com o potencial de ao, o

    impulso conduzido com decremento, isto , s se deteta

    corrente perto do local de impulso inicial, e a diferena de

    potencial vai diminuindo de intensidade medida que

    percorre a membrana.

    Figura ( direita) foram introduzidas duas correntes

    despolarizantes, uma de intensidade subthreshold e outra

    igual ou superior ao threshold; no eltrodo de registo V1,

    que est localizado muito prximo ao local de estmulo,

    observa-se a passagem de duas correntes: uma de maior

    intensidade (disparo) correspondente ao potencial de ao

    e outra de muito menor intensidade correspondente a uma

    resposta local; observa-se, tambm, que no eltrodo V2,

    localizado a uma distncia razovel do local de estmulo,

    apenas detetado o potencial de ao o que significa que a

    resposta local foi conduzida com decremento e nesse

    ponto extinguiu-se totalmente.

    Como determinar a constante de comprimento?

    Constante de comprimento:

    distncia em que a resposta 1/e da resposta mxima (local de impulso inicial).

    Uma clula nervosa ou fibra muscular pode ser comparada a um cabo eltrico: correntes que

    atravessam a resistncia da membrana so perdidas do interior do cabo, correntes que migram

    longitudinalmente, carregam eletricidade, ao longo deste e esto sujeitas a alguma resistncia por

    parte do contedo interno do cabo (se pensarmos no axnio, esta resistncia longitudinal

    oferecida pelo citoplasma). Assim pode comparar-se a membrana que isola o cabo membrana

    plasmtica da clula nervosa e o interior do cabo ao citoplasma.

  • Seja:

    rm= resistncia da membrana

    rin= resistncia do citoplasma

    Quanto maior a razo , ou seja,

    quanto maior a resistncia da membrana,

    mais isoladora e menor a quantidade de

    corrente perdida atravs da membrana

    plasmtica. Assim sendo, a clula conduz mais

    corrente e maior a distncia que esta

    percorre sem decremento significativo, logo

    maior a eficincia da transmisso de sinal

    maior a constante de comprimento.

    O potencial de ao difere da resposta local em 2 aspetos muito importantes:

    1. A resposta muito maior (pode comparar-se o potencial de ao a um disparo em que

    o som de sada da bala muito mais intenso e provoca um eco muito mais prolongado

    do que se o puxador da arma ficar encravado: o som s ouvido pelo indivduo que

    tem na posse a arma);O potencial de membrana geralmente revertido, isto , o

    interior da clula nervosa fica positivo relativamente ao exterior que se torna negativo;

    2. O potencial de ao propagado sem decremento e um aspeto fundamental que a

    extenso/intensidade deste no aumenta com o aumento da intensidade do estmulo:

    o potencial de ao um mecanismo de tudo ou nada no sentido de que debaixo de

    um limiar, qualquer que seja a intensidade do estmulo no ocorre potencial de ao, e

    acima do limiar, qualquer que seja a intensidade do estmulo, o potencial de ao tem

    a mesma extenso e forma (relembrar que os transportadores seguem uma cintica

    Michaeliana de saturao).

    Potencial de ao num axnio de lula gigante:

  • Mecanismo inico:

    Pela equao de Goldmas e Chord viu-se que o potencial de repouso da membrana a soma

    dos potenciais de equilbrio dos ies K+, Cl- e Na+ (entre outros). O fator que mais pesa para

    cada uma das parcelas a permeabilidade da membrana a cada um de ies, que se traduz pela

    condutncia individual dividida pela condutncia total da membrana.

    No axnio da lula gigante, o potencial de ao

    causado por sucessivos aumentos na condutncia da

    membrana plasmtica para os ies de Na+ e K+: a

    permeabilidade ao sdio aumenta muito durante a

    primeira parte do potencial de ao entrada de

    Na+ para dentro da clula a favor do gradiente de

    concentrao diminuio contnua e rpida na

    diferena de potencial at zero e depois passa a

    valores positivos (overshoot) at se atingir um pico

    cujo valor do potencial potencial de equlibrio do

    Na+ (+65mv) ; na segunda parte do potencial de

    ao aumento da permeabilidade da membrana

    ao K+ provoca a sada de K+ para fora da clula

    diminuio de cargas positivas no meio intracelular

    aumenta a diferena de potencial a curva do

    potencial de ao decresce quase to depressa

    quanto aumentou e o decrscimo deve-se fora

    hiperpolarizante induzida pela passagem de K+ para

    fora da clula.

    Aspetos relacionados:

    O pico do potencial de ao no chega a atingir os +65mV (potencial de equilbrio do

    Na+) porque a condutncia do Na+ rapidamente decresce para o valor de repouso e

    porque o aumento progressivo da condutncia do K+ provoca uma tendncia oposta

    despolarizao hiperpolarizao.

    Como poderemos confirmar, quanto maior a condutncia da membrana a um dado

    io, maior a tendncia de o potencial de repouso da membrana se aproximar do

    potencial de equilbrio do io.

    Hyperpolarizating after potential no fim do potencial de ao a membrana fica

    hiperpolarizada, o que se deve ao fato de gNa+ j ter atingido a baseline e o gK

    + ser

    superior o seu nvel base (repouso), logo a permeabilidade ao K+ superior, nesta

    altura, do Na+, puxando o potencial de repouso para o seu potencial de equilbrio (-

    100mV).

  • Potencial de ao no msculo cardaco e liso:

    Msculo cardaco:

    Primeiro ocorre uma rpida despolarizao com overshoot devido entrada rpida de

    ies Na+ para dentro da clula (canais rpidos);

    Aps o overshoot, o potencial de ao decresce de forma lenta devido ao decrscimo

    da condutncia da membrana para o Na+ e pelo aumento da condutncia da

    membrana para o K+.

    Observa-se uma espcie de patamar que causado por uma srie de outros canais,

    designados por canais lentos, que permitem a lenta entrada de outros caties como o

    Ca2+ (ex: canais tipo Ca2+L).

    O Ca2+ que entra na clula ajuda a iniciar a contrao das clulas do msculo cardaco

    ao estimular a libertao de mais Ca2+ do retculo sarcoplasmtico (reticulo

    endoplasmtico das clulas musculares).

    A repolarizao d-se com o fecho destes canais lentos e rpidos de Na+ e devido ao

    transporte de K+ para fora da clula.

    Msculo liso:

    Os potenciais de ao varia consideravelmente para diferentes tipo de msculo liso,

    tendo menor velocidade de despolarizao e repolarizao (declives menos

    acentuados) que nas clulas do msculo esqueltico, e tambm um overshoot menor;

    Muitas das clulas excitatrias do msculo liso no possuem canais Na+ sendo a fase

    de despolarizao causada pelo aumento da permeabilidade da membrana ao Ca2+ e

    consequente entrada deste catio, atravs dos canais L lentos, para dentro da clula

    (justifica um processo mais lento);

    O Ca2+, tal como acontece no msculo cardaco, vital para a excitao-contrao das

    clulas do msculo liso pelos mesmos motivos;

    A repolarizao d-se devido ao fecho progressivo dos canais de Ca2+ e abertura dos

    canais K+.

  • Fases do potencial de ao:

    Perodos refratrios perodo de hesitao de resposta

    a estmulos durante um potencial de ao.

    Durante a maior parte do potencial de ao a

    clula totalmente refratria estimulao,

    independentemente da intensidade do estmulo

    fase refratria absoluta = estado de total

    desprezo por qualquer estmulo. Este perodo

    deve-se ao fato de a maior parte dos canais de

    Na+ estarem ocupados (fase de despolarizao) e

    inativados (fase de repolarizao) pois estes

    aps fecharem ficam um perodo do tempo

    inativados, visto a clula estar num processo de

    repolarizao e, logo, incapacitados de

    responder. Portanto, trata-se de uma situao de indisponibilidade dos canais Na+ para

    que se d um novo potencial de ao.

    Fase refratria relativa ocorre mais para o fim do potencial de ao, por volta da

    altura em que o potencial de repouso da membrana est quase restabelecido; nesta

    fase um novo estmulo consegue desencadear um novo potencial de ao, pois os

    canais inicos j se encontram disponveis para o evento. No entanto, h dificuldade

    em gerar o novo potencial de ao, sendo necessria que a intensidade do estmulo

    seja superior ao estmulo normal:

    o Nem todos os canais esto recuperados, uma parte significativa pode estar

    ainda numa estado de voltage-inactivated;

    o um perodo em que a permeabilidade da membrana ao K+ superior

    contrariando e dificultando a despolarizao (no esquecer que deve ser

    atingida uma despolarizao = ou superior ao threshold).

  • Efeito de acomodao:

    Ocorre quando a clula despolarizada lentamente, o threshold pode ser ultrapassado sem

    que haja potencial de ao a esta propriedade d-se o nome de acomodao e justifica-se

    pelo facto de que quando a despolarizao ocorre de forma lenta, o nmero crtico de canais

    Na+ abertos requeridos para se desencadear um potencial de ao pode nunca chegar a ser

    atingido. O efeito de voltage-inactivation que tem como objetivo o restabelecimento das

    quantidades inicas num valor de repouso, atua contrariando o disparo. Portanto, para haver

    potencial de ao, so necessrios um mnimo de canais de Na+ abertos.

    Potencial de ao como Self-reinforcing signal

    Estmulo/Impulso Despolarizao local da membrana Threshold Potencial de ao

    Repolarizao Despolarizao da membrana adjacente Threshold Potencial de

    ao Continuao da propagao do impulso nervoso ao longo da membrana em ambas

    as direes.

    Os potenciais de ao so regenerados continuamente de

    modo a permitir a sua propagao ao longo de grandes

    distncias, mantendo a mesma forma e extenso.

    Devido ao fato de os potenciais de ao serem constantes

    quanto sua forma e extenso, apenas a frequncia de

    chegada que pode descodificar a informao que traz

    consigo. A frequncia mxima limitada pela durao da fase

    refratria absoluta, o que limita a capacidade de ser gerado

    um novo potencial de ao.

    Velocidade de propagao do potencial de ao

    1. Efeito do dimetro da fibra quanto maior

    o dimetro, maior a velocidade de conduo.

    2. Efeito de mielinizao a bainha de mielina

    (oligodendrcitos no SNC), tal como analisado

    anteriormente, por ser isoladora tem a

    capacidade aumentar muito a velocidade da

    propagao do impulso nervoso.

    A mielinizao tem um peso muito superior no

    aumento da velocidade de conduo que o raio da

    fibra. Ex: uma fibra com 10m mielinizada tem uma

    velocidade de conduo de 50m/sec que muito

    superior a 25m/sec do axnio da lula gigante que tem

    um dimetro de 500m no mielinizada.

  • Propagao aos saltos

    Os canais Na+ e K+ que participam no disparo do potencial de ao esto altamente

    concentrados nos ndulos de Ranvier. Assim sendo, como se os potenciais de ao fossem

    regenerados apenas nos ndulos de Ranvier em vez de serem regenerados em cada segmento

    da fibra, como acontece nas clulas desmielinizadas. O potencial de ao rapidamente

    conduzido de um ndulo para outro onde pousa para ser regenerado a cada ndulo.

    Tcnica de Voltage Clamp

    Tcnica desenvolvida por Hodgkin e Huxley;

    Procura estudar o fluxo de ies Na+ e K+ atravs

    da membrana do axnio para diferentes valores

    de potenciais de membrana;

    Permitiu verificar que as alteraes dos

    gradientes inicos devem-se alterao da

    condutncia da membrana a cada io;

    Estabeleceu a noo do limiar que deve ser

    atingido para que haja potencial de ao;

    Permitiu o esboar as curvas do potencial de

    ao que traduzem a abertura/fecho dos canais

    inicos K+ e Na+ e que hoje em dia conhecemos.

  • Mtodo:

    1 eltrodo inserido no interior do axnio e 1 no

    meio extracelular, conectados entre si e ao plo

    negativo de um amplificador permitem medir o

    potencial de membrana (mV) o amplificador ou

    controlo de voltagem analisa o potencial de

    membrana caso este no seja igual ao potencial

    comando (potencial escolhido como constante para

    a experincia) o amplificador injeta uma corrente

    feedback que contraria a variao do potencial de

    membrana de modo a manter Em constante,

    atravs de um 2 eltrodo para o interior do axnio a partir do seu plo positivo permite

    medir a corrente introduzida para Em=Econtrolo com Em constante a um valor controlo e

    diferentes valores de I (corrente) medidos ao longo do tempo, pela lei de Ohm: Em=IR com

    R=1/g Em=I/g g=I/Em daqui obtm-se a condutncia da membrana em funo do

    tempo.

    Resultados:

    Entrada de Na+ para dentro do

    axnio corrente baixa =

    corrente de entrada;

    Sada de K+ do meio interno do

    axnio corrente elevada =

    corrente de sada;

    Estudo com inibidores para o

    Na+ e K+, TTX e TEA,

    respetivamente, permitiu

    analisar individualmente cada

    uma das correntes: entrada e

    sada ensaio experimental

    para diferentes valores de Em constantes com medio de corrente ao longo do

    tempo partir do equilbrio fez-se o clculo do n de ies monovalentes em trnsito

    por segundo em cada tipo de corrente chegando-se ao valor enorme de 108.

    Quanto menos negativo for Em, menor o influxo de Na+ (baixa corrente de entrada) e

    maior o efluxo de K+ (elevada corrente de sada) de forma a repor o potencial de

    repouso;

    O threshold pode ser atingido de duas formas:

    1. Inserir corrente fraca durante um longo perodo de tempo

    2. Inserir corrente forte durante um instante de tempo

    Casos:

    Retirar todo o Na+ do meio exterior e posterior substituio com outro sal verifica-se

    apenas corrente de sada

    Substituio da soluo exterior por K+ no se verifica corrente de sada (indcio de que

    se trata de um transporte passivo)

  • Patch Clamp

    Tcnica que permite estudar individualmente os canais inicos das membranas

    biolgicas;

    A tcnica consiste em encostar membrana plasmtica numa espcie de micropipeta,

    contendo uma soluo muito idntica ao citosol no seu interior; de seguida ocorre

    suco de uma pequena parte da membrana para dentro da micropipeta o que vai

    provocar rutura da mesma seguida de regenerao da bicamada fosfolipdica o

    objetivo ter apenas um nico canal inico contido no fragmento de membrana que

    est na posse da micropipeta;

    Permite o estudo da conformao aberta/fechada do canal inico, tendo-se

    observado, em condio de potencial de repouso, oscilaes entre as duas

    conformaes;

    Estudos ao longo do tempo, o que permitiu o estudo da durao da conformao

    aberta/fechada dos canais de inicos: observou-se que todos os canais de Na+ abrem

    no incio do potencial de ao, mas ao longo do tempo so inativados permanecendo

    assim por um intervalo definido; no cado o canal K+ observa-se que levam mais tempo

    a abrir mas mantm-se abertos por mais tempo (praticamente durante toda a

    extenso do potencial de ao).

  • Sinapses e Modulao

  • Msculo esqueltico, liso e cardaco

    As clulas musculares so especializadas na converso de

    energia qumica (ATP) em energia mecnica que permite a

    realizao de trabalho como: locomoo, bombardeamento

    de sangue e movimento peristltico.

    Trs tipos de msculo:

    1. Esqueltico

    2. Liso

    3. Cardaco

    1. MSCULO ESQUELTICO

    Constitui cerca de 40% do peso de um indivduo;

    Est associado ao movimento voluntrio como:

    locomoo, manuteno da postura, falar,

    respirao, etc.;

    A nvel microscpico assume a forma de inmeros

    feixes de clulas, as microfibrilas, a aparncia

    estriada resulta de uma organizao de filamentos

    de actina e miosina altamente organizada.

    Organizao estrutural do msculo:

    Epimsio - camada de tecido conjuntivo que envolve o msculo.

    Fascculos agrupamento de 10 a 100 filamentos musculares envoltas por uma bainha de

    tecido conjuntivo designado por perimsio.

    Fibra muscular constitui a unidade celular; contm uma membrana plasmtica designada

    por sarcolema, mitocndrios, ncleo, retculo sarcoplasmtico (equivale ao retculo

    endoplasmtico), capilares associados parte externa do sarcolema.

    Microfibrilas microfilamentos contidos no citoplasma das fibras musculares, formando

    conjuntos. Contm no seu interior uma grande quantidade de filamentos altamente

    organizados de molculas de actina, miosina e titina que formam unidades repetitivas o

    sarcmero; so responsveis pela aparncia estriada da fibras musculares e devida ao

    elevado grau de organizao as microfibrilas empurram o ncleo e mitocndrios para a

    periferia da clula muscular.

  • Sarcmero

    unidade bsica do msculo esqueltico;

    responsvel pelas estrias altamente repetitivas que aparecem na superfcie das

    microfibrilas;

    responsvel pela contrao muscular;

    delimitado por 2 discos Z, contm uma banda H localizada a meio e caracterizada pela

    ausncia de cabeas de miosina

  • Estrutura:

    - microfilmentos de actina (filamento fino)- possui locais de ligao para a cabea da miosina

    contendo monmeros de:

    1. actina constitui o esqueleto principal do microfilamento, tem locais de ligao ao

    Ca2+ e est complexada com as protenas a seguir.

    2. nebulina

    3. tropomiosina protena longa e fina, enrolada, formando uma hlice em torno do

    filamento de actina, volta do qual tem alguma flexibilidade, isto , possibilidade de

    movimento giratrio que permite expor ou esconder os locais de ligao miosina.

    4. Troponina a protena chave para o incio da contrao muscular, tem 3 centros de

    ligao: um com grande afinidade de ligao tropomiosina (local T), outro que

    permite a ligao a ies Ca2+ (local C) e, por ltimo, um local que cobre o centro de

    ligao da actina miosina

    - microfilamentos de miosina (filamento espesso) ATPase que mediante a hidrlise do ATP

    permite a contrao muscular (deslocamento do filamento de actina relativo ao filamento de

    miosina). Constitudo por duas partes:

    1. cabea leve que possui um stio de ligao ao ATP, outro actina e ainda outro centro

    de regulao;

    2. Cauda pesada que se liga membrana e a outras caudas para formar um filamento

    grosso.

    - filamentos de titina elevado grau de elasticidade, tem como objetivo evitar que ocorra o

    estriamento excessivo e consequente possvel rotura do msculo; fixa a miosina ao disco Z.

    Contrao muscular, um evento caro

    Mediante um estmulo, o SNC envia

    impulsos nervosos que percorrem

    caminho at medula espinal e da para

    o SNP somtico que se encarrega de

    conduzir o sinal, atravs dos neurnios

    motores, que lhe chegou para o efetor

    correspondente, neste caso o msculo

    esqueltico. A parte terminal do axnio

    ramifica-se e cada ramificao forma,

    naseu terminal uma espcie de boto

    que aumenta a rea de troca - fenda

    sinptica. zona de invaginao do

    axnio terminal na fibra muscular

    chamado de placa motora ou junes

    neuromusculares, dando-se o nome de

    unidade motora ao conjunto neurnio

    fibras que este enerva.

  • No s a frequncia de disparo como o nmero de unidades motoras recrutadas para o evento so responsveis por uma maior ou menor contrao muscular

    Cada conjunto de miofibrilhas estimulado por um nico neurnio motor, no entanto um nico neurnio motor consegue estmular simultaneamente vrias microfibrilhas.

    A despolarizao da membrana ps-sinptica permite a propagao do potencial de ao ao lango das fibras musculares

    A despolarizao transiente devido ao facto de a acetilcolina ser rapidamente hidrolizada a colina e acetato por enzimas acetilcolinesterases, presentes em grandes concentraes na membrana ps-sinptica.

    A acetilcolina vai difundir na fenda sinptica at chegar aos recetores ligand-gated especfico ao qual se vai ligar. A ligao vai estimular a abertura dos canais Na+ e, posteriormente, K+ ocorrendo a despolarizao da membrana da fibra muscular

    O aumento de Ca2+ vai causar a fuso das vesculas sinpticas, contendo o neurotransmissor acetilcolina, com a membrana pr-sinptica seguida de libertao da acetilcolina para a fenda sinptica

    A membrana plasmtica na parte terminal do axnio, ao despolarizar estimula a abertura de canais Ca2+ o que vai permitir influxo, segundo o gradiente eletroqumico, destes ies para o interior do axnio a partir do lquido intersiticial

    Potencial de ao conduzido ao longo do axnio do neurnio motor at chegar zona terminal pr-sinptica deste

    PROCESSO DE ENERVAO DAS CLULAS MUSCULARES

    A despolarizao das fibras nervosas vai estimular a

    entrada de Ca2+ para o interior da clula muscular, que por

    sua vez, vai estimular a libertao de mais Ca2+ a partir do

    reticulo sarcoplasmtico. Este aumento de concentrao

    de Ca2+ no citoplasma leva ao processo de contrao

    muscular:

    Os ies Ca2+ ligam-se troponina C que por sua vez vai

    estimular o movimento giratrio da tropomiosina que

    vai permitir expor os centros de ligao cabea da

    miosina dos monmeros de actina.

    A cabea de miosina, ao hidrolisar a molcula de ATP

    ligada a ela, vai aproveitar a energia libertada para se

    movimentar at ao local de ligao na actina. Os

    produtos da hidrlise: ADP e Pi, permanecem ligados.

  • A dissociao do ADP e Pi dos centros de ligao, na cabea de miosina, vai

    impulsionar esta para a frente e, ao estar fortemente ligada actina, o filamento de

    actina acompanha o movimento da cabea da miosina, deslizando. Este deslocamento

    relativo cauda pesada que se mantm esttica.

    Para que a cabea de miosina se desprenda da actina necessria a ligao de uma

    nova molcula de ATP primeira.

    Libertada e ligada a uma molcula de ATP, a miosina fica disponvel para um novo ciclo

    de contrao muscular.

  • O

  • tempo de resposta depende muito do mecanismo envolvido na passagem atravs da

    membrana, se no for o caso da difuso:

    Sinalizao eltrica s

    Recetor ionotrpico mseg

    Recetor acoplado a protena G seg

    2s mensageiros min

    Sntese proteica Horas/dias

    .

    Ver comunicao neuroendcrina pag. 39

    Tecido muscular e nervoso pag.116

    Transportes pag. 164

    Tipos de receptores ps-sinpticos: pag.6 sebenta fisiologia (parte 1) e aula 4 caderno

    Sinapses pag23 sebenta e Ca2+ (fuso das vesculas)

  • Recetores muscarnicos pag.30