sebenta de anatomia

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A Sebenta Faculdade de Medicina da Universidade Coimbra Autor da Sebenta: Gustavo Santos Colaboradores: David Silva e João Neves

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Page 1: Sebenta de Anatomia

A Sebenta

Faculdade de Medicina da Universidade Coimbra

Autor da Sebenta: Gustavo Santos

Colaboradores: David Silva e João Neves

Page 2: Sebenta de Anatomia

1

Índice

Introdução 2

Osteologia 3

Cavidades Endocranianas 21

Cavidades Exocranianas 23

Artrologia 24

Miologia 25

Arteriologia 31

Veias 48

Vasos Linfáticos 50

Nariz 51

Cavidade Oral 56

Faringe 62

Olho 65

Ouvido 71

Neuroanatomia (Introdução) 79

Sistema Ventricular 85

Medula Espinhal 89

Tronco Cerebral 92

Cerebelo 104

Prosencéfalo 109

Sistematização do Cérebro 120

Sistema Límbico 128

Sistema Vegetativo 129

Reflexos 130

Pares Cranianos 131

Vias Ascendentes 146

Vias Sensoriais 151

Vias Descendentes 153

Anexos 159

Page 3: Sebenta de Anatomia

2

Introdução

Caro colega,

Ao longo de todo o tempo que já passaste na nossa adorada faculdade, certamente que já pudeste

aperceber-te de que aguentar os diversos obstáculos e torturas que as Anatomias nos colocam ao longo do nosso

percurso académico pode ser tão complicado como conseguir voltar para casa depois do Cortejo da Queima das

Fitas. De facto, não é segredo nenhum que estas cadeiras dão realmente trabalho, e como também já te deves ter

apercebido não é a ler o Gray que te vais safar. Um compêndio tão parco de recursos e conhecimentos, jamais

seria capaz de te proporcionar as condições necessárias para fazeres frente à trágica e monumental tarefa que é

passar a Anatomia III. Foi com base nisso que eu e mais dois infelizes colegas resolvemos alterar esta situação,

através da compilação deste soberbo trabalho, que como poderás comprovar por ti próprio, tem tudo aquilo que

precisas para teres sucesso na última cadeira de Anatomia do nosso curso.

A verdade é que o nível desta sebenta foi tão popularizado durante a sua elaboração, que surgiu

inclusivamente a ideia de vendê-la, ao invés de oferecê-la! Não temas porém caro colega, pois o nosso espírito

altruísta impôs-se a estas ideias capitalistas. Contudo não te posso excluir da eterna obrigação moral de nos

pagares umas sangrias do Carneiro sempre que a oportunidade se apresentar.

Apesar de tudo não vou obviamente imiscuir-nos da possibilidade da existência de um ou outro erro

fortuito ao longo das 947 páginas que compõe esta obra, mas queria apenas que tivesses em consideração no

caso, extremamente improvável, de encontrares algum lapso da nossa responsabilidade, que parte desta Sebenta

foi desenvolvida ao som de António Variações e sob o efeito de algumas drogas leves.

Passando a coisas mais sérias e aborrecidas, naquilo que toca à cadeira de Anatomia III em si, deixa-me

alertar-te, estimado colega, que convém que sempre que possas e não te encontres muito ressacado, vás assistir

às aulas do professor Miguéis, pois há uma interminável panóplia de conhecimentos que podes adquirir, e que

apesar de esta magnífica sebenta ter tudo aquilo que precisas, há sempre aspectos que são mais fáceis de

aprender num anfiteatro quinhentista e sem ar condicionando do que num quarto ou numa biblioteca.

Há ainda que referir que durante a compilação da sebenta foram utilizados essencialmente dois livros

de imagens: o mítico e indispensável Netter, e o Feneis, um pequeno livro que tem imagens muito interessantes

especialmente de artérias e ossos. Para além desses o Snell foi também utilizado nomeadamente na secção das

Vias, bem como o Thieme para esclarecer algumas dúvidas.

Por último e antes que a página acabe, dá-me só a oportunidade de te dizer que se pegaste numa

sebenta de anatomia e te deste ao trabalho de ler a introdução (especialmente se a leste até aqui), estás

extremamente bem encaminhado para ter um semestre repleto de sucessos e conquistas académicas. A sério,

mais valia ires para os copos… Força nisso e bom estudo.

O autor

Page 4: Sebenta de Anatomia

3

Osteologia É constituída por duas partes:

Abóbada ou Calvária: Delimitada por uma linha imaginária que vai desde a Glabela até à Protuberância Occipital Externa.

Base.

Frontal (Netter 2, 4, 7)

- constituído por 2 porções:

Escama – corresponde à porção vertical do osso Face Exocraniana:

o Tuberosidade do Frontal o Arcadas Supraciliares o Glabela o Margens Supraorbitárias

- terminam lateralmente no Proc. Zigomáticos o Incisura Supraorbitária

- dá passagem aos vasos e nervos homónimos o Foramen Frontal

- apenas se encontra em 50% dos indivíduos - medial à Incisura Supraorbitária.

Nasal e Orbitária - corresponde à porção horizontal do osso Face Exocraniana:

o Incisura Nasal o Espinha Nasal o Bordo Nasal o Incisura Etmoidal o Sulcos para canais etmoidais anterior e posterior o Células etmoido-frontais o Fossa para Glândula Lacrimal o Fóvea Troclear

- para a Tróclea do Músculo Oblíquo Superior o Seio Frontal

Face Endocraniana: o Sulco para o Seio Sagital Superior o Cristal Frontal Interna

- dá inserção à Foice Cerebral o Foramen Cego

- para uma Veia emissária do Seio Sagital Sup. o Processo Crista Galli do Etmóide o Tuberosidades Orbitárias

- originam o Tecto das Cavidades Orbitárias

Page 5: Sebenta de Anatomia

4

Parietal - osso par - faz parte da Calvária - tem 2 faces, 4 bordos e 4 ângulos. Face Exocraniana (Lisa e Convexa)

o Tuberosidade Parietal Central o Linhas Temporais Superior: inserção da Fáscia Temporal

Inferior: Limite Superior da inserção do Musc. Temporal. o Foramen Parietal

- pode estar ausente - dá passagem a uma Veia do Seio Sagital Superior e por vezes à Artéria Occipital

Face Endocraniana (Côncava)

o Impressões dos Vasos Meníngeos Médios - inclinados para trás; - partem do Ângulo Esfenoidal ½ posterior do Bordo Escamoso

o Impressões dos Giri Cerebrais o Sulco do Seio Sagital Superior

- Foice Cerebral insere-se nos bordos do sulco. o Foveolae Granulares

- alojam as Granulações Aracnóides - laterais ao Sulco Sagital Superior

Bordos o Sagital – une ao Parietal Oposto (SUTURA SAGITAL) o Escamoso – une ao Esfenóide e Temporal (SUTURA ESCAMOSA) o Frontal – une ao Frontal (SUTURA CORONAL) o Occipital – une ao Occipital (SUTURA LAMBDÓIDE)

Ângulos

o Frontal – Ântero-Superior (BREGMA) o Esfenoidal – Ântero-Inferior (PTERION) o Occipital – Póstero-Superior (LAMBDA) o Mastóide – Póstero-Inferior (ASTERIUM)

Locais onde surgem

as Fontanelas nos

Recém-Nascidos

Page 6: Sebenta de Anatomia

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Occipital (Netter 6-11 / Feneis 27)

- forma Trapezóide - tem 3 Partes:

Escama Superfície Externa:

o Protuberância Occipital Externa - projecção óssea em posição central - dela estendem-se 2 linhas curvas lateralmente formando:

o Linha Nucal Superior - divide a escama em 2 partes

Superior – Lisa, coberta pelo OccipitoFrontalis.

Inferior – Rugosa para a inserção de vários músculos. o Crista Occipital Externa

- vai da Protuberância Occipital Externa até ao Foramen Magnum - dá inserção ao Ligamento da Nuca.

o Linha Nucal Inferior o Linha Nucal Suprema

Superfície Interna

o Protuberância Occipital Interna - divide a superfície interna do Occipital em 4 fossas através de prolongamentos sagitais e horizontais:

2 Fossas Superiores Triangulares - para os Lobos Occipitais do Cérebro

2 Fossas Inferiores Quadrangulares - para os Hemisférios Cerebelosos

o Eminência Cruciforme - projecção óssea em forma de cruz - tem a Protuberância Occipital Interna como centro

o Sulco para o Seio Sagital Superior - acima da Protuberância Occipital Interna. - dá inserção à porção Posterior da Foice Cerebral

o Sulco para a Artéria Meníngea Posterior o Crista Occipital Interna

- desce da Protuberância Occipital Interna e termina bifurcando-se junto ao Foramen Magnum o Fossa Vermiana

- formada pela terminação da Crista Occipital Interna o Sulcos para o Seio Transverso

- surgem lateralmente à Protuberância Occipital Interna

Porção Basilar

Page 7: Sebenta de Anatomia

6

- fundida com o Esfenóide formando o: o Clivus

- onde se inserem a Membrana Tectórea e o Ligamento Apical o Tubérculo Faríngeo

- na superfície externa - onde se insere a Rafe Faríngea

Massas Laterais o Sulcos dos Seios Petrosais Inferiores o Côndilos Occipitais

- na face inferior - articulam com as facetas superiores do Atlas - têm uma forma oval e reniforme - o seu > eixo converge anteromedialmente - medialmente apresentam um tubérculo que dá inserção ao Ligamento Alar

o Canal Hipoglosso - encontra-se anteriormente a cada Côndilo - atravessado pelo n. hipoglosso (XII)

o Canal Condilar - atravessado por uma Veia Emissária Sigmóideia

o Fossa Condilar - depressão posterior ao Processo Condilar - perfurada pelo canal homónimo

o Processo Jugular o Incisura Jugular

- atravessada pelo Bolbo Jugular - a sua superfície inferior dá inserção a: Músculo Recto Lateral da Cabeça Ligamento Lateral Atlanto-Occipital

o Processo Intrajugular - estrutura ocasional que divide o Foramen Jugular

o Tubérculo Jugular - localiza-se na face endocraniana.

Page 8: Sebenta de Anatomia

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Etmóide (Netter 2, 6, 38, 39 / Feneis 39)

- osso Impar - faz parte de:

Paredes Orbitárias Mediais

Tecto e Paredes laterais da Cavidade Nasal

Septo Nasal - está dividido em 3 Partes:

Lâmina Crivada (Horizontal) - forma grande parte do Tecto Nasal - preenche a Incisura Etmoidal do Frontal - apresenta numerosos Foramina para a passagem dos Filetes do n.olfactivo (I)

o Processo Crista Galli (apresenta 2 asas laterais) - projecta-se na face superior - a Foice Cerebral insere-se no seu bordo posterior

o Foramen Cego - delimitado pela articulação com o Frontal

o Goteiras Olfactivas - encontram-se lateralmente ao Processo Crista Galli - local onde se alojam os Bolbos Olfactivos

Lâmina Perpendicular - projecta-se inferiormente à Lâmina Crivada - forma a parte superior do Septo Nasal - o Bordo Anterior articula com a Espinha Nasal do Frontal - o Bordo Posterior articula com o Corpo do Esfenóide (em cima)e com o Vómer (em baixo) - o Bordo Inferior articula com a Cartilagem Septal.

Labirintos Etmoidais - consistem em células de ar de parede fina - existem 3 grupos de células: Anterior, Médio, Posterior - a Face Lateral (orbitária) forma parte da Parede Orbitária Medial - a Face Medial forma parte da Parede Lateral da Cavidade Nasal - a Face Superior apresenta várias células que fecham a articulação com o Frontal - a Face Posterior articula com o Corpo do Esfenóide - a Face Inferior continua-se pela Lâmina Perpendicular - a Face Anterior articula com o Lacrimal e o Maxilar

o Canais Etmoidais (Anterior e Posterior)

Lâmina Crivada

Lâmina Perpendicular

Labirintos Etmoidais

Page 9: Sebenta de Anatomia

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- também são formados pela articulação com o Frontal - são atravessados por vasos e nervos homónimos

o Concha Nasal Suprema o Concha Nasal Superior o Concha Nasal Média

- células Etmoidais Posteriores abrem por cima Bula Etmoidal - localizada medialmente à Concha - contém abertura das Células Etmoidais Médias

o Processo Uncinado - dirigido póstero-inferiormente - está ‘escondido’ pela Concha Média - abre-se em direcção ao Seio Maxilar

o Infundíbulo Etmoidal - local onde passa muco nasal - Envolve o Canal Frontonasal que abre no seio Frontal

o Hiato Semilunar - consiste na abertura do Infundíbulo - contém o local de abertura das células etmoidais anteriores e do Seio Maxilar

Concha Nasal Inferior - osso independente

Processo Lacrimal - articula com o Osso Lacrimal

Processo Maxilar - articula com o Seio Maxilar

Osso Etmoidal - articula com o Processo Uncinado

Esfenóide (Netter 2-12/ Feneis 29, 31)

- faz parte da Base do Crânio - contribui par aa formação das Cavidades Orbitárias - tem 4 porções:

Corpo - tem uma forma Cubóide (6 faces):

Face superior o Prolongamento Etmoidal do Esfenóide

- articula com a Lâmina Crivada o Jugo Esfenoidal

- une as Pequenas asas o Limbus

- une as duas estruturas anteriores anteriores o Sulco Pré-Quiasmático

- sulco que une os 2 Canais Ópticos o Sella Turcica (ou Sela Turca)

Tuberculum Sellae (à frente) Fossa Hipofiseal (aloja a hipófise) Dorsum Sellae (atrás)

- articula com a Porção Basilar do Occipital formando o Clivus Processos Clinóides Posteriores (lateralmente ao Dorsum)

o Sulco Carotídeo

Page 10: Sebenta de Anatomia

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Face Anterior o Crista Esfenoidal Anterior

- forma uma pequena parte do Septo Nasal o Seios Esfenoidais:

- encontram-se separados por 1 septo - abrem no Recesso Esfeno-Etmoidal - posicionam-se de cada lado da Crista Esfenoidal Anterior - constituem vias de acesso cirúrgicas à Hipófise

Face Inferior

o Crista Esfenoidal Inferior / Rostrum Esfenoidal - prolongamento da Crista Esfenoidal Anterior

o Processos Vaginais: - mediais à Lâmina Medial do Processo Pterigóide Incisura Palatovaginal (lateral) Incisura Vomerovaginal (medial)

Grandes Asas Face cerebral:

- faz parte da Fossa Craniana Média - adapta-se aos Giri anteriores do Lobo Temporal o Foramen Rotundum (ou Redondo)

- atravessado pelo n. maxilar(V2) o Foramen Oval

- atravessado pelo n. mandibular (V3) - pela Art. Meníngea Acessória - e pelo n. pequeno petroso.

o Foramen Espinhoso - perfurado pela Art. Meníngea Média - e pelo ramo meníngeo do n. mandibular.

Face Lateral:

- dividida pela Crista Infratemporal o Espinha do Esfenóide

- em posição posterior - dirige-se para baixo

Page 11: Sebenta de Anatomia

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Face Orbitária:

- quadrilátera - constitui a parte posterior da Parede Lateral da Cavidade Orbitária - Bordo Superior articula com o Frontal - Bordo Lateral articular com o Zigomático - Bordo Inferior constitui bordo posterolateral da Fissura Orbitária Inferior - Bordo Medial constitui bordo inferolateral da Fissura Orbitária Superior

Pequenas Asas - têm uma forma Triangular Face Superior

- relacionada com o Lobo Frontal Face Inferior:

- constitui a parte posterior do Tecto da Cavidade Orbitária - determina o limite superior da Fissura Orbitária Superior - apresenta a abertura do Canal Óptico

Bordo Posterior: o Processo Clinóide Anterior

- projecta-se medialmente Canal Óptico

- delimitado por 2 raízes que ligam as Pequenas Asas ao Corpo do Esfenóide. - dá passagem à Artéria Oftálmica e n. óptico (II)

Processos Pterigóides - descem da junção das Grandes Asas com o Corpo; - cada um consiste em: Lâmina Medial e em Lâmina Lateral.

o Fissura Pterigoideia - relaciona-se com o Processo Piramidal do Palatino

o Fossa Pterigoideia - dá inserção ao Músculo Pterigoideu Medial

o Fossa Escafóide - na porção superior - dá inserção à Cartilagem Tubária e ao Tensor do Véu do Palato

o Fossa Pterigopalatina - à frente da face anterior da Raiz do Processo Pterigóide - é perfurada pelo Canal Pterigóide onde passa a Artéria do Canal Pterigóide.

Lâmina Lateral

- a Face Lateral faz parte da parede medial da Fossa Infratemporal. - a Face Medial constitui parede lateral da Fossa Pterigoideia. - o Bordo anterior articula com Maxilar (em cima) e Palatino (em baixo) - o Bordo posterior é livre. - apresenta ainda o Processo Pterigoespinhoso.

Lâmina Medial

- apresenta o Hamulus Pterigoideu local onde o Tensor do véu do Palato muda de direcção - a Face Lateral constitui a parede medial da Fossa Pterigoideia - a Face Medial constitui a parede lateral da Abertura Nasal Posterior.

Page 12: Sebenta de Anatomia

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Temporal (Netter 4-12/ Feneis 31-35)

- faz parte tanto da Base do Crânio como da Calvária - tem 3 Porções:

Porção Escamosa - região ântero-superior do osso. Face Temporal (exocraniana)

- faz parte da Fossa Temporal o Sulco para a Artéria Temporal Profunda Posterior (acima do MAE) o Processo Zigomático

- origina-se a partir de 2 raízes:

Anterior – Tubérculo Articular

Posterior – Crista Supramastoideia. o Fossa Mandibular:

- limitada à frente pelo Tubérculo Articular

Área Articular Porção Escamosa

Área Não-Articular Porção Timpânica

Face Cerebral

- sulcos e eminências que se adaptam aos Giri do Lobo Temporal. o Sulco para Artéria Meníngea Média

Bordo Superior

o Sutura Escamosa - união entre o Temporal e o Parietal

o Incisura Parietal - ângulo na região posterior formado pelo Processo Mastóide.

Bordo Inferior

- funde-se com a face anterior da Porção Petrosa

Porção Petrosa (ou Rochedo) -tem forma de Pirâmide - as Faces Ântero-Superior e Póstero-Superior são endocranianas - a Face Inferior é exocraniana - o Bordo Superior separa:

- as Faces Ântero e Póstero-superiores

- as Fossas Cerebrais Média e Posterior

Page 13: Sebenta de Anatomia

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Face Ântero-Superior o Eminência Arcuata

- corresponde à impressão deixada pelo Canal Semicircular Anterior (Ouvido Interno) o Tegmen Tympani

- corresponde ao Tecto da Cavidade Timpânica o Impressão Trigeminal

- depressão junto ao Apex - aloja o Gânglio Trigeminal

o Sulcos dos Nervos Petrosos (Grande e Pequeno) Face Póstero-Superior

- na parede anterior da Fossa Craniana Posterior o Meato Acústico Interno (MAI)

- em posição central o Abertura do Aqueduto Vestibular o Fossa Sub-Arcuata o Abertura do Aqueduto Coclear

Face Inferior

o Canal Carotídeo - dá passagem à ACI

o Fossa Jugular - contém o bolbo jugular superior

o Abertura do Canalículo Timpânico - entre o Canal Carotídeo e a Fossa Jugular - é atravessado pelo nervo timpânico do n. glossofaríngeo (IX)

o Canalículo Mastóide - na fossa jugular - é atravessado pelo ramo auicular do n. vago (X)

o Processo Intrajugular - inconstante - divide o Foramen Jugular

o Superfície Jugular - coberta por cartilagem - posterior à Fossa Jugular - une-se ao Processo Jugular do Occipital

o Processo Estilóide o Foramen Estilomastoideu

- é atravessado pelo n.facial (VII) e pela Artéria Estilomastoideia

o Fissura Petrotimpânica o Fissura Timpanoescamosa o Fissura Timpanomastoideia o Fissura Petroescamosa

Bordo Superior

- dá passagem ao Seio Petroso Superior

Bordo Inferior o Incisura Jugular

- juntamente com o Occipital forma o Foramen Jugular o Sulco do Seio Petroso Inferior

MAI

- acima do Foramen Jugular

- dá passagem a:

vasos labirínticos

n. facial (VII)

n. vestibulococlear (VIII)

Page 14: Sebenta de Anatomia

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Bordo Anterior o Foramen Lacerum

- localiza-se à frente do Canal Carotídeo e encontra-se revestido por fibrocartilagem - dá passagem ao nervo petroso profundo e ao nervo grande petroso

Base – Porção Mastóide

o Face Externa: Foramen Mastóide

- tem uma posição Inconstante - encontra-se junto à Sutura Occipito-Mastoideia - dá passagem a uma Veia Emissária Mastoideia - é também atravessado por um ramo da Artéria Meníngea Posterior ocasionalmente

Processo Mastóide Incisura Mastoideia

- dá inserção ao Ventre Posterior do Músculo Digástrico Sulco Occipital

- sulco provocado pela passagem da Artéria Occipital o Face Interna:

Sulco Sigmóide - atravessado pelo Seio Sigmóide

Porção Timpânica - a Face Posterior contém o Meato Acústico Externo (MAE) - a Face Anterior contém a porção não-articular da Fossa Mandibular - o Bordo Inferior contém o Processo Vaginal do Processo Estilóide.

Nasal (Netter 2, 4, 36/ Feneis 38)

- osso par - localizado entre os Processos Frontais do Maxilares - formam a Ponte Nasal

Face Externa contém um Foramen Vascular (Perfura o osso centralmente)

Bordo Superior articula com o Frontal

Bordo Lateral articula com o Processo Frontal do Maxilar

Face Interna contém um Sulco Longitudinal que dá passagem a: o Nervo Etmoidal Anterior o Vasos Etmoidais Anteriores

Bordo Inferior contínuo com a Cartilagem Nasal Lateral.

Bordo Medial articula com o Nasal Oposto. contém uma Crista Vertical Posterior que articula com: o Espinha Nasal do Frontal o Lâmina Perpendicular do Etmóide o Cartilagem Septal.

Lacrimal (Netter 2, 4, 6/ Feneis 39)

- posicionado na porção anterior da Face Medial da Cavidade Orbitária

Face Lateral contém a Crista Lacrimal Posterior – delimita posteriormente a Fossa do Saco Lacrimal

Bordo Anterior articula com o Processo Frontal do Maxilar

Bordo Posterior articula com a Face lateral dos Labirintos Etmoidais

Bordo Superior articula com o Frontal

Bordo Inferior articula com a Superfície Orbitária do Maxilar.

Page 15: Sebenta de Anatomia

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Maxilar (N 2, 4, 5, 8/ F 41)

- osso par - tem 4 faces:

Face Anterior - apresenta elevações para as raízes dos dentes inferiormente o Foramen Infraorbitário

- atravessado por vasos e nervo homónimos o Fossa Canina o Fossa Incisiva o Incisura Nasal

- margem da Abertura Piriforme o Espinha Nasal Anterior

- formada pela união dos 2 maxilares - inferior à Incisura Nasal.

Face Infratemporal - forma parede anterior da Fossa Infratemporal o Processo Zigomático

- separa a Face Anterior da Face Infratemporal - articula com o osso Zigomático

o Canais Alveolares - atravessados por vasos e nervos alveolares póstero-superiores

o Tuberosidade Maxilar - localizada póstero-inferiormente

Face Orbitária - forma a maior parte do Pavimento da Cavidade Orbitária - Bordo medial – articula com o Etmóide, Lacrimal e com o Processo Orbitário do Palatino - Bordo Posterior – constitui a maior parte da Fissura Orbitária Inferior - Bordo Anterior – forma parte da Margem Orbitária continuando-se pela Crista Lacrimal do Processo Frontal o Incisura Lacrimal

- localizada no bordo medial o Sulco Infraorbitário

- encontra-se em posição média

Face Nasal - apresenta Seio Maxilar - abaixo deste há 1 superfície côncava e lisa que faz parte do Meato Nasal Inferior - atrás há 1 superfície rugosa que articula com a Lâmina Perpendicular do Palatino que ajuda a formar o Grande CanalPalatino o Canal Naso-Lacrimal

- posicionado anteriormente ao Seio Maxilar - contínuo com o Sulco Lacrimal - Fechado pelo osso Lacrimal

o Crista Conchal - aloja a Crista Conchal Inferior - acima forma-se o Meato Nasal Médio - abaixo forma-se o Meato Nasal Inferior

separados pela Eminência Canina

Page 16: Sebenta de Anatomia

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- tem ainda 4 processos:

Processo Zigomático - projecção piramidal - nela convergem todas as faces excepto a nasal - anteriormente continua-se na Face Anterior - posteriormente continua-se na Face infratemporal através de uma concavidade - superiormente continua-se com o osso Zigomático Sutura Zigomático-Maxilar - inferiormente um bordo arqueado separa a Face Anterior da Face Infratemporal

Processo Frontal - projecta-se póstero-superiormente entre o Nasal e o Lacrimal o Crista Lacrimal Anterior

- delimita anteriormente a Fossa do Saco Lacrimal o Crista Etmoidal

- articula com a Concha Nasal Média - faz parte da Parede Nasal Medial

Processo Alveolar - arqueado e espesso - torna-se + amplo posteriormente - encontra-se alveolado pelas raízes dos dentes o Arco Alveolar

- forma-se com a união dos Maxilares

Processo Palatino - placa óssea horizontal - projecta-se medialmente da Face Nasal - forma os ¾ anteriores do Palato Ósseo Face inferior (côncava)

o Sutura Palatina Mediana - posterior à Fossa Incisiva

o Fossa Incisiva - contém pequenos Canais Incisivos no seu interior - ascende até à Cavidade Nasal - local de passagem da Grande Artéria Palatina e Nervo Nasopalatino.

Face Superior(côncava e lisa) - forma o Pavimento da Cavidade Nasal

Bordo Lateral -contínuo com o Corpo

Bordo Posterior - corresponde à Sutura Palatina Transversa (união com o Palatino)

Bordo Medial o Crista Nasal o Crista Incisiva o Espinha Nasal Posterior

Page 17: Sebenta de Anatomia

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Zigomático (N 2, 4/ F 45)

- forma as maçãs do rosto - contribui para a formação da Parede Lateral e Pavimento da Cavidade Orbitária - tem 3 faces:

Face Lateral (ou Jugal) - face convexa o Foramen Zigomaticofacial (inconstante)

- localiza-se junto ao bordo orbitário

Face Temporal - constitui parede anterior da Fossa Infratemporal o Foramen Zigomaticotemporal

- encontra-se perto da base do Processo Frontal

Face Orbitária - face lisa e côncava - forma a porção ântero-lateral do Pavimento e Parede Lateral da Cavidade Orbitária

o Foramen Zigomatico-orbitário

Bordo Orbitário - faz parte da Margem Orbitária - separa a Face Orbitária da Face Lateral

Bordo Maxilar - corresponde à Sutura Zigomaticomaxilar

Bordo Temporal - bordo em forma de “S” - convexo em cima - côncavo em baixo

Bordo Póstero-Inferior - dá inserção ao Masséter

Bordo Póstero-Medial - bordo serrado - articula com a Grande Asa do Esfenóide e com o Maxilar

Processo Frontal - articula com: Processo Zigomático do Frontal Grande Asa do Esfenóide

Processo Temporal - dirige-se para trás - tem uma extremidade oblíqua e serrada - articula com o Processo Zigomático do Temporal (Sutura Zigomatico Temporal)

Page 18: Sebenta de Anatomia

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Palatino (N 2, 6, 8 / F 43)

- osso par - tem forma de L - colocado posteriormente na Cavidade Nasal - posiciona-se entre o Maxilar e o Processo Pterigóide do Esfenóide - contribui para o Pavimento e Paredes Laterais da Cavidade Nasal - contribui para o Pavimento da Cavidade Orbitária - contribui para o Palato Ósseo - tem 2 lâminas: Horizontal e Perpendicular

Lâmina Horizontal - tem forma quadrilátera - tem 2 faces e 4 bordos Face Nasal

- côncava - forma parte posterior do Pavimento Nasal

Face Palatina

- juntas formam ¼ posterior do Palato Ósseo o Crista palatina (perto do bordo posterior) o Pequenos canais palatinos

Bordo Posterior

- côncavo o Espinha Nasal Posterior

Bordo Anterior

- articula com o Maxilar Bordo Lateral

- contínuo com a Lâmina Perpendicular Bordo Medial

- articula com o Palatino oposto - forma parte posterior da Crista Nasal

Lâmina Perpendicular - tem 2 faces e 4 bordos Face Nasal

o Crista Conchal - articula com a Concha Nasal Inferior

o Crista Etmoidal - articula com a Concha Nasal Média

Face Maxilar

- articula com a Face Nasal do Maxilar o Grande Sulco Palatino

- em conjunto com o Maxilar forma o Grande Canal Palatino - onde passam vasos e nervos homónimos.

Bordo Anterior

- muito Irregular

Page 19: Sebenta de Anatomia

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Bordo Posterior - tem uma sutura serrada com a Lâmina Medial do Processo Pterigóide - continua-se acima pelo Processo Esfenoidal - continua-se abaixo pelo Processo Piramidal

Bordo Superior

- projectam-se 2 Processos: Orbitário e Esfenoidal - estes encontram-se separados pela Incisura Esfenoidal - com a articulação com o Esfenóide a Incisura torna-se num Foramen

Bordo Inferior

- contínuo com o Processo Lateral da Lâmina Horizontal - apresenta extremidade inferior do Grande Sulco Palatino

Tem 3 processos:

Piramidal - projecta-se póstero-lateralmente da junção entre as lâminas - situa-se também entre as Lâminas do Processo Pterigóide - dá inserção ao Pterigoideu Medial - articula com a Tuberosidade da Maxila

Orbitário - articula com o Maxilar, o Esfenóide e o Etmóide - tem superfícies não-articulares: Superior (ou orbitaria)

- forma a parte posterior do Pavimento Orbitário Lateral

- virada para a Fossa Pterigopalatina

Esfenoidal - articula com o Corpo e o Processo Vaginal do Esfenóide

o Incisura Esfenopalatina - separa o Processo Orbitário do Processo Esfenoidal - juntamente com o Esfenóide forma Foramen Esfenopalatino para a artéria homónima.

Vómer (N 8, 39/ F39)

- osso fino, liso e de forma trapezóide - contribui para a formação do Septo Nasal - tem 2 faces e 4 bordos Faces Laterais

- apresentam um sulco para o nervo e vasos nasopalatinos Bordo Superior

- apresenta um sulco que encaixa no Rostrum Esfenoidal o Asas do Vómer

– articulam com:

Bordo Inferior - articula com a Crista Nasal (Maxilar + Palatino)

Bordo Anterior - articula em cima com a Lâmina Perpendicular do Etmóide e em baixo com a Cartilagem Septal

Bordo Posterior - é côncavo e separa as Aberturas Nasais Posteriores

separadas por 1 bordo arredondado que

forma a parte medial da margem inferior

da Fissura Orbitária Inferior

Esfenóide

Processo Esfenoidal do Palatino e

Lâminas mediais do Processo Pterigóide.

Page 20: Sebenta de Anatomia

19

Mandíbula (N15/ F45, 47)

- osso + largo da face - recebe os dentes inferiores - tem 1 corpo e 2 ramos

Corpo - em forma de ferradura com abertura posterior - tem 2 faces e 2 bordos Face Anterior

o Sínfise Mentoniana - linha de união das 2 Mandíbulas

o Protuberância Mentoniana o Tubérculos Mentonianos

- 1 de cada lado da protuberância o Foramen Mentoniano

- por baixo dos Pré-molares - dá passagem ao ramo mentoniano da Art. Alveolar Inferior

o Linha Oblíqua - vai do Tubérculo Mentoniano até ao bordo anterior do Ramo

Face Posterior

o Linha Milohioideia - dá inserção ao Milohioideu

o Fossa Submandibular - situada abaixo da Linha Milohioideia - aloja a Glândula Submandibular

o Fossa Sublingual - acima da Linha Milohioideia - aloja a Glândula Sublingual

o Espinhas mentonianas - junto à terminação anterior da Linha Mentoniana - local de inserção do Geniohioideu

o Sulco Milohioideu - desce a partir do Ramo da Mandíbula - posiciona-se abaixo da Linha Milohioideia

Bordo Superior

- contém 16 alvéolos para as raízes dos dentes

Bordo Inferior (ou Base da Mandíbula) o Fosseta digástrica

- dá inserção ao Ventre Anterior do Digástrico

Page 21: Sebenta de Anatomia

20

Ramos - têm 2 faces e 2 processos Face Lateral

o Ângulo da Mandíbula o Cristas Oblíquas

- dão inserção ao Masséter Face Medial

o Foramen Mandibular - forma o Canal Mandibular que desemboca no Foramen Mentoniano - é atravessado pela artéria e nervos alveolares inferior

o Língula - protuberância óssea triangular - sobrepõe-se parcialmente ao Foramen Mandibular

Bordo Superior

o Incisura Mandibular o Processo Coronóide o Processo Condilar

Page 22: Sebenta de Anatomia

21

Cavidades Endocranianas

Calvária (N 7/ F21)

Crista Frontal - inserção da Foice Cerebral

Sulco para o Seio Sagital Superior

Foveolae Granulares - para as Granulações Aracnóides

Sulcos para ramos das artérias meníngeas (Anterior, Média, Posterior)

Foramina Parietais - para Veias Emissárias Parietais.

Base (N 8-11 / F 21)

Fossa Craniana Anterior - limitada atrás pelo bordo posterior da Pequena Asa do Esfenóide

Fossa Craniana Média - limitada atrás pelo Bordo Superior do Rochedo do Temporal.

Fossa Craniana Posterior

Page 23: Sebenta de Anatomia

22

Foramina da Base do Crânio e respectivas perfurações (N 10, 11/ F23)

Foramen Cego - Veia Emissária do Seio Sagital Superior

Foramen Etmoidal Anterior - vasos e nervos homónimos

Foramina da Lâmina Crivada - Filetes do n.olfactivo (I)

Foramen Etmoidal Posterior - vasos e nervos homónimos

Canal Óptico - N. Óptico (II) e Artéria Oftálmica

Fissura Orbitária Superior: - Nervo Oculomotor (III) - Nervo Troclear (IV) - Nervo Abducens (VI) - Veia Ofáltmica Superior - ramos frontal, lacrimal e nasociliar do N. Oftálmico (V1)

Foramen Redondo - Nervo Maxilar (V2)

Foramen Oval - Nervo Mandibular (V3) - Nervo Pequeno Petroso - Artéria Meníngea Acessória

Foramen Espinhoso - Artéria Meníngea Média - ramo meníngeo do Nervo Mandibular (V3)

Foramen Lacerum - nervo grande petroso - nervo petroso profundo

Canal Carotídeo - Artéria Carótida Interna

Meato Acústico Interno - Nervo Facial (VII) - Nervo Vestíbulococlear (VIII) - Artéria Labiríntica

Canalículo Timpânico - ramo timpânico do Nervo Glossofaríngeo (IX) - Artéria Timpânica Inferior

Sulco para o Grande Nervo Petroso

Sulco para o Pequeno Nervo Petroso

Canalículo Mastoideu - ramo auricular do Nervo Vago (X)

Foramen Estilomastoideu - Nervo Facial (VII) - Artéria Estilomastoideia da Auricular Posterior

Abertura do Aqueduto Vestibular - Canal Endolinfático

Foramen Mastoideu - Veia Emissária - ramo da Artéria occipital - Artéria Meníngea Posterior

Foramen Jugular - Seio Petroso Inferior - Nervo Glossofaríngeo (IX) - Nervo Vago (X) - Nervo Acessório (XI) - Seio Sigmóide - Artéria Meníngea Posterior - Veia Jugular Interna

Canal Condilar - Veia Emissária - ramo meníngeo da Artéria Faríngea Ascendente

Canal Hipoglosso - Nervo Hipoglosso (XII)

Foramen Magnum - Medula Alongada - Meninges - Artérias Vertebrais - ramos meníngeos das Artérias Vertebrais - Raízes espinhosas do Nervo Acessório (XI)

Fossa Incisiva - Nervo nasopalatino - Artérias Esfenopalatinas

Foramen Grande Palatino - Artéria e Nervos Homónimos

Foramen Pequeno Palatino - Artéria e Nervos Homónimos

Fissura Petrotimpânica - Chorda Tympani do Nervo Facial (VII)

Seios da Face – Ver “Orgãos dos sentidos – Nariz

Page 24: Sebenta de Anatomia

23

Cavidades Exocranianas Cavidades Orbitárias (N2/F25)

-alojam os globos (ou bolbos) oculares - têm forma de pirâmide

Vértice – Fissura Orbitária Superior

Base – Rebordo Orbitário (FRONTAL, MAXILAR e ZIGOMÁTICO)

Tecto – Tuberosidades Orbitárias do FRONTAL

Pavimento – MAXILAR e ZIGOMÁTICO

Parede Lateral – ZIGOMÁTICO, Grande Asa do ESFENÓIDE

Parede Medial – MAXILAR, LACRIMAL, ETMÓIDE e Processo Orbitário do PALATINO

Cavidades Nasais (N2, 6, 36-39/F25)

- têm forma de Paralelepípedo

À frente – Abertura Piriforme

Atrás – Choanes

Face Medial – Lâmina Perpendicular do ETMÓIDE, CONCHA NASAL INFERIOR, Processo Frontal do MAXILAR, Lâmina Perpendicular do PALATINO e Lâmina Medial do Processo Pterigóide

Pavimento – Processo Palatino do MAXILAR e Lâmina Horizontal do PALATINO

Tecto – Lâmina Horizontal do ETMÓIDE, FRONTAL e ESFENÓIDE.

Fossa Infratemporal (N4, F21)

À frente – Face Infratemporal do MAXILAR e ZIGOMÁTICO

Atrás – Processo Estilóide do TEMPORAL

Lateralmente – Face Medial do Ramo da MANDÍBULA

Medialmente – Lâmina lateral do Processo Pterigóide do ESFENÓIDE

Em cima – Crista Infratemporal

Fissura Pterigomaxilar - abertura que permite a comunicação entre a Fosssa Infratemporal e Fossa Pterigopalatina -limitada pela Tuberosidade Maxilar e pelo Processo Pterigóide

Fossa Pterigopalatina Anteriormente – Tuberosidade Maxilar

Posteriormente – Lâmina Lateral do Processo Pterigóide

Medialmente – Lâmina Perpendicular do PALATINO

Externamente – Comunica com a Fossa Infratemporal através da Fissura Pterigomaxilar

Inferiormente – continua-se no Grande Canal Palatino

Page 25: Sebenta de Anatomia

24

Artrologia

Suturas – não têm grande importância por isso vai ver ao Feneis (pág. 75) ou ao Sobotta se fores assim tão foca

Articulação Temporo-Mandibular (N16/F77)

Classificação: - Individualmente: Elipsóide - Em conjunto: Bicôndilar

Superfícies Articulares: Osso Temporal

o Fossa Mandibular o Tubérculo Articular

Mandíbula o Cabeça do Processo Condilar

Disco Interarticular: - ântero-superiormente é inicialmente côncavo e depois convexo (da frente para trás) para se adaptar ao Tubérculo Articular e à Fossa mandibular - póstero-inferiormente é côncavo para se adaptar à Cabeça do Processo Condilar

Cápsula Articular: (inserções) - em cima: bordo inferior do Processo Zigomático - em baixo: Colo do Processo Condilar

Ligamentos: o Ligamento Lateral

- insere-se na face lateral do Tubérculo Articular - dirige-se para baixo - insere-se na porção póstero-lateral do Colo do Processo Condilar

o Ligamento Medial (inconstante) - insere-se no rebordo medial da Fossa Mandibular - e em baixo na porção póstero-medial do Colo do Processo Condilar - é um espessamento da Cápsula

o Ligamento Estilomandibular - insere-se no Ápex e face anterior do Processo Estilóide - dirige-se para baixo -insere-se no ângulo e no bordo posterior da Mandíbula

o Ligamento Esfenomandibular - insere-se na Espinha do Esfenóide - dirige-se para baixo e vai alargando - insere-se na Língula do Foramen Mandibular

o Ligamento Pterigo-Espinhoso o Ligamento Pterigo-Mandibular

Movimentos: o Abaixamento o Elevação o Projecção Anterior (Propulsão) o Projecção Posterior (Retropulsão) o Movimentos Laterais

Page 26: Sebenta de Anatomia

25

Miologia Músculos:

Mastigadores

da Expressão Facial

Mastigadores (N54, 55/ F97)

- são 4 - características comuns:

o Todos são inervados pelo Nervo Mandibular (V3) o Todos se inserem-se na Mandíbula, elevando-a

Masséter - músculo quadrilátero, curto e grosso - tem 2 feixes:

Inserções Feixe Superficial

- bordo póstero-inferior do osso Zigomático - 2/3 anteriores do bordo inferior do Arco Zigomático - vai para o Ângulo da Mandíbula

Feixe Profundo - 1/3 posterior do bordo inferior do Arco Zigomático - 2/3 anteriores da face medial do Arco Zigomático - vai para a face lateral do Ramo da Mandíbula

Acção: o Eleva a Mandíbula o Puxa a Mandíbula para a frente (Protusão)

Temporal Inserções

- Fossa Temporal (Linha Temporal Inferior) - as suas fibras convergem num tendão (Ligamento Tendinoso) que passa entre o Arco do Zigomático e a face lateral do Crânio - termina na face medial, apex, bordo anterior e posterior do Processo Coronóide da Mandíula

Acção o Eleva a Mandibula o Puxa a Mandíbula para trás (Retracção)

Os músculos

mastigadores são por

ventura os mais

importantes, portanto

convém dominar as suas

inserções e funções.

Page 27: Sebenta de Anatomia

26

Pterigóide Lateral - tem 2 feixes: Superior (ou esfenoidal)

- Crista Infratemporal - Face infratemporal da Grande Asa do Esfenóide

Inferior (ou pterigoideia) - Face lateral da Lâmina Lateral do Processo Pterigóide - Tuberosidade Maxilar

- os 2 feixes unem-se - dirigem-se para fora e para trás

Inserções o Processo Condilar da Mandíbula o Disco Interarticular da Articulação Temporo-Mandibular

Acção - Simultaneamente: puxa a Mandíbula para a frente (Protusão) - Isoladamente: Lateralização da Mandíbula (Diducção)

Pterigóide Medial - músculo quadrilátero

Inserções - Face medial da Lâmina Lateral do Processo Pterigóide - Processo Piramidal do Palatino - Tuberosidade Maxilar - Face interna do Ângulo da Mandíbula

Acções - Eleva a mandíbula

Músculos da Expressão Facial (N26, F95-97)

- características comuns: o uma das inserções é na Derme (têm impacto nas expressões faciais) o são inervados pelo nervo facial (VII) o estão junto a orifícios (oral, nasal, orbitários e auriculares)

- há 5 grupos:

Epicraneanos (ou Músculos da Atenção)

da Fenda Palpebral

Nasais

da Fenda Oral

Auriculares

Epicraneanos Occipitofrontalis - formado por 2 ventres: um Anterior (Frontal) e um Posterior (Occipital) unidos pela Gália Aponevrótica

Inserções o Ventre Anterior (Porção Frontal)

- Fáscia Superficial, nomeadamente na Região Supraciliar o Ventre Posterior (Porção Occipital)

- atrás dos 2/3 laterais da Linha Nucal Superior e Porção Mastóide do Temporal

Page 28: Sebenta de Anatomia

27

Temporo-Parietal - músculo pouco desenvolvido - localiza-se entre o Ventre Frontal do Occipitolfrontalis e os Auriculares Anterior e Superior

Inserções o Aponevrose Temporal o Aponevrose Epicraneana (Gália Aponevrótica)

Músculos da Fenda Palpebral Orbicular do Olho - músculo largo, fino e elíptico - rodeia circunferência da órbita - tem 3 porções:

Orbitária (+ externa) - inserções: o Porção Nasal do Frontal o Processo Frontal do Maxilar o Ligamento Palpebral Medial

- as fibras formam elipses completas, sem interrupção na parte lateral - algumas fibras superiores ligam-se ao Occipitofrontalis e ao Corrugador Supraciliar - inferiormente unem-se ao Elevador do Lábio Superior, ao Elevador Naso-Labial e ao Zigomaticus Minor - medialmente podem unir-se ao Procerus - lateralmente ligam-se à expansão temporal da Gália Aponevrótica

Palpebral (+ interna) - insere-se no Ligamento Palpebral Medial - lateralmente as fibras interligam-se para formar o Ligamento Palpebral Lateral

Lacrimal - insere-se na Crista Lacrimal Posterior

Acção o Fechar as Pálpebras o Escoamento das Lágrimas (Porção Lacrimal)

Corrugador Supraciliar - pequeno músculo piramidal - localizado na extremidade medial da região supraciliar - profundo ao Occipitofrontalis e ao Orbicular do Olho (com o qual está parcialmente fundido)

Inserções o Extremidade medial da Arcada Supraciliar do Frontal

dirige-se para cima o termina na Derme, ao nível da região média da Margem Supraorbitária

Acção o Aproxima as sobrancelhas.

Depressor Supraciliar Inserções

o Porção Nasal do Frontal o Pele da Fronte

Acção o Deprime as sobrancelhas (baixa cabeça das sobrancelhas)

Page 29: Sebenta de Anatomia

28

Músculos Nasais Procerus: - tem uma forma piramidal - encontra-se parcialmente ligado ao ventre frontal do Occipitofrontalis

Inserções o Porção inferior dos Nasais o Porção superior das Cartilagens Nasais Laterais

dirige-se para cima o termina na Derme (porção inferior da testa)

Acção o Franzir as sobrancelhas

Nasal - tem 2 porções: Porção transversa

- insere-se no Maxilar, lateralmente à Incisura Nasal - dirige-se para baixo - forma uma aponevrose que se une com a do lado oposto e com o Procerus

Porção Alar - insere-se no Maxilar, abaixo e medialmente à porção transversa - dirige-se medialmente para a Asa do Nariz

Acção o Dilata as narinas

Depressor do Septo Nasal Inserções

o Maxilar, acima do Incisivo central

dirige-se para cima o Porção móvel do Septo Nasal

Acção o Baixa o Septo Nasal

Elevador Naso-Labial Inserções

o Porção superior do Processo Frontal do Maxilar

dirige-se obliquamente para baixo

divide-se em 2 feixes Feixe medial

- termina na Grande Cartilagem Alar Feixe lateral

- prolonga-se até à porção lateral do lábio superior unindo-se aos: o Elevador do Lábio superior o Orbicular oral

Acção o Dilata as Narinas o Eleva lábio superior

Page 30: Sebenta de Anatomia

29

Músculos da Fenda Oral Elevador do Lábio Superior Inserções

o Margem orbitaria Inferior (Maxilar + Zigomático) - acima do Foramen Infraorbitário

o Lábio Superior - entre feixe lateral do Elevador Naso-Labial e o Zigomaticus Minor

Zigomaticus Minor Inserções

o Face lateral do Zigomático - logo atrás da Sutura Zigomaticomaxilar

o Comissura Labial - fica separado do Elevador do Lábio Superior por um espaço triangular

Elevador do ângulo da boca Inserções

o Fossa Canina o Comissura Labial

ZIgomaticus Major Inserções

o Face lateral do Zigomático - à frente da Sutura Zigomaticotemporal

o Comissura Labial

Mentoniano

- cónico - situado lateralmente ao Freio do Lábio Superior

Inserções o Eminências Alveolares Mentonianas (Mandíbula) o Pele da Região Mentoniana

Acção o Pregueia a pele do mento

Depressor do Lábio Inferior - quadrilátero

Inserções o Linha Oblíqua da Mandíbula

- entre Sínfise e o Foramen Mentoniano

dirige-se medialmente e para cima o Lábio inferior

- une-se ao Orbicular Oral

Depressor do ângulo da boca Inserções

o Tubérculo Mentoniano o Linha oblíqua

- abaixo e lateralmente ao Depressor do Lábio Inferior o Comissura Labial

Page 31: Sebenta de Anatomia

30

Buccinator - quadrilátero - é atravessado pelo Canal Parotídeo - ocupa intervalo entre Maxilar e Mandíbula na bochecha

Inserções o Maxilar

- na superfície externa dos processos alveolares o Mandíbula

- na região dos dentes molares o Rafe Pterigomaxilar

Acção o Comprime bochechas contra os dentes e gengivas o Ajuda a língua a dirigir a comida na mastigação o Músculo do sopro

Orbicular Oral - principal músculo dos lábios - vai de uma comissura labial à outra - tem 2 porções: Labial

- porção central que se adapta directamente aos Lábios Marginal

- porção periférica que circunda a porção Labial

Acção o Esfíncter da Fenda Oral

Risorius - inconstante e com morfologia variada (vários feixes ou lâmina muscular)

Inserções o Derme, na zona parotídea o Comissura labial

Acção o Músculo do riso (não é o principal músculo do riso)

Músculo do Pavilhão Auricular Auricular anterior Inserções

o Gália Aponevrótica o Pavilhão auricular

Acção o Desloca o Pavilhão Auricular para a frente

Auricular Superior Inserções

o Idênticas mas em posição superior

Acção o Desloca Pavilhão Auricular para cima

Auricular Posterior Inserções

o Pavilhão Auricular o Processo Mastóide

Acção o Desloca o Pavilhão Auricular para trás

Page 32: Sebenta de Anatomia

31

Arteriologia

Artéria Carótida Comum (ACC)( N 32, 33, 71, 74, 75, 130, 136/ F 233, 235)

Origem: Direita – Tronco Braquiocefálico, atrás da Articulação Esternoclavicular Esquerda – Arco Aórtico

Trajecto Porção Torácica (ACC esq.) - ascende até à Articulação Esternoclavicular - tem cerca de 20-25mm de comprimento - é inicialmente anterior mas vai-se tornando lateral à Traqueia Porção Cervical - sobe afastando-se da linha média - encontram-se revestidas pela Bainha Carotídea da Fáscia Cervical Profunda que também contém a VJI e o n. vago (X)

Terminação - por bifurcação ao nível do bordo superior da Cartilagem Tiróide

Relações Porção Torácica (ACC esq.)

Porção Cervical

É óbvio que podes

passar esta página à

frente. A ACC só está

aqui para não teres de ir

buscar a Sebenta do ano

passado para tirares

dúvidas.

Anteriores:

Esternohioideu

Esternotiroideu

Veia Braquiocefálica Esq.

Timo

Manúbrio

Posteriores:

Traqueia

Art. Subclávia Esquerda

Esófago (b. esq.)

n. recorrente laríngeo esq.

Canal Torácico

Mediais:

Tronco Braquiocefálico (abaixo)

Traqueia (acima)

Veias Tiróideias Inf.

Timo

Laterais:

n. vago esq.

n. frénico esq.

Pleura e Pulmão esq.

Anteriores:

Pele

Fáscia Cervical Superf.

Platisma

Fáscia Cervical Prof.

Esternocleidomastoideu

Esternotiroideu

Esternohioideu

Omohioideu

r. esternocleidomastoideu (Art. Tiroideia Sup.)

Veias Tiroideias Sup. e Med.

VJA

Posteriores:

Processos Tranversais (C4-C6)

Longo da Cabeça

Longo do Pescoço

Escaleno Ant.

Tronco Simpático

Art. Cervical Asc.

n. vago (X) Laterais:

VJI

n. vago (X)

Mediais:

Faringe, Laringe e Esófago

Traqueia

Tiróide

Art. Tiroideia inf.

n. recorrente laríngeo

sup.

Page 33: Sebenta de Anatomia

32

Seio Carotídeo - dilatação que pode apenas surgir na ACI - possui muitas terminações do n. glossofaríngeo (IX) - responsável pelo controlo da Pintracraniana (céls. Barorreceptoras)

Corpo Carotídeo - presente no espessamento da Fáscia - na bifurcação da ACC - célulass quimiorreceptoras (n. glossofarígeo (IX))

Artéria Carótida Externa ( N 32, 34, 40, 75, 76/ F 233, 235, 237, 239)

- irriga a Face e o Couro Cabeludo

Origem - na bifurcação da ACC - bordo superior da Cartilagem Tiroideia - entre C3 e C4

Trajecto - sobe inicialmente para a frente, depois para trás e para fora - passa entre o Apex do Proc. Mastóide e o Ângulo da Mandíbula - rapidamente de calibre

Terminação - atrás do Colo do Ramo da Mandíbula - por bifurcação dando 2 ramos terminais

Relações (isto não interessa para nada)

Acima do Carotídeo:

No Carotídeo:

- Pele

- Fáscia Cervical Superf.

- Platisma

- Fáscia Cervical Prof.

- Esternocleidomastoideu (margem ant.)

- n. hipoglosso (XII)

- Veias lingual e Facial

- Veia Tiroideia Sup. (ocasional)

Laterais:

- Digástrico (f. post.)

- Estilohioideu

- Parótida

- n. facial (VII)

- Veia Retromandibular

cruzam

Mediais:

- Faringe (parede lat.)

- n. laríngeo sup.

- Art. Faríngea asc.

- ACI *

*Separada por:

- Proc. Estilóide

- Estiloglosso

- Estilofaríngeo

- n. glossofaríngeo (IX)

- r. faríngeos do n. vago (X)

O Carotídeo é limitado:

atrás

- Esternocleidomastoideu

à frente e abaixo

- Omohioideu

acima

- Estilohioideu

- Digástrico

Ver Anexos

Page 34: Sebenta de Anatomia

33

Ramos Colaterais

Artéria Tiroideia Superior (N 74-76 / F 233, 235)

- 1º ramo da ACE - vasculariza a Tiróide e músculos adjacentes

Origem - face anterior da ACE - logo abaixo do nível da Grande Haste do Hióide

Trajecto - dirige-se para o Apex do Lobo da Tiróide - permanece sob o Esternocleidomastoideu - desce ao longo do Tirohioideu

Ramos Colaterais (3) o Ramo infrahioideu

- corre ao longo do bordo inferior do Hióide - anastomosa com o do lado oposto

o Ramo esternocleidomastoideu o Art. Laríngea Sup.

- atravessa a Membrana Tiroideia com o nervo homónimo - vasculariza a Laringe - anastomosa com a do lado oposto

Ramos Terminais (2) o ramo cricotiroideu

- comunica com o homólogo o ramos glandulares

Anterior Lateral Posterior

Artéria Faríngea Ascendente (N 136 / F233)

- ramo + pequeno e + posterior

Origem - na face posterior da ACE

Trajecto - sobe entre a Faringe e a ACI - vai até à base do Crâneo

Ramos Colaterais (3) o ramos faríngeos

- 3 ou 4 ramos que vascularizam os Constrictores da Faringe e o Estilofaríngeo o ramos musculares o ramos tonsilares

Ramos terminais (2) o Art. Timpânica Inf.

- atravessa o Canalículo Timpânico - acompanhada pelo ramo timpânico do n. glossofaríngeo (IX) - vasculariza a parede medial da Cavidade Timpânica

o Art. Meníngea Post. - lateral à ACI - geralmente entra no Crâneo pelo Foramen Jugular - vasculariza a Dura-Mater e Fossa Craniana Posterior através dos Diploe

Page 35: Sebenta de Anatomia

34

Artéria Lingual ( N 59, 69/ F 235)

- vasculariza a Língua e o Pavimento da Cavidade Oral

Origem - parede anteromedial da ACE - ao nível do Apex da Grande Haste do Osso Hóide

Trajecto - ascende com direcção medial inicialmente - curva para baixo e para a frente - percorre a face inferior da Língua até à ponta

Ramos Colaterais (2) o ramo suprahioideu

- muito pequeno - corre ao longo do bordo superior do Hióide - anastomosa com o oposto

o ramos dorsais da Língua - 2 ou 3 - vascularizam Túnica mucosa, Arco Palatoglosso, Tônsila, Epiglote e Palato Mole (Orofaringe)

Ramos Terminais (2) o Art. Sublingual

- dá artéria para o Freio da Língua - vasculariza a Glândula Sublingual e o Milohioideu

o Art. Prof. Da Língua - ramo principal da Art. Lingual - acompanhada pelo n. lingual - vai até ao Apex onde anastomosa com a oposta

Page 36: Sebenta de Anatomia

35

Artéria Facial (N69 / F 235)

- palpável no cruzamento com a Mandíbula - é muito tortuosa para se adaptar aos movimentos de deglutição da Mandíbula, Lábios e Bochechas

Origem - parede anterior da ACE - na zona do Carotídeo (bordo superior) - logo acima da Grande Haste do Hióide

Trajecto - dirige-se para a frente - inicialmente é medial ao Ramo da Mandíbula - sulca a face posterior da Glândula Submandibular - curva para cima contornando o bordo inferior da Mandíbula - passa anteriormente ao Masséter - entra na face subindo - passa junto à Comissura Labial - é lateral ao Nariz

Terminação - junto à Comissura Palpebral Medial

Ramos Colaterais cervicais (4) o Art. Palatina Ascendente

- nasce logo após a origem da Art. Facial - sobe na parede lateral da Faringe - entre o Estiloglosso e o Estilofaríngeo - continua entre o Contrictor Sup. da Faringe e o Pterigóide Medial - vai até à Base do Crâneo - termina por bifurcação:

- ramo para o Tensor do Véu do Palato - ramo para a Tônsila (perfura o Contrictor Sup. da Faringe)

- pode substituir a Art. Faríngea Ascendente o Art. Tonsilar

- pode ser ramo da Art. Palatina Ascendente - sobe entre o Pterigóide Medial e o Estiloglosso - perfura o Contrictor Sup. da Faringe - ramifica-se para a Tônsila e musculatura post. da Língua

o ramos glandulares - 3 ou 4 - vascularizam a Glândula Submandibular, Nódulos Linfáticos e músculos adjacentes

o Art. Submentoniana - > ramo cervical - nasce no local em que a Art. Facial cruza a Mandíbula - percorre o bordo inferior da Mandíbula - vasculariza músculos adjacentes ao Milohioideu - anastomosa com: - termina por anastomose com :

- Art. Labial Inf. - Art. Mentoniana da Art. Alveolar Inf.

- Art. Sublingual da Art. Lingual - ramo milohioideu da Art. Alveolar Inf.

Page 37: Sebenta de Anatomia

36

Ramos Colaterais Faciais (3) o Art. Labial Inferior

- origem: junto à Comissura Labial - trajecto: corre ao longo da margem do Lábio Inferior - anastomosa com:

o Art. Labial Superior - origem: acima da origem da Art. Labial Inf. - trajecto: percorre a margem do Lábio Sup. - anastomosa com a oposta - dá ramos para o Septo Nasal

o Art. Nasal Lateral - ramo que percorre o b. lat. do Nariz

Ramo Terminal o Art. Angular

- vai até ao ângulo medial da Cavidade Orbitária - anastomosa com a Art. Dorsal do Nariz da Art. Oftálmica

Artéria Occipital (N 69, 70, 178/ F 235)

Origem - face posterior da ACE

Trajecto - inicialmente é medial ao ventre posterior do Digástrico - é cruzado lateralmente pelo n. hipoglosso (XII) - continua a subir para trás - cruza a ACI, a VJI, o n. vago (X) e o n. acessório (XI) - atinge o bordo lateral do Recto Lateral da Cabeça entre o Proc. Mastóide e o Processo Transversário do Atlas - passa no Sulco Occipital do Temporal - atravessa a Fáscia que une as inserções cranianas do Trapézio e do Esternocleidomastoideu - sobe tortuosamente na Fáscia Superficial do Escalpe

Ramos Colaterais (5) o ramo esternocleidomastoideu

- origem: junto à origem da Art. Occipital - trajecto: desce cruzando o n. hipoglosso (XII) e a VJI

penetra o Esternocleidomastoideu - anastomosa com o ramo homónimo da Art. Tiroideia Sup.

o ramo mastóide (N 100) - pequeno e por vezes ausente - passa no Foramen Mastoideu - vasculariza as Células Mastoideias e a Dura-Mater

o ramo auricular - passa por baixo do Esternocleidomastoideu - corre obliquamente posterior à Aurícula - vasculariza a face medial do Pavilhão Auricular -anastomosa com a Art. Auricular Post.

- Art. Labial Inf. oposta - Art. Mentoniana da Art. Alveolar Inf. - Art. Submentoniana

Comunicação entre ACI e ACE

Page 38: Sebenta de Anatomia

37

o ramos meníngeos - entram no Crânio pelo Foramen Jugular e Canal Condilar - vascularizam a Dura-Mater, Fossa Craniana Post. e os pares cranianos IX, X, XI e XII

o ramo descendente - dá um ramo superficial e outro profundo - vasculariza músculos do pescoço

Ramo Terminal o ramos occipitais

- muito tortuosos - distribuem-se pelo couro cabeludo - situam-se entre a Pele e o Occipitofrontalis

Artéria Auricular Posterior ( N 23,24,40,100,136,178/ F 235)

Origem - ramificação da face posterior da ACE

Trajecto - sobe entre a Glândula Parótida e o Processo Estilóide - vai até ao sulco entre o Processo Mastóide e a Cartilagem Auricular

Ramos Colaterais (3) o Ramo parotídeo o Art. Estilomastoideia

-entra no Foramen Estilomastoideu - acompanha o n. facial (VII) até ao Hiato do n. grande petroso - vasculariza:

o Art. Timpânica Post. - passa no Canal Facial - acompanha a Chorda Tympani - vai até à Membrana Timpânica - anastomosa com a Art. Timpânica Ant. - dá 2 ramos:

Ramos Terminais (2) o ramo auricular

- sobe profundamente ao músculo Auricular Posterior - ramifica-se na face craniana do Pavilhão Auricular - vasculariza os lados anterior e posterior da Aurícula e os seus pequenos músculos

o ramo occipital - passa lateralmente ao longo do Processo Mastóide - curva para trás e para cima do Esternocleidomastoideu - vasculariza o ventre post. do Occipitofrontalis e o Escalpe acima e atrás do Ouvido - anastomosa com a Art. Occipital

- n. facial (VII) - Cavidade Timpânica - Antro

- Céls. Mastoideias

- Canal Semicircular

- ramos mastoideus

- ramos stapedialis

Page 39: Sebenta de Anatomia

38

Ramos Terminais (da ACE)

Artéria Temporal Superficial (N 23/ F 236)

Origem - junto à Glândula Parótida - atrás do Colo da Mandíbula

Trajecto - cruza a raiz post. do Proc. Zigomático - acompanha o n. auriculotemporal - anterior à região auricular

Ramos Colaterais (5) o ramos parotídeos o Art. Facial Transversa

- origem: antes da Art. Temporal Superficial emergir da Parótida - trajecto: atravessa a Glândula Parótida cruza o Masséter entre o Canal Parotídeo e o Arco Zigomático - vasculariza a Glândula Parótida, o Canal Parotídeo, o Masséter e a Pele -anastomosa com as artérias Facial, Bucal, Lacrimal e Infraorbitária

o ramos auriculares anteriores - distribuem-se por:

o Art. Zigomático-orbitária - percorre o bordo superior do Arco Zigomático - vai até à margem orbitária lateral - vasculariza o músculo Orbicular do Olho - anastomosa com os ramos lacrimal e palpebral da Art. Oftálmica

o Art. Temporal Média - origem: logo acima do arco Zigomático - perfura a Fáscia Temporal - vasculariza o músculo Temporal - anastomosa com ramos temporais profundos da Art. Maxilar

Ramos Terminais (2) o ramo frontal

- dirige-se para a Tuberosidade do Frontal - vasculariza:

- anastomosa com:

o ramo parietal

- curva para cima e para trás - vasculariza o Escalpe - anastomosa com:

Lóbulo

MAE

Porção anterior da Orelha

Músculos

Pele

Pericrâneo

Art. Supraorbitária

Art. Supratroclear

oposta

Art. Auricular Post.

Art. Occipital

oposta

Page 40: Sebenta de Anatomia

39

Artéria Maxilar (N 40/F 237)

Origem - atrás do Colo da Mandíbula

Trajecto - inicialmente encontra-se envolvida pela Parótida - passa medialmente ao Colo da Mandíbula - chega à Fossa Pterigopalatina - tem 3 porções: o Mandibular ①

- horizontal - entre o Colo da Mandíbula e o Ligamento Esfenomandibular

o Pterigoideia ② - ascende obliquamente para a frente - passa medialmente ao músc. Temporal - passa lateralmente ao músc. Pterigoideu Lateral

o Pterigopalatina ③ - passa entre os 2 feixes do Pterigoideu Lateral - encontra-se na Fissura Pterigomaxilar - vai até à Fossa Pterigopalatina

Ramos Colaterais ①

o Art. Auricular Profunda - dirige-se para trás e para cima - passa atrás da Articulação Temporo-Mandibular - vasculariza a Parede Óssea do MAE

o Art. Timpânica Anterior - também sobe para trás - atrás da Articulação Temporo-Mandibular - acompanha a Chorda Tympani na Fissura Petrotimpânica -vai para a Cavidade Timpânica

o Art. Meníngea Média - sobe entre o Ligamento Esfenomandibular e o Pterigoideu Lateral - entra no Crâneo pelo Foramen Espinhoso - corre nos sulcos do Osso Temporal - divide-se em ramos frontal e parietal - localiza-se exteriormente à Dura-Mater

o Art. Meníngea Acessória

- pode surgir da Art. Meníngea Média - atravessa o Foramen Oval - vasculariza:

Traumatismo

Craniano

Ruptura da

Art. Meníngea Média

Hematoma

Epidural

Coma

Irreversível

*Período Lúcido (5-6h)

- período que se inicia após o início da hemorragia e em que o sangue se acumula no interior do Crânio.

- durante este período o paciente pode continuar aparentemente são mas caso não seja tratado

devidamente este problema levará a um Coma Irreversível e consequentemente à Morte

*

Gânglio trigeminal

n. mandibular (V3)

Dura-Mater

Tensor do Véu do Palato

Pterigoideus Mediais e Laterais

Esfenóide

Page 41: Sebenta de Anatomia

40

o Art. Alveolar Inferior

- desce entre o Ramo da Mandíbula e o Ligamento Esfenomandibular - dá 1 ramo milohioideu que acompanha o nervo homónimo - entra no Foramen Mandibular -percorre o Canal Mandibular com o nervo homónimo - junto ao 1º Pré-Molar dá os ramos inicisivo e mentoniano:

② o ramos temporais profundos anteriores e posteriores

- ascendem entre o osso Temporal e o músculo homónimo - anastomosam com a Art. Temporal Média - o ramo anterior anastomosa ainda com a Art. Lacrimal - vascularizam o músculo Temporal

o ramos pterigoideus - variáveis em nº - vascularizam os músculos respectivos

o Art. Massetérica - passa atrás do tendão do músculo Temporal - atravessa a Incisura Mandibular - acompanha o nervo homónimo - vai até à superfície profunda do Masséter

o Art. Bucal - corre para baixo e para a frente - acompanha o nervo homónimo - passa entre o Pterigoideu Medial e a inserção do Temporal - vasculariza o Buccinator, a Mucosa Oral e as Gengivas - anastomosa com ramos da Art. Facial e da Art. Infraorbitária

Incisivo

- por baixo dos incisivos

- anastomosa com o oposto

Mentoniano

- sai pelo Foramen homónimo

- anastomosa com a Art. Labial Inf. e a Submentoniana

Page 42: Sebenta de Anatomia

41

o Art. Alveolar Póstero-Superior - origem: na entrada da Fossa Pterigopalatina - trajecto: desce ao longo da face infratemporal do osso Maxilar perfura o Maxilar junto à Tuberosidade divide-se em ramos (alguns entram nos Canais Alveolares) - vasculariza:

o Art. Infraorbitária - entra na Órbita pela Fissura Orbitária Inferior - percorre o Sulco Infraorbitário e o Canal homónimo - acompanha o nervo homónimo - torna-se profundo ao Elevador do Lábio Superior - no canal dá ramos orbitários e alveolares antero-superiores - na face tem ramos que ascendem e anastomosam com ramos terminais da Art. Facial e com a Art. Dorsal do Nariz - outros descem e anastomosam com as artérias Facial, Facial Transversa e Bucal

o Art. Palatina Descendente - desce no Grande Canal Palatino - acompanha o nervo homónimo - vasculariza o Palato Mole e as Tônsilas - anastomosa com a Art. Palatina Ascendente - surge na face oral do Palato pelo Grande Foramen Palatino - corre num sulco junto ao bordo alveolar do Palato Ósseo - sobe o Canal Incisivo - anastomosa com ramos da Art. Esfenopalatina

o Art. do Canal Pterigóide - passa no canal respectivo - acompanha o nervo homónimo - vasculariza:

o Art. Faríngea

Molares

Pré-Molares

Seio Maxilar

Gengivas

nervo do Canal Pterigóide

Faringe (parte sup.)

Canal Faringotimpânico

Cavidade Timpânica

Page 43: Sebenta de Anatomia

42

Ramo Terminal o Art. Esfenopalatina

- atravessa o Foramen Esfenopalatino - atinge a Cavidade Nasal posteriormente ao Meato Superior - tem ramos nasais póstero-laterais que se espalham pelas Conchas e Meatos - anastomosam com as Art. Etmoidais e ramos nasais da Art. Palatina Descendente - termina no Septo Nasal pelos ramos septais posteriores - 1 dos ramos desce até ao Canal Incisivo - aí anastomosa com a Art. Palatina Descendente - pode ter de ser laqueada na epistaxis (hemorragia nasal)

Artéria Carótida Interna (N 136, 138, 143/ F 239)

- responsável pela irrigação intracraniana - identificável pelo facto de não ter ramos colaterais na sua porção cervical

Origem - por bifurcação da ACC (junto ao bordo superior da Cartilagem Tiroideia)

Trajecto - ascende até à Base do Crâneo - entra na Cavidade Craniana pelo Canal Carotídeo - curva anteriormente no Sulco Carotídeo

Terminação - bifurca originando as Artérias Cerebrais Média e Anterior - tem 4 divisões:

Ramos Colaterais ① - não existem ②

o Art. Caroticotimpânica - entra na Cavidade Timpânica por 1 pequeno Foramen no Canal Carotídeo - anastomosa com a Art. Timpânica Ant. (Art. Maxilar) e com a Art. Estilomastoideia

o ramos para o Canal Pterigóide - entram no canal respectivo - acompanham o nervo homónimo - anastomosam com ramos da Art. Palatina Descendente

③ o ramos para a Tenda do Cerebelo o ramo meníngeo

- vasculariza a Dura-Mater da Fossa Craniana Média o ramo cavernoso

- para o Seio Cavernoso o Art. Hipofisária Inferior e Posterior

- tem ramos que formam um anel na Neurohipófise - anastomosam com a Art. Hipofisária Superior

o ramos para o Gânglio Trigeminal o ramos para o IV e V pares cranianos

① Porção Cervical

② Porção Petrosa

③ Porção Cavernosa

④ Porção Cerebral

Ver Anexos

Page 44: Sebenta de Anatomia

43

Artéria Oftálmica (N 84,85/ F 241)

Origem - no local em que a ACI abandona o Seio Cavernoso - medialmente ao Processo Clinóide Anterior

Trajecto - entra na Cavidade Orbitária pelo Canal Óptico - corre na Parede Medial da Cavidade Orbitária

Ramos Colaterais o Art. Central da Retina

- 1º ramo da Art. Oftálmica - entra no n. óptico (II) 1cm antes do Bolbo Ocular

o Art. Lacrimal - origem: à saída do Canal Óptico - vasculariza a Glândula Lacrimal - dá ainda os Art. Palpebrais Laterais

o Art. Ciliares Curtas e Longas Posteriores - penetram na Esclera - encontram -se à volta do n. óptico (II) - vascularizam a Coróide e o Corpo Ciliar - terminam no Grande Círculo Arterial da Íris

o ramos musculares - para os músculos extrínsecos do Bolbo Ocular

o Art. Supraorbitária - sobe medialmente ao Recto Superior e ao Elevador da Pálpebra Superior - corre depois entre este último e o Tecto da Cavidade Orbitária - sai pelo Foramen Supraorbitário - anastomosa com a Art. Supratroclear e o ramo frontal da Art. Temporal Superficial

o Art. Etmoidal Posterior - vasculariza os Seios Etmoidais Posteriores - entra no Crâneo - dá ramos para a Dura-Mater e para a Cavidade Nasal - atravessam a Lâmina Crivada - anastomosam com a Art. Esfenopalatina

o Art. Etmoidal Anterior - vasculariza:

o Art. Palpebrais Mediais - passam por baixo da Tróclea -descem por trás do Saco Lacrimal - vão para as pálpebras superior e inferior - formam arcos palpebrais com as Art. Palpebrais Laterais

Ramos Terminais o Art. Dorsal do Nariz

- divide-se em 2 ramos: - 1 anastomosa com a Art. Angular da Art. Facial - outro anastomosa com o oposto e com a Art. Lateral do Nariz da Art. Facial

Seios Frontais

Seios Etmoidais Anteriores

Seios Etmoidais Médios

Page 45: Sebenta de Anatomia

44

o Art. Supratroclear - abandona a Cavidade Orbitária supero-medialmente - acompanha o nervo homónimo - ascende na Fronte - vasculariza a Pele e os músculos da zona

o Art. Hipofisária Sup. (ramo da ACI)

- vasculariza:

o Art. Coroideia Ant. (ramo da ACI) - abandona a ACI perto do Art. Comunicante Posterior - dirige-se para trás - vai terminar no Plexo Coróide - Ramos Colaterais:

o Art. Comunicante Post. (ramo da ACI) - dirige-se para trás - localiza-se junto ao n. oculomotor (III) - anastomosa com a Art. Cerebral Posterior da Art. Basilar - Ramos Colaterais:

Ramos Terminais o Art. Cerebral Anterior (ACA)

- passa acima do n. óptico (II) - vai até à Fissura Longitudinal - comunica com a oposto pela Art. Comunicante Anterior - contorna o Corpo Caloso - percorre a sua face superior - anastomosa com a Art. Cerebral Posterior - em caso de AVC pode causar perda de força nos membros inferiores - Tem 2 porções:

- Ramos Terminais:

Infundíbulo da Hipófise

parte ventral do Hipotálamo

ramo do núcleo amigdalóide

ramos coroideus do Ventrículo Lateral

ramos coroideus do III Ventrículo

ramo do Tracto Óptico

ramo do Pedúnculo Cerebral

ramo da região interpeduncular

ramo do gyrus hipocampal

A1 – pré-comunicante

A2 – pós-comunicante

A1

Art. Estriadas Proximais

Art. Supraóptica

Art. Pré-óptica

A2

Art. Frontobasal Medial

Art. Polar Frontal

Art. Calosomarginal-----

Art. Pericalosa

ramo frontal ântero-medial

ramo frontal intermédio-medial

ramo frontal póstero-medial

ramo cingular

ramos paracentrais

ramos paracentrais

ramos pré-cúneos

ramos parieto-occipitais

Esta coisa das Artérias

Cerebrais convém saber

porque o prof. pergunta

sempre. O trajecto não

vale a pena mas se não

souberes os ramos vai

haver chatice.

Page 46: Sebenta de Anatomia

45

o Art. Cerebral Média (ACM)

- corre inicialmente no Sulco Cerebral Lateral - depois póstero-superiormente na Ínsula - é a + volumosa - em caso de AVC pode causar Afasia - tem 2 porções:

- Ramos Terminais

Artéria Vertebral (N 138/ F 251)

Origem - face posterior e superior da Art. Subclávia

Trajecto - sobe através dos foramina dos Proc. Transversários Cervicais excepto C7 - curva medialmente atrás das massas laterais do Atlas - entra no Crâneo pelo Foramen Magnum - junta-se à oposta formando a Art. Basilar

M1 – horizontal

M2 – insular

Inferiores

Art. Temporais

ramo parieto-occipital

ramo do gyrus angular

Superiores

Art. Frontobasal Lateral

Art. Pré-Frontal

Art. do Sulco Pré-central

Art. do Sulco Central

Art. do Sulco Pós-central

Art. Parietal Posterior

anterior

média

posterior

Ver Anexos

Page 47: Sebenta de Anatomia

46

Ramos Colaterais (3) – existem mais, mas só estes interessam o ramos meníngeos

- origem: junto ao Foramen Magnum - ramificam-se entre o Osso e a Dura-Mater na Fossa Cerebelosa - vascularizam o Osso, a Dura-Mater e a Foice Cerebral

o Art. Espinhal Anterior - origem: junto à terminação da Art. Vertebral - trajecto: desce anteriormente à Medula Alongada

junta-se à oposta no bordo inferior da Oliva Inferior o tronco formado desce na Linha Média da Medula Espinhal

- vasculariza a Medula Alongada, a Medula Espinhal e a Cauda Equina o Art. Cerebelosa Posterior e Inferior (PICA)

- passa dorsalmente em volta da Oliva Inferior - vai para a face inferior da parte posterior do Cerebelo

Artéria Basilar (F 251)

Origem - surge na união das 2 Art. Vertebrais

Trajecto - percorre o Sulco Basilar da Ponte - termina no local onde se bifurca para dar origem às Art. Cerebrais Posteriores

Ramos Colaterais (5) o Art. Labiríntica

- acompanha o n. facial (VII) e o n. vestibulococlear (VIII) - vai até ao MAI - distribui-se pelo Ouvido Interno

o Art. Cerebelosa Anterior e Inferior (AICA) - dirige-se para trás e para fora - passa abaixo dos n. abducens (VI), facial (VII) e vestibulococlear (VIII) - vasculariza a região ântero-lateral da superfície cerebelosa inferior - anastomosa com a PICA

Page 48: Sebenta de Anatomia

47

o Art. Cerebelosa Superior - origem: junto à terminação da Art. Basilar - trajecto: dirige-se lateralmente passa por baixo do n. oculomotor (III) contorna o Pedúnculo Cerebral chega à superfície cerebelosa superior dá 2 ramos terminais por baixo da Tenda do Cerebelo

o Art. Pônticas - vascularizam a Ponte

o Art. Cerebral Posterior (ACP) - ramo terminal da Art. Basilar - dirige-se lateralmente - paralelamente à Art. Cerebelosa Superior - recebe a Art. Comunicante Posterior - em caso de AVC pode comprometer a visão - tem 4 porções:

- Ramos Terminais:

P2

Art. Centrais Posteriores e Laterais

P1 – pré-comunicante

P2 – pós-comunicante

P3 – occipito-lateral

P4 – occipito-medial

P1

Art. Centrais Posteriores e Mediais

Art. Circunferenciais Curtas

Art. Perfurantes do Tálamo

Art. Colicular

P3

Art. Temporais

P4

ramo dorsal do Corpo Caloso

ramo calcarino

ramo parieto-occipital

ramo occipito-temporal

anterior

média

posterior

Page 49: Sebenta de Anatomia

48

Veias (N70, 99, 103/F 277-287)

Pescoço

o Veia Jugular Interna (VJI) - veia principal do Pescoço - todas as outras drenam nela - encontra-se por baixo do tendão intermediário do Omohioideu - vai do Foramen Jugular ao ângulo venoso - drena o interior da Cavidade Craniana - encontra-se dentro da Fáscia Carotídea

o Veia Jugular Externa (VJE) - termina num ângulo entre a VJI e a Art. Subclávia - localiza-se entre o Platisma e a Fáscia Cervical Superficial - é responsável pela drenagem superficial da Cabeça

o Veia Jugular Ant. - origem: junto ao Hióide - geralmente termina junto à VJE - drena a região tiroideia

Seios Ímpares (5) o Seio Sagital Superior (SSS)

- encontra-se junto à Foice Cerebral - tem Granulações Aracnoideias onde se efectua a drenagem do LCR - vai da Crista Galli à Confluência dos Seios

o Seio Sagital Inferior (SSI) - encontra-se na concavidade da Foice Cerebral

o Seio Recto - origem: na união do SSI com a Grande Veia Cerebral - vai da origem da Foice Cerebral à junção com a Tenda do Cerebelo

o Seios Intercavernosos - anterior e posterior - responsáveis pela comunicação entre os Seios Cavernosos esquerdo e direito

o Plexo Basilar

Seios Pares (7) o Transversos

- da Confluência do Seios (Protuberância Occipital Interna) até ao Seio Sigmóide o Sigmóides

- percorre a parede lateral do Crâneo - termina em forma de “S” na VJI (Foramen Jugular)

o Occipitais - vão do Foramen Magnum à Confluência dos Seios

o Cavernosos - encontram-se lateralmente à Sella Turcica

o Esfenoparietais - no bordo livre das Pequenas Asas do Esfenóide

o Petrosos Superiores - vão do Seio Cavernoso ao Seio Sigmóide - passam no bordo superior do Rochedo do Temporal

Como é óbvio não vale a

pena perder muito

tempo com as veias já

que o prof. não lhes dá

muito ênfase, mas

convém sabê-las

minimamente

Page 50: Sebenta de Anatomia

49

o Petrosos Inferiores - vão do Seio Cavernoso ao Foramen Jugular - passam no bordo posterior e inferior do Rochedo do Temporal

Veias Superficiais - localizam-se no Espaço Subaracnóide o Veias Cerebrais Superiores o Veia Cerebral Média Superficial o Veias Cerebrais Inferiores

Veias Meníngeas - localizam-se na Dura-Mater

Veias Diplóicas - encontram-se nos Diploe do Tecto Craniano - comunicam com Seios e Veias Superficiais o Frontal o Temporal Anterior o Temporal Posterior o Occipital

Veias Emissárias - comunicam com Seios, Veias Superficiais e Veias Diplóicas

Veias Profundas o Veia Basal

- origem: na Substância Perfurada Anterior - corre na Fissura Cerebral Transversa - termina na Grande Veia Cerebral - aferentes:

o Veias Cerebrais Internas - encontram-se na Fossa Transversa - entre o Fornix e o Tálamo, no Tecto do III Ventrículo

o Grande Veia Cerebral - origem: entre as Veias Cerebrais Internas - termina no Seio Recto

Occipital

Orbitária

Temporal

Veia Cerebral Anterior

Veia Cerebral Média Profunda

Veia Coroideia Inferior

Veia Peduncular

As Anastomoses entre os diferentes

sistemas venosos podem ser portas de

entrada para infecções cerebrais

Uma ruptura de uma Veia

Profunda pode resultar num

Hematoma Subdural

Page 51: Sebenta de Anatomia

50

Vasos Linfáticos (N 72/F 300, 303)

o Occipitais

- 1 a 3 nódulos junto ao Trapézio - drenam o Escalpe Posterior

o Mastoideus - junto ao Processo Mastóide - drenam o Escalpe Lateral e a Aurícula

o Parotídeos Superficiais - anteriores ao Tragus da Aurícula - drenam a Aurícula, as Pálpebras e o Plano Cutâneo Lateral da Cabeça

o Parotídeos Profundos - são profundos à Fáscia Parotídea - drenam a região temporal, a região orbitária, o MAE, o Ouvido Médio, o Palato Mole e a Cavidade Nasal

o Faciais - drenam a Pálpebra, o Nariz e a Mucosa Bucal

o Sumentonianos - entre os ventres anteriores dos músculos Digástricos - drenam o Lábio Inferior, o Mento e o Apex da Língua

o Submandibulares - encontram-se entre a Mandíbula e a Glândula Submandibular - drenam a região infraorbitária, a Bochecha, a Língua e as Gengivas

Escusado será dizer que a

probabilidade de esta página te

vir a ser útil na Oral é

ridiculamente próxima de 0%

Page 52: Sebenta de Anatomia

51

Nariz (N 36-50/ F 39, 165-167)

Nariz Externo - tem forma piramidal - raiz tem continuidade com a testa - Narinas: 2 aberturas elipsóides inferiores separadas pelo Septo Nasal - Apex: ponta livre - Dorso do Nariz: formado pelas faces laterais

Porção Óssea o Ossos Nasais o Processos Frontais dos Maxilares o Processos Nasais dos Frontais

Porção Cartilaginosa o Cartilagem Septal

- tem forma quadrilátera - é + espessa na periferia do que no centro - possui o Processo Esfenoidal: - extensão entre o Vómer e a Lâmina Perpendicular do Etmóide (ocasional)

o Cartilagem Lateral - forma - bordo sup. ligado ao Osso Nasal e ao Maxilar (Proc. Frontal) - bordo inf. ligado à Grande Cartilagem Alar

o Grande Cartilagem Alar - curvada em volta da parte anterior do Nariz - porção medial ligada à Cartilagem Septal e à oposta - bordo sup. da porção lateral ligada à Cartilagem Lateral

o Pequena Cartilagem Alar - na membrana fibrosa - liga o bordo inf. da Grande Cartilagem Alar ao Maxilar (Proc. Frontal)

o Cartilagens Acessórias

Vascularização o Art. Facial

o Art. Oftálmica – Art. Dorsal do Nariz o Art. Maxilar – Art. Infraorbitária

Drenagem Venosa o Veia Facial o Veia Oftálmica

Inervação

Sensitiva o n. oftálmico (V1)

o n. maxilar (V2) : n. infraorbitário ramos nasais

Motora o n. facial (VII) – ramos nasais

Art. Nasal Lateral

Art. Labial Superior

n. nasociliar n. infratroclear

n. nasal externo

Page 53: Sebenta de Anatomia

52

Cavidades Nasais - divididas pelo Septo Nasal - abrem na face pelas Narinas - abrem na Nasofaringe pelas Choanes - cada uma tem:

- são divididas em 3 áreas:

Vestíbulo Nasal - ligeira dilatação na porção anterior do Nariz - estende-se por um pequeno recesso até ao Apex

o Limen Nasi - crista encurvada - corresponde ao bordo superior da Grande Cartilagem Alar - constitui o limite superior do Vestíbulo

Região Respiratória

Parede Lateral - apresenta 3 conchas - por baixo de cada uma encontra-se o meato correspondente Concha Superior

o Recesso Esfeno-Etmoidal - acima da Concha - entre o Seio Esfenoidal e o Tecto Nasal - contém a abertura do Seio Esfenoidal

o Meato Superior - abertura (única) dos Seios Etmoidais Posteriores

Concha Média o Meato Médio

- continua-se acima pelo: o Átrio do Meato Médio

Tecto

Pavimento

Face Lateral

Face Septal

Vestíbulo Nasal

Região Respiratória

Área Olfactiva

Page 54: Sebenta de Anatomia

53

o Agger Nasi - crista encurvada - acima do Átrio

o Bula Etmoidal - na parede medial do Meato Médio - abertura dos Seios Etmoidais Médios

o Hiato Semilunar - estende-se anteriormente à Bula Etmoidal - contém a abertura dos Seios Etmoidais Anteriores - o Seio Maxilar abre na sua parte inferior

o Processo Uncinado - limita o Hiato Semilunar anterior e inferiormente

o Infundíbulo Etmoidal - continuação superior do Hiato

o Ducto Frontonasal -continuação do Infundíbulo

Concha Inferior o Meato Inferior

- abertura do Canal Nasolacrimal

Parede Septal - tem ligeiras cristas resultantes das projecções ósseas - apresenta o Sulco para o n. nasopalatino

Tecto - tem 3 porções: - a Cavidade Nasal é + ‘alta’ na porção ② que corresponde à Lâmina Crivada do Etmóide

Pavimento - constituído por: o Maxilar (Proc. Palatino) – ¾ anteriores o Palatino (Lâmina Horizontal) – ¼ posterior

- possui ainda o Canal Incisivo: - marcado por 1 pequena depressão anteriormente

Área Olfactiva - contém os terminais sensoriais do n. olfactivo (I) - é limitada pela Concha Nasal Superior

pela região oposta a esta no Septo Nasal e pela porção do Tecto entre estas duas

③ ① Frontonasal – inclinada para baixo e para a frente

② Etmoidal – horizontal

③ Esfenoidal – inclinada para baixo e para trás

Page 55: Sebenta de Anatomia

54

Vascularização

* Anastomosa com a Art. Palatina Descendente (no Canal Incisivo) e com a Art. Labial Superior

Drenagem Venosa - plexo submucoso rico e especialmente denso na parte inferior (Plexo Pterigoideu?) - Veias Oftálmica, Facial e Maxilar

Drenagem Linfática

Inervação (F 401) Sensitiva

n. olfactivos - são filetes que atravessam os foramina etmoidais - nascem nas células sensoriais da Área Olfactiva - formam uma rede de fascículos não mielinizados - dão uma aparência de plexo na mucosa - na Cavidade Craniana terminam na face inferior do Bolbo Olfactivo

n. autónomos -acompanham a inervação sensitiva

Artéria Ramo Vascularização

Art. Oftálmica ramos etmoidais anteriores

Seios Etmoidais e Frontais e Tecto ramos etmoidais posteriores

Art. Facial ramo septal da Art. Labial Superior Septo Nasal (na região do Vestíbulo)

Art. Maxilar

Art. Esfenopalatina * Conchas, Meatos e Septo Nasal

Art. Palatina Descendente

Art. Infraorbitária Ramos ant.-sup.

Seio Maxilar Ramos post.-sup.

Art. Faríngea Seio Esfenoidal

Nervo Ramo Região inervada

Oftálmico (V1)

ramo etmoidal anterior do n. nasociliar

porção nat. e sup.d o Septo porção ant. do Tecto porção ant. das Conchas Média e Inferior Parede Lateral anterior às Conchas

Maxilar (V2)

n. infraorbitário Vestíbulo Nasal

n. alveolar ant. e sup. Septo e Pavimento junto à Espinha Nasal Ant. Parede Lateral até à abertura do Seio Maxilar

Gg. Pterigopalatino

n. nasal sup. post. e lat. ¾ posteriores da Parede Lateral, Tecto, Pavimento e Septo

n. nasopalatino

n. nasal inf. post.

n. nasopalatino Parte sup. e post. do Tecto e Septo

Ramos do nervo do Canal Pterigóide

Linfáticos da região

ant. da Cavidade Nasal

Linfáticos da pele

do Nariz

Gânglios

Submandibulares

Resto do Nariz Gânglios Cervicais

Profundos Sup.

Page 56: Sebenta de Anatomia

55

fibras vasomotoras pós-ganglionares - para os vasos sanguíneos nasais - simpáticos

fibras parassimpáticas pós-ganglionares - para o Gânglio Pterigopalatino

Seios Paranasais Seios Frontais

- por trás das Arcadas Supraciliares - estendem-se posterior e superiormente - por cima do Tecto da Cavidade Orbitária - abrem no Infundíbulo Etmoidal ou no Ducto Frontonasal - vascularização: Art. Etmoidal Ant. e Art. Supraorbitária - drenagem venosa: Veia oftálmica sup. e Veia Supraorbitária - inervação: n. supraorbitário

Seios Etmoidais - pequenas cavidades nos Labirintos Etmoidais completadas pelos ossos: Frontal, Maxilar, Lacrimal, Esfenóide e Palatino - os Anteriores abrem no Hiato Semilunar - os Médios abrem na Bula Etmoidal - os Posteriores abrem no Meato Superior - vascularização: Art. Esfenopalatina, Art. Etmoidais Ant. e Post. - drenagem venosa: veias homónimas - inervação: nervos etmoidais ant. e post. e ramos orbitários do Gânglio Pterigopalatino

Seios Esfenoidais - posteriores ao Tecto da Cavidade Nasal - no Corpo do Esfenóide - abrem no Recesso Esfeno-etmoidal - vascularização: Art. Etmoidal Post. - drenagem venosa: Veia homónima - inervação: nervo homónimo e ramos orbitários do Gânglio Pterigopalatino

Seios Maxilares -são os maiores - ocupam a > parte do Corpo dos Maxilares - têm forma piramidal

Base: Parede Lateral da Cavidade Nasal Vértice: Proc. Zigomático do Maxilar

- abrem abaixo da Bula Etmoidal na parte inferior do Hiato Semilunar - vascularização: Art. Facial, Art. Infraorbitária e Art. Palatina Descendente - drenagem venosa: veias homónimas - inervação: n. infraorbitário (V2) e n. alveolares superiores médios

n. alveolares superiores anteriroes n. alveolares superiores posteriores

Page 57: Sebenta de Anatomia

56

Cavidade Oral (N 51-62/F 134-143)

- divide-se em:

Vestíbulo Bucal - limitado externamente pelos Lábios e Bochechas - limitado internamente pelas Gengivas e Dentes - limitado acima e abaixo por uma reflexão da mucosa: Fórnix - separado da Cavidade Oral propriamente dita pela Arcada Alvéolo-dentária - é contínuo com esta a partir do 3º molar - encontra-se revestido por mucosa e tem Glândulas Salivares o Freio do Lábio Superior o Freio do Lábio Inferior o Papila do Canal Parotídeo

- pequena projecção da mucosa - lateral ao 2º Molar Superior

Cavidade Oral propriamente dita - limitada lateral e anteriormente por:

- atrás comunica com a Faringe pelo Istmo Orofaríngeo - o Tecto é formado pelo Palato Mole e Palato Duro - o Pavimento é constituído pela região anterior da Língua e pela mucosa que reveste o Milohioideu anterior e lateralmente à base da Língua - separada do pescoço pelos músculos Geniohioideu e Milohioideu o Freio Lingual

- liga a face inferior da Língua ao Pavimento da Cavidade Oral o Papila Sublingual

- de cada lado da Língua - local onde abrem os canais das Glândulas Submandibulares

o Prega Sublingual -crista que se estende póstero-lateralmente à Papila - local de abertura dos canais das Glândulas Sublinguais

Lábios - rodeiam o orifício oral - revestidos externamente por Pele e internamente por Mucosa - envolvem o Orbicular Oral, os nervos labiais e pequenas glândulas que segregam para o Vestíbulo - de cada lado as Comissuras Labiais formam os ângulos da Boca o Tubérculo Labial

- em posição mediana - no Lábio Superior - terminação inferior de um sulco proveniente do Nariz

Dentes o Coroa

- revestida por Esmalte

Vestíbulo Bucal

Cavidade Oral propriamente dita

Arcadas Alveolares

Dentes

Gengivas

Page 58: Sebenta de Anatomia

57

o Colo o Raiz

- revestida por Cemento o Dentina o Canal Dentário (Pulpa Dentária)

- tecido conjuntivo - vasos e nervos - inervação sensitiva

o Alvéolos Dentários - Gonfoses

o Periodonto - meio de união

Dentição de Leite (5 meses – 2,5 anos) - 20 dentes

Dentição Definitiva (6 – 23 anos)

- 32 dentes - 4 quadrantes de 8 dentes

Palato Duro - formado pelo Processo Palatino do Maxilar e pela Lâmina Horizontal do Palatino - revestido por mucosa e muitas glândulas de dimensões reduzidas – Glândulas Palatinas o Rafe Palatina

- percorre o Palato anteroposteriormente o Papila Incisiva

- proeminência oval - na extremidade anterior da Rafe Palatina

o Pregas Transversais - irradiam da parte anterior da Papila

Palato Mole - estrutura muscular e fibrosa - vai desde o bordo posterior do Palato Duro à Úvula o Aponevrose Palatina

- tendão do músculo Tensor do Véu do Palato o Músculo Palatoglosso

- tem origem na Aponevrose - desce até à face lateral da Língua - forma o limite lateral do Istmo Orofaríngeo

o Músculo Palatofaríngeo - origem na Aponevrose - desce na face lateral da Faringe - vai até ao bordo posterior da Cartilagem Tiróide

o Músculo da Úvula o Elevador do Véu do Palato

- origem no bordo inferior da porção cartilaginosa da Tuba Auditiva - une-se à Aponevrose Palatina

2 incisivos

2 caninos

6 pré-molares

2 incisivos

1 canino

2 pré-molares

3 molares

Forma:

8 incisivos

4 caninos

8 pré molares

12 molares

O n. vago.(X) inerva todos

estes músculos à excepção

do Tensor do Véu do

Palato que é inervado pelo

n. madibular (v3)

Page 59: Sebenta de Anatomia

58

o Tensor do Véu do Palato - insere-se na Espinha do Esfenóide, Fossa Escafóide e nobordo anterior da porção cartilaginosa da Tuba Auditiva - muda de direcção no Hamulus Pterigoideu - une-se à Aponevrose Palatina

Língua - é o órgão da deglutição, gosto e fala - tem uma posição parcialmente oral, parcialmente faríngea - encontra-se ligada por músculos ao Hióide, Mandíbula, Proc. Estilóide, Palato Mole e Parede Faríngea - divide-se em:

Raiz - ligada ao Hióide e à Mandíbula - contacta com o Geniohiodeu e Milohiodeu entre inserções o Tônsila Lingual

- tecido linfático disperso pela margem da Língua

Corpo Dorso

- convexo o Sulco Terminal

- sulco em “V” - divide a Língua numa porção oral ou pré-sulcal (2/3 anteriores) e numa porção faríngea ou pós-sulcal (1/3 posterior) fixa

o Foramen Cego - na zona mediana do sulco - corresponde ao limite superior do divertículo tiroideu embrionário

o Pregas Palatoglosso - lateralmente ao sulco

o Papilas Foliadas - anteriormente às pregas - série de papilas paralelas na margem póstero-lateral da Língua

o Papilas Valadas - anteriormente ao sulco - 7-12 papilas circulares

a acção destes 2 últimos

músculos encontra-se mais

explorada na secção do Ouvido.

Raíz

Corpo

Apex

Page 60: Sebenta de Anatomia

59

o Papilas Filiformes - projecções epiteliais

o Papilas Fungiformes - numerosas nas margens e Apex da Língua

o Sulco Mediano Face Inferior

o Freio da Língua - liga a Língua ao Pavimento da Cavidade Oral

o Vasos e nervos linguais profundos - lateralmente ao Freio

o Prega Fimbriada - lateralmente aos vasos e nervos

Apex Esqueleto da Língua

Estrutura Óssea o Hióide

Estruturas Conjuntivas o Septo da Língua

- ligado ao Corpo do Osso Hióide o Aponevrose Lingual

Músculos

Extrínsecos o Genioglosso

- inserções: Espinha Mental Língua

o Hioglosso - inserções: Grande Corno do Hióide Corpo do Hióide Língua

o Estiloglosso - inserções: Processo Estilóide Língua

o Condroglosso (inconstante) - inserções: Pequeno Corno do Hióide Língua

o Palatoglosso - inserções: Aponevrose Palatina Língua

Intrínsecos ( N 128) o Longitudinal Superior

- acções: elevação e retracção o Longitudinal Inferior

- acções: depressão o Transverso da Língua

- acções: alongamento e estreitamento o Vertical da Língua

- acções: torna a Língua plana

Vascularização o Artéria Lingual (ver Vascularização)

Page 61: Sebenta de Anatomia

60

Inervação

Motora o n.hipoglosso (XII)

- inerva todos os músculos extrínsecos excepto o Palatoglosso que é inervado pelo Plexo Faríngeo (X e XI) - quando um indivíduo não mexe a Língua as causas podem ser: - Freio da Língua curto - lesão do n. hipoglosso (XII) - lesão dos músculos extrínsecos da Língua

Sensitiva o n. trigémio (V) – 2/3 anteriores o n. glossofaríngeo (IX) – 1/3 posterior o n. vago (X) – 1/3 posterior

Sensorial o n. facial (VII) – 2/3 anteriores o n. glossofaríngeo (IX) – 1/3 posterior o n. vago (X) – Base da Língua e Epiglote

Glândulas Salivares (N 61/ F 137)

Glândulas Salivares Minor - encontram-se sob a mucosa - envolvidas nas estruturas da Cavidade Oral o Glândulas Labiais o Glândulas Bucais o Glândulas Molares o Glândulas Palatinas o Glândulas Linguais

Glândulas Salivares Major - 3 de cada lado: o Glândulas Sublinguais

- componente mucosa dominante - são as + pequenas - encontram debaixo da mucosa oral - desembocam na Prega Sublingual - estão alojadas na Fossa Sublingual da Mandíbula - em baixo encontra-se o Milohiodeu - medialmente encontra-se o Genioglosso - lateralmente encontra-se a Mandíbula

o Glândulas Submandibulares

- componente serosa dominante - tem 2 porções: Superficial

- no Digástrico (entre o Digástrico e o Milohioideu) Profunda

- vai até à extremidade posterior da Sublingual - entre o Milohoiideu, Hioglosso e Estiloglosso - superiormente corre o n. lingual - inferiormente corre o n. hipoglosso (XII) e a veia lingual profunda

Page 62: Sebenta de Anatomia

61

Ducto Submandibular

o Glândulas Parótidas

- constituídas unicamente por uma componente serosa - são as de > dimensão - situam-se abaixo do MAE - entre a Mandíbula e o Esternocleidomastoideu - projecta-se anteriormente e superficialmente ao Masséter - geralmente existe 1 pequena porção livre entre o arco Zigomático e o Canal Parotídeo Canal Parotídeo

e entre

Passa entre

Tributários emergem na

Porção superficial

Porção profunda Face medial

Milohioideu Hioglosso

Genioglosso Glândula

Sublingual

Papila Sublibgual

Passa entre o

Buccinator e a

mucosa oral

Corre obliquamente

para a frente

curva p/ dentro quando atinge o

seu bordo ant.

passa superficialmente

ao Confluência de

2 tributários Masséter

Buccinator

Papila do Canal

Parotídeo

atravessa o

Page 63: Sebenta de Anatomia

62

Faringe (N 63-68/F 142-145)

- tubo musculomembranoso com 14-16cm de comprimento - vai desde a Base do Crâneo até ao nível de C6 e bordo e inferior da Cartilagem Cricóide - continua-se pelo Esófago - inserções:

Funcionalidades: - Ar para a Laringe - Comida para o Esófago

Relações Porção Cefálica (acima do bordo inferior da Mandíbula)

o VJI o ACI e ACE o N. cranianos IX, X, XI e XII o Músculos mastigadores o Glândula Parótida

Porção Cervical o VJI o ACI e ACE o N. vago (X) o Glândula Tiróide

Constituição Anatómica Túnica mucosa

- parte superior: epitélio estratificado cilíndrico ciliado - parte inferior: epitélio estratificado pavimentoso

Túnica submucosa - tecido conjuntivo entre mucosa e músculo

Fáscia faríngea o Fáscia faringo-basilar

- na parte superior da Faringe - desprovida de cobertura muscular - liga a Faringe à Base do Crâneo

Túnica muscular - 3 músculos constrictores (superior, médio e inferior) - 3 músculos elevadores

o Rafe Faríngea - zona fibrosa - resulta do intercruzamento das fibras musculares dos Constrictores - ao nível da linha média posterior - estende-se até ao Tubérculo Faríngeo

Tubérculo Faríngeo (Osso Occipital)

Espinha do Esfenóide

Hamulus Pterigóide

parte posterior da Linha Milohioideia

Ligamento Tirohioideu Lateral

Rolo vásculo-nervoso

do pescoço

Page 64: Sebenta de Anatomia

63

Nasofaringe ou Rinofaringe

- acima do Palato Mole - as paredes são estáticas (excepto o Palato Mole) - atrás das Cavidades Nasais (continua-se pelas Choanes) - comunica com a Orofaringe pelo Istmo Orofaríngeo - Tem 1 Tecto, 2 Paredes Laterais, 1 Parede Posterior e 1 Pavimento: Tecto

o Tônsila Faríngea - massa linfóide - localizada na parte posterior do Tecto e parte superior da Parede Posterior

Paredes Laterais o Abertura dos Canais Faringotimpânicos o Torus Tubário

- limite superior e posterior da Abertura dos Canais Faringotimpânicos o Prega Salpingofaríngea

- posterior à Abertura Tubárica - corresponde à projecção mucosa do músculo homónimo

o Prega Salpingopalatina - localizada anteriormente à Abertura Tubárica

o Torus Levatorius - inferior à Abertura Tubárica - projecção produzida pelo Elevador do Véu do Palato

o Recesso Faríngeo - localizado póstero-lateralmente à Abertura Tubárica

Pavimento - o Pavimento corresponde à face superior do Palato Mole

Orofaringe

- vai do Palato Mole ao bordo superior do Hióide - continua a Cavidade Oral pelo Istmo Orofaríngeo - limites do Istmo:

- Pregas Palatoglosso - Sulco Terminal - Foramen Cego o Tônsila Lingual

- aglomerado de tecido linfóide na Raiz da Língua o Tônsila Palatina o Pregas Palatofaríngeas o Valécula Epiglótica

- entre a Epiglote e a Base da Língua o Fossa Glossoepiglóticas medial e lateral

Laringofaringe

- vai do bordo superior do Hióide até ao bordo inferior da Cartilagem Cricóide - na sua Parede Anterior encontra-se a entrada da Laringe - por baixo da membrana mucosa encontram-se os ramos internos do n. laríngeo superior o Fossas Piriformes

- lateralmente à entrada da Laringe - entre as Pregas Ari-epiglóticas e a Cartilagem Tiróide e a membrana tiro-hioideia

Constituem a Parede Lateral

Page 65: Sebenta de Anatomia

64

Músculos Elevadores o Estilofaríngeo

- insere-se no Processo Estilóide - passa entre os Constrictores Superior e Médio - insere-se no Hióide e na Cartilagem Tiróide

o Salpingofaríngeo - insere-se na parte inferior da porção cartilaginosa da Tuba Auditiva - dirige-se para baixo - junta-se ao músculo Palatofaríngeo

o Palatofaríngeo - desce na face lateral da Faringe - vai até ao bordo posterior da Cartilagem Tiróide

Músculos Constrictores Superior

- tem 4 porções: o Pterigofaríngea

- insere-se no Hamulus Pterigóide o Bucofaríngea

- insere-se na Rafe Pterigomandibular o Milofaríngea

- insere-se na parte posterior da Linha Milohioideia o Glossofaríngea

- insere-se no bordo lateral da Língua -inserem-se todas atrás na Rafe Faríngea

Médio - tem 2 porções: o Condrofaríngea

- insere-se no Pequeno Corno do Hióide e no Ligamento Estilohioideu o Queratofaríngea

- insere-se no bordo superior do Grande Corno do Hióide - inserem-se ambas atrás na Rafe Faríngea - faces superiores sobrepõem-se ao Constrictor Sup. as inferiores sobrepõem-se ao Constrictor Inf.

Inferior - tem 2 porções: o Tirofaríngea

- insere-se no bordo posterior da Cartilagem Tiróide (Linha Oblíqua) o Cricofaríngea

- insere-se na Cartilagem Cricóide - dirigem-se para trás e inserem-se na Rafe Faríngea Esfíncter Esofágico Superior: - estreitamento na transição para o Esófago

Vascularização o Art. Faríngea Ascendente (da ACE) o Art. Palatina Ascendente – ramos tonsilares (da Art. Facial) o Art. Dorsal da Língua (da Art. Lingual) o Art. Palatina Descendente o Art. do Canal Pterigóide o Art. Faríngea

Inervação o Plexo Faríngeo (n. vago (X) + n. glossofaríngeo (IX))

- sensitiva - motora

da Art. Maxilar

Page 66: Sebenta de Anatomia

65

Olho (N 81-91/ F 435-449)

Bolbo Ocular - contido na Cavidade Orbitária - embebido na gordura orbitaria - separado do osso pela Fáscia do Bolbo do Olho

o Segmento Anterior - entre a Lente e a Córnea - constitui cerca de 1/6 do globo ocular - transparente

o Segmento Posterior - posterior à Lente - constitui cerca de 5/6 do globo ocular - opaco

o Eixo Óptico - eixo que passa no pólo anterior e no Disco Óptico

o Eixo Visual - eixo que passa nos 2 pólos do globo

o Câmara Anterior - região do Segmento Anterior limitada posteriormente pela Íris

o Câmara Posterior - região do Segmento Anterior limitada pela Íris (anteriormente) e pela Lente (posteriormente)

Túnicas Fibrosa o Esclera (ou Esclerótica)

- densa e rígida - constituída por tecido colagénico fibroelástico - responsável por manter a forma do Olho - constitui os 5/6 posteriores da Túnica Fibrosa - face externa relaciona-se com a Fáscia do Bolbo do Olho - face interna está separada da Coróide por 1 espaço com conteúdo linfático: - Espaço Pericoroidal - é perfurada atrás pelo n. óptico (II) na Lâmina Crivada da Esclera (onde também passam vasos ciliares e centrais da retina) Junção Corneoesclerótica

- surge no local em que a Túnica Fibrosa passa junto à Íris - apresenta o Seio Venoso da Esclera (Canal de Schlemm) - apresenta o Esporão Esclerótico que completa o Seio Venoso

o Córnea - transparente - constitui o 1/6 anterior da Túnica Fibrosa - projecta-se da Esclera - tem 1 curvatura + acentuada que a Esclera - está coberta pela Conjuntiva Bulbar - a inserção da Íris forma um recesso angular: - Ângulo Iridocorneal - face anterior: convexa (humidificada pelas lágrimas) - face posterior: côncava (limita anteriormente a Câmara Anterior)

Page 67: Sebenta de Anatomia

66

Vascular o Coróide

- membrana delgada fortemente pigmentada - ricamente vascularizada ( fluxo sanguíneo – papel importante no abastecimento da Retina) - cobre a face interna da Esclera - face externa: corresponde à Lâmina Supracoroideia - face interna: fortemente aderente à Camada Pigmentada da Retina - muito aderente à Esclera no local em que é perfurada pelo n. óptico (II) - contínua com o Corpo Ciliar na Ora Serrata

o Corpo Ciliar - contínua com a Coróide atrás e com a Íris à frente - altamente vascularizada - funções: suspensão da Lente fonte de Humor Aquoso - face externa: relaciona-se com a Esclera - face interna: recortada e contínua com a Ora Serrata - anteriormente apresenta: Coroa Ciliar – conjunto dos Processos Ciliares Pregas Ciliares Fibras Zonulares – formam o Ligamento Suspensor da Lente Processos Ciliares

- 60-80 - formados por desdobramentos da Coróide - recebidos pelas Fibras Zonulares - são responsáveis pela produção de Humor Aquoso

Músculos Ciliares - têm forma semicircular - fibras circulares - fibras meridionais

o Íris - disco contráctil, delgado e circular - localizada entre a Córnea e a Lente - imersa em Humor Aquoso - divide o Segmento Anterior em Câmara Anterior e Posterior Pupila

- orifício no centro da Íris - o seu estado de dilatação controla a quantidade de luz que atinge a Lente Esfíncter da Pupila

- + central - as fibras dispõem-se ao longo do bordo pupilar - controlado por fibras parassimpáticas do n. oculomotor (III) - provoca miose – contração pupilar

Dilatador da Pupila - as suas fibras dispõem-se radialmente do bordo da Pupila - controlado por fibras simpáticas veiculadas pelo n. nasociliar - provoca midríase – dilatação pupilar

Inserem-se nos Processos Ciliares

Processo de Acomodação da Lente: ao contraírem os Músculos Ciliares projectam os Processos Ciliares relaxando o Ligamento Suspensor da Lente tornando-a + convexa de modo a poder focar melhor a imagem

Page 68: Sebenta de Anatomia

67

- face anterior: convexa e de cor variável - face posterior: côncava e negra - bordo externo: contínuo com o Corpo Ciliar (Ângulo Iridocorneal) - bordo interno: delimita a Pupila

Nervosa o Retina

- membrana delgada que recebe as imagens externas - encontra-se entre a Coróide e a Membrana Hialóide do Corpo Vítreo - estende-se até à Ora Serrata (onde existe um prolongamento não nervoso até aos Processos Ciliares - é constituída por 10 camadas (que só interessam para Histologia II) Parte Óptica – estende-se do Disco Óptico à Ora Serrata Mácula Lútea

- área oval no centro da face posterior do Bolbo Ocular

Fóvea Centralis - depressão central - zona onde a resolução visual é máxima

Disco Óptico - local onde o n. óptico (II) é contínuo com a Retina - esta zona constitui um ponto cego uma vez que neste local os fotorreceptores estão ausentes

Parte Ciliar - prolonga-se para a frente da Ora Serrata - não constitui uma zona sensorial uma vez que não tem fotorreceptores

Parte Iridial - também não é sensorial

- a vascularização é assegurada pelos seguintes ramos:

Meios Refrigerantes - transmitem e refractam a luz (tal como a Córnea) Humor Aquoso

- líquido transparente que preenche o Segmento Anterior do Olho - produzido nos Processos Ciliares - reabsorvido no Seio Venoso da Esclera (Canal de Schlemm) - nutre a Lente e a Córnea - regula a Pressão intraocular

Deficiência na Reabsorção Pressão intraocular Glaucoma Cegueira

Art. Central da Retina

ramo superior

ramo inferior

ramo nasal superior

ramo temporal superior

ramo temporal inferior

ramo nasal inferior

Entrando na circulação

através da

E é recolhido no

Penetra nos

E entra na Atravessa a Vai para a

Percurso do Humor Aquoso:

Produzido nos

Câmara Posterior Câmara Anterior Pupila

Espaços de Fontana Seio Venoso da

Esclera Veia Ciliar Anterior

Processos Ciliares

Page 69: Sebenta de Anatomia

68

Corpo Vítreo

- preenche o Segmento Posterior do Bolbo Ocular o Fossa Hialóide

- tem uma concavidade Anterior - local de inserção da Lente

o Canal Hialóide - vai da Papila do n. óptico (II) à face posterior da Lente - contém líquido linfático - vestígio da Art. Hialóide (embrionária)

o Membrana Hialóide - transparente - não é penetrada por vasos

Lente (ou Cristalino) - corpo biconvexo transparente - entre a Íris e o Corpo Vítreo - tem Cápsula (transparente e elástica, sustentada pelo Ligamento Suspensor da Lente) - adere aos Processos Ciliares pelas Fibras Zonulares

Músculos do Olho o Elevador da Pálpebra Superior

- insere-se na face inferior da Pequena Asa do Esfenóide - termina numa aponevrose que se bifurca em 2 lamelas: Superior: passa entre o Tarso e o Orbicular alcança a Pele da Pálpebra Superior Inferior: insere-se na margem superior e face anterior do Tarso Superior - acção: Elevação da Pálpebra Superior (antagonista do Orbicular)

o Rectos - são 4 músculos: Superior, Medial, Inferior, Lateral - inserem-se todos no Anel Tendinoso Comum (em torno do Canal Óptico) - terminam na Esclera do Bolbo Ocular

o Oblíquo Superior - insere-se acima do Canal Óptico (supramedialmente ao Recto Superior) - forma 1 tendão que passa na Tróclea do Osso Frontal - insere-se na Esclera (entre os Rectos Superior e Lateral)

o Oblíquo Inferior - insere-se na face orbitária do Maxilar (lateralmente ao Sulco Nasolacrimal) - dirige-se para trás - passa lateralmente entre o Recto Inferior e o Pavimento da Órbita -termina na Esclera medialmente ao Recto Lateral

Acções - Rectos

- Oblíquo Superior: roda o olho para fora e para baixo - Oblíquo Inferior: roda o olho para fora e para cima - os Rectos Superior e Inferior têm uma acção coordenada na rotação medial - o Oblíquo Superior corrige a acção do Recto Inferior - o Oblíquo Inferior corrige a acção do Recto Superior

Lateral - abdução

Medial - adução

Superior – elevação e rotação medial

Inferior – depressão e rotação lateral

Page 70: Sebenta de Anatomia

69

Inervação - n. troclear (IV) – Oblíquo Superior - n. abducens (VI) – Recto Lateral - n. oculomotor (III)

Fáscias do Olho - Fáscia Bulbar - Periórbita

Supercílios e Pálpebras Pálpebras

- pregas finas e móveis, adaptadas ao Olho - protegem através do fechamento rápido - a superior é > e + móvel que a inferior - tem 2 porções:

Tarsal Supratarsal

- unem-se para formar os ângulos do Olho Medial – cada Pálpebra tem:

o Papila e Ponto Lacrimal o Canalículo Lacrimal

Lateral – coiso - Cílios: crescem nas margens palpebrais - as Pálpebras são constituídas por:

o Tarso

- constituído por tecido fibroso denso - ligam-se aos ligamentos palpebrais lateral e medial

o Septo Orbitário - na Pálpebra Superior insere-se no músculo Elevador da Pálpebra Superior - na Pálpebra Inferior insere-se no Tarso

o Glândulas Tarsais - visíveis quando as Pálpebras estão invertidas - abrem nas margens palpebrais livres - têm uma secreção oleosa

Supercílios - eminências dérmicas - localizam-se acima das Órbitas - numerosos pêlos espessos em direcção oblíqua - contribuem para a inserção de:

Túnica Conjuntiva

- membrana mucosa transparente - cobre as faces palpebrais internas - reflecte sobre a face anterior da Esclera e Córnea

Elevador da Pálpebra Superior

Oblíquo Inferior

Recto Superior

Recto Inferior

Recto Medial

Pele

Conjuntiva Subcutânea

Músculo Orbicular do Olho

Tecido Conjuntivo Submuscular

Orbicular do Olho

Corrugador Supraciliar

Ventre Anterior do Occipitofrontalis

Page 71: Sebenta de Anatomia

70

Aparelho Lacrimal - formado por: o Glândula Lacrimal

- em posição supero-lateral na Cavidade Orbitária - tem 2 porções: Orbitária (alojada na Fossa Lacrimal do

Osso Frontal) Palpebral

- abrem no Fórnix da Pálpebra Superior - inervada pelo n. lacrimal do n. oftálmico (V1) - sensitivo

o Saco Lacrimal - situado numa fossa formada pelo Maxilar e pelo Lacrimal - tem cerca de 12mm de comprimento - continua-se inferiormente pelo Canal Nasolacrimal

o Canalículos Lacrimais - existe 1 em cada Pálpebra - têm cerca de 10mm de comprimento - vão do Ponto Lacrimal na Papila Lacrimal ao Saco Lacrimal - colectam o líquido lacrimal para o Saco Lacrimal

o Canal Nasolacrimal - tem cerca de 18mm de comprimento - abre no Meato Inferior da Cavidade Nasal - corre num canal ósseo formado pelos ossos Maxilar, Lacrimal e Concha Nasal Inferior

Glândula Lacrimal

Saco Lacrimal

Canalículos Lacrimais

Canal Nasolacrimal

Produzido na

Desemboca em Atravessa a

Acumula-se no

Entra nos Passa no

Desce no

E penetra na Cavidade Nasal pelo

Trajecto do Líquido Lacrimal

Glândula

Lacrimal

Ductos

Excretores

face anterior do

Bolbo Ocular

Lago Lacrimal Canalículos

Lacrimais

Saco

Lacrimal

Canal

Nasolacrimal

Meato Nasal

Inferior

Page 72: Sebenta de Anatomia

71

Ouvido (N 92-98/ F 451- 469)

Audição:

- processo de captação do som pela Aurícula - transmissão e amplificação do som pelo Ouvido Externo e Médio - recepção do som pelo Ouvido Interno

Aparelho Auditivo Ouvido Externo Ouvido Médio Ouvido Interno

Ouvido Externo - capta o som e transmite-o ao Ouvido Médio

Aurícula - constituída por músculos, cartilagem e pele - apresenta várias eminências e depressões o Hélix

- corresponde à margem externa da Aurícula o Tubérculo Auricular

- elevação na espessura da Hélix - em posição póstero-superior

o Antihélix - elevação curvada - em posição anterior à Hélix

o Fossa Triangular - delimitada pelas 2 raízes anteriores da Antihélix

o Fossa Escafóide - depressão entre a Hélix e a Antihélix

o Concha da Aurícula - depressão da Aurícula - envolvida pela Antihélix, Antitragus eTragus

o Tragus - proeminência em frente à Concha - pode obturar o MAE

o Antitragus - oposto ao Tragus

o Incisura Intertrágica - depressão entre o Tragus e o Antitragus

Labirinto Ósseo

Labirinto Membranoso

Líquidos Circulantes

Transdução do som

Emec Enervosa Percepção do som

Aurícula

MAE

Cavidade Timpânica

Células Mastoideias

Tuba Auditiva

Tendo em conta a

especialidade do prof.

Miguéis, convém ter uma

noção bem consolidada

da anatomia do Ouvido e

da sua funcionalidade

Page 73: Sebenta de Anatomia

72

o Lóbulo - terminação inferior da Aurícula - composta por tecido adiposo - não tem tecido cartilaginoso

Meato Acústico Externo (MAE) - canal que se estende da Concha à Membrana Timpânica - tem 2 porções: Cartilaginosa (1/3 externo) Óssea (2/3 internos)

- dirige-se para a dentro e ligeiramente para a frente - na pele apresenta glândulas seruminosas - relaciona-se:

à frente – Processo Condilar da Mandíbula (afecta o tamanho do Lúmen Cartilaginoso) acima – Fossa Craniana Média atrás – Células Mastoideias

Ligamentos o Anterior - da raiz do Arco Zigomático à Espinha da Hélix o Superior - do bordo superior da porção óssea do MAE à Espinha da Hélix o Posterior - da projecção posterior da Concha ao Processo Mastóide

Músculos Intrínsecos o Helicis Major o Helicis Minor o Trágico o Antitrágico o Piramidal o Oblíquo da Aurícula o Transverso da Aurícula

Vascularização o ramos auriculares anteriores (da Art. Temporal Superficial) o Art. Auricular Posterior (da ACE) - formam arcos anastomóticos

Inervação o n. trigémio (V) o n. facial (VII) o n. vago (X)

Ouvido Médio Cavidade Timpânica

- tem uma forma aproximadamente cúbica (6 faces) - todas as estruturas situam-se no mesmo eixo Parede Lateral

o Membrana Timpânica - revestida por dentro por Mucosa e por fora por Pele - inserida num Anel Ósseo - encontra-se dividida em 4 quadrantes pelo Processo Lateral do Martelo e por um eixo perpendicular a este - está dividida em 2 porções pelos Ligamentos Maleolares Ant. e Post.:

Pars Flacida - não tem camada cartilaginosa entre a Pele e a Mucosa - acima dos Ligamentos Maleolares Ant. e Post. - constitui cerca de 1/5 da Membrana

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73

Pars Tensa - possui uma camada cartilaginosa entre as camadas de Pele e Mucosa - abaixo dos Ligamentos Maleolares - completa os 4/5 restantes da Membrana

Parede Medial (ou Labiríntica) - corresponde à fronteira lateral do Ouvido Interno o Promontório - elevação provocada pela 1ª volta da Cóclea - apresenta 1 crista para o n. timpânico o Janela Vestibular (ou Oval) - abertura reniforme - adere ao Estribo pelo Ligamento Anular - local pelo qual o Ouvido Médio transfere a informação sonora ao Ouvido Interno o Janela Coclear (ou Redonda) - localizada póstero-inferiormente à Janela Vestibular - ocupada pela Membrana timpânica Secundária - relacionada com a Rampa Timpânica o Proeminência Facial

- elevação causada pela passagem do n. facial (VII) - passa por cima da Janela Vestibular

Parede Posterior (ou Mastoideia)

- Parede pela qual a Cavidade Timpânica comunica com as Células Mastoideias o Eminência Piramidal

- proeminência cónica ao nível da Janela Vestibular - dá inserção ao músculo Estapédio

Parede Anterior (ou Carotídea)

- corresponde à parede posterior do Canal Carotídeo - é perfurada por:

Nervos caroticotimpânicos superior e inferior Ramos caroticotimpânicos da ACI

- apresenta a abertura para a Tuba Auditiva - acima desta encontra-se a abertura para o músculo Tensor do Tímpano

Tecto (ou Parede Tegmental)

o Tegmen Tympani - parede delgada que separa a Cavidade Timpânica da Cavidade Craniana - a sua reduzida espessura pode levar à progressão de estruturas patogénicas para a Cavidade Craniana

Pavimento (ou Parede Jugular) - fina camada óssea - separa a Cavidade Timpânica do Bolbo da VJI

Ossículos

o Martelo (Malleus) - Cabeça: articula com a Bigorna - Colo - Cabo: na espessura da Membrana Timpânica - Processos: Anterior e Lateral - Ligamentos: Anterior, Superior e Lateral

Nas crianças a Fissura Petro-escamosa

não se encontra bem consolidada o que

permite a passagem de infecções

devido à existência de várias veias

nessa região.

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74

o Bigorna (Incus) - Processo Curto: ligado à Fossa Incudis - Processo Longo: termina no Processo Lenticular que articula com o Estribo - Corpo: articula com o Martelo - Ligamentos: Superior e Posterior

o Estribo (Stapes) - Cabeça: articula com a Bigorna

local de inserção do músculo Estapédio - Ramos (2) - Base ou Platina - Ligamento Anular: em forma de hélice

3mm x 1,5mm Músculos dos Ossículos

o Músculo Tensor do Tímpano - localizado no canal homónimo - insere-se na face interna do Cabo do Martelo - acção: empurra o Estribo na direcção da Janela Vestibular (amplifica o som) - inervação: n. mandibular (V3) o Músculo Estapédio

- insere-se na Eminência Piramidal - termina na face posterior da Cabeça do Estribo - acção: contraria a penetração do Estribo na Janela Vestibular (protege o Ouvido de sons muito intensos) - inervação: n. facial (VII)

Células Mastoideias - variáveis em nº e em forma - normalmente são pneumatizadas - encontram-se revestidas por mucosa - podem preencher todo o Processo Mastóide o Antro

- > célula mastoideia - espaço contínuo com a Cavidade Timpânica - localiza-se póstero-superiormente a esta

o Ádito - local de comunicação entre a Cavidade Timpânica e as Células Mastoideias

Tuba Auditiva - tubo com cerca de 4cm revestido com mucosa respiratória - liga a Cavidade Timpânica à Rinofaringe - permite a passagem de ar entre as duas formações - função: controlar as pressões entre as 2 faces da Membrana Timpânica (que é empurrada para fora durante a inspiração) - tem 2 porções:

Óssea – 1/3 externo Cartilaginosa (móvel) – 2/3 internos

- a abertura da Tuba ocorre em 4 fases: 1. Contracção do Elevador do Véu do Palato afasta o Canal para dentro 2. Durante a contracção o Tensor do Véu do Palato é mantido para fora 3. Propagação da abertura em direcção ao Istmo 4. Abertura da Valva Ístmica

O Fecho do Istmo dá-se depois em direcção à Cavidade Timpânica

Separadas pelo Istmo

Ossificação do Ligamento Anular

Oteoesclerose/Otoespongiose

Transmissão de Sinal Sonoro

interrompida

Page 76: Sebenta de Anatomia

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Vascularização

Artérias Timpânicas

Ouvido Interno Labirinto Ósseo

- complexa rede de cavidades na porção petrosa do Temporal - contém Perilinfa dentro da qual se encontra o Labirinto Membranoso

- 3 regiões

o Vestíbulo - porção central do Labirinto Ósseo - anteriormente relaciona-se com a Cóclea - posteriormente relaciona-se com os Canais Semicirculares Face Lateral Janela Vestibular

Face Medial Recesso esférico

- em posição anterior - contém o Sáculo - perfurada por diversos orifícios diminutos preenchidos por ramos do n. vestibular

Crista vestibular - ponte entre o Recesso Esférico e o Elíptico

Recesso Elíptico - em posição póstero-superior - contem o Utrículo

Recesso Coclear - abaixo e à frente do Recesso Esférico - perfurado por fascículos vestibulococleares que penetram na extremidade vestibular do Canal Coclear

Abertura do Aqueduto Vestibular - abaixo do Recesso Elíptico - contem o Canal Endolinfático - alcança a face posterior do Rochedo do Temporal

Face Posterior - apresenta 5 orifícios para os Canais Semicirculares

Face Anterior Abertura da Rampa Vestibular

o Canais semicirculares

- são 3 - encontram-se posteriormente ao Vestíbulo - os seus locais de abertura no Vestíbulo correspondem a dilatações ósseas denominadas Ampolas

Anterior (15-20mm)

Posterior (18-22mm)

Lateral (12-15mm)

Inferior (da Art. Farínge Ascendente)

Posterior (da Art. Auricular Posterior)

Anterior (da Art. Maxilar)

Superior (da Art. Meníngea Média)

Vestíbulo

Canais semicirculares

Cóclea

Page 77: Sebenta de Anatomia

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Canal Semicircular Anterior - tem um orientação vertical - a sua extremidade anterior abre na porção superior e lateral do Vestíbulo - a sua extremidade posterior une-se à extremidade superior do Canal Semicircular Posterior, abrindo na porção medial do Vestíbulo

Canal Semicircular Posterior - a sua extremidade superior une-se no Pilar Ósseo Comum com o Canal Semicircular Anterior - curva-se para trás - a sua extremidade inferior abre na porção infero-lateral do Vestíbulo

Canal Semicircular Lateral - é horizontal e póstero-lateral - a sua extremidade anterior abre no ângulo superior e lateral do Vestíbulo - a sua extremidade posterior abre abaixo do Pilar Ósseo Comum

o Cóclea - tem a forma de uma Concha de Caracol - encontra-se anteriormente ao Vestíbulo Apex (ou Cúpula)

- aponta para a direcção ântero-superior da Parede Medial da Cavidade Timpânica Modíolo

- eixo central cónico da Cóclea - possui : Base, Lâmina, Canal Espiral e Canais Longitudinais

Canal Ósseo da Cóclea - termina na Cúpula - tem 3 aberturas: Janela Coclear, Janela Vestibular, Canalículo Coclear

Lâmina Espiral Óssea - saliência que se projecta do Modíolo - divide o Canal Ósseo da Cóclea em:

Canal Coclear - onde circula a Endolinfa

Rampa Vestibular - contínua com o Vestíbulo

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Rampa Timpânica - separada da Cavidade Timpânica pela Membrana Timpânica Secundária - contacta com a Janela Coclear (ou Redonda)

o Canalículo Coclear (corre no Aqueduto Coclear) - canal que permite a comunicação entre o espaço perilinfático e o espaço subaracnoideu

Helicotrema -local de confluência das 2 Rampas - existe devido ao facto de a Lâmina e o Ducto Coclear acabarem antes do Apex

Labirinto Membranoso - é um sistema contínuo de canais - encontra-se dentro do Labirinto Ósseo - rodeado por Perilinfa - preenchido por Endolinfa - possui células ciliadas (responsáveis por gerar o impulso nervoso) - tem fibras terminais dos ramos vestibulococleares nas suas paredes - divide-se em 2 grandes regiões: Aparelho Vestibular e Canal Coclear o Aparelho Vestibular

- porção que constitui o órgão do equilíbrio - fornece estímulos nervosos veiculados pelo n. vestibular Utrículo

- > saco do Aparelho Vestibular - alojado no Recesso Elíptico - Mácula do Utrículo: receptores sensíveis a acelerações angulares (rotação da cabeça)

Sáculo - alojado no Recesso Esférico - Mácula do Sáculo: receptores sensíveis a acelerações lineares (inclinação da cabeça) - dá o Ductus Reuniens na sua face inferior

Canal Utrículo-Sacular - liga o Utrículo ao Sáculo - continua no Canal Endolinfático alojado no Aqueduto Vestibular

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o Canal Coclear - tubo em espiral - porção que constitui o órgão da audição Lâmina Espiral Óssea Membrana Basilar

- tecto da Rampa Timpânica - contem o Orgão de Corti: - possui células ciliadas que produzem potenciais de acção de acordo com a oscilação da Endolinfa - contem terminações dos nervos cocleares

Membrana Vestibular - separa o Canal Coclear da Rampa Vestibular

Ligamento Coclear Espiral Membrana Tectórea

- está envolvida na produção do impulso nervoso

Líquidos Circulantes o Perilinfa

- líquido com constituição semelhante ao LCR (Na+ é o catião principal) - circula no interior do Labirinto Ósseo - contacta com o espaço subaracnoideu através do Canalículo Coclear

o Endolinfa - constituição iónica é inversa à da Perilinfa sendo o K+ o catião principal - circula no interior do Labirinto Membranoso - armazena-se no Saco Endolinfático

Canal Endolinfático

Canal Utrículo-Sacular Ductus Reuniens Canais semicirculares Utrículo Sáculo

Saco Endolinfático

Canal

Coclear

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Neuroanatomia

Introdução

Neurónio - célula excitável do sistema nervoso - corpo celular - dendrites - axónio (ou cilindro-eixo) - telodendro

Células da nevróglia - célula não-excitável do sistema nervoso - importantes na sustentação - astrócitos - oligodendrócitos - células da micróglia - células ependimárias - células de Schwann - células satélite

Fibras nervosas - conjuntos de axónios envolvidos em camadas de tecido conjuntivo - facilitam a vascularização - epineuro - perineuro - endoneuro

Vias sensitivas - ascendentes - 4 neurónios - Gânglio espinhal

o Exteroceptiva

o Proprioceptiva

Vias motoras - descendentes - córtex … gânglio espinhal - voluntárias e involuntárias

Sistema Nervoso Central (SNC) – Neuroeixo - corpos celulares das fibras periféricas - neurónios completos (centrais) - tecido conjuntivo - células da nevróglia

Cerebelo (inconsciente) Giro pós-central (consciente)

Epicrítica (ou do tacto fino) Protopática (ou do tacto grosso) Termoálgica

Consciente Inconsciente

Chegaste à parte de Neuroanatomia. Pois bem, esta

pequena introdução tem apenas o intuito de te fazer acreditar

que esta parte da matéria será fácil.

Um conselho: desfruta enquanto é possível!

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o Meninges - Dura-máter mais exterior, fibrosa, adere ao osso. É uma paquimeninge (membrana dura) - Aracnóide intermédia e serosa. É uma leptomeninge (membrana mole) - Pia-mater mais interior e vascular. É uma leptomeninge (membrana mole)

o Líquido céfalo-raquídeo situado na cavidade subaracnoideia o Embriologia

- há uma espessura da porção central da ectoderme - placa neural Goteira neural Tubo neural

o Medula espinhal - 2/3 do canal vertebral Limites

o Encéfalo

- dentro do crânio Rombencéfalo

- medula alongada (mielencéfalo) - ponte (metencéfalo) - cerebelo - envolve o IV ventrículo

Mesencéfalo - pedúnculos cerebrais

Prosencéfalo

Diencéfalo

Telencéfalo - hemisférios cerebrais - envolve os ventrículos laterais e o III ventrículo

Sistema nervoso periférico o Nervos espinhais (31 pares)

o Nervos cranianos (12 pares) - I – Olfactivo - II – Óptico - III – Óculomotor - IV – Troclear - V – Trigémio

- VI – Abducens - VII – Facial - VIII – Vestibulococlear - IX – Glossofaríngeo - X – Vago - XI – Acessório - XII – Hipoglosso

V1 – Oftálmico V2 – Maxilar V3 – Mandibular

8 cervicais 12 torácicos 5 lombares 5 sagrados 1 coccígeo

Superior medula alongada (foramen magno) Inferior cauda equina

Tálamo Hipotálamo Hipófise

Page 82: Sebenta de Anatomia

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Sistema nervoso vegetativo o Neurónios

o Simpático segmento toracolombar o Parassimpático segmento sagrado + pares cranianos III, VII, IX, X e XI Funções:

Substância cinzenta - constituída por neurónios, nevróglia e vasos - na medula espinhal, tem forma de H ou borboleta - envolta por substância branca - atravessada ao centro pelo canal central o Coluna anterior Corpos celulares

- Mais mediais músculos axiais (tronco e pescoço) - Mais laterais músculos apendiculares (membros)

Ápex - motricidade voluntária - segundo neurónio da via cortico-espinhal

Base - motricidade involuntária - sexto neurónio da via cortico-pontico-cerebelo-dento-rubro-espinhal

Núcleo do nervo acessório (XI) C1 a C6 (ápex) Núcleo do nervo frénico C4 a C7 (centro)

o Coluna posterior Ápex segundo neurónio das vias da sensibilidade exteroceptiva Colo ou istmo segundo neurónio das vias da sensibilidade proprioceptiva inconsciente Base segundo neurónio das vias da sensibilidade interoceptiva

o Coluna lateral Pequena projecção angular T2-L1 Inervação vegetativa

Vascularização o Por segmentos

o Componente longitudinal Artéria espinhal anterior

- na fissura mediana anterior - vem da artéria vertebral

À medida que subimos na medula espinhal, aumenta a substância branca

e diminui a substância cinzenta

Cervical artérias vertebrais Torácica artérias intercostais Lombar artérias lombares Sagrada artéria sagrada lateral

Pré-ganglionares Pós-ganglionares

Vasodilatação Miose Hipotensão Relaxamento dos esfíncteres Bradicardia Aumento do peristaltismo intestinal Broncoconstrição Aumento de secreções …

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Artérias espinhais posteriores - nos sulcos látero-posteriores - irrigam funículos laterais e posteriores e cornos posteriores - vêm da artéria vertebral

Ramos espinhais - não são contínuos por toda a medula espinhal - principalmente nos espessamentos - formam arcos - têm 2 ramos (anterior e posterior) - vêm de diferentes artérias

o Componente transversal Artérias sulcais

- vêm da artéria espinhal anterior - dirigem-se para trás, na fissura medial anterior - nutrem substância cinzenta e funículo anterior

Drenagem venosa - veia intervertebral - plexo venoso externo - plexo venoso interno (epidural) - veias homónimas às artérias

Sistematização da substância cinzenta

o Arco reflexo

- 2 ou 3 neurónios (canal funcional) - cada segmento funciona individualmente - não passa nos centros nervoso superiores - Exemplos reflexo patelar (L2) e o reflexo do tendão calcaneano (S2)

o Intersegmentária - neurónios de associação entre 2 segmentos

o Via de trânsito - estímulo é processado nos centro nervoso superior - percorre longitudinalmente a medula espinhal - Ascendente/sensitiva: órgão raíz posterior medula espinhal encéfalo - Descendente/motora: encéfalo medula espinhal raiz anterior órgão

Territórios - zonas a que corresponde cada raiz - Dermátomas raiz sensitiva - Miotomas raiz motora - Mielómero anel funcional da medula espinhal, independente dos centros nervosos superiores

Lesões o Motoras

Acima de C3 morte (afecta frénico e, assim, o diafragma) Entre C3 e C8 tetraplegia Abaixo de C8 paraplegia

Dentrites Raíz

posterior

Ponta posterior (Interneurónio)

Ponta anterior

Raíz anterior

Resposta motora

Page 84: Sebenta de Anatomia

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o Sensitivas

o Obstrução da artéria espinhal anterior - isquémia na ponta anterior Paralisia flácida

o Obstrução das artérias espinhais posteriores - isquémia na ponta posterior Perda de sensibilidade exteroceptiva e proprioceptiva consciente

o Siringomielia - destruição progressiva das fibras que passam junto a canal central - afecta fibras da temperatura, dor e tacto grosseiro

o Hemisecção - perda de sensibilidade do lado do local lesado - paralisia abaixo do local lesado, no lado lesado

Meninges espinhais - separam a medula espinhal das paredes do canal vertebral o Dura-máter

- fibrosa - do foramen magno até S2-S3 - acima continua-se com a Dura-máter craniana - abaixo constitui o ligamento coccígeo

o Aracnóide - serosa - 2 folhetos parietal e visceral

o Pia-mater - vascular - adere à medula espinhal - acima continua-se com a Pia-mater craniana - abaixo forma o filamento terminal - forma o ligamento dentado entre as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais - reveste todos os sulcos e fissuras da medula espinhal

Nervos espinhais cervicais (N 32, 129, 193) - nervos mistos - inervação somática de cabeça, pescoço, membros superiores e diafragma o Ramos posteriores

- inervação da pele da nuca, músculos erectores e articulações da coluna cervical C1 – Nervo suboccipital

- sulco no arco posterior do atlas - por trás e por baixo da artéria basilar - triângulo occipital - inerva todos os músculos curtos da nuca e semi-espinhoso da cabeça

C2 – Nervo grande occipital - atravessa semi-espinhoso da cabeça e trapézio - vai à pele da nuca - inerva pele da nuca, semi-espinhoso da cabeça, esplénio e longíssimo da cabeça

Acima de C3 perda de sensibilidade em todo o corpo Entre C3 e T10 perda de sensibilidade no tronco superior Entre T10 e L1 perda de sensibilidade no tronco inferior Abaixo de L1 perda de sensibilidade nos membros

inferiores

Lesão espástica aumento dos reflexos (neurónio superior) Lesão flácida diminuição dos reflexos Atrofia muscular (neurónio inferior)

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C3 – 3º nervo occipital

- sensitivo, inerva a pele da nuca C4 – C8

- todos têm ramos motores - C4 – C6 também têm sensitivos

o Plexo cervical (C1 a C4)

C2 e C3 – Nervo pequeno occipital - sobe no bordo posterior do esternocleidomastoideu - inerva a pele da região mastoideia

C2 e C3 – Nervo grande auricular - contorna o bordo posterior do esternocleidomastoideu

Dá 2 ramos

C2 e C3 – Nervo cervical transverso - corre obliquamente para a frente - dá ramos ascendente e descendente - inerva pele da região supra e infra-hioideia

C3 e C4 – Nervos supraclaviculares

Dá 3 ramos

Ramos musculares

Inervam músculos

C2 e C3 – Raíz inferior da ansa cervical - une-se com a parte superior do nervo hipoglosso (XII) - dá ramos para todos os músculos infrahioideus (excepto tirohioideu)

C3 e C5 – Nervo frénico - desce para baixo e para dentro com o músculo escaleno anterior - passa através da clavícula e primeira costela - pode existir nervo frénico acessório

Anterior pele da zona da parótida Posterior aurícula

Medial Intermédio Lateral Inervam pele do ombro e zona clavicular

Recto anterior da cabeça Longíssimo da cabeça e do pescoço Escalenos intermédio e anterior Elevador da escápula

Page 86: Sebenta de Anatomia

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Sistema ventricular (N 108, 109)

- responsável para produção e circulação do LCR

Constituído por

Ventrículos Laterais - cavidades irregulares de cada lado da linha mediana - revestidos por epêndima o Foramen Interventricular

- comunicação com o III ventrículo o Encruzilhada Ventricular

- local de encontro dos 3 cornos dos Ventrículos Laterais

o Corno anterior (frontal) - direccionado para cima e para trás - vai até ao bordo posterior do tálamo - relações: - Face superior Corpo Caloso– radiação frontal - Face inferior Núcleo Caudado e Tálamo - Bordo lateral Núcleo Caudado e Corpo Caloso - Bordo medial Septo Pelúcido - Corno posterior (occipital)

Não tem plexo coróide Face súpero-lateral porção posterior do Corpo Caloso – radiação occipital Face infero-medial Esplénio do Corpo Caloso e Calcar Avis

- Corno inferior (temporal) Face superior Cauda do Núcleo Caudado, Estria Terminal Face medial Hipocampo, Fímbria e Giro Dentado

III ventrículo - cavidade ímpar e mediana do Diencéfalo o Paredes laterais

- relacionam-se com a parede medial dos Tálamos e com o Hipotálamo ântero-inferiormente Adesão intertalâmica

- comunicação entre os 2 Tálamos que perfura o III Ventrículo Sulco hipotalâmico

- vai do Foramen interventricular ao Aqueduto do Mesencéfalo Foramen interventricular (ângulo ântero-superior)

- Para os ventrículos laterais

Ventrículos laterais III ventrículo IV ventrículo

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o Parede superior - vai do ângulo anterior do Fórnix até ao Corpo Pineal - relaciona-se com as Comissuras inter-hemisféricas Fórnix, Corpo Caloso, Comissura Anterior Tela Coroideia Plexos Coróides Orgão Subfornical

o Bordo anterior - relaciona-se com:

- Comissura Anterior - Lâmina Terminal - Quiasma Óptico - separação das colunas anteriores do fórnix

Recessos

o Parede posterior - vai da Base do Corpo Pineal à Comissura Posterior Orifício do Aqueduto do Mesencéfalo (inferiormente) Recessos

o Bordo Inferior - relaciona-se com:

- Corpos Mamilares - Tuber Cinereum

Aqueduto do mesencéfalo - rodeado por substância cinzenta

o Orifícios

o Paredes

IV ventrículo - tem forma de losango

o Relações

o Parede anterior Recessos laterais

- ponto de entrada dos Plexos Coróides - ponto de convergência dos Pedúnculos Cerebelosos - ponto de saída do LCR para o Espaço Subaracnóide

Estrias medulares - entre os Recessos e o Sulco Mediano - prolongam-se com os nervos facial (VII) e vestibulococlear (VIII)

Triângulo superior - Base Estrias Medulares - Vértice abertura do Aqueduto do Mesencéfalo

Supra-óptico Infundibular

Pineal Suprapineal

Superior III ventrículo Inferior IV ventrículo Anterior Pedúnculos Cerebrais (Mesencéfalo) Posterior Base do Colículos (Lâmina Quadrigeminal)

Anterior Medula Alongada e Ponte (face posterior) Lateral Pedúnculos Cerebelosos Posterior Cerebelo (face anterior)

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Colículo Facial

Fóvea Lateral

Fóvea Superior

Locus Ceruleus

Eminências Mediais Triângulo inferior

- Base Estrias Medulares - Vértice Obex (substância cinzenta)

Trígono do nervo hipoglosso (XII)

Trígono do nervo vago (X)

Área vestibular o Parede posterior Superiormente

- Pedúnculos Cerebelosos Superiores - Véu Medular Superior

Inferiormente - Véu Medular Inferior (ligado ao Nódulo pelo Obex)

o Orifícios

o Bordos

Plexos coróides - formações vasculares desenvolvidas a partir da Pia-mater - cobertos por epêndima - são responsáveis pela formação do LCR

o Presentes maioritariamente

o Ausentes

Vascularização

Trajecto do LCR

Plexos coróides

Ventrículos laterais

Foramen interventricular

Aqueduto do mesencéfalo

IV ventrículo

Canal central

Cisternas Granulações aracnoideias

III ventrículo

Seio sagital superior

Aberturas laterais e mediana

Espaço subaracnoideu

Aqueduto do mesencéfalo (superiormente) Canal central (inferiormente) Recessos laterais (2) Abertura mediana

Pavimento do Ventrículo Lateral Tecto do III ventrículo Recessos laterais do IV ventrículo

Superior Pedúnculos Cerebelosos Superiores Inferior Pedúnculos Cerebelosos Inferiores

Corno Occipital do Ventrículo Lateral Aqueduto do Mesencéfalo Canal Central

Artéria coroideia anterior Artéria coroideia posterior AICA – IV ventrículo

Page 89: Sebenta de Anatomia

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Funções do LCR - protecção do SNC nos movimentos da cabeça e do pescoço - amortecimento dos choques - equilíbrio osmótico com os capilares favorece a nutrição dos tecidos nervosos - favorece a eliminação de produtos da desintegração de matéria nervosa

Clínica o Hidrocefalia

- acumulação de LCR na cabeça - pode ocorrer por bloqueio do Foramen Interventricular - o III ventrículo adquire forma redonda (fica cheio) - pode ser supra ou infraventricular - se a acumulação for no espaço subaracnoideu é externa - constitui uma contraindicação para a execução de punção lombar: uma vez que ao se espetar a agulha no Canal Central a diferença de pressão seria tão grande que os Corpos Amigdalóides seriam sugados com o LCR encravando-se no Foramen Magnum o que poderia ser fatal

o Hidromielia - acumulação de LCR na medula espinhal (canal central)

Page 90: Sebenta de Anatomia

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Medula espinhal (N 160-162, 169-173/F 316-325)

- ocupa 2/3 do Canal Vertebral - tem um aspecto cilíndrico - é achatada ântero-posteriormente - tem sensivelmente 45 cm

Limites

5 segmentos

Embriologia - 4º mês intra-uterino desenvolvimento máximo - Osso vai crescendo “ascensão aparente” da Medula Espinhal (ME) - Nascimento estende-se até L3

Engrossamentos

Fissuras/sulcos o Mediana anterior (fissura)

- separa os Funículos Anteriores o Mediano posterior (sulco)

- separa os Funículos Posteriores o Látero-posterior (sulco)

- coincide com a entrada das raízes posteriores dos nervos espinhais - limita lateralmente os Funículos Posteriores

o Intermédio posterior (sulco) - entre os 2 últimos - delimita os Fascículos Grácil e Cuneiforme

o Látero-anterior (sulco) - coincide com a saída das raízes anteriores dos nervos

Superior Medula Alongada (Foramen Magno) Inferior L1 – L2 (Filamento Terminal, Cauda Equina)

Cervical (C1 – C7) Torácico (C8 – T11) Lombar (T12 – L5) Sagrado Coccígeo

Para fora da Dura-máter há um espaço fisiológico - espaço

epidural - preenchido por vasos e gordura. No crânio, esse

espaço é patológico.

Cervical (C3 – T2) dá origem ao Plexo Braquial Lombar (T9 – L2) Plexos Lombar e Sagrado

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Filamento terminal - filamento de tecido conjuntivo - mede sensivelmente 20 cm - desce a partir do Cone Medular (terminação inferior da Medula)

Canal central - atravessa toda a Medula Espinhal e a metade inferior da Medula Alongada - contém LCR - envolvido por nevróglia - superiormente é contínuo com o IV ventrículo - inferiormente é fechado

Cauda equina - constituída pelas 10 últimas raízes dos nervos espinhais - rodeiam o Cone Medular e o Filamento Terminal

Substância branca - consituída pelas fibras mielinizadas, nevróglia e vasos sanguíneos da Medula - circunda a substância cinzenta - dividida em funículos pelas fissuras o Funículo Posterior (F 325) Fascículo Grácil

- não cruza - medial - Sensibilidade Epicrítica - Sensibilidade Proprioceptiva Consciente (a partir de T6)

Fascículo Cuneiforme - não cruza - lateral - está envolvido nas mesmas vias sensitivas do Fascículo Grácil

o Funículo Lateral (F 323) Feixe Cortico-Espinhal Lateral

- cruza - lateral ao corno posterior da substância cinzenta - veicula 4/5 das fibras da Via Cortico-Espinhal

Feixe Rubro-Espinhal - cruza - anterior ao Feixe cortico-Espinhal Lateral - parte da Via Cortico-Pontino-Cerebelo-Dento-Rubro-Espinhal

Feixe Olivo-Espinhal - não cruza - só existe na Medula Espinhal - parte das Vias Subcorticais

Feixe Espinho-Talâmico Lateral - cruza - lateral ao corno anterior da substância cinzenta - sensibilidade termoálgica

Feixe Espinho-Cerebeloso Anterior - cruza - lateral ao Feixe Espinho-Talâmico Lateral - Sensibilidade Proprioceptiva Inconsciente (membros)

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Feixe Espinho-Cerebelosa Posterior - não cruza - lateral e posterior ao Feixe Espinho-Cerebeloso Anterior - Sensibilidade Proprioceptiva Inconsciente (tronco)

o Funículo Anterior (F 322) Feixe Cortico-Espinhal Anterior

- não cruza - lateral à Fissura Mediana Anterior - 1/5 das fibras da Via Cortico-Espinhal

Feixe Vestíbulo-Espinhal - tem fibras cruzadas e fibras directas - parte da Via do Arqueocerebelo

Feixe Tecto-Espinhal - parte do Colículo Superior - segue o Fascículo Longitudinal Medial - está envolvido nos movimentos posturais reflexos por estímulo visual

Feixe Longitudinal Medial - lateral à Comissura Anterior - importante para a coordenação de grupos musculares

Feixe Espinho-Talâmica Anterior - cruza - núcleo ventral póstero-lateral do tálamo - Sensibilidade Protopática

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Tronco cerebral (N 114-117)

- localizado na fossa craniana posterior - dá origem aos nervos cranianos III ao XII

Constituído por

Funções - comunicação entre medula espinhal e prosencéfalo - contém centros reflexos – respiração, sistema cardiovascular e consciência - contém núcleos dos pares cranianos

Medula Alongada (F 326 – 337)

- forma uma pirâmide com base superior - mede sensivelmente 3 cm

Limites - Superior Sulco Medulo-Pôntico (Ponte) - Inferior Decussação das Pirâmides (Medula Espinhal) – Foramen Magno

Configuração externa Face Anterior e Lateral

o Sulco mediano anterior - continuação da fissura homónima da medula espinhal Limites

- Superior Foramen Cego (no Sulco Medulo-Pôntico) - Inferior Decussação das Pirâmides

o Pirâmides - substância branca de cada um dos lados do Sulco Mediano Anterior - cruzam formando a Decussação das Pirâmides

o Sulco ântero-lateral - limita lateralmente as pirâmides - partem 10 a 12 filetes do nervo hipoglosso (XII)

o Oliva - saliência ovóide - lateral ao nervo hipoglosso (XII) - ântero-superiormente ao Tubérculo do nervo trigémio (V)

o Sulco póstero-lateral Local de onde emergem

- nervo glossofaríngeo (IX) - nervo vago (X) - nervo acessório (XI)

Medula alongada Ponte Mesencéfalo ( ou Pedúnculos Cerebrais)

Passagem da ME para a MA - Desaparecimento dos funículos posteriores - Formação do IV ventrículo - Fragmentação da substância cinzenta (colunas)

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Face Posterior o Sulco mediano posterior

- contínuo com o homónimo da Medula Espinhal o Sulco intermédio posterior

- separa os Tubérculos Grácil e Cuneiforme - formam os Pedúnculos Cerebelosos Inferiores

o Sulco medulo-pôntico - arciforme e profundo - abaixo da Ponte e dos Pedúnculos Cerebelosos Inferiores Local de onde emergem

- nervo abducens (VI) - nervo facial (VII) - nervo vestíbulo-coclear (VIII)

Vascularização

Configuração interna o Segmento inferior

- substância cinzenta em forma de semi-lua côncava ântero-lateralmente - Medialmente centros motores - Lateralmente centros sensitivos

o Segmento superior - corresponde ao pavimento do IV ventrículo Núcleo olivar inferior

- localizado ântero-lateralmente - lateral ao Lemnisco Medial

Formação reticular - no centro

AICA PICA Artéria espinhal anterior

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94

Ponte (F 338 – 347)

- porção média do tronco cerebral - mede sensivelmente 3 cm

Limites

Configuração externa Faces Anterior e Lateral

o Sulco basilar - mediano e longitudinal - lateralmente tem as Saliências Piramidais - dá passagem à Artéria Basilar

o Estrias transversais - estendem-se horizontalmente entre os Pedúnculos Cerebelosos Médios - entre elas surge o nervo trigémio com as suas 2 raízes: Raiz grossa sensitiva Raiz delgada motora

o Pedúnculos Cerebelosos Médios - orientados para trás - unem-se aos superiores

Face Posterior (ver parede anterior do IV ventrículo) o Estrias medulares

- horizontais - saem pelos Recessos Laterais

o Trígonos - do nervo vago (X) - do nervo hipoglosso (XII)

o Sulco limitante - demarca a Área Vestibular - contém as Fóveas Superior e Inferior

o Véus medulares - Superiores Tecto do IV ventrículo - Inferiores

Configuração interna Parte anterior (Substância Branca)

o Fibras longitudinais - cortico-espinhais - cortico-nucleares - cortico-pontinas

o Fibras transversais - intercerebelosas - pontocerebelosas

o Núcleos pontinos - Substância Cinzenta dispersa

Superior Sulco Pedúnculo-Pôntico (mesencéfalo) Inferior Sulco Medulo-Pôntico (Medula Alongada) Posterior IV ventrículo (cerebelo) Lateral Pedúnculos Cerebelosos Médios

A ponte cresce à medida que se sobe na escala

filogenética, pois o seu tamanho é proporcional

ao volume dos hemisférios cerebelosos

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95

Parte posterior o Substância branca

Formação Reticular

Feixes de Substância Branca

Lemnisco Medial

Corpo Trapezóide o Substância cinzenta

- organizada no pavimento do IV ventrículo

núcleos motores

núcleos sensitivos

núcleos sensoriais

Mesencéfalo (ou Pedúnculos Cerebrais) (F 348 – 355)

- 2 cordões brancos progressivamente divergentes - são oblíquos para cima a para fora - estendem-se até à Região Subtalâmica da Cápsula Interna - ocupam a Incisura da Tenda do Cerebelo - terminam ao nível das Faixas Ópticas - mede sensivelmente 1,5 cm

Limites

Configuração externa Faces Anterior e Inferior

o Fossa interpeduncular - tem forma de triângulo - abertura de 60º - ocupada pela Substância Perfurada Posterior - é o local de emergência do nervo oculomotor (III) - relaciona-se no com:

Corpos Mamilares

Tuber Cinereum

Infundíbulo (Hipotálamo) Faces Posterior e Superior

o Tegmento - continuação da Substância Cinzenta do IV ventrículo

o Pedúnculos Cerebelosos Superiores o Véu Medular Superior

Freio - une o Véu ao Tegmento - lateralmente emergem os nervos trocleares (IV)

o Colículos - núcleos do Tecto de Mesencéfalo - 4 eminências circulares lâmina quadrigeminal - Sulco cruciforme – constituído por:

Superior Região Subtalâmica Posterior Lâmina Quadrigeminal Anterior e lateral Tracto Óptico Inferior Sulco Pedúnculo-Pôntico

Sulco longitudinal Sulco horizontal

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Colículos superiores - constituem Centros de conexão óptica reflexão das vias óptica e oculomotora - separados superiormente pela Glândula Pineal - prolongam-se pelos braços superiores, que se irão unir ao Corpo Geniculado Lateral

homolateral

Colículos inferiores - constituem Centro acústico reflexos acústicos - prolongam-se pelos braços inferiores, que se irão unir ao Corpo Geniculado Medial

homolateral

Faces Lateral o Sulco do Mesencéfalo

- entre os Pedúnculos Cerebelosos Médios e Superiores - cruzado pelo nervo troclear (IV)

Configuração interna (F349) o Substância negra

- constituída por pars compacta e pars reticular - côncava para trás - Função iniciação do movimento Divide o Mesencéfalo em 3 partes

- Pedúnculos Cerebrais (raízes) - Tegmento - Colículos

Porção anterior à substância negra - Pedúnculos Cerebrais - Substância Branca

Porção posterior à substância negra

Tegmento

Núcleo rubro - rico em ferro - atravessado pelo nervo óculomotor (III) - dividido em 2 porções:

Núcleos

Substância branca o Lemniscos

o Feixe espinho-talâmico o Feixe longitudinal medial

Formação Reticular

Aqueduto do Mesencéfalo

Vascularização

Magnocelular Parvocelular

Lateral Medial

Óculomotor (III) Troclear (IV) Mesencefálico do Trigémio (V)

Artéria cerebral posterior Artéria comunicante posterior Artéria cerebelosa superior

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Page 101: Sebenta de Anatomia

100

Núcleos Próprios do Tronco Cerebral Centros intersegmentares

Oliva - na face ântero-lateral da Medula Alongada o Feixe Cerebelo-Olivar o Feixe Olivo-Espinhal

Grácil e cuneiforme - nos funículos posteriores da Medula Alongada - segundo neurónio das vias

o Proprioceptiva Consciente o Exteroceptiva Epicrítica

Pontinos - pequenos e numerosos - o seu maior eixo é horizontal - obrigam a Via Piramidal a fragmentar-se ao passar o fibras cortico-pontinas o fibras ponto-cerebelosas (da via cortico-pontico-cerebelo-dento-rubro-espinhal)

Vermelho (ou Rubro) - é muito volumoso - tem uma forma ovóide - recebe fibras do Córtex Frontal - é vermelho devido ao conteúdo férrico o Feixe Cerebelo-Rúbrico o Feixe Rubro-Espinhal (da via cortico-pontico-cerebelo-dento-rubro-espinhal) - dá fibras ainda para

- 2 porções

Substância Negra - envia fibras também para a Formação Reticular - recebe fibras do Córtex Cerebral - separa a Calote do Pé do Pedúnculos Cerebrais

o 2 porções Porção compacta

- células muito pigmentadas (neuromelanina) - Neurotransmissor dopamina - conecta com o Núcleo Caudado e o Putamen

Porção reticular - células mais pequenas e menos pigmentadas - Neurotransmissor GABA - conecta com o Globo pálido e o Tálamo

Centros suprasegmentares

Colículos o Superiores (vias ópticas) 5 camadas

Póstero-lateral parvocelular Ântero-medial magnocelular

Formação Reticular contra-lateral Núcleo Ventro-Lateral do Tálamo

Estrato zonal Estrato cinzento Estrato óptico Estrato lemniscal Estrato profundo

Via do Paleocerebelo

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o Inferiores (vias auditivas) - recebe fibras do Lemnisco Medial - emite fibras para:

- Medula Espinhal (via tectoespinhal) - Ponte (via tectopontina) - Medula Alongada (via tectobulbar)

Vias de projecção do Tronco Cerebral Fascículos Ascendentes Sensibilidade exteroceptiva

- para o Núcleo Ventral Póstero-Lateral do Tálamo o Feixe Espinho-Talâmico Lateral

- entre o Lemnisco Lateral e Medial - Sensibilidade Termoálgica

o Feixe Espinho-Talâmico Anterior - une-se ao Lemnisco Medial - Sensibilidade Protopática

Sensibilidade Proprioceptiva Consciente e Exteroceptiva Epicrítica o Fascículo Grácil o Fascículo Cuneiforme

- ambos cruzam na Decussação Sensitiva das Pirâmides - reúnem-se e formam o Lemnisco Medial - vão para o Tálamo

Sensibilidade Proprioceptiva Inconsciente o Feixe Espinho-Cerebeloso Posterior

- membros inferiores - não cruzam - vão para o Cerebelo pelos Pedúnculos Cerebelosos Inferiores

o Feixe Espinho-Cerebeloso Anterior - cruza - vão para o Cerebelo pelos Pedúnculos Cerebelosos Superiores

Vias sensitivas/sensoriais dos nervos cranianos - Primeiro neurónio gânglio periférico do nervo craniano - Segundo neurónio núcleos do tronco cerebral

o Núcleos do nervo trigeminal - cruzam - vão para o Tálamo (Lemnisco Trigeminal)

o Núcleos vestibulares - vão para o Cerebelo

o Núcleos cocleares - podem cruzar ou não - Lemnisco Lateral

Fascículos Descendentes Vias Piramidais

o Feixe Cortico-Espinhal - Parte superior pirâmides - Parte inferior 80% cruza (lateral) e 20% não cruza (anterior)

o Feixe Cortico-Nuclear

Unem centros auditivos e ópticos aos nervos motores do Tronco Cerebral e

Medula Espinhal

Córtex Cerebral

Tronco cerebral

Feixe cortico-nuclear propriamente dito

Via oculocefalogira

Ambos cruzam

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Vias extrapiramidais

Fibras próprias do Tronco Cerebral Fibras Arciformes

- participam nas vias cerebelosas

Fibras de Associação - unem os núcleos do tronco cerebral - curtas - sinergia

o Feixe longitudinal posterior - fibras que associam os núcleos hipotalâmicos aos núcleos vegetativos do Tronco Cerebral Fibras ascendentes Diencéfalo

- Região Subtalâmica - Núcleos Intratalâmicos

Fibras descendentes - Corpo Estriado - Núcleo Rubro - Fibras Reticulares

o Feixe Longitudinal Medial - fibras ascendentes e descendentes - homo e hetero-lateral - unem centros sinérgicos - contribui para a coordenação dos movimentos dos olhos, cabeça e pescoço - integra a via vestibular - sinergia dos movimentos oculares, fala e deglutição

Formação Reticular - rede formada por fibras e núcleos - ocupa todo o Tronco Cerebral - composta por substância branca e por substância cinzenta - atrás das vias de condução - à frente dos pares cranianos

Sistema Reticular Ascendente - núcleos mediais - regulação da vigília - Ponte + Mesencéfalo interagem com Tálamo + Hipotálamo

o Lesão - o indivíduo não acorda Coma

Sistema Reticular Descendente - núcleos centrais - regulação do tónus muscular

- comunicam com a Oliva

Feixe olivo-espinhal Feixe vestíbulo-espinhal Feixe rubro-espinhal Feixe tecto-espinhal Feixe reticulo-espinhal Feixe nigro-espinhal Feixe cortico-pôntico

Fibras do mesencéfalo Activadoras do tónus Fibras da medula alongada e ponte Inibidoras do tónus

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- Córtex e Núcleo Rubro interagem com Medula Espinhal o Lesão

- rigidez dos membros superiores + hiperextensão + hiperpronação - abdução dos membros inferiores + hiperextensão + flexão plantar - tremores

Sistema Reticular Vegetativo - núcleos posteriores - regulação das funções vegetativas - na Medula Alongada

o Lesão - alterações no ciclo cardíaco - alterações no ciclo respiratório - alterações do peristaltismo - vómitos

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Cerebelo (N 113, F 356 – 359)

- é uma massa volumosa com 2 hemisférios - localizado atrás do Tronco Cerebral (unido a este pelos Pedúnculos Cerebelosos) - alojado na Fossa Craniana Posterior - coberto pela Tenda do Cerebelo

Tem 3 lobos

Funções - assegura manutenção da posição erecta e postura - modifica a relação entre músculos agonistas e antagonistas - permite movimentos harmoniosos e precisos - controla a continuidade da contracção muscular - controla a sinergia funcional dos músculos dos olhos e da boca

Configuração externa - faces escavadas por muitos sulcos transversos o 3 faces

o Vérmis (protuberância ântero-posterior)

- separa os 2 hemisférios cerebelosos - localizado na linha mediana - posteriormente estende-se até à incisura cerebelosa posterior - inferiormente localiza-se numa depressão mais profunda - torna-se mais volumoso e menos superficial - inicia e termina-se na face anterior

o Hemisférios cerebelosos - 2 massas laterais ao Vérmis - separados do vérmis por sulcos paramedianos

o Circunferência do cerebelo - limita as 3 faces na parte superior - une o Vérmis superior ao inferior (posteriormente) - na parte póstero-superior da Ponte, onde emergem os Pedúnculos (anteriormente)

Vérmis Hemisférios

Língula Porção mais anterior da parte superior e funde com o véu medular superior

Lóbulo central Asa do lóbulo central

Cúlmen Porção mais elevada da parte superior Lóbulo quadrangular

Declive Lóbulo simples

Fólio Lóbulo semilunar superior

Túber Lóbulo semilunar inferior

Pirâmide Saliência na união do 1/3 anterior e do 1/3 posterior Lóbulo biventral

Úvula À frente da pirâmide Tônsila

Nódulo Porção mais anterior da parte inferior e funde com o véu medular inferior

Lobo Anterior (Paleocerebelo) Lobo Posterior (Neocerebelo) Lobo Floculonodular (Arqueocerebelo)

Superior Inferior Anterior

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Sulcos e lobos do Cerebelo - concêntricos à circunferência - dividem o cerebelo em lobos o Fissura Horizontal

- origem parte lateral do Pedúnculo Cerebeloso Médio, atrás do Flóculo - divide o Cerebelo em porção superior e inferior - entre os Lóbulos Semilunares Superior e Inferior (entre Fólio e Túber no Vérmis)

o Fissura Primária - origem bordo lateral - separa Lobo Anterior e Lobo Posterior (Cúlmen/Declive)

o Fissura Secundária - na face inferior - entre Lóbulo Biventral e Tônsila (Pirâmide/Úvula)

o Fissura Póstero-Lateral - entre Tônsila e Flóculo

o Lobo flóculonodular - via do Arqueocerebelo manutenção do equilíbrio - Flóculo + Nódulo - separado do Lobo Posterior pela Fissura Póstero-Lateral

o Lobo anterior - via do Paleocerebelo controlo do tónus muscular - Língula + Lóbulo Central + Cúlmen + Asas do Lóbulo Central + Lóbulo Quadrangular - separado de Lobo Posterior pela Fissura Primária

o Lobo posterior - via do Neocerebelo coordenação dos movimentos - Úvula + Pirâmide + Túber + Fólio + Declive + Tônsila + Lóbulo Biventral + Lóbulos Semilunares + Lóbulo Simples

Pedúnculos Cerebelosos - unem a face anterior do Cerebelo ao Tronco Cerebral o Inferiores

- insere-se na Medula Alongada - prolongamento dos Fascículos Grácil e Cuneiforme - apresentam corpos restiformes na primeira porção do trajecto - Porção posterior cruzada por Estrias Medulares - Face lateral rodeada pela Tônsila - Via do Arqueocerebelo - Feixe Espinho-Cerebeloso Posterior (Sensibilidade Proprioceptiva Inconsciente)

o Médios - insere-se na Ponte - Face lateral Cerebelo - Face inferior Flóculo - Face superior Ângulo Ponto-Cerebeloso - Via cortico-pontico-cerebelo-dento-rubro-espinhal

o Superiores - é o maior - insere-se no Mesencéfalo - Face anterior posterior à Ponte - Bordo lateral Sulco Lateral do Mesencéfalo - Bordo medial Véu Medular Superior - Feixe Espinho-Cerebeloso Anterior (Sensibilidade Proprioceptiva Inconsciente) - Via do Neocerebelo

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o Véu Medular Superior - forma triangular - oblíquo para baixo e para trás - entre os Pedúnculos Cerebelosos Superiores - Face anterior revestida por epêndima do IV ventrículo - Face posterior anteriormente tem substância branca, posteriormente tem substância cinzenta - Freio do véu emergência do nervo troclear (IV)

Configuração interna o 2 porções

o Córtex

- lâminas de substância cinzenta + incisuras + lobos + lóbulos 3 camadas

Córtex Medula

Molecular Celular de Purkinje Granulosa

Page 108: Sebenta de Anatomia

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o Medula - central - contém os núcleos - une o Cerebelo aos Pedúnculos Árvore da vida

- prolongamentos finos de substância branca - entre giros do cerebelo

Núcleos do cerebelo

Fastigial - no vérmis - atrás e acima do IV ventrículo - medial - recebe fibras do Arqueocerebelo - emite fibras cerebelo-vestibulares

Globoso - entre o Fastigial e o Emboliforme - recebe fibras do Paleocerebelo - emite fibras cerebelo-olivares

Emboliforme - entre o Dentado e o Globoso - recebe fibras do Paleocerebelo - emite fibras cerebelo-rúbricas

Dentado - lâmina irregular - aberto ântero-medialmente - recebe fibras do Neocerebelo - emite fibras dento-rúbricas e dento-talâmicas

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Sistematização e conexões o Arqueocerebelo (inferior)

- responsável pela adaptação do corpo pelos músculos axiais - equilíbrio - Lóbulo Flóculonodular - núcleo Fastigial (vias vestibulares) Lesão

- perturbação estática da marcha o Paleocerebelo (anterior)

- tónus muscular - Lobo Anterior - núcleos Globoso e Emboliforme (via proprioceptiva inconsciente) Lesão

- hipertonia (opistotos) / hipotonia - desvio na marcha (com tendência para queda) - aspecto de boneco desarticulado

o Neocerebelo - coordenação dos movimentos - Lobo Posterior - Núcleo Dentado (via cortico-pontico-cerebelo-dento-rubro-espinhal) Lesão

Ataxia perturbação dos movimentos voluntários

Dismetria/Hipermetria - perturbação da coordenação entre músculos axiais e apendiculares - correcção excessiva da deslocação - amplitude e brusquidão dos movimentos encontram-se alterados - Disartria perturbação da expressão da fala - Nistagmo falta de coordenação dos músculos do bolbo ocular

Vascularização o PICA (artéria cerebelosa póstero-inferior)

- maior ramo - vem da Artéria Vertebral

o AICA (artéria cerebelosa ântero-inferior) - irriga Arqueocerebelo - emerge logo acima da saída do nervo abducens (VI) - vem da Artéria Basilar - ocasionalmente dá um ramo labiríntico

o SCA (artéria cerebelosa superiora) - irriga a maior parte dos hemisférios e vérmis superior - também vem da Artéria Basilar

Drenagem venosa

A destruição do cerebelo não provoca interrupções nas vias cortico-espinhal

nem espinho-cortical, portanto não se faz

acompanhar de paralisias ou perturbações na

percepção

Ramos inferiores

Seio transverso

Seio Occipital

Seio Sagital Superior

Ramos superiores

Grande veia do cérebro

Seio Recto

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Prosencéfalo - forma ovóide - Comprimento 16 cm - Largura 14 cm - Altura 12 cm - Peso 1400 g

Engloba

Diencéfalo Tálamo (N 110, 111 F 362 – 368)

- tem uma forma ovóide - o seu maior eixo dirige-se para a frente e para dentro - núcleo cinzenta do cérebro mais volumoso - são 2, separados pelo III ventrículo Relações

- Anterior cabeça do Núcleo Caudado - Posterior Ventrículo Lateral, Colículos e Glândula Pineal - Lateral Cápsula Interna e Núcleo Lenticular - Medial III ventrículo - Inferior Hipotálamo

o Extremidade posterior - Corpo Geniculado Medial - Corpo Geniculado Lateral - separadas pelos Colículos e Glândula Pineal

o Extremidade anterior - separadas pelo Fórnix (coluna anterior) - separadas do Fórnix pelo Foramen Interventricular - Foramen interventricular comunicação do III ventrículo com os Ventrículos Laterais

o Face superior - sulco para os Plexos Coróides (cobertos pela Tela Coroideia) - reflecte-se sobre o Tálamo formando a Tela Coroideia e Talâmica - Póstero-medialmente Trígono da Habénula

o Face medial - forma os 2/3 anteriores da Parede Lateral do III Ventrículo - unida ao Tálamo oposto pela Adesão Intertalâmica - Inferiormente Sulco Hipotalâmico (separa tálamo do Hipotálamo) - Posteriormente unidas pela Comissura Posterior

o Face inferior - Região Hipotalâmica - Tecto do Mesencéfalo

o Face lateral - Cápsula Interna separa-o do Núcleo Lenticular Cápsula interna

- passam as vias cortico-espinhais (via piramidal) - passam as vias tálamo-corticais (toda a sensibilidade consciente)

Metatálamo

Diencéfalo Telencéfalo

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Hipotálamo (N 147, F 370 – 373)

- por baixo do Tálamo - tem forma de funil (ápex corresponde à Haste Pituitária) o Anteriormente o Inferiormente

o Núcleos anteriores (sono) o Núcleos médios (vigília e memória) o Núcleos posteriores (controlo sexual)

Hipófise o 2 lobos

- Anterior glandular (adenohipófise) - Posterior sensitivo (neurohipófise)

Telencéfalo Corpo estriado (N 110 / F 390)

Núcleo caudado - forma de vírgula - enrolado à volta do Tálamo - adapta o contorno do Ventrículo Lateral - unido ao Núcleo Lenticular por pontes de substância cinzenta Cabeça

- unida ao Núcleo Lenticular - à frente da Cápsula Interna - no Lobo Frontal

Corpo - estende-se até ao bordo posterior do Tálamo - separado do Núcleo Lenticular pela Cápsula Interna

Cauda - dirige-se para baixo e para a frente - atravessa a Cápsula Interna - termina no Núcleo Amigdalóide - no Lobo Temporal

Núcleo Lenticular - lateral ao Núcleo Caudado - unido ao Núcleo Caudado na base (anteriormente) - Face lateral Cápsula Externa (claustro) - Face inferior sobre a substância branca do Lobo Temporal - Face medial Cápsula Interna (Tálamo)

Lâmina terminal Comissura Anterior (revestida posteriormente por epêndima)

Tuber Cinereum Corpos Mamilares Infundíbulo

Pré-óptico Supra-óptico Paraventricular

Dorsal medial Ventral medial Infundibular

Posterior Mamilar

Corpo estriado

Estriado Núcleo lenticular

Putamen Núcleo caudado Globo Pálido

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Constituído por - Putamen origem telencefálica - Lâmina medular lateral (lâmina vertical de substância cinzenta heterogénea) - Globo pálido lateral (origem diencefálica - subtálamo) - Lâmina medular medial (lâmina vertical de substância cinzenta heterogénea) - Globo pálido medial (origem diencefálica - subtálamo)

Claustro (F 392)

Córtex cerebral (N 105 – 107 / F 374 – 381)

- espessura de 2,5 mm - tem 6 camadas (isocortex)

- tem 3 faces

- tem 3 bordos

- as depressões resultam de - Sulcos primários dividem as faces em lobos (mais profundo) - Sulcos secundários dividem os lobos em giros (mais superficial)

Súpero-lateral Medial Inferior

Súpero-medial Infero-medial Infero-lateral

Molecular Granular externa (receptoras) Piramidal externa (motoras) Granular interna (receptoras) Piramidal interna (motoras) Multiforme

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Face Súpero-lateral - adapta-se à Calvária - tem 3 sulcos primários - tem 4 lobos

o Sulco Lateral (Silvius) - começa na Fossa Lateral da face inferior - passa acima do Lobo Temporal - passa abaixo do Lobo Frontal e Parietal - termina na parte inferior do Lobo Parietal - ramos

o Sulco Central (Rolando) - parte do bordo superior do hemisfério - separa os Lobos Frontal e Parietal o Sulco Parieto-Occipital - separa o Lobo Occipital do Temporal e Parietal o Lobo Frontal

o Lobo Parietal

o Lobo temporal

o Lobo occipital

3 sulcos secundários

Sulco pré-central Sulco frontal superior Sulco frontal inferior

4 giros

Giro pré-central (motricidade voluntária) Giro frontal superior Giro frontal médio Giro frontal inferior

Porção anterior orbitária Porção medial triangular Porção posterior opercular

Vascularização ramos frontais da Artéria Cerebral Média

2 sulcos secundários Sulco pós-central Sulco intraparietal – em forma de T

3 giros Giro occipital superior Giro occipital médio Giro occipital inferior

2 sulcos secundários Sulco occipital superior (prolongamento do sulco parieto-occipital) Sulco occipital inferior

3 giros Giro temporal superior Giro temporal médio Giro temporal inferior Giro supramarginal Giro angular

2 sulcos secundários Sulco temporal superior Sulco temporal inferior

Vascularização Ramos parietais da artéria cerebral média

3 giros Giro pós-central – sensitivo Giro parietal superior Giro parietal inferior

Anterior horizontal Anterior ascendente Posterior

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113

o Lobo da Ínsula - profundo ao sulco lateral - para o expor deve-se separar os opérculos do sulco

Face inferior o Sulco Lateral

- divide a face inferior em porção orbitária e porção temporo-occipital o Porção Orbitária (Lobo Frontal)

- Sobre o tecto da órbita

5 giros 2 giros longos 3 giros curtos

2 sulcos secundários Sulco central Sulco circular

Límen da Ínsula Terminação da Ínsula na junção com a Substância Perfurada Anterior Claustro Pertence aos núcleos da base Separado do Giro da Ínsula pela Cápsula Extrema Separado do Núcleo Lenticular pela Cápsula Externa

2 sulcos secundários Sulco olfactivo (para o tracto olfactivo) Sulco orbitário

2 giros Giro recto Giros orbitários

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114

o Porção temporo-occipital (lobos homónimos)

Face medial

- em torno do Corpo Caloso - só é visível quando os hemisférios são separados - bordo inferior é interrompido pelas Comissuras Interhemisféricas

2 sulcos secundários Sulco occipito-temporal Sulco colateral (anteriormente – Sulco Rinal)

3 giros Giro occipito-temporal medial Giro occipito-temporal lateral Giro parahipocampal (contínuo com o uncus e giro lingual)

5 sulcos secundários Sulco do cíngulo - acima do Joelho do Corpo Caloso - separa o Giro frontal medial do Giro do Cíngulo Sulco parieto-occipital - separa o Giro cúneo do pré-cúneo Sulco calcarino - atravessa o Lobo occipital - vai da extremidade posterior do Giro do Cíngulo - ao limite posterior do Cúneo Sulco paracentral - separa o Giro Frontal medial do Lóbulo paracentral Sulco marginal

5 giros Giro do Cíngulo - continua com o Giro Parahipocampal (Lobo Límbico) - relaciona-se com as vias olfactivas Giro pré-cúneo -une-se ao Cíngulo pelo Istmo do Cíngulo Lóbulo paracentral - união do Giros pré e pós-central Giro frontal medial Giro cúneo

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115

Comissuras inter-hemisféricas - formações situadas entre os hemisférios - asseguram a comunicação e a coordenação entre os hemisférios - Fissura Cerebral Longitudinal separa os hemisférios e contem a Foice Cerebral - Fissura Cerebral Transversal separa o Mesencéfalo do Telencéfalo

Corpo caloso (F 380)

- constituído por substância branca - na profundidade da Fissura Longitudinal - forma de abóbada, de concavidade inferior - Fibras longitudinais e transversais (associativas) Corpo

- coberto por Indusium Cinzento e pelo Giro do Cíngulo - na face superior existem as Estrias Longitudinais lateral e medial - tem uma forma rectangular (visto de cima) - dá inserção ao Fórnix e ao Septo Pelúcido inferiormente - forma o Tecto dos Ventrículos Laterais

Esplénio - Porção posterior tem uma forma de bordolete (visto de trás)

Joelho (ou genu) - termina no Rostrum - continua-se pela Comissura Anterior e Lâmina Terminal - é contornado pelas Estrias Longitudinais que vão até à Substância Perfurada Anterior

Fórnix (N 112, F 380)

- composto por substância branca - inferior ao Corpo Caloso - superior aos Tálamos e ao III ventrículo Corpo

- tem uma forma de triângulo - Ângulo anterior emergência das Colunas Anteriores - Ângulo posterior emergência das Colunas Posteriores

Page 117: Sebenta de Anatomia

116

- Lateralmente Plexos Coróides dos Ventrículos Laterais - Face inferior Tela Coroideia do III ventrículo - Face superior Septo Pelúcido e Corpo Caloso

Colunas anteriores - separadas pelos Foramen Interventricular - terminam nos Corpos Mamilares

Colunas posteriores (raízes) - contornam o pólo posterior do Tálamo - penetram no Corno Temporal do Ventrículo Lateral - daí seguem um de 2 trajectos:

Fibras transversais - conectam fibras hipocampais de 1 lado ao outro

Fibras longitudinais - entre Giro Hipocampal e Corpo Mamilar (via olfactiva)

Comissura Anterior - constituído por substância branca - inferior ao Rostrum do Corpo Caloso - unido à Lâmina Terminal - prolonga-se lateralmente nos hemisférios cerebrais Porção mediana

- à frente das Colunas do Fórnix - faz parte do bordo anterior do III ventrículo

Porção lateral - terminam nos Corpos Amigdalóides

Fibras associativas - unem os 2 giros do hipocampo

Hipocampo Corpo

amigdalóide Fascículo

lateral

Fímbria do hipocampo Uncus

Fascículo medial

Page 118: Sebenta de Anatomia

117

Septo pelúcido - não é uma comissura interhemisférica - composto por substância branca e substância cinzenta - lâmina vertical entre o Fórnix e o Corpo Caloso - 2 folhetos que encerram o Cavum do Septo Pelúcido (cavidade virtual, que se pode tornar real, abrindo de trás para a frente)

- Bordo superior adere ao Corpo Caloso - Bordo inferior adere ao Fórnix - Face lateral Corno Frontal do Ventrículo Lateral, coberta por Epêndima

Comissura posterior - não é comissura interhemisférica! - por baixo da base do Corpo Pineal - por cima da abertura do Aqueduto do Mesencéfalo Fibras associativas

- intertalâmicas - são quem unem o Pulvinar ao Núcleo Rubro, III ventrículo e Substância Negra

Corpo ou Glândula pineal - não é uma comissura Produz melatonina

- regula o ritmo circadiano - acção antigonadotrófica

- Superiormente Esplénio do Corpo Caloso - Inferiormente Colículos - Anteriormente Tecto do III ventrículo - Lateralmente Veias Cerebrais Inferiores unem-se atrás Grande veia cerebral - Posteriormente Tenda do Cerebelo - ligada ao Tálamo pelas Habénulas - lateralmente a estas está o Trígono Habenular que contém o gânglio homónimo

Base do cérebro (N 107)

Substância perfurada anterior - entre o Tracto Óptico e o Trígono Olfactivo - atravessada pelos ramos centrais das Artérias Cerebral Anterior e Média - recebe estrias longitudinais do Corpo Caloso – Estria Diagonal

Quiasma Óptico - por trás e por baixo do Joelho do Corpo Caloso - Face superior unida à Lâmina Terminal - Ângulo anterior nervos ópticos (II) - Ângulo posterior Tractos Ópticos Corpo Geniculado Lateral

Substância perfurada posterior - substância cinzenta - na Fossa Interpeduncular - passam ramos da Artéria Cerebral Posterior (coroideias posteriores)

Corpos mamilares - eminências circulares de cada lado da linha mediana - anterior à Substância Perfurada Posterior - superior à Tenda da hipófise - recebem fibras das colunas anteriores do Fórnix - Feixe mamilo-talâmico para o Núcleo Anterior do Tálamo

Epitálamo Trígono habenular Comissura inter-habenular Comissura posterior Corpo pineal

Page 119: Sebenta de Anatomia

118

Tuber cinereum - substância cinzenta - prolonga-se por baixo do Infundíbulo - prende a Hipófise - entre

Substância branca Centro semi-oval

- entre o Córtex e os núcleos Fibras de associação

- relacionam-se com as diferentes partes do córtex Fibras comissurais

- relacionam-se com as zonas simétricas dos 2 hemisférios - atravessam o corpo caloso - forceps major, forceps minor e tapetum

Fibras de projecção - do Córtex ao Tronco Cerebral - da Medula Espinhal ao Tálamo e Córtex

Cápsula Interna - posicionada entre os núcleos centrais Braço anterior

- entre o Núcleo Caudado (cabeça) e o Putamen Joelho

- bordo medial do Núcleo Lentiforme Braço posterior

- entre o Tálamo e o Núcleo Lentiforme - prolonga-se posteriormente pela Radiação Óptica (Corpo Geniculado Lateral Sulco Calcarino) - continua-se pela Coroa Radiada

Cápsula externa - entre o Núcleo Lenticular e o Claustro

Cápsula extrema - entre o Claustro e o Lobo da Ínsula

Quiasma óptico Tracto óptico Corpos mamilares

Page 120: Sebenta de Anatomia

119

Subtálamo (F 368)

- corresponde à união entre o Diencéfalo e o Mesencéfalo - estação sináptica das vias extrapiramidais

Núcleos cinzentos Núcleo subtalâmico

- inibe o Globo Pálido - entre o bordo inferior da Cápsula Interna e a Zona Incerta - comunica com o Globo Pálido

Zona Incerta - fibras entrecruzadas com células nervosas - caudal ao Núcleo Reticular do Tálamo

Relações

Substância branca - Comissura Subtalâmica - Ansa lenticular comunicação entre Núcleo Lentiforme e Tálamo (Núcleos Ventrais) - Ansa peduncular comunicação entre Tálamo e Claustro

Superiormente Tálamo Lateralmente Cápsula Interna Medialmente III Ventrículo Anteriormente Hipotálamo Inferiormente Pedúnculos Cerebrais

Page 121: Sebenta de Anatomia

120

Sistematização do cérebro

Paleoencéfalo - domínio da personalidade inconsciente e involuntária (humor, reacções espontâneas, …) - compreende

Centro sensitivo-motor

Tálamo - participa no controlo motor - é uma relé de todas as sensibilidades - encontra-se dividido em núcleos pela Lâmina Medular Interna, que é estanque e tem forma de Y - os Núcleos Reticulares encontram-se separados pela Lâmina Medular Externa Grupos nucleares do tálamo

Anterior (NA) - Feixe Mamilo-Talâmico (aferente) - Giro do Cíngulo (eferente)

Mediais o Dorsal-medial (NDM)

- comunica com o Córtex Pré-frontal e Hipotálamo o Ventral-medial (NVM)

- recebe a Sensibilidade Interoceptiva

Laterais Ventral

o Póstero-lateral (NVPL) - recebe todas as sensibilidades excepto Proprioceptiva Inconsciente - recebe os Feixes Espinho-Talâmico Anterior e Lateral (Lemnisco Medial) - envia a informação recebida para o Giro Pós-central

o Póstero-medial (NVPM) - recebe o Feixe Trigémino-Talâmico (sensibilidade da face) - recebe o Feixe do Tracto Solitário (Via Gustativa) - envia a informação recebida para o Giro Pós-central

o Lateral (NVL) - recebe o Feixe Dentato-Talâmico (Via do Neocerebelo) - recebe o Feixe Medial do Globo Pálido - envia a informação recebida para o Córtex Pré-motor (área 6)

o Lateral anterior (NVLA) - recebe o Feixe Lateral do Globo Pálido - envia a informação recebida para o Córtex Pré-motor (área 6)

Dorsal o Lateral Dorsal o Lateral Posterior

- núcleos talâmicos - Lobo Parietal

Reticular - por fora da Lâmina Medular Externa

Interlaminares - na espessura da Lâmina Medular Interna o Centromediano

- maior núcleo intralaminar - envolvido no controlo dos níveis de concentração e alerta

Diencéfalo Corpo estriado

O tálamo recebe todas as vias sensoriais excepto a

via olfactiva

Tractos descendentes provenientes do córtex

normalmente não passam no tálamo

Page 122: Sebenta de Anatomia

121

- recebe aferências de:

- projecta-se no Lobo Frontal (Córtex Pré-motor)

Pulvinar

Mediano - Substância Cinzenta central - encontra-se para dentro dos Mediais - engloba a Adesão Intertalâmica

Radiação talâmica

Funções - controlo do comportamento e da personalidade involuntária (humor) - participa em processos endócrinos, motivacionais e de memorização - recebe quase todas as vias ascendentes e transmite-as ao Córtex - coordenação dos movimentos automáticos

Lesões

- perda de sensibilidade no lado contralateral do corpo o Síndrome Talâmico

- o Tálamo não consegue encaminhar a informação das Vias Ascendentes para o Córtex correctamente, anulando o efeito ‘controlador’ do Córtex - qualquer estímulo leva a dor intensa

o Movimentos coreicos - curtos e rápidos (desaparece o papel moderador do Córtex)

o Movimentos atetósicos - amplos e lentos (desaparece o papel moderador do Córtex)

o Lesão nas vias de projecção para o Córtex - distúrbios na percepção dos sentidos

o Mão talâmica - pulso e Articulações Metacarpo-Falângicas flectidos - Articulações Interfalângicas estendidas

o Lesão das fibras associativas - desinteresse do mundo exterior - instabilidade - diminuição da actividade - perturbações intelectuais

Anterior Tálamo-Frontal Superior Tálamo-Fronto-Parietal Póstero-Superior Tálamo-Parietal Posterior Tálamo-Occipital Inferior Tálamo-Temporal

Núcleo Emboliforme Formação Reticular Feixe medial do Globo Pálido Cabeça do Núcleo Caudado

Page 123: Sebenta de Anatomia

122

Corpo estriado - recebe aferências de todo o Córtex

- Pré-frontal programação da motricidade e elaboração de estratégias nas actividades voluntárias - Parietal execução de gestos a partir de ordens - Parietais, Temporais e Occipitais identificação de dados do mundo exterior

Vias aferentes - Subst. Negra fibras nigro-estriadas Estriado - Tálamo fibras tálamo-estriadas Estriado - Córtex fibras cortico-estriadas Estriado

Vias eferentes - Pálido Tronco Cerebral Medula Espinhal - Pálido Ansa Lenticular Tálamo e Hipotálamo - Pálido Feixe Lenticular Região Subtalâmica (Formação Reticular e Núcleo Rubro)

Complexo nuclear estriado-pálido-tálamo - importante na: motricidade semi-voluntária e automática motricidade voluntária

Funções o Pálido

- controlo do tónus muscular (inibe reflexo da postura) - controlo dos movimentos automáticos

o Estriado - inibe funções do Pálido - pode ser inibido pelo Córtex e Substância Negra

Lesões o Pálido e Substância Negra Síndrome hipocinético (Parkinson)

- pode ser causada por deficiência na produção de dopamina - acinesia (perda de movimento automáticos) - hipertonia - tremores em repouso - bradicinesia (lentidão em executar movimentos)

o Estriado e Núcleo Subtalâmico Síndrome hipercinético

- núcleo subtâlamico também inibe o Pálido - pode ser causada por deficiência na produção de Acetilcolina e GABA - Coreia movimentos curtos e rápidos - hipotonia

Circuitos motores da programação e

execução do movimento

Substância Negra inibe o Pálido (Dopamina)

Córtex

inibe o Estriado

Estriado Inibe o Pálido

Estriado fibras estriatopálidas Pálido

Atetose Movimentos lentos e vermiculares

Aparecem principalmente nos dedos

Page 124: Sebenta de Anatomia

123

Centro superior da vida vegetativa

Hipotálamo e Hipófise o Fibras aferentes

- Hipocampo Fórnix Corpo mamilares - Formação Reticular e centro olfactivo Feixe Telencefálico Medial - Núcleo Amigdalóide Estria Terminal - Pedúnculos dos Corpos Mamilares

o Fibras eferentes - Feixe Longitudinal Dorsal - Feixe Mamilotegmental - Feixe Mamilotalâmico Sistema Límbico - Tracto Hipotálamo-Hipofisário Neurosecrecção - Tracto Túbero-Infundibular Produção de hormonas

o Funções

Controlo hormonal

Controlo vegetativo - homeostase - função cardiovascular - função respiratória - função digestiva

Controlo comportamental - alimentar (anorexia vs hiperfagia) - afectivo - motor

Neurosecreção

Controlo hormonal

A ADH leva à abertura de aquaporinas no túbulo

contornado distal, impedindo que a urina seja

eliminada pelo tubo colector

A ocitocina leva à contracção muscular do

útero e do mamilo

Núcleo paraventricular (Hipotálamo)

Núcleo supra-óptico (Hipotálamo)

Ocitocina

ADH (vasopressina)

Neurohipófise Por axónios

(Tracto Hipotálamo-Hipofisiário)

Page 125: Sebenta de Anatomia

124

Produção de hormonas

Centro secretor

Membrana ependimária do III ventrículo

Glândula pineal o Produz melatonina ( durante a noite)

- sincroniza o relógio biológico - combate a insónia - antioxidante - acção antigonadotrófica (frena a glândula) Retina núcleo supraquiasmático glândula pineal (fotoestimulação)

Hipófise o Controlada pelo hipotálamo por 2 vias

- hipotálamo-hipofisária (ver neurosecrecção) - Portal hipofisária Artéria Hipofisária Superior da Artéria Carótida Interna

Centros do Rinencéfalo

Corpo Amigdalóide - nas Colunas Posteriores do Fórnix - recebe fibras do Tracto Olfactivo - envia fibras para o centro olfactivo do Hipocampo

Corpo Mamilar - recebe fibras olfactivas do Fórnix - envia fibras olfactivas para o Tálamo (Feixe Mamilotalâmico) - envia fibras olfactivas para núcleos motores do Tronco Cerebral (Feixe Longitudinal Dorsal)

E porque motivo se chama neurohipófise?

Porque o envio das hormonas do hipotálamo (ocitocina e ADH) para essa

porção da hipófise é feita por axónios! (o professor pergunta isto…)

O que é o sistema porta hipofisário? Os neuropéptidos provenientes do hipotálamo são lançados para o plexo capilar primário que surge da

ramificação da artéria hipofisária superior. Estes capilares unem-se e voltam a ramificar-se, dando

origem ao plexo capilar secundário. Neste já existem trocas gasosas, passando o sangue a ser venoso. Daí, os neuropéptidos passam para a veias hipofisárias.

Núcleo dorsomedial (Hipotálamo)

Núcleo infundibular (Hipotálamo)

Neuropéptidos ACTH GH Tirotrofina Gonadotrofina Prolactina

Adenohipófise Pela Artéria Hipofisária Superior

Núcleo ventromedial (Hipotálamo)

Activação ou iniciação da produção de hormonas

Page 126: Sebenta de Anatomia

125

Neoencéfalo - representa a personalidade individual - compreende:

Arqueopálio - rinencéfalo muito desenvolvido (animais macrosmáticos) - córtex rudimentar o 2 camadas Paleocórtex (periferia) Arqueocórtex (central)

- atrofiado no Homem - projecta-se no Tronco Cerebral - ocupa uma pequena porção (Uncus)

Neopálio - rinencéfalo pouco desenvolvido (animais microsmáticos – Homem) - Isocórtex maior parte do cérebro (95%) - surge a vontade, vida pessoal e psíquica - origem das vias da motricidade voluntária e extrapiramidais - chegam vias sensitivas e sensoriais consciência

Localizações motoras Centros de motricidade voluntária

o Giro pós-central (área 4) Córtex Motor Primário

Vias

Centros de motricidade involuntária o Córtex Frontal Superior (área 6 e 8) o Córtex Temporal Médio (área 21) o Córtex Parietal Superior (áreas 5 e 7)

- funções motoras associativas

Feixes

Vão para Centros óculo-cefalo-giros

o Giro Frontal Médio (área 9) o Giro Angular (área 39) -sinergia entre movimentos do bolbo ocular e pescoço

Córtex rudimentar até ao quinto mês intra-uterino Substância branca subcortical Comissuras interhemisféricas

Cortico-espinhal Cortico-nuclear (4 e 8)

Fronto-ponto-cerebelosos Parieto-ponto-cerebelosos Temporo-ponto-cerebelosos

Corpo Estriado Núcleos Pontinos Cerebelo

Page 127: Sebenta de Anatomia

126

Localizações sensoriais Área auditiva

o Giro Transverso Anterior (área 41) recepção simples o Giro Temporal Anterior (área 42) percepção e gnosia

Área visual

o Lobo occipital – Sulco Calcarino (área 17) recepção simples o Lobo occipital – Área Peri-estriada (área 18) percepção o Lobo occipital – Área Para-estriada (área 19) gnosia

Área gustativa o Giro Pós-central – parte baixa (área 43)

Área vestibular o Giro Temporal Superior (áreas 21 e 22)

Área olfactiva o Giro Parahipocampal – Uncus o Área subcalosa (paraolfactiva)

Localizações sensitivas o Giro Pós-central (área 3) recepção o Giro Pós-central Posterior (áreas 1 e 2) percepção o Lóbulo Parietal Superior (área 5) gnosia

- zonas de sensibilidade mais fina são mais amplas (ex: mãos, face)

Centros ímpares ou associativos Hemisfério dominante

- em pessoas destras, habitualmente é o esquerdo (95%) - percepção da linguagem - habilidade manual - escrita o Compreensão da linguagem

- Giro Temporal Superior (área 22) Área de Wernicke - Lesão afasia sensitiva

o Expressão da linguagem - Giro Frontal Inferior (áreas 44 e 45) Área de Broca - Porções

- Lesão afasia motora

Triangular Opercular

Page 128: Sebenta de Anatomia

127

Substância branca Centro semi-oval

o Fibras de associação

o Fibras comissurais

Forceps minor (anterior) - Joelho do Corpo Caloso Lobo Frontal

Forceps major (posterior) - Esplénio do Corpo Caloso Parietal, Temporal e Occipital

o Fibras de projecção

Coroa radiada (ascendentes e descendente) - Tálamo, Corpo Estriado e Região Subtalâmica

Cápsula interna o Braço anterior

o Braço posterior

o Joelho - Feixe Cortico-Nuclear do Fascículo Geniculado (giro pré-central núcleos motores do nervos cranianos)

o Segmento retrobulbar

Formações interhemisféricas o Neopálio Corpo Caloso o Arqueopálio

Fascículo Longitudinal Superior (Frontal-Parietal-Occipital) Fascículo Longitudinal Inferior (Temporo-Occipital) Cíngulo (Fronto-Temporal) Fascículo Uncinado (Fronto-Temporal)

Fórnix Septo Pelúcido Comissura Anterior

Feixes fronto-pônticos Radiações talâmicas anteriores Feixe piramidal Radiações talâmicas centrais Feixes parieto-pônticos

Fibras Ópticas (Corpo Geniculado Lateral) Fibras Occipito-Pônticas

Page 129: Sebenta de Anatomia

128

Sistema Límbico (N106, 107, 112 / F 376-386)

Encontra-se na Face Medial do Cérebro

É responsável pelo Controlo das Emoções, Memória, Aprendizagem, Intelecto.

Não há 6 camadas (isocórtex) há 3 camadas (Allocortex)

Constituído por: o Lobo Límbico:

Área subcalosa Giro cingular Giro parahipocampal Hipocampo

o Tálamo Apenas algumas partes Essencialmente o Núcleo Anterior

o Hipotálamo o Área Septal (ver Feneis 388.24) o Núcleo Amigdalóide o Formação Reticular (do Mesencéfalo)

Circuíto de Papez:

o Parte racional do circuito Córtex (Giro Cingular)

Hipocampo – memória e aprendizagem Razão e Intelecto

o Parte irracional do circuito Hipotálamo

Homeostase, Hormonas

Hipocampo Fornix Hipotálamo

(Corpos Mamilares)

Tálamo (NA)

Giro Cingular Giro parahipocampal

Page 130: Sebenta de Anatomia

129

Sistema Vegetativo (N 167-168)

Inerva as vísceras (músculo liso)

Tem 2 partes:

Simpático Fibras adrenérgicas Têm origem Toracolombar (C8-L2) Formam o Tronco Látero-vertebral

Parassimpático Fibras colinérgicas Originam-se no Tronco Cerebral e na Medula

ao nível de S2, S3 e S4 Núcleos do TC:

Núcleo parassimpático acessório (III) o Fibras passam no ramo inferior

do nervo oculomotor

Núcleo salivar superior (VIII)

Núcleo salivar inferior (IX)

Núcleo dorsal do vago (X)

1ºN - Base da ponta

posterior da SC da ME 2ºN – junto à víscera Ramo Comunicante Branco

2ºN – cadeia

Látero-Vertebral vasos

Pêlos e

Glândulas Sudoríparas

Ramo Comunicante

Cinzento

Síndrome de Horner - lesão do Sistema Simpático - causa Ptose Palpebral (músculo tarsal tem inervação simpática) - causa Miose (Dilatador da Pupila tem inervação simpática) - não confundir com Lesão do Oculomotor (Ptose + Midríase)

Page 131: Sebenta de Anatomia

130

Reflexos

Reflexos Proprioceptivos, Tendinosos e de Estiramento

Bicipital (C5-C6)

Tricipital (C6-C7)

Patelar (L3-L4)

Trícipite Sural (S1-S2)

Reflexos enteroceptivos cutâneos

Cutâneos abdominais (T7-T12)

Cremasteriano (L1-L2)

Cutâneo anal (S3-S4)

Cutâneo plantar (S1)

Reflexos de vida vegetativa

Centros bronco-pulmonares: tosse (T3 - T5)

Centros esplâncnicos abdominais – reflexos digestivos (T5-T11)

Centros esplâncnicos pélvicos – reflexos digestivos (T11-L2)

Centros pelvi-perineais – reflexos de reprodução (L3-S3)

Células de Renshawn efeito inibitório nas células musculares durante o tétano.

O professor deu isto na aula mas

digamos que podes considerar-te

azarado se alguém te perguntar

isto na oral.

Page 132: Sebenta de Anatomia

131

Pares Cranianos

Nervo Olfactivo (I) (N119 / F399)

Nervo sensorial

Origem: o 1.º Neurónio – encontra-se nas células da Mucosa Olfactiva (bipolares)

- na porção póstero-superior da Parede Lateral e Conchas

Trajecto: o as fibras reúnem-se formando uma Rede Plexiforme o os Filetes Olfactivos resultantes atravessam a Lâmina Crivada do Etmóide o 2.º Neurónio – encontra-se nas Células Mitrais do Bolbo Olfactivo o daí originam-se as Faixas Olfactivas que se dividem em:

Estrias Laterais (brancas) - vedadeira via sensorial

Lateral – Giro Hipocampal

Medial – Giro Subcaloso Estrias Mediais (cinzentas) - muito rudimentares

Substância Perfurada Anterior o 3.ºNeurónio

Estrias Laterais Córtex Temporal (Uncus e Corpo Amigdalóide) Estrias Mediais Córtex Frontal

Clínica: o Anósmia

- perda de olfacto - pode ser causado por traumatismo craniano (fractura da Lâmina Crivada do Etmóide)

o Hipósmia - diminuição do olfacto - provocado por Sinusite

o Cacósmia - cheira mal (alteração do sentido do olfacto)

Page 133: Sebenta de Anatomia

132

Nervo Óptico (II) (N 120/ F399) Nervo Sensorial

Origem: o Recepção da informação visual nos Cones (Cores) e Bastonetes (Penumbra e visão periférica) o 1.º Neurónio – encontra-se nas Células Bipolares da Retina o 2.ºNeurónio – encontra-se nas Células Ganglionares da Retina o Os Axónios dos 2ºs neurónios convergem na Papila do Disco Óptico o Atravessam a Coróide e a Esclera o Forma-se o Nervo Óptico

Trajecto: o 4 porções:

Intraocular: atravessa a Coróide e a Esclerótica Orbitária: na Cavidade Orbitária (dirige-se para trás e para dentro) Intracanelar: No Canal Óptico (cruzado pela Artéria Oftálmica) Intracraneana: na Fossa Craniana Média (acima tem o nervo olfactivo e abaixo a Tenda da

Hipófise) o Atinge a Sella Turcica onde forma o Quiasma Óptico

o Seguidamente as fibras formam as Faixas ópticas constituindo o Tracto Óptico o 3.º Neurónio - encontra-se no Corpo Geniculado Lateral

- daí as fibras podem ter 2 destinos:

Clínica: o Secção do nervo óptico Cegueira

o Secção do Quiasma Fibras nasais cortadas

50% das Fibras maculares cortadas

o Secção do Tracto Óptico Fibras nasais do lado oposto à secção, lesadas Fibras temporais homolaterais lesadas

Tipo de Fibras Posição na Retina Cruzam no Quiasma? Responsáveis pelos Campos Visuais

Temporais + Externas Não Internos

Nasais + Internas Sim Externos

Maculares Na Mácula 50% cruza Visão Central (zona deresolução máxima)

Sulco Calcarino do Lobo Occipital

(Córtex Visual)

Colículos Superiores Integram o reflexo fotomotor

perda dos campos visuais externos (Hemienópsia Bitemporal)

perda dos campos visuais opostos à Faixa Óptica seccionada (Hemienópsia Lateral Homónima)

Page 134: Sebenta de Anatomia

133

Nervo Oculomotor (III) (N121 / F399)

Nervo motor

Origem Real: o Núcleo Principal:

À frente do Aqueduto do Mesencéfalo Por trás da Substância Negra Ao nível do Colículo Superior

o Núcleo Parassimpático Acessório (Edinger-Westphal) Atrás do núcleo principal Fibras pré-ganglionares Gânglio Ciliar Fibras pós-ganglionares nervos pequenos ciliares (Músculos Ciliares e Constrictor da Pupila)

Origem aparente: o Face anterior do Mesencéfalo (Fossa Interpeduncular) o Recebe Fibras Tectobulbares do Colículo Superior (ver reflexo fotomotor) o Recebe fibras do Fascículo Longitudinal Medial comunica com o Troclear (IV) e Abducens (VI)

Trajecto: o Abandona a Fossa Interpeduncular e dirige-se para diante o Passa lateramente ao Processo Clinóide Posterior e superiormente ao Dorso da Sela o Penetra no Seio Cavernoso (parede externa) o Entra na Cavidade Orbitária pela Fissura Orbitária Superior por dentro do Anel Tendinoso Comum

Ramos: o Superior

o Inferior

o Raíz motora parassimpática Gânglio Ciliar

Clínica: o Paralisia do nervo oculomotor

Todos os músculos do Olho paralisados, excepto: Dificuldade de focagem

Músculo Ciliar lesado não há Acomodação da Lente Estrabismo Divergente Ptose Palpebral (Queda da Pálpebra) Midríase (dilatação da pupila)

Esfíncter da Pupila perde a sua inervação parassimpática o Reflexo fotomotor

Utilizado para pesquisar a funcionalidade do nervo oculomotor Foco de luz (pupila) nervo óptico sinapse no núcleo pré-tectal sinapse no núcleo

parassimpático do Oculomotor n. oculomotor miose (contracção da pupila) Em condições normais: Estimulo unilateral resposta bilateral

o Reflexo de acomodação Objecto distante nervo óptico Córtex Visual Córtex Frontal sinapse no núcelo

parassimpático do Oculomotor n. oculomotor regulação da contracção do músculo ciliar Em condições normais: Estimulo unilateral resposta bilateral

Músculo Ciliar (fibras circulares)

Esfíncter da Pupila

Recto Inferior

Recto Medial

Oblíquo inferior

Recto Superior Elevador da Pálpebra Superior

Oblíquo Superior

Recto Lateral

Page 135: Sebenta de Anatomia

134

o Reflexo corneano Piscar palpebral em resposta a luz muito intensa Sensibilidade corneana nervo oftálmico (V1) Fascículo Longitudinal Medial sinapse no

núcleo motor do Facial n. facial contracção do Orbicular do Olho Em condições normais: Estimulo unilateral resposta bilateral

o Reflexos Corporais Visuais Movimentos realizados pelos olhos ou cabeça quando se lê, fechamento protector dos olhos e

movimentos do braço para protecção Leitura nervo óptico Colículo Superior Via Tecto-Espinhal e Tecto-Bulbar núcleos motores

cranianos e neurónios das colunas cinzentas anteriores movimentação de olhos o Reflexo Cutâneo Pupilar

Dilatação Pupilar em resposta à dor Dor fibras sensoriais aferentes neurónios simpáticos pré-ganglionares ramos

comunicantes brancos gânglio simpático cervical fibras pós-ganglionares plexo carotídeo nervos ciliares longos músculo dilatador da pupila

Page 136: Sebenta de Anatomia

135

Nervo Troclear (IV) (N 121 / F 399)

Nervo motor

Origem Real o Núcleo inferior ao do Nervo Oculomotor (III) o Ao nível dos Colículos Inferiores o Tem as mesmas aferências corticonucleares que o n. oculomotor

Origem Aparente o É o único com emergência dorsal o Cruza logo a seguir à origem o Lateral ao Freio do Véu Medular Superior

Trajecto (recebe comunicação do plexo carotídeo simpático; recebe comunicação do nervo oftálmico (V1)): o Contorna os Pedúnculos Cerebrais e os Pedúnculos Cerebelosos Superiores o Atravessa o Seio Cavernoso abaixo do Oculomotor (parede externa) o Cruza o nervo Oculomotor tornando-se superior o Penetra a Fissura Orbitária Superior por fora do Anel Tendinoso Comum

Ramos o Oblíquo Superior

Clínica o Parésia do nervo troclear

desvio ocular para cima e para dentro

Nervo Abducens (VI) (N121/F405)

Nervo motor

Origem real o Núcleo na Fossa Rombóide (Ponte) o Ao nível do Colículo Facial o Tem as mesmas aferências corticonucleares que o n. oculomotor

Origem Aparente o Emergência anterior o No Sulco Medulo-Pôntico

Trajecto o Dirige-se súpero-medialmente o Cruza o bordo superior do Rochedo do Temporal (medialmente ao Seio Petroso Superior) o Atravessa o Seio Cavernoso abaixo da ACI o Alcança a Fissura Orbitária Superior por dentro do Anel Tendinoso Comum

Ramos o Recto lateral

Clínica o Parésia do nervo abducens

Estrabismo convergente (olho orientado para dentro) Diplopia – 2 imagens (supostamente isto acontece em qualquer tipo de Estrabismo)

Page 137: Sebenta de Anatomia

136

Nervo Trigémio (N122 / F399)

Nervo misto

Origem Real o Núcleo motor (mastigador)

Eminência Medial do Pavimento do IV Ventrículo 2.ª coluna (Somatomotora Branquial)

o Fibras Sensitivas 1.ºNeurónio – encontra-se no Gânglio Trigeminal

Alojado no Apex da Face Ântero-superior do Rochedo 2.ºNeurónio

Núcleo Sensitivo Principal (sensibilidade epicrítica) o Porção posterior da Ponte o 6.ª coluna

Núcleo Espinhal (sensibilidade termoalgésica) o Inferior ao Principal o Entre a MA e a ME (até C2)

Núcleo Mesencefálico (sensibilidade proprioceptiva consciente) o Superior ao Principal o Entre a Ponte e o Mesencéfalo

Origem Aparente o Emergem da face anterior da Ponte o Raiz motora é menor e mais medial o Dirigem-se para a frente até ao Gânglio Trigeminal

Ramos o V1 – Oftálmico o V2 – Maxilar o V3 – Mandibular

Nervo Oftálmico (V1) (F 398- 401 / N 86, 132)

Nervo Sensitivo

Divisão superior do trigémio

Origem: o Extremidade ântero-medial do Gânglio

Trigeminal

Trajecto o Dirige-se para a frente (lateral à ACI e ao nervo oculomotor) o Entra na Fissura Orbitária Superior por fora do Anel Tendinoso Comum

Ramos o Nervo tentorial

Dá um ramo meníngeo recorrente o Nervo frontal

Passa por fora do Anel Tendinoso Comum nervo supraorbitário – Conjuntiva, Pálpebra superior, Seio Frontal e Fronte nervo supratroclear – Conjuntiva, Pálpebra superior

o Nervo lacrimal Passa por fora do Anel Tendinoso Comum Dirige-se para a Glândula Lacrimal Tem um ramo que anastomosa com o nervo zigomático

Page 138: Sebenta de Anatomia

137

o Nervo nasociliar

Passa no Anel Tendinoso Comum Ramo para o Gânglio Ciliar Nervo etmoidal posterior – Seio Esfenoidal e células etmoidais posteriores Nervo etmoidal anterior – mucosa nasal e pele do nariz Nervos longos ciliares (parassimpáticos) Nervos curtos ciliares Nervo infratroclear – Pálpebra Inferior

Nervo Maxilar (V2) (F 400 – 403/ N 45, 133) sensibilidade da zona geniana

Nervo sensitivo

Origem o divisão intermédia do nervo trigémio (V)

Trajecto o Atravessa o Foramen Redondo o Cruza a Fossa Pterigopalatina na sua parte superior o Entra na Cavidade Orbitária pela Fissura Orbitária Inferior o Penetra no Foramen Infraorbitário

Ramos o Nervo meníngeo o Nervo zigomático

Nervo zigomaticotemporal Nervo zigomaticofacial Ramo comunicante com o Nervo lacrimal

o Nervos alveolares (dentes e seio maxilar): Póstero-superiores Médios e supriores Ântero-superiores

o Nervo pterigopalatino Forma o Gânglio Pterigopalatino

Encontra-se na Fossa Pterigopalatina

Logo abaixo do Nervo Maxilar (V2)

> gânglio parassimpático periférico

Ramos orbitários

Nervos palatinos (grande e pequeno) anastomosam com o nasopalatino

Nervos nasais

Nervo nasopalatino (Foramen Esfenopalatino Canal Incisivo)

Ramo faríngeo o Nervo infraorbitário (terminal)

Ramos nasais Ramos palpebrais inferiores Ramos labiais superiores Ramos jugais

Gânglio Ciliar

- na porção externa do Nervo Óptico (II)

Raiz sensitiva- n. nasociliar

Raiz motora parassimpática – N. Oculomotor (III)

Raiz simpática – Plexo Carotídeo

Nervos ciliares curtos – veiculam todas estas inervações até ao Olho

Page 139: Sebenta de Anatomia

138

Nervo Mandibular (V3) (F 402-405/ N46) sensibilidade da zona mandibular

Maior divisão do nervo trigémio (V)

2 Raízes o Sensitiva – origina-se no Gânglio Trigeminal e emerge no Foramen Oval o Motora – passa sob o Gânglio Trigeminal e junta-se no Foramen Oval

Ramos o Ramo meníngeo

Reentra no Foramen Espinhoso com a Artéria Meníngea Média o Nervos temporais profundos (anterior e posterior) o Nervo massetérico o Nervo pterigóideu (lateral e medial) o Nervo tensor do véu do palato – puxa a Cartilagem da Tuba para fora, dilatando-a o Nervo tensor do tímpano o Nervo bucal (sensitivo) o Nervo auriculotemporal

Anastomosa com 1 ramo do nervo facial Ramo articular Ramo auricular anterior Ramos temporais superficiais

o Nervo lingual – Terminal Sensibilidade 2/3 anteriores da Língua Comunica com o Gânglio Submandibular Nervo da Corda do Tímpano (Chorda tympani)

o Nervo alveolar inferior – Terminal Foramen Mandibular Foramen Mentoniano Inerva Milohioideu e ventre anterior do Digástrico Nervo mentoniano

Gânglio Ótico:

Medial ao nervo mandibular (V3)

Logo abaixo do Foramen Oval

Page 140: Sebenta de Anatomia

139

Nervo Facial (VII) (N123/F406)

Nervo misto

Funções o Inervação motora dos músculos da mímica, estapédio, estilo-hioideu e ventre posterior do digástrico o Gosto do 2/3 anterior da língua o Secreção lácrimo-muco-nasal

Origem Real o Núcleo motor

No Colículo do Facial (também engloba o Nervo Abducens) Na 2.ª coluna

Origem Aparente o Sulco Medulo-Pôntico

Em posição lateral

Trajecto o Cruza o Ângulo Ponto-Cerebeloso o Atravessa o Meato Acústico Interno o Rochedo do Temporal (3 Porções)

1.ª porção – Labiríntica 2.ª porção – Timpânica 3.ª porção – Mastoideia

o Foramen Estilomastoideu o Glândula Parótida (separa o Lobo Superficial do Profundo)

Ramos o Intrapetrosos

Ramo auricular Nervo grande petroso (vai para o Gânglio Pterigopalatino) Nervo estapédio Nervo Corda do Tímpano

o Extrapetrosos Nervo para o ventre posterior do Digástrico Nervo Estilo-hioideu Nervo auricular posterior Ramo anastomótico com o nervo vago (X) Ramo anastomótico com o nervo glossofaríngeo (IX)

o Ramos terminais Nervo temporo-facial

Ramos temporais

Ramos zigomáticos

Ramos bucais Nervo cervico-facial

Ramo marginal

Ramo cervical

Fibras Secretoras o Núcleo salivar superior (Inervação Parassimpática)

Cotovelo

Joelho*

Nervo da Corda

do Tímpano

Gânglio

Submandibular

Glândula Submandibular

Glândula Sublingual

*Gânglio Geniculado

Nervo Facial (VII)

Page 141: Sebenta de Anatomia

140

o Núcleo Salivar Superior (Inervação Parassimpática)

Fibras Sensitivas o Concha e parede posterior da aurícula

o Nervo auricular posterior

o Nervo facial (VII)

o Gânglio Geniculado – 1.ºNeurónio

Fibras Sensoriais o 2/3 anteriores da língua

o Nervo Corda do Tímpano

o Gânglio Geniculado – 1.ºNeurónio

o Núcleo solitário – Gustativo Superior

Clínica o Paralisia do nervo facial (VII)

Causada por: Lesão na Glândula Parótida Ferida incisiva na face Fractura do Temporal Tumores intracraneanos Inflamação

Provoca: Pálpebras abertas Incapacidade de produzir lágrimas pode levar à perda do Olho Perda do paladar nos 2/3 anteriores da língua perda de sensibilidade na zona respectiva

Nervo Grande Petroso Gânglio

Pterigopalatino

Nervo do Canal

Pterigóide

Nervo

Zigomático Nervo Petroso Profundo

Glândula Lacrimal

Mucosa Nasal

Nervo Facial (VII)

Page 142: Sebenta de Anatomia

141

Nervo Vestibulo-Coclear (VIII) (N 96, 124/ F408)

Nervo Sensorial

2 porções: o Nervo coclear – impressões auditivas (Ouvido Interno) o Nervo vestibular – impressões responsáveis pelo equilíbrio

Origem Real: o Nervo Coclear

1.º Neurónio – Gânglios Cocleares

Dendrites nas células ciliadas (estereocilios)

Produzem impulsos quando a membrana tectórea toca neles 2.º Neurónio – Núcleos Cocleares (no Tronco Cerebral)

o Anterior o Posterior

3.º Neurónio – Corpo Geniculado Medial 4.º Neurónio – Giro Temporal Superior (área 41/42)

o Nervo Vestibular (Via do Arquecerebelo) 1.º Neurónio – Gânglio Vestibular

o Nervo vestibular superior Canais Semicirculares Anterior e Lateral Utrículo

o Nervo vestibular inferior Canal Semicircular Posterior Sáculo

2.º Neurónio – Núcleos vestibulares (noTronco cerebral)

No Pavimento do 4.º Ventrículo o Anterior o Posterior o Medial o Lateral

Origem Aparente: o Sulco Medulo-Pôntico

Em posição lateral Lateralmente ao nervo facial (VII)

Reflexo estapedial o Utilizado para medir a audição em doentes não cooperantes o Som muito intenso nervo coclear núcleo olivar superior núcleo motor do facial nervo facial nervo estapédio contracção do músculo estapédio enrijecimento da Membrana Timpânica

o Ao medir o espessamento da membrana timpânica pode-se calcular o nível de audição

Lemnisco

Lateral

O Meato Acústico Interno encontra-se dividido em 4 quadrantespela passagem das seguintes estruturas:

Ântero-inferior nervo coclear

Póstero-inferior nervo vestibular inferior

Ântero-superior nervo facial (VII)

Póstero-superior nervo vestibular superior

Page 143: Sebenta de Anatomia

142

Nervo Glossofaríngeo (IX) (N 125/ F 408)

Nervo misto

Tem 2 gânglios, um superior e outro inferior

Atravessa o Foramen Jugular

Fibras motoras: o Origem real

Núcleo ambíguo

Na MA

2.º Coluna o Origem aparente

Na face anterior da MA (entre o Vestibulococlear e o Vago) No Sulco Lateral Dorsal (parte superior) Atrás da Oliva

o Passa no Foramen Jugular o Inerva nomeadamente o Músculo Constrictor Superior da Faringe o Algumas fibras juntam-se ao Nervo Vago e formam o Plexo Faríngeo

Fibras sensitivas o Inerva:

1/3 posterior da Língua Orofaringe Nasofaringe Laringofaringe (não totalmente)

o Gânglio inferior e superior – 1º Neurónio o Nucleo do Trigémio (?) – 2º Neurónio

Fibra secretoras o Núcleo Salivar Inferior

3.ª coluna o Nervo Glossofaríngeo

o Nervo Timpânico

o Nervo Pequeno Petroso

o Gânglio Ótico

o Glândula Parótida

Fibras sensoriais o Núcleo do tracto solitário – Gustativo Inferior

Na parede rostral 5ª coluna

o Gosto do 1/3 posterior da língua

Ramos o Nervo timpânico

Trajecto: Gânglio inferior Canal Timpânico parede inferior da Cavidade Timpânica Promontório

2 ramos anteriores: para a Tuba Auditiva e Carotico-timpânico 2 ramos superiores: Plexo Timpânico e nervo pequeno petroso* 2 ramos posteriores: Janela Coclear e Janela Vestibular

*Passa no Foramen Oval com:

- Art. Meníngea Acessória

- N. Mandibular (V3)

constitui a raiz parassimpática do Gânglio Ótico

Page 144: Sebenta de Anatomia

143

o ramo comunicante com o Nervo Facial (VII) o ramo comunicante com o n. auricular do Nervo Vago (X) o ramos faríngeos o ramos do Seio Carotídeo o Nervo estilofaríngeo o Nervo estiloglosso o Ramos tonsilares o Nervos linguais (terminais)

na base da língua

Inerva o Fibras Motoras:

Estilofaríngeo Estiloglosso Constrictor Superior da Faringe

o Fibras sensoriais: Gosto do 1/3 posterior da língua

o Fibras sensitivas 1/3 posterior da Língua Orofarínge Nasofaringe Parte da Laringofaringe

o Fibras secretoras Glândula Parótida

Clínica o Lesão no Glossofaríngeo (IX)

Assimetria da Úvula Sinal da cortina*

Nervo Vago (N 126/ F410)

Nervo misto (muito extenso)

Tem 2 gânglios, superior e inferior

Fibras motoras o Origem Real

Núcleo Ambíguo (entre os núcleos do IX e XI)

Fibras Sensitivas o 1.º Neurónio – nos Gânglios o 2.º Neurónio – Núcleo Espinhal do Trigémio

Fibras sensoriais o Responsáveis pelo gosto na Epiglote o Núcleo do Tracto Solitário

Fibras vegetativas o Conduzem estímulos viscerais (parassimpáticos) o Núcleo dorsal do vago

Fibras secretoras o Estimulam secreções viscerais o Núcleo dorsal do vago

Origem Aparente: o inferiormente ao nervo glossofaríngeo (IX)

Alterações na deglutição Reflexos de vómitos

Tosse

*(Palato Mole descaído)

Page 145: Sebenta de Anatomia

144

Trajecto o abandona cavidade craniana no Foramen Jugular o forma os seus 2 Gânglios o acompanha o Feixe vásculo-nervoso no pescoço (ACC + VJI) o divide-se nos seus diversos ramos

Ramos o Cervicais

ramo meníngeo

origina-se no Gânglio superior

Regressa ao crânio ramo auricular (aspiração do ouvido tosse)

passa no Canal mastoideu

depois no Canal facial

Junta-se ao nervo facial (VII) ramos faríngeos (Plexo Faríngeo) ramos cardíacos superior e inferior (Plexo Cardíaco) Nervo laríngeo superior (misto)

Gânglio inferior

Inerva a Laringe (sensorial)

Inerva o Músculo Cricotiroideu (motor) Nervo laríngeo recorrente direito

Desce no pescoço

Contorna a Artéria Subclávia

Passa entre a Traqueia e Esófago

Fibras sensitivas e vegetativas para Laringe, Esófago e Traqueia

Inerva todos os músculos da Laringe excepto Cricotiroideu

o Torácicos Nervo laríngeo recorrente esquerdo

Contorna o Arco aórtico

Passa entre a Traqueia e Esófago

Fibras sensitivas e vegetativas para Laringe, Esófago e Traqueia

Inerva todos os músculos da Laringe excepto Cricotiroideu Ramos cardíacos torácicos Ramos traqueais Ramos brônquicos Ramos esofágicos

o Terminais: Ramos gástricos Ramos hepáticos Ramos renais Ramos celíacos

Clínica o Paralisia do Nervo Vago (X)

Alteração da voz Paralisia das cordas vocais Alteração das funções vegetativas

Disfonia

Page 146: Sebenta de Anatomia

145

Nervo Acessório (XI) (N127/ F412)

Nervo motor

Origem Real o Raiz Craniana (medular ou superior) – Núcleo Ambíguo o Raiz Espinhal (inferior) – raízes da ME de C1 a C5 (coluna cinzenta anterior)

Origem Aparente o Raiz Craniana:

Sulco Lateral Dorsal Une-se à raiz espinhal antes do Foramen Jugular

o Raiz Espinhal Anteriormente às raízes dos nervos espinhais (C1 a C5) Ascende lateralmente à ME (entra no Crânio pelo Foramen Magno)

Trajecto o Unem-se dentro do Crânio o Saem pelo Foramen Jugular (anteriormente) o Voltam a separar-se

Ramos o Interno (transporta as fibras da raiz craniana)

Une-se ao Gânglio Inferior do nervo vago (X) o Externo (transporta as fibras da raizespinhal)

Esternocleidomastoideu Trapézio

Clínica o A lesão do Nervo acessório (XI) pesquisa-se através de:

Elevação do ombro Rotação do pescoço

Nervo Hipoglosso (XII) (N128/ F412)

Nervo motor

Inerva o Todos os músculos da Língua (excepto Palatoglosso Plexo Faríngeo (X + IX)) o Músculos infrahioideus

Origem real o Núcleo do Hipoglosso

1.ª coluna

Origem aparente o Sulco Lateral Anterior (sulco do hipoglosso)

Trajecto o Sai do Crâneo pelo Canal do Hipoglosso o Desce com ACI e a VJI o Dá um Ramo meníngeo o Forma a Raiz superior da Ansa Cervical (raiz inferior é formada pelas raizes espinhais de C1 a C3)

Músculos infrahioideus (tirohioideu tem ramo próprio) o Ramo para o Tirohioideu o Dirige-se horizontalmente para a base da língua o Ramos para todos os músculos extrínsecos da língua (excepto Palatoglosso) o Ramos para todos os músculos intrínsecos da língua (terminais)

Clínica o A lesão do Nervo Hipoglosso (XII) pesquisa-se através de: Protusão da Língua

Em caso de lesão a Língua desvia-se para o lado do Hipoglosso lesado (ver Thieme pág. 89) Se a lesão for bilateral o paciente não move a Língua

Page 147: Sebenta de Anatomia

146

Vias Ascendentes

Sensitivas

1º Neurónio encontra-se no Gânglio Espinhal

Terminam no Giro Pós-Central do Lobo Parietal (consciente) ou no Cerebelo (inconsciente)

Sensibilidade Exteroceptiva - proveniente da ectoderme (superficial) - sensibilidade consciente - tem origem nos corpúsculos sensoriais da Pele - todas passam no Núcleo Ventral Póstero-Lateral do Tálamo (NVPL)

Sensibilidade Termoálgica o Temperatura e dor o Passa no Tracto Espinhotalâmico Lateral

Sensibilidade Protopática o Tacto grosseiro, Pressão e dor o Passa no Tracto Espinhotalâmico Anterior

Sensibilidade Epicrítica o Tacto fino o Passa no Funículo Posterior

Sensibilidade Proprioceptiva - proveniente da mesoderme - coordenação muscular, gradação da contracção muscular e manutenção do equilíbrio - as dendrites do 1ª Neurónio não vão até à Pele

Sensibilidade Proprioceptiva Consciente o Dor profunda o Dendrites nos Ossos, músculos e articulações o Passa nos Fascículos Grácil e Cuneiforme o Passa no NVPL do Tálamo

Sensibilidade Proprioceptiva Inconsciente o Via do Paleocerebelo o Tónus Muscular e Coordenação de Movimentos o Única via que não vai ao Tálamo

Sensibilidade Interoceptiva - dendrites do 1º Neurónio presentes nas vísceras, glândulas e vasos - vias mal conhecidas - vão até ao NVM do Tálamo - responsável pelo Controlo do Fluxo sanguíneo e pela Respiração

Homúnculo Sensitivo - corresponde à representação das partes anatómicas inervadas no Córtex Pós-Central -as regiões do corpo com maior inervação ( > sensibilidade) têm também uma maior área representativa - Súpero-medialmente Pé (maior) e perna - Súpero-lateralmente Tronco, Braço e Mão (maior) - Lateralmente Cabeça - Ínfero-lateralmente Língua e Dentes

Lemniscos:

Espinhal o Tracto Espinho-Talâmico Lateral o Tracto Espinho-Talâmico Anterior o Tracto Espinhotectal

Lateral o Via Auditiva (depois dos Corpos

Trapezóides)

Profundo o Via Óculo-Céfalo-Gira

Medial o Fascículo Grácil o Fascículo Cuneiforme o Tracto Espinho-Talâmico Anterior

(antes de atingir o Tálamo)

Page 148: Sebenta de Anatomia

147

Sensibilidade Termoálgica - extra-lemniscal - recolhe a sensibilidade ao nível do Tronco e Membros - tem 2 tipos de fibras:

Tipo A-delta rápidas (alertam para a dor aguda inicial)

Tipo C lentas (dor em queimação)

Dendrites em Corpúsculos Sensoriais na Pele

Gânglio Espinhal da Raiz Posterior do Nervo Espinhal 1º Neurónio

Cabeça da Ponta Posterior da SC da ME (na Substância Gelatinosa) 2º Neurónio

Cruza à frente do Canal Central

Sobe no Funículo Lateral pelo Feixe Espinho-Talâmico Lateral

No Núcleo Ventral Póstero-Lateral do Tálamo 3º Neurónio

As suas fibras passam no braço posterior da Cápsula Interna da Coroa Radiada

Termina no Giro Pós-Central (Área 1, 2 e 3) 4º Neurónio

Na Cabeça:

Dendrites na Derme da Cabeça

Gânglio Trigeminal - 1ºN

Núcleo Espinhal do Trigémio- 2ºN

Feixe Trigémino-Talâmico

Tálamo Córtex – 3ºN + 4ºN

Page 149: Sebenta de Anatomia

148

Sensibilidade Protopática

Dendrites em Corpúsculos Sensoriais na Pele

Gânglio Espinhal da Raiz Posterior do Nervo Espinhal 1º Neurónio

Cabeça da Ponta Posterior da Substância Cinzenta da MedulaEspinhal (na Substância Gelatinosa) 2º Neurónio

Cruza à frente do Canal Central

Sobe no Funículo Anterior pelo Feixe Espinho-Talâmico Anterior

3º Neurónio

As suas fibras passam no braço posterior da Cápsula Interna da Coroa Radiada

Termina no Giro Pós-Central (Área 1, 2 e 3) 4º Neurónio

No Núcleo Ventral Póstero-Lateral do Tálamo

Page 150: Sebenta de Anatomia

149

Sensibilidade Epicrítica Sensibilidade Proprioceptiva Consciente

Estas sensibilidades não são afectadas na Siringomielia

Fascículo Grácil o Presente ao longo de toda a ME o Transporta fibras dos membros inferiores o + central

Fascículo Cuneiforme o Presente apenas nos segmentos torácico e cervical o Transporta fibras dos membros superiores e tronco o + periférico (já que as suas fibras se juntam + tardiamente à Medula do que as fibras do Grácil)

Lemnisco Medial o As 2 sensibilidades apesar de ter o mesmo trajecto não coincidem o Apesar de tudo juntam-se no Lemnisco Medial depois da Decussação Sensitiva

Dendrites em Corpúsculos Sensoriais na Pele

Gânglio Espinhal da Raiz Posterior do Nervo Espinhal 1º Neurónio

Sobe no Funículo Posterior pelo Fascículo Grácil ou Cuneiforme

2º Neurónio Núcleo Grácil ou Cuneiforme (na MA)

Cruzam na Decussação Sensitiva

3º Neurónio

As suas fibras passam no braço posterior da Cápsula Interna da Coroa Radiada

Termina no Giro Pós-Central (Área 1, 2 e 3) 4º Neurónio

Dendrites nos Ossos, Músculos e Articulações

No Núcleo Ventral Póstero-Lateral do Tálamo

Na Cabeça:

Gânglio Trigeminal - 1ºN

Núcleo Trigeminal Mesencefálico- 2ºN

Lemnisco Medial

Tálamo Córtex – 3ºN + 4ºN

Feixe Cuneocerebeloso

Page 151: Sebenta de Anatomia

150

Sensibilidade Proprioceptiva Inconsciente - Via do Paleocerebelo - Todas as Vias do Cerebelo Cruzam um número par de vezes (ou então não cruzam nenhuma vez) de modo a que a informação que chega ao Cerebelo seja referente ao lado respectivo

Núcleo Torácico o Estende-se de C8-L2 e recolhe sensibilidade do Tronco

Núcleo do Istmo o Recolhe sensibilidade dos Membros

Feixe Rubro-Espinhal o Veicula informação para os músculos apendiculares

Feixe Olivo-Espinhal o Veicula informação para os músculos axiais

Encontram-se ambos na Base da Coluna

Cinzenta Posterior

Feixe Rubro-Espinhal (cruza)

Feixe Cerebelo-Olivar (cruza)

Feixe Olivo-Espinhal (cruza)

Gânglio Espinhal da Raiz Posterior do Nervo Espinhal 1º Neurónio

2º Neurónio

Cruza à frente do Canal Central

Sobe no Funículo Lateral

pelo Feixe Espinho-

Cerebeloso Posterior

3º Neurónio

Base das Pontas Anteriores da ME

Tálamo

Córtex do Paleocerebelo

Dendrites nos Ossos, Músculos e Articulações

Núcleo do Istmo

Sobe no Funículo Lateral

pelo Feixe Espinho-

Cerebeloso Anterior (cruza)

Pedúnculos Cerebelosos Inferiores

Núcleo Emboliforme

Núcleo Rubro

Núcleo Globoso

Núcleo Olivar Inferior

Pedúnculos Cerebelosos Superiores

Feixe Cerebelo-Rúbrico (cruza)

Pedúnculos Cerebelosos Inferiores Pedúnculos Cerebelosos Inferiores

Funículo Lateral Funículo Anterior

3º Neurónio

Eferente

4º Neurónio

Eferente

2º Neurónio

Eferente

1º Neurónio

Eferente

Base das Pontas Anteriores da ME

Núcleo Torácico

Page 152: Sebenta de Anatomia

151

Vias Sensoriais

Via Óptica

Via Olfactiva Estria Cinzenta Intermédia Estria Branca Medial

Estria Branca Lateral

Feixe Mamilo-Tegmental

Feixe Mamilo-Talâmico

Via Fórnix

*

Dendrites nos Cones e Bastonetes

Células Bipolares da Retina

Células Ganglionares da Retina

Abandona o Bolbo Ocular pela Papila do Nervo Óptico

Atinge a Sella Turcica e forma o Quiasma Óptico

Tracto Óptico – contorna os Pedúnculos Cerebrais

Corpo Geniculado Lateral

Sulco Calcarino (Área 17) - recepção

Lobo Occipital (Áreas 18 e 19) – percepção e gnosia

1º Neurónio

2º Neurónio

4º Neurónio

*Radiação Óptica Porção retrotalâmica Porção retrolenticular Porção justaventricular

Fibras de Associação Corticais - Esplénio do Corpo Caloso Descendentes Colículo Superior Fascículo Longitudinal Dorsal Nervo Oculomotor (III)

Células Bipolares da Mucosa Nasal 1º Neurónio

Filetes Olfactivos

Células Mitrais do Bolbo Olfactivo

Trígono Olfactivo

Via para olfactiva subcalosa

Lobo Frontal Corpo Amigdalóide

Via rudimentar

Substância Perfurada Anterior

Corpos Mamilares

NA do Tálamo

Tronco Cerebral

2º Neurónio

3º Neurónio

3º Neurónio

Page 153: Sebenta de Anatomia

152

Via Gustativa

Via Auditiva

Base da Língua e Epiglote

2/3 anteriores da Língua

1/3 posterior da Língua

Gânglio Inferior do Nervo

Glossofaríngeo (IX)

Gânglio Inferior do

Nervo Vago (X)

Nervo da Corda do Tímpano

Gânglio Geniculado

do Nervo Facial (VII))

1º Neurónio

Núcleo do Tracto Solitário

NVPM do Tálamo

Parte Inferior Giro Pós-Central (Área 43)

2º Neurónio

3º Neurónio

4º Neurónio

Dendrites nas Células Ciliadas

Gânglio Espiral da Cóclea

Nervo Coclear passa no MAI

Maior parte das fibras Fibras Aberrantes

Nervo Vestibulococlear (VIII)

Núcelo Coclear Ventral Núcelo Coclear Dorsal

Fibras transversais

Formam o Corpo Trapezóide Formam as Estrias Medulares

Fibras longitudinais

Lemnisco Lateral

Colículo Inferior

Corpo Geniculado Lateral

Fibras passam na porção sublenticular da Cápsula Interna da Coroa Radiada

Giro Temporal Superior (área 41) - recepção

Giro Temporal Superior (área 42) – percepção e gnosia

1º Neurónio

2º Neurónio

3º Neurónio

4º Neurónio

5º Neurónio

Page 154: Sebenta de Anatomia

153

Vias Descendentes Motricidade Voluntária Vias Piramidais

Origem no Giro Pré-Central

1º Neurónio nas Células Piramidais Gigantes

2º Neurónio nas Pontas Anteriores da SC da ME ou nos núcleos motores somáticos dos pares cranianos o Via Córtico-Espinhal

Tronco Membros

o Via Córtico-Nuclear Cabeça Pescoço

Motricidade Involuntária Vias Extra-Piramidais Também têm influência nos movimentos voluntários

o Via Córtico-Pôntico-Cerebelo-Dento-Rubro-Espinhal o Vias Sub-Corticais Vestibulares (Via do Arqueocerebelo) Tálamo-Estriadas Páleo-Rubro-Espinhais (Via do Paleocerebelo) Tecto-Espinhais Rubro-Espinhais Olivo-Espinhais

Responsável por: Tónus da Postura Equilíbrio Harmonia do Gesto Voluntário

Homúnculo Motor - corresponde à representação das partes anatómicas inervadas no Córtex Pré-Central - a Mão como é densamente inervada ( habilidade) tem uma área representativa mais extensa - o Homúnculo Motor é análogo do Homúnculo Sensitivo - Face Medial Pé e Perna - Face Lateral Mão, Face e Boca - Face Superior Tronco e Braço - Face Inferior Laringe e Traqueia

Page 155: Sebenta de Anatomia

154

Via Cortico-Espinhal

Termina na Junção Neuromuscular

Giro Pré-Central (Área 4)

Atravessa o Centro Semi-Oval

Passa no braço posterior da Cápsula interna da Coroa Radiada

Pedúnculos Cerebrais: passa à frente da Substância Negra (3/5 médios)

Ponte: passa na porção anterior

Medula Alongada: Pirâmides

Passam no Funículo Lateral:

Feixe Córtico-Espinhal Lateral

Passam no Funículo Anterior:

Feixe Córtico-Espinhal Anterior

80% das fibras 20% das fibras

Cruza na Decussação das Pirâmides

Termina na Ponta Anterior da SC da ME

1º Neurónio

2º Neurónio

Lesões: No neurónio superior – Paralisia Espásica Reflexos No neurónio inferior – Paralisia Flácida Reflexos

Page 156: Sebenta de Anatomia

155

Via Cortico-Nuclear

Giro Pré-Central (Área 4)

Atravessa o Centro Semi-Oval

Passa no Joelho da Cápsula Interna

1º Neurónio

Feixe Cortico-Nuclear propriamente dito Via Óculo-Céfalo-Gira

Feixe Anterior –passa no 1/5 medial do

Pé dos Pedúnculos Cerebrais

Cruza no Tronco Cerebral quando as

fibras se destacam para o respectivo

núcleo

Medial à Via Cortico-Espinhal

Feixe Posterior

Lemnisco Profundo

Passa por trás da

Substância Negra nos

Pedúnculos Cerebrais

Núcleos Motores dos nervos:

V

VI

IX

X

XI

XII

2º Neurónio Núcleos Motores dos nervos:

III

IV

VI

XI

2º Neurónio

Page 157: Sebenta de Anatomia

156

Via Cortico-Pôntico-Cerebelo-Dento-Rubro-Espinhal - Via do Neocerebelo - uma lesão nesta via provoca problemas no início e término dos movimentos

Córtex Temporal

Porção anterior da Cápsula Interna Porção sublenticular da Cápsula Interna

Pedúnculos Cerebelosos Médios

Fibras de Purkinje

Pedúnculos Cerebelosos Superiores

Tálamo

Núcleo Lentiforme

Córtex Cerebral

Córtex Frontal 1ºN

Núcleos da Ponte 2ºN

Atrás da Fissura Primária

Córtex do Neocerebelo 3ºN

Núcelo Dentado 4ºN

Núcelo Rubro 5ºN

Base da Ponta Anterior da SC da ME 6ºN

Feixe Cortico-Pontino (passa no 1/5 lateral dos

Pedúnculos Cerebrais)

Feixe Ponto-Cerebeloso (cruza)

Feixe Cerebelo-Dentado

Feixe Dento-Rúbrico (cruza)

Feixe Rubro-Espinhal (cruza)

Page 158: Sebenta de Anatomia

157

Via Vestibular - Via do Arqueocerebelo

Dendrites nas Máculas e Ampolas

Núcleo Fastigial

Núcleos Vestibulares (na MA)

Base da Ponta Anterior da SC da ME

Nervo Vestibular

Nervo Vestibulococlear (VIII)

Pedúnculos Cerebelosos Inferiores

Feixe Cerebelo-Vestibular (tem fibras cruzadas e fibras directas)

Feixe Vestíbulo-Espinhal – Funículo Anterior (tem fibras cruzadas e fibras directas)

Núcleos Vestibulares (na MA) 2ºN

Córtex do Arqueocerebelo (Lobo Floculonodular)

3ºN

4ºN

5ºN

6ºN

Superior Inferior Medial Lateral

Gânglio Vestibular (no MAI) 1ºN

Page 159: Sebenta de Anatomia

158

Via Tecto-Espinhal - responsável por transmitir informação relativa a movimentos posturais reflexos em resposta a estímulos visuais

Via Rubro-Espinhal - facilita a contracção dos flexores - inibe a contracção dos extensores

Via Olivo-Espinhal

Vias Tálamo-Estriadas - Inibem e activam os processos de regulação do Cerebelo sobre o Equilíbrio, o Tónus e a Coordenação - dão valor funcional aos movimentos voluntários com influência das sensações (vias ascendentes)

cruza Funículo Anterior Colículos Superiores Tronco Cerebral Ponta Anterior da SC da ME

cruza Funículo Lateral Núcleo Vermelho Ponta Anterior da SC da ME

Funículo Lateral Núceo Olivar Inferior Ponta Anterior da SC da ME

Feixe Olivo-Espinhal

Feixe Longitudinal Medial

*

Tálamo

Corpo Estriado

Região Subtalâmica

Oliva Formação Reticular

Núcleos somatomotores dos

pares cranianos

Feixe Retículo-

Espinhal Anterior

Feixe Retículo-

Espinhal Lateral

(Funículo Lateral Contralateral) (Funículo anterior Homolateral)

Ponte Medula Alongada (MA)

Medula Espinhal (ME)

Colículos

*Feixes Tecto-Espinhais

Page 160: Sebenta de Anatomia

159

Anexos

Perguntas de Oral

Antes desta lista de perguntas é preciso ter em consideração que o professor pergunta quase sempre Vias, Pares

Cranianos e Artérias, portanto todas as questões referentes a essa parte da matéria estão como que subentendidas

nesta listagem, e devem ser inclusivamente consideradas como prioritárias.

Descreva a Irrigação da Cavidade Nasal.

Enumere os orifícios que existem na Fossa Craniana Média.

Descreva tudo o que compõe e tudo o que assenta na Fossa Craniana Média.

Fale do Líquido Céfalo-Raquídeo (Funções, Trajecto, etc.)

Diga quais as funções do Humor Aquoso, local de produção e reabsorção.

Diga o que sabe sobre o Sistema Límbico.

Defina Tónus Muscular em meia dúzia de palavras.

Explique por que temos rugas.

Delimite a Fossa Craniana Média.

Descreva o Seio Cavernoso.

Discrimine a inervação da Língua.

O que é a Formação Reticular?

Descreva a Cartilagem da Tuba Auditiva.

Descreva o músculo Tensor do Véu do Palato.

Explique a denominação de Neurohipófise.

Explique o Sistema Porta Hipofisário

Descreva Face Medial do Cérebro

Descreva a Face Súpero-Lateral do Cérebro

Descreva a Glândula Parótida (Qual o critério para a sua divisão em porção superficial e profunda?)

Descreva os Ventrículos Laterais

Descreva a Mandíbula

Diga tudo o que sabe acerca do Tronco Cerebral

Descreva o Esfenóide

Page 161: Sebenta de Anatomia

160

Descreva o Temporal

Explique a irrigação arterial e venosa de toda a Medula Espinhal.

Quais as consequências da oclusão da Artéria Segmentar Major?

Enumere as colunas que estão presentes no Tronco Cerebral

O que é e onde fica a Área de Broca?

Explicar para que lado desvia a Língua no caso de lesão de um dos seus músculos.

Diga o que sabe acerca da Cavidade Timpânica.

Quais as principais consequências de uma fractura da Lâmina Crivada do Etmóide?

Descreva a Faringe (rara, mas possível… true story!)

Qual o principal músculo do riso?

O que é o Polígono Cerebral?

Enumere os músculos extrínsecos do Olho (inserção e acção)

Diga os músculos da Face por grupos

O que é o Hipocampo?

Diga o que sabe sobre o Olho?

Explique a constituição das meninges

Diga o que sabe sobre o Corpo Estriado

Descreva o Hipotálamo

Explique a inervação anterior da Língua

Descreva o Labirinto Membranoso do Ouvido Interno

Explique o processo fisiológico da produção do impulso nervoso na audição

Descreva as Colunas do Tronco Cerebral e explique a sua origem

Descreva a Inervação das Cavidades Nasais

Explique qual a consequência da paralisia do Recto Lateral

Descreva os Seios Venosos e explique as consequências da interrupção da sua drenagem

Descreva as estruturas major endocraneanas durais (Foice Cerebral, Tenda do Cerebelo e Tenda da Hipófise)

Explique a produção de ADH e Ocitocina

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