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    BF II | Filipa Barros

    LL:BQ APONTAMENTOS DE BIOFSICA II

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    Fundamentos de Estrutura de Protenas

    Classes de protenas

    Definio estrutural Globular: dobras complexas, forma irregular e estrutura terciaria; Fibrosas: extendidas, dobras simples, geralmente proteinas estruturais

    Definio funcional

    Enzimas: aceleram reaces bioqumicas, possuem actividade cataltica Estrutural: formam estruturas biolgicas, servem de suporte e proteco

    (ex: colagnio e elastina)

    Transporte: carregam substncias bioquimicamente importantes. Ligam-see transportam molculas de um rgo para outro.

    Definio da localizao celular:

    Membrana: em contacto direto com a membrana, geralmente insolveis em gua.

    Solveis: solveis em gua, podem estar em qualquer lado.

    Exemplificaes:

    Protenas fibrosas

    Tm normalmente uma forma cilndrica, sendo na maioria

    protenas com funes estruturais ou de armazenamento, sem

    actividade cataltica.

    Tendncia a formar agregados, por possurem grupos hidrofbicos

    na sua superfcie.

    As suas estruturas primrias (sequncia de 3 aminocidos) so

    pouco diversificadas; existem frequentemente repeties de trechosda sequncia ao longo da cadeia polipeptdica. Como consequncia

    encontram-se estruturas secundrias caractersticas, como a formao de uma hlice

    tripla no colagnio.

    Colagnio- protena mais abundante nos vertebrados. As

    suas fibras so grande poro dos tendes e da pele. Alfa-

    hlices do colagnio fazem uma triple hlice conferindo-lhe

    uma estrutura forte e flexvel.

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    Fibrona- fazem a seda que as aranhas produzem, que mais forte que ao. As

    propriedades suave e flexvel provm da estrutura beta.

    Queratina- insolvel e forte. Presente no cabelo e unhas. A sua estrutura advmdas alfa-hlices que fazem cross-linking por pontes dissulfureto.

    Protenas globulares

    Grande importncia em vrios papis biolgicos. Incluem:

    Motilidade celular: protenas ligam-se para formar filamentos quepermitam o movimento.

    Catlise orgnica em reaces bioqumicas- enzimas Reguladoras- hormonas, factores de transcrio Membranares- marcadores MHC, canais proticos, gap junctions Defesa contra agentes patognicos- toxinas, anticorpos.. Transporte e reserva- hemoglobina e miosina

    Enzimas

    Catalase acelera a quebra do perxido de

    oxignio (H2O2)-um produto txico de reacesmetablicas- em gua e oxignio.

    Esta reaco extremamente rpida pois a

    catlase baixa os nveis de energia necessrios

    para iniciar o processo.

    Aminocidos:

    Polares No polares; no carregados Carregados negativamente Carregados positivamente

    >Grupos R polares carregados, geralmente mapeiam a superfcies em protenas

    solveis.

    >Grupos R no polares tendem a ser enterrados nos ncleos de protenas solveis

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    Alguns grupos R podem ser ionizados:

    Alguns grupos R podem ser modificados:

    Um cido carboxlico condensa com um grupo amino com a libertao degua. A sequncia de aminocidos designada estrutura primria;

    Protenas so polmeros lineares de aas; Ligao peptdica e planar; A ressonncia restringe o numero de conformaes nas protenas- as

    rotaes das cadeias esto restritas ao e ao .

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    Interaces que estabilizam as estruturas

    Covalentes:

    Van der Waals (atrao eletrica fraca) Hidrofbicas (clustering de grupos no polares) Pontes de Hidrognio ( involve trs tomos: dador; aceitador e um H ligado ao

    dador

    No-covalentes:

    Pontes dissulfuretoUnidades estruturais bsicas:

    Hlice Alfa

    o oxignio do carbonil do resduo iforma uma ponte de hidrog+enio com

    a amida do resduo i4;

    embora cada ponte de hidrognio +erelativamente fraca po isolado, a soma

    das pontes de hidrognio numa hlice

    torna-a bastante estvel

    A propenso de um pptido paraformar uma hlice alfa tambm

    depende da sua sequncia

    Folha Beta

    os oxignios carbonis e amidasformam pontes de hidrognio;

    Turns ou voltas; permitem que oesqueleto da proteina faa voltas

    abruptas;

    A propenso de um pptido para formar -turns depende da sua sequncia.

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    Difraco de raios-X de cristais de macromolculas

    1. Para que serve?Obter modelos tridimensionais da estrutura de macromolculas a um nvel atmico.

    A maior parte das estruturas 3D de macromolculas foram obtidas por 3 mtodos:

    Cristalografia (80%) NMR (16%) teoricamente (previso) (2%)

    2. O que so cristais e porque so necessrios?Nos cristais existem repeties exactas do mesmo

    motivo simtrico. Ao contrrio do que acontece em

    soluo, as molculas num cristal esto dispostas de

    um modo ordenado: regular, simtrico e que se

    repete.

    3.

    Porque se utilizam raios-X e no uma radiao com outro comprimento de onda?

    Como o comprimento da ligao covalente tpica de 0,12nm, uma resoluo atmica significaver dois tomos separados por esta distncia como objectosdistintos.

    Uma ligao covalente C-C tem comprimento 1,2 A = 0,12 nm. Osraios X tm comprimento de onda na gama dos 10-10; com adifraco podemos ver a distncia entre dois tomos de umamolcula, mesmo para ligaes covalentes. Tem resoluosuficiente para observar os tomos.

    4. Os raios-X so difractados por que partculas? Qual aimagem que obtemos da macromolcula?Algumas implicaes.

    Difractadas pelos electres (carga: massa)

    Obtemos mapas de densidade electrnica: o mapa de densidade electrnica

    interpretado encaixando-o nas peas de uma cadeia polipeptdica como grupos

    peptdicos com estereoqumica conhecida como grupos peptdios e anis aromticos.

    A densidade electrnica projectada num ecr em combinao com uma parte da

    cadeia polipeptdica numa orientao arbitrria. A unidade da cadeia polipeptdica

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    pode depois ser rodada e transladada relativamente densidade electrnica ate que se

    encontre uma boa correspondncia.

    Hidrognios Carbonos e Oxignios (cadeias laterais de Asp, Gln e Thr ?)

    Limitaes:

    - so necessrios cristais

    - necessrio protenas

    -influencia de foras cristalinas

    - mdia especial e temporal

    Vantagens:

    -cristais proteicos tm uma elevada percentagem de gua;

    -posies atmicas e consequentemente viso 3D da estrutura molecular

    -estrutura conduz a novas experiencias

    5. O que se faz como o modelo obtido?Qualidade: verificar a resoluo e verificar factores de R e Rfree

    Colocao do Ficheiro no PDB

    6. O que se pode fazer com os modelos obtidos por outros investigadoresPyMol

    RasMol

    No laboratrio

    1. Fazer crescer os cristais (mtodos de difuso que faam variar a solubilidade daprotena):

    i. Comear com protena pura;ii. Criar uma soluo supersaturada;

    iii. Esperar.

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    Cristalizao por difuso devapor: Volume do

    reservatrio 1mL; Volume da

    gota 2 L

    O processo de cristalizao normalmente lento, consideram-se a protena inicialmente numa

    regio abaixo da curva de solubilidade, devemos aumentar a concentrao salina, ou de

    protena, de modo a leva-la zona de supersaturao de forma lenta.

    Teremos as molculas da protena prximas umas das outras, o que, num caso favorvel

    promovera o aparecimento dos primeiros ncleos cristalinos

    Esses microcristais serviro de base para o crescimento de

    cristais maiores, adequados para experiencias de difraco de raios X

    Cristalizao por difuso de vapor

    Na cristalizao de protenas podemos variar a forma de acomodar a

    gota de cristalizao: gota suspensa (como na imagem), gota sentada

    ou gota sandwich.

    Tal variao permite modificaes nas condies de difuso do vaporde gua da gota para o poo, que ode favorecer o aparecimento de

    protenas.

    2. Medir difraco;No detector gera-se um padro de difraco:

    Conjunto de pontos de difraco dispostos de forma regular: Indexao (hKL): medir a intensidade e definir a direco da radiaodifratada;

    D informao sobre: clula unitria, resoluo e arranjo dos tomos na clulaunitria.

    3. Solvatar as fases e refinar as estruturas:

    Fonte de raios-X, s com um. Cristal e receptor.

    padres de difraaodiferentes para cada angulo

    do cristal

    obtem-se uma serie de pontos

    e cada mostra um angulo dedifraao. Cada ponto

    indexado com 3 pontos (hKL)e mede-se a intensidade.

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    No processo de refinamento, o modelo alterado de modo a minimizar a diferena

    entre as amplitudes observadas experimentalmente para a difraco e aquelas

    calculadas para um cristal hipottico contendo o modelo.

    O factor R o procedimento matemtico que melhora o ajuste dos dados

    experimentais de difraco e os dados de difraco tericos que podem ser calculados

    a partir de qualquer modelo obtido. Diferena, sendo 0,00 acordo exacto e 0.59 total

    diferena, portanto:

    0,15

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    Interferncia de Onda

    A intensidade tambm varia conforme a fase de cada uma das ondas, uma vez que existem 3

    tipos de interferncia de ondas:

    Interferncia construtiva: as duas ondas esto em fase (mesma fase) Interferncia destrutiva: as duas ondas no se encontram em fase (fases opostas) Parcialmente em fase: existe interferncia construtiva, mas no em tao grande

    extenso

    Difrao

    Tendncia que as ondas de luz tem de se dobrar,

    contornando obstculos. o fenmeno que ocorre com as

    ondas electromagnticas quando elas passam por um orifcio

    ou contornam um objecto cuja dimenso da mesma ordem

    de grandeza que o seu comprimento de onda

    Lei de Bragg

    Explica porque as faces clivadas de cristais reflectem feixes de raios-X a certos ngulos

    de incidncia().

    Atravs desta lei possvel determinar s a direco da interferncia positiva

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    Cada linha vermelha um comprimento de onda(l), maior que a linha preta:

    Cada foto que difractado pelo angulo q de um plano B;

    que est a uma distancia d do plano A que est em fase com cada foto difractado peloangulo q do plano A se:

    entao: se ondas numa determinada direao se somam porque estao em fase, elas cancelam-se

    segundo muitas outras direoes, dando origem a um padro de difrao comum srie de

    pontos.

    Protein Data BankPDB

    O PDB um repositrio de cordenadas atomicas e outras informaoes que descrevem

    as proteinas e outras macromoleculas importantes. Os biologos estruturais usam

    metodos como a cristalografia por raio-X; espretoscopia NMR e microscopio crio-eletronica para determinar a localizaao de cada atomo relativamente a outra

    molecula. Esta informaao depositada, avaliada e divulgada publicamente no PDB.

    Contem dois tipos de informaao (ficheiros) para estruturas cristalinas:

    - as coordenadas; inclui posioes atomicas para o modelo final da estrutura

    - factores estrututrais; intensidade e fase dos pontos de raios-X no padrao

    de difrao

    Duas medioes importantes para a preciso de uma estrutura cristalografica so: a

    resoluo e o valor de R.

    Resoluo: mede a quantidade de detalhe observado nas informaoes experimentais

    Valor de R: mede quo bem o modelo atomico est suporado pelos dados experientais

    obtidos no ficheiro de estrutual

    n=2d sin

    = 2 sin

    Mapa de densidade

    estrutural

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    A proteina purificada, colocada num campo magnetico forte e bombardeada com

    ondas radio. Um conjunto de ressonancias podem ser analisadas assim chegamos a

    uma lista de ncleos atmicos que estao perto uns aos outros, e que tambm nos

    permite caraterizar a conformao local dos atomos que esto ligados. Esta lista

    depois usada para construir o modelo da proteina que mostra a localizao de cadatomo. A tcnica actulamente limitada a pequenas ou medias proteinas, uma vez

    que grandes proteinas apresentam problemas de picos sobrepostos no espetro NMR(

    Ressonancia Magntica Nuclear).

    A microscopia eletronica usada para determinar estruturas de grandes

    complexos macromoleculares. Um raio de eletroes usado para imaginar a molecula

    diretamente. Se as proteinas podem ser levadas a formar pequenos cristais ou se se

    organizam simetricamente na membrana, a difraao eletronica pode ser usada para

    gerar um mapa de densidade estrutural 3D (usando metodos semelhantes a difraaode raios-X). Se a molecula muito simetrica, como em alguns virus, so tiradas vrias

    fotografias dando muitas perspectivas da molecula. As imagens alinham-se para extrair

    a informao 3D.

    Olhando para as estruturas

    Informao proveniente do PDB;

    Visualizaao da estrutura em si;

    Ler os ficheiros de coordenadas;Potenciais desafios.Informaes dos PDB

    A informao primria armazenada no PDB consiste em ficheiros coordenadosde molculas biologicas. Estes ficheiros tem uma listagem dos tomos de casa

    proteina e a sua localizao 3D no espao. Esto disponveis em vrio formatos

    (PDB, mmCIF, XML). Um ficheiro formatado de PDB inclui um cabealho com

    um sumrio da proteina, citaoes, detalhes da soluao de estrutura seguida deuma seuqeuncia e uma longa lista de seus atomos e suas coordenadas. Este

    ficheiro tambm contm observaoes experimentaos que so usadas para

    averiguar estas coordenadas atomicas.

    ATOMs e HETATMsUm fichiero tpico de PDB contm as coordenadas atmicas para proteinas,

    molculas pequenas, ies e gua. Cada tomo inserido como uma linha de

    informao que comea ou pela keyword: ATOM ou HEATM.

    ATOM- usada para identificar proteinas ou cidos nucleicos

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    HETATM- usada para identificar atomos de pequenas moleculas

    Seguida desta keyword vai uma lista de informao sobre o tomo: nome,

    nmero no ficheiro, nome e nmero do resduo a que pertence, uma letra para

    especificar a cadeia, as suas coordenadas x,y,z, ocupncia e temperatura.

    TemperaturaContudo, quando olhamos para as densidades de distribuioes eletrnicas, os

    letroes normalmente tem uma distribuiao mais ampla do que seria ideal. Isto

    deve-se vibrao atmica ou as diferenas entre vrias molculas do cristal. A

    densidade eletronica observada inclui

    uma mdia de todos estes pequenos

    moviemntos, dando uma imagem

    atmica ligeiramente suja.Estes movimentos e o seu borro

    proveniente da densidade eletrnica

    esto incorporados no modelo atmico

    pelo valor de B ou factor de Temperatura. A quantidade de borro

    proporcional magnitude do valor de B. valores a baixo de 10 do um modelo

    atmico bastante bem definido. Valores acima de 50 indicam que o atmo

    mexe-se tanto que se v pobremente.

    Valores altos de temperatura-grandes movimentos- so pintados de vermelho

    e amarelo; valores baixos so azuis (usualmente o interior azul e o exterioramarelo)

    Ocupncia e conformaes mltiplasCristais macromoleculares esto compostos por vrias molculas organizadas

    num arranjo simtrico. Em alguns cristais, h ligeiras diferenas entre estas

    molculas. Por exemplo, uma cadeia lateral na superfcies pode balanar entre

    vrias conformaoes, ou um substrato pode ligar-se em em duas orientaes

    num mesmo centro activo; ou um

    io metlico pode apenas ligar-se a

    algumas dessas molculas. Quando

    os investigadores constroem o

    modelo atmico destas

    propores, podem utilizar a ocupancia para estimar a quantidade de cada

    informao que observada no cristal. Para a maioria dos tomos o valor da

    ocupncia um valor dado igual a 1, indicando que cada tomo encontrado

    em todas as molculas do cristal no mesmo lugar. Contudo, se um io metlico

    s ligado a metade das molculas no cristal, o investigador pode otorgar uma

    ocupncia de 0,5 para o ficheiro PDB estrutural deste tomo.

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    Ocupncias tambm so frequentemente usadas para identificar cadeias

    laterais ou ligandos que so observados em mltiplas conformaoes.

    O valor da ocupancia usado para indicar a frao de molculas que tem cada

    conformao. Dois ou mais valores so registados de modo a que as ocupancias

    fracionais sumem 1.

    Visualizao de estruturasTrs tipos de diagramas:

    -Wireframe- -Spacefilling- -Backbone and ribbons-

    Potenciais desafiosMuitas estruturas, em particular aquelas determinadas por cristalografia, s

    incluem informaao sobre parte unidade biologica funcional. Por sorte, os PDBpodem ajudar com isto; muitas entradas so pores que faltam numa experincia.

    Estas incluem estuturas que incluem so posioes de carbonos alfa, estruturas com

    loops em falta, estruturas de dominios individuais, ou subunidades de uma

    molcula maior. Alm disso, a maioria das estruturas de cristalografia no tem

    informao sobre tomos de hidrognio.

    Unidade biolgica

    Uma unidade cristalina assimtrica pode conter: uma unidade biolgica, umaporo da unidade biolgica ou mltiplas unidades biolgicas.

    Hemoglobina, uma molcula com quatro cadeias proteicas (dois dimeros alfa-

    beta):

    ->unidade assimetrica com uma juno biologia. A entrada 2hhb contem uma

    molcula de hemoglobina (4 cadeias) em unidade assimetrica.

    -> unidade assimetrica com uma poro de juno biolgica. A entrada 1hho

    contm metade de uma hemoglobina (duas cadeias) na unidade assimtrica. Umeixo cristalografico de duas dobras gera as outras duas cadeias da hemoglobina.

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    -> unidade assimetrica com mltiplas junes biologicas. A entrada 1hv4 contm duas

    molculas de hemoglobina (8 cadeias) na unidade assimtrica

    Coordenadas em falta

    Carbono alfa. Ex: estrutura do KscA potassium channel(PDB entry 1f6g)

    Loops e tails em falta: a estrutura da protease SIVrevelada sem o seu centro activo (PDB entry 1az5)

    tinha dois loops que eram demasiado flexveis

    para serem vistos na experincia. Quando a

    proteina foi cristalizada com inibidores, contudo,os loops adotaram uma estrutura estvel que

    pode ser vista (PDB entry 1yti).

    Fragmentos e domniosVrias proteinas grandes, especialemente protenas com muitas partes

    movveis, tem sido impossveis de cristalizar como um todo. Nestos casos,os invetigadores cortam a proteina em pedaos maleveis e depois

    decifram a estrutura de cada pea. Para ser obsverda a protena num todo

    os pedaos so organizados na devida orientao.

    Porque h atomos de hidrognio?Estas duas estruturas de insulina foram desvendadas por varias

    tcnicas experimentais diferentes. A que est no topo (pdb entry

    2ins) obteve-se atravs de cristalografia de raios-X, que no d

    informao sobre a posiao dos H. A que est em baixo (PDB

    entry 2hiu) foi por estroscopia NMR e inclui as coordenadas do H.

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    DNA

    Em fibras no-cristalinas as moleculas longas e fibrosas esto

    arranjadas paralelamente umas s outras mas cada molcula

    toma uma orientao aleatria volta do eixo-c.

    Difrao de uma hlice: primeiro descrita por Francisc Crick

    e aplicada para determinar a estrutura do DNA.

    3 princpios fundamentais a difrao:

    o Perodo da hliceo Raio da hliceo Distncia entre as base

    A disperso ao longo de cada

    linha feita a partir das

    funes de Bessel, que depois

    formam a caracterstica hliceem cruz.

    Hlices de pequeno raio r

    do a Bessel picos para

    grandes valores de R em

    espao recproco.

    O padrao de difrao proveniente de uma hlice contnua, tem intensidade nula s

    quando z = n / P. P mede a distncia escalada em extamente uma volta da espiral. A

    distancia ao longo do meridiana da primeira meridional leyerline (sem contar a origem)d-nos 1/P.

    DNA uma hlice simples que se repete em uma volta. Tem 10 pares de bases por

    cada volta. O espaamento entre elas de 3.4 (i.e. p = 3.4 ) e o alcance dez vezes

    superior(i.e. P = 34).

    Para alm disso, o grande reflexo meridional que tem um espaamento de Bragg de

    3.4, deve corresponder a 1/p, (sendo que o espaamento entre as bases de p = 3.4

    ). O grupo fosfato tem um raio de 7.5-8 . Estas informaes foram valiosas

    ferramentas para deifinir os parmetros do modelo de Watson-Crick.

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    NeurniosComo que os neurnios comunicam?

    O axnio constitui a parte do neurnio que conduz um sinal

    elctrico chamado potencial de aco.

    Os neurnios gigantes de lula so os mais usados em experincias

    devido ao ser tamanho ser bastante maior do que um neurnio de

    mamfero.

    Equao de Nernst

    Relaciona a diferena de potencial com a diferena de concentrao em equilbrio.

    e = carga do eletro

    Z = valncia do io

    k = constante de Boltzmann

    T = temperatura

    Ci (Co) = concentrao dentro (fora) membrana

    Aplicao para o axnio de uma lula:

    Io Fora (Mol/l) Dentro (Mol/l) potencial de Nernst

    Na+ 150 15 0.0267 ln(150/15)= + 61.5 mV

    K+ 5 150 0.0267 ln(5/150)= -90.8 mV

    Cl- 125 10 -0.0267 ln(125/10) = - 67.5 mV

    Vi - Vo = (kT/Ze) ln (Co/Ci)

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    Porblemas com a equao de Nernst:

    Considera apenas um nico io; Se vrios ies esto envolvidos, assume permeabilidade igual para todos; S se aplica a transporte passivo; Os ies migram independentemente uns dos outros.

    1- No estado de repouso os canis de Na+ e K+ esto fechados;2- Na fase de despolarizao os canais de Na+ abrem;3- Na fase de repolarizao os canais de Na+ ficam inativos e os de K+ abrem ;4- Na fase de hiperpolarizao os canais de Na+ continuam inativos e os de K+

    abertos.

    Canal de potssio

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    Equao de voltagem da membrana

    Kirchoffs law: Ic= I Ca

    INa = gmax, Nam3h(V- VNa)

    Modelo de Hodgkin-Huxley

    -Cm dV/dt = gmax, Nam3h(V-Vna) + gmax, K n4 (V-VK ) + g leak(V-Vna)

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    Bomba de sdio/potssio

    -Filtro seletivo, constituido pelos

    tomos da cadeia principal;

    - O que interage com os ies o

    grupo carbonilo da cadeia

    principal;

    - Na bomba Na+/K+ os ies no

    passam os dois ao mesmo tempo,

    mas sim um de cada vez-

    sequncial-ligam-se pelo mesmo

    stio mas no passam ao mesmo

    tmepo;

    -A bomba sensvel ao potencial de membrana;

    -Canais muito mais seletivos para o K+ do que para o Na+;

    Conuduo da Ao de Potencial

    i. Uma corrente local precede a aode potencail no citoplasma;

    ii. Se a despolarizao suficientepara alcanar um thereshold o

    potencial de ao iniciado;

    iii. Uma nova fonte de circuito local gerada e assim, o potencial de ao

    propagado. Conduo retrograda difcil uma vez que a membrana

    refratria.

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    Conduo em nervos mielinizados:

    Nas ficbras nervosas dos vertebrados com diametro superior a 1 m, umabanha de mielina envolve o axnio, sendo que interrompida a cada 1mm;

    Nestes intervalos-nodos de Ranvier- a membrana do axnio est emcontinuidade com o espao extracelular;

    A mielina uma subtncia gordurosa que isola com muita eficincia amembrana nervosa do espao extracelular;

    A mielinizao incrementa fortemente a velocidade de conduo do potencialde ao para um dimetro particular. Isto permite que vrias fibras sejam

    contidas no mesmo nervo, resultando num dimetro de dimenses moderadas.

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    Canais

    Permeabilidade da

    membrana

    plasmtica

    Modelos de transporte. Protenas transportadoras: activo e passivo; Canais: sempre

    passivo.

    Gradiente eletroqumico o efeito combinatrio do gradiente de concentrao e osseus potenciais de membrana.

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    Ciclo da bomba Na+/K+

    Parece existir uma sobreposio consideravel entre os resduos que coordenam o K+ e

    o Na+ apoiando o modelo de transporte consecutivo no qual o Na+ libertado para o

    lado extracelular em troca do K+ ser transportado para o citoplasma pela mesma

    cavidade; alterando o modelo de acesso.

    -A hlice Am10 termina com trs argininas,

    tornando a rea a volta do terminal C na

    membrana altamente eletropositiva

    - Os agregados de arginina atuam como sensores

    de voltagem que movem em resposta

    despolarizao da membrana. Isto altera a relao

    entreo C-terminal e o seu bolso de ligao com

    consequncias na afinidade do Na+.

    Canais inicos

    -Seletividade e gated (abrem e fecham)

    Exemplo: estrutura de um canal de K+ de uma

    bacteria. Selectividade 10,000 fold sobre Na, embora

    K+ 0.133nm, Na+ 0.095 nm

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    Seletividade do canal de K+: oxigenios do grupo carbonil no filtro seletivo.

    Anlises hidropticas e estudos topolgicos previram a presena de 6 alfa-hlices

    transmembranares no canal voltage-gates de K+. O ncleo do canal consiste em 5&6

    hlices e as intervenientes H5 segmento de cada uma das 4 cpias da protena.

    Hlices de 1-4 funcionam como domnio sensvel

    voltagem, com a hlice nmero 4 tendo um papel

    especial na deteo da voltagem. Este domnio no

    tem canais de K+ que no so sensveis voltagem.

    Os canais de K+ so mais seletivos para o K+

    comparativamente com o Na+.

    O flitro seletivo que determina que catio pode

    passar aravs do canal est localizado na parte mais estreita.

    Estudo de mutaes sugerem que o segmento de H5 essencial para a seletividade do

    K+. H5 inclui uma sequencia (Thr-Val-Gly-Tyr-Gly) encontrada em todos os canais de

    K+, com apenas poucas alteres no processo evolutivo.

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    A sequncia

    caratestica do canal de

    K+ (em preto) forma o

    filtro seletivo na parte

    mais estreita do canal.

    Os ies de K+ unem-se

    dentro do filtro seletivo

    (rosa).

    medida que o K+ entra no canal, as suas guas de hidratao so trocadas por

    tomos de oxignio alinhados no filtro seletivo.

    4 lugares de ligao de K+ do filtro seletivo so definidos por 5 anis de tomos de

    oxigenio. Cada anel inclui 4 tomos de oxignio, um de casa subunidade. A maioria so

    oxigenios de suporte da sequncia tpica. Cada K+ ligado interage com 8 tomos de

    oxignio a medida que se coloca entre 2 dos anis de oxignio.

    Io K+ a interagir com a parte perifrica do anel de

    tomos de oxignio.

    O arranjo dos tomos de O em redor de cada K+ no filtro

    seletivo imita o arranjo de um io K+ hidratado.

    A energia de barreira para a entrada e sada do K+

    baixa.

    Estruturas obtidas por raios-X, como a da imagem, que fazem uma mdia de vriascpias do canal, mostram K+ em todos os locais de ligao

    Baseado em predies eletrostticas e outras evidncias, K+

    assume-se que ocupa qualquer outro local de ligao, com

    uma gua por cada local interveniente. K+ & H2O passam

    alternadamente, em fila, atravs do canal. Quando um K+ se

    liga a umma ponto do filtro de seletivo, outro K+ escapa-se

    pela outra ponta.

    Vista lateral, vista do espao

    normal membrana extracelular

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    Deteo de Voltagem ( voltage sensing )

    Anlise de mutaes mostram que resduos (+) na hlice #4 so essenciais para a

    voltage gating. Na hlice #4 cada terceiro resduo Arg ou Lys e intervm emresduos que so hidrofbicos.

    Potencial transmembranar decrescente causa que a

    hlice #4 mude posio, resultando em mais das suas

    cargas (+) estarem acessveis a fase aquosa fora da

    clula.

    Uma pequena gating current mesurvel a medida

    que as cargas (+) se vo para fora.

    Um mecanismo "ball & chain" de ativao tem sido postulado,

    no qual o N-terminal de uma das quatro cpias do canal de

    protenas entra do citosol para a membrana de modo a inibir o

    fluxo.