INFORMATIVO JANEIRO/FEVEREIRO 2013

Pomar de plantas cítricas é danificado

pelo fogoPágs. 02 e 03

Hoje, citricultor comemora a produção de um pomar

revigorado e cheio de vida, com auxílio dos produtos

da Samaritá

A gênese de um agricultor

Pág. 04

EXPEDIENTECONSELHO EDITORIAL: Antonio Coutinho; Paula A. Gabbai; Maina P. F. Diniz e Marli G.Cortez Lima

REDAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Marli G. Cortez Lima (Mtb 16.246/SP)

PERIODICIDADE: Bimestral

TIRAGEM: 200 exemplares

EDITORIALAgricultores: Os heróis da terra

“O agricultor é ao mesmo tempo um produtor como o operário, um

trabalhador independente como o comerciante e um administrador

como o chefe de empresa. Ele é tanto explorado como produtor quanto posto à prova como o trabalhador independente. Mas ele também é

fascinado pelo modelo do chefe da empresa, isto é, a competência e a

competitividade” (EIZNER, 1972, p. 330-331).

Com o tema: “Um espetáculo em homenagem ao agricultor”, a escola de samba Unidos de Vila Isabel desfilou no Carnaval carioca de

2013. Apresentou-se com o objetivo da população conhecer o papel fundamental do produtor rural brasileiro.

Nosso cliente é esse produtor, o agricultor que busca inovações com qualidade, almejando um crescimento consistente com maior rentabilidade, sabendo que o único caminho para isso é o investimento em tecnologia.

É pensando nesse produtor, que a Samaritá vem

reunindo esforços em pesquisa e tecnologia visando aprimorar a qualidade no atendimento e agilidade na prestação de serviços, reconhecendo a importância do agricultor e da agricultura na economia brasileira.

A competência da Samaritá está vinculada ao

perfil desses agricultores que lidam com todo o tipo de adversidades. Por isso, nosso portfólio de produtos está em constante evolução para atender as necessidades de cada segmento agrícola e as particularidades de cada região. Em conjunto com este portfólio, a empresa oferece instrumentos de relacionamento e suporte diferenciados visando orientar o agricultor quanto à exposição a riscos e enfrentamento de adversidades como forjadores do empreendedorismo.

Nesta edição, conheça a história de Jairo Antonio Scapim e sua esposa Ana Maria Prado Scapim, agricultores de coragem que subsistiram a grandes desafios.

Reconhecemos que a legitimação do título de

“agricultor” deve-se às vivências desse profissional em grandes lutas e desafios, o qual o coloca não apenas como sobrevivente, mas também como promotor e guardião do bem estar social em nosso país.

Alberto dos Santos (Diretor/Presidente Samaritá)

Sítio Santo Antônio, bairro Vatinga, Mogi Mirim/SP.

Jairo Antônio Scapim e Ana Maria Prado

Scapim, produtores de

laranjas da variedade Westin.

Alguns citricultores providenciam o corte dos galhos secos, mas às vezes essa poda é maior do que o necessário, então o aconselhável é fazer a planta brotar e se sobrar muitos ramos secos, é realizado o corte. “Algumas plantas ainda possuem um raminho seco, vestígios da destruição do fogo, mas a recuperação foi tão boa que você quase não os percebe. Se tivéssemos podado a esmo, teríamos podado mais do que precisaria, comprometendo e retardando o seu crescimento”, acrescenta Coutinho.

Plantas que brotaram sem poda de galhos queimados

Recuperação do pomar

oram aplicados para a recuperação do pomar os produtos Biopower® (1 L/ha), para recuperação da copa; o Fosfito de potássio (5 L/ha), para estimular a planta a se desenvolver e impedir doenças, aumentando sua proteção e defesa, além do cobre (5 kg/ha) que agiu como fungicida e bactericida, realizando a proteção superficial e externa. Usou-se ainda o Nitrato Super (3 L/ha), adubo foliar também fabricado

pela Samaritá, com micronutrientes e composto à base de nitrogênio, a fim de complementar a nutrição da planta. F ó r m u l a c o m doses usadas para tanques de 2.000 litros. Após trinta dias d a a p l i c a ç ã o c o m e ç a r a m a surgir a vegetação

nova e com brotos fortes. Após seis meses quem visse o pomar não acreditaria que ele havia sofrido queimada. Segundo Coutinho, “já vi pomares, onde ocorreram incêndios, e a maioria dos produtores arrancaram as plantas”.

F

Fotos: Marli

Pomar danificado pelo é recuperado com auxílio de

produtos da

fogo

Samaritá

Qual agricultor não tem saudades daqueles anos nos quais as manchetes dos jornais eram: "Lucro da laranja atrai novos investimentos", Folha de S. Paulo, 21mar1989 ou "Atraídos pelos preços, novos grupos disputam fatias do mercado", Gazeta Mercantil, 28dez1988?

Ao longo dos anos 1990, a crise no setor citrícola provocou o distanciamento de pequenos produtores agrícolas das novas dinâmicas comerciais do setor.

A crise continua afetando a citricultura brasileira. Observe o ano de 2012, quando a grande oferta do produto levou a indústria a comprar a fruta por preços abaixo dos custos de produção, induzindo os

produtores a buscar outras formas de encontrar seu consumidor.

Ver muitas frutas no chão foi um cenário comum nas propriedades do interior de São Paulo. Sem mercado para a venda, os frutos deixaram de ser colhidos. Com isso, toneladas de laranja foram

perdidas.

As dificuldades encontradas pelos produtores de laranja do Sítio Santo Antônio, em Mogi Mirim, o Sr. Jairo Antônio Scapim e sua esposa Ana Maria Prado Scapim foram muito além.

O casal, sem filhos, administra a terra arrendada e realizam todas as tarefas pertinentes ao ciclo produtivo, que envolvem a operação de máquinas e equipamentos agrícolas, assim como

aplicações de adubo ou de agroquímicos, caracterizando uma atividade estritamente familiar.

Todas as tarefas executadas dependem unicamente do Sr. Jairo e da Sra. Ana, pois não tem possibilidade de

contratar e pagar trabalhadores especializados.

Os agricultores produzem a laranja “Westin”, uma das primeiras no ciclo de colheita, com frutos que amadurecem entre os meses de abril e junho, servindo

mais para a indústria do que para o consumo in natura. No ano passado as indústrias não compraram essas laranjas precoces, então a maioria dos

produtores não teve para quem vender, ficando tudo pelo chão e levando o produtor a amargar um grande prejuízo.

Árvores destruídas pelo fogo

Como se não bastasse, o pomar do Sr. Jairo sofreu devido um incêndio. O fogo no pomar ocorreu em junho de 2010. O clima estava muito seco, com ambiente totalmente propício para o fogo, devido o capim também se apresentar desidratado.

Provenientes do vizinho ao lado, o fogo começou pelo capim e incendiou as plantas cítricas, queimando folhas, frutos, com prejuízo imediato. Em aproximadamente meia hora, o fogo se alastrou dizimando quase 3.000 pés.

No dia seguinte, o Sr. Jairo procurou o Engº Agrº Eduardo Siqueira, vendedor da Samaritá, e perguntou o que poderia ser feito. “O Eduardo e o Engº Agrº Antonio Coutinho, gerente t é c n i c o d a S a m a r i t á , visitaram o pomar quase extinto e juntos analisaram o caso”, disse Jairo.

Segundo Coutinho, “quando o fogo é leve, destrói folhas superficiais, frutos e ramos mais finos. Se o fogo é mais intenso ele vai se aprofundando na planta, destruindo o tronco por completo. Durante a visita, passamos o canivete em alguns troncos grossos e verificamos que ainda havia u m a l e n h a v e r d e , semelhante ao que ocorre em plantas que sofrem geadas intensas como na Europa, EUA, Uruguai, Argentina, às vezes no Chile.” “O que Jairo começou a usar como tratamento, é mais ou menos o que fariam esses citricultores em países de geada severa.”.

SAMARITÁ INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDARua João Bombo, 176 - Parque Industrial Itamaraty - CEP 13.160-000 - Artur Nogueira - SP

Tel: (19) 3827.9100 - Fax: 3877.4833 - www.samarita.com.br - quimica@samarita.com.br

Por Antonio Coutinho

Certa vez fui procurado por um contrário disso? poderá recuperar o capital investido amigo que dizia possuir vendendo a propriedade, algumas vezes r e c u r s o s f i n a n c e i r o s Agora vamos analisar a tal conta com algum ganho na valorização do

acumulados por décadas de trabalho bancária do nosso amigo. Se a decisão imóvel.árduo, e que decidira então, com aquelas “sobre o que” cultivar exige, para ser economias, tornar-se agricultor. Como ele rentável, áreas relativamente grandes, Aqueles que já possuem terra na hora sabia que eu havia acumulado na época, pode sobrar fazenda para o dinheiro que de se decidir pela atividade rural, podem pelo menos 20 anos de experiência em ele tem. Explico: se a atividade é “engordar até considerar as estruturas já existentes produção de citros, pareceu-me um bom boi” em sistema extensivo ou produzir para ajudar na decisão do que fazer. Ex: motivo para tomar algumas decisões. milho, ele precisará mais terra para ganhar terreiros de secagem de café, estábulos,

o pão de cada dia do que outro produtor sistemas de irrigação, etc. Mas este caso Iniciamos a conversa, com ele me que decidiu plantar tomates. Muitas vezes também pode ser uma armadilha.

perguntando sobre quais variedades de o negócio que escolhemos exige uma laranja plantar, quais porta-enxertos utilizar escala de investimentos que não é Em certa ocasião, visitando uma e principalmente onde deveria comprar adequada ao nosso bolso. fazenda onde o proprietário acabava de uma propriedade rural com o objetivo de herdá-la do sogro, me mostraram dois implantar um pomar. A maioria das pessoas que pretende se grandes galpões de granjas para galinhas

poedeiras. O herdeiro então me An tes de qua lquer disse com certo ar triunfante:

recomendação, iniciei a fazer- Vou aproveitar estes dois lhe perguntas. Creio que isso, galpões para criar galinhas, d e i x o u - l h e u m p o u c o eles já estão aí mesmo! Eu desapontado. Ele esperava de disse que o que ele acabara de imediato, um conjunto de me dizer era algo equivalente indicações que o levariam a há se um dia, ele encontrasse ser um citricultor de sucesso. no porão de casa um carrinho

de bebê, ele e a esposa Acredito que aqueles que dever iam imed ia tamente

possuem dinheiro em uma “encomendar” um filho para conta bancária e querem ser também “aproveitar” o carrinho. a g r i c u l t o r e s , d e v e r i a m Em outras palavras, ele deveria inicialmente responder a saber primeiro se a granja a l g u m a s p e r g u n t a s : A naquele momento seria um agricultura é o que existe de b o m n e g ó c i o , m e s m o mais rentável para o meu recebendo os barracões de dinheiro? Por que quero ser presente. agricultor?

Depois desta conversa, o tal Se essas perguntas forem proprietário veio a se tornar um

respondidas com mui ta bom produtor de tangerinas e lucidez e, após isso eu ainda mandou derrubar os galpões. permaneço firme com o Afinal, cuidar de galpões vazios objetivo de viver da terra, é muito caro.deverei então passar à segunda etapa, responder Não é minha intenção aqui outras tantas perguntas: Que escrever um t ratado de tipo de negócio pode ser economia e administração tornar agricultor pensa numa sequência rentável para o agricultor que eu quero me agrícola para este tipo de tomada de aparentemente óbvia, ou seja, comprar a tornar? Qual o risco econômico e decisão, pois não tenho conhecimento terra, plantar, colher e vender a produção. fitossanitário terá de enfrentar? Se na necessário e nem o espaço neste E aí vem outra pergunta: por que não região em que vivo, a maioria dos informativo se destina a isso. Meu desejo é arrendar a terra? Caso você seja tão bom agricultores planta café devo também ser instigar nossos futuros agricultores e agricultor “quanto eu fui jogador de cafeicultor? Meu vizinho é um deles e tem também os já existentes a realizarem futebol”, ficará mais fácil “cair fora do jogo um casarão de dar inveja e os carros dos algumas reflexões.sem se machucar” se a terra for arrendada. meus sonhos. Seria esta uma boa razão Decidir o que plantar quando já se é dono para eu ser cafeicultor? Por que tenho que De uma fo rma ge ra l nossos da terra é uma coisa, mas se você tiver ser agricultor na cidade onde vivo? agricultores são pessoas otimistas e apenas o dinheiro para investir, é outra.

sonhadoras, até mesmo os fazendeiros do Primeiro devo definir a atividade que asfalto. Nenhum deles começa um negócio Considere isso: se você transformar

será rentável e somente depois perguntar qualquer sabendo claramente que aquilo seu dinheiro em terra, esperando que a se ela é tecnicamente e economicamente pode ser uma grande fria. Na balança das agricultura lhe proporcione renda e viável na minha cidade. Muitas vezes decisões estão, acima de tudo, os sonhos. também lhe pague de volta a terra aquela atividade que concluímos ser Por isso posso afirmar: podemos sim e comprada, pode ser um grande engano! rentável, poderia ser ainda melhor num devemos sonhar, mas sonhar com os pés Neste caso, alguns especialistas em outro lugar. Eu devo ir com minha casa no chão e os olhos no fluxo de caixa.economia rural dizem que depois de para onde estará meu negócio ou realizar o passar alguns anos vivendo da terra, você

A gênese de um agricultor