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Apostila do Curso a Distância Agência Nacional de Águas

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Apostila do Curso Sala de Situação- fique por dentro, da Agência Nacional das Águas (ANA)

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  • Apostila do Curso a Distncia Agncia Nacional de guas

  • SALA DE SITUAO: FIQUE POR DENTRO

    1. APRESENTAO

    Neste curso vamos entender do que se trata a Sala de Situao da Agncia

    Nacional de guas - ANA, compreender seus objetivos, o seu funcionamento e sua

    importncia no contexto da preveno de desastres naturais.

    Vamos l?

    2. INTRODUO

    O que? Desastres Naturais*?

    Quando os fenmenos naturais atingem reas ou regies habitadas pelo homem e

    causam danos passam a se chamar desastres naturais.

    Estudos indicam um aumento na intensidade e na frequncia de fenmenos

    extremos, como:

    temporais;

    tornados; e

    estiagens severas

    que aumenta a possibilidade de ocorrncia de desastres naturais.

    Na dcada de 70, a mdia de desastres ocorridas no mundo foi de 90 eventos por

    ano, saltando para mais de 260 eventos na dcada de 90.

    Dentre os principais fatores responsveis pelo aumento dos desastres naturais em

    todo o mundo esto:

    o crescimento populacional;

    o crescimento das favelas e bolses de pobreza;

    a ocupao de reas de risco;

    a ocupao da zona costeira; e

    as mudanas climticas globais

    Responsveis por perdas significativas de carter social, econmico e ambiental, os

    desastres naturais so geralmente associados a:

    terremotos,

    tsunamis,

    erupes vulcnicas,

    ciclones e

    furaces.

  • Mas os desastres naturais tambm incluem processos e fenmenos localizados,

    como:

    deslizamentos;

    inundaes;

    afundamento da superfcie; e

    eroso que podem ocorrer naturalmente ou induzidos pelo homem.

    No Brasil os principais fenmenos relacionados a desastres naturais so derivados

    da dinmica externa da terra, tais como:

    inundaes e enchentes;

    enxurradas;

    deslizamentos de solos e rochas e

    tempestades.

    Estes fenmenos esto normalmente associados a eventos de chuvas intensas e

    prolongadas nos perodos que correspondem ao vero na regio sul e sudeste e ao

    inverno na regio nordeste.

    O Brasil est entre os pases do mundo mais atingidos por inundaes e enchentes,

    tendo registrado 94 desastres no perodo de 1960 a 2008, com 5.720 mortes e mais de

    15 milhes de pessoas afetadas.

    As inundaes representam cerca de 60% dos desastres naturais ocorridos no Brasil

    no sculo 20, deste total 40% ocorreram na regio sudeste.

    O Brasil precisa estar preparado para enfrentar com seriedade o desafio da

    preveno de riscos e da reduo dos impactos causados por esses desastres. Vamos

    ento, entender qual a contribuio da ANA, neste desafio?

    * O conceito abordado foi obtido a partir da transcrio literal da parte introdutria do vdeo:

    Desastres Naturais e CEMADEN (http://www.cemaden.gov.br/videos.php?pag=2)

    3. SALA DE SITUAO: COMO A AGNCIA NACIONAL DE GUAS CONTRIBUI PARA A PREVENO E ENFRENTAMENTO DOS

    DESASTRES NATURAIS?

    Em 8 de janeiro de 1997 foi implementada a Poltica Nacional de Recursos

    Hdricos PNRH, tambm conhecida como Lei das guas que tem entre seus objetivos:

    a preveno e a defesa contra eventos hidrolgicos crticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.

    J em 17 de julho de 2000 foi criada a Agncia Nacional de guas - ANA, pela

    Lei n. 9.984/2000. A ANA uma autarquia sob regime especial, com autonomia

    administrativa e financeira, vinculada ao Ministrio do Meio Ambiente, integra o

  • Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hdricos e a entidade federal

    responsvel pela implementao da Poltica Nacional de Recursos Hdricos.

    Entre as atribuies da ANA associadas gesto de risco a desastres naturais,

    destacam-se:

    Planejar e promover aes destinadas a prevenir ou minimizar os efeitos de secas e inundaes, no mbito do Sistema Nacional de Gerenciamento de

    Recursos Hdricos, em articulao com o rgo central do Sistema Nacional de

    Defesa Civil, em apoio aos Estados e Municpios. Inserir um Saiba mais:

    Definir e fiscalizar as condies de operao de reservatrios por agentes pblicos e privados, visando a garantir o uso mltiplo dos recursos hdricos,

    conforme estabelecido nos planos de recursos hdricos das respectivas bacias

    hidrogrficas.; e

    Promover a coordenao das atividades desenvolvidas no mbito da rede hidrometeorolgica nacional, em articulao com rgos e entidades pblicas ou

    privadas que a integram ou que dela sejam usurias.

    Em novembro de 2009 a Sala de Situao da ANA foi inaugurada.

    Sala de situao? Vamos entender e ficar por dentro?

    Por intermdio da Sala de Situao, a ANA realiza o acompanhamento das

    condies hidrometeorolgicas de bacias hidrogrficas prioritrias e de armazenamento

    dos principais reservatrios do Pas, com vistas a subsidiar, em especial, a tomada de

    decises no que se refere minimizao dos efeitos de secas e inundaes. Para tanto,

    utilizam-se dados de monitoramento de:

    chuvas,

    nveis e vazes de rios,

    operao dos principais reservatrios,

    previses de tempo e clima,

    modelos hidrolgicos e

    registros de ocorrncias de situao de emergncia ou estado de calamidade pblica nos municpios brasileiros.

    A partir dos eventos de cheia nos Estados de Alagoas e Pernambuco, ocorridos

    em junho de 2010, nas bacias dos rios Munda, Paraba, Una, Sirinham e Capibaribe,

    que resultaram na perda de vidas humanas e bens materiais, alm de desalojarem e

    desabrigarem dezenas de milhares de famlias, a Agncia Nacional de guas comeou a

    apoiar os estados na estruturao de Salas de Situao prprias.

  • Branquinha/AL (Foto: SGH/ANA; junho/2010)

    Unio dos Palmares/AL (Foto: SGH/ANA; junho/2010)

    As Salas de Situao estaduais realizam o acompanhamento de forma anloga

    da ANA, diferenciando-se na escala espacial de anlise. Esse espao funciona como um

    centro de gesto de situaes crticas e subsidia a tomada de deciso por parte do rgo

    gestor de recursos hdricos estadual, identificando possveis ocorrncias de eventos

    crticos por meio do acompanhamento das condies hidrolgicas dos principais

  • sistemas hdricos do Estado. Dessa maneira, permite a adoo de medidas preventivas e

    mitigadoras dos efeitos de secas e inundaes.

    A atuao da Sala de Situao da ANA se pauta nas regras e procedimentos para

    acompanhamento e aviso de situaes de eventos hidrolgicos crticos, o qual define

    tambm a forma de articulao nas esferas federal e estadual e a distribuio de

    competncias entre as unidades organizacionais da ANA diante da ocorrncia de

    eventos hidrolgicos crticos.

    4. ENTO, QUAIS SO OS OBJETIVOS DA SALA DE SITUAO?

    Os objetivos principais da Sala de Situao so:

    Monitorar e informar a ocorrncia de eventos hidrolgicos crticos;

    Apoiar as aes de preveno de eventos crticos.

    Secundariamente, a Sala de Situao deve:

    Elaborar relatrios descrevendo a situao das bacias hidrogrficas, das estaes de monitoramento e dos reservatrios, bem como o levantamento das

    informaes sobre os eventos hidrolgicos crticos;

    Acompanhar a operao e propor adequaes na rede hidrometeorolgica especfica para monitoramento de eventos hidrolgicos crticos;

    Identificar, sistematizar e atualizar as informaes de cotas de alerta e ateno das estaes fluviomtricas ou outra cota de referncia;

    Elaborar e manter atualizado o inventrio operativo da Sala de Situao com os dados das estaes fluviomtricas e dos reservatrios utilizados no dia-a-dia

    operacional dessa Sala.

    5. DADOS REUNIDOS PELA SALA DE SITUAO: DE ONDE VEM,

    PARA ONDE VO

    5.1 Recordando sobre a Sala de Situao da ANA

    No Brasil, por suas caractersticas geolgicas, geogrficas e climatolgicas,

    aparecem como desastres naturais mais comuns as inundaes, as secas e os

    deslizamentos de encostas, que esto fortemente relacionados ocorrncia de

    fenmenos climticos, em especial aos denominados eventos extremos e ocupao desordenada.

    As inundaes e as secas tm chamado cada vez mais a ateno da sociedade,

    uma vez que causam impactos econmicos e sociais importantes. J vimos que o ano de

  • 2009, particularmente, foi marcado pela significativa ocorrncia de tais eventos e,

    consequentemente, de vultosos danos e prejuzos.

    E foi nesse mesmo ano que a Sala de Situao da ANA foi inaugurada, e

    relembramos, com a funo bsica de acompanhamento das tendncias hidrolgicas em

    todo o territrio nacional. Esta tarefa cumprida por meio da anlise:

    da evoluo das chuvas,

    dos nveis e das vazes dos rios e reservatrios,

    da previso do tempo e do clima, da realizao de simulaes matemticas que auxiliam na preveno de

    eventos extremos em todo o Pas,

    Para anlise de tantas informaes e dados a Sala de Situao operada em

    conjunto pela Superintendncia de Gesto da Rede Hidrometeorolgica e pela

    Superintendncia de Usos Mltiplos e Eventos Crticos da Agncia Nacional de guas.

    Ento, a Sala de Situao rene as atividades de coleta e validao de dados e de

    sua anlise, visando produo de informaes confiveis e em tempo hbil para a

    tomada de deciso pela Diretoria Colegiada da ANA.

    Vamos ver um pouco da contribuio de cada um?

    5.2 Superintendncia de Gesto da Rede Hidrometeorolgica

    A Superintendncia de Gesto da Rede Hidrometeorolgica SGH possui como atribuies, entre outras:

    promover a coordenao das atividades desenvolvidas no mbito da rede hidrometeorolgica nacional, em articulao com rgos e entidades pblicas ou

    privadas que a integram ou que delas sejam usurias; e

    coordenar e promover as aes tcnicas de modernizao das redes

    hidrometeorolgica, sedimentomtrica e de qualidade da gua, em cooperao

    com entidades nacionais e internacionais.

    Afinal, de onde vem esses dados?

    A Agncia Nacional de guas responsvel pela coordenao das atividades

    desenvolvidas no mbito da Rede Hidrometeorolgica Nacional, composta por mais de

    4.500 estaes pluviomtricas e fluviomtricas, que acompanham cerca de 2.200 dos

    quase 13.000 rios cadastrados no Sistema de Informaes Hidrolgicas da ANA , onde

    se monitoram:

    o nvel do rio

    a vazo dos rios,

    a quantidade de sedimentos e

    a qualidade das guas,.

  • A ANA disponibiliza os dados de nvel, vazo, sedimento e qualidade da gua

    dos rios brasileiros, bem como de chuva no territrio nacional nos seguintes stios:

    Hidroweb ;

    Sistema de Monitoramento Hidrolgico ; e

    Sistema Nacional de Informaes sobre Recursos Hdricos - SNIRH . .

    Essas informaes so fundamentais tanto para a tomada de decises de

    gerenciamento de recursos hdricos por parte da ANA, como para o desenvolvimento de

    projetos em vrios segmentos da economia que so usurios da gua, como: agricultura,

    transporte aquavirio, gerao de energia hidreltrica, saneamento, aquicultura.

    Nos ltimos anos, a ANA tem investido na modernizao da Rede

    hidrometeorolgica com a instalao de estaes telemtricas, as quais, por meio de

    Plataformas de Coleta de Dados (PCDs), fazem a aquisio automatizada de dados

    hidrolgicos e os transmitem Agncia, onde so processados, armazenados e

    disponibilizados pela internet.

    Na operao da Sala de Situao, as fontes das informaes hidrometeorolgicas

    so a partir das:

    Estaes telemtricas e convencionais pertencentes Rede

    Hidrometeorolgica Nacional, de responsabilidade da ANA;

    Cerca de 2.000 estaes telemtricas, cujo acesso ANA foi acordado

    por meio da Resoluo Conjunta ANEEL/ANA n. 03, de 10 de agosto de

    2010;

    Dados do Operador Nacional do Sistema Eltrico ONS, que envia diariamente (por e-mail e atravs de um WebService via automtica de coleta) a situao dos reservatrios das principais usinas hidreltricas do

    Pas;

    Leitura de rguas por agentes de entidades locais/ municipais de Defesa

    Civil local, principalmente em tempos de cheias, em reas onde a cobertura

    da rede da ANA deficiente; e

    Dados telemtricos de outras entidades, com destaque para as empresas estatais de gerao de energia hidreltrica, a exemplo da CEMIG, CHESF e

    CESP.

    Os dados das estaes telemtricas so consistidos pela equipe da SGH e

    disponibilizados no sistema Telemetria, acessvel via Internet por meio do Sistema

    Hidro.

    As informaes geradas pela SGH subsidiaro as anlises realizadas pela SUM.

    Vamos ver como ?

  • 5.3 Superintendncia de Usos Mltiplos e Eventos Crticos

    Tambm segundo o Regimento Interno da ANA, a Superintendncia de Usos

    Mltiplos e Eventos Crticos SUM possui com atribuies, entre outras:

    Planejar e promover aes destinadas a prevenir ou minimizar os efeitos de secas e inundaes, no mbito do Sistema Nacional de Gerenciamento de

    Recursos Hdricos, em articulao com o rgo central do Sistema Nacional de

    Defesa Civil, em apoio aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios.

    Propor a definio das condies de operao de reservatrios por agentes pblicos e privados, visando a garantir o uso mltiplo dos recursos hdricos, a

    controlar as enchentes e a mitigar as secas, em consonncia com os planos das

    respectivas bacias hidrogrficas e de acordo com a articulao efetuada entre a

    ANA e o Operador Nacional do Sistema Eltrico - ONS, relativamente aos

    reservatrios de aproveitamentos hidreltricos.

    A contribuio dessa Superintendncia para as atividades da Sala de Situao ,

    a partir das informaes disponibilizadas pela SGH e de outras fontes, analis-las e

    produzir diariamente boletins de acompanhamento de diversos sistemas e bacias

    prioritrias, alm de mapas, boletins mensais e informes especiais, publicados na pgina

    da web da ANA. Tambm so produzidos boletins extraordinrios em situaes crticas

    de circulao interna ou mesmo dirigidos a outros rgos governamentais.

    5.4 Superintendncia de Gesto da Informao

    Dentre as atribuies da Superintendncia de Gesto da Informao SGI, constam a administrao das bases de dados da ANA e a disponibilizao e promoo

    do intercmbio de dados e informaes, por meio de Tecnologias da Informao, com os

    Estados e as entidades relacionadas gesto de recursos hdricos.

    Desta forma, a contribuio dessa Superintendncia nas atividades da Sala de

    Situao reside no diagnstico da necessidade e no desenvolvimento de sistemas

    computacionais para apoiar as atividades de anlises e divulgao dos produtos

    elaborados na Sala de Situao.

    5.5 Processo de articulao com os rgos da esfera federal

    As aes de preveno de eventos hidrolgicos crticos realizadas pela ANA

    fazem parte de um conjunto de aes realizadas, em nvel federal, na rea de gesto de

    riscos e resposta a desastres naturais. Nos ltimos anos, tem-se observado, no Brasil,

    uma preocupao crescente com a identificao de riscos e a preveno de desastres

    naturais, em substituio ao tratamento tradicionalmente dado ao tema, voltado

    predominantemente resposta a catstrofes.

    Nesse sentido, foram criadas instituies voltadas reunio e articulao de

    especialidades relevantes ao enfrentamento de eventos extremos, como o:

  • CEMADEN- Centro Nacional

    de Monitoramento e Alertas

    de Desastres Naturais

    rene e produz informaes e sistemas para

    monitoramento e alerta de ocorrncia de desastres

    naturais em reas suscetveis de todo o Brasil

    CENAD - Centro Nacional de

    Gerenciamento de Riscos e

    Desastres.

    gerencia aes estratgicas de preparao e resposta a

    desastres.

    Nessa estrutura, a ANA, a partir do trabalho da Sala de Situao que encaminha

    relatrios ao CEMADEN que envia ao CENAD alertas de possveis ocorrncias de

    desastres nas reas de risco mapeadas. O CENAD, por sua vez, transmite os alertas aos

    estados, aos municpios e a outros rgos federais e apoia as aes de resposta a

    desastres.

    Atuao da Sala de Situao da ANA no ciclo do gerenciamento de riscos e resposta a desastres

    naturais.

    O principal papel da ANA, a partir da Sala de Situao, continuamente

    produzir e transmitir ao CEMADEN e ao CENAD informaes hidrolgicas confiveis

    com frequncia e antecedncia adequadas para permitir a tomada de deciso em tempo

    hbil. No caso da ocorrncia de eventos crticos de inundaes, mobiliza-se uma fora-

    tarefa de gelogos e hidrlogos (entre eles, alguns servidores da ANA), de carter

    temporrio, a fim de acompanhar mais atentamente o evento em questo.

    6. CONCLUSO

    Neste curso, foi possvel entendermos do que se trata a Sala de Situao da

    Agncia Nacional da gua, que funciona como um centro de gesto de situaes

  • crticas e subsidia a tomada de decises por parte de sua Diretoria Colegiada. Isso s

    possvel de ser realizado em funo da coleta de dados e anlises das condies

    hidrolgicas dos principais sistemas hdricos nacionais. As aes da Sala de Situao

    contribuem diante de possveis ocorrncias de eventos hidrolgicos crticos, e antecipa-

    se a fim de que sejam adotadas medidas mitigadoras para minimizar os efeitos de

    intensas secas e inundaes.

    Portanto, a ANA a partir do levantamento e fornecimento de dados hidrolgicos

    que se juntam a dados reunidos por outras instituies como INMET, INPE, CPRM,

    IBGE, se pauta para contribuir na antecipao de catstrofes que possam a vir assolar

    a sociedade em momentos sejam de muitas chuvas ou de persistentes secas e desta

    forma ajudar na preveno dos desastres naturais.

    Ento, para revisar os conhecimentos que aqui discutimos e para realizar os

    exerccios avaliativos, assista a animao a seguir.

    Vamos l?

    Clique aqui (http://www2.ana.gov.br/Paginas/imprensa/video.aspx?id_video=75)

    Ficha tcnica

    Esse curso foi baseado no Manual de Operao da Sala de Situao, Setembro

    de 2013, Superintendncia de Usos Mltiplos e Eventos Crticos. Agnica Nacional de

    guas.

    Reviso de contedo:

    Mrcia Regina Silva Cerqueira Coimbra SUM/ANA Othon Fialho de Oliveira SUM/ANA

    Reviso geral dos trabalhos:

    Elmar Andrade de Castro SAG/ANA

    Esse curso est Sob Licena .

  • LISTA DE ABREVIATURAS

    ANA: Agncia Nacional de guas

    ANEEL: Agncia Nacional de Energia Eltrica

    APAC/PE: Agncia Pernambucana de guas e Clima

    BMDI: Bhalme & Mooley Drought Index

    CCM: Complexo Convectivo de Mesoescala

    CEDOC: Centro de Documentao da ANA

    CEMADEN: Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais

    CEMIG: Companhia Energtica de Minas Gerais

    CENAD: Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres

    CEOPS/FURB: Centro de Operaes do Sistema de Alerta do Vale do Itaja

    CESP: Companhia Energtica de So Paulo

    CHESF: Companhia Hidro Eltrica do So Francisco

    CNARH/ANA: Cadastro Nacional de Usurios de Recursos Hdricos

    COGERH/CE: Companhia de Gesto dos Recursos Hdricos do Estado do Cear

    CPRM: Servio Geolgico do Brasil

    CPTEC/INPE: Centro de Previso de Tempo e Estudos Climticos do INPE

    DINFO: Diviso de Informtica da ANA

    DIREC: Diretoria Colegiada da ANA

    FCTH: Fundao Centro Tecnolgico de Hidrulica

    GEINF/SGH/ANA: Gerncia de Dados e Informaes Hidrometeorolgicos da ANA

    GOES: Geostationary Operational Environmental Satellite

    INEA/RJ: Instituto Estadual do Ambiente do Estado do Rio de Janeiro

    INMET: Instituto Nacional de Meteorologia

    INPE: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

  • ONS: Operador Nacional do Sistema Eltrico

    PCD: Plataforma de Coleta de Dados

    RGB: Composio de cores formado por Vermelho (Red), Verde (Green) e Azul (Blue)

    SIN: Sistema Interligado Nacional

    SINDEC: Sistema Nacional de Proteo e Defesa Civil

    SFI/ANA: Superintendncia de Fiscalizao da ANA

    SGH/ANA: Superintendncia de Gesto da Rede Hidrometeorolgica da ANA

    SIGEL/ANEEL: Sistema de Informaes Georreferenciadas do Setor Eltrico

    SIG-RB: Sistema de Informaes Geogrficas do Ribeira de Iguape e Litoral Sul

    SNIRH/ANA: Sistema Nacional de Informaes sobre Recursos Hdricos

    SPI: Standardized Precipitation Index

    SUM/ANA: Superintendncia de Usos Mltiplos e Eventos Crticos da ANA

    ZCIT: Zona de Convergncia Intertropical

    ZCAS: Zona de Convergncia do Atlntico Sul

    ZCOU: Zona de Convergncia de Umidade

    VCAN: Vrtice Ciclnico de Altos Nveis

  • TERMINOLOGIA TCNICA TIL

    Alarme1: Sinal, dispositivo ou sistema que tem por finalidade avisar sobre um perigo ou

    risco iminente. Nessas circunstncias, o dispositivo operacional passa da situao de

    prontido em condies de emprego imediato para a de incio ordenado das operaes de socorro.

    Alerta1: Dispositivo de vigilncia. Situao em que o perigo ou risco previsvel a curto

    prazo. Nessas circunstncias, o dispositivo operacional evolui da situao de sobreaviso

    para a de prontido.

    Ameaa1: 1. Risco imediato de desastre. Prenncio ou indcio de um evento desastroso.

    Evento adverso provocador de desastre, quando ainda potencial. 2. Estimativa da

    ocorrncia e magnitude de um evento adverso, expressa em termos da probabilidade de

    ocorrncia do evento (ou acidente) e da provvel magnitude de sua manifestao.

    Anlise de riscos1: Identificao e avaliao tanto dos tipos de ameaa como dos

    elementos em risco, dentro de um determinado sistema ou regio geogrfica definida.

    Ano hidrolgico2: Perodo contnuo de 12 meses escolhido de tal modo que as

    precipitaes totais so escoadas neste mesmo perodo.

    rea crtica1: rea onde esto ocorrendo eventos desastrosos ou onde h certeza ou

    grande probabilidade de sua reincidncia. Essas reas devem ser isoladas em razo das

    ameaas que representam vida ou sade das pessoas.

    rea de risco1: rea onde existe a possibilidade de ocorrncia de eventos adversos.

    Avaliao de risco1: Metodologia que permite identificar uma ameaa, caracterizar e

    estimar sua importncia, com a finalidade de definir alternativas de gesto do processo.

    Compreende: 1. Identificao da ameaa. 2. Caracterizao do risco. 3. Avaliao da

    exposio. 4. Estimativa de risco. 5. Definio de alternativas de gesto.

    Aviso: Dispositivo de acompanhamento da situao que caracteriza determinado sistema

    frente possibilidade de ocorrncia de desastre natural. Em relao aos eventos crticos

    associados aos recursos hdricos, so emitidos por entidades responsveis pelo

    monitoramento das condies hidrometeorolgicas. Pode evoluir para alerta, quando o

    perigo ou risco previsvel a curto prazo, e para alarme, quando se avisa sobre um

    perigo ou risco iminente.

    Bacia hidrogrfica: 1. Unidade territorial para implementao da Poltica Nacional de

    Recursos Hdricos e atuao do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos

    Hdricos (inciso V do art. 1 da Lei n 9.433, de 8 de janeiro de 1997). 2. Unidade de

    anlise das aes de preveno de desastres relacionados a corpos dgua (inciso IV do

    1 SEDEC/MI. Glossrio de Defesa Civil: estudos de riscos e medicina de desastres. 5 Edio.

    Secretaria Nacional de Defesa Civil/ Ministrio da Integrao Nacional. Disponvel em

    .

    2 Glossrio de Termos Hidrolgicos. Agncia Nacional de guas. 2001. Verso 1.1.

  • art. 4 da Lei n 12.608, de 10 de abril de 2012). 3. Do ponto de vista fisiogrfico, a

    bacia hidrogrfica corresponde rea de captao natural de gua da precipitao que

    faz convergir os escoamentos para um nico ponto de sada, seu exutrio3.

    Barragem: Barreira construda transversalmente a um vale para represar a gua ou criar

    um reservatrio2. Utilizam-se comumente os termos aude e represa como sinnimos.

    (V. reservatrio)

    Catstrofe1: Grande desgraa, acontecimento funesto e lastimoso. Desastre de grandes

    propores, envolvendo alto nmero de vtimas e/ou danos severos.

    Cotagrama: representao grfica da variao do nvel de gua no corpo hdrico ao

    longo do tempo. Para vazes, utiliza-se o termo hidrograma. (V. hidrograma)

    Cheia anual2: (1) Descarga mxima instantnea observada num ano hidrolgico. (2)

    Cheia que foi igualada ou excedida, em mdia, uma vez por ano.

    Ciclo hidrolgico2: Sucesso de fases percorridas pela gua ao passar da atmosfera

    terra e vice-versa: evaporao do solo, do mar e das guas continentais; condensao

    para formar as nuvens; precipitao; acumulao no solo ou nas massas de gua,

    escoamento direto ou retardado para o mar e reevaporao.

    Chuva efetiva2: (1) Parte da chuva que produz escoamento. (2) Em agricultura, parte da

    chuva que permanece no solo e contribui ao desenvolvimento das culturas.

    Curva cota-rea-volume: Grfico que mostra a relao entre a cota do nvel d'gua em

    um reservatrio, sua rea inundada e seu volume acumulado.

    Curva de descarga2: Curva representativa da relao entre a descarga e o nvel d'gua

    correspondente, num dado ponto de um curso d'gua. Sinnimos - curva-chave, relao

    cota-descarga.

    Curva de permanncia: Curva representativa da relao entre uma determinada

    grandeza (p.e. vazo ou nvel) e a frequncia na qual esta igualada ou superada. Do

    ponto de vista estatstico, a curva de permanncia representa um histograma de

    frequncias acumuladas. Do ponto de vista prtico, pode-se entender permanncia como

    a probabilidade do nvel dgua numa estao fluviomtrica ser igualado ou superado, sendo os nveis de cheias associados a valores de permanncia baixos e os nveis de

    secas associados a valores de permanncia altos.

    Curvas de Averso ao Risco - CAR: conjunto de curvas utilizadas para definir a vazo

    limite de retirada de um reservatrio a partir do seu volume atual, de forma a manter

    uma reserva estratgica ou volume mnimo ao final do perodo hidrolgico seco.

    Curvas intensidade-durao-frequncia: as curvas idf constituem uma famlia de

    grficos de intensidade e durao de chuva associados a frequncias caractersticas de

    recorrncia, deduzidas a partir da anlise de sries temporais de dados e ajustes a

    equaes matemticas genricas.

    3 TUCCI, C.E.M (org.). Hidrologia: Cincia e Aplicao. 2 edio. Editora da UFRGS/ABRH.

    2000.

  • Curva Guia: curva de referncia para operao de um reservatrio, que indica nveis de

    armazenamento variveis ao longo do ano associados a estratgias de gerenciamento

    voltadas ao controle de cheias, gerao de energia, ao abastecimento, entre outras.

    Dado climatolgico1: Dado pertinente ao estudo do clima, inclusive relaes

    estatsticas, valores mdios, valores normais, frequncias, variaes e distribuio dos

    elementos meteorolgicos.

    Dado hidrolgico1: Dado sobre precipitaes, nveis e vazo dos rios, transporte de

    sedimentos, vazo e armazenamento de gua subterrnea, evapotranspirao,

    armazenamento em vales, nveis mximos de cheias e descargas e qualidade da gua,

    bem como outros dados meteorolgicos correlatos, como a temperatura.

    Dano1: 1. Medida que define a severidade ou intensidade da leso resultante de um

    acidente ou evento adverso. 2. Perda humana, material ou ambiental, fsica ou

    funcional, resultante da falta de controle sobre o risco. 3. Intensidade de perda humana,

    material ou ambiental, induzida s pessoas, comunidade, instituies, instalaes e/ou

    ao ecossistema, como consequncia de um desastre. Os danos causados por desastres

    classificam-se em: danos humanos, materiais e ambientais.

    Defesa Civil1: Conjunto de aes preventivas, de socorro, assistenciais e reconstrutivas

    destinadas a evitar ou minimizar os desastres, preservar o moral da populao e

    restabelecer a normalidade social. Finalidade e Objetivos. Finalidade: o direito natural

    vida e incolumidade foi formalmente reconhecido pela Constituio da Repblica

    Federativa do Brasil. Compete Defesa Civil a garantia desse direito, em circunstncias

    de desastre. Objetivo Geral: reduzir os desastres, atravs da diminuio de sua

    ocorrncia e da sua intensidade. As aes de reduo de desastres abrangem os

    seguintes aspectos globais: 1 - Preveno de Desastres; 2 - Preparao para

    Emergncias e Desastres; 3 - Resposta aos Desastres; 4 - Reconstruo. Objetivos

    Especficos: 1 - promover a defesa permanente contra desastres naturais ou provocados

    pelo homem; 2 - prevenir ou minimizar danos, socorrer e assistir populaes atingidas,

    reabilitar e recuperar reas deterioradas por desastres; 3 - atuar na iminncia ou em

    situaes de desastres; 4 - promover a articulao e a coordenao do Sistema Nacional

    de Defesa Civil - SINDEC, em todo o territrio nacional.

    Dficit hdrico: Situao momentnea de baixa disponibilidade de gua. Caso a situao

    se agrave, podendo causar interrupo de servios essenciais ou desabastecimento, ou

    permanea deficitria por um perodo de tempo prolongado, pode se caracterizar uma

    situao de escassez hdrica.

    Desastre1: Resultado de eventos adversos, naturais ou provocados pelo homem, sobre

    um ecossistema (vulnervel), causando danos humanos, materiais e/ou ambientais e

    consequentes prejuzos econmicos e sociais. Os desastres so quantificados, em funo

    dos danos e prejuzos, em termos de intensidade, enquanto que os eventos adversos so

    quantificados em termos de magnitude. A intensidade de um desastre depende da

    interao entre a magnitude do evento adverso e o grau de vulnerabilidade do sistema

    receptor afetado. Normalmente o fator preponderante para a intensificao de um

    desastre o grau de vulnerabilidade do sistema receptor.

    Enchente1: Elevao do nvel de gua de um rio, acima de sua vazo normal. Termo

    normalmente utilizado como sinnimo de inundao. (V. inundao).

  • Enxurrada1: Volume de gua que escoa na superfcie do terreno, com grande

    velocidade, resultante de fortes chuvas.

    Escassez hdrica: Considera-se escassez hdrica a situao de baixa disponibilidade de

    gua. Diferencia-se basicamente do termo seca pela abrangncia espacial: enquanto este

    deve ser usado preferencialmente quando se trata de grandes reas ou mesmo uma bacia

    hidrogrfica em sua totalidade, o termo escassez permite uma abordagem local do

    problema, mais adequada, portanto, anlise de trechos de rios e reservatrios.

    Escoamento2: Parte da precipitao que escoa para um curso d'gua pela superfcie do

    solo (escoamento superficial) ou pelo interior do mesmo (escoamento subterrneo).

    Escoamento fluvial2: gua corrente na calha de um curso d'gua. Escoamento pode ser

    classificado em uniforme, quando o vetor velocidade constante ao longo de cada linha

    de corrente; variado, quando a velocidade, a declividade superficial e a rea da seo

    transversal variam de um ponto a outro no curso d'gua; e como permanente, quando a

    velocidade no varia em grandeza e direo, relativamente ao tempo.

    Estao1: Diviso do ano, de acordo com algum fenmeno regularmente recorrente,

    normalmente astronmico (equincios e solstcios) ou climtico. Nas latitudes mdias e

    subtropicais, quatro estaes so identificadas: vero, outono, inverno e primavera, de

    distribudas tal forma que, enquanto vero no hemisfrio Sul, inverno no hemisfrio

    Norte. No hemisfrio Sul, o vero ocorre de dezembro a fevereiro; o outono, de maro a

    maio; o inverno, de junho a agosto, e a primavera, de setembro a dezembro. Nas regies

    tropicais, essas quatro estaes no so to bem definidas, devido uniformidade na

    distribuio da temperatura do ar superfcie. Portanto, identificam-se apenas duas

    estaes: chuvosa e seca. Em regies subtropicais continentais, a diviso sazonal feita

    em estaes quentes ou frias, chuvosas ou de estiagem ou por ambos os critrios.

    Estao automtica: estao de monitoramento que dispe de equipamentos e sensores

    para registrar uma determinada varivel (p.e. pluvimetro digital ou sensor de nvel

    dgua dos tipos transdutor de presso, radar ou ultrassom).

    Estao convencional: estao de monitoramento cuja leitura feita por um observador

    (p.e. leitura e registro em caderneta dos dados de nvel dgua).

    Estao climatolgica1: estao onde os dados climatolgicos so obtidos. Incluem

    medidas de vento, nebulosidade, temperatura, umidade, presso atmosfrica,

    precipitao, insolao e evaporao.

    Estao hidromtrica: Estao onde so obtidos os seguintes dados relativos s guas

    de rios, lagos ou reservatrios: nvel d'gua, vazo, transporte e depsito de sedimentos,

    temperatura e outras propriedades fsicas e qumicas da gua, alm de caractersticas da

    cobertura de gelo2. Podem ser usados como sinnimos os termos estao hidrolgica e

    estao hidrometeorolgica. As estaes ainda podem ser subdivididas em

    pluviomtricas (precipitao), evaporimtricas (evaporao), fluviomtricas (nvel e

    vazo de rios), limnimtricas (nveis de lagos e reservatrios), sedimentomtricas

    (sedimentos) e de qualidade da gua (temperatura, pH, oxignio dissolvido,

    condutividade eltrica, etc).

  • Estao telemtrica: estao de monitoramento que dispe de equipamentos para

    transmisso da informao registrada de uma determinada varivel (p.e. transmisso por

    satlite ou celular dos dados de precipitao e nvel).

    Estiagem: Perodo prolongado de baixa ou ausncia de pluviosidade. Caso ocorra por

    um perodo de tempo muito longo e afete de forma generalizada os usurios da gua da

    regio, constitui-se uma seca.

    Evento crtico1: evento que d incio cadeia de incidentes, resultando no desastre, a

    menos que o sistema de segurana interfira para evit-lo ou minimiz-lo.

    Hidrologia: cincia que estuda o ciclo hidrolgico.

    Hidrografia2: cincia que trata da descrio e da medida de todas as extenses de gua:

    oceanos, mares, rios, lagos, reservatrios, etc.

    Hidrograma: representao grfica da variao da vazo ou nvel no curso dgua ao longo do tempo. Para nveis, utiliza-se preferencialmente o termo cotagrama. (V.

    cotagrama)

    Hidrometeorologia2: Estudo das fases atmosfricas e terrestres do ciclo hidrolgico,

    com nfase em suas inter-relaes.

    Hidrometria2: Cincia da medida e da anlise das caractersticas fsicas e qumicas da

    gua, inclusive dos mtodos, tcnicas e instrumentao utilizados em hidrologia.

    Hietograma2: Diagrama representativo da distribuio temporal das intensidades de

    uma chuva. O mesmo que Pluviograma.

    Inundao1: Transbordamento de gua da calha normal de rios, mares, lagos e audes,

    ou acumulao de gua por drenagem deficiente, em reas no habitualmente

    submersas. Em funo da magnitude, as inundaes so classificadas como:

    excepcionais, de grande magnitude, normais ou regulares e de pequena magnitude. Em

    funo do padro evolutivo, so classificadas como: enchentes ou inundaes graduais,

    enxurradas ou inundaes bruscas, alagamentos e inundaes litorneas. Na maioria das

    vezes, o incremento dos caudais de superfcie provocado por precipitaes

    pluviomtricas intensas e concentradas, pela intensificao do regime de chuvas

    sazonais, por saturao do lenol fretico ou por degelo. As inundaes podem ter

    outras causas como: assoreamento do leito dos rios; compactao e impermeabilizao

    do solo; erupes vulcnicas em reas de nevados; invaso de terrenos deprimidos por

    maremotos, ondas intensificadas e macarus; precipitaes intensas com mars

    elevadas; rompimento de barragens; drenagem deficiente de reas a montante de

    aterros; estrangulamento de rios provocado por desmoronamento.

    Isoieta2: linha que liga os pontos de igual precipitao, para um dado perodo.

    Istocas2: linha que liga os pontos de igual velocidade na seo transversal de um curso

    d'gua.

    Jusante2: na direo da corrente, rio abaixo.

  • Mapa de risco1: Mapa topogrfico, de escala varivel, no qual se grava sinalizao

    sobre riscos especficos, definindo nveis de probabilidade de ocorrncia e de

    intensidade de danos previstos.

    Mapa de vulnerabilidade1: Mapa onde se analisam as populaes, os ecossistemas e o

    mobiliamento do territrio, vulnerveis a um dado risco.

    Marcas de cheia2: Marcas naturais deixadas numa estrutura ou objetos indicando o

    estgio mximo de uma cheia.

    Montante1: direo de onde correm as guas de uma corrente fluvial, no sentido da

    nascente. Direo oposta a jusante.

    Nvel de alarme1: Nvel de gua no qual comeam os danos ou as inconvenincias

    locais ou prximas de um dado pluvigrafo. Pode ser acima ou abaixo do nvel de

    transbordamento ou armazenamento de cheias.

    Nuvem1: Conjunto visvel de partculas minsculas de gua lquida ou de cristais de

    gelo, ou de ambas ao mesmo tempo, em suspenso na atmosfera. Esse conjunto pode

    tambm conter partculas de gua lquida ou de gelo, em maiores dimenses, e

    partculas procedentes, por exemplo, de vapores industriais, de fumaa ou de poeira.

    Assim como os nevoeiros, nuvens so uma consequncia da condensao e sublimao

    do vapor de gua na atmosfera. Quando a condensao (ou sublimao) ocorre em

    contato direto com a superfcie, a nuvem que se forma colada superfcie constitui o

    que se chama de "nevoeiro". A ocorrncia acima de 20m (60 ps) passa a ser nuvem

    propriamente dita e se apresenta sob dois aspectos bsicos, independendo dos nveis em

    que se formam, que so: 1. Nuvens Estratificadas - quando se formam camadas

    contnuas, de grande expanso horizontal e pouca expanso vertical. 2. Nuvens

    Cumuliformes - quando se formam em camadas descontnuas e quebradas, ou ento,

    quando surgem isoladas, apresentando expanses verticais bem maiores em relao

    expanso horizontal. Quanto estrutura fsica, as nuvens podem ser ainda classificadas

    em: 1. Lquidas - quando so compostas exclusivamente de gotculas e gotas de gua no

    estado lquido; 2. Slidas - quando so compostas de cristais secos de gelo; 3. Mistas -

    quando so compostas de gua e de cristais de gelo. As nuvens so classificadas, por

    fim, segundo a forma, aparncia e a altura em que se formam. Os estgios so definidos

    em funo das alturas mdias em que se formam as nuvens: 1. Nuvens Baixas - at

    2.000 metros de altura, so normalmente de estrutura lquida; 2. Nuvens Mdias - todas

    as nuvens que se formam entre 2 e 7 km, nas latitudes temperadas, e 2 e 8 km, nas

    latitudes tropicais e equatoriais; so normalmente lquidas e mistas; 3. Nuvens Altas -

    compreendem todas as nuvens que se formam acima do estgio de nuvens mdias; so

    sempre slidas, o que lhes d a colorao tpica do branco brilhante; 4. Nuvens de

    Desenvolvimento Vertical - compreendem as nuvens que apresentam desenvolvimento

    vertical excepcional, cruzando, s vezes, todos os estgios; podem ter as trs estruturas

    fsicas: a) lquida ou mista, na parte inferior; b) mista, na parte mdia; c) slida, na parte

    superior. As nuvens so, ainda, distribudas em 10 (dez) gneros fundamentais: Nuvens

    Altas - 1. Cirrus - Ci 2. Cirrocumulus - Cc 3. Cirrostratus - Cs; Nuvens Mdias - 4.

    Altocumulus - Ac 5. Altostratus - As; Nuvens Baixas - 6. Nimbostratus - Ns 7.

    Stratocumulus - Sc 8. Stratus - St; Nuvens de Desenvolvimento Vertical - 9. Cumulus -

    Cu 10. Cumulonimbus - Cb.

  • Onda2: Perturbao em uma massa de gua, propagada velocidade constante ou

    varivel (celeridade) frequentemente de natureza oscilatria, acompanhada por subidas

    e descidas alternadas das partculas da superfcie do fluido.

    Onda de cheia2: Elevao do nvel das guas de um rio at um pico e subsequente

    recesso, causada por um perodo de precipitao, fuso de neves, ruptura de barragem

    ou liberao de guas por central eltrica.

    Permanncia: conceito utilizado na hidrologia estatstica para se referir probabilidade

    do valor de uma determinada varivel hidrolgica (precipitao, nvel ou vazo) ser

    igualado ou superado. Indica a percentagem do tempo em que o valor da varivel

    igualado ou superado.

    Plano de contingncia ou emergncia1: Planejamento realizado para controlar e

    minimizar os efeitos previsveis de um desastre especfico. O planejamento se inicia

    com um "Estudo de Situao", que deve considerar as seguintes variveis: 1 - avaliao

    da ameaa de desastre; 2 - avaliao da vulnerabilidade do desastre; 3 - avaliao de

    risco; 4 - previso de danos; 5 - avaliao dos meios disponveis; 6 - estudo da varivel

    tempo; 7 - estabelecimento de uma "hiptese de planejamento", aps concluso do

    estudo de situao; 8 - estabelecimento da necessidade de recursos externos, aps

    comparao das necessidades com as possibilidades (recursos disponveis); 9 -

    levantamento, comparao e definio da melhor linha de ao para a soluo do

    problema; aperfeioamento e, em seguida, a implantao do programa de preparao

    para o enfrentamento do desastre; 10 - definio das misses das instituies e equipes

    de atuao e programao de "exerccios simulados", que serviro para testar o

    desempenho das equipes e aperfeioar o planejamento.

    Plataforma de coleta de dados: a plataforma de coleta de dados - PCD constituda por

    um conjunto de equipamentos instalados em estaes de monitoramento capazes de

    realizar o registro de uma determinada varivel (p.e. precipitao e nvel), armazen-los

    (p.e. armazenagem em registrador eletrnico ou Datalogger) e transmiti-los (p.e.

    transmisso por satlite ou celular).

    Precipitao3: a precipitao entendida em hidrologia como toda gua proveniente do

    meio atmosfrico que atinge a superfcie terrestre. Neblina, chuva, granizo, saraiva,

    orvalho, geada e neve so formas diferentes de precipitaes. O que diferencia essas

    formas de precipitaes o estado em que a gua se encontra. (...) Por sua capacidade

    para produzir escoamento, a chuva o tipo de precipitao mais importante para a

    hidrologia. As caractersticas principais da precipitao so o seu total, durao e

    distribuies temporal e espacial.

    Preveno de desastre1: Conjunto de aes destinadas a reduzir a ocorrncia e a

    intensidade de desastres naturais ou humanos, atravs da avaliao e reduo das

    ameaas e/ou vulnerabilidades, minimizando os prejuzos socioeconmicos e os danos

    humanos, materiais e ambientais. Implica a formulao e implantao de polticas e de

    programas, com a finalidade de prevenir ou minimizar os efeitos de desastres. A

    preveno compreende: a Avaliao e a Reduo de Riscos de Desastres, atravs de

    medidas estruturais e no-estruturais. Baseia-se em anlises de riscos e de

    vulnerabilidades e inclui tambm legislao e regulamentao, zoneamento urbano,

    cdigo de obras, obras pblicas e planos diretores municipais.

  • Previso de cheias2: Previso de cotas, descargas, tempo de ocorrncia, durao de uma

    cheia e, especialmente, da descarga de ponta num local especificado de um rio, como

    resultado das precipitaes e/ou da fuso das neves na bacia.

    Rede de drenagem2: Disposio dos canais naturais de drenagem de uma certa rea.

    Rede hidrogrfica2: Conjunto de rios e outros cursos d'gua permanente ou

    temporrios, assim como dos lagos e dos reservatrios de uma dada regio.

    Rede hidrolgica2: Conjunto de estaes hidrolgicas e de postos de observao

    situados numa dada rea (bacia de um rio, regio administrativa) de modo a permitir o

    estudo do regime hidrolgico.

    Rede hidromtrica2: Rede de estaes dotadas de instalaes para a determinao de

    variveis hidrolgicas, tais como: (1) descargas dos rios; (2) nveis dos rios, lagos e

    reservatrios; (3) transporte de sedimentos e sedimentao; (4) qualidade da gua; (5)

    temperatura da gua; (6) caracterstica da cobertura de gelo nos rios e nos lagos, etc.

    Referncia de nvel2: Marca relativamente permanente, natural ou artificial, situada

    numa cota conhecida em relao a um nvel de referncia fixo.

    Regime hidrolgico2: (1) Comportamento do leito de um rio durante um certo perodo,

    levando em conta os seguintes fatores: descarga slida e lquida, largura, profundidade,

    declividade, formas dos meandros e progresso do movimento da barra, etc.; (2)

    Condies variveis do escoamento num aqufero; (3) Modelo padro de distribuio

    sazonal de um evento hidrolgico, por exemplo, vazo.

    Regularizao natural2: Amortecimento das variaes do escoamento de um curso

    d'gua resultante de um armazenamento natural num trecho de seu curso.

    Remanso2: gua represada ou retardada no seu curso em comparao ao escoamento

    normal ou natural.

    Reservatrio2: Massa de gua, natural ou artificial, usada para armazenar, regular e

    controlar os recursos hdricos. (V. barragem)

    Resilincia1: a capacidade do indivduo de lidar com problemas, superar obstculos

    ou resistir presso de situaes adversas sem entrar em surto psicolgico. A resilincia

    tambm se trata de uma tomada de deciso quando algum se depara com um contexto

    de crise entre a tenso do ambiente e a vontade de vencer.

    Risco1: 1. Medida de dano potencial ou prejuzo econmico expressa em termos de

    probabilidade estatstica de ocorrncia e de intensidade ou grandeza das consequncias

    previsveis. 2. Probabilidade de ocorrncia de um acidente ou evento adverso,

    relacionado com a intensidade dos danos ou perdas, resultantes dos mesmos. 3.

    Probabilidade de danos potenciais dentro de um perodo especificado de tempo e/ou de

    ciclos operacionais. 4. Fatores estabelecidos, mediante estudos sistematizados, que

    envolvem uma probabilidade significativa de ocorrncia de um acidente ou desastre. 5.

    Relao existente entre a probabilidade de que uma ameaa de evento adverso ou

    acidente determinado se concretize e o grau de vulnerabilidade do sistema receptor a

    seus efeitos.

  • Salvamento1: 1. Assistncia imediata prestada a pessoas feridas em circunstncias de

    desastre. 2. Conjunto de operaes com a finalidade de colocar vidas humanas e animais

    a salvo e em lugar seguro.

    Seca1: 1. Ausncia prolongada, deficincia acentuada ou fraca distribuio de

    precipitao. 2. Perodo de tempo seco, suficientemente prolongado, para que a falta de

    precipitao provoque grave desequilbrio hidrolgico. 3. Do ponto de vista

    meteorolgico, a seca uma estiagem prolongada, caracterizada por provocar uma

    reduo sustentada das reservas hdricas existentes. 4. Numa viso socioeconmica, a

    seca depende muito mais das vulnerabilidades dos grupos sociais afetados que das

    condies climticas.

    Sistema1: 1. Conjunto de subsistemas (substncias, mecanismos, aparelhagem,

    equipamentos e pessoal) dispostos de forma a interagir para o desempenho de uma

    determinada tarefa. 2. Arranjo ordenado de componentes que se inter-relacionam, atuam

    e interagem com outros sistemas, para cumprir uma tarefa ou funo (objetivos), em

    determinado ambiente.

    Sistema de alarme1: Dispositivo de vigilncia permanente e automtica de uma rea ou

    planta industrial, que detecta variaes de constantes ambientais e informa os sistemas

    de segurana a respeito.

    Sistema de alerta1: Conjunto de equipamentos ou recursos tecnolgicos para informar a

    populao sobre a ocorrncia iminente de eventos adversos.

    Tempo de retardo2: Tempo compreendido entre o centro da massa da precipitao e o do

    escoamento ou entre o centro de massa da precipitao e a descarga mxima de ponta.

    Tempo de base2: Intervalo de tempo entre incio e o fim do escoamento direto produzido

    por uma tempestade.

    Tempo de concentrao2: Perodo de tempo necessrio para que o escoamento

    superficial proveniente de uma precipitao se movimente do ponto mais remoto de

    uma bacia at o exutrio.

    Tempo de percurso2: Tempo decorrido entre as passagens de uma partcula de gua ou

    de uma onda, de um ponto dado a um outro, jusante, num canal aberto.

    Usina hidreltrica2: Conjunto de todas as obras e equipamentos destinados produo

    de energia eltrica utilizando-se de um potencial hidrulico. Pode ser classificada em

    usina a fio dgua, quando utiliza reservatrio com acumulao suficiente apenas para prover regularizao diria ou semanal, ou utilizada diretamente a vazo afluente do

    aproveitamento; ou usina com acumulao, quando dispe de reservatrio para

    acumulao de gua, com volume suficiente para assegurar o funcionamento normal das

    usinas durante um tempo especificado.

    Vazo defluente2: Vazo total que sai de uma estrutura hidrulica. Corresponde soma

    das vazes turbinadas e vertida em uma usina hidreltrica. Sinnimo - vazo liberada.

    Vazo especfica2: Relao entre a vazo natural e a rea de drenagem (da bacia

    hidrogrfica) relativa a uma seo de um curso d'gua. E expressa em 1/s/km2.

    Sinnimo - vazo unitria.

  • Vazo incremental2: Vazo proveniente da diferena das vazes naturais entre duas

    sees determinadas de um curso d'gua.

    Volume de espera: corresponde parcela do volume til do reservatrio, abaixo dos

    nveis mximos operativos normais, a ser mantido no reservatrio durante o perodo de

    controle de cheias visando reter parte do volume da cheia.

    Vulnerabilidade1: 1. Condio intrnseca ao corpo ou sistema receptor que, em

    interao com a magnitude do evento ou acidente, caracteriza os efeitos adversos,

    medidos em termos de intensidade dos danos provveis. 2. Relao existente entre a

    magnitude da ameaa, caso ela se concretize, e a intensidade do dano conseqente. 3.

    Probabilidade de uma determinada comunidade ou rea geogrfica ser afetada por uma

    ameaa ou risco potencial de desastre, estabelecida a partir de estudos tcnicos. 4.

    Corresponde ao nvel de insegurana intrnseca de um cenrio de desastre a um evento

    adverso determinado. Vulnerabilidade o inverso da segurana.