sabadÃo do povo 150

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Ligue e faça sua reserva. Você paga a entrega e a garantia de ter o jornal todos os sábados, em sua residência! Você paga, em média, R$ 2,00 por entrega do exemplar durante o ano todo. 33,00 R$ PARA RECEBER 1 ANO 3x Reserve seu exemplar: 3263.1740 3263.1740 Borebi busca recurso na Defesa Civil da capital Câmara volta do recesso nesta segunda-feira Editorial_ Pág. 3 Política _ Pág. 2 Opinião_ Pág. 3 DO POVO JORNAL SABADAO EDIÇÃO Nº 150 - A NO 5 - 30 DE JANEIRO DE 2016 - LENÇÓIS PAULISTA JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE E DA VERDADE Mesmo após as enchentes de 2006, 2011 e histórico de chuvas em janeiro, administração, SAAE e DC dizem que não tinham condições de prever proporção de danos que rompimento de barragens causaria ao lençoense R$ 3 , 99 ASSINE O SABADÃO Calçada é intransitável para pedestres Uma leitora do jornal Sabadão enviou uma foto da calçada na rua Anita Garibaldi, esquina com a 9 de julho onde a falta de condições de tráfego de pedestres é cada dia maior. O prédio que havia no local foi demolido e, com ele, parte da calçada, dificultando a passagem de quem tenta transitar pelo local. In- formações apontam que uma senhora teria sofrido uma queda no local, na semana passada, devido ao estado de conservação da calçada. A leitora Ivete Godoy, que enviou a foto, informou que ficou preocu- pada, como cidadã, por ter muitos pedestres que passam pelo local e espera que algo seja feito, antes que um acidente grave ocorra, vitimando qualquer lençoense . Polícia Civil “repete” operação de 2012 e prende 42 Diferente de 2012 quando apenas 28 pessoas foram detidas, a operação da Polícia Civil realizada na manhã de quarta-feira, dia 27, deteve 42 pessoas acusados de envovimento com o tráfico de drogas. O ‘modus operandi’ para chegar às prisões foram semelhantes ao usado nas pri- sões de 2012, quando a Polícia Civil também usou de escutas autorizadas para chegar aos envolvidos. Cerca de 180 policiais apoiaram a operação deflagrada pela Polícia Civil de Lençóis Paulista, nesta semana. Os presos são acusados de pertencerem ou manterem relacio- namento com uma quadrilha que movimentava cerca de R$ 300 mil com o tráfico de drogas em toda a região Página 4 Radinho - Polícia Civil movimentou a quarta-feira lençoense Foto do Leitor/Ivete Godoy Baixe o QR Code em seu celular ou acesse: https://www.facebook. com/vereadorjonas/vi- deos/971705146209208/ PROMOÇÃO Confira - pag 2 www.climatempo.com.br PREVISÃO DO CLIMA PARA O MUNICíPIO DE LENÇÓIS PAULISTA A secretaria do Centro Municipal de Formação Profissional “Prefei- to Ideval Paccola” concluiu nesta semana o processo de inscrição e matrícula para os cursos que serão oferecidos pela autarquia no primei- ro semestre de 2016. De acordo com a secretaria, o CMFP recebeu 852 inscrições. Deste total, serão oferecidas 744 vagas para os cursos nos períodos da manhã, tarde e noite. As aulas tem início no dia 15 de fevereiro. Dos cursos oferecidos, o de costura é o que mais recebeu inscrições. Aulas no CMFP terá início no dia 15 /02 Mesmo apontando a todo momen- to que as represas que se romperam estavam sendo monitoradas, a Pre- feitura de Lençóis Paulista afirma em documento assinado, também pela Defesa Civil (DC) e SAAE, que o nível da água e a proporção da enchente que atingiu Lençóis, “eram imprevisíveis”. Segundo a legislação que a define, evitar tragédias deve ser o lema principal da Defesa Civil, diminuindo os riscos de desastres para evitar perdas humanas, bem como danos materiais e ambientais. A evolução histórica das atividades da Defesa Civil mostra que em de- terminado momento do passado as atividades do orgão visavam apenas minimizar as consequências dos de- sastres (prestação de socorro depois da ocorrência). Hoje, atualizada e contando com recursos tecnológicos (como a previsão do tempo com dados precisos, por exemplo), suas ativida- des também visam, principalmente por meio de trabalhos preventivos, reduzir as causas dos acontecimentos e consequentes danos. Mesmo assim, as atividades de Defesa Civil relacionadas ao pronto atendimento e prestação de socorro depois da ocorrência de desastres não foram abandonadas. Na verdade, ainda ocorrem, mas quando o trabalho preventivo é falho, insufi- ciente ou inexistente. No documento oficial, a Prefeitura de Lençóis afirma que não tinha elementos para uma previsão da ca- tástrofe que se abateu sobre parte da cidade. Porém, no mesmo documen- to, aponta que tinha dados sobre altos índices pluviométricos e saturação do solo ainda antes da enchente ocorrer, no dia 13 de janeiro. Página 5 Após duas enchentes, Prefeitura e Defesa Civil afirmam que não previram proporção de danos Teto - Enchente pode ter chegado à 10 metros de altura do leito normal do rio em alguns pontos de Lençóis Paulista Billy Mao Tania Morbi Divulgação A Prefeitura de Borebi busca ace- lerar a liberação de quase R$ 500 mil que serão destinados à recuperação do município, o mais afetado pro- porcionalmente pelas chuvas em todo Estado, de acordo com a Defesa Civil Estadual. Segundo a Prefeitura, os danos provocados pela enchente do dia 13 causaram prejuízos acima de R$ 2.750 milhões, cerca de 20% do orçamento anual do município. Na quarta-feira, dia 27, uma comitiva da Prefeitura esteve na Casa Civil e na Defesa Civil, em São Paulo, segundo o coordenador da Defesa Civil, José Ricardo Cheche, para reverter o uso de recursos já disponíveis ao município. Página 9 A Câmara Municipal de Lençóis Paulista retoma suas atividades par- lamentares na próxima segunda-feira, dia 1º de fevereiro, com a realização da primeira sessão ordinária do ano. A polêmica deve girar em torno das propostas feitas pelo Legislativo e, posteriormente pelo Executivo, de apoio às vítimas da enchente do dia 13. Segundo a pauta divulgada nesta sexta-feira, dia 29, pela secretaria da Câmara de Lençóis, devem voltar a ser discutidos os projetos que tratam da implantação de ações e medidas de apoio às vitimas das enchentes do mês passado, que geraram polêmica duran- te a sessão extraordinária, convocada pelo presidente da Mesa Anderson Prado de Lima, durante o recesso parlamentar. Página 2

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JORNAL SEMANAL

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Page 1: SABADÃO DO POVO 150

Ligue e faça sua reserva. Você paga a entrega e a garantia de ter o jornal todos os sábados, em sua residência! Você paga, em média, R$ 2,00 por entrega do exemplar durante o ano todo.

33,00R$

PARA RECEBER 1 ANO3xReserve seu exemplar:

3263.17403263.1740

Borebi busca recurso na Defesa Civil da capital

Câmara volta do recesso nesta segunda-feira

Editorial_ Pág. 3 Política _ Pág. 2 Opinião_ Pág. 3

DO POVOJORNAL SABADAO

EDIÇÃO Nº 150 - ANO 5 - 30 DE JANEIRO DE 2016 - LENÇÓIS PAULISTA

JORNAL A SERVIÇO DA COMUNIDADE E DA VERDADE

Mesmo após as enchentes de 2006, 2011 e histórico de chuvas em janeiro, administração, SAAE e DC dizem que não tinham condições de prever proporção de danos que rompimento de barragens causaria ao lençoense

R$

3 ,99ASSINE O SABADÃO

Calçada é intransitávelpara pedestres

Uma leitora do jornal Sabadão enviou uma foto da calçada na rua Anita Garibaldi, esquina com a 9 de julho onde a falta de condições de tráfego de pedestres é cada dia maior. O prédio que havia no local foi demolido e, com ele, parte da calçada, dificultando a passagem de quem tenta transitar pelo local. In-formações apontam que uma senhora teria sofrido uma queda no local, na semana passada, devido ao estado de conservação da calçada.

A leitora Ivete Godoy, que enviou a foto, informou que ficou preocu-pada, como cidadã, por ter muitos pedestres que passam pelo local e espera que algo seja feito, antes que um acidente grave ocorra, vitimando qualquer lençoense .

Polícia Civil “repete” operação de 2012 e prende 42Diferente de 2012 quando apenas

28 pessoas foram detidas, a operação da Polícia Civil realizada na manhã de quarta-feira, dia 27, deteve 42 pessoas acusados de envovimento com o tráfico de drogas. O ‘modus operandi’ para chegar às prisões foram semelhantes ao usado nas pri-sões de 2012, quando a Polícia Civil também usou de escutas autorizadas para chegar aos envolvidos.

Cerca de 180 policiais apoiaram a operação deflagrada pela Polícia Civil de Lençóis Paulista, nesta semana. Os presos são acusados de pertencerem ou manterem relacio-namento com uma quadrilha que movimentava cerca de R$ 300 mil com o tráfico de drogas em toda a região Página 4 Radinho - Polícia Civil movimentou a quarta-feira lençoense

Foto do Leitor/Ivete Godoy

Baixe o QR Code em seu celular ou acesse: https://www.facebook.com/vereadorjonas/vi-deos/971705146209208/

PROMOÇÃO

Confira - pag 2

www.climatempo.com.br

PREVISÃO DO CLIMA PARA O MUNICíPIO DE LENÇÓIS PAULISTA

A secretaria do Centro Municipal de Formação Profissional “Prefei-to Ideval Paccola” concluiu nesta semana o processo de inscrição e matrícula para os cursos que serão oferecidos pela autarquia no primei-ro semestre de 2016.

De acordo com a secretaria, o CMFP recebeu 852 inscrições. Deste total, serão oferecidas 744 vagas para os cursos nos períodos da manhã, tarde e noite. As aulas tem início no dia 15 de fevereiro. Dos cursos oferecidos, o de costura é o que mais recebeu inscrições.

Aulas no CMFP teráinício no dia 15 /02

Mesmo apontando a todo momen-to que as represas que se romperam estavam sendo monitoradas, a Pre-feitura de Lençóis Paulista afirma em documento assinado, também pela Defesa Civil (DC) e SAAE, que o nível da água e a proporção da enchente que atingiu Lençóis, “eram imprevisíveis”. Segundo a legislação que a define, evitar tragédias deve ser o lema principal da Defesa Civil, diminuindo os riscos de desastres para evitar perdas humanas, bem como danos materiais e ambientais.

A evolução histórica das atividades da Defesa Civil mostra que em de-terminado momento do passado as atividades do orgão visavam apenas minimizar as consequências dos de-sastres (prestação de socorro depois da ocorrência). Hoje, atualizada e contando com recursos tecnológicos (como a previsão do tempo com dados precisos, por exemplo), suas ativida-des também visam, principalmente por meio de trabalhos preventivos, reduzir as causas dos acontecimentos e consequentes danos. Mesmo assim, as atividades de Defesa Civil relacionadas ao pronto atendimento e prestação de socorro depois da ocorrência de desastres não foram abandonadas. Na verdade, ainda ocorrem, mas quando o trabalho preventivo é falho, insufi-ciente ou inexistente.

No documento oficial, a Prefeitura de Lençóis afirma que não tinha elementos para uma previsão da ca-tástrofe que se abateu sobre parte da cidade. Porém, no mesmo documen-to, aponta que tinha dados sobre altos índices pluviométricos e saturação do solo ainda antes da enchente ocorrer, no dia 13 de janeiro. Página 5

Após duas enchentes, Prefeitura e Defesa Civil afirmam que não previram proporção de danos

Teto - Enchente pode ter chegado à 10 metros de altura do leito normal do rio em alguns pontos de Lençóis Paulista

Billy Mao

Tania Morbi

Divulgação

A Prefeitura de Borebi busca ace-lerar a liberação de quase R$ 500 mil que serão destinados à recuperação do município, o mais afetado pro-porcionalmente pelas chuvas em todo Estado, de acordo com a Defesa Civil Estadual. Segundo a Prefeitura, os danos provocados pela enchente do dia 13 causaram prejuízos acima de R$ 2.750 milhões, cerca de 20% do orçamento anual do município. Na quarta-feira, dia 27, uma comitiva da Prefeitura esteve na Casa Civil e na Defesa Civil, em São Paulo, segundo o coordenador da Defesa Civil, José Ricardo Cheche, para reverter o uso de recursos já disponíveis ao município. Página 9

A Câmara Municipal de Lençóis Paulista retoma suas atividades par-lamentares na próxima segunda-feira, dia 1º de fevereiro, com a realização da primeira sessão ordinária do ano. A polêmica deve girar em torno das propostas feitas pelo Legislativo e, posteriormente pelo Executivo, de apoio às vítimas da enchente do dia 13.

Segundo a pauta divulgada nesta sexta-feira, dia 29, pela secretaria da Câmara de Lençóis, devem voltar a ser discutidos os projetos que tratam da implantação de ações e medidas de apoio às vitimas das enchentes do mês passado, que geraram polêmica duran-te a sessão extraordinária, convocada pelo presidente da Mesa Anderson Prado de Lima, durante o recesso parlamentar. Página 2

Page 2: SABADÃO DO POVO 150

2LENÇÓIS PAULISTA, 30 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

POLÍTICA

Câmara volta e enchentedeve retomar polêmicaSemelhantes, projetos apresentados por vereadores e pela prefeita devem ser discutidos na sessão que dá início ao ano legislativo

C a f é c o m P o l í t i c a T a n i a M o r b i

Sondagem - As enquetes virtuais para apurar a aceita-ção de possíveis candidatos começa a ganhar popularidade e participação dos internautas.

Na net - O endereço http://www.vereador2016.com/enquetes-candidatos-a-verea-dor-2016/lencois-paulista-sp propõe nomes de pessoas, su-postamente candidatos e po-líticos já eleitos. O internauta escreve o nome da pessoa na qual ele votaria e automatica-mente o nome entra na lista, caso já exista, é computado o voto ao suposto candidato.

Vírus - Em cidades da região

as enquetes virtuais viraram febre e, em alguns casos, está norteando os partidos a bus-carem por nomes populares inclusive em outros partidos para concorrerem a eleição de 2016.

Destaque - Em Macatuba o formato das enquetes virtuais também começaram a ga-nhar corpo e mostrar a força de alguns nomes. No entanto, outros que poderiam estar no topo da lista, aparecem com baixo número de votos simu-lados.

Cara/crachá - Em Lençóis Paulista não é diferente e no-

mes considerados como fortes na política local, recebem inex-pressivos votos.

Sem chance - O site informa que as enquetes irão até o limi-te permitido pelo Tribunal Su-perior Eleitoral e que durante o período eleitoral efetivo, todas as enquetes serão retiradas obedecendo a legislação elei-toral vigente.

Encheu - Uma verdadeira enxurrada de reclamações con-tra o SAAE de Lençóis Paulista encheu as postagens do Face-book, na sexta-feira, dia 29. O motivo: aumentos inexplicá-veis nas contas de água refe-

rentes ao consumo do mês de janeiro, que devem ser pagas em fevereiro.

Estourou - Em alguns casos, de acordo com as postagens, os valores variavam em até 250% da cobrança anterior. Em alguns deles, a diferença ocor-reu mesmo os imóveis tendo ficado até uma semana sem o abastecimento de água, seja pela falta de operação do SAAE, devido à enchente, seja pela interrupção no fornecimento de poços profundos, devido à queima de bombas, segundo os responsáveis pelos imóveis.

Vazou - A polêmica teve

tamanha repercussão que algumas pessoas resolve-ram unir suas reclamações para cobrarem pessoalmen-te explicações da autarquia. Questionado pela reporta-gem, o SAAE afirmou que: não houve aumento no valor da tarifa de água e esgoto; que os acréscimos podem ser explicados por vazamentos ocorridos no período da leitura e que os consumidores com dúvidas referentes aos valores da conta devem procurar o SAAE que atende proviso-riamente no piso térreo do Paço Municipal, no balcão de atendimento.

Cuidado - Apesar de consi-derar apenas a possibilidade de vazamento, o Sabadão do Povo teve a informação de que, antes da publicação da nota no Facebook e do envio do e-mail à reportagem, o di-retor do SAAE teria se reunido com a prefeita Izabel Loren-zetti para tratar do assunto

Sujou - Após a divulgação da mesma nota no Face-book, alguns dos comentá-rios eram de que a possibi-lidade de vazamento seria impossível, a não ser que dezenas de imóveis tivessem sido acometidos do mesmo problema de uma vez só.

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O Direito de Resposta envia-do à redação do jornal Sabadão do Povo, repleto de contradições e alegações superficiais aponta para a conclusão clara e pontual de que a Defesa Civil tinha as in-formações necessárias para criar um parâmetro de intensidade da enchente que solapou parte da cidade de Lençóis Paulista.

Prefeita e presidente da Defe-sa Civil afirmam que tinham em mãos laudo técnico da precipita-ção de chuvas mesmo antes do dia 12, quando a precipitação aumentou. Além disso, também já haviam sido alertados para a saturação do solo na região ribeirinha apontada por técnico ambiental. Junto a tudo isso, soma-se duas enchentes: uma em 2006 e outra em 2011.

No caso da enchente de 2011 a prefeita de Lençóis Paulista, Izabel Cristina Campanari Lo-renzetti (PSDB), em entrevista à imprensa regional disse que um grupo de estudos havia se formado e que, da parte do município, existiam técnicos, engenheiros, integrantes da Defesa Civil e funcionários do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) trabalhando no projeto contra enchente.

De acordo com ela, o re-

conhecimento, por parte dos governos estadual e federal, do estado de emergência decretado pela cidade após a enchente daquele ano, teria contribuído para a liberação de recursos que poderiam minimizar os efeitos de alagamentos.

Além de R$ 720 mil do go-verno do Estado para construção de poço artesiano tubular pro-fundo no jardim Príncipe, foi liberado uma verba federal no valor de R$ 600 mil utilizada para reconstruir a ponte na vila Repke, que também ruiu com a enchente. “será alargada e elevada para que o rio Lençóis não fique represado em caso de enchente. Nós também já con-seguimos 150 casas da Secretaria de Habitação para as pessoas que moram em áreas de risco”, contou na época.

Ainda segundo as declarações da prefeita, as moradias, que es-tão com a construção pela metade beneficiariam, sobretudo, mora-dores das vilas Contente e Bacili. Passado cinco anos, as casas estão sem término e a enchente voltou a assolar o município.

O grupo que teria se formado para promover ações que evi-tassem as enchentes, como os bolsões rurais, se esvaiu com a

OPINIÃO Billy Mao

mesma força que foi propagado. Entre as propostas que foram apresentadas naquela reunião pelo grupo de estudos estavam a limpeza das calhas do rio Lençóis e a criação de bolsões de água, como piscinões rurais, que permitiriam “segurar” a água em caso de volume excessivo de chuva. Todas as propostas e sua viabilidade e eventual eficácia não saíram do papel ou das conversas do grupo.

Deliberadamente, o que se observou tanto por aqueles que acompanharam de longe o advento da enchente, quanto quem teve sua casa e seu comér-cio atingidos, foi a falta de ação inerente ao ato de prevenção: A prevenção, que promove a locomoção de pessoas e bens, a prevenção que instala “olheiros” em cada ponto de represamento para que a comunicação seja fei-ta de forma ímpar e responsável, que fuja da inércia da espera de acontecimentos.

É dessa Defesa Civil que Len-çóis Paulista precisa. Se colocado item por item daquilo que expõe o cidadão ao risco e que possa haver uma prevenção por parte da Defesa Civil, esse risco ao cidadão é a enchente.

Esperar acontecer para depois

correr atrás do prejuízo já foi provado que não resolve.

Minha opinião é que um alerta consistente de PERIGO deveria ter sido emitido às 17h do dia 12. Formava-se uma força tarefa, como a que foi feita para a limpeza e solidariedade, e retira-va tudo o que fosse possível das casas e do comércio. O prejuízo das pessoas seria infinitamente menor. Não haveria perdas ma-teriais, nem sentimentais. Muito menos de duas vidas!

Para encerrar, por enquanto, esse assunto, quero deixar muito claro para os leitores que minha opinião sobre o que aconteceu na cidade em relação à enchente, está intimamente ligada ao meu trabalho e por ter acompanhado tudo de perto, desde a madruga-da do dia 11. Não há, da minha parte, absolutamente nada conta o cidadão José Antônio Marise. Aquele que tem família, como eu, filhos, esposa e uma vida particular. Em nenhum mo-mento sequer, o citei se não como homem público, como responsável por uma presidência ou detentor de um cargo eletivo. Digo isso pensando em quem se diz politizado e vê apenas um lado da questão, ou queira se beneficiar disso.

Tânia MorbiA Câmara Municipal de

Lençóis Paulista retoma suas atividades parlamentares na próxima segunda-feira, dia 1º de fevereiro, com a realização da primeira sessão ordinária do ano. A polêmica deve girar em torno das propostas feitas pelo Legislativo e, posterior-mente pelo Executivo, de apoio às vítimas da enchente do dia 13.

Segundo a pauta divulgada nesta sexta-feira, dia 29, pela se-cretaria da Câmara de Lençóis, devem voltar a ser discutidos os projetos que tratam da im-plantação de ações e medidas de apoio às vitimas das enchentes do mês passado, que geraram polêmica durante a sessão ex-traordinária, convocada pelo presidente da Mesa Anderson Prado de Lima, durante o re-cesso parlamentar.

Durante a sessão do dia 19, moradores da área de alagamento da Vila Contente, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil e entida-des assistencialistas lotaram o plenário da Câmara. As propostas porém não foram votadas, uma vez que a base de

sustentação política da prefeita Izabel Lorenzetti, do PSDB, negou o pedido de votação em regime de urgência.

Os projetos assinados pelos vereadores Ailton Tipó, Nardeli da Silva (Pros), Gumercindo Ticianelli Jr (DEM), Hum-berto Pita (PR), Jonadabe de Souza (SDD) e pelo presidente da Mesa autorizavam a prefeita Izabel Lorenzetti (PSDB) a isentar as famílias atingidas e os comerciantes de impostos e taxas durante o ano de 2016, além de criar o Programa de Auxílio enchente no município.

Contrariando posiciona-mentos anteriores, os vereado-res tucanos se negaram a assinar o pedido de votação em regime especial, alegando que os proje-tos não tinham parecer jurídico. Apenas José Pedro de Oliveira (PR), o Bentinho, concordou em endossar o pedido. A falta de mais uma assinatura impe-diu que fossem votados com urgência, em única votação.

Após a sessão, a própria prefeita enviou para Câmara propostas semelhantes de apoio às vitimas. Porém, apesar da semelhança alguns pontos a

Prefeitura não previa benefícios como a garantia do pagamento de um salário mínimo, apenas citando a possibilidade de pa-gamento, podendo o valor ser inferior. A proposta da Prefeitu-ra também exclui comerciantes prejudicados.

Na próxima segunda-feira, as propostas dos vereadores deverão entrar em discussão e votação, ou poderão barrar o andamento dos trabalhos, por tratarem de temas relacio-nados. A sessão está prevista para ter início às 19h, na Sala Mário Trecenti.

A precaução que todos queremos

Presença - Sala das Sessões ficou lotada por atingidos pela enchente

Billy Mao

Page 3: SABADÃO DO POVO 150

Uma das coisas que se faz evi-dente no ser humano é a capaci-dade de pensar, que é a principal razão da sua existência. A mente humana, por ser ela complexa e difícil de ser estudada e, apesar dos avanços tecnológicos e científicos do século XXI, ainda há muitos mistérios que a envolvem e dentre eles, também a capacidade de crer, ou acreditar na realização de algo aparentemente impossível. Todos acreditam em alguma coisa, seja ela visível ou não, fazendo parte do presente ou futuro, perto ou distante, fácil ou difícil... É impor-tante salientar que, ninguém conse-gue crer em alguma coisa, por mais insignificante que pareça ser, sem antes ordenar essa “crença” através de pensamentos ordenados que o leve a planejar ações para atingir o seu objetivo. Então crer é também pensar, o que leva a concluir que a

fé está unida à razão. A fé bíblica não é algo lou-

co, irracional, sem fundamentos, sem objetivos, mesmo sendo ela invisível e abstrata. O capítulo onze da Carta aos Hebreus traz exemplos de fé dos antigos que mes-mo não alcançando aquilo que almejavam, todos receberam bom testemunho por meio da sua fé. “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova daquilo que não vemos” (Heb. 11.1). Crer não é apenas pensar positivo como muitos acreditam, achando que é apenas o poder da mente que realiza coisas extraordinárias. A fé não é enten-dida dessa forma, porque ela exige ação, levando-a cativa ao senhorio de Cristo que é o autor e consu-

mador da fé que possuímos (Heb. 12.2). Nossa fé tem n’Ele o início e também é completada n’Ele.

A realidade que temos vivido e convivido nestes úl-timos dias em nossa cidade, Estado e em praticamente todo o Brasil, nos leva a pen-sar de maneira que nossa fé não seja tola e sem o uso da razão. É preciso tê-la de forma organizada através do pensar, buscando al-

ternativas alem de buscar culpados ou responsáveis pelas tragédias, que com certeza não terão recursos suficientes para cobrir os prejuízos. Clamar por justiça é justo até o ponto em que somos os únicos prejudicados, mas quando muitos são atingidos, a maneira à dispo-sição é a solidariedade que é uma

das formas de pôr a fé em prática. Vale a pena não apenas pensar, pois o pensar é apenas o inicio e não o fim, ou ainda, o método para se chegar a um fim único, acreditan-do que aquele que é poderoso para operar infinitamente mais do que tudo o que pedimos, ou pensamos conforme o seu poder que opera em nós (Ef. 3.20). Portanto, que saibamos usar corretamente nossa fé com objetivos definidos, usan-do-a em nosso favor ou de outrem, mas principalmente para glorificar Aquele que nos fortalece na hora da angústia, restaurando nossas forças.

“Coloquei toda minha espe-rança no Senhor; Ele se inclinou para mim e ouviu o meu grito de socorro” (Salmo 40.1).

Antônio Carlos Cabral é Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista Grande ABC.

OPINIÃO 3LENÇÓIS PAULISTA, 30 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

FALE CONOSCO CNPJ: 14.647.331./0001-22

IE: 416.050.229.111

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Jornalista Responsável: Tânia Morbi Mtb: 52.193

Redação e administração Lençóis Paulista Rua André Bacili, 45

Telefone – (14) [email protected]

CONTATO COMERCIAL: (14) 99658-9731Sugestão de Pautas: (14) 3263-1740

Registrado no Cartório de Registros de Pessoas Jurídicas de Lençóis Paulista sob

número 008 - Folha 15 - Livro B1

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Tiragem: 3.000 exemplaresNa internet: http://issuu.com/billymao/docs

Lençóis Paulista - Borebi Macatuba

Para enviar foto de acontecimentos na [email protected] WhatsApp 99825-9382

Crer também é pensarpr. antonio carlos cabral

Sabadão online: issuu.com/billymao/docs/

Reflexão

Intervenção sobre Charge de JARBAS - CHARGES ONLINE

A verdade deles, e a verdade

railson rodrigues

Adesivos

Tive, por muitos anos, colado na porta do meu quarto, um adesivo que comprei no ano de 2006. Era um círculo com cerca de 10 centí-metros de diâmetro, que muito se assemelhava a uma placa de “Proi-bido estacionar”, mas ao invés da letra “E” no meio, cortada por uma tarja vermelha na diagonal, era uma mão sem o dedo mindinho, cortada pela tarja vermelha.

O adesivo me foi vendido por um colega, e na época, paguei R$ 1,00. Era uma campanha anti-Lu-la, para as eleições de 2006, quan-do Lula e Alckmin disputavam a presidência da República. No auge de meus 18 anos, não tinha a plena noção dos meandros po-líticos e consequências ou dados de gestões presidenciais ou das plataformas de campanha.

Desde os seis anos de idade eu gostava da política em si. Sabia que era o melhor, e talvez o único, instrumento para mudança da realidade das pessoas. Dentro de minha casa naqueles anos de 1994, 1995, as coisas não eram fáceis, fui criado pela minha mãe, que era em-pregada doméstica e fazia faxinas na casa de pessoas mais privilegiadas.

Quando eu precisava ir ao médi-co, tinha que acordar 5h da manhã e tentar pegar um dos primeiros lugares na fila do posto de saúde, enquanto isso, eu via pessoas morando em condições piores que as minhas, com neces-sidades maiores que as minhas, pois o arroz e o feijão nunca falta-ram. E assim, logo que soube o que poderiam fazer os políticos com uma simples caneta, pensei que gostaria de estar na política.

Mas a gente cresce e começa a compreender que esse poder não é tão amplo. Percebe que há muitos outros interesses em jogo, além de outras variáveis. O salário mínimo digno, nos termos da Constituição, seria em torno de 11 mil reais. Um sonho impossível, e impossível por várias questões, e a principal delas é a própria eco-nomia de mercado. Pagar 11 mil reais como salário mínimo elevaria o custo de se ter funcionários, o que elevaria o custo da produção, e, por sua vez, elevaria o custo do produto

e das empresas responsáveis por toda cadeia até que chegue ao con-sumidor final. Assim, um produto acessível hoje a um trabalhador que

recebe salário míni-mo, passaria a custar os olhos da cara, con-tinuaria acessível, mas custaria boa parte dos 11 mil de salário, a in-flação aumentaria e o salário necessário seria infinitamente maior.

Fazer política na prática é muito mais complexo que na teo-ria. Portanto, com uma superficial aná-

lise de todo o panorama, já dá para concluir que, assim como vender adesivos com intuito de mudar um país, gritar contra um único político ou partido, acredi-tando que a pecha de corrupto é exclusiva daquele grupo, também beira a insanidade. Não é assim que funciona.

Gritei contra o PT em 2006, ainda que gritasse baixo. Não votei Lula, mas acredito que entre todos os presidentes que o Brasil já teve até o momento, ele tenha sido o

EDITORIAL

“É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”

Renato Russo

menos pior. E isso não significa que ele tenha sido bom. Por favor, não confundam as bolas.

Apenas quer dizer que nossa história demonstra, a meu ver, que tivemos sempre péssimos governantes, e que um governante que corroborou com a corrupção, manteve esquemas de propinas conforme mantiveram os go-vernos anteriores e posteriores, acabou ainda não sendo o pior dos governantes.

Todo governo tem seus aspectos bons e ruins e a corrupção que sonhamos extinguir é secular, ela reside na União, nos Estados, nos Municípios e precisa, sim, ser com-batida com fervor. Mas precisamos sempre de discernimento, primeiro é preciso entender o funcionamen-to do Estado, entender nossa pró-pria história e como nosso sistema sempre propiciou a perpetuação da corrupção e desigualdade, depois disso, é possível a compreensão de que já protestamos de forma imatu-ra acreditando que resolveria algo.

Railson Rodrigues é pós-graduan-do em Direito Municipal e Assessor Legislativo

billY Mao

Propaganda inimiga ou em qual realidade vivemos?

Quando abri os olhos naquela manhã com o telefone tocando, havia passado apenas duas horas e meia do momento em que desabei na cama, vindo de uma madrugada longa e cansativa de registros e visões.

Atendi a ligação e do outro lado da li-nha uma voz um tanto tropega e cansada me avisava: “a água subiu, já está cobrin-do minha casa!” Desabei novamente na cama e parei por alguns minutos para tentar me lembrar de quantas pessoas eu havia informado que aquilo acon-teceria. Eram muitas pessoas, não dava para relembrar o rosto de todos. Tentei então enumerar as pessoas que talvez pudessem ter acreditado naquilo que eu dizia e retirado suas coisas. Contei umas quatro que demonstraram acreditar naquilo, que como louco desvairado, eu espalhava: tira tudo enquanto é tempo, a água vai subir...

Cansado, escorreguei da cama rumo ao banheiro. Tomei um banho quente e me preparei para encarar um dia cheio - literalmente. Sabendo o que encontraria, juntei minhas forças para fazer a única coisa que me restava na-quele momento que era registrar tudo o que estivesse acontecendo nos lugares por onde já havia andado durante toda a madrugada.

Saí, e logo na Vila Contente, avistei

o que já estava anunciando no dia an-terior. O rio havia tomado metade do bairro e as pessoas, desoladas, assistiam anestesiadas a água e lama rolar.

Confesso: mesmo acostumado a ver cenários tristes, devido a profissão de repórter fotográfico, não consegui conter minhas lágrimas. Todos os rostos que eu olhava tinham a mesma imagem. A ima-gem de desolação diante da força daquela água e da ineficiência daqueles que poderiam minimizar sua dor.

Continuei meu tra-balho e a cada amigo, cada pessoa que havia encontrado na noite anterior, mais meu coração aper-tava ao saber que não tinham tomado uma atitude com tempo de salvar o que lhes pertencia.

Às 2h25 da madrugada um amigo comerciante me perguntou o que eu achava, se a água subiria mais ou não. Naquele momento, a enchente come-çava a invadir o pátio da rodoviária. Fui sincero e disse que a quantidade de água que tinha visto em Borebi, certamente subiria, e muito mais que o esperado. Ele não me ouviu. Talvez por também estar anestesiado

com informações nocivas. Talvez pela minha postura verdadeira da realidade em que estávamos.

A aceitação ilusória de que a infor-mação oficial é a única forma possível de dizer a verdade, para quem acredita

na informação, previne qualquer situação ra-dical das mudanças do que nos atinge. Ainda, mesmo assim, a verdade - aquela que acontece - precisa ser dita apesar do que a maioria pensa. E essa verdade -a rea-lidade - que está além da escolha, precisa ser trazida à tona, mesmo

em termos políticos, a real situação de um fato, de um governo ou de uma organização não está nela mesma, ao mesmo tempo, não está nas pessoas que participam dela. Ela advém de um impulso para incorporar a totalidade de maneira que, o que é dito, mesmo se for a voz da minoria numérica, ou que esteja fora da realidade, ainda será uma interpretação do real, daquilo que realmente está acontecendo. Por outro lado, o que chamamos de mentira, invenção ou inverdade, ou ainda, propaganda inimiga, é a que busca beneficiar interesses escusos ou

esconder algo. Mesmo que mostrado como verdade.

Foi o que aconteceu. A informação da real situação das represas de que não suportariam a quantidade de chuva ficou subjetiva e caiu no irreal. Passando a ser mera especulação por parte de quem se manteve na realidade propagada como verdade.

Durante minha ronda reencontrei o amigo comerciante. Havia perdido suas lojas e a água invadido sua casa até o telhado.

Parado perto do mesmo local onde tinha aconselhado meu amigo, naquele dia 13, ainda de manhã, vi o sonho de muita gente passar com a correnteza. Uma realidade crua que chocava quem havia perdido algo e chacoalhava quem se quer imaginava aquela possibilidade.

Mais uma vez eu chorei. Chorei porque eu mesmo continuava na mesma realidade que havia vivido nas últimas 48 horas desses dias. Não inventei uma realidade paralela onde pudesse me esconder e onde o que aconteceu foi apenas obra do acaso. Ou, da natureza. Não! Como disse o filósofo, a verdade é revolucionária. Mas quem quer essa revolução?

Billy Mao é jornalista - repórter fotográfico

2006 - 2011 - 2016

Novamente o jornal Sabadão do Povo publica, gentilmente, Direito de Resposta pedido conjuntamente pela Prefeitura, SAAE e Defesa Civil de Lençóis Paulista. O questionamento é feito à matéria publica-da pelo jornal no dia 16 de janeiro, após a cobertura das enchentes que causaram mi-lhões em prejuízos e deixaram centenas de lençoenses desabrigados, além de provocar prejuízos emocionais incalculáveis.

A nova lei que define o Direito de Respos-ta, aprovada em 2015 pelo Congresso Na-cional e sancionada pela presidente Dilma Rousseff, vem sendo questionada na Justiça por entidades nacionais representativas da imprensa, como a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que não concorda com a matéria e já recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubá-la.

Porém, a política do jornal Sabadão é de ouvir todas as vozes dissonantes, mesmo quando tentam se impor às informações obtidas e apuradas, com responsabilidade, pelo jornal. Assim, pela terceira vez a Pre-feitura usa de sua prerrogativa legal para reafirmar suas verdades. O jornal respeita a opção, embora discorde de seu questio-namento.

A matéria em questão trata, apenas na capa do jornal, sobre a informação que tanto Prefeitura, Defesa Civil e SAAE tinham sobre as condições do solo da cidade e do rio Lençóis, que apontavam para a proba-bilidade do que a chuva, também prevista com antecedência em grande volume po-deria causar.

Prefeitura, SAAE e Defesa Civ i l não afirmam, no pedido, que não tinham in-formação sobre a saturação de solo e rio, mas defendem, de forma equivocada, que o jornal afirmou que os mesmos órgãos sabiam sobre o rompimento de barragens. A matéria não faz qualquer menção a isso, e apenas usa a informação de um técnico, que em entrevista gravada pela reportagem, afirma ter avisado ao responsável pela De-fesa Civil sobre as condições teoricamente favoráveis a um acontecimento mais grave do que o registro histórico.

Ao contrário do que defendem, o jornal não afirmou que a população não foi avisa-da dos riscos, pelo contrário, traz na matéria relatos de vítimas que afirmam que foram orientadas a erguer móveis e pertences, po-rém sem a necessidade de retirá-los de casa, pois isso seria suficiente para a previsão do nível que a água deveria chegar. A falta foi de um alerta eficiente, que evitasse todas as perdas e danos causados, em prevenção ao que poderia ocorrer.

O jornal Sabadão mantém seu perfil democrático, embora reincidentemente venha sendo alvo do que parece ser uma perseguição que tenta desmerecer e des-qualificar seus profissionais, ao mesmo tempo em que se aproveita da lei para tentar, aparentemente, convencer leitores do jornal e cidadãos lençoenses de suas própria verdades.

O jornal entende que tudo o que correu após a enchente possa ter sido, e estar sen-do, altamente prejudicial à imagem política e administrativa do grupo que governa a cidade. Mas, reafirma que é pautado por fatos, sem os subverter ou distorcer, hábito comum a quem tenta empurrar suas ver-dades a qualquer preço, em nome de seus próprios interesses.

A publicação de mais um Direito de Resposta acontece apenas porque o jornal não teme pela responsabilidade daquilo que publica e suas páginas são suficientes para assegurar sua credibilidade, sem que tenha que recorrer a meios legais para isso. Assim o Sabadão reafirma seu perfil mais democrático.

Se a linha editorial do jornal continua incomodando quem é contra a diversida-de de informação e opinião, e ao debate franco, democrático e livre, sinal de que outros Direitos de Respostas podem surgir, mas também que faz seu trabalho da forma correta e está no caminho certo.

Page 4: SABADÃO DO POVO 150

4LENÇÓIS PAULISTA, 30 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVOGERAL

Famílias afirmam que proprietários não fizeram melhorias ou qualquer in-tervenção na área, que segundo eles, continua abandonada e sem uso

Famílias ocupam novamente aárea da antiga Pedreira Rondon

Dois meses depois de deixar a área da antiga Pedreira Ron-don, cumprindo mandado ju-dicial de reintegração de posse expedido pela Justiça de Len-çóis Paulista, cerca de 30 famí-lias voltaram a ocupar o terreno na manhã de sábado, dia 23. A Polícia Militar foi acionada por um vizinho da área e esteve no local onde registrou um Bole-tim de Ocorrência.

Segundo informações dos ocupantes da área, os motivos pelo qual o grupo foi retirado não se realizou. O pedido de reintegração teria se baseado na utilidade da área. Para as famílias, nada foi feito no lugar. Nem mesmo as casas que esta-riam sendo usadas por usuários de drogas, foram derrubadas. “Não querem nada com essa terra, querem mantê-la para ganhar preço e só”, disse um dos integrantes da ocupação.

As famílias relataram que toda a plantação que realizaram na área foi perdida e que estão retomando aos poucos a capi-

nação e a construção de novos barracos no lugar. Ainda segun-do as famílias, vão permanecer no local até quando for neces-sário. “Não vamos desistir. Se a terra fosse produtiva, ninguém

Cerca de 180 policiais apoia-ram a operação deflagrada pela Polícia Civil de Lençóis Paulista, na quarta-feira, dia 27, que re-sultou na prisão de 41 pessoas acusadas de pertencerem ou manterem relacionamento com uma quadrilha que movimentava cerca de R$ 300 mil com o tráfico de drogas na região, a partir do comando que vinha de dentro de um presídio em Bauru.

Após quatro meses de inves-tigação, foram cumpridos 48 mandados de prisão, sendo 45 em Lençóis, dois em Bauru e um em Botucatu. Entre as pes-soas localizadas, foram presos 28 homens, dois adolescentes e 11 mulheres, sendo que oito prisões foram em flagrante pela posse de entorpecentes e dinheiro.

Como líderes do grupo, a polícia apontou Diego Mateus dos Santos, 29 anos, que estava foragido do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Jardinópo-lis, onde cumpria pena por roubo cometido em Lençóis, e seria o chefe da organização, além de Sérgio Rodolfo Ferraz, de 30 anos, e André Luiz Luz, de 31 anos, conhecido como “Véio”, apontados pela polícia como “ge-rentes” da quadrilha e que foram presos em Lençóis Paulista.

Entre as mulheres presas, Raissa de Oliveira Souza, 26 anos, esposa de Diego, foi deti-da junto com ele em Bauru. O casal tem uma filha de cerca de um ano e meio, que ficou sob responsabilidade de familiares. Outra criança, menor de um ano, filha de outra mulher presa, foi encaminhada pelo Conselho Tutelar à Casa Abrigo Amorada.

Polícia repete operação de combate ao tráfico realizada em 2012, mas prende o dobro

Lençóis e regiãoAinda segundo a polícia, Hei-

tor dos Santos, que está preso, negociava a venda de drogas com outros membros da organização, por celular, de dentro do Cen-tro de Progressão Penitenciária (CPP) I de Bauru. O grupo também trocava veículos de alto valor de mercado por drogas, sendo a maconha do Paraguai e a cocaína, da Bolívia.

A maior parte da droga abas-tecia pontos de tráfico espalhados por Lençóis, enquanto o restante era comercializado em outras cidades da região, segundo a PC. Para isso, cada integrante tinha uma função específica, às mulheres cabia guardar a droga e haviam os encarregados por fazer as cobranças, por exemplo.

Segundo a polícia, havia na quadrilha o sistema de franquia, no qual o traficante arrendava

um ponto para determinada pessoa explorar, pelo qual poderia pagar até R$ 40 mil, sendo que com o arrendamento, a pessoa que faria a exploração do ponto era obrigada a comprar drogas apenas do mesmo fornecedor.

A ação chamou a atenção de familiares e curiosos, que desde a manhã de quarta-feira acompanharam a movimentação próximos à Delegacia de Polícia. A operação teve início por volta das 5h de quarta, os policiais apreenderam dois quilos e 800 gramas de maconha, 90 gramas de cocaína, 45 gramas de crack e cerca de R$ 3.3 mil em dinheiro, além de centenas de embalagens plásticas vazias com a marca de uma caveira estampada.

Todos os presos cumprirão, inicialmente, prisão temporária e apenas após a conclusão do inquérito policial, que tem prazo de 60 dias, poderá ser decretada pela Justiça a prisão preventiva.

SemelhanteA operação realizada esta

semana se assemelha a outra

promovida contra o tráfico de drogas há quatro anos, só que em proporções maiores. Em 2012, 70 policiais de Lençóis Paulista e cidades da região cumpriram 19 mandados de prisão, e prende-ram 20 pessoas, quatro delas em flagrante, apreendeu 2,5 quilos de maconha, 600 gramas de co-caína e certa quantia em dinhei-ro. Dois adolescentes também foram apreendidos e liberados.

A investigação teve duração de 60 dias, conforme divulgado pela polícia na época, também com uso de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Durante aquela ação, a PC divulgou que cerca de R$ 300 mil deixariam de circular devido às prisões.

A maior diferença entre as operações é que em 2012 houve também apreensão de seis veí-culos, entre eles quatro motos, aparelhos celulares, munição calibre 40 e uma espingarda.

Assim como agora, os presos foram encaminhados para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Bauru, e as mulheres levadas para a cadeia de Avaí.

estaria reivindicando esse local, mas, do mesmo jeito que estava há quase 30 anos, continua”, apontaram.

Na sentença do juiz Mário Ramos dos Santos, que julgou o

pedido de reintegração de posse favorável ao proprietário das terras, no ano passado, foi es-tabelecida multa de R$500,00 por dia para cada integrante, em caso de reocupação da área.

Terreno - Lençoenses voltam a ocupar área da antiga Pedreira Rondon

Comboio - Presos foram levados para presídios e cadeias da região

Assiste - Uma pequena multidão compareceu na Delegacia para acompanhar a movimentação

Billy Mao

Billy Mao

Tania Morbi

Page 5: SABADÃO DO POVO 150

Prefeitura, SAAE e Defesa Civil afirmam não ter condições de prever proporção de enchentesAfirmação faz parte das declarações enviadas à redação do jornal Sabadão como “Direito de Resposta” sobrematéria da maior enchente que assolou Lençóis Paulista nos últimos 100 anos; afirmações buscam amenizar responsabilidade

Da redaçãoMesmo tendo em mãos uma

prospecção de chuvas entre os dias 9, 10 e 11, na qual os índi-ces pluviométricos apontavam para mais de 150,00mm/m², e o histórico de 460 mm/m² pre-cipitados nos primeiros 10 dias do ano, a Prefeitura de Lençóis Paulista, Defesa Civil e SAAE optaram em alertar as famílias que residem em área de risco apenas para que ficassem atentas e que “elevassem” seus pertences, de forma que não causasse pâ-nico na população. Para muitos moradores, a orientação contri-bui com as perdas causadas pela enchente do dia 13.

Em pedido de “Direito de Resposta”, publicado abaixo, na íntegra, Comissão e Pre-feitura assinam que tinham conhecimento da saturação do solo - baseados em um laudo fornecido por uma entidade do setor sucroenergético - principal fator para causa de transborda-mento de rios, lagos e represas. Tais informações somam-se a elevação dos índices na Bacia do rio da Prata, que desemboca no rio Lençóis, comprometen-do o escoamento no perímetro urbano.

Na carta endereçada ao jor-nal, os remetentes apontam que “... desde o primeiro momento estivemos monitorando passo a passo os índices pluviométricos e a elevação do nível dos rios que passam por nossa cidade e, no iní-cio da noite do dia 12 de janeiro, todas as equipes municipais esta-vam de prontidão para qualquer eventualidade”.

O jornal, em sua edição do dia 16 de janeiro, informou que a Defesa Civil tinha co-nhecimento de que o rio Len-çóis poderia sofrer enchente já na segunda-feira, dia 11, passada pela técnico ambiental Sidney Aguiar. O dado é con-firmado pelo próprio Direito de Resposta, que afirma que a Defesa Civil tinha um laudo anterior, do dia 9.

A nota aponta que foram emitidos alertas para a popula-ção, sem especificar se a popu-lação foi alertada de que haveria uma grande enchente ou que a água poderia subir. Aponta ainda que “...efetivamente foram envidados todos os esforços no sen-tido de alertar a população ribeiri-nha e das áreas de risco sujeitas a enchentes (baseados nos históricos anteriores), sendo que diversos funcionários municipais passa-ram de porta em porta avisando a todos”. Inúmeros moradores e comerciantes, ouvidos pela re-portagem, relataram terem sido alertados que o nível da água não passaria de um metro de altura.

Em outro trecho do pedido,

publicado gentilmente pelo jor-nal, é apontado o alerta emitido pelas rádios da cidade. “Nas últimas horas choveu mais de 150 milímetros em toda bacia do Rio Lençóis. As pessoas que moram próximas ao rio ou que têm suas casas atingidas nas enchentes, devem estar alertas nas próximas horas”. Ocorre que ao invés de alertar de forma clara e direta, o enunciado usa dados técnicos (medição da chuva), insuficiente para o entendimento da maioria da população. Prefeitura e Defe-sa poderiam ter sido diretas na informação, o que daria mais clareza no entendimento das famílias, fato que a reportagem confirmou não ter ocorrido, junto aos atingidos.

Novamente, a própria Prefei-tura demonstra que seu alerta foi vago, sem afirmar qual a conduta da população seria a mais correta: erguer móveis e pertences, tirar tudo de dentro de casa ou apenas fechar o imó-vel e se retirar, são apenas três de uma série de possibilidades.

Às 22h21, segundo o pedido de Resposta, as rádios passaram a pedir ajuda de pessoas que tinham caminhões e caminho-netes para que procurassem o SAAE para cooperar com possíveis mudanças. Neste mo-mento, segundo constatado pela reportagem do jornal Sabadão do Povo, a água já havia tomado conta de inúmeros estabeleci-mentos e casas da cidade e o

número de veículos públicos nas ruas era pequeno, além dos poucos voluntários motorizados.

Defesa Civil e Prefeitura apontam que foram veicula-das informações precisas às 00h55m alertando as pessoas para retirarem seus pertences. A informação foi veiculada pelo Facebook e teve 315 “curtidas”.

Tendo em vista a matéria veicu-lada no último dia 15 de janeiro de 2016 pelo Jornal Sabadão do Povo em sua edição de nº 148, a Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto e a Comissão Municipal de Defesa Civil de Lençóis Paulista vem conjun-tamente refutar a afirmação lançada pelo jornal ora referido, no sentido de que estes órgãos tinham conhe-cimento antecipado da ocorrência de rompimento de barragens locali-zadas a montante de nossa cidade.

Como se viu, nos últimos dias, hou-ve grande volume de precipitação em todo o Estado de São Paulo e em nos-sa região, destacando-se que, segundo dados pluviométricos obtidos junto à ASCANA (Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê), choveu na região de Borebi/SP na bacia do Rio Lençóis a montante de nossa cidade, durante os dias 01 a 14 de janeiro nada menos que 476,00 mm/m², sen-do que nos dias 9, 10 e 11, os índices pluviométricos foram, respectivamente de 32,00, 82,00 e 60,00 mm/m², tota-lizando 174,00 mm/m² em apenas 3 (três) dias. Ocorre que no dia 12, em

ALERTA À POPULAÇÃO menos de 24:00 horas, a chuva que caiu sobre tal região foi de 260,00 mm/m², fazendo com que os cursos d’água que já estavam saturados, viessem a transbordar.

Índices semelhantes, repetiram-se na bacia do Rio da Prata, o qual tem seu desemboque no Rio Lençóis, e que também veio a comprometer ainda mais a capacidade de escoamento das águas pluviais que passam pelo perímetro urbano.

Nada autoriza o jornal a afirmar que “tínhamos as informações sobre o rompimento de barragens e não a divul-gamos”, eis que, desde o primeiro mo-mento estivemos monitorando passo a passo os índices pluviométricos e a elevação do nível dos rios que passam por nossa cidade e, no início da noite do dia 12 de janeiro, todas as equipes municipais estavam de prontidão para qualquer eventualidade.

Primeiro porque os fatos desmen-tem tal versão: efetivamente foram envidados todos os esforços no sentido de alertar a população ribeirinha e das áreas de risco sujeitas a enchentes (baseados nos históricos anteriores), sendo que diversos funcionários mu-nicipais passaram de porta em porta avisando a todos.

A Rádio Difusora AM 1010, passou

a divulgar boletim de alerta da Defesa Civil a partir das 21:50hs do dia 12 de janeiro e a Ventura FM 91.10 passou a divulgar o mesmo boletim a partir das 21:55 horas, com os seguintes dizeres: “alerta da Defesa Civil à população: nas últimas horas choveu mais de 150 milí-metros em toda bacia do Rio Lençóis. As pessoas que moram próximas ao rio, ou que tem suas casas atingidas nas enchentes, devem estar alertas nas próximas horas.”

Tal boletim de alerta foi repetido inúmeras vezes até as 24:00 horas pelos locutores Valetta (Difusora AM) e Bruno Braga (Ventura FM). Também os dois locutores a partir das 22:21hs do dia 12 de janeiro, passaram a solicitar às pessoas que tinham caminhão ou caminhonete e que podiam ajudar na mudança das pessoas atingidas, que entrassem em contato com o SAAE, onde estava a Central de Operações.

Além desses alertas efetuados pelas rádios locais (FM e AM), em mensagem veiculada a partir das 22:45 hs do dia 12 de janeiro do corrente, em caráter de urgência, através da rádio Ventura FM por parte do Sar-gento PM Monteiro dos Bombeiros, houve ampla divulgação para que os moradores tomassem as providências devidas, noticiando aos moradores

de Lençóis Paulista que evitassem as áreas baixas e de risco da cidade, e aos moradores que deixassem suas casas e procurassem abrigo, bem como os motoristas evitassem tais áreas, haja vista a soltura de tampas de bueiros devido ao acúmulo de água e relatando a iminência de enchente.

No Facebook do Jornal O Eco, às 00:55horas do dia 13 de janeiro, foi veiculada entrevista com o presidente da Comissão de Defesa Civil, o qual assim afirmou: “O que nós podemos informar nesse momento – a entrevista foi concedida à 0h27 – é que a água vai continuar subindo. Porque a chuva da noite foi realmente muito forte e o volume de chuva deve superar 130 milímetros. É uma quantidade de chuva muito grande para poucas horas e isso ocasionou essa cheia que estamos vendo. Por isso, pedimos às pessoas que moram próximas aos rios que reti-rem as coisas de casa, porque a água esta subindo e vai subir mais”, informou.

Esclarecemos que, boa parte dos imóveis ocupados pelos estabeleci-mentos comerciais, especialmente na Av. 25 de janeiro estavam fechados e sem as pessoas responsáveis em seu interior. Em diversas situações nos bairros, muitos moradores resistiram a deixar seus imóveis, nada obstante

estarem alertados para tal e de exis-tirem meios de transporte postos à disposição dos mesmos.

Os órgãos municipais que pro-cederam à alerta da população, em momento algum definiram uma “altura” de segurança para colocação dos mó-veis e/ou utensílios, uma vez que era imprevisível definir-se, de antemão, o nível e proporção da enchente.

O volume inicial da enchente, naquele momento, foi decorrente exclusivamente do enorme volume de águas pluviais. Somente entre as 00:30 / 01:00 horas do dia 13 de janeiro, obtivemos a informação oficial do rom-pimento de barragem no Município de Borebi, a qual nos foi repassada pelo prefeito daquele município. Mesmo as-sim, era impossível prever-se o impacto que tal volume poderia ocasionar na inundação então em curso em nossa cidade, por não se ter ciência do volu-me de água desta barragem.

Tanto não se podia prever o volume e a proporção da enchente que diver-sos órgãos públicos municipais foram fortemente afetados pela ocorrência, especialmente: a Estação de Trata-mento de Água do SAAE e sua sede administrativa, a Diretoria de Desenvol-vimento, Geração de Emprego e Renda (juntamente com o PAT, Banco do Povo)

e o Espaço Vem Ser, o Museu Muni-cipal “Alexandre Chitto” com perda de inúmeros equipamentos e material, sem contar os imóveis pertencentes a diversos servidores públicos deste município.

Assim, fica claro que o Poder Público Municipal e seus órgão são também vítimas de uma catástrofe natural (chuvas fortes e concentra-das, aliadas a rompimento de barra-gens), cuja proporção de danos era impossível prever-se com os dados disponíveis, a qual extrapolou todas as ocorrências anteriormente regis-tradas em nosso Município.

Portanto, em momento algum houve, por parte do Município, do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Lençóis Paulista e da Defesa Civil, qualquer omissão de informações à população no que diz respeito a gra-vidade das chuvas e ao rompimento de barragens.

– PREFEITURA MUNICIPAL DE LENÇÓIS PAULISTA

– SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTO

– COMISSÃO MUNICIPAL DE DE-FESA CIVIL DE LENÇÓIS PAULISTA

DIREITO DE RESPOSTA

“...Mas para podermos falar, nós precisamos ter certeza e não apenas suspeitas”, disse a prefeita na postagem. No entanto, “...(José Antônio) Marise afirmou que mesmo que tenha ocorrido o rompimento de uma represa em Borebi, a água demora entre seis a sete horas para chegar a Lençóis.”, completou para a postagem do

Facebook, naquela ocasião.Na mesma postagem que o

presidente da Comissão, José Antônio Marise “alerta” as pes-soas de que a água subirá, nos parágrafos seguintes contradiz a situação, citando a informação como suposição: “...mesmo que tenha ocorrido o rompimento de uma represa...”. A informação

desencontrada, na avaliação de ouvidos pelo jornal, manteve as dúvidas, impedindo que as pes-soas nas áreas de risco tomassem a decisão mais acertada.

O pedido menciona que os moradores, após avisados pela Defesa Civil, relutaram em deixar suas casas. Porém, novamente segundo entrevistas gravadas nos dias 13 e 14 pela reportagem, mostram que em nenhum momento lhe foi pedi-do para que retirassem bens dos imóveis, apenas que deveriam ficar alertas, conforme os relatos publicados na página 4 e 5 da edição 148 do Sabadão.

Prefeitura e Defesa alegam que a informação sobre a altura que a água atingiria era impos-sível de prever, embora pessoas monitorassem as represas. A re-portagem do jornal em qualquer momento citou tal previsão do nível da água, mas caberia aos próprios órgãos públicos expli-carem o motivo para não terem relatado o transbordamento das represas, assim que ocorreu, o que, teoricamente, daria tempo para que as famílias e comer-ciantes retirassem seus pertences.

Durante toda a estada da reportagem do Sabadão em Borebi, no dia 12, nenhum membro da Defesa foi avistado no município. A reportagem foi acompanhada durante todo tempo pelo prefeito de Borebi Manoel Frias, que afirmou ter alertado Lençóis, às 17h do mesmo dia, sobre a iminência do rompimento das represas.

A afirmação de que era im-possível prever o impacto que o rompimento das represas causaria à população lençoen-se, que também consta do Di-reito de Resposta confronta com uma das prerrogativas de atuação da própria Defesa Civil. “...mesmo assim, era im-possível prever-se o impacto que tal volume poderia ocasionar na inundação então em curso em nossa cidade, por não se ter ciência do volume de água desta barragem...”

Como questionado por diversas vítimas da enchente, devido às características do município, a Defesa Civil tem quase que exclusivamente como tarefa monitorar e pre-venir a possibilidade de rompi-mento de represas e suas con-sequências (veja nesta página). Especialmente, pelo município já ter em seu histórico inúme-ras ocorrências semelhantes, o que abriu grande possibilidade de que tais dados pudessem ser estudados, avaliados e ponde-rados pelo órgão responsável – Defesa Civil – ao menos, desde 2006, o que, aparentemente, não ocorreu.

CIDADE 5LENÇÓIS PAULISTA, 30 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

Olhos fechados - “Melhor prevenir que remediar”. Este é o lema principal da Defesa Civil. Desta forma, o lema aponta que diminuir o risco de acontecimento de desastres para evitar perdas hu-manas, bem como danos materiais e ambientais é melhor que prestar socorro ou auxílio depois que houve o desastre. A evolução histórica das atividades da Defesa Civil mostra que em determinado momento do passado suas atividades visavam apenas minimizar as consequências de desastres

Fotos: Billy Mao

A lama - Represas já ha-viam se rompido em outras ocasiões; tanto em Lençóis, quanto em Borebi; resultado da falta de ação preventiva foi o prejuízo para o comér-cio afetado e as famílias ri-beirinhas

Fotos: Billy Mao

Page 6: SABADÃO DO POVO 150

Da redaçãoO empresário Papa Góis e

o jornalista Cristiano Guirado encabeçam uma campanha que vai arrecadar material de construção para a reconstru-ção de imóveis de famílias carentes que foram afetados pela enchente. Com a hashtag #ReconstruindoOFuturo, A ação está nas redes sociais desde segunda-feira 25 e na tarde de quarta feira, uma entrevista coletiva na Adefilp marcou o lançamento oficial.

“Já no dia 13 de janeiro, quando aconteceu a tragédia, muita gente se mobilizou para ajudar a socorrer as vítimas da enchente. Muita coisa foi arrecadada, mas o material de construção é importante por-que ainda há a necessidade de se reconstruir centenas de imóveis danificados pelas águas. O Papa

Empresário e jornalista fazem campanha para arrecadação de material de construção

Góis já é uma pessoa envolvida em ações de caridade e tinha ideia de fazer algo parecido. Falei com ele e ele aceitou na hora”, conta Guirado.

“Vamos dar prioridade para os bairros mais carentes da cidade e famílias que têm casa

própria. Lençóis é uma cidade muito solidária e tenho certeza que vamos contar com a ajuda de muita gente”, completa Góis.

A Adefilp vai dar apoio na logística da ação. Quem tiver material de construção em casa, e que queira disponibilizar, deve

levar até a sede da associação. Outra opção é procurar os envolvidos na campanha para decidir como será transportada a doação. “Nos pediram ajuda e achamos essa campanha uma ideia muito boa. A Adefilp fica satisfeita em poder ajudar em ações em prol da comunidade”, diz o presidente da entidade, Edson Santiago.

Góis e Guirado lembram que a campanha precisa de mais voluntários. “Conseguimos o apoio da Adefilp e de alguns amigos que vão nos ajudar com transporte e mão de obra. Mas precisamos de mais voluntários, inclusive pedreiros para a hora de reconstruir, de repente, fazer um mutirão de profissionais em um final de semana”, lembra Góis. “Quem quiser ajudar, por favor, que nos procure. Precisamos de vocês”, finaliza.

Um grupo de cerca de 50 pessoas se reuniu na tarde de segunda-feira, dia 25, no Parque Paradão, para formar uma comissão de moradores que foram atingidos pela enchente, com objetivo de acompanhar as investigações sobre o ocorrido e cobrar ju-dicialmente os prejuízos que tiveram com a inundação.

“Os moradores devem se unir para cobrar do Ministério Público, Câmara de Vereadores e da Prefeitura o porquê da tra-gédia ter acontecido, quem são os responsáveis. Embora, todos saibam que a Defesa Civil não ajudou o povo e foi muito fa-lha. Um funcionário da Defesa chegou a me dizer: como ele iria avisar que tinha enchente, se caso não tivesse, criaria alarme à toa?”, se indignou Rubens Alfredo Cavalheiro, de 33 anos, que está à frente do movimento.

Lurdes dos Santos, de 52 anos, que tem uma casa na

Moradores se organizam para conhecerculpados por enchente e cobrar prejuízos

área de alagamento da Vila Contente e participou da manifestação, concordou com Rubens sobre a atuação da Defesa Civil e afirmou que a orientação foi para que os moradores não retirassem os móveis e pertences de casa. Além dos bens pessoais, ela teve prejuízo de R$ 10 mil em perfumes e lingeries que revendia.

Embora o grupo de pessoas que participou da primeira ma-nifestação tenha sido pequeno, se comparado à quantidade de moradores e comerciantes atingidos, parte da comissão foi formada no mesmo dia, podendo outros participarem a qualquer momento, segundo Rubens. “O primeiro passo é montar a comissão e conhecer os responsáveis pela tragédia, depois vamos ingressar com ações para cobrar os danos materiais e pessoais”.

Morador da vila Santa Ce-

cília, Rubens afirmou ter perdido móveis e outros per-tences, mas principalmente as primeiras fotografias do filho que completou três meses, no dia 26. Ele, o filho, a esposa e os pais estão morando em outro imóvel provisóriamente, até que sua casa seja reforma-da. “Como tantas pessoas, eu perdi toda a minha casa e minha história. Vi 45 anos da minha vida jogados na calçada. Estou começando do zero”, lamentou.

Quem quiser participar da Comissão formada por Rubens, pode entrar em contato através de sua página no Facebook ou por telefone (997144755). O organizador também criou um grupo na mesma rede de rela-cionamento identificado como “Não foi Enchente”, onde pre-tende reunir o maior número de vítimas de todos os bairros da cidade que tiveram prejuízos com a inundação.

Primeiro encontro reuniu cerca de 50 moradores de bairros diferentes e centro e serviu para formalizar comissão

Esta semana foi oficializada a Comissão dos Comercian-tes Afetados pela Enchente (CCAE), em reunião realizada na Acilpa (Associação dos Co-mercial e Industrial de Lençóis Paulista), entidade que apoia a iniciativa. Assim como ocorreu com moradores vitimados, a Comissão pretende acompa-nhar o andamento das ações que vêm sendo realizadas após a enchente, como o Inquérito Ci-vil instaurado pelo Ministério Públicos, mas principalmente agir para evitar que o ocorrido caia no esquecimento e volte a acontecer nos próximos anos, segundo sua presidente Andréa Oliveira Souza Gouveia.

A Comissão representa os cerca de 100 comerciantes que tiveram seus estabelecimentos invadidos pela enchente do dia 13 de janeiro, acumulando enormes prejuízos pela perda de suas mercadorias, danos nos imóveis e tempo em que permaneceram sem atividades, alguns ainda nesta situação, mesmo quase 20 dias depois do fato. Somados, o prejuízo do comércio lençoense é de cerca de R$ 15 milhões, de acordo com a Acilpa.

“Precisamos de garantias de que isso não vai mais acontecer. Eu nunca tinha sido afetada,

Comerciantes irão acompanhar apuraçãoe cobrar eficiência da Defesa Civil

mas o que sinto é a enorme frustração das pessoas que já passaram por isso, buscaram so-luções e não conseguiram nada. Precisamos saber os nomes dos donos das represas, quantas são, se elas são legais e o que está sendo feito”, afirmou Andréa.

De acordo com ela, o grupo deve se reunir com o Ministério Público, Prefeitura e Câmara para expor seus objetivos e acompanhar o andamento das ações. Mas, um dos objetivos da Comissão deve ser atuar para que as ações dentro do municí-pio sejam mais efetivas a partir de agora, principalmente a ação da Defesa Civil.

“Precisamos de um sistema de alerta que funcione, que tenha um cadastro com nomes e telefones dos comerciantes e moradores das áreas de risco, para que possam ser avisados. A Defesa Civil tem obrigação de saber a diferença do efeito do estouro de uma represa ou de 10 represas. Minha maior decepção é termos ouvido que não iria acontecer nada e ter acontecido tudo o que aconteceu. Isso não pode ficar assim”, garantiu.

Segundo Andréia, devido aos prejuízos, muitos comerciantes que já estavam com dificuldade de manter seus negócios, pagar

aluguel e manter salários de funcionários em dia, devido ao momento econômico do país, não estão encontrando formas de retomar as atividades. Ela, que mantinha duas lojas em funcionamento na rua 25 de Janeiro, reabriu apenas uma e não planeja reabrir a outra, por enquanto. “Sobrou pouca coisa, fiz uma venda do que sobrou, ms não vou reabir”, lamentou.

Além de Andréa, a comis-são é formada por Silvana Andréa Morales Andrade (vice-presidente), Patrícia Toniolo, José Olívio da Silva Júnior e Eliana Ferreira de Lima Perei-ra (secretaria).

6LENÇÓIS PAULISTA, 30 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

CIDADE

Alvo de críticas e outras considerações, inclusive nas redes sociais, desde o mês pas-sado, quando novamente mo-radores e comerciantes, além do poder público de Lençóis Paulista somaram milhões em prejuízos materiais - além dos efeitos emocionais e psicoló-gicos decorrentes – devido à enchente do dia 13, a Defesa Civil do município é o orgão que, por definição legal, tem entre seus principais objetivos promover a defesa permanen-te contra desastres naturais ou provocados pelo homem. No caso da enchente, a definição dos reais causadores do ocori-do deve ser conhecida após a conclusão do Inquérito Civil instaurado pelo Ministério Público, através da Promotora de Justiça Débora Orsi Dutra.

A Defesa Civil foi criada no Estado de São Paulo há 39 anos, tendo como uma das motivações, justamente, enchentes ocorridas em Ca-raguatatuba (1967), e uma série de incêndios em São Paulo. Segundo a Casa Mi-litar do Estado, o órgão deve manter de forma permanen-te ações reunidas em cinco fases: prevenção (ações que evitem desastres); preparação (capacitação e treinamento de agentes e população);-mitigação (minimização de riscos e desastres em todas as demais fases); resposta (so-corro, abrigo, alimentação e atenção médica e psicológica às vítimas e desabrigados), e recuperação (investimentos para retorno das condições de vida comunitária).

A Lei 12.608, de 2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, dispõe sobre o Sistema Na-cional de Proteção e Defesa Civil, Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil e au-toriza a criação de sistema de informações e monitoramento de desastres, define que cabe aos municípios incorporar ações de proteção e defesa civil no planejamento municipal; identificar e mapear as áreas

Defesa Civil tem entre prioridades prevenir enchentes, segundo política nacional

de risco de desastres; promo-ver a fiscalização das áreas de risco de desastre; manter a população informada sobre áreas de risco e ocorrência de eventos extremos, bem como sobre protocolos de prevenção e alerta, e ainda sobre as ações emergenciais em circunstân-cias de desastres, entre outros, como realizar regularmente exercícios simulados, confor-me Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil, além de juntamente com Estado e União, estimular a reorgani-zação do setor produtivo e a reestruturação econômica das áreas atingidas por desastres, no caso de Lençóis, o comér-cio, por exemplo.

De acordo com o gover-no estadual, entre as ações prioritárias da Defesa está o desenvolvimento de Plano Preventivos, que são ferra-mentas específicas que aten-dem aos riscos característicos de cada região. Em Lençóis, devido à sua topografia, sem a presença de áreas com risco de grandes desabamentos ou de instabilidade geológica, a possibilidade de enchente tem sido o foco prioritário da Defesa Civil.

Assim, historicamente, as ações da Defesa Civil em Lençóis tem sido voltadas quase que exclusivamente para prevenir e mediar as inundações, ocorridas sempre no início do ano, uma vez que outras ocorrências de mesmo porte ou que poderiam causar danos de grande monta são, por força de lei, mapeadas e fiscalizadas por outros órgãos, como as empresas de grande porte, por exemplo, que são obrigadas a manter Brigadas de Incêndio, além da Polícia Militar, através do Corpo de Bombeiros, que atua no res-gate de vítimas, por exemplo.

Na história recente do mu-nicípio, a enchente do dia 13, é a terceira seguida, ocorrida na mesma época, e com gran-de perdas e danos a famílias a comerciantes, sendo, antes dela a de 2011 e 2006.

Vem pra rua - Moradores atingidos começam a se organizar para cobrar prejuízos e ações que deem segurança à cidade: “Até quando isso vai ficar acontecendo a cada cinco anos?”, perguntou o morador, no encontro

CCAE - Comerciantes se mobilizam para acompanhar discussão da enchente

Tijolo - Atingidos começam reformas nos prédios

Billy Mao

Divulgação/Acilpa

Billy Mao

Page 7: SABADÃO DO POVO 150

RÁPIDASGERAL 7

LENÇÓIS PAULISTA, 30 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

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LOMBO XADREZ

Ingredientes:

1kg de lombo suíno (cortado em cubos)2 dentes de alho bem picadinhosuco de 2 limõessal quanto bastepimenta do reino Q B1 colher (sopa) de azeite2 colheres (sopa) de óleo de gergelim1 xícara (chá) de molho de soja (shoyo)50 ml de saquê ou destilado de sua preferência2 cebolas (cortadas em pétalas)2 pimentões verdes (cortados em cubos)1 pimentão vermelho (cortados em cubos)100g de amendoim torrado (sem pele)200g de castanha de caju torrada1/2 xícara (chá) de água1 colher (sobremesa) de amido de milho

Modo de preparo:Tempere o lombo com o alho, o suco de limão, pimenta

e o sal.Deixe marinando por uma hora.Em uma panela aquecida junte o azeite e o óleo de gergelim, frite os cubos de lombo até dourar. Acrescente o molho de soja,

os pimentões, os amendoins e as castanhas. Cozinhe por aproximadamente 5 minutos. Desmanche o amido de mi-lho na água e sempre mexendo vá adicionando ao lombo, cozinhando por 3 minutos. Sirva com arroz branco. BOM APETITE!!

Moradores do jardim São João procuraram a redação para relatar um verdadeiro ‘aparthotel’ às margem da ro-dovia Marechal Rondon.

Pessoas sem residência fixa estariam frequentando o local, na rua Ernesto Cor-deiro e além de pernoitar no local, promover algazarras e até defecar pela área, essas pessoas, desconhecidas dos moradores, estariam fazendo

Moradores reclamam de ‘apart’em beira de rodovia no São João

Na vila Cruzeiro a reclama-ção é quanto a altura do mato no final da rua Bolívia. Mora-dores relataram que o local fa-vorece o aumento e proliferação do mosquito da dengue e para a procriação de insetos e animais peçonhentos.

Além de cooperar e atrair usuários de drogas. Uma mora-dora que pediu anonimato disse

Mato na rua Bolívia incomoda moradores e pedestres do local

sexo entre as plantas do lugar em plena luz do dia.

Para os moradores, que se prontificaram em registrar o local, muitos produtos alimen-tícios e utensílios estão espa-lhados com acúmulo de água da chuva formando local ideal para a proliferação da dengue.

Os moradores informaram que aguardam uma ação da Prefeitura para normalizar o lugar e “fechar” o ‘apart hotel’.

que vive com medo devido a altura do matagal.

“Precisa da um jeito nisso, um terreno enorme e cheio de mato no centro da cidade. Vamos nós deixar um matinho ou um recipiente no relento que já vem alguém reclamar. Por quê a Prefeitura não vê isso. É uma vergonha para nós que moramos aqui”, desabafou.

Descoberto em humanos pela primeira vez em Uganda, na África, em 1952, o vírus zika se espalhou pela Ásia e pelo Pacífico até chegar às Américas. O primeiro caso registrado no continente foi na ilha de Páscoa, no Chile, em 2007, mas a maior epidemia já registrada ocorre atualmente no Brasil.

Apesar de existir há mais de meio século, por que somen-te agora o zika espalhou-se de forma ampla? Especialis-tas ouvidos pela BBC Brasil apontam um alinhamento de fatores que permitiram a popularização do vírus a níveis "alarmantes", com casos re-portados em mais de 24 países nas Américas, como definiu a diretora-geral da OMS (Or-ganização Mundial de Saúde), Margaret Chan.

Estimativas da organização apontam que haverá entre três e quatro milhões de casos de zika somente no continente durante este ano. Desses, de 500 mil a 1,5 milhão ocorrerão no Brasil.

"Há diversas determinantes para isso", explica Antoine Flahault, diretor do Instituto de Saúde Global da Univer-sidade de Genebra. A popu-larização das viagens interna-cionais é um dos motivos. O aumento dos deslocamentos com aviões ajuda na dissemi-nação do vírus. É muito fácil exportar casos de zika, dengue e chikungunya.

Outro aspecto é a popularida-de do vetor. Há ampla presença do mosquito. O Aedes aegypti está praticamente em todos os lugares do mundo e é muito difícil erradicar esse mosquito.

Segundo ele, em contraste com o mosquito transmissor da malária, Anopheles, o Ae-des aegypti se adapta muito bem ao meio urbano e isso contribui para inflar ainda

Por que zika foi identificado em humanos nos anos 50, mas só virou epidemia agora?

mais a epidemia.Em países onde houve de-

senvolvimento econômico levando comunidades a migrar do campo para a cidade foi registrada uma diminuição nos casos de malária. Mas o mesmo fenômeno não se aplica à zika, justamente pela alta adaptabi-lidade do mosquito, explicou à BBC Brasil.

O aquecimento global tam-bém poderia estar contri-buindo para a propagação do vírus. Já foi comprovado por climatologistas o impacto (das mudanças climáticas) no surto de chikungunya no Oceano Índico em 2005 e eu supo-nho que, embora ainda não comprovado, isso também se aplique ao zika.

O diretor do departamen-to de vigilância e resposta do ECDC, Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, órgão da União Europeia responsável por ques-tões de saúde, Denis Coulom-

bier, aponta que a maior circu-lação de pessoas não é a única justificativa para o dramático aumento dos casos.

“Sim, há um aumento nas viagens, mas você não pode ex-cluir que houve uma mudança no vírus, o que ocorreu ao lon-go do tempo. Houve também uma mudança no mosquito. Sabemos que as populações de mosquitos mudam com o tempo, se adaptam. Isso é claramente multifatorial.”

Em declaração no plenário do encontro executivo da OMS, a diretora-geral da organização, Margaret Chan, reforçou que o vírus mudou rapidamente de perfil, passando de uma "ameaça moderada" para uma de "pro-porções alarmantes".

Alguns aspectos que preo-

cupam a comunidade inter-nacional são justamente os pontos levantados por Flahault e Coulombier: a dispersão internacional do vírus e a falta de imunidade na população.

Margaret Chan ainda des-tacou o fenômeno climático El Niño como catalisador da popularização do mosqui-to. Esses e outros pontos de preocupação internacional serão abordados numa reunião emergencial convocada para a próxima segunda-feira.

Também estarão na pauta do encontro a associação entre o vírus e a má-formação de bebês, a ausência de vacina e de diagnóstico imediato e a busca de um alinhamento a respeito de eventuais alertas internacio-nais emitidos a viajantes.

Divulgação

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A FARMÁCIA DA CRUZEIRO MUDOU

PARA A RUA BAHIA CONFIRA!!!

LENÇÓIS PAULISTA, 30 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVOSUA IMAGEM8

Júlia Venâncio Miguel completou 9 anos na terça-feira, dia 26 de janeiro e recebeu os parabéns de toda a família. Os pais corujas, Greice e Cadú, desejaram um feliz aniversário e mos-traram todo seu amor pela linda garota. Parabéns do Sabadão!

O mais novo publicitário do pedaço Vitor Augusto Ro-drigues também aniversariou ontem, sexta-feira. A família comemora: Adão, Marlene, Joice e André dão os parabéns!

O desejo é de felicidades e muitas criações legais!!!

O Pe. Rogério Zenatelli, lençoense que atua em São Manoel desde sua ordenação. Amigo de longa data da equipe Sabadão, Zenatelli aniversaria hoje. Parabéns. Na foto Pe. Zenatelli durante homilia em Aparecidinha de São Manoel

Tatiane Zuntini comemora idade nova e recebe os parabéns do esposo e dos amigos da Câmara Municipal. A comemora-ção da direito a bolo de chocolate com morangos. Parabéns!!!

O homem multicultural Cristiano Taioque também come-mora seu aniversário amanhã na companhia da família: Fia, Arthur e Gabriela. Parabéns dos amigos!

O advogado e colunista Railson Rodrigues também assoprou velinhas este mês. Iniciando a carreira em Direito é amigo para todos os momentos. Felicidades para você!

Fotos de arquivos pessoais

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Page 9: SABADÃO DO POVO 150

Estado de Sao Paulo Demonstrativo de Gastos com Educacao 4o Trimestre de 2015 Folha: 1 Prefeitura Municipal de Borebi

Receitas Resultantes de Impostos (caput do art. 212 da Constituicao) Unidade Gestora : PREFEITURA MUNICIPAL Meses Anteriores 4o Trimestre de 2015 Total

Receita Descricao 00001 Imposto sobre Prop. Predial Urbana 86.221,63 9.605,26 95.826,89 00002 Imposto sobre Prop. Territorial Urbana 1.733,87 496,67 2.230,54 00003 Imposto de Renda Retido Nas Fontes sobre 136.446,55 52.775,05 189.221,60 00004 IRRF sobre Outros Rendimentos 0,00 1.341,14 1.341,14 00005 ITBI 37.596,20 10.124,91 47.721,11 00006 ISS - Simples Nacional 16.992,93 6.070,50 23.063,43 00007 Imposto s/Servicos de Qualquer Natureza 79.905,77 31.973,81 111.879,58 00022 COTA-PARTE FPM 5.075.584,83 1.920.934,49 6.996.519,32 00023 COTA-PARTE ITR 12.128,34 194.135,40 206.263,74 00052 TRANSFERENCIA FINANCEIRA DO ICMS - DES. 16.745,69 5.581,89 22.327,58 00055 COTA-PARTE DO ICMS 3.391.727,14 1.188.759,98 4.580.487,12 00056 COTA-PARTE DO IPVA 174.143,07 16.439,10 190.582,17 00057 COTA-PARTE IPI-EXPORTACAO 27.046,45 9.303,47 36.349,92 00072 MULT.JUR.MORA DO IPTU 1.272,79 362,98 1.635,77 00073 MULT.JUR.MORA DO ITBI 0,00 16,98 16,98 00074 MULT.JUR.MORA DO ISS 519,40 214,22 733,62 00078 MULT.JUR.MORA DA DIVIDA ATIVA IPTU 5.407,40 2.174,78 7.582,18 00079 MULT.JUR.MORA DA DIVIDA ATIVA ITBI 0,00 0,00 0,00 00084 REC. DA DIV. AT. DO IPTU 8.841,87 2.113,64 10.955,51 00085 REC. DA DIV. AT. DO ITBI 0,00 0,00 0,00 00086 REC. DA DIV. AT. DO ISS 619,47 0,00 619,47

Subtotal ..........(1) 9.072.933,40 3.452.424,27 12.525.357,67

Aplicacao Obrigatoria (25%) 2.268.233,35 863.106,07 3.131.339,42 -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Receitas de Recursos Adicionais (100%) Receita Descricao 00047 TRANSFERENCIAS DO SALARIO-EDUCACAO 285.206,97 79.912,40 365.119,37 00048 TRANSFERENCIAS DIRETAS DO FNDE - PDDE 880,00 0,00 880,00 00049 TRANSFERENCIAS DIRETAS DO FNDE - PNAE 0,00 0,00 0,00 00050 TRANSFERENCIAS DIRETAS DO FNDE - PNATE 7.760,35 -2.100,91 5.659,44 00051 APOIO A CRECHES 0,00 0,00 0,00 00107 Brasil Carinhoso - Creche 12.799,19 0,00 12.799,19 00065 Merenda Escloar (Estadual) 9.035,60 3.050,00 12.085,60 00066 Auxilio Transporte de Alunos(Estadual) 11.024,09 7.725,91 18.750,00 00095 CONSTRUCAO CRECHE ESCOLA 0,00 0,00 0,00

Subtotal ..........(2) 326.706,20 88.587,40 415.293,60

Total das Receitas (1+2) 9.399.639,60 3.541.011,67 12.940.651,27 -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Despesas Consideradas para Fins de Limite Constitucional Despesa Liquidada por Funcoes e Subfuncoes de Governo 12.361 Ensino Fundamental 79.919,78 18.546,76 98.466,54 12.365 Educacao Infantil 521.425,71 353.708,12 875.133,83 Despesa FUNDEB - Profissionais do Magisterio 1.344.553,01 440.036,91 1.784.589,92 Despesa FUNDEB - Outras Despesas 465.808,36 59.504,87 525.313,23

Página: 1 de 128/01/2016 08:39

R$ 1,00

LIQUIDADAS INSCRITAS EMRESTOS A

PAGAR NÃO-PROCESSADOS

(a) (b)

8.273.399,92 -

8.273.399,92 -

- -

- -

140.425,65 -

140.425,65 -

- -

- -

- -

8.132.974,27 -

Valor % sobre a RCL

14.364.558,17 -

8.132.974,27 56,62

7.756.861,41 54,00

7.369.018,34 51,30

6.981.175,27 48,60

Nota: Durante o exercício, somente as despesas liquidadas são consideradas executadas. No encerramento do exercício, as despesas não liquidadas

inscritas em restos a pagar não processados são também consideradas executadas. Dessa forma, para maior transparência, as despesas executadas

estão segregadas em:

a) Despesas liquidadas, consideradas aquelas em que houve a entrega do material ou serviço nos termos do art. 63 da Lei 4.320/64;

b) Despesas empenhadas mas não liquidadas, inscritas em Restos a Pagar não processados, consideradas liquidadas no encerramento do

exercício, por força inciso II do art. 35 da Lei 4.320/64.

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA - RCL (IV)

DESPESA TOTAL COM PESSOAL - DTP (V) = (IIIa + IIIb)

LIMITE MÁXIMO (VI) (incisos I,II e III, art. 20 da LRF)

LIMITE PRUDENCIAL (VII) = (0,95 * VI) (parágrafo único do art. 22 da LRF)

LIMITE DE ALERTA (VIII) = (0,90 * VI) (inciso II do § 1º do art.59 da LRF)

FONTE: PRONIM RF - Responsabilidade Fiscal, 28/Jan/2016, 08h e 37m.

Despesas de Exercícios Anteriores de período anterior ao da apuração

Inativos e Pensionistas com Recursos Vinculados

DESPESA LÍQUIDA COM PESSOAL (III) = (I - II)

APURAÇÃO DO CUMPRIMENTO DO LIMITE LEGAL

Pessoal Ativo

Pessoal Inativo e Pensionistas

Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização (§ 1º do art. 18 da LRF)

DESPESAS NÃO COMPUTADAS (§ 1º do art.19 da LRF) (II)

Indenizações por Demissão e Incentivos à Demissão Voluntária

Decorrentes de Decisão Judicial de período anterior ao da apuração

RGF - ANEXO I (LRF, Art. 55, inciso I, alínea "a")

DESPESAS EXECUTADAS

DESPESA COM PESSOAL

(Últimos 12 Meses)

DESPESA BRUTA COM PESSOAL (I)

Prefeitura Municipal de Borebi - SP

Poder Executivo

Relatório de Gestão Fiscal

Demonstrativo da Despesa com Pessoal

Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social

Janeiro/2015 a Dezembro/2015

Tânia MorbiUma ação da Prefeitura de

Borebi busca acelerar a libera-ção de quase R$ 500 mil que serão destinados à recuperação do município, o mais afetado

Com 20% de seu orçamento comprometido por danos, Borebi busca recursos para infraestruturaMunicípio mais afetado no Estado pelas chuvas, Borebi busca R$ 500 mil imediatos para recuperação de sua in-fraestrutura urbana, que juntamente com área rural teve danos acima de R$ 2.75 milhões

proporcionalmente pelas chu-vas em todo Estado, de acordo com a Defesa Civil Estadual. Segundo a Prefeitura, os danos provocados pela enchente no início do mês causaram pre-

juízos acima R$ 2.75 milhões, cerca de 20% do orçamento anual do município. Na quarta-feira, dia 27, uma comitiva da Prefeitura esteve na Casa Civil e na Defesa Civil.

Segundo o diretor de Meio Ambiente do município e coordenador da Defesa Civil, José Ricardo Cheche, embora a Prefeitura tenha decretado o estado de calamidade pública,

seguindo o que determina a legislação vigente, duas verbas, que já haviam sido liberadas para o município podem ante-cipar os reparos dos danos.

Uma se refere ao valor de R$ 240 mil, equivalente a uma ambulância que o Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde, iria enviar ao município, e outra é a soma de R$ 230mil, que o município já tinha em conta para a construção de um barracão, que seria destinado à instalação de alguma empresa que demonstrasse interesse em atuar em Borebi.

José Ricardo explicou que o dinheiro para a construção do galpão é resultado de um convênio com a Secretaria de Planejamento e está disponível desde 2012, quando foi feita a licitação para contratação da empresa que seria responsável pela obra. Porém, depois de identificar problemas no proje-to original, a empresa desistiu de realizar a construção.

O projeto ficou parado, até que a atual administração reivindicou junto ao governo a troca por um projeto menor, uma vez que levantamento da Prefeitura apontou que os va-lores referentes à obra estavam defasados. Como este pedido ainda estava em análise, esta semana o prefeito Manoel Frias Filho, o coordenador da Defesa

Civil e o diretor Financeiro Carlos Roberto de Paula Lima reivindicaram que o recurso seja direcionado para a recuperação da infraestrutura do município.

Os pedidos foram apre-sentados ao subsecretário da Casa Civil, Rubens Cury, em audiência intermediada e acom-panhada pelo deputado Luiz Carlos Gondim, que também havia intermediado encontro com o Secretário da Defesa Civil Coronel PM José Rober-to de Oliveira, no Palácio dos Bandeirantes.

Ao chefe da Defesa Civil do Estado, a comitiva de Borebi entregou toda a documentação que comprova a urgência de recursos para a recuperação da cidade e que mostram o pre-juízo de R$ 2.753.405 milhões necessários para a reconstrução de diversos pontos, principal-mente na área rural.

Segundo a Prefeitura, o Co-ronel José Roberto informou que muitas cidades em todo Estado entraram com pedido de recursos, e devido a redução da verba disponível devido à queda de arrecadação, a Defesa estuda caso a caso, mas garantiu que o município será contemplado, porém sem previsão de valores ou datas.

Foi o próprio Coronel, se-gundo o coordenador da Defesa Civil de Borebi, que informou que a cidade foi a que mais teve prejuízos em todo Estado de São Paulo, considerando o quanto necessitará para as obras de recuperação e o total de seu orçamento anual.

Empresários apoiamNa semana passada, o pre-

feito Manoel Frias se reuniu com representantes de empresas da cidade e de suas parceiras para expor a grave situação do município após as chuvas e as dificuldades que terá em seu orçamento para as obras necessárias, especialmente para o escoamento da produção das empresas. Os representantes das empresas do setor sucroenergé-tico e de madeiras se disponi-bilizaram em contribuir com o município.

O prefeito Frias também pretende conversar com o diri-gentes do Movimento dos Sem Terra, que têm assentamento no município, para buscar ajuda também do Governo Federal. “O que aconteceu não atinge somente a mim ou as empre-sas, atinge a toda população”, afirmou o prefeito.

EDITAL/BOREBI 9LENÇÓIS PAULISTA, 30 DE JANEIRO DE 2016 - SABADÃO DO POVO

Junto - Prefeito de Borebi, Manoel Frias tenta “salvar” carro que caiu no rompimento do aterro da rodovia da Amizade, às 22h30m, com a PM.

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Billy Mao

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A Prefeitura Municipal, por meio da diretoria de Assistência e Promoção Social, divulgou

Assistência encerra doa-ções a vítimas da enchen-te e atenderá população

esta semana que as famílias atingidas pela enchente pode-rão retirar roupas, calçados e produtos que ainda estão à dis-posição no Tonicão até às 16h deste sábado, dia 30. Entre os dias 1 e 4 de fevereiro, o atendi-mento no Tonicão, com roupas e calçados, devido ao excesso de doações, passará a ser oferecido à população em geral, das 8h às 16h. A Assistência orienta que os pais evitem levar as crianças. Haverá um tempo determinado para que haja organização na retirada dos itens.

A diretoria divulgou nota em agradecimento às pessoas que realizaram doações, “que em muito ajudaram às famílias afetadas pela enchente dos dias 12 e 13 /01”. Também agrade-ceu aos servidores municipais e voluntários que “se uniram a esta causa com o intuito de minimizar o sofrimento das pessoas que tiveram perdas com a enchente”.

A secretaria do Centro Mu-nicipal de Formação Profissio-nal “Prefeito Ideval Paccola” concluiu nesta semana o pro-cesso de inscrição e matrícula para os cursos que serão ofereci-dos pela autarquia no primeiro semestre de 2016.

De acordo com a secretaria, o CMFP das 852 inscrições, serão oferecidas 744 vagas para os cursos nos períodos da ma-nhã, tarde e noite. As aulas tem início no dia 15 de fevereiro e o curso de costura é o que mais recebeu inscrições.

Também serão oferecidos cursos de automotiva kids; eletricidade automotiva, eletri-cidade residencial, marcenaria, mecânica de autos, mecânica de bicicleta, assistente ad-

Aulas no CMFP tem início no dia 15 de fevereiro

ministrativo, design gráfico, edição de vídeo, ilustração digital, informática básica, penteado, maquiagem, depi-lação, artes em tecido, borda-do, crochê, macramê, moda íntima, pintura em madeira e pintura em tecido.

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EDITAL/GERAL

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Preocupado com o avanço da dengue e do zika vírus, o Gover-no Federal vai ampliar a quanti-dade de militares das Forças Ar-madas para atuar no combate ao mosquito aedes aegypti. A ideia é que 220 mil homens atuem nessa frente, o que corresponde a cerca de 60% de todo efetivo do Exército, Marinha e Aeronáutica.

Segundo o ministro da Defe-sa, Aldo Rebelo, 50 mil homens atuarão diretamente visitando residências para eliminar focos de proliferação do mosquito e orientar moradores. Essa ação ocorrerá entre os dias 15 e 18 de fevereiro e será articulada em conjunto com o Ministério da Saúde e com os governos esta-duais e municipais. Atualmente, o número de militares que estão nas ruas é dois mil.

Militares se envolvem no combate ao aedes aegypti transmissor da Dengue

Em nota enviada à imprensa, o Exército divulgou, na quinta-feira, dia 28, como participará da mobilização, de acordo com etapas pré-definidas.

No período de 29 de janeiro a 04 de fevereiro de 2016, será realizada em todas as organizações militares e em suas áreas de respon-sabilidade uma intensificação das atividades de manutenção e limpe-za, empregando todos os militares disponíveis, com a finalidade de eliminar os focos do mosquito que por ventura ainda existam.

Segundo a nota, o dia 13 de fevereiro será o Dia Nacional de Esclarecimento, com o objetivo de realizar um aprofundamento do nível de conscientização quanto à gravidade do problema e ao grau de responsabilidade de todos os cidadãos no combate ao mosquito.

Juntamente com profissionais da área de Saúde, todos os mi-litares disponíveis do Exército atuarão em diversos municípios em todo o território nacional, com mutirões de erradicação de focos de proliferação do mosquito e descontaminação. Esta fase será desenvolvida no período de 15 a 19 de fevereiro, junto à população de áreas urbanas e de maior risco.

Segundo a nota, também haverá campanha de divulgação em escolas. Em data ainda a ser definida, o Exército integrará uma grande mobilização escolar, nas redes públicas e privadas, de orientação para ampliar a disse-minação de informações a respei-to da gravidade do problema, dos males causados pelo mosquito, do grau de responsabilidade de cada um dos brasileiros nesta “guerra” e dos procedimentos a serem adotados para cooperar e participar da campanha nacional.

O ano letivo de 2016 da rede municipal de ensino de Lençóis Paulista começa no dia 4 de feve-reiro, próxima quinta-feira, quando começam as aulas nas 33 escolas do município. As 13 creches municipais não interromperam o atendimento no período de férias escolares.

Segundo a assessoria de imprensa da diretoria de Educação, os estu-dantes receberão no início das aulas as apostilas do Sistema de Ensino Aprende Brasil, da Editora Positivo, com a qual a rede municipal atua, e os uniformes escolares de verão. Alu-nos e professores também receberão agendas escolares.

Segundo a diretoria de Educação, a rede municipal de ensino lençoense conta hoje com mais de oito mil alunos matriculados na educação infantil (creche e pré-escola), no ensino fundamental I (do primeiro ao quinto ano) e ensino fundamental II (do sexto ao nono ano).

O ano letivo de 2016 se encerrará no dia 9 de dezembro, e os Jogos Es-colares serão realizados no segundo semestre. Em 2016 os alunos tam-bém participarão das provas do Saelp (Sistema de Avaliação Educacional de Lençóis Paulista), nos meses de abril e outubro.

Em Macatuba, no dia 2Os 1,8 mil alunos das escolas da

rede municipal de Macatuba (ensino fundamental I, educação infantil e creche) voltam às aulas no dia 2 de fevereiro, próxima terça-feira.

Para os estudantes, as aulas do primeiro semestre começam no dia 2 de fevereiro e seguem até 7 de julho. Depois tem o recesso escolar no período de 11 a 28 de julho. Os estudantes macatubenses retornam para o segundo semestre no dia 1º de agosto e as aulas seguem até 15 de dezembro, quando a programação prevê a conclusão de mais uma etapa de formação escolar.

Os mais de 200 professores, di-retores, coordenadores pedagógicos e demais funcionários da educação retomaram atividades antes, para cumprir a agenda preparatória para recepcionar os alunos.

Aulas nas escolasmunicipais começamna quinta-feira, dia 4

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PREFEITURA MUNICIPAL DE BOREBI/SPAVISO DE LICITAÇÃOPregão nº 001/2016 – Objeto: Registro de preços de tiras

reagentes para exame de glicemia. Entrega dos envelopes de documentos, propostas e do credenciamento: Dia 16 de fevereiro de 2016, às 09:30 horas, no Setor de Licitações da Prefeitura.

Pregão nº 002/2016 – Objeto: Registro de preços de fraldas descartáveis. Entrega dos envelopes de documentos, propostas e do credenciamento: Dia 16 de fevereiro de 2016, às 10:00 horas, no Setor de Licitações da Prefeitura.

Pregão nº 003/2016 – Objeto: Registro de preços de carnes bovina, suína, de frango, de peixe, linguiça, bacon e frios. Entrega dos envelopes de documentos, propostas e do credenciamento: Dia 16 de fevereiro de 2016, às 13:30 horas, no Setor de Licita-ções da Prefeitura.

Pregão nº 004/2016 – Objeto: Registro de preços de hortifrutis. Entrega dos envelopes de documentos, propostas e do creden-ciamento: Dia 18 de fevereiro de 2016, às 13:15 horas, no Setor de Licitações da Prefeitura.

Pregão nº 005/2016 – Objeto: Registro de preços de combustí-vel diesel S-10. Entrega dos envelopes de documentos, propostas e do credenciamento: Dia 23 de fevereiro de 2016, às 14:30 horas, no Setor de Licitações da Prefeitura.

Os editais na íntegra encontram-se à disposição dos interes-sados no Setor de Licitações da Prefeitura, localizado na rua 12 de Outubro, nº 429, Centro, Borebi/SP, no horário das 8:00 às 11:30 e das 13:00 às 16:00 horas e no site www.borebi.sp.gov.br. Esclarecimentos no local citado ou através do e-mail [email protected].

Borebi, 28 de janeiro de 2016.

Manoel Frias Filho - Prefeito Municipal.

Após reuniões realizadas esta semana, Prefeitura Municipal, Câmara e Associação Rural de-finiram que a 39ª Facilpa irá ser realizada este ano no mesmo formato e tamanho dos anos anteriores, mas com ações que

ARLP, Câmara e Prefeitura decidem realizar Facilpabeneficiem as vítimas da enchen-te do dia 13. A realização da feira foi questionada, após os prejuí-zos causados a comerciantes, moradores e o poder público. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira, dia 29. Uma das mudanças

será a criação do Fundo Facilpa Solidariedade 2016.

Pela decisão, a feira irá manter a programação de shows já anun-ciada, com cobrança de ingressos para parte dos shows, bem como toda a estrutura de praça de alimentação, parque e demais expositores. A Facilpa acontece entre os dias 6 e 15 de maio.

Em nota, enviada por e-mail, assinada pelo presidente José Ulysses dos Santos e por seu coordenador José Oliveira Pra-do , a Associação afirma que a decisão unânime entre os envol-vidos considerou a importância do evento para a arrecadação anual de seus expositores e da economia da cidade como um todo. “Várias são as entidades assistenciais e clubes de serviços, com suas conhecidas barracas de alimentação, que se beneficiam da feira para aumentar suas re-ceitas destinadas ao atendimento de um número significativo de pessoas, principalmente crianças e idosos. A própria Associação Rural obtém parte dos recursos necessários para manter a Equo-terapia através da feira. Outros setores de serviços e comércio da cidade também aumentam seu faturamento por conta da

Facilpa”, diz a nota.A decisão, segundo a ARLP,

também considerou o custo do rompimento de contratos que já haviam sido firmados, especial-mente com artistas, prevendo multas ou perda de valores já pagos em caso de desistência. A Facilpa faz parte do calendário oficial das Feiras e Exposições do Estado de São Paulo e das festivi-dades do aniversário de Lençóis Paulista. “Esses, dentre tantos ou-tros, os motivos que justificaram a realização da feira, colocada em discussão em razão da enchente ocorrida em Lençóis Paulista no último dia 13 de janeiro.

De acordo com a nota, embora a feira seja realizada no mesmo formato, os presentes na reunião reconheceram a necessidade de promover ações de solidarieda-de durante o evento voltadas às vítimas da enchente. Entre ações já definidas está a criação do Fundo Facilpa Solidariedade 2016, que receberá recursos que serão destinados aos atingidos e a reformulação e ampliação do “ingresso solidário”, que já era praticado, mas será reformulado. Outras ações, inclusive que irão gerar os recursos para o Fundo serão definidas a partir de agora.

Reunião ocorreu no Recinto deExposições e coletiva de imprensa foi trocada por nota oficial divulgada ontem pela manhã

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