rronline - edição 997

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Rudge Ramos www.rronline.com.br [email protected] SÃO BERNARDO DO CAMPO 4 DE 12 A 25 DE ABRIL DE 2013 4 ANO 32 4 997 JORNAL DA CIDADE Festival recebe Luciana Mello na quinta-feira (18) MÚSICA Pág. 14 4 Expectativa do síndico é que o prédio volte a funcionar em 2 anos. Pág. 5 MARISTELA CARETTA/RRJ Metodista faz o primeiro jogo no Paulistão dia 20 HANDEBOL Pág. 15 4 Edifício Senador Moradores querem fechamento de alça da Caminho do Mar 3CONGESTIONAMENTO Pág. 3 DIVULGAÇÃO MARISTELA CARETTA/RRJ VITOR JAQUETO/RRJ

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Edição 997 completa do jornal Rudge Ramos Online.

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Page 1: RROnline - Edição 997

Rudge [email protected] São Bernardo do Campo 4 de 12 a 25 de aBril de 2013 4 ano 32 4 Nº 997

JORNALDA CIDADE

Festival recebe Luciana Mello na quinta-feira (18)

MÚSICA

Pág. 14

4

Expectativa do síndicoé que o prédio volte a funcionar em 2 anos. Pág. 5

MARISTELA CARETTA/RRJ

Metodista faz o primeiro jogo no Paulistão dia 20

HANDEBOL

Pág. 15

4 Edifício Senador

Moradores querem fechamento de alça da Caminho do Mar

3CONGESTIONAMENTO

Pág. 3

DIVULGAÇÃO

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De 12 a 25 de Abril de 2013POLÍTICA2 - Rudge Ramos Jornal

C O N S E L H O DIRETOR - Stanley da Silva Moraes - Presidente, Nelson Custódio Fér – Vice

- Presidente, Rev. Osvaldo Elias de Almeida - Secre-tário, Jonas Adolfo Sala, Aureo Lidio Moreira Ribeiro, Kátia de Mello Santos, Augusto Campos de Rezende, Marcos Vinicius Sptizer, Aires Ademir Leal Clavel, Oscar Francisco Alves Junior, Regina Magna Bonifácio de Araújo - Suplente, Valdecir Barreros - Suplente.

REITORIA - Reitor - Marcio de Moraes, Pró-Reitora de Graduação - Vera Lúcia G. Stivaletti, Pró-Reitor de Pós-Grad. e Pesquisa - Fábio Botelho Josgrilberg

DIRETORES - Sérgio Roschel (Diretor de Finan-ças e Controladoria), Daví Nelson Betts (Diretor de Tecnologia e Informação), Paulo Roberto Salles Garcia (Diretor de Comunicação e Marketing), Débora Castanha (Diretora do Ensino Básico), Carlos Eduardo Santi (Faculdade de Exatas e Tecnologia), Jung Mo Sung (Faculdade de Huma-nidades e Direito), Fulvio Cristofoli (Faculdade de Gestão e Serviços), Luiz Silvério Silva (Faculdade de Administração e Economia), Paulo Rogério Tarsitano (Faculdade de Comunicação), Rogério Gentil Bellot (Faculdade de Saúde) e Paulo Rober-to Garcia (Faculdade de Teologia).

COMUNICAÇÃO - Paulo Salles (Diretor).

Equipe de Redação: Bianca Beltrame, Caio dos Reis, Christiane Oliveira, Deise Almeida, Érika Rios, Felipe Calbo, Fernanda Ferreira, Gabriela Brito, Maria Paula Vieira, Mariana Matos, Natália Petrosky, Nicole Ongarato, Raphael Andrade, Renato Fontes, Vitor Jaqueto, Yara Ferraz e alunos do 5º e 6º semes-tres de Jornalismo.

Produção de Fotolito e Impressão: Diário do Grande ABC

DIRETOR - Paulo Rogério Tarsitano COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO - Rodolfo Carlos Martino. REDAÇÃO MULTIMÍDIA - Editor-chefe - Júlio Veríssimo (MTb 16.706); EDITORA-EXE-CUTIVA E EDITORA DO RRJ - Margarete Vieira (MTb16.707); EDITOR DE ARTE - José Reis Filho (MTb 12.357); Assistente de Fotografia - Maristela Caretta (MTb 64.183)

[email protected]

JORNAL

Rudge RamosRua do Sacramento, 230 - Ed. Delta - Sala 141 - Tel.: 4366-5871 - Rudge Ramos - São Bernardo - CEP: 09640-000

RUDGE RAMOS JORNAL - PUBLICAÇÃO DO CURSO DE JORNALISMO DA FAC

6 DE OLHO NA CÂMARA

FERNANDA FERREIRA/RRJFERNANDA FERREIRATHIAGO PÁSSARO

q A Câmara Municipal de São Bernardo aprovou na quarta-feira (10) moção de apoio à greve dos professores da rede estadual. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) pretende iniciar paralisação no próximo dia 19.

A diretora da subsede da Apeoesp de São Bernardo, Vera Lúcia Zirnberger, falou sobre os motivos da greve e solicitou o apoio da Câmara. Os 28 ve-readores assinaram a moção, que será encaminhada para o governador Geraldo

Alckmin (PSDB) e para a base de cada partido repre-sentado na Casa. “Estamos fa-zendo greve porque o governo está nos maltratando. Senti um grande apoio [da Câmara] ao movimento, inclusive dos vereadores do PSDB”, disse a diretora.

Entre as reivindicações dos docentes, estão 36,74% de reposição salarial, fim da lei das faltas médicas, melhores condições de trabalho, pro-moção da saúde e prevenção do adoecimento da categoria, mais tempo para a formação dos professores, fim dos des-contos das faltas e licenças médicas para aposentadoria, entre outras melhorias.

Conforme o comunicado da presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, os

Câmara apoia greve dosprofessores estaduais

professores não fazem greve porque gostam, e sim quando as tentativas de negociação não surtem efeito e a situação fica insustentável.

A última grande greve da categoria aconteceu em 2010, com 35 dias de paralisação. Em 2012, o protesto durou apenas três dias.

Segundo a diretora, há em torno de 350 escolas estaduais no ABC. Caso a greve tenha adesão de todas as unidades escolares, cerca de 500 mil alunos ficarão sem aulas.

Para o vereador Paulo Dias, líder do Partido dos Trabalha-dores (PT) na Câmara, a quali-dade da educação das escolas estaduais, particularmente em São Bernardo, deixa muito a desejar. “O que podemos fa-zer é questionar o governo do Estado, a Secretaria de

Educação do Estado e fazer

visita às escolas estaduais. É preciso fazer pressão e ajudar a comunidade para que possa se mobilizar para uma educação melhor”, falou o parlamentar.

Para o vereador Hiroyuki Minami (PSDB), o governo do Estado de São Paulo tem que ter a sensibilidade de que a greve não será benéfica para ninguém.

“Estamos solidários de que o ensino deve melhorar, que os professores devem ser incentivados e as escolas ofe-recerem condições tanto para o professor quanto para que o aluno tenha a maior produti-vidade possível dentro da sala de aula.”

Os professores vão se reunir no dia 19 de abril em uma as-sembleia, às 14h, no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista. Em seguida, haverá uma ca-minhada até a Praça da Repú-blica, no centro de São Paulo.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃOEm nota, a Secretaria de

Educação do Estado de São Paulo, afirma ter implantado novas ações para a melhoria do ensino a partir de amplas dis-cussões e reuniões diretamente com seus próprios professores e servidores administrativos, e também tem aperfeiçoado os programas já existentes. A atual gestão está permanen-temente à disposição para o diálogo com as entidades sindi-cais, mas não abre mão de tra-balhar também, e sobretudo, diretamente com seus próprios profissionais empenhados na melhoria do aprendizado de seus alunos.

A secretaria informa ainda que à política salarial esta-belecida em 2011 pelo gover-nador Geraldo Alckmin, que instituiu aumento acumulado de 42,25% até 2014, elevará a remuneração inicial em junho para R$ 2.213,56. g

TRABALHOS INTERROMPIDOSDevido à presença dos representantes da Apeo-esp na Câmara Munici-pal, os trabalhos dos ve-readores na sessão foram interrompidos por mais de duas horas e meia. Na retomada da sessão, foi aprovada a abertura de crédito especial, para re-ceber do governo federal um repasse no valor de R$ 500 mil.dro.

Diretora da subsede da Apeoesp de São Bernar-do, Vera Lucia, falou so-bre os motivos da greve

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De 12 a 25 de Abril de 2013 CIDADE Rudge Ramos Jornal - 3

Rudge RamosOnline

CIDADE

Delegado confirma que incêndio em hotel de São Bernardo foi criminosohttp://migre.me/e3djj TRÂNSITO

Rua Major Carlos Del Prete fica inter-ditada devido a obras até o dia 30 http://migre.me/e3eIo

ECONOMIA

Restaurantes da ABC mantêm toma-te no cardápio apesar do preçohttp://migre.me/e3dvb

SAÚDE

Exame detecta gordura mais perigo-sa do que o colesterol http://migre.me/e3eOc

SEGURANÇA

Bibliotecas de S. André e S. Caetano têm itens básicos contra incêndioshttp://migre.me/e3e7A

BEM ESTAR

Beber água somente ao sentir sede mostra que o corpo está desidratadohttp://migre.me/e3f2a

ACESSE

MARISTELA CARETTA

q Moradores do Rudge Ramos estão insatisfeitos com o trânsito intenso na avenida Caminho do Mar. Eles acredi-tam que a principal causa dos congestionamentos é a alça de acesso para a avenida Lions, reaberta ano passado durante a reforma. Na época, a prefei-tura informou que a alça ficaria aberta apenas para caminhões

e ônibus e que seria fechada para carros de passeio por volta do dia 4 de outubro de 2012.

Elizete Gomes, moradora do bairro que entrou em contato com a Redação, afirma que a avenida fica congestionada nos dois sentidos, todos os dias. “Nós, moradores, estamos so-frendo com o desvio do trânsito da Via Anchieta, sentido São Paulo, que está desaguando na Caminho do Mar. Além do

Alça na Caminho do Mar causa congestionamento e pode fechar para carros de passeio

trânsito, a entrada é perigosa, porque os veículos que vêm de Santo André cruzam na frente daqueles que pretendem ir para Diadema, pois precisam entrar na Via Anchieta, sentido São Paulo. O que era para ser provisório permaneceu”.

A Prefeitura de São Bernar-do, por meio da Secretaria de Transportes e Vias Públicas, informou, em nota, que, após a inauguração do rebaixamento

da avenida Lions, foi constata-do que a abertura executada na avenida Caminho do Mar para acesso à Lions, no período de obras, traz um fluxo de ve-ículos proveniente da Rodovia Anchieta de quem segue no sentido Santos/Capital, com destino a Diadema. Justamen-te neste trecho, não há alça de acesso direto da rodovia para o sentido Diadema, o que faz com que o usuário entre no

município de São Bernardo e o utilize como viário de passa-gem, sobrecarregando o trân-sito na região.

A Secretaria de Transportes e Vias Públicas também infor-mou que o projeto está sendo revisto e que há possibilidade de reabertura do acesso à avenida Lions pela Rua 24 de Maio. Assim, o acesso aberto pela avenida Caminho do Mar - que hoje dificulta o fluxo viário da avenida Lions - seria permitido somente para ônibus e caminhões, o que obrigaria os condutores de carros de passeio a seguir em frente pela avenida Caminho do Mar, acessar à direita, na Rua 12 de outubro, e novamente à direi-ta, na Rua 24 de maio, dando finalmente acesso à avenida Lions, sentido Diadema. g

Abertura executada na avenida Lions

traz fluxo de veículos

proveniente da rodovia

Anchieta

MARISTELA CARETTA/RRJ

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De 12 a 25 de Abril de 2013CIDADE4 - Rudge Ramos Jornal

FOTOS: MARISTELA CARETTA/RRJ

CHRISTIANE OLIVEIRA

q As obras do HC (Hospital de Clínicas) no Alvarenga estão atrasadas há quase um ano. A construção teve início no dia 3 de setembro de 2010 e o prazo de inauguração do local estava previsto para o primeiro semes-tre de 2012, mas até agora essa entrega não aconteceu.

Um novo prazo foi estabe-lecido pela Prefeitura de São Bernardo, e a entrega parcial do Hospital deve ocorrer no primeiro semestre deste ano. De acordo com o secretário de Saúde de São Bernardo, Arthur Chioro, “a obra já está 90% concluída, restando os detalhes finais de acabamento”.

Mas apenas o serviço de neurologia e 70 dos 293 leitos do HC serão inaugurados e, segundo Chioro, não houve interrupção das obras. “Uma obra complexa e grandiosa como a do Hospital de Clínicas trabalha com uma previsão de término, que pode ser reava-liada devido a diversos fatores, principalmente condições cli-máticas e reposição de mate-rial de construção”, explicou o secretário.

Chioro ressaltou que a in-tenção é que o hospital seja uma referência em todo o ABC. “Para atender a população dos sete municípios em várias es-pecialidades”, afirmou. E que, depois de pronto, vai ajudar na reorganização do sistema de saúde pública de São Bernardo.

Até agora, foram investidos cerca de R$ 161 milhões na construção do hospital, prove-nientes dos governos federal,

estadual e da prefeitura do município.

ESTRUTURA Com uma área total de 36

mil metros quadrados, o hos-pital contará com 293 leitos (197 de internação, 60 de UTI e 96 de complementares), terá capacidade de fazer 10 mil consultas, 1.500 internações e 1.500 cirurgias por mês.

Entre as especialidades estão: cardiologia, nefrologia, doenças infecto-contagiosas, pneumologia, reumatologia, gastroenterologia, neurologia, hematologia, dermatologia e atendimento pediátrico.

O hospital conta também com uma unidade de desin-toxicação para tratamento de dependentes de álcool e drogas, além de internações clínicas e cirúrgicas, como nefrologia, oftalmologia e urologia. g

Hospital de Clínicastem atraso de quase um ano na entrega

www.rronline.com.br

ACESSEPara saber mais

notícias de

SÃO BERNARDOE REGIÃO

Obra está 90% concluí-da; previsão de entrega

parcial é para o primeiro semestre deste ano

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De 12 a 25 de Abril de 2013 CIDADE Rudge Ramos Jornal - 5

FOTOS: VIOTR JAQUETO/RRJ

DEISE ALMEIDAVITOR JAQUETO

q Um ano e dois meses após o desabamento parcial das lajes internas do edifício Senador, no centro de São Ber-nardo, as causas definitivas do acidente ainda continuam desconhecidas.

Segundo laudos prelimina-res apresentados pelo Ministé-rio Público, Polícia Civil e pre-feitura, as principais causas pelo desmoronamento foram fissuras e infiltrações de água, que apareceram no último dos 14 andares do prédio. Apesar disso, os documentos apontam que a estrutura geral do condo-mínio não foi danificada.

No dia 6 de fevereiro de 2012, houve um desmoronamento das lajes do edifício Senador. O aci-dente começou no 14º andar do prédio e foi atingindo os demais. Duas pessoas que estavam no edifício (uma enfermeira e uma criança) morreram em razão do desabamento.

O prédio permanece fecha-do. Segundo o síndico do local, o advogado Lauro Salera, reu-niões periódicas são realizadas para discutir as possibilidades de os 70 condôminos arcarem com os custos das obras.

“Estamos em fase de or-çamento para concluir a via-bilidade da reforma. Isso vem sendo discutido há algum tem-po, para que se chegue num consenso de como será feita a obra”, disse o advogado.

Ainda de acordo com Salera, a previsão é que o plano de re-forma que será adotado no local seja concluído em no máximo 60 dias e que o edifício comercial volte a funcionar em dois anos.

“A reforma não será apenas onde ocorreu o desabamento. Vamos fazer uma reforma geral, desde a fachada até as salas. Em todos os andares terá algum tipo de intervenção”, afirmou.

INTERDIÇÃOO prédio continua inter-

ditado pela Defesa Civil da cidade. Além disso, o arredor da edificação está cercado por tapumes, impedindo inclusive o trânsito de pedestres.

Quem passa a pé pelo lo-cal, que fica na esquina de duas importantes avenidas da cidade, a Índico e a Senador Vergueiro, tem que disputar o espaço da rua com os carros.

“Eu tenho que obrigatoria-mente passar por aqui todos

70 É O

NÚMERO DE CONDÔMINOS QUE

ARCOU COM OS CUSTOS DA OBRA

os dias para pegar o ônibus de volta para casa. Vivo com medo, porque os motoristas dos carros não respeitam e não existe nenhuma outra possibilidade com segurança por aqui”, contou a bancária Débora Juliano.

Mais de um ano após desabamento, Edifício Senador continua vazio

14 MESES DEPOIS

6 de fevereiro de 2012 – Por volta das 20h, a laje interna do último andar caiu, e formou uma cratera de 10 metros de diâmetro de cima a baixo do edifício.

2 vítimas morreram no incidente – Julia Moraes, de 3 anos, e a enfermeira Patrícia Alves, de 25 anos.

6 pessoas ficaram feridas e precisaram de atendimento médico.

Além disso, o buraco que se formou de cima a baixo do edifício ainda faz parte da paisagem do centro de São Bernardo. De acordo com o recepcionista Rodrigo Silva de Freitas, que trabalhou no Edifício Senador por três anos,

a estrutura “abandonada” dá sinal de fragilidade. “O Senador sempre foi um ponto comercial de referência. Hoje, mesmo com ele sendo reformado, acho que todos vão ficar com um pé atrás com ele. Eu teria medo de voltar a trabalhar lá”, disse. g

Desde a queda das lajes, pedes-tres dividem o espaço da rua com os veículos

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De 12 a 25 de Abril de 20136 - Rudge Ramos Jornal ECONOMIA

DÉBORA KOMUKAI/RRJARTHUR GANDINIDÉBORA KOMUKAI

q O ABC não é o mais o mesmo de décadas atrás. En-quanto a região com tradição industrial perdeu algumas plantas de fábricas nos anos 90, como as da Brastemp, Bla-ck & Decker e Perkins, o setor de serviços cresceu na região e acompanha a tendência da economia brasileira dos últi-mos anos. Para a coordenadora do curso de Ciências Sociais da Universidade Metodista de São Paulo, Lucieneida Praun, o aquecimento do último setor acentua a desigualdade social da população do ABC por meio do consumo.

“Passa-se a ter serviços aqui na região que são ina-cessíveis à maior parte da população. A divisão entre as classes fica mais nítida. Tem supermercados hoje no ABC que são voltados para o poder aquisitivo mais elevado.”

Outro impacto da mudança de cenário econômico é o rebai-xamento salarial dos trabalha-dores com a migração de postos de trabalho do setor industrial para o de serviços, já que o pri-meiro tem trabalhadores mais bem remunerados, em geral.

“Hoje eu pago para traba-lhar”, disse Moacir Bragueiroli, 67, ex-metalúrgico que tem uma loja de bolsas no Rudge Ramos.

O comerciante concorda que o setor industrial paga melhor do que o de serviços em sua maioria. E, se tivesse de deixar de ser proprietário atualmente, preferiria voltar a ser torneiro mecânico a fun-cionário de loja. Mas admite que valeu a pena a mudança na época. “Com 14 anos eu ganhava mais que o meu pai [que também trabalhava no setor]. Depois [já casado, aos 41] me apareceu uma opor-tunidade para trabalhar em uma loja grande [de bolsas, em Santo André].”

De acordo com dados do

Ministério do Trabalho e Em-prego, a média de renda do setor industrial no ABC era de R$ 3.757 e no de serviços, R$ 1.870 até setembro de 2012. Também conforme números do Seade (Fundação Sistema

Estadual de Análise de Dados) divulgados em dezembro, o primeiro setor obteve o saldo negativo de 23 mil postos de trabalho, e o setor de serviços, o positivo de 49 mil empregos no ano passado.

Setor de serviços cresce, na região, mas média salarial é menor

MUDANÇA HISTÓRICA A população que hoje se

insere no setor de serviços foi afetada pelo novo cenário eco-nômico das últimas décadas e teve seu perfil alterado para menos fabril, segundo Lucinei-

da Praun. “O ABC até os anos 80 era uma região onde havia praticamente moradores ope-rários. Não é que a região dei-xou de ser industrial, visto o peso do setor automobilístico”.

A socióloga contou que, nos anos 90, a atividade dos países pelo mundo passou por um momento em que os gover-nos flexibilizaram o controle do mercado e a economia se globalizou, o que aumentou o comércio entre os países. Lo-cais com legislações trabalhis-tas mais fracas e explorações maiores dos trabalhadores, como a China, começaram a oferecer produtos de menor custo para nações. “Parte dessas empresas automobi-lísticas, em vez de comprar de fornecedores locais, passou a importar peças.”

Outro fator de mudança foi uma nova estratégia indus-trial, o que Lucieneida chamou

de “fábrica e n x u t a ” . “O modelo hoje não é das gran-des manu-faturas. No lugar desse cenário se encontram as pequenas

plantas descentralizadas. Esse modelo de fábrica que se instalou aqui no ABC nos anos 50, 60, que é a fábrica fordista, enorme, mudou. Mui-tas empresas foram buscar outros lugares para se instalar no Brasil, descentralizando a produção. Antes as empresas se agrupavam com todos os setores. Agora elas diminu-íram suas estruturas para especificar e controlar melhor seus negócios.”

Devido a problemas urba-nísticos, como o trânsito, parte da classe média da capital migrou para regiões próximas como o ABC, impulsionando o setor de serviços aqui.

“Nos anos 80 não existiam nesta região alguns tipos de serviço típicos pra classe mé-dia. Exemplos são as grandes padarias e petshops”, afirmou Lucieneida.

Aristeu Butrico, comercian-te do ramo alimentício em San-to André, conta que a maioria dos seus clientes, atualmente, são executivos. “Apenas uma parcela são trabalhadores da indústria da região.” g

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Fachada do São Bernardo Plaza Shopping, inaugura-do em 2012, em terreno que já foi ocupado pela

Brastemp até 2001

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De 12 a 25 de Abril de 2013 ECONOMIA Rudge Ramos Jornal - 7

Sindicalismo é uma dascausas para mudança

Metalúrgicos durante greve de 89 em frentea fábrica

Após trabalhar décadas na Mercedes e Volks, Moacir, 67, decidiu ir para o comércio aos 41

Automação elimina empregos

q Evitar a ação dos sindicatos é um motivo para as empresas espalharem sua produção, como já ocorreu no ABC, mas não é o único.

De acordo com a soció-loga Lucieneida Praun, as indústrias pensam, também, nos fatores econômico e no logístico. “Para uma empresa dessas é mais lucrativo ter uma planta menor porque ela se torna mais ágil no sentido da produtividade, seja porque terceiriza parte desses produtos, seja para poder escapar de uma possí-vel greve em outras plantas, se está em greve no ABC, pode continuar produzindo em outra planta, não tem toda a produção paralisada”, afirmou.

O último fator é muitas vezes usado como única explicação para evasão de indústrias. “É uma visão carregada de preconceito”, disse Francisco Funcia, coor-denador do curso de ciências econômicas da USCS (Uni-versidade Municipal de São Caetano do Sul).

“O fato de você ter sindi-cados fortes também signifi-ca que você tem categorias profissionais organizadas. Um sindicalismo fraco é prejudicial para o desen-volvimento da empresa. Ela não é feita apenas de mão de obra, tem a questão da pró-pria estabilidade da relação capital e trabalho (patrão e

empregado) que o diálogo dos sindicatos proporciona”, afirmou.

Nem sempre é melhor uma fábrica se mudar de um local como o ABC para outro mais afastado dos centros de consumo. “Não dá para comparar o estágio de de-senvolvimento urbano daqui e do outro do ponto de vista da logística produtiva (como no transporte dos produtos). Isso tudo são vantagens que a região tem e que se coloca na balança na hora de (a fábrica se) mudar”.

Nelsi Rodrigues, o Morce-gão, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, coordena as mobilizações de trabalhadores pela planta da Mangels em São Bernar-do, fechada no último mês visando “redução de custos”. Para ele, é preciso proteger o polo fabril, já que é mais fácil implantar empreendi-mentos do setor de serviços do que industriais no ABC, devido a custos e impedi-mentos da proteção ambien-tal, de modo que um setor pode ocupar o espaço de outro. “Se não se fizer nada junto aos órgãos públicos, a tendência é termos questões como a saída da Brastemp”, falou sobre a planta de São Bernardo, fechada em 2001 devido a empresa considerar que a unidade de Joinville (SC) já produzia o suficiente. (AG e DK) g

O desenvolvimento econô-mico da região acompanhou a automação das indústrias, em um processo no qual “a má-quina substituiu o homem.” O resultado foi a eliminação de postos de trabalho paralelo ao crescimento de um setor de serviços que cresce ligado ao setor industrial do ABC, ramo geralmente com salá-rios maiores. É o que afirma o economista Francisco Funcia.

“Existe uma parte dos serviços que é associada ao crescimento industrial (como transporte de produtos) e outra que é o comércio (lojas, restaurantes). A maioria dos trabalhadores gasta toda sua renda em consumo, se é maior a remuneração, também está aumentando o consumo”.

O maior acesso a bens de consumo pela população com o crescimento do setor de ser-viços pode ser uma vantagem na mudança do cenário eco-nômico, ainda que relativa, de acordo com a socióloga Lucieneida Praun. “Do ponto de vista da acessibilidade, para quem tem condição de

consumir, é melhor (a mu-dança). Às vezes, para coisas muito básicas você tinha que se deslocar para São Paulo. O problema é: quem tem acesso? Quem tem dinheiro. Quem não tem, continua sem comprar.

As pessoas se incluem na so-ciedade pelo consumo, ligado ao dinheiro. Você pode ter um shopping sofisticado aqui, mas nem todos vão ter acesso a ele”, falou Lucieneida. (AG e DK). g

q O setor de serviços no ABC está aquecido não apenas para os jovens. Se-gundo a pesquisa realizada pelo VAGAS.com, empresa especializada em consultoria em processos seletivos, 36% dos aposentados inativos receberam pelo menos uma oferta para voltar ao trabalho nos últimos três meses. O levantamento também relata que, dos 47% de aposenta-dos ativos declarados, 80% pretende trocar de emprego, de acordo com os inscritos

no site de empregos. Desde 2003 a rede de

Fast Food Pizza Hut propõe o “Programa Atividade”, iniciativa em parceria com a Secretaria Municipal de As-sistência e Desenvolvimento Social, que tem como intuito proporcionar às pessoas com mais de 60 anos a pos-sibilidade de continuarem ativas profissionalmente. A gerente da loja Pizza Hut do São Bernardo Plaza Shop-ping, Melissa Gomes, é res-ponsável pela contratação e seleção de diversas pessoas na melhor idade. “Na maio-ria dos casos, eles são mais dispostos que os jovens. Enxergam isso como uma segunda oportunidade na vida”, disse. g (DÉBORA KOMUKAI)

Idosos voltam ao mercado

DIVULGAÇÃO/ SINDICATO DOS METALÚRGICOS DO ABC

ARTHUR GANDINI/RRJ

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De 12 a 25 de Abril de 20138 - Rudge Ramos Jornal CIDADE

Nome: Dr. Fábio Lan-di (Fábio Landi)Partido: PSDMandato: 2ºIdade: 45Profissão: Médico

“Ser vereador e mé-dico é uma forma de proporcionar à população uma melhor saúde no município.”

Nome: Dr. Gilberto França (Gilberto Ca-etano de França)Partido: PMDBMandato: 2ºIdade: 56Profissão: Advogado

“A atribuição do parlamentar é legis-lar, e ninguém me-lhor para fazer isso do que o advogado, que conhece as leis do país”.

Nome: Dr. Manuel (Manuel Pereira Martins)Partido: PPSMandato: 1ºIdade: 65Profissão: Médico

“Os médicos têm mais conhecimento nas áreas da saúde e social, de modo geral, pois sabemos o que é necessário, o que precisa melho-rar e o que precisa manter.”

Nome: Ferrarezi (José Luis Ferrarezi)Partido: PTMandato: 1ºIdade: 49Profissão: Professor de Educação Física

“Como professor tenho um entendi-mento macro das coisas e da cidade como um todo”.

Nome: Cabrera (An-tônio Aparecido Paris Cabrera)Partido: PSBMandato: 3ºIdade: 54Profissão: Despa-chante

“A experiência conta muito. Se eu tivesse o conhecimento que tenho hoje no meu primeiro mandato, contribuiria muito mais para a cidade”.

Nome: Zé FerreiraPartido: PTMandato: 8ºIdade: 62Profissão: Ex-meta-lúrgico

“O fato de liderar as greves dos meta-lúrgicos do ABC, na luta pela redemo-cratização do país, me deu experiência de mundo”.

Nome: Índio (José Alves da Silva)Partido: PRMandato: 1ºIdade: 39Profissão: Empresário no ramo de segu-rança

“Trabalho pratica-mente com a perife-ria inteira, devido ao trabalho social que realizo”.

Nome: Tavares (José Walter Tavares)Partido: PC do BMandato: 5ºIdade: 61Profissão: Ex-comer-ciante

“Foi a profissão de comerciante que me ajudou a chegar na Câmara. A expe-riência de trabalhar com a população e ajudar quem preci-sava me levou a ser vereador”.

Nome: Palhinha (Roberto Garcia Fuentes)Partido: PT do BMandato: 1ºIdade: 46Profissão: Empresário

“Pelo conhecimento de administração de empresas, tenho condição de anali-sar melhor o projeto e ter um entendi-mento diferenciado dos companheiros.”

Nome: Reginaldo Burguês (Reginaldo Ferreira da Silva)Partido: DEMMandato: 1ºIdade: 48Profissão: Comer-ciante

“Como eu tenho uma confecção esportiva possoajudar algumas entidades e escolas”.

Nome: Ramon Ra-mos (Ramon Ramos)Partido: PDTMandato: 2ºIdade: 37Profissão: Bacharel em Direito e juiz de casamento

“Por conta da minha profissão, tenho relacionamento com as pessoas. E é praticamente o que acontece aqui”.

Nome: Tião (Sebas-tião Mateus Batista)Partido: PTMandato: 4ºIdade: 50Profissão: Ex-meta-lúrgico

“Tem muita gente aqui que tem diplo-ma e não consegue às vezes enxergar um palmo. Então acho que ser metalúrgico ajuda as pessoas a ter uma visão da cidade e das pessoas.”

Nome: Camolesi (Estevão Edmar H. Camolesi Júnior)Partido: PPSMandato: 2ºIdade: 47Profissão: Professor e palestrante

“Aqui se fala muito pouco, porque você só pode falar para declarar o voto e fazer requerimento. Apesar de ministrar curso de oratória, eu sou um dos que menos fala”.

Nome: Toninho da Lanchonete (Antonio Carlos da Silva)Partido: PTMandato: 6ºIdade: 57Profissão: Ex-comer-ciante

“A experiência me ajuda não como profissão, mas como parlamentar, já que tenho seis mandatos e adquiri uma experi-ência boa.”

Conheça o perfil dos vereadores de São Bernardo

A Câmara Municipal é composta, em sua maioria, por empresários (seis vereadores), cinco ex-comerciantes e três advogados. A

Casa tem hoje, no total, 28 parlamentares. Os outros 14 políticos atuam em outras áreas, como medicina, administração e psicologia.

FERNANDA FERREIRA E THIAGO PÁSSARO

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De 12 a 25 de Abril de 2013 Rudge Ramos Jornal - 9CIDADE

Nome: Pery Cartola (Pery Rodrigues dos Santos)Partido: PPSMandato: 1ºIdade: 33Profissão: Empresário

“A experiência que construí ao longo desses 10 anos como franquea-do [do Habib’s], me deu uma bagagem para lidar com pessoas, resolver os problemas do cotidiano e entender os funcioná-rios”.

Nome: Paulo Dias (Paulo Dias Neves)Partido: PTMandato: 2ºIdade: 41Profissão: Ex-metalúr-gico

“O Partido dos Traba-lhadores tem origem na classe trabalhado-ra e para mim é um orgulho muito grande ser metalúrgico. Fiz o mandato com essa vocação”.

Nome: Osvaldinho (Osvaldo Camargo Rodrigues)Partido: PPSMandato: 4ºIdade: 62Profissão: Corretor de Imóveis

“Minha experiência dos três mandatos na Câmara vai ajudar muito”.

Minami (Hiroyuki Minami)Partido: PSDBMandato: 5ºIdade: 68Profissão: Adminis-trador

“Acredito que a ex-periência que você acumula durante a vida tem sempre utilidade na política, pois não é uma tarefa para qualquer um”.

Nome: Rafael De-marchi (Rafael Felipe Demarchi) Partido: PSDMandato: 1ºIdade: 32Profissão: Empresário

“Como sou de uma família tradicional de São Bernardo, isso pesa muito. Tenho certeza de que todos os votos que tive, muitos foram pelo nome, pois não me conheciam”.

Nome: José Cloves (José Cloves da Silva)Partido: PTMandato: 1ºIdade: 42Profissão: Advogado

“As pessoas às vezes relacionam a profis-são de advogado com o legislativo. É muito mais fácil para mim entender uma lei”.

Nome: Juarez Tudo Azul (Juarez Tadeu Ginez)Partido: PSDBMandato: 3ºIdade: 60Profissão: Advogado

“Pelo fato de eu ter essa formação jurídica, até para a interpretação das leis e dos projetos, facilita em detrimen-to de outros que não têm essa formação”.

Nome: Julinho Fuzari (Júlio Cesar Fuzari)Partido: PPSMandato: 1ºIdade: 38Profissão: Autônomo

“A minha história de vida pode ajudar no mandato, porque eu sempre estive envol-vido com movimen-tos populares”.

Nome: Luizinho (Luiz Francisco da Silva)Partido: PTMandato: 2ºIdade: 51Profissão: Ex-meta-lúrgico

“Cada profissal tem o direito de partici-par, seja metalúr-gico, professor ou diretor”.

Nome: João Batista (João Batista Ramos da Silva)Partido: PTBMandato: 1ºIdade: 69Profissão: Economista e bispo

“O economista tem uma visão muito global e a minha ex-periência profissional também me ajuda no mandato”.

Nome: Marcos Lula (Marcos Cláudio Lula da Silva)Partido: PTMandato: 1ºIdade: 42Profissão: Psicólogo e empresário

“Muita gente pensa que a psicologia lê a mente das pessoas e isso não é verdade. É claro que esclarece muitas coisas, mas nada sobrenatural.”

Nome: Martins Martins (Martins Gon-çales Martins)Partido: PC do BMandato: 2ºIdade: 62Profissão: Comer-ciante

“A minha profissão aqui não tem liga-ção com o manda-to. Acredito que são coisas diferentes”

Nome: Marcelo Lima (Marcelo de Lima Fernandes)Partido: PPSMandato: 2ºIdade: 29Profissão: Ex-comer-ciante

“O que mais ajuda aqui é a experiência do primeiro mandato. Quatro anos de man-dato é uma faculda-de que você faz, a cada dia que passa você aprende mais”.

Nome: Mauro Mia-guti (Mauro Miaguti)Partido: DEMMandato: 1ºIdade: 47Profissão: Empresário

“Eu tento trazer uma gestão mais em-preendedora para dentro do Legislativo com indicadores, medidores de desempenho, metas claras e trabalhos em grupo”.

Segundo Mauro Miaguti (DEM), o fato de ser empre-sário ajudou na sua atuação política. “Eu tento trazer

uma gestão mais empreendedora para dentro do Legislativo, com indi-cadores, medidores de desempenho, metas claras e trabalhos em grupo”.

E, na cidade tida como um dos berços da indústria, apenas quatro parlamentares são ex-metalúrgicos, todos eles do Partido dos Trabalha-dores (PT), cuja origem é a própria categoria: Zé Ferreira, Paulo Dias, Luizinho e Tião Mateus.

Ferreira, por exemplo, está na Câmara desde 1982. Segundo ele, o perfil dos representantes do partido não mudou ao longo do tempo. “O colegiado do PT tinha uma origem em comum, com metalúrgicos, operários e grevistas”.

Já em relação à faixa etária, a média de idade entre os vereadores é de 49 anos. Marcelo Lima (PPS), que era comerciante, é o mais novo: 29 anos. O vereador João Batista (PTB) é o mais velho: 69 anos.

Pery Cartola (PPS), 33, afirmou que “em principio, se você não se posiciona, a idade prejudica, pois as pessoas subestimam.” Cartola disse também que a herança polí-tica herdada do pai, Valdir Cartola, que foi deputado estadual, o ajuda nesse quesito.

Entre os 28 parlamentares, 12 exercem o cargo pela primeira vez e oito foram reeleitos no último pleito municipal. Na Casa, há vereadores que estão exercendo o mandato pela terceira, quarta, quinta, sexta e até oitava vez. É o caso de Zé Ferreira, que está no oitavo mandato consecutivo.

Do total de vereadores, 20 apoiam a atual gestão, o que repre-senta cerca de 70%. Os outros oito parlamentares são da oposição ao governo Luiz Marinho (PT).

O partido com mais represen-tantes é o dos Trabalhadores (PT), com oito parlamentares, seguido do Popular Socialista (PPS), com seis vereadores, que é de oposição.

O PR (Partido da República), o PSB (Partido Socialista Brasileiro), o PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), PTB (Par-tido Trabalhista Brasileiro), PDT (Partido Democrático Trabalhista) e PT do B (Partido Trabalhista do Brasil) são os que possuem menos representantes.

Cada uma dessas siglas con-quistou uma cadeira na Câmara nas últimas eleições. g

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De 12 a 25 de Abril de 2013SAÚDE10 - Rudge Ramos Jornal

RENAN MATAVELLI/RRJ

AVC atinge cada vezmais pessoas jovens

FELIPE FAVERANI

q Final da Copa do Mundo de 2010. Enquanto assistia a Espanha e Holanda com o na-morado, a corretora de imóveis Vanessa Nogueira, então com 28 anos, sentiu uma forte dor de cabeça. Minutos depois, seu braço esquerdo ficou dormen-te. Foi para um hospital. Uma tomografia constatou: havia sofrido um AVC hemorrágico. Foi parar na UTI.

Hoje, Vanessa faz parte de um grupo de 62 mil jovens que sofreram um AVC (acidente vascular cerebral no Brasil nos últimos dez anos. O AVC, co-nhecido como derrame, é uma das doenças silenciosas que tem atingido cada vez mais jovens no país. É o que apontam os dados mais recentes do Datasus, sis-tema de estatísticas ligado ao Ministério da Saúde.

De acordo com o Datasus, entre os anos de 1998 e 2007, a incidência de casos de derra-me no país teve um aumento de 64% em homens entre 15 e 34 anos de idade, e de 41% em mulheres na mesma faixa etária.

Hoje o AVC é a principal causa de mortes no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Em 2010, quase 100 mil pessoas morreram por conta da doença. No mundo, o AVC atinge cerca de 16 milhões de pessoas todos os anos, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde). Destas, seis milhões morrem.

O AVC ocorre quando há uma interrupção súbita da irri-gação sanguínea no cérebro. A doença pode ser classificada em dois tipos: AVC isquêmico e AVC hemorrágico. O AVC isquêmico é responsável por 80% dos ca-sos de internação. É decorrente de um entupimento (isquemia) arterial que pode ser causado por outras doenças como o dia-betes e a obesidade. Já o AVC hemorrágico, mais grave, ocorre quando uma artéria ou vaso sanguíneo se rompe na cavidade intracraniana.

O aumento no número de ca-sos acompanha uma tendência mundial observada principal-mente em países em desenvol-

vimento, como aponta o estudo de Incidência Global de AVC, da OMS (Organização Mundial de Saúde). A pesquisa afirma ainda que o tabagismo, a hipertensão e o colesterol alto também são fatores de risco para desenvolver a doença.

A corretora Vanessa tem al-guns desses fatores de risco. Ela

100 milé o número de

pessoas que morreram em 2010

por conta de um AVC

62 milé o número de

jovens que morreram nos

últimos 10 anos por conta da doença

DÉBORAH LIMA

q Para quem procura medicamentos de hipertensão, diabetes e outras doenças mais comuns, o governo federal disponibiliza o programa Farmácia Popular. São em média 100 remédios diferentes, com preços 90% menores. Só no ABC, existem 12 unidades espalhadas pelos municípios.

Em São Bernardo, as farmácias estão localizadas no Rudge Ramos, Assunção, Riacho Grande e no Centro. Segundo a Se-cretaria da Saúde do município, o programa será ampliado em breve com a instalação de mais uma unidade no Planalto, mas ainda não há data definida para a inauguração.

Já São Caetano conta com uma unidade recentemente inaugurada no centro. Para o

Remédios têm até 90% de desconto

sofre de pré-diabetes, uma doen-ça que atinge 12% da população brasileira. Além disso, na época em que sofreu o AVC, era fuman-te. “Eu fumava há anos e não ti-nha uma boa alimentação devido ao trabalho excessivo; exercícios então nem pensar, porque não tinha tempo nem energia para eles na época”, disse.

A questão do colesterol também contribuiu para fazer de Vanessa uma vítima do der-rame. “Eu sabia que estava um pouco alto porque fazia exames uma vez por ano, mas como não era nada tão exorbitante eu não me preocupava, mas somando todos os fatores foi uma bomba”, afirmou.

De acordo com o médico neurologista Leandro Teles, o aumento na incidência de der-rame em jovens se deve a uma combinação de diversas causas, dentre elas a antecipação de fa-tores de risco clássicos de AVC em pessoas mais velhas. “Hoje temos jovens com colesterol alto, mais obesos e, infelizmen-te, mais sedentários. Com isso temos mais aterosclerose e mais pessoas jovens em risco”, disse.

O especialista também lis-ta outras possíveis causas do AVC. “O uso de drogas, doenças genéticas que deixam o sangue hipercoagulável (trombofilias), anomalias cardíacas congêni-tas, algumas doenças infec-ciosas como a sífilis, doenças inflamatórias como a vasculite (uma inflamação nos vasos sanguíneos), são outras das causas mais frequentes para o desenvolvimento precoce da doença”, afirmou Teles.

Os sintomas mais comuns do AVC são perda de força ou de sensibilidade em metade do corpo, dificuldade de fala, desvios da boca, alteração de co-ordenação motora, desvios dos olhos e alterações da visão, como escurecimento ou visão dupla.

Apesar de o AVC se mani-festar repentinamente, o neu-rologista afirma que é possível prevenir o aparecimento da doença. “É fundamental man-ter hábitos saudáveis de vida, alimentação balanceada, ati-vidade física regular e evitar vícios como álcool, cigarro e drogas. Também é fundamental valorizar a história familiar de derrame ou trombose em jovens. Tudo isso associado à educação da população quanto à percep-ção precoce dos sintomas para um tratamento mais incisivo e rápido na fase aguda”, disse. g

morador Nilson Soares, 77, que precisa de medicamentos para diversos tratamentos, como hipertensão, diabetes e Parkinson, “o programa facilita o acesso aos remédios, não só pelo desconto, mas principalmente pela localização e serviço de entrega”.

O ABC ainda conta com farmácias es-palhadas nas cidades de Diadema, Mauá e Santo André, cada uma com duas unidades. Já Ribeirão Pires conta com uma.

O Projeto de Farmácia Popular foi implan-tado em 2004 no Brasil pelo governo federal. Segundo ele, o principal motivo para a criação do programa é o fato de os brasileiros gasta-rem em média 19% da sua renda com saúde, ou seja, o projeto ajudaria na diminuição dessa porcentagem.

Além disso, o projeto conta também com outras farmácias privadas credenciadas ao chamado “Aqui tem Farmácia Popular”, com descontos em remédios específicos. Para com-prar tanto em farmácias populares, quanto nas credenciadas, basta apresentar receita prescrita por um médico. g

Governo Federal disponibiliza em média 100 medicamentos diferentes

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De 12 a 25 de Abril de 2013 SAÚDE Rudge Ramos Jornal - 11

ANA BEATRIZ MOÇO

q Os idosos do século 21 não são mais como antes. Atualmente, quem tem mais de 60 anos não quer saber de ociosidade e sedentarismo. Atividade física e vida saudável fazem parte de um novo estilo da terceira idade.

Prova disso é a aposentada Mirian Pergotto, 62, que iniciou aulas de viver-bem, técnica similar ao pilates, há três anos anos, por conta de problema no ligamento nos dois joelhos. Gostou tanto que nunca mais deixou de praticar.

Faz o viver-bem duas vezes por semana. Só de ir à acade-mia já pratica uma atividade:

vai caminhando. “Depois que comecei a fazer atividade física não quis mais ficar parada. O viver-bem deixou de ser ape-nas por cuidados médicos”, disse Mirian.

A prática de atividades físi-cas na terceira idade é funda-mental no controle de diversas doenças, entre as quais pro-blemas cardiovasculares. A realização de exercícios simples como caminhadas, alongamen-tos, natação ou mesmo pilates tem sido recomendada com frequência por médicos que lidam com idosos.

Mirian tem uma série de exercícios diferenciados do resto do grupo, justamente por causa do joelho. Seu problema

a impossibilita de realizar de-terminadas posições e esforços.

Segundo Cristiane Melga-cio, 28, professora do viver bem, do clube Primeiro de Maio, em Santo André – Mi-rian está entre seus alunos --, a prática de atividades físicas na terceira idade faz toda a diferença tanto para o ânimo e bem estar quanto para saúde física e mental.

Cristiane contou que pesso-as da terceira idade são mais interessadas e dedicadas do que muitos alunos mais novos. “Os idosos, no geral, ficam muito mais ágeis, animados e saudáveis quando fazem algu-ma atividade”.

A professora disse ainda

que as aulas para os idosos de-vem ser preparadas com muita atenção e cuidado. E dá dicas: “Para ter vida saudável na ter-ceira idade não basta apenas fazer atividade física, também precisa exercitar o cérebro, co-mer bem, tomar água, ter uma vida social agradável e sempre ter acompanhamento médico”.

MAIS IDOSOSDe acordo com o último

Censo realizado pelo IBGE, a população idosa das sete cidades do ABC teve aumento considerável ao longo da última década. De 2000 para 2010, quando o governo federal rea-

Atividade física é essencialpara vida na terceira idade

Idosos fazem alongamento antes de iniciar exercícios

nos aparelhos de ginástica do parque Jardim Japonês

(Praça dos Meninos), no Rudge Ramos

ANA BEATRIZ MOÇO/RRJ

lizou os dois últimos levanta-mentos , a região ganhou 85,8 mil novos idosos, totalizando 272,1 mil pessoas.

Por causa do aumento, o governo desenvolveu projetos para incentivar a prática de ati-vidades físicas e esportes para a terceira idade. No ABC, há projetos públicos e programas de bem estar ao idoso, opções que têm sido boas alternativas para manter a saúde em dia, melhorar a capacidade física, melhorar a resistência a doen-ças cardiovasculares e manter a vitalidade após os 60 anos.

Os exercícios para a tercei-ra idade devem ser realizados com atenção, sempre seguindo instruções de profissionais. O acompanhamento das ativi-dades pode ser realizado por meio de instruções médicas, exames e check-ups que ga-rantem a situação de saúde do praticante, para que possa seguir uma rotina de vida sau-dável com segurança. g

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De 12 a 25 de Abril de 201312 - Rudge Ramos Jornal

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CULTURA

Bibliotecários ajudam naformação literária do público

NINA FINCO

q Qualquer um que já precisou realizar uma pesqui-sa para concluir um trabalho sabe da importância do biblio-tecário. Muito além da pessoa que fica atrás do balcão, re-cebendo e entregando livros, esse profissional possui co-nhecimentos específicos para desenvolver e aplicar métodos de gestão da informação e dis-seminação do conhecimento.

Seu campo de atuação não se resume apenas às bibliote-cas. Com formação acadêmica ele pode trabalhar em centros de documentação, de pesquisa e de referência científica, além de salas de leitura, sempre auxiliando o caminho entre a informação e quem a procura.

O diretor de biblioteca e bi-bliotecário da Monteiro Lobato,

Roberto Mari, 53, conta que desde pequeno tinha contato com a biblioteca perto da sua casa, no Ipiranga, em São Paulo. “As funcionárias de lá desenvolviam atividades cultu-

rais e sempre me chamavam. Comecei a me interessar pelos livros e isso me inseriu no universo da biblioteca”, disse. Embora tenha lido livros de Dostoievski e Tolstói na adoles-

cência, o bibliotecário decidiu primeiro ten-tar o curso de econo-mia. “Odiei o curso! Foi horrível”, falou.

Durante o curso, descobriu que além de ter que ler muito, o profissional precisa aprender a organizar a informação para ter

acesso mais fácil a ela na hora de catalogar, recolher e entre-gar ao público. Com a especia-lização em Ação Cultural, Ro-berto pode ainda desenvolver projetos que ajudam a criar

uma ponte entre o usuário e a biblioteca. “Trazemos autores para discutir seus livros, como o Aziz Ab’saber ou para discutir temas importantes”, relatou.

Em São Bernardo, não exis-te faculdade que disponibiliza o curso de Biblioteconomia. Porém, instituições da Grande São Paulo oferecem boa for-mação para quem quer seguir nesse caminho. Para bachare-lado, há graduação na ECA--USP (Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo) e na FESPSP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo) e nas FAINC (Fa-culdades Integradas Coração de Jesus), de Santo André. O Senac oferece curso técnico, que pode ser frequentado a partir dos 16 anos.

OPORTUNIDADESCom a sanção da Lei

12.244/10, criada em 2010 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a existên-cia de bibliotecas em escolas públicas e privadas tornou-se obrigatória. Segundo o portal Todos Pela Educação, o país conta com aproximadamente 200 mil escolas de educação básica e apenas 21,6 mil profissionais habilitados. Isso significa que é necessária a formação de mais de 170 mil profissionais da área para co-brir a demanda.

Segundo dados do Sindica-do dos Bibliotecários do Estado de São Paulo, o profissional recém-formado conta com um piso salarial de R$2.052, po-dendo ganhar até R$18.700, dependendo do cargo. O diretor acredita que as perspectivas para a profissão são boas. “Existe o setor público, que abre muitas vagas por concur-so frequentemente. O privado também tem criado muitas oportunidades, principalmente para mão de obra especializa-da. Esse profissional precisa falar até três línguas e ter cursos diferenciados para or-ganizar a informação dentro das empresas”, contou.

Mesmo com a informati-zação do setor e a internet, o trabalho do bibliotecário con-tinua sendo fundamental. “A procura pelos nossos serviços vai existir sempre. O bibliote-cário aprende facilitar o cami-nho. Existe muita informação disponível e ele tem a capacida-de de filtrar isso. Ele te leva até onde você procura”, falou. g

Bibliotecária Erika Gonçalvez traba-lha na unidade Malba Taham, do Rudge Ramos

FOTOS: LUI SPOLADOR/RRJ

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De 12 a 25 de Abril de 2013 Rudge Ramos Jornal - 13CULTURA

6 SERVIÇOSão Bernardo oferece bibliotecas diferenciadas 4ARTE ILVA ACETO MARNESI

Rua Kara, 105 - Jardim do MarTel: 4125-2379Horário de funcionamento:Terças, quartas, sextas e sábados: das 9h às 17hQuintas: das 9h às 20h30 Acervo: 6.163 livrosespecializados em arte

4ÉRICO VERÍSSIMORua Jacob do Bandolim, 81PaulicéiaTel: 4178-6648Horário de funcionamento:Segunda à sexta: das 8h às 16h30 Sábados: das 8h às 13h30Acervo: 21.636 livros

4GUIMARÃES ROSAAv. João Firmino, 900Bairro AssunçãoTel: 4351-5422Horário de funcionamento: Segunda à sexta: das 8h às 16h30Sábados: das 8h às 13h30Acervo: 25.257 livros

4MACHADO DE ASSISRua Araguaia, 284Riacho GrandeTel: 4354-9809Horário de funcionamento: Segunda à sexta:das 8h às 16h30Sábados: das 8h às 13h30Acervo: 15.243 livros

4MALBA TAHANRua Helena Jacquey, 208Rudge RamosTel: 4367-2330Horário de funcionamento:Segunda à sexta:das 8h às 18h30Sábados: das 8h às 13h30Acervo: 23.758 livros

4MANUEL BANDEIRARua Bauru, 21Baeta NevesTel: 4336-8302Horário de funcionamento: Segunda à sexta:das 8h às 16h30Sábados: das 8h às 13h30Acervo: 20.430 livros

4MONTEIRO LOBATORua Jurubatuba, 1415 - CentroTel: 4330-2888Horário de funcionamento:Segunda à sexta:das 8h às 18h30Sábados: das 8h às 13h30Acervo: 40.817 livros

4GIBITECA MUNICIPALRua Tasman, 301Jardim do MarHorário de funcionamento:Segunda à sexta:das 8h às 18h30Sábados: das 8h às 14hAcervo: 3.000 gibis. g

PAMELA PASSARELLA

q O município tem sete bi-bliotecas públicas localizadas nos bairros: Paulicéia, Assun-ção, Riacho Grande, Rudge Ra-mos, Baeta Neves e no Centro; e há uma especializada em artes na Pinacoteca da cidade. São Bernardo também conta com uma Gibiteca, no bairro Jardim do Mar, um Espaço Troca Livro, em Nova Petrópolis, um Espaço Braille no Centro e, espaços de leitura, como o do Poupatempo.

A biblioteca Monteiro Lobato é a maior da cidade. Ela foi a pri-meira a ser inaugurada e oferece além dos serviços convencionais, como empréstimo domiciliar de livros e orientação a leitura e pesquisa bibliográfica, uma sala de braille e uma sala com acervo infantil. O chefe da divisão de bibliotecas, Ilzo Laubé, disse que o acervo da Monteiro Lobato é de aproximadamente 40 mil títulos. “A somatatória dos acervos de todas as nossas bibliotecas, gira em torno de 150 mil títulos”, contou Laubé.

Todas as unidades dispo-nibilizam acesso à internet. A biblioteca Malba Tahan, do Rudge Ramos, possui o maior telecentro, com dez computa-dores. A moradora do bairro e estudante, Bianca Yumi, frequentemente pega livros para estudar para o vestibular. “Acho todas as obras literárias que preciso e quando estou aqui

FOTOS: LUI SPOLADOR/RRJ

e quero fazer alguma pesquisa utilizo a internet. É um serviço muito prático e útil”.

Existe um projeto para a construção de um centro cultural, com uma biblioteca pública, equipamentos de ação cultural e de esportes, para ser construído onde é o CREC Paulicéia. Mas a Secretaria da Cultura de São Bernardo ainda não tem previsão para começar as obras. Atualmente a Biblioteca Érico Veríssimo está provisoriamente instalada em um prédio alugado.

O chefe da divisão de biblio-tecas contou que para este ano estão programadas reforma e modernização da Biblioteca Monteiro Lobato e, para 2014, restauração do Centro Cultural Antônia Marçon Bonício, no bairro Assunção, que inclui a biblioteca Guimarães Rosa. “O esforço da atual administra-ção tem sido em recuperar os equipamentos culturais, pois estavam deteriorados. Já foi feita uma grande reforma com foco na acessibilidade, na Bi-blioteca Malba Tahan, no Rudge Ramos”, explicou Laubé. g

Bibliotecas da cidade oferecem acesso à

internet; acervo chega próximo aos

150 mil livros

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De 12 a 25 de Abril de 2013CULTURA14 - Rudge Ramos Jornal

ROTEIRO6

Shopping abriga festival de músicaMARINA CID

q A 1ª Edição do Festival de Música de Outono ocorre durante o mês de abril no shopping São Bernardo Plaza. O evento começou no dia 11 de abril e vai até 28 com uma série de shows gratuitos para os adultos e as crianças.

Nas quintas-feiras, haverá apresentações de músicos po-pulares, como Luciana Mello e Jair Rodrigues. Já nas sextas, é a vez dos artistas regionais, como a Orquestra de Viola Caipira de SBC, o Regional Descendo a Serra – Chorinho, Gilberto Gaspar e Stefano Moliner Trio. Os domingos são reservados para os espetácu-los infantis com atrações que interagem com toda a família, como o show de marionetes Broadway Delivery, Cláudio, o Mágico, e o musical Cia Truks.

O mágico Cláudio, que se apresenta no domingo (21),

faz espetáculos para todas as idades, mas nesse festival irá focar o público infantil. “No meu show, trago crianças para o palco, elas ajudam com as mágicas, interajo com a pla-teia. É uma coisa mais lúdica

e descontraída”, disse.Em nota, o shopping infor-

ma que o evento foi idealizado com o objetivo de trazer aos moradores da região diferentes atividades de lazer e cultura gratuitas, além de promover

12/04 – sexta – 20h – Regional Descendo a Serra – Chorinho14/04 – domingo – 13h – Broadway Delivery – Marionetes18/04 – quinta – 20h – Luciana Mello19/04 – sexta – 20h – Gilberto Gaspar e Stefano Moliner Trio21/04 – domingo – 13h – Cláudio, o Mágico25/04 – quinta – 20h – Jair Rodrigues26/04 – sexta – 20h – Orquestra de Viola Caipira de SBC28/04 – domingo – 13h – Cia Truks - Musical

CONFIRA A AGENDA DOS SHOWS6

O Fantasma da Minha Sogra

Escrita, dirigida e atuada por Ricardo Ciambroni, a peça está em cartaz há mais de oito anos. A trama conta a história de uma sogra, interpre-tada pelo próprio Ciambroni, que, depois de morrer, decide assombrar seu genro após descobrir que ele a enganava e esperava avidamente por sua morte para assim, ganhar sua herança. Domingo (21), às 19h. Não recomendado para menores de 12 anos. Teatro Paulo Machado de Carvalho – Alameda Conde de Porto Alegre, 840. Santa Maria – São Caetano. Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada para estudantes e pessoas com 60 anos ou mais).

Pinóquio

O clássico infantil conta a história do boneco de madeira Pinóquio, que sonha em se tornar um menino de verdade e foi criado pelo entalha-dor Gepeto. A peça é baseada no conto original do escritor Carlo Collodi. O espetáculo conta com Diego Martins, Du Kamargo, Mateus Menezes, Priscila Galan e Vanes-

sa Macedo no elenco. Quinta-feira (25), às 15h30 e 20h. Não recomendado para menores de 12 anos. Teatro Elis Regina – Av. João Firmino, 900 - Bairro Assunção – São Bernardo. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada para estudantes e pessoas com 60 anos ou mais).

EXPOSIÇÃO

Da República para São Caetano

A mostra conta com a presença de telas feitas por Edir Escarião, Samuka de Souza e Mari Stela, artistas da Pra-ça da República, em São Paulo, que expõem suas obras feitas com técni-cas de óleo sobre tela e gravuras. A exposição fica aberta ao público até o dia 20. Segunda a sexta, das 9h às 18h. sábados, das 9h às 12h. Livre. Espaço Cultural do Atende Fácil - rua Major Carlo Del Prete, 651 - Centro - São Caetano. Grátis.

APRESENTAÇÕES

Dia do Jovem

A comemoração do “Dia do Jovem” no Estação Jovem conta com a presença do rapper Rashid apresentando suas músicas que tra-tam de temas como amor, política e amizade. O tema do evento é o hip-hop com DJs, grafite, break e o rachão (basquete de rua). Sábado (20), das 12h às 18h. Livre. Estação Jovem – rua Serafim Constantino, s/n – Centro – São Caetano. Grátis.

Muruya

A apresentação é focada em Muruya, uma moça desajeitada que sonha em dançar tango. Seu com-portamento atrapalhado a impede de vestir e se sentir bem com roupas e adereços próprios da dança. O espe-táculo de humor e dança se dedica a mostrar os sentimentos da dançarina. Sábado (20), às 16h. Livre. Sesc São Caetano – Rua Piauí, 554 – Bairro San-ta Paula – São Caetano. Grátis

UIA!

Fazendo uso de materiais que foram jogados no lixo, os artistas Carol Viei-ra, Edmar Folguerar e Val Carnavalli fazem números circenses que in-cluem malabares e mágicas. Várias brincadeiras são criadas durante a apresentação. Domingo (21), às 15h. Livre. Parque Chácara Silvestre - Av. Wallace Simonsen, 1800 - Nova Petrópolis – São Bernardo. Grátis.

Troupe Shaolin – A Arte Milenar, a História do Kung Fu

Utilizando técnicas de circo, a Troupe Shaolin, de São Bernardo, apresenta um espetáculo cheio de elementos do kung fu e contando a história des-ta arte oriental milenar. Sábado (20), às 18h30. Livre. Teatro Lauro Gomes – rua Helena Jacquey, 171 – Rudge Ramos – São Bernardo. Grátis.

Julyano Kampos

O mágico Julyano Kampos utiliza de bom humor e dinamismo em seu es-petáculo. O show promete despertar

curiosidade no público e desafiar a percepção de todos. Sábado (20), às 15h. Livre. Sesc São Caetano – Rua Piauí, 554 – Bairro Santa Paula – São Caetano. Grátis

MÚSICA

Originais do Samba

O grupo Originais do Samba se apresenta no Sesc São Caetano. O conjunto criado no Rio de Janeiro tem mais de 20 álbuns lançados em sua carreira e já fez colaborações

com vários artistas brasileiros como Chico Buarque, Jair Rodrigues, Toqui-nho, entre outros. A formação atual do grupo conta com os membros Bigode, Júnior, Lujan, Marcos e Ro-gerio. Sábado (20), às 16h. Livre. Sesc São Caetano – Rua Piauí, 554 – Bairro Santa Paula – São Caetano. Grátis.

FEIRA

19º Megafeirão do Livro – Espírita, Espiritualista e Auto-ajuda

A 19ª edição do “Megafeirão do Livro” conta com mais de oito mil títulos espíritas, espiritualistas e de auto-ajuda. Entre os livros expostos na feira estão os autores Tatiana Benites, Walter Cardoso Sátyro, Wilson Frungilo Jr., entre outros. As obras poderão ser adquiridas com até 70% de desconto. Sábado (13) e domingo (14), das 9h às 17h. Livre. Instituição Amélia Rodrigues – Rua Silveiras, 17 - Vila Guiomar - Santo André. Grátis. (RAPHAEL ANDRADE). g

os artistas locais. Apesar de estar na primeira edição, já há planos para um festival de primavera, em setembro.

O Festival será na Praça de Eventos e a entrada é gratui-ta. O shopping São Bernardo

Plaza fica na Avenida Rotary, 624, próximo ao Terminal Rodoviário Ferrazópolis. Para mais informações, acesse o site www.shoppingsaobernar-doplaza.com.br ou ligue (11) 4128-2200. g

SECOS E MOLHADOS 40 ANOS

O grupo Secos e Molhados comemora 40 anos do lança-mento de seu primeiro CD. João Ricardo, único remanescente da formação original, lidera o proje-to apresentando novas canções, assim como clássicos da banda. Sexta (19), às 21h, sábado (20), às 21h, domingo (21), às 19h. Livre. Teatro Santos Dumont – Av. Goiás, 1111 – Centro – São Caetano. Ingressos: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada).

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Jair Rodrigues e o mágico Cláudio são atrações do festival de outono em abril

q TEATRO

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De 12 a 25 de Abril de 2013 ESPORTES Rudge Ramos Jornal - 15

PAULA MAIQUEZ/RRJ

CAIO DOS REIS

q O time de handebol mas-culino do São Bernardo/Meto-dista estreia no Super Paulis-tão 2013 no próximo dia 20. O adversário é o Fadenp/São José dos Campos, às 16h, no Ginásio do Baetão.

Atual campeão do torneio, o time do São Bernardo/Metodista manteve a base do ano passado e contratou o central Diógenes, que atuou na última temporada pelo E.C. Pinheiros. O técnico SB está confiante em uma boa campa-nha. “Vamos jogar em busca do tricampeonato”, disse.

O treinador, que completa cinco anos no time, ainda falou sobre a importância de um elenco grande. “É preciso ter um elenco forte, com alto nú-mero de jogadores. Assim, po-

Handebol masculino da Metodista estreia no Super Paulistão 2013

demos poupar atletas, cuidar de lesões e se prevenir contra imprevistos”, disse.

Este será o primeiro dos sete (podendo chegar a oito, em caso de classificação) campeonatos que o time irá disputar no ano. Depois do Super Paulistão, a equipe participará dos Jogos Abertos Regionais, Jogos Abertos do Interior, Campeonato Pau-lista, Liga Nacional, Jogos Abertos Brasileiros e Pan Americanos de Clubes. E, em caso de classificação, entrará no Mundial de Clubes.

Em 2012, a equipe ganhou o Paulista, Pan Americano, Jo-gos Abertos do Interior e Jogos Abertos Brasileiros.

FEMININOO time feminino da Meto-

dista/São Bernardo também

q O Santo André já conhece os adver-sários no Brasileiro da Série D 2013. Em tabela divulgada na última semana, ficou definido que o Rama-lhão terá o Juventude, Marcílio Dias, e outros dois times (um minei-ro e um paulista) que ainda serão definidos como oponentes na primeira fase do cam-peonato nacional.

O Santo André dis-putou o Paulista Série A2 e teve uma cam-panha mediana. Com seis vitórias, cinco em-pates e oito derrotas, o Ramalhão ficou na 13ª colocação, não con-quistando vaga para a segunda fase da competição.

O início da série D está previsto para o dia 2 de junho. Neste momento, o Ramalhão tem todas suas atenções volta-das para a disputa da Copa do Brasil. No jogo de ida, realizado na última quarta (3), a equipe

Santo André conhece adversários em Brasileirão da Série D

VINÍCIUS REQUENA

q Após um ano ruim, o São Caetano Vôlei se reforçou para a próxima temporada da Superliga. Até agora, seis atletas, incluindo a ponteira Bruna Honório, campeã da Superliga pela Unilever/Rio de Janeiro, chegaram ao elen-co do técnico Hairton Cabral.

P a r a a t e m p o r a d a 2013/14, o treinador terá à disposição as centrais Rober-ta, ex-Sesi, e Mika, que volta

São Caetano Vôlei apresenta reforços para a temporada

estreia na competição dia 20. A equipe do treinador Eduardo Carlone encara o Fadenp/São José dos Campos, às 14h, no Ginásio do Baetão.

A equipe perdeu três atletas

do ABC foi ao Rio Grande do Sul enfrentar o Veranópolis e voltou com o resultado negativo

de empréstimo do Sollys/Osasco, a levantadora Diana Ferreira, ex-São Bernardo, Sport e Panathinaikos da Grécia, a líbero Nine, ex- Praia Clube e Rio do Sul, e a oposta Sabrina Floriano, ex-Pinheiros.

O São Caetano fez uma péssima campanha na últi-ma competição, ficando em 9º lugar, com duas vitórias e 16 derrotas, ficando à frente somente do São Ber-nardo Vôlei. g

para a temporada. A armadora Moniky e a ponta Daiane se transferiram para a Europa. Já a armadora Tayra se apo-sentou. Carlone, que completa sua oitava temporada dirigin-

do a equipe, disse que apesar das perdas, a Metodista sem-pre entra para buscar o título.

SERVIÇO:Dia 20/4, às 16hGinásio do BaetãoRua Armando Italo Setti, s/nº. g

MARISTELA CARETTA/RRJ

Equipes masculina e feminina de handebol se preparam para estreia em primeira competição oficial do ano

Ponteira Bruna Honório é reforço do São Caetano

DIVULGAÇÃO

de 1 a 0. O jogo de volta acon-tece na próxima quarta-feira (17), às 15h, no Estádio Bruno José Daniel. O Santo André precisa vencer por dois gols para conseguir a classificação e enfrentar o vencedor de Orató-rio e Goiás na segunda fase da Copa do Brasil 2013. (CR). g

Enquanto brasileirão da série D não começa, Ra-malhão treina para con-quistar a Copa do Brasil

DIVULGAÇÃO: FABRICIO CORTINOVE/ECSA

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