rochas metamórficas

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Page 1: Rochas metamórficas
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IUGS (2007)- “Metamorfismo é um processo subsolidus que modifica a mineralogia e/ou textura (por exemplo o tamanho de grãos) de uma rocha. Essas mudanças são resultantes de condições físicas e/ou químicas distintas daquelas que normalmente ocorrem na superfície do planeta e em zonas de cimentação e diagênese abaixo da superfície e podem coexistir com fusão parcial.”

Subcommissionon the systematic of metamorphic rocks (SCMR/IUGS)

Definições de metamorfismo

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Miyashiro (1994) – “Nome coletivo que se aplica às modificações mineralógicas, químicas e texturais que acontecem essencialmente no estado sólido, i.e. – sem fusão significativa, nas partes mais profundas da Terra a temperaturas variadas, mais altas que as encontradas na superfície.”

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Metamorfismo ocorre quando uma rocha é submetida a um novo ambiente químico ou físico. Ambiente químico: por exemplo infiltração de fluido na rocha Ambiente físico: variações na pressão ou temperatura ou aplicação de tensões desiguais

Fatores que condicionam o metamorfismo:

1.Temperatura 2.Pressão 3.Tempo 4.Taxa de reação 5.Taxa de nucleação 6. Composição da rocha

FATORES

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Principal agente da transformação metamórfica Suprimento de calor é devido ao aumento gradativo da temperatura com

a profundidade, ou seja, ao grau geotérmico.

Fig. 1. Regiões de P e T onde ocorre metamorfismo.

Grau metamórfico: Termo genérico referente às condições de temperatura (T) e pressão (P) do metamorfismo.

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Aquecimento também relaciona-se à colocação de corpos ígneos, ao decaimento radioativo de elementos químicos e à penetração de fluidos hidrotermais derivados da desidratação de minerais metamórficos.

Fig.2. Fluxo de calor convectivo e bombeamento vertical em diferentes locais na crosta (W/m³).

Aquecimento é controlado pela perda de energia do manto, em taxas que dependem do tipo de crosta, dos desequilíbrios térmicos no manto, da formação de plumas e dos litotipos na crosta que conduzem o calor.

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• Provocada pelo peso das camadas superiores

Pressão Litostática

• Provocada pelos movimentos das placas litosféricas

Pressão não Litostática

Pressão

TENSÃO DE COMPRESSÃO – os minerais são orientados perpendicularmente à direção da tensão.

TENSÃO DE CISALHAMENTO – os minerais são orientados paralelamente à direção da tensão.

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Fig. 3. A. Pressão uniforme e rocha formada. B. Pressão Dirigida e rochas formadas de acordo com o a intensidade da pressão.

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Fig. 4. Limites de metamorfismo e minerais principais.

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Pressão de fluidos

Associada aos fluidos presentes nos interstícios entre os minerais que são submetidos a uma pressão igual à litostática. Fluidos mais abundantes: H2O e CO2(O2, HF, SO2, SO, HCl, NH4, CH3, etc).

Fig.5. Inclusões fluidas

Pf < Pt: Alta condutividade hidráulica. Pf > Pt: Baixa condutividade hidráulica e aquecimento.

Pf: Pressão de fluidos Pt: Pressão da rocha total

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Fig.7. Efeitos da nucleação: formação de porfiroblastos. Taxa lenta de aumento da temperatura possibilitou tempo para crescimento de porfiroblasto de biotita a partir de poucos núcleos de germinação, antes que a temperatura fosse elevada o bastante para permitir nucleação generalizada.. Granada-biotita xisto, Dalradian garnet zone, Sample 7153.

Fig.8. Efeitos da nucleação: textura hornfélsica Em contraste com a textura porfiroblástica, rochas afetadas por metamorfismo de contato mostram abundantes cristais de biotita. Aquecimento rápido favoreceu rápida nucleação em inúmeros pontos. Cordierita-biotita hornfels, Comrie, Scotland, Sample 388.

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Protólitos de composições diferentes, quando submetidos a idênticas condições de P-T resultam em diferentes rochas metamórficas.

Muscovita quartzito

Mármore A composição química da rocha é expressa em porcentagem em peso de óxidos, sendo os principais SiO2, Al2O3, K2O, Na2O, MgO, FeO, Fe2O3, TiO2, MnO, P2O5, H2O e CO2(S, Cl, F, B, Br).

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Zeólitas: analcima, heulandita, associação com sericita e clorita.

Xisto Azul: glaucofânio, epídoto e aragonita.

Eclogito: nos metabasitos onfacita e granada piropítica e nos metapelitos talco e cianita.

Xisto Verde: clorita, epídoto.

Anfibolito: clorita, epídoto, hornblenda.

Granulito: anfibólio e ortopiroxênio. Cornubianito: albita-epídoto,

hornblenda, piroxênio e sanidina.

Fig. 10 – Minerais índices das principais fácies metamórficas.

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Fig. 11. Principais ambientes onde há formação de rochas metamórficas.

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Desenvolve-se nas rochas encaixantes, ao redor de intrusões magmáticas, formando auréolas de metamorfismo de contato com as encaixantes (alta T e baixa P), que transcorre sem deformações acentuadas.

Fig. 12. Evidencia o contato entre o granito e a rocha sedimentar (linha azul) e o zoneamento mineralógico da auréola de metamorfismo.

Hornfelss

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Desenvolve em adjacências de falhas ou zonas de cisalhamento, onde pressões (P) dirigidas causam movimentos e rupturas da crosta.

Fig. 13. Mostra a intensa cominuição dos minerais nas zonas de maior deformação, assim as rochas assumem microbandamentos e laminações característicos.

Em zonas de cisalhamento mais profundas, comportar-se de forma dúctil, sofrendo forte deformação plástica e estiramento. Exemplo de rocha: milonitos (dúctil).

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Locais (astroblemas=cratera) submetidos ao impacto de meteoritos. Energia dissipada na forma de ondas de choque que fraturam e deslocam as rochas.

Fig. 14. A esquerda exemplo das feições causadas por um impacto, a direita um astroblema no Meteor Crater, Arizona.

A Temperatura alcança os 5000ºC e as pressões chega aos 1000 Kb.

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Fig. 15: ENSTATITA SUBSTITUÍDA POR TALCO

Essex County, New York Cristais de enstatita parcialmente substituídos por talco devido à infiltração de fluidos quentes ao longo de fraturas e planos de clivagem. Polarizadores cruzados.

Envolve mudança química (metassomatismo) e resulta da circulação de água quente através do corpo da rocha.

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Fig. 16. Verifica-se os protólitos intensamente deformados (dobras, cisalhamentos/falhas), bem como as rochas resultantes, as quais geralmente apresentam estruturas foliadas.

Metamorfismo Dinamotermal

Desenvolve-se em extensas regiões, associado a faixas orogênicas nos limites de placas convergentes.

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Ocorre nas vizinhanças dos Rifts das Cadeias Meso Oceânicas, onde a crosta recém formada e quente interage com a água do mar aquecida carregando íons dissolvidos que percolam nas rochas da litosfera oceânica segundo um movimento convectivo, removendo ou precipitando elementos e promovendo reações químicas.

Fig. 17. Representa o movimento realizado pelo fluido reagindo com a rocha formada .

Pillow lava

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Ocorre em bacias sedimentares de subsidência, quando rochas sedimentares e vulcânicas são gradualmente soterradas durante a subsidência crustal.

Pressão litostática aumenta devido ao peso das sequências de rochas nas bacias sedimentares, a temperatura pode chegar a 300ºC.

Fig. 18. Há o aumento da pressão pelo da coluna e da temperatura com a profundidade.

Ardósia

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a) De interior (intraplaca) Regiões relativamente estáveis, nas quais a pressão dirigida é

pouco atuante (soterramento, contato). b) Limites divergentes Metamorfismo oceânico, nas dorsais meso-oceânicas e de

soterramento em riftes continentais. c) Limites transformantes Associados a zonas de falhas transformantes, onde ocorre

metamorfismo cataclástico e oceânico. d) Limites convergentes Metamorfismo dinamotermal ou regional, cataclástico ou

dinâmico, contato e termal, dentre outros.

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Determinada pelos arranjos, formas e tamanhos de seus cristais constituintes.

Texturas são geradas pela cristalização e recristalização metamórfica, em estado

sólido.

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Textura Nematoblástica: caracterizada pelo arranjo planar de minerais prismáticos, como anfibólios, sillimanita, turmalina.

Textura Lepidoblástica: Textura

caracterizada pelo arranjo isorientado de minerais placóides nas foliações, geralmente das micas e clorita. Comumente pode estar dobrada .

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Textura Granoblástica: Grânulos isótropos sem predomínio de uma ou outra dimensão nos minerais. Pode desenvolver-se na forma de mosaicos.

Textura Porfiroblástica:

Quando um mineral se destaca por pelo menos uma ordem de grandeza, são denominados porfiroblastos e o conjunto de granulação mais fina que o cerca, de matriz.

Granulito

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ESTRUTURAS METAMÓRFICAS

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Clivagem Ardosiana

Fig. 19-. Ilustra a direção do esforço da clivagem ardosiana. Fig. 20. Ilustra como se forma a xistosidade.

Xistosidade

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Foliação Gnáissica

Fig. 21. Ilustra como se forma a estrutura gnáissica. Fonte: Augen Gneiss. Winter (2001) An Introduction to Igneous and Metamorphic Petrology. Prentice Hall.

Fig. 22. Ilustra fragmentos líticos com formas angulosas

Brechada

Page 29: Rochas metamórficas

Dobrada

Fig. 23. Mostra uma dobra em escala regional com sentido anti-horário.

Fig. 24. O protólito metamórficoé chamado de paleossoma,enquanto a porção ígnea é chamada de neossoma.

Paleossoma

Neossoma

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Milonítica

Fig. 26. Rochas fragmentadas com foliação evidente.

Cataclástica

Fig. 25. Observa-se rochas fragmentadas sem foliação evidente

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Porfiroclástica Porfiroblástica

Fig.27. Caracterizados por pórfiros (oriundos do magmatismo) imersos numa matriz fina.

Fig.28. Caracterizados por pórfiros (oriundo do metamorfismo) imersos numa matriz fina.

Page 32: Rochas metamórficas

Quando rocha possui relíquias de texturas e estruturas que permitam o reconhecimento da rocha original.

Meta+(nome do protólito) Ex: metarenito, metapelito, metaconglomerado, metabasalto,

metacalcário.

Fig. 29. Metacalcário silicoso com metabasito. Metabasalto estirado por metamorfismo. Metapelito associado a filito.

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Filito: são rochas metassedimentares finas, com foliação plana porém, mais irregular que a

ardósia.

Rochas foliadas Classificação Estrutural

Ardósia: são rochas metassedimentares clásticas de baixo grau metamórfico. A foliação é a clivagem ardosiana.

Xisto: são rochas micáceas cuja granulação dos minerais variam de muito fina (textura nematoblástica) a muito grossa (porfiroblastos de biotita, granada, estaurolita, etc.).

Gnaisse: esta estrutura é observada em rochas essencialmente quartzo-felspáticas, com anfibólio e/ou biotita, granada,etc.

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Hornfels: Rochas maciças, com textura granoblástica, comumente com porfiroblastos radiados

Migmatitos: Formado pela Injeção de material granítico fundido havendo separação do neossoma (o material granítico mais novo) e do paleossoma (o gnaisse mais antigo).

Granulito: Rocha quartzo-feldspáticas que não apresenta muscovita e possui forte estiramento dos minerais, em arranjos granoblásticos.

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Classificação Mineralógica

Eclogito: Possui piroxênio onfacita, granada rica em piropo e quartzo subordinado, com simplectitos de hornblenda e plagioclásio, e estruturas coroníticas.

Mármore: rocha composta predominantemente por calcita e/ou dolomita, que, dependendo das proporções, recebem diferentes denominações.

Quartizito: formada por mais de 85% de quartzo, intensamente recristalizada, maciça.

Anfibolito: são rochas com mais de 60% do anfibólio hornblenda e textura granoblástica.

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Aluminosas Silicosas

Ultrabásicas ou magnesianas

Básicas ou ferro-magnesianas

Intermediárias Ácidas

Alcalinas Carbonáticas

Calciossilicáticas Sulfetadas