ricardo cotta
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Palestra Ricardo CottaTRANSCRIPT
Transformações estratégicas no mercado lácteo brasileiro
Ricardo Cotta FerreiraDiretor de Gestão e Relações Institucionais
Competitividade do leite no Brasil
O mercado no Curto e Médio prazo
Desafio das indústrias de laticínios no Brasil
o O Brasil foi um dos países que mais cresceu sua produção doméstica (4,3% a.a.).o Aumento produtivo impulsionado pelos bons preços internos, mesmo com redução nos preços internacionais, devido às barreiras tarifárias e de uma favorável relação de troca com ração.
Principais produtores mundiais de leite de vaca (em bilhões de litros)
United St
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China, main
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Brazil
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Russian
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Poland
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10
20
30
40
50
60
70
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90
1002%
3%
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1% 0%
0% 5%
7% 0% 4% 1% 4% 1% 1% 0% -1% 0% 1% -1%
20122007
% CAGR
Fonte: FAOSTAT
o Até 2008 os preços médios brasileiros se situavam em patamares abaixo da média mundial, a partir de 2009 o país perdeu competitividade. 2013 e 2014 paridade.
Comparativo de preços ao produtor Brasil x Mundo
o O que poderá trazer os preços para patamares mais baixos é:- Escala;- Qualidade e sólidos;- Melhor utilização dos fatores de produção: MDO; alimentação; água; genética; gestão e câmbio.
Custo leite
-Densidade produtiva-Produção média por produtor- Qualidade do leite
Fonte: FAO/ Food Outlook ; IBGE
Eficiência Industrial
Densidade de leite Brasil x NZ
Planta de leite em pó da Fonterra com capacidade para processar 15.1 M/dia. Maior planta de pó no Brasil não chega a 2 M/dia.
Edendale-Nova Zelândia
Escala Industrial
o As 20 maiores companhias processaram em 2013 30 milhões de toneladas a mais de leite do que em 2007.o As 20 maiores processam 40% do leite captado no mundo, com pouca diferença nos últimos 5 anos.o Companhias que apresentaram maior crescimento desde 2007 (>7% ao ano): Arla, RFC, DMK, Lactalis, Soodial, Amul, Yili, Mengniu e Saputo. As americanas estão praticamente estáveis. o A 20ª companhia do ranking captou em 2013 4 bilhões de litros, enquanto que a maior empresa brasileira captou 2 bilhões, ou seja, ainda longe de chegar à este ranking, sinalizando uma reduzida concentração do mercado nacional. Fato este que deverá ser alterado nos próximos anos.
Escala Corporativa
Fonte: IFCN
o A preocupação deve ser sempre a competitividade mundial.
o Precisamos produzir abaixo da média mundial pois temos um custo pós porteira (custo Brasil) bastante superior à maior parte dos países concorrentes.
o Não há indústria competitiva se não tivermos base produtiva competitiva.
Competitividade
Competitividade do leite no Brasil
O mercado no Curto e Médio prazo
Desafio das indústrias de laticínios no Brasil
jan/0
8
mai/08
set/0
8jan
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mai/09
set/0
9jan
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mai/10
set/1
0jan
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mai/11
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1jan
/12
mai/12
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2jan
/13
mai/13
set/1
3jan
/14
mai/14
0.55
0.65
0.75
0.85
0.95
1.05
1.15
Preço bruto ao produtor (em R$/L deflacionado IPCA)
Jan/1
3
Feb/1
3
Mar/13
Apr/13
May/1
3
Jun/13Jul/1
3
Aug/13
Sep/1
3
Oct/13
Nov/13
Dec/13
Jan/1
4
Feb/1
4
Mar/14
Apr/14
May/1
4
Jun/14Jul/1
4
Aug/14
0.800.850.900.951.001.051.101.151.201.251.30
Relação de troca (litro de leite/kg de ração)
o Desde 2009 que o preço do leite vem apresentando altas reais subsequentes.o Além da alta nos preços do leite, a ração também vem apresentando boa relação de troca com o leite. o Consequência: o crescimento do índice de captação em 2014 deve ser superior a 10%
Evolução dos preços e relação de troca para o produtor de leite
Formação de preço no mercado mundial
Evolução no volume de produção de leite
Evolução nos preços do LPI (Oceania em USD/ton)
o Alta nos preços em 2013 (>USD5,000/ton) impactou no aumento produtivo de agora.o Preço LPI > USD4,000 = aumento produção; < USD3,000 = redução na oferta.o Oferta mais elástica que demanda.
• A produção global de leite continuou aumentando nos últimos meses. • Em função dos estoques acumulados durante os primeiros seis meses do ano, a China diminuiu o ritmo de compras no mercado internacional. • Nos EUA e na Europa, as cotações ainda não sofreram uma queda tão significativa, o que dificulta/retarda o ajuste de produção.• Os custos com ração continuam bastante favoráveis. As margens confortáveis, aliadas à iminente eliminação do sistema de cotas na Europa, são fatores que sustentam que o ajuste na produção ainda não deve ser suficiente para reduzir o superávit de exportação e recuperação nos preços internacionais.• O aumento do superávit de leite tem se desacelerado. Entretanto, tudo indica que será necessário um período prolongado de preços mais baixos para que o excesso de volume no mercado seja enxugado.
Perspectivas mundiais no curto prazo (2014 e 1o Sem 2015)
Fonte: Rabobank: Dairy Quarterly –Q3/2014
Formal 22.339 mio litros (69%)
Não industrializado10.085 mio litros (31%)
Produção Total 32.424 mio litros
L.Past.1.208 mio
Leite UHT5.991 mio
Outros2.703 mio
Queijo6.980 mio
Leite em Pó5.457 mio
Export.41 mio
Import.953 mio
Consumo2.814 mio
Industrial3.555 mio
Source: BrainStock Consultoria + Compass
Disponibilidade Líquida6.369 mio
Destino da produção brasileira de leite (em milhões de litros)
Leite em Pó
Leite UHT (1000L)
Iogurte
Fermentado
Leite Condensado
Petit
-10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
5%
12%
10%
18%
8%
-6%
51%
48%
48%
39%
37%
13%
Variação % em volume e valor (média móvel 2010-2014* Julho)
Receita VolumeFonte: KANTAR
IPCA - ACUMULADO27%
Consumo dos derivados lácteos no Brasil nos últimos 4 anos
Evolução do Mercado brasileiro em volume
o Enquanto que em valores o crescimento continua acima da inflação, o volume de alguns produtos apresenta sinais de redução, principalmente em produtos menos essenciais (petit e fermentado).
o As companhias estão buscando aprimorar seu mix com produtos de mais alto valor agregado (premiumização). Ex.: Grego.
o Em produtos mais básicos (leite em pó; UHT e queijos) o crescimento em volume continua, mas com maiores dificuldades em reposição de preços.
Jul 2010 / Jun 2011
Jul 2011 /Jun 2012
Jul 2012 /Jun 2013
Jul 2013 /Jun 2014
470.00
490.00
510.00
530.00
550.00
496.24
519.69
544.68 545.05
IOGURTES(em mil ton)
Jul 2010 / Jun 2011
Jul 2011 /Jun 2012
Jul 2012 /Jun 2013
Jul 2013 /Jun 2014
45.00 46.00 47.00 48.00 49.00 50.00 51.00 52.00
50.40 51.32
50.28
47.35
PETIT SUISSE(em mil ton)
Jul 2010 / Jun 2011
Jul 2011 /Jun 2012
Jul 2012 /Jun 2013
Jul 2013 /Jun 2014
-
20.00
40.00
60.00
80.00 61.17
71.78 75.72 72.10
LEITE FERMENTADO(em mil ton)
o Oferta de leite embalada com bons preços e boa relação de troca nos últimos anos.
o Depois de alguns anos de grande crescimento, o mercado começa a dar sinais de desaquecimento (iogurtes e leite fermentado).
o Há um claro movimento de premiumização (mudança de mix em busca de agregação de valor) e segmentação do mercado. Onda do Grego e Zero Lactose.
Perspectivas brasileiras de curto e médio prazo
Competitividade do leite no Brasil
O mercado no Curto e Médio prazo
Desafio das indústrias de laticínios no Brasil
Empresas Familiares
Multinacionais
Coops. e empresas de capital pulverizado
• Italac• Tirol• Piracanjuba• Embaré• Jussara
• BrF lácteos• Vigor• Itambé• Cemil/CCGL/Frimeza/Confepar• LBr
• Nestlé• Danone• Lactalis
Desafio é manter agilidade;Não burocratizar processos;Ser simples e barata;Não inchar.
<Meio do caminho>
Tende a ter processos decisórios mais morosos e burocráticos.<Crescimento balizado em cima do poder da marca e
marketing>
Marcada pela agilidade no processo decisório, seja em investimento, seja em mercado (preço x volume).
<Maior crescimento>
Atuação das companhias no mercado nacional
O que mede valor de uma marcaBusca por margem em um mercado competitivo (carnes e leite)