revolucao industrial editado 2

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Marília Ferreira Natanielly Costa Carla Prestes Neuziane Monteiro Kamila Keane Paixão Universidade Federal do Pará Curso: Serviço Social Disciplina: FHMT 1 Belém - 2013

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Page 1: Revolucao industrial editado 2

Marília Ferreira

Natanielly Costa

Carla Prestes

Neuziane Monteiro

Kamila Keane Paixão

Universidade Federal do ParáCurso: Serviço SocialDisciplina: FHMT 1

Belém - 2013

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A Revolução Industrial

Foi um conjunto de mudanças profundas, iniciadas por volta de 1760, no modo de vida dos seres humanos, de relacionarem-se e produzirem mercadorias. A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção.

Ela pode ser resumida na Substituição da energia Física (Humana) pela energia Mecânica (das Máquinas). Porém, trata-se de um processo Lento, Gradativo e Irreversível que gerou transformações Econômicas, Políticas e Sociais.

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Podemos destacar algumas causas que favoreceram o desenvolvimento industrial como:

• A expansão do comércio, que possibilitou a acumulação de capital nas mãos da burguesia européia, que queria aplicá-lo em outros setores.

• Crescimento do mercado consumidor e, conseqüentemente, exigência de novos produtos.

• Fim das restrições impostas pelo mercantilismo e abandono das praticas absolutistas de governo, a partir do surgimento das idéias liberais iluministas.

• E as novas descobertas que vinham surgindo na Europa desde o Renascimento, como termômetro, a roda de fiar, o tear mecânico, entre outros.

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A Revolução Industrial foi o conjunto de mudanças tecnológicas iniciadas no séc. XVIII, com grande impacto na economia e nas relações de trabalho e produção. Implantou, definitivamente, o Sistema Capitalista.

Capitalismo:

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 Pioneirismo da Inglaterra • Como vimos, a Revolução Industrial teve início na Inglaterra, por volta de

1750. Vamos apontar alguns fatores que contribuíram para o pioneirismo inglês.

• A balança comercial inglesa era a mais favorável em toda a Europa. Isto gerou disponibilidade de capital para aplicar na industrialização. Somam-se a isto várias inovações técnicas na Inglaterra e a existência de grandes minas de ferro e carvão.

• A Inglaterra tinha domínio do transporte marítimo e, conseqüentemente, do comércio mundial. Este domínio ocorreu a partir do Ato de Navegação de 1651 e foi estimulado também pelo fato de a Inglaterra ser uma ilha.

• A contribuição dos huguenotes, ou seja, calvinistas franceses que viviam na Inglaterra. Além de capitais, os huguenotes possuíam grande experiência empresarial.

• Enfim, podemos destacar a ideologia liberal, a partir das idéias iluministas. Além da instalação de uma monarquia parlamentar, a partir da Revolução Gloriosa de 1688, as idéias liberais criavam um ambiente propício à indústria.

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Formas de Transformação da Matéria- Prima

Até chegar ao nível industrial, a transformação de matérias primas em produtos, passou por três estágios principais no decorrer da historia

•Artesanato: o trabalho não é dividido, ou seja, um mesmo trabalhador realiza todas as etapas de um trabalho. Considerada uma produção independente, pois o artesão realiza o trabalho sozinho com ajuda da sua própria família, por isso esta fase da indústria é denominada doméstica.

•Manufatura: é um tipo de trabalho um pouco mais complexo que o artesanato. Os trabalhadores se aglomeram num mesmo local e são dirigidos por um chefe. Cada trabalhador fica responsável por uma tarefa específica, ampliando a capacidade produtiva.

•Maquinofatura forma mais complexa de produção industrial. Consiste na utilização de maquinas em substituição as ferramentas e ao próprio trabalho humano. Iniciou-se por volta de 1750, com a Revolução Industrial.

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Podem-se distinguir três períodos no processo

de industrialização em escala mundial:  

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Surgimento das Fábricas• As primeiras máquinas eram movidas pela força muscular de seres humanos ou

animais. Uma das grandes novidades da Revolução Industrial foram as fábricas, que passaram a utilizar máquinas movidas a energia mecânica.

• A fábrica, verdadeiro símbolo da Revolução Industrial, substituiu a oficina, onde o artesão trabalhava por sua conta.

• O tamanho das fábricas variava de acordo com os setores de produção. No setor metalúrgico (produção de metais), por exemplo, elas eram maiores do que no setor têxtil (produção de tecidos).

• O trabalho nas fábricas gerou o termo alienação, utilizado pelo alemão Karl Marx, como referência ao fato de que, muitas vezes, o trabalhador ignorava o produto final, assim como o real valor de seu trabalho.

• De certa forma, o surgimento das fábricas e sua expansão estão no centro das discussões acerca da poluição dos rios, do ar e o conseqüente aumento da temperatura da terra, que chamamos de efeito estufa.

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A Burguesia

• A Revolução Industrial tornou a burguesia detentora dos meios de produção. Com isso, houve a necessidade de trabalhadores nas fábricas, chamados de proletariado.

• A burguesia se dividia em pequena, média e alta burguesia. A pequena e média era constituída de comerciantes, médicos, advogados, entre outros. A alta burguesia era composta pelos grandes capitalistas, como industriais e banqueiros.

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O Proletariado

• O proletariado, por sua vez, era constituído de antigos camponeses que se deslocavam para a cidades. Era a classe mais numerosa e mais pobre. O crescimento excessivo da mão-de-obra disponível fez com que a situação dos trabalhadores piorasse cada vez mais.

• Assim, os salários foram se tornando cada vez mais baixos. O uso do trabalho feminino e infantil, muito mais barato, provocava o desemprego dos homens adultos. Além disso, as condições de trabalho eram péssimas e o número de horas trabalhadas era excessivo.

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A vida nas Fábricas

• O trabalho era repetitivo e as jornadas, muito longas.

• Homens, mulheres e crianças trabalhavam de 14 a 18 horas por dia.

• Não existiam leis trabalhistas. Os trabalhadores sofriam ameaças e até castigos físicos.

• Os salários eram miseráveis e ainda tinham os descontos: multas por atraso, por se estar sujo, ou por ter cochilado ou assobiado em serviço.

• Quando sofriam mutilações, perdiam dedos ou mãos, braços ou pernas, não recebiam nenhum auxílio. Apenas demissão.

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Conseqüências da Revolução Industrial

 A Revolução Industrial teve várias conseqüências na economia, sociedade e nas relações de trabalho. Vejamos algumas principais:

• A utilização constante de máquinas e maior divisão do trabalho, com o conseqüente aumento da produção. A partir de então, houve também evolução dos meios de transporte e comunicação.

• O surgimento de novas classes, como a burguesia industrial, ou seja, os donos das novas indústrias; e o proletariado, ou seja, os trabalhadores das indústrias.

• Expansão do colonialismo em várias regiões do planeta, com o objetivo de conseguir matérias-primas e mercados consumidores. Junto a isso, houve expansão do capitalismo pela Europa e pelo mundo.

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Algumas Conseqüências Sociais

• Urbanização (pelo êxodo Rural);

• Más habitações (cortiços; falta de saneamento, saúde e higiene);

• Altas jornadas de trabalho, Baixa remuneração e condições Insalubres de trabalho;

• Desemprego, Exploração do trabalho da Mulher e Infantil;

• Doenças: como peste bubônica e varíola.

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Quadro Resumo dos Fatores e

Características

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A resistência dos OperáriosA relação de grande exploração entre a burguesia industrial e o

proletariado deu origem aos movimentos operários e sindicatos. Foi também a partir das desigualdades sociais entre capitalistas e operários, que vários pensadores passaram a se opor ao liberalismo econômico e defender novas doutrinas sociais, como o Ludismo, Cartismo, Anarquismo e o Socialismo.

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O Ludismo

•O movimento ludista perdeu força com a organização dos primeiros sindicatos na Inglaterra, as chamadas Trade Unions. O mais eficiente e principal instrumento de luta das Trade Unions era a greve.

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O Cartismo

Surgiu na Inglaterra, a partir de 1830. O nome deriva da carta escrita pelos radicais William Lovett e Feargus OConnor, e enviada ao Parlamento Inglês.

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O Anarquismo•Surgiu na Europa na metade do século XIX.

As idéias anarquistas foram defendidas por teóricos como Pierre-Joseph Proudhon e Mikhail Bakunin.

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O Socialismo Utópico

Surgiu na Europa, na primeira metade do século XIX. Estas idéias socialistas foram defendidas por teóricos como Conde de Saint-Simon, Charles Fourier e Robert Owen. Estes teóricos tentaram criar instituições ou fábricas que pudessem acomodar os trabalhadores sem o mesmo grau de exploração que a burguesia industrial muitas vezes impunha.

No geral, estas tentativas acabaram fracassando. O termo utópico foi utilizado pelo fato desses socialistas acreditarem que seria possível realizar a transformação da sociedade sem que houvesse um conflito entre burgueses e proletários.

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O Socialismo Científico • O Socialismo Científico surgiu na Alemanha, na

primeira metade do século XIX. Seus principais teóricos foram Karl Marx e Friedrich Engels . Foi denominado científico porque, ao contrário do utópico, estes pensadores não se preocuparam em imaginar como seria a sociedade ideal.

• Ao invés disso, estudaram a dinâmica do capitalismo, o que resultou em obras clássicas, como “O Capital” e “Manifesto do Partido Comunista”. Marx e Engels foram responsáveis pela criação de algumas teorias, como a Mais-Valia, o Materialismo Histórico e a Luta de Classes.

• Segundo eles, o capitalismo seria substituído pelo socialismo, a partir do momento que os trabalhadores adquirissem consciência de que estavam sendo explorados. Afirmaram, também, que o socialismo seria apenas uma etapa intermediária, porém, necessária, para se alcançar a sociedade comunista.

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O Comunismo

•O comunismo representaria o momento máximo da evolução histórica, momento em que a sociedade não estaria mais dividida em classes, não haveria a propriedade privada, nem a necessidade de Estado.

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A Revolução Industrial e o Serviço Social

Iamamoto (1998), assinala que o Serviço Social surgiu como uma das estratégias concretas de disciplinamento, controle e reprodução da força de trabalho. E seu papel conter e controlar as lutas sociais.