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A quem interessa o desenvolvimento da faixa da fronteira? Brasil: um país transparente? Singular

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Revista Experimental produzida como instrumento de avaliação na discilplina de Laboratório Impresso II, do curso de Jornalismo, da Universidade Federal do Pampa. Número 06, produzida por Aline Sant Ana e Pâmela Faustino.

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Page 1: Revista Singular

A quem interessa o desenvolvimento da faixa da fronteira?

Brasil: um país transparente?

Singular

Page 2: Revista Singular

O projeto consiste na realização sessões públicas de cinema seguidas de debates sobre os temas relacionados às produções exibidas. Os filmes selecionados são catalisadores de

discussão, pois tratam sobre assuntos ligados aos interesses gerais da comunidade.

O Sessão Pipoquinha é um projeto de extensão da Universidade Federal do Pampa, campus

de São Borja

Page 3: Revista Singular

SingularBem-estarA nova terceira idade--------------------6

PolíticaPortal da transparência----------------10

Faixa da Fronteira Oeste--------------14

EducaçãoEscolhendo uma Profissão--------------22

Terceira Idade busca melhor qualidade de vida

6

Qual profissão escolher?

22

Faixa de fronteira sofre

com falta de integração e

projetos

14

Page 4: Revista Singular

Por Pamela Faustino

Durante a década de 40, o Brasil era considerado um país de

jovens, onde as pessoas eram criadas para constituírem famílias e serem na velhice aqueles típicos avôs e avós que ficavam em casa, enquanto esperavam os dias se acabarem. Época em que não existiam atividades direcionadas para a qualidade de vida, os homens eram educados para o trabalho fora de casa - garantindo o sustento familiar - e as mulheres para trabalhos domésticos. Sem preocupação com a aparência, eles não praticavam esportes, nem atividades físicas, e isso acabava influenciando na saúde, principalmente no quesito de longevidade, já que a expectativa de vida dos brasileiros era de, apenas, 43 anos. No entanto, hoje, o Brasil, começa a ser intitulado como um país de jovens com cabelos grisalhos. Os idosos passaram a representar cerca de 7,4% da população brasileira, e de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano 2025, eles chegarão a 34 milhões. Seja nas praças, nas academias ou nos salões de beleza. Os idosos estão se adaptando a um novo modo de vida. Mudança que está ligada ao fato deles trocarem a permanência em casa por momentos descontraídos

Bem-estar

6 > Singular

Descobrindo a Melhor Idade

Page 5: Revista Singular

Descobrindo a Melhor Idadenas academias e os cuidados dos filhos pelo auxílio de profissionais de saúde e estética. Características que atribuíram o nome melhor idade a esta faixa etária, derrubando a teoria de que senhores e senhoras não podem unir o tempo à qualidade. Os avanços na área tecnológica contribuíram com a longevidade, aspectos que beneficia a todos, principalmente, a terceira idade. A tecnologia passou a ser grande aliadas de muitos profissionais, ela aperfeiçoou e criou novos métodos para a prevenção de doenças. A tomografia, os raios-X e a mamografia, são exemplos de exames que detectam inúmeras doenças que antes eram impossíveis de serem diagnosticadas. Segundo o policial sanitário, Itacir Fontoura, 71, “antigamente as pessoas procuravam benzedeiras quando estavam doentes ao invés de médicos, já, hoje, sabemos que existem alguns exames que conseguem descobrir doenças, e com o auxilio dos médicos, há tratamentos que podem evitar tantas mortes, a tecnologia além de proporcionar mais tempo de vida as pessoas, também dissipou as informações, hoje, temos acesso a tudo”. O resultado destes avanços se reflete em setores além da medicina preventiva, para os vaidosos, surgiram novas técnicas de cirurgias plásticas, além de tratamentos físicos e eséticos, que, neste novo

EXERCÍCIOSAs atividades físicas ajudam a melhorar

a saúde, reduzem o risco de mortes prematuras, diminui os sintomas de

ansiedade e depressão e está associada a menor número de hospitalizações,

visitas médicas e medicação.

Page 6: Revista Singular

ALONGAMENTO

É importante alongar adequadamente a musculatura antes e também depois de uma

atividade física. Isso prepara os músculos para as exigências que virão a seguir,

protegendo e melhorando o desempenho muscular. Pela sua facilidade de execução, a maioria dos alongamentos pode também ser feitos, praticamente, a qualquer hora.

Ao despertar pela manhã, no trabalho, durante viagens prolongadas, no ônibus, em qualquer lugar. Sempre que for identificada

alguma tensão muscular, prontamente algum tipo de alongamento pode ser

empregado para trazer bem estar.

Quem pode fazer? Todas as pessoas, das mais diversas idades

momento, passaram a atender um público maior e mais diversificado. Abrangendo também a nova terceira idade, que tem a vaidade como uma de suas prioridades. A massagista, Suelen Miller, diz que suas clientes mais velhas se preocupam mais com a aparência e não cogitam a ideia de serem chamadas de velhas. Para dar melhor qualidade a este tempo de vida, os idosos partem a busca de novas atividades, segundo a professora de educação física, Tatiane Minussi, este grupo procura nas academias, mais do que uma maneira para manter o condicionamento físico, a socialização. Neste ambiente, onde a saúde se

Bem-estar

Page 7: Revista Singular

mescla com o prazer, existe outra mistura cada vez mais visível, alunos de 20 e 70 anos praticando as mesmas atividades. Cena que se repete também nos salões de beleza, a pensionista, Vanderlena Abreu, 51, depois que se divorciou viu no salão uma forma de distração, o contato com pessoas de todas as idades, faz com que este seja o seu local favorito. Nesta fase, em que pais e mães de famílias já criaram seus filhos, trabalharam durante anos e conquistaram a aposentadoria, os dias tornam-se ociosos, sendo este o momento em que passam a procurar formas alternativas para preencher este vazio. Toda prática que

proporcione bem-estar, seja as atividades físicas, as viagens, a leitura ou as horas nos salões de beleza, será, sempre, aconselhada por profissionais, independente da idade do paciente. Pois, fazer o que dá prazer, é a forma mais fácil de conseguir com que as pessoas prolonguem o melhor condicionamento físico e psicológico, ao longo dos anos, uma vez que, ao se sentirem bem, terão menos problemas relacionados à depressão e à ansiedade. Para o pediatra, Guilherme Andrade a prática de atividades físicas devem ser incentivadas, sempre, por proporcionar desde cedo um hábito de vida saudável, que irá prevenir muitas doenças além garantir a boa aparência, uma preocupação que se intensifica ao longo dos anos. Nas academias os idosos já compõem cerca de 30% dos alunos, praticantes de atividades como pilates, hidroginástica, ginástica localizada e até mesmo musculação. Sem distinção de sexo. Da mesma maneira que nos salões de beleza as senhoras já disputam espaço com as jovens meninas, segundo o cabeleireiro, Luciano Alves, “hoje é difícil encontrar uma senhorinha de cabelo branco e unhas sem fazer, a preocupação é muito maior do que há 20 anos”. As atividades e tratamentos que se tornaram cada vez mais acessíveis à terceira idade,

agregou a este grupo um novo envelhecimento, eles passaram e envelhecer mais tarde e com mais qualidade. A melhor idade, hoje, é composta por idosos mais ativos, tanto físicos quanto intelectualmente. As mudanças na vida desses novos idosos são perceptíveis, no corpo, na aparência e na vivacidade. Estas pessoas que se preocupam em manter um modo de vida saudável, “tem um risco muito menor de hipertensão arterial, diabetes, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, que são os maiores causadores de mortes e invalidez na terceira idade” alerta o doutor Andrade. As atividades rotineiras, também, ganharam facilidades, desde um melhor rendimento nas tradicionais partidinhas de futebol entre os amigos, até uma visível melhora no simples ato de sentar e levantar. Para a aposentada e ciclista, Troina Barbosa, 70, o reflexo das novas atividades é muito melhor para a terceira idade, pois “quando chega à fase das dores, das doenças, a prática de qualquer exercício faz que isto seja minimizado, eu vejo isso como um incentivo. Eu tinha muitas dores, mas quando pedalo me sinto muito melhor. Eu tenho 70 anos e vivo como se tivesse 20 [anos]. A verdade é que, não é a idade que deixa a pessoa velha, mas, sim, o modo de vida”.

Singular > 9

A Medicina preventiva ajuda a aumentar a

longevidade, com melhor qualidade.

Page 8: Revista Singular

BRASIL VERDE, AMARELO, TRAN SPARENTE ?

Política

Page 9: Revista Singular

BRASIL VERDE, AMARELO, TRAN SPARENTE ?

Poucas pessoas sabem, mas a possibilidade de corrupção e fraudes nas esferas públicas só ocorrem hoje, diante de muita coragem e ousadia de quem o faz. Para sonegação de tributos fiscais, por exemplo, há um rigoroso controle por parte do órgão maior responsável pela fiscalização das verbas públicas - a Controladoria Geral da União (CGU). E isso já não ocorre somente nos âmbitos internos da CGU.

Desde 2004, o Governo Federal criou o Portal

de Transparência com a missão de inibir a imagem de corrupção que assolava o cenário político naquele período, em que escândalos como O caixa dos Bingos, o Mensalão, o Valérioduto, e a repentina falência da VARIG, envolviam diretamente personagens importantes do governo. Para isso, a CGU buscou proporcionar recursos para que os cidadãos conhecessem detalhes da gestão pública e quais aplicações financeiras eram feitas a partir de então. Baseado no provimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), criada ainda no Governo FHC, o Portal da Transparência teve muitos embargos políticos para sua efetivação em 2004, na gestão Lula. Tudo se deve à contrariedade política que, quatro anos antes (2000), colocara o PT – partido de esquerda – em oposição ao Projeto de Lei de Responsabilidades Fiscais. Na época, o projeto foi aprovado com o apoio da base do governo, enquanto os representantes da oposição (o então presidente da Câmara, Michel Temer, e do Senado, Antônio Carlos Magalhães) se opuseram alegando Ações Diretas de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2004, em meio à escândalos e descredibilidade pública, Lula teve que reverter a situação - admitiu que o

Por Aline Sant’Ana e Pamela Faustino

PT estava errado sobre a proveniência da Lei e, logo, criou projetos para sustentá-la. Inicialmente o direcionamento de controle feito pelo Portal era apenas para os gastos e investimentos em âmbitos federais. Quando começou, todas as informações eram dos sistemas estruturadores e informatizados da Administração Pública Federal, como o Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI), que abrangiam todos os gastos do governo desde 2002. Após alguns meses de execução, o Portal passou a divulgar além dos gastos diretos do Governo, transferências de recursos a Estados e Municípios (desde 2004), convênios com pessoas físicas, jurídicas ou entes governamentais (desde 1996) e previsão e arrecadação de receitas (serviço que teve início recentemente, em 2009). Informações ao alcance do público

Mesmo com o serviço de prestação de contas à sociedade, a divulgação do Portal ainda é pouco veiculada pelo Governo. Atualmente, sete anos após a criação do serviço e da confirmação de LRF, poucas pessoas sabem da existência do site e da lei que lhes dá direito ao conhecimento dos tributos públicos.Maria Vitória Vieria, 46 anos, funcionária pública que trabalha na parte

Singular > 11

Page 10: Revista Singular

administrativa da Secretaria de Educação, diz não saber que o Governo Federal possui um serviço de fácil acesso ao público para prestação de contas. Este serviço on-line deve ser novo, e por isso ainda não foi tão divulgado. Provavelmente abriram ao público comum há pouco tempo.” Na verdade, o Portal da Transparência sempre esteve aberto ao “público comum”. O que os funcionários como Maria Vitória podem questionar é a sua recente apropriação das informações de arrecadações públicas (impostos) da União, Estados e Municípios. Data em 2009 a última ementa complementar à LRF, que julga necessário “o pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real das informações

pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público.” A LC 131, como é conhecida a lei complementar, define (além da obrigatoriedade das informações estaduais e municipais) prazos paras que os Estados e seus Municípios coloquem suas finanças em vigor no Portal. Além disso, a lei prevê que nos portais das instituições públicas, seja disponibilizado um link ou feed que direcione o cidadão para as informações administrativas daquela instituição. Desde outubro de 2010, por exemplo, já era possível encontrar em alguns sites de ministérios, prefeituras, institutos e universidades públicas o link que direciona para as páginas de Transparência da instituição. Vale lembrar que

cada site próprio deve cadastrar sua página de t r a n s p a r ê n c i a vinculada ao portal. As páginas são das próprias instituições, e divulgam suas prestações contas. O Portal é o órgão máximo que regulamenta estas páginas. Em outras palavras, é como se o Portal da Transparência fosse um provedor e as páginas de t r a n s p a r ê n c i a fossem um domínio

no provedor.

Páginas de Transparência das Instituições Públicas

Ainda dentro do prazo estabelecido para os municípios entre 50 e 100 mil habitantes, o Município de São Borja colocou em destaque no portal da prefeitura um botão direcionado à sua página de transparência. De acordo com a jornalista responsável pela criação do novo layout do site, Cristina Fernandes, a prefeitura disponibiliza o serviço desde novembro de 2010. A jornalista aponta ainda que a divulgação das informações contidas na página de transparência da prefeitura é do próprio Departamento de Comunicação, mas que a responsabilidade contábil,

Prazos para o cumprimento da LC 131

I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com mais de 100.000 (cem mil) habitantes – maio de 2010;II – 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes – maio de 2011;III – 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até 50.000 (cinquenta mil) habitantes – maio de 2013.

Política

Portal: Verifique as contas públicas da sua cidade e de outros orgãos ligados ao governo.

Page 11: Revista Singular

assim como todos dados administrativos, são da Secretaria de Administração e Fazenda. “A secretaria de administração e fazenda, nos repassa os relatórios e nós disponibilizamos. Mas eles que fazem, por que daí tem os contadores, tem toda parte bem técnica e nós só disponibilizamos.” Cristina, enquanto funcionária, também revela o quanto o Portal e as Páginas de transparência ajudam no desempenho do seu trabalho como jornalista. “Às vezes nós precisamos fazer algumas matérias que precisa ter embasamento. Por exemplo, estou fazendo uma matéria que aponta que menos da metade da população de são Borja paga o IPTU, então é sinal que não está entrando tanto dinheiro assim como as pessoas dizem, então isto é

importante pra gente saber. Eu acho interessante.”

Eficiência e transparência

Mesmo com a possível eficiência na prestação de contas do Portal e das Páginas de transparência vinculadas a ele, nem todas as informações de ordem governamental podem ser divulgadas. Em muitas instituições federais de educação, por exemplo, há a ausência das informações referentes aos gastos, investimentos e repasses de verba. No portal da Universidade Federal do Pampa (RS) o link que direciona para a página de transparência da Instituição só foi incorporado ao site da universidade no início de 2011. Mesmo assim, não é possível ter um esclarecimento exato das verbas recebidas e empregadas na universidade. O assessor da imprensa da UNIPAMPA, Heleno Nazário, afirma que o controle das informações da Página independe da atualização do portal da universidade. “Na verdade os setores que acabam se ocupando normalmente desta alimentação do portal da transparência são os setores relacionados com a gestão direta do orçamento (...), as pró-reitorias de administração e planejamento(...)”. Heleno, que trabalha na assessoria da universidade desde o

início de 2010, reconhece que nunca fez uso do Portal da Transparência e que devido a ausência informação “em termos de repasse de recursos seria importante que houvesse esta divulgação do portal.”

Em defesa à ausência de algumas informações nas páginas de transparência pública, a Equipe Gestora do Portal de Transparência divulgou em nota, no próprio site, que há informações que não podem ser divulgadas de acordo com a legislação que regula o sigilo de alguns dados administrativos. No entanto, a Controladoria não faz qualquer tipo de classificação em relação ao que pode ou não ser sigiloso. “Essa informação – se um dado é sigiloso ou não – cabe ao próprio órgão gestor dos recursos, de onde provêm as informações que alimentam o Portal. Contudo, vale destacar que, apesar de não serem detalhadas no Portal, as ações classificadas como sigilosas são todas passíveis de fiscalização pelos órgãos de controle.” Resta saber se estarão passíveis aos olhos do povo.

Portal: Verifique as contas públicas da sua cidade e de outros orgãos ligados ao governo.

“Há informações que não podem ser divulgadas de acordo com a legislação

que regula o sigilo de alguns dados

administrativos.”

Equipe Gestora do Portal de Transparência.

Singular > 13

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Page 13: Revista Singular
Page 14: Revista Singular

Quem via a presidente Dilma Rousseff, na segunda-feira (06/06), esbanjando empolgação com as negociações de integração da Venezuela ao MERCOSUL, poderia até imaginar que integração é a palavra certa ao tratar das relações e desenvolvimento dos países componentes do bloco. Com a expectativa da presidenta, nem parecia que há seis meses, na gestão Lula, a questão de Desenvolvimento das Fronteiras ainda era uma problemática mal resolvida entre o Governo Federal e as Unidades Federativas que compunham a Faixa de Fronteira ligada aos comparsas sulamericanos - uma questão pequena, frente ao desenvolvimento maior que a integração entre os países propõe.

Por Aline Sant’Ana e Pamela Faustino

Em dezembro de 2010, no s e m i n á r i o P e r s p e c t i v a s

Sobre Faixa de Fronteira, realizado em Brasília, o Deputado Federal, Frederico Antunes (PP), disse estar decepcionado com a perspectiva de desenvolvimento e integração entre os países do MERCOSUL, pois nas relações comerciais entre Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina há um vácuo, caracterizado geográfica – socioeconomicamente pelas cidades de fronteira. “É lamentável verificar a

Relação Intercambial

ausência de preocupação com a Fronteira, principalmente na região do Rio Grande do Sul, onde se vê a total falta de projetos em âmbito federal.” O seminário, organizado pelo próprio Governo Federal, em parceria com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), teve em sua maioria representantes do sul, liderados pela Comissão de Aduanas e Fronteira do Parlamento gaúcho, cujo presidente, na época, era o Deputado Antunes. Das principais questões apontadas no seminário,

as medidas de incentivo à fiscalização aduaneira integrada entre os países foram as mais relevantes para a Comissão Gaúcha. Ainda que reconhecessem a falta de estrutura operante no sistema de fiscalização entre os países, a Comissão Gaúcha propôs um documento contendo 50 sugestões, dando ênfase às necessidades da fronteira Sul, e destacando papéis diferenciados por parte dos governos estadual, municipal e federal.

Mas a quem, afinal, interessa o desenvolvimento das áreas de fronteira?

A interação no setor dos transportes, principalmente, é direcionada de capital para capital, desmerecendo, contudo, o espaço das fronteiras. A relação intercambial nos preços

Política

Page 15: Revista Singular

“É lamentável verificar a ausência

de preocupação com a Fronteira, principalmente

na região do Rio Grande do Sul, onde se vê a total falta de projetos em âmbito

federal.”

Deputado Federal, Frederico Antunes

mostra, inclusive, que pode sair mais barato ir de Porto Alegre para Buenos Aires, do que da Capital Gaúcha para a fronteira dos Pampas. De acordo com a Política Nacional de Desenvolvimento, é função e interesse do Ministério da Integração formular, estabelecer e conduzir planos e programas para o desenvolvimento regional, a fim de compor a totalidade democrática de desenvolvimento no país. Para isso, o Governo Federal, por incentivo ministerial, o Ministério da Integração, colocou em prática após o Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento (assinado inicialmente por Brasil e Argentina, em 1988), o Plano de Desenvolvimento da Faixa de Fronteira, visando estimular processos sub-regionais de desenvolvimento, contribuindo para a redução

da desigualdade regional e para a integração da América do Sul. Não fosse pela divulgação das relações políticas entre os governos do MERCOSUL para a constante integração comercial entre os países, seria difícil acreditar que a reclamação de Frederico Antunes não está tão distante da realidade. Apesar do forte incentivo nas áreas de transporte e turismo por parte do Brasil para com os integrantes vizinhos, as cidades que fazem integração direta ainda são pouco beneficiadas. Na descrição do Plano de Desenvolvimento da Faixa de Fronteira, lê-se que: “para alcançar os objetivos de progresso para a região de Faixa de Fronteira é preciso causar impacto no desenvolvimento econômico da região e nas condições de cidadania e qualidade de vida.” Nas cidades que compõem a maior faixa de fronteira do Rio Grande do Sul - a fronteira oeste - os aspectos de desenvolvimento econômico se reduzem à produção agrícola, e a condição de cidadania e qualidade de vida são condicionadas ao incentivo das secretariais municipais. Não há, entre as cidades fronteiriças uma integração nos serviços públicos que possam garantir a melhoria econômica e da qualidade de vida, provendo tão logo o desenvolvimento nessas

“Para alcançar os objetivos de

progresso para a região de Faixa de Fronteira é preciso causar impacto no desenvolvimento

econômico da região e nas condições de cidadania e

qualidade de vida.”

Singular > 17

Page 16: Revista Singular

Ponte InternacionalO complexo possui 285 hectares. E o custo total da obra foi de US$ 47 milhões

regiões. Aliás, não há entre os países um planejamento consistente que atenda às áreas almejadas. Além disso, a aplicação dos programas estipulados pelo Ministério da Integração brasileiro depende diretamente do gerenciamento das prefeituras, e estas de suas secretarias, coisa que não acontece do outro lado da fronteira. Argentina e Uruguai, com seus sistemas ministeriais centralizados, não possuem secretariais nas unidades federativas, o que dificulta o processo de integração de sistema com os municípios vizinhos.

Enquanto do lado brasileiro os sistemas de educação e saúde são administrados pelas secretariais municipais, no Uruguai e na Argentina os sistemas são de jurisdição ministerial. Ou seja, são instituições administradas por âmbitos diferentes e que, logo, visam atender necessidades diferentes.

Integração nas Faixas da Fronteira Oeste

Mesmo as áreas de maior representatividade na produção econômica da Fronteira Oeste se

enquadram na falta de expectativas em investimentos por parte do Ministério da Integração. Nas três maiores fronteiras, São Borja, Uruguaiana e Santana do Livramento, a desigualdade entre os sistemas de administração pública faz com que, mesmo os municípios de fronteira seca –Santana do Livramento – tenham certas dificuldades de interação. Em Uruguaiana e Livramento, por exemplo, a inexistência de fiscalização aduaneira faz parecer que a conurbação das cidades com a fronteira uruguaia e argentina gere a integração entre elas. Mas ao contrário, a preocupação dos governos com os problemas da região tomam diretrizes diferenciadas. O mesmo acontece em São Borja. Praticamente isolada das cidades brasileiras vizinhas [80km da cidade mais próxima], a fronteira de São Borja com a cidade argentina, Santo Tomé, é fiscalizada pela ponte Internacional de Integração Aduaneira, ligando os 16 km que separam o centro de uma a outra. A ponte, que foi inaugurada em 1997 no governo FHC, é fruto

das negociações para a facilitação do MERCOSUL, que na época c o n s i d e r o u i m p o r t a n t e todo percurso das fronteiras n a s r e l a ç õ e s

Política

Page 17: Revista Singular

comerciais. A criação da ponte internacional em São Borja x Santo Tomé, no entanto, trouxe , assim como nas grandes cidades, uma relação de desenvolvimento somente entre os centros. Além disso, o investimento na construção da ponte não

proporcionou, contudo, as condições básicas para o desenvolvimento social – que é o objetivo da integração. O último projeto de desenvolvimento e integração, relacionado ao programa da Faixa de Fronteira, que atendia

às áreas básicas do desenvolvimento social [saúde, educação e economia], foi conveniado pelo Ministério da Integração com a prefeitura de São Borja em 2001. De lá para cá, os investimentos do Governo Federal com o desenvolvimento

Page 18: Revista Singular

EncontroSecretário da saúde, Jeferson Homrich, reunido com a secretária da educação Ana Claúdia Gattiboni.

fronteiriço na cidade foram restritamente à área dos transportes. Projeto de desenvolvimento social, econômico e de qualidade de saúde

Em abril de 2000, a prefeitura de São Borja assinou o convênio de Desenvolvimento Social, econômico e de qualidade de saúde com Ministério da Integração, aceitando que, com R$ 506.264,40 recebidos do Ministério poderia atender, no período de 1 ano, às três áreas.Em junho de 2001 o projeto acabou. Desde então, as áreas correspondentes ao projeto continuam na mesma designação anterior ao Programa. Segundo a atual Secretária da Educação, Ana Claúdia Gattiboni, não há nenhum projeto ou continuação do projeto por parte do Ministério da Integração no que diz respeito à área da educação. Para Gattiboni, o projeto, que

não deixou vestígios na parte educacional, teria maior atuação na parte de assistência social, assim como o PROJOVEM, outro projeto de âmbito federal. A secretária afirma desconhecer as ações do Ministério da Integração Nacional no município, principalmente, no segmento da educação. E completa dizendo que “os projetos referentes à área da educação na cidade são do MEC, e o projeto mais próximo de integração com a fronteira que São Borja possui na área da educação, é o da Escola Intercultural Bilíngüe de Fronteira”, um sistema de intercâmbio em que, dentro de uma periodicidade mensal, professores brasileiros e professores argentinos visitam as escolas participantes do sistema e fazem uma aula expositiva. Outra área também sancionada pelo projeto, a secretaria de saúde, responsável pelo que se entende de qualidade de saúde, também não

possui vestígios ou resultados expressivos quanto à integração ou desenvolvimento da fronteira. O secretário de saúde, e atual vice-prefeito de São Borja, Jeferson Homrich, desconhece qualquer referência do Ministério da Integração com as questões de saúde e qualidade vida na secretaria. “Quanto à saúde e o ministério de integração não temos nada.” Homrich diz ainda, que os investimentos em saneamento e controle de epidemias vindas da fronteira, partem do Projeto de Controle de Epidemias e Saneamento do Ministério da Saúde. Vale ressaltar, que as diferenças administrativas entre os municípios vizinhos também impedem a preocupação com o controle das doenças entre as cidades. Enquanto a secretaria de saúde de São Borja se preocupa com o controle de epidemias provenientes dos animais [como a leshimaniose, a toxoplasmose, a dengue]

Política

Page 19: Revista Singular

o ministério da saúde em Santo Tomé se preocupa apenas com as questões emergenciais no atendimento médico. Segundo Jefferson Homrich, a verba recebida para a execução do projeto é “ um grão de areia no deserto”, pois não atende nem a metade das condições de saneamento do município. Homrich diz que o maior problema na integração das fronteiras atualmente não é resolvido pelo Ministério da Integração e sim pelos próprios Ministérios. Cada Ministério faz o investimento correspondente à sua área e estimula projetos de âmbito exclusivamente nacional, o que acaba inibindo as questões fronteiriças nos municípios como São Borja. “Os municípios de fronteiras precisam de um aporte maior”, um sistema que integre o serviço público para a população,

conclui Homrich. Na área de desenvolvimento social o atual secretário de planejamento, Orçamento e Projetos tem outro parecer sobre o projeto. Mesmo não estando no governo em que o convênio foi assinado, Léo Tatsch, diz ter conhecido o projeto do Ministério da Integração por parte dos representantes da Comissão Gaúcha, que na época, lutavam pela faixa de fronteira. Para o secretário o investimento “num projeto de desenvolvimento social, econômico e de qualidade de saúde, vem desde a questão de estrutura, educação, saúde, questões fito-sanitárias, econômicas, aduaneiras entre outras.” O secretário concorda com o Deputado Antunes quando este diz não existir recursos que visam melhorar a faixa de fronteira. “Os ministérios que mais recebem [verbas] são o ministério da educação, o ministério das cidades e o ministério de transportes”, ressalta. Mesmo com a falta de recursos para a fronteira, Léo Tastsch afirma que a integração é uma questão cultural. “Em Santana do Livramento que tem uma fronteira seca, de livre acesso, as pessoas não costumam passar além da área do comércio. E de fato não existe uma integração, por exemplo, não é comum ver jovens argentinos festejando com jovens brasileiros. Não é comum

ver médicos brasileiros trabalhando junto com médicos argentinos.Mesmo existindo uma fronteira livre, MERCOSUL, ainda existe uma rejeição. As leis não se ajustam entre os países da fronteira.” Por isso, a integração do contrabando acontece nas cidades de fronteiras. “É interessante pensar que as drogas conseguem passar pela fronteira, mas alimentos não passam”, lembra o secretário.A falta de integração entre os países vizinhos, perto da não integração entre os municípios com o Governo Federal, parece apenas uma sombra dos projetos de desenvolvimento entre os países da América Latina. Léo Tatsch conclui dizendo que “existem apenas duas integrações, uma por cima e outra por baixo. Relação de integração mesmo, é com a Dilma e a Cristina, Brasília e Buenos Aires. Mas a integração do povo não existe”. Muito menos a integração entre governos. Sobre o destino do projeto, nenhum dos responsáveis pelas principais secretarias envolvidas soube responder.

“O projeto mais próximo de

integração com a fronteira que São

Borja possui na área da educação, é o da Escola Intercultural

Bilíngüe de Fronteira.”

Ana Claúdia Gattiboni, secretária

da Educação.

“Quanto à saúde e o Ministério da Integração, não temos nada.”

Jeferson Homrich,

secretário de Saúde.

Singular > 21

Page 20: Revista Singular

Educação

No período do vestibular, muitos jovens têm sérias dificuldades na escolha do

curso para o qual concorrer. Aqueles que nunca pensaram numa profissão,

seja por falta de incentivo familiar ou ainda

por não terem encontrado suas aptidões, são os

principais interessados no fluxo que leva o

mercado de trabalho. No entanto, o que será

que estes jovens esperam de suas vidas

profissionais? Na hora de escolher

a profissão, o que fala mais alto:

o dinheiro, a facilidade do

mercado, ou a vocação?

Page 21: Revista Singular

Por Aline Sant’ Ana

Quando Ana Beatriz Nunes, de 17 anos resolveu se

matricular no maior curso pré-vestibular da cidade, a única coisa que lhe passava pela mente era os 11,13 cadidatos/vaga no curso de Engenharia Ambiental da UFRGS. Beatriz, cujo o objetivo de vida sempre fora ter prestígio profissional maior do que seus pais tiveram, não pensou duas vezes ao escolher o curso que melhor se adequava ao bom momento econÔmico do mercado de trabalho. As intermináveis reclamações do pai professor de matemática e o constante mau-humor estampado no rosto da mãe auxiliar-administrativa, foram os fatores decisivos para sua escolha. Em 2009, quando completou o ensino médio, Beatriz ainda não sabia ao certo para qual curso prestaria vestibular. A menina de notas medianas e um talento inegável para os esportes só

tinha certeza do que não queria: “Nada de sala de aula!”. Foi então, que os famosos testes vocacionais entraram em ação. O primeiro a lhe recomendar os auxílios dos “infalíveis testes” foi seu amigo – e já decido profissionalmente – Alan Loureiro, 17 anos, que por garantia de seus dons físico-matemáticos resolveu se arriscar na Fisíca – com ênfase em nanotecnologia. Para Alan, os testes vocacionais sempre foram uma forma de confirmação para o que ele já sabia. Os resultados alternavam minimamente entre o campo das biomédicas e as exatas, o que para o estudioso

“ Eu sou filha de pessoas frustradas profissionalmente,

em função do dinheiro. Então, não tem por que eu continuar esta

frustração.”

Ana Beatriz Nunes

filho de advogados bem-sucedidos, não fazia grande diferença, pois gostava de ambas as àreas. Beatriz e Alan estudaram o Ensino Médio juntos e agora irão tentar, pela segunda vez, o vestibular para a maioria das Universidades Públicas do Estado. Segundo os próprios adolescentes, a insistência no vestibular para as faculdades gratuitas é a garantia da qualidade de ensino e, principalmente, da credibilidade dessas instituições no mercado de trabalho. “No final das contas, o que conta é se iremos ou não conseguir firmar nossas carreiras no mercado, não é mesmo?

Page 22: Revista Singular

“ As pessoas estão aos poucos mudando sua visão (...) Isso ao mesmo tempo

tem feito com que as pessoas enxerguem novas direções até mesmo para

incentivar os filhos”.

Eliani SchmidtCoordenadora Pedagógica

As universidades públicas, para mim, são as que melhor desempenham esse papel de dar uma boa base para o profissional entrar no mercado”, comenta Beatriz.Já Alan, confiante na aptidão humana para o trabalho, aposta que independente do lugar de formação, o que conta é a qualidade do profissional e sua vocação para o serviço. “Isso não é uma questão de mercado. É uma questão de vocação, se você é bom ou não no que faz.”

Mesmo com opiniões contrárias, os amigos Bia e Alan retratam o quadro de quase todos os jovens em fase de escolha profissional, ficando sempre divididos pela tríade mercado, vocação e dinheiro. Essas escolhas, no entanto, carregam o fardo da realização profissional e da felicidade sugerida por ela. De acordo com a Coordenadora Pedagógica do Pólo de EAD (Educação à Distância) situado no Grupo de Estudos Profº Roberto –

o mesmo no qual Bia e Alan estudam – Eliani Schmidt, a carga da responsabilidade profissional está pairando cada vez mais cedo na vida dos jovens. Em São Borja, por exemplo, a visão dos adolescentes sobre o mercado de trabalho tem acompanhado a constante evolução econômica da cidade, que para Eliani, justifica porque os jovens tem se preocupado tanto com os novos cursos em vigência. “As pessoas estão aos poucos mudando sua visão. Até porque estão conhecendo mais, estão tendo mais situações de divulgação que mostram que existem outros cursos além dos voltados para a área agrícola ou pecuária ou na área do direito, que é a tradição aqui. Isso ao mesmo tempo tem feito com que as pessoas enxerguem novas direções até mesmo para incentivar os filhos, pois até então o que acontecia era : ah, eu vou fazer o mesmo que o meu pai fazia.”Para o professor do Instituto Federal Farroupilha, Glaucio Fontana, um novo

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perfil de jovem em fase de vestibular surge a cada mudança tendenciosa na economia. “Está claro que com todo nível de informação e conhecimento a cerca do monstruoso teste que é o vestibular, essa nova geração Z tenderá pelo que é mais cômodo e mais vantajoso para si. É uma geração acostumada com a facilidade. As próprias vocações são descobertas em função desta facilidade. Afinal, onde o jovem descobre sua vocação [ou a falta dela]? Na escola, evidente. E o que as escolas estão fazendo para incentivar essa vocação? Mandando os jovens para

os cursos pré-vestibulares. E lá a tendência é óbvia!” Em contrapartida, a pedagoga Eliani explica que toda instituição que envolve educação, mesmo que não seja propriamente a escola, tem a função de equilibrar o lado humanizador e o lado logístico na hora de incentivar as escolhas dos alunos. Para ela, a questão da maturidade é o que, na verdade, impulsiona a escolha pela vocação ou pelo dinheiro. “O jovem hoje está preocupado em ser feliz também e não apenas em ganhar dinheiro com o trabalho que ele vai exercitar a partir de uma formação(...) Ele quer se

dar bem, ele quer trabalhar bem e ele quer ganhar bem. Então entra como variável a maturidade que vai auxiliá-lo, com certeza(...).” O caso de Alan parece estar bem próximo do exemplo dado pela Pedagoga. Mesmo jurando ter escolhido seu curso em função da vocação, o adolescente admite se preocupar com as oportunidades no mercado de trabalho, e confessa que o incentivo salarial na área da Física não é empolgante. “Resolvi procurar uma área mais específica dentro da Física, que me desse maiores perspectivas salariais e oportunidades melhores.” Diante da afirmação, Bia logo se manifesta: “Acho hipocrisia! De qualquer modo você estará agindo em função de dinheiro e em função do mercado. Isso tudo é apenas uma forma mais branda de impor uma vontade mercadológica.” função do que virá depois da realização profissional. “Uma coisa completa a outra”, afirma ele. “Além do mais, podemos ver

“Essa nova geração Z tenderá pelo que é mais cômodo e mais

vantajoso para si.”

Prof. Glaucio Fontana

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nos bons exemplos de profissionais, que mesmo quando a coisa não anda legal para o seu lado, o teu gosto pelo trabalho, compensa”, ressalta. Na visão de Bia, tudo

depende de que tipo de incentivo o adolescente recebe ao longo de sua formação. “Eu sou filha de pessoas frustradas profissionalmente, em função do dinheiro.

“Escolhi Física com especialização em

Nanotecnologia, pois é uma forma de aliar o que eu

quero [física] e o mercado de trabalho.”

Alan Loureiro

Então, não tem por que eu continuar esta frustração (...) A questão da vocação conta sim, mas eu tenho que olhar principalmente o que eu quero (...) no momento o que eu quero é uma profissão que me dê prestígio e dinheiro.” Após mais duas revidadas e contra-argumentações tanto de um, quanto de outro, os dois chegam à conclusão sob quais influências os jovens baseiam suas escolhas– na família e na formação educacional. Mesmo assim, o consenso adquirido pelos amigos só foi chegado a partir da seguinte proposição: o que você quer realmente lhe fará feliz na hora do aperto salarial, na falta de oportunidades ou no desprazer com ambiente de trabalho? Para essa pergunta, Bia e Alan tem até o final do ano para responder.

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O Grupo de Pesquisa História da Mídia foi fundado em março de 2007 e reúne pesquisadores e alunos no interesse em mapear a história dos veículos, das pessoas que fizeram e fazem a história da imprensa no Brasil, pontuando-se nas regiões de abrangência da Universidade Federal do Pampa, iniciando suas atividades pela região de abrangência do Campus

São Borja.