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Revista Sancho Notícias nº 22 dezembro de 2011 Escola Secundária D. Sancho I, Vila Nova de Famalicão

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Page 1: Revista Sancho Notícias nº 22
Page 2: Revista Sancho Notícias nº 22

S a n c h o N o t í c i a s n . º 2 2

Mudam-se os Tempos 4Entre o Passado e o Futuro 8Tempo para o Diálogo 11Tempo de Mudança 12Tempo de Solidariedade 18Tempo de Ser Saudável 20Tempo para Imaginar e Refletir 22Tempo para as Línguas 25Tempo para a Matemática 29Tempo para o Desporto 30Associação de Estudantes 32Tempo de Natal 33

FICHATÉCNICA:

TÍTULO Sancho Notícias

[email protected]

PROPRIEDADEEscola Secundária D. Sancho I

PRESIDENTECAPAntónio Pereira Pinto

REDAÇÃOCarolina Martins

Paula AzevedoHelena TorresLiliana Cunha

DESIGNGRÁFICOEstefânio Lemos

DATADEPUBLICAÇÃODezembro de 2011

NÚMERO22

PERIODICIDADEQuadrimestral

TIRAGEM1000 Exemplares

DISTRIBUIÇÃOGratuita

MORADAAvenida Barão da Trovisqueira

4760-126 V. N. de FamalicãoTel: 252 322 048

Fax: 525 374 686http://www.esds1.pt

E-mail: [email protected]

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Sancho Notícias

E d i t o r i a l

Nota RedatorialEste número da Sancho Notícias dá particular destaque às memórias, realizações e projeções dos nossos alunos e ex-alunos, assim como dos demais membros da comunidade escolar. A todos eles agradecemos a empenhada colaboração e partilha, desejando-lhes mudanças de sucesso. Dirigimos particularmente palavras de apreço e agradecimento ao prof. Filipe Pereira pelas diligências desenvolvidas no sentido de obter ajuda financeira para a nossa revista.A elevada quantidade de artigos enviados foi motivo de regozijo para a equipa. Contudo, por limitações de espaço, não foi possível publicar a totalidade dos trabalhos.Desejamos a todos BOAS FESTAS!

“Mudam-se os tempos…” falamos hoje de mudança , mas certamente saberão quem é o autor deste paradigmático soneto, afirmação que profiro de forma singe-la, porque poeta não sou, efetivamente. Pois, pois, refiro-me a Camões, poeta que falou de mudança, da mudança que muitos dos portugueses da altura ambiciona-vam, vergados ao jugo atroz da dependência, da miséria. Hoje, como no séc. XVI, a mudança associa-se à aventura de quem nada tem a perder, aos sonhos desfeitos e reconstruídos de quem, com teimosia e persistência, continua a acreditar num mundo melhor. No passado, essa ânsia de mudança levou os portugueses à desco-berta de novos mundos, porque ousaram ir “para além da Taprobana”, porque en-frentaram o pior dos seus medos, o desconhecido. Na altura, como hoje, disseram: “seja o que Deus quiser!”. Há dias, o Fado, que canta a saudade e o sentimento, a tristeza e o amor, a nostalgia e o destino nem sempre compreendido e muitas vezes aceite por associação ao fatalismo dos amores incompreendidos e definitivamente perdidos, foi eleito património imaterial da humanidade. O Fado chora o passado, mas, se estivermos com atenção, facilmente entenderemos que, nos acordes finais, há ali um grito de revolta contra o fatalismo e a desistência. Hoje, tal como no tempo sofrido de Camões, temos homens e mulheres preparados para dizer “basta”, para dizer “é hora de mudar de vida”. É tempo de nos lançarmos à descoberta de “novos mundos” como o fizeram os nossos navegadores. É hora de “meter na gaveta” o sebastianismo e procurar, vencendo a inércia do conformismo, a “ilha dos amores”. É hora de mudança, “não podemos ignorar”, porque “vemos, ouvimos e lemos!”.Se não estivermos preparados para mudar, se vivermos do saudosismo, estaremos a esquecer que o papel da escola, hoje mais do que nunca, é preparar os jovens para empregos que “ainda não existem”, como afirmou Silberman. Se não esti-vermos capacitados para aprender e consequentemente mudar, seremos “triturados” neste mundo altamente competitivo, muito pouco ético, individualista e pouco solidário. Por isso, não esqueçamos que a educação é uma proposta para toda a vida e para levar muito a sério.Falando mais prosaica e menos metaforicamente em mudanças, em janeiro, teremos novas instalações no Bloco A, mu-daremos a biblioteca para um espaço provisório, nomeadamente, para o bloco de Educação Física, estaremos muito mais próximos da conclusão das obras. Em janeiro/fevereiro, teremos, também, a maioria dos problemas resolvidos no que respeita às instalações de Educação Física. Assim a vontade de Deus e o querer dos homens o permitam!Toda a Direção da Escola deseja à Comunidade Educativa um santo e feliz Natal e um Ano Novo que potencie e realize todos ou, pelo menos, alguns dos nossos desejos, sem esquecer que vivemos num mundo em transformação, num pro-cesso dialético que nos trará, estou certo, um mundo melhor e mais humano.

O Presidente da Comissão Administrativa ProvisóriaAntónio Pereira Pinto

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Sancho Notícias

Mudam-se os Tempos ...

Consulto as mais recentes estatísticas e descubro, pasme-se o leitor, que hoje somos já 10568656 portugueses, o que cor-responde a, grosso modo, uns espantosos 77 pontos percen-tuais acima do número de pessoas que há 100 anos assinava com nacionalidade portuguesa. De facto, desde 1911 a popu-lação tem sofrido um aumento inusitado, que se manteve nas décadas seguintes, com raros períodos de recessão demográ-fica; de resto, poderíamos mesmo dizer que, desde essa altu-ra, Portugal não parou de crescer demograficamente.Atualmente, a população portuguesa regista uma taxa de natalidade de 9,4‰, encontramo-nos aquém da média eu-ropeia, uma realidade bem diferente de 1970, período em que o mesmo indicador se posicionava nos 20,8‰, acima dos valores europeus assinalados àquela data. Que se passou desde então? Esta quebra acentuada dos nascimentos deve-se, há que esclarecer, a uma série de condicionantes ilustra-tivas da realidade socioeconómica portuguesa: a emigração acentuada das fações mais jovens da população e posterior envelhecimento da população residente; o casamento tardio e o aumento das taxas de divórcio; a emancipação da figura fe-minina; a maior disponibilidade de infor-mação e planeamento familiar; e, como não, a crise económica. Torna-se, assim, necessário que façamos a seguinte refle-xão: avaliando o progresso do nosso mo-delo demográfico e o comportamento da taxa de natalidade, chegamos à conclusão, prematura, de que uma inviabiliza a outra – um crescimento populacional deveria, à partida, estar associado a um aumento do número de nascimentos, da mesma maneira que uma quebra da natalidade deveria constituir um fator de decréscimo da população. Contanto que assim seja, esquecemo-nos de que Portugal é um país progressivamente envelhecido, com um índice de envelhecimento que em 2001 atingia os 102,2%! Note-se que a esperança média de vida de um indivíduo de nacionalidade portuguesa atinge quase os 80 anos, dados de 2009. Há 50 anos atrás, esperava-se que o mesmo português sobrevivesse até aos 64 anos…A metamorfose do país ultrapassa, contudo, as fronteiras da demografia e manifesta-se igualmente noutros planos da es-fera nacional: o mundo laboral é, por sinal, um desses casos. Saiba o leitor que um dos maiores flagelos sociais (o desem-prego) tem testemunhado, de há dez anos para cá, uma evo-lução crescente praticamente contínua. Ainda assim, estudos demonstram uma evolução significativa em termos salariais. Em 1985, um trabalhador português por conta de outrem au-

feria um rendimento médio mensal de 170,5 euros! Vinte e cinco anos volvidos, estima-se que esse rendimento tenha evoluído para uma média de 1035 euros mensais, e, de uma forma genérica, aumentado em todos os setores de atividade, com exceção da «administração pública, defesa e segurança social obrigatória», funções que conheceram uma diminui-ção do seu salário mensal a partir de 2004. A título de curio-sidade, e porque, como comunidade educativa, trabalhamos a matéria-prima da economia nacional, saiba-se que, pre-sentemente, o setor da «eletricidade, gás e água» constitui, lado a lado com as «atividades financeiras e de seguros», a atividade económica de maior rendimento mensal – um tra-balhador por conta de outrem que desempenhe uma função laboral subordinada a um destes ramos de atividade poderá esperar receber um rendimento médio superior a 2200 euros mensais – falamos de mais do dobro daquela que é a expec-tativa de rendimento a nível nacional… Decerto, o quadro ficaria incompleto se ao conjunto de mu-

danças não se aliassem as transforma-ções ocorridas no conjunto do Ensino em Portugal. Pretendo, neste caso particular, salientar dois aspetos sumamente impor-tantes. Em primeiro lugar, saiba-se que a distribuição dos níveis de escolarização é hoje totalmente diferente do que acon-tecia em anos anteriores: o nível de ins-trução revelava, em 1961, uma taxa bru-ta de 70,2% -, hoje, o mesmo indicador posiciona-se acima dos 127%; após o 25 de Abril, o 1º ciclo dominava os escalões da escolaridade e o ensino superior não

era mais que uma classe residual; atualmente, sabemos que o 3º ciclo ocupa um lugar preponderante na distribuição da escolarização, da mesma maneira que o ensino superior é hoje muito mais representativo. O segundo ponto em análise surge na sequência deste crescimento, em termos de proemi-nência, da educação de alto nível: estatísticas evidenciam, nos últimos 15 anos, e apesar das variações do mercado de trabalho, semelhanças entre as escolhas dos estudantes por-tugueses – ver gráfico.Daqui se conclui que nem tudo em Portugal se transforma ao ritmo acelerado que carateriza a existência contemporânea. Conquanto assim seja, entenda-se que a urgência de polí-ticas reformadoras não é caso de pouca monta, antes uma condição indispensável à vida pública, e determinante para o processo evolucionista. Outros, porventura, dirão, e com igual justiça, alicerce fundamental à construção do edifício do Progresso.

Retrato de um País Diferente...André Pedrosa, turma 1106

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5A Difícil Arte da Mudança...Domingos Manso, prof. de Filosofia

Mudam-se os Tempos...

As coisas mudam, mas nós não mudamos assim tanto. Os políticos vão e vêm, os decretos fazem-se e desfazem-se, as escolas fecham e reabrem, os jovens vêm e vão, mas nós aqui estamos, agarrados às nossas convicções, às nossas práticas, à nossa inércia. «Estamos presos àquilo que somos.» E somos puros, teimosos, brilhantes, casmurros, simpáticos, ardilosos, honestos, ingénuos, resistentes, dogmáticos. Tantas virtudes e tantos defeitos. E, é claro, os outros veem mais facilmente os nossos erros do que as nossas virtudes. Para criticar, não falta quem, para elogiar, nin-guém. Mas nós também temos dificuldades em aceitar os nossos defeitos, as nossas falhas, as nossas limitações. Quando alguém nos avalia, seja pelo ser seja pelo fazer, em silêncio pensa-mos: “Como se atreve?” “Quem é ele(a) para dizer do valor daquilo que faço ou não faço?” “Que sabe ele(a) daquilo que sou e sinto?” Talvez toda esta resistência seja cultural, tal-vez toda esta rejeição seja do medo em falhar, talvez toda esta objeção seja de nos julgarmos mais do que aquilo que somos. Não sei, mas que despendemos muito da nossa energia cria-tiva e colaborativa nestas confusões da mudan-ça, é um facto. E, agarrados à nossa causa jus-ta, metemo-nos em batalhas morais, jurídicas e políticas, numa conflitualidade sem fim, numa frenética ação pelos nossos interesses, que cau-sa mais inércia do que mudança. A partir de certa altura, a escola deixa de ser entendida como uma federação de instituições ou órgãos que trabalham por um mesmo fim, e passa a ser encarada como uma federação de interesses. E tudo isto porque alguém ousou dizer “Olha, afinal não és assim tão bom!”Dirão, é fácil falar desse pedestal. É fácil, quando não és tu o pre-judicado. É fácil, quando não és tu o mal avaliado. Continuamos a não admitir o contrário do pressuposto de que partimos, ou seja, a possibilidade de as coisas não terem corrido tão mal como julgam, a possibilidade de as diferenças de valor se manterem, se outra fos-se a avaliação, a possibilidade de não se andar assim tão longe da verdade como se julga. Gritante injustiça! Digam-na, divulguem-na e pedagogicamente corrijam-na. Mas não se demitam das vossas responsabilidades. Apesar de todas as injustiças do mundo, conti-nuamos a ter que responder por aquilo que fazemos, por aquilo que somos e por aquilo que transmitimos. Não foi porque perdemos 5% no vencimento do ano transato que deixamos de trabalhar; não foi porque perdemos metade do subsídio de natal que deixamos de preparar aulas; não foi porque perdemos os subsídios de natal e de férias dos anos vindouros que deixamos de fazer e corrigir os testes dos alunos; não foi porque nos obrigam a trabalhar cada vez mais que deixamos de apoiar os nossos alunos; não foi porque nos impuseram uma avaliação burocrática e subjetiva que deixa-mos de avaliar os alunos. É claro que, de cedência em cedência, muita da força motivacional se perde. É claro que este discurso de relativização serve mais os poderosos do que os todos os outros. É claro que há limites para esta lógica sacrificial. Porque, senão, um

dia, dizem-nos: Choras, porque te cortam no vencimento?! Con-tenta-te, que ainda tens emprego. Choras, porque perdes regalias?! Contenta-te, que há quem não as tenha. Choras, porque perdeste o emprego?! Contenta-te, porque ainda tens saúde. Choras, porque sem pão morrerás?! Contenta-te, porque ainda há céu e esse será o teu reino. É óbvio que há limites.Teremos com a avaliação passado esses limites? Foram postas em causa as virtudes próprias do poder de quem manda e avalia? «A

sinceridade em oposição à falsidade, ao fingimento, à intriga, à calúnia, à hipocrisia. A objetividade: a capa-cidade de avaliar sem se deixar in-fluenciar pelos preconceitos e pelas maledicências. A força de ânimo, que o torna sereno e lúcido mesmo nos momentos mais difíceis. A humilda-de, que é a capacidade de ouvir os outros e de admitir e corrigir os pró-prios erros. A coragem, necessária para tomar decisões difíceis e assu-mir as responsabilidades inerentes. A generosidade, que é a capacidade de pensar nos outros, no seu bem-estar, de se dedicar, de se entregar dando o exemplo. Por fim, a justiça, a difícil arte de escolher verdadeiramente os

capazes, os honestos, os sinceros e de expulsar os desonestos, os falsos, os caluniadores, quem persegue e prevarica os inocentes.» Se todas estas virtudes não foram aplicadas ao seu caso, então grite alto e bom som. Se não, regressemos ao trabalho e ajustemo-nos a este mundo em rápida mudança. O melhor remédio para a tristeza é o trabalho, na falta das outras coisas boas. O mundo é injusto?! Pois é, mas fica menos injusto se eu for justo na minha ação, mes-mo que tenha sido prejudicado. E não se esqueçam: “Face à neces-sidade, todo o idealismo é uma ilusão.”

Mudam-se os tempos...Inês Costa Ferreira, 702

Como aluna do 7º ano, estou a iniciar um novo ciclo escolar e, portanto, um novo ciclo na minha vida.Resolvi mudar de escola, deixando para trás boas lembranças da E.B. 2,3 Júlio Brandão, e experimentar a “nova” E.S.D. Sancho I. Aqui, tudo é diferente! Tenho novos colegas e novos professores. No inicio, tive algum receio de tantas novidades, mas foi uma decisão que tomei no final do ano letivo anterior e, portanto, há que olhar para a frente, o futuro!Até agora, tem sido muito bom, acho que me adaptei depressa e com facilidade.Espero manter-me cá “ só” mais 6 anos… parece tanto tem-po!!!

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6 Mudam-se os Tempos...

O Papel Fundamental da Tecnologia na Educação…Jorge Pinto e Sara Machado, turma 1209

Hoje em dia, é notável o papel imprescindível da tecnologia nas escolas. Os ma-nuais deixam de ser a única opção de estudo e o papel deixa de ser o único suporte de entrega/recolha de informação; passa a ser usado paralelamente com o suporte informático, cada vez mais desenvolvido nos dias de hoje. Pode dizer-se que o computador foi uma invenção que só veio facilitar a comunica-ção e a procura de dados de esclarecimento ou curiosidade e, além disso, ajuda tam-bém na preservação de documentação por tempo indeterminado. Com estes planos, será abrangida uma maior área de pesquisa, em vez do recorrente (e já considerado um pouco antiquado) uso exclusivo de livros para recolha de informação.Para além do enorme número de informações fornecidas, a internet é a parte deste mesmo ramo que mais facilita o trabalho de quem procura dados específicos nos mais diversos temas.

Por outro lado, a tecnologia (em especial a internet) vem limitar o interesse da comunidade escolar pela procura afundada de determinado tema ou assunto, visto que é visível que a rede global nos fornece tudo o que procuramos à distância de um clique, sem grande procura ou esforço da parte de quem pesquisa. Outra das consequências que pode ser vista como negativa é o facto de, em especial os alunos, terem preguiça para trabalhar a informação, pois esta vem elaborada de forma estruturada e precisa, sem necessidade de qualquer modificação, facto que não permite a interro-gação e uma aprendizagem consciente. Apesar de tudo, é impossível dizer que conseguimos viver

sem tecnologia, já que parte da nossa vida, tanto escolar como pessoal, depende dela para simples atos, desde a entrega de um trabalho até à partilha de informação com garantia a ser vista por todos, uma vez que já não há ninguém que não adira à mudança/ avanço dos tempos.

A Escola Secundária D. Sancho I, em colaboração com a “Acreditar” e com a PT, instalou um sistema de videocon-ferência numa sala de aula para que uma aluna, impossibi-litada de se deslocar à escola, possa acompanhar as ativida-des letivas a partir de casa. Alguns dos seus professores, na componente não letiva, têm vindo a proporcionar-lhe um acompanhamento domiciliário. A funcionalidade informática agora instalada constituirá uma mais-valia e permitirá que, se necessário, os alunos possam acompanhar as aprendizagens da turma à distância.

Aulas por Videoconferência na D.Sancho

Dia Mundial da FilosofiaAlunos das turmas 1002 e 1101

No dia 17 de novembro, comemorou-se, na nossa escola, o Dia Mundial da Filosofia. Para assinalar esta data, criámos objetos que simbolizam o que define a Filosofia: o amor pela sabedoria, a procura constante, o interesse pelo que se coloca ao Homem como enig-mático, o respeito pelos valores universais, o reconhecimento da necessidade imperiosa de uma atitude ética e, entre muitas outras características, a urgência de uma postura filosófica numa sociedade, muitas vezes, dogmática.

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Sancho Notícias

7 Mudam-se os Tempos...

Diferentes Gerações na Escola...Resolvemos auscultar três pessoas representativas de três gerações diferentes que partilham algo em comum: a passa-gem pela D.Sancho. Para tal, contámos com a colaboração de dois alunos do 7.º ano que questionaram os seus familiares em relação à sua experiência dos tempos de escola. São alunos da turma 702, nomeadamente, o Nuno Silva Pinheiro, que entrevistou a sua avó, e o aluno Guilherme Pereira Pinheiro, que entrevistou o seu pai. Como representante da expe-riência atual, ouvimos a aluna Inês Costa Ferreira da mesma turma. A todos, os nossos agradecimentos por colaborarem connosco, tornando possível a elaboração do quadro que a seguir se apresenta.

Identificação Manuel Araújo 52 anos

Paulo Pinheiro43 anos

Inês Ferreira12 anos

Ensino obrigatório até .. 4.º ano 9.º ano 12.º anoFrequenta/frequentou a escola porque…

Queria adquirir formação para obter melhor emprego.

Tinha ambições profissionais. O meu objetivo foi concluir com sucesso um curso profissional. Na altura, este tipo de formação era muito procurado nesta escola.

Adquirir novas aprendizagens para garantir um futuro melhor.

Caraterização da rela-ção professores/alunos

Não era uma relação tão próxima como atualmente. As palmadas de régua eram uma medida cor-retiva muito frequente na escola primária.

Considero que havia, por parte dos professores, uma preocupação constante em motivar e cativar os alunos.

Os professores desenvolvem uma relação próxima com os alunos, o que facilita a aprendizagem. São simpáticos e nota-se que gostam de ensinar.

Principais materiais/ equipamentos utilizados na sala de aula

Os mesmos de hoje, com ex-ceção dos computadores.

Essencialmente os livros, embora se usassem também os retroprojetores.

Além do quadro, manual e caderno, também são usados os equipamentos informáticos.

Atividades complemen-tares

Dedicava-me exclusivamente aos estudos e ajudava nos trabalhos de casa

Não me dedicava a nenhuma atividade complementar, ou melhor, ajudava em casa e auxiliava os meus irmãos mais novos na realização dos seus trabalhos de escola.

De momento, não me dedico a nenhuma atividade.

Como experiência posi-tiva, destaco…

O bom ensino ministrado nesta escola

Com trabalho e esforço ter conseguido melhorar os meus resultados escolares.

Tudo aquilo que já aprendi e os amigos que criei.

Como experiência nega-tiva, destaco…

Rigidez dos auxiliares e de alguns professores.

A minha primeira opção tomada no 10.º ano. Tratava-se de uma área com a qual não me identificava.

Até ao momento, não tenho nada a registar.

Ranking das Escolas

No passado mês de outubro, foi divulgado o ranking das escolas face aos resultados obtidos nas provas de exame realizadas em junho de 2011. Em relação ao ensino básico, a Escola Secundária D.Sancho I, num universo de 1283, obteve o 115º lugar (média de nível 3.04), tendo conseguido o segundo melhor resulta-do a nível concelhio. A nível distrital, a nossa escola posicionou-se em 7.º lugar.Quanto ao ensino secundário, tendo em conta os oito exames com mais alunos inscritos (Português; Matemática A; Biologia e Geologia; Física e Química A; Geografia A; His-tória A; MACS; Economia A), num universo de 609 escolas a nível nacional, a Escola Secundária D.Sancho I conseguiu a posição número 128, com uma média global de 10,9 valores. Das 31 escolas secundárias públicas existentes no distrito de Braga, a nossa posicionou-se em 5.º lugar. Considerando apenas o concelho de Vila Nova de Famalicão, a posição é a primeira. O sucesso de uma escola é, obviamente, determinado pela conjugação de diversos fatores: meio sócio-económico, área geográfica, condições pedagógico-didáticas, empenho dos alunos, dos professores, da família. Será, pois, importante que cada elemento da comunidade escolar assuma efetivamente o seu papel com responsabilidade e dedicação para que, à saída da escola, os alunos tenham desenvolvido as competências desejadas a nível de educação, formação e preparação para a vida.

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Sancho Notícias

8 Entre o Passado e o Futuro...

Informação… Exames… Resultados… Muitas dúvidas… Uma decisão… Ansiedade… e, finalmente, chega o aguar-dado e tão famoso “e-mail do GAVE” com o resultado do concurso nacional de acesso ao ensino superior. O resulta-do, se positivo, seja ele a nossa primeira opção ou não, dita o nosso futuro próximo. Após as emoções subsequentes, a questão que se coloca é a seguinte: cheguei até aqui, entrei no ensino superior…e agora?A minha curta experiência na faculdade (pouco mais de um mês) permite-me já afirmar que representa um amplo conjunto de mudanças a nível académico e pessoal. E, a par disso, começam logo as decisões relacionadas com a procura de habitação ou de transporte adequado.Uma vez dentro da faculdade, sentimos as mudan-ças mais visíveis: um horário de “trabalho” muito superior, o grau de exigência, sem sombra de dú-vidas, maior. Há um aumento da quantidade de matéria (fa-cilmente é abordada numa semana a quantidade de matéria que seria abordada num mês no secundário). Deixa de haver trabalhos de casa e passa a haver trabalho em casa. Quero com isto dizer que é necessário e se sente naturalmente a necessidade um estudo contínuo, diário (estudar apenas nas vésperas torna-se impensável), sério e verdadeiro (é neces-sário ser crítico para refletir em cada momento se estamos realmente a interiorizar algo ou se é preferível parar e estu-dar noutra altura). Outro aspecto prende-se com a organização da faculdade. Haverá espaço para tirar dúvidas, mas haverá aulas somente de exposição teórica, contrastando com aulas práticas, em diferentes modalidades (trabalho de laboratório, discussão de matéria…). Em algumas avaliações, a nível das escolhas múltiplas, terás oportunidade de assinalar mais que uma op-ção, mas cada errada desconta ao que já se obteve. Por outro lado, a relação professor-aluno não é a mesma do secundá-rio. Pelo menos nas teóricas, dentro da mesma disciplina, existem vários professores cuja preocupação em relação à aprendizagem dos alunos (pelo menos demonstrada clara-mente) não vai além da exposição da matéria para dezenas ou centenas de pessoas que não conhecem. No entanto, é essa mesma a filosofia da universidade: tornar os alunos independentes e capazes de se adaptarem num mundo em mudança. Por isso, o caminho é trilhado pelos alunos e a instituição universitária é um veículo de certificação dessa aprendizagem, recorrendo para isso à apresentação sucinta do conhecimento por parte de um especialista na área e reali-zando avaliações. Daí que, na aula seguinte, se pressuponha

Mudam-se os Tempos, Mudam-se os Desafios. Tu És a Constante...Daniel Dias, ex-aluno do Curso de Ciências e Tecnologias

já que os alunos tenham feito uma apropriação pessoal da matéria – estudando a partir das diversas fontes disponíveis e expondo dúvidas nos espaços próprios - e possam usar os conhecimentos da aula anterior como base para a nova aula. Num domínio mais subjectivo, mas igualmente importante, há a referir a falta que se sente da presença dos colegas de se-cundário, mas, simultaneamente, fazem-se novas amizades. É importante aprendermos a conhecer-nos cada vez melhor para podermos tirar o melhor partido do estudo e conseguir

equilibrar o estudo, o descanso e a diversão, to-mando opções e estabelecendo prioridades. Estas são as principais dificuldades com que nós, vindos do secundário, nos deparámos, pelo que te aconse-lho a que comeces desde já a trabalhar a gestão do tempo e a aproveitá-lo com os teus amigos.Em termos de formação, a D. Sancho I preparou-me para estar ao nível de outros alunos de todo o

país que estão no meu curso. Todavia, mais importante do que isso, é o maior legado que a D. Sancho deixou em mim - a sensação de que já fui capaz de trilhar um caminho, ca-minho esse só meu, com sucesso, tendo feito amigos para a vida. Lembram-se da questão inicial … e agora? Pois bem, para ser sincero, é uma questão à qual ainda estou a tentar dar res-posta, creio que não a obterei definitivamente a curto prazo. A universidade é o futuro, uma meta por conquistar, um ca-minho por desbravar, uma aventura para viver… tu, cons-tante neste mundo em mudança, aceitas abraçar “de alma e coração” este desafio? Força, então. Há uma universidade à tua espera…

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9Cursos Profissionais… Perspetivando FuturosCarolina Fonseca, ex-aluna do Curso Técnico Profissional de Análises Laboratoriais

Entre o Passado e o Futuro...

É com muito orgulho que afirmo ter feito parte desta escola, instituição de credibilidade, con-fiança e respeito. Frequentei o Curso Técnico Profissional de Análises Laboratoriais, o qual me “abriu duas portas”: a possibilidade de ingresso no mercado de trabalho e a possibilidade de prosseguir para o ensino universitário. Optei pela segunda via e posso afirmar que a formação profissional que adquiri facilitou imenso o meu ingresso na universidade, pois saímos do secun-dário muito bem preparados, principalmente no que diz respeito à componente prática. Depois de ter finalizado o curso nível III, entrei para um Curso de nível IV, o qual me permitiu o acesso direto à licenciatura. Dos três anos que estudei na D. Sancho, gravo na memória algumas experiências de aprendiza-gem, das quais destaco o ter conhecido imensas organizações! Tivemos bastantes visitas de es-tudo, a todo o tipo de empresas, o que permitiu a concretização do que falámos na teoria. Adorei tudo o que passei e vivi! Faz parte da vida de estudante ultrapassar e vencer os problemas que vão surgindo, eu consegui ultrapassar os obstáculos com a ajuda dos dedicados professores que orientaram o meu processo formativo. Recorrendo às palavras de Camões: “Do mal ficam as mágoas na lembrança / E do bem, se algum houve, as saudades”, posso afirmar que são insignificantes as “mágoas” que me ficaram na “lembrança”, mas do “bem” guardo muitas sauda-des. Tenho saudades de tudo e de todos… Saudades dos professores. Saudades das amizades que fiz, que foram amizades para a vida, independentemene do caminho de cada um de nós. Saudades do cheiro da chuva quando caía na janela do labora-tório (Que frio!!!!!). Saudades do cheiro do bar... Enfim, saudades de pormenores que ficaram guardados numa caixinha preciosa e que sabe tão bem recordar! Para terminar, manifesto a minha singela homenagem a todos os profissionais e amigos que, de algum modo, contactaram direta ou indiretamente comigo nos três anos que frequentei a D. Sancho.

Na hora em que vos escrevo, penso em todos os que se encontram em momentos de mudança. E tal como o poeta dizia, no seu saber de palavras e dores feito, “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades/ muda-se o ser… Todo o mundo é composto de mudança”, também em todos nós as alterações se processam, umas vezes de forma agradável e estimulante, outras agressiva e dolorosa-mente. São os processos de crescimento físico e mental que ininterruptamente nos vão moldando, pensamentos e corpos, para nos tornarmos homens e mulheres conscientes dos nossos deveres, dos nossos objetivos, das nossas riquezas, das nossas pobrezas, da nossa força e da nossa fragilidade. Na hora em que vos escrevo, vós, alunos que mudastes de ciclo de estudos, sentis que estais já num outro patamar da vossa vida, que estais mais próximos daquilo por que tanto ansiais. E vós, colegas e agentes de educação, vedes mais um ano que começa e cuja mudança está, também mais uma vez, nas vossas mãos e no vosso coração.Nesta hora em que vos escrevo, a última como presidente do conselho geral e também como docente desta nossa escola

em transformação, chegou, para mim, o momento de mudança, um momento que abraço ao mesmo tempo com alegria e tristeza. A alegria de um dever cumprido, ao qual devotei trinta e oito anos de vida; a tristeza da partida, do deixar os amigos que criei nesta escola e que me ajudaram (e ainda ajudam) na superação de dificuldades, na ultrapassagem dos escolhos com os quais sempre nos deparamos.Nesta hora em que vos escrevo, com os olhos baços de saudades, quero deixar-vos o desejo profundo de que sejais Muito Felizes e o meu Muito Obrigada por terdes estado presente em mim.

Mudança...Alzira Serra, Presidente do Conselho Geral

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10 Entre o Passado e o Futuro...A Mudança em Nome de um Sonho…João Veloso, ex-aluno do Curso de Ciências Socioeconómicas

Deixei a Escola Secundária D. San-cho I para frequentar um curso de representação na ACT- Escola de atores, que se situa em Lisboa, mais precisamente em Alcântara. Após a realização dos exames nacionais, fo-ram muitos os momentos de ansieda-de e de incerteza: concursos, entre-vistas, interpretações de improviso,

provas das competências no âmbito da representação, enfim, até que chegou o dia em que, efetivamente, soube que tinha conseguido entrar neste curso em Lisboa. Optei pelo mesmo em nome de um sonho há muito traçado, ou melhor, um ob-jetivo de vida que incansavelmente lutarei por atingir. Está a ser um desafio incrível, apesar de toda a responsabili-dade que ele acarreta, pois fui forçado a ser completamente autónomo, o que me torna, a meu ver, mais adulto e mais ciente de todas as dificuldades da vida diária. O curso tem uma vertente extremamente sensitiva, o teatro é uma urgência e a representação é o presente. Tenho a honra de poder trabalhar com nomes sonantes do mundo do teatro e está a ser uma experiência muito gratificante e exigente. Contudo, estou ciente de que ainda tenho um longo cami-nho a percorrer, pois a área da representação é inesgotável, é sempre possível fazer mais e melhor.Neste momento, já surgiram algumas oportunidades de tra-balho, algumas das quais remuneradas, mas, essencialmente, tenho que me sujeitar a diversos trabalhos voluntários.Agora que estou na capital, as oportunidades para ver uma peça de teatro são uma constante e sinto que aqui estão reu-nidas as condições para conseguir realizar objetivos a que me propus. Contudo, Vila Nova de Famalicão e a Escola D. Sancho estão-me no coração. Se consegui chegar aqui, tam-bém a ela o devo. Nessa escola, passei momentos bons e inesquecíveis … a minha memória regista, essencialmente, os amigos que levo para a vida, são eles a grande muleta para triunfarmos na vida. Os colegas de turma e escola são sempre muito importantes, pois é com eles que partilhamos os momentos da nossa vida, e eu tive a sorte de fazer bons amigos nesta escola e na minha turma, amigos esses com os quais também tenho a sorte de continuar a vivenciar expe-riências. Os professores também são parte integrante e mar-cante desse percurso escolar, pessoas com as quais, tenho a certeza, posso contar; muitas vezes, deixam de ser apenas nossos professores e passam a ser nossos amigos. É claro que também vivenciei momentos menos bons, mas, como afirma um dos heterónimos de Fernando Pessoa, “Para se poder ser natural…/ nem tudo é dias de sol”. É quando o sol

falta que nós mais o valorizamos e acabamos por encontrar forma de ultrapassar os obstáculos que a vida nos vais reser-vando. Em jeito de conclusão, mudam-se os tempos, mudam-se os objetivos, mas o sonho permanece...

Avaliação Interna da Escola: A Esco-la como Organização Aprendente…Lúcia Sousa, Coordenadora da Avaliação Interna

A avaliação interna, ou autoavalia-ção, da escola é obrigatória de acor-do com o Lei nº 31/2002 e consiste “num processo pelo qual uma esco-la é capaz de olhar de forma crítica para si mesma com a finalidade de melhorar posteriormente os seus re-

cursos e o seu desempenho” (Alaíz et al, 2003). Na sequência do trabalho desenvolvido pela Comissão de Avaliação Interna e das dificuldades sentidas, a Escola Se-cundária D. Sancho I candidatou-se ao Projeto de Avaliação em Rede (PAR), da responsabilidade da Universidade do Minho, tendo sido selecionada. O PAR surgiu da necessida-de de formação dos responsáveis pelo desenvolvimento de dispositivos de autoavaliação de escola e da criação de uma rede de partilha de experiências que quebre o isolamento que ainda persiste no seio das escolas e pretende criar comunida-des de aprendizagem que proporcionem o desenvolvimento de aprendizagens significativas reveladoras de uma escola de qualidade. Para tal, é necessária a conceção de um proje-to, no qual toda a comunidade educativa possa encontrar um conjunto dos pressupostos de partida, de metas desejadas e dos passos que se devem dar para alcançar tais metas, pro-porcionando, assim, as aprendizagens necessárias à melho-ria e à eficácia da escola. De acordo com estes pressupostos, a Comissão de Avaliação Interna procedeu à elaboração do seu projeto de autoavalia-ção, o qual contempla um grupo de focagem, grupo consti-tuído por vários elementos da comunidade educativa, e terá o apoio de amigos críticos, elementos externos à escola, da equipa de coordenação do PAR. Para além disso, irá partilhar, com outras escolas da comu-nidade PAR, as suas dúvidas, os seus instrumentos e as suas experiências, pois a escola aprende quando aceita olhar para lá dos seus muros, procurando hipóteses, paradigmas e es-tratégias noutras organizações e noutros campos sociais, expondo-se, tal como é, ao olhar exterior (Perrenoud, 2002).

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11 Tempo para o Diálogo...Entre o Passado, o Presente e o Futuro…Os jovens redatores Pedro Vilhena e Vítor Fernandes da turma 1110 resolveram questionar professores, alunos e funcioná-rios em relação às perspetivas que têm do presente, passado e futuro.

Enrevistados Do passado de que sente mais falta?

O que é que alteraria no Presente?

O que é que mais anseia para o futuro?

D. Maria Manuela (Funcio-nária do bloco B - Piso 0)

Bom, da minha juventude, de não ter responsabilidades.

A maneira de pensar das pessoas.

Um emprego seguro e que os po-líticos parem de nos pedir mais

sacrifícios.

D. Maria do Carmo (Funcio-nária da Papelaria) Daquilo que mais sinto falta

do passado é da educação e do saber estar, não só por

parte jovens, mas das pessoas em geral.

No presente!?Além da educação, o civismo; hoje em dia, não se pensa no ambiente, em cuidar da natu-

reza…

Anseio um futuro melhor. Presentemente, não está muito animador, nem para os alunos, nem para os trabalhadores…

Professor Francisco (Educação Física) Sinto falta de paisagens mais

verdes, de menos betão, de quando as crianças podiam brincar na rua sem qualquer tipo de problemas, ou seja,

mais contacto com a natureza, mais respeito pelo ambiente,

fundamentalmente isso…

No presente, alteraria uma série de coisas que têm a ver com alguma evolução social, que,

na minha perspetiva é negativa; faria com que determinados tipos de valores fossem mais

defendidos e que cada um pensasse bem no que, de facto,

é bom para si.

O que eu mais anseio para o futuro é que haja saúde e que as pessoas tenham consciência de que a vida é um percurso rápi-do, pelo que não interessa estar a alterá-lo muito; deve haver

respeito por toda a gente e a vida deve ser vivida como cada dia

fosse o último.Professora Anabela Maciel (Informática)

Da vida de estudante, dos convívios e da juventude. Os políticos.

Bem, espero que consigamos superar esta crise, evitar a fome

e outros flagelos sociais…

Marta Machado (Aluna 1214)

Da minha infância, de quando era uma criança, pois era

verdadeiramente feliz.

Nada, eu sinto-me feliz assim como sou. Acima de tudo, ser feliz.

Rita Duarte (Aluna 1214)

Sinto falta das poucas preocu-pações que tinha.

Se pudesse, mudava de curso e emigrava.

Poder ter uma vida à minha maneira, com o meu próprio

sustento, conseguindo realizar os meus objetivos.

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Tempo de Mudança...

Mini Europe Projeto Europeu de JuventudeIsabel Costa, Coordenadora do Projeto

No passado mês de setembro, de 1 a 14, quatro alunos da Escola Secundária D. Sancho I participaram num pro-jeto europeu de juventude, ação 3.1., em cooperação com vizinhos europeus, sob a coordenação da Associação de Danças de Folclore de Amasya (HOYTAD), na Turquia. Participaram também associações/escolas da Rússia, República Checa, Polónia e Montenegro.O projeto procurou estabelecer uma colaboração entre equipas de professores e estudantes dos países participantes, com o intuito de criar uma cidade da paz coabitada por diferentes culturas europeias, promovendo o intercâmbio e a tolerância interculturais. Os jovens embaixadores da paz tinham como principais objetivos partilhar os seus tesouros e heranças nacionais, mostrar e divulgar os seus valores culturais, entre outros. Do extenso programa de atividades e reuniões de trabalho, constaram visitas culturais, receções pelas entidades locais, nomeadamente da Câmara e da Universidade, bem como uma vasta cobertura dos media locais. Também se organizou uma noite cultural, onde cada país participante deu a provar aos restantes algumas iguarias típicas dos seus países.O produto final do projeto consistia na construção, em maqueta, da cidade da paz, onde se reproduziram modelos em miniatura de monumentos, igrejas/mesquitas, casas típicas, pontes, etc, características de cada nacionalidade. Desta miscegenação de estilos arquitetónicos, formas e culturas, resultou uma maqueta inovadora e única. Parale-lamente, o convívio diário e contínuo, a troca de ideias, tradições e hábitos entre todos os participantes deu corpo e alma à cidade projetada na maqueta, tendo-se edificado momentos interculturais bastante enriquecedores e ímpares, contribuindo para a diversidade cultural, a inclusão e a cidadania europeias, não esquecendo a criatividade posta em cada trabalho realizado.Em jeito de conclusão, e como forma de avaliação do impacto do projeto nos alunos que nele participaram, fica o comentário pessoal de três dos participantes.

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Catarina Moita, turma 1209

“A ida à Turquia foi para mim uma das experiências mais enriquecedoras que tive até hoje. Em primeiro lugar,

permitiu-me andar pela primeira vez de avião. Foi um longo percurso de estreia, pois a viagem de Portugal até

à Turquia foi muito demorada, cerca de 24 horas em viagem (apesar de não ser todo o percurso de avião). No

entanto, valeu a pena para conhecermos uma cidade tão bonita como Amasya.

Ficamos hospedados num hotel com todos os membros dos outros países participantes no projeto: Turquia,

Rússia, Montenegro, Polónia e Republica Checa. Éramos um grande grupo, com cerca de trinta pessoas, com

culturas muito diferentes da nossa, o que permitiu aprendermos muito sobre os outros países.

Tínhamos o dia preenchido com atividades para nos conhecermos uns aos outros e sobretudo a Turquia. Fomos

visitar os famosos túmulos dos reis de Amasya, um lago, uma barragem, os banhos turcos, mesquitas, entre

muitos outros.

O nosso grande projeto foi fazer uma maqueta em que a paisagem de fundo era a cidade de Amasya e as casas

eram monumentos importantes de cada país do projecto, para simbolizar uma Europa em que todos vivêssemos

juntos e em harmonia. De Portugal, fizemos a torre de Belém e casas típicas da Madeira e de Ílhavo.

O que mais me marcou nesta viagem foi, sobretudo, ter ganho a noção do quanto a nossa cultura é rica, a gas-

tronomia, os nossos costumes… verifiquei que os nossos conhecimentos, de inglês principalmente, conseguem

ser muito superiores aos dos outros países. Esta experiência fez-me dar realmente valor ao nosso país, perceber

o quão grandioso é nestes tempos em que só se ouve dizer mal de Portugal.”

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Tempo de Mudança...

Inês Sousa, turma 1202

“Este projeto levou-nos numa viagem longa e cansativa,

mas, sem dúvida, inesquecível a um país completamente

diferente do nosso. Tanto a alimentação como a religião e,

até mesmo, todo o quotidiano são diferentes daquilo a que

estamos habituados.

A Turquia, em particular Amasya, onde somos esmaga-

dos pela força da natureza que molda aquela região, tem

uma paisagem lindíssima. Este foi o facto que me mar-

cou mais. Claro que nem tudo foi bom e, no meu caso,

foi muito complicado habituar-me à alimentação típica,

o que me fez valorizar, e muito, a cozinha portuguesa.

Foi muito enriquecedor também o contacto que tivemos

com os representantes de outros países, que também nos

deram a conhecer um pouco da sua cultura.

Foi uma grande experiência que espero voltar a repe-

tir noutro país.”

Mini Europe Projeto Europeu de Juventude

Manuel Rebelo, turma 1205“Esta viagem foi uma grande oportunidade para co-nhecer não só a Turquia, como também a cultura Mu-çulmana. Apesar de ter sido difícil comunicar com os envolvidos no projecto, foi bom para estabelecer con-tacto com os turcos e com as outras pessoas de diferen-tes nacionalidades que estavam presentes no âmbito do projeto. Em relação à cidade, era, sem dúvida, riquíssi-ma em termos paisagísticos, com belas montanhas que a rodeavam. Os habitantes eram muito hospitaleiros, o que fez com que fosse fácil realizar este projeto. É no-tável o esforço dos turcos para entrarem na União Eu-ropeia. Apesar de distante, Portugal é visto como um grande país pelos turcos, não só pelo futebol, mas tam-bém pelas laranjas. Foi uma excelente experiência.”

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Voluntariado na Hungria Catarina Moita, turma 1209

A organização YUPY, que promoveu uma palestra na nossa escola sobre solidariedade, permitiu-nos embarcar numa viagem fantástica à Hungria que decorreu de 21 a 29 de outubro. Foram nove dias cheios de novas experiências que nos marcaram para a vida. Os temas do projeto All Inclusive tinham que ver com exclusão e inclusão social, tema que se re-velou bastante adequado, uma vez que vínhamos todos de países diferentes, com culturas diferentes (Portugal, França, Suécia, Eslováquia e Hungria). Os dias foram preenchidos com atividades divertidas, o que permitiu que temas sérios fossem abordados de forma subtil. Os jogos consistiram numa “missão impossível”, mini representações, workshops (vídeo, stop motion, posters, banda desenhada), muitos deles constituídos por grupos internacionais, o que promoveu a união de todo os elementos. A meio da estadia, visitámos Budapeste. Foi estupendo, tivemos pena de só a termos visi-tado por um dia, pois trata-se de uma cidade encantadora, cheia de recantos fantásticos à espera de serem descobertos. No final desta experiência, todos ficámos com o sentimento de termos feito parte de algo muito especial e desejosos de viver uma experiência como esta novamente.

Tempo de Mudança...14

Meeting na Hungria Artur Passos, Coordenador de Projetos Realizou-se, de 12 a 15 de outubro, na escola Tmo Szent Laszlo Szakkepző Iskolaja Es Kollegium, em Szekszárd, na Hungria, um encontro internacional no âmbito do projeto Strengthening the Orientation from School to Job (SOS), em que a Escola Secundária D. Sancho I esteve representada pela Presidente do Conselho Geral, Alzira Ser-ra, o responsável pelos Cursos Noturnos, Artur Passos, e a coordenadora Maria Antonieta Costa. Neste encontro, os parceiros apresentaram os resultados dos trabalhos desenvolvidos até ao momento e traçaram o rumo das novas tarefas, centrando-se no tema do projeto: “relação entre a escola e o mercado de trabalho no Ensino de Adultos”.

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15 Tempo de Mudança...

A Robótica é uma área multidisciplinar, abrangendo, pelo menos, a mecânica, a eletrónica e a informática, constituin-do um importante setor da engenharia, ao mesmo tempo que estimula a imaginação dos jovens de todas as idades pelas possibilidades de utilização hoje já bastante divulgadas.Este projeto potencia a aplicação de conhecimentos, os quais podem ser desenvolvidos pelos alunos intervenientes em contexto interdisciplinar.Neste sentido, foi criado um clube de robótica, em 2010/2011, que permitiu aos alunos a montagem de sistemas e objetos científicos e experimentais, nomeadamente, carros, barcos, circuitos eléctricos, sistemas de transmissão de movimentos e outros, com recurso à utilização de componentes básicos e energias.A este clube, poderão aderir alunos que estejam interessa-dos em participar construtivamente nas atividades. Estará mais direcionado para os Cursos Profissionais de Técnico de Eletrotecnia, Técnico de Eletrónica e Automação, Técnico de Gestão de Equipamentos informáticos e Técnico de Ele-trónica e Telecomunicações; contudo, está também aberto a alunos do ensino básico e do secundário regular. Poderão obter informações através do site http://www.esds1.pt/moo-dle/course/view.php?id=619 e proceder à inscrição. Deverão efetuar o download da ficha de inscrição que está disponível neste link.

Clube de Robótica da Escola Secundária D. Sancho IFilipe Pereira, Coordenador do Clube de Robótica

Neste ano letivo, o clube será coordenado pelo professor Fi-lipe Pereira, que propôs a constituição do mesmo e fará a seleção dos alunos, e funcionará num local das instalações afetas ao Departamento de Eletrotecnia, em princípio, nas salas C105 e C106.Sempre que necessário, haverá reuniões entre professores e alunos para desenvolver as atividades previstas, em horários a combinar. Horário de Funcionamento a partir de 19/01/2012: Quartas-feiras entre as 16.55h e as 18.30hSexta-Feira entre as 13.30h e as 16.55h

Os alunos poderão participar em concursos nacionais e in-ternacionais nas áreas do Futebol Robótico Júnior, na Busca e Salvamento Júnior e na modalidade de Dança, a nível Se-cundário.Para mais informações, os interessados poderão enviar um e-mail para [email protected], indicando o número de alu-no, a turma e, após esse envio, serão contactados para falar com o responsável pelo clube de robótica.Participa e diverte-te!

Condições de Funcionamento

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16 Tempo de Mudança...

Dezoito alunos dos cursos profissionais realizarão um estágio de seis se-manas em Barcelona – Espanha.Artur Passos, Coordenador do Projeto

Dezoito alunos finalistas dos Cursos Profissionais vão realizar o seu estágio em empresas da cidade de Barcelona no âmbito do projeto Empowerment - qualificar para o trabalho em contexto europeu. De salientar que este tipo de estágios constitui uma oportunidade de formação privilegiada, pois apenas três escolas secundárias a disponibilizam em Portugal. O grande objetivo deste projeto é integrar os alunos no mundo do trabalho, proporcionando-lhes a possibilidade de o fa-zerem num mercado competitivo e europeu, pois contribui para a formação de uma mão-de-obra mais qualificada e capaz, conhecedora de ambientes multiculturais e com capacidade de integração. Aquando do momento de divulgação deste projeto, os alunos dos Cursos Técnico de Eletrotecnia e Técnico de Automa-ção, Eletrónica e Computadores não manifestaram qualquer interesse em participar nas provas de seleção, pelo que as respetivas oportunidades de estágio transitaram para os restantes cursos. Assim, foram selecionados os alunos dos cursos que a seguir se apresentam.

Curso Técnico de Análises Laboratoriais:Andreia Barroso, Bruna Ferreira, Bárbara Gomes e Bárbara Martins.

Curso Técnico de Conta-bilidade:Ana Fonseca, Hélder Ferrei-ra, Hélder Silva, João Costa, João Dias e Paula Carneiro.

Curso Técnico de Secretariado:Bruna Silva, Cristiana Oliveira, Ma-risa Sá, Sónia Sousa e Tânia Silva.

Curso Técnico de Manutenção Industrial:Luís Silva, Paulo Pinto e Roberto Araújo.

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Tempo de Solidariedade...18

No âmbito da disciplina de Sociologia, três alunos da turma 1208 dirigiram-se ao departamento de ação social da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, onde entrevistaram a responsável pela loja social (Sofia Machado) que, apesar da sua complicada agenda, se disponibilizou a responder às perguntas.

– Em que consiste a ação da loja social e qual o seu objetivo? – A loja social tem como objetivo responder a necessida-des básicas e urgentes da população, é um recurso para responder a situações problemáticas, urgentes e pontuais.

– Há algum processo de seleção? Qualquer pessoa pode aceder a esta ajuda? – Uma pessoa, para ter acesso à loja social, tem de ser encaminhada pelo técnico/assistente social da sua zona. Pretendemos acabar com o facilitismo que existia dantes, época em que se forneciam ajudas sem averiguação. Há, atualmente, uma necessidade de rentabilização dos pou-cos recursos de que dispomos, de modo a satisfazer as necessidades de um número máximo de pessoas.

– Quem recorre normalmente a este tipo de ajuda? – Chegam-nos, normalmente, às mãos casos de famílias estruturadas, com emprego, que, deparadas com um pa-norama diferente, uma situação inesperada (doença, de-semprego, etc.), ficam sem recursos e, por isso, recorrem à loja social. Temos também pessoas que já recorrem aos apoios sociais há bastante tempo e que não conseguem sair desta situação de carência.

– Como é que a população pode contribuir para a loja social? - A Loja social está aberta a todo o tipo de donativos. Aceitamos alimentos, roupa, mobiliário, livros, basica-mente tudo o que quiserem dar. Procuramos aqui no de-partamento organizar campanhas de recolha de alimentos junto dos hipermercados e da população em geral. Temos os hipermercados que, por vezes, doam alimentos e parti-culares que todos os meses se dirigem à loja e doam, por exemplo, 6 litros de leite ou 2 pacotes de arroz. Os volun-tários procuram depois fazer a triagem de todos os bens entregues na loja e armazená-los.

– Como funciona a Loja Social em termos de pessoal? – Eu trato da gestão da loja, mas as pessoas que estão lá a receber os utentes são voluntários. Procuramos ter sempre dois voluntários por período, de modo a que um esteja no armazém a organizar os bens e outro esteja a receber os visitantes.

– Qualquer pessoa pode fazer voluntariado? – Qualquer pessoa pode ser voluntária, tendo de, para o efeito, inscrever-se no banco de voluntariado. Essa inscri-ção é feita, acedendo ao site do banco local de voluntaria-do de Famalicão, recebendo seguidamente uma formação específica. A partir daí, os inscritos são informados sobre qualquer ação em que seja necessária a sua ajuda.

Organismos de Resposta à Pobreza em Vila Nova de FamalicãoAna Sofia Sá, Daniel Pereira e Sara Ribeiro, turma 1208

– Como se procede à identificação das pessoas selecio-nadas/encaminhadas pelo técnico social? – É entregue ao utente uma ficha de candidatura à loja social, preenchida depois pelo seu técnico social. O vo-luntário só fornece os recursos à pessoa, mediante a apre-sentação dessa mesma ficha, que serve apenas para uma utilização, numa situação pontual.”

Projeto de Voluntariado Helena Gomes e Cláudia Matos, turma 1210

No âmbito da disciplina de Área de Integração, orientados pela professora Luisa Andrade, resolvemos desenvolver um projeto relacionado com Banco Alimentar Contra a Fome. Grande parte da turma abraçou o desafio e pensou na forma de motivar as pessoas para ajudar esta organiza-ção. Passámos a fazer a recolha de alimentos, acreditando que, com esta iniciativa, estamos a ajudar quem precisa. Pelo prazer que dá dedicarmos um pouco do nosso tempo aos outros, ficámos muito sensibilizados para continuar-mos a fazer voluntariado nesta área e não foi obstáculo para nós a frequência de uma ação de formação inicial, a qual foi desenvolvida pela associação “YUPI”. Com esta formação, ficámos mais esclarecidos e foi-nos possível escolher a área em que queremos ajudar, fazendo volun-tariado. Continuamos a dar voz ao lema : “Hoje por eles, amanhã por ti”.

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19 Tempo de Solidariedade...

Pobreza Interior...Catarina Oliveira e Raquel Carvalho, turma 1208

A pobreza, este mal das sociedades que é sempre tão cri-ticado e amaldiçoado, acaba por atingir o ar que respira-mos: até o ar é pobre e não há quem o conteste. Não há uma definição explícita, universal, exata e verídica do que realmente é a pobreza, pois cada um é rico à sua maneira e pobre sem se aperceber. Se calhar, este problema (como uma doença congénita) está no interior de cada um, dado que ninguém é perfeito … se não se for rico de humildade, é-se pobre de tanta falta de riqueza. A nosso ver, a riqueza não se mede pelo capital que temos no banco, nem pelo carro estacionado à porta da nossa casa, nem pelas férias extravagantes, cujo custo dava para matar a fome a centenas de famílias… interrogamo-nos, então, será isto riqueza ou pobreza de espírito?Em pleno século XXI, perante um planeta que se guia pelos ideais de liberdade, igualdade, onde está a fraterni-dade? Assistimos todos os dias a criminalidade, exclusão social, egoísmo, desagregação da sociedade… neste âm-bito, somos realmente ricos, oh se somos!Concluímos, então, que a maior pobreza vem de dentro e o maior egoísmo vem da falta de riqueza interior. A maior riqueza é o amor ao próximo e este nunca é em excesso, aliás, presentemente, o balanço é negativo... “Mudam–se os tempos, mudam –se as vontades”, portanto, é sempre tempo de lutarmos contra esta doença característica dos tempos que correm, o “materigoísmo”, cujos sintomas se prendem com o materialismo e o egoísmo. Talvez não seja uma miragem a possibilidade de vivermos num mundo de igualdade…

Sou voluntário do Banco Alimentar Português con-tra a fome há cinco anos. Aderi a esta tão nobre cau-sa através da catequese. Inicialmente, propuse-ram-me uma experiência temporária, mas foi tão gratificante que decidi tornar-me voluntário assíduo em todas as campanhas. O Banco Alimentar Português contra a fome é uma orga-nização portuguesa sem fins lucrativos que sai à rua duas vezes por ano, uma perto do Natal e a outra perto da Páscoa.Esta organização socorre-se de voluntários para a recolha de alimentos e organização dos mesmos em armazém .Durante a recolha, as equipas são distribuídas por super-mercados. Antes de começar a trabalhar, o voluntário deve preencher a folha de presença e vestir a camisola que a si se adequa, ou seja, existem camisolas de duas cores, a branca e a azul. O chefe de equipa veste a camisola azul, os demais vestem a branca.O voluntário deve ter uma clara noção do que será ou não correto fazer, por exemplo: não deve usar o telemóvel ou comer com a camisola vestida, para não dar uma má imagem quer à equipa quer às pessoas, deve estar sempre com um sorriso aberto e, por mais vontade que tenha de, às vezes, se rir ou de responder” torto” a respostas do tipo: “vai pedir ao Sócrates!”, não deve fazê-lo. As atitudes do voluntário farão com que as pessoas gostem ou não de ter ajudado a nossa causa.Na fase de armazém, as carrinhas com os alimentos vão che-gando, as sacas são passadas para uma caixa bastante grande e são pesadas para, no final, se fazer uma comparação com o ano anterior. De seguida, os alimentos passam por um tapete rolante para serem devidamente organizados.Apesar de ser um trabalho sério e, por vezes, cansativo, não deixa de ser bem divertido e uma boa maneira de passar o dia. Porém, mais importante é o facto de nos sentirmos úteis, sentirmos que de alguma forma “matamos a fome” a muita gente, a sensação de dever cumprido é, sem dúvida, indes-critível.Deixo aqui um apelo a todos os que queiram participar. Ve-nham trabalhar connosco! Precisamos de mais braços e sor-risos! Basta estar atento ao facebook do Banco Alimentar, ver quando são as campanhas e inscreverem-se no respetivo website.

Voluntário do Banco Alimentar!Tiago Silva, turma 1110

Campanha de Recolha de BensOs alunos das turmas 1207, 1208 e 1209, no âmbito da disciplina de Sociologia, assinalaram o Dia Internacio-nal para a Erradicação da Pobreza (17 de outubro), com o objetivo de mobilizar a comunidade educativa para a luta contra a pobreza. Para o efeito, alguns dos trabalhos realizados estiveram expostos no átrio da Escola, tendo sido efetuada, entre 17 de outubro e 5 de dezembro, uma campanha de recolha de bens (alimentos, roupas, calçado, brinquedos, …) para ajudar as famílias mais carenciadas do concelho.Os bens angariados serão distribuídos pelas lojas sociais existentes em V.N. Famalicão. Os alunos responsáveis pela iniciativa agradecem a colaboração de todos os que contribuíram para que haja um pouco mais de alegria no Natal de algumas famílias carenciadas.

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Tempo de Ser Saudável...20

Consciente de que uma alimentação saudável é um fator de extrema importância na proteção da saúde e no bem-estar individual, a equipa de Educação para a Saúde des-ta escola assinalou, mais uma vez, no dia 17 de outubro, o Dia Mundial de Alimenta-ção com atividades que visaram essencialmente a promoção de hábitos alimentares saudáveis. Neste sentido, organizou e levou a cabo uma exposição, no átrio da es-cola, com esclarecimentos relativos à roda dos alimentos e alguns conselhos sobre alimentação saudável; colocou, na página da escola, um PowerPoint sobre mitos e factos acerca da alimentação; este PowerPoint, assim como outro sobre alimentação saudável e mini vídeos sobre alimentação saudável do programa PASSE, passaram durante todo o dia no plasma do bar. Alunos da turma 1110 colaboraram na montagem final dos PowerPoint’s.A turma 903, curso CEF empregado de mesa/bar, orientada pela docente Susana Ribeiro, organizou e levou a cabo um lanche saudável com fruta laminada, sumos naturais e batidos de fruta, servidos, nos intervalos da tarde, no bar da escola.

Dia Mundial da Alimentação 16 de outubroLurdes Oliveira, Coordendor do Clube de Saúde

O que é?A Roda dos Alimentos é uma imagem ou representação gráfica que ajuda a escolher e a combinar os alimentos que deverão fazer parte da alimentação diária. É composta por 7 grupos de alimentos de diferentes dimensões, os quais indicam a proporção com que cada um deles deve estar presente na alimentação diária.O que nos ensina?De uma forma simples, a Roda dos Alimentos transmite as orientações para uma ali-mentação saudável, isto é, uma alimentação completa: comer alimentos de cada gru-po e beber água diariamente; uma alimentação equilibrada: comer maior quantidade de alimentos pertencentes aos grupos de maior dimensão e menor quantidade dos que se encontram nos grupos de menor dimensão, de forma a ingerir o número de porções recomendado; uma alimentação va-riada: comer alimentos diferentes dentro de cada grupo variando diariamente, semanalmente e nas diferentes épocas do ano.Como se utiliza?Diariamente, devem comer-se porções de todos os grupos de alimentos.O número de porções recomendado depende das necessidades energéticas individuais. As crianças de 1 a 3 anos devem guiar-se pelos limites inferiores e os homens ativos e os rapazes adolescentes pelos limites superiores, a restante população deve orientar-se pelos valores intermédios.

Roda dos Alimentos

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21 Tempo de Ser Saudável...

SAL E PRODUTOS SALGADOSA quantidade de sal ingerida por dia deve ser inferior a 5g. A melhor forma de satisfazer esta recomendação é, não só moderar o consumo de produtos salgados, mas também substituir o sal por ervas aromáticas (aipo, alecrim, alho, cebolinho, coentro, estragão, hortelã, louro, oregão, salsa, …) e especiarias (açafrão, baunilha, canela, caril, colorau, noz-moscada, …) na preparação e confeção de alimentos. Esta é uma boa forma de adicionar sabor e realçar a cor aos alimentos.

MANTER UM PESO SAUDÁVEL Seguir as recomendações da Roda dos Alimentos e pra-ticar atividade física moderada e regular é fundamental para a obtenção de um peso corporal saudável.

A equipa de Educação para a Saúde, mais uma vez, assi-nalou o Dia do Não Fumador (17 de novembro). Assim, levou a cabo uma exposição de cartazes no átrio da esco-la e organizou a passagem de diapositivos, em formato PowerPoint, durante todo o dia, no plasma do bar. Estas atividades tiveram como finalidades alertar para os male-fícios do tabaco e, principalmente, expor as vantagens de não fumar ou de deixar de fumar.

Dia do não Fumador

O QUE É UMA PORÇÃO? POR DIAquantas porçõessão necessárias?

Cereais e derivados, tubérculos 4 a 111 pão (50g)1 fatia fina de broa (70g)1 e 1/2 batata - tamanho médio (125g)5 colheres de sopa de cereais de pequeno-almoço (35g)6 bolachas - tipo Maria / água e sal (35g)2 colheres de sopa de arroz / massa crus (35g)4 colheres de sopa de arroz / massa cozinhados (110g) Hortícolas 3 a 52 chávenas almoçadeiras de hortícolas crus (180g)1 chávena almoçadeira de hortícolas cozinhados (140g)Fruta 3 a 51 peça de fruta - tamanho médio (160g)Lacticínios 2 a 31 chávena almoçadeira de leite (250ml)1 iogurte líquido ou 1 e 1/2 iogurte sólido (200g)2 fatias finas de queijo (40g)1/4 de queijo fresco - tamanho médio (50g)1/2 requeijão - tamanho médio (100g)Carnes, pescado e ovos 1,5 a 4,5Carnes / pescado crus (30g)Carnes / pescado cozinhados (25g)1 ovo - tamanho médio (55g)Leguminosas 1 a 21 colher de sopa de leguminosas secas cruas (ex: grão de bico, feijão, lentilhas) (25g)3 colheres de sopa de leguminosas frescas cruas (ex: ervilhas, favas) (80g)3 colheres de sopa de leguminosas secas / frescas cozinhadas (80g) Gorduras e óleos 1 a 31 colher de sopa de azeite / óleo (10g)1 colher de chá de banha (10g)4 colheres de sopa de nata (30ml)1 colher de sobremesa de manteiga / margarina (15g)

AÇÚCAR E PRODUTOS AÇUCARADOSRefrigerantes, bolos, chocolates, compotas, rebuçados e outros doces são exemplo de alimentos especialmente ri-cos em açúcar. O consumo deste tipo de alimentos deve ser feito, preferencialmente, no final das refeições, e a sua ingestão não deve ser diária mas, sim restrita a ocasiões festivas.

BEBIDASEmbora a água seja a melhor bebida para satisfazer a sede, pode também recorrer-se a outras bebidas que não conte-nham adição de açúcar, álcool ou cafeína.Os sumos de fruta naturais e os chás sem cafeína (camo-mila, cidreira, limão, tília...) são exemplos destas bebidas.O consumo de bebidas alcoólicas é totalmente desaconse-lhado a crianças, jovens, grávidas e aleitantes.Com moderação, e a acompanhar as refeições, a maioria dos adultos podem consumi-las sem risco.

A não esquecer...

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22 Tempo para Imaginar e Refletir…

Quem Ama Acredita (Nicholas Sparks)Lurdes Silva, turma 1208

A maior parte das pessoas não gosta de ler; eu tenho uma opinião formada quanto a isso. Primeiro, dizem-no para manter uma qualquer categoria social; segundo, os pais não lhes criaram o hábito de ler (o que é uma pena); terceiro, não têm qualquer tipo de imaginação e preferem ver os filmes que retratam os livros, no entanto, os livros são bem mais inte-ressantes e têm muitos mais pormenores.Por que é que eu afirmo que não têm imaginação? É simples, ao lermos um livro, se nos embrenharmos nas histórias (como sempre acontece comigo) e se possuirmos esta capacidade, ao mesmo tempo que lemos, visionamos o filme na nossa mente; é como se estivéssemos a ver um filme e não a ler….A minha sugestão é para quem gosta de romance misturado com mistério e drama; retrata a vida de um homem que é jornalista investigador, que investiga de tudo um pouco, até vigaristas e fantasmas, que vai deslocar-se de Nova Iorque para uma pequena vila situada na Carolina do Norte, para investigar um caso, e acaba por se apaixonar por uma bela mulher, que vai mudar a sua vida e tornar o impossível possível.Se não gostas de ler ou nunca leste um livro, experimenta este, tenho a certeza de que gostarás.Lembra-te que um livro é sempre um bom amigo, que te conta histórias incríveis e surpreendentes.

Dez dias que abalaram o Mundo (John Reed)Daniel Pereira, turma 1208

Dez dias que abalaram o mundo é uma obra escrita por John Reed em 1919, que relata, na primeira pessoa, os acontecimentos que deram origem à Revolução Soviética de outubro de 1917, na cidade russa de Petrogrado.John Reed foi um jornalista presente na URSS nesta altura e que, por ser americano, conseguiu relatar os acontecimentos sem o fervor dos comunistas protagonistas desta revolução. Através do seu relato, temos uma poderosa visão das dificuldades e das

injustiças que povoavam a Rússia nesta altura. O livro inclui um comentário inicial do autor redigido alguns anos após esta revolução, já de regresso ao seu país de ori-gem, os EUA. O autor analisa as repercussões dos acontecimentos que presenciou. Após este comentário, encontramos um útil e necessário glossário que permite compreender todos os movimentos e protagonistas políticos participantes nesta revolução, assim como a tradução de certos termos russos encontrados ao longo da obra.A leitura desta obra foi muito interessante para mim enquanto aluno e amante de História, mas penso que será pertinente para qualquer pessoa que queira entender o movimento comunista que ainda vigora, hoje em dia, em certos países sul-americanos e que teve a sua génese nestes tão conturbados momentos.

5. O direito de ler não importa o quê.6. O direito de amar os heróis dos ro-

mances.7. O direito de ler não importa onde.8. O direito de saltar de livro em livro.9. O direito de ler em voz alta.10. O direito de não falar do que se leu.

Os Dez Direitos do LeitorDaniel Pennac, Como um Romance, Ed. ASA, 1992, p. 155.

1. O direito de não ler.2. O direito de saltar páginas.3. O direito de não acabar um livro.4. O direito de reler.

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23 Tempo para Imaginar e Refletir…

Bárbara Machado, turma 1202

Os olhos espelham a dor, o sofrimento, a fome… as sequelas da guerra são muitas no corpo e na mente.As rodas não deixam esquecer aquele dia trágico, em que os faróis se aproximaram a toda a velocida-de e colidiram fortemente contra nós.As luzes, a confusão e o som das sirenes é o que resta na memória. Os bombeiros acorriam em todas as direções com macas, transportando os feridos. Abertos os olhos, por fim, já passado tanto tempo, vejo branco… pergunto-me se estou no céu. Mas, pelo cheiro, rapidamente me apercebo que não, é, afinal, o teto do hospital.As pernas estão imóveis, é como se não existis-sem… acorrem médicos e enfermeiros para dar a trágica notícia: as rodas farão parte de uma nova vida que começa!Tudo fica para trás: as corridas, os bailes, os jogos… agora, chega a dificuldade, a discriminação…É tudo visto de baixo, tudo fica muito maior e mais distante, muitas vezes, tão longe como umas esca-das impossíveis de subir, tão longe como uma porta, cuja maçaneta é inalcançável, tão longe como umas mentes limitadas de mais para aceitar a diferença.Esta é a nova vida que tenho, a Rodinhas faz parte desta nova fase e forma comigo um par. Não a posso tratar mal, afinal, tudo seria muito mais difícil sem ela. Mas esta é a sentença ou talvez a salvação que me fez olhar o Mundo de maneira diferente, dar mais valor aos pequenos pormenores, exultar todos aque-les que têm a coragem para se aproximar e estender as mãos sem pedir nada em troca.É certo que não é fácil, mas lutarei até ao fim, que espero longínquo, pois a esperança será a minha arma e o amor o meu escudo!

Inês Ferreira, turma 702

São 7 da manhã e já me estou a levantar,Na nova escola vou hoje entrar…Tenho muitas novas amigas para conhecer,Mas de aprender não me posso esquecer!

Tenho saudades das outras amigas,Isso eu não posso negar,Mas ,como dizem os antigos,Há sempre tempo para confraternizar!

E aqui estou eu pronta para começar,Certa de que mais tarde poderei afirmarQue valeu a pena de escola mudarE como foi bom aqui estudar!…

“Mudam-se os tempos…”

Guilherme Pinheiro, turma 702

Vem a mudança, vem a mudançaPela idade e pela vidaVem a mudança, vem a mudançaA novas experiências convida... Permanecem os sentimentos, as memórias…Mas logo a novidade aparece.Deixa a vida decorrer,Deixa que tudo isso é crescer. Vem a mudança, vem a mudançaUma nova construção começa,Estações do ano que passamDeixa que a nova vida apareça... Vem, mudança, oh tens de vir!Novos coleguinhas vou fazerHá outros muito mais velhos, mas isso que importa?Nesta nova escola, também vou crescer! A mudança é sempre incertaMas novos sonhos despertaPor isso, deixo o alerta:Vem a mudança, vem a mudança!

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24 Tempo para Imaginar e Refletir…

Como já todos se aperceberam, a nossa biblioteca, este ano, está a funcionar com algumas li-mitações por motivos que já todos conhecem – Intervenção da Parque Escolar na Escola. Mas para descanso de todos, esta fase é temporária e falta muito pouco para podermos usufruir de um espaço que promete ser maior e muito mais confortável. Na nova biblioteca, vai ser pos-sível voltar a consultar materiais, a visualizar filmes e documentários, a procurar um espaço para pôr o estudo em dia…As vontades são muitas para que, ao longo da remodelação da escola, se criem condições alternativas de apoio aos alunos. Assim, a partir de janeiro, a biblioteca passará a funcionar ainda num local provisório, numa das salas do bloco D. Será importante que todos fiquem atentos à divulgação desse novo espaço. Convém não perder o hábito de visitar a biblioteca, ainda que esta não esteja no seu melhor!

Mudam-se os tempos e a biblioteca da nossa escola também.Irene Pereira, Coordenadora da Biblioteca

Projeto “Leitura em Ação”

Equipa Dinamizadora, Isabel Marques, Isabel Marília e

Irene Pereira

Mudam-se os tempos, mas as vontades perduram,

pois a leitura continua em ação ao longo de todo

este ano letivo. O projeto está aí para motivar e

proporcionar a todos os jovens experiências de lei-

tura. No âmbito deste projeto, estão a ser desenvolvidas,

com alunos do 3.º ciclo e do 10.º ano, atividades

de leitura com vista à realização de um fórum no

final do primeiro período. Para além disso, já foi

divulgada informação relativamente ao Concurso

Nacional de Leitura, cuja primeira fase decorrerá

no início do segundo período com o objetivo de

apurar os concorrentes vencedores que participarão

na fase distrital. Se não te inscreveste, ainda estás

a tempo de o fazer. Sem o teu contributo, a Leitura

não entrará “em ação”….

Exposição na BibliotecaNa biblioteca da Escola Secundária D. Sancho I, foi re-alizada uma exposição sobre o escritor/orador, Padre António Vieira. A escolha do tema justi-ficou-se pelo facto de o mesmo ser objeto de estudo dos alunos do 11º ano e, desta forma, pôde funcionar como motivação para a sua abordagem. Esta mostra esteve aberta a toda a comunidade escolar e foi cedida pela Biblioteca Mu-nicipal Camilo Castelo Branco.

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25 Tempo para as Línguas…

Steven Paul Jobs was born in San Francisco, California on February 24, 1955. His biological parents, unwed college graduates Joanne Simpson and Abdulfattah Jandali, had him adopted by a lower-middle-class cou-ple from south of the Bay Area, Paul and Clara Jobs. Young Steve grew up in the southern part of the San Francisco Bay Area in Northern California in the United States. As a boy, Jobs and his father worked on electronics, how to take apart and reconstruct electronics, a hobby which instilled confidence, tenacity, and mechanical prowess.Steve Jobs, the visionary in the black turtleneck who co-founded Apple in a Silicon Valley garage, built it into the world's leading tech company and led a mobile-computing revolution with wildly popular devices. He was an American businessman, computer pro-grammer, inventor and visionary widely recognized as a charismatic pioneer of the personal computer revolution. The hard-driving executive pioneered the concept of the personal computer and of navigating them by clicking onscreen images with a mouse. In more recent years, he introduced the iPod portable music player, the iPhone and the iPad tablet -- all of which changed how we consume content in the digital age.He was co-founder, chairman, and chief executive officer of Apple Inc. Jobs was co-founder and previously served as chief executive of Pixar Animation Studios; he became a member of the board of directors of the Walt Disney Company in 2006, following the acquisition of Pixar by Disney.On October 5, 2011, Jobs died at his home in Palo Alto, California, aged 56, six weeks after resigning as CEO of Apple and after 8 years of fight, when he discovered that he had pancreatic cancer. Steve Jobs is undeniably an extraordinary man by any standard. He has left his mark on no less than five industries: personal computers with Apple II and Macintosh, music with iPod and iTunes, phone with iPhone, and animation with Pixar. The middle-class hippie kid with no college education that he was built a computer empire and became a multi-millionaire in a few years, was fired from his own company before coming back a decade later to save it and turn it into one of the world’s most influential corporations, with millions of fans around the world. He has also contributed to the creation of the new leader in animated movies for decades to come. He has been called a fluke for years, but is now widely acknowledged as one the world’s most eminent business executives and an unrivaled visionary. He changed millions of lives by making technology easy-to-use, exciting and beautiful…

Steve JobsSofia Sá, turma 1206

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26 Tempo para as Línguas…

Betty Naomi Goldstein, best known as Betty Friedan, was born in Peoria, Illinois, on February 4, 1921.She was an American writer, feminist and women’s rights activist. She also took part in Jewish and Marxist movements. Her first book, “The Feminine Mystique”, was published in 1963. It became a best-seller and propelled Friedan to a leadership position in the movement for women's liberation.Besides that she was a founding member of the National Organization for Women, the National Abortion Rights Action League, and the National Women's Political Caucus. Betty Friedan is considered one of the most prominent feminists of the 20th century.She died in Washington, on February 4, 2006, her 85th birthday.

Betty FriedanCatarina Aboim and Sofia Sá, turma 1206

Learning How to Save the Planet!Joana Azevedo and Pedro Peixoto, turma 1102

Recently the human race developed varied mechanisms ca-pable of giving humanity a better life. Although that great evolution changed our life, the environment is suffering the consequences. We all overused natural resources that are now coming to an end.Trying to reduce that bad impact on Earth and to avoid making earth inhospitable, lots of actions are being taken to reverse this catastrophic situation. During our English lessons we watched films, Pow-erPoint presentations and read about terrific environmental disasters, in that sequence we visited an “ETAR” and an “ETRSU”.To clean up wastewater, treatment sta-tions called “ETAR” were created. They treat any water that has been adversely affected in quality by anthropogenic influence. It comprises liquid waste dis-charged by domestic residences, commercial properties, in-dustry, and/or agriculture and can encompass a wide range of potential contaminants and concentrations. These sta-tions main goal is to remove the pollutant materials from water and take them back to the rivers. It all starts with the removal of the waste of big dimensions and then the small

The importance of designer labelsRita Duarte, turma 1214

I think it is important to have a nice presentation and be good-looking but for that we don’t need to spend much money on designer labels. Although they are probably better quality than the others, there are labels which are also good and cheaper. There are some that I especially like but I don’t often buy clothes of those labels because they are too expensive. If you trust yourself and if you have self-esteem, you don’t need to be worried about what others say about what you wear and your true friends will never judge you. Of course, there are people who have very narrow horizons and so they can’t look further than the mirror.

dimension waste is removed by centrifugation.Afterwards, water is submitted to a biologic treatment where bacteria will eliminate the last pollutants such as fats, colour,

etc. Finally, the water has legal conditions to go back to ri-vers without risks to its fauna and flora.We also visited an “ETRSU”, where they separate the solid waste into different sec-tions: paper/card, glass, metal/plastic, batter-ies etc. The materials that don’t fit in any of these sectors go to domestic garbage. Dur-ing the visit, we clarified lots of doubts and had the chance to face the terrible reality of working in such a place and the terrible real-ity of imagining that in the future we may be living surrounded by garbage, just because

we don’t care, we have more important things to do, we have no time, or we are not experts in that area. If you really want to give a hand to save the planet, act, teach all you’ve learned in classes to people around you. Follow the 3 R’s rule, it’s a good way to start. Time has come for us all to take action! Start today!

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Tempo para as Línguas…

My Best FriendFilipa Ribeiro, turma 1009

My best friend is Bruna Costa, she’s 15 years old and she was born in Famalicão. She is a student.Her mother’s name is Maria da Luz and her father’s name is António and she has got a sister called Rita.In her free times she likes being with her friends, reading, watching TV and listening to music. She doesn’t like to play computer games.She is tall and slim. Her hair is curly and black. She has got big brown eyes. She usually wears jeans, T-shirt and training shoes.I really like being around my best friend.

Second LifeTurma 901

Hi! I’m Alex, I’m thirteen and I’m from New Zealand. I’m a lonely boy at school so I joined “Second Life” be-cause I think it’s a way for lonely people to socialize.In “Second Life” I’m Kevin, I’m sixteen years old and I’m from London in England. I’m slim and tall, my eyes are green, my hair is light brown and curly and my skin is white. My avatar is very different from myself, because I think my look is one of the reasons I don´t have any frien-ds at school. In “Second Life” I have many friends, such as Mary, Peter, Daniel, Harry and Amy.I work as a model for a famous clothes brand, which would be impossible in the real life. I have my own house and at night I usually go to a nightclub with my friends to have some fun.“Second Life” is very important to me because it’s a way I can socialize with people that would put me apart in the real life.

Teens and TechnologiesTurma 901

Nowadays, teenagers are so addicted to the Internet that they can’t distinguish the real world from the virtual one. They believe that technology improves their life.When teens are listening to their mp3, or when they are chat-ting with their friends, they abstract themselves from the rest of the world, in a way that they actually become isolated in their small “cyber space”. This behaviour might cause some problems besides destroying their social life, because, al-though they are chatting with their friends, they aren´t face-to-face.In spite of being aware of all these negative aspects, techno-logies also have their positive side. We can use the com-puter to do school work, the IPod to relax and listen to our favourite songs, the television to watch movies and to keep ourselves up-to-date and we can also use the mobile phone to communicate with people in distant places.Concluding, technologies are really useful and facilitate a lot some daily chores, but only if they aren´t used excessively, otherwise technologies can become harmful.

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Le Français continue vivant…Helena Bártolo, prof. de Francês

Mes premiers mots de la langue française :

28 Tempo para as Línguas…

En pleine époque d’hiver, le froid se fait sentir…La tristesse et la mélancolie veulent s’installer,Mais plus forts sont les sentiments comme l’amitié,L’amour et la fraternité desquelles nous devons nous vêtir !Que toutes les personnes ne soient que joie et bonheur,Que le divertissement, la famille et l’unionRemplissent de tout un chacun les cœurs !À bas les mauvais moments, vive l’allégresse et la passion…Un Joyeux Noël et une très belle et bonne Année à tous les membres de notre grande Communauté !

Pour les jeunes apprentis…Bon appétit !

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29 Tempo para a Matemática...8º Campeonato Nacional de Jogos MatemáticosRicardo Costa, prof. de Matemática

Durante o presente ano letivo, decorre o 8º Campeonato Nacional de Jogos Matemáticos, tendo a final lugar a 9 de março de 2012 no Estádio Universitário de Coimbra. Preten-demos envolver os alunos do Ensino Básico e Secundário da Escola Secundária D. Sancho I neste campeonato.A Associação Ludus, a Associação de Professores de Mate-mática, a Sociedade Portuguesa de Matemática e a Ciência Viva promovem este campeonato desde 2004. A atual edição é organizada localmente pela Delegação Regional do Centro da Sociedade Portuguesa de Matemática, em parceria com outras entidades locais.Cada escola pode inscrever somente um aluno por jogo e por nível de ensino. A 1ª fase do campeonato, isto é, a sele-ção dos alunos que irão representar a nossa escola, decorrerá em janeiro e fevereiro. No campeonato, disputar-se-ão os seguintes jogos: 3º Ciclo: Ouri, Hex e Rastos; Ensino Se-cundário: Hex, Rastos e Avanço. Os alunos que estejam in-teressados em participar poderão obter mais informações e esclarecimentos junto do professor Ricardo Costa.

Olimpíadas da MatemáticaHelena Patrão, Isabel Vasconcelos e Cristina Rodrigues, profs de Matemática

Todos os anos, a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) promove a realização das Olimpíadas Portuguesas de Matemática (OPM). Trata-se de um evento em que to-das escolas dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensi-no secundário interessadas podem inscrever-se, propondo e incentivando os alunos a desenvolver o gosto por novos desafios matemáticos. Estas provas têm a duração de duas horas e apresentam vários problemas adequados aos três níveis em que se subdividem: pré-olimpíadas (para os alu-nos do 7.º ano) categoria A (destinada a alunos dos 8.º e 9.º anos) e categoria B (para os que frequentam os 10.º, 11.º e 12.º anos).Além de poder ser uma experiência nova para alguns alu-nos, trata-se de descobrir novos talentos, dando-lhes opor-tunidade de competir a nível nacional com outros colegas da mesma faixa etária, fomentando o gosto pelo raciocí-nio, desenvolvendo capacidades de interpretação de enun-ciados, concentração e aplicação e relação de diversos conceitos apreendidos ao longo do seu percurso escolar.Sob a coordenação do Grupo Disciplinar de Matemática, tendo como responsáveis as professoras Cristina Rodri-gues, Isabel Vasconcelos e Helena Patrão, a 1ª eliminató-ria desta XXX edição as OPM realizou-se a 9 de novem-bro, tendo participado, da nossa escola, 46 alunos, sendo 18 da categoria A e 28 da categoria B. É de salientar que este ano houve um aumento significativo do número de participantes nestas competições. Em 2010, participaram 9 alunos na categoria A e 18 na categoria B. A 2ª eliminatória realizar-se-á no dia 11 de janeiro em es-cola do Concelho a designar e a Final Nacional decorrerá de 22 a 25 de março na Escola Secundária Domingues Sequeira, em Leiria.As classificações dos participantes nas Olimpíadas Portu-guesas de Matemática, não sendo o único critério de sele-ção, são relevantes na composição da equipa portuguesa nas Olimpíadas Internacionais de Matemática e nas Olim-píadas Ibero-Americanas de Matemática, nas quais Por-tugal tem sido dignamente representado. Todos se devem recordar de Miguel Martins Santos, jovem que chegou a Portugal exibindo a sua medalha de ouro (2010-2011).

Engenharia de ilusõesOlhe para o desenho. A barra do meio existe?

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30 Tempo para o Desporto

Na minha prática diária, procuro fomentar no contexto escolar uma mensagem encorajadora, concretamente nas aulas de Educação Física com os meus alunos.Por outro lado, sei, como educadora, que a motivação é crucial para o sucesso escolar, particularmente aquela que advém do impulso interno, gerado nos processos mentais de cada pessoa e que nos leva a agir de determinada for-ma.Em conformidade com o que foi descrito anteriormen-te, lancei o repto aos alunos de criarem, no seio das suas turmas, um “grito de guerra” que expressasse a vontade individual e coletiva de querer dar sempre o seu melhor; não se deviam identificar com uma cultura de facilitismo, de medianismo. Esse grito poderia adquirir diversos for-matos: canções, danças, pensamentos, etc., e seria mani-festado no início da aula, estimulando os alunos a adotar uma postura de determinação para realizarem as tarefas, vencendo os desafios que lhes seriam propostos no decor-rer da aula, sobretudo naqueles momentos em que a dor física espreita e os obstáculos/ receios surgem. É nestas aprendizagens mais sofridas, por motivos diversos, que os alunos devem recordar mentalmente o “ grito de guerra” para lhes dar vontade de continuar e não desistir. Em suma, esta iniciativa pretendia motivar e consciencia-lizar os alunos para a importância da prática desportiva, não só durante o tempo de escola, como também ao longo da vida. Nas diversas turmas, foram propostos os gritos de guerra que a seguir se apresentam.

Grito de Guerra: “expressão de agir”Isabel Columbano, prof. de Educação Física

Turma 1005

“Alé 1005, Alé 1005

1005 Até ao fim!”

Turma 1101

“Quem é que nós somos?

Sancho!”

Turma 1104:“Eu não sei, mas ouvi dizerQue esta aula vai render.Eu não sei, mas ouvi falarQue o 1104 vai brilhar!”

Turma 1003“Quem nós somos? 1003,1003,1003;

Desistir? Nunca;Lutar? Sempre;A dor é temporária e a vitória é para sempre!”Turma 1103:“Com garra e ambição, vencere-

mos esta competição!”

Para ser grande, sê inteiro: nadaTeu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa. Põe quanto ésNo mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.

Ricardo Reis

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31 Tempo para o Desporto

Continuo a considerar que ser professor nos dias de hoje é uma atividade extremamente atrativa, mas com uma res-ponsabilidade crescente face à evolução social e, sobretu-do, face às atuais motivações dos alunos.Assim, desenvolver a autodisciplina, os hábitos de con-centração, a organização, a solidariedade, o espírito de equipa, desenvolver as qualidades físicas de forma equi-librada e harmoniosa, aperfeiçoar as técnicas fundamen-tais de cada modalidade, desenvolver o gosto e o hábito da prática desportiva regular, desenvolver uma atitude de persistência e empenho, levando os alunos a trabalharem acima do seu limear de conforto de forma a poderem me-lhorar as suas performances, são os objetivos específicos que devemos potencializar em todos os momentos e em particular nas nossas aulas.Mas como fazê-lo de forma a ter sempre os alunos moti-vados?Em primeiro lugar, é importante, como em qualquer téc-nica de marketing, saber vender um produto, ou seja, ter capacidade de transmitir uma mensagem que leve a que os alunos entendam que todos os conteúdos constantes dos programas curriculares são importantes, que se com-plementam, e que vão contribuir para o desenvolvimento global do indivíduo, mesmo que à partida tal possa não parecer, desde as modalidades coletivas, mais ao gosto dos nossos alunos, até às individuais, passando pela de-senvolvimento da aptidão física. Em segundo lugar, ter sempre presente que ninguém se sente confortável experi-mentando sucessivas situações de insucesso.Assim, devemos elogiar o esforço e os progressos veri-ficados, salientando a aplicação dos elementos técnicos transmitidos pelo professor no que respeita à melhoria da execução técnica e à melhoria das qualidades físicas. De-vemos ser pacientes face aos erros e às dificuldades de aprendizagem, evitando ridicularizar ou repreender, antes encorajando após os erros e mostrando que estes são pas-síveis de correção, distribuindo de igual modo a atenção por todos os alunos.Em todas as situações, o professor deve dar o exemplo. Devemos estar conscientes de que os professores exercem uma importante influência com o seu exemplo e as suas atitudes. A forma como os alunos se comportam na aula e a atitude que assumem dependem do exemplo que lhes é fornecido pelo professor. Acredito convictamente que a atitude do professor na aula é contagiosa. O seu entusias-mo, a atenção que coloca no trabalho, a organização que revela, a disciplina com que dirige a aula são argumentos decisivos para transferir para os seus alunos todos estes

valores decisivos para que se verifiquem boas aprendiza-gens.Procuro ter sempre presente que os valores que regem o meu comportamento serão transmitidos, em grande medi-da , aos meus alunos, em cujo processo de formação in-tervenho. O processo de ensino operacionalizado em cada aula deve, assim, ser orientado no sentido de desenvolver a motivação intrínseca, o aumento da autoestima, traçan-do metas exequíveis, constituindo-se como uma situação de divertimento e bem-estar, não obstante a seriedade e exigência que lhe devem estar associados.No final do último ciclo de ensino, quando os meus alunos passam a ser ex-alunos, costumo fazer uma reflexão pro-funda sobre o meu trabalho, ficando com um sentimen-to de enorme realização quando sinto que os influenciei positivamente, contribuindo para o seu desenvolvimento integral, transmitindo-lhes ainda o gosto pela prática des-portiva e o seu reconhecimento quanto à importância que o exercício físico tem na promoção de uma vida saudável. Estes são, sem dúvida, os grandes objetivos da disciplina.

O Professor (e os desafios que se lhe colocam), os Alunos e a Educação FísicaFrancisco Carvalho, prof. de Educação Física

“A parte mais difícil e, ao mesmo tempo, aque-

la que constitui o maior desafio para o professor

é a capacidade de fazer chegar aos seus alunos

aquilo que é preciso ensinar-lhes, ganhar o seu

respeito e fazer com que eles se sintam satisfei-

tos por serem seus alunos”

Frank Smoll

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32 Associação de Estudantes

Conferência “Saídas profissionais: que futuro?”

No dia 29 de novembro de 2011, a Associação de Estudantes organizou uma conferência cujo tema foi “Saídas profissionais: Que futuro?”.Esta conferência pôde contar com a presença do Dr. Paulo Cunha, professor Universitário e vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, e também da Dra. Ana Paula Ferreira, diretora do centro de emprego de Vila Nova de Famalicão, profissional que lida com os problemas da empregabilidade e das saídas profissionais no seu dia-a-dia.Com esta iniciativa, a A.E. pretendeu dar a conhecer aos alunos a realidade do atual momento em que o nosso país se encontra, mostrando as saídas profissionais mais viáveis e que oferecem mais credibilidade aos jovens. Numa altura em que tudo é incerto, os alunos encontram-se na idade de todas as decisões e são “obrigados” a escolher sem a devida informação.Desta conferência, destacamos um facto importante: nessa escolha, deve pesar mais a vocação do que a saída profissional, pois,

como os oradores afirmaram, quando se é bom e se trabalhao naquilo de que se gosta, acabamos por ter sucesso.O Presidente da Associação de Estudantes, João Mesquita, agradece toda a simpatia e disponibilidade demonstrada pelos dois oradores, que muito prontamente se dispuseram a participar nesta conferência.

Associação de Estudantes Entrega Livros nas Lameiras

Na sexta-feira, dia 11 de novembro de 2011, a associação de es-tudantes deslocou-se às instalações da Associação de Morado-res das Lameiras para entregar cerca de 130 manuais escolares recolhidos numa campanha realizada, entre os dias 6 e 21 de outubro na escola secundária D. Sancho I. Esta iniciativa teve como principal objetivo promover a rotatividade dos manuais escolares e, assim, ajudar as famílias mais desfavorecidas na aquisição dos mesmos.Os dois representantes da escola foram muito bem recebidos pelo Sr. Presidente da Direção Jorge Faria, pelo Sr. Presidente da Assembleia Geral José Maria Costa e pelas assistentes sociais do GAAS (Gabinete de Apoio à Ação Social), Dra. Alexandra e Dra. Fernanda, que, muito humildemente, agradeceram o facto de termos decidido entregar o resultado da excelente campanha àquela instituição. É de louvar esta iniciativa por parte da Associação de Estudan-tes da secundária D. Sancho I, a qual tem demonstrado um espe-cial esforço no melhoramento do quotidiano, não só dos alunos da respetiva escola, mas também de toda a sociedade, alertando, assim, para a impossibilidade de alguns encarregados de edu-cação poderem garantir o material escolar necessário aos seus educandos.Esta iniciativa da Associação de Estudantes foi referenciada pelos três jornais mais importantes a nível concelhio (Povo Fa-malicense, Cidade Hoje, Opinião Pública), dando-lhe assim o devido realce.

Viagem de Finalistas 12º ANOBenalmadena 2012

A nossa, tão esperada, VIAGEM DE FINALISTAS!!! Como marco importante da nossa vida, merece ser realizado com Qualidade e Responsabilidade. E tu? O que esperas para te juntares à comunidade “I LOVE BE-NALMADENA”?Benalmadena é o destino de finalistas mais badalado do momen-to. A agência promotora exclusiva do destino mostra-te como é a viagem que mais dá que falar entre os jovens finalistas. Sol, calor, animação, música e muita diversão é o que vais encontrar de dia e noite. Benalmadena está localizada na Costa do Sol, no Sul de Espanha. É o único destino das viagens de finalistas que oferece 5 parques temáticos: Isla Magica, Tivoli World, Selwo Marina, Se-lwo Aventura e Crocodile Park.Nas discotecas, todas as noites acontecem festas com os melho-res Dj´s nacionais e internacionais. Este ano, já está confirmada a presença de dj´s como PETE THA ZOUK, PEDRO CAZANOVA entre muitos outros. Durante o dia, os alunos podem contar com atividades como Paintball, Karting, uma festa num barco, Wind-surf, Mergulho, um dia em Serra Nevada, entre muitas outras.PACOTE BASE - 275€ + 10 € Despesas de reserva - Alojamento de 5 noites no Hotel GRECO *** em regime de Pen-são Completa (Pequeno-almoço, Almoço e Jantar com bebidas ás refeições) - Transporte em autocarro de turismo – VNFamalicao/Benalmade-na/ VNFamalicao - (viagens efectuadas de noite) - Assistência local de coordenadores e equipa de enfermagem- Oferta de rifas (no valor da viagem) - Seguro de Viagem - Workshops e Torneios de Praia

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33 Tempo de Natal...

O Natal em Portugal(Costumes e Ritos)Alexandra Oliveira e Mariana Correia, turma 1008

O Natal é, sem dúvida, uma das celebrações mais importan-tes do calendário português, na qual se celebra o nascimento de Jesus Cristo.Atualmente, devido a uma crescente globalização, o Na-tal português começa a ser in-fluenciado por outras culturas, sobretudo através dos filmes americanos; um dos factos que comprova esta tendência é a substituição do Menino Jesus pelo Pai Natal na entrega dos presentes. Os tradicionais pre-sépios, que representam o nascimento de Cristo, têm agora de coexistir com a árvore de Natal, de origem certamente germânica. Contudo, isto não quer dizer que as tradições na-talícias portuguesas desapareceram!No dia 24 Dezembro, véspera de Natal, à noite, em certas partes do país (especialmente no norte) tem lugar a ceia de Natal (chamada de consoada); nesta serve-se bacalhau co-zido e a doçaria cerimonial (rabanadas, sonhos, mexidos, etc.). Ainda no dia 24, no final da ceia, há a missa do galo à meia-noite, embora nos nossos dias, esta missa esteja a cair em desuso. Um costume já quase esquecido é o de, durante a ceia do dia 24, evocar-se os mortos, com o seu lugar à mesa, fazendo-se uma duplicação da ceia para eles numa outra sala.No próprio dia 25, há um jantar melhorado com carnes di-versas; em algumas zonas do país, no almoço do dia 25, é servida a tradicional roupa-velha, feita com os restos da con-soada do dia anterior.Em certas zonas, fazem-se grandes fogueiras, nas casas, ou em locais públicos, à volta das quais se cantam canções tra-dicionais portuguesas.O Natal é uma ocasião de ofertas e presentes cerimoniais.

Estágios do Curso Profissional de Técnico de EletrotecniaJosé Vilaça Pereira, Diretor do Curso Profissional de Técnico de Eletrotecnia

A Escola Secundária D.Sancho I agradece a todas as em-presas que com ela têm colaborado, ao longo dos últimos 6 anos, acolhendo alunos do 12º ano do curso profissio-nal de Técnico de Eletrotecnia, para a realização do seu estágio curricular de 420 horas. Agradece-se em espe-cial à empresa EURICO FERREIRA do Grupo PROEF, que, ao longo destes anos, não só tem acolhido dezenas de alunos para a realização do estágio, como também no final do mesmo, já que tem contratado vários alunos para integrarem a sua equipa de trabalho. É com muito gosto que, quando visito a empresa na sequência de diligências relacionadas com a organização e desenvolvimento do es-tágio, quase sempre encontro antigos alunos, o que me muito me apraz. Estes dizem sentir-se muito satisfeitos com o trabalho que realizam. A todas as empresas, o meu muito obrigado.

Humor

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34 Tempo de Natal...

O Natal EconómicoCarlos Eduardo, turma 701

Era véspera de Natal e o Pai Natal tinha partido ligei-ramente mais tarde devido às horas extra que tinha que fazer porque tiraram-lhe o subsídio de Natal e ele tinha que pagar todos os presentes. Mesmo assim, o saco ia mais vazio do que o habitual.O Pai Natal começou a sua viagem no novo trenó eco-lógico. Partiu do pólo norte e foi à América onde passou pelo Grand Canyon , entregando uns carrinhos lá perto. Continuou a viagem e passou pelo Chichen Itza e entre-gou umas bonecas aos descendentes dos maias. Chegou ao Brasil e rezou um “pai nosso” junto do Cristo Rei e espalhou felicidade pelas favelas. Continuou a viajar e a entregar presentes pela América Latina. Ao longo do per-curso teve que lutar contra os ventos do Oceano Pacífico para chegar à Ásia. Lá, o seu saco esvaziou-se de uma maneira incrível, pois são muitas as crianças.Já com a noite a acabar, o Pai Natal distribui uns brinque-dos por África e depressa chegou ao seu último destino – a Europa.O Pai Natal contornou a Europa até que chegou à Penín-sula Ibérica. Lá, sentiu o seu trenó a falhar e encostou em Portugal. Sem ninguém à volta para o acudir, ligou ao Rodolfo, o elfo-chefe, para o ir buscar.Para desagrado do Pai Natal, o saco já estava vazio, sinal da crise, portanto as crianças portuguesas não receberam presentes. Entretanto, o Pedro viu uma estrela no céu que lhe deu esperança de que melhores dias viriam.

Concurso “Conto de Natal”

A 30 de novembro de 2011, pelas 9h e 15 na ainda (quase não) biblioteca da Escola, realizou-se pela 9ª vez o concurso “Conto de Natal” com o intuito de concretizar o objetivo do Plano Curricular de Escola, “Promover uma cultura de qualidade/excelência no processo de ensino/aprendizagem”. Os alunos foram convidados a escrever um conto inédito re-lacionado com o Natal.30 alunos responderam favoravelmente a este desafio que constou de duas categorias: 7º e 10º anos de escolaridade.Agradece-se a participação de todos aqueles que viabiliza-ram esta iniciativa. Parabéns aos vencedores!

Receita de NatalSonhos de Cenoura

Ingredientes:30 g de fermento de padeiro0,5 dl de leite250 g de farinha500 g de cenoura cozidasal, óleo, açúcar e canela q.b. Preparação:Comece por dissolver o fermento em leite morno. Adicio-ne a farinha, depois a cenoura, previamente feita em puré. Tempere com uma pitada de sal, amasse bem e tape com um pano. Coloque em local aquecido e deixe levedar. Em segui-da, com uma colher retire pedaços de massa e ponha fritar em óleo quente, virando-os de vez em quando. Retire com uma escumadeira e deixe a escorrer em papel absorvente. Passe-os por açúcar e canela enquanto estiverem mornos

Anedota de NatalAlexandra Oliveira e Mariana Correia, turma 1008

O Joãozinho pediu uma bicicleta nova à sua mãe. A mãe disse:- Bem, Joãozinho, agora não é época de Natal e nós não temos dinheiro para ir comprar qualquer coisa que tu queiras. Que tal escreveres uma carta para Jesus e pedir para ter uma bicicleta?Ele resolveu escrever a tal carta:“Querido Jesus: Fui um menino bonzinho este ano e gos-taria de ganhar uma bicicleta nova. Seu amigo, Joãozi-nho.”Mas o Joãozinho lembrou-se que, na verdade, Jesus sabia que tipo de menino ele era. Então, rasgou a carta e resol-veu tentar mais uma vez.“Querido Jesus: Tenho sido um menino querido este ano e quero uma bicicleta nova. Sinceramente, Joãozinho.”Bem, o Joãozinho sabia que não estava a ser totalmente honesto. Rasgou a carta mais uma vez e tentou novamen-te.“Querido Jesus: Acho que fui um menino bonzinho este ano. Posso receber uma bicicleta? Joãozinho.”Foi então que Joãozinho amassou mais uma vez a carta e saiu para a rua e entrou numa igreja. Meditou sobre o que ia fazer e repentinamente agarra numa imagem de uma santa e sai a correr para casa. Escondeu a santinha de bai-xo da sua cama e escreveu a seguinte carta:“Jesus, tenho a sua mãe! Se quiser vê-la novamente, dê-me uma bicicleta!Assinado: Você sabe quem.”

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35 Tempo de Natal...

Escuro. Frio. Solidão.José descia, como em qualquer outro dia do ano, a rua iluminada de renas feitas de lâmpadas. A neve lavava o seu casaco roto e manchado, caindo em inocentes flocos de açúcar, espalhando-se pela desgastada cara do pobre homem.A sopa de legumes ainda lhe sabia no meio da língua. As restantes oferendas do Banco Alimentar há já muito que foram substituídas pela tristeza de passar a noite de Na-tal sozinho, debaixo das caixas de correio do condomínio Galáxia.Dirigiu-se aos condomínios privados, cobertos de felici-dade e alegria que transparecia pelas janelas das casas das famílias daquele bairro. Olhou para a janela de uma das casas. A janela, com bordas enfeitadas de estrelas, cujo brilho deixara de ser visível pela penugem branca que ga-nhara, mostrava uma família: um menino, uma menina e um casal jovem, felizes com as oferendas de Natal tra-zidas por um velho de barbas brancas. José sentou-se ao lado da caixa do correio, saboreando o último pedaço de broa de milho, a única que comera durante o ano inteiro. Mário atirou o avião mais uma vez. Estava rejubilante como nunca tinha estado antes. Ainda se lembrava das palavras do Pai Natal quando lhe deu o avião da NASA:- Espero que um dia ganhes asas como este jamais ganha-rá. Ficou triste pelo seu pai. Infelizmente, o velho com fato vermelho entrara em casa quando o papá fora à casa de banho.O avião chocou contra a janela, afastando a neve do lado de fora com o impacto. Do outro lado, um velho estava sentado ao lado da caixa do correio, comendo migalhas dispersas pelo piso branco. Mário correu em direção ao pai e gritou:

- Papá, papá! Está um mendigo em frente à nossa casa à espera do Pai Natal. Podemos-lhe dar uma sopa da que sobrou?João correu em longas passadas para a porta e abriu-a. Um sem-abrigo encontrava-se deitado no chão e João não sabia se estava morto ou se estava a dormir.- Por que é que não vais ter com a mamã e lhe pedes para tirar uma grande pratada de sopa? - perguntou João, ani-mando os neurónios da felicidade do pequeno filho.O pequeno sorriu e dirigiu-se imediatamente à cozinha. João saiu de casa em direção à neve fofa que se fazia sen-tir.José nem queria crer no que estava a acontecer. Começava a acreditar novamente no Pai Natal, pois aquilo só po-deria ser fruto de uns olhos bondosos e carinhosos. Uma senhora pousou à sua frente uma enorme malga de sopa, duas vezes maior que a que tinha comido quatro horas an-tes. As duas crianças que vira através das janelas estavam agora à sua beira, explicando-lhe como funcionavam os seus Power Rangers e as suas Nenucos. O homem que o foi buscar à neve trouxera-lhe uma camisa, um casaco e umas calças novas.José olhou para o pinheiro que se dobrava no teto da casa, levantou-se e retirou uma das figuras presas aos ramos da árvore. O velho levantou o pequeno Pai Natal ao nível dos olhos e disse:- Obrigado, senhor da Coca-Cola!José sorriu e olhou para a janela. Numa das renas da ilu-minação citadina podia-se ler: Oh, Oh, Oh!!! - Oh, Oh, Oh para ti também, Pai Natal.

O Natal veio num AviãoHélio José Carvalho, turma 1008

“O Natal não é um momento nem uma estação, é um estado de espírito. Valorizar a paz, a generosidade e o perdão é compreender o verdadeiro significado do Natal.”

Calvin Coolidge

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