revista portal dos condomínios - set/out

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Distribuição gratuita Ano 09 . Nº 98 Set/Out de 2012 * TRADUZINDO A culpa não é minha. Se você me leva para passear é sua obrigação recolher minhas cacas. Já tem um monte de gente achando que o vilão da história sou eu. Já parou pra pensar que a culpa é toda sua? AU AUAUAU AUAUA, AU AU! O seu condomínio em revista

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Revista direcionada a moradores de condomínios e loteamentos residenciais, com distribuição via mala direta. Divulgação em condomínios.

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Page 1: Revista Portal dos Condomínios - set/out

Distribuição gratuitaAno 09 . Nº 98Set/Out de 2012

* TRADUZINDO

A culpa não é minha. Se você me leva para

passear é sua obrigação recolher minhas cacas.

Já tem um monte de gente achando que o vilão

da história sou eu. Já parou pra pensar que

a culpa é toda sua?

Au AuAuAuAuAuA, Au Au!

O seu condomínio em revista

Page 2: Revista Portal dos Condomínios - set/out

2 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

Page 3: Revista Portal dos Condomínios - set/out

3Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

Qualidade em todos processosSe nem as reuniões de condomínios têm

quórum, quiça uma revista com assuntos voltados

para as “dores de cabeça” dos moradores de con-

domínio. Pelo contrário, a participação de pessoas

que leem, comentam e participam da revista Portal

dos Condomínios é satisfatória. E isso é resultado

de diversos fatores. Vamos listá-lo:

Qualidade gráfica e editorial: as reporta-

gens não possuem cunho comercial. A pauta é

determinada independentemente de qualquer vín-

culo com as empresas participantes nos anúncios.

Além da imparcialidade, o aprofundamento. A re-

vista busca as opiniões em diversos setores da so-

ciedade, para apresentar um material de qualidade.

Qualidade essa que pode ser constatada no projeto

gráfico.

Entrega direcionada: mais de 90% das revis-

tas são entregas com etiquetas e dados do desti-

natário, protegidas por uma embalagem plástica,

garantindo o recebimento pelo morador em sua

respectiva casa.

Abrangência: são mais de 130 condomínios

e loteamentos residenciais, com uma tiragem de

10.500, e potenciais 30 mil leitores.

Tradição: desde maio de 2003, o Portal dos

Condomínios reforça o valor de seu conteúdo e sua

Redação: Rua das Pitangueiras, 652 - Jd. Pitangueiras

CEP.13206-716 - Jundiaí / - Tel: 4522-2142

[email protected]

A revista é um produto da io! comunica

CNPJ: 06.539.018/0001-42

www.iocomunica.com.br

Jornalista Responsável: Rodrigo Góes. MTB: 41.654

Designer Gráfico: Paloma Cremonesi

Arte Final: Paloma Cremonesi e Jonas Junqueira

Web: Michel Silva

Reportagens: Vivian Lourenço MTB: 57471

Ilustração e Redes Sociais: Rafael Godoy

Estagiário: Paulo Toledo

Ilustração de Capa: ShutterStock

Tiragem: 10.500 exemplares.

Entrega: Mala direta e direto em caixa de correio,

mediante protocolo para moradores de condomínios

constantes em cadastro do Portal dos Condomínios.

Caso ainda não receba e queira o exemplar em seu

condomínio, ligue para 11. 4522-2142.

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade

do autor e não representam o pensamento a revista.

Site: www.condominioemrevista.com.br

Twitter: @pcondominios

Facebook: Portal dos Condominios

Blog: http://portaldoscondominios.wordpress.com

EXPEDIENTE

NA WEB

ASSOCIADO

marca nos condomínios. São mais de 9 anos

contribuindo para o desenvolvimento do mer-

cado condominial.

Inovação: a revista foi a única na região

a abraçar a causa da acessibilidade e promover

uma edição em braille, que destacava o tema e

suas dificuldades dentro dos condomínios. Hoje

a revista também realiza o evento Portal Debate,

abrindo espaço para moradores, síndicos, sub-

síndicos e conselheiros participarem efetivamente

de um debate com profissionais do setor. As últi-

mas novidades foram a filiação com uma entidade

representativa do setor - Proempi - e o apoio na 1ª

Festa do Síndico, que você acompanha nesta edição

na página 29.

O desafio da revista Portal dos Condomínios é

sempre oferecer informação de qualidade para todo

tipo de público nos condomínios, uma diversidade

grande e uma meta a ser atingida.

O primeiro passo já foi dado, com a reportagem

de capa que trata sobre um problema comum em con-

domínios e que envolve praticamente todos os morador-

es: a falta de cuidados com as fezes dos animais. A falta

de leis e de bom senso, somado aos problemas de saúde

que podem ser causados, são os principais pontos dessa

matéria. Acompanhe e participe.

EDITORIAL ÍNDICE

* Móveis externos

* Uso das piscinas

* Portal Debate: as dúvidas

do seu condomínio

* Capa: Quanta sujeira

* Festa do síndico

* UD: luminárias

* Artigo: vinhos

* Bem-estar: compostagem

* Crônica: Dona Chica

PARA ANUNCIAR11 4522.2142 | 4521.3670atendimento@ condominioemrevista.com.br

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4 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

uma peça exclusiva para cada ambienteDECORAÇÃO & DESIGN

Por Vivian Lourenço

Todo mundo precisa de um refúgio.

Aquele local na residência que é para

meditar, ler, pensar na vida ou passar

uma tarde agradável reunida com os

amigos e familiares. Nada como ter

um espaço reservado só para momen-

tos de descontração e lazer. Pode ser

uma varanda, um quintal ou até mes-

mo a área da piscina. Não importa o

local, desde que ele esteja preparado

para o momento.

Mas é claro que um esconderijo as-

sim não precisa ser desconfortável, muito

pelo contrário. Nada mais desagradável do

que passar horas a beira da piscina ou na

varanda observando a paisagem (nem que

seja de concreto), sentado naquelas cadeiras

e mesas de plástico, que podem ser totalmente

desconfortáveis, ou móveis que não são resis-

tentes às mudanças climáticas, como chuva ou

muito sol; aí vem aquela preocupação chata em

recolher os móveis ao menor sinal de chuva, ou

a preocupação com o sol em excesso, que pode

danificar as peças.

Antigamente era muito comum observar o

material vime predominando nos móveis da área

externa. Porém, atualmente os móveis são feitos

de matéria sintética, chamada de fibra sintética,

que pode ser o vime, rattan, junco, tabou, apuí,

etc., que não são indicados para áreas molhadas

ou locais com forte incidência solar, por se tratar

de um material natural e sua estrutura geralmen-

te é de ferro, o que resulta em mais durabilidade.

“Mas o vime ainda é muito utilizado no mobiliá-

rio interna”, explica Orlando Pincinato, represen-

tante comercial e que possui uma loja, Área Ca-

sual, em Vinhedo.

Se você ainda não sabe como mobiliar a par-

te de fora da sua casa, há diversas maneiras de

montar uma área descontraída, aconchegante e

funcional. A melhor opção é o uso da fibra sin-

tética ou até mesmo a tela sling, aliada à estrutu-

ra em alumínio com pintura eletrostática ou alto

brilho. Isso vai proporcionar leveza, praticidade e

durabilidade ao móvel. “Além disso, esse tipo de

mobília pode ser exposto as intempéries (chuva,

sol, frio, calor, etc.) 24 horas por dia, os sete dias

Page 5: Revista Portal dos Condomínios - set/out

5Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

da semana, sem ter qualquer alteração de cor ou

ferrugem”.

E quem gostou da ideia e quer investir em

móveis mais sofisticados para a varanda ou a

área externa, a tendência 2013 trás algumas

peças interessantes. Para as áreas de piscina, se-

gundo Orlando, as mobílias mais procuradas são

as cadeiras e espreguiçadeiras de alumínio com

pintura eletrostática e tela sling. “Tem de várias

cores. Elas dão mais conforto, além de não mar-

car a pele e não esquentar. Os ombrelones (tipo

de guarda-sol) de cores claras, como o branco e

o bege, com coberturas em poliéster são mais in-

dicados, já que são mais leves para o manuseio”.

Já para as varandas, a dica é usar móveis

com linhas mais retas, com sofás e poltronas, ex-

plorando a estrutura aparente do alumínio, sem-

pre em tons claros e com tramas de fibras sin-

téticas que podem ser mescladas. “Cabos navais

coloridos e tecidos em acrílico ou acquablock,

em tom pastel, e misturas com estampas em ver-

melho, laranja e azul, também serão muito usa-

dos. E não se esquecendo do espaço gourmet,

com misturas de alumínio e madeira de demoli-

ção, com cadeiras e banquetas em fibra sintéti-

ca”.

Para quem quiser dar um ar mais moderno

ao ambiente, opte por peças que utilizam cabo

naval colorido com tampo de MDF revestido por

uma película à base de polipropileno, que é resis-

tente as ações do tempo. Também pode escolher

os tampos em polimadeira e os ombrelones com

cobertura em tecido ecológico.

Na maioria dos casos, a pessoa encontra as

peças em medida padrão, mas não que isso seja

regra. “Em nossa loja temos nos adequado a este

mercado sob medida, com fabricação de peças

exclusivas para cada ambiente, tanto sofás, pol-

tronas ou até mesmo mesas, cadeiras e banque-

tas para áreas gourmet”. Para quem quer algo

mais personalizado, que se adeque a todas as

áreas, pode escolher essa opção.

De acordo com Orlando, os móveis mais ven-

didos para as áreas externas são os conjuntos

compostos por mesa, cadeira, espreguiçadeira

em tela sling e ombrelones em alumínio e com

cobertura em poliéster. “São os mais procurados,

tanto pelo conforto, leveza e praticidade”.

Para quem pensa que vai gastar horas na

manutenção dos móveis, está muito enganado.

É necessário apenas lavar as telas e fibras a cada

15 dias, utilizando água e sabão neutro; já para

as telas brancas, é recomendado repetir esse pro-

cedimento a cada 10 dias. “Nas estruturas, prin-

cipalmente nas brancas, após a lavagem, pode

ser utilizada cera automotiva à base de silicone”.

Para os tecidos em geral é preciso apenas

utilizar sabão neutro e secar à sombra. Nunca

utilize produtos abrasivos como sabão em pó,

água sanitária ou cloro, pois eles removem a ca-

mada de UV que o material possui, e podem di-

minuir a vida útil deles. “Móveis externos podem

durar entre seis a 10 anos expostos as intempé-

ries, desde que seja feita a manutenção correta,

conforme indica o fabricante.”

Com poucos materiais e móveis é possível ter

ideias simples, práticas e exclusivas para mobiliar

a área externa da residência. Além da comodi-

dade de não se preocupar com sol ou chuva ex-

cessiva, os móveis podem compor um ambiente

totalmente diferente, agradável e aconchegante

ao lar.

uma peça exclusiva para cada ambiente

Page 6: Revista Portal dos Condomínios - set/out

6 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

VIVER EM CONDOMÍNIO

o uso das piscinas em condomínios

COLABORADOR: CARLOS EDUARDO QUADRATTI, advogado especializado em direito condominial e de vizinhança, jornalista articulista inscrito no MTB 0062156SP.

Com a chegada da primavera, seguida pelo verão, aumenta a procura pelo uso das piscinas nos condomínios, principalmente pelas crianças, e daí surgem diversos problemas. Os condomínios precisam ter regras claras sobre o uso e a administração deve atuar com firmeza em relação as infrações para garantir a segurança de todos.

As regras de uso da piscina seguem o mesmo parâmetro de todas as áreas sociais do condomínio, ou seja, vale o regimento interno de cada condomínio e o bom senso por parte dos condôminos. Assim deve ficar disciplinado no regulamento o horário de funcionamento e período do ano em que a piscina irá ficar aberta, da obrigatoriedade da apresentação de exame médico, se o visitante pode ou não usar a piscina, bebidas e comidas na beira da piscina, jogos com bolas na piscina, proibição no uso do óleo bronzeador, a neces-sidade de crianças estarem acompanhadas de adultos etc.

Sendo estipuladas as regras de uso da piscina, estas devem ser cump-ridas por todos os condôminos e se descumpridas pode haver até mesmo a aplicação de multa, como por exemplo, caso haja no regulamento in-terno do condomínio a determinação de que para o uso da piscina de-verá o condômino se submeter a exame médico e o condômino se nega a apresentar o comprovante do exame e mesmo assim usa a piscina, estará este condômino sujeito a aplicação das multas previstas no regulamento. E, embora multado ele insista em usar a piscina sem apresentar o exame, o condomínio poderá propor uma ação judi-cial contra ele e conseguir uma ordem proibindo o condômino de utilizar a piscina sem o exame e caso este condômino descumpra esta ordem judicial, a situação fica mais grave, pois o condômino estará cometendo um crime de desobediência e estará sujeito a responder um processo criminal.

Envie sua sugestão de tema jurídico [email protected]

Neste assunto sempre surge àquela perguntinha: Posso proibir o inadimplente de usar a piscina?

O assunto é polêmico, então vamos nos socorrer do enten-dimento de nossos tribunais para responder a questão. Podemos destacar o entendimento do TJPR, o qual esposamos:

“Para o caso de inadimplemento de taxas condominiais, a le-gislação vigente prevê a via de cobrança judicial, podendo ao final culminar na expropriação do bem em razão dos débitos. Não é de-mais observar que o condomínio apelante dispõe de um arsenal de remédios legais e convencionais para combater a inadimplência, não se revelando legítima qualquer outra medida limitadora do direito de propriedade, ainda que este esteja inserido em contexto comunitário. A pretendida liminar em ação de cobrança de taxas condominiais, que autorizaria o corte do fornecimento de água e gás, a proibição do uso de elevador, piscina e outras áreas ou serviços comuns do condomínio, afronta aos direitos de posse e propriedade, constitucionalmente assegu-rados, da agravada e seus familiares.” (Ap Civ nº 333119-1 9ª Cam. Civ.

Fls. 1 TJPR ) destacamos.Nesse sentido o entendimento do Tribunal de Justiça deixa claro que

o uso das áreas comuns não pode ser obstado ao inadimplente, ainda que possa parecer uma injustiça, afinal são os adimplentes que estão sustentan-do o funcionamento da piscina para o deleite dos inadimplentes e sua famí-

lia!As piscinas em condomínios, que pertencem às áreas comuns, possuem

uma Norma Técnica Especial que as regulamenta, aprovada pelo Decreto Estad-ual 13.166/79, obrigando assim aos condomínios seguirem as regras dispostas na

norma técnica.Além de conter questões que envolvem as obras de instalação de uma piscina,

tais como, inclinação de solarium, tipo de piso em vestiário, distanciamento de ve-getação e uso de lava pés, entre outras regras. Disciplina também a obrigatoriedade

do controle da água, o registro de usuários, a necessidade de o usuário submeter-se a exame médico prévio, pelo menos a cada seis meses, devendo tais exames ser apresenta-

dos ou arquivados no condomínio.Para tanto controle, o condomínio deverá implantar livros, que ajudarão na fis-

calização dos usuários, do controle da qualidade da água, bem como nas demais exigências legais.

Os condomínios estão sujeitos à fiscalização por parte da vigilância sani-tária, a qual poderá autuar o condomínio nos termos do Código de Vigilân-

cia Sanitária em penas pecuniárias caso não esteja sendo cumprido o que determina a lei quanto ao controle da água e dos exames médicos dos condôminos

Assim aconselhamos aos síndicos que procurem atender as determi-nações legais para que não tenham problemas futuros.

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7Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

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8 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

PORTAL DEBATE

A revista Portal dos Condomínios tem o ob-

jetivo de ajudar não só o síndico, mas todos os

moradores que sofrem uma carência de informa-

ções. Nesta editoria - Portal Debate, a dúvida do

seu vizinho, pode ser a mesma que a sua e facili-

tam o andamento nas reuniões cotidianas do seu

condomínio. Participe você também. Envie agora a

sua pergunta para sindico@condominioemrevista.

com.br

José Pozza, Ed. Saint Charles: Uma as-

sembleia pode ser ordinária e extraordinária ao

mesmo tempo?

Portal Debate: Não. As assembleias ditas

Ordinárias, por ordem legal, ocorrem apenas uma

vez por ano e estão regulamentadas no artigo

1.350 do Código Civil. O objetivo é a aprovação

orçamentária do período anterior e aprovação da

previsão orçamentária para o período seguinte,

PORTALDEBATEPORTALDEBATEalém da eleição do síndico e demais integrantes da

administração.

A Assembleia Geral Extraordinária refere-se

aos demais assuntos que são tratados ao longo do

ano e sempre que há necessidade de votar temas

específicos ou rateios extras. Estas podem ocorrer

quantas vezes seja necessário deliberar sobre de-

mais assuntos de interesses do condomínio.

José Pozza, Ed. Saint Charles: Quantas

vezes seguidas o síndico pode ser eleito?

PD: O artigo 1.347 do Código Civil limita o

prazo do mandato a dois anos mas não impede a

reeleição. Somente a convenção limita.

José Pozza, Ed. Saint Charles: Tendo na

Convenção de Condomínio. Uma cláusula que diz

que deve haver “unanimidade para autorização do

uso de partes comuns ou alteração da fachada ou

dúvidas de moradores expostas aqui,

Equipe Portal Debate: Fernando Fernandes (síndico profissional), André Schuler (técnico),Melícia Geromini (psicóloga), Carlos Eduardo Quadratti advogado), e Reginaldo Moron (advogado)

Page 9: Revista Portal dos Condomínios - set/out

9Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

estrutura do edifício”, pode ser alterada por maio-

ria simples ou 2/3 dos condôminos?

PD: A convenção de condomínio faz lei entre

as partes, ademais o próprio Código Civil já regu-

lamenta estas questões. Quanto à unanimidade,

esta já tem sido relatividade pelos tribunais. Nor-

malmente para estes itens, de diferente teor, exige-

se quórum específico, por exemplo: unanimidade

para autorização do uso de partes comuns: maio-

ria do quórum simples, ou seja 50% mais 1 dos

presentes aptos a votar; alteração da fachada ou

estrutura do edifício: maioria absoluta de quórum

específico.

Mário Sérgio Levada, Res. Cantábile: Quais são as ações legais e mais eficientes contra a

inadimplência? O que pode e o que não pode? O

que deve e o que não se deve fazer?

PD: Uma recomendação para qualquer ação

que possa gerar altos custos é a prevenção. Neste

caso, a melhor atitude é contratar um profissional

com experiência na área, pois cada caso tem suas

particularidades e a falta de informação ou ex-

periência podem levar a erros no trato da questão

expondo o condomínio a outros danos e riscos de

ações indenizatórias.

Leda, Res. Delfim Verde: Gostaríamos

de esclarecimentos sobre o uso dos aparelhos de

ginástica nos condomínios? Quais critérios de-

vemos seguir? Quais leis que o regulamentam?

Quem fica responsável pelo cumprimento legal?

Quem fiscaliza?

PD: A responsabilidade é sempre do síndico.

Quanto ao uso, este deve seguir os demais crité-

rios de uso da propriedade comum e contar com

o bom senso dos colaboradores, sempre com a

fiscalização do zelador. A contratação de profis-

sional da área de educação física para orientação

e acompanhamento das atividades é uma medida

bastante recomendável. O ideal seria a orientação

deste profissional e um advogado, para que juntos

com os demais condôminos elaborem as normas

de uso da academia considerando as particulari-

dades de cada condomínio.

José Nelson Lopes: Gostaria de saber o

que acontece com o síndico quando o Conselho

Fiscal não aprova as suas contas na gestão e está

preste a ter outra eleição. O mesmo pode se can-

didatar com as contas rejeitadas?

PD: O síndico deve contar com a confiança

da assembleia que o elegeu. Se esta já reprovou

suas contas, isto significa que ele não dispõe mais

desta credibilidade. Nesta situação deve se abster

de se candidatar, sob pena de sofrer o constrangi-

mento de ver sua candidatura impugnada.

e síndicospara você

Page 10: Revista Portal dos Condomínios - set/out

10 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

Capa

Quantasujeira!

e a culpa

não énossa

Por Vivian Lourenço

Ter um animal de estimação é muito bom.

Ter alguém sempre te esperando quando che-

ga em casa, uma companhia para um passeio

e para as brincadeiras. Há médicos que reco-

mendam que as crianças convivam com gatos e

cachorros para o melhor desenvolvimento e há

quem diga que os cães são os melhores amigos

do homem. Afinal, eles estão ali, sempre com

bom humor e nunca se cansam.

Casos de amor entre homens e cães já

foram tema de grandes produções de suces-

so. Como não rir e se emocionar com o filme

Marley e Eu, inspirado em uma história real e

que conta a história do cão mais desastrado e

charmoso, que mesmo causando tantos proble-

mas foi o elo fundamental para a construção

de uma família. A cena da morte do cachorro

pode ser considerada uma das mais emocio-

nantes.

A família sempre sofre quando um animal

de estimação morre. Mas e quando é ao con-

trário, quando o cachorro fica sem seu dono?

Um caso real, transformado em filme, mostra

como a lealdade do cão pode ir além da vida.

Na história, um professor universitário encontra

um filhote da raça Akita perdido em uma esta-

ção de trem e começa a cuidar do animal.

A história ficou famosa no cinema por

mostrar a lealdade do cachorro. Todos os dias,

no mesmo horário, ele ia esperar o professor

universitário na porta da estação de trem, até

que um dia seu dono não voltou. Mesmo sa-

bendo que o dono nunca mais reapareceria, o

Page 11: Revista Portal dos Condomínios - set/out

11Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

“Quem sofre com toda essa situação, além da população em geral, são os síndicos e zeladores dos condomínios, que observam, dia após dia, as calçadas e os jardins dos condomínios invadidos pelas fezes dos cachorros - dos próprios moradores, e dos moradores vizinhos”

cão ia, todos os dias, no mesmo horário espe-

rar o regresso do amigo. A devoção foi tanta,

que, depois da morte do cão, uma estátua foi

construída para lembrar a história.

É claro que além de dar comida, carinho,

afeto, banho e levar ao veterinário, os cuidados

básicos com o cachorro também exigem alguns

passeios. Se você não aguenta ficar trancafia-

do dentro do emprego ou de casa, nem mes-

mo um animal suporta a mesma situação; ele

precisa sair, nem que seja para dar uma volta

no quarteirão. É aí que os problemas começam.

Arrumar tempo para uma volta, de apenas

cinco minutos, na correria do dia a dia, não é

fácil. Mas, com o compromisso de ver o ami-

go canino feliz, é preciso sempre arrumar um

jeitinho, faça chuva ou faça sol. O Brasil já é o

segundo país em número de cães e gatos no

ranking mundial, eles já são mais de 52 mi-

lhões, sendo pesquisa da Associação Brasileira

da Indústria de Produtos para Animais de Esti-

mação (Abinpet).

Só que andar nas calçadas da cidade tam-

bém não é tarefa fácil, cada passo é um ver-

dadeiro obstáculo, seja por má conservação do

piso, por árvores e postes no meio do caminho

ou por qualquer outro problema, como veícu-

los estacionados no local onde os pedestres de-

veriam passar.

Porém, se fossem só essas as situações in-

comodas que o pedestre enfrenta, o problema

não seria tão grande, até porque, dono ou não

de cachorro, todos estão sujeitos a enfrentar

esses desafios que são, até em certa parte, pre-

vistos.

E quando o obstáculo não está no script e,

além de representar uma falta de respeito com

a comunidade, falta de higiene e ainda repre-

senta uma ameaça à saúde? Pois é só caminhar

pelas calçadas da cidade que dá para perceber

a sujeira que essas criaturas fofas e alegres po-

dem produzir. E o pior, como seus donos não

ligam nem um pouco para isso e transformam

as calçadas em verdadeiros banheiros caninos.

Mas a culpa não é dos cachorros; eles não

têm como recolher a sujeira que eles fazem,

nem podem ser ensinado a usar o banheiro,

igual a nós (mesmo que alguns animais tenham

o mesmo tratamento que o ser humano, ou até

melhor). Imagine só como seria se não houves-

se ninguém para recolher o lixo que produzi-

mos diariamente, a imundice que seria. Não dá

para viver no meio de tanta sujeira.

Nos tempos remotos, do começo da hu-

manidade, não havia essa preocupação com a

higiene; não havia nem sequer banheiro ou se

pensava em saneamento básico. É só observar

em livros de histórias ou filmes da idade média

que é possível ver a imundice que as cidades vi-

viam. Eram dejetos de animais, humanos, lixo,

tudo misturado. Não é a toa que a expectativa

de vida daquela época era muito baixa; impos-

sível não contrair uma doença vivendo daquela

maneira, na sujeira. Quantas cidades não foram

dizimadas por pestes provenientes da falta de

higiene.

Felizmente a humanidade evoluiu e com ela

o tratamento de saneamento básico começou

a ser realizado e doenças outrora tão comuns

desapareceram. Mas há alguns que ainda só

pensam na higiene própria, esquecem que con-

vivem em uma sociedade e que se cada um fi-

zer a sua parte, a cidade ficará mais agradável

para se viver.

Apesar de muitos acreditarem que, do lado

de fora de suas residências vale tudo, as ruas,

calçadas, jardins e o condomínio onde residem

não são latas de lixo. Não é porque

você não precisa limpar, que vai aju-

dar a sujar.

Não é raro caminhar pelas calça-

das da cidade tendo que desviar do

coco dos cachorros que estão ali, in-

vadindo o espaço que deveria estar

limpo. Ainda mais quando essa sujei-

ra chega até os jardins. E parece que

não há o que faça os donos dos ca-

chorros a terem consciência de que a

calçada não é um banheiro público.

É raro ver o dono munido de

sacolinhas ou sacos de lixo em um

passeio canino. E o que acontece? A

sujeira acaba ficando toda ali, para

outra pessoa recolher, isso se alguém

não pisar primeiro.

Muitos irão reclamar que fica

difícil sair preparado de casa, já que

alguns supermercados deixaram de

distribuir as tais sacolinhas (ah, mas

agora elas voltaram, diga-se de passagem). Po-

rém isso não é desculpa, já que o dono do ani-

mal pode carregar sacolas de lixo ou recorrer

as empresas especializadas que darão suporte

fornecendo saquinhos especialmente para essas

ocasiões. A preguiça é a maior e única desculpa

que pode ser aceita nesses casos.

Quem sofre com toda essa situação, além

da população em geral, são os síndicos e ze-

ladores dos condomínios, que observam, dia

após dia, as calçadas e os jardins dos condomí-

nios invadidos pelas fezes dos cachorros – dos

próprios moradores e dos moradores vizinhos.

O zelador do Residencial Joana, Maurício

de Lima, sabe bem o que é a árdua tarefa de,

dia após dia, ver o jardim do condomínio e a

calçada repleta de coco de cachorro. “E não é

Page 12: Revista Portal dos Condomínios - set/out

12 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

só de morador daqui não; são os vizinhos, vem

gente de todo canto. A gente tinha um arbusto

maior rodeando o jardim, mas pensa que isso

inibia? Que nada, os donos pegavam o cachor-

ro no colo e colocavam dentro do jardim para

que eles fizessem as necessidades. Nem é o ca-

chorro que quer, é o dono”, explica Maurício.

Ele nos contou que, no dia que visitamos

o residencial, demos sorte, já que não havia

nenhum indício de

dono porcalhão

deixando a sua

marca no local.

Porém aquela si-

tuação era uma

exceção e que

a regra era en-

contrar todo

dia o jardim e a

calçada repleta

de fezes dos

animais de es-

timação.

E no resi-

dencial, o problema não se resume somente a

calçada ou no jardim. “Antes de ter as câmeras

de monitoramento, já vimos cachorro fazendo

coco no estacionamento, xixi na escada, era

absurdo. Agora com o monitoramento parou

de acontecer dentro do condomínio. O proble-

ma ficou só para o lado de

fora”.

Além do monitoramento

interno, o residencial tam-

bém tem câmeras apontadas

para a rua, o que não inibe

os donos porcalhões de não

recolherem as fezes dos ani-

mais. “Já teve gente que eu

vi deixar o cachorro fazer

coco na porta de entrada e

ia saindo como se nada ti-

vesse acontecido. Chamei a

atenção e mandei recolher,

arrumei até um papel pra

recolher, já que a pessoa ale-

gou que estava sem saqui-

nho”.

Porém o monitoramento

também não surtiu muito efeito, já que, segun-

do o zelador, muitos donos de cachorro vão

até o local de noite, quando fica difícil fazer o

reconhecimento do infrator. “Não dá pra ficar

olhando para as câmeras o tempo todo. Mas

toda vez que flagramos, chamamos a atenção”.

A situação no residencial chegou a um

ponto extremo. Segundo Maurício, o presiden-

te do conselho do Residencial Joana, Fabio Si-

mões, cansado de ver o problema e não achar

uma solução apelou para tentar sensibilizar o

dono do animal através de uma faixa com os

dizeres: “Atenção srs. (as) proprietários (as) de

cães. Aqui é passagem de pedestres, por favor,

limpem as fezes deixadas pelos seus bichinhos

de estimação. A população agradece.”

E não pensem que a chamada de aten-

ção surtiu efeito, incomodou ou envergonhou

quem utiliza o local. Faz quase dois meses que

o aviso está ali, visível dos dois lados da calça-

da (sentido de quem vai e de quem vem) e até

agora, o problema persiste. “Teve até uma mu-

lher que achou um absurdo colocar essa faixa.

Ela disse que é normal, que cachorro faz coco

mesmo. Normal é, tudo bem, mas tem que re-

colher, não pode deixar assim espalhado”.

E o problema não se limita ao Residen-

cial Joana. Outros condomínios alegam terem

o mesmo problema que o zelador Maurício.

“Temos problemas com moradores vizinhos,

dos prédios que ficam ao lado. Eles usam nos-

so jardim, que fica na frente do condomínio,

como banheiro dos cachorros”, explica o zela-

dor do Edifício Caravaggio, Felipe Dias Martins.

Parece que os donos de cachorros esco-

lhem os jardins dos condomínios como verda-

deiros banheiros caninos, sem se preocupar em

‘dar a descarga’, ou seja, em dar uma destina-

ção correta ao coco do animal. E ali eles vão

ficando, causando mau cheiro e atraindo mos-

cas; deixando o local com ar sujo e de desleixo.

Identificar os porcalhões não é tão difícil

assim, ainda mais com todos os recursos de

monitoramento usados para garantir a segu-

rança e que podem facilmente delatar os do-

nos irresponsáveis. “Até sabemos quem é, con-

seguimos identificar. Mas também tem aqueles

que veem aqui com as sacolinhas e recolhem”,

diz Felipe.

A falta de consciência dos donos dos ani-

mais também é problema constante em outros

dois residenciais. “Tem gente que passa por

aqui, o cão faz a necessidade, sai e não reco-

lhe”, relata a presidente do Bosque dos Jatobás

e Portal do Paraíso 2, Fabíola Cristiane Martho.

Com tantos casos desse tipo, até mesmo

provocados pelos próprios moradores, que Fa-

bíola também lançou mão da conscientização

para tentar reduzir os problemas que o acúmu-

lo de fezes dos cachorros traz ao condomínio.

“Fizemos divulgação no condomínio com

alguns panfletos no jornal interno que vai para

os moradores”. Segundo Fabíola, quando o in-

frator é identificado, ele primeiro é notificado

e depois recebe uma multa. “Mas, além dis-

so, precisamos conscientizar a população dos

riscos que não recolher as fezes dos animais

“Teve até uma mulher que achou um absurdo colocar essa faixa. Ela disse que é normal, que cachorro faz coco mesmo. Normal é, tudo bem, mas tem que recolher, não pode deixar assim espalhado”

Faixa localizada em frente do Residencial Joana

Capa

Page 13: Revista Portal dos Condomínios - set/out

13Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

pode trazer”.

E parece que a conscientização é o cami-

nho que os síndicos, zeladores e até mesmo al-

guns moradores escolherem para tentar acabar

com o problema. Foi o que aconteceu, a exem-

plo do Bosque dos Jatobás e Portal do Paraíso

2, no Condomínio Alto di Felicità.

O morador do local, Daniel Cavalli, encon-

trou no panfleto uma ideia criativa e até mes-

mo educativa de tentar chamar a atenção para

o problema que também é constante nesse lo-

cal. “Resido no condomínio desde dezembro de

2011, porém minha esposa e eu começamos a

frequentar as reuniões mensais do condomínio

antes mesmo de morar aqui (desde janeiro de

2011) e a minha intenção sempre foi colaborar

e contribuir com a gestão do condomínio.”

O informativo criado por Cavalli ficou com

um layout como se fosse um caderno de jornal,

no qual estava abordando diferentes temas por

dia, entre eles, o coco de cachorro. “Escolhi

o tema devido muitos moradores saírem para

passearem com os seus cães e muitos não reco-

lherem o coco. Moramos próximo a uma EMEB

e uma praça, ou seja, há uma grande quanti-

dade de crianças que irão sofrer as consequên-

cias, seja pisando no coco no trajeto até a es-

colinha ou mesmo ao brincar na pracinha”.

Daniel acredita que ele não seja a pessoa

mais indicada para falar deste tema, apenas ten-

tou despertar a responsabilidade

de cada um perante a socieda-

de. “Gostaria que o informati-

vo fosse diversificado, mas que

principalmente despertasse o

interesse e conscientização para

vivermos em um ambiente mais

agradável e que os problemas

fossem minimizados. Este é o

efeito que gostaria que surtisse”.

A síndica do Alto di Felicitá,

Geane Cleia, relatou que teve

o problema no condomínio há algum tempo,

mas sempre do lado de fora, na calçada. “Nos

informativos mensais, fomos pedindo a colabo-

ração de todos para que isto deixasse de acon-

tecer e avisamos que a calçada estava sendo fil-

mada e que o morador poderia ser multado se

não recolhesse o coco do seu cachorro”.

Segundo Geane, apenas pedir para que as

pessoas recolham o coco do cachorro não sur-

te efeito. Precisa de medidas mais drásticas e

que também doam no bolso, para que assim o

morador se lembre disso toda vez que sair para

passear com o cãozinho e se esquecer de levar

“Aplicamos multa com a filmagem que temos do infrator. O processo de apenas solicitar que não façam, nem sempre funciona”.

Page 14: Revista Portal dos Condomínios - set/out

14 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

a sacolinha. “Aplicamos multa com a filmagem

que temos do infrator. O processo de apenas so-

licitar que não façam, nem sempre funciona”.

Mas de quem seria a responsabilidade des-

sa fiscalização? A iniciativa dos condomínios

até que é válida, já que pretende conscientizar

não só quem mora no local, mas também os

vizinhos que, por muitas vezes, por não serem

responsáveis diretos pela área, acham que não

precisam cuidar do bairro.

Lei de JundiaíA responsabilidade da fiscalização não deve

ser apenas da população, já que elegemos ve-

readores e prefeito para fazerem as leis que te-

riam o objetivo de melhorar a vida do cidadão.

Para esses casos, do não recolhimento dos de-

jetos de animais, também existe lei, porém não

uma punição, pelo menos não em Jundiaí-SP.

A Lei Municipal Nº. 06320, de 25 de maio

de 2004, de autoria do vereador Júlio César

de Oliveira, o Julião, atualmente presidente da

Câmara Municipal de Jundiaí, prevê as normas

municipais para a criação, propriedade, posse,

guarda, uso e transporte de cães e gatos no

município.

No texto da lei consta que no capítulo III,

artigo 15, fica explícito que “O condutor do

animal fica obrigado a recolher os dejetos eli-

minados pelo mesmo em vias e logradouros

públicos”. No parágrafo único desse artigo está

escrito que, “Em caso de não cumprimento do

disposto no ‘caput’ desse artigo, caberá multa

a ser estipulada pelo Executivo”.

Se a lei existe há 8 anos na cidade, como

ninguém ainda foi multado ou não foi visto ne-

nhum fiscal que passa orientando os donos de

animais a não cometerem uma infração que se-

ria punida pela lei municipal? De quem seria a

responsabilidade dessa fiscalização? Do Centro

de Controle de Zoonoses, da Guarda Municipal,

da Secretaria de Saúde? Não fica claro na lei

nem o responsável, muito menos como a multa

será aplicada.

Segundo a Prefeitura, em resposta da soli-

citação feita para que a lei ficasse mais clara,

fomos informados apenas que a legislação é de

2004, de número 6320, mas que ainda precisa

de regulamentação, pois falta definir forma de

aplicabilidade de multa. A lei diz que as fezes

dos animais devem ser recolhidas pelo proprie-

tário do mesmo.

Ou seja, a cidade tem uma lei, mas não

tem um fiscal nem uma punição. Em 8 anos o

poder executivo não conseguiu regulamentar a

lei municipal que poderia amenizar o problema

de quem caminha pelas calçadas da cidade e

corre o risco de pisar em algo indesejável – e

até mesmo escorregar e cair, além de levar o

mau cheiro para todo o canto que for.

ExemplosMas Jundiaí parece ser exceção e não a re-

gra nesses casos. Nossa vizinha, Campinas, tem

uma lei, desde 2010, que obriga os proprietá-

rios a recolheres as fezes de cães. O prefeito,

Hélio de Oliveira Santos, demorou aproximada-

mente um mês para sancionar a lei que já havia

sido aprovada na Câmara Municipal de Campi-

nas.

De autoria do vereador Thiago Ferrari, a Lei

nº. 13.822 obriga o proprietário do animal - ou

o responsável por sua condução - a recolher as

fezes quando feitas na rua, e depositar o mate-

rial em lixo adequado.

De acordo com a nova regra, qualquer pes-

soa poderá denunciar desrespeito à lei. O cida-

dão pode fazer isso pessoalmente, nas Admi-

nistrações Regionais, Subprefeituras ou através

do telefone de serviços 156 (somente em Cam-

pinas). A denúncia poderá ser feita também

por e-mail, que é encaminhado ao site oficial

da Prefeitura local. Neste caso, a denúncia deve

ser comprovada com fotografia. As fotos não

podem suscitar dúvidas em relação à ocorrên-

cia da infração, nem sofrer qualquer tipo de

adulteração. O Poder Público garante que, em

todos os casos, a identidade do denunciante fi-

cará preservada.

O proprietário do ani-

mal que for flagrado come-

tendo a infração, primeiro

sofrerá uma advertência.

Na segunda infração, será

penalizado com multa

R$ 400. Na reincidência, o

valor da multa dobra. Em

Campinas, não andar com

saquinho para recolher o

coco do cachorro pode

sair bem caro.

O texto da lei de

Campinas é claro e de-

talhista, mostrando as

obrigações do dono do

animal, que além de re-

colher as fezes, deve dar

uma destinação correta

a elas. Até porque não

adianta recolher as fe-

zes com um saquinho

e depois jogar em um

terreno baldio, ou na

sarjeta que o proble-

ma continuará sendo

o mesmo. E há vários

Acima cartaz utilizado por um síndico de São Paulo e abaixo panfleto de conscientização do Bosque dos Jatobás

Capa

Page 15: Revista Portal dos Condomínios - set/out

15Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

Capa

Page 16: Revista Portal dos Condomínios - set/out

16 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

canais de denúncias que

podem ser feitas e a

multa pesada deve real-

mente inibir essa prática.

Em São Paulo, a en-

tão prefeita da cidade,

Marta Suplicy, decretou

a lei nº. 13.131, em 18

de maio de 2001. O tex-

to da lei diz, no seu Art.

16, que o condutor de

um animal fica obriga-

do a recolher os dejetos

fecais eliminados pelo

mesmo em vias e logra-

douros públicos. Pará-

grafo único: Em caso

do não cumprimento do

disposto no “caput” des-

te artigo, caberá multa

de R$ 10 (dez reais) ao

proprietário do animal.

Bem antes disso,

em 2000, o prefeito em

exercício naquele ano,

Celso Pitta, regulamen-

tou o artigo 14 da lei nº.

10.309, de 22 de abril

de 1987, além do artigo

2 da lei nº. 11.616, de

13 de julho de 1994.

A regulamentação

colocava o dono do animal como responsável

pelo recolhimento das fezes dos animais, fixan-

do uma multa de três Unidades Fiscais do Mu-

nicípio (UFM) para quem desobedecer à lei. Em

caso de reincidência, a multa seria aplicada em

dobro.

Ou seja, por falta de uma lei, a cidade de

São Paulo tem duas e ambas fixam punição

para o dono que for irresponsável e não reco-

lher os dejetos dos cachorros das calçadas e lo-

cais públicos.

Mas, nem por isso a cidade de São Paulo

está livre de ter problemas com donos irrespon-

sáveis, muito menos os condomínios de sofre-

rem com o coco de cachorro depositado nas

calçadas, gramados e jardins.

Um exemplo disso foi notícia em 2011. Um

síndico, cansado de ver a situação usou um

poste para criticar quem não recolhia as fezes

dos animais de estimação. O poste ganhou

um colorido cartaz que criticava “dona pig”. O

caso aconteceu na alameda Tietê, entre as ruas

da Consolação e Bela Cintra, no Jardim Paulis-

ta, na zona oeste de São Paulo.

O síndico escolheu o poste porque aquele

local era o que mais apresentava problemas e

não fez questão de economizar; forrou com

recados em papéis amarelos, azuis, verdes e

rosas. “Não permita que seu cão deixe aqui o

que você tem na cabeça”, diz um dos papéis.

Já outro continha um desenho em pincel atô-

mico de uma porquinha com um vestido, cer-

cada de moscas e acompanhada de um cão, a

“dona pig”.

E claro, como no caso do Residencial Joa-

na, em Jundiaí, o síndico da capital também

foi criticado por muitos, que acharam a atitude

exagerada. Porém, até que surtiu efeito, já que

em pelo menos por dois dias a calçada ficou

limpa.

Já outro condomínio de São Paulo achou

uma ideia criativa para tentar solucionar o pro-

blema que não colocar faixas ou cartazes. Eles

construíram um “cachorródromo”. A ideia foi

criada em julho desse ano em um condomínio

no Capão Redondo, na Zona Sul, que tem 250

apartamentos e pelo menos 50 bichos de esti-

mação. Para evitar conflitos entre moradores,

a solução foi criar um espaço para os animais.

No “cachorródromo” eles podem ficar à von-

tade e os donos só precisam recolher as fezes

depois da brincadeira. No local há saquinhos

plásticos e lixeira disponíveis.

E no litoral os donos de animais precisam

Informativo de elevador utilizado no condomínio Alto di Felicità

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Page 17: Revista Portal dos Condomínios - set/out

Encarte especial da revista Portal dos CondomíniosPORTAL DE IMÓVEISPORTAL DE IMÓVEISE N C A R T EE N C A R T E

Distribuição gratuitaAno 02 . Nº 10Set/Out de 2012

a melhor hora para investir em imóvel

Por Vivian Lourenço

Se o ditado “Quem casa, quer casa”, faz

muitos correrem aos plantões de vendas dos

empreendimentos, há quem também procure

um corretor para adquirir um imóvel não so-

mente para morar, mas também para ter outra

fonte de renda. Afinal, a cidade tem crescido e

não é raro ver novos lançamentos pipocarem

em quase todos os bairros; para todos os gos-

tos: tem casa e apartamento com os mais diver-

sos tamanhos e atrativos de lazer e localização.

Porém, quem não quiser fazer um mau

negócio, com tantas opções no mercado e cor-

retores de imóveis preparados para atrair o con-

sumidor, precisa bater muita perna e pesquisar

bastante. Até porque, cair na lábia do primeiro

corretor de imóveis pode fazer você não conse-

guir a melhor valorização para seu investimento.

Há quem acredite que o final do ano é a

melhor hora de investir em imóveis, porém,

segundo o diretor da Mediterrâneo Imóveis,

Thiago Coelho, esse é um dos períodos que há

menos lançamentos na cidade. “Na verdade no

final do ano caem as vendas por causa do perío-

do, já que as pessoas estão mais focadas em fes-

tas e presentes. Dezembro é um período que a

gente considera ruim, de baixa no mercado. Até

metade do mês ainda vai bem, mas as duas últi-

mas semanas de dezembro e as duas primeiras

de janeiro, são as piores”. E o motivo é simples,

as incorporadoras não lançam imóveis nem em

dezembro, nem em janeiro; é muito difícil ter

um lançamento nesse período por isso a queda

nas vendas e também na procura.

Thiago explica que, diferentemente de out-

ros segmentos, o imobiliário

não abre espaço para grandes

negociações, ou seja, não é

igual a você entrar em uma loja

de sapatos e pedir desconto

por um calçado; ou a famosa

lei da oferta e da procura. Não

é porque não há grandes lança-

mentos em dezembro e janeiro

que os imóveis irão ficar mais

barato nessa época.

“Tem as pessoas que querem vender rapi-

damente, mas nem por isso elas vão derrubar

muito o valor, não chega a ter queda de 20%

no preço por causa da baixa procura. Hoje, com

o mercado financeiro estável que o Brasil tem, é

muito difícil de isso acontecer”, detalha Thiago.

O perfil de quem quer comprar imóvel para

fazer dinheiro é o mais seguro possível. O imóv-

el é uma garantia de que irá se valorizar com o

tempo, ou seja, é um investimento em longo

prazo. “Em curto prazo é muito difícil ter o re-

torno, como por exemplo, eu vou comprar um

imóvel e em dois anos eu quero ter 40% de lu-

cro, não dá para ser assim”.

Ele explica que o pico imobiliário na cidade

foi entre 2010 e 2011, quando houve uma

grande valorização do mercado de imóveis, não

só em Jundiaí, mas em todo o país.

Hoje há mercado para todos os tipos de

clientes, e segundo Thiago, o empreendimento

com maior déficit na cidade é o de dois e três

dormitórios. Além disso, há também a falta

de imóveis de um dormitório. “Os lançamen-

tos estão com o valor muito alto, precisa-se de

imóveis mais baratos, como kitnets, e/ou outros

do tipo, para estudantes e solteiros que estão na

cidade a trabalho”.

Para um investidor novo começar a pensar

em investir imóveis ele tem que entender como

funciona o mercado. “Sempre tem que ter um

pensamento em longo prazo. Tem várias pos-

sibilidades, desde comprar e reformar para

alugar, até comprar um apartamento na planta.

Depende do jeito que você vai querer ter o re-

torno”.

“Quem comprou no mercado antes de

2009, ganhou muito. “Quem comprou imóvel

na planta nesse período teve valorização de

até 70%, dependendo do imóvel e da região”.

Segundo Thiago, não existe a melhor época do

ano para a pessoa começar investir. “Para com-

prar no final do ano a pessoa precisa ter um 13º

salário muito alto. Mas para investir, sempre

procurar o de dois ou três dormitórios, que é

onde a procura é maior na cidade”.

O investidor que quer entrar nesse mercado

tem que fazer uma busca. Não é entrar no pri-

meiro plantão de vendas e já comprar, tem que

pesquisar. O preço do metro quadrado de uma

unidade pronta tem muita variação. Um semi-

novo (de 10 anos atrás) tem o metro quadrado

mais barato do que um novo.

Segundo o economista, Almir Ferreira de

Godoy, o 13º salário, por exemplo, pode vir

a ajudar como um sinal na hora da comprar,

para que depois as prestações fiquem mais

suaves. “Há inúmeras oportunidades como

os planos desenvolvidos pelo governo como

Minha Casa Minha Vida, no qual não há deter-

minados custos, o que barateia o imóvel e pos-

sibilita a compra com prestações que cabe no

bolso de famílias de baixa renda, além de fi-

nanciamentos oferecidos pela Caixa com taxas

ainda menores”.

A dica do economista para quem quer

comprar o imóvel para morar ou para investir

é procurar a Caixa Econômica Federal para

mais informações sobre financiamento. “Além

é claro que hoje, na web, você tem também

como pesquisar e se proteger de abusos de

vendedores mal intencionados. Outra dica é

procurar a prefeitura e verificar se o imóvel

está regular”. Almir ressalta que ultimamente

se tornou comum terem lançamentos com ir-

regularidades, principalmente em loteamen-

tos, mas não é raro ver obras embargadas em

qualquer outro tipo de imóvel.

Ou seja, antes que a sua fonte de renda ou

sua moradia vire de sonho a pesadelo, nada

melhor do que pesquisar, bater perna e utilizar

todas as informações que você puder adquirir

antes de pensa em fechar um negócio. É muito

dinheiro que será investido para ser gasto de

qualquer maneira.

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17Portal dos Condomínios . Set/Out 201217 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

seguir a lei para poder transitar com os ani-

mais. O Código de Posturas da Prefeitura de

Santos, de 1968, previa a proibição de animais

nas praias para evitar o risco de transmissão

de doenças pelas fezes desses bichos, como a

larva migrans (bicho geográfico), e até doenças

mais graves, como a larva visceral. Desde 2009,

os animais de estimação podem transitar pelas

praias de Santos, desde que no colo dos pro-

prietários. Eles também são responsáveis por

recolher as fezes e a fiscalização fica a cargo da

Guarda Municipal. Caso alguém desrespeite a

lei, é retirado da praia.

Já em Ribeirão Preto, ano passado, o coco

de cachorro virou até mesmo caso de polícia.

As fezes de um cachorro na calçada em frente

a uma casa provocou o desentendimento entre

dois vizinhos e o caso foi parar na delegacia. O

dono do cão da raça Pug disse que chegou a

ser ameaçado de morte.

De acordo com o dono do cachorro, ele

saiu para passear com o animal levando consi-

go três sacolas plásticas para recolher as fezes.

No entanto, o cão defecou mais de uma vez,

quando já não havia mais sacolinha para reco-

lher a sujeira.

Foi então que o dono do imóvel chegou e

viu a cena. O dono do cachorro até retirou as

fezes com folhas e jogou na sarjeta, mas es-

queceu de que ali também era a frente da re-

sidência. O caso provocou uma discussão, com

até mesmo perseguição pelas ruas do bairro e

ameaça de morte. Depois do susto, o dono do

cachorro disse que, a partir daquele dia, iria

sair mais prevenido para passear com seu Pug,

levando o bolso cheio de sacolas.

Só para efeitos de comparação, na cida-

de de Nova York, nos Estados Unidos, a multa

para os responsáveis pelos cachorros, que não

retiram os dejetos de seus animais das vias pú-

blicas, é de 100 dólares. E a fiscalização é fei-

ta de forma rigorosa, implacável e efetiva, por

profissionais designados especialmente para

atuarem e autuarem este tipo de ocorrência.

O problema das fezes dos animais de esti-

mação vai além da sujeira e do risco de pisar

nesses “presentinhos” que os donos deslei-

xados deixam nas calçadas e jardins da cida-

de. Além do mau cheiro e da falta de higiene,

o descaso pode causar até mesmo doenças,

como acontecia em Santos.

As fezes atraem moscas, veiculadoras de

várias doenças, e facilitam a propagação de

bactérias. Além dos ricos ao ser humano, os

animais também podem ser prejudicados, con-

traindo viroses ou verminoses. No homem, são

comuns as doenças provocadas por parasitas

cujos ovos estão presentes nas fezes dos cães,

e essas doenças podem ser transmitidas por

contato e até pelo ar.

De acordo com um levantamento reali-

zado pelo Sindicato dos Trabalhadores em

Empresas de Prestação de Serviços

de Asseio e Conservação e Lim-

peza Urbana de São Paulo

(SIEMACO), são recolhidos

diariamente, em média, 25

kg de dejetos de cachorros

nos parques Aclimação, Ibira-

puera, Parque Cidade de Toronto,

Buenos Aires e Trianon, localizados na capital

paulista.

Coletores

Mais do que um dever, a coleta dos deje-

tos dos animais é um ato de cidadania. Além

de contribuir para deixar as ruas e vias públi-

cas sujas, o contato com as

fezes dos animais pode pro-

vocar problemas de saúde

tanto no ser humano, como

no próprio pet, que pode

desenvolver doenças parasi-

tárias.

“É importante que os

donos se conscientizem so-

bre a importância do reco-

lhimento das fezes durante

os passeios. Além de preser-

var as ruas, calçadas e espa-

ços públicos limpos, ele vai

contribuir para o bem-estar

comum”, orienta Wesley

Garcia Gomes, diretor co-

mercial de uma empresa

responsável pelo desenvol-

vimento do Acacabou, dispenser de saquinhos

oxibiodegradáveis próprios para a coleta dos

dejetos dos animais. “Nossa proposta foi de-

senvolver um produto que facilitasse o dia a

dia dos donos. O Acacabou ainda elimina o uso

das sacolinhas de supermercado, tradicional-

mente utilizadas pelo dono, oferecendo uma

alternativa mais ecológica”.

A ideia de criar o produto também visou

acabar com os dejetos dos animais que tam-

bém afetam moradores de condomínios, que

sofrem com o descaso de alguns donos. “Um

dos principais conflitos gerados pela presença

do pet é o não recolhimento dos dejetos nas

áreas comuns e no entorno do condomínio”,

explica Gomes, que conta que o produto é usa-

do como forma de minimizar os atritos entre os

moradores.

Perto de mil condomínios de São Paulo

conseguiram minimizar os conflitos gerados

pelas sujeiras dos cachorros, mantendo o bem-

-estar comum. Eles instalaram o dispenser e,

com os saquinhos oxibiodegradáveis, conse-

guem preservar a limpeza dos espaços de for-

ma sustentável.

“Nos condomínios, o produto fica locali-

zado próximo aos elevadores ou na portaria,

para facilitar a retirada

dos saquinhos pelos mo-

radores que saem para

passear com os cachor-

ros”, explica Gomes. “O

produto não beneficia

apenas os donos de ani-

mais, mas todos os mo-

radores do condomínio

e do bairro, que podem

conviver com ambientes,

calçadas e ruas mais lim-

pas”, acrescenta o dire-

tor comercial.

Além de conscien-

tizar os condôminos, é

preciso pensar além do

condomínio e trabalhar

com a educação de um

bairro e uma cidade inteira. Não adianta ape-

nas os moradores fazerem a sua parte se o vizi-

nho continua sujando. O mau exemplo infeliz-

mente é mais seguido do que as boas atitudes.

Com o pensamento de “se ele faz, eu também

posso fazer”, a cidade vai ficando suja e conta-

minada.

Uma atitude simples de separar sacolinhas ou

pedir a instalação do dispenser na portaria do con-

domínio pode fazer a diferença no bem-estar de um

bairro inteiro. Até porque, não é somente outra pes-

soa que pode pisar no coco do cachorro, a vítima

pode ser também quem não recolhe. E aí, vai brigar

com quem? Não dá para exigir algo de outra pessoa

quando você também não dá o exemplo.

Pequenas atitudes podem garantir mais do que

uma boa convivência. Elas podem trazer saúde e

melhoria na qualidade de vida de todo mundo. Nin-

guém é obrigado a olhar para o chão e desviar do

coco que fica ali.

Só para efeitos de comparação, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, a multa para os responsáveis pelos cachorros, que não retiram os dejetos de seus animais das vias públicas, é de 100 dólares

Capa

Page 22: Revista Portal dos Condomínios - set/out

18 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

Carlos José Silva Borges

Comunicação

Colégio Divino Salvador

Novamente, vale recorrer ao tema dos

Cursos Técnicos, pois é um assunto de extrema

importância na atualidade e no futuro dos jo-

vens da nossa região.

Por enquanto, vamos analisar a diferença

entre o Ensino Médio e o Curso Técnico com

Ensino Médio.

A questão não é e nunca será descobrir

qual opção é a melhor. Cada caso indica uma

tendência. É preciso primeiro que o jovem en-

tenda a importância de pesquisar as profissões

com antecedência e encontrar a sua preferên-

cia. A partir daí, saberemos se o ideal é passar

pelo Ensino Médio ou pelo Curso Técnico.

Quando o jovem já tem uma dimensão

da carreira que deseja seguir e essa linha se

enquadra em Cursos Técnicos oferecidos na

médio ou técnico?

região - e esse jovem tem o interesse de entrar

o mais rápido possível no mercado de trabalho

- optar pela formação profissionalizante é o

mais indicado.

Vale ressaltar que a região e principalmente

Jundiaí estão passando por um aumento ex-

ponencial de vagas de alto rendimento. Mais

ainda: as empresas já estão (realmente) com

dificuldades de encontrar mão de obra quali-

ficada. No entanto, ainda encontramos muitos

jovens perdidos, sem saber o que fazer, bus-

cando emprego... Que estranho, não é? O que

está acontecendo?

O problema é que há pessoas que estão

descobrindo um pouco tarde, nos anos iniciais

da faculdade ou até depois de formados, que

deveriam ter optado por um Curso Técnico,

pois já estariam no mercado e, consequente-

mente, melhor encaminhados na carreira. Hoje

em dia as empresas estão contratando cada

vez mais jovens, tanto pela questão salarial,

como também pela oportunidade de formar

profissionais conforme a ideologia da insti-

tuição. Começar cedo vem fazendo a

diferença!

Já a vantagem do En-

sino Médio é, obvia-

mente, a carga maior

dos conteúdos ex-

igidos no vestibular e também nas matérias

de formação humana. Ou seja, por mais que

haja uma boa programação de Ensino Médio

em um Curso Técnico, cursar apenas o Médio

pode sim preparar melhor para superar os mel-

hores vestibulares. Quando a profissão do seu

interesse só está disponível na universidade ou

o seu foco agora é uma formação mais ampla

em educação básica e não em trabalhar nessa

carreira pelos próximos anos, o Ensino Médio é

o caminho ideal!

Pense bem no seu presente e no seu fu-

turo! É lógico que há exceções para quase tudo

na vida e a gente, com dedicação, pode sempre

mudar o nosso rumo. Mas se você já tiver um

sonho, analise bem e siga a sua escolha com

muito empenho!

O tempo está cada vez mais valioso...

Não perca o seu!

EDUCAÇÃO

Page 23: Revista Portal dos Condomínios - set/out

19Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

Page 24: Revista Portal dos Condomínios - set/out

20 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

a Festa do síndico vem aí

Por Rodrigo Góes

A região de Jundiaí vai ganhar um evento

especial em homenagem ao Dia do Síndico. No

próximo dia 28 de novembro a Proempi e o Se-

covi realizarão, com apoio da revista Portal dos

Condomínios, a 1ª Festa do Síndico, um grande

evento para comemorar o progresso nas ativida-

des do mercado condominial em 2012.

A festa será de gala, com direito a jantar,

Evento

stand up, banda show e sorteio de brindes, e

acontecerá no Espaço Monte Castelo, reserva-

do apenas aos síndicos, presidentes de associa-

ção de moradores, administradores e empre-

sários do setor.

O objetivo da 1ª Festa do Síndico é unir

ainda mais o setor condominial, ação esta

já proposta pela Proempi desde o final de

2011 quando foi lançado o Conselho de

Síndicos, que visa analisar as necessidades

em comuns dos condomínios na região de

Jundiaí.

O encontro terá também um caráter

social, pois para a retirada dos convites,

o síndico e seu acompanhante deverão

levar uma lata de leite em pó, que será doada a

uma instituição de caridade a definir. Os ingres-

sos deverão ser retirados obrigatoriamente na

sede da Proempi, localizada no Edifício Nino Pla-

za, na Rua Abílio Figueiredo, 92, conjunto 83, em

Jundiaí-SP.

Durante mais de 60 dias uma equipe orga-

nizadora da Proempi, juntamente com a revista

Portal dos Condomínios, reuniu para definir o

melhor formato para este evento. A escolha de

um jantar, com show de stand up e apresentação

de banda se deu para fugir dos atuais padrões de

eventos de condomínios na região de Jundiaí. O

objetivo é celebrar o Dia do Síndico com alegria

e descontração. Por esse motivo, está sendo pre-

parada uma apresentação divertida de stand up

com assuntos relacionados aos condomínios e

seus causos mais marcantes.

O local escolhido também foi determinan-

te para a realização do evento. O Espaço Monte

Castelo é uma das principais referências, assim o

a escolha do buffet foi criteriosamente definida

para oferecer uma festa de qualidade. Para abri-

lhantar ainda mais a noite (o evento ocorrerá a

partir das 19h), será realizada uma apresentação

de banda show, aqueles grupos que fazem per-

formance e animam até os mais tímidos!

O Portal dos Condomínios fará a cobertura

do evento, trará na próxima edição todas as fotos

e também disponibilizará em sua fan page, no

Facebook, todos os momentos marcantes da 1ª

Festa do Síndico.

A 1ª Festa do Síndico servirá para comemorar

os 20 anos de atividades da LGM, que é Patroci-

nadora Master do evento. A empresa é uma das

Page 25: Revista Portal dos Condomínios - set/out

21Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

referências em prestação de serviços para con-

domínios e também tem uma forte presença em

alarmes e monitoramento.

Três das principais administradoras de condo-

mínios da região de Jundiaí estarão apoiando o

evento. Impacto, Móbile e Cortizo, que juntas so-

mam grande parte da administração condominial

da cidade, aceitaram em retribuir toda a confian-

ça depositada pelos síndicos no trabalho que vem

sendo realizado há anos.

Duas grandes empresas também já fazem

parte do quadro de patrocinadoras (Quota Dia-

mante): a Ultragaz, que tem a exclusividade de

exposição no segmento de Gás, e a Braseg, for-

necedora de produtos de CFTV, alarmes e portões

eletrônicos, entre outros.

A 1ª Festa do Síndico também é uma exce-

lente oportunidade para fazer divulgação. Isso

porque o evento contará com a presença de 400

pessoas, com expectativa de pelo menos 150

síndicos. As vagas são limitadas e a exposição

é atrativa. Os interessados em participar deste

evento como patrocinador devem entrar em con-

tato com a secretaria da Proempi, através do tele-

fone: 11 4586-3535.

a Festa do síndico vem aí

Page 26: Revista Portal dos Condomínios - set/out

22 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

ACONTECE

programe-se. evento em 2012

cursos, ainda há vagas

de olho nos parquinhos

Por Rodrigo Góes

Além da primeira Festa do Síndico, outro

evento marcante para o mercado condominial da

região de Jundiaí e que já se tornou referência é

o Portal Debate, uma realização da revista Portal

dos Condomínios.

Com formato diferenciado, com apresenta-

ção dos palestrantes e grande espaço para per-

guntas e respostas, a edição 2013 promete mui-

Por Rodrigo Góes

Aproveite a oportunidade de profissionalizar

o seu condomínio. Últimas vagas.

1 – Noções de Zeladoria

Conteúdo: Conceitos sobre condomínios;

Atribuições e responsabilidade do zelador; Rela-

ções interpessoais; Portaria e segurança patrimo-

nial; Serviços gerais: limpeza e conservação, trata-

mento de piscinas, estacionamento e jardinagem.

Carga Horária: 24h

Certificação SENAI: 75% de presença e 50%

de rendimento

Investimento:

Associados Proempi: R$ 150,00.

Por Vivian Lourenço

Balanço, escorregador e gira-gira; impossível

não ver uma criança com os olhinhos brilhando

nesses brinquedos, tão comuns nos parquinhos.

Mas os pais sabem quem fiscaliza os equipamen-

tos da brincadeira da molecada? E não é raro en-

contrar os equipamentos dos parques em mau es-

tado de conservação, que certamente trazem um

risco para os pequenos.

No dia 4 de setembro, na sessão ordinária da

Câmara Municipal de Jundiaí, os vereadores apro-

varam a Moção nº. 222/12, de autoria da verea-

dora Ana Tonelli. A moção trata da fiscalização de

brinquedos em parques, escolas e diversos outros

estabelecimentos. A intenção é exigir vistorias

anuais, conforme projeto que tramita na Assem-

tas novidades. E para garantir uma vaga especial

de exposição da sua marca aos síndicos, subsín-

dicos, conselheiros, moradores de condomínios,

presidentes de associação de moradores e ad-

ministradores, entre em contato com a revista o

quanto antes: 11 4522-2142 ou portaldebate@

portaldebate.com.br

Para saber como foram as edições passadas,

acesse: www.portaldebate.com.br

bleia Legislativa.

O texto nada mais é do que um apoio ao

Projeto de Lei n.º 514/2012, do Deputado Es-

tadual Roberto Massafera, que fala sobre a

exigência de vistoria anual com laudo técnico

acompanhado da respectiva via da Anotação de

Responsabilidade Técnica (ART) para utilização

de brinquedos em parques infantis de educação

infantil, ensino fundamental público ou privado,

bufês, parques públicos, de diversão, condomí-

nios, hotéis, clubes e similares.

Então, a partir de agora fique de olho, e an-

tes de deixar seu filho brincar no parquinho da

rua ou do condomínio, exija a vistoria ou a ART

dos brinquedos. A segurança tem que vir sempre

em primeiro lugar.

Não Associados: R$ 240,00

2 – Auxiliar de Eletricista

Conteúdo: Conceitos sobre auxiliar a execu-

ção de instalações elétricas residenciais, públicas,

comerciais e industriais de acordo com normas

técnicas, ambientais, de qualidade e de seguran-

ça e saúde do trabalho.

Carga Horária: 40h

Certificação SENAI: 75% de presença e 50%

de rendimento

Investimento:

Associados Proempi: R$ 200,00

Não Associados: R$ 290,00

Page 27: Revista Portal dos Condomínios - set/out

23Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

Page 28: Revista Portal dos Condomínios - set/out

24 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

UTILIDADES DOMÉSTICAS

Page 29: Revista Portal dos Condomínios - set/out

25Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

Page 30: Revista Portal dos Condomínios - set/out

26 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

ARTIGO

o que o vinho tem a

ver com os condomínios?

E você deve estar dizendo: então me expli-

que!

Há dez anos, conversava com um conceituadís-

simo enólogo chileno e um dos melhores do mun-

do. Para nós do mundo do vinho é um momento

de êxtase, haja vista é como se estivéssemos ao lado

de uma figura mítica tal o deslumbre.

Indaguei-o sobre como deveria ser maravilho-

so um enólogo chegar ao ápice da sua profissão,

fazer o que gosta, viajar pelo mundo a trabalho

em busca de novos conhecimentos, dar palestras,

aulas, encantar as pessoas apaixonadas pelo vinho

etc.

Qual foi minha surpresa quando ele me inter-

rompeu com a seguinte frase:

“A coisa mais bonita do vinho são os amigos

que ele lhe proporciona”.

Uma irrefutável verdade.

Traremos essa frase para o dia a dia de um con-

domínio. Por vários motivos, seja pelo tamanho do

condomínio, ausência das pessoas devido o traba-

lho, comportamento introspectivo, morador recém

chegado, entre outros, fazem com que deixem de

se conhecerem melhor, abstendo-se ao simples

bom dia no elevador, ou na caminhada quando o

condomínio tem esse espaço.

Agora, imagine você meu caro amigo leitor que

está inserido no cenário acima exposto, receber

um convite para participar de uma degustação de

vinhos de um determinado país ou vários países, no

salão de festas do seu condomínio, acompanhada

de uma pequena palestra explicativa e informações

técnicas das vinícolas e dos vinhos a serem degus-

tados!

No final do ano então, ahhh que beleza, com o

espírito festivo das festas nos tomando conta, nada

mais alegre do que uma degustação de espuman-

tes nacionais, que nos dias atuais, tão bem estão se

posicionando no mercado mundial! Concorda que

a timidez pedirá licença para se retirar ou, aquele

morador sisudo que você imaginava ser, na realida-

de é um contador de piadas, ou aquela moradora

que diziam ser uma chata, mas verá que não é tão

chata assim, enfim, às vezes tudo muda pela sim-

ples oportunidade de estarem ali, juntos, degustan-

do vinhos e se conhecendo melhor.

Por tudo isso, associado ao prazer e à saúde

quando tomado com parcimônia, essa bebida mi-

lenar também tem essa propriedade de unir as pes-

soas, basta definir o tema, os vinhos, se espuman-

tes, brancos, roses ou tintos, e harmonizá-los com

uma comidinha.

Crie uma Confraria em seu condomínio, assim

haverá mais um grande momento de prazer na sua

vida, enaltecendo que, vinho é cultura, exageros à

parte, a oitava arte. Carpe Diem.

Muito Obrigado e até uma próxima oportuni-

dade!

Sou o Adilson Pilot, profissional do Mundo do

Vinho, e coloco-me inteiramente à disposição para

os que se interessarem sobre o assunto.

[email protected]

11 99118-9555 / 11 7602-7033

muita coisa

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27Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

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28 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

BEM-ESTAR

de lixo a nutrientePor Vivian LourençoAs plantas alegram qualquer ambiente. Dificil-

mente você verá uma residência com ar triste que

contenha uma planta ou flor; por menor que seja

um vaso ele já é capaz de fazer uma verdadeira

transformação em qualquer pessoa. E se nós preci-

samos de alimento para suportar as dificuldades do

dia a dia, imaginem as plantas, que dependem to-

talmente dos donos para sobreviver?

Um dos itens principais para a manutenção das

plantas, além de dispensar alguns minutos de cui-

dado e água, é uma boa terra adubada. Compostos

artificiais podem até resolver o problema, mas por-

que gastar se há como conseguir adubo reciclando

os alimentos que não servem mais. O que não te

serve, pode se tornar, de forma simples, um excelen-

te método de nutrição para as suas plantas.

Muitos podem torcer o nariz por causa do adu-

bo orgânico fabricado em casa, parte pelo cheiro,

parte por não saber como proceder corretamen-

te para ter um composto eficaz. Há duas opções:

comprar uma composteira (na qual se preparará o

adubo) ou fabricar uma de forma simples, porém

eficiente; é nela que será realizada a compostagem.

Compostagem é um processo biológico atra-

vés do qual microrganismos naturais e presentes no

meio ambiente “atacam” o lixo, reduzindo (muito)

seu volume. Ele será decomposto em partículas mui-

to pequenas e isentas de agentes nocivos, transfor-

mando-no em um material estável, fertilizante e be-

néfico ao meio ambiente.

O processo é básico e muito simples. Para resu-

mir, você precisará separar o lixo orgânico rico em

nitrogênio e misturá-lo a restos vegetais ricos em

carbono. A mistura irá gerar o composto orgânico.

Segundo o diretor da Agroambiental, Luiz

Henrique S. Carvalho, o material necessário para

construir uma composteira são duas caixas plásti-

cas (aquelas que se acham em feiras), dois metros

de tela sintética de jardim e uma pá ou garfo de jar-

dinagem. Para construir a composteira, primeiro é

necessário forrar as caixas com a tela. “Para fixar a

tela, você pode costurá-la nas bordas, aproveitando

que a caixa tem vários furinhos, ou prender com um

arame ou elástico. Procure não deixar espaços entre

a tela e a caixa para que o lixo fique com seu peso

apoiado sobre a caixa e não fique forçando a tela.”

É importante ter em mente que a proporção

do lixo deve obedecer a uma simples regra, que são

duas partes de carbono para uma parte de nitro-

gênio (no blog do Portal tem a tabela dos lixos que

liberam esses dois gases). “Funciona como a alimen-

tação das pessoas: nós comemos (ou deveríamos

comer) uma pequena porção de proteínas e uma

porção maior de fibras e carboidratos”.

O passo seguinte é forrar o fundo da compos-

teira com restos secos de jardinagem ou lixos como

papéis, guardanapos, serragem e outros. Depois, é

necessário depositar o lixo “úmido” por cima. Por

fim, se for possível, cubra com um pouco de folha-

gens secas.

Se você fez tudo direitinho, depois de dois me-

ses já não será possível identificar nenhum tipo de

lixo ou restos vegetais. “Tudo vai estar com um as-

pecto bastante homogêneo, com exceção de ga-

lhos, espigas de milhos ou caroços muito grandes.

Esses você pode separar e jogar em uma compostei-

ra nova. Depois de mais uma rodada eles certamen-

te desaparecerão”.

Depois de pronto, basta acrescentá-lo em qual-

quer tipo de planta, já que sua origem vegetal fun-

ciona como complemento do solo, e o seu lixo dos

últimos meses vai embora de uma maneira limpa e

100% orgânica. Além de colaborar com o meio am-

biente, diminuindo o que vai para os aterros sanitá-

rios, você ainda cuida das suas plantas.

Para saber se o composto está ideal, Luiz passa

algumas dicas. “O composto deve ter uma tempera-

tura morna, sinal de que as reações químicas estão

acontecendo. Se estiver muito quente significa que

está fermentando demais e os microrganismos estão

morrendo”.

Porém, se estiver muito fria não chega a ser um

problema, porém vai demorar mais para a decom-

posição total. Nesse caso é provável que faltem lixos-

-nitrogênio. “O composto deve ter uma textura mais

homogênea possível. Procure triturar um pouco os

lixos antes de jogá-los na composteira”. Se estiver

embolado e pegajoso não é muito bom. Nesse caso,

remexa com mais frequência. Agora, se estiver afo-

fado é um bom sinal.

Depois de um tempo, é claro que sua com-

posteira começará a ficar com a capacidade lotada.

Quando isso acontecer, finalize com uma boa ca-

mada de folhas secas e deixe descansar por 60 dias,

revirando uma vez por semana. Enquanto isso pode

começar o mesmo processo com a outra caixa, que

está vazia.

Luiz também explica que alguns problemas com

a composteira podem surgir, mas há solução para

eles. “Se ela estiver muito úmida e você remexer o

conteúdo e ele parecer um ‘pudim de lixo’, é porque

está faltando lixo tipo Carbono [C], que é a “massa”.

Coloque mais restos secos de jardim, ou serragem,

ou jornal picado”.

Agora, se ela estiver apresentando mau cheiro,

é porque você colocou muito lixo tipo nitrogênio.

“Novamente, capriche em coisas do tipo Carbono.

Borra e filtros de café também ajudam. Lembre-se,

essa é uma compostagem aeróbica, bem ventilada,

e por isso não deve apresentar cheiro algum!”

E quando vai ser a hora de colocar as minho-

cas? “Quando o conteúdo estiver a meia-vida, ou

seja, com os restos já semidecompostos é a hora

certa”. Para isso, você vai precisar afofar bem o ma-

terial deixando-o o mais homogêneo possível. De-

pois, cave um buraco a meia profundidade da cai-

xa e deposite ali as minhocas. Numa caixa com 20

quilos, 200g de minhoca já são o suficiente. Tampe

tudo e cubra toda a superfície com palha ou outros

restos vegetais secos. Depois, cubra com uma lona

preta e por fim, cheque uma vez por semana a tex-

tura do composto, remexendo com cuidado.

Pronto, de maneira simples e eficiente você aju-

da o meio ambiente, evitando o acumulo de lixo nos

aterros sanitários e ainda economiza com os cuida-

dos com a planta, oferecendo a ela uma nutrição

mais eficiente e sem compostos artificiais.

Veja em nosso blog qual o lixo que serve ou não serve para a composteira. Acesse:

http://portaldoscondominios.

wordpress.com/

Page 33: Revista Portal dos Condomínios - set/out

29Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

Page 34: Revista Portal dos Condomínios - set/out

30 Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

Desde que sua

irmã faleceu, Dona Chica

ouve barulhos no prédio,

conversas, brigas, latidos de

cachorros e outras coisas mais.

Porém quem sofre com os barulhos

de Dona Chica é o síndico que tem que ouvir suas

reclamações e muitas vezes buscar soluções onde não há

problemas.

Naquela segunda-feira de dia nublado, um verdadeiro dia

londrino, Dona Chica encontrou o síndico e o zelador no eleva-

dor, sem pestanejar retirou da bolsa, quatro reclamações de

seus vizinhos que incomodavam seu sonho praticamente toda

a semana, exigindo das autoridades do prédio, providências

urgentes contra o barulho.

O primeiro pedido foi esclarecido no ato, o apartamento

de cima fazia muito barulho, os vizinhos arrastavam os móveis

por toda noite, incomodando Dona Chica. O apartamento que

tanto barulho faz toda noite está desocupado há mais de seis

meses, esperando seus proprietários se mudarem de volta ao

Brasil depois de mais uma temporada na Europa.

O segundo é de um cãozinho vira-lata do apartamento

82 que, conforme Dona Chica, late sem parar quando seus

donos saem para o trabalho. Esta missão foi dada ao zelador

que visitou o apartamento tocando a companhia por várias

vezes e nenhum latido ou sinal de cachorro no apartamento.

Pelo interfone foi avisado pelo morador que o pobre cãozinho

faleceu há quatro meses e de velhice, sendo que há muito tempo

não tinha forças nem para latir. Alarme falso.

O terceiro era um jogo de truco todas as quarta-feira, que

começava antes da 22h e ia até perto da meia noite. O apar-

tamento era de um casal sem filhos e que raramente recebia

visitas. Como poderia toda quarta ter jogatinha em pleno meio

de semana? O síndico foi averiguar e o jogo realmente acon-

tecia, somente nos intervalos jogo de futebol na TV em uma

propaganda de cerveja e, por cima, com o volume normal, nada

de exagero na cerveja e no barulho.

O quarto pedido vinha do apartamento 69, onde dona Chica

afirmava que a moradora negociava jóias e sempre recebia

sua clientela masculina fazendo um barulho muito esquisito

durante o dia e parte da noite. Esta o síndico foi averiguar se

o comercio existia, porém a jóia era outra. Sua clientela era

sempre homens de meia idade e nunca levavam a mercadoria

para casa, no máximo saiam com os cabelos molhados, mesmo

não havido chuva naquele dia. O síndico passou a fazer visitas

periódicas ao apartamento 69, sempre às quintas e o zelador

aos sábados pela manhã, porém, com todo cuidado para não

incomodar ninguém, principalmente Dona Chica.

Por Dr. José Miguel Simão Advogado e cronista

CRÔNICA

os quatro pedidos de dona chica

Ilustração: Rafael Godoy.

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31Portal dos Condomínios . Set/Out 2012

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