revista interbuss - edição 57 - 14/08/2011

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REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 2 • Nº 57 14 de Agosto de 2011 PELA FRANÇA E INGLATERRA Fábio Tanniguchi encerra seu grande relato de viagem pela Europa PELA FRANÇA E INGLATERRA Fábio Tanniguchi encerra seu grande relato de viagem pela Europa

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 57 - 14/08/2011

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 2 • Nº 57 14 de Agosto de 2011

PELA FRANÇAE INGLATERRAFábio Tanniguchi encerra seu grande relato de viagem pela Europa

PELA FRANÇAE INGLATERRAFábio Tanniguchi encerra seu grande relato de viagem pela Europa

Page 2: Revista InterBuss - Edição 57 - 14/08/2011

Viajará elTransMilenioViajará elTransMilenio

REVISTA INTERBUSS ESPECIAL TRANSMILENIOREVISTA INTERBUSS ESPECIAL TRANSMILENIODIA 4 DE SETEMBRO. NÃO PERCAM!DIA 4 DE SETEMBRO. NÃO PERCAM!

Page 3: Revista InterBuss - Edição 57 - 14/08/2011

Viajará elTransMilenioViajará elTransMilenio

Você vai conhecer o sistemade transporte rápido que é

orgulho nacional colombiano

REVISTA INTERBUSS ESPECIAL TRANSMILENIOREVISTA INTERBUSS ESPECIAL TRANSMILENIODIA 4 DE SETEMBRO. NÃO PERCAM!DIA 4 DE SETEMBRO. NÃO PERCAM!

Page 4: Revista InterBuss - Edição 57 - 14/08/2011

Passando pela França e Inglaterra

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 36 PÁGINAS

Colunista Fábio Tanniguchi conta em grande matéria como foi a sua passagem pela França e pela Inglaterra e relatao que viu por lá com várias imagens. 20

| A Grande Matéria - Parte 2

| A Semana Revista

Tarifas de linhas interestaduaisdeverá ficar menor com licitaçãoValor por quilômetro ficou abaixo da tarifa média atual; Governo federal aposta na queda do valorgeral após a licitação 07

| Especial Caio 65 Anos

Os articulados e biarticulados de sucesso da encarroçadora 14

| A Semana RevistaCampo Grande vai rescindir contrato com empresasCapital do Mato Grosso do Sul diz que empresas de ônibus nãoatendem mais as necessidades 09

Page 5: Revista InterBuss - Edição 57 - 14/08/2011

ANO 2 • Nº 57 • DOMINGO,14 DE AGOSTO DE 2011 • 1ª EDIÇÃO - 12:58 (2ª)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraCom a câmera na mão... 33

COLUNISTAS Adamo BazaniQueda no número de passageiros em linha do RJ 34

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

A GRANDE MATÉRIASegunda parte do relato de viagem à Europa 20

EDITORIALSequestro a ônibus no RJ 6

SEU MURALA seção especial do leitor 12

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzO fim das pinturas no Rio de Janeiro 13

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 30

ESPECIAL CAIOArticulados e Biarticulados de sucesso 14

| Deu na ImprensaDaniel fazcompra deParadiso G7 1800DDCantor esteve na Marcopolo na semana passada para conhecer o novo modelo 11

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 11

COLUNISTAS Luciano RoncolatoO pedestal dos busólogos e o encontro da Garcia 16

Obs: Excepcionalmente, o Diário de Bordo e as colunas de Fábio Tanniguchi e William Gimenes não são publicados nesta edição

| Viagens & MemóriaÚltimos dias de pintura antiga no Rio de JaneiroColunista Marisa Vanessa N. Cruz comenta sobre o prazo final da pintura da frota da cidade do Rio de Janeiro. A maioria doscarros já estão pintados. 13

PÔSTERCaio Millennium 18

Isaac Matos Preizner

Page 6: Revista InterBuss - Edição 57 - 14/08/2011

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOAnderson Rogério Botan e Luciano de Angelo Ronco-lato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos por ter colaborado com esta edição: Franz Hecher e Museu da Imagem e do Som deCampinas/SP

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

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O Rio de Janeiro viu mais um

ônibus sendo sequestrado por bandidos na

última terça-feira. Um veículo da Viação

Jurema, que faz a linha Praça XV (RJ) /

Duque de Caxias, com ar-condicionado e

vidros colados, foi abordado por bandidos,

que se passaram por passageiros, e logo

em seguida anunciaram o sequestro.

O motorista percebeu a intenção dos bandi-

dos, na Praça da Bandeira, altura do Sam-

bódromo, parou no ponto seguinte, pediu

ajuda a policiais e fugiu. Um passageiro

dirigiu o ônibus até a Prefeitura carioca.

No fim das contas, dois presos, um solto

pela Justiça, e um quarto foragido. Cinco

baleados, sendo uma em estado grave.

A questão é que não é a primeira

vez que o Rio vê uma ação do tipo. Todos

se lembram do caso do “sequestro do ôni-

bus 147”, em 2000, que terminou com a

morte da passageira refém e do bandido.

Isso por que falamos apenas do

Rio de Janeiro. Mas em grandes cidades

como São Paulo, Campinas, Belo Horizon-

te, o número de assaltos aos ônibus urba-

nos é assustador.

Caso não se lembre, em 2000, um

assaltante sequestrou um ônibus que fazia

a linha 147, e fez uma passageira refém. O

caso foi mostrado ao vivo pelos programas

O sequestro ao ônibus no Rio de Janeiro

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial sensacionalistas de TV da época. Depois

de horas de intensas negociações e amea-

ças, o bandido desceu do ônibus com a re-

fém. Aí, uma ação desastrosa da polícia,

um atirador de elite acabou atingindo a

passageira, que morreu na hora. O bandido

foi morto a caminho da delegacia.

Após a tragédia, as empresas começaram

a instalar câmeras de segurança, os siste-

mas de bilhetes eletrônicos ganharam de-

staque, e a segurança era palavra-chave

nas administrações. É bem verdade que os

índices reduziram, mas não acabaram to-

talmente com a violência.

Não bastasse, parece que a preocupação

com a segurança diminuiu. Em algumas

cidades, as câmeras foram retiradas, ou ai-

nda estão lá, mas como enfeite. A grande

questão é: o que mudou em 11 anos? Pou-

co, quase nada.

REVISTAINTERBUSS Expediente

Page 7: Revista InterBuss - Edição 57 - 14/08/2011

• Paraná Online / Agência [email protected]

Tarifas de ônibus interestaduaisdevem ficar mais baratas em 2012

As tarifas de ônibus interestaduais devem ficar mais baratas a partir do ano que vem. É o que prevê o novo modelo de lici-tação da malha rodoviária interestadual que o governo quer licitar em janeiro de 2012. A redução tarifária será consequência da fixa-ção de indexadores com valores mais baixos pela Agência Nacional de Transportes Ter-restres (ANTT) para o cálculo do preço da passagem, que variarão de R$ 0,096 a R$ 0,1225 por quilômetro. O coeficiente tarifário atual é de R$ 0,1228. O preço da passagem é obtido mul-tiplicando-se esse valor pela extensão da linha, acrescido da taxa de embarque, que varia de terminal para terminal, e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado pelos Estados. “Com base nisso, podemos dizer que 85% da população vai ter redução tarifária”, afirmou Sônia Had-dad, superintendente de serviços de trans-porte de passageiros da ANTT. O processo de audiência pública do novo plano geral de outorgas do setor teve início terça-feira e estará aberto até 12 de setembro. A previsão da agência é que o edital de licitação seja lançado em outubro. Serão submetidos à concorrência pública 60 lotes de 1.967 linhas. É a primeira vez que o serviço de transporte terrestre de passageiros será sub-metido a um processo de licitação. “É um sistema que nunca foi licitado, nunca foi re-

Luciano Roncolato

Licitação das linhas interestaduais

gulado. Foi construído a partir do empreende-dorismo dos operadores. Pelo fato de ter sido construído pelas livres forças do mercado, é um sistema que tem que ser respeitado, o que não quer dizer que não tenha aperfeiçoamen-tos a fazer”, observou Bernardo Figueiredo, diretor-geral da ANTT. Ele ponderou que o processo de licitação é uma oportunidade de trazer “mo-dernidade” para o setor, em um cenário de movimento agressivo do setor aéreo, que tem tomado o mercado de muitas linhas de ônibus, sobretudo nas longas distâncias. Figueiredo admitiu, porém, que em alguns trechos “talvez sejam perdas irrecuperáveis”, pois à medida que a população ganha mais poder aquisitivo, ela opta por um sistema de

transporte mais rápido e mais confortável. “Nós queremos ter um sistema que se assemelhe e até supere o que o aéreo ofe-rece”, enfatizou o diretor-geral. A ANTT cri-ou um site que permitirá ao usuário ter acesso a informações, como horários de chegada e saída dos ônibus e preços das passagens. Outra inovação será a exigência dos operadores de ônibus mais novos para prestar o serviço. Inicialmente, a idade máxima per-mitida para a frota será de 10 anos, idade que será reduzida gradativamente até alcançar o patamar de cinco anos de uso, em média. Hoje a frota dos ônibus interestaduais tem 14 anos de idade média. Atualmente, a frota cadastrada na ANTT é de 16.325 ônibus, dos quais 60% têm idade abaixo de 10 anos.

LICITAÇÃO • Empresas que operam com liminares deverão encerrar atividades

A S E M A N A R E V I S T ADE 8 A 14 DE AGOSTO DE 2011

REVISTAINTERBUSS • 14/08/11 07

Valor por quilômetro vai cair inclusive para o teto; Estimativa é de 85% de linhas beneficiadas

Terminal de ônibus é atacado a tiros em Piracicaba

O terminal de ônibus de Piracicaba, no interior paulista, sofreu um novo ataque na noite desta terça-feira (9). Os tiros foram disparados por um motoqueiro. Foi o terceiro ataque em menos de 20 dias.

Neste último ataque, os tiros acer-taram a base da Guarda Municipal que fica dentro do terminal. Na segunda-feira (8), três bananas de dinamite em gel e quatro metros de cordões detonadores foram encontrados no mesmo lugar. No fim do no mês passado, assal-

tantes pularam as catracas do terminal - um deles estava armado. O funcionário da bilhe-teria foi rendido e entregou todo o dinheiro do caixa – cerca de R$ 400. Os outros crimi-nosos foram até a base da Guarda Municipal e roubaram uma arma. Pelo menos seis pes-soas participaram da ação.

De novo

• G1 - [email protected]

Page 8: Revista InterBuss - Edição 57 - 14/08/2011

Procon considera ilegal dupla cobrança em Campo Grande

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Ronc

olat

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O Procon e o Ministério Público Es-tadual (MPE) consideram ilegal a cobrança dupla da passagem de ônibus, denunciada na quinta-feira (11) ao jornal Correio do Estado por usuários do transporte coletivo Campo Grande. O órgão de defesa do consumidor ain-da ameaça aplicar multa de até R$ 3,5 milhões às empresas de ônibus, caso seja comprovada cobrança abusiva. O caso envolve passageiros que ti-veram de passar o cartão eletrônico por duas vezes para liberar a catraca. A alegação da As-sociação de Empresas do Transporte Coletivo (Assetur) foi a de que está sendo feita a co-brança de R$ 4,40 de alguns usuários porque na segunda-feira (8), devido a um erro no sistema, foi descontado apenas R$ 1 por pes-soa. Agora está sendo cobrada a diferença. A cobrança de mais de um crédito por viagem pegou os usuários de surpresa, pois a Assetur não fez nenhum tipo de comunicado avisando que adotaria esse procedimento. Para o diretor-presidente do Procon, Lamartine Ri-beiro, a atitude das empresas de ônibus fere o Código de Defesa do Consumidor e pode ser enquadrada como prática abusiva. “Vamos fazer um despacho instau-rador, pedindo para as empresas explicarem o procedimento. E a partir disso, vamos julgar”, explicou. Se for constatada a cobrança abusiva, as empresas poderão pagar multa, que varia de

R$ 400 a R$ 3,5 milhões. Também podem ser obrigadas a ressarcir os usuários prejudicados. O MPE informou que vai investigar o caso. Por meio da assessoria de imprensa, o promotor Luiz Eduardo de Almeida, da Pro-motoria de Justiça do Consumidor, adiantou que o prejuízo deveria ser assumido pelas empresas de transporte coletivo, porque o con-sumidor não teve culpa da cobrança indevida.

Reincidência A dupla cobrança se repetiu anteon-tem. A vendedora Lidiane Ribas de Souza, 33 anos, contou que pegou o ônibus Buriti-Termi-nal Bandeirantes e teve de passar duas vezes o cartão no leitor para a catraca ser liberada. “Foram descontados duas passagens”, recla-mou. “Meus passes estavam contadinhos”. O mesmo aconteceu com o indus-triário Marcos Figueiredo, de 34 anos, que também usou a linha Buriti. “Na hora que eu coloquei o cartão, travou a catraca e tive de passar de novo. Reclamei na Assetur e eles disseram que a empresa estava fazendo essa cobrança por causa de uma eventual cobrança errada na segunda-feira”, relatou. A Assetur informou que vai contin-uar cobrando o valor superior a R$ 2,70 por bilhete até as empresas serem ressarcidas das passagens cobradas a R$ 1 no dia 8 de agosto. Apenas os passageiros que usaram o ônibus na segunda-feira estão pagando a diferença, se-gundo a entidade.

Prefeitura vai asfaltar sete itinerários de ônibus

A S E M A N A R E V I S T AErro de sistema

ERRO • Cobrança a menor na segunda-feira teria causado o desconto maior no dia seguinte

• Correio do [email protected]

14/08/11 • REVISTAINTERBUSS08

Ponta Grossa

• Jornal da Manhã[email protected] Dentro de seis meses, Ponta Grossa terá mais sete linhas de ônibus pavimentadas, somando 69.200 metros quadrados de asfalto. O contrato da liberação das obras foi assina-do nesta sexta-feira (12) pelo prefeito Pedro Wosgrau Filho e os trabalhos serão iniciados na segunda-feira. Os prazos estabelecidos serão respeitados, levando-se em considera-ção as condições climáticas. A informação foi divulgada anteontem à coluna Fala Cidadão pela Prefeitura. Serão investidos nestas obras R$ 7,9 milhões, que beneficiarão diversas pessoas que vivem nos locais que serão pavimentados, como a dona Branislada Maletv. Ela mora há seis anos no Portal do Norte e vê com bons olhos a pavimentação da linha de ônibus, que passa em frente a casa dela. “Eu ouvi mesmo esses tempos atrás que iam asfaltar a rua e eu fiquei feliz com a notícia, porque quando o prefeito diz que vai fazer alguma coisa, eu sei que ele faz”, diz. Para as obras, a prefeitura conta com recursos do Banco Interamericano de Desen-volvimento (BID), conseguidos devido aos bons projetos desenvolvidos pelo município. Técnicos especialmente designados para avaliar os projetos das obras de Ponta Grossa e do programa em si estiveram na cidade no final de 2010, quando o município já tinha garantido a contrapartida para a obra. Para o prefeito, a pavimentação de linhas de ônibus representa grandes avanços nas obras programadas para Ponta Grossa. “Mais importante do que para a prefeitura, essas obras são de grande valor para a popula-ção, que terá o benefício da rua asfaltada, do ônibus mais rápido e muito mais segurança, despendendo menos tempo em seus trajetos, e com muito mais comodidade”, destaca o prefeito. Serão pavimentadas as linhas de ônibus do Parque dos Pinheiros (Cara-Cará), Jardim São Gabriel (Olarias), Jardim Ouro Verde (Colônia Dona Luíza), Jardim Nova Vila Velha (Cara-Cará), Portal do Norte (Chapada), Vila Mezzono e Jardim Aroei-ras I/Aroeiras II/Jardim Giana. A Secretaria de Planejamento informa ainda que esta é a primeira fase do projeto. Ao término desta, a prefeitura inicia a segunda etapa, que prevê a pavimentação de mais cinco linhas de ônibus.

Page 9: Revista InterBuss - Edição 57 - 14/08/2011

Campo Grande

R$ 3. “Teríamos de dar reajuste acima da infla-ção. É inviável” Nesta terça-feira, prazo final que a As-setur tinha para apresentar à prefeitura o plano de melhorias do transporte coletivo, a entidade pro-tocolou ofício propondo “tarifaço” para atender aos requisitos. A “promessa” de modernização do setor tornaria o município mais competitivo no pleito pelos R$ 280 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana, recursos que seriam investidos na me-lhorias no sistema viário de transporte da Capital. O anúncio oficial das cidades contem-pladas será no dia 26 de agosto e sem este plano nas mãos, o município corre o risco de perder boa parte dos investimentos do PAC - Mobilidade. De acordo com o diretor da Agetran, a administração municipal exigia das empresas mudanças no perfil da frota, investimentos em tecnologia, e adequações à legislação ambiental. Dentre os pedidos estavam a compra de mais ônibus articulados, renovação e compra de mais carros, informatização do sistema de controle dos trajetos, melhorias nos serviços de informação aos usuários, entre outros.

Contratos de ônibus serão rescindidos

tur), porque a força do poder concedente é muito grande”, ameaçou o procurador.

Concessão Para Borges e o diretor-presidente da Agência de Regulação, Marcelo Amaral, o mo-delo atual de concessão para o transporte público do município está “falido” e este é justamente o ponto de conflito entre prefeitura e Assetur. “Hoje nós temos uma série de novas obrigações que não estavam contidas originalmente naquele momento quando o contrato foi assinado, há 13 anos”, explica Amaral. Borges acredita, entretanto, que o im-passe acaba por ser “o ponta-pé para a criação de novo modelo de concessão que atenda as neces-sidades da cidades pelos próximos dez anos”.

Acima de R$ 3 Caso a prefeitura aceitasse o pedido de revisão tarifária da Associação das Empresas do Transporte Coletivo (Assetur), segundo o diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Rudel Trindade Junior, a pas-sagem de ônibus passaria a custar mais do que

FIM • Empresas da cidade não querem renovar, por isso a Prefeitura deve romper contratos

Luciano Roncolato

• Correio do [email protected]

REVISTAINTERBUSS • 14/08/11 09

A Prefeitura de Campo Grande vai acionar a Justiça para rescindir os contratos de concessão com as empresas do transporte co-letivo da Capital. As cinco viações — Cidade Morena, Jaguar, São Francisco, Campo Grande e Serrana — teriam direito de explorar o serviço até 2014, mas a postura das empresas, de condi-cionar os investimentos exigidos pela administ-ração municipal para a modernização da frota a um novo aumento na tarifa desagradou o prefeito Nelsinho Trad (PMDB). Semana passada, ele determinou que a Procuradoria Geral do Mu-nicípio (PGM) tomasse as medidas necessárias para antecipar o fim dos contratos com as con-cessionárias. De acordo com o procurador-geral, Er-nesto Borges Neto, a PGM, junto com a Agência de Regulação dos Serviços Públicos e a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) já iniciou os procedimentos para que seja aberto o processo licitatório assim que ocorrer a rescisão dos contratos. “Já definimos a nossa estratégia administrativa e jurídica e a partir de agora nós vamos colocá-las em prática”. O procurador afirma que todas as pos-sibilidades de negociação foram esgotadas. “É preciso ficar claro que a prefeitura não estava pedindo para as empresas assinarem um cheque de R$ 40 milhões. Estava sendo exigido um planejamento para que, em determinado prazo, fossem feitos alguns investimentos que vão re-percutir numa melhoria do sistema e vão atender as determinações do Plano Diretor de Transporte Coletivo. Isso tudo é preciso para a gente fazer a captação de recursos muito importantes para a Capital”. A negativa da Associação das Empre-sas do Transporte Coletivo (Assetur) de elaborar o plano de modernização, fez com que a prefei-tura entendesse que o serviço que as empresas prestam não atende mais as necessidades da Capital. “A partir de agora nos iniciamos um processo contencioso. Brigar nunca é bom, mas garanto que vai ser muito ruim para eles lá (Asse-

Um grupo de quase 60 estudantes fez um “apitaço”, na manhã deste sábado (13), no calçadão do Centro de Ribeirão Pre-to. Os jovens pediam passe livre nos ônibus urbanos.

Estudantes fazem apitaço por passe livreRibeirão Preto

• Jornal A [email protected]

Segundo André Dunque, de 26 anos, a manifestação seria para “abrir o olho” da classe estudante com relação à legislação. “Está na Constituição o direito dos estudantes ao transporte. Então é preciso avisar a popu-lação”. Ainda segundo ele, um dos orga-

nizadores do “apitaço”, os estudantes teriam direito a 54 viagens no mês, e que cidades em outros Estados já disponibilizam os passes. “A única exigência é de que o estudante more a uma distância superior a um quilômetro. Isso já funciona em Brasília, Rio de Janeiro, Maringá e Cuiabá”, completou o estudante.

Page 10: Revista InterBuss - Edição 57 - 14/08/2011

14/08/11 • REVISTAINTERBUSS10

A S E M A N A R E V I S T A

Empresas não querem BRT + Metrô

Felipe Pessoa de Albuquerque

A declaração do superintendente do Sindi-cato das Empresas de Transporte Público de Salvador (Setps), Horácio Brasil, de que não haveria espaço para integração entre metrô e BRT - como foi definido pelo governo do Estado e prefeitura de Salvador -, na visão do vereador Gilmar Santiago (PT), é um indica-tivo de que os empresários tentarão colocar ônibus comum na alimentação do sistema. Presidente da Comissão de Planejamento Ur-bano e Meio Ambiente da Câmara Municipal, o petista contesta a visão do Setps de que a cidade só poderia ter um ou outro modelo. “Quer dizer que a população não tem o di-reito a ter um transporte de qualidade, com os dois modais integrados? Na visão dele, então, Salvador - a terceira maior capital do Brasil - terá os mesmo ônibus precários nas vias”, protestou Gilmar, em entrevista ao Ba-hia Notícias. Para o vereador, Horácio Brasil tenta pressionar as administrações de forma equivocada. “É chantagem, mas, ao mesmo tempo, é a expressão da visão atrasada que predomina no Setps. No fundo, no fundo, é isso”, avaliou. Após perder a possibilidade de instalar o “busu moderno” na Paralela e ter que se contentar com as vias alimentadoras

Salvador

• Tô Sabendo [email protected]

BIARTICULADOS • Limitação de velocidade visa reduzir número de acidentes

EMTU apresenta 60 novos ônibus em Santos O governador Geraldo Alckmin en-tregou, ontem, mais 60 veículos para o siste-ma de Transporte Metropolitano da Baixada Santista, completando um total de 201 novos ônibus que foram entregues entre janeiro e agosto deste ano. O sistema é gerenciado pela Empresa Metropolitana de Transportes Ur-banos (EMTU/SP). Os veículos substituirão parte da frota das empresas Piracicabana e Breda. Do total de 201 carros, as empresas

Piracicabana e Breda

• Diário do Grande ABC [email protected]

permissionárias que atuam na Região Metro-politana da Baixada Santista já entregaram, nos últimos meses, 141 ônibus zero-quilô-metro. A nova frota inclui micro-ônibus e ônibus rodoviários para operação de linhas seletivas e ônibus urbanos, para circular nas linhas comuns. O investimento total das em-presas na aquisição dos 201 veículos é de R$ 66,4 milhões. Segundo o governo paulista, 73% do sistema será composto por ônibus totalmente acessíveis às pessoas com deficiência, que contarão com elevador para cadeira de ro-

das e espaço reservado no interior. Também há uma área especial para pessoas com de-ficiência visual e seus cães-guia. Os bancos reservados aos passageiros especiais serão diferenciados pela cor amarela. Uma das novidades, segundo o governo, é o maior conforto para todos os passageiros. Os bancos terão assentos e en-costo estofados, os vidros serão climatizados de forma que a temperatura ambiente poderá ser regulada, além de diminuírem o volume de ruídos. Outro item são os ventiladores de teto.

do metrô, o Setps iniciou uma campanha com dezenas de vereadores aliados para tentar re-verter a situação e ameaça de acionar o Es-tado na Justiça. Diz até que dispõe de R$ 600

milhões para executar o projeto. Enquanto isso, os soteropolitanos sofrem com estações entupidas, tarifação elevada e veículos sujos, velhos e caindo aos pedaços.

DIVERGÊNCIA • Enquanto não se decide o que fazer, transporte em Salvador segue precário

Governo de SP lança projeto de ônibus turístico O governador Geraldo Alckmin apresentou nesta quinta-feira o Roda SP, projeto desenvolvido pela Secretaria de Turismo para levar linhas turísticas de ôni-bus, com veículos de dois andares (conhe-cidos como double-deckers), para diversas

Turismo

• Veja [email protected]

regiões do estado em diferentes períodos do ano. Para participar do programa, o turista teria de comprar um ingresso no valor de 10 reais, válido por todo o dia para embarque e desembarque nos pontos de parada do ônibus. Durante a viagem, os passageiros poderiam ouvir áudios em português, inglês e espanhol sobre a história e os atrativos da

região. Os primeiros roteiros experimen-tais do Roda SP começaram no dia 20 de julho, na Serra da Mantiqueira. Os ônibus levaram os turistas de Campos do Jordão gratuitamente para conhecer os principais pontos turísticos do município e de cidades vizinhas.

Page 11: Revista InterBuss - Edição 57 - 14/08/2011

Cantor Daniel compra Paradiso G7 DD Nos Estados Unidos, a utilização de ônibus para transportar os atletas das equipes de competição da Nascar, ou de basquete, ou de baseball, é uma ação muito difundida nos filmes produzidos para o cinema e TV. No Brasil, um dos segmentos que mais se utilizam dos ônibus são as bandas do estilo sertanejo, que cruzam o País para levar seus show. Um dos artistas mais assíduos nesta prática é o cantor Daniel, que acaba de adquirir duas no-vas unidades da Marcopolo, construídos es-pecialmente para atender às necessidades do artista. Um deles é o novíssimo modelo Para-diso 1800 Double Decker, da Geração 7, que a encarroçadora acabou de lançar no mercado. “Este é o primeiro Double Decker adquirido pelo Daniel e um dos primeiros do novo modelo a serem produzidos e entregues. Estamos muito felizes pela sua escolha, o que demonstra a satisfação com os nossos veícu-los. Por possuir dois pisos e poder receber

REVISTAINTERBUSS • 14/08/11 11

D E U N A I M P R E N S ARESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Transpo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

toristas, para que evitem circular na região. “Pelo fato deste contorno ter muito trânsito e representar um trajeto mais longo, muitos optam pela Linha Verde. Nesta campanha ire-mos também incentivar os caminhoneiros a utilizarem a faixa direita da Linha Verde nos horários permitidos”, diz Gilberto Antonio Cantu, Presidente da Setcepar. Se as medidas de proibição total da circulação de caminhões pelo trecho não fos-sem revisadas, além de prejudicar as trans-portadoras, também prejudicaria as 7 conces-sionárias instaladas na Linha Verde e seus respectivos clientes. As novas medidas são mais ponderadas e levam o comércio em con-sideração, sem deixar de fora a fiscalização e os problemas de trânsito.

Curitiba flexibiliza restrição de circulação na Linha Verde

Transpo Online

• Do site da Transpo [email protected]

configuração especial, quase como uma casa, o Paradiso 1800 DD será utilizado pelo cantor

em suas viagens”, explica Paulo Corso, diretor da Marcopolo

Divulgação

CSN firma 1ºs contratos da Transnordestina

Transpo Online

• Do site da Transpo [email protected]

LANÇAMENTO • Cantor fez compra de modelo recém-lançado pela Marcopolo

A prefeitura de Curitiba flexibi-lizou as medidas de restrição quanto à cir-culação de caminhões pela Linha Verde. O anúncio foi feito na terça-feira (9), pelo prefeito Luciano Ducci, após ter se encon-trado com representantes da Setcepar, ACP e Fenabre-PR. As proibições foram redefinidas e, a partir do próximo dia 1º, os caminhões com carga superior a sete toneladas estarão proi-bidos de circular pela Linha Verde, nos dias úteis, somente durante os horários de pico: das 7h às 10h e das 17h às 20h. Também foi anunciado que um trab-alho de conscientização será feito com os mo-

Luci

ano

Ronc

olat

o

Embora o início parcial das opera-ções só esteja previsto para o fim do ano que vem, a Companhia Siderúrgica Nacio-nal (CSN) firmou os primeiros contratos de transporte de carga na ferrovia. Até agora, já é esperada a movimentação anual de granéis líquidos de 16 milhões de tonela-das por ano. O principal acordo foi firmado com a Bemisa, do grupo Opportunity, que possui os direitos de exploração de uma área no Piauí, que só foi viabilizada com a construção da ferrovia. Outros acordos também já estão sendo consolidados com fabricantes da região. Os memorandos assinados nos acordos de carga através da Transnordes-tina, preveem 2 milhões de toneladas por ano no início de sua utilização, podendo chegar em até 30 milhões em sua capaci-dade máxima. A Bemisa informou que sua produção de minério de ferro no Piauí de-verá ter início em 2015, com 5 milhões de toneladas por ano e previsão para dobrar o número da produção até 2017.

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S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

Momento de diversão

EM RIBEIRÃO PIRESDia 14 de fevereiro de 2009 os amigos Tiago de Grande, Sérgio Carvalho e Rafael Cuesta em momento de descontração tomando uma cerveja com caldo em um bar de Ribeirão Pires, na Grande São Paulo.

Encontro de Busólogos em Londrina/PRSucesso

1º Encontro de Busólogos na Viação Garcia, em LondrinaPresentes no evento, Luciano Roncolato, Tiago de Grande, Gabriel Dias, Sérgio Carvalho,Anderson Ribeiro e Cicero Junior.O evento aconteceu anteontem e ontem e contou com a presença de mais de 50colecionadorespreviamenteselecionados. Napróxima edição,cobertura completa!

Pesquisa da Semana

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Você trocaria o ônibus de linha regular do seu bairro para andar em um veículo do transporte alternativo, se esse fosse mais caro que o ônibus?VISITE:www.portalinterbuss.com.br/revistaE VOTE!

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Você acredita que as principais obras previstas para a Copa de 2014 no setor de transportes irão sair do papel?

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Os últimos meses das pinturastradicionais dos ônibus do RJ

Falta pouco, muito pouco para que todas as viações cariocas pintarem todos os ônibus com a nova padronização. Ainda é possível observar pinturas antigas, aquelas tradicionais e criativas em al-gumas empresas. A cada tempo que passa, di-minui ainda mais a quantidade de ônibus com a pintura antiga. Outras como a Santa Maria e Rio Rotas já pintaram 100% da frota. O que o passageiro observava antes sua linha identi-ficando com a pintura da empresa, agora verá dezenas de linhas com a mesma pintura nova, confundindo ainda mais o passageiro. A confusão não remete apenas à troca de pintura, mas o que inclui também é a mudança de numeração em algumas linhas de ônibus. Veja um exemplo da primeira foto: A linha 260 hoje é a linha 363, e está escrito “antiga linha 260” no painel inferior e no a-desivo do lado do motorista. E para comple-tar, aparece também no itinerário principal alternando com ‘363 V. Valqueire’. A quanti-dade de informações em vários pontos estra-tégicos do ônibus, seja em cima, em baixo ou do lado, é para o passageiro visualizar rápido em qualquer ponto estratégico do ônibus an-tes de dar o sinal. Atualmente, tenho-me de contentar com as fotos de rua encontrados no Google Earth e no Google Maps. Por enquanto, as fo-tos foram tiradas antes de vir aquela padroni-zação que descaracteriza a imagem e a iden-tidade própria da empresa, e daí posso ver belas pinturas da Braso Lisboa, Ideal, Bangu, Tijuquinha, etc. Isto me traz saudades, não só em mim mas como todo entusiasta que adora os ônibus do Rio. Uma pena que alguns colecio-nadores não continuaram a atualizar sites históricos que mostram a evolução (e pintura) dos ônibus cariocas, mas também, não há o por quê de comemorar.

Micrões Algumas empresas do RJ, como Ideal e Paranapuan, aderiram a onda dos mi-crões, deixando os convencionais de lado. Primeiro, porque o custo é menor que um ônibus convencional. E segundo, comprando um lote desses micrões ajuda a economizar o caixa da empresa. A desvantagem, é claro, existe para linhas de alta demanda. Se colocar esses micrões, requer ampliar a quantidade desses na frota do que o número de ônibus convencionais. Primeiro, para retirar os conven-cionais para colocar micrões, é preciso uma análise de demanda. Como anda a lotação

dos ônibus? Se a lotação for média, é possível trocar por micrões? Se a lotação for alta, a quantidade de micrões será maior do que a quantidade de convencionais, e o custo diesel e mão de obra do motorista será maior. E por último, maioria dos micrões não vem com o banco do cobrador, fazendo com que o tempo do percurso seja maior, e que o motorista tenha também função dupla de motorista/cobrador, passando até uma péssima imagem para a empresa. É como se a viação estivesse à beira da falência. Na figura, tirada do Google Earth: no ponto final no bairro do Ribeira, na Ilha do Governador, vejam a quantidade de mi-

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

crões no local. E uma curiosidade da Ilha que não está na figura: a garagem da Ideal fica exatamente do lado da garagem da Pa-ranapuan, separados por uma rua. E lá no site da Paranapuan só existe um simples avi-so com um e-mail de serviço de atendimento ao cliente (só para dizer que a empresa tem site).

O futuro Após o prazo de um ano de pa-dronizar as pinturas dos ônibus cariocas, é bem provável que haverá mudança até nos prefixos de ônibus, como fizeram em São Paulo há oito anos. Vamos aguardar.

MUDANÇA • Está cada vez mais raro ver as pinturas tradicionais do Rio de Janeiro nas ruas. A maioria já está no novo padrão.

Google Street V

iew e LitoralBus - Ricardo O

liveira

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E S P E C I A L C A I O 6 5 A N O S

Em continuação ao especial dos 65 anos da Caio, mostraremos nessa edição a evolução dos Articulados retratada pelo lança-mento do campeão de vendas em São Paulo. O Caio Mondego. Falaremos também das novas versões lançadas do Apache Vip e do Apache S21. Recorde de vendas em todo seu perío-do de fabricação, o Apache Vip ganhou uma roupa nova em meados de 2007 com linhas mais arrojadas e seguindo a tendência do século XXI de fabricação de carroceria para ônibus. Sendo essa também um sucesso de vendas, a Caio di-vide sua fabricação com o Apache S22, sucessor do Apache S21. Pensando no maior conforto dos pas-sageiros, a Caio aliou o espaço à acessibilidade, com design atual e atendendo de forma plena o transporte dos passageiros no novo conceito de ônibus. O Articulado piso baixo Mondego,

Articulados ebiarticuladosmarcam sucesso da encarroçadora

Quarta parte

Recentes lançamentos chamam a atenção pelos belos desenhos , qualidade e durabilidade• Thiago [email protected]

inicialmente encarroçado apenas sobre chassi Mercedes-Benz, tem presença maciça em São Paulo, sendo essa a capital com maior frota desse modelo. Hoje em dia o Caio Mondego é visto também sobre chassi Volvo B9Salf, um inova-dor conceito de mecânica, que anula totalmente o uso de escadas para o embarque no ônibus, tor-nando assim o único chassi com acessibilidade 100%. O Mondego de chassi Volvo B9Salf tem seu modelo de carroceria diferenciado daqueles encarroçados sobre Mercedes, com leves mu-danças na mascara dianteira. O Mondego Bi-Articulado, lançado também sobre chassi Volvo, vem incrementar e inovar no conceito de trans-porte. Com 27 metros de comprimento e nenhum degrau de acessibilidade, ele é 100% piso baixo facilitando a locomoção interna nos ônibus. Atualmente, o Mondego Bi-Articu-lado pode ser visto em circulação na cidade de Campinas/SP, pela Itajaí Transportes Coletivos. É a Caio, mais uma vez pensando na frente com o melhor no conceito de transporte de passageiros!

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RETROSPECTIVA DAS CARROCERIAS DE MAIOR SUCESSO DA ENCARROÇADORA DE BOTUCATU/SP

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Os busólogos que não descem do pedestale o encontro de Londrina

A coluna desta edição poderá pa-recer um pouco estranha para algumas pes-soas, porém não posso deixar de comentar um fenômeno que está ocorrendo dentro do hobby e que está sendo deveras desa-gradável. Com o aumento das ocorrências negativas dentro do hobby, sobretudo por conta de algumas pessoas que ingressaram mais recentemente, começou-se a fazer uma espécie de “separação” dos coleciona-dores, dividindo-os em “busólogos” e em “colecionadores/admiradores”. Já comentei aqui em outra oportunidade sobre o detri-mento do termo “busólogo” principalmente por parte de alguns colecionadores mais an-tigos e sobre essa separação das pessoas, porém isso tem se intensificado cada vez mais. O mais curioso de todo esse pro-cesso é como se busca um “glamour” que não existe, fazendo-se essa separação. Al-guns mais antigos começaram a fazer o de-trimento do termo “busólogo” para se sepa-rarem dos colecionadores mais novos, que comumente erram em algumas afirmações,

etc, assim como todos que um dia já foram novos no hobby também erraram. Indo nes-sa onda, alguns colecionadores mais novos passaram a rejeitar o uso desse termo tam-bém, dizendo ser um “termo pejorativo que identifica colecionadores bagunceiros”. Na verdade, colecionadores mais novos que es-tão rejeitando esse termo na verdade estão querendo entrar para um “seleto grupo de colecionadores mais inteligentes” que não existe! Não existe colecionadores seletos! Todos estão no mesmo barco! Não consi-go compreender essa busca pela “fama” e “glamour” do hobby até hoje... Mas enfim, continuando com o que está ocorrendo no hobby, é lamentável. Nos últimos dias têm ocorrido uma onda de ataques aos “busólogos” em redes sociais, listas de e-mail, é praticamente um “apart-heid” dentro do hobby. As críticas estão se acentuando e partindo para o lado pessoal em alguns casos. Até nota-se uma pequena ponta de inveja entre algumas pessoas. Qual a diferença de ser chamado de “busólogo” e de “colecionador de fotos de ônibus” ou de “buseiro”? Absolutamente

nenhuma, pois o gosto é o mesmo. É o mes-mo que chamar mexerica de bergamota, o mesmo que chamar mandioca de aipim, e assim por diante. Estão criando um clima pesadíssimo em cima do termo “busólogo” sem necessidade, além do que na grande imprensa o termo é corrente e usado todas as vezes que se fala de colecionadores. Ontem, durante os primeiros co-mentários acerca do evento realizado na Viação Garcia em Londrina (sobre o qual comentarei mais adiante), nas listas de dis-cussões, houve uma enxurrada de críticas aos “busólogos” e algumas poucas à em-presa. Mas aí que tá: qual o problema em uma empresa de ônibus oferecer dois dias de diversão aos colecionadores? Isso é um grande avanço e deveria ser elogiado por todos pois está inserida no mercado do transporte uma nova legião de comandan-tes com uma nova filosofia, mais moderna e que visa a integração com a comunidade. Alguns comentários tratavam os “busólogos” como doentes mentais ou desocupados, só porque estiveram no even-to. Das duas, uma: ou é inveja, porque nem

HOBBY & DIVERSÃO Luciano [email protected]

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todos puderam ir, ou é prazer em discordar de tudo e de todos, se tornar polêmico e fi-car “famoso” pelas críticas. As listas de discussão estão se colocando em um pedestal alto demais, achando que estão livres dos “busólo-gos” só porque têm mais tempo de hobby e, talvez por isso, mais conhecimento que os novatos. O proble-ma é que a grande maioria que se mantém em listas até hoje já passaram por situações parecidas no pas-sado. Há alguns dias estive pesquisando um histórico de mensagens no Grupos.com.br para escrever sobre a venda da Viação Co-meta neste espaço e achei mensagens de vários colecionadores hoje muito respeita-dos falando um monte de baboseiras na época. Alguns que hoje criticam os novos colecionadores, falando que eles não sabem o que falam e ficam duvidando de informa-ções e fontes oficiais ou então criticam por confiarem em fontes tidas como duvidosas, estiveram comentando em dezembro de 2001 num tópico que já comentava a venda da Viação Cometa S.A. que duvidavam de tal informação, que se fosse verdade fariam tal coisa, etc., e logo depois já apareceram os primeiros Marcopolo Paradiso G6 com uma nova pintura da empresa. O pedestal em que as listas de dis-cussão estão se colocando é muito perigo-so. O ideal seria que todos trabalhassem de forma integrada, trocando experiências, co-

mentando novidades, etc. Mas não, alguns listeiros continuam se achando acima de tudo e de todos, e ainda por cima reclamam quando são corrigidos. Eles podem corrigir mas não podem ser corrigidos? Não posso discordar de que há al-guns colecionadores, sobretudo com contas no site Ônibus Brasil, que extrapolam o limite do bom senso, fazendo comentários descabidos, especulações ridículas e fazen-do tumulto. Para variar, ontem já teve outro tumulto, onde um colecionador comentou em uma foto que a Viação Garcia ia pro-mover o concurso de “melhor busólogo do Brasil”. De onde a pessoa tirou essa ideia insana? A informação foi rapidamente des-mentida pela Andrea Luft, para o bem do hobby e para o alívio dos colecionadores mais sensatos. Já imaginaram se aconte-cesse um concurso desse nível no Brasil? Se o hobby já está em pé de guerra, imagine se sair um concurso assim? Como sempre há busólogos querendo tumultuar as coi-sas, a exemplo da postagem de um Micruss da Busscar e o primeiro comentário do ci-dadão foi: “fight”, já esperando briga e que sua foto fosse muito bem vista e comenta-da. Ridículo isso. Se todos se ajudassem para escla-recer dúvidas, um ensinar o outro, o hobby com certeza seria muito mais aprazível, mas aqui prefere-se a rejeição a termos, bri-gas, pedestais elevados, e muito mais. Um

verdadeiro circo dos horrores.

* * *

Ontem pela manhã cheguei à cidade de Londrina para participar do desfile da nova frota da Viação Garcia durante o primeiro en-contro de busólogos da empresa. Na semana que vem faremos uma matéria completa a res-peito do evento, trazendo todos os detalhes para você, leitor. Mas hoje vou apenas me limitar a agradecer a recepção feita pelo sr. Mário Luft e por sua filha, Andrea Luft. São dois exem-plos de simplicidade e humildade que conta-giaram a todos os visitantes. A integração entre a cúpula da empresa com os busólogos foi algo assim ainda sem precedentes tanto na história do hobby quanto na história das empresas de ônibus no Brasil. Geralmente visitas e eventos ocorrem de forma mais engessada, com for-malidades, limitações e sempre alguém acaba reclamando de comportamentos, de ambos os lados. Não foi o que ocorreu nesse evento in-édito. Todos muito à vontade, descontraídos e muito bem atendidos por todos na empresa. Todos saíram muito satisfeitos. Estive presente apenas no sábado, pois na sexta ainda eu estava voltando de outra viagem, mas os comentários eram todos positivos, e o desfile também foi excelente. Deixo os parabéns pela iniciativa e que futuramente outros eventos possam acon-tecer e que mais busólogos sejam contempla-dos com dias tão marcantes.

PIONEIRISMO • Encontro na garagem da Viação Garcia foi o primeiro no ramo pela sua magnitude, tempo e eventos envolvidos

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REVISTAINTERBUSSI S A A C M A T O S P R E I Z N E RC U R I T I B A / P R • R E D E N T O R

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PRESSÃOConvergência do mercado para a compra de chassis desse porte foi decisiva para a entrada da Volvo nesse filão

A G R A N D E M A T É R I A - P A R T E 2

Paris (França) Paris, na França, é a maior cidade do país, com mais de 2 milhões de habitan-tes. Seu sistema de transporte é composto por uma vasta rede de metrô (214 km), uma rede de trens de subúrbio metropolitanos-RER (587 km), três linhas de tramway e um emaranhado de serviços operados por ôni-bus (351 linhas com 4300 veículos). Todo o metrô, todas as linhas de tramway e ônibus são operados e administrados pela RATP. Algumas linhas de RER são operadas pela SNCF e outras pela RATP. A Cidade-Luz recebe milhões de turistas anualmente e tem vários pontos

turísticos. Vamos abordar aqui o essencial e um pouco do que nem todos os guias indi-cam. Como não poderia faltar, o Museu do Louvre é um local que dizem ser de pas-sagem obrigatória. Vale a pena passar para ter uma ideia da quantidade de coisas que tem ali. É impossível prestar atenção em tudo em apenas um dia. A quantidade de pessoas é enorme. A sala onde fica a Monalisa é um lo-cal onde as pessoas se apertam para tentar ver o pequeno quadro de Da Vinci. Porém, a construção que abriga o museu já é em si uma obra de arte. E o museu em si é muito rico em obras. Há desde va-sos do Egito Antigo até a Monalisa. E tudo é muito bem apresentado ao público. Dica: vale a pena pedir um mapa do

• Fábio Takahashi [email protected]

museu e preparar o seu trajeto para ver apenas o essencial, se você não for fanático por arte e/ou tiver pouco tempo. Ver apenas aquilo que você quer economiza bastante tempo e evita que o passeio acabe virando um deses-pero para achar o quadro da Monalisa para tirar foto e ir embora. Saindo do Museu do Louvre dá para passear pela rue Fauborg de Saint-Honoré, onde há grifes famosas e gente rica passe-ando. Mesmo que seu objetivo não seja com-prar, é um passeio interessante que te leva até Madeleine, sem precisar gastar o passe de metrô e ficar embaixo da terra. Ao cruzar com a rue Royale, vire à direita. Você verá a Igreja de Madeleine. Atrás de você estará a Place de la Concorde. Em direção à Madeleine, você verá

Segunda parte do relato de viagem do nosso colunista de tecnologia Fábio Tanniguchi traz todos osdetalhes de diversos trechos entrea França e a Inglaterra

Continuando opasseio pela EuropaContinuando opasseio pela Europa

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REVISTAINTERBUSS • 14/08/11 21

uma simpática loja de macarons, um doce francês que ganhou o mundo e a alta cozinha. É a loja da Ladurée, que se orgulha de dizer que tem os melhores macarons do mundo, os verdadeiros macarons. Obviamente, não dá para comprar dezenas de macarons, mas vale a pena comprar pelo menos um para experi-mentar. De fato, o macaron do Ladurée é o melhor macaron do mundo. A Igreja de Madeleine vale uma vi-sita do lado de fora, tirando fotos. É uma bela igreja, com uma arquitetura bastante interes-sante. Do lado de dentro, não é permitido tirar fotos. O Palácio de Versalhes, símbolo da monarquia absolutista que foi deposta pela Revolução Francesa, fica na cidade de Ver-sailles, na região metropolitana de Paris. Para

chegar lá, é necessário pegar um RER (trem de subúrbio), nesse caso, operado pela SNCF. A bifurcação que vai até a estação Versailles - Rive Gauche é cheia de turistas que vão ao palácio. A visita ao palácio vale a pena para comprovar o que o seu professor de História falou sobre a monarquia absolutista. Já do lado de fora do palácio dá para sentir a im-ponência e o poder imposto pelos reis, e o exagero nas exuberâncias e no esbanjo de riqueza. Como no Louvre, o palácio recebe muita gente e fica até difícil andar nos cor-redores. A situação se agrava quando turistas em grupo ficam seguindo o guia. Vem a boia-da toda. Quando o guia para, os turistas que estão atrás e nem são do grupo ficam enca-lhados porque o povo todo entupiu o corre-dor. Vale a pena chegar lá com muita paciên-cia na cabeça, inclusive para enfrentar filas na entrada. Após passar no Palácio de Versa-lhes e ver o luxo exagerado, porque não ver o povão no shopping center de Les Halles? O Forum des Halles é um shopping subterrâneo (em cima será uma enorme praça, o “Central Park de Paris”), frequentado por gente do povo e com saída direta no complexo metro-viário Chatelet/Les Halles, que é a maior es-tação de metrô do mundo (integra as estações de metrô Chatelet e Les Halles e a estação subterrânea de RER chamada Chatelet/Les Halles). Lá, existem diversas lojas, inclusive uma Fnac (de eletrônicos). Dois lugares merecem uma visita obrigatória e nem sempre aparecem nos guias de turismo: Cité des Sciences e Musée de l’Air et de l’Espace (Museu Aeroespacial). O primeiro é um museu que está longe do conceito clássico de museu. É um museu interativo, carregado de tecnologia e inovação para ensinar de uma forma fácil e interessante. Com exposições temporárias, dá para levar as crianças todos os anos, e dá para o turista passar lá sempre que for a Paris. Se-parado em setores, dá para aprender um pou-co desde Matemática até controle do espaço aéreo e sobre as mudanças climáticas. Desde o final de julho está em cartaz uma exposição sobre os desafios de Paris em promover mo-bilidade a sua população. Infelizmente, pas-sei por Paris antes dessa exposição. Já o Museu Aeroespacial, é um paraíso para apaixonados pela aviação, e um lugar interessante para quem apenas admira o simples, mas mágico, ato de voar. Há um excelente acervo, preparado com muito ca-pricho. Lá, é possível entrar no Boeing 747-100 com pintura da Air France que foi pre-

parado especialmente para o museu. Assim, é possível ver a cabine dos pilotos, um pouco da cabine de passageiros, a estrutura da aero-nave e o porão de cargas. Também estão por lá duas unidades do Concorde: o protótipo 001 e uma unidade que voou comercialmente pela Air France. É possível entrar no Concorde e sentir um pouco da sensação de quem teve a honra de voar nele. Caixas de som tocam a orquestra dos motores Rolls-Royce Snecma, dando uma agradável e emocionante sensação. No protótipo 001, o interior tem todos os equi-pamentos usados para os testes do modelo, quando ainda não estava voando comercial-mente. Fotos espalhadas pelo avião em quad-ros mostram o quão o Concorde foi um mito para a aviação, e o quanto ele simboliza para a humanidade. Há ainda um rico acervo de equipa-mentos aéreos da 2ª Guerra Mundial, além de helicópteros, aviões esportivos, caças mais atuais e um excelente material para mostrar a corrida espacial e como funcionavam os foguetes e aparelhos que iam junto nas explo-rações. Na saída, há uma loja de variedades sobre aviação, de miniaturas a livros e boxes de Flight Simulator. Vamos encerrar Paris com os clás-sicos: Torre Eiffel e Arco do Triunfo. A Torre Eiffel é um símbolo de Pa-ris. Projetada por Gustave Eiffel, tem 324 metros de altura, e foi inaugurada em 1889 para receber a Exposição Universal do mes-mo ano, que exibia avanços tecnológicos re-centes. Bem, a Torre Eiffel com certeza tem longas filas para entrada. Frequentemente, o topo da torre fica lotado de gente e só abrem ingressos para o 2º andar. É uma questão de sorte. Enquanto ficam na fila, turistas pre-cisam aturar os ambulantes que vendem mi-niaturas da Torre Eiffel a 1 euro. Esses am-bulantes ficam lá até a hora que passam os policiais de bicicleta, que só dão aquela “es-pantada de 1 minuto” nos ambulantes. Depois que o policial passa, o ambulante volta. Se conseguir comprar ingresso para o topo da torre, vá. É uma experiência mara-vilhosa. A vista de Paris é belíssima, inigua-lável e inesquecível. E ainda rende ótimas fotos. Lógico que depende de um dia de Sol, o que não é tão difícil assim. O Arco do Triunfo chama bastante a atenção. Qualquer que seja a saída da estação de metrô Charles de Gaulle/Etoile que você utilize, o arco estará visível. É possível visitar o topo do arco, pagando ingresso. Porém, de-pois do topo da Torre Eiffel, não deve ser tão animador ir no topo do Arco do Triunfo. Mas

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A G R A N D E M A T É R I A - P A R T E 2vale a visita. Comer de forma barata em Paris é sinal de fast food. Porém, caso haja enorme vontade de comer bem em Paris para não sair da viagem frustrado por não ter comido em nenhum restaurante francês, há duas dicas: o Bistrot d’Eustache (37 ,rue Berger, região de Les Halles) e a cadeia de restaurantes Hippo-potamus. No primeiro, a dica são os pratos com carne ou peixe (os franceses costumam apresentar carnes sempre com molhos, e os peixes são preparados de uma forma especial, que valoriza bastante o sabor). No segundo, a dica são as carnes em geral, que é a especiali-dade da casa. Há hambúrgueres muitíssimo bem servidos a preços menores. E, quem tiver coragem, pode experimentar o tartar (carne crua com muito tempero e ovo cru por cima). Andando tanto pelas cidades, a sede aparece rapidamente. E não é em todo lugar que a água é barata. Aliás, é mais fácil achar água cara que água barata. Portanto, a dica (para qualquer lugar da Europa) e achar lugar-es com água barata. Em Paris, o supermer-cado Monoprix vende o pacote de 6 garrafas de 0,5 L de água por 0,96 euro. Dá para dizer com facilidade que é uma das águas mais baratas de toda a Europa. Em minha viagem, foi, disparada, a água mais barata.

De Paris a Londres Uma moderna, rápida e eficiente maneira de ir de Paris a Londres é pelo Eu-rostar, o trem de alta velocidade que utiliza o Eurotunnel, construído sob o Canal da Man-cha, entre a França e a Inglaterra. O Eurostar sai de Gare du Nord, em Paris, e vai até a estação internacional St. Pancras, em Londres. Ambas as estações es-tão bem integradas ao transporte público. Para ir até a Gare du Nord, utiliza-mos o RER, fazendo baldeação em St. Mi-chel/Notre Dame. Saiu mais barato que ir de táxi, e sem correr o risco de pegar um motor-ista fumo-de-corda. Ao desembarcar do RER, já está dentro da estação. Vários trens partem dali para outras regiões da França e para outros países. É dali também que partem os trens da Thalys, que opera linhas internacionais com trens de alta velocidade. O famoso TGV (trem de alta velocidade francês), da SNCF, também sai dali, além de outros serviços da SNCF com trens de média velocidade. A ala do Eurostar é separada, e é necessário realizar check-in. Depois, há todo um controle de fronteira. Residentes da UE passam com mais facilidade no controle, mas pessoas que não moram em países da UE pre-cisam preencher uma ficha. Há controle com raio-X, detector de metais e controle de pas-saportes. No caso dos não-residentes da UE, é carimbada a saída da Europa e logo na fr-

ente um agente inglês carimba a entrada na Inglaterra após fazer algumas perguntas. Só aí o passageiro pode se acomodar na sala de embarque e ficar esperando. Na sala de em-barque, há um Duty Free, por se tratar de uma ala internacional. Cerca de 30 minutos antes do trem partir, é anunciado o embarque. Como os bi-lhetes do Eurostar são eletrônicos, basta pas-sar o código no leitor. Todos vão se dirigindo aos seus respectivos vagões, onde funcionári-os da estação e comissários auxiliam os pas-sageiros. No meu caso, viajando de Standard

Premier, o atendimento foi impecável, com uma das comissárias proveniente do Brasil. As poltronas da Standard Premier são mais largas, possuem mesinha retrátil (igual dos aviões) e tomada no padrão britânico (ainda bem que estava na minha mochila o adapta-dor). Além disso, há um serviço de bordo du-rante a viagem. Pontualmente, o trem saiu de Paris. Ele começa com velocidade mais baixa den-tro de Paris e vai ganhando velocidade assim que sai da área. Em poucos minutos, o trem já está correndo nos trilhos a mais de 300 km/h. Todo o trajeto dentro da França é por áreas

PARIS • O Arco do Triunfo e o Museu do Louvre

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rurais. Por isso, não há casas ao lado da fer-rovia nem nenhum outro tipo de construção. Isso evita acidentes e aumenta a segurança dos passageiros. Uma curiosidade é que, nos norte da França, o trem passou perto da fábri-ca da Irisbus. Porém, me pegou de surpresa e não deu para tirar foto. O serviço de bordo foi bastante satis-fatório e surpreendentemente requintado. Foi servida uma bandeja com salada de macarrão ao pesto, patê de coelho e torta de damasco. Tudo na medida certa. Quando o trem passa pelo Canal da Mancha, a viagem já está quase terminando. A passagem pelo Eurotunnel dura cerca de 20 minutos e, quando sai do túnel, já está perto de Londres. Começa então a redução de velo-cidade para entrar na área urbana. Em menos de 15 minutos o trem já está parando na esta-ção St. Pancras. A saída da estação é bastante fácil. O único problema foi a fila dos táxis. Ficamos uns bons minutos na fila. Porém, a fila andou relativamente rápido, e ela é bem organizada por um funcionário da estação. A viagem no famoso táxi londrino foi rápida. O detalhe é que as malas vão com os passageiros, pois o táxi não tem porta-ma-las. Todo o piso do táxi é plano e permite a entrada de cadeira de rodas, com o auxílio de uma rampa de acesso igual a dos ônibus de piso baixo. Os taxistas marcam o destino no GPS para mostrar aos passageiros que estão fazendo o menor caminho. Além disso, a edu-cação e polidez dos taxistas é algo exemplar.

Londres (Inglaterra) Londres é a capital e a maior ci-dade da Inglaterra. Com mais de 7 milhões de habitantes dentro do perímetro (e mais de 12 milhões na região metropolitana), é uma cidade que superou historicamente vários de-safios para oferecer um transporte público rá-pido e eficiente à população, e teve que ado-tar medidas radicais, como o pedágio urbano, devido às estreitas vias na área central que rapidamente ficam estranguladas. Hoje, tem a segunda maior rede de metrô do mundo e a mais antiga (o famoso Underground tem 402 quilômetros de extensão e foi fundado em 1863). A cidade também é caracterizada pelos ônibus de dois andares no serviço urbano. O que poucos sabem é que nos últimos anos foi investido um bom dinheiro para instalação de tramway, DLR (uma espécie de VLT) e trens de superfície (serviço Overground). Todo o sistema é administrado pela Transport for London, uma instituição fundada pela Prefei-tura (Mayor of London). Folheando um guia de Londres, achei um Museu dos Transportes (London’s Transport Museum), que fica na região do Covent Garden. É um museu surpreendente, MAIS FRANÇA • Acima, duas visões de Versailles, e abaixo, avião no Museu Aeroespacial

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A G R A N D E M A T É R I A - P A R T E 2que vale a pena até para quem não se inte-ressa pelo assunto. Basicamente, o museu mostra como Londres avançou no transporte público para oferecer mais qualidade de vida à população. Quem mora em Londres passa a ter orgulho de seu sistema de transportes após uma visita ao museu. As crianças, através dos computadores com jogos de perguntas e re-spostas, descobrem que o transporte público é a maneira mais rápida de se deslocar pela cidade. Mas todos também descobrem que toda a qualidade que existe veio de muito desconforto e desafio no século passado, quando o metrô ainda tinha trens a vapor, su-focando os usuários do sistema. Descobrem que Londres já teve ônibus piratas, mas en-frentou e, em menos de 10 anos, conseguiu levar os clandestinos à falência. E vão desco-brindo muitas outras coisas, como a cora-gem dos motoristas de ônibus que dirigiam enquanto as bombas de Hitler caíam sobre Londres, durante a 2ª Guerra Mundial. Ao lado de dois Routemasters (clás-sicos ônibus de dois andares londrinos), está o protótipo do novo Routemaster, um projeto da Wright especialmente para a Transport for London, que entrará em operação em 2012 pela concessionária Arriva. Ao final da visita, há uma lojinha, com vários produtos licenciados pela Trans-port for London. Há vários produtos com a marca Underground: chaveiros, camisetas, cuecas (!), jogos americanos, canecas, bor-rachas escolares, carteiras, cadernos, e muito mais. Tem também uma infinidade de min-iaturas de marcas locais (inclusive edições limitadas), revistas de transporte e ferromo-delismo e pôsteres com anúncios antigos do transporte londrino. Saindo do museu, um pequeno pas-seio pelo Covent Garden vale a pena. Há todo um comércio na região, especialmente no calçadão que começa no mercado do Covent Garden. Recomendado almoço no The Stockpot (18, Old Compton Street), um res-taurante relativamente barato (para os pa-drões britânicos) e com comida local muito bem feita. No caminho entre o The Stockpot e o London Eye, dá para passar na Trafalgar Square. É uma praça onde está a contagem re-gressiva para as Olimpíadas de 2012 (lá, tudo está pronto para as Olimpíadas em termos de estádios e outras construções para realização de esportes, e as obras do Underground estão a todo vapor no sentido de modernizar todas as linhas). Chegando na região de Westminster, há a Abadia de Westminster, o London Eye e o Big Ben. Passei apenas nos dois últimos. TORRE EIFFEL • Duas vistas do topo da Torre: visão panorâmica da cidade de Paris

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REVISTAINTERBUSS • 14/08/11 25MUSEU DE CERA • Várias personalidades podem ser encontradas lá, como: Rainha Elizabeth II, The Beatles, Princesa Diana, Michael Jackson e Lewis Hamilton

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O Big Ben é belíssimo e rende ótimas fotos. Sob o clássico tempo londrino (nublado com chuvas ocasionais a qualquer hora do dia), dá para fazer fotos muito interessantes. O Lon-don Eye (aquela grande roda gigante) estava muito cheio. Como o dia estava bem nublado, também não valeria muito a pena. Mas o tu-rista que insistir deve estar preparado para enfrentar filas. Todos os dias, por volta das 11h, ocorre a troca da guarda no Palácio de Buck-ingham. O grande barato é ver os tradicionais guardas, que só se vê na televisão, em filmes ou em comerciais. Há toda uma cerimônia ensaiada, e os turistas se amontoam na grade para tirar fotos, filmar ou simplesmente ver a troca da guarda. Um lugar interessante que eu, par-ticularmente, só conhecia por um episódio do Mr. Bean na Band, era o Museu de Cera da Madame Tussauds. Lá, são expostas réplicas de cera de centenas de celebridades interna-

cionais. Há personalidades da política (como Obama, Fidel Castro e o prefeito de Londres), dos esportes (como Louis Hamilton, Pelé e Tiger Woods), do cinema (como Morgan Freeman, Angelina Jolie e Bruce Willys), da música (como Justin Timberlake, Beyonce e os Beatles) e das ciências (como Einstein e Isaac Newton). As réplicas são bem fiéis. Uma dica é tirar fotos com as celebridades como se elas tivessem olhando para a câmera. Fica mais real. Atualmente, o Museu de Cera tem uma área dedicada aos heróis da Marvel. Quem paga pela entrada na área da Mar-vel tem direito a uma seção de cerca de 15 minutos no cinema 4D instalado ali. Incrivel-mente, o cinema 4D vai além do 3D para uma quase realidade. Quando os heróis espirram água no desenho, jatos de água são jogados nos espectadores, por exemplo. Há ainda out-ros efeitos nas poltronas. Vale a pena pagar pela entrada na seção da Marvel.

Na saída, há uma lojinha de souve-nires. Um dos destaques é um cubo de vi-dro com imagem 3D dentro. É um presente que pode parecer caro, mas é o tipo de lem-brancinha que não tem qualquer lugar. O que é indispensável de comer na Inglaterra é o tradicional “fish & chips” (peixe e batatas fritas), vendido em qualquer pub e restaurante verdadeiramente britânico. Uma dica de local para comer o fish & chips é o Coach & Horses (esquina da Poland Street com Great Marlborough Street). Outra comida indispensável é o ca-fé-da-manhã britânico, com salsicha, bacon, cogumelos, feijões com molho de tomate, batata e ovos.

De Londres a Colônia Vide a ótima experiência usando o transporte público em Paris mesmo com ma-las grandes, resolvemos repetir em Londres. O Aeroporto de Heathrow é atendido

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MUSEU DO TRANSPORTE DE LONDRES • A entrada, um dos primeiros ônibus da cidade, o novo modelo que começará a rodar e garagem em 1940

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DE LONDRES A COLÔNIA • Boeing 737-500 da Lufthansa. Fotos de Airliners.Net

por uma linha chamada Heathrow Express, uma linha de trem que chega ao aeroporto em 15 minutos. Porém, a passagem é de 15 libras esterlinas por pessoa. Sendo assim, optamos pelo Underground, mesmo sendo numa plena manhã de segunda-feira. A estação de Tower Hill estava cheia de gente, pois ali termina uma linha do DLR (o VLT), alimentando a District Line a Cir-cle Line, as duas linhas de metrô da estação. Os trens da District Line passavam cheios a todo momento, com intervalos de menos de 5 minutos. Esperamos por volta de 15 minutos até aparecer um trem com ocupação melhor. A viagem até a estação Hammer-smith foi relativamente rápida e foi tranquila, pois deu para ir sentado do Centro até o de-sembarque, além de ler o grosso jornal Metro, de como aqui é de distribuição gratuita. Em Hammersmith, a baldeação foi rápida. Na plataforma, descemos do lado es-querdo do trem da District Line e logo che-gou do outro lado o trem da Piccadily Line em direção a Heathrow. Como embarcamos com pressa, escolhemos qualquer vagão, e por “sorte”, justo o mais cheio. Acabamos indo em pé por todo o trajeto, que vai até Heathrow quase totalmente pela superfície e alcançando altas velocidades. No mesmo horário previsto pelo planejador de viagens do site da Transport for London, chegamos a Heathrow. O despacho de malas na Lufthansa foi rápido e eficiente, já que induzem o pas-sageiro a imprimir o e-ticket em casa, no ho-tel, ou no totem de auto-atendimento antes do início da fila de despacho. As verificações de segurança nova-mente são feitas. Raio-X, detector de metais e revista. Sim, novamente me “escolheram” para revista. Porém, em Londres a revista também não foi incômoda. Tudo foi feito dentro dos padrões e das regras. Ao entrar na ala de embarque, um problema: e o portão de embarque? A ad-ministração de Heathrow, por motivos de segurança e de operacionalidade, só anun-cia o portão de embarque 15 minutos antes do início do embarque. Ótimo. Ao invés do passageiro poder ficar sentado tranquilo, precisa ficar olhando no relógio e no telão a todo momento. O anúncio, quando foi feito, ocorreu com atraso. Atraso que continuou no embarque, devido ao atraso do aeroporto para liberar o portão para a tripulação. Assim, o vôo também atrasou porque a tripulação tem que preparar tudo correndo, já que eles não puderam entrar antes na aeronave. Por um momento, achei que estava em Israel, com tanto procedimento de segu-rança. Finalmente entrávamos no Boeing 737-500 da Lufthansa, este, já reformado

pelo projeto Europakomfort, com as confor-tabilíssimas poltronas da Recaro. Bem, o vôo partiu com certo atraso. Na fila para decolagem, a torre deu prefer-ência para um A320 da British Airways que tinha chegado depois na fila. Pelo jeito a pontualidade britânica é só para os aviões britânicos. A pontualidade de um depende do atraso do outro, segundo deve pensar a ca-beça do controlador de vôo. Pois bem, o serviço de bordo não foi muito generoso, servindo apenas um san-duíche frio em plena hora do almoço num vôo de mais de uma hora de duração. Mas estava bom. Com um pequeno atraso, desem-barcamos no Aeroporto de Dusseldorf. Foi carimbado o passaporte novamente, regist-rando nova entrada na União Europeia. Desta vez, o aeroporto estava mais movimentado, especialmente graças às companhias low-fare. Seguindo o que foi feito em Paris e

Londres, usamos o transporte público. Então, seguimos para Colônia de trem. O Aeroporto de Dusseldorf é ligado à estação de trem do aeroporto pelo Skytrain (um monotrilho panorâmico de trilhos aére-os). A estação é bem organizada e tem até um centro de informações da Deutsche Bahn. Como as máquinas de compra automática não funcionavam bem com a inserção de cédulas de euro, a compra foi feita no próprio guichê. Pelo mesmo preço de três tickets para Colô-nia, o funcionário vendeu o ticket de grupo de 5 pessoas com direito a viagens ilimitadas até o final do dia no transporte municipal de Colônia. Foi um ótimo negócio, graças à boa vontade e conhecimento do funcionário da Deutsche Bahn, que falava inglês. Na plataforma havia o aviso do próximo trem. Porém, como o posicionamen-to do trem informado estava errado (ele iria parar no final da plataforma, e não no início),

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um funcionário foi passando avisando em alemão e em inglês. O trem regional da Deutsche Bahn veio cheio. Fomos em pé com as malas. Havia um grande tráfego de trabalhadores voltando para suas casas em cidades vizinhas. Em Colônia, muita gente desceu e havia ai-nda muita gente para subir. Com fome, resolvemos parar para comer no Meister Bock da Hauptbahnhof, e pedimos um currywurst. Simplesmente delicio-so. Fica a dica para o empresário criativo que quiser criar tendência aqui no Brasil. O único problema é achar salsicha de boa qualidade. Da Hauptbahnhof, seguimos de táxi. A viagem foi tranquila, sem problemas. Ha-via apenas uma pequena lentidão no túnel en-tre a Hauptbahnhof e a Bayenstrasse.

Viagem de volta Dois dias depois de chegar em Colô-nia proveniente de Londres, começou a via-gem de volta. Para ir ao Aeroporto de Dusseldorf, optamos novamente pelo transporte público. Porém, ao invés de usar uma linha da Re-gioDB, utilizamos um S-Bahn, a linha S11, que para dentro do Aeroporto de Dusseldorf, sem necessidade de usar o Skytrain. Além disso, a S11, por levar cerca de meia hora a mais para chegar no aeroporto, tem menor demanda. Dito e feito. O trem foi vazio até Dusseldorf, onde ficou com ocupação média a partir da Hauptbahnhof. O atendimento na Lufthansa foi no-vamente rápido, pois o check-in tem que ser feito antes do despacho, seja imprimindo o e-ticket em casa, seja usando o totem de auto-atendimento. Nas verificações de segurança, no-vamente fui revistado. Desta vez, com um detector de metais portátil, o que evitou que tivesse que me apalpar. Ponto para os alemães de Dusseldorf. Na ala de embarque havia um restaurante, onde almoçamos uma deliciosa pizza. Ao contrário de Guarulhos, Dusseldorf tem lugar decente para comer. Por volta das 17h chegava no portão A02 o Airbus A320 da Lufthansa que nos le-varia a Munique, onde seria feita a conexão para Guarulhos. O embarque foi iniciado com pequeno atraso. A aeronave também já estava equipada com o interior Europakom-fort. Portanto, certeza de conforto nas ótimas poltronas de couro da Recaro. Por ser um vôo dentro da Alemanha, foi servido apenas um Milka redondo com bolacha dentro, muito gostoso. Foi ótimo, já que havia almoçado no aeroporto. O vôo estava lotado de pessoas a tra-balho, por ser um final de tarde de dia útil. O embarque foi encerrado com pequeno atraso, que se estendeu por todo o vôo. Apenas che-

gamos com um atraso menor, já de cerca de 5 minutos apenas. A passagem no controle de passa-portes foi rápida, apenas para registrar saída e carimbar. O aeroporto de Munique é bastante amplo e bem estruturado. O vôo 504 para Guarulhos iria partir do último portão da ala, numa parte bem vazia. Próximo do portão, vários brasileiros sentados falando português. Sim, era o portão correto. Por volta das 21h30 foi iniciado o embarque. O Airbus A340-300, de prefixo D-AIGM e apelido Gorlitz, estava esperando os passageiros. No banco, travesseiro, manta e fone de ouvido. O embarque foi encerrado em cima da hora, e o A340 começou a se mexer já com atraso de 20 minutos. O comandante pe-diu desculpas e logo avisou que chegaríamos em Guarulhos dentro do horário previsto.

Novamente, haveria um sistema de entretenimento on-demand a disposição. Fui logo explorando o sistema. Senti falta da câmera do bico da aeronave, que não tem ex-atamente porque o sistema de entretenimento não é de fábrica, e sim, foi instalado poste-riormente. Mas há o AirShow, mostrando a localização da aeronave, velocidade e alti-tude. O conteúdo da Lufthansa me pareceu mais variado, porém com menos opções para cada tipo de música. Ouvi um CD do ABBA (ABBA Gold), assisti a um documentário so-bre o Google e vi o filme “Esposa de Men-tirinha”, porém só até a metade pois parei no jantar e acabei desistindo de ver o resto. No jantar, havia opção de frango ou massa. Optei pelo frango. Veio um frango com legumes e batatas, com mini-salada, pãozinho, queijo e um doce de sobremesa.

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INÍCIO DA VOLTA • Airbus A320 da Lufthansa que foi até Munique. Fotos de Airliners.Net

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Dormi e acordei quase já sobre o es-paço aéreo brasileiro. A tripulação começou a preparar o café-da-manhã. As luzes foram acesas e começaram a distribuir copos de suco aos passageiros. Depois, foi servido um omelete com queijo, que estava delicioso, e passou a trolley de bebidas. O omelete veio acompanhado de pão, manteiga e mais algu-ma coisa. Após o café-da-manhã, muita gente aproveitou para preencher a declaração de bagagem da Receita Federal, que foi dis-tribuída ainda depois do jantar. Rapidamente, a aeronave já so-brevoava Minas Gerais e logo começaria a descida, que foi rápida. Em poucos minutos, iniciamos aproximação e a aeronave já so-brevoava São Paulo. Adiantados cerca de 20 minutos, pousamos em Guarulhos. Graças a esse adiantamento, chega-mos com o terminal ainda vazio. Com isso, a passagem pela Polícia Federal e pela Receita Federal foi rápida, sem muita fila, ao contrário do que iria acontecer apenas uma hora depois. As bagagens estavam sendo colocadas ainda depois de quase 20 minutos desde o desem-barque. A esteira pequena e a ala de esteiras apertada prejudicavam bastante o local, que parecia uma enorme bagunça. Aliás, esse é um problema crônico dos aeroportos brasileiros. Colocam duas esteiras e está tudo certo. Se aparecerem 4 vôos ao mesmo tempo, o povo se amontoa em cima da esteira, cheia de malas amontoadas e, para a Infraero, parece que está tudo bem. Retiradas as malas, fomos direto ao setor de ônibus da Caprioli/VB, que já fica próximo ao desembarque internacional. Per-guntando ao motorista do Viaggio O-500R que estava ali, ele nos informou que aquele

carro não iria para Campinas e o guichê, lá pro lado do Airport Bus Service, só abria às 6h (eram ainda 5h25). O Viaggio era destinado à tripulação da Lufthansa que estava no vôo 504 vindo de Munique, no qual estávamos. Logo apareceu outro Viaggio, destinado à tripulação da Swiss. Por volta das 6h05, o guichê foi a-berto já com fila de passageiros. Por apenas dois lugares o carro não conseguiu ser fechado até as 6h45. O Elegance K340 de prefixo 1200 encostou às 6h15. Antes de sair, o motorista conferiu o número de assentos vagos. Assim, ele poderia parar na Marginal para embarque. Com boa pontualidade, o motorista partiu. A Marginal estava fluindo ainda bem, e uma mulher embarcou num posto da PM onde

param também Cometa e Cristália. O motoris-ta chegou a entrar na Bandeirantes, mas como estava congestionada por obras nos primeiros quilômetros, fez primeiro retorno que viu e disse que iria pela Anhanguera. Porém, quem vem da Bandeirantes já perdeu a entrada da Marginal para a Anhanguera. Assim, o moto-rista foi até a Castelo Branco, pegou o Rodoa-nel e entrou na Bandeirantes. Mesmo com toda a confusão, che-gamos na Rodoviária de Campinas ainda por volta das 8h50. Da Rodoviária, embarcamos num táxi (um Fiat Siena) para encerrar a viagem, quase 17 dias depois.FOTOS: FÁBIO TANNIGUCHIE AIRLINERS.NET

RETA FINAL • Airbus A340 da Lufthansa que chegou até Guarulhos. Fotos de Airliners.Net

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ELIZIAR MACIEL SOARESCiferal Líder MBB LP-1113 • Real Ita

A S F O T O S D A S E M A N AÔnibus Brasil • www.onibusbrasil.com

14/08/11 • REVISTAINTERBUSS30

SÉRGIO AUGUSTO BRAGA CANUTOBusscar Jum Buss 360 Scania K124 • Gontijo

DOUGLAS ANDREZMarcopolo Paradiso G7 1200 Scania K340 • Goianésia

GUSTAVO DE ALBUQUERQUE BAYDEMarcopolo Senior Midi MBB OF-1418 • Estrela

TIAGO DE GRANDEBusscar Urbanuss Pluss Volvo B58 • Ouro Branco

ROBERTO MARINHOCaio Alpha V0lksbus 16 210CO • Viação Falcão

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SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

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Expressobus • expressobus.blogspot.com

CÉSAR CASTROMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RSD • Eucatur

RODRIGO GOMESCaio Apache Vip II MBB OF-1722 • Normandy

RODRIGO GOMESModego L MBB O-500U • 1001

Portal InterBuss - Fotos Aleatórias • www.portalinterbuss.com.br

MARCIO BRUXELMarcopolo Paradiso G7 1600LD MBB O-500RSD • Brasil Sul

DIEGO ALMEIDA ARAPUJOMarcopolo Paradiso G7 1050 MBB O-500R

Rodrigo Gomes • fotosrgomes.blogspot.com

LUCIANO RONCOLATOMarcopolo Paradiso G7 1200 MBB O-500RS • Bortolotto

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07/08/11 • REVISTAINTERBUSS28

Operadora de linhas intermunicipais e interestaduais do Norte de Minas Gerais amplia sua frota de ôniBus Volvo com a

aquisição de mais 20 unidades de B380R

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Divulgação / Luciano Roncolato

Operadora de linhas intermunicipais e interestaduais do Norte de Minas Gerais amplia sua frota de ôniBus Volvo com a

aquisição de mais 20 unidades de B380R

NOVIDADES • Os novos Millennium II da Expandir: o 39897 na Av. Paulista e o 39896 descendo a Rua Augusta

Com a câmera em mãos... ...saí pra fotografar os novos Caio Millennium II, chassi Mercedes Benz O500U, da Expandir Empreendimentos e Participações, domingo passado. Começo a “caçada” no Terminal Princesa Isabel. Che-guei lá em um Millennium II MBB O500U da própria Expandir, só que de uma versão mais antiga. Faço uma boquinha na lancho-nete e logo vou à plataforma 1, onde um dos novos Millennium II, prefixo 39897, está pronto pra sair. Ele está na linha 805L/10 Terminal Princesa Isabel – Aclimação (Cir-cular). Era por volta das 10h50 quando o ônibus deixa o Terminal. Essa linha é uma das mais tradi-cionais da cidade. Na verdade são duas linhas, ambas com o mesmo nome (Termi-nal Princesa Isabel – Aclimação): 805L/10 e 508L/10. A 805L/10 circula o centro no sentido horário e a 508L/10 no anti-horário, em uma volta única, onde cada uma faz um trajeto, pelas mesmas vias, mas em sentidos opostos. O veículo é uma beleza. Cheirava a novo. Rodava macio e era silencioso. Um de-talhe curioso é a existência de um indicador, no painel superior, que mostra ao passage-iro a velocidade em que o ônibus trafega em tempo real. Aliás, equipamento obrigatório nos novos ônibus da cidade de São Paulo. Além disso, ele é movido com cerca de 20% de biodiesel acrescido ao diesel comum. Na região da Aclimação, o veículo pega um pouco de tráfego: a Sabesp, que cuida do fornecimento de água e esgotos na cidade, estava fazendo obras de manuten-ção na Rua Topázio, o que gerou trânsito na região, já que os dois sentidos compartilhar-iam uma faixa só, alternadamente. Passado esse ponto, a viagem segue... Logo o ônibus chega na Avenida Paulista. Eu desci na altura da Rua Augusta. Iria ficar na própria Rua Augusta, onde iria fotografar mais alguns dos novos Millenni-um II, que estavam rodando em outras duas linhas da Expandir que passam por aquela via. Enquanto esperava, aparece um ra-paz dizendo-se ator de teatro. Teatro de rua, pra ser mais específico, pedindo uma ajuda. Como argumento, ele diz: - Como você sabe, amigo, no Teatro de Rua não tem nenhum Miguel Falabella. Enquanto ele falava, eu, com meus botões, pensei: “Não tem nenhum Falabella, mas João Canabrava...” O rapaz, enquanto falava, exalava um forte cheiro de álcool. E esse argumento foi forte suficiente para que eu me convencesse a não contribuir. Ele, educadamente, agradeceu, e seguiu seu

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

caminho. A região da Paulista é uma região pitoresca. Você acha todo o tipo de gente lá. E eu, representando a ala dos “Admiradores de Ônibus”, estava lá comprovando a teoria. Certamente é esse lado cosmopolita que fas-cina tanto os paulistanos. Fiquei mais um tempo na Rua Au-gusta. Logo vem o primeiro Millennium da série 39900. Eu me posicionei para foto-grafá-lo. Mas as pessoas que desceram dele atrapalharam a foto. Pra minha sorte, o farol do cruzamento entre a Paulista e a Augusta fechou. Como o farol desse cruzamento é um pouco demorado, fui tentar fotografá-lo na esquina das duas vias, enquanto ele es-perava a abertura do farol. Enquanto isso, vinha chegando outra dupla de teatrólogos, que faziam gracinha com algumas pessoas que passavam, para tentar conseguir um “in-centivo”. Um deles, me vendo com a câmera apontada para o ônibus, encosta do lado do carro e diz:

- Se você tirar uma foto do ônibus vou cobrar direitos autorais sobre a minha imagem. Inusitada a situação. Fiquei tão surpreso com a reação que nem tirei a foto. Não sabia se ficava indignado pela gracinha fora de hora ou se ria da inusitada situação. Enquanto isso, no ônibus, o motorista, que via tudo, caia na risada. Logo o farol abre e o ônibus seguiu sua viagem. E o come-diante, vendo que fiquei indignado, passou dizendo: - Foi uma brincadeira, cara. – e seguiu seu caminho... No final das contas me arrependi de não ter tirado essa foto. Ela poderia, hoje, estar ilustrando esta coluna. Fotos limpas daquele ônibus eu poderia tirar um outro dia. Agora daquela situação, nunca mais. Essas situações que vivenciamos em nossas jornadas são únicas. E acho que são momen-tos bem humorados da vida cotidiana muito maiores que uma simples foto de ônibus...

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Cai número de passageiros em linha queocorreu sequestro no Rio de Janeiro

Medo. Esta é a única explicação ra-zoável para a queda do número de passageiros da noite para o dia da linha de ônibus seleti-vos Praça XV – Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, da Viação Jurema. A diminuição de pessoas da linha do ônibus que foi seqüestrado no último dia 09 de agosto por um bando de criminosos foi constatada pelos próprios fun-cionários da empresa. Pelo menos 150 pessoas por dia deixaram de usar a linha. Na terça-feira, o ônibus seguia no sentido Duque de Caxias quando foi invadido pelo grupo de assaltantes. Ao avistar policiais militares, o motorista conseguiu avisá-los, na Avenida Presidente Vargas, região Central do Rio de Janeiro. Um policial entrou no ônibus e o motorista fugiu. O policial militar foi rendi-do pelos assaltantes que o expulsaram do ôni-bus. O policial Marco Antônio Blanco antes de ser retirado do ônibus foi ferido. Começou então uma perseguição de dezenas de viaturas ao veículo de transporte público. O ônibus foi dirigido a mando dos as-saltantes por um passageiro. Enquanto isso, o veículo foi alvejado pelos policiais. Foram 14 tiros. O objetivo era atingir os pneus do ôni-bus para que ele parasse. Mas além de isso não ter sido suficiente para conter o ônibus, vários tiros perfuraram a lataria. Ao menos cinco pessoas foram feri-das: o policial militar e outros quatro passage-iros. O caso mais grave foi de Liza Mônica Pereira, atingida no tórax, sendo ferida na cos-tela, clavícula e no pulmão. Após a chegada do Bope – Batalhão de Operações Especiais e de negociação de 35 minutos, os assaltantes deixaram o ônibus. Foram presos em flagrante Renato da Costa Júnior, de 21 anos, e Bruno Silva Lima, de 19 anos. Um criminoso fugiu momentos antes da negociação e outro na hora de se entregar. Este seria Jean Júnior da Costa Oliveira, so-brinho do traficante Fernandinho Beira Mar. Por falta de provas mais concretas da partici-pação dele no assalto, Jean acabou sendo lib-erado pela justiça, mas continua sendo investi-gado. A polícia admitiu erros na tentativa de impedir o avanço do ônibus com disparos e dois policiais militares que admitiram ter atirado foram indiciados, porém, outros agen-tes também dispararam contra o veículo. A violência nos ônibus do Rio de Janeiro tem assustado cada vez mais os profissionais dos transportes e os passageiros. No dia 05 de abril deste ano, o motor-ista de ônibus Ernesto Branco da Silva, de 49 anos, foi baleado por um passageiro quando se

recusou a parar para ele descer fora do ponto, na Avenida Brasil, também no Rio. O ônibus onde ocorreu este crime fa-zia a linha 342 Castelo – Jardim América, que serve uma série de favelas que ainda sofrem com a atuação de traficantes de drogas, como Funquim Mendes, Vigário Geral, Complexo da Maré e Jardim Alegria. Há menos de um mês de o motorista ter sido baleado na linha 342, do Rio de Janei-ro, outro profissional do transporte foi assas-sinado no Ponto final da linha que trabalhava. Daniel Ribeiro Oliveira foi motor no bairro Laranjeiras, na zona Sul do Rio de Janeiro. O medo expressado por motoristas, cobradores e passageiros de ônibus no Rio de Janeiro não é apenas uma sensação de insegurança. Ele é provado por números. De acordo com o In-stituto de Segurança Pública, em 2010 foram registrados 7 mil 486 assaltos a ônibus no Rio de Janeiro. Só no primeiro semestre deste ano, 3 mil 498 ônibus foram assaltados. A média diária do Rio de Janeiro é de 19 assaltos a ôni-bus. Não bastassem os assaltos, rixas pes-soais contra motoristas que colocam em risco a vida de uma coletividade e até brigas de trânsito que terminam em morte, os ônibus no Rio de Janeiro também acabam sendo alvos do mais descabido tipo de protesto. Os veículos são incendiados por ordem de traficantes prin-cipalmente quando seus comparsas são feridos ou mortos em combate com a polícia, numa medíocre demonstração de poder. Isso sem contar com incêndios por puro ato vandalismo Assaltos, violência nos ônibus e in-

cêndio a veículos não são exclusividades do Rio de Janeiro. Cidades grandes, médias e pequenas registram risco aos passageiros e profissionais de transporte público. Para amenizar a situa-ção, as viações investem em tecnologia. São câmeras cada vez mais numerosas no interior dos ônibus, bilhetagem eletrônica para elimi-nar o dinheiro de dentro dos veículos, como propôs Campo Grande, no Mato Grosso do Sul ao sugerir a proibição do pagamento de passagens com dinheiro, GPS e outras formas de monitoramento. Campanhas orientando motoristas e passageiros a não serem alvos do ataque de criminosos, que vão desde batedores de car-teiras até chefes de comunidades do tráfico também são ações que parecem não ter o re-torno esperado, mas que são necessárias. O combate à violência passa por edu-cação e melhores condições de vida à popula-ção em geral. Mas isso demanda tempo e está muito longe de ser feito adequadamente. São necessárias medidas urgentes en-quanto a raiz do problema é atingida. Como não é possível colocar um policial em cada ônibus, o que nem isso talvez resolveria, o combate à violência em geral, inclusive nos veículos, passa pela inteligência policial. Evi-tar ao máximo o que for possível de evitar, apesar de a criminalidade agir com o elemento surpresa. Assim, pelos número do Rio de Ja-neiro, a sensação de insegurança nos ônibus não se limita apenas a um sentimento. É algo numericamente comprovado.

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

MEDO • Sequestro afastou passageiros da linha que foi sequestrada

Divulgação

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