revista in the mine - edição 57

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MERCADO ANÁLISE SWOT DO SEGMENTO DE ROCHAS ORNAMENTAIS PROCESSO INOVAÇÕES EM SISTEMAS DE BRITAGEM E TRANSPORTE NA OPERAÇÃO DE MINAS Ano X | 2015 | Nº57 | R$ 25,00 PERSONALIDADE PAULO CASTELLARI, O ADMINISTRADOR QUE VIABILIZOU O MINAS-RIO “VANTS” APLICAÇÕES NA MINERAÇÃO E MODELOS DISPONÍVEIS NO BRASIL FUTURO GARANTIDO Votorantim Metais investe R$ 600 milhões e estende vida útil da mina de Vazante até 2029

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IN THE MINE Edição 57 DESTAQUES DA EDIÇÃO TECNOLOGIA VANTS Aplicações na mineração e modelos disponíveis no Brasil PERFIL OPERADORES O pessoal da cabine fala de sua formação, desafios e equipamentos MERCADO CONJUNTURA Análise Swot do setor brasileiro de rochas ornamentais PROCESSO EFICIÊNCIA Novas opções em britadores, correias transportadoras e caminhões (destaque) VM ESTENDE EM 10 ANOS A VIDA ÚTIL DE VAZANTE Com ambicioso programa de investimentos em novas frentes de lavra subterrânea e, consequentemente, em infraestrutura, principalmente bombeamento, renovação de frota e instalações, Votorantim Metais garante novo alcance de sua mina de concentrado silicatado de zinco (chumbo e prata) em Vazante (MG) até 2029. Berço de suas operações em 1969, mina é estratégica e funciona integrada à de Morro Agudo, em Paracatu (MG) e à usina de Três Marias – dimensionada para 190 mil t/ano de zinco met

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Page 1: Revista In The Mine - Edição 57

MERCADOANÁLISE SWOT DO SEGMENTO DE ROCHAS ORNAMENTAIS

PROCESSOINOVAÇÕES EM SISTEMAS DE BRITAGEM E TRANSPORTE NA OPERAÇÃO DE MINAS

Ano X | 2015 | Nº57 | R$ 25,00

PERSONALIDADEPAULO CASTELLARI,O ADMINISTRADOR QUE VIABILIZOU O MINAS-RIO

“VANTS”APLICAÇÕES NA MINERAÇÃO E MODELOS DISPONÍVEIS NO BRASIL

FUTURO GARANTIDOVotorantim Metais investe R$ 600 milhões e estende vida útil da mina de Vazante até 2029

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PERSONALIDADEENTREVISTAEm janeiro de 2012, Paulo Castellari Porchia assumiu a presidência da Unidadede Negócio Minério de Ferro Brasil da AngloAmerican e, com ela, a responsabilidadepela continuidade da implantação doSistema Minas-Rio, adquirido da MMX quatro anos antes. Nesta entrevista exclusiva a In The Mine, ele relembra passo a passo todo o processo de execução desse megaempreendimento. Fala de segurança e responsabilidade, da formatação dos contratos de obras, da estrutura logística montada para os volumes gigantescos de materiais eequipamentos. E, por fim, diz que é precisoter fôlego na mineração. Administrar osmomentos de bonança para enfrentar outros difíceis que virão.

12TECNOLOGIAVANTSAplicações na mineração e modelos disponíveis no Brasil

PERFILOPERADORESO pessoal da cabinefala de sua formação, desafios e equipamentos

MERCADOCONJUNTURAAnálise Swot do setor brasileiro de rochas ornamentais

PROCESSO EFICIÊNCIANovas opções em britadores, correias transportadoras e caminhões

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DESTAQUES DA EDIÇÃO

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EDITORIAS - INTHEMINE

MINEPROSPECÇÃO Junior prioriza fluxo de caixa

MINEAGENDA Drone show em São Paulo

MINEMARKET Britanite é 100% Enaex

MINELEGISLAÇÃO Proteção do direito minerário

MINEGEOLOGIA O presente de Walter

MINEINSIGHT Prospectos para investimento

PERFIL Operadores de equipamentos

GUIA ITM Produtos e serviços para mineração

GALERIA O regolito marciano

20 VM ESTENDE EM 10 ANOS A VIDA ÚTIL DE VAZANTE

MERCADOANÁLISE SWOT DO SEGMENTO DE ROCHAS ORNAMENTAIS

PROCESSOINOVAÇÕES EM SISTEMAS DE BRITAGEM E TRANSPORTE NA OPERAÇÃO DE MINAS

Ano X | 2015 | Nº57 | R$ 25,00

PERSONALIDADEPAULO CASTELLARI,O ADMINISTRADOR QUE VIABILIZOU O MINAS-RIO

“VANTS”APLICAÇÕES NA MINERAÇÃO E MODELOS DISPONÍVEIS NO BRASIL

FUTURO GARANTIDOVotorantim Metais investe R$ 600 milhões e estende vida útil da mina de Vazante até 2029

Com ambicioso programa de investimentos em novasfrentes de lavra subterrânea e, consequentemente,em infraestrutura, principalmente bombeamento, renovação de frota e instalações, Votorantim Metaisestende vida útil de sua mina de concentrado silicatado de zinco e chumbo e prata, em Vazante(MG) até 2029. Berço de suas operações em 1969,mina é estratégica e funciona integrada à de MorroAgudo, em Paracatu (MG) e à usina de Três Marias –dimensionada para 190 mil t/ano de zinco metálico.

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A revista In The Mine - Gestão de Processos e Tecnologia para Mineração, é uma publicaçãobimestral da Facto Editorial, dirigida aos profis-sionais e empresas das áreas de Mineração, Meio Ambiente e Equipamentos. Redação ePublicidade - Pereira Estéfano, 114 - cj 911/912,CEP 04144-070 - São Paulo (SP). Editor eJornalista responsável Wilson Bigarelli (MTB20.183) - [email protected]. RedaçãoTébis Oliveira (Editora de Meio Ambiente e NovosProjetos), Fernanda Mendes, Haroldo Aguiar eRicardo Gonçalves - [email protected]ógrafos Betho Rocha, Gildo Mendes eMarcelo Vigneron. Ilustradores Heder e MoacyrVasquez. Edição de arte Hiro Okita. Assistênciade arte Diva Maddalena. Diagramação MônicaBiasi. Tratamento de imagem Américo Freiria.Publicidade Odair Sudário (gerente comercial) -Tels.: Novo (11) 3477-6768 e 3479-0627 [email protected]. Tiragem 10 mil exemplares

REDAÇÃOComentários, dúvidas, sugestões, críticas e informações sobre o conteúdo editorial da In The Mine e mensagens para a seção MINE MAIL - [email protected]ência:Rua Pereira Stéfano, 114, cj 911/912 São Paulo (SP) - 04144-070Tel.: (11) 3477-6768

ASSINATURAServiços de Vendas por AssinaturasTel.: (11) 3477-6768 - [email protected]

PUBLICIDADEPara anunciar na In The [email protected]. Tels: (11) 3477-6768 e 3479-0627 - Cel.: (11) 99169-6251Odair Sudário (gerente comercial)Luís Carlos Garcial (Magal) Tel.: (11) 2848-5989

LICENCIAMENTOPara licenciar o conteúdo editorial da In The Mine em qualquer mídia, ou fazer reprints das páginas da revista, o e-mail é: [email protected]. Nenhum material pode ser reproduzido de qualquer forma sem autorização por escrito.

www.inthemine.com.br M I N E M A I L

A P A L A V R A D O E D I T O R

O NOVO SEMPRE VEMA mineração poderia tomar emprestado o vocabulário mais atualizado da tec-

nologia da informação e mostraria que não é tão monolítica como deixa transparecer. Da TIpoderiam emergir as startups – e daí, pra começar, já teria de antemão as junior companies eos Arranjos Produtivos Locais (APLs), para não falar do garimpo. Poderiam surgir também asempresas de fomento ou incubadoras, tão comuns no mundo dos APPs – e aí, quem sabe, nãocumpririam um grande papel como as companhias estaduais e a própria CPRM.

Claro que tudo isso teria que ser devidamente regulamentado – o que parece difícil no Brasilatual, onde não se consegue aprovar um novo marco regulatório e o discurso é “pelo poder enão pelo país”, como fica a cada dia mais claro. Não faria mal, em todo caso, já ir arejando odiscurso para um novo momento, que certamente virá.

Nesta edição da In The Mine, temos o indispensável registro de dois momentos históricos.A viabilização do Sistema Minas-Rio, pela Anglo American, e o investimento da VotorantimMetais, que garantirá pelo menos mais uma década de atividades para sua tradicional mina dezinco em Vazante (MG).

Igualmente histórico, e aqui tratado em detalhes, é o advento das aeronaves remotamentepilotadas (RPAs, na sigla em inglês) e suas múltiplas possibilidades de uso na mineração – sejano mapeamento de alvos de exploração, dimensionamento de jazidas e volumes de extração,fiscalização ou localização de equipamentos, para ficar em alguns. Claro que falta regulamen-tação (inclusive nos Estados Unidos), mas as empresas estão prontas e, em sua maioria, criadase dirigidas por uma nova geração afinadíssima com a linguagem de Palo Alto.

O discurso da tecnologia não é estranho à mineração, como sabe todo fornecedor, executivoou técnico do setor. Só que não é sua face mais conhecida. Parece algo acessório, contingente– reforçando os velhos estereótipos de sempre e nada contribuindo para a melhoria de suaimagem. Não é.

Wilson Bigarelli, [email protected]

mineeditorial

Posts mais clicados• Alcoa abre vagas de estágio para 2016• Vale promove reencontro entre Carajás e seu descobridor• Enaex adquire 100% da Britanite (IBQ-Indústrias Químicas) • Rio sedia ABM WEEK 2015 de 17 a 21 de agosto• O impacto da crise na indústria do aço• Curso de liderança assertiva na Fundação Vanzolini• Saint-Gobain lança linha completa para transporte de polpa• Terceiro ciclo de aceleração de negócios sociais• Weir adquire fabricante de válvulas e amplia portfólio• Beneficiamento em tempos de falta d’água

(www.inthemine.com.br)

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Leitor Envie dúvidas, críticas e sugestões para: [email protected]

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VOZ DA CABINEÉ uma enorme satisfação estar falandocom vocês que realizam um trabalhojornalístico maravilhoso que é a In TheMine. O trabalho de todos vocês é paranós do setor mineral e de operação deequipamentos pesados, um importanteinstrumento de informação, atualizaçãoe ajuda para quem exerce as maisdiversas atividades operacionais, técni-cas e superiores do setor mineral eindústrias ligadas. Parabéns! RodrigoSilva, instrutor operacional de equipa-mentos de mina. Nós é que agradece-mos suas palavras de reconhecimentoe esperamos retratar com fidelidade,nesta e futuras edições, um pouco dotrabalho realizado por vocês. WilsonBigarelli (editor)

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� COBRE “VERMELHOS”A Mineração Caraíba confirmou investimentos de R$ 20milhões para este ano e 2016 em seu projeto de cobreVermelhos, localizado em Juazeiro (BA), a 74 km da matrizda empresa. A reserva lavrável é superior a 5 milhões detoneladas (Mt) e a mina tem previsão de mais de cinco anosde operação. A expectativa da mineradora é de uma produ-ção de cerca de 380 mil toneladas por ano (mtpa) de miné-rio de cobre.

� ALVO SUCUPIRAA Yamana Gold finalizou suas campanhas de sondagem emJacobina, na Bahia, e Chapada, em Goiás. A mineradoraconfirmou a existência e o prosseguimento da mineraliza-ção com altos teores de ouro e cobre. Em sua descobertamais recente, o alvo Sucupira, localizado na Chapada, foiconduzida uma campanha de 4230 m, composta por 12furos. Já em Jacobina, a campanha foi de 7200 m, com 66furos.

� GRAFITE BAIANOA australiana Sayona Mining adquiriu da Brasil Grafite oprojeto de grafita Itabela, no município de mesmo nome, naBahia. Atualmente, Itabela se encontra em fase de conclu-são das campanhas de sondagem e testes iniciais na plan-ta piloto. O acordo foi fechado em US$ 3,5 milhões.

� TOCANTINZINHOA Eldorado Gold concluiu o estudo de viabilidade do proje-to Tocantinzinho (PA). O trabalho indica que a partir de umamineração a céu aberto, empregando métodos convencio-nais de lavra e beneficiamento (britagem, flotação e lixivia-ção simples), será possível a extração de 41,1 Mt de miné-rio, com custos operacionais de US$ 572/oz. A taxa derecuperação de ouro é de 90,1% para o minério primário ede 75% para o minério saprolítico. O investimento inicial noprojeto está estimado em US$ 466 mil.

� PACTO GLOBALA Anglo American Brasil foi aceita oficialmente na RedeBrasileira do Pacto Global das Nações Unidas (UNGC, nasigla em inglês), que visa estimular o cumprimento de prá-ticas e valores nas áreas de direitos humanos, relações detrabalho, meio ambiente e combate à corrupção.Globalmente, a empresa é um dos membros da uniãodesde 2004. Oito mil empresas, espalhadas por 170 paí-ses, fazem parte do UNGC.

A junior Glenmark Capital agora é AldeverResources

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� FLUXO DE CAIXAA Wealth Minerals acaba de contratar Xiaohuan(Juan) Tang para assumir a diretoria geral de opera-ções. Com vários projetos em andamento no Chile eArgentina, a junior escolheu alguém com trânsito naregião e com interlocução direta com investidoreschineses. E Tang já deixou claro seus alvos naAmérica Latina: “projetos que possam gerar fluxo decaixa a curto e médio prazos”.

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M I N E P R O S P E C Ç Ã O Por RicardoGonçalves

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� DIRETORIA ESTRATÉGICAA Amarillo Gold anunciou Arão Portugal como o novo diretor de Estratégia daempresa. Sua função será estreitar o relacionamento da mineradora comgovernos e comunidades, com foco especial na obtenção de licenças para oprojeto Mara Rosa, em Goiás. “Arão Portugal é a pessoa certa no momentocerto. O processo de licenciamento está exigindo mais tempo que esperáva-mos, em parte devido às novas regras na área ambiental que entraram emvigor em Goiás no ano de 2012”, afirma Buddy Doyle, presidente e CEO daAmarillo Gold.

� CONSELHO DIRETOR DO IBRAMClovis Torres, consultor geral e diretor de Integridade Corporativa da Vale, é onovo presidente do Conselho Diretor do Instituto Brasileiro de Mineração(IBRAM). Sua função será a de compilar e organizar as idéias traçadas pelasempresas que compõem o IBRAM e apresentá-las para a diretoria-executivapara discutir a possibilidade de implementação. Torres é advogado e atua nosetor mineral desde 2002.

� GESTOR DA LINHA OTRA Titan Pneus do Brasil anunciou Emydio Gaio como o novo gestor da linha depneus OTR, em substituição a Vagner Fernandes. Gaio lembrou que a lideran-ça de mercado da Titan na linha de OTRs originais ainda requer uma consoli-dação mais eficaz do setor de Pós-Vendas. “Aumentamos a equipe de vendase a equipe de campo. Nossos focos atuais são, principalmente, os estados doPará, da Bahia, de Minas Gerais e Goiás”, comenta Gaio.

minemarket

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SMM22 SOFT MAGNETIC13 a 16 de setembro, em São Paulo (SP).abmbrasil.com.br/

EXPOSIBRAM 201514 a 17 de setembro, em Belo Horizonte (MG).exposibram.org.br/

RWM BRASIL 201529 e 30 de setembro, em São Paulo (SP).rwmbrasil.com.br/

15º CBGE18 a 21 de outubro, em Bento Gonçalves (RS).abge.org.br/cbge2015/

TRATAMENTO DE MINÉRIOSInscrições abertas18 a 22 de outubro, em Poços de Caldas (MG).entmme.org/

SMART ENERGY19 a 21 de outubro, em Foz do Iguaçu (PR).smartenergy.org.br/2015/

CONEXPO LATINA21 a 24 de outubro, em Santiago (Chile).conexpolatinamerica.com/

DRONE SHOW28 e 29 de outubro, em São Paulodroneshowla.com

DIREITO MINERÁRIO3 a 5 de novembro, em Brasília (DF).ibram.org.br/

CONGRESSO MUNDIAL18 a 21 de outubro de 2016, no Rio de Janeiro (RJ).wmc2016.org.br/

M I N E A G E N D A M I N E M A R K E T

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Por Ricardo Gonçalves

� STEEL AND STEELA ThyssenKrupp Steel Europe acabade fechar um acordo de exclusivida-de no Brasil com a empresa XRTSteel Group. O objetivo é oferecer aomercado brasileiro toda a linha deaços especiais de alta resistênciamecânica e à abrasão

� PARCERIA ESTRATÉGICAA Haver & Boecker e a Hazemag Minerals fecharamum acordo de colaboração estratégica para a AméricaLatina. A parceria consiste em oferecer para a área deprocessamento mineral a venda de equipamentos parabritagem, moagem, secagem e transporte, além de umprograma de pós-venda com serviços de assistênciatécnica, peças de reposição, reforma e modernizaçãode máquinas feitos pela Haver & Boecker. Esses servi-ços valem para novos compradores e clientes que jápossuem máquinas Hazemag Minerals.

� BRITANITE É 100% ENAEX

A chilena Enaex comprou da peruanaExsa, por um valor não divulgado, os50% restantes da participação quelhe faltava para o controle total daBritanite. O objetivo do Grupo chileno,terceiro maior produtor mundial denitrato de amônia, é expandir suaatuação na América Latina.

� DIREÇÃO-GERAL DO DNPMCelso Luiz Garcia assumiu o cargo de diretor-geral doDepartamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).Durante a cerimônia de posse, realizada na sede doMinistério de Minas e Energia (MME), o novo diretor-geral afirmou que o órgão está precisando de uma“injeção de ânimos e profissionalismo”.

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minelegislação

O minerador pode proteger seu direitominerário, as reservas potenciais e o imóvelonde ele se localiza, já a partir do seu reque-rimento. As consequências práticas são:

(i) O titular de um requerimento de pesqui-sa, por exemplo, pode tomar medidas admi-nistrativas ou judiciais para retirar o invasordo imóvel, ainda que este não esteja exer-cendo a atividade mineral.

A invasão, seja individual ou coletiva: (a)onera a indenização pela ocupação do imó-vel, (b) coloca em risco a integridadeambiental da área, com potencial aumentode custo das medidas reparatórias e (c) criarisco de retardar o ingresso para realizar apesquisa e consequente prejuízo para ominerador e para a União, em razão do atra-so na obtenção da concessão de lavra.

(ii) Muito maior interesse em retirar invaso-res ocorrerá quando estiver praticando lavrailegal. Além dos impactos na superfície, dorisco de passivos ambientais e dos atrasosque uma invasão pode ocasionar, o invasorestará diminuindo a reserva esperada, o quecausa prejuízo ao minerador.

Diante disso, não há dúvida: se ocorrer

invasão do imóvel, mesmo na fase derequerimento, o melhor caminho é tomar asprovidências para desalojar o invasor.

A tese é muito simples e convence por sualógica. E conta com apoio jurisprudencial.Há uma decisão antiga do TJMG, em que foirelator o Des. Humberto Theodoro Júnior,na qual o Tribunal entendeu que o simplesrequerimento de pesquisa no local em quehavia a atividade mineral ilícita, é mais quesuficiente para justificar medida cautelarpara desocupar a área.

Outro acórdão interessante, bem recente,foi proferido pelo STJ, no REsp1.471.571/RO. Segundo o Tribunal, se hou-ver exploração irregular em área de autori-zação de pesquisa, cabe indenização ao titu-lar do direito minerário paga pelo invasor.

Não há surpresa no sentir pretoriano, por-que o requerimento válido (que ultrapassouo indeferimento de plano), efetivamente, játraz em si expressão econômica e direitos edeveres para o minerador, relacionados como direito certo, prioritário e exclusivo, deprosseguir no desenvolvimento do processoadministrativo, pesquisar, lavrar e ter o pro-veito do produto da lavra.

1 WILLIAM FREIRE é advogado formado pela UFMG. Fundador do Escritório WILLIAM FREIRE Advogados. Professor de DireitoMinerário em vários cursos de pós-graduação. Autor de vários livros sobre Direito Minerário e Direito Ambiental, dentre eles oCódigo de Mineração Anotado, o Comentários ao Código de Mineração, o Direito Ambiental Brasileiro e o Gestão de Crises eNegociações Ambientais. Publicou mais de 100 artigos e proferiu dezenas de palestras sobre Direito Minerário, inclusive noexterior. É Árbitro da CAMARB, CAMINAS e Diretor do Departamento do Direito das Minas e Energia do Instituto dos Advogadosde Minas Gerais. Fundador do IBDM — Instituto Brasileiro de Direito Minerário.

Por WilliamFreire 1 PROTEÇÃO DO

DIREITO MINERÁRIOCabimento de proteção do direito minerário, das reservaspotenciais e do imóvel a partir dos requerimentos

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mineinsight

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Agregados

Bauxita

EmpresaSedeAtuação

ProspectoLocalizaçãoTipo de mineralAplicaçãoTitularTécnico ResponsávelÁrea InícioEstágio AtualTrabalhos realizadosTrabalhos complementaresRecursos IndicadosLogística da regiãoE-mailContato

Connecting

Belo Horizonte (MG)

Prospecção e avaliação de jazidas

Bauxita

200 km de Salvador (BA)

Minério Laterítico

Siderurgia

Marcílio Bittencourt (representante)

2 mil ha

2012

Relatório final de pesquisa aprovado

1.000 m de sondagem e 150 análises químicas apresentando teores entre 42 e 48%

100 Mt

[email protected]

55 (31) 8540-0000

Empresa

Sede

Atuação

Prospecto

Localização

Tipo de mineral

Aplicação

Titular

Área

Início

Estágio Atual

Trabalhos realizados

Recursos Totais

E-mail

Fone

Prospectus do Brasil Mineração e GeologiaPatos de Minas (MG)Prospecção, avaliação de ativos minerais e jazidas, consultoria técnico admMina de Agregados São FélixMarabá – PAGranitoUso direto na construção civil - agregados mineraisProspectus do Brasil Mineração e GeologiaEng° Geólogo Fernando MagalhãesMais de 600 ha2014PesquisaTopografia e pesquisa mineral em superfície, estudo logístico, de mercado e viabilidade concluídos 200 m de sondagem - comprobatórios. Analise química e física (de furos)Mais de 35 M m³ em afloramentos mapeados em toda a área33 km de Marabá por estradas vicinais em perfeitas condições de [email protected] (34) 3061-0300 ou 9194-5353

PROSPECTOS PARA INVESTIMENTO

Por Tébis Oliveira

O projeto Agregados de São Félix, da Prospectus do Brasil Mineraçãoe Geologia, localiza-se a 33 km de Ma rabá (PA), cidade que adotoua denominação de “Tigre da Amazônia” da da pela revista Veja devi-do ao crescimento econômico expressivo: o se gundo maior entre ascidades médias (100 mil a 500 mil habitantes), em 2010. Com áreasuperior a 600 ha e iniciado pela Prospectus em 2014, o projeto játeve os trabalhos de topografia e pesquisa mineral de superfície,assim como os estudos logísticos e de viabilidade econômica, con-cluídos. Os recursos indicados, da ordem de 35 M m3 de afloramen-tos mapeados em toda a área, já permitem colocar a futura mina deSão Félix entre as maiores produtoras de agregados do Brasil.

Já com o Relatório Final de Pesquisa aprovado, o projeto de bau-xita desenvolvido pela Connecting, foi iniciado em 2012 em umaárea de 2 mil ha a 200 km de Salvador (BA) e possui recursos totaisda ordem de 100 Mt. Já foram realizados 1.000 m de sondagens e150 análises químicas, que comprovaram teores entre 42 e 48%.

Agregados São Félix, em Marabá (PA), já tem 35 M m3

de afloramentos mapeados, enquanto projeto de bauxita na Bahia possui recursos totais de 100 Mt e teores entre 42 e 48% de minério

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www.inthemine.com.brminegeologia

O PRESENTE DE WALTER Por FernandoMagalhães

Nos corredores do departamento de En ge nhariaGeológica da UFOP/EM, um distinto senhor des-pertou a admiração de alunos e professores queobservavam atentos o seu exemplar de águamarinha do tamanho de uma bola de basquete.Estamos falando do professor Walter MartinsLeite, Gemólogo pe lo GIA – GemologicalInstitute of Ame rica, um dos fundadores doIBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e MetaisPreciosos), em 1977, e empreendedor, desde1948, com uma joalheria na zona norte de SãoPaulo (SP).

Sua “bola de basquete”, cristalina e azul, era pas-sada de mão em mão, com o mesmo cuidadoque se tem com recém-nascidos. Por uma boameia hora, com uma prosa des pretensiosa, omestre ensinou ao grupo reunido a sua volta quehá muitas perdas, mas também conquistas, nessenicho de perspectivas que é a atividade da pes-quisa mineral. Revelando-se um entusiasta nato,abriu o verbo em atitude nobre e do alto dosseus 80 anos, aconselhou aos mais jovens:

“ Não sejam vocês meros re petidores de informação, empreendam. Criem oportunidades, desenvolvam seus próprios projetos”.

Em tempo e palavras breves, o professor Walter

conseguiu transmitir a seus ouvintes o que pou-quíssimas escolas e raros docentes se dispõemou mesmo estão habilitados a fazer – despertar eincentivar o espírito empreendedor nos alunos.

Agora em 2015, já arrastados 6 anos de crise napesquisa mineral brasileira, com altas taxas dedesemprego no setor, falta de perspectivas pararecém-formados, mesmo a lição de décadas pas-sadas sobre a recorrência dos ciclos positivos enegativos da mineração, Walter faz mais sentidoque a própria matemática corporativa de conten-ção de gastos e investimentos que vivemos naatualidade.

E embora mais clichê que a proibição de nãofumar durante o voo, não custa, pela análise derisco, lembrar mais uma vez o óbvio aos senho-res passageiros:

“Crise para uns, oportunidade para outros”.

Em metáfora, quem ouviu com atenção e deusentido ao Sênior que passeava pela antiga Escolade Minas, pode hoje estar com sua própria “bolade basquete” nas mãos. Se maior, igual ou menora do professor, pouco importa. Certo é que temcomo despertar a atenção do setor e, seguramen-te, terá também quem lhe compre a ideia, o pros-pecto ou a sua bela “água marinha”.

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1 FERNANDO MAGALHÃES, formado pela Escola de Minas de Ouro Preto, é geólogo principalda Prospectus do Brasil

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minetecnologia

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SAINDO DO EXPERIMENTALISMO

Por Tébis Oliveira

Já bastante disseminado na chamada agricultura de precisão, oemprego de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAs, na siglaem inglês) no Brasil –, ensaia sua entrada também no setor demineração para mapeamento de alvos de exploração, dimen-sionamento de jazidas e volumes de extração, monitoramentode estoques de minério e localização de equipamentos, entreoutras aplicações. Os equipamentos já foram testados, inclusi-ve, por órgãos públicos como o DNPM (Departamento Nacionalde Produção Mineral) e a SEDEME (Secretaria deDesenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Pará),para a fiscalização de atividades minerárias.

Em comparação ao emprego de satélites de observação e aero-naves tripuladas (aviões e helicópteros), as RPAs, além do customuito inferior, tem maior mobilidade, menor exposição a limi-tadores de operação, como cobertura de nuvens, e capacidadede obtenção de imagens com maior resolução. Com a regula-mentação da operação não experimental de RPAs pela ANAC –Agência Nacional de Aviação Civil, a tendência é de expansãodesse mercado.

Segundo estudo realizado em 2013 pela AUVSI (Association forUnmanned Vehicle Systems International), nos Estados Unidos(EUA), o país perde cerca de US$ 10 bilhões por ano com o

atraso na regulamentação do setor edeixa de gerar 104 mil empregos (34 milnovos postos diretos e 70 mil indiretos).

Desafios

No Brasil, usuários e fabricantes de RPAssão unânimes quanto à urgência daregulamentação pela ANAC. Para RamiroBrasil, diretor de Vendas e Marketing daFT Sistemas (Flight Technologies), a ope-

ração de RPAs já é disciplinada pelo Código Brasileiro deAeronáutica e seus regulamentos. “O que a ANAC fará é harmo-nizar regras já vigentes e conhecidas do setor de aviação, dife-renciando aeronaves remotamente pilotadas de modelos recreati-vos sem confiabilidade adequada para uso profissional”, explica.

Daniel Mariano, gerente comercial da Avant Geotecnologiasavalia que a medida deve aumentar os investimentos no setor

Depois da agricultura, aeronaves remotamente pilotadas partem para a mineração. Mas sua operação comercial ainda depende de regulamentação pela ANAC

ao disciplinar as operações. A opinião é a mesmade Adriano Buzzaid, diretor da Gohobby, queacredita no surgimento de mais fabricantes brasi-leiras e no fomento a empresas já existentes porgrupos internacionais, substituindo a importaçãodos produtos.

A garantia de segurançadas operações e a diversi-ficação do uso dos equi-pamentos, em especial naengenharia de precisão,são dois reflexos da nor-matização destacados porGustavo Penedo, diretorda Gyrofly. Como exem-plo de novas aplicações,Giovani Amianti, CEO daXMobots, cita o monitora-mento de fronteiras ter-restres, o cadastro de pro-priedades urbanas e tra-balhos de salvamento emcatástrofes naturais, todasem áreas habitadas, hojeproibidas a RPAs.

Na avaliação de Flávio Lampert, presidente daABM (Associação Brasileira de Multirrotores), osetor tem vários problemas como a inexistênciade seguro das operações, a incerteza quanto àidoneidade técnica dos fornecedores e a impos-sibilidade de contratação por órgãos públicos, jáque voos comerciais são vedados pela ANAC.

Giovani Amianti, CEO da XMobots

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“Ao definir normas, a regulamentação vai pro-mover a qualificação da atividade”, diz.

Pioneiras

A oferta de RPAs pela indústria nacional já contavinte anos. O pioneirismo nesse mercado, inclu-sive como exportadora, é da FT Sistemas (FlightTechnologies), criada em 1995, com atuação nossetores militar e civil, nas áreas de energia, enge-nharia, agronegócio, meio ambiente e minera-ção. O portfólio da empresa inclui aeronaves deasa fixa e rotativa, com autonomia até 15 h devoo e capacidade para emprego de sensorescomo o Laser Scan e câmaras multi e hiperes-pectral e infravermelho. Entre elas, está o FT100,com teto de 15 mil AGL (Above Ground Level) eautonomia de até 4 h (veja tabela). Atualmente,a companhia desenvolve projetos para aumentara eficiência de levantamentos topográficos, com

custo reduzido e uso de sensores de prospecção mineral.

A XMobots surgiu em 2007, como empresa incubada no Centrode Inovação, Empreen dedorismo e Tecnologia da Universidadede São Paulo (CIETEC-USP), o maior celeiro de startups doBrasil. Hoje, seus produtos são empregados em trabalhos detopografia, fiscalização ambiental, de obras e rodovias e nomonitoramento de linhas de transmissão, entre outras aplica-ções. Três minivants (até 7 kg) Echar 20B operam no setormineral e, em 2014, a SEDEME, do governo do Pará, adquiriu aaeronave de pequeno porte (25 kg) Nauru 500A, para fiscalizara mineração no estado. Os dois modelos foram os primeiros deuso privado e em suas categorias, a obter o CAVE (Certificadode Autorização de Voo Experimental) da ANAC.

No mesmo ano e da mesma forma, na Incubaero, incubadorade negócios do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), foicriada a Gyrofly, para dar suporte ao desenvolvimento de siste-mas robóticos em centros de pesquisa e universidades. A partirde 2009, com o apoio da FINEP (Financiadora de Estudos e

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Daniel Mariano, da Avant Geotecnologias Adriano Buzzaid, da Gohobby

Fabricio Hertz, Lucas Mondadori eLucas Bastos, da Hórus Aeronaves

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RPAS EM OPERAÇÕES MINERAIS

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Empresa

Avant

DNPM

FT Sistemas

Geoaplic

Gyrofly

Hórus

Gohobby(Skydrone)

XFly Brasil

XMobots

Modelo

Smart One(Smart Planes)

Microvant

FT 100

GA1A

GA2A

Gyro 1000x4

Ísis

Zangão V

XFly 800

Echar 20B

Nauru 500B

Peso(kg)

2

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7

4,4

4

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1,3

0,63

5,8

7

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Altura deVoo (m)

300

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4.500

3.000

3.000

1.000

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1.500

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3.000

3.000

Raio de Voo (km)

0,8

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Velocidadede Cruzeiro

(km/h)

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Câmera(MP)

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24,3

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Movido a

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Bateria Lipo

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Combustível

Combustível

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Bateria Lipo

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Bateria Lipo

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destinado aos testes de campo, treina-mento e desenvolvimento e aquisiçãode software. O treinamento incluiu 21aeromodelos, diárias e passagens,capacitando 8 técnicos – 3 no Ceará eno Pará e 2 em Goiás –, durante cercade 15 meses e mais de 260 h cada. Oplano, segundo Cristina Bicho, coorde-nadora do Projeto Vant, é treinar equi-pes em várias superintendências parareduzir os custos com seu desloca-mento, que podem ser desvantajosos

quanto maior for a área fiscalizada e o tempo de per-manência da equipe no local.

DNPM: protótipo customizado

O primeiro microvant do DNPM (Depar ta mentoNacional da Produção Mineral) foi certificado pelaANAC (Agência Nacional da Aviação Civil) em 2013.O projeto foi iniciado em 2011, através de uma par-ceria com a Faculdade de Tecnologia da UNB(Univer si dade de Brasília), sob a coordenação doprofessor Lenildo Santos, que já havia criado umprotótipo do equipamento. O modelo foi sendo ajus-tado, durante ensaios de campo e testes em situa-ções reais de fiscalização, par atender às demandasespecíficas do órgão.

O DNPM investiu cerca de R$ 600 mil no projeto. Alémda aquisição de quatro equipamentos, 60% do valor foi

Projetos), a empresa criou o GYRO 500, primeiro mini helicóp-tero multirrotor com tecnologia totalmente nacional. Sua pro-dução de RPAs, de asas fixas ou rotativas, inclui projetos custo-mizados, treinamento e suporte pós-venda. A Gyrofly atendeaos segmentos agrícola, de meio ambiente, mineração e plane-jamento urbano e dá apoio a operações policiais e militares.Para aplicações em mineração, a empresa destaca o GYRO 200OCTA e o GYRO 500 X4, já em uso no setor, e o recém lança-do GYRO 1000x4.

Nova geração

Na virada da década, surgiram novas alternativas de empresase modelos de RPAs no Brasil. No início de 2011, a Gohobbypassou a representar a chinesa DJI e a framcesa Parrot, forne-cendo aeronaves para e-commerces e lojas físicas e aeromode-los para lojas especializadas. Através de uma parceria com abrasileira Skydrones, a empresa disponibiliza o Zangão V, paratopografia e mineração, com custo em torno de R$ 70 mil,dependendo dos recursos embarcados. O custo do softwarePix4D, para processamento de imagens, considerado um dosmelhores do mercado, é de EU 6,5 mil (licença plena) ou EU260 por mês de utilização. O programa já foi utilizado, noBrasil, para mapear a estátua do Cristo Redentor (RJ) em 3D, nahipótese de uma reconstituição ser necessária.

Também de 2011, a XFly Brasil desenvolve projetos próprios ecustomizados e oferece treinamento para a operação de seusRPAs. Para uso em mineração, o diretor Leonardo Garcia desta-ca o XFLy 800, um hexacóptero (seis rotores), com autonomiade 30 minutos de voo. “É um modelo que custa R$ 25 mil e sepaga com uma única foto de satélite. Modelos importados cus-tam cerca de R$ 100 mil”, compara.

Divisão especializada na montagem e operaçãode RPAs, criada pela S-Zero Geologia, consulto-ria de mineração, em 2013, a Avant já realizoucerca de 45 missões com aviões-robôs. A empre-sa utiliza o modelo Smart One, da fabricantesueca Smart Planes, um microvant para mapea-mento de áreas com até 500 ha de extensão.“Cada aplicação demanda um equipamentoespecífico e há RPAs de maior porte capazes decobrir áreas expressivas, substituindo até aviões,em alguns casos”, explica Mariano.

Uma das mais novas no mercado, a HórusAeronaves foi fundada em 2014 e atua nos seto-res de agronegócio, mineração, meio ambiente eflorestal. Para mineração, a empresa desenvolveuo ISIS, aeronave de asa fixa com voo totalmenteautônomo. Segundo o diretor Fabrício Hertz, omodelo tem custo inferior entre 3 a 4 vezes aode similares do mercado e de 10 vezes ao de

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Youngster Lucas e Leonardo Garcia, da XFly Brasil

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A ECOPLAN DESENVOLVEU FERRAMENTASESPECIAIS PARA TODAS AS MARCAS DE

ESCAVADEIRAS. PEÇA SEMPRE PORQUALIDADE, RESISTÊNCIA E DURABILIDADE.

PEÇA ECOPLAN.

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minetecnologia

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imagens de satélites ou aeronaves tripuladas. A CRM(Cia.Riograndense de Mineração) está negociando sua aquisi-ção.

Em 2014, ainda, o know how adquirido na SEDEME motivouHelder Abdon Gaspar a criar sua própria empresa – a Geoaplic,com foco em mapeamento aéreo, monitoramento e fiscalização.Para tanto, desenvolveu o GA1A, que já possui o CAVE daANAC, para pouso em qualquer terreno, voo totalmente autô-nomo e sistema de retorno automático. “É um produto queatende, com qualidade, à necessidade de redução de custos dasempresas, no atual momento econômico”, diz Gaspar. AGeoaplic já tem uma parceria com uma empresa paulista paracartografia digital de municípios do interior do Pará e negociacontratos com empresas do Mato Grosso e da Bahia. Tambémfinaliza sua segunda aeronave, o GA2A, que deve se tornar omaior modelo disponível no Pará e possivelmente em toda aRegião Norte, acredita o diretor.

Fiscalização

O ineditismo da diretoria de Fiscalização do DNPM(Departamento Nacional da Produção Mineral) ao ser o primei-ro órgão público brasileiro a investir em um microvant para ati-vidades de fiscalização requer, ainda hoje, quase cinco anosdepois, um grande empenho para solucionar problemas deoperacionalização em campo e para a estruturação de uma basede dados.

O Projeto VANT, como é chamado no DNPM, foi criado para afiscalização de operações minerais irregulares, cujo alto grau de

informalidade dificulta a obtenção de dados emcampo. São comuns a evasão dos mineradoresao perceberem a presença de fiscais; dados deprodução pouco confiáveis; o grande número delavras, muitas vezes em áreas de difícil acesso edispersas e o risco à integridade física dos fiscais.“Há também minerações que operam à noitepara evitar a fiscalização ou que estão em áreascontroladas por milícias, caso do Rio de Janeiro,onde o fiscal não consegue entrar”, explicaCristina Prando Bicho, coordenadora do projeto.

Futuramente, diz Cristina, será possível ampliar ofoco da fiscalização comparando os dados obti-dos aos informados no RAL (Relatório Anual deLavra). “A dificuldade será estabelecer a relaçãoestéril/minério da lavra, mas para areia e argila,por exemplo, o grau de confiabilidade será bemelevado”, afirma. Outro complicador não solu-cionado é o processamento de imagens e oarmazenamento do grande volume de dadosobtidos. Uma alternativa, em teste, é o uso datecnologia Full Motion para o processamento devídeos em campo. “O fiscal terá que voar, cole-tar a imagem, processá-la e autuar a mineradora,o que requer procedimentos bem internaliza-dos”, diz Cristina.

O segundo órgão público a contar com um RPAfoi a SEDEME (PA), em 2014, ao adquirir umNauru 500A, da brasileira XMobots. HelderAbdon Gaspar, coordenador da área de TI eGeotecnologia da secretaria e responsável peloprojeto, conta que o modelo recebeu algunsajustes. “Um GPS Geodésico corrigiu as coorde-nadas do GPS original nos softwares de proces-samento e diversas variáveis foram conciliadaspara acomodar, em uma plataforma relativamen-te pequena, os numerosos equipamentos de usoativo e passivo”, diz.

O uso do Nauru 500A permitiu a criação de umacervo de imagens e produtos temporais naSEDEME. “Os voos realizados serviram comoreferência para o dimensionamento das minas eo cálculo das quantidades extraídas de minério epara comparativo com as informações inseridasem nosso sistema de Cadastro Mineral”, explicaGaspar. O equipamento está sendo utilizado,atualmente, pela SEMAS (Secretaria de MeioAmbiente e Sustentabilidade do Pará). Mas, até aregulamentação pela ANAC, nenhuma imagemcoletada por RPAs pode ser usada como provapor nenhum órgão de fiscalização.

Helder Gaspar, com o Nauru 500A, da SEDEME

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SUPERAR A SI MESMOTODOS OS DIAS. Samarco. Eleita pela terceira vez consecutiva a melhor mineradora do Brasil.

www.samarco.com

Mais uma vez, a Samarco foi eleita a melhor empresa de mineração e a segunda maior do País, pela revista Exame, no ranking Melhores e Maiores. Um prêmio que avalia, a cada ano, o desempenho das 500 maiores companhias do Brasil.

Essa conquista mostra o compromisso que a Samarco tem de se superar diariamente, gerindo com responsabilidade os recursos, pessoas e tecnologias que ajudam a construir o futuro do País.

É assim, vencendo desafios e crescendo junto com a sociedade, que evoluímos para fazer uma Samarco cada vez melhor. Porque olhar para todos os lados e avançar, passo a passo, com o apoio e a força das parcerias, é o melhor jeito de seguir em frente.

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mineempresa

VAZANTE GANHA SOBREVIDA DE 10 ANOS

Votorantim Metais investe em novas frentes de lavra subterrânea eestende a vida útil da mina de zinco

Maior produtora de zinco do Brasil e ter-ceira maior do mundo, a Votorantim Metaisestá investindo para manter sua posição nomercado internacional dessa commodity.Com o aporte de R$ 600 milhões, a minade Va zan te, localizada no município minei-ro do mes mo nome, passa por um projetoconcebido para prolongar sua vida útil pormais 10 anos. Os recursos se destinam aodesenvolvi mento de novas galerias namina, que ope ra por sistema de lavra sub-terrânea, e à aquisição de equipamentospara essa nova etapa.

“As pesquisas indicavam uma queda deprodução a partir de 2017 e a exaustão da

mina no prazo de dois anos, mas, com esseprojeto, estendemos sua vida útil até 2029”,afirma Valdecir Botassini, diretor de opera-ções de polimetálicos da Votorantim Metais.Ber ço da empresa nas operações comzinco, onde atua desde 1969, Vazante pro-duz 135 mil t/ano de concentrado silicatadoe 4,5 mil t/ano de chumbo e prata. Elaopera integrada à mina de Morro Agudo,localizada em Paracatu (MG), que produzmais 30 mil t/ano de zinco sulfatado. Asduas unidades alimentam o forno instaladoem Três Marias (MG), cuja capacidade é de190 mil t/ano de zinco metálico.

As reservas de Vazante se estendem por

Por HaroldoAguiar

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Operação daVotorantim Metais, em Vazante (MG): produção anual de 135 mil t de concentrado silicatado e 4,5 mil t de chumbo e prata

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21inthemine | julho | agosto

uma faixa estreita, com cerca de10 km de comprimento, e a lavrase desenvolve a profundidades deaté 320 m. A mina subterrânea,que adota o sistema de lavra VRM(Vertical Retraed Mining), contacom 162 km de galerias escavadase contabiliza sete níveis de pro-dução, dos quais quatro estão emoperação. Para prolongar sua vidaútil, a lavra deverá se estender auma profundidade de mais 160 m,com a abertura de cinco novosníveis de produção, dos quais osprimeiros entram em operação apartir de 2017.

Devido à presença de um aquífero, a operação requer a remo-ção de água subterrânea por meio de uma estação de bombea-mento de 16 mil m3/h de capacidade, instalada abaixo dosníveis de produção. O projeto de prolongamento da vida útil damina exigirá o rebaixamento desse aquífero, com a implantaçãode uma nova estação de bombeamento com capacidade para avazão de 18 mil m3/h. Para isto, um shaft de 5,5 m de diâmetroe 550 m de comprimento irá conectar a superfície ao local parasua instalação.

O shaft já começou a ser aberto, com escavações por sistemaraise boring, e constitui um dos pontos mais delicados naimplantação do projeto. Outro desafio será a escavação de gale-rias de grande extensão, com 14 m de altura, para abrigar a esta-ção de bombeamento a uma profundidade de 550 m, bem

Projeto inclui nova estação de bombeamento com vazão de 18 mil m3/h

Valdecir Botassini, diretor deoperações de polimetálicos daVotorantim Metais

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Investimento em P&D impulsiona o mercado de galvanização

Em parceria com a Federação das Indústrias doEstado de Minas Gerais (Fiemg) e o Instituto Senai deInovação em Metalurgia e Ligas Especiais, aVotorantim Metais está investindo em pesquisa edesenvolvimento (P&D) de novas ligas para galvani-zação em estruturas metálicas e chapas de aço.Orçado em R$ 1,2 milhão, o projeto contempla a ins-talação de uma planta-piloto, no Centro de Inovaçãoe Tecnologia do Senai/Fiemg (campus Cetec), emBelo Horizonte (MG). Ela foi inaugurada em fevereiroe já está à disposição de empresas interessadas emrealizar ensaios relacionados a novas ligas de zinco.

O diretor de tecnologia e engenharia da VotorantimMetais, Alexandre Gomes, explica que a iniciativarepresenta uma união de conhecimentos para melho-rar a performance e durabilidade de barras de açoutilizadas em estruturas de concreto, que habitual-

mineempresa

mente não contam com galvanização. “Com isso,fomentamos a indústria brasileira e o crescimentosustentável”, diz ele. O crescimento da construçãocivil impulsionou o mercado de galvanização, mas,segundo o Instituto de Metais Não Ferrosos (ICZ), osefeitos da corrosão em estruturas de aço e ferro cau-sam perdas anuais de 4% do PIB brasileiro, além derepresentaram um risco ao meio ambiente.

Com esse projeto, a empresaespera melhorar a galvaniza-ção das estruturas metálicas,aumentando sua vida útil.“Isto também se reflete nocusto a longo prazo, já queessas estruturas não precisa-rão de manutenção e oferece-rão menores riscos ambien-tais advindos da corrosão. O

projeto não se destina apenas a estruturas aplicadasem construção civil, mas também a chapas de açogalvanizadas utilizadas em outros segmentos daindústria, como a automotiva e a de linha branca.

Ao investir em P&D, a Votorantim e o grupoFiemg/Senai esperam estimular o crescimento domercado de galvanização. Como consequência, oconsumo de zinco cresce, conforme explica Gomes.“Temos espaço para esse avanço, pois o consumoper capita de zinco no país é de apenas 2,5 kg, con-tra uma média de 4 kg por pessoa em países como aAlemanha, China e Estados Unidos.”

A planta piloto conta com equipamentos para aplica-ção de diferentes ligas desenvolvidas, além de ins-trumentos para todos os ensaios físico-químicosnecessários, como microscópios, testes de aderên-cia, gramatura e outros. Um deles é a câmara cíclica,que simula o processo de corrosão ao longo dotempo, no prazo de 30 dias. Com isso, os pesquisa-dores podem analisar o desempenho da nova liga,atestando se ela atingiu a performance desejada.Segundo Gomes, o grupo Macaferri já utiliza as ins-talações para o desenvolvimento de um processo aser aplicado em seus gabiões, amplamente utilizadosem construção civil.

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Planta Piloto no Centro de Inovação e Tecnologia do Senai/Fiemg

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como a montagem de bombas de grandevazão (1.200 m3/h) no local. Dos recursospre vistos, R$ 67 milhões já foram investidosem atividades como o desenvolvimento derampas impermeabilizadas, a aquisição deequipamentos de mina, estudos de enge-nharia e infraestrutura de superfície, entreoutras.

“Apesar de a operação ser subterrânea, ca -racterizada por altos custos com ventilação,a maior parte do nosso consumo de energiase destina ao desaguamento da mina”, afir-ma Botassini. Mesmo assim, ele destacaque, como as demais unidades daVotorantim, ela é um ativo competitivo,apresentando baixo custo operacional. “Poresse motivo, apesar do difícil momento queenfrentamos no mercado de commodities,apostamos nesse projeto uma vez que nos-sos planos são de longo prazo”, completa oexecutivo.

A mina de Vazante opera ininterruptamen-te, 24 horas por dia, contando com 40 fren-tes de trabalho simultaneamente, entreremoção de estéril, lavra de minério, áreade detonações e de saneamento das gale-rias (bate-choco e consolidação das pare-des das galerias com atirantemanto e inje-ções de cimento). Em um turno de 8 horas,uma equipe consegue marcar a área deperfuração, executar os furos, carregá-loscom explosivos e realizar a detonação,alcançando um avanço médio de 4 m acada explosão.

As galerias da mina têm seção de 6x5 m erampa máxima de 14%. Por elas circulamdiariamente 15 caminhões articulados VolvoA30, empregados no transporte de minérioe de estéril. Em distâncias regulares de 100a 300 m, áreas de recuo permitem manobrasno interior das galerias e, com o avanço dasescavações, subestações de energia vãosendo deslocadas a cada 300 m, para supor-tar as operações com os equipamentos.

Além dos caminhões articulados, a frota delavra inclui ainda cinco jumbos de perfura-

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ção, nove carregadeiras rebaixadas LHD, duas car-regadeiras conven0cionais, três equipamentospara bater choco (Scaler), seis robôs para atiranta-mento (Boltec) e um para cabeamento (Cabolt).Soman do outros equipamentos de apoio, comoplataformas elevatórias, retroescavadeiras, cami-nhões betoneiras, robôs para projeção de concre-to e três caminhões para transporte e carregamen-to de emulsão, locados junto ao fornecedor deexplosivos, a frota totaliza 71 máquinas móveis.

Como os investimentos em Vazante não contem-plam aumento de produção, os recursos destina-dos à frota serão voltados basicamente para asubstituição dos equipamentos que atingiram olimite de sua vida útil. Mesmo conceito se aplicaà planta de beneficiamento, composta por doiscircuitos de britagem e moagem, antecedidos porpátio de homogeneização. Uma linha de brita-gem tem capacidade para processar 140 t/h deminério e outra, 30 t/h, sendo que a primeira sedestina ao processamento do minério com pre-sença de chumbo e prata.

Ambas contam com quatro estágios de cominui-ção, sendo um britador de mandíbulas no primá-rio, um cônico no secundário e outro no terciá-rio, seguidos por um britador VSI no quaternário.Após a moagem, o material segue para concen-tração em células de flotação e um dos circuitosconta ainda com unidade bulk, para a produçãode concentrados de chumbo e prata. A planta éalimentada a uma taxa de 1,47 milhão t/ano deminério bruto, com 12% de zinco contido, pro-duzindo um concentrado com teor de 40,6%,índice requerido para o processo de metalurgia,realizado na unidade de Três Marias.

O processo atinge um índice de recuperação de90%, com encaminhamento do rejeito gerado nobeneficiamento para uma barragem. Já o estéril,gerado predominantemente na abertura das gale-rias de transporte e rampas de acesso, volta parapreenchimento de áreas escavadas. “Operamosdentro de rigorosos padrões de sustentabilidade,incluindo o monitoramento de todos os cursosd’água e a recirculação de 100% da água utiliza-da no processo”, completa Botassini.

O executivo destaca que os aportes na mina não

Planta é alimentada a uma taxa de 1,47 milhão t/ano de minério

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Pátio de britagem e blendagem

Vazante: operação ininterrupta com 40 frentes de trabalho simultâneas

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Programas estimulam a geração de renda

Os mais de 700 empregos diretos e indiretoscriados pela mina da Votorantim Me tais jáseriam expressivos para uma cidade do portede Vazante (MG), que conta com aproximada-mente 20 mil ha bitantes. Quando se consideraa arrecadação proporcionada pela empresa e oim pacto na renda dos cidadãos, a mineraçãoassume um pa pel ainda mais relevante na eco-nomia do município, ao lado da agropecuária.Cons ciente dessa realidade, a Vo torantiminveste em programas sociais para o desenvol-vimento local, seguindo uma cartilha adotadaem todas as suas unidades.

Os programas sociais desenvolvidos pelaempresa, que consumiram investimentos daordem de R$ 2 milhões nos últimos quatroanos, contemplam áreas como a saúde, segu-rança, educação, cultura, apoio à coleta sele-tiva de lixo e à geração de emprego e renda,entre outras. Um deles vem sendo implantadoem parceria com a ADVAZ (Agência para oDesenvolvimento Local Integrado e Susten-tável de Vazante e Região), órgão ligado à pre-feitura.

Trata-se de um programa voltadoà geração de renda, por meio deações que capacitam os agenteseconômicos para o desenvolvi-mento de suas atividades. AVotorantim financia o projeto efornece toda a logística necessá-ria, cabendo à agência municipala implementação das ações.“Como identificamos o potencialda cidade para cinco atividadeseconômicas, que são a agrope-cuária, silvicultura, turismo, pes-ca e reciclagem, desenvolvemosprogramas de apoio a cada umadelas”, explica Ubirana Ferreira,agente de desenvolvimento daADVAZ.

Um desses programas é o Re-Des, que apoia os pequenos pro-

dutores agropecuários com informações téc-nicas e até mesmo para a melhor gestão donegócio, incluindo a visita de agentes a suaspropriedades para acompanhar os resultadosobtidos e subsídios para a criação de umacooperativa. Implantado em 2013, o programabeneficia 33 famílias que já sentem ganhoscomo a maior produtividade e rentabilidade nonegócio.

Um deles é Adair Ananias Ferreira, que junta-mente com a esposa Vânia Maria Guimarães,cria 52 cabeças de gado para produção deleite. “Seguindo as orientações do programa,nossa produção aumentou em 15%, além deconseguirmos uma melhor gestão financeirado negócio”, diz ele. Segundo Ananias, astécnicas difundidas pelos especialistas, quecontemplam a criação do gado em áreasconfinadas, os denominados piquetes, pro-porcionam ganhos de produtividade e redu-ção nos custos. Além disso, o pecuaristadestaca que as constantes visitas dos veteri-nários da ADVAZ possibilitam um acompa-nhamento do gado.

O casal AldairFerreira e VâniaGuimarães, beneficiários doPrograma ReDes

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Tecnologia recupera até 90% do minério contido em rejeitos

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incluem outros R$ 215 milhões que estãosendo investidos no projeto Extremo Norte,adquirido de outra mineradora. Trata-se deuma mina a céu aberto desativada, contígua àoperação em sua extremidade Norte, cuja pro-dução foi retomada com o desenvolvimentode lavra subterrânea. O projeto contempla aprodução de mais 470 mil t/ano de minériobruto, para processamento na planta de bene-ficiamento de Vazante.

Para isto, a Votorantim planeja escavar 64 kmde galerias nessa área, das quais 4,7 km jáforam executados, incluindo dois níveis deprodução e rampa de acesso. Dentro de umadécada, quando as reservas esgotarem nocomplexo de Vazante, a área intermediáriaentre a mina existente e as operações doExtremo Norte poderá constituir uma reservapara novas sondagens e mais um prolonga-mento da vida útil do projeto.

Na opinião de Valdecir Botassini, os investi-mentos se justificam diante do potencial deconsumo de zinco no mercado brasileiro.Além de atender a demanda local, a empresafornece para os demais países da AméricaLatina e, dos R$ 9,8 bilhões em faturamentoregistrados em 2014, R$ 6,2 bilhões foramgerados pelas operações de zinco. “A deman-da de zinco vem crescendo cerca de 4% aoano nos últimos cinco anos e nossas operaçõesnessa área, incluindo as demais unidades pro-dutivas, expandiram 15% em relação a 2013”,afirma o executivo.

Vale ressaltar que, em 2012, a empresa con-cluiu investimentos de R$ 521 milhões paracolocar em operação a primeira planta de poli-metálicos do país, em Juiz de Fora (MG). Comisso, a unidade, que produz zinco e outrosminerais, atua como uma recicladora da cadeiaprodutiva ao recuperar materiais alternativos,como o pó de aciaria elétrica, um resíduopoluente e descartado em aterros controlados.Com investimentos em tecnologia, o executivoexplica que o processo aproveita os baixosteores de zinco contidos nesse material parasua produção, contribuindo com a sustentabi-lidade da operação de aciarias elétricas.

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A OPERAÇÃO DA SUA VIDA

Por RicardoGonçalves

Os operadores de equipamentos pesados consti-tuem um grupo bastante unido. Eles se conhe-cem de outras companhias, são conversadores egostam de contar boas histórias. Com as redessociais, basta fazer rápidas pesquisas que já épossível encontrar páginas e grupos fechados noFacebook, onde eles trocam algumas figurinhas esempre procuram se ajudar. São postadas vagasde emprego, possíveis problemas em operações,fotos de trabalhos bem executados, entre outrasinformações. Na mineração, isso não é diferente.A In the Mine entrou em contato, pelo Facebook,com três operadores de escavadeiras que deta-

lharam os melhores trabalhos que járealizaram em suas vidas.

Aprendizado em Araxá

Rodrigo Silva tem 30 anos de idade eatua há 11 deles na mineração. Seucontato foi passado por Silas Luniel,técnico em mineração, que afirmouque Silva sabe tudo de máquinas. De fato, ele hoje é instrutor operacio-nal de Equipamentos de Mina daFagundes, empresa gaúcha na qualSilva atua desde 2004. “Por oito anos,trabalhei orgulhosamente como ope-rador em explotação de mina”, diz.

“Meu maior aprendizado ocorreu e ainda ocorrena mina de fosfato em Araxá (MG), operada peladivisão de Fertilizantes da Vale, onde realizei amovimentação do ROM (Run of Mine) da mina eatividades de infraestrutura interna.

O maior desafio foi a abertura de uma mina acéu aberto a 2 km de uma cava operada há maisde 40 anos. O vale era constituído por turfa, quegerava baixa estabilidade do piso, e as encostaseram recobertas de canga altamente abrasivapara os equipamentos. Tínhamos que manternossas metas em dia e com boa margem de van-tagem. Conseguimos. Então, além de desafiador,foi muito gratificante”. O equipamento de queRodrigo Silva guarda melhores recordações é aescavadeira hidráulica Volvo EC210BLC, comcapacidade de caçamba de 0,92 m³, alcance

Operadores de escavadeiras contam suas maiores experiências profissionais,destacando desafios e melhores equipamentos utilizados

máximo de escavação de 9,9 m e profundidademáxima de escavação de 6,7 m. Recentemente,houve uma mudança estrutural que fez com queo quadro de colaboradores terceirizados passas-se a compor o quadro da própria Vale. “Isso ren-deu oportunidades ainda maiores de conhecernovas técnicas e novos equipamentos”, diz ele.

Efeito Serra Pelada

Antonio de Lima Xavier, conhecido como “Ka-çula”, tem 28 anos e atua há oito no setor mine-ral. Ele jamais se esquecerá de seu primeiro con-tato com a nova mina, totalmente mecanizada,de Serra Pelada, em Curionópolis (PA). O proje-to era uma parceria entre a Cooperativa dosGarimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) e a

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canadense Colossus Minerals. Em 2012, ele pôdetrabalhar com a carregadeira subterrânea (LHD)Atlas Copco ST1030 de 10 t, com altura de des-locamento de 2355 mm e largura de 2490 mm.“Esse foi o segundo melhor equipamento que jáoperei, ficando atrás apenas da carregadeira também Atlas Copco subterrânea ST14”, afirmaXavier. Ele trabalhou no carregamento de cami-nhões dentro da mina. “Ver o começo daquelamina foi uma das maiores experiências da minhavida, por toda a história envolvida. Lá, era umdesafio diário, como a dificuldade de escavarrochas em solos instáveis. Uma pena que o pro-jeto não avançou”. O operador LHD trabalhou naColossus por quatro anos. Pela empresa, eleatuou também com outros equipamentos pesa-dos, como caminhões fora de estrada e jumbosde perfuração. Hoje, Xavier trabalha como ope-rador LHD na Quebec.

Formandos do Maranhão

Rosaildo Brito, conhecido pelos amigos como“Bebezão”, tem 35 anos e atua há 16 deles no seg-mento. É instrutor de equipamentos de mina, comfoco em escavadeiras e carregadeiras de médio agrande porte. No fim de 2013, época em que tra-balhava na Mineração Aurizona, no Maranhão,foram utilizadas duas marcas de escavadeiras dis-tintas, uma Caterpillar, a CAT 374, e uma VolvoEC700. “Duas máquinas ótimas de se operar, comcaracterísticas parecidas, como o peso de aproxi-madamente 75 t e a capacidade de caçamba de

cerca de 6,6 m³”, relata Brito. No entanto, existiaum grande desafio no trabalho. “Precisávamos for-mar operadores de equipamentos complexosnuma mina onde 90% dos operadores não tinhammuita experiência. Após uma série de treinamen-tos teóricos e práticos, os resultados foram muitogratificantes e surpreendentes. Baixamos custosoperacionais, ao mesmo tempo em que elevamosa produção”, acrescenta. Brito passou um ano edois meses na Aurizona. Há nove meses, atua naAnglo American.

www.inthemine.com.br

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1. Introdução

Em 2006, o setor de rochas ornamentais noBrasil ultrapassava, pela primeira vez, a expres-siva marca de exportação anual de US$ 1 bilhão(Gráfico 01). No início da década de 90, essevalor era da ordem de US$ 56 milhões atingin-do, em 2013, o valor recorde de US$ 1,3 bilhão.

Entre 2000 e 2014, a produção brasileira derochas ornamentais duplicou, de 5 Mtpa para10 Mtpa, e as exportações tiveram uma ex-pressiva agregação de valor com a maiorpenetração no mercado norte americano. ARegião Sudeste (ES e MG) foi responsável por64% da produção nacional e a RegiãoNordeste (BA, CE, PB), por 26%.

Atualmente, as transações comerciais na cadeia produtiva de rochas ornamentais estão estimadas pela Abirochas(Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais)em US$ 5,5 bilhões, gerando cerca de 130 mil empregos dire-tos, em aproximadamente 10 mil empresas. A entidade tam-bém estima que o parque produtivo de beneficiamento dosetor tenha capacidade anual de processamento da ordem de93 milhões de m², entre processamento especial e simples(materiais separados manualmente).

São números favorecidos pela grande diversidade das rochase suas características quase exclusivas, além de um arrojado

VISÃO ESTRATÉGICA DO SETOR DE ROCHAS ORNAMENTAIS NO BRASIL

Por MathiasHeider

processo de modernização na extração e no bene-ficiamento das chapas. Produtos nobres, originais,exóticos e de beleza incontestável, associados àresistência, durabilidade, aspectos cromáticos, tex-turais e estruturais diferenciados, reforçam a posi-ção do Brasil de grande produtor no cenário mun-dial, além de um enorme potencial ainda a ser des-coberto e explorado.

No primeiro semestre de 2015, as exportações derochas atingiram US$ 615 milhões, equivalentes a0,65% do total das exportações do Brasil. Nesseperíodo, foi mantido o crescimento das vendaspara os Estados Unidos (EUA) em 11%, em valor.Em 2013, a importação total de rochas ornamentaispelo país foi de cerca de US$ 3 bilhões, com oBrasil respondendo por US$ 770 milhões (equiva-lente a 59,2% das exportações nacionais de rochasornamentais) e com um valor médio da ordem US$894/t (compostas por chapas e placas beneficia-das). Por outro lado, em 2014, a China representouo 2º mercado do Brasil, com um total de US$ 144,5milhões em importações, a um valor médio deUS$180/t, compostas quase na sua totalidade porblocos brutos.

O mercado mundial de rochas é cada vez maiscompetitivo representando, em 2013, um total daordem de 53,4 milhões t (entre rochas brutas e pro-cessadas) no comércio internacional. A produção

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Gráfico 1: Exportação anual de rochas ornamentais – 1996-2014

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10

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mundial de rochas em 1920 era de 1,8 Mt e em2013 atingiu 130 Mt (equivalente a 1,4 bilhõesm2/48 milhões m3). O percentual da produção degranitos em relação à produção mundial nessemesmo período passou de 10% para 36,5% coma evolução das tecnologias de extração, benefi-ciamento e polimento de rochas. O Brasil produzatualmente cerca de 10 Mt de rochas e a China,40 Mt.

2. Considerações

Segundo a Abirochas, no que se refere à produ-ção atual de rochas ornamentais brasileira, des-tacam-se os granitos, que representam cerca de50%, mármores/travertinos (20%) e as ardósias,com cerca de 5%.

É muito alentador o processo de modernizaçãono corte e beneficiamento de chapas e blocosatravés do uso disseminado do fio diamantado.Estima-se que o parque nacional seja de 200 a300 teares de multi-fios diamantados com grandeganho na produtividade, qualidade e redução doimpacto ambiental. A capacidade instalada deprodução e beneficiamento no Brasil é da ordemde 93 milhões m2/ano.

Os pilares da competitividade do setor de rochasnacionais são as amplas reservas, diversidade commateriais únicos e excepcionais e uma eficáciaoperacional, a exemplo do Espírito Santo co mopolo exportador, e a modernização dos processosde extração e beneficiamento de chapas.

3. Análise SWOT (forças, fraqueza, pontosfortes e fracos) do Setor de Rochas no Brasil

A proposta da “Matriz SWOT” é estimular umdebate estratégico, além de proporcionar umaavaliação regional, com o objetivo de apoiar adefinição de ações para a melhoria setorial.Como exemplo, pode-se citar a defasagem tec-nológica do parque de beneficiamento de rochasornamentais que era uma ameaça e um entravepara o setor. Hoje, com a sua modernização,passa a ser um ponto forte, agregando valor àsexportações.

4. Conclusões

O Brasil se encontra em situação privilegiada emrelação aos cenários para o setor de rochas orna-mentais. A indústria está consolidada e bemestruturada, com elevado grau de verticalização eagregação de valor. Como estratégia, o setor temclara visão da importância da agregação de valor,

Ameaças

Análise SWOT do setor de rochas ornamentais no Brasil

Oportunidades

• Divulgação ao público sobre características e benefícios da rocha ornamental;

• Certificações ISO 9000/14000 e outras → qualificação da produção e comercialização;

• Potencial geológico / grandes reservas / novos lançamentos de rochas;

• Verticalização da produção (exploração, beneficiamento e produtos finais/acabados);

• Parceria com os órgãos estaduais para otimizar o licenciamento ambiental;

• Conquista/reconquista de mercados;

• Atuação sistemática no Mercosul e América Latina (maior proximidade dos centros produtores);

• Atuação em nichos específicos: aeroportos, praças, fachadas, halls, lobbies, etc. (mercado interno e externo);

• Reduzido nível de consumo per capita no Brasil;

• Aumento da renda global → crescimento da classe média nos países emergentes → novos mercados;

• Aproveitamento dos ciclos da economia global / crescimento continuado dos países asiáticos;

• Crescimento demográfico e da renda → ampliação de mercado;

• Desenvolvimento da logística (mina/beneficiamento e porto);

• Atuação no mercado de paisagismo com subprodutos da lavra e beneficiamento (blocos e aparas);

• Venda de rochas para aplicações não residenciais: hall, lobbies, praças, fachadas prediais, modernização de interiores;

• Estímulos a ações associativas e cooperadas;

• Melhoria da infraestrutura e logística

• Alta incidência de impostos e tributos (custo Brasil);

• Falta de políticas de fomento para exportação;

• Necessidade de melhorar a comunicação com os consumidores → necessidade de criar novos canais de venda

• Taxações elevadas de máquinas e equipamentos → definir política de concessão de incentivos e mecanismos tributários;

• Moeda e câmbio instável / Altas taxas de juros;

• Descompasso das ações governamentais com a evolução do setor;

• Analfabetismo tecnológico / deficiência educacional;

• Dificuldade de acesso ao crédito;

• Limitações e gargalos logísticos: portos, estradas e ferrovias;

• Custo frete marítimo variável / escassez de oferta de navios e contêineres;

• Dificuldades com licenciamento ambiental → nivelar exigências entre diversos órgãos estaduais de meio-ambiente;

• Mercado interno com demanda limitada → redução de preços c/maior competitividade e competição com outros produtos (cerâmicas, aglomerados, rochas artificiais);

• Barreiras tarifárias em diversos países (China → rochas processadas);

• Barreiras não alfandegárias (Granito/EUA e Ardósia/MCE);

• Seguro de crédito complexo e caro: maior dificuldade (há empresas saindo do setor);

• Surgimento de novos polos produtores mundiais → aumento da concorrência

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Fonteswww.dnpm.gov.br;www.mme.gov.br;www.abirochas.com.br;www.cetem.gov.br;www.sindirochas.com.br

difundindo o conceito da terceira onda exporta-dora (produtos acabados e finais).

Para complementar essa visão, a adequação àcultura arquitetônica e especificidades regionaisreforçariam essa linha de atuação. Isso exige umtrabalho na normatização de produtos finais e decustomização cliente a cliente. Outro mercadoque tem alto valor agregado é o de arte funerá-ria e pode ser potencializado pelo Brasil. O mer-cado norte americano, com os bons indicadoresde sua economia, mostra uma perspectiva favo-rável nos próximos anos, beneficiando o Brasil.Destaca-se também a visão de “branding” com ofortalecimento da marca “Brazil Original Stones”e da Feira de Vitória (Vitória Stone Fair), bemcomo o recente lançamento da Feira deFortaleza/CE.

O setor deve estimular a manutenção dos ganhosde produtividade e qualidade, além inserir asquestões relativas à sustentabilidade e responsa-bilidade socioambiental com forte viés ambien-tal, social e econômico. É necessário estimular ofortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais(APL's – cerca de 18, para rochas ornamentais)com a reavaliação do papel da governança e dis-seminação das boas práticas setoriais.

A gestão de resíduos, adoção de ações associati-vas e cooperativadas, busca de eco eficiência,segurança no trabalho e melhoria da qualidadedevem ser continuamente estimuladas. Outrafrente de atuação é a definição do uso futuro dasáreas onde houve extração de rochas, benefi-ciando a população local. O desenvolvimento dainfraestrutura e logística no Nordeste, com as fer-rovias FIOL e Transnordestina e os portos deSuape (PE) e Pecém (CE), podem fortalecer acadeia produtiva na região, estimulando aimplantação de um parque de beneficiamentoregional. Além disso, deve ser avaliada a inser-ção do Brasil no mercado produtivo de rochasartificiais (silestones), substituindo importações epodendo até mesmo atingir o mercado externo.

As entidades setoriais tem, a cada ano, reforçadoa sua atuação com destaque para a ABIROCHAS,além dos projetos com o setor público/privado(Apex, ABDI, DNPM, CETEM, CETEMAG, SESI,SENAI, Universidades, órgãos ambientais federaise estaduais) e elaboração de importantes estudossetoriais.

Fraquezas

• Grande atomização setorial e dispersão das empresas gerando necessidade de articulação do setor e assimetria de pequenos empreendimentos com empreendimentos profissionais;

• Falta de penetração no mercado asiático (distância de transporte e baixa presença no mercado de arte funerária – tipos e cor de rocha);

• Prazos para clientes incompatíveis com prazos de pagamentos de fornecedores → necessidade de capital de giro com maior custo;

• Políticas inadequadas de estoque;

• Elevação de preços de insumos → oneração do custo;

• Perdas na lavra → baixa recuperação;

• Blocos irregulares → alto índice de perdas;

• Queda da rentabilidade e oscilação de preços;

• Moeda instável e incapacidade de repasse dos custos em moeda estrangeira;

• Práticas de concorrência predatória;

• Arcabouço jurídico e regulatório complexo;

• Marmorarias informais → sem padrão de qualidade e sem tributação;

• Meio ambiente → excesso de exigências e prazo de análise incompatível com o desenvolvimento dos projetos;

• Estrutura financeira limitada;

• Dificuldade na padronização e catalogação dos produtos;

• Desnível na aplicação de tecnologias;

• Infraestrutura precária e altas taxas portuárias /gargalo portuário → instável;

• Existência de lavra clandestina (ilegal e não formalizada);

• Sazonalidade da produção: alto impacto da estação chuvosa (deterioração de estradas secundárias) / mercado (modismo);

• Baixa capacitação administrativa e gerencial;

• Baixa capacidade do mercado interno em absorver aumentos de produção;

• Baixo crescimento do País;

• Inadimplência → impacto em toda cadeia produtiva;

• Grande dependência da economia norte americana e do mercado imobiliário

Forças

• Globalização e desregulamentação (abertura de mercados);

• Geodiversidade: realce para os aspectos cromáticos, texturais e estruturais → ampla gama de lançamentos de novas rochas;

• Condição geológica das reservas → corpos aflorantes e c/lavra de menor custo;

• Crescente aceitação dos governos da importância do setor como alavanca do desenvolvimento econômico e interiorização do negócio (vetor de desenvolvimento);

• Favorável relação capital/produto para empreendimento de pequena e média escala e geração de empregos;

• Paralelismo entre crescimento demográfico e aumento do grau de urbanização;

• Vantagem da Rocha Ornamental por si só. Produto nobre, original e de beleza incontestável associado à resistência e durabilidade: - naturalidade / beleza / brilho - durabilidade / facilidade de conservação- possibilidade de restauração - relação custo / benefício

Page 37: Revista In The Mine - Edição 57

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Page 38: Revista In The Mine - Edição 57

Por Tébis Oliveira Ilustração Heder Oliveira

Em janeiro de 2012, ele assumiu a presidência da Unidade deNegócio Minério de Ferro Brasil da Anglo American e, com ela,a responsabilidade pela continuidade da implantação doSistema Minas-Rio, adquirido da MMX quatro anos antes. Seismeses depois, num momento em que a credibilidade do proje-to era praticamente nula, o mercado foi surpreendido com anotícia de um ajuste de US$ 3 bilhões no orçamento inicial ecom o adiamento do cronograma das obras de 2013 para 2014.Se havia inferno, o administrador formado pela FundaçãoGetúlio Vargas (FGV), Paulo Castellari Porchia, estava nele.Mesmo que não admita.

A sucessão de complicadores parece ter sido orquestrada: pro-blemas de licenciamento; negociações com cerca de 1.400 super-ficiários do trajeto do mineroduto; custos imprevistos como ascontratações adicionais para suprir os empregados que não retor-naram das férias coletivas no final de 2013; equipamentos ocio-sos exigindo manutenção; mais de 100 empresas contratadas paragerenciar e, em meados do ano passado, a crise hídrica trazendoquestionamentos à viabilidade do mineroduto.

Castellari não só superou todos os obstáculos como, sob suacondução, o Minas-Rio entrou em uma rota irreversível: a doprimeiro embarque de minério de ferro no final de 2014. Agora,o ex-vendedor de nióbio da mineradora, avança no ramp up daprodução para a meta de 26,5 Mtpa em 2017, com um custo bas-tante atrativo de US$ 33 a 35/t.

Nesta entrevista exclusiva a In The Mine, Castellari relembrapasso a passo todo o processo de execução desse megaem-preendimento. Fala de segurança e responsabilidade, da forma-tação dos contratos de obras, da estrutura logística montadapara os volumes gigantescos de materiais e equipamentos. E,por fim, diz que é preciso ter fôlego na mineração. Administraros momentos de bonança para enfrentar outros difíceis quevirão. E de como essa vivência cria, em gestores e profissionaisdo setor, uma enorme resiliência. Não está falando particular-mente de si mesmo. Mas poderia.U

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Page 39: Revista In The Mine - Edição 57

www.inthemine.com.br

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“Todas as mineradoras estão fazendo

revisão de custos. Mas nós não estamos

demitindo e sim contratando pessoal”

ITM: Como foi gerenciar um projeto doporte do Minas-Rio?

Castellari: Megaprojetos como o Minas-Rioenvolvem muitas disciplinas. Não se trata apenasde gerir processos, mas da capacidade de lidarcom as partes interessadas e de nosso timeentender os nossos reais valores. A maior reali-zação, em termos de cronograma, foi termos umtime integrado olhando de forma holística para onosso grande objetivo: entregar o primeiroembarque de minério de ferro até o final de2014, de uma forma segura e responsável.

ITM: Partindo, então, dessa meta, qual foi asistemática adotada?

Castellari: Começamos com um plano bemdetalhado de todas as atividades, desde a cons-trução da infraestrutura da mina, da planta debeneficiamento e do mineroduto, até o porto.Depois, passamos ao detalhamento da operaçãoem si. Cerca de 2 a 3 anos antes do primeiroembarque, iniciamos a contratação e o treina-mento de pessoal. Essa estratégia foi par te de

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nosso programa de prontidão operacional, que incluiu tam-bém todos os processos de manutenção, segurança, saúde etrabalho.

ITM: Quantas empresas foram contratadas para a execu-ção do projeto?

Castellari: O Minas-Rio, por sua escala, chegou a ter no picodas obras mais de 100 empresas contratadas, de diferentes por-tes e naturezas de trabalho. O contrato de maior complexidade,de construção do mineroduto, foi da Ca margo Côr rea, que jáhavia trabalhado para a Anglo Ame rican e é uma empresa pelaqual eu tenho um grande respeito. Outro grande contrato foicom a espanhola FCC, que construiu o quebra-mar no porto,em São João da Barra (RJ) e é especialista nesse tipo de obra.Tam bém atuaram conosco a Enesa, a Montcalm, a Construcap,a Milplan e a Integral Engenharia, entre outras.

ITM: Quais as maiores dificuldades desse processo de sele-ção?

Castellari: Um desafio constante, não só para a AngloAmerican, é o da integridade do negócio. Precisamos assegurarque nossos parceiros operem da mesma forma que operamos,já que a responsabilidade é conjunta. Também avaliamos se os

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contratos eram balanceados para ambas as partes do ponto devista comercial. Na área de segurança, nos certificamos de quetodos observem os mesmos valores e trabalhamos juntos para amelhoria contínua. O mesmo quanto à mão de obra, ao trata-mento dos funcionários e horas trabalhadas. Propusemosalguns desafios a essas empresas e tomamos ações imediatasem relação àquelas que não atenderam aos nossos padrões. Agestão da responsabilidade e a gestão da consequência sãomuito importantes porque nossos parceiros carregam nossonome e nós carregamos o deles.

ITM: Como foi pensada a logística para osgrandes volumes da obra?

Castellari: A logística foi dividida em trêspartes – o complexo Mina-Planta, oMineroduto e o Porto. No total, tivemos cercade 15 pátios de recepção de material. Aindaassim, considerando os atrasos que tivemos,grandes equipamentos como as bombas domineroduto chegaram a ficar parados por 2 a3 anos. O trabalho de armazenagem ficou ainda mais comple-xo exigindo a manutenção periódica dessas máquinas, que foirealizada por um mini time de manutenção integrado ao timede armazenamento. No mineroduto tivemos escritórios itine-rantes que avançavam com a obra, levando o estoque de mate-riais, alimentação e alojamento dos funcionários. No porto, odestaque foi a construção do quebra-mar com 47 caixões deconcreto flutuantes. Para ganhar tempo, alguns desses caixõesforam fabricados na Espanha.

ITM: Quais ajustes foram feitos ao projeto original duran-te sua implantação?

Castellari: Essa questão exige dividir a história do Minas-Rioem dois períodos: antes e depois de junho de 2012, quando aAnglo American anunciou que o projeto não custaria US$ 5,8bilhões e sim US$ 8.8 bilhões e que não ficaria pronto em 2013,mas em 2014. A partir daí, os ajustes foram absolutamentenecessários. Alguns, no mineroduto para otimizar o trajeto ori-ginal, para proteção ambiental ou por condições não previstas,como o tipo de solo ou paisagem. Outros resultaram em ganhosde tempo e custo. Não foi só uma solução comercial, de enge-nharia ou ambiental. Cheguei a ir para o Japão negociar comum cliente da Anglo American a passagem por sua área noBrasil.

ITM: E quanto aos ajustes financeiros?

Castellari: Os ajustes no orçamento foram doídos, nummomento difícil em que o projeto estava com uma credibilida-de muito baixa. Foi muito importante “apontar o lápis”, comodizem os clientes. Algumas complexidades, como a do licen-ciamento e a gestão das partes interessadas, foram subestima-

das. O resultado foi um ajuste de US$ 3 bilhõessobre os US$ 5.8 bilhões iniciais. Demos umpasso atrás para entregar o projeto.

ITM: Quais critérios definiram os equipa-mentos para a mina e beneficiamento?

Castellari: Começamos por entender o nossodepósito típico de minério de ferro, que é muitogrande, mas pobre. A planta de beneficiamento

foi dimensionada para elevaro teor médio do minério de38-41% para 67-68%, comequipamentos padrão de bri-tagem, peneiramento e flota-ção. Já a planta de filtragem,no porto, foi uma decisão umpouco mais robusta. Emboraa tecnologia de filtros cerâmi-cos da Larox/Outotec sejabastante conhecida, ela nun-

ca havia sido aplicada para minério de ferronessa escala de produção e foi escolhida por sermuito mais econômica no consumo de energia.Todas as tecnologias foram definidas com basena eficiência de operação e de custos.

ITM: Como foram as tratativas legais relacio-nadas ao mineroduto?

Castellari: O projeto Minas-Rio teve processosde licenciamento em Minas Gerais e no Rio deJaneiro. O mineroduto, por passar pelos dois es -tados, foi autorizado pelo IBAMA com uma licen-ça provisória, seguida da licença de instalação e,por fim, da licença de operação. Come çamos atrabalhar com cerca de 1.400 superficiários ecriamos uma força tarefa para priorizar essasnegociações. A maioria foi resolvida de formaamigável, mas houve algumas ações judiciais. Écomum nas questões fundiárias, no Bra sil, umafragilidade muito grande de documentação.Aconteceu de negociarmos, chegarmos a umacordo e surgir um novo proprietário da área.Também na mina fizemos um trabalho comsuperficiários, incluindo reassentamento, treina-mento e inclusão social. Hoje, temos um comitêmultidisciplinar e um plano de monitoramentoque acompanhará essa questão por seis anos.

ITM: Com a crise hídrica, os minerodutosforam alvos de muitas críticas...

Castellari: Posso garantir que aplicamos as tec-

“Os ajustes no orçamentoforam doídos.

Foi muito importante ‘apontar o lápis”,

como dizem os clientes”

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nologias mais eficientes para uso de água, com fontes ade-quadas de captação para a planta e para o mineroduto.Antes mesmo da outorga concedida pelo IGAM(Instituto de Gestão de Águas de MG) para o uso de2,5 mil m3/h do Rio do Peixe, já era nossa inten-ção captar a água a montante das comunidadespróximas ao projeto, de forma a não prejudi-car seu consumo. Além disso, pela outorga,se houver qualquer problema, somos obri-gados a reduzir nosso volume de captação.É um processo dinâmico. Segundo umestudo da CNI, a mineração usa entre 1 e1,5 m3 de água por tonelada de minério deferro produzida. Nossa operação usa cercade 0.8 m3/t e ainda recicla quase 80% daágua que utiliza.

ITM: Como foi obtida a economiade US$ 400 milhões no CAPEX doMinas-Rio?

Castellari: Quando anunciamos umnovo CAPEX de US$ 8,4 bi, a estima-tiva de custos era de US$ 8,2 bi, comuma contingência de US$ 600 mi -lhões. Em megaprojetos assim, al gunsitens saem mais caro, outros mais bara-tos. Na virada de 2013 para 2014, porexemplo, o Brasil vivia um momento depleno emprego e de grande atividade naconstrução civil. Dos cerca de 14 mil funcioná-rios que tínhamos, 60% não retornaram após asférias de final de ano. Fizemos contratações adi-cionais e gastamos mais do que esperávamos. Poroutro lado, reduzimos custos em várias obras deinfraestrutura e otimizamos a aquisição de equipa-mentos pesados. A taxa de câmbio também nos aju-dou em vários mo mentos. Acabamos devolvendo US$400 milhões da contingência.

ITM: O custo de caixa FOB do minério, de US$ 60/t, seráreduzido?

Castellari: Sim. Estimamos que com a operação estabilizada,nosso custo operacional será de US$ 33 a 35/t, nos primeiros 18anos, para uma produção de 26,5 Mtpa. Estamos em ramp up edevemos produzir entre 11 e 14 Mt neste segundo semestre de2015, passando para 24 a 26 Mtpa em 2016 e para 26,5 Mtpa em2017. Temos vantagens competitivas com o custo de transporte domineroduto, de US$ 2/t, e com o custo de manuseio no porto, deUS$ 45/t. O valor estimado de US$ 33 a 35/t é resultado de umtrabalho muito sério de revisão de custos no Minas-Rio. Todas asmineradoras estão fazendo essa revisão. Mas nós não estamosdemitindo e sim contratando pessoal.

“A mineração usa de 1 a 1,5 m3 de água/t de minério de ferro produzida. Nossa

operação usa cerca de 0.8 m3/t e recicla quase

80% da água que utiliza”

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Nasceu em:Santo André (SP), em 16/09/1970

Mora em: Belo Horizonte (MG)

Trajetória Acadêmica:Administração pela Fundação GetúlioVargas (FGV), com MBA internacional emPlanejamento Estratégico

Trajetória Profissional: Trabalhou nobanco Chase Manhattan. Na AngloAmerican desde 1994, atuou nas áreas definanças, projetos, marketing, operaçõese TI, no Brasil e em outros países. Foi diretor executivo dos Negócios deNióbio e Fosfatos. Hoje preside oNegócio Minério de Ferro Brasil.

Família:Separado, com uma filha de 18 anos

Maior desafio: Influenciar minha filha de forma positiva, sem castrar.

Hobby: Música. Como tenho pouco ounenhum talento, faço discotecagem

Um livro, um filme, uma música:“Casa Grande e Senzala”; “Asas do Desejo” e “Muito Além doJardim”; todas de Raul Seixas

Um time: Atlético Mineiro

Maior decepção:Várias. Mas a maior foi ver o Galo perder no Marrocos

Um projeto: Gostaria de dar aulas de inglês em comunidades

Um ídolo:Nelson Mandela e “tia” Ivone, professora da 3ª série do ensino fundamental, nos ensinou a tratar nossoscolegas como queríamos ser tratados

Um conselho a jovens profissionais:A carreira da gente está nas nossasmãos. É só acordar cedo

PERF IL

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ITM: Quais os destinos da produção do Minas-Riohoje?Castellari: Uma grande parte da nossa produção estáindo para o Oriente Médio, outra para a China e cargasmenores seguem para o Japão e para a Europa. São ven-das pulverizadas naturais neste momento em que fazemosuma série de cargas-teste para que os clientes co nheçamnosso produto. Há também um trabalho muito intensopara isso da nossa equipe de marketing em Cingapura.

ITM: Qual sua avaliação sobre o projeto do novoMarco Regulatório da Mineração?

Castellari: Estamos trabalhando seriamente com o IBRAMnessa área, até porque a única empresa de grande portede mineração intensificada que ficou no Brasil foi a AngloAmerican. A revisão do código é absolutamente necessá-ria e, ainda que o processo tenha demorado mais que oesperado, foi um processo sadio. A época em que essa dis-cussão foi iniciada é muito diferente da atual. O negóciode mineração é cíclico e não pode estar sujeito a regraslineares. Relacionar os royalties às vendas é uma regralinear que tem um impacto muito grande. Também vejocomo positiva a mudança na forma como os direitos mine-rários serão alocados, porque hoje viramos reféns de pes-soas que entram na mineração apenas para negociar essesdireitos.

ITM: Sendo administrador com MBA em Pla ne -jamento Estratégico, como tem sido comandar opera-ções minerais?

Castellari: Eu tinha quase 24 anos quando vim para aAnglo American. Conhecia a De Beers pelo filme do JamesBond e sabia, pela minha mãe, que um diamante era parasempre. Nada mais. A atividade de mineração me fascinoupor duas razões. A primeira é ter a oportunidade de fazera diferença ao transformar um lugar de forma positiva,criando desenvolvimento e oportunidades de emprego. Asegunda é a necessidade de ter fôlego, pulmão. Sabemosque os preços vão subir ou descer ou que tecnologiasserão descontinuadas. Temos que administrar os momen-tos de bonança para os difíceis que virão. Essa vivência fazcom que os gestores e profissionais envolvidos com mine-ração criem uma resiliência muito grande.

“A gestão da responsabilidade e a gestão da consequência são muito

importantes porque nossos parceiros carregam nosso nome e nós

carregamos o deles”

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A ESCALADA DE UM MEGAPROJETOPor Tébis Oliveira

Iniciada em 2008, a implantação do Sistema Minas-Rio, de minério de ferro, da Anglo American, movi-mentou 35,6 M m3 de material na etapa de terraple-nagem e consumiu nada menos que 600 mil m3 deconcreto, 19 mil t de aço e 1,5 milhão m de cabos. Aoperação da mina envolve 37 equipamentos pesadosno carregamento e transporte do minério bruto até aplanta de beneficiamento, que tem capacidade insta-lada de 55 Mtpa (base úmida). Viajando a uma velo-cidade de 6 km/h, durante 4 dias, através do mine-

roduto, a polpa de minério chega ao Porto do Açu(RJ), onde passa por novo beneficiamento para sepa-ração da água e segue para estocagem no terminal.

O primeiro embarque do produto foi realizado em25/10/14. A fase atual é de ramp up para uma pro-dução entre 11 e 14 Mt em 2015, chegando à capaci-dade nominal de 26,5 Mt em 2017. Já a partir de 2016,o custo FOB do produto cai de US$ 60/t para US$ 33a 35/t, onde deve se estabilizar.

A adoção dos moinhos Vertimill da Metso permitiu uma redução daordem de 30% no consumo de energia elétrica da operação de remoa-gem – uma economia de aproximadamente R$ 23 milhões por ano, semimpostos – incluindo os custos de energia, demanda e encargos relati-vos à utilização do circuito de remoagem. A Metso forneceu 16 moi-nhos Vertimill modelo VTM-1500-WB. O circuito compreende duaslinhas de remoagem, compostas cada uma por 8 moinhos, com potên-cia de 1,1 megawatt (MW) cada, e quatro baterias de ciclones paraclassificação do minério de ferro. “O Minas-Rio utiliza 17,9 MW de potência em seu processo de remoagemenquanto a aplicação com moinhos de bolas seria de 25,6 MW, o que representa uma economia significativa de7,7 MW”, explica o diretor de operação, Rodrigo Vilela. O Minas-Rio também tem apresentado o melhor resultadono uso do freio de serviço dos caminhões Komatsu modelo 830E-1AC no mundo. Enquanto a média de tempopara a troca da pastilha de freio e disco é de até 2 mil horas rodadas, os 21 caminhões da operação já ultrapas-sam 6 mil horas, um valor três vezes maior que o usual. Segundo Rodrigo Vilela isso se deve a treinamentos espe-cializados para operadores, investimentos em campanhas de otimização do uso do componente e monitoramen-to da equipe de operação. O modelo 830E-1AC da Komatsu também possui um dispositivo que registra o modocomo ele está sendo utilizado, o que permite intervenções imediatas da equipe de manutenção.

Economia de energia e Benchmark

Instalação de moinhos Vertimill

Carregamento de lavra na mina do Sistema Minas-Rio

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Sistema Minas-Rio

Dado

CAPEX EstimadoCAPEX FinalMão de Obra1

FrotaTerraplenagemConcretoAçoCabosProgramas SociaisDesenvolvimento deFornecedores LocaisMOVER (Desenvolvimento demão de obra local)2

Tecnologia da Informação3

Educação Ambiental

Turismo4

Educação

Outros

Mina a Céu AbertoRecursos MineraisReservas MineraisRelação Estéril/MinérioVida ÚtilFrota

Usina de BeneficiamentoProcesso SecoCapacidadeProcesso ÚmidoCapacidade

EnergiaReutilização de ÁguaMinerodutoExtensãoPolpaVelocidade MédiaEstruturasCapacidadePortoEstruturasCapacidadeEnergiaTerminal10

Estruturas

201520162017

Quantitativo

US$ 8,8 BilhõesUS$ 8,4 Bilhões21.480 (170 milhões HHT) 4.100 veículos leves e equipamentos (4 milhões km/mês)35,6 Milhões m3

600 mil m3

19 mil t1,5 milhão m

516 fornecedores locais; 130 empresas em processos licitatórios; aquisição de produtos e serviços de mais de 70 empresas locais474 estudantes graduados; 347 (73%) contratados pela Anglo American

30 centros de TI implantados. 1.600 pessoas beneficiadas9.100 alunos e 910 professores em 49 escolas de 5 municípios; qualificação de professores de escolasmunicipais em atividades ecológicas; distribuição de cartilhas educativas e apresentações teatraisQualificação de 936 pessoasConstrução de complexo educacional em Conceição do Mato Dentro (Universidade Aberta do Brasil, escola privada e centro de treinamento do SENAI-MG)Cultura; Saneamento; Infraestrutura Pública; Saúde e Meio Ambiente

5,3 Bt2,8 Bt (34,4%Fe)~0,4:145 anos30 caminhões de 230 t (produtividade máxima de 580 tph)2 escavadeiras de 22 m3 (produtividade de 2,1 mtph)1 escavadeira de 26 m3 (produtividade de 2,5 mtph)4 pás-carregadeiras de15 m3 (produtividade de 1.350 tph)

Britagem Primária, Britagem Secundária, HPGR55 Mtpa5 / 4,3 mtph5

Moagem Primária, Flotação, Remoagem, Espessador de Concentrado, Barragem de RejeitosMoagem Primária: 55 Mtpa5

Espessador de Concentrado: 26 Mtpa5

1 linha de transmissão de 230 kV> 80%

529 km68% sólidos / 32% água6

6 km/h (4 dias entre a usina e o porto)3 estações de superfície, 2 estações de bombas, 1 estação de válvula, 1 estação terminal26,5 Mtpa5 / 3 mtph7

Espessador de Concentrado, Clarificador8, Filtragem9

26,5 Mtpa5 / 3,2 mtph7

1 linha de transmissão de 138 kV

Estocagem (1 Mt), Carregamento (6 mtpa), Terminal p/navios capesize (~180 mt)5

11-14 Mtpa (~US$ 60/t)11

24-26 Mtpa (US$ 33-35/t)11

26,5 Mtpa (US$ 33-35/t)11

RAMP UP

Implantação

1. Direta e Indireta 2. Parceria com SENAI-MG3. Parceria com Milplan, CMDNet, Enesa e ARG 4. Parceria com SENAC-MG5. Base Úmida6. Captação de 2,5 mil m3/h de água do

Rio do Peixe (outorga pelo IGAM em 2008)7. Base Seca8. Recuperação da água utilizada no mineroduto

para reutilização na própria planta9. 12 filtros cerâmicos10. 50/50% JV com Prumo Logística11. Custo FOB

Operação

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MAIOR EFICIÊNCIA NA BRITAGEMFabricantes apresentam soluções para a maior produtividade na redução granulométrica

Uma solução já testada e aprovada no país, porém agora em configuraçãodesenvolvida para atender exclusivamente o mercado local. Essa é a propostada Metso para a oferta de seus tradicionais conjuntos móveis de britagem, osconhecidos Lokotracks. Com o lançamento de uma nova família dessa linha,ela se propõe a reduzir em 20% o custo de aquisição dos equipamentos emelhorar seu desempenho devido à maior adequação às condições locais.

Para isto, em vez de serem importados da Fin lân dia, os novos Lokotracks vêmda Índia e contam com componentes nacionais, como as bombas hidráulicas ea motorização Cummins. Se gun do Marcelo Franco Motti, vice-presidente daárea de mercado da Metso Brasil, a adequação ao diesel nacional permite que os equipamentos alcan-cem maior produtividade e menor consumo de combustível, mesmo em operações severas. “Eles sãoconfigurados para o diesel S50 e S10, mas o problema não é o teor de enxofre e sim a qualidade damistura, que nos equipamentos tradicionais pode comprometer a eficiência”, diz ele.

Os novos conjuntos móveis, da série 1000, estão disponíveis em três modelos, sendo um com britadorprimário de mandíbulas (C1000), outro com britador cônico (G1000) e a peneira S10000. Com isso, elespodem operar individualmente ou em conjunto, combinando diferentes estágios de britagem. Assimcomo os demais britadores móveis da marca, eles se caracterizam pelas dimensões compactas e altamobilidade, o que resulta em menores custos para mobilização e desmobilização, com ganhos de pro-dutividade no processo. Segundo Motti, a Metso lidera o mercado brasileiro de conjuntos móveis de bri-tagem com mais de 130 unidades em operação no país, incluindo grandes mineradoras, pedreiras, cons-trução civil e reciclagem.

Os lançamentos da empresa na área de britagem incluem um novo modelo estacionário cônico, o HP5,que chega para completar a família Nord berg HP (High Performance) – HP3, HP4, HP5 e HP6 – na ofer-

Por HaroldoAguiar

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Lokotrack "1000":compacto, alta mobilidade e menores custos

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ta de maior qualidade granulométrica com baixos custos de operação. Ou -tra no vidade é o rotor Orange para aplicação em britadores Barmac. Comoo componente emprega peças separadas, que dispensam solda para ins tala-ção, sua montagem e desmontagem tornam-se mais práticas e simples.

Segundo avaliações da Metso, isto permite uma redução de 20% no tempode troca do componente, o que resulta em maior disponibilidade para oequipamento e aumento da produtividade. Os ganhos são consideráveis aose considerar as frequentes paradas para troca de revestimentos, que nocaso do rotor demandam um tempo mínimo de três horas.

Novo player

Outro fabricante que propõe novas alternativas para a eficiência na britagemé a Weir Minerals. Com a aquisição da norte-americana Trio EngineeredProducts, em outubro de 2014, ela incorporou esses equipamentos ao seuportfólio de produtos para processamento mineral e agora está disponibili-zando a linha no mercado brasileiro. Segundo Israel Aguiar Leite, gerente dedesenvolvimento da Weir, algumas unidades já foram comercializadas no país.

A empresa já vendeu dois britadores para pe dreiras, sendo um de mandí-bulas e outro cônico, além de dispor de um conjunto de britagem móvel emoperação em uma mina de ferro do quadrilátero ferrífero, em Minas Gerais.Segundo Leite, esse equipamento móvel, que opera com um britador demandíbulas de 32"x54" de abertura de boca, produz uma média de 800 t/hde minério.

A linha inclui britadores estacionários de mandíbulas com até 2,00x1,5 m deabertura de boca, bem como modelos cônicos de até 800 HP e britadoresde impacto, vertical ou horizontal. Ela conta ainda com diversos modelos depeneiras, além de alimentadores vibratórios, lavadores de materiais finos egrossos e britadores sobre esteiras ou sobre carretas. “Eles são fabricados naunidade da Trio na China, o que confere competitividade aos equipamen-tos”, diz Leite. Ele destaca que, com o ingresso da Weir nesse segmento, omercado passa a contar com uma opção de fornecimento para usuários quebuscam equipamentos de qualidade e alta disponibilidade.

Segundo Pedro Roberto Stefani, supervisor de vendas responsável por essalinha de produtos, a empresa já desenvolveu junto a fundições locais aprodução dos materiais dedesgaste necessários à opera-ção dos equipamentos. Paraatender às grandes minerado-ras, a Weir promoveu umaremodelação em sua unidadeJundiaí (SP), com a disponibi-lização de estoque de peçasde reposição e de técnicostreinados para o suporte aosusuários da marca. O atendi-mento às pequenas minera-doras, entretanto, será regio-nalizado, com a nomeação derepresentantes em diferentespontos do país.

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Pedro Stefani e Israel Leite, da Weir: nova alternativa para melhoria da eficiência da britagem

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O SEGREDO ESTÁ NO PROJETOEspecialistas apontam os cuidados no projeto e dimensionamento das correias transportadoras para sua maior eficiência

Na hora de definir o sistema de transporte de minério entre amina e a planta de beneficiamento, a opção por correias trans-portadoras pode representar a opção mais vantajosa economi-camente, apesar de exigir um alto investimento inicial na com-paração com o uso de caminhões fora de estrada. Afinal, alémde reduzir o custo da operação, considerando os gastos dosoff-roads com o consumo de diesel, pneus e mão de obra, ascorreias atingem uma durabilidade que pode se estender porpraticamente toda a vida útil do projeto, com exceção de algu-mas reformas ao longo do tempo e a substituição de peças demaior desgaste, como roletes, polias e o tapete de borracha.

Para atingir esse nível de excelência, entretanto, os fabrican-tes do setor alertam para a necessidade de uma correta carac-terização da operação e dos volumes a serem transportados.

Com base nessas informações, os fabricantes partem para ocálculo do sistema e a definição da infraestrutura necessária,como as estruturas de sustentação. Entre os itens a serem defi-nidos há ainda o tipo de correia (aberta ou fechada), de acio-namento utilizado, de redutores de velocidade, roletes epolias, que determinam a velocidade deoperação, outro item fundamental para odimensionamento. Entretanto, diversosoutros fatores interferem nessa equação,impondo novas variáveis ao cálculo, con-forme explica José Arsênio, diretor daBeumer.

“Dependendo do comprimento do trans-portador e da potência do acionamento,os sistemas de partida e parada precisamser mais suaves, para evitar danos ou rupturas da correia devi-do às tensões geradas nesses instantes”, alerta o executivo. Poresse motivo, ele explica que, após concluir os cálculos decapacidade do transportador, sua empresa utiliza um softwarepara simular a operação. “Com isso, verificamos se ele atingi-

rá o desempenho definido em projetocom segurança e respeito ao meioambiente, diante das inúmeras variáveis aque a operação está sujeita.”

Cálculo dinâmico

O diretor da MDE, Frederico JoséGuimarães Trad, destaca que a utilizaçãode software de cálculo dinâmico permite

otimizar o projeto, antecipando problemas naoperação, principalmente os relacionados a ten-sões na correias durante as partidas e paradas.“Ele faz a simulação numérica do transportadorem operação, identificando qual a carga de fre-nagem a ser utilizada e outros itens importan-tes”, diz ele. Obviamente, tais parâmetros estãorelacionados a procedimentos como o uso de

inversores de frequência,que evitam a partida domotor com torque máximo,e o correto tensionamentoda correia.

Alexandre Martins, gerentede aplicação e propostaspara a América do Sul daMetso, destaca que, apesarda maioria dos projetos ser

desenvolvida com cálculos estáticos, a empresaoferece como “plus” uma ferramenta de análisedinâmica para sistemas mais complexos. “Emgeral, são transportadores com variação de per-fil ao longo do trajeto, geralmente com exten-sões acima de 500 m.” Ele ressalta que, além deseguir as normas de segurança na mina (NR-22)e na operação de equipamentos (NR-12), o pro-jeto deve prever as condições ambientais, comoa incidência de vento, umidade e até mesmo atemperatura, no caso de operações subterrâneas.

A configuração dos roletes, por sua vez, estárelacionada a fatores como o dimensionamen-to da capacidade (velocidade de operação) e aperformance do sistema em termos de dispo-nibilidade e custos de manutenção. “Nos pon-tos de transferência e carga, onde os compo-

nentes são submetidos amaior impacto do minérioe a cargas, recomendamosdiminuir a distância entreos roletes, que devem serrevestidos de borracha”,completa Ivan MoreiraMorais, gerente de enge-nharia e propostas daTenova.

Por HaroldoAguiar

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As mineradoras têm buscado alternativas conceituais no métodode remoção de estéril e minério visando aumento da competitivi-dade. Entre eles está o modelo chamado de truck-less (sem cami-nhão), que leva a escavação, britagem e transporte (por correia)para dentro da cava, eliminando caminhões. Este conceito apre-senta menor custo por tonelada, mas, por ser um processo contí-nuo, a falha em algum dos componentes (escavadeira, britador oucorreia transportadora), implica na parada de todo sistema produ-tivo.

Sabemos que o modelo tradicional escavadeira-caminhão é, na suaessência, pouco eficiente se considerarmos que 50% das distânciaspercorridas por um caminhão é improdutiva, pois o caminhão estávazio, retornando à cava para ser recarregado. Contudo, é o mode-lo mais usado, pois apresenta a flexibilidade necessária que a ope-ração precisa. A parada de um ou dois caminhões em uma frotade cinquenta, por exemplo, não tira o sono de um Gerente deOperação de uma mina.

Os conhecidos desafios desse modelo tradicional são os riscos deacidentes nas minas, envolvendo principalmente os caminhões; oscustos operacionais (manutenção, pneus e combustível); saláriosdos operadores e equipe de manutenção e a incessante busca pormaior produtividade por cada ciclo de extração. Por isso, já pode-mos ver vários caminhões de 400 t nas minas do Brasil e testescom protótipos de caminhões de 500 t em alguns países. Não obs-tante, havia também a necessidade de ampliação de capacidade decarga de caminhões da categoria popularmente conhecida como“caminhões rodoviários”, que são menores que os fora de estrada.

Pensando nisso, a Ginaf, empresa holande-sa, chega às minas brasileiras com um cami-nhão desenvolvido para aplicação emmineração e que conceitualmente reduz osprincipais impactos negativos de uma ope-ração com caminhões dessa categoria.

Em linhas gerais, o Ginaf HD5395TS, commotor Cummins QSX15, é um caminhão 10x6 eque possui maior payload da categoria, comcapacidade de carga de 70 t, surpreendente-mente superior em 55% à carga de seus princi-pais concorrentes que são de 45 t. Com dimen-sões externas semelhantes aos caminhões rodo-viários comuns, o Ginaf HD5395TS se caracte-riza pela ergonomia e tecnologia no estado daarte, pela alta performance, velocidade e robus-tez. Para se ter uma ideia, a fábrica Ginaf éconhecida no exterior por já ter vencido algu-mas edições do famoso rali Paris-Dakar.

Para efeito ilustrativo das vantagens dessecaminhão, podemos imaginar uma mina emque seriam necessários 50 caminhões rodoviá-rios de 45 t (modelo mais comum no Brasil). Seconsideramos a maior capacidade de carga doGinaf HD5395TS, esta frota cairia de 50 para 32caminhões. Ou seja, o investimento inicial jáseria reduzido, mesmo aumentando a produti-vidade da mina. Sem contar os custos com asequipes de manutenção (oficina, PCM, lubrifi-cação e borracharia) e operação também redu-zidos com a menor frota. Outra redução impac-tante nos custos: menor frota pode ser traduzi-da em menor consumo de combustível emenos pneus.

Por fim, a segurança também é afetada de formapositiva, pois o Ginaf HD5395TS possui sistemade nivelamento automático da báscula antes dodescarregamento e ampla visibilidade para ooperador. O número de pessoas na mina tam-bém cai, minimizando riscos de acidentes.

Carlos Henrique de PaulaCarlos Henrique de Paula é Mestre em Engenharia da Produção pela UFMG e Gerente Geral no Grupo Maserti, com-posto pelas empresas DCML e Mason Equipamentos, representante das linhas Cummins, Komatsu, Dynapac, Ginaf,Bobcat, Sandvik, Ausa, Manitou e Clark.

HD5395TS, de 70 t, da Ginaf: proposta é conciliar as vantagens do fora de estrada e dos rodoviários

O HOLANDÊSMINERADOR

Por Carlos Henrique de Paula

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mineGuia ITM www.inthemine.com.br

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AVANT GEOTECNOLOGIASProdutos: Topografia e ortofotos com VANT, topografiaconvencional, filmagens e fotografias aéreas com drones,batimetria (barragens de rejeito e reservatórios), treinamen-tos personalizados e transferência de tecnologia paraempresas de mineração e venda de drones novos e usadosDestaque: Topografia com VANTEspecificações: Aquisição de fotos aéreas e processa-mento com softwares de última geraçãoDiferenciais: Prazos menores e preços baixosContato: Daniel Mariano – Cel (32) [email protected]ço: Rua Joaquim Ramalho, 100Centro – Tiradentes – MGCEP 36325-000Website: www.avantbh.com.br/

BEUMER GROUPProdutos: Tecnologia, equipamentos e serviços para os setores de transportee carregamento, triagem e distribuição, paletização e embalagemDestaque: Transportadores de correia côncava curvilínea aberto/tubularEspecificações: Transportadores de correia côncava com distância entre eixosde até 20 km, raio da curva superior a 400 m para curvas horizontais, conformenecessidade para curvas verticais. Transportadores de correia tubular com dis-tância entre eixos de até 10 km, diâmetro do tubo entre 150 e 650 mm, raio dacurva superior a 300 vezes o diâmetro, para correias de lonas, e superior a 600vezes o diâmetro, para correias de cabos de aço. Capacidade de transporte deaté 10.000 t/h e velocidade do transportador de até 6,5 m/s.Diferenciais: Proteção do produto transportado de influências externas, poucanecessidade de espaço e sem necessidade de torres de transferência e trans-porte simultâneo de diferentes materiais na trama superior e inferiorContato: José Arsénio – Fone (19) 2129-1700 – [email protected]ço: Av. John Dalton, 301 – Ed. 3 Bloco A – Cond. Techno ParkCampinas – SP – CEP 13069-330 Website: www.beumergroup.com/

GEOBRUGGProduto: Suporte para escavações subterrâneasDestaque: TECCO HandlerEspecificações: Sistema de instalação mecanizada demalhas próprias de aço de alta resistência. O sistema podeser montado em qualquer equipamento Jumbo ou Bolter,em paralelo com uma das lanças da perfuratriz. A malha édesenrolada ao longo do desenvolvimento da escavação eos chumbadores ou tirantes podem ser instalados tambémmecanicamenteDiferenciais: Nenhum colaborador precisa acessar a frentede trabalho para instalação da malha, o que aumenta suavelocidade. As malhas de alta resistência substituem o con-creto projetado em escavações subterrâneas em rochasContato: Fone (21) 3624-1449 – [email protected]ço:Rua Visconde do Pirajá, 82/606 Ipanema – Rio de Janeiro RJ – CEP 22410-000Website:www.geobrugg.com/pt

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Por: Redação ITM

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GEOSOL – GEOLOGIA E SONDAGENSProduto: Sondagens profunda, diamantada, metalúrgica (para beneficiamentomineral), air core, screw core, rotary, subterrânea, de circulação reversa, geotécni-ca, over core, heli-transportáveis, slim drilling, serviços de perfilagem e laboratóriode análisesDestaque: Manipulador de Hastes AutomatizadoEspecificações: Manipulação de ferramentas tubulares (hastes, revestimentos,barriletes) com mais segurança e qualidade operacional. O equipamento tem comocaracterísticas principais a operação dinâmica e simplificada com a eliminação docontato direto de tubulares por parte de operadores e seus auxiliares, utilizando-sede magazines horizontais que permitem carga e descarga destes ferramentais eintegração total ao mastro de perfuração, independente da posição de trabalhoDiferenciais: Modernização de frotas de sondas, maior eficiência produtiva e segu-rança aos operadores, por meio da eliminação do contato direto de tubularesContato: Dalmo Pereira – Fone (31) 2108-8000 – [email protected]ço: Rua São Vicente, 255 – Olhos d'águaBelo Horizonte – MG – CEP 30390-570Website: www.geosol.com.br/

INBRASProduto: Separadores Magnéticos via secaDestaque: Separador Magnético para processa-mento de minérios secos, modelo DMS-12HD/4RE-2Especificações: Separador Magnético duplo,com dois estágios de separação, composto porum Se parador de Tambor de alta velocidade e umSe parador de Rolos, de alta intensidade, para serapli cado em testes de separação magnética, deminérios secos, em laboratórios ou plantas-piloto.O Separador Magnético é produzido em escala in -dustrial, com até três estágios de separação, debaixa, de média e de alta intensidade, os quaisestão disponíveis nas capacidades de 25, 50, 75ou 100 t/hDiferenciais: Maior fabricante de Separadores Magnéticos da América LatinaContato: Fone (11) 4056-6644

[email protected]ço: Av. PrestesMaia, 515 – DiademaSP – CEP 09930-270Website:www.inbras.com.br/

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KEPLER WEBER INDUSTRIALProdutos: Sistemas de manuseio, como transportadores de cor-reia, de corrente, helicoidais, móveis, enclausurados, elevadores decaçambas, carregadores de navios, moegas, estruturas metálicas,interligações, registros e acessórios e sistemas de captação de pópara granéis sólidos em geral, minérios e agregados, em regimescontínuos e para diversas capacidadesDestaque: Transportador de Correia Elevadora Taliscada – TCETsEspecificações: Equipamentos construídos em estruturas metáli-cas rígidas com a capacidade de alterar planos de cargas e detransporte de forma segura, ajustar a curtas distâncias e elevar aqualquer altura e ângulo, incluindo 90°. O design do equipamento équase ilimitado, mas normalmente trabalha na horizontal, podendoter aclives, declives ou casos especiais curvosDiferenciais: O sentido de operação pode ser uni e bidirecional,sendo que podem ser carregados em vários pontos – o mesmo valepara a descarga. O equipamento possui facilidade de acesso emseus elementos, o que auxilia a manutenção. Pode também serfacilmente desmontado em caso de mudanças na capacidade oureestruturação das instalaçõesContato: Deivis VoltaniFone (11) [email protected]ço: Rua do Rócio 84,3º andar – Vila Olímpia – São PauloSP – CEP 04552-000Website: www.kepler.com.br/

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LIEBHERR BRASILProdutos: Equipamentos pa ra construção e mineraçãoDestaque: Escavadeira Hi dráu lica sobre esteiras R 954 C SME (Super MassExcavation)Especificações: Com 60 t de peso operacional, o modelo deve ocupar a lacuna domercado, entre os portes de 50 t (R 954 C) e 70 t (R 964 C). Equipado com motordiesel Liebherr de seis cilindros em linha, com 240 kW/326 HP de acordo com opadrão de emissões vigente no Brasil Proconve/MAR-I. Tem lança de 6,70 m SMEe braço de 2,35 m SME, além de capacidade de caçamba de 3,7 m³ HD. Possuiainda corrente classe D8K, sapatas de 600 mm garras duplas e chanfradas, rodamotriz com dentes duplos, guias adicionais de esteira e contrapeso HD de 11 tDiferenciais: Única escavadeira da classe de 60 t vendida no Brasil possui circuitohidráulico que faz com que o giro da máquina não fique mais lento com a somatóriados demais movimentos. Produz um torque de 165 kNm, possibilitando maior capa-cidade de acelerar e frenar o giro e reduzindo os ciclos de operação. O mancal de açofundido tipo sino na lança aumenta a resistência e prolonga a vida útil da estruturaContato: Ricardo Zurita – Fone (12) 3128-4242 – [email protected]ço: Rua Dr. Hans Liebherr, 1 – Vila BelaGuaratinguetá – SP – CEP 12522-635Website: www.liebherr.com.br/

METSOProdutos: Equipamentos e serviçospara processamento mineral e de ferti-lizantes, softwares avançados de con-trole de vazão e de desempenho paramalhas de controleDestaque: Britadores cônicos GP7 eHP5, moinho vertical Vertimill, revesti-mentos ecoeficientes para báscula decaminhões, linha de equipamentos

para processamento de fertilizantes, tecnologias de controle de malhas de proces-so (Expertune) e de controle de frota (Fleet Management), produtos da divisão FlowControl, como válvulas, posicionadores e bombas de polpaEspecificações: Soluções da mina ao porto para o processamento de diversosminérios, fertilizantes e tecnologias de controle e automaçãoDiferenciais: Produtos com retorno financeiro garantido, por conta da durabilidade,eficiência, desempenho e confiabilidade. Vasta experiência da Metso nas indústriasem que atua, aliando pessoas capacitadas, soluções inovadoras e conhecimento Contato: Wendell Silva – Fone (15) 2102-1700 – [email protected]ço: Av. Independência, 2500 Sorocaba – SP – CEP 18087-101Website: www.metso.com.br/

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NLMK SOUTH AMERICA SALES Produtos: Chapas de aço de alta resistência, das marcasQUARD e QUENDDestaque: Lançamento das chapas QUARD, de alta dureza eresistência ao impacto para aplicações de desgaste, eQUEND, com alto limite de escoamento para aplicações estru-turaisEspecificações: As chapas QUARD estão disponíveis nasdurezas de 400, 450 e 500 Brinell e serão acompanhadas pelasde 550 Brinell. Já as chapas QUEND estão disponíveis em limi-tes de escoamento de 700, 900 e 960 Mpa, e serão acompa-nhadas pelas de 1100 e 1300 MpaDiferenciais: As chapas QUARD e QUEND são produzidas nalinha de têmpera e revenimento, com base metalúrgica emminério de ferro puro e composição química mais leve, o que atorna superior a chapas similares produzidas com base emsucata ou tratadas termicamente em linhas de tratamento tér-mico mais antigas. Possibilita maior resistência ao desgaste eao impacto, menos paradas para manutenção, redução depeso e elevação da capacidade de cargaContato: Paulo SeabraFone (11) [email protected]ço: Av. Luiz Dumont Villares, 1160, 12º andarJardim São Paulo – São Paulo – SPCEP 02085-100Website: www.nlmk.com/

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SSABProdutos: Chapas antidesgaste HardoxDestaque: Aço Hardox, que visa principalmenteredução de desgaste, aumento de vida útil e de pro-dutividade. As chapas de aço Hardox possuem altasdurezas, são de fácil processamento e indicadaspara aplicações que precisam suportar condiçõesseveras, sem trincar ou deformar. Podem ser utiliza-das na fabricação de revestimentos, caçambas, bas-culantes, trituradores, britadeiras, pás carregadeiras,ferramentas de demolição, martelos e em qualqueraplicação que requeira alta resistência ao desgaste eao impactoEspecificações: Hardox 450, chapa resistente àabrasão com dureza de 450 HBW, disponível nasespessuras de 3 a 80 mm, com até 3350 mm de lar-gura e até 14630 mm de comprimento. Hardox 500,chapa resistente à abrasão com dureza de 500 HBW,disponível nas espessuras de 4 a 80 mm. Hardox 550é uma chapa resistente à abrasão com dureza de 550HBW, disponível nas espessuras de 10 a 50 mmDiferenciais: Possui grades de durezas de 350 a 700Brinell, ampla faixa de espessuras e dimensões ecaracterísticas próprias. Hardox In My BodyTM é umaforma dos clientes mostrarem que os produtos apre-sentam determinadas exigências de qualidade e quesão feitos com o exclusivo aço antidesgasteContato: Carla Lopes Fone (11) 3303-0819 / Cel (11) [email protected]ço: Av. Angélica, 2220, 7º andar – HigienópolisSão Paulo – SP – CEP 01228-200Website: www.ssab.com/pt-BR/

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TAKRAF BRASIL – GRUPO TENOVA Produto: Projetos de Transportadores Tubulares –Pipe Conveyors, desde a engenharia, fabricação, pré-montagem em fábrica, supervisão de montagem, trei-namento, comissionamento, testes, start-up do siste-ma, aos serviços de treinamento. Gerenciamento deprojetos de engenharia e demais sistemas para mine-ração tanto no manuseio e extração mineral como nobeneficiamento, além das instalações portuárias e dasiderurgiaDestaque: Sistema de Transportadores – Tubular /ConvencionalEspecificações: Sistemas de transportadores feitossob medida a clientes nas mais diversas instalaçõesdesde cimento, usinas elétricas, mineradoras assimcomo na indústria química, de aço e portuáriaDiferenciais: A unidade de negócios no Brasil con-

tabiliza mais de 100 sistemas de transportadores já implantados. Projetos executados por profissionais capacitados e especialis-tas da indústria, fornecimento de soluções alternativas para transporte de material e recuperação de energia com baixo impactoambiental que proporcionam maiores velocidades e capacidadeContato: Flávio Barros – Fone (31) 3298-3013 – [email protected]ço: Rua Andaluzita, 131, 11º andar – Bairro Carmo – Belo Horizonte – MG – CEP 30310-030Website: www.takraf.com/

WEIR MINERALS DO BRASILProduto: Britadores de mandíbulas oucônicos, peneiras inclinadas, horizontaise banana, transportadores de correia ealimentadores, bombas centrífugas,horizontais e verticais, conjuntos demoto bomba, hidrociclones, válvulasguilhotina, mangote e reversível, moi-nhos de bolas, cerâmica, barras, cyl-pebs, seixos e polias acionadoras, telasde borracha para peneiras vibratórias,mangotes e curvas de borracha paraalta abrasão, spools, HPGRs e selosmecânicosDestaque: Warman WBH, Britador TrioT5, Mangotes LinatexEspecificações: A Weir pede para queentre em contato com a equipe e conhe-ça a fundo os benefícios dos produtosDiferenciais: Especialistas capacitados pa ra prover soluções que aumentam a eficiênciaprodutiva dos clientes, através de equipamentos e produtos elaborados com rigorosos cri-térios técnicos nas unidades de produção Weir e na prestação de serviçosContato: Marcelo Sigalla Fone (11) 2448-9200 – [email protected]ço: Rua José Benassi, 2151, Com. Ind. Fazgran – Jundiaí – SP – CEP 13213-085Website: www.weirminerals.com/

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mineequipamentos

Por: Ricardo Gonçalves

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O RMC (Robotic Mining Competition),competição anual promovida pela agên-cia espacial norte-americana (NASA) jáentrou na agenda dos cursos de gra-duação em ciências e engenharia dopaís. Mais que o Google Lunar XPRIZE,que é genérico, a NASA quer envolveros universitários especificamente noprojeto e construção de um robô demineração que consiga atravessar umterreno similar ao de Marte. Mais queisso: o robô vencedor será aquele quefor mais eficiente na escavação de umdepósito preparado de regolito, em umtempo cravado de 10 minutos. É umestímulo à pesquisa, envolvendo novasgerações, com direito a prêmios, prestí-gio e a promessa sempre presente deque algum daqueles robôs possam serlançados em futuras missões ao Pla-neta Vermelho.

Curioso é que não há qualquer mençãoà procura por vida microbiana. Paradesespero do físico Stephen Hawking,para quem a finalidade maior da ciênciaé procurar vida em outros planetas. Osengenheiros da NASA são mais práti-cos. É somente a exploração mineralque pode viabilizar a longa viagem, atecnologia e os recursos necessários.

1. Protótipo típico2. Membros da OaktonCommunity College,que conquistou umamenção honrosa na categoria “Sistema de Engenharia”3. Robô controlado por controle remotocompleta a tarefa nos 10 minutos4. Joe Kosmo (à esquerda de boné),aposentado e um dos mais renomadosengenheiros que já passou pela NASA

REGOLITO MARCIANO

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