revista engenharia 607

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transporte publico, metro, plinio assmann, jurandir fernando fernandes, monotrilho, mobilidade, expansao de linhas, baixo carbono, qualidade de vida, linha 5-lilas, linha 3-vermelha, linha 4 amarela, linha 9 esmeralda

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  • 2011

    N 607

    REVISTA EN

    GEN

    HA

    RIA

    cian magenta amarelo preto

  • ENGENHARIA 606 / 20114

    40

    N E S T A E D I O

    Filiada a:

    www.brasilengenharia.com.brISSN 0013-7707

    REVISTA ENGENHARIArgo Oficial do Instituto de Engenharia

    FundadoresApparcio Saraiva de Oliveira Mello (1929-1998)

    Ivone Gouveia Pereira de Mello (1933-2007)Rua Alice de Castro, 47 - Vila Mariana

    CEP 04015 040 - So Paulo - SP - BrasilTel. (55 11) 5575 8155Fax. (55 11) 5575 8804

    E-mail: [email protected] anual: R$ 120,00

    Nmero avulso: R$ 29,00

    DIRETOR RESPONSVELMIGUEL LOTITO NETTO

    DIRETOR EDITORIALRICARDO PEREIRA DE MELLO

    DIRETORA EXECUTIVAMARIA ADRIANA PEREIRA DE MELLO

    EDITADA DESDE 1942

    ENTREVISTA

    JURANDIR FERNANDO RIBEIRO FERNANDESSecretrio de Transportes Metropolitanos

    do Estado de So PauloALM DAS OBRAS PRONTAS, VAMOS

    DEIXAR LEGADO PARA O PS-2014Na perspectiva do eng Jurandir Fernandes perfeitamente factvel

    cumprir as metas estabelecidas pelo atual governo de passar a construir 8 quilmetros de metr por ano, com possibilidade de aumentar essa marca para 12 quilmetros por ano numa etapa posterior. Vale lembrar que de 1974 para c foram construdos

    apenas 2 quilmetros de metr por ano. O PPA (Plano Plurianual 2012-2015) prev investimentos de 118 bilhes de reais, sendo que

    30 bilhes de reais iro para obras do Metr-SP e trens da CPTM.

    TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. NENHUMA PARTE DESTA PUBLICAO (TEXTOS, DADOS OU IMAGENS) PODE SER

    REPRODUZIDA, ARMAZENADA OU TRANSMITIDA, EM NENHUM FORMATO OU POR QUALQUER MEIO, SEM O CONSENTIMENTO

    PRVIO DA ENGENHO EDITORA TCNICA OU DA COMISSO EDITORIAL DA REVISTA ENGENHARIA

    ASSINATURAS

    OUTUBRO /NOVEMBRO/2011 - ANO 69 - N. 607INSTITUTO DE ENGENHARIA. Presidente: Aluizio de Barros Fagundes. Vice-presidente de Adminis-trao e Finanas: Arlindo Virglio Machado Moura. Vice-presidente de Atividades Tcnicas: Rui Arruda Camargo. Vice-presidente de Relaes Externas: Amndio Martins. Vice-presidente de Assuntos In-ternos: Miriana Pereira Marques. Vice-presidente da Sede de Campo: Nelson Aidar. COMISSO EDITORIAL: Aluizio de Barros Fagundes, Antonio Maria Claret Reis de Andrade, Joaquim Manuel Branco Brazo Farinha, Jos Eduardo Cavalcanti, Kleber Rezende Castilho, Lus Antnio Seraphim, Miguel Lotito Netto, Miracyr Assis Marcato, Nestor Soares Tupinamb, Paulo Eduardo de Queiroz Mattoso Barreto, Pricles Romeu Mallozzi, Permnio Alves Maia de Amorim Neto, Reginaldo Assis de Paiva, Ricardo Kenzo Motomatsu, Ricardo Martins Cocito, Ricardo Pereira de Mello, Roberto Aldo Pesce, Roberto Kochen, Rui Arruda Camargo, Ruy de Salles Penteado, Vernon Richard Kohl. ENGENHO EDITORA TCNICA. Diretor Editorial: Ricardo Pereira de Mello. Diretora Comercial: Maria Adriana Pereira de Mello. Editor Chefe: Juan Garrido. Redatora: Cludia Maria Garrido Reina. Fotgrafo: Ricardo Martins. Editorao: Adriana Piedade e Andr Siqueira/Via Papel. Assinaturas: Leonardo Moreira. Criao e arte: Andr Siqueira/Via Papel. Impresso e acabamento: Companhia Lithographica Ypiranga (CLY). REDAO, ADMINISTRAO E PUBLICIDADE: Engenho Editora Tcnica Ltda. Rua Alice de Castro, 47 - Cep 04015 040 - So Paulo - SP - Brasil - Telefones. (55 11) 5575 8155 - 5575 1069 - 5573 1240 - Fax. (55 11) 5575 8804. Circulao nacional: A REVISTA ENGENHARIA distribuda aos scios do Instituto de Engenharia, assinantes e engenheiros brasileiros que desenvolvem atividades nas reas de engenharia, projeto, construo e infraestrutura. A REVISTA ENGENHARIA, o Instituto de Engenharia e a Engenho Editora Tcnica no se responsabilizam por conceitos emitidos por seus colaboradores ou a preciso dos artigos publicados. S os editores esto autorizados a angariar assinaturas.

    Periodicidade: Bimestral.Nmero avulso: R$ 29,00

    Assinatura anual: R$ 120,00E-mails: [email protected]

    [email protected]

    WWW.BRASILENGENHARIA.COM.BR

    28LINHA DE FRENTE

    PLNIO OSWALDO ASSMANN

    Consultor empresarial presidente do Metr-SP de 1971 a 1977

    O METR DE SO PAULO FOIGLOBAL ANTES DA GLOBALIZAO

    Para o engenheiro Plnio Oswaldo Assmann, a Companhia do Metr de So Paulo (Metr-SP) que ele presidiu nos seus primrdios,

    de 1971 a 1977, durante a implantao da primeira linha de metr e o delineamento da segunda constituiu-se, no final da dcada

    de 1960 e incio da de 1970, numa das maiores competncias mundiais em termos metrovirios. Assmann recorda que no

    processo de seleo dos engenheiros era indispensvel, na poca, que estes apresentassem diploma e passaporte.

    50CAPA/ESPECIAL METR-SP

    RECORDES VISTA Alm das solues em andamento, que faro com que as

    linhas de metr em operao saltem do atual patamar de 74,3 quilmetros de extenso (com 4,1 milhes de passageiros/

    dia transportados na mdia) para 101,3 quilmetros em 2014 (com 7,3 milhes de passageiros/dia), a Companhia do Metr

    de So Paulo (Metr-SP) deixar como legado para a segunda metade da dcada outros 90 quilmetros de linhas de metr e

    monotrilho em fase de construo.

  • ENGENHARIA 606 / 20114

    40

    N E S T A E D I O

    Filiada a:

    www.brasilengenharia.com.brISSN 0013-7707

    REVISTA ENGENHARIArgo Oficial do Instituto de Engenharia

    FundadoresApparcio Saraiva de Oliveira Mello (1929-1998)

    Ivone Gouveia Pereira de Mello (1933-2007)Rua Alice de Castro, 47 - Vila Mariana

    CEP 04015 040 - So Paulo - SP - BrasilTel. (55 11) 5575 8155Fax. (55 11) 5575 8804

    E-mail: [email protected] anual: R$ 120,00

    Nmero avulso: R$ 29,00

    DIRETOR RESPONSVELMIGUEL LOTITO NETTO

    DIRETOR EDITORIALRICARDO PEREIRA DE MELLO

    DIRETORA EXECUTIVAMARIA ADRIANA PEREIRA DE MELLO

    EDITADA DESDE 1942

    ENTREVISTA

    JURANDIR FERNANDO RIBEIRO FERNANDESSecretrio de Transportes Metropolitanos

    do Estado de So PauloALM DAS OBRAS PRONTAS, VAMOS

    DEIXAR LEGADO PARA O PS-2014Na perspectiva do eng Jurandir Fernandes perfeitamente factvel

    cumprir as metas estabelecidas pelo atual governo de passar a construir 8 quilmetros de metr por ano, com possibilidade de aumentar essa marca para 12 quilmetros por ano numa etapa posterior. Vale lembrar que de 1974 para c foram construdos

    apenas 2 quilmetros de metr por ano. O PPA (Plano Plurianual 2012-2015) prev investimentos de 118 bilhes de reais, sendo que

    30 bilhes de reais iro para obras do Metr-SP e trens da CPTM.

    TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. NENHUMA PARTE DESTA PUBLICAO (TEXTOS, DADOS OU IMAGENS) PODE SER

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    OUTUBRO /NOVEMBRO/2011 - ANO 69 - N. 607INSTITUTO DE ENGENHARIA. Presidente: Aluizio de Barros Fagundes. Vice-presidente de Adminis-trao e Finanas: Arlindo Virglio Machado Moura. Vice-presidente de Atividades Tcnicas: Rui Arruda Camargo. Vice-presidente de Relaes Externas: Amndio Martins. Vice-presidente de Assuntos In-ternos: Miriana Pereira Marques. Vice-presidente da Sede de Campo: Nelson Aidar. COMISSO EDITORIAL: Aluizio de Barros Fagundes, Antonio Maria Claret Reis de Andrade, Joaquim Manuel Branco Brazo Farinha, Jos Eduardo Cavalcanti, Kleber Rezende Castilho, Lus Antnio Seraphim, Miguel Lotito Netto, Miracyr Assis Marcato, Nestor Soares Tupinamb, Paulo Eduardo de Queiroz Mattoso Barreto, Pricles Romeu Mallozzi, Permnio Alves Maia de Amorim Neto, Reginaldo Assis de Paiva, Ricardo Kenzo Motomatsu, Ricardo Martins Cocito, Ricardo Pereira de Mello, Roberto Aldo Pesce, Roberto Kochen, Rui Arruda Camargo, Ruy de Salles Penteado, Vernon Richard Kohl. ENGENHO EDITORA TCNICA. Diretor Editorial: Ricardo Pereira de Mello. Diretora Comercial: Maria Adriana Pereira de Mello. Editor Chefe: Juan Garrido. Redatora: Cludia Maria Garrido Reina. Fotgrafo: Ricardo Martins. Editorao: Adriana Piedade e Andr Siqueira/Via Papel. Assinaturas: Leonardo Moreira. Criao e arte: Andr Siqueira/Via Papel. Impresso e acabamento: Companhia Lithographica Ypiranga (CLY). REDAO, ADMINISTRAO E PUBLICIDADE: Engenho Editora Tcnica Ltda. Rua Alice de Castro, 47 - Cep 04015 040 - So Paulo - SP - Brasil - Telefones. (55 11) 5575 8155 - 5575 1069 - 5573 1240 - Fax. (55 11) 5575 8804. Circulao nacional: A REVISTA ENGENHARIA distribuda aos scios do Instituto de Engenharia, assinantes e engenheiros brasileiros que desenvolvem atividades nas reas de engenharia, projeto, construo e infraestrutura. A REVISTA ENGENHARIA, o Instituto de Engenharia e a Engenho Editora Tcnica no se responsabilizam por conceitos emitidos por seus colaboradores ou a preciso dos artigos publicados. S os editores esto autorizados a angariar assinaturas.

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    28LINHA DE FRENTE

    PLNIO OSWALDO ASSMANN

    Consultor empresarial presidente do Metr-SP de 1971 a 1977

    O METR DE SO PAULO FOIGLOBAL ANTES DA GLOBALIZAO

    Para o engenheiro Plnio Oswaldo Assmann, a Companhia do Metr de So Paulo (Metr-SP) que ele presidiu nos seus primrdios,

    de 1971 a 1977, durante a implantao da primeira linha de metr e o delineamento da segunda constituiu-se, no final da dcada

    de 1960 e incio da de 1970, numa das maiores competncias mundiais em termos metrovirios. Assmann recorda que no

    processo de seleo dos engenheiros era indispensvel, na poca, que estes apresentassem diploma e passaporte.

    50CAPA/ESPECIAL METR-SP

    RECORDES VISTA Alm das solues em andamento, que faro com que as

    linhas de metr em operao saltem do atual patamar de 74,3 quilmetros de extenso (com 4,1 milhes de passageiros/

    dia transportados na mdia) para 101,3 quilmetros em 2014 (com 7,3 milhes de passageiros/dia), a Companhia do Metr

    de So Paulo (Metr-SP) deixar como legado para a segunda metade da dcada outros 90 quilmetros de linhas de metr e

    monotrilho em fase de construo.

    WWW.BRASILENGENHARIA.COM.BR ENGENHARIA 607 / 2011 5WWW.BRASILENGENHARIA.COM.BR

    CAPAESPECIAL METR DE SO PAULO

    RECORDES VISTA

    Fotos: Andr Siqueira,

    Leonardo Moreira e Divulgao

    Criao: Andr Siqueira Via Papel

    A MISSO DO INSTITUTO DE ENGENHARIA

    N E S T A E D I O ENGENHARIA ESPECIAL METR DE SO PAULO / artigosMobilidade com qualidade de vida..............................................................................................................

    Metr: definindo os termos ........................................................................................................................

    A importncia do transporte sobre trilhos para as cidades brasileiras e a evoluo da tecnologia....................

    O DNA do territrio: clula de conhecimento estratgico para a tomada de decises

    no mbito regional e metropolitano.............................................................................................................

    Contribuio do Metr para um cenrio de baixo carbono ............................................................................

    Qualidade da gesto: integrando ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001.........................................................

    A expanso da Linha 5-Lils e seus desafios.................................................................................................

    Aspectos gerais e condicionantes do projeto bsico da Linha 6-Laranja..........................................................

    Estaes subterrneas: projeto e evoluo...................................................................................................

    Evoluo tecnolgica das mquinas tuneladoras e anis de revestimento......................................................

    Mtodos construtivos ao longo de 40 anos...................................................................................................

    Aplicao do concreto reforado com fibras de ao em estruturas metrovirias..............................................

    Avaliao da qualidade das sondagens geotcnicas percusso nos projetos................................................

    Especificando estruturas para a durabilidade: economia de recursos para a expanso...................................

    Ponderaes sobre o acompanhamento tcnico de obras subterrneas..........................................................

    Acabamento: o carto de visita de uma obra................................................................................................

    Ciclovia urbana - Projeto Caminho Verde......................................................................................................

    A Estao Vila Prudente da Linha 2-Verde.....................................................................................................

    Barreira acstica do Elevado Tamanduate da Linha 2-Verde: um projeto multidisciplinar..............................

    Idosos e transporte pblico.........................................................................................................................

    Novidades no programa de visitas...............................................................................................................

    O relacionamento com o usurio no apoio ao desenvolvimento de produtos e servios...................................

    O uso das informaes do cliente para orientar o comportamento cidado.....................................................

    Ao Cultural: Arte no Metr........................................................................................................................

    Testando novos trens e sistemas fixos..........................................................................................................

    Inspeo ultrassnica de trilhos...................................................................................................................

    Gesto de portflio: projetos de inovao tecnolgica nas oficinas de manuteno........................................

    A manuteno dos equipamentos eletromecnicos e auxiliares de uma das linhas mais carregadas do mundo: Linha 3-Vermelha.......................................................................................................................................

    As estratgias adotadas pelas oficinas na gesto de seus ativos...................................................................

    Monitoramento de sistemas embarcados atravs de linguagem G LabVIEW....................................................

    Sinalizao de rota de fuga nos trechos entre estaes das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 5-Lils...................

    Alimentao eltrica para metrs pesados: 750Vcc e terceiro trilho ou 1 500Vcc e rede area?......................

    Armazenador capacitivo, volante de inrcia e inversor: tecnologias disponveis para economia de energia da trao eltrica............................................................................................................................................

    A importncia da migrao no processo de modernizao do sistema de sinalizao......................................

    A gesto ambiental nas obras da Linha 4-Amarela.........................................................................................

    Sistemas massa-mola utilizados na via permanente da Linha 4-Amarela........................................................

    Nuances e comparaes sobre a escavao de tneis dos corpos das estaes da Linha 4-Amarela........................

    Sobre as tendncias de acabamento nas estaes........................................................................................

    Aspectos construtivos do mdulo de integrao da Linha 9-Esmeralda (CPTM)

    com a Linha 4-Amarela (Metr)....................................................................................................................

    Implantao da Estao Luz da Linha 4-Amarela: logstica das etapas construtivas........................................

    Efeitos da inaugurao da Linha 4-Amarela sobre o corredor de nibus Rebouas...........................................

    S E E S

    Promover a engenharia, em be-nefcio do desenvolvimento e da qualidade de vida da sociedade. Realiza essa misso por meio da: promoo do desenvolvimento e da valorizao da engenharia; promoo da qualidade e cre-dibilidade de seus profissionais; prestao de servios sociedade, promovendo fruns e debates sobre problemas de interesse p-blico, analisando e manifestando-se sobre polticas, programas e aes governamentais, elaboran-do estudos, pareceres tcnicos e propostas para o poder pblico e para a iniciativa privada; presta-o de servios aos associados. Suas aes esto dirigidas para: a comunidade em geral; os r-gos pblicos e organizaes no governamentais; as empresas do setor industrial, comercial e de servios; as empresas de enge-nharia, engenheiros e profissio-nais de nvel superior em geral; os institutos de pesquisas e escolas de engenharia; e os estudantes de engenharia.

    101103111

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    235242245

    PALAVRA DO PRESIDENTE 7

    CARTAS 8

    PALAVRA DO LEITOR 10

    CURTAS 12

    DIVISES TCNICAS 16

    CRNICA 251

    MEMRIA 253

    ENGENHO & ARTE 254

    BIBLIOTECA 256

    OPINIO 258

  • ENGENHARIA I

    WWW.BRASILENGENHARIA.COM.BRENGENHARIA 607 / 20116

    PRESIDNCIA PRESIDENTE Aluizio de Barros Fagundes [email protected] CHEFE DEGABINETE Victor Brecheret Filho [email protected] PRESIDENTE DACOMISSO DE OBRAS Camil Eid [email protected] ASSESSORIA DECOMUNICAO Fernanda Nagatomi [email protected] Isabel Cristina Dianin [email protected] Marlia Ravasio [email protected] DIRETOR DA CMARA DE MEDIAO E ARBITRAGEM Marco Antonio Vellozo Machado [email protected] 1 DIRETOR SECRETRIO Pedro Grunauer Kassab [email protected] 2 DIRETOR SECRETRIO Roberto Bartolomeu Berkes [email protected]

    VICE-PRESIDNCIA DE ADMINISTRAO E FINANAS VICE-PRESIDENTE Arlindo Virgilio Machado Moura [email protected] 1 DIRETOR FINANCEIRO Julio Casarin [email protected] 2 DIRETOR FINANCEIRO Jason Pereira Marques [email protected] DIRETOR EXECUTIVO Jose Walter Merlo [email protected] SUPERINTENDENTE Ruth Julieta Votta [email protected]

    VICE-PRESIDNCIA DE ATIVIDADES TCNICAS VICE-PRESIDENTE Rui Arruda Camargo [email protected] DIRETOR RESPONSVEL PELA REVISTA ENGENHARIA Miguel Lotito Netto [email protected] DIRETOR DABIBLIOTECA Mauro Jose Loureno [email protected] DIRETOR DECURSOS Ricardo Kenzo Motomatsu [email protected]

    Clorival Ribeiro Cristiano Kok Dario Rais Lopes Dirceu Carlos da Silva Edemar de Souza Amorim Edgardo Pereira Mendes Jr. Edson Jos Machado Eduardo Ferreira Lafraia Enio Gazolla da Costa Ettore Jos Bottura Fernando Bertoldi Correa Gabriel Oliva Feitosa Hlio Martins de Oliveira Henry Maksoud Ismael Junqueira Costa Ivan Metran Whately Jan Arpad Mihalik Joo Antonio Machado Neto Joo Batista de Godoi Joo Ernesto Figueiredo Jorge Pinheiro Jobim Jos Augusto Martins Jos Eduardo Cavalcanti Jos Geraldo Baio Jos Olmpio Dias de Faria Jos Pereira Monteiro Jos Roberto Bernasconi Jlio Csar Borges Lourival Jesus Abro Luiz Carlos Crestana Maahico Tisaka Marcelo Rozenberg Marco Antonio Mastrobuono Marco Antonio V. Machado Marcos Moliterno Miracyr Assis Marcato Miriana Pereira Marques Nelson Aidar Nelson Covas Nelson Newton Ferraz Neuza Maria Trauzzola Ozires Silva Paulo Alcides Andrade Paulo Ferreira Paulo Setubal Neto Permnio Alves M. Amorim Neto Plnio Oswaldo Assmann Roberto Aldo Pesce Roberto Bartolomeu Berkes Roberto Kochen Rui Arruda Camargo Sonia Regina Freitas Tomaz Eduardo N. Carvalho Tunehiro Uono Walter Coronado Antunes Walter de Almeida Braga

    CONSELHO FISCAL EFETIVOS Antonio Jos N. de Andrade Filho Clara Casco Nassar Waldyr Cortese SUPLENTES Eduardo Fares Borges Kamal Mattar Nestor Soares Tupinamb

    VICE-PRESIDNCIADE RELAES EXTERNASVICE-PRESIDENTE Amndio Martins [email protected] DIRETOR REGIONALDE PORTO ALEGRE/RS Anibal Knijnik [email protected] DIRETOR REGIONALDE BRASLIA/DF Tilney Teixeira [email protected] DIRETOR REGIONAL DE SALVADOR/BA Carlos Alberto Stagliorio [email protected] DIRETOR REGIONAL DE FORTALEZA/CE Fabio Leopoldo Giannini [email protected] DIR. REGIONAL DE BELO HORIZONTE/MG Jose Augusto da Silva [email protected] DIRETOR DE RELAOES NACIONAIS Clara Casco Nassar Herszenhaut [email protected] DIRETOR DE CONVNIOS Wilson Pedro Tamega Junior [email protected] DIRETOR DE NOVOS PROJETOS Fabiano Sannino [email protected] DIRETOR DE RELAES INTERNACIONAIS Miracyr Assis Marcato [email protected]

    VICE-PRESIDNCIA DE ASSUNTOS INTERNOS VICE-PRESIDENTE Miriana Pereira Marques [email protected] DIRETOR DEASSUNTOS INTERNOS Antonio Jose Nogueira de Andrade Filho [email protected] NCLEO JOVEM Jason Pereira Marques [email protected] DIRETOR DE ASSUNTOS COM AS ASSOCIAES Benedicto Apparecido dos Santos Silva [email protected] DIRETOR DE EVENTOS CULTURAIS Nestor Soares Tupinamba [email protected] DIRETOR DE EVENTOS SOCIAIS Luiz Paulo Zuppani Ballista [email protected] DIRETOR DE VISITAS TCNICAS E DE LAZER Sokan Kato Young [email protected] DIRETOR DE CONVNIOS, BENEFCIOS E PARCERIAS Jefferson Deodoro Teixeira da Costa [email protected]

    VICE-PRESIDNCIADA SEDE DE CAMPO VICE-PRESIDENTE Nelson Aidar [email protected]

    CONSELHO DELIBERATIVO PRESIDENTE Aluizio de Barros Fagundes SECRETRIO Marcos MoliternoCONSELHEIROS Alfredo Eugenio Birman Andr Steagall Gertsenchtein Angelo Sebastio Zanini Antonio Carlos Pasquale de S. Amorim Arnaldo Pereira da Silva Camil Eid Carlos Antonio Rossi Rosa Carlos Eduardo Mendes Gonalves Cludio Amaury DallAcqua Dario Rais Lopes Edson Jos Machado Ettore Jos Bottura Francisco Armando N. Christovam Ivan Metran Whately Joo Alberto Viol Joo Baptista Rebello Machado Joo Jorge da Costa Jorge Pinheiro Jobim Kleber Rezende Castilho Lourival Jesus Abro Luiz Clio Bottura Luiz Felipe Proost de Souza Marcel Mendes Marcelo Rozenberg Marcos Moliterno Nelson Newton Ferraz Odcio Braga de Louredo Filho Paulo Ferreira Roberto Aldo Pesce Roberto Kochen

    CONSELHO CONSULTIVO PRESIDENTE Joo Ernesto Figueiredo VICE-PRESIDENTE Andr Steagall Gertsenchtein SECRETRIO Joo Antonio Machado Neto

    CONSELHEIROS Alberto Pereira Rodrigues Alfredo Mrio Savelli Aluizio de Barros Fagundes Amndio Martins Andr S. Gertsenchtein Antonio Galvo A. de Abreu Antonio Hlio Guerra Vieira Braz Juliano Camil Eid Carlos Antonio Rossi Rosa Carlos Eduardo M. Gonalves Cludio A. DallAcqua Cludio Arisa

    Instituto de EngenhariaReconhecido de utilidade pblica pela lei n 218, de 27.05.1974Av. Dr. Dante Pazzanese, 120 - CEP 04012 180 - So Paulo - SPTelefone: (+55 11) 3466 9200 - Fax (+55 11) 3466 9252Internet: www.iengenharia.org.brE-mail: [email protected]

    Expediente 607.indd 6 12/11/2011 08:43:52

  • I ENGENHARIA

    www.brasilengenharia.com.br engenharia 607 / 2011 7

    os equvocos de semprema pergunta frequente, para no dizer persistente, que tem chegado a ns sobre quais so os entraves para o franco engajamento da iniciativa privada nas concesses simples ou em regime de parceria pblico-privada (PPP) de servios pblicos.

    Cabe uma reflexo inicial. O fenmeno denominado globalizao, com prenncios nos anos 1980, quando se dizia estar o mundo a se transformar em uma aldeia global, fundamenta-se no desenvolvimen-to da informtica e da comunicao imediata dela decorrente. Porm o fenmeno no se restringe a esse fabuloso intercmbio capaz de in-fluenciar profundas alteraes socioculturais nos povos, independente-mente de suas regies e hbitats. A globalizao teve tambm o condo econmico-financeiro de provocar a migrao dos concentradssimos capitais sob o domnio do Estado, para as mos dos particulares, ora de modo relativamente disperso. As economias e os negcios pode-se afirmar sem necessidade de demonstrao cabal no tm mais frontei-ras. Os governos perderam a capacidade de investimentos nos sistemas empresariais de produo e prestao de servios pblicos. O que, de resto, explica a runa dos regimes comunistas e dos totalitrios em geral.

    Necessria, pois, foi a convocao da iniciativa privada para investir e operar os sistemas antes e ainda existentes sob a responsabilidade do Estado. No que tange s empresas de produo e algumas detentoras do monoplio de servios pblicos, estas transferncias foram pouco traumticas e relativamente bem-sucedidas, apresentando inegveis me-lhorias nos resultados financeiros e na qualidade e expanso da oferta ao pblico consumidor ou usurio. Entretanto, nos servios pblicos de saneamento bsico, sistemas rodovirios e aeroportos, esta transio no est ocorrendo satisfatoriamente e, em breve, se no houver uma paci-ficao adequada, esses problemas se agravaro e tambm acontecero com as ferrovias, hidrovias, portos e transportes urbanos. Tudo por conta de equvocos ou outros tipos de empecilhos alheios s solues dos pro-blemas propriamente ditos.

    O primeiro dos grandes equvocos, ou posicionamentos com argu-mentao inadequada, o de natureza ideolgica, ocorrente nas ofertas de concesses dos servios pblicos. Os detratores falam em privatiza-o dos sistemas, quando o que se contrata, na realidade, a delega-o de sua prestao iniciativa privada, com obrigaes de investi-mentos em obras, instalaes, modernizaes permanentes, manuteno rigorosa e operao propriamente dita cobrada ao usurio atravs de tarifas, por prazo pr-determinado, ao fim do qual os bens corpreos e a operao so restitudos ao poder pblico concedente. Decidida-mente conceder no vender. O fator essencial de uma concesso a opo pelo financiamento das obras de expanso, modernizao e me-lhorias do sistema a ser oferecido pelo interessado na concesso, sendo o ressarcimento a longo prazo pago na composio tarifria. O que se pode dizer neste entrave que, se o poder pblico dispuser de recursos para a implantao dos sistemas, o governante pode ser ideolgico: far ou no a concesso. Mas se estes recursos inexistirem ou no houver a capacidade de contratao de financiamento, impe-se ao governante o dever de busc-los junto iniciativa privada, pois uma postura me-ramente ideolgica no pode superpor-se s necessidades essenciais da populao governada.

    Outro grande equvoco so os movimentos corporativos, em que funcionrios e dirigentes das autarquias ou empresas pblicas, para pre-servar seus empregos, usam argumentos semelhantes aos ideolgicos

    e se pem a combater as intenes de contratar concesses, movimen-tando a opinio pblica a qualquer custo, nisto inclusas mendacidades quanto regularidade no proces-samento da licitao da concesso. Estes movimentos encontram terreno frtil no campo poltico-eleitoral, trazendo aos mandatrios o temor de perda de votos futuros; na m-dia sempre vida de discrdias e entreveros; no Ministrio Pblico, que v desonestidade como norma nos contratos pblicos; nos Tribunais de Contas, carentes de reprovaes em processos para justificar sua exis-tncia; e, s vezes, at no Poder Judicirio, quando decises aodadas paralisam procedimentos licitatrios ou contratuais, interferindo inde-vidamente nas obrigaes constitucionais do Poder Executivo. Quem se prejudica com isto a populao usuria. A parte cruel deste tipo de equvoco, induzido ou endgeno, o argumento sentimental da per-da de emprego do funcionrio, caso ocorra a concesso. evidente a perverso a existente. A iniciativa privada, pragmtica, no suporta o excedente da mo de obra. Portanto, este argumento somente expe a mazela da m gesto do servidor pblico que convive com a ineficcia e a ineficincia, s custas do oramento pblico. Ademais, com o fun-cionrio permanecendo no cargo desnecessrio, a sociedade fica privada do emprego daquela fora de trabalho em outros setores produtivos: prejuzo duplo.

    Ainda permeia nos detratores a ideia errnea de que a iniciativa pri-vada s opera com sobrepreos ou com lucros excepcionais. A empresa pblica no consegue concorrer com a empresa privada, nem em quali-dade e nem em custos mdicos. Parece aos detratores que a preservao do equilbrio econmico-financeiro dos contratos, seja um mal des-necessrio. Pois no mal e nem desnecessrio. Basta observar a elo-quente m qualidade dos servios prestados pelas autarquias, empresas e departamentos pblicos: ali no h a menor preocupao ou controle do equilbrio econmico-financeiro do servio prestado. Quando uma empresa privada entra em operao desequilibrada, vai insolvncia. Sai do mercado. Quando a prestadora pblica de determinado servio entra em desequilbrio econmico-financeiro, ou aplica indiscriminadamente um tarifao, ou na maior parte das vezes utiliza a mais perversa soluo: sonega o servio, seja em abrangncia, seja em qualidade. Outra caracterstica comportamental inadequada do poder pblico a lenin-cia comercial na cobrana pelo servio prestado: trabalha com tarifas insuficientes e no arrecada com celeridade a remunerao, sempre com fito eleitoreiro. Todos ns sabemos que sem investimento o servio ine-xiste. E que sem a justa remunerao o servio no subsiste.

    Ainda existem muitas outras distores, algumas afetas ao tema da sustentabilidade ambiental, cujos acrscimos aos custos no podem continuar a ser ignorados; aos licenciamentos morosos, pelo temor da intercorrncia no cdigo penal; e ideia equivocada de que custos de engenharia so uniformes qualquer que seja o tipo de obra, sua dimen-so, sua localizao, a concepo das instalaes, o mercado local de mo de obra especializada ou no.

    H muito assunto a se abordar em busca de termos um pas melhor. Voltaremos a nos manifestar e agir, no com o simples envolvimento, mas com compromisso propositivo. preciso denodo, participao, transparn-cia e honestidade em sua discusso. Desarmemos nossos espritos. A enge-nharia patritica e est a postos pelo bem da sociedade em geral!

    Concesses e PPPs:ALUIZIO DE BARROS FAGUNDES

    Presidente do Instituto de Engenharia

    [email protected]

    PALAVRA DO PRESIDENTE

  • ENGENHARIA I

    www.brasilengenharia.com.brengenharia 607 / 20118

    A PRIMEIRA AGLOMERAOURBANA

    A primeira aglomerao urbana, que o governador Geraldo Alckmin acabou de san-cionar no Projeto de Lei Complementar, cria um importante instrumento de gesto regio-nal e articulao de polticas pblicas. Trata--se da recuperao do planejamento regional integrado incluindo aes conjuntas para permitir o desenvolvimento econmico e so-cial equilibrado da regio.

    J de imediato cria a Aglomerao Urba-na de Jundia e anuncia a prxima, que ser Piracicaba.

    Conhecendo essa disposio do gover-no estadual no poderia deixar de lembrar e destacar a preocupante situao da regio da Bacia do Alto Tiet a montante da Barragem da Penha, para a qual esse importante instru-mento de gesto seria de extrema necessida-de e oportunidade tendo em vista as graves consequncias que adviro para a regio me-tropolitana sem ele.

    Essa regio contm sete municpios: Gua-rulhos, Po, Itaquaquecetuba, Suzano, Mogi das Cruzes, Biritiba-Mirim e Salespolis.

    H 90 anos todos os estudos feitos para a Bacia do Alto Tiet recomendam a extrema necessidade da preservao dessa regio mas at hoje nada foi feito nesse sentido. O pro-cesso de urbanizao continua acontecendo de forma intensa e descontrolada.

    A continuidade desse processo, alm de provocar graves inundaes na prpria sub--bacia, dever produzir vazes de enchentes para jusante incompatveis com a capacidade do canal do rio, mesmo que seja atualizado para as condies de hoje, especialmente no trecho at o Cebolo que corresponde par-te da bacia que atravessa o municpio de So Paulo.

    Ainda mais. Os cinco reservatrios si-tuados nessa regio, com capacidade de 15 metros cbicos/segundo para o abasteci-mento de gua da metrpole, quase 20% dos recursos disponveis hoje, podero vir a se transformar em novas Guarapirangas: a deteriorao do reservatrio de Taiaupeba j comeou.

    As providncias para proteo dessa re-gio so extremamente urgentes.

    Eng Julio Cerqueira Cesar NetoConsultor, membro do Conselho de Meio Ambiente da Federao das Indstrias do Estado de SP (Fiesp)So Paulo - SP

    S para se ter ideia, o indivduo que opta por tomar um nibus para ir para trabalho, ao invs de ir de carro, reduz para um dcimo o impacto ambiental provocado pelo automvel no trajeto. Sem dvida, pesados investimentos para oferecer um transporte pblico abrangente e de qualidade precisam ser realizados. Mas, in-felizmente, So Paulo est ainda longe de ofere-cer estmulos reais para o cidado deixar o carro na garagem ou conseguir morar prximo do seu local de trabalho.

    Bons exemplos esto mais prximos de ns do que imaginamos. Saindo do lugar comum que toma como referncias grandes metrpo-les como Paris, Londres ou Nova York, que so de pases desenvolvidos, podemos citar a Cida-de do Mxico. A capital possui um sistema de metr com mais de 200 quilmetros de trilhos, que atende a 5 milhes de pessoas diariamente e custa menos que 40 centavos de real. J a malha do metr paulistano tem modestos 74,3 quilmetros de extenso. Com um transpor-te pblico bem estruturado e que incentiva o uso regular de bicicletas por meio de ciclovias, a Cidade do Mxico conseguiu tirar milhares de carros das ruas e, assim, sair da lista das dez cidades mais poludas do mundo.

    Se persistir esta situao teremos, nos pr-ximos dez ou 15 anos, uma estagnao do cres-cimento habitacional, mas ainda com deman-das crescentes de transportes e servios. Assim veremos So Paulo passando por uma situao que j acontece em outras grandes capitais no mundo, que a falta de capital para continuar investindo em melhoramentos.

    Arq Itamar BerezinConsultor em arquitetura e urbanismo,especialista em empreendimentos de grande porteSo Paulo - SP

    NORMAS TCNICAS

    Gostaramos de parabenizar pela publica-o da matria As norma tcnicas brasileiras: pequenos detalhes fazem grandes diferenas, do eng. Estellito Rangel Jnior. Entendemos ser de suma importncia para alertar a socie-dade sobre estes pequenos detalhes, mas que podem trazer grandes consequncias na in-terpretao. Mais uma vez, parabns.

    Eng Edson MartinhoDiretor executivo da AssociaoBrasileira de Conscientizao para os Perigos da Eletricidade (Abracopel)So Paulo - SP

    MENOS CARROS E MAIS CIDADE

    O problema do trnsito nas grandes cida-des um tema que cada vez mais ganha voz na discusso de diferentes setores. Em meio a tan-tas conversas muitos so os motivos apontados para o caos que parece no ter mais soluo. Mas o que alguns ainda no atentaram que o setor da construo e arquitetura tambm in-fluencia no somente no crescimento das me-trpoles mas, tambm, na quantidade de carros que circulam nelas.

    Em uma cidade como So Paulo, que pos-sui mais de 11 milhes de habitantes, o uso dos automveis uma verdadeira cultura. So cerca de 3,5 milhes de carros emplacados e circulan-do na capital, alm daqueles que vm de fora e entram na cidade todos os dias. Mas h espa-o para toda esta frota de veculos? Buscando atender esta demanda, escritrios de arquite-tura e construtoras tm projetado prdios que contemplam um nmero maior de vagas por exigncia da legislao, agravando ainda mais a j complicadssima situao do trnsito.

    Por exemplo: dentro do segmento da cons-truo civil, para projetos de prdios comerciais, aconselhado seguir uma regra bsica legal de disponibilizar uma vaga para cada 35 metros quadrados de rea construda. Um edifcio que possui 2 000 metros quadrados de rea cons-truda, por exemplo, deveria ter, em mdia, 57 vagas em sua garagem. Mas no exatamente isso que vem acontecendo.

    Orgos governamentais solicitam, quase sempre, a construo de garagens com um n-mero maior de vagas. Para diversos empreendi-mentos a justificativa usada a de que grande parte das pessoas vir trabalhar com automvel.

    Isto nos remete a outro problema. Atual-mente temos um crescimento horizontal da ca-pital paulista em funo do atual Plano Diretor municipal, e no da verticalizao com edifcios, como muitos acreditam. So Paulo tem menos de 20% de seu territrio verticalizado. Com um mercado imobilirio altamente inflacionado, tanto em novas unidades como usados, as pesso-as so obrigadas a sair da regio central da me-trpole, em funo dos altos preos praticados.

    Temos, ento, um congelamento da ci-dade e uma reduo do seu crescimento, j que a maioria das pessoas cada vez mais esto obrigadas a procurar alternativas fora de So Paulo e vm capital somente para trabalhar, fazer compras, cumprir compromissos... Isso causa um aumento da circulao de carros diariamente e, consequentemente, maiores congestionamentos, mais poluio do ar e uma significativa diminuio da qualidade de vida.

    CARTAS&E-MAILS

  • I ENGENHARIA

    www.brasilengenharia.com.br engenharia 607 / 2011 9

    OPORTUNIDADE HISTRICA

    Num pas como o Brasil, cujo cen-rio urbano conta com cerca de 250 cidades com mais de 100 000 habitantes e grandes regies metropolitanas, como a de So Pau-lo, Campinas, Santos, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Recife e Belo Horizonte, a verticalizao das construes inevitvel. A tendncia crescente e, ao que parece, irre-versvel em curto prazo, se levarmos em con-ta o alto grau de aquecimento do mercado imobilirio, motivado pelo baixo desemprego, incluso socioeconmica e programas de in-centivo casa prpria, como o Minha Casa Minha Vida.

    Alguns estudos mostram que, desde 2003, cerca de 50 milhes de pessoas, po-pulao superior da Espanha, ingressaram no mercado consumidor brasileiro. Apontam, ainda, que nos ltimos 21 meses, at maio de 2011, as classes C e AB cresceram 11,1% e 12,8% respectivamente. Nesse perodo 13,3 milhes de habitantes foram incorporados s classes AB e C, somando-se aos 36 milhes que ascenderam entre 2003 e 2009.

    O expressivo volume de prdios residen-ciais em construo, para atender a demanda relativa aos novos consumidores, represen-ta, sob um olhar urbanstico, uma excelente oportunidade de implementar o conceito de construo verde. O Brasil vivencia, sem d-vida, uma possibilidade mpar de converter o aquecimento do mercado imobilirio num formidvel processo de transformao das ci-dades, pontuado pela construo de edifcios sustentveis e j adequados necessidade de preservar o meio ambiente.

    Esses prdios, basicamente, devem conci-liar conforto, qualidade de vida e os preceitos da sustentabilidade. Tais conceitos referem-se a distintos aspectos do prdio, a comear pela eficincia energtica. importante contar com alternativas de energia, como a solar, j estabelecida pela legislao, e buscar fontes alternativas que garantam a iluminao em caso de acidentes, a racionalizao do consu-mo e a busca da eficincia total. Outro item essencial refere-se gua. O fato de o Brasil

    ter a maior reserva hdrica do planeta no sig-nifica que se deva desperdiar o mais precioso dos lquidos.

    Finalmente imprescindvel que, em cada prdio, seja feita com eficcia a coleta seletiva do lixo, e o sistema ideal seria que esses re-sduos separados fossem transportados a um ecoponto mais prximo, para a reduo dos custos operacionais da logstica, que so ca-ros. Esta prtica essencial para o sucesso da Lei n 12.305, que instituiu a Poltica Nacio-nal de Resduos Slidos (PNRS), contribuin-do para a destinao ecologicamente correta dos rejeitos do consumo, responsabilidade que deve ser compartilhada pela indstria e o varejo. Essa legislao, que tambm prev a erradicao dos lixes do pas at 2014, e a construo de edifcios verdes em grande escala podem representar, em curto prazo, a edificao de um novo Brasil urbano.

    Eng Tadayuki YoshimuraPresidente da Associao Brasileira de Resduos Slidos e Limpeza Pblica (ABLP)So Paulo - SP

    ERRATA

    Por descuido de nosso departamento de editorao foi publicada a foto errada do eng Adilson Luiz Gonalves na seo Crnica, edio 606-2011, pgina 107. Agora aqui publicamos a foto correta. Pe-dimos desculpas aos nossos leitores e ao nosso colaborador articulista.

    Comentrios sobre o contedo editorial da REVISTA ENGENHARIA, sugestes e cr-ticas devem ser encaminhadas para a reda-o: Rua Alice de Castro, 47 CEP 04015 040 So Paulo SP Fax (11) 5575 8804 ou 5575 1069 ou por E-mail: [email protected]

    As cartas redao devem trazer o nome, endereo e nmero da cdula de identida-de do leitor, mesmo aquelas enviadas pela internet. Por questes de espao e clareza a revista reserva-se o direito de resumir as cartas.

    Como contatar a REVISTA ENGENHARIA

  • ENGENHARIA I

    www.brasilengenharia.com.brengenharia 607 / 201110

    LVARO RODRIGUES DOS SANTOS*

    polmica arrasta-se h j mais de dez anos e a dupli-cao da Rodovia Rgis Bittencourt no trecho paulista da cabeceira da Serra do Mar, localmente sob a de-nominao de Serra do Cafezal, compreendido entre

    os quilmetros 336 e 367, ainda est a depender do resultado de complicadas decises judiciais ou, em uma alternativa mais virtu-osa e breve, do bom senso dos empreendedores.

    De um lado, numerosas e aguerridas organizaes ambienta-listas e da sociedade civil lutando para preservar as condies e atributos ambientais da regio serrana, em especial da bacia hi-drogrfica do Ribeiro do Caador, para tanto defendendo tcnicas rodovirias que garantam a integridade desse valioso patrimnio natural. De outro, a concessionria Autopista Rgis Bittencourt S/A, pertencente ao grupo OHL Brasil, defendendo opo de tra-ado e de tcnicas rodovirias que lhe parecem mais favorveis em uma relao de simples custo/benefcio.

    A necessidade logstica, social e econmica da duplicao da Rgis indiscutvel. at incompreensvel que essa elementar providncia viria no tenha sido executada h muito mais tem-po, considerando que se trata de uma das principais rodovias do pas. A frequncia de terrveis acidentes e de imensos congestio-namentos argumenta por si prpria sobre a urgncia com que essa duplicao se faz necessria.

    Importante considerar que as tcnicas rodovirias adotadas ainda quando da abertura dessa rodovia em seus trechos mais montanhosos, fundamentalmente baseados no encaixe da pista no terreno atravs de uma sequncia de cortes e aterros decorrncia do estgio tecnolgico da engenharia viria da poca (anos 1950 e 1960) , so em grande parte responsveis pelo enorme nmero de acidentes e paralisaes de trfego. O fato explica-se pela incom-patibilidade dessa concepo de engenharia com as caractersticas geolgicas e geotcnicas da regio, j naturalmente propensa a deslizamentos de solos e rochas. Os cortes e aterros cumprem as-sim o papel de induzir e potencializar os deslizamentos, especial-mente em perodos de elevada pluviosidade.

    Alis, ainda nos tempos coloniais comeou-se a perceber que a Serra do Mar no apenas representava uma formidvel barreira topogrfica. medida que os meios de transporte exigiam estra-das mais largas e com rampas menos acentuadas, foram inevitveis obras, como cortes e aterros, que implicavam em problemticas in-terferncias no equilbrio natural das encostas da serra. Apresentou--se ento como problema adicional ao grande desnvel topogrfico e acentuadas declividades do terreno, a enorme suscetibilidade na-tural dessas encostas a escorregamentos de solos e rochas, os quais tornaram as obras, como o prprio uso das estradas, uma incrvel odisseia tcnica e financeira para a sociedade paulista, muitas vezes com tons trgicos de perdas de inmeras vidas humanas.

    Mas, por fim, com a implantao da Rodovia dos Imigrantes, cuja concepo coube ao eminente e saudoso engenheiro Jos Car-los de Figueiredo Ferraz, a engenharia viria brasileira, apoiada nos brilhantes avanos do conhecimento geolgico e geotcnico sobre o comportamento das encostas serranas proporcionado pelos tcnicos nacionais, optou pelo uso extensivo de tneis e viadutos como for-ma de evitar a interferncia nas instveis encostas. O sucesso tcni-co dessa nova concepo de projeto a define como o novo patamar

    tecnolgico a ser adotado por todas as novas estradas brasileiras que de alguma forma venham a se desenvolver sobre regies serranas tropicais midas, como nossa Serra do Mar.

    Nesse sentido, so extremamente gratificantes para a socieda-de brasileira as decises por essa mais avanada concepo que j tomaram os responsveis pela duplicao da Rodovia Presidente Dutra, no trecho carioca da Serra das Araras; da Rodovia Rio Terespolis (RJ); e da Rodovia dos Tamoios, entre So Jos dos Campos e Caraguatatuba (SP).

    Apreciaria o meio tcnico nacional e agradeceria muito a so-ciedade brasileira se os responsveis pela duplicao da Rodovia Rgis Bittencourt em seu trecho de transposio da Serra do Cafe-zal Grupo OHL, ANTT e DNIT tambm aderissem a esse novo patamar tecnolgico. Resgatando, assim, a BR 116 para a moder-nidade e a racionalidade tecnolgica representada pela opo por tneis e viadutos, hoje j motivo de orgulho da engenharia viria brasileira em todo o planeta.

    PALAVRA DO LEITOR

    SERRA do CAfEzAl: o AtRASo tECNolGICo dA BR-116

    * lvaro Rodrigues dos Santos gelogo, consultor em geologia de engenharia, geotecnia e meio ambiente; foi diretor do IPT; o autor dos livros Geologia de Enge-nharia: Conceitos, Mtodo e Prtica; A Grande Barreira da Serra do Mar; Cubato; e Dilogos GeolgicosE-mail: [email protected]

    JOO FRANCISCO JUSTO FILHO*FRANCISCO CARLOS PALETTA**

    as duas ltimas dcadas, importantes conferncias inter-nacionais vm discutindo a explorao do meio ambiente e os seus impactos no clima e biodiversidade. Enquanto os primeiros eventos se restringiram diplomacia inter-

    nacional, os mais recentes alcanaram importantes conquistas na ela-borao de protocolos de intenes, como metas para a reduo na emisso de poluentes e gesto de recursos naturais e ecossistemas.

    Os eventos representaram um passo fundamental para redimen-sionar a percepo humana com o meio ambiente e equacionaram um novo modelo para a economia mundial, ainda a ser efetivado, baseado nos fundamentos da sustentabilidade. Falta ainda esclarecer a geopoltica associada, uma vez que as metas estabelecidas podem comprometer o desenvolvimento dos pases emergentes, que enxer-gam com grande desconfiana essas medidas. O Brasil ocupa posio de destaque entre esses pases emergentes, pois parece ter escolhido a trajetria do desenvolvimento sustentvel para a sua economia. Precisa, portanto, avanar em elaborar aes efetivas e coerentes com as aspiraes de sua sociedade.

    Embora todas essas aes tenham representado um avano con-sidervel, o objetivo agora deve ser transcender o discurso e os mo-delos tericos, e agir no sentido de implementar uma agenda da sus-tentabilidade. Para isto, devero ser desenvolvidas polticas pblicas para enderear essas metas, que vo inevitavelmente instituir novas legislaes ambientais para os pases, estados e cidades. Como re-sultado, ficaro finalmente quantificados os desafios que cada setor produtivo local dever enfrentar.

    A agenda da sustentabilidade vai requerer mudanas profun-das na matriz energtica, processos industriais, prticas corpo-rativas e relaes comerciais. Considerando as especificidades desses desafios, os profissionais de engenharia sero importan-

    ENGENHARIA SUStENtVEl

  • I ENGENHARIA

    www.brasilengenharia.com.br engenharia 607 / 2011 11

    PALAVRA DO LEITOR

    * Joo Francisco Justo Filho professor da Escola Politcnica da Universidade de So Paulo (USP)** Francisco Carlos Paletta diretor da Faculdade de En-genharia da Fundao Armando lvares Penteado (FAAP)

    tes protagonistas na implementao dessas prticas sustentveis. Os engenheiros tero como sua tarefa principal criar conexes

    entre a academia e as corporaes, usando os avanos cientficos alcanados nas ltimas dcadas para construir e viabilizar economi-camente as tecnologias limpas. Eles tero ainda o papel de manter os produtos nacionais em condies de competitividade comercial no cenrio internacional.

    Desta forma, essa agenda deve passar pelo aprimoramento nos processos de formao, principalmente nas escolas de engenharia. Para formar engenheiros com esse novo perfil, ainda escasso no mercado de trabalho, as escolas devero conduzir profundas revi-ses curriculares. Nesse novo contexto, a sustentabilidade dever se tornar um exerccio permanente em sala de aula, presente na maioria das disciplinas profissionalizantes.

    Adicionalmente, o processo de formao do engenheiro deve transcender os elementos puramente tcnicos, para que diversas outras habilidades possam ser tambm lapidadas. Assim, ele poder exercer um papel transformador e catalisador do novo paradigma da sustentabilidade, seja na sua atuao nas corporaes ou na socie-dade: tica, cidadania, criatividade, empreendedorismo, viso estra-tgica, iniciativa e liderana. Esse novo engenheiro dever ter uma compreenso global dos processos industriais, e atuar na adequao das solues tcnicas aos vnculos das novas legislaes ambientais. A palavra chave para o engenheiro ser a inovao, o que ir requerer o uso de todas essas habilidades combinadas.

    Diversos temas associados ao meio ambiente devero ser incor-porados nas grades curriculares, associados infraestrutura, matriz energtica, ocupao dos espaos urbano e rural, mobilidade de pessoas e cargas, uso e reciclagem de materiais, gesto de recursos naturais e resduos industriais, gesto das guas e esgotos, dentre outros. A formao de um engenheiro civil deve dar a devida ateno ao manejo dos resduos durante a construo e s condies de efici-ncia e sustentabilidade dos edifcios. O engenheiro eletroeletrnico dever ter a percepo das fontes renovveis de energia e da gesto de sistemas eltricos eficientes. Os engenheiros mecnico e aeronu-tico precisaro ter conhecimentos sobre motores hbridos eficientes e novos combustveis. O engenheiro qumico dever ter controle sobre os processos industriais e fazer a gesto apropriada dos resduos.

    Alm disso, muitas das solues tcnicas envolvero a gesto do conhecimento em temas altamente interdisciplinares, e os enge-nheiros devero estar preparados para liderar equipes de profissio-nais com uma formao heterognea. Por exemplo, solues para temas associados a transportes e logstica sero progressivamente mais complexos e envolvero simultaneamente competncias em quase todas as reas da engenharia. Em resposta a essas novas de-mandas do mercado, muitas universidades no mundo j estabele-ceram currculos interdisciplinares, como a engenharia ambiental e a engenharia de energia.

    As engenharias sempre foram importantes agentes no desenvol-vimento da humanidade, sendo geralmente identificadas intrinsica-mente com a explorao dos recursos naturais e a degradao do meio ambiente. Agora as engenharias sero convocadas a desem-penhar um papel totalmente novo, atuando no desenvolvimento e implementao das novas tecnologias sustentveis. O papel das es-colas de engenharia ser atender rapidamente a essas demandas e apresentar sociedade um novo engenheiro.

  • ENGENHARIA I

    www.brasilengenharia.com.brengenharia 607 / 201112 www.brasilengenharia.com.br

    CURTAS DIVU

    LGA

    O

    A Digicon, de Gravata (RS), especializada em automao de processos, a responsvel pelo projeto e fornecimento do Sistema de Controle e Arrecadao de Passageiros (SCAP) da Linha 4-Amarela do Metr de So Paulo. A empresa venceu licitao de aproximadamente 15 milhes de reais para desenvolver e implantar o sistema at 2013 nas 11 estaes da nova linha, seis das quais j esto em operao: Paulista, Faria Lima, Butant, Pinheiros, Luz e Repblica.As antigas catracas foram substitudas por bloqueios motorizados com portas de vidro deslizante (Slide 500 e Slide 900), um total de 115 para todas as estaes. A principal vantagem para o usurio a maior segurana e acessibilidade. As portas funcionam automa-ticamente, cada bloqueio composto de um conjunto de sistemas eletrnicos que detectam a velocidade de locomoo do usurio, fazen-do com que a porta abra no momento certo. Essa funcionalidade inibe tentativas de fraude. Com corredores de passagem mais largos, os

    PETROBRAS

    EM OPERAO O PRIMEIRO PARQUE ELICOO Parque Elico de Mangue Seco, da Pe-trobras, passou a operar comercialmente no incio deste ms de novembro no Rio Grande do Norte, com o incio do funcio-namento da usina Juriti. O primeiro parque elico da Petrobras composto pelas usinas Potiguar, Cabugi e Mangue Seco, que j estavam operando, alm da Juriti. De acordo com a empresa, o parque elico consumiu investimentos da ordem de 424 milhes de reais e entrou em operao comercial oito meses antes do compro-misso assumido com a Agncia Nacional de Energia Eltrica (Aneel). Os contratos de venda de energia para as usinas foram ofertados no primeiro leilo de energia elica, realizado em dezembro de 2009 e so vlidos por 20 anos. De acordo com a Petrobras, a usina Potiguar que, assim como a Juriti, foi construda em parceria com a Wobben WindPower, deu incio operao comercial no dia 26 de agosto. A Cabugi, parceria com a Eletrobrs, entrou em funcionamento no dia 24 de setembro. E a usina Mangue Seco, aliana com a Alubar Energia, passou a operar comer-cialmente em 6 de outubro.

    DIGICON

    TECNOLOGIA DE CONTROLEE ARRECADAO

    portadores de necessidades especiais (por ex: usurios de cadeira de rodas) ganham aces-sibilidade com mais espao para locomoo e maior independncia. Esta tecnologia encontrada nos metrs das principais cidades da Europa como Paris, Madri e Roma.Alm dos bloqueios, a Digicon tambm instalou Dispositivos de Contagem (DCE) em integraes com outras linhas. O controle, feito sem bloqueio, utiliza um sistema com sensores infravermelhos que detectam a passagem dos usurios nas reas de trans-ferncia das estaes. A Linha 4-Amarela deve se tornar uma referncia no Brasil e Amrica Latina. A tecnologia pode tambm ser utilizada em terminais de nibus, VLT, BRT e at em estdios de futebol, mercado que est aquecido com a Copa de 2014 e Olim-padas de 2016, diz o gerente de produto da Digicon, Hlgio Trindade Filho. A Digicon tambm a responsvel pelo fornecimento do sistema de controle de acesso a salas tcnicas e reas restritas nas estaes.

    O Dow Jones Sustainbility Index (DJSI) incluiu o Grupo Volvo em seu mais recente ranking das empresas mais sustentveis do mundo. A pesquisa anual ranqueia as 2 500 maiores empresas em nvel mundial com base na anlise de sua tica e de seu desempenho ambiental e social, avaliando aspectos como a governana corporativa, gesto de risco, branding, mitiga-o das mudanas climticas, normas e padres

    GRUPO VOLVO

    NO RANKING DOS MAIS SUSTENTVEISe suas cadeias de abastecimento e prticas trabalhistas. As 300 empresas melhor colocadas so includas no DJSI World. O Grupo Volvo recebeu uma avaliao particularmente favorvel pela maneira como a empresa administra suas questes ambientais, prticas e governana corpo-rativa. O grupo tambm recebeu uma alta colocao por sua poltica anticorrupo.

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  • ENGENHARIA I

    www.brasilengenharia.com.brengenharia 607 / 201114

    No dia 24 de outubro passado, aniversrio da cidade de Manaus, a regio metropolitana da capital do Amazonas ganhou uma das mais modernas obras da engenharia brasileira. Nesta data foi inaugurada a Ponte Rio Negro, a maior ponte estaiada j construda no Brasil, que teve suas obras executadas pela construtora Camargo Corra. Com 3 595 metros de exten-so, apoio central com 162 metros de altura

    A Gerdau, em parceria com a Associao Bra-sileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), anunciou em outubro passado os vencedores da edio 2011 do Prmio Talento Engenharia Estrutural, principal premiao da rea no pas. Foram reconhecidos os trabalhos desenvolvidos por engenheiros de todo o pas, em quatro categorias: obras especiais, infraes-trutura, edificaes e obras de pequeno porte. Ao todo, mais de 180 engenheiros concorreram. Os vencedores so: Helosa Maringoni, com o Edifcio Cenpes II (na categoria obras especiais); Raphael Faria de Mendona, com o projeto Es-tao Faria Lima do Metr (infraestrutura); Jos Luiz V. C. Varela, com o Edifcio Infinity Tower

    CASE

    LINHA RENOVADASete novos modelos de minicarregadeiras skid Case j esto disponveis no Brasil: SR130, SR150, SR175, SV185, SR200, SR250 e SV300, com motor de potncia lquida de 43 a 84 hp e capacidade de carga de 590 a 1 300 quilos. Com esse lanamento a marca renova a sua linha de skids com m-quinas que possuem um projeto inteligente, oferecem alta produtividade, baixo custo operacional e conforto para o operador. O nmero de modelos aumentou de quatro para sete com a skid SR130, a menor delas, de 43 hp de potncia e capacidade de carga de 590 quilos. As skids so mquinas para trabalhos em pequenos espaos e reas congestionadas. A SR130 a menor e mais leve, mas usada em praticamente todos os segmentos.

    CAMARGO CORRA

    MANAUS GANHA PONTE ESTAIADA

    e vo central de 55 metros de altura, para possibilitar a passagem de navios de grande porte, a construo da ponte foi marcada por desafios de engenharia e logstica. Na execuo das estacas de fundao, por exem-plo, foram realizadas escavaes em grandes profundidades at 60 metros abaixo do leito do rio em solos com composies diferentes a cada trecho. Para superar esse desafio foram

    utilizadas estacas at 90 metros de compri-mento e guindastes embarcados de 300 to-neladas para o iamento de tubos-camisa de 75 toneladas para a execuo das estacas. At agora a travessia do Rio Negro pela populao da Regio Metropolitana de Manaus era feita por meio de balsa, e cada trajeto demora cerca de 30 a 40 minutos. O percurso agora feito em apenas cinco minutos.

    ABECE - GERDAU

    PRMIO TALENTO 2011(edificaes); e Luciana de Faria Amaral Brito, com o Sobrado Residencial (pequeno porte). O destaque do jri Francisco Paulo Graziano, com o Edifcio Green Valley Alphaville. Em sustentabi-lidade a meno honrosa para Marcelo Graa Couto Do Vale, com as unidades de reassenta-mento Pavo Pavozinho, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Os primeiros colocados ganharam trofu e certificado, bem como uma viagem com acompanhante a Londres para participar da feira Ecobuild, evento mais importante da construo sustent-vel, a ser realizada em maro de 2012.

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  • I ENGENHARIA

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    Participe do Censo dos

    Profissionais da

    Engenharia e mostre q

    ue profissional voc .

    Mostre que profis

    sional voc .

    quando a gente sa

    be onde voc est,

    a sua valorizao

    pode ser Muito M

    aior.

    O Confea convida voc a participar do Censo dos Profissionais da Engenharia. Responda ao formulrio on-line e atualize os seus dados. O pas depende do seu trabalho e melhores oportunidades demandam informaes precisas e atuais.

    Participe: o formulrio simples e fcil de responder.

    Acesse www.confea.org.br ou www.mdic.gov.br e responda ao Censo.

    Ad Censu 21x28cm.indd 1 11/7/11 11:45 AM

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    Organograma

    diviso de estruturascoordenador: Natan Jacobsohn Levental vice-coordenador: Lcio Martins Laginha

    secretrio: Rafael Timerman

    diviso de engenharia sanitria e recursos hdricoscoordenador: Joo Jorge da Costa

    vice-coordenador: Flvio Magalhes

    diviso de geotecnia e mecnica dos soloscoordenador: Habib Georges Jarrouge Neto

    diviso de segurana no trabalhocoordenador: Jefferson Deodoro Teixeira da Costa

    vice-coordenador: Theophilo Darcio Guimares

    diviso de gerao e transmissocoordenador: Sergio Anauate

    diviso de construo sustentvel e meio ambiente

    diviso de cadastro urbano e rural coordenador: Rgis Fernandes Bueno

    diviso de distribuio de energia

    departamento de tecnologia e cincias exatasdiretor: Ricardo Kenzo Motomatsuvice-diretor: Jairo de Almeida Machado Jr.secretrio: Antnio Carlos Gianoto

    diviso tc. de gerenciamento de empreendimentoscoordenador: Guilherme Petrellavice-coordenador: Alvaro Antonio Bueno de Camargo

    departamento de engenharia de produodiretor: Joaquim Manuel Branco Brazo Farinha

    vice-diretor: Srgio Luis Azevedo Rezendesecretrio: Gerson Amaral Franoso

    diviso tcnica de qualidade e produtividadecoordenador: Guilherme Miragaia

    diviso tcnica de avaliaes e perciascoordenador: Jos Fikervice-coordenador: Eduardo Rottmansecretria: Miriana Pereira Marques

    departamento de engenharia de energia e telecomunicaesdiretor: Miracyr Assis Marcato

    diviso tcnica de manuteno industrialcoordenador: Victor Manuel de A.S. de Vasconcelosvice-coordenador: Arnaldo Pinto Coelhosecretrio: Fausto Santoro

    diviso tcnica de metalurgia e materiais coordenador: Ricardo Huch Ribeiro de Castrovice-coordenador: Jorge Kolososkisecretrio: Fausto Santoro

    departamento de engenharia de atividades industriaisdiretor: Antonio Maria Claret Reis de Andrade

    vice-diretor: Luiz Carlos Martinezsecretrio: Alberto Alcio Batista

    diretoria da revista engenhariadiretor: Miguel Lotito Netto

    secretrio: Miracyr Assis Marcatoeditor da revista: Ricardo Pereira de Mello

    departamento de arquiteturadiretor: Ricardo Martins Cocito

    secretria: Milene Costa Facioli

    departamento de engenharia de mobilidade e logsticadiretor: Vernon Richard Kohlvice-diretor: Ivan Metran Whately

    diviso de logstica

    diviso de transportes metropolitanoscoordenador: Ivan Metran Whately

    vice-coordenador: Francisco A. Noscang Christovam

    diviso de trnsitocoordenador: Maria da Penha Pereira Nobre

    diviso de telecomunicaes

    diviso de aplicaes de energiacoordenador: Martin Crnugelj

    diviso de instalaes eltricas

    departamento de engenharia de agro-negciosdiretor: Pricles Romeu Mallozzi

    diviso de engenharia de materiais

    diviso de sistemas de transportes inteligentescoordenador: Laurindo Martins Junqueira Filho

    vice-coordenador: Pedro Luiz Scarpimsecretrio: Jos Moacir Ribeiro Jnior

    diviso de pesquisavice-coordenador: Akio Sakurai

    secretrio: Ely Dirani

    diviso de biomdicacoordenador: Luiz Carlos de Campos

    secretrio: Marcelo Lcio da Silva

    gerncia de programaodiretor de programao: Fernando Bertoldi Corra

    departamento de engenharia do habitat e infraestruturadiretor: Roberto Kochenvice-diretora: Dione Mari Moritasecretrio: Habib Georges Jarrouge Neto

    departamento de engenharia qumicavice-diretora: Maria Olvia Argeso Mengod

    departamento de engenharia de agrimensuradiretor: Miguel Prietosecretrio: Pedro Guidara Jnior

    vice-presidente de atividades tcnicas: RUI ARRUDA CAMARGO

    presidente: ALUIZIO DE BARROS FAGUNDES

    diviso de acsticaCoordenador: Schaia Akkerman

    diviso de planejamento e engenharia econmicacoordenador: Alfredo Eugenio Birmanvice-coordenador: Carlos Pontessecretrio: Pricles Romeu Mallozzi

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    DIVISES TCNICAS

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    SISTEMAS METROVIRIOS: A COMPETNCIA DA ENGENHARIA BRASILEIRA

    uma monografia intitulada O Metropo-litano em So Paulo, que propunha um sistema de metropolitano com cerca de 24 quilmetros de extenso, composto por li-nhas radiais que partiam do centro da cida-de, ligadas entre si por um anel metrovirio na regio central de So Paulo. Apesar de ter sido encomendado pela prefeitura, o projeto foi rejeitado novamente, bem como outros projetos elaborados em 1942 e 1948.

    Nos mandatos dos prefeitos Arman-do de Arruda Pereira e Vladimir Toledo Piza houve avanos na concepo do metr. Na gesto de Toledo Piza ocorreu a primeira concorrncia internacional do Anteprojeto de um Sistema de Trans-porte Rpido Metropolitano, vencida pela construtora alem Alweg.

    O brigadeiro Faria Lima assumiu a pre-feitura da cidade em 1965 e tornou o projeto do metr uma das principais metas de sua gesto. Em 1967, a concorrncia internacio-nal para o projeto bsico da primeira linha do Metr de So Paulo foi vencida pelo con-srcio HMD (formado pelas empresas alems Hochtief e Deconsult, e pela brasileira Mon-treal), que iniciou seus estudos, projetando uma rede inicial de 70 quilmetros, dividida em quatro linhas: Norte-Sul (Santana-Jaba-quara), Nordeste-Noroeste (Casa Verde-Vila Maria), Sudeste-Sudoeste (Jquei Club-Via Anchieta) e Paulista (Vila Madalena-Paraso), e mais dois ramais: Moema (Paraso-Moema) e Mooca (Pedro II-Vila Bertioga). O consr-cio HMD foi constitudo de forma a que a participao da empresa brasileira pudesse absorver a tecnologia transferida pelas duas empresas alems.

    Em 24 de abril de 1968 foi criada pela prefeitura a Companhia do Metropolita-no de So Paulo, que iniciaria as obras da linha Norte-Sul em 14 de dezembro desse mesmo ano. Pelo alto custo de novas linhas em meio urbano, a companhia foi assumida pelo governo estadual. A prefeitura paulis-tana ainda possui participao no Metr-SP.

    O sistema metrovirio de So Pau-lo atualmente possui uma extenso de

    implantao de sistemas metrovirios no Brasil co-meou com o Metr de So Paulo, na longnqua dcada de 1960. O Metropolitano

    de So Paulo, ou simplesmente Metr, um sistema de transporte sobre trilhos, de alta capacidade, que atende a populao da cidade de So Paulo. operado pela empresa de capital misto Companhia do Metropolitano de So Paulo (Metr-SP). A companhia foi fundada no dia 24 de abril de 1968 para planejar, projetar, construir e operar o sistema metrovirio de transporte sobre trilhos na Regio Metropolitana de So Paulo (RMSP). Seu controle acionrio do governo do Estado de So Paulo. O Me-tr-SP, aps sua fundao, iniciou sua atu-ao com a implantao da Linha 1-Azul (conhecida ento por Linha Norte Sul), que est operacional desde setembro de 1974.

    Atualmente, o sistema metrovirio de So Paulo que em 2010 foi considera-do como o melhor sistema de transporte sobre trilhos das Amricas est em ex-panso, com uma alta capacidade para o transporte de massa na RMSP. Diariamente o Metr transporta 4,1 milhes de passa-geiros, em mdia. Recentemente, o gover-no estadual inovou, implantando parte da Linha 4-Amarela por meio de uma Parceria Pblico-Privada (PPP). A linha operada pela empresa privada Via Quatro.

    Curiosamente, o primeiro projeto para um sistema de metr em So Paulo data de 1927, quando a So Paulo Light and Power Company, empresa inglesa, apresentou um plano de transportes para reorganizar o sistema de bondes e um projeto para a implantao de um sistema de metr. Na dcada de 1940 surgiram novos projetos. O projeto do prefeito Prestes Maia (o pri-meiro elaborado pelo governo) idealizou uma rede metroviria passando pelos via-dutos Dona Paulina (inaugurado em 1948) e Jacare. Este projeto foi abandonado.

    Logo depois, o eng Mrio Lopes Leo apresentou ao Instituto de Engenharia (IE)

    74,3 quilmetros, distribudas em cinco linhas, ligadas por 64 estaes (58 ope-radas pelo Metr e seis pela Via Quatro).

    importante ressaltar que toda esta infraestrutura de sistemas de transporte metrovirio foi projetada, supervisionada, gerenciada e construda por empresas de engenharia brasileiras. Aps o projeto bsico da Linha 1-Azul (Norte-Sul) pelo Consrcio HMD, o projeto executivo dessa primeira linha foi realizado por empresas brasileiras, bem como as fases posteriores de implanta-o. Isto possibilitou a implantao de linhas de metr com tecnologia brasileira em vrias outras cidades, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Fortale-za, Recife, entre outras. As demais linhas do Metr de So Paulo (linhas 2-Verde, 3-Ver-melha e 4-Amarela), que esto operacionais, foram implantadas por empresas brasileiras com o Metr realizando o planejamento.

    A engenharia brasileira j demonstrou sua capacidade de planejamento, projeto, gerenciamento, superviso, construo e operao de sistemas metrovirios, com-provada pelo funcionamento de diversas linhas de metr em grandes metrpoles brasileiras, como as citadas acima. Trata-se de projetos complexos e de alta tecnologia, que no podem ser desempenhados a con-tento por profissionais distantes e no fami-liarizados com as caractersticas e deman-das de nossas metrpoles, trabalhando por vdeo-conferncia, como se isto suprisse a experincia local da engenharia brasileira. Esperamos que as prximas linhas de metr permitam engenhara brasileira utilizar e ampliar sua experincia e know how em sis-temas metrovirios complexos, em regies urbanas altamente sensveis a intervenes fsicas durante a fase de obras civis.

    * Roberto Kochen engenheiro, presidente e diretor-tcnico da GeoCompany - Tecnologia, Engenharia e Meio Ambiente (www.geocompany.com.br), diretor do Departamento do Habitat e Infraestrutura do Instituto de Engenharia e professor doutor da Escola Politcnica da USP

    POR ROBERTO KOCHEN*

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    Organograma

    diviso de estruturascoordenador: Natan Jacobsohn Levental vice-coordenador: Lcio Martins Laginha

    secretrio: Rafael Timerman

    diviso de engenharia sanitria e recursos hdricoscoordenador: Joo Jorge da Costa

    vice-coordenador: Flvio Magalhes

    diviso de geotecnia e mecnica dos soloscoordenador: Habib Georges Jarrouge Neto

    diviso de segurana no trabalhocoordenador: Jefferson Deodoro Teixeira da Costa

    vice-coordenador: Theophilo Darcio Guimares

    diviso de gerao e transmissocoordenador: Sergio Anauate

    diviso de construo sustentvel e meio ambiente

    diviso de cadastro urbano e rural coordenador: Rgis Fernandes Bueno

    diviso de distribuio de energia

    departamento de tecnologia e cincias exatasdiretor: Ricardo Kenzo Motomatsuvice-diretor: Jairo de Almeida Machado Jr.secretrio: Antnio Carlos Gianoto

    diviso tc. de gerenciamento de empreendimentoscoordenador: Guilherme Petrellavice-coordenador: Alvaro Antonio Bueno de Camargo

    departamento de engenharia de produodiretor: Joaquim Manuel Branco Brazo Farinha

    vice-diretor: Srgio Luis Azevedo Rezendesecretrio: Gerson Amaral Franoso

    diviso tcnica de qualidade e produtividadecoordenador: Guilherme Miragaia

    diviso tcnica de avaliaes e perciascoordenador: Jos Fikervice-coordenador: Eduardo Rottmansecretria: Miriana Pereira Marques

    departamento de engenharia de energia e telecomunicaesdiretor: Miracyr Assis Marcato

    diviso tcnica de manuteno industrialcoordenador: Victor Manuel de A.S. de Vasconcelosvice-coordenador: Arnaldo Pinto Coelhosecretrio: Fausto Santoro

    diviso tcnica de metalurgia e materiais coordenador: Ricardo Huch Ribeiro de Castrovice-coordenador: Jorge Kolososkisecretrio: Fausto Santoro

    departamento de engenharia de atividades industriaisdiretor: Antonio Maria Claret Reis de Andrade

    vice-diretor: Luiz Carlos Martinezsecretrio: Alberto Alcio Batista

    diretoria da revista engenhariadiretor: Miguel Lotito Netto

    secretrio: Miracyr Assis Marcatoeditor da revista: Ricardo Pereira de Mello

    departamento de arquiteturadiretor: Ricardo Martins Cocito

    secretria: Milene Costa Facioli

    departamento de engenharia de mobilidade e logsticadiretor: Vernon Richard Kohlvice-diretor: Ivan Metran Whately

    diviso de logstica

    diviso de transportes metropolitanoscoordenador: Ivan Metran Whately

    vice-coordenador: Francisco A. Noscang Christovam

    diviso de trnsitocoordenador: Maria da Penha Pereira Nobre

    diviso de telecomunicaes

    diviso de aplicaes de energiacoordenador: Martin Crnugelj

    diviso de instalaes eltricas

    departamento de engenharia de agro-negciosdiretor: Pricles Romeu Mallozzi

    diviso de engenharia de materiais

    diviso de sistemas de transportes inteligentescoordenador: Laurindo Martins Junqueira Filho

    vice-coordenador: Pedro Luiz Scarpimsecretrio: Jos Moacir Ribeiro Jnior

    diviso de pesquisavice-coordenador: Akio Sakurai

    secretrio: Ely Dirani

    diviso de biomdicacoordenador: Luiz Carlos de Campos

    secretrio: Marcelo Lcio da Silva

    gerncia de programaodiretor de programao: Fernando Bertoldi Corra

    departamento de engenharia do habitat e infraestruturadiretor: Roberto Kochenvice-diretora: Dione Mari Moritasecretrio: Habib Georges Jarrouge Neto

    departamento de engenharia qumicavice-diretora: Maria Olvia Argeso Mengod

    departamento de engenharia de agrimensuradiretor: Miguel Prietosecretrio: Pedro Guidara Jnior

    vice-presidente de atividades tcnicas: RUI ARRUDA CAMARGO

    presidente: ALUIZIO DE BARROS FAGUNDES

    diviso de acsticaCoordenador: Schaia Akkerman

    diviso de planejamento e engenharia econmicacoordenador: Alfredo Eugenio Birmanvice-coordenador: Carlos Pontessecretrio: Pricles Romeu Mallozzi

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    SISTEMAS METROVIRIOS: A COMPETNCIA DA ENGENHARIA BRASILEIRA

    uma monografia intitulada O Metropo-litano em So Paulo, que propunha um sistema de metropolitano com cerca de 24 quilmetros de extenso, composto por li-nhas radiais que partiam do centro da cida-de, ligadas entre si por um anel metrovirio na regio central de So Paulo. Apesar de ter sido encomendado pela prefeitura, o projeto foi rejeitado novamente, bem como outros projetos elaborados em 1942 e 1948.

    Nos mandatos dos prefeitos Arman-do de Arruda Pereira e Vladimir Toledo Piza houve avanos na concepo do metr. Na gesto de Toledo Piza ocorreu a primeira concorrncia internacional do Anteprojeto de um Sistema de Trans-porte Rpido Metropolitano, vencida pela construtora alem Alweg.

    O brigadeiro Faria Lima assumiu a pre-feitura da cidade em 1965 e tornou o projeto do metr uma das principais metas de sua gesto. Em 1967, a concorrncia internacio-nal para o projeto bsico da primeira linha do Metr de So Paulo foi vencida pelo con-srcio HMD (formado pelas empresas alems Hochtief e Deconsult, e pela brasileira Mon-treal), que iniciou seus estudos, projetando uma rede inicial de 70 quilmetros, dividida em quatro linhas: Norte-Sul (Santana-Jaba-quara), Nordeste-Noroeste (Casa Verde-Vila Maria), Sudeste-Sudoeste (Jquei Club-Via Anchieta) e Paulista (Vila Madalena-Paraso), e mais dois ramais: Moema (Paraso-Moema) e Mooca (Pedro II-Vila Bertioga). O consr-cio HMD foi constitudo de forma a que a participao da empresa brasileira pudesse absorver a tecnologia transferida pelas duas empresas alems.

    Em 24 de abril de 1968 foi criada pela prefeitura a Companhia do Metropolita-no de So Paulo, que iniciaria as obras da linha Norte-Sul em 14 de dezembro desse mesmo ano. Pelo alto custo de novas linhas em meio urbano, a companhia foi assumida pelo governo estadual. A prefeitura paulis-tana ainda possui participao no Metr-SP.

    O sistema metrovirio de So Pau-lo atualmente possui uma extenso de

    implantao de sistemas metrovirios no Brasil co-meou com o Metr de So Paulo, na longnqua dcada de 1960. O Metropolitano

    de So Paulo, ou simplesmente Metr, um sistema de transporte sobre trilhos, de alta capacidade, que atende a populao da cidade de So Paulo. operado pela empresa de capital misto Companhia do Metropolitano de So Paulo (Metr-SP). A companhia foi fundada no dia 24 de abril de 1968 para planejar, projetar, construir e operar o sistema metrovirio de transporte sobre trilhos na Regio Metropolitana de So Paulo (RMSP). Seu controle acionrio do governo do Estado de So Paulo. O Me-tr-SP, aps sua fundao, iniciou sua atu-ao com a implantao da Linha 1-Azul (conhecida ento por Linha Norte Sul), que est operacional desde setembro de 1974.

    Atualmente, o sistema metrovirio de So Paulo que em 2010 foi considera-do como o melhor sistema de transporte sobre trilhos das Amricas est em ex-panso, com uma alta capacidade para o transporte de massa na RMSP. Diariamente o Metr transporta 4,1 milhes de passa-geiros, em mdia. Recentemente, o gover-no estadual inovou, implantando parte da Linha 4-Amarela por meio de uma Parceria Pblico-Privada (PPP). A linha operada pela empresa privada Via Quatro.

    Curiosamente, o primeiro projeto para um sistema de metr em So Paulo data de 1927, quando a So Paulo Light and Power Company, empresa inglesa, apresentou um plano de transportes para reorganizar o sistema de bondes e um projeto para a implantao de um sistema de metr. Na dcada de 1940 surgiram novos projetos. O projeto do prefeito Prestes Maia (o pri-meiro elaborado pelo governo) idealizou uma rede metroviria passando pelos via-dutos Dona Paulina (inaugurado em 1948) e Jacare. Este projeto foi abandonado.

    Logo depois, o eng Mrio Lopes Leo apresentou ao Instituto de Engenharia (IE)

    74,3 quilmetros, distribudas em cinco linhas, ligadas por 64 estaes (58 ope-radas pelo Metr e seis pela Via Quatro).

    importante ressaltar que toda esta infraestrutura de sistemas de transporte metrovirio foi projetada, supervisionada, gerenciada e construda por empresas de engenharia brasileiras. Aps o projeto bsico da Linha 1-Azul (Norte-Sul) pelo Consrcio HMD, o projeto executivo dessa primeira linha foi realizado por empresas brasileiras, bem como as fases posteriores de implanta-o. Isto possibilitou a implantao de linhas de metr com tecnologia brasileira em vrias outras cidades, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Fortale-za, Recife, entre outras. As demais linhas do Metr de So Paulo (linhas 2-Verde, 3-Ver-melha e 4-Amarela), que esto operacionais, foram implantadas por empresas brasileiras com o Metr realizando o planejamento.

    A engenharia brasileira j demonstrou sua capacidade de planejamento, projeto, gerenciamento, superviso, construo e operao de sistemas metrovirios, com-provada pelo funcionamento de diversas linhas de metr em grandes metrpoles brasileiras, como as citadas acima. Trata-se de projetos complexos e de alta tecnologia, que no podem ser desempenhados a con-tento por profissionais distantes e no fami-liarizados com as caractersticas e deman-das de nossas metrpoles, trabalhando por vdeo-conferncia, como se isto suprisse a experincia local da engenharia brasileira. Esperamos que as prximas linhas de metr permitam engenhara brasileira utilizar e ampliar sua experincia e know how em sis-temas metrovirios complexos, em regies urbanas altamente sensveis a intervenes fsicas durante a fase de obras civis.

    * Roberto Kochen engenheiro, presidente e diretor-tcnico da GeoCompany - Tecnologia, Engenharia e Meio Ambiente (www.geocompany.com.br), diretor do Departamento do Habitat e Infraestrutura do Instituto de Engenharia e professor doutor da Escola Politcnica da USP

    POR ROBERTO KOCHEN*

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    COMPORTAMENTO MECNICO DE GEOMEMBRANA DE PVC

    composto, embora no houvesse indcio de contaminao ambiental na vala em ques-to. As amostras da geomembrana foram coletadas do fundo e da lateral (talude la-teral) da vala esvaziada.

    O objetivo deste artigo apresentar al-guns resultados obtidos por meio da reali-zao de ensaios fsicos de trao e dureza em corpos-de-prova da geomembrana de PVC exumada aps cerca de 20 anos na im-permeabilizao da base da vala de disposi-o de resduos, comparando os resultados obtidos queles provenientes de amostras de controle do material virgem (i.e., geo-membrana de mesmo material e fabricante, que permaneceu estocada adequadamente).

    EMBASAMENTO TERICOEm geral, sistemas de revestimento da

    base de aterros e lagoas de disposio de resduos englobam uma ou mais camadas de materiais impermeabilizantes geossint-

    mostras de geomembrana de policloreto de vinila (PVC), com 1,0 mm de espessura, foram exumadas do sistema de impermeabilizao da

    base de uma vala de disposio de resdu-os industriais e conduzidas ao laboratrio para testes.

    A unidade de disposio de resduos da qual as amostras foram coletadas localiza-se em So Jos dos Campos (SP), sendo geren-ciada pela Ecosistema. A camada de imper-meabilizao permaneceu em servio por aproximadamente 20 anos, nos quais esteve em contato com resduos perigosos (Classe I, de acordo com a NBR-10.004).

    A oportunidade para exumar e tes-tar estas amostras surgiu do fato de que em 2005 a empresa Ecosistema efetuou a transferncia dos resduos da vala denomi-nada nmero 12 para uma vala recm-construda revestida com sistema duplo

    ticos, fabricados a partir de polietileno de alta densidade (PEAD), policloreto de vinila (PVC), ou polipropileno (PP). Geomembra-nas de PVC so geralmente econmicas e fceis de instalar, podendo ser soldadas no campo e fabricadas em painis de grandes dimenses de forma a atender s necessida-des especficas de cada projeto, minimizan-do o nmero necessrio de emendas.

    Entretanto, a resistncia qumica das ge-omembranas de PVC tem sido encarada como aspecto de preocupao. Uma geomembrana fabricada de PVC puro seria excessivamente rgida, de forma que um produto plastificante, a fim de aumentar a flexibilidade do material, deve ser adicionado ao processo de fabricao, o que se d em porcentagens de plastificante da ordem de 30 a 35% (em peso).

    A perda do plastificante no longo prazo, devido volatilizao sob elevadas tempera-turas, migrao (difuso, de-soro da su-perfcie) ou interao com gua, compostos

    POR PAULO S. HEMSI, DELMA M. VIDAL* E CARLOS E. P. FONSECA, PATRCIA YOSHIMURA**

    Ensaios de espessura, gramatura (massa por rea), dureza e resistncia trao axial foram realizados em corpos de prova de geomembrana de policloreto de vinila (PVC) exumada do sistema de

    impermeabilizao de fundo de uma vala de disposio de resduos industriais aps 20 anos de operao. Os resultados foram comparados queles obtidos para amostras de controle. Os resultados dos ensaios de trao nos corpos de prova exumados revelaram redues nos valores de deformao na ruptura de 10 e 25%, para corpos de prova inicialmente classificados visualmente como bons e

    manchados, respectivamente. Testes de dureza indicaram um aumento na dureza da geomembrana (Shore A) variando entre 9% e 12%. Os resultados so compatveis com o efeito do envelhecimento do

    material devido perda de plastificante, afetando o comportamento de longo prazo das geomembranas de PVC por meio do aumento da rigidez do material. Entretanto, tais resultados so

    ilustrativos ainda do fato de que a magnitude do enrijecimento de longo prazo funo da qualidade do material (plastificante, aditivos) e das condies ambientais, no podendo ser simplesmente

    generalizada para materiais diferentes sob condies ambientais diversas. Os resultados apresentados neste artigo indicaram pequenas variaes nas propriedades mecnicas da geomembrana aps 20

    anos em uso, sugerindo que o material permaneceu exposto a um ambiente no criticamente agressivo.

    Exumada de uma vala de disposio de resduos industriais

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    DIVISES TCNICAS

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    orgnicos, resduos slidos, solos e microor-ganismos provavelmente o maior aspecto de preocupao afetando a longevidade de geomembranas de PVC (p.ex., Giroud & Ti-singer 1993, Hsuan & Koerner 2005).

    Como representado esquematicamente na figura 1, a perda do plastificante pode resultar no enrijecimento da geomembrana, tornando-se um material indesejavelmente frgil e de maior susceptibilidade ao dano mecnico.

    Como mostrado na figura 1, resultados de ensaios de trao realizados em geomembrana envelhecida, quando comparados queles do material virgem, podem servir como indicado-res do grau de deteriorao do PVC ao longo do tempo. Ademais, testes de laboratrio de dureza em geomembranas envelhecidas po-dem servir como indicadores da degradao do material, uma vez que a dureza do PVC se correlaciona inversamente com o teor de plas-tificante (Giroud & Tisinger 1993).

    As geomembranas de PVC apresentam um comportamento flexvel/rgido que depende da temperatura ambiente e do teor de plas-tificante, como mostrado na figura 2. Nesta figura, Tf aproximadamente igual tempera-tura de transio vtrea e corresponde aproxi-madamente a um mdulo inicial de 1000 MPa. Como discutido em Giroud & Tisinger (1993),

    observa-se que Tf aumenta aproximadamente linearmente com o decrscimo do teor de plas-tificante. Como ilustrado esquematicamente na figura 2, uma reduo no teor de plastifi-cante para cerca de 15% acarretaria comporta-mento de material rgido para a membrana de PVC temperatura de 25oC.

    Devido aos possveis efeitos do envelheci-mento no comportamento de longo prazo das geomembranas de PVC em aplicaes de cam-po, o uso de tais geomembranas vem sendo tradicionalmente recomendado, nos Estados Unidos, para revestimento de sistemas de con-teno de resduos com vida til relativamente curta (

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    orgnicos, resduos slidos, solos e microor-ganismos provavelmente o maior aspecto de preocupao afetando a longevidade de geomembranas de PVC (p.ex., Giroud & Ti-singer 1993, Hsuan & Koerner 2005).

    Como representado esquematicamente na figura 1, a perda do plastificante pode resultar no enrijecimento da geomembrana, tornando-se um material indesejavelmente frgil e de maior susceptibilidade ao dano mecnico.

    Como mostrado na figura 1, resultados de ensaios de trao realizados em geomembrana envelhecida, quando comparados queles do material virgem, podem servir como indicado-res do grau de deteriorao do PVC ao longo do tempo. Ademais, testes de laboratrio de dureza em geomembranas envelhecidas po-dem servir como indicadores da degradao do material, uma vez que a dureza do PVC se correlaciona inversamente com o teor de plas-tificante (Giroud & Tisinger 1993).

    As geomembranas de PVC apresentam um comportamento flexvel/rgido que depende da temperatura ambiente e do teor de plas-tificante, como mostrado na figura 2. Nesta figura, Tf aproximadamente igual tempera-tura de transio vtrea e corresponde aproxi-madamente a um mdulo inicial de 1000 MPa. Como discutido em Giroud & Tisinger (1993),

    observa-se que Tf aumenta aproximadamente linearmente com o decrscimo do teor de plas-tificante. Como ilustrado esquematicamente na figura 2, uma reduo no teor de plastifi-cante para cerca de 15% acarretaria comporta-mento de material rgido para a membrana de PVC temperatura de 25oC.

    Devido aos possveis efeitos do envelheci-mento no comportamento de longo prazo das geomembranas de PVC em aplicaes de cam-po, o uso de tais geomembranas vem sendo tradicionalmente recomendado, nos Estados Unidos, para revestimento de sistemas de con-teno de resduos com vida til relativamente curta (

  • ENGENHARIA I

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    prova longitudinais, i.e., corpos de prova cortados com a maior dimenso paralela direo da queda do talude lateral, en-quanto os demais 18 consistiram de corpos de prova transversais, i.e., cortados com

    a maior dimenso perpendicular direo da queda do talude lateral. De forma anlo-ga, corpos de pro-va longitudinais e transversais foram cortados da amos-tra do fundo.

    RESULTADOS EXPERIMENTAIS

    Os corpos de prova cortados e preparados no labo-ratrio foram sub-metidos a quatro diferentes tipos de ensaios: e