revista despertai ago 2011

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!"#2 !"#2 AGOSTO DE 2011 AGOSTO DE 2011 Como a M ´ USICA afeta voc ˆ e?

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Despertai AGO 2011

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!"#2!"#2A G O S T O D E 2 0 1 1A G O S T O D E 2 0 1 1

Como a

M´USICA

afeta vocˆe?

!"#2TIRAGEM M

´EDIA 39.913.000

PUBLICADA EM 83 IDIOMAS

Como a

M´USICA

afeta vocˆe?

3 O encanto da m´usica

4 Como uma m´usica se torna um sucesso?

6 Escolha bem suas m´usicas

10 Os Jovens PerguntamO que preciso saber sobreredes sociais? — Parte 2

14 As viagens de Ibn Battuta

17 Teve um Projeto?A gordura dos mam

´ıferos

marinhos

18 Os nazistas n˜ao conseguiram

me mudar

21 Observando o Mundo

22 O Conceito da B´ıblia

Deus apoia as guerras atuais?

24 Cˆancer de mama

— perspectivas e tratamentos

29 Sabedoria que faz bem para a sa´ude

30 Para Considerar em Fam´ılia

32 A B´ıblia — voc

ˆe conhece sua mensagem?

Despertai! agosto de 2011 3

CONSEGUE imaginar como seriao mundo sem a musica? Sem as

suaves cancoes de ninar. Sem as ro-manticas serenatas de amor. Sem asanimadas musicas populares. Sem asemocionantes sinfonias. E sem os mo-tivadores canticos de louvor. Para amaioria das pessoas, um mundo assimseria monotono e sem graca.

A musica mexe praticamente comtodos os sentimentos humanos. Elapode acalmar, empolgar, alegrar e ins-pirar. Tambem e capaz de nos deixareuforicos ou nos fazer chorar. Nao haduvida de que ela toca o coracao. Maspor que a musica tem tanto poder? Aresposta e simples: ela e um belo pre-sente de Deus. (Tiago 1:17) E, comoqualquer presente de Deus, ela deveser valorizada. Alem disso, deve sersadia e estar disponıvel a pessoas detodas as idades.

A historia da musica e muito anti-ga. Por exemplo, descobertas arqueo-logicas mostram que, seculos antes denossa Era Comum, tribos africanastocavam tambores, buzinas e sinos.Os antigos chineses tocavam um tipode gaita e flauta de Pa. Os povos doEgito, da

´India, de Israel e da Mesopo-

tamia tocavam harpa. Talvez uma dasreferencias historicas mais especıficasa musica seja a encontrada na Bıblia

em Genesis 4:21. Segundo ela, umhomem chamado Jubal foi “o funda-dor de todos os que manejam a har-pa e o pıfaro”. Muitos seculos maistarde, o Rei Salomao de Israel mos-trou muito interesse na musica e con-seguiu a melhor madeira disponıvelpara a fabricacao de harpas e de ou-tros instrumentos de cordas. — 1 Reis10:11, 12.

Naturalmente, para escutar musi-ca instrumental naquela epoca, voceprecisaria saber tocar um instrumen-to ou ouvir alguem tocando. Hoje emdia, porem, milhoes de pessoas temacesso a musica com um simples to-que de botao ou um clique de mouse.Todo tipo de musica pode ser grava-da ou baixada da internet e tocada emaparelhos que cabem no bolso. Umapesquisa feita em 2009 num paıs oci-dental constatou que jovens de 8 a18 anos gastam mais de duas horaspor dia ouvindo musica e outras gra-vacoes de audio.

Essa tendencia, comum em mui-tas partes do mundo, ajuda a explicarpor que a musica e todo tipo de tec-nologia relacionada se tornaram im-portantes produtos comerciais. Nin-guem pode negar que a musica e umaindustria bem lucrativa. Mas o quefaz uma musica virar um sucesso?

O encanto da m´usica

Avancos nagravac

˜ao de

´audio

anos 1880

Disco de fon´ografo

anos 1890

Fio de aco

anos 1940

Fita magn´etica

anos 1960

Fita cassete

anos 1980

Compact disc (CD)

anos 1990

Arquivos digitais(MP3, AAC, WAV, etc.)

DOWNLOAD: Muitos usu´arios

compram todo arquivo que bai-xam da internet. Outros t

ˆem as-

sinaturas — muitas vezes emconjunto com planos de celularou com outros produtos — quepermitem baixar e tocar m

´usi-

cas apenas durante o per´ıodo

especificado no contrato.

STREAMING: Refere-se a m´u-

sicas em formato digital que s˜ao

executadas imediatamente sema necessidade de armazenar osarquivos. A maioria das m

´usicas

pode ser ouvida gratuitamente,embora certos conte

´udos este-

jam dispon´ıveis apenas para as-

sinantes.

M´usica on-line

4 Despertai! agosto de 2011

ESTA REVISTA´

E PUBLICADA visando o esclarecimento de toda afam

´ılia. Mostra-nos como enfrentar os problemas atuais. Veicula as

not´ıcias, fala sobre pessoas de muitas terras, examina a religi

˜ao e a

ciˆencia. Mas faz mais do que isso. Ela sonda abaixo da superf

´ıcie e

aponta o verdadeiro significado por tr´as dos eventos correntes; todavia,

permanece sempre politicamente neutra e n˜ao exalta raca alguma como

superior a outra. Important´ıssimo

´e que esta revista gera confianca na

promessa do Criador de estabelecer um novo mundo pac´ıfico e seguro,

prestes a substituir o atual mundo perverso e an´arquico.

!"#2� Esta publicac˜ao n

˜ao

´e vendida. Ela faz parte de uma obra

educativa b´ıblica, mundial, mantida por donativos. A menos

que haja outra indicac˜ao, os textos b

´ıblicos citados s

˜ao da

Traduc˜ao do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com

Referˆencias.

Despertai!´e publicada e impressa mensalmente pela

Associac˜ao Torre de Vigia de B

´ıblias e Tratados. Sede e gr

´a-

fica: Rodovia SP-141, km 43, Ces´ario Lange, SP, 18285-000.

Diretor respons´avel: Augusto dos Santos Machado Filho.

Revista registrada sob o n´umero de ordem 511. � 2011

Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania. Todosos direitos reservados. Impressa no Brasil.

Vol. 92, No. 8 Monthly PORTUGUESE (Brazilian Edition)

A IND´

USTRIA da musica e muito dinami-ca, instavel e extremamente competitiva.

Os gostos musicais mudam, as pessoas cansamdas musicas de sucesso e novas tendencias etecnologias tomam o lugar das antigas. Os em-presarios “estao sempre procurando um novosom”, diz Kelli S. Burns, especialista em mıdiasocial. Mas transformar esse “som” numa mu-sica de sucesso nao e facil. De acordo com umlivro sobre o assunto, “muitos jovens sonhamem se tornar astros da musica, . . . mas a traje-toria entre esse sonho e o contrato com uma

gravadora costuma ser longa e penosa”. — Vejao quadro “Mudancas na industria da musica”,na pagina 6.

Letra e m´usica

Os compositores (1) procuram criar letrasque tocam o coracao das pessoas — seus so-nhos, aspiracoes e sentimentos mais profun-dos. Qual o tema mais comum nas musicas?Se voce disse amor, acertou. Os compositorestambem tentam compor melodias com um re-frao que capta a atencao do ouvinte e fica namente dele.

Depois, o compositor faz uma gravacao pi-loto, ou demo, da musica. Se os executivos deuma gravadora acham que a musica vai ser ren-tavel, eles oferecem ao artista um contrato degravac

˜ao (2). Mas se eles tem algum receio em

Como umam

´usica se torna

um sucesso?˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙

1

2

3

4

5

Idiomas: africˆaner, alban

ˆes, alem

˜ao,�� am

´arico,

´arabe, arm

ˆenio,

bislama, b´ulgaro, canar

ˆes, cebuano, chicheva, chin

ˆes (simplificado), chi-

nˆes (tradicional)� (

´audio apenas em mandarim), chitonga, chona, cibem-

ba, cingalˆes, coreano,�� croata, dinamarqu

ˆes,� eslovaco, esloveno, es-

panhol,�� estoniano, eve, fijiano, finlandˆes,� franc

ˆes,��� georgiano,

grego, guzerate, hebraico, hiligaino, hindi, holandˆes,�� h

´ungaro, ibo, ilo-

cano, indon´esio, ingl

ˆes,�� ioruba, island

ˆes, italiano,�� japon

ˆes,�� kirun-

di, let˜ao, lingala, lituano, maced

ˆonio, malaiala, malgaxe, malt

ˆes, mian-

mar, norueguˆes,�� polon

ˆes,�� portugu

ˆes,��� punjabi, quiniaruanda,

quirguiz, rarotongano, romeno, russo,�� samoano, sepedi, s´ervio, seso-

to, silozi, sua´ıli, sueco,� tagalo,� tai, t

ˆamil, tcheco,� tok pisin, tongan

ˆes,

tsonga, tsuana, turco, ucraniano, urdu, vietnamita, xosa e zulu.

� Tamb´em dispon

´ıvel em CD.

� Tamb´em dispon

´ıvel em MP3 CD-ROM.

�´

Audio tamb´em dispon

´ıvel no site www.jw.org.

Gostaria de ter mais informac˜

oes ou um curso b´ıblico domiciliar

gratuito? Escreva`

as Testemunhas de Jeov´

a, usando o endereco apropriado. Para uma listacompleta dos enderecos das sedes, veja www.watchtower.org/address.

´Africa do Sul: Private

Bag X2067, Krugersdorp, 1740. Alemanha: 65617 Selters. Angola: Caixa Postal 6877, Luanda Sul. Argentina:Casilla 83 (Suc 27B), C1427WAB Cdad. Aut. de Buenos Aires. B

´elgica: rue d’Argile-Potaardestraat 60, B-1950

Kraainem. Bol´ıvia: Casilla 6397, Santa Cruz. Brasil: CP 92, Tatu

´ı, SP, 18270-970. Canad

´a: PO Box 4100,

Georgetown, ON L7G 4Y4. Costa do Marfim: 06 BP 393, Abidjan 06. Espanha: Apartado 132, 28850 Torrej´on

de Ardoz (Madrid). Estados Unidos da Am´

erica: 25 Columbia Heights, Brooklyn, NY 11201-2483. Franca:BP 625, F-27406 Louviers Cedex. Gana: PO Box GP 760, Accra. Gr

˜a-Bretanha: The Ridgeway, London NW7

1RN. Holanda: Noordbargerstraat 77, NL-7812 AA Emmen. It´

alia: Via della Bufalotta 1281, I-00138 Rome RM.Jap

˜ao: 4-7-1 Nakashinden, Ebina City, Kanagawa-Pref, 243-0496. Malaui: PO Box 30749, Lilongwe 3. Maur

´ıcio:

Rue Baissac, Petit Verger, Pointe aux Sables. Mocambique: PO Box 2600, 1100 Maputo. Nig´

eria: PMB 1090,Benin City 300001, Edo State. Nova Caled

ˆonia: BP 1741, 98874 Pont des Francais. Paraguai: Casilla 482,

1209 Asunci´on. Portugal: Apartado 91, P-2766-955 Estoril. Qu

ˆenia: PO Box 21290, Nairobi 00505. Senegal:

BP 29896, 14523 Dakar. Timor Leste: Box 248, Dili. Zˆ

ambia: PO Box 33459, 10101 Lusaka. Zimb´

abue:Private Bag WG-5001, Westgate.

Despertai! agosto de 2011 5

relacao ao cantor (talvez por nao ser muito co-nhecido), pode ser que comprem a musica paraque um artista mais conhecido a interprete.

No est´udio

Para supervisionar o processo de grava-c

˜ao (3), as gravadoras geralmente contratam

um produtor experiente. Ele escolhe o estiloda musica e aprova a gravacao final. Ele tam-bem contrata e supervisiona um estudio, arran-jadores, copistas, musicos, vocalistas de apoio,engenheiros de gravacao e os equipamentos ne-cessarios para que o produto final seja profis-sional e tenha apelo comercial.

A maioria das gravacoes e feita em etapas,geralmente comecando com bateria, guitarra,

baixo e teclado. Depois, vocais principais, vo-cais de apoio, solos instrumentais e efeitos so-noros especiais sao acrescentados e mixadospara se gravar um m

´aster digital (4).

Marketing

Para divulgar seus produtos, as gravadorascostumam produzir videoclipes (5). Esses vı-deos de tres a cinco minutos podem transmitirum pouco da emocao de shows ao vivo e proje-tar artistas na mıdia. Alem disso, os videoclipespor si sos podem gerar muito lucro para a gra-vadora.

As vendas de albuns sao maiores nos lugaresonde os artistas fazem shows ao vivo (6). Porisso, eles costumam fazer shows ou turnes para

6

7

divulgar um novo album. A maioria dos artis-tas tambem tem um site (7) com fotos, vıdeos,blog pessoal, amostras de musicas e programa-cao de shows, alem de links para fa-clubes e, omais importante, para lojas virtuais de musica.

Quem decide se uma musica sera um suces-so ou nao? Basicamente, e voce: o ouvinte. Oque influencia sua escolha de musicas?

´E ape-

nas a melodia e o artista, ou os valores quevoce preza tambem tem um papel nisso? Es-sas perguntas sao importantes, pois a musicapode exercer forte influencia em nos. Isso noslembra do importante conselho dado pelo nos-so Criador: “Mais do que qualquer outra coi-sa a ser guardada, resguarda teu coracao, poisdele procedem as fontes da vida.” — Proverbios4:23.

Como voce pode seguir esse conselho sabioem relacao a musica? E se voce tem filhos,como pode cumprir sua responsabilidade deprotege -los de danos espirituais, mentais eemocionais?

Mudancas na ind´ustria da m

´usica

A internet, programas de computador e equi-pamentos de gravac

˜ao a precos acess

´ıveis

tˆem contribu

´ıdo para uma revoluc

˜ao na ind

´us-

tria da m´usica. Hoje em dia, m

´usicos conse-

guem gravar em casa m´usica de qualidade

profissional e disponibiliz´a-la a pessoas do

mundo todo. Segundo a revista The Economist,“v

´arios grandes nomes da m

´usica dispensa-

ram por completo as gravadoras”.

“As m´usicas que meus pais ouvem s

˜ao muito chatas”,

reclama Jordan, de 17 anos.�“As m

´usicas que meu filho ouve s

˜ao deprimentes

e cheias de´odio”, lamenta sua m

˜ae, Denise.

POR QUE a musica costuma gerar conflitos entrepais e filhos adolescentes? Um motivo e que o gos-

to musical da pessoa pode mudar a medida que ficamais velha. Outro e que a propria musica muda. As-sim, o que faz sucesso hoje talvez esteja fora de modaamanha.

Qualquer que seja o caso, a musica nos influencia.Ja percebeu como ela afeta seus sentimentos? Quan-do o Rei Saul do Israel antigo se sentia aflito, a musi-ca suave o acalmava. (1 Samuel 16:23) De certa for-ma, as musicas sao como as pessoas com quem nosassociamos. Algumas despertam em nos sentimentospositivos, como alegria e amor. Outras desenterramsentimentos negativos, como raiva e odio. — Prover-bios 13:20.

Visto que a musica exerce forte influencia, pais efilhos precisam escolher bem o que ouvem. Se vocetem filhos, mostra interesse sincero pelo gosto musi-cal deles? Voce impoe regras sobre esse assunto?

� Alguns nomes foram mudados.

Escolha bemsuas m

´usicas

Despertai! agosto de 2011 7

Isso nao significa simplesmente proibir cer-tos albuns ou estilos musicais, mas tambemajudar os filhos a encontrar alternativas aceita-veis. O livro On Becoming Teenwise (Aprenden-do a Lidar com Adolescentes) diz: “Voce naopode apenas tirar de uma pessoa algo que elagosta muito e deixar um vazio.

´E preciso achar

algo novo para preencher esse vazio ou entaoela vai voltar para seus velhos habitos.”

Outro ponto para pensar: quanto temposeus filhos gastam ouvindo musica? Sera queesse tempo interfere no dever de casa, nas ativi-dades espirituais, nas responsabilidades domes-ticas e em outros assuntos mais importantes?Como diz a Bıblia, “para tudo ha um tempo de-terminado”. — Eclesiastes 3:1.

Outro problema e a tendencia de se isolar.Sem duvida, todos nos precisamos de privaci-dade e de tranquilidade para meditar. Isso e im-portante para nao nos tornarmos pessoas su-perficiais. (Salmo 1:2, 3) Mas, se nao houver

equilıbrio, a pessoa pode acabar ficando intro-vertida e egoısta. (Proverbios 18:1) Para Felipe,que hoje tem 20 anos, ouvir musica era umaoportunidade de ter um tempo para si mesmo.Ele conta: “Mas minha mae ficava preocupadaachando que eu estava me isolando.”

O que pode ajudar jovens como Felipe e seuspais a transformar um ponto de discordia emum ponto em comum? Como todos nos po-demos escolher bem as musicas que ouvimos?Muitos descobriram que os princıpios da Bıbliasao de ajuda. Que acha de considerar as seguin-tes perguntas com seus filhos?˘ Que mensagem a m

´usica transmite? “A for-

nicacao e a impureza de toda sorte, ou a ganan-cia, nao sejam nem mesmo mencionadas entrevos.” (Efesios 5:3) A letra de muitas musicase inofensiva. Ja a de outras, de modo sutil ouexplıcito, aprova e ate incentiva comportamen-tos que violam valores morais, como os princı-pios da Bıblia. Alguns estilos musicais sao co-nhecidos por sua depravacao, odio e violencia.“Algumas letras de rap sao chocantes, as vezesagressivas, cheias de misoginia (odio as mulhe-res) e obscenidades”, comenta a autora KarenSternheimer. As letras de heavy metal em ge-ral incluem violencia e ocultismo. Ate mesmoa musica pop pode incentivar comportamento

Alguns estilos musicais s˜ao

conhecidos por sua depravac˜ao

˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙ ˙

“Tudo que lembro de minha adolescˆencia se re-

sume em´alcool, drogas e viol

ˆencia”, conta Ashley,

de 24 anos, “e a m´usica que estimulava isso era

o heavy metal e o rap. As letras cheias de sacril´egio

e´odio, acompanhadas da batida forte e constante,

me davam uma sensac˜ao de poder. A m

´usica tam-

b´em acabou me aproximando mais de amigos que

usavam drogas. Cantores de rap e bandas de heavymetal eram nossa inspirac

˜ao e nossos her

´ois.

“Mas n˜ao demorou muito para eu perder o con-

trole de minha vida. Aos 17 anos, quase morri deoverdose. Quando acordei, orei a Deus pedindo aju-da. Lembrei que certa vez um garoto tinha me ditoque o nome de Deus

´e Jeov

´a, e associei isso

`as Tes-

temunhas de Jeov´a. Ent

˜ao peguei uma lista telef

ˆo-

nica, liguei para as Testemunhas de Jeov´a e come-

cei a estudar a B´ıblia com elas.

“Abandonei meus h´abitos ruins e me livrei de

tudo relacionado`as m

´usicas que costumava ouvir.

Mas, quando joguei meus CDs no lixo, fiquei ali pa-rado olhando para eles. Foi de partir o corac

˜ao. En-

t˜ao lembrei que aquelas m

´usicas e os meus v

´ıcios

estavam acabando comigo. Da´ı virei as costas e fui

embora.

“Hoje, anos depois, ainda me sinto atra´ıdo

ao heavy metal e ao rap. Por isso, evito essas m´usi-

cas como se fossem drogas. Agora eu aprecio mui-tos outros estilos musicais, incluindo baladas, softrock e um pouco de m

´usica cl

´assica. Mas o melhor

de tudo´e que hoje consigo controlar minha vida.”

Por que fiz mudancas

questionavel. Assim, para tomar boas decisoesna escolha de musicas, use sua “faculdade deraciocınio”. (Romanos 12:1) Nao se deixe levarapenas pelo bom som ou pela popularidade deuma musica.˘ Como a m

´usica afeta meus sentimentos?

“Resguarda teu coracao, pois dele procedemas fontes da vida.” (Proverbios 4:23) Sua esco-lha de musica faz mais do que revelar o quevoce tem na mente e no coracao. Ela tambempode influencia-los. “Certos tipos de musica medeixavam irritado e agressivo”, conta Jordan,ja mencionado. Pergunte-se: ‘Como as musi-cas que escuto afetam meus pensamentos e hu-mor? Depois de ouvi-las, me sinto relaxado erevigorado ou tenso e aborrecido? Sera que in-citam pensamentos indecentes?’ (Colossenses3:5) Se uma musica estimula sentimentos inde-sejaveis ou pensamentos improprios, seria bomelimina-la da sua colecao. (Mateus 5:28, 29)Hannah, de 17 anos, diz: “Ja notei os danos quea musica ruim pode causar, e nao quero issopara mim.”˘ Ser

´a que a m

´usica vai influenciar meus valo-

res? “Odiai o que e mau e amai o que e bom”,diz Amos 5:15. Nao e facil fazer isso hoje emdia, porque estamos vendo o cumprimento deuma profecia bıblica que diz que os seres hu-manos de modo geral seriam “amantes de simesmos, amantes do dinheiro, pretensiosos, so-berbos, blasfemadores, desobedientes aos pais,ingratos, desleais, sem afeicao natural, nao dis-postos a acordos, caluniadores, sem autodomı-nio, ferozes, sem amor a bondade, . . . maisamantes de prazeres do que amantes de Deus”.(2 Timoteo 3:1-4) Daı, o versıculo 5 diz: “E des-tes afasta-te.”

Existe uma ampla variedade dem

´usicas que voc

ˆe pode ouvir

Mantenha padr˜

oes elevadosao escolher suas m

´usicas

O que voce faz para se afastar desse tipo depessoas?

´E claro que nao basta apenas ficar

longe delas. Voce tambem precisa rejeitar qual-quer produto que reflita a conduta ruim des-sas pessoas. (Efesios 4:25, 29, 31) Mas sera queisso vai limitar demais sua escolha de musica?De forma alguma!

Amplie seus horizontes

Em muitas famılias, pais e filhos adolescen-tes gostam de conhecer as preferencias musi-cais uns dos outros. Lena comenta: “Minha fi-lha de 13 anos me mostrou as musicas favoritasdela, e agora eu tambem gosto delas.” Heather,de 16 anos, e seus pais gostam das mesmas mu-sicas e costumam trocar CDs.

No mundo todo, milhoes de Testemunhasde Jeova de todas as idades e culturas ouvemuma ampla variedade de musicas, incluindo asmelodias do cancioneiro Cantemos a Jeova, quefortalecem nossa fe.� Isso tambem e verdadeonde essas melodias diferem da musica tıpicada regiao.

Nao importa se voce e um pai ou um filho,quando for comprar um album ou baixar umamusica, pergunte-se: ‘Quem me deu a capacida-de de apreciar a musica? Nao foi meu Criador,Jeova Deus? Entao, como posso mostrar a eleque eu realmente dou valor a isso? Sera quenao e por levar a serio seus padroes do que ecerto e errado ou do que e bom e ruim?’ Pensarnessas perguntas ajudara voce a escolher bemsuas musicas, alegrando assim seu coracao e ode seu Criador. — Proverbios 27:11.

� Disponıveis para download sem custo no site www.jw.org.

Vocˆe fica preocupado com as m

´usicas que

seu filho escuta? Como vocˆe pode ajud

´a-lo

sem provocar uma guerra? Veja as suges-t

˜oes abaixo:

Informe-se Faca uma pesquisa antes defalar com seu filho. Ouca as m

´usicas, preste

atenc˜ao na letra e analise o encarte do

´al-

bum, ou acesse o site da banda e veja seusvideoclipes. Pergunte-se: ‘H

´a motivo para eu

me preocupar ou estou sendo implicante?’A B

´ıblia diz: “O homem s

´abio pensa antes de

falar; por isso o que ele diz convence mais.”— Prov

´erbios 16:23, B

´ıblia na Linguagem de

Hoje.

Tenha discernimento A m´usica pode reve-

lar como´e o mundo e o corac

˜ao de seu filho.

Com jeito, tente ajud´a-lo a expressar seus

sentimentos. Pergunte a ele: “O que vocˆe

gosta nesta m´usica? A letra fala de algum

problema que vocˆe est

´a tendo?” Da

´ı, ouca

com atenc˜ao a resposta. Prov

´erbios 20:5 diz:

“Os pensamentos de uma pessoa s˜ao como

´agua em poco fundo, mas quem

´e inteligen-

te sabe como tir´a-los para fora.” — BLH.

Seja construtivo O ponto n˜ao

´e apenas

fazer seu filho jogar fora um CD com m´usi-

ca question´avel. Seu objetivo

´e treinar as

“faculdades perceptivas [dele] . . . para dis-tinguir tanto o certo como o errado”, paraque ele consiga tomar decis

˜oes s

´abias por si

mesmo. (Hebreus 5:14) Ent˜ao, ensine-o a fa-

zer pesquisas e a raciocinar`

a base de prin-c

´ıpios b

´ıblicos — algo que ser

´a de valor pelo

resto da vida. Assim, vocˆe o ajudar

´a a racio-

cinar melhor e a desenvolver a sabedoriadivina, habilidades que s

˜ao muito mais valio-

sas do que todo o ouro do mundo. — Prov´er-

bios 2:10-14; 3:13, 14.

Seja firme, mas compreensivo e bondoso‘Revista-se das ternas afeic

˜oes de compai-

x˜ao, benignidade, humildade mental, bran-

dura e longanimidade.’ (Colossenses 3:12)Ao raciocinar com seu filho, n

˜ao seja intole-

rante nem implicante. Lembre-se de quevoc

ˆe tamb

´em j

´a foi adolescente.

Dicas para os pais

Despertai! agosto de 2011 9

10 Despertai! agosto de 2011

QUE item ficou em primeiro lugar na sua lis-ta? Esse aspecto de sua vida, bem como os

outros tres, pode estar em perigo se voce usa re-des sociais.

Sera que e mesmo uma boa ideia voce terconta numa rede social? Se ainda mora comseus pais, essa decisao cabe a eles.� (Proverbios6:20) Assim como praticamente qualquer ou-tro uso da internet, as redes sociais tem o seulado positivo — mas tambem tem o seu lado ne-gativo. Se seus pais nao querem que voce tenhauma conta, voce deve obedecer a decisao deles.— Efesios 6:1.

Mas se eles deixam voce usar uma rede so-cial, como pode evitar os perigos? O artigo de“Os Jovens Perguntam” da Despertai! de julhode 2011 analisou duas areas importantes: suaprivacidade e seu tempo. Neste artigo, veremosoutros dois aspectos: sua reputacao e suas ami-zades.

SUA REPUTAC˜

AO

Proteger sua reputacao significa tomar cui-dado para nao dar a outras pessoas motivos va-lidos para pensarem mal de voce. Para ilustrar:imagine que voce tem um carro zero-quilome-tro, sem nenhum arranhao ou amassado. Vocenao gostaria de mante-lo desse jeito? Como se

� Despertai! nao apoia nem condena nenhuma rede socialespecıfica. Os cristaos devem ter certeza de que seu uso da in-ternet nao viola os princıpios da Bıblia. — 1 Timoteo 1:5, 19.

sentiria se, por ser imprudente, voce acabassecom seu carro num acidente?

O mesmo pode acontecer com sua reputa-cao numa rede social. Uma jovem chamada

Carol comenta: “Uma foto ou um comentariopostado sem pensar direito pode acabar comsua reputacao.” Por exemplo, veja como sua re-putacao pode ser afetada por . . .

˘ Suas fotos. O apostolo Pedro escreveu:“Que os outros sempre vejam voce se compor-tando bem.” (1 Pedro 2:12, Contemporary En-glish Version) O que voce tem a dizer sobre asfotos que ja viu em sites de redes sociais?

“`

As vezes, pessoas que eu respeito postam fotosonde parecem estar bebadas.” — Ana, 19 anos.

OS JOVENSPERGUNTAM

O que preciso saber sobreredes sociais? Parte 2

Numere os itens abaixo na ordem de im-port

ˆancia para voc

ˆe.

��� minha privacidade

��� meu tempo

��� minha reputac˜

ao

��� minhas amizades

Um prov´

erbio b´ıblico diz: “Se

tiver de escolher entre uma boareputac

˜ao e muito dinheiro,

escolha uma boa reputac˜

ao.”— Prov

´erbios 22:1, Today’s English Version

Despertai! agosto de 2011 11

“Conheco meninas que fazem poses sensuais.Na rede social, elas parecem totalmente diferen-tes do que sao na vida real.” — Carol, 19 anos.

O que voce pensaria de alguem que colocauma foto numa rede social em que (1) estausando roupas provocantes ou (2) parece estarbebado?1 ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝

2 ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝

˘ Seus coment´

arios. Efesios 4:29 diz:“Nao saia da vossa boca nenhuma palavra per-vertida [“palavras sujas”, Bıblia Facil de Ler].”Algumas pessoas perceberam que palavrasgrosseiras, fofocas e assuntos imorais acabamse infiltrando nas conversas em sites de redessociais.

“As pessoas se sentem menos inibidas numarede social. As palavras digitadas nao soam taoofensivas como as faladas. Mesmo que voce naouse palavroes, suas palavras podem ser mais in-sinuantes, atrevidas ou ate sujas.” — Danielle,19 anos.

Na sua opiniao, por que as pessoas ficammais desinibidas na frente do computador?˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝

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Sera que voce deveria mesmo se preocuparcom as fotos e os comentarios que posta? Cla-ro que sim! “Na escola, isso tem sido um as-sunto muito discutido”, disse Jane, de 19 anos.“Disseram que os empregadores costumam en-trar na pagina dos candidatos para avaliar seucarater.”´

E isso que o Dr. B. J. Fogg faz antes de con-tratar alguem, segundo seu livro Facebook forParents (Facebook para os Pais). Ele conta:“Para mim, isso faz parte do processo seletivo.Quando acesso o Perfil de um candidato e vejocoisas que nao prestam, isso me causa uma maimpressao. Nao vou contratar essa pessoa. Porque? Porque eu trabalho apenas com pessoasque tem bom criterio.”

Se voce e cristao, existe outro fator aindamais importante a ser levado em conta: o efeitoque suas fotos e comentarios podem ter sobre

outros, quer sejam cristaos, quer nao. O apos-tolo Paulo escreveu: “De modo algum damosqualquer causa para tropeco.” Em outras pala-vras, nao devemos dar motivo para que os ou-tros falem mal de nossas crencas. — 2 Corıntios6:3; 1 Pedro 3:16.

O que vocˆ

e pode fazer

Se seus pais deixam voce usar uma rede so-cial, de uma olhada nas fotos que postou epergunte-se: ‘O que essas fotos dizem a meurespeito?

´E essa a imagem que eu quero que

os outros tenham de mim? Sera que eu fica-ria envergonhado se meus pais, um anciao cris-tao ou um possıvel empregador vissem essas fo-tos?’ Se sua resposta a ultima pergunta for sim,faca mudancas. Foi isso que Kate, de 21 anos,fez. Ela comenta: “Um anciao cristao conver-sou comigo sobre a foto do meu Perfil, e sougrata por isso. Percebi que ele queria protegerminha reputacao.”

Outra coisa: leia com atencao os comenta-rios que voce postou — bem como os comenta-rios que outros postaram em sua pagina. Naotolere “conversa tola” nem “piadas obscenas”.(Efesios 5:3, 4) “As pessoas as vezes postamcomentarios com palavroes ou expressoes deduplo sentido”, diz Jane. “Mesmo nao tendosido voce quem disse algo, essas palavras passa-rao uma ma impressao de voce, porque estao nasua pagina.”

Assim como um carro podeser arruinado se for dirigidocom imprud

ˆencia, voc

ˆe pode

arruinar sua reputac˜

ao sepostar coment

´arios e fotos

indecentes na internet

12 Despertai! agosto de 2011

Quando se trata de fotos e comentarios quevoce posta, que limites pode estabelecer paraproteger sua reputacao?˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝

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˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝

SUAS AMIZADES

Se voce tivesse um carro zero-quilometro,deixaria qualquer um entrar nele? Caso seuspais deixem voce ter uma conta numa rede so-cial, voce se confronta com uma decisao pare-cida em relacao a quem convidara — ou aceita-ra — como amigo. Assim, seja criterioso nessesentido.

“Algumas pessoas so querem saber de fazermais amizades: quanto mais amigos, melhor.Elas chegam ate a adicionar pessoas que nem co-nhecem de verdade.” — Nayisha, 16 anos.

“Uma rede social permite que voce reencon-tre pessoas do seu passado. Mas as vezes e me-lhor que essas pessoas continuem no seu passa-do.” — Ellen, 25 anos.

O que vocˆ

e pode fazer

Sugest˜

ao: verifique e edite. Verifique sualista de amigos e faca ajustes quando necessa-rio. Ao fazer isso, pergunte-se:

1. ‘Ate que ponto conheco essa pessoa forada internet?’

2. ‘Que fotos e comentarios ela costuma pos-tar?’

3. ‘Sera que ela e uma boa influencia paramim?’

“Costumo revisar minha ‘lista de amigos’ todomes. Se encontro alguem que nao gosto muito ounao conheco bem, eu tiro essa pessoa da lista.”— Ivana, 17 anos.

Sugest˜

ao: crie regras para aceitar ami-gos. Estabeleca limites para determinar quemvoce convidara ou aceitara como amigo, as-sim como faz na vida real. (1 Corıntios 15:33)Por exemplo, uma jovem chamada Leanne diz:“Criei a seguinte regra: se eu nao conheco umapessoa, nao vou adiciona-la como amigo. Sevejo algo que nao gosto na pagina de alguem,

eu o tiro de minha ‘lista de amigos’ e nao acei-to futuros pedidos dele.” Outros criaram limi-tes parecidos.

“Nao aceito qualquer um como amigo. Isso eperigoso.” — Erin, 21 anos.

“Alguns ex-colegas de escola me convidarampara fazer parte da lista de amigos deles. Mas eutinha feito de tudo para evitar esse tipo de amiza-de na escola; por que agora ia querer ser amigodeles?” — Alex, 21 anos.

Escreva abaixo quais serao suas regras paraaceitar amigos.˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝

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QUE TAL PERGUNTAR A SEUS PAIS?

Analise com seus pais este e o outroartigo de “Os Jovens Perguntam” publi-cado na Despertai! de julho de 2011.Conversem sobre como seu uso da in-ternet est

´a afetando (1) sua privacidade,

(2) seu tempo, (3) sua reputac˜ao e

(4) suas amizades.

Outros artigos da s´erie “Os Jovens Perguntam”

est˜ao dispon

´ıveis no site

www.watchtower.org/ypt

Vocˆ

e daria carona a umdesconhecido s

´o porque

ele pede? Ent˜

ao, por queaceitaria como amigoon-line algu

´em que

ao conhece?

Pode at´e ser que seu filho

entenda mais de internet, mas´e voc

ˆe quem tem mais crit

´erio.

(Prov´erbios 1:4; 2:1-6)

´E como

disse Parry Aftab, especialistaem seguranca na internet: “Osfilhos sabem mais sobre tecno-logia. Os pais sabem mais so-bre a vida.”

Recentemente, as redessociais t

ˆem ganhado populari-

dade. Ser´a que seu filho ado-

lescente tem maturidade sufi-ciente para se tornar umusu

´ario? Essa decis

˜ao cabe a

vocˆe. Fazer parte de uma rede

social tem os seus riscos, as-sim como dirigir um carro, teruma conta banc

´aria ou usar

um cart˜ao de cr

´edito. Quais

s˜ao alguns deles?

PRIVACIDADE. Muitos jovensn

˜ao entendem os perigos de

colocar informac˜oes demais na

internet. Dizer onde moram, aescola onde estudam e quandoest

˜ao em casa ou fora poderia

comprometer a seguranca desua fam

´ılia.

O que vocˆ

e pode fazer. Quan-do seu filho era mais novo,voc

ˆe o ensinou a olhar para os

dois lados antes de atravessara rua. Agora que ele est

´a mais

velho, ensine como usar a inter-net com seguranca. Leia sobrea quest

˜ao da privacidade no ar-

tigo “Os Jovens Perguntam” dom

ˆes passado. Veja tamb

´em a

Despertai! de outubro de 2008,p

´aginas 3-9. Da

´ı converse so-

bre essas informac˜oes com

seu filho adolescente. Esforce-

se para incutir ‘sabedoria pr´a-

tica e racioc´ınio’ com respeito

`a

seguranca on-line. — Prov´erbios

3:21.

TEMPO. Usar redes sociaispode viciar. “Apenas poucosdias ap

´os ter criado uma conta,

eu n˜ao conseguia mais parar

de acessar o site”, diz Rick, de23 anos. “Passava horas vendofotos e coment

´arios.”

O que vocˆ

e pode fazer. Leiae converse com seu filho so-bre o artigo “Os Jovens Per-guntam . . . Sou viciado emaparelhos eletr

ˆonicos?”, na

Despertai! de janeiro de 2011.D

ˆe atenc

˜ao especial ao quadro

“Eu era viciada em redes so-ciais”, na p

´agina 26. Ajude seu

filho adolescente a se tornar“moderado nos h

´abitos” e res-

peitar um limite de tempo parausar a internet. (1 Tim

´oteo 3:2)

Ajude-o a se lembrar que existevida fora da internet!

REPUTAC˜

AO. Um prov´erbio

b´ıblico diz: “A crianca mostra o

que´e pelo que faz.” (Prov

´erbios

20:11, B´ıblia na Linguagem de

Hoje) Com certeza, isso tam-b

´em se aplica ao que ela faz na

internet. Assim, visto que as re-des sociais s

˜ao uma

´area p

´ubli-

ca, o que seu filho posta podeafetar n

˜ao apenas a reputac

˜ao

dele, mas a de toda a fam´ılia.

O que vocˆ

e pode fazer. Osadolescentes precisam enten-der que as coisas que elespostam na internet refletemneles mesmos. Eles tamb

´em

precisam entender que tudo

que´e colocado na internet

fica registrado permanente-mente. “

´E dif

´ıcil para os jovens

entender o conceito de perma-n

ˆencia do conte

´udo on-line,

mas´e essencial que eles co-

mecem a aprender isso”, escre-veu a Dra. Gwenn SchurginO’Keeffe no livro CyberSafe (Se-guranca na Internet). Ela acres-centa: “Uma dica que se podedar aos jovens sobre comporta-mento na internet

´e a seguinte:

n˜ao diga na internet o que voc

ˆe

n˜ao diria fora dela.”

AMIZADES. “Muitos adoles-centes querem ser vistos comopopulares”, diz Tanya, de23 anos, “ent

˜ao eles est

˜ao

mais dispostos a aceitar pes-soas estranhas ou sem escr

´u-

pulos como ‘amigos’ ”.

O que vocˆ

e pode fazer.Ajude seu filho a criar regraspara aceitar amigos. Por exem-plo, Alicia, de 22 anos, n

˜ao cos-

tuma adicionar amigos de ami-gos

`a sua lista. Ela conta: “Se

eu n˜ao conheco algu

´em ou n

˜ao

o vi pessoalmente, ent˜ao n

˜ao

vou adicion´a-lo s

´o porque te-

mos amigos em comum.”

Tim e Julia se cadastraramnuma rede social para monito-rar as coisas que sua filha e osamigos dela postam. “N

´os exi-

gimos que ela nos inclu´ısse na

sua lista de amigos”, conta Ju-lia. “Quando ela est

´a se comu-

nicando com algu´em,

´e como

se essa pessoa estivesse aquiem casa. N

´os queremos saber

quem s˜ao seus amigos.”

UMA NOTA PARA OS PAIS

Despertai! agosto de 2011 13

14 Despertai! agosto de 2011

EM 1325, um jovem partiu de Tanger, Marro-cos, na primeira de muitas viagens que o

levariam a algumas das partes mais distantesdo mundo conhecido na epoca, incluindo Chi-na,

´India, Indonesia, Mali, Persia, Russia, Sı-

ria, Tanzania, Turquia e todos os paıses arabes.Esse homem era Abu Abdallah ibn Battuta, queviajou mais de 120 mil quilometros — uma faca-nha inigualavel antes do surgimento do trem avapor.

Ibn Battuta e chamado de o viajante do isla-mismo e o maior viajante dos tempos pre-mo-dernos. Suas anotacoes, registradas em sua ulti-ma viagem de volta para casa depois de quase30 anos de expedicoes, ajudam a entender me-

lhor como era a vida e a cultura no seculo 14,principalmente no mundo muculmano da Ida-de Media.

Peregrinac˜ao a Meca

Ibn Battuta saiu de Tanger para visitar os lo-cais sagrados e realizar o hajj, ou peregrinacaomuculmana a Meca, algo que deve ser feito portodo muculmano adulto que tem condicoes fi-nanceiras e fısicas para fazer a viagem. Mecafica cerca de 4.800 quilometros ao leste de Tan-

ger. Como a maioria dos peregrinos, Ibn Battu-ta acompanhava caravanas, que o ajudaram achegar ao seu destino com mais seguranca.

Visto que seu pai era um cadi, ou juiz lo-cal, Ibn Battuta recebeu uma educacao de cadi,a melhor que Tanger podia oferecer. Ao sabe-rem disso, as pessoas que o acompanhavam pe-diram que ele atuasse como juiz para resolverqualquer disputa que surgisse no caminho.

Para Alexandria, Cairo e Alto Nilo

A caravana seguiu a costa do Norte da´

Africaate o Egito. Ali, Ibn Battuta viu o famoso farolde Alexandria — uma maravilha do mundo an-tigo —, que naquela epoca ja estava parcialmen-te em ruınas. Ele descreveu o Cairo da seguintemaneira: “Vasto na quantidade de predios, ini-gualavel em beleza e esplendor, o ponto de en-contro de viajantes e o lugar por onde passampessoas simples e poderosas, cujo fluxo con-tınuo de multidoes e semelhante as ondas domar.” Ele tinha grande admiracao pelos barcos,jardins, bazares, estabelecimentos religiosos ecostumes dessa grande cidade. No Egito acon-teceu algo que se repetiria varias vezes durantesuas viagens: ele procurou e ganhou o apoio declerigos, eruditos e outras pessoas influentes.

Do Cairo ele subiu o Nilo ate o Alto Egi-to e, durante o trajeto, usufruiu da hospitalida-

As viagens de

Ibn Battuta

Ilustrac˜

ao do s´

eculo 13, de al-Wasiti,mostrando peregrinos isl

ˆamicos

num hajj na Idade M´

ediaScala/White Images/Art Resource, NY

Despertai! agosto de 2011 15

de de homens religiosos e de mosteiros, alemde faculdades e hospedarias financiadas por do-nativos — estabelecimentos que eram comunsem cidades muculmanas. Sua intencao era atra-vessar o deserto para chegar ao mar Vermelho,navegar para o oeste da Arabia e depois ir aMedina — onde ficava a mesquita do profetaMaome — e daı para Meca. Mas ele teve de vol-tar para o Cairo por causa de uma guerra.

Um longo desvio

Ainda decidido a chegar a Medina e Meca,Ibn Battuta seguiu para o norte ate Gaza, daıpara Hebron e depois para o lugar onde se acre-dita que Abraao, Isaque e Jaco foram sepulta-dos. No caminho para Jerusalem e o santua-rio do Domo do Rochedo, ele parou em Belem,onde observou a veneracao que cristaos profes-sos tinham pelo local onde Jesus nasceu.

Daı Ibn Battuta foi para Damasco, ao norte,onde estudou com eruditos muculmanos de re-nome e obteve credenciais que o qualificaramcomo professor. Na cidade havia a mesquitaOmıada, descrita por ele como a “mais impres-sionante” do mundo. Bazares locais vendiamjoias, tecidos, artigos de papelaria, livros e pro-dutos de vidro. Havia tambem bancas onde ta-beliaes tinham “cinco ou seis testemunhas pre-sentes e uma pessoa autorizada pelo cadi pararealizar cerimonias de casamento”. Enquan-to estava em Damasco, Ibn Battuta aproveitoupara se casar. Sua noiva, porem, foi apenas umade muitas esposas e concubinas que saıram desua historia com a mesma rapidez que entra-ram.

Em Damasco, Ibn Battuta juntou-se a outrosperegrinos rumo a Meca. No caminho, seu gru-po acampou perto de uma fonte onde pessoascolocavam a agua em cisternas, ou tanques, fei-tas de pele de bufalo. Viajantes usavam essaagua para dar de beber a seus camelos e paraencher seus odres antes de cruzar o deserto. Fi-nalmente, ele chegou a Meca. Essa foi a primei-ra das sete peregrinacoes que ele fez para la. Amaioria dos peregrinos voltava para casa aposa realizacao de seus rituais. Mas nao Ibn Battu-ta. De Meca ele foi para Bagda “apenas pelaaventura”, comenta o biografo Ross E. Dunn.

Viagens ainda mais distantes

Em Bagda, que era a capital do islamismo,Ibn Battuta ficou impressionado com os ba-nhos publicos. Ele observou: “Em todos eleshavia muitos banheiros particulares, que ti-nham uma pia no canto com uma torneira paraagua quente e outra para agua fria.” Um gene-ral amigavel conseguiu um modo de apresentarIbn Battuta ao sultao, Abu Sa’id. O jovem via-jante saiu daquele encontro com excelentes pre-sentes: um cavalo, um traje cerimonial e umacarta de apresentacao solicitando que o gover-nador de Bagda lhe desse camelos e outras pro-visoes.

Ibn Battuta navegou depois pelo leste da´Africa atracando nos portos de Mogadıscio,Mombaca e Zanzibar antes de partir para aArabia e para o golfo Persico. Mais tarde, eledescreveu as pessoas, os costumes e os produ-tos que viu no trajeto — na Somalia, a hospitali-dade demonstrada aos mercadores; no Iemen,o habito de mascar noz de betele e o cultivode coco; e no golfo Persico, a tecnica de mer-gulho para apanhar perolas. Daı, ele escolheuuma rota muito longa para a

´India — passando

pelo Egito, Sıria e Anatolia (Turquia); atraves-sando o mar Negro; circundando o norte domar Caspio; e entao indo para o sul onde hojeestao o Cazaquistao, o Uzbequistao, o Afega-nistao e o Paquistao.

Da´India para a China

Na´India, Ibn Battuta serviu como cadi para

o sultao de Delhi por oito anos. Sabendo dapaixao de Ibn Battuta por viagens, o sultao oenviou como embaixador para visitar Togon-temur, o imperador mongol da China. Ao che-gar, ele deveria entregar um presente diploma-tico composto de “100 cavalos puro-sangue,100 escravos brancos, 100 mocas hindus quecantavam e dancavam, 1.200 pecas de varios ti-pos de tecido, candelabros e bacias de ouro eprata, trajes de brocado, gorros, aljavas, espa-das, luvas bordadas com perolas e 15 eunucos”.

No porto de Calicute, no sul da´India, Ibn

Battuta viu grandes navios mercadores, cha-mados juncos, que faziam a rota que ele pre-tendia usar para a China. Os navios tinham

16 Despertai! agosto de 2011

ate 12 velas, todas feitas de bambu entrelaca-do, e tripulacoes de no maximo mil pessoas:600 marinheiros e 400 guerreiros. As famıliasdos marinheiros viviam a bordo do navio, onde“[cultivavam] verduras, legumes e gengibre emtanques de madeira”, disse Ibn Battuta.

Mas Ibn Battuta nao conseguiu cumprir suamissao diplomatica na China porque seu navionaufragou. Em vista disso, ele comecou a traba-lhar com um governante muculmano nas Mal-divas e foi o primeiro a descrever os costumes

locais para o mundo. Por fim, ele chegou a Chi-na. No entanto, apesar de todas as coisas boasque encontrou ali, ele viu coisas que feriramsua consciencia religiosa. Visto que registroupouca informacao sobre a China, alguns duvi-dam que ele tenha viajado tanto como afirmou.Talvez tenha chegado apenas a alguns portosno sul da China.

Tristezas ao voltar para casa

Ao voltar para Damasco, Ibn Battuta desco-briu que um filho, que havia deixado ali uns20 anos antes, tinha morrido havia 12 anos eque seu proprio pai, que morava em Tanger,tinha falecido havia 15 anos. Nessa altura, noano de 1348, a Peste Negra estava assolando oOriente Medio. Ibn Battuta registrou que 21 milpessoas morriam por dia no Cairo.

Um ano depois, o aventureiro de 45 anoschegou ao Marrocos e descobriu que sua maetinha morrido por causa da Peste Negra apenasalguns meses antes. Ele havia iniciado suas via-gens aos 21 anos. Sera que 24 anos de viagenstinham satisfeito seu desejo de aventuras? Tudoindica que nao, pois logo saiu rumo a Espanha.Tres anos mais tarde, ele embarcou em sua ulti-ma viagem, que o levou ao rio Nıger e a Tim-buktu, uma cidade no paıs africano conhecidohoje como Mali.

O registro de suas mem´orias

Quando ficou sabendo das viagens de IbnBattuta, o sultao de Fez, no Marrocos, man-dou que ele preparasse um relato escrito paraentreter a corte e lhe deu um secretario, IbnJuzayy. O trabalho completo nao teve uma cir-culacao ampla em arabe, e a traducao para idio-mas ocidentais so comecou depois que a narra-tiva foi redescoberta por eruditos europeus noseculo 19.

O relato de Ibn Juzayy e um resumo das coi-sas que o aventureiro lhe ditou, mas fica eviden-te que o secretario tomou algumas liberdadesna narrativa. Mesmo assim, essa obra ofereceum entendimento sem igual do comercio, doscostumes, da vida, da religiao e da polıtica nospaıses que Ibn Battuta visitou, principalmenteos do mundo islamico da Idade Media.

O Atlas catal˜

ao de 1375, mostrandouma parte da

´area pela qual

Ibn Battuta viajouSnark/Art Resource, NY

˘ Por d´ecadas, os cientistas n

˜ao entendiam

como os golfinhos conseguem nadar a quase40 quil

ˆometros por hora e as toninhas-de-Dall

a 56 quilˆometros por hora, j

´a que n

˜ao t

ˆem

m´usculos suficientes para isso. Mas esses

mam´ıferos t

ˆem um segredo, e parte dele est

´a

em sua complexa gordura, que tamb´em

´e

encontrada sob a pele de baleias e outrosanimais marinhos.

Analise o seguinte: Essa gordura consistede uma camada espessa e densa de tecidoconjuntivo altamente organizado. Ela cobrepraticamente o corpo inteiro do animal e,segundo a New World Encyclopedia, “est

´a

bem ligada`a musculatura e ao esqueleto por

meio de redes de tend˜oes e ligamentos de

alt´ıssima organizac

˜ao em formato de leque”.

Essas redes, por sua vez, s˜ao compostas por

fibras el´asticas e col

´ageno, uma prote

´ına que

tamb´em

´e encontrada na pele e nos ossos.

Assim, a gordura desse tipo de animal´e

muito mais do que uma camada isolante.Trata-se de uma combinac

˜ao muito

sofisticada de v´arios tecidos vivos.

Mas como a gordura ajuda os golfinhos e

as toninhas a nadar t˜ao r

´apido? Em primeiro

lugar, a gordura confere aos animais umformato mais aerodin

ˆamico. Em segundo

lugar, a gordura entre os lobos da cauda e anadadeira dorsal cont

´em uma quantidade

especialmente alta de fibras de col´ageno e de

elastina dispostas num padr˜ao entrecruzado

— uma estrutura que confere`a cauda

elasticidade e armazena energia mecˆanica.

Assim, quando os m´usculos movimentam a

cauda numa determinada direc˜ao, a gordura

age como uma mola e ajuda a pux´a-la de

volta, dando impulso e conservando energia.

A gordura tamb´em ajuda na flutuabilidade

e proporciona isolamento t´ermico, al

´em de

armazenar energia para quando faltaalimento. N

˜ao

´e de surpreender que esse

composto vers´atil tenha atra

´ıdo o interesse

de especialistas que est˜ao tentando melhorar

a eficiˆencia de embarcac

˜oes mar

´ıtimas e seu

mecanismo de propuls˜ao.

O que vocˆ

e acha? Ser´a que a gordura dos

mam´ıferos marinhos, com suas propriedades

impressionantes, surgiu por acaso? Ou teveum projeto?

TEVE UM PROJETO?

A gordura dosmam

´ıferos marinhos

Corte transversal de fibrasde col

´ageno e de

elastina dispostasnum padr

˜ao

entrecruzado

Fibrasparalelas

18 Despertai! agosto de 2011

MINHA tranquila infancia foi abalada derepente em 1938, quando Adolf Hitler e

seu partido nazista assumiram o poder da´

Aus-tria, minha terra natal. Logo eu e meus colegasde escola fomos obrigados a fazer a saudacao“Heil Hitler”, a cantar musicas nazistas e a nosjuntar ao movimento Juventude Hitlerista. Eume recusei firmemente a fazer isso. Vou contarmais detalhes.

Fui criada com quatro irmaos mais velhosnuma fazenda em Sankt Walburgen, Carıntia,´Austria. Meus pais se chamavam Johann eElisabeth Obweger. Em 1925, meu pai se tor-nou um Bibelforscher, ou Estudante da Bıblia,como as Testemunhas de Jeova eram conheci-das na epoca. Minha mae foi batizada em 1937.Desde que eu era crianca, eles me ensinaramprincıpios bıblicos e me ajudaram a ter amorpor Deus e Sua criacao. Por exemplo, aprendique era errado dar honra idolatra a qualquerser humano. Jesus Cristo disse: “

´E a Jeova, teu

Deus, que tens de adorar e e somente a ele quetens de prestar servico sagrado.” — Lucas 4:8.

Meus pais eram muito hospitaleiros. Mesmosendo uma famılia grande, de sete membros,nos recebıamos muitas visitas, e varios empre-gados que trabalhavam em nossa fazenda mo-ravam conosco. Cantavamos bastante — umhabito que ainda e comum na Carıntia — e tı-nhamos muitas conversas interessantes sobre aBıblia. Lembro com muito carinho de nossafamılia reunida na sala de estar, ao redor da

mesa, toda manha de domingo para estudar aBıblia.

Da liberdade ao medo

A Alemanha anexou a´

Austria quando eu ti-nha quase 8 anos. A partir daı, a pressao parase sujeitar as exigencias do partido nazista fi-cou mais forte, e logo era esperado que todosos cidadaos se cumprimentassem com a sauda-cao “Heil Hitler”. Eu me recusei a fazer issoporque heil em alemao significa salvacao, e eununca atribuiria salvacao a Hitler. Eu sabiaque Jesus Cristo era meu Salvador. (Atos 4:12)Essa postura resultou em constante zombariapor parte de meus professores e colegas de es-cola. Quando eu tinha 11 anos, o diretor de mi-nha escola disse: “Hermine, vou colocar vocede volta na primeira serie. Nao posso toleraruma crianca tao teimosa na minha classe.”

Visto que eu e meus irmaos nos recusava-mos com conviccao a fazer a saudacao nazista,meu pai foi intimado a comparecer ao tribunal.La, pediram que ele assinasse um documentorenunciando sua fe. O documento tambem di-zia que ele criaria os filhos de acordo com aideologia nazista. Meu pai se recusou a assinare, por isso, ele e minha mae perderam a nossacustodia, e eu fui enviada para um centro dereeducacao a uns 40 quilometros de casa.

Os nazistas n˜ao

conseguiramme mudar

NARRADO POR HERMINE LISKA

Logo senti muita saudade de casa e viviachorando. A governanta tentava em vao meforcar a fazer parte da Juventude Hitlerista.Outras meninas tentaram segurar meu bracodireito no alto durante a saudacao a bandei-ra nazista, mas nao conseguiram. Eu tinha amesma conviccao dos servos de Deus do pas-sado que disseram: “

´E inconcebıvel da nossa

parte abandonarmos a Jeova para servir a ou-tros deuses.” — Josue 24:16.

Meus pais estavam proibidos de me visitar.Mas eles descobriram formas de se encontrarcomigo as escondidas no caminho para a esco-la e na escola. Esses encontros breves me in-centivaram bastante a me manter fiel a Jeova.Numa dessas ocasioes, meu pai me deu umaBıblia pequena, e eu a escondi na minha cama.Eu gostava muito de le-la, apesar de so poderfazer isso escondida. Certo dia, quase fui pega,mas a coloquei depressa debaixo do meu cober-tor.

Enviada para um convento

Visto que todos os esforcos para me reedu-car haviam falhado, as autoridades desconfia-ram que meus pais de alguma forma ainda es-tavam me influenciando. Daı, em setembro de1942, fui colocada num trem para Munique,

Alemanha, onde me deixaram numa escola ca-tolica chamada Adelgunden, que tambem eraum convento. Durante a transferencia, algu-mas freiras viram minha Bıblia e a confisca-ram.

Mas eu estava determinada a continuar fielas minhas crencas e me recusei a assistir aosofıcios religiosos. Quando eu disse a uma frei-ra que meus pais costumavam ler a Bıblia paramim aos domingos, a reacao dela me surpreen-deu. Ela me devolveu a Bıblia! Pelo visto, ficoucomovida com o que eu havia dito e chegouate a deixar que eu lesse a Bıblia para ela.

Em certa ocasiao, uma professora me disse:“Hermine, voce e loura e tem olhos azuis. Vocee germanica, nao judia. Jeova e o Deus dos ju-deus.”

Eu respondi: “Mas Jeova fez todas as coisas.Ele e o Criador de todos nos!”

O diretor tambem tentou me pressionar.Em certa ocasiao, ele disse: “Hermine, umde seus irmaos entrou no Exercito. Que beloexemplo ele deu para voce, hein!” Eu sabia que

“Eu n˜ao sigo meu irm

˜ao . . .

Sigo a Jesus Cristo”

, Meus pais,Elisabeth e Johann ObwegerAs duas fotos: Foto Hammerschlag

& Com minha fam´ılia

em nossa fazenda em Sankt Walburgen

20 Despertai! agosto de 2011

um de meus irmaos havia mesmo entrado noExercito, mas eu nao tinha nenhuma intencaode seguir seu exemplo.

“Eu nao sigo meu irmao”, respondi. “Sigoa Jesus Cristo.” Daı o diretor ameacou meenviar para a ala psiquiatrica, e ate mandouque uma freira providenciasse minha mudan-ca para la. Mas ele nao cumpriu sua ameaca.

No verao de 1943, Munique foi bombardea-da e as criancas de Adelgunden foram leva-das para o interior. Nessa epoca, eu costuma-va me lembrar das palavras de minha mae: “Seum dia ficarmos separadas e voce nao recebernem minhas cartas, lembre-se de que Jeova eJesus estarao com voce. Eles nunca vao aban-dona-la. Entao, continue orando.”

De volta para casa

Em marco de 1944, fui levada de novo paraAdelgunden. Ali passavamos quase o tempotodo — dia e noite — dentro do abrigo antiae-reo por causa de bombardeios intensos emMunique. Nesse perıodo, meus pais fizeramsolicitacoes regulares para que eu pudesse vol-

tar para casa. Uma delas finalmente foi atendi-da, e eu cheguei em casa no fim de abril de1944.

Quando me despedi do diretor, ele disse:“Mande notıcias quando chegar em casa, Her-mine. E continue assim.” Que mudanca de ati-tude! Fiquei sabendo que, logo depois que fuiembora, nove meninas e tres freiras morreramnum bombardeio. Sem duvida, a guerra e algoterrıvel!

Mas eu estava feliz em voltar para minhafamılia. Em maio de 1944, enquanto a guerracontinuava, fui batizada numa banheira, sim-bolizando minha dedicacao a Jeova. Com ofim da guerra em 1945, iniciei o servico de pre-gacao por tempo integral. Estava ansiosa paracompartilhar as boas novas do Reino de Deus,que e a unica esperanca da humanidade para averdadeira paz e seguranca. — Mateus 6:9, 10.

Em 1950, conheci Erich Liska, um jovemde Viena,

´Austria. Ele era um ministro viajan-

te das Testemunhas de Jeova que visitava con-gregacoes para encoraja-las. Nos nos casamosem 1952, e, por um curto tempo, eu o acompa-nhei nessas visitas.

Nossa primeira filha nasceu em 1953, e de-pois tivemos mais dois filhos. Visto que ago-ra tınhamos mais responsabilidades, tivemosde deixar a pregacao por tempo integral paracriar nossa famılia. Aprendi que Deus da for-ca e nunca desaponta aqueles que se apegama ele. Jeova nunca me desapontou. Ele temsido uma fonte de consolo e forca especial-mente desde a morte de meu querido maridoem 2002.

Quando olho para tras, sou muito grata aosmeus pais por terem incutido em meu jovemcoracao o amor por Deus e sua Palavra escri-ta, que e a fonte de verdadeira sabedoria. (2 Ti-moteo 3:16, 17) Mas sou grata acima de tudo aJeova, que continua a me dar forcas para lidarcom os desafios da vida.

Com meu marido, Erich

1.OcarrodeNaam˜a.2.Bolsascommoedasde

prata.3.Roupas.4.172.000.5.D.

RESPOSTASDASP´

AGINAS30E31

Despertai! agosto de 2011 21

Biodiversidade na Amazˆ

oniaA bacia do rio Amazonas e uma das areas

com a maior biodiversidade do mundo. Segun-do um relatorio do Fundo Mundial para a Natu-reza (WWF), mais de 1.200 especies de plantase animais — peixes, anfıbios, repteis, passarose mamıferos — foram descobertas e classifica-das nessa regiao na ultima decada. Isso significaque, em media, uma nova especie e descobertana Amazonia a cada tres dias. Sarah Hutchison,coordenadora do WWF no Brasil, disse: “O vo-lume de descobertas de novas especies e incrıvel— e isso sem incluir o grupo dos insetos, onde asdescobertas tambem sao muitas.”

Estresse no trabalhoUm quinto dos finlandeses acha que proble-

mas com a concentracao e memoria afetam seudesempenho no trabalho. Segundo um relato-rio do Instituto Finlandes de Saude Ocupacio-nal, esses problemas tem afetado um numerocrescente de pessoas com menos de 35 anos,idade em que o cerebro deveria estar no seuauge. Alguns dos motivos disso sao a sobrecargade informacoes e as constantes mudancas nos

sistemas computacionais. “Muitos acham que ogrande volume de informacoes com o qual sedeparam dificulta discernirem o que e essencialpara seu trabalho”, diz o professor Kiti Muller.O jornal Helsinki Times comenta: “Quando o es-tresse e prolongado, o cerebro se adapta a ele,e o corpo pode parar de nos alertar contra oestresse excessivo. Isso ate que fiquemos grave-mente doentes.”

Pensar em jogos violentos aumentaa agressividade?

Quanto tempo dura a agressividade depois de a pessoa jo-gar videogames violentos? Pesquisadores escolheram aleato-riamente mocas e rapazes universitarios para jogarem jogosviolentos por 20 minutos. Depois, pediu-se a metade das pes-soas de cada grupo que ficasse pensando nos jogos. “No diaseguinte”, diz o relatorio, “os participantes competiram comum aparente adversario numa tarefa desafiadora na qual ovencedor poderia punir o perdedor com barulhos estriden-tes por meio de fones de ouvido”. Houve um claro aumentona agressividade dos rapazes que ficaram pensando no jogoviolento. “Pessoas que jogam jogos violentos costumam fa-

zer isso por mais de 20 minutos e provavelmente temo habito de ficar pensando neles”, disseram os auto-res da pesquisa, conforme noticiado na revista SocialPsychological and Personality Science. Nenhum resul-tado significativo foi encontrado nas mulheres, queem geral nao gostam de jogos violentos.

OBSERVANDO O MUNDO

Segundo um estudo no Canad´a e nos Estados

Unidos, 95% de 5.296 produtos suposta-mente “verdes” “n

˜ao tinham comprovac

˜ao

de ser inofensivos ao meio ambiente”.— TIME, EUA.

A equipe de seguranca do aeroporto inter-nacional de Bangcoc “suspeitou que algoestava errado” quando a bagagem deuma passageira passou pelo raio X.Os inspetores abriram a mala e encontraramum filhote de tigre que estava sedado.— FUNDO MUNDIAL PARA A NATUREZA, TAIL

ˆANDIA.

REFERINDO-SE a seu papel como guer-reiro, o Rei Davi do Israel antigo disse:

“[Deus] adestra as minhas maos para a guer-ra, e meus bracos comprimiram um arco decobre.” — Salmo 18:34.

A respeito dos cristaos, o apostolo Paulo es-creveu: “Embora andemos na carne, nao tra-vamos combate segundo o que somos na car-ne. Porque as armas de nosso combate nao saocarnais.” — 2 Corıntios 10:3, 4.

Sera que esses dois textos se contradizem?Ou existem bons motivos para Deus ter apro-vado a participacao do Israel antigo nas guer-ras, mas nao aprovar que os cristaos facamisso? Sera que o conceito de Deus sobre aguerra mudou? As respostas ficam clarasquando consideramos tres grandes diferen-cas entre Israel e a verdadeira congregacao deCristo.

Trˆ

es grandes diferencas

1. O Israel antigo era uma nacao que tinharecebido de Deus fronteiras geograficas e esta-va cercada por nacoes que muitas vezes eramhostis. Por isso, Deus ordenou que seu povoprotegesse seu territorio, concedendo ate mes-mo vitorias sobre seus inimigos. (Juızes 11:32,33) A congregacao crista, por outro lado, naotem fronteiras e seus membros estao espalha-dos em todos os paıses. Assim, se os cristaosde um paıs participassem numa guerra con-tra outro paıs, eles estariam lutando contraoutros cristaos — seus irmaos e irmas espiri-tuais. Os cristaos, porem, tem o mandamentode amar seus irmaos e ate mesmo morrer poreles. — Mateus 5:44; Joao 15:12, 13.

2. O Israel antigo tinha um rei humano cujotrono ficava em Jerusalem. Os cristaos verda-

deiros, porem, sao governados por Jesus Cris-to, que hoje e uma criatura espiritual podero-sa cujo trono fica no ceu. (Daniel 7:13, 14) Oproprio Jesus disse: “Meu reino nao faz partedeste mundo. Se o meu reino fizesse parte des-te mundo, meus assistentes teriam lutado paraque eu nao fosse entregue aos judeus. Mas, as-sim como e, o meu reino nao e desta fonte.”(Joao 18:36) Assim, nenhum reino, ou gover-no polıtico, na Terra pode alegar pertencer aCristo. O que isso significa para os “assisten-tes”, ou seguidores, de Jesus? Veja a respostano terceiro ponto.

3. O Israel antigo, como outras nacoes, mui-tas vezes enviava mensageiros, o que hoje po-demos chamar de embaixadores ou enviados.(2 Reis 18:13-15; Lucas 19:12-14) Cristo fez omesmo, mas com duas diferencas fundamen-tais. Primeiro, todos os seus seguidores servemcomo embaixadores ou entao como enviados.´E por isso que o apostolo Paulo pode escre-ver em nome de seus irmaos cristaos: “Somos,portanto, embaixadores, substituindo a Cris-to.” (2 Corıntios 5:20) Como embaixadorespacıficos, eles nao participam em guerras. Se-gundo, os seguidores de Jesus falam com to-dos que estao dispostos a ouvir sua mensagem.Jesus disse: “Estas boas novas do reino seraopregadas em toda a terra habitada, em teste-munho a todas as nacoes.” (Mateus 24:14) Eletambem disse: “Ide, portanto, e fazei discıpu-los de pessoas de todas as nacoes, . . . ensinan-do-as a observar todas as coisas que vos orde-nei.” — Mateus 28:19, 20.

Infelizmente, os assistentes de Cristo nemsempre sao bem recebidos. Por esse motivo,Paulo escreveu ao evangelizador cristao Timo-teo: “Como soldado excelente de Cristo Jesus,

O CONCEITODA B

´IBLIA

Deus apoiaas guerras atuais?

22 Despertai! agosto de 2011

participa em sofrer o mal.” (2 Timoteo 2:3)´E claro que as armas de Timoteo eram espi-rituais e incluıam a Palavra escrita de Deus,chamada de “a espada do espırito”. — Efesios6:11-17.

Da nac˜ao de Israel para a congregac

˜ao

de Cristo — por que a mudanca?

Por cerca de 1.500 anos, a nacao de Israelteve uma relacao especial com Deus, que erabaseada num pacto, ou contrato. (

ˆExodo 19:5)

Esse pacto, mediado por Moises, incluıa osDez Mandamentos e outras leis, e tudo issopromovia a adoracao verdadeira e padroes mo-rais elevados. (

ˆExodo 19:3, 7, 9; 20:1-17) Mas,

infelizmente, a nacao como um todo se tor-nou infiel a Deus, chegando a ponto de matarseus profetas. — 2 Cronicas 36:15, 16; Lucas11:47, 48.

Por fim, Jeova enviou seu Filho, Jesus Cris-to, que tinha nascido como judeu. Em vezde recebe-lo como o Messias, a nacao judai-ca de modo geral o rejeitou. Em resultado dis-so, Deus encerrou seu pacto com Israel, pac-to esse que ja existia por muito tempo, e omuro figurativo que separava os judeus dosnao judeus foi derrubado.� (Efesios 2:13-18;Colossenses 2:14) Por volta dessa epoca, Deusestabeleceu a congregacao crista, designan-do Jesus como Cabeca. Alem disso, antes dofim do primeiro seculo, essa congregacao jaera multinacional. O apostolo Pedro, que era

� O termo “judeu” a princıpio se aplicava a alguem que per-tencia a tribo israelita de Juda. Mais tarde, passou a ser usadopara se referir a todos os hebreus. — Esdras 4:12.

judeu, disse: ‘Em cada nacao, o homem queteme a Deus e que faz a justica lhe e aceitavel.’— Atos 10:35.

As Testemunhas de Jeova seguem o exem-plo dos primeiros cristaos. Assim, elas saoconhecidas por sua obra de pregacao e suaneutralidade na polıtica e na guerra. (Ma-teus 26:52; Atos 5:42) Elas nao deixam quenada as distraia de anunciar as boas novas doReino de Deus, o unico governo que elimina-ra a maldade e trara paz eterna para a Terra.Com essa maravilhosa esperanca em mente,o apostolo Paulo escreveu: “Rogamos, comosubstitutos de Cristo: ‘Sede reconciliados comDeus.’ ” (2 Corıntios 5:20) Essas palavras temum significado ainda mais urgente hoje, poisestamos perto do fim dos “ultimos dias” destemundo perverso. — 2 Timoteo 3:1-5.

A SE PERGUNTOU?

˘ Que qualidade marcante os crist˜aos

devem mostrar uns pelos outros?— Jo

˜ao 13:34, 35.

˘ Qual´e a “arma” principal do crist

˜ao

verdadeiro? — Ef´

esios 6:17.

˘ Que mensagem importante osrepresentantes de Cristo anunciam?— Mateus 24:14; 2 Cor

´ıntios 5:20.

As Testemunhasde Jeov

´a comp

˜oem

uma fraternidadeinternacional e s

˜ao

neutras em relac˜

ao`

asguerras entre as nac

˜oes

24 Despertai! agosto de 2011

ANA nao apresentava nenhum dos fatores derisco classicos.� Ela tinha 40 anos, era sau-

davel e nao tinha historico de cancer de mamana famılia. Sua ultima mamografia de rotina naohavia mostrado nada de anormal. Mas certo dia,enquanto fazia o autoexame no chuveiro, ela sen-tiu um caroco. Mais tarde, ela descobriu que eraum cancer. Ana e seu marido ficaram atordoadosenquanto o medico explicava as opcoes de trata-mento.

Antigamente, os medicos costumavam dizer auma mulher com cancer de mama que sua unicaesperanca era uma mastectomia radical — uma ci-rurgia deformadora que remove a mama, os linfo-nodos (ganglios linfaticos) do peito e das axilas eos musculos peitorais. A quimioterapia e a radio-terapia em geral prolongavam a angustia. Assim, ecompreensıvel que muitas pessoas tivessem maismedo da “cura” do que da doenca.

A luta contra o cancer de mama tem sido mar-cada pelo empenho constante de atacar de for-ma agressiva essa doenca assassina e ao mesmotempo evitar efeitos colaterais dolorosos e de-formacoes desnecessarias. Assim como Ana, ospacientes hoje podem escolher dentre varios tra-tamentos disponıveis.� E constantes estudos me-dicos e reportagens da mıdia dao esperanca deque novos tratamentos, exames preditivos e dietaspreventivas finalmente derrotarao a doenca.

Apesar dos avancos medicos, porem, o cancerde mama ainda e a principal causa de morte porcancer entre as mulheres.� Os paıses industria-lizados da America do Norte e da Europa Oci-dental apresentam alta incidencia de cancer, mas

� Alguns nomes foram mudados.� Despertai! nao recomenda nenhum tratamento especıfico.� O cancer de mama em homens e comparativamente raro.

os numeros estao aumentando na´

Asia e na´

Afri-ca, lugares que eram conhecidos por sua baixa in-cidencia. Alem disso, a taxa de mortalidade en-tre os casos diagnosticados na

´Asia e na

´Africa

e maior. Por que? “O diagnostico precoce quasenao existe”, disse uma medica na

´Africa. “A maio-

ria dos pacientes nos procura quando a doenca jaesta num estagio avancado.”

Os riscos aumentam com a idade. Cerca de80% dos casos sao de mulheres com mais de50 anos. Mas a boa notıcia e que o cancer demama e um dos tipos de cancer mais trataveis.Para se ter uma ideia, 97% das mulheres diagnos-ticadas com cancer de mama em estagio inicial eque ainda nao se espalhou apresentam uma sobre-vida de cinco anos apos o diagnostico. Ana recen-temente passou da marca dos cinco anos.

Fatos b´asicos sobre o c

ˆancer de mama

Assim como no caso de Ana, o cancer de mamageralmente e identificado como um caroco, ou no-dulo. Felizmente, 80% desses nodulos sao benig-nos, e muitos deles sao simples bolsas cheias demateria lıquida, chamadas cistos.

O cancer de mama comeca com uma celula quese divide de modo anormal e descontrolado e aospoucos se transforma em um tumor. O tumor setorna maligno, ou canceroso, quando suas celulas

ANCERDE MAMAperspectivas e

tratamentos

invadem outros tecidos. Alguns tumores crescemrapidamente, outros podem levar ate dez anospara serem detectados.

Para diagnosticar o cancer de Ana, seu medicousou uma agulha fina para retirar uma amostrado nodulo. Ela continha celulas cancerosas. En-tao foi feita uma cirurgia para remover o tumor eo tecido mamario ao redor dele e para descobrir oestagio (tamanho, tipo e disseminacao) e o grau(velocidade de crescimento) do tumor.

Depois da cirurgia, muitos pacientes recebemtratamento adicional para impedir que o cancer

surja de novo ou se espalhe. Celulas cancerosaspodem se desprender do tumor e percorrer a cor-rente sanguınea ou o sistema linfatico e voltar acrescer. A disseminacao do cancer, ou metastase,para tecidos e orgaos vitais — cerebro, fıgado, me-dula ossea e pulmoes — e o que torna a doencamortıfera.

O tratamento de Ana incluıa radioterapia e qui-mioterapia para destruir quaisquer celulas cance-rosas que haviam sobrado ao redor do local ori-ginal e em todo o corpo. Visto que seu tipo decancer se alimentava de estrogenio, ela tambem

O diagn´ostico precoce

´e fundamental, mas al-

guns estudos alertam que mamografias e outrosexames podem ser menos precisos em mulhe-res mais jovens, resultando em tratamento e an-siedade desnecess

´arios. Especialistas, por

´em, in-

centivam fortemente as mulheres a ficarematentas a qualquer mudanca nas mamas e noslinfonodos. Veja alguns sinais de alerta:

˘ Um n´odulo ou inchaco nas axilas ou nas

mamas

˘ Qualquer secrec˜ao do mamilo que n

˜ao seja

leite

˘ Qualquer mudanca na cor ou textura da pele

˘ Mamilo retra´ıdo ou sens

´ıvel al

´em do normal

SINAIS DE ALERTA

˘ Prepare-se para passar um ano ou maisse concentrando nos tratamentos e na recu-perac

˜ao.

˘ Se poss´ıvel, escolha m

´edicos competentes

que respeitam suas necessidades e crencas.

˘ Decida com sua fam´ılia para quem voc

ˆe

dar´a a not

´ıcia e quando. Assim, seus amigos

poder˜ao mostrar amor, orar com voc

ˆe e por

vocˆe. — 1 Jo

˜ao 3:18.

˘ Aprenda a lidar com o estresse emocionalpor meio da leitura da B

´ıblia, orac

˜ao e medi-

tac˜ao. — Romanos 15:4; Filipenses 4:6, 7.

˘ Converse com algu´em que j

´a teve c

ˆancer de

mama e que vai lhe encorajar. — 2 Cor´ıntios

1:7.

˘ Tente se concentrar nas preocupac˜oes de

hoje, n˜ao de amanh

˜a. “Nunca estejais ansio-

sos quanto ao dia seguinte”, disse Jesus,“pois o dia seguinte ter

´a as suas pr

´oprias

ansiedades”. — Mateus 6:34.

˘ Poupe suas energias. Vocˆe precisa descan-

sar o suficiente.

SE VOCˆ

E FOIDIAGNOSTICADA COMC

ˆANCER DE MAMA

26 Despertai! agosto de 2011

fez tratamento hormonal para impedir o cresci-mento de novos canceres.

Avancos no tratamento do cancer de mama ofe-recem outras opcoes de acordo com a idade, sau-de, historico de cancer e tipo de cancer do pacien-te. Por exemplo, no caso de uma mulher chamadaArlette, exames revelaram seu cancer antes queele tivesse se espalhado alem do ducto lactıfero.

Ela foi submetida a uma lumpectomia (remocaoapenas do tumor e tecidos circunvizinhos), o quepreservou a mama. No caso de Alice, foi feita qui-mioterapia antes da cirurgia para reduzir o tama-nho do tumor. Ja o cirurgiao de Janice removeu otumor e apenas o linfonodo sentinela, que e o pri-meiro linfonodo para onde vai o fluido saıdo dotumor. Visto que nao havia celulas cancerosas nes-se linfonodo, os outros foram deixados intactos.Isso reduziu o risco de Janice desenvolver linfe-dema no braco — um inchaco desconfortavel quepode surgir apos a remocao de muitos linfonodos.

Muito se sabe sobre o desenvolvimento do can-cer de mama, mas ainda fica uma pergunta basi-ca: o que causa esse tipo de cancer?

As causas

Ainda nao se sabe ao certo o que causa o can-cer de mama. Algumas pessoas criticam o fato deque sao feitas mais pesquisas sobre o tratamen-to e diagnostico — que sao muito lucrativos — doque sobre as causas e prevencao. Mesmo assim,os cientistas fizeram descobertas importantes. Al-guns acreditam que o cancer de mama resulta deum processo complexo de varios estagios. Esseprocesso comeca com um gene defeituoso que fazcom que as celulas se dividam num ritmo acelera-do, invadam outros tecidos, escapem do sistemaimunologico e ataquem orgaos vitais de modo im-perceptıvel.

Qual e a origem dos genes defeituosos? Entre5% e 10% dos casos, as mulheres nascem com ge-nes que as predispoem ao cancer de mama. Masparece que em muitos casos os genes saudaveissao prejudicados por agentes externos, e dentreos principais suspeitos estao a radiacao e substan-cias quımicas. Pesquisas futuras talvez confirmemisso.

Outra possıvel causa e o estrogenio, hormonioque parece desencadear certos canceres de mama.Assim, uma mulher pode correr mais riscos se: co-mecou a menstruar bem jovem; entrou na meno-pausa mais tarde que o normal; nunca ficou gravi-da ou sua primeira gravidez foi tardia; ou ja fezterapia de reposicao hormonal. Visto que celulasde gordura produzem estrogenio, a obesidade au-menta os riscos no caso de mulheres que ja passa-ram da menopausa, cujos ovarios nao produzemmais hormonios. Outros fatores de risco incluemaltos nıveis do hormonio insulina e baixos nıveis

˘ Aprenda o vocabul´ario m

´edico b

´asico so-

bre o cˆancer de mama.

˘ Antes da consulta, faca uma lista desuas perguntas e peca que seu maridoou um acompanhante faca anotac

˜oes.

˘ Se o m´edico disser algo que voc

ˆe n

˜ao en-

tendeu, peca uma explicac˜ao.

˘ Pergunte ao m´edico de quantos casos

iguais ao seu ele j´a cuidou.

˘ Se poss´ıvel, procure uma segunda opi-

ni˜ao.

˘ Se a opini˜ao dos m

´edicos for diferente,

leve em conta a experiˆencia deles. Peca

que eles conversem entre si ou procureuma terceira opini

˜ao.

AO CONVERSARCOM SEU M

´EDICO

Despertai! agosto de 2011 27

de melatonina (hormonio do sono), quadro tıpicode pessoas que trabalham a noite.

Sera que em breve surgirao tratamentos maiseficazes e menos traumaticos? Pesquisadores es-tao desenvolvendo tratamentos que envolvem ouso do proprio sistema imunologico do corpo emedicamentos que atacam estruturas molecula-res que contribuem para o crescimento do cancer.Tecnologias aprimoradas de diagnostico por ima-gem tambem deverao ajudar na aplicacao maisprecisa e eficaz de radiacao.

Os cientistas tambem estao atacando o cancerde outros angulos. Por exemplo, estao procurandodesvendar o misterio da metastase, vencer celu-

las cancerosas resistentes a quimioterapia, inibir asinalizacao de crescimento celular e personalizartratamentos para cada tumor.

Mas, no mundo de hoje, as doencas nunca se-rao eliminadas e os humanos continuarao a mor-rer. (Romanos 5:12) Somente o nosso Criadorpode mudar essa triste realidade. Mas sera queele fara isso? A Bıblia responde que sim. Ela dizque chegara o dia em que “nenhum residente dira:‘Estou doente.’ ”� (Isaıas 33:24) Que alıvio issosera!

� Mais detalhes sobre essa promessa encontram-se num li-vro de estudo bıblico chamado O Que a Bıblia Realmente Ensi-na?, publicado pelas Testemunhas de Jeova.

As c´

elulas cancerosasdesobedecem

`a sinalizac

˜ao

normal de crescimento porse multiplicarem e invadirem

outros tecidosDucto lact´ıfero com

c´elulas normais

Carcinoma ductalin situ

Cˆancer ductal

invasivo

Os efeitos colaterais de alguns tratamentos po-dem incluir n

´auseas, perda de cabelo, cansaco

crˆonico, dor, dorm

ˆencia ou formigamento nas ex-

tremidades dos membros e reac˜oes dermatol

´ogi-

cas. Esses efeitos podem ser amenizados por secolocar em pr

´atica os seguintes passos b

´asicos:

˘ Coma bem para fortalecer seu sistema imuno-l´ogico.

˘ Mantenha um registro de seus n´ıveis de ener-

gia e sua reac˜ao aos alimentos.

˘ Procure saber se algum medicamento, acupun-tura ou massagem alivia a n

´ausea e a dor.

˘ Faca exerc´ıcios moderados para aumentar sua

resistˆencia, controlar seu peso e fortalecer seu

sistema imunol´ogico.�

˘ Descanse bastante, mas lembre-se que longosper

´ıodos na cama podem aumentar o cansaco.

˘ Mantenha sua pele hidratada. Use roupas lar-gas. Tome banho com

´agua morna.

� Pacientes com cˆancer devem consultar um m

´edico antes de

comecar um programa de exerc´ıcios.

COMO LIDAR COM OSEFEITOS COLATERAIS

28 Despertai! agosto de 2011

Como vocˆe pode apoiar algu

´em nessa situa-

c˜ao? Siga o princ

´ıpio b

´ıblico: “Alegrai-vos com

os que se alegram; chorai com os que cho-ram.” (Romanos 12:15) Demonstre seu amor epreocupac

˜ao por meio de cartas, telefonemas,

cart˜oes, e-mails e breves visitas. Orem juntos e

leiam textos b´ıblicos consoladores. “N

˜ao mencio-

ne os que j´a morreram de c

ˆancer, mas os que so-

breviveram”, aconselha Beryl. “Apenas dˆe um

abraco em sua amiga”, sugere Janice, que tam-b

´em teve c

ˆancer. “Se ela quiser conversar sobre a

doenca, ela far´a isso.” O marido em especial pre-

cisa reafirmar seu amor por sua esposa.

“N´os costum

´avamos escolher um ‘dia de folga’

do cˆancer”, lembra-se Geoff. “Minha esposa esta-

va decidida a n˜ao deixar que sua sa

´ude se tor-

nasse o centro de nossa atenc˜ao. Assim, decidi-

mos que em intervalos regulares passar´ıamos

um dia inteiro sem falar do cˆancer. Nesse dia, nos

concentr´avamos nos aspectos positivos de nossa

vida. Era como se tir´assemos f

´erias da doenca.”

SE ALGU´

EM QUE VOCˆ

E AMATEM C

ˆANCER

Quando souberam do diagnostico

Sharon: Minha vida mudou num piscar deolhos. “Este

´e o fim”, pensei.

Os momentos mais difıceis

Sandra: A ang´ustia

´e pior do que o tratamento.

Margaret: Depois da segunda sess˜ao do trata-

mento, vocˆe pensa: “Para mim chega!” Mas

vocˆe segue em frente.

O papel dos amigos

Arlette: Contamos aos nossos amigos paraque eles pudessem orar por n

´os.

Jenny: Nem sequer um sorriso, um gesto ouum cumprimento passou despercebido.

O apoio dos maridosBarbara: Decidi raspar minha cabeca antesque o cabelo ca

´ısse. Colin disse: “O formato de

sua cabeca´e t

˜ao bonitinho!” Ele me fez rir.

Sandra: Olhamos juntos no espelho. Vi a ex-press

˜ao de Joe, e estava tudo bem.

Sasha: Karl dizia para as pessoas: “N´

os temosc

ˆancer.”

Jenny: O amor de Geoff era imenso, e sua espi-ritualidade inabal

´avel me dava seguranca.

PONDERAC˜

OES

Um aspecto importante dotratamento de c

ˆancer

´e o apoio

amoroso que o paciente recebeda fam

´ılia e dos amigos

Despertai! agosto de 2011 29

˘ Essas palavras simples, mas profundas,foram ditas pelo Rei Salom

˜ao de Israel cerca

de 3 mil anos atr´as. Mas ser

´a que elas s

˜ao ver-

dadeiras? Est˜ao de acordo com a medicina mo-

derna?

Contrastando um corac˜ao� calmo com um pro-

penso`a raiva, o Journal of the American College

of Cardiology disse: “Descobertas recentes indi-cam uma relac

˜ao prejudicial entre a raiva e a

hostilidade e DCs [doencas coronarianas].” Porisso, o Journal observou: “A prevenc

˜ao e o trata-

mento eficaz de DCs talvez incluam . . ., al´em de

terapias f´ısicas e farmacol

´ogicas convencionais,

cuidados psicol´ogicos com

ˆenfase no controle da

raiva e da hostilidade.” Dito de modo simples, umcorac

˜ao calmo faz bem para a sa

´ude, assim

como a B´ıblia diz.

Benef´ıcios similares resultam de um

corac˜ao alegre. O Dr. Derek Cox, uma autoridade

na´area da sa

´ude na Esc

´ocia, disse numa reporta-

gem`a BBC News: “Se voc

ˆe

´e feliz, provavelmente

ter´a menos doencas f

´ısicas do que as pessoas in-

felizes.” A mesma reportagem disse: “As pessoasmais felizes tamb

´em t

ˆem maior protec

˜ao contra

problemas como doencas card´ıacas e derrames.”

Por que a sabedoria de Salom˜ao — sem men-

cionar outros escritores da B´ıblia — era t

˜ao avan-

cada para a´epoca? A resposta

´e simples. “Deus

continuou a dar a Salom˜ao sabedoria e entendi-

mento em medida muito grande.” (1 Reis 4:29)

� A palavra “corac˜ao” na B

´ıblia geralmente se refere a todo o

´ıntimo da pessoa, incluindo seus sentimentos.

Al´em disso, essa sabedoria est

´a registrada numa

linguagem simples para que todos possam tirarproveito. E ainda por cima, de graca!

O que vocˆe acha de criar o h

´abito de ler a B

´ıblia

todo dia? Milh˜oes de pessoas descobriram para

sua grande alegria que as seguintes palavras s˜ao

verdadeiras: “Quando a sabedoria entrar no teucorac

˜ao e o pr

´oprio conhecimento se tornar agra-

d´avel

`a tua pr

´opria alma, guardar-te-

´a o pr

´oprio

racioc´ınio, resguardar-te-

´a o pr

´oprio discernimen-

to.” (Prov´erbios 2:10, 11) N

˜ao

´e bom saber isso?

Sabedoriaque faz bempara a saude“O coracao calmo e a vida doorganismo carnal.” — PROV

´ERBIOS 14:30.

“O coracao alegre serve de bomremedio.” — PROV

´ERBIOS 17:22, Almeida,

revista e corrigida.

PARA CONSIDERAR EM FAM´ILIA

O que est´

a faltandonesta figura?Leia 2 Reis 5:1, 9-16, 20-27. Agora olhe para afigura. O que est

´a faltando? Escreva as respostas

nas linhas abaixo. Complete a cena, ligando ospontos e colorindo a figura.

1 ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝

2 ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝

3 ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝ ˝

˘ As respostas de “PARA CONSIDERAR EM FAM´ILIA”

est˜ao na p

´agina 20.

PARA CONVERSAR: Quais foramas duas mentiras que Geazi contou?PISTA: Leia 2 Reis 5:22, 25. Quem sa-bia que Geazi estava mentindo? PISTA:Leia 2 Reis 5:25, 26; 2 Cr

ˆonicas 16:9;

Hebreus 4:13. Por que vocˆe n

˜ao deve

contar mentiras? PISTA: Leia Prov´er-

bios 12:22; Jo˜ao 8:44.

ATIVIDADE EM FAM´ILIA: Leiam o

relato b´ıblico juntos. Se poss

´ıvel, al-

gu´em pode ler a parte do narrador,

outro a de Eliseu, outro a de Naam˜a e

seus ajudantes, e outro a de Geazi.

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63 64

65

66 FIM

Colecione e Aprenda Recorte, dobre no meio e guardeE

ZE

QU

IAS

CA

RT

˜ AO

B´ IB

LIC

O

8

E Z E Q U I A S

PERFIL Um rei fiel que fez reparos no tem-plo de Deus e depois o reabriu. Tamb

´em

destruiu objetos da adorac˜ao falsa e incen-

tivou o povo a celebrar a P´ascoa. (2 Reis

18:4; 2 Crˆonicas 29:3; 30:1-6) Apesar do

mau exemplo de seu pai, o Rei Acaz, Eze-quias “se apegava a Jeov

´a”. — 2 Reis 18:6.

PERGUNTAS

A. Quantos anos Ezequias tinha quando setornou rei de Jud

´a?

B. Jeov´a milagrosamente prolongou a vida

de Ezequias por quantos anos?

C. Complete o espaco. Por causa das ora-c

˜oes e da lealdade de Ezequias, Jeov

´a

enviou um anjo para golpear ������ soldadosass

´ırios.

RESPOSTAS

A. 25 anos. — 2 Reis 18:1, 2.

B. 15 anos. — 2 Reis 20:1-6.

C. 185.000. — 2 Reis 19:15, 19, 35, 36.

Povos e Pa´ıses

4. Somos Kyrl e Sheen. Temos 6 e 9 anos e moramosnas Filipinas. Mais ou menos quantas Testemunhasde Jeov

´a vivem nas Filipinas? S

˜ao 62.000, 126.000

ou 172.000?

5. Faca um c´ırculo no ponto que mostra onde n

´os

moramos. Faca um ponto onde vocˆe mora e veja se

est´a perto ou longe das Filipinas.

Para asCriancasConsegue encontrar estas figurasnesta revista? Descreva em suaspr

´oprias palavras o que est

´a acon-

tecendo em cada figura.

40

26

AEC

Ad

˜ ao

´ ecr

iado

Viv

eu

por

volta

do

s´ ecu

lo8

AEC

1EC

98

EC

´ Ultim

oliv

roda

B´ ıb

lia´ eesc

rito ASS

´IRIA

Jerusal´em

Viveu em Jerusal´em

A

B

C

D

˘ A B´ıblia

´e o livro mais distribu

´ıdo de toda a His-

t´oria. Pessoas de todas as culturas descobriram que

sua mensagem´e uma fonte de consolo e esperanca

e que seus conselhos s˜ao pr

´aticos para o nosso dia

a dia. Mas muitas pessoas sabem pouco sobre esselivro maravilhoso.

A brochura A B´ıblia — Qual

´E a Sua Mensagem?,

que´e din

ˆamica e belamente ilustrada, pode ajud

´a-lo

a entender a B´ıblia. As duas primeiras sec

˜oes des-

crevem como o Criador deu um para´ıso para os hu-

manos e como ele foi perdido. Mais`a frente, a bro-

chura explica sobre o prop´osito do Criador de

restaurar o Para´ıso por meio do Reino de Deus, que

´e um governo celestial

`as m

˜aos de Jesus Cristo.

As sec˜oes seguintes se concentram em Jesus: seu

minist´erio, seus milagres, sua morte e sua ressurrei-

c˜ao. A brochura tamb

´em fala dos corajosos primei-

ros seguidores de Jesus e seus escritos inspirados,que se tornaram parte da B

´ıblia.

Apropriadamente, a´ultima das 26 sec

˜oes da bro-

chura apresenta o belo tema “Para´ıso recuperado!”.

A´ultima p

´agina, intitulada “A mensagem da B

´ıblia

— uma vis˜ao geral”, cont

´em figuras coloridas e um

resumo dos sete pontos marcantes no cumprimentodo prop

´osito de Deus para a humanidade.

Para pedir essa brochura de 32 p´aginas, preencha

o cupom abaixo e o envie pelo correio para um dosenderecos alistados na p

´agina 5 desta revista.

A B´ıblia

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