revista demolay rj #004

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DeMolayRJ Ordem DeMolay homenageada no Lavradio. pág. 08 HISTÓRIA Quem foram os Pobres Cavaleiros de Cristo? pág 30 CONGREGAÇÕES Veja o que aconteceu nas Congregações Ritualísticas do estado do Rio de Janeiro! pág 30 ST A E D O O D D O O L R U I T O Í P D A E C J A E N D E N I A R R O G 2 00 5 Gabinete Estadual do Rio de Janeiro Janeiro de 2012 - nº 004 - ano 01 GRANDE LOJA - RJ Um dia inesquecível para a Ordem DeMolay - RJ pág. 05

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Janeiro 2012

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Page 1: Revista DeMolay RJ #004

DeMolayRJ

Ordem DeMolay homenageadano Lavradio. pág. 08

HISTÓRIA Quem foram os Pobres Cavaleiros de Cristo? pág 30

CONGREGAÇÕESVeja o que aconteceu nas CongregaçõesRitualísticas do estado do Rio de Janeiro! pág 30

STAE DO OD D O OL RU IT OÍ P D

A E

C JAE ND EN IA R

R O

G

STAE DO OD D O OL RU IT OÍ P D

A E

C JAE ND EN IA R

R O

G

20052005Gabinete Estadual do Rio de JaneiroJaneiro de 2012 - nº 004 - ano 01

GRANDE LOJA - RJUm dia inesquecível para a Ordem DeMolay - RJ pág. 05

Page 2: Revista DeMolay RJ #004

SCODB

GABINETE ESTADUAL

PERGUNTAS E RESPOSTAS

ARTIGO DEMOLAY

HISTÓRIA

PALAVRA DO MESTRE CONSELHEIRO ESTADUAL

Ato n.10 / 2011 - 2012

A importância do Apoio da Maçonaria

Grande Censo Estadual supera expectativasOrdem DeMolay é notícia no jornal “A Voz do Escriba”Desafio DeMolayOrdem DeMolay homenageada no LavradioOrdem DeMolay presente na Grande Loja -RJ

Instalação e primeira iniciação em SaquaremaKleber Alvez Rayol, sinônimo de superaçãoParceria com empresa de RH

Ordem DeMolay é notícia no jornal “Gazeta do Maçom”Iniciação no Capítulo Obreiros do Século XXI

0305080909101011141616

Congregações: Metropolitana e Baixadas Litorêneas

Iniciação no Capítulo Frank Sherman LandIniciação no Capítulo Obreiros de IrajáDeMolays em favor da sociedadeCongregações Ritualísticas: Metropolitana IICongregações: Serrana e Centro Sul-Fluminense

Iniciação no Capítulo Guy D’auvergnie

18192021212222

PACC 23

Os Mordomos 27

Quem eram os Templários 30

36

EFOC 38

Mobilização Estadual 39

02

Mobilização Estadual 40

Índice

Equipe DeMolay RJ:

Raphael CastroMarcel XimenesFelipe NeumannAdalberto Júnior

contato:

[email protected]

Page 3: Revista DeMolay RJ #004

Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil Rua Cônego Felipe, 246 - Taquara - Jacarepaguá - 22713-010 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Tel/Fax: (21) 2456.8145 -(21) 2456.8927 [email protected]

www.demolay.org.br

Fundado e Instalado no dia 12 de Abril de 1985

ATO N� 010 / 2010-2011

HUGO PINTO MARTINS , Grande Mestre Nacional do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Estatuto Social e pelo Regulamento Geral do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil; CONSIDERANDO, que a Ordem DeMolay tem como obje�vo principal à preparação de melhores cidadãos e líderes para um futuro próximo, enfa�zando as Virtudes do Amor Filial , Reverência pelas Coisas Sagradas, Cortesia, Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo; CONSIDERANDO que o Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil é a única e legí�ma autoridade em todos os assuntos relacionados com a administração de toda a Ordem DeMolay do Brasil, tendo completa autonomia, poderes e privilégios necessários para tal Administração; CONSIDERANDO, o cumprimento do Ar�go 24, Capítulo VI – “Da Administração”, do Estatuto Social do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil;

RESOLVE; Art. 1 o – Para todos os efeitos legais, nomear e considerar empossado no cargo de Presidente da Grande Comissão de Relações Institucionais do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil , o Ilustre Irmão ILAN KELSON DE MENDONÇA CASTRO, CID Nº 69.444, membro da Aug� e Resp� Loj� Simb� “Acácia Teresinense” Nº 1.234 / GOB-PI. Art. 2º - Apresentar nossas felicitações ao Ilustre Irmão Ilan Kelson de Mendonça Castro, fazendo votos do mais completo êxito em sua nova missão. Art. 3 � - O Muito Ilustre Irmão Grande Secretário Geral é o encarregado das anotações competentes, do registro e da publicação do presente ATO, que entra em vigor nesta data, revogando-se as disposições em contrário. Dado e traçado, na Cidade de João Pessoa, Estado da Paraíba, sede do XVIII Congresso Nacional da Ordem DeMolay para o Brasil, aos trinta e um dias do mês de julho do ano de dois mil e onze, 26° ano da fundação do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil.

HUGO PINTO MARTINS Grande Mestre Nacional

PAULO HEITOR GUGLIELMO

Grande Secretário Geral

º

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Revista DeMolay RJ 3

A importância do apoio da Maçonaria

Mestre Conselheiro Estadual RJ realiza visita á Grande Loja Maçônica do Rio de Janeiro.

A IMPORTÂNCIA DO APOIO DA MAÇONARIA

A Ordem DeMolay foi fundada graças á inspiração e à fé de um maçom na juventude, e hoje, existe graças ao apoio e ao patrocínio da Maçonaria à Ordem DeMolay. Acreditando nisso, essa Gestão do Gabinete Estadual RJ, com o apoio do Grande Capítulo, tem a cada dia buscado aproximar mais a Maçonaria da Ordem DeMolay.

ORDEM DEMOLAY PRESENTE NA GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO RIO DE JANEIRO

Guiado por esse objetivo, no dia nove de novembro, nosso Mes-tre Conselheiro Estadual, Ir. Ra-phael Castro, foi recebido na sede da Mui Respeitável Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro para reunir-se com o Tio Campêlo, Grande Orador, Tio José Maria, Grande Secretário de Orga-nizações Paramaçônicas e com o Tio Wilson, Grande Secretário da Grande Loja.

Na ocasião, expôs a realidade da Ordem DeMolay do nosso Esta-do, que hoje é composta por vinte e oito Capítulos ativos e em plena expansão, apresentou o plano de crescimento do Estado e os pro-jetos desenvolvidos. Além disso, aproveitou para agradecer à Gran-de Loja pelo apoio que as Lojas Maçônicas jurisdicionadas a esta grandiosa Potencia tem dedicado a muitos dos nossos Capítulos no Estado.

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Revista DeMolay RJ 4

O RECONHECIMENTO DA GRANDIOSIDADE DESSA ORGANIZAÇÃOJUVENIL

Nosso querido Tio Campelo, fazendo uso de sua bela oratória destacou que “A Ordem DeMolay é uma escola de civismo e patriotismo, que prepara líderes que tornarão nosso país melhor” e lembrou que, “Alberto Mansur é o grande pai espiritual e moral das ordens jovens no Brasil, tendo prestado assim, um grande serviço á maçonaria e ao Brasil”.

E nosso Ir. Raphael Castro destacou que “Essa nossa visita á Grande Loja sela esse apoio da Maçonaria à Ordem DeMolay no Rio de Janeiro” e acrescentou, “Nosso objetivo maior com essa reunião foi mostrar às Lojas Patrocinadoras de Capítulos DeMolays no Estado, a maturidade da nossa organização, todos os maçons que abraçam essa causa podem ter certeza que apoiam uma organização séria a ponto de ser reconhecida e recebida para um encontro na sede da Grande Loja. E essa é uma conquista de todos aqueles que fazem e acreditam nessa grandiosa organização juvenil”.

O RECONHECIMENTO DA GRANDIOSIDADE DESSA ORGANIZAÇÃOJUVENIL

Como resultado dessa primeira visita oficial do Mestre Conselheiro Estadual RJ à Grande Loja, no dia 16 de novembro, o Gabinete Estadual da Liderança Juvenil/GCE-RJ, representado pelo Ir. Raphael Castro, MCE-RJ e pelo Ir. Vinicius Azeredo, Sec. de Comunicação do GCE-RJ, e o Circulo Feminino Claudia Zveiter da Gran-de Loja Maçônica do Rio de Janeiro, realizaram em conjunto uma belíssima filantropia, com a entrega de 30 caixas de alimentos e muitos materiais de higiene ao Instituto Conselheiro Macedo Soares (www.macedosoa-res.com.br).

Essa parceria entre o Circulo Feminino Claudia Zveiter e a Ordem DeMolay RJ ocorreu a convite da nossa querida tia Vera Campelo, Secretária do Circulo Feminino. Para aqueles que ainda não tiveram maior con-tato com essa organização, o Circulo Feminino é hoje presidida pelo queria tia Cecília Zveiter e preocupa-se em mudar a realidade e transformar o mundo, sendo um exemplo magnífico de engajamento social.

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Revista DeMolay RJ 5

Um dia inesquecível para a Ordem DeMolay - RJ

O inicio de um dia que entrou para a história.

O Estado do Rio de Janeiro é o berço da Ordem DeMolay no Brasil, e ao longo desses trinta e um anos, existiram momentos da nossa história que nunca esque-ceremos, pois estarão para sem-pre gravados em nossos corações e mentes. São momentos raros e únicos, como o dia dezessete de dezembro de 2011.

Ao amanhecer desse gran-dioso dia, via-se um belo sol ilumi-nando a cidade do Rio de Janeiro, como se estivesse anunciando que algo fantástico estava por aproxi-mar-se. Então, um grupo de jovens DeMolays acordaram cedo, che-

caram seu paramento para certi-ficarem-se que estivessem perfei-tamente alinhados e dirigiram-se para o Hotel Guanabara, com o fe-liz presságio de que algo magnífico estava para acontecer.

DeMolays escoltam a entrada do Grão Mestre na Assembléia

da Grande Loja RJ

Eis que pela primeira vez na história da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro, está abriria as portas de sua Assembléia para que os DeMolay realizarem a recepção do Tio Waldemar Zvei-ter, Sereníssimo Grão Mestre da Grande Loja Maçônica do Rio de Janeiro.

Então, dentro do Salão onde seria realizada a Assembléia, os mais de vinte jovens presentes formaram duas filas, metade pa-ramentados de DeMolay e a outra metade de Cavaleiros, estes por-tando devidamente suas espadas, sob a liderança do Ilustre Comen-dador Cavaleiro sobrinho Hiran Azevedo. E na frente, os dois De-Molay mais novos portando a Ban-deira da Ordem DeMolay.

Ao anunciarem a entrada do Grão Mestre, Tio Waldemar Zvei-ter, o jovem DeMolay Raphael Cas-tro, Mestre Conselheiro Estadual do Rio de Janeiro, aproximou do Sereníssimo e o perguntou, “Tio, posso ter a honra de escoltá-lo?”,

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Revista DeMolay RJ 6

tendo sido autorizado, seguiram. Nesse momento, nas palavras do sobrinho Raphael Castro, “na hora em que começamos a andar meu coração bateu mais forte, pois ti-nha ao meu lado um dos maiores nomes da maçonaria de todos os tempos, um grande tio cuja histó-ria e trajetória inspira tanto a mim, quanto à todos os jovens DeMolays do nosso Estado, e desde o primei-ro passo, sabia, esse momento re-presentaria o inicio de uma nova fase na história da Ordem DeMo-lay do nosso Estado e em todo o Brasil”.

Então, o Sereníssimo Grão Mestre foi escoltado pelo Mestre Conselheiro Estado ao seu lado, se-guido do Mestre Conselheiro Na-cional, sobrinho Rafael dos Reis, de dois Mestres Conselheiros Regio-nais, sobrinhos Marcelo Jr. e Car-los Andre e mais dois cavaleiros. À medida que passava pela guarda formada, os cavaleiros o saldavam, apresentando-lhe armas.

Mensagem da Ordem DeMolay ao Grão Mestre e a Grande Loja

do RJ

Quando o querido Tio Wal-demar Zveiter chegou em seu pos-to na presidência da mesa de hon-ra, o Mestre Conselheiro Estadual RJ dirigiu à sua frente e emociona-do disse, “Querido Tio Waldemar Zveiter, Sereníssimo Grão Mestre e todos nossos tios maçons presen-tes, venho diante dos senhores com a honrosa tarefa de trazer-lhes uma mensagem em nome dessa grande legião de jovens: a Ordem DeMo-lay. Nossa Ordem tem a ousada missão de manter a chama do bem vida no coração de todos os jovens, de ensinar-lhes a importância da devoção ao Pai Celestial, do com-panheirismo para com seu irmão, do amor para com seus pais, da cor-tesia e da lealdade ao seu país. En-quanto diariamente descobrimos inúmeros usurpadores das rique-zas do nosso país e corruptos que desonram a sua pátria, em nossos Capítulos DeMolays testemunha-

mos jovens tornarem-se homens de bem e cidadãos que sempre lu-tarão contra a injustiça, defenden-do nossa pátria, nossas riquezas e nosso povo”, e acrescentou, “e para termos sucesso, contamos com o apoio do organização que um dia fundou a Ordem DeMolay, e hoje, nos patrocina e inspira, a Maçona-ria, e muito em especial, a Grande Loja Maçônica do Rio de Janeiro, que sob a brilhante liderança do nosso querido Tio Waldemar Zvei-ter, já nos deu inúmeros exemplos de amor á juventude e de apoio à Ordem DeMolay, por isso, Sere-níssimo Grão Mestre, os jovens DeMolays de todo o Rio de Ja-neiro, agradecem ao senhor, por acreditar na força transformadora da Ordem DeMolay, por acreditar na juventude e porque é graças ao senhor e a Grande Loja Maçônica do Estado Rio de Janeiro, que a Ordem DeMolay do nosso Estado possui tamanha grandiosidade. Então, para materializar esse laço fraterno entre a Ordem DeMolay e a Grande Loja do Rio de Janeiro,

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Revista DeMolay RJ 7

gostaríamos de lhe presentear com essa plana, e deixar nosso muito obrigado, pois estamos certos que o senhor faz a diferença e é impor-tante na vida dos jovens DeMolays do nosso Estado e de todo o Brasil, que sempre o referenciarão”.

Ao recorda-se desse mo-mento, o sobrinho Raphael Castro lembra que “quando estive pela primeira vez á frente do Tio Wal-demar Zveiter, como em pouquís-simos momentos da minha vida, fiquei sem palavras, precisei res-pirar fundo, fechar os olhos e falei aquilo que nesse momento senti no meu coração”. Seguida des-sas palavras de agradecimento ao Grão Mestre e a Grande Loja do Rio de Janeiro, foi entregue a placa em nome do Grande Capítulo Es-tadual da Ordem DeMolay do Rio de Janeiro e do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil. Então, o Tio Waldemar Zveiter beijou a testa do sobrinho Raphael Castro, e proferiu palavras emo-cionadas em relação á essa home-nagem que acabará de receber, em relação á esse momento o sobrinho Raphael Castro afirmou, “quando me aproximei do Grão Mestre para entregar-lhe a placa, proferi duas palavras ‘muito obrigado’, e vê-lo emocionado pela homenagem e referir-se aos DeMolays como ‘fi-

lhos’, foi uma imensa emoção”.

Por fim, o Mestre Conselhei-ro Estadual RJ afirmou que “os De-Molays inspirados no ideal de ca-valaria dos Templários, bem sabem que só devemos referenciar a Deus ou um homem de grandiosa honra, e nesse momento, os DeMolay lhe saúdam Tio Waldemar Zveiter”, se-guida dessas palavras, os cavaleiros formaram uma cruz em frente ao altar, todos se ajoelharam, fizeram uma prece silenciosa seguida de “à Deus e seus domínios” e retiraram--se ao som vibrante das palmas dos presentes. Um momento eterniza-do na memória dos que lá estiva-ram.

Homenagem á Tia Cecília Zvei-ter e a ACOMI

Durante a parte pública da Assembléia da Grande Loja do Rio de Janeiro, depois da belíssima apresentação do coral da ACOMI – Círculo Feminino Claudia Zvei-ter. A Ordem DeMolay RJ prestou homenagem à Tia Cecília Zveiter e a todas as nossas queridas tias que compõem a ACOMI, na ocasião, o sobrinho Raphael Castro proferiu as seguintes palavras, “querida Tia Cecília Zveiter e nossas queridas tias da ACOMI, venho em nome da

Ordem DeMolay do nosso Estado, primeiro parabenizar pela belíssi-ma apresentação, enquanto ouvia o coral cantar a música ‘Amigos para sempre’, pude com saudosismo re-lembrar todos os meus anos como DeMolay e os muitos amigos e ir-mãos que fizemos e encontramos ao longo dessa jornada, e como o companheirismo e o sentimento de fraternidade é algo tão latente em nossas fileiras, afinal, não há reconhecimento maior do que ser chamado de ‘irmão’. E agradeço ainda ao trabalho desempenhado pelas senhoras, pois bem sabemos que muito do caos que hoje vemos no mundo, é fruto da perda de va-lores e do enfraquecimento do pa-pel da família na sociedade, e gra-ças ao exemplo das senhoras, que realizam um belíssimo trabalho em favor da sociedade, que ajuda a manter vivo nos DeMolays o senti-mento de que é possível transfor-marmos a sociedade e edificarmos um mundo melhor”, e acrescentou, “em reconhecimento á este traba-lho, em nome de todos os DeMo-lays, gostaria de presentear nossa querida Tia Cecília Zveiter com o pin da Ordem DeMolay, pois ele carrega com sigo todas as virtudes e ideais de um DeMolay”.

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Revista DeMolay RJ 8

No dia 9 de dezembro a Loja Estrela do Rio Comprido n° 2045, jurisdicionada ao Grande Orien-te do Brasil, realizou uma Sessão Solene de Comemoração dos 33 anos de sua instalação. A Ceri-mônia foi realizada em um dos Templos Maçônicos do Palácio do Lavradio e contou com a presença do Tio Fernando Nery, Eminente Grão Mestre em Exercício, e do Tio Edmo Muniz Pinho, Eminente Grão Mestre Eleito, além de diver-sas outras autoridades maçônicas, inclusive de outras potências como o Tio Ítalo Aslan, Ex-Grão Mestre do Grande Oriente Independente do Rio de Janeiro (GOIRJ). Con-duzida pelo Venerável Mestre da Loja, o Tio Lindemberg Mendes, a noite foi repleta de homenagens a diversos maçons da Loja e de ou-

tros muito importantes para os tra-balhos da Maçonaria.

Homenagem Importante para a Ordem Demolay

Importantes figuras da Or-dem Demolay foram chamadas no dia para serem homenageadas re-cebendo a Comenda de Reconhe-cimento Maçônico pelos valorosos trabalhos dados à nossa institui-ção. Essas comendas foram entre-gues para os Irmãos Paulo Heitor Guglielmo – Grande Secretário e Ex- Grande Mestre do Spremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil (SCODB), Rodrigo José do Nascimento – Grande Mestre Es-tadual Adjunto, e Raphael Castro – Mestre Conselheiro Nacional.

Também foram concedidas as ho-menagens para o Irmão Max Moi-she – também Ex-Grande Mestre do SCODB, e Tio Alberto Mansur, Grande Mestre Fundador da Or-dem DeMolay no Brasil, que não puderam comparecer na ocasião.

A entrega das comendas fo-ram feitas pelo Irmão Matheus Frigols, Ex-Mestre Conselheiro do Capítulo Guy D’Auvergnie (mes-mo capítulo dos Irmãos Paulo Hei-tor e Raphael Castro) e Aprendiz recém-iniciado da Loja Estrela do Rio Cumprido.

Ordem DeMolay homenageada no Lavradio - GOB-RJ

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Revista DeMolay RJ 9

DESAFIO DEMOLAY: O MAIOR TORNEIO ENTRE CAPÍTULOS DA HISTÓRIA DE NOSSO ESTADO

Neste ano, o Gabinete Es-tadual/GCE-RJ desafiou os Capí-tulos DeMolays de todo o nosso Estado a se superarem e vencerem obstáculos, encarando o maior tor-neio entre Capítulos da história do nosso Estado: Desafio DeMolay.

Segundo o responsável pela Secretaria de Cultura do Gabinete Estadual RJ, Ir. Antonio Barbosa, que lidera o projeto, “desejamos reconhecer e premiar os Capítulos que alcancem um excelente pa-drão de qualidade em áreas admi-nistrativa, gestão, observância dos dias obrigatórios, participação em eventos institucionais e trabalhos

em conjunto com outros Capítulos e Lojas Maçônicas”.

Nas palavras do Ir. Raphael Castro, MCE-RJ, “nossas perspec-tivas iniciais já foram superadas, todos os Capítulos do Estado já estão envolvidos nesse Desafio, e preocupados em se melhorarem para buscarem alcançar os pontos necessários para vencerem esse torneio. Vamos ficar na expectati-va”.

Para participar: Todos os

Capítulos DeMolays do Estado estão automaticamente inscritos, sendo necessário o preenchimento

de Formulários de Pontuação, a ser disponibilizado no site:

www.demolayrj.com.br

Premiação: Será concedida no CEOD 2012, e os prêmios para o primeiro, segundo e terceiro lugar serão, respectivamente, R$ 700,00, R$ 500,00 e R$300,00. O valor po-derá ser usado na Loja DeMolay ou para regularização de membros dos Capítulos premiados.

Para mais informações, ve-jam o Edital do Desafio DeMolay no site da Ordem DeMolay RJ, www.demolayrj.com.br. Os vídeos oficiais podem ser vistos no Canal Oficial da Ordem DeMolay RJ:

www.youtube.com/rjdemolay

ORDEM DEMOLAY É NOTÍCIA NO JORNAL MAÇÔNICO “A VOZ DO ESCRIBA”

Um dos mais prestigiados jor-nais maçônicos da atualidade, o “A Voz do Escriba”, mais uma vez fir-mando-se como um meio de comu-nicação progressista e preocupado com a juventude brasileira, nesse ano de 2012, firmou parceria com o Ga-binete Estadual da Liderança Juve-nil/GCE-RJ, e como resultado dessa parceria na edição de setembro do “A Voz do Escriba” pode ser encon-trado uma belíssima matéria sobre o 18º Congresso Nacional da Ordem DeMolay do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, com especial destaque a presença do nos-so amado Tio Alberto Mansur, pai da Ordem DeMolay brasileira.

E em sua Edição de final de ano, haverá uma matéria especial so-bre a Ordem DeMolay no Estado do Rio de Janeiro...aguardem!!!

DESAFIO DEMOLAY

Page 11: Revista DeMolay RJ #004

Revista DeMolay RJ 10

Durante os dias 08 e 09 do mês de outubro, a Ordem DeMo-lay no Estado do Mato Grosso do Sul esteve em festa. Com o tema central: “Ordem DeMolay sul--mato-grossense, rumo ao desen-volvimento”, a cidade de Campo Grande, foi palco do maior evento DeMolay do Estado, o XX Con-gresso Estadual, contando com a presença de mais de duzentos pre-sentes, DeMolays de todo o Esta-do, tios maçons e familiares, todos participando desse momento his-tórico.

Com uma programação di-nâmica e interativa, ocorreram palestras, uma belíssima Iniciação Estadual ao Grau DeMolay, com uma equipe que trabalha junto há três anos, e tornou essa cerimô-nia marcante e inesquecível. E a

GRANDE CENSO ESTADUAL SUPERA EXPECTATIVAS

Ordem de Cavalaria no Estado fortaleceu-se, com a investidura de mais DeMolays ao Grau de Cava-leiro, realizada pelo Convento Sir Guy D’Auvergnie nº007.

E para premiar esse gran-de final de semana, ocorreram as Cerimônias de Instalação da Nova Gestão Administrativa do Estado, tendo deixado o posto de Grande Mestre Estadual, nosso Tio Sergio Gonçalves, já eleito e empossado Segundo Grande Conselheiro do Supremo Conselho DeMolay, e nosso amado Ir. Fabiano Santos, já nomeado Secretário da Macro--Região do Centro Oeste. O evento contou com a presença do nosso Ir. e Tio Hugo Pinto, Grande Mestre Nacional, e Ir. Rafael Reis, Mestre Conselheiro Nacional, além dos

ilustres Ir. Raphael Castro, Mestre Conselheiro Estadual RJ e Ir. João Pacheco, Mestre Conselheiro Esta-dual do Mato Grosso.

Nas palavras do nosso Ir. Castro, “esse Congresso foi um marco, é a concretização do ideal de união entre as lideranças esta-duais de todo o Brasil, e temos, a cada dia, tornado também esse so-nho realidade”, e acrescentou, “Fico muito feliz em presenciar esse final de gestão do meu amado Ir. Fabia-no e do Tio Sergio, duas grandes li-deranças da nossa Ordem, além de ver nosso Ir. Rayan Wolf assumir a malhete da liderança juvenil do Estado, que haverá de guiar muito bem os DeMolays. O Mato Grosso do Sul e o Rio de Janeiro, mais que nunca, caminham lado a lado”.

MAI BENEFÍCIOS PARA OS DEMOLAYS DO RIO DE JANEIRO!A Ordem DeMolay RJ, atra-

vés do Gabinete Estadual e do Grande Capítulo do Estado do Rio de Janeiro, firmou parceria com a Lins e Silva Consultoria, Recursos Humano e Treinamentos LTDA, que tem como sócio fundador e di-retor o Tio Romel Muniz.

Essa Empresa busca recrutar pessoas interessadas em trabalhar em Call Center, tendo como principais parceiras as duas maiores empresas desse segmento no mercado: Atento Brasil (multi-nacional espanhola) e Contax S.A (gigante nacional). Estas duas em-presas nos demandam cerca de 400 a 500 vagas por mês, com produtos diversos dentro deste segmento.

Para se candidatar às vagas, é necessário ter idade igual ou superior a 18 anos, ensino mé-dio concluído, conhecimento bá-sico de informática e boa fluência verbal. E para a maioria das vagas

não é necessário ter experiência profissional, sendo a possibilidade do primeiro emprego.

No dia 20 de outu-bro, contando com a presença do Ir. Raphael Castro, MCE-RJ, Ir. Rodrigo Azeredo, Sec. Estadual de Administração e do nosso querido Ir. Leandro Garrido, Tesoureiro Nacional do Supremo Conselho e Grande Comendador da Corte de Chevalier Jose Arlindo dos Santos nº. 001, foi firmada oficialmente

essa importante parceria do Gran-de Capítulo.

E agora, os DeMolays inte-ressados, além das documentações exigidas, citadas no site www.linse-silva.biz, deverão apresentar cópia do Cartão de Identificação DeMo-lay (CID) Regular, e estará asse-gurado um tratamento totalmente diferenciado e privilegiado durante o processo de seleção.

Esse é mais um benefício

para os DeMolays do RJ!!!

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Revista DeMolay RJ 11

Chegada da Ordem DeMolay

A Ordem DeMolay alcançou Sapucaia, uma cidade pequena da Região Serrana, que faz divisa com Minas Gerais, em dezesseis de agosto de 1991, quando foi fundado o Capítulo Sapucaia Nº 149, patrocinado pela Loja Maçônica 7 de Setembro Nº 34.

O Capítulo Sapucaia só seria, então, instalado em dezoito de fevereiro de 2006. Em pouco tempo, regu-larizou-se com o Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, adotando o nome de Capítulo Kleber Alves Rayol - Sapucaia Nº 149. Recebeu o nome do Tio Kleber Alves Rayol, membro fundador da Loja Patro-cinadora e Venerável Mestre na ocasião da fundação do Capítulo.

CAPÍTULO KLEBER ALVES RAYOL, Nº149 É SINÔNIMO DE SUPERAÇÃO

Muito trabalho, apesar das dificuldades

Nossa Ordem em Sapucaia, apesar de rejei-ção de parcela da população, em função de uma visão deturpada em relação à Maçonaria, desen-volveu importantes projetos filantrópicos e even-tos marcantes para a nossa Ordem no Estado. E das suas fileiras saíram grandes líderes para a so-ciedade e para a Ordem DeMolay, como o Ir. Mow Azevedo, que liderou a Região como Mestre Con-selheiro Regional e presidiu o Convento Águia Branca e Negra nº78, e o Ir. Luth Lemos, Ex-Mes-tre Conselheiro Estadual Adjunto, que hoje voltou a presidir o Capítulo.

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Revista DeMolay RJ 12

Com o passar dos anos, somando-se as dificuldades, evasão de membros que se deslocavam para estudar ou trabalhar em outras cidades e o baixo número de renovação, levaram o Capítulo a praticamente deixar de se reunir em 2010. Com uma quantidade insuficiente de membros presentes para abrir reunião, o Capítulo via poucas chances de continuar funcionando.

Uma nova estratégia é lançada

Passado o Congresso Estadual DeMolay 2011, ocorrido no último final de semana de maio, os recém

empossados Tio Luis Alberto, Segundo Grande Mestre Estadual, e o Ir. Raphael Castro, Mestre Conselheiro Estadual, em visita a cidade de Três Rios, reuniram-se com o Ir. Luth Lemos, MC do Cap. Kleber Alves Rayol, para avaliar a situação da nossa Ordem em Sapucaia. Foi, então, lançado o grande desafio: o Capítulo Kleber Alves Rayol iria realizar uma grande gincana na cidade de Sapucaia, como forma de divulgar nossa Ordem e envolver a sociedade em nosso trabalho filantrópico.

O poder de transformar um sonho em realidade

Sob a liderança do Ir. Luth Lemos a Ordem DeMolay em Sapucaia conquistou o apoio da Prefeitura do Município, contando com o entusiasmo da Sra. Magda Zanon , Secretária de Assistência Social e Primeira Dama da Cidade, presente durante todo o evento. Os membros mais afastados do Capítulo motivaram-se a voltar, os Capítulos Três Rios e Sulparaibano estiveram presentes, tornando real a Primeira Gincana Cultural “Resgatando o Passado”, ocorrida no dia 06 de agosto de 2011.

O resultado foi a participação de 75 jovens, a arrecadação de mais de 870kg de alimentos não perecíveis, doados para as instituições beneficentes da cidade e dois computadores novos doados para a APAE de Sapu-caia.

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Revista DeMolay RJ 13

Vivendo uma nova realidade A grande coroação desse esforço ocorreu no dia 25 de setembro. Depois de mais de dois anos sem rea-

lizar iniciações, superando todas as dificuldades, ingressaram nas fileiras desse Capítulo mais quatro jovens. Em uma belíssima Cerimônia de Iniciação, que contou com a presença de cerca de 40 DeMolays dos Capítulos Kleber Alves Rayol, Três Rios, Imperial de Petrópolis, Sulparaibano e Além Paraíba. Nas palavras do Ir. Ra-phael Castro, Mestre Conselheiro Estadual RJ, “Olhei à minha volta e vi um templo totalmente lotado, percebo uma região unida e crescimento em conjunto; hoje, escrevemos as páginas da história da nossa Ordem; esse dia sempre será lembrado”, e acrescentou, “o Capítulo Sapucaia é sinônimo de superação, um Capítulo quase fechado, agora ver um futuro próspero à frente, e isso é só o começo dessa nova fase”.

O Ir. e Tio Rodrigo Amorim, Grande Mestre Estadual RJ, também esteve presente com o responsabili-dade de entregar ao Tio Evando Dias, Presidente do Comselho Consultivo, o título de Membro Honorário do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil. Esse ilustre tio, com seus 80 anos, é um verdadeiro exemplo de espírito jovem e incalculável amor pela juventude. Nas palavras do Ir. Amorim, “Esse irmão é um verdadeiro exemplo do ideal maçônico, sempre apoiou incansavelmente os DeMolays, sinto-me imensamente honrado em poder ser o portador dessa grandiosa e merecida homenagem do Supremo Conselho da Ordem DeMolay”.

Agora, o Capítulo Kleber Alves Rayol, com o apoio e ajuda de toda a Família DeMolay RJ, vive uma nova fase da sua história, na qual poderão continuar a acreditar na beleza de um sonho e na certeza que poderão torná-lo realidade.

Todos sabem fazer história - mas só os grandes sabem escrevê-la.”Oscar Wilde

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Revista DeMolay RJ 14

PRIMEIRA INICIAÇÃO DA ORDEM DEMOLAY NA CIDADE DE SAQUAREMA

Início de um grande dia

No dia quatro de dezembro, a cidade de Saquarema tornou--se a sede da Ordem DeMolay no Estado do Rio de Janeiro, quando pela primeira vez em sua história, essa cidade da Região dos Lagos do nosso Estado tornava-se palco de uma Cerimônia de Iniciação á Or-dem DeMolay, com o ingresso de nove jovens em nossas fileiras. Um evento sediado e patrocinado pela Loja Maçônica Novo Horizonte de Saquarema nº30 - da Grande Loja do RJ.

O dia começou cedo, duas vans foram mobilizadas pelo Gran-de Capítulo Estadual para facilitar a participação do maior número de DeMolays nesse dia marcan-te: uma van saindo do Capítulo Cáxias e outra do Capítulo Guy D’Auvergnie. Ás 10h, as duas vans chegaram á cidade de Saquarema, indo ao encontro de muitos outros DeMolays e tios maçons presen-tes na Loja Sede que desde cedo arrumavam os preparativos para esse grande dia e dando inicio á

“Os raios da sete grandes luzes DeMolay chegam à cidade de Saquarema”

preparação dos candidatos, sob a liderança do Ir. Adalberto Martins, Secretário Estadual de Expansão, responsável pela articulação desse evento.

Depois do café da manhã e almoço oferecido pela Loja Sede a todos os presentes, os DeMolays juntaram-se no Templo e organiza-ram a nominata sob a liderança do Ir. Raphael Castro, nosso Mestre Conselheiro Estadual, responsável por presidir as cerimônias desse dia, que afirmou, “hoje estamos contamos com a presença de mais de trinta DeMolays e vinte maçons, e todos estão empenhados em fazer uma belíssima Cerimônia, já sendo o prenúncio de um dia marcante e histórico”.

Com o apoio de membros dos Capítulos Gonçalense, Guy D`Auvergnie, Grão Mestre Mo-acyr Arbex Dinamarco, Obreiros de Irajá, Duque de Caxias, Frank Sherman Land, contando ainda com presença de tios maçons das Lojas Novo Horizonte de Saquare-ma, Cavaleiros de York, Três Folhas

de Acácia,Reunião, União de Cabo Frio, Luzes de Iguabinha, Nova Es-trela do Oriente e com a presença do Tio Manoel, Delegado da XII Distrito da Grande Loja Maçônica do Rio de Janeiro, e com as ilustres presenças do Ir. Rafael dos Reis, Mestre Conselheiro Nacional, Ir. Leandro Garrido, Grande Tesou-reiro Nacional, representando nos-so Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, nosso Ir. e Tio Rodrigo Nascimento, Primeiro Grande Mestre, representando o Grande Capítulo Estadual do Rio de Janeiro e o Ir. Marcelo Jr, Mestre Conselheiro da Região Metropoli-tana 2.

As Luzes DeMolays são acesas

Quando foi dado inicio á Ce-rimônia de Iniciação, era nítido no semblante de todos os presentes o sentimento de seriedade e um tom de nervosismo, afinal de contas, era a primeira vez que a nossa Or-dem reunia-se nessa cidade, e esse dia representava o primeiro grande passo para que em um futuro pró-ximo seja fundado um Capítulo DeMolay em Saquarema.

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Nove jovens se ajoelharam diante do Altar DeMolay, com-prometeram-se com os elevados ideais dessa Fraternidade e torna-ram-se nossos irmãos, em meio a um imenso sentimento de alegria e felicidade de todos os presentes, que viam diante deles, assim como ocorrido nos primórdios da Or-dem DeMolay, os nove primeiros jovens, representando o início da nossa Ordem em Saquarema.

Os familiares e convidados

marcaram presença

Às 16 horas, o Mestre Con-selheiro Estadual declarou recesso para começar a Cerimônia Pública, com o Templo já cheio de DeMo-lays e Maçons, agora, lotou-se to-talmente com o grande número de familiares e convidados, passando do número de 100 presentes.

A primeira cerimônia apre-senta foi as “Luzes”, realizada pelos cavaleiros do Convento Sir Percival de Gales, liderados pelo Sir Hiran Tassinare, Ilustre Comendador Ca-valeiro, e do Tio Rubem Azeredo, Presidente do Conselho Consulti-vo do Convento. Uma apresenta-ção excelente que tornou públicos aos presentes os ideais e princípios da Ordem DeMolay, com especial ênfase para nosso Companheiris-mo, e demostrando o nosso senti-mento de união e irmandade.

Logo em seguida foi apresen-tada a Cerimônia das Flores, apre-sentada pelo Ir. Adalberto Mar-tins, uma belíssima dramatização da nossa primeira virtude, “Amor Filial”. Levando todos os presen-tes a se emocionarem, sobretudo quando os nossos novos DeMolays entregaram rosas para suas mães, levando todas elas a chorarem por emoção com aquela demonstração de carinho e amor dos seus filhos.

Durante a palavra, todos os nossos novos nove irmãos falaram, apresentando-se para todos os pre-sentes. O Ir. Douglas Vivas Rocha, Secretário da Região Metropolita-na, foi muito feliz em homenagear o Ir. Adalberto Martins, o DeMolay que mais se empenhou para tornar esse dia realidade, o presenteando com um Pin Especial do SCODB para aqueles com mais de 15 anos de Ordem DeMolay. Nosso Ir. Ra-phael Castro, emocionado, afir-mou, “certa vez um homem disse que tinha um sonho, e movido por esse sonho, foi capaz de mudar a realidade de um país, e hoje, nesse Templo, olhando para todos vocês, vejo o poder de um sonho, e viven-cio, mais uma vez, o verdadeiro sentimento da Ordem DeMolay” e acrescentou, “agradeço a todos os DeMolays que ouviram nosso chamado e estão abrilhantando esse dia, aos nossos Tios Maçons que acreditam na juventude e cada vez mais apoiam essa Ordem e aos nossos novos Irmãos, vocês agora estarão nos ajudando a tornarmos esse sonho realidade, e claro, devo, em nome de toda a Ordem DeMo-lay do nosso Estado parabenizar o Ir. Adalberto Martins, que tem de-senvolvido um trabalho fantástico á frente da Secretária de Expansão,

superando obstáculos e conquis-tando novos horizontes para a nos-sa Fraternidade”.

Esse dia chega ao fim

Os convidados retiram-se da Sala Capitular, a Cerimônia Ritualística é encerrada, e todos juntaram-se no Salão de Festas para um último encontro, fotos e conversas. O Ir. Adalberto Mar-tins, apesar de cansado depois do longo dia, transparecia alegria e felicidade pelo imenso sucesso do evento, lembrando que, “Segundo Raul Seixas, sonho que se sonha só é sonho, sonho que se sonha junto é realidade. O trabalho foi de uma equipe, fomos apenas um membro que ajudou no processo, que está apenas iniciando”.

Com a noite já tendo che-gado, os DeMolays voltaram para suas vans, outros para os carros e voltaram para suas casas, em meio a muitas brincadeiras, diversão e sorrisos, no clima que imperou durante todo esse dia, que com certeza, sempre estará nas felizes lembranças de todos aqueles que estiveram presentes nesse dia ines-quecível.

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AS FILEIRAS DA ORDEM DEMOLAY SE FORTALECEM: OBREIROS DO SÉCULO XXI

Na manha do dia nove do mês de novembro desse ano, qua-tro jovens puderam conhecer os segredos de nossa Ordem em uma belíssima Cerimônia de Iniciação, ocorrida no templo da Loja Ma-çônica George March n°2051, por convite de nossos queridos tios que nos proporcionaram momen-tos agradáveis e de ensinamentos. Contamos com a presença ilustre do nosso Mestre Conselheiro Re-gional, Ir. Hugo Gomes e de mais de 13 tios das três Lojas Maçônicas da cidade e, contamos ainda com a presença de vários DeMolays ativos e seniores.O tio José Vicen-te Gomes, membro do Conselho Consultivo, falou sobre essa inicia-ção, dizendo que ela “representou o apoio que a ordem maçônica dá à Ordem DeMolay e que o evento emocionou a todos os presentes.”

Fruto da histórica e inédita participação da Ordem DeMolay na Assembléia da Grande Loja Maçônica do Rio de Janeiro pela primeira vez nossa Ordem foi noticia na Revista Gazeta do Maçom, meio Oficial de Comunicação da Grande Loja Maçônica do Rio de Janeiro. Esse impor-tante revista maçônica é enviada á todas as Lojas Maçô-nicas da Grande Loja do nosso Estado, que nessa edição lerão em 4, das suas 20 páginas, uma excelente narração escrita pelo nosso Tio Braga, editor chefe da Revista Ga-zeta do Maçom, sobre a nossa presença na Assembléia da Grande Loja, quando o Grande Capítulo Estadual do Rio de Janeiro e o Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil estiveram presentes e representados.

Uma conquista de toda a Família DeMolay do nosso Estado e do Brasil que a cada dia conquista o reconheci-mento e o apoio da Maçonaria do Estado do Rio de Janei-ro.

ORDEM DEMOLAY É NOTÍCIA NA GAZETA DO MAÇOM!

Pela primeira vez Ordem DeMolay é noticia na Revista Oficial da Grande Loja Maçonica do Estado do Rio de Janeiro.

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CONGREGAÇÕES RITUALÍSTICAS FORAM UM SUCESSO

Um projeto que surgiu há dois anos, as Congregações Ritualísticas Regionais têm o objetivo de reunir os Ca-pítulos tendo como foco principal o estudo do nosso Ritual.

E nesse ano de 2011, superaram todas as expectativas. Pela primeira vez desde sua idealização, ocorreram com sucesso em todas as Regiões Administrativas do nosso Estado. Os Capítulos Sedes deram verdadeiros exemplos de organização, dedicação e compromisso, elevando esse encontro ritualístico a um novo patamar.

Nas linhas a seguir, todos poderão relembrar ou conhecer como foram esses eventos, que com certeza, entra-ram para a história das Regiões Administrativas do Rio de Janeiro.

CONGREGAÇÕES RITUALÍSTICAS: COSTA VERDE E MÉDIO-PARAÍBA

O mais antigo Capítulo regu-lar do Brasil, e um dos mais tradi-cionais do Estado, Capítulo Barra Mansa nº. 002, já conhecido por sua habilidade para realizar even-tos de grande sucesso e por sua re-ceptividade, esse ano, superou-se.

No dia primeiro de outubro, ofereceu aos presentes na Congre-gação um cronograma dinâmico e diversificado, além de uma exce-lente instrução para os Graus De-Molays, um divertidíssimo “Quiz DeMolay” que animou a todos os presentes. Os irmãos mais uma vez inovaram, com uma palestra do

nosso Ir. Bruno Fontenla, do Capí-tulo Agulhas Negras nº. 134, sobre o organograma da Ordem DeMo-lay, apresentando a nossa estrutu-ra, muitas vezes pouco conhecida pelos nossos membros, e destacan-do a responsabilidade e atribuição de cada liderança. Nas palavras do Ir. Magno Maleck, “a congregação regional desse ano foi um sucesso, o Capítulo Barra Mansa realizou um ótimo trabalho em sua orga-nização, o evento foi muito provei-toso e pode contar com o apoio e presença de vários irmãos da re-gião. Vivemos hoje, um momento totalmente novo na nossa Região.”

A Região da Costa Verde e Médio Paraíba, em função de al-guns problemas, como a distância geográfica dos Capítulos, sempre teve problemas quanto à integra-ção dos DeMolays. Contudo, essa Congregação mostrou que se isso era um problema, estamos prontos para superá-lo, e foi batido recorde de publico e Capítulos representa-dos, com a presença de quarenta DeMolays, e dos cinco Capítulos da Região, três estavam representa-dos, Capítulo Barra Mansa, sede, e os Capítulos Wilton Cunha nº. 005 e Agulhas Negras nº134.

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CONGREGAÇÕES RITUALÍSTICAS: METROPOLITANA E BAIXADAS LITORÂNEAS

O Capítulo Obreiros de Irajá nº. 249 sediou, no dia 29 de outu-bro, pela primeira vez um evento regional, aceitando esse desafio com grande entusiasmo. E mais uma vez, comprovaram o espírito inovador e realizador do Obreiros de Irajá.

O dia começou cedo, às 9h, com a chegada dos DeMolays e o credenciamento dos congressistas, seguida de uma excelente palestra proferida pelo nosso Ir. Leonardo Lacerda, Secretário Estadual de Ri-tualística, acerca dos simbolismos do nosso Ritual e a forte influência da cultura de povos antigos. Du-rante essa exposição, estava níti-do o interesse dos presentes com o tema abordado. Nas palavras do Ir. Leonardo, “nessa Congregação verificamos, com a participação de vários irmãos e tios, que a aplica-ções dos ensinamentos encontra-dos na Ordem DeMolay em nossas vidas diárias é infinito”, e acrescen-tou, “devemos relembrar que muito do que somos hoje, devemos a nos-sa Iniciação na Ordem”.

Como organização e dedi-cação são sinônimos de sucesso, e ambas as qualidades encontra-das na realização desse evento, a conhecida “Metropolitana 1” que

vivia um momento de distancia-mento dos Capítulos, começa a vivenciar um novo momento, con-tanto com a presença de 40 DeMo-lays presentes, e dos oito Capítulos da Região, seis estavam presentes, superando o Congresso Regional desse ano, e deixando uma grande expectativa quanto ao Congresso Regional de 2012. Nas palavras do Ir. Marcos Massena, Mestre Con-selheiro do Capítulo Sede, “Essa foi uma experiência única! Melhor que estar com irmãos do mesmo Capitulo, é estarmos com irmãos dos Capítulos de toda região e po-der passar uma tarde exercendo a Irmandade que nos liga em nossa fraternidade”.

E para encerrar brilhante-mente, ocorreu uma belíssima Ce-rimônia de Iniciação ao Grau De-Molay, com uma excelente equipe que tornou a Cerimônia inesque-cível para todos os presentes. “A Congregação da Região Metropoli-tana e Baixadas Litorâneas foi uma verdadeira prova de união entre os capítulos em busca do desenvolvi-mento de nossa Ordem no Estado do Rio de Janeiro” Carlos André, Mestre Conselheiro Regional.

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“Essa Congregação, além de simbolizar a força dessa grande re-gião, representa um marco na his-tória do Capítulo Sulparaibano nº. 552 (sede desse encontro)”, assim o nosso Ir. Raphael Castro, Mestre Conselheiro Estadual RJ, definiu esse evento, ocorrido no dia 30 de outubro. O Capítulo sede foi rea-berto há poucos anos atrás, e hoje, conta com a presença de dezoito DeMolays ativos nas reuniões, e em pleno crescimento, tendo sido abraçado pela região nesse dia.

Contando com a presença de mais de 60 presentes, entre De-Molays e Maçons, inclusive de to-dos os Mestres Conselheiros dos Capítulos da Região o evento teve inicio com uma palestra sobre “Os ensinamentos DeMolays no dia a dia”, quando foram apresentadas as lições presentes no nosso Ritual e sua aplicabilidade na vida, segui-do de um debate sobre os nossos mistérios e simbolismos. Sobre o evento, o Ir. Hugo Gomes, Mestre Conselheiro Regional, afirmou, “foi um dia muito especial para a nossa região, que vive um momen-

CONGREGAÇÕES RITUALÍSTICAS: SERRANA E CENTRO-SUL FLUMINENSE

to incrível. Agradeço aos esforços dos nossos MCs, do Tio Pedro Paulo, V.:M da Loja Patrocinadora do Capitulo Sede, e ao Ir. Raphael Castro, MCE-RJ, que tem apoiado sem igual a nossa região”. Ainda lembrou, “essa Congregação foi dedicada ao Tio Manoel Vieira de Mello, um tio que sempre traba-lhou em prol da Ordem DeMolay”.

Ocorreu ainda, o Torneio Ri-tualístico Regional, vencendo na categoria “Perguntas e Respostas” o Ir. Marco Aurelio, e na categoria

Cerimônia das Luzes o Ir. Pedro Ignácio, ambos do “Imperial”. E o Ir. Thiago, MC do Cap. Sede, desta-cou, “essa congregação foi o maior evento sediado pelo nosso Capítu-lo, foi um dia que ultrapassou mi-nhas expectativas, foi muito gra-tificante ver a união entre irmãos, só me resta agradecer a presença de todos e, em especialmente, aos Irs. Ramon, Hugo Gomes (MCR) e Mário (MC do Capitulo Três Rios)”.

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CONGREGAÇÕES RITUALÍSTICAS: METROPOLITANA II

A Região Metropolitana 2 mostrou mais uma vez a sua força, através de uma Congregação que contou com uma exemplar orga-nização do Capítulo sede, o Luz do Universo, que mais uma vez superou-se, e com uma região que abraçou esse evento, contando com a presença de mais de sessenta pre-sentes.

“O Capítulo Luz do Univer-so, n404, elevou o nível de organi-zação de um evento na Metropoli-tana 2, tanto na divulgação, quanto na Cerimônia de Iniciação ao Grau DeMolay, única, marcante e ines-quecível, eles se superaram em to-dos as áreas, parabéns a eles e aos Capítulos da região que abraçaram a idéia e marcaram presença”, afir-mou o Ir. Raphael Castro, Mestre Conselheiro Estadual. Na ocasião, aproveitaram para realizar um fó-rum regional, para discutir a rea-lidade dos Capítulos da região, e ocorreu ainda uma Mesa Redonda liderada pelos Irmãos Hiran Aze-redo e Raphael Castro, quanto ao papel da Ritual e sua importância na vida diária do DeMolay.

Para o Ir. Marcelo Jr., Mestre Conselheiro Regional “O saldo da

congregação é muito positivo, vis-to que conseguimos reunir mais de 60 irmãos em um ambiente de fra-ternidade e muito produtivo! Além de uma ótima cerimônia de inicia-ção ao grau DeMolay. O Capitulo Luz do Universo está de parabéns, assim como todos os capítulos e DeMolays presentes”.

E o Ir. Deivison, Mestre Con-selheiro do Capítulo Sede acres-centou, “Um evento muito gratifi-cante para o capítulo, fazia tempo que o nosso capítulo não abria as portas para sediar um evento re-

gional. Tivemos uma semana mui-to corrida e agitada para que ficas-se tudo na mais perfeita ordem”, e acrescentou, “as palestras e as dis-cussões sobre a nossa região foram de grande valia para o crescimento e fortalecimento da metropolita-na 2 e, fica o meu agradecimento por todos aqueles que nos presti-giaram, participaram e me deram suporte no evento, muito obrigado, minha família!”.

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DEMOLAYS EM FAVOR DA SOCIEDADE

Norteado por esse pensa-mento, o Cap. Frank Sherman Land nº. 257 realizou uma grande campanha filantrópica em conjun-to com o Departamento Feminino Maria João de Deus, da Loja Maçô-nica Francisco Cândido Xavier, no dia 20 de outubro, quando foram doadas cerca de 100kg de alimen-tos não perecíveis e 50 unidades de leito em pó ao Orfanato Santa Rita de Cássia. Essa instituição acolhe meninas internas e externas, entre 04 e 15 anos, que sofreram maus tratos e abusos, e é situada na rua Florianópolis, 1305, Praça Seca - Rio de Janeiro.

“Para ser útil à sociedade não é necessário ser um DeMolay, mas para ser um DeMolay é necessário ser útil à sociedade”.

AS FILEIRAS DA ORDEM DEMOLAY SE FORTALECEM: OBREIROS DE IRAJÁ

Aos oito dias do mês de ou-tubro, ingressaram nas fileiras do Capítulo Obreiros de Irajá nº. 249, em belíssima cerimônia de inicia-ção, com o templo lotado, mais onze jovens, que agora, tornaram--se nossos irmãos nessa grandiosa fraternidade. E na parte da tar-de, em Cerimônia Pública, com a presença de autoridades DeMolay como nosso Primeiro Grande Mes-tre Estadual, o Oficial Executivo Regional e nosso Mestre Conse-lheiro Regional, contamos ainda com a ilustre presença do Tio José Maria, Grande Secretário de Para-maçônicas da Grande Loja, quando ocorreu a Cerimônia de Maiorida-de de cinco membros do Capítulo.Na ocasião fez-se a entrega de um dos notbooks correspondentes ao PID (Prêmio de Inovação De-Molay), da Gestão 2010-2011 do

GCE-RJ, um projeto idealizado pe-los Irmãos Raphael Castro e Adal-berto Martins (este último, então Sec. Estadual de Treinamento). E o Capítulo Obreiros de Irajá alcan-çou o primeiro lugar na categoria

Projeto Filantrópico com o projeto “DeMolay na Veia”. A entrega foi realizada pelo Ir. Leandro Garrido, Grande Tesoureiro do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil.

“A atuação da Ordem DeMolay no Estado do Rio de Ja-neiro ficou ainda mais sólida após uma serie de inicia-ções em alguns Capítulos do nosso Estado, mostrando a força e a vitalidade dessa legião de jovens que atu-am em todo o Rio de Janeiro.”

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AS FILEIRAS DA ORDEM DEMOLAY SE FORTALECEM: FRANK SHERMAN LAND

Aos quinze dias do mês de outubro desse mês, o Capítulo Frank Sherman Land, em obser-vância ao Dia Devocional, realizou uma grande iniciação, quando in-gressaram em nossas fileiras mais quatro jovens. Estiveram presentes membros dos Capítulos Duque de Caxias nº. 229 e do Luz do Univer-so nº. 104, o Ir. Marcelo Jr., Mestre Conselheiro da Região Metropoli-tana 2, o Ir. Gabriel Reis, Secretá-rio Nacional de Comunicação e as nossas primas dos Bethéis Luz do Universo e Susie Holmes. O Capí-tulo que recebe o nome do funda-dor da Ordem DeMolay caminha cada vez mais forte. E nas palavras do Ir. Yuri Freitas, Mestre Con-selheiro do Capítulo, “Hoje, mais uma vez, com essa bela Cerimônia e com o apoio de tantos Capítulos, tive ainda mais certeza, que nossas Cerimônias não são fórmulas va-zias”.

AS FILEIRAS DA ORDEM DEMOLAY SE FORTALECEM: GUY D’AUVERGNIE

O Capítulo Guy D’Auvergnie nº. 027 começou cedo suas ativi-dades no dia quinze de outubro, para receber em suas fileiras mais quatro jovens. Em uma bela ceri-mônia que contou com a presença de membros do Capítulo Obreiros de Irajá nº. 249, liderado pelo seu Mestre Conselheiro, Ir. Marcos Massena, e dos Capítulos Avalon nº. 568, Grão Mestre Moacyr Ar-bex Dinamarco. Prestigiaram ain-da o evento o Ir. Raphael Castro, MCE-RJ e membro do Capítulo, Ir. Carlos André, Mestre Conselhei-ro da Região e o Ir. Douglas Vivas Sec. Regional. Esse evento foi uma grande oportunidade de aproxi-mação de toda a Região.

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TIRANDO DÚVIDAS!

Iniciando nesta edição, a Revista DeMolay RJ sempre irá identificar alguma questão que venha gerar per-guntas aos DeMolays. E claro, queremos saber sua opinião. Para enviar sugestões de temas, comentários e criti-cas, o e-mail [email protected] está à disposição, escrevendo no item assunto a palavra “tirando dúvidas”.

PACC: Perguntas e Repostas

O PACC surgiu em 2007, como Programa de Avaliação e Certificação de Conventos. Sua função era atestar a qualidade do conhecimento disponível sobre os graus do IRCB - o Ilustre Rito da Cavalaria do Brasil. Nesta época, os trabalhos eram apresentados pelo Convento como um todo e exigiam um forte embasamento acadêmico e teórico. Em maio de 2010, no entanto, o PACC se transformou em Programa de Avaliação e Cer-tificação de Cavaleiros - a avaliação passou a ser individual e realizada por uma banca de Corretores composta por membros da Grande Comissão de Organizações Filiadas e Paralelas com o auxílio da Grande Comissão de Ritual, Liturgia e Jóias.

Ao longo desse tempo que o PACC foi implementado, surgiram inúmeras dúvidas, perguntas e criticas. Para trazer respostas e esclarecimentos sobre esse assunto, a Revista DeMolay RJ, convidou o Ir. Hugo Lima, conhecido pelo seu notório conhecimento de ritualística. Ele é ex-presidente da Associação Alumni-RJ, e hoje Presidente da Grande Comissão de Organizações Filiadas e Paralelas, responsável por gerir o PACC, foi convi-dado para tirar algumas dúvidas que nos foram enviadas pelos DeMolays.

Antes de tudo, muito obrigado Ir. Hugo pela disponibilidade em atender esse pedido da Revis-ta DeMolay RJ. E primeiro, gostaríamos que você explicasse: o que representa a existência do PACC? Qual sua importância para a Ordem de Cavalaria brasileira?

Durante o primeiro estágio de implementação dos graus do IRCB, entre 2005 e 2009, o objetivo era di-fundir a Série Histórica e a Série Filosófica no país. Se, por um lado, isto trouxe o benefício de apresentar estas lições para um grande número de Cavaleiros, Ativos e Seniores, pelo outro tornou impraticável a verificação do preparo do Cavaleiro para avançar cada um desses degraus. Uma memória nítida e representativa é da conces-são do grau de Anon durante o Congresso Nacional em Ribeirão Preto. Ao término, um Cavaleiro virou para outro e disse “Não entendi nada”, ao que seu companheiro concordou. Grau somente para constar no SISDM é justamente contra o objetivo de uma Ordem Iniciática.

Então, dentre as perguntas, tem sempre a dúvida primaria: investi na cavalaria, já fui regulari-zado no SISDM (Sistema de Informações DeMolay), o pagamento foi feito e o protocolo finalizado, então, quando vou precisar fazer meu primeiro trabalho do PACC? E como devo proceder?

Para receber o grau de Cavaleiro da Capela, não é preciso cerficação no PACC. Somente após receber este primeiro grau do IRCB o Cavaleiro, depois de ter sua Investidura devidamente registrada no SISDM, deve acessar o site do PACC - www.demolaybrasil.com.br/moodle/ - e realizar seu cadastro, utilizando como login o número da sua CID. Enquanto isso, ele deve refletir sobre os ensinamentos recebidos e procurar material de apoio sobre os elementos históricos apresentados.

PACC | PERGUNTAS E RESPOSTAS

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No início de cada mês, entre o 3º e o 5º dia útil, um Ciclo do PACC se abre. Neste período de tempo, através da Plataforma Moodle do site do PACC, o Cavaleiro pode enviar seu trabalho. As especificações para o trabalho - incluindo formatação, pontos importantes a serem mencionados e tamanho - estão todas detalhadas no próprio site do PACC, acessível somente para os cadastrados.

Ou seja, quem precisa fazer os trabalhos para ser certificado no PACC?

Deve fazer os trabalhos do PACC todo Cavaleiro que deseja receber um novo grau do IRCB. Os Cavalei-ros que estão CONCEDENDO o grau não necessitam de Certificação - a única exceção é o grau de Cavaleiro da Cadência, onde se exige que os concessores também estejam certificados. Observo também que se o Cava-leiro possui o grau de Cavaleiro da Tríade, por exemplo, para receber o Ébano necessita se certificar em todos os graus anteriores - Cavaleiro da Capela, Cavaleiro da Cruz de Salém, Ex-Templário e o próprio Tríade.

Considerando que o Sênior deixa de ter determinadas obrigações para com a Ordem DeMolay, diferente do DeMolay Ativo, uma pergunta comum é: Os Seniores precisam estar certificados no PACC para receberem os Graus da Cavalaria?

Os Seniores não possuem privilégios nesse quesito. Os Cavaleiros Seniores que desejarem receber os graus do IRCB precisam se certificar da mesma forma que os Ativos. A diferença é que, de acordo com o De-creto nº 002/2010-2011, os Seniores não precisam cumprir o interstício entre os graus. O requisito único passa a ser, portanto, a certificação no PACC.

Uma crítica já dita por alguns Cavaleiros Seniores, que na condição de Sênior se deixa de ter determinados direitos e deveres, inclusive, de votar nas decisões internas do Convento. Mesmo assim, deveriam precisar fazer o trabalho do PACC?

É vital diferenciar o que é administrativo do que é Iniciático em nossa Ordem. Para receber um grau, o Cavaleiro deve demonstrar que compreendeu a essência das lições do grau anterior. Isto não deveria ser pro-blema para um Sênior. Compreendemos, claro, que o Sênior tem diversas obrigações no mundo profano, mas um trabalho de 4 a 7 páginas a cada trimestre ou semestre não é sobrecarga.

Algo muito comum ainda é esquecermos a nossa senha de acesso; nesse caso, como devemos fazer para recuperá-la ou gerar uma nova para poder voltar a acessar o sistema?

Na página inicial do PACC, há uma pergunta abaixo do campo de senha, “Esqueceu o seu nome de usu-ário ou a sua senha?”, com um botão escrito “Sim, preciso de ajuda para acessar”. Para receber este auxílio, é preciso informar o e-mail de cadastro no site e o “Nome de usuário”, que deve ser a própria CID. Se o Cavaleiro também esquecer qual e-mail usou para se cadastrar ou não receber resposta do sistema, recomendamos entrar em contato pelo e-mail oficial da Comissão - [email protected].

Em relação à correção, como a banca corretora é composta e como os trabalhos são divididos entre os grupos?

A banca corretora, na verdade, é composta por membros da Comissão de Organizações Filiadas e Pa-ralelas e Ritual, Liturgia e Jóias. Os trabalhos são distribuídos de modo que sejam corrigidos por, pelo menos, 3 corretores e não são identificados para evitar qualquer possibilidade de favorecimento ou prejuízo, mesmo involuntários. O Irmão André Sarkis é o responsável por reunir as notas, calcular as médias e lançá-las no sis-tema Moodle. Qualquer discrepância notória é verificada para assegurar uma avaliação justa.

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Já ouvimos algumas reclamações quanto ao critério de correção, que a banca estaria sendo exageradamente rigorosa na avaliação dos trabalhos, o que estaria levando a um grande número de reprovações; o que você poderia comentar sobre isso? Quantos trabalhos costumam ser repro-vados? Qual a nota média dos trabalhos corrigidos?

Desde a implementação do PACC individual, a Comissão de Organizações Filiadas e Paralelas têm se esmerado para tornar a avaliação mais justa e criteriosa. Não é necessário ser historiador ou acadêmico para realizar um bom trabalho. O desenvolvimento das idéias sobre o aspecto filosófico e moral de cada um dos graus do IRCB tem um peso muito maior do que qualquer outra parte avaliada. Por Ciclo, a média de trabalhos reprovados varia entre 5 e 10%, com quase a totalidade desde percentual devido a plágio. É raro que um traba-lho feito por um Cavaleiro, seguindo as orientações disponíveis no sistema, seja reprovado.

A nota média varia entre os graus, tornando-se cada vez mais alta à medida que os Cavaleiros se acos-tumam à necessidade de realizar um trabalho para demonstrar seu entendimento. Enquanto nos trabalhos de Cavaleiro da Capela, temos uma média um pouco maior que 70 pontos, no grau de Ébano, por exemplo, a média se aproxima de 80 pontos.

Quanto à correção, quais as características de um trabalho exemplar, segunda a opinião da banca corretora, e quais os principais fatores que levam à reprovação de um trabalho?

Um trabalho exemplar não deve ser feito de qualquer maneira - e é difícil enfatizar como se torna fácil perceber algo feito “nas coxas”. Atenção ao português, bem como uma boa divisão em tópicos torna a leitura mais clara e permite uma transmissão melhor de ideias. A contextualização histórica deve ser capaz de mostrar que o Cavaleiro entende quais elementos reais levaram àquela situação. A reflexão sobre o grau não deve ser curta nem se limitar a repetir o que já está escrito no Ritual. O Cavaleiro também deve procurar relacionar estes novos ensinamentos com tudo o que já aprendeu dentro da Ordem.

O principal fator que leva à reprovação é o plágio. Cópias descaradas de sites de internet e de trabalhos de Irmãos do mesmo Convento são motivo para receber um 0 automático. Do total de nossas reprovações, que é baixo e não passa de 10% dos trabalhos recebidos, quase 90% se deve a alguma forma de plágio. O segundo motivo é ignorar um dos dois elementos essenciais do trabalho - a contextualização histórica ou a reflexão so-bre o grau. E o terceiro é fazer uma reflexão sobre os ensinamentos muito curta e vaga. Já recebemos trabalho em que o Cavaleiro resumia tudo o que tinha aprendido em uma linha e meia. Como a banca corretora pode saber o que o DeMolay compreendeu dos ensinamentos se o próprio DeMolay não demonstra?

Onde um cavaleiro poderá encontrar matérias bibliográficas para serem usados na elaboração do trabalho?

No próprio sistema temos recomendações de livros e artigos sobre os assuntos dos graus, bem como links úteis. Aproveito para lembrar que a parte histórica é muito importante, mas é a reflexão sobre as lições do grau que realmente é essencial. Por favor, não entendam isso como um pedido para ignorarem o contexto histórico, mas como um apelo para que dediquem ao menos uma página para colocar no papel o que você aprendeu e refletiu.

Sabemos que só podemos acessar os espaços na página do PACC referente aos Graus que pos-suímos, e dos Graus anteriores. Assim sendo, quando recebemos mais um Grau, como ocorre essa atualização na página do PACC?

Uma vez que o Cavaleiro tenha seu novo Grau registrado no SISDM, ele deve requisitar acesso à página do PACC correspondente. O Irmão Sarkis verificará a procedência do pedido e concederá admissão. Este é um processo que leva, no máximo, dois dias.

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Uma queixa que também recebemos foi que um cavaleiro recebeu certo Grau, e quando foi acessar a página do PACC para pegar as informações necessárias para a elaboração do seu tra-balho, não teve acesso ao espaço do Grau que recebeu. Nesse caso, o que deve ter acontecido? E como ele deve proceder para solucionar essa questão?

É muito provável que o Grau não tenha sido devidamente registrado no SISDM. O Cavaleiro deve veri-ficar seu cadastro no Sistema de Informações DeMolay e entrar em contato com o Protocolista de seu Con-vento caso este realmente seja o problema. Se este não for o caso, um erro do Moodle deve ter ocorrido. Basta enviar um e-mail para [email protected] explicado a situação e tudo será resolvido.

Nesse momento chegamos ao fim das dúvidas que recebemos, temos certeza que sua participação foi muito importante para sanar questões, e também para ajudar a divulgar o PACC. Mais uma vez, a Equipe da Revista DeMolay RJ, agradece sua disponibilidade, e se quiser deixar alguma mensagem, falar alguma coisa importante que tenha faltando, por favor, fique à vontade.

Agradeço a oportunidade de apresentar e desmitificar o PACC. Gostaria de parabenizar o trabalho do Gabinete Estadual da Liderança Juvenil e da Equipe da Revista DeMolay RJ, que se empenham em promover a comunicação e a divulgação de conhecimento para os Capítulos e Conventos de nosso estado.

ENTREVISTADO:

Nome: Hugo RobertoLima RamirezCID: 72205Iniciação: 02/04/2006Capítulo: Imperial de Petrópolis, 470Convento: Príncipes do Real Segredo, 06Grau: Cavaleiro da Cadência

Cargo: Presidente da Comissão de Orga-nizações Filiadas e Paralelas, SCODB

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ARTIGO DEMOLAY: OS MORDOMOS

Prezados,

Estou com esse projeto engavetado e vamos tentar tirá-lo devagar. Nosso ponto de partida é que cada ofi-cial no ritual demolay tem o objetivo de nos ensinar qualidades. Vejamos os primeiros oficiais: os mordomos, pesquisando sua origem, que, infelizmente, não vai até os sumérios.

De acordo com a wikipedia, o mordomo do palácio era um dos mais altos dignitários de alguns estados medievais europeus, nomeadamente dos reinos francos dos séculos VII e VIII, sendo responsável pela admi-nistração da casa real.

A designação do cargo tem origem no latim “major domus” (maior ou superior da casa), abreviatura da designação completa do cargo “quasi magister palatii seu major domus regiæ” (por assim dizer, mestre do palácio ou maior da casa do rei).

Durante o século VII, o cargo de mordomo do palácio acabou por se tornar no detentor do verdadeiro poder por trás do trono da Austrásia, a parte setentrional do Reino dos Francos durante a Dinastia Merovíngia.

A partir de meados do período merovíngio, o mordomo passou a deter e a exercer real e efetivamente o poder no que dizia respeito às decisões que afetavam o Reino, reduzindo-se os reis ao desempenho de funções meramente cerimoniais, o que os tornava em pouco mais do que reis nominais e semples figuras de proa. Por esta altura, o mordomo pode ser comparado a um primeiro-ministro de uma moderna monarquia constitu-cional - concentrando o poder efetivo, em nome de um rei meramente cerimonial - ou das figuras do xogun japonês e do peshwa indiano.

O cargo tornou-se hereditá-rio em favor da família dos pipi-nidas, de onde saíram poderosos mordomos do palácio, entre os quais Carlos Martel, sendo que nos últimos quatro anos do seu gover-no nem sequer existiu a figura de um rei, ainda que meramente de fachada, reinando ele próprio com o título de “duque e príncipe dos Francos” (dux et princeps Franco-rum).

Depois da reunião da Aus-trásia e da Nêustria num único reino, Pepino, o Breve (mordomo desde 747) tomou a coroa aos me-

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rovíngios em 751, fundando uma dinastia de reis carolíngios. O seu filho, Carlos Magno, assumiu um poder ainda maior, ao ser coroado Imperador em 800, tornando-se numa das maiores figuras da história da Europa.

Em outros estados da Europa medieval, como foram os casos dos vários reinos ibéricos, existiram tam-bém os cargos de mordomo, segundo o modelo franco.

Ainda segundo a wikipedia, existem três acepções para a função:

1. O mordomo é um empregado doméstico, o chefe dos criados de uma grande casa.

2. Mordomo é também o administrador dos bens de uma irmandade ou confraria ou o organizador (e contribuinte) de uma festa popular, normalmente de cariz religioso.

3. Mordomo foi também um magistrado encarregado de cobrar impostos e de fazer citações e execuções judiciais.

Ainda existe uma passagem que merece nossa atenção em Lucas 16, sobre o mordomo infiel e a questão do esbanjamento no uso dos bens. Há uma reflexão sobre essa passagem bíblica:

Parábola do Mordomo InfielRodolfo Calligaris

“Havia um homem rico que tinha um mordomo; e este lhe foi denunciado como esbanjador dos seus bens. Chamou-o, então, e lhe disse: Que é isto que ouço dizer de ti? Dá conta da tua administração, pois não podes mais ser meu administrador. Disse o mordomo consigo: Que hei de fazer, uma vez que meu amo me tira a administra-ção? Não sei cultivar a terra, e de mendigar tenho vergonha. Já sei o que farei, a fim de que, quando me houverem tirado a mordomia, encontre pessoas que me recebam em suas casas. Chamou cada um dos que deviam a seu amo e perguntou ao primeiro: Quanto deves a meu amo? O devedor respondeu: cem cados de óleo. Disse-lhe então : Toma a tua obrigação, senta-te ali e escreve depressa outra de cinqüenta . Perguntou em seguida a outro: Quanto deves tu? Respondeu ele: cem cados de trigo. Disse-lhe: Toma o documento que me deste e escreve um de oitenta. O amo, sabendo de tudo, louvou o mordomo infiel, por haver procedido com atilamento, porque os filhos do século são mais avisados no gerir seus negócios do que os filhos da luz. E eu vos digo: Empregai as riquezas da iniqüida-de em granjear amigos, a fim de que, quando elas vierem a faltar-vos, eles vos recebam nos tabernáculos eternos. Aquele que é fiel nas pequenas coisas sê-lo-á também nas grandes, e quem é injusto no pouco também o é no mui-to. Ora, pois, se não houverdes sido fiéis no tocante às riquezas de iniqüidades, quem vos confiará as verdadeiras? Se não fostes fiéis com o alheio, quem vos dará o que é vosso?” (Lucas, 16:1-12).

Esta parábola, interpretada ao pé da letra, pode dar a entender que o Mestre esteja apontando o roubo e a fraude como exemplos de conduta dignos de serem imitados.

Considerada, porém, em seu verdadeiro sentido, seguindo o espírito que vivifica, encerra uma profunda lição de sabedoria e de bondade que poucos hão sabido entender.

Inicialmente, identifiquemos as duas principais personagens da historieta evangélica, e o local em que a ação se desenrola.

O rico proprietário é Deus, o Poder Absoluto que sustenta todo o Universo; o mordomo é a Humanidade, ou seja, cada um de nós; e a fazenda é o planeta Terra, campo em que se desenvolve atualmente nossa evolução.

Os bens que nos foram dados a administrar são tudo o de que nos jactamos estultamente nesta vida: pro-priedades, fortuna, posição social, família e até mesmo nosso corpo físico.

Todas essas coisas nos são colocadas à disposição pelo Supremo Senhor, durante algum tempo, a fim de se-

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rem movimentadas para benefício geral, mas, em realidade, não nos pertencem. A prova disso está em que sempre chega o dia em que seremos despojados delas, quer o desejemos, quer não.

Nossa infidelidade consiste em utilizarmo-nos desses recursos egoisticamente, como se fossem patrimônio nosso, dilapidando-o ao sabor de nossos caprichos, esquecidos de que não poderemos fugir à devida prestação de contas quando, pela morte, formos despedidos da mordomia.

Pois bem, já que abusamos da Providência, malbaratando os bens de que somos simples administradores, tenhamos ao menos o atilamento do mordomo de que fala a parábola.

Que fez ele? Para ter quem o favorecesse, quando demitido do cargo que desempenhava, tratou de fazer amigos, reduzindo as contas dos devedores de seu amo.

E’ o que Jesus nos aconselha fazer, quando diz: “granjeai amigos com as riquezas iníquas”. Em outras pa-lavras, isto significa que os sofredores de todos os matizes são criaturas que se acham endividadas perante Deus, são pecadores que têm contas a saldar com a Justiça Divina, e auxiliá-los em suas necessidades, minorar-lhes as dores e aflições corresponde a diminuir-lhes as dívidas, de vez que, via de regra, todo sofrimento constitui resgate de débitos contraídos no passado.

Se assim agirmos, ganharemos a amizade e a gratidão desses infelizes, que se solidarizarão conosco quando deixarmos este mundo, bem assim a complacência do Pai Celestial, porque muito Lhe apraz ver-nos tratar o pró-ximo com misericórdia .

Não falta, aqui na Terra, quem admire “os filhos do século” pelo fato de se empenharem a fundo, com inteli-gência, denodo e sacrifícios até, no sentido de assegurarem aquilo a que chamam “o seu futuro”.

Quão maiores louvores, entretanto, haveriam de merecer de Deus “os filhos da luz”, os já esclarecidos acerca da vida espiritual, se procedessem com igual esforço e dedicação, empregando a bondade na conquista dos planos superiores, situados além deste orbe de trevas?

Sejamos, pois, colaboradores fiéis da Divindade, gerindo os bens materiais de que dispusermos em confor-midade com os ensinamentos sublimes que nos foram ditados por Jesus no Sermão da Montanha; assim fazendo, estaremos acumulando, no céu, um tesouro verdadeiramente imperecível. Sim, porque as virtudes cristãs, que formos adquirindo no convívio com nossos semelhantes, são as únicas riquezas efetivamente nossas, e só elas nos poderão dar a felicidade perfeita, nos tabernáculos eternos!

Podemos afirmar que, além de serem os responsáveis pela ativação, em nosso altar, dos símbolos das li-berdades religiosa e intelectual, trazem a lição de que precisamos aprender a administrar os bens que estão em nossas mãos. Isso pode ser comprovado pelo Cerimonial de instalação, quando diz: “...muitas oportunidades de desempenhar serviços eficientes e seu próprio cargo lhe ensina que todo trabalho é honrado e digno de fiel desempenho.”

Ficam duas lições sobre a função, então: servir e aprender a administrar os bens, não só os próprios, mas os de outros.

Amplexos!

O AUTOR:

Nome: Adalberto Martins JúniorCID: 25102Iniciação: 09/11/1996Capítulo: Gonçalense, 209Convento: Sir Arthur, 027Grau: Cavaleiro da Cadência

Cargo: Secretário Estadual de Expansão do GCE-RJ

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HISTÓRIA: QUEM ERAM OS TEMPLÁRIOS (PARTE 1)

Prezados irmãos,

Atualmente já tratamos de alguns textos sobre símbolos, in-terpretações ritualísticas e frater-nidade dentro da Ordem DeMolay.

Dando continuidade ao pro-jeto da Secretaria de Ritualística do GCERJ dessa vez abordaremos o tema Cavaleiros Templários, ori-gem do nosso nome e nosso patro-no.

Frank Arthur Marshall, cria-dor do nosso ritual, não era só apai-xonado por simbolismo, mas em sua carreira de jornalismo havia escrito artigos sobre Templários e Jacques DeMolay. E foi com a ima-gem do nosso patrono sendo quei-mado vivo que ele se inspirou para produzir nossos rituais, segundo nos diz o livro “Hi Dad”. Portanto é justo que nós como DeMolays tomemos conhecimento de quem foi Jacques DeMolay e os Cavalei-ros Templários. Isso não só ajuda a compreender de onde vieram nos-sas virtudes, baluartes e Elevação, como também é um auxílio e in-centivo ao caminho dentro da Or-dem de Cavalaria e seus graus. Sem comentar o enorme valor cultural que isso nos trás.

O estudo dos Cavaleiros Templários não útil somente em valor da Ordem DeMolay e Ordem de Cavalaria, mas vai muito além.

Trás enorme carga cultural que fortalece sua liberdade intelectual. A Ordem dos Cavaleiros Templá-rios pode dividir a história das Or-dens Iniciáticas em antes e depois e sua existência. O local de sua ori-gem foi Jerusalém após a primei-ra cruzada cristã contra os judeus e muçulmanos, portanto logo de princípio aprendemos o que existe de comum entre essas três religi-ões. Eles se estabeleceram no local aonde foi o Templo de Salomão e lá se tornaram a mais podero-sa Ordem de Cavalaria de todos os tempos, portanto devemos nos perguntar a importância da estadia nesse local e o que era o Templo de Salomão. Seus envolvimentos com os primeiros reis de Jerusalém após sua retomada que eram o que al-guns historiadores chamam de fa-mília merovíngia, portanto envol-ve também o estudo da mitologia do Rei Arthur. Suas alianças com as ordens islâmicas e judaicas nos levam ao esoterismo cristão e des-sas duas religiões. Sua íntima rela-ção com as ordens de construtores que redescobriram o estilo gótico, construindo catedrais que ainda hoje desafiam a engenharia.

Enfim, o valor de termos como patrono Jacques DeMolay e apoiarmos nossos graus sobre essa Ordem de Cavalaria são de imenso valor cultural e nos ajudam a en-tender nossas virtudes e baluartes.

Passo um texto interessantís-simo sobre os Cavaleiros Templá-rios de autor desconhecido.

Peço que repassem para lis-tas Capitulares.

Se desejarem entrar em al-gum assunto dentro dos emails, criticas ou sugestões só mandar email.

OS TEMPLÁRIOS

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INTRODUÇÃO

Cavaleiros andantes que ti-nham como suporte a realização espiritual, os Templários, ordem guerreiro-religiosa, influenciaram definitivamente a Idade Média e a história da Civilização Ociden-tal, propiciando descobrimentos e progresso científico.Apesar de to-dos os conhecimentos adquiridos através do contato com os povos com os quais guerrearam e se re-lacionaram, os Templários tinham como função primordial manter viva a fé cristã nos seus aspectos iniciáticos e difundir essa doutri-na.Valentes, arrojados, aventurei-ros, detentores do saber da época, incumbidos de nobres missões, os Templários eram respeitados por reis e papas, e deixaram atrás de si, um rastro de lendas e estórias que até hoje são motivo de estu-dos e investigações.Seus tesouros, lendários, nunca foram encontra-dos. Possivelmente esse tesouro tenha sido todo o conhecimen-to armazenado e a compreensão das razões simbólicas profundas das tradições espirituais.Tinham como lema: “Non nobis Domine, non nobis sed Nomini Tuo ad Gló-riam.” “Não para nós, Senhor, não para nós, mas para Glória de teu Nome.”

OS CRUZADOS: Predecessores dos Templários

Desde a morte de Cristo que os fiéis de todas as partes se habi-tuaram a ir, em peregrinação, aos Lugares Santos, isto é, àquelas ter-ras da Palestina (Jerusalém, Belém, Nazareth, Cafarnaum, etc.) onde viveu, pregou e padeceu o Divino Redentor.

Após a queda do Império Romano, tais peregrinações con-tinuaram, e nem mesmo a tomada pelos árabes dos Lugares Santos

em 636, lhes pôs termo, já que os islamitas consideravam Jerusalém uma cidade Santa e Jesus, um pro-feta, até que no decorrer do séc. XI, os turcos seljurcidas ocuparam toda a Palestina, incluindo Jerusa-lém (1078). Esses orientais eram fanáticos pagãos e perseguiam os peregrinos, a quem infligiam se-vícias e torturas. Desta forma, o acesso à Terra Santa tornou-se ar-riscado, inibindo os cristãos de se aproximarem do Santo Sepulcro, o que causou verdadeira indignação em toda a Europa Medieval, então profundamente impregnada de es-pírito religioso. Acreditava-se que quem visitasse o túmulo de Cristo, teria assegurada a bem-aventuran-ça eterna.

Fechar Jerusalém significava fechar as portas do céu, e por isso, organizaram-se na Europa várias expedições militares onde senho-res feudais, reis e imperadores se aliavam para libertar os Lugares Santos no movimento que veio a chamar-se “As Cruzadas”.

As Cruzadas, gigantesco jogo de xadrez entre o Ocidente e o Oriente, era jogado num “ta-buleiro” que ocupava a Bacia do Mediterrâneo e as “casas” se cha-mavam Jerusalém, Bizâncio, Cairo, São João de Acre, Túnis, Krak dos Cavaleiros e outros nomes de evo-cação romanesca.

As “peças” eram figuras de imperadores, reis e cavaleiros de nomes sonantes na história e na lenda: Godofredo de Bouillon, primeiro rei de Jerusalém, Tan-credo, Ricardo Coração de Leão, Frederico Barba-roxa, S. Luís Rei de França, e muitos outros do lado cristão, enquanto que do lado mu-çulmano erguia-se a silhueta de Saladino (Salah-ed-Din), Sultão do Egito, um curdo em torno do qual se contam muitas lendas, por suas façanhas, inteligência e nobreza de caráter.

Como resultado dessas ex-pedições fundaram-se no Orien-te vários estados feudais sendo o

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principal o reino de Jerusalém, conquistado em 1099. Para con-correr à defesa da Palestina , e à semelhança do que sucedia entre os árabes, criaram-se entre a Cris-tandade, duas ordens monástico--militar, verdadeiras milícias de Cristo. Uma, a Ordem do Hospital, a outra, a Ordem do Templo, cujo nome oficial era “Milícia de Jesus Cristo”, ou “Irmãos Soldados, Po-bres de Jesus Cristo”.A Terra Santa, simbolizava o local da Sabedoria e da Espiritualidade, logo, quem guardasse esse local guardaria também esses valores.Certa vez, em resposta aos judeus, Cristo afir-mou:

- “Desfazei este Templo, e eu em três dias o farei ressurgir”.Os ju-deus replicaram:- “Este templo foi construído em quarenta e seis anos e Tu em três dias o hás de fazer res-surgir?”

Cristo se referia ao Templo do seu Corpo (São João, 2:21). Essa afirmação mostra claramente que seu Corpo é o Templo, e n’Ele ha-bita a plenitude da Divindade.

Há que se pensar que os

Templários eram os guardiões do Templo, ou seja, eles guardavam a doutrina divina.

ASCENSÃO

A Ordem do Templo foi fun-dada na Terra Santa em 1128 por Hugo de Payens (Payns, Pains ou Paganis - essa última a forma la-tinizada) e Godofredo de Santo Omer, fidalgos franceses, a quem em breve se juntaram outros sete cavaleiros, dentre eles, Arnaldo da Rocha, que se presume tenha sido português. Dispunham de poucos recursos - apenas um corcel para dois cavaleiros, diz a história, se bem que a interpretação simbóli-ca seja mais profunda: o cavaleiro que dirigia o animal, representa-ria a parte espiritual; o que vinha atrás, a parte material. A junção dessas duas partes simbolizava a Unidade.O Rei de Jerusalém, Bal-duíno II, consciente dos serviços que lhe seriam prestados, alojou--os nas ruínas do antigo Templo de Salomão, daí o seu nome - Ordem do Templo. Diz-se que, ao percor-rerem os labirintos do Templo, en-contraram o que durante milênios constituíra o segredo dos levitas - a

verdade divina e as revelações teo-sóficas da Kabbalah, que era a his-tória da criação com suas fórmulas herméticas - conseguindo inter-pretar os símbolos que adornavam as paredes do Templo, utilizan-do alguns deles como referências para sua saga.A pedido do Rei de Jerusalém, São Bernardo colige as regras da Ordem, baseadas nas de Santo Agostinho, e torna-se o ins-pirador espiritual e intelectual dos Templários.No Concílio de Troyes, em 1128, na presença de seu Grão--mestre (figura mais elevada) Hugo de Payens, a pedido do Papa Horácio II e do Patriarca de Jeru-salém Guasimondo, os Templários ganharam o hábito branco. Cerca de 1150, o Papa Eugênio II deter-minou que sobre o hábito usassem a cruz vermelha, simbolicamente formada por duas achas de armas cruzadas. Sua bandeira com a “bal-sa” repartida de negro - terror e morte do inimigos - e branco - fé e caridade para os cristãos, trazia a cruz vermelha, circundada pelo salmo de David. “não a nós Senhor, não a nós, mas para glória do Teu nome”, padrão de modéstia e ado-ração a Deus.

Desinteressados dos valores

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materiais, abnegados na sua devo-ta missão protetora, dedicando-se à caridade pública e dispostos a auxiliar militarmente o Rei de Je-rusalém, os Templários tiveram o melhor acolhimento possível.Ca-valeiros francos, normandos, ger-mânicos, portugueses e italianos acudiram a engrossar as fileiras da Ordem, que em pouco tempo se converteria na mais pujante de to-das as sociedades religiosas do séc. XII.

Guardavam cisternas, es-tradas, protegiam os peregrinos e colonos que chegavam da Europa, combatendo inimigos e bandidos muçulmanos sob o compromisso de três votos: pobreza, castidade e obediência.Ao mesmo tempo, instituía-se também a doutrina se-creta, o esoterismo, que, interpre-tando os símbolos do Templo de Jerusalém, criava uma nova men-talidade baseada nas trinta e duas vidas da sabedoria da Kabbalah. A Ordem possuía quatro classes: os cavaleiros, os escudeiros, os ir-mãos leigos e os capelães, forman-do este o clero privativo da institui-ção. Para obter o grau de cavaleiro exigia-se condição de nobreza, isto é, descendência de família de cava-

leiros e de matrimônio legítimo. O candidato devia estar livre de qual-quer compromisso ou voto, não ser casado ou ter noiva. O Grão-mes-tre, eleito como todos os dignatá-rios, tinha categoria de príncipe entre os reis, e o título de vigário geral do Papa. Nos Concílios to-mava assento depois dos bispos e antes dos embaixadores. Os outros altos dignatários eram o grande Prior, o Senescal, o Marechal, o Tesoureiro, o Porta Estandarte e o Turcopelier (general de cavalaria ligeira, cujos soldados se chama-vam Turcopolos, no Oriente). To-dos os superiores dispunham de um irmão de armas para sua defe-sa. Os mestres provinciais tinham dois cavaleiros por assistentes. Os filiados à Ordem seguiam rígida disciplina. Todos os dias assistiam ao Ofício Divino.Quando os deve-res militares disso os impedissem, rezariam certo número de orações, jejuando certos dias da semana e não devendo consumir ovos ou leite nas sextas-feiras. Era-lhes vedada a caça de aves ou animais não ferozes.O juramento prestado após as provas do fogo, da água, e de extenso interrogatório, vinha assegurar as verdadeiras razões da Ordem: “Juro consagrar minhas

palavras, minha força e minha vida à defesa da crença em Deus e dos Mistérios da Fé, prometendo intei-ra obediência ao Grão-mestre da Ordem.E sempre que os Sarrace-nos invadirem terras da Cristan-dade, atravessarei os mares, para libertar meus irmãos, socorrendo com o meu braço a Igreja e os Reis Cristãos contra os infiéis, comba-tendo, se preciso for, sem fugir,mas somente se forem Muçulmanos.Pouco antes de 1150, os Templá-rios estabeleceram-se na França, no Nordeste de Paris.Sua sede er-guia-se numa região pantanosa e pouco salubre. Com pouco mais de trinta anos de existência a Ordem contava, espalhada na Europa, com cerca de nove mil casas, templos e fortalezas. Apesar de não aparentar muito na fase inicial, a Ordem se desenvolveu de uma maneira ex-traordinária, expandindo-se tanto na Europa como na Terra Santa, uma vez que despertou o”. interesse e imaginação de muitos cavaleiros idealistas da época, que, cansados da vida mundana, procuraram na vida ativa e bélica dos monges guerreiros uma razão para viver e uma causa justa para morrer.

Cada vez mais foram os

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Templários se infiltrando e ga-nhando confiança generalizada. Os postulantes, que eram artífices, agricultores, mercadores, serviam à Ordem dentro de suas habita-ções profissionais, cultivando ter-ras, administrando propriedades, exercendo seus ofícios. Foram-se multiplicando. Praças fortificadas, templos e castelos iam sendo edi-ficados e a relação dos Templários com as corporações medievais de artes e ofícios deu origem, mais tarde, a numerosas especulações sobre uma possível integração da Ordem na seqüência dos prede-cessores da moderna Maçonaria.O fato de existirem mulheres na Or-dem é sujeito a dúvidas. A figura feminina era a representação da be-leza. Nos seus escudos de combate haviam legendas amorosas. A cruz era um pretexto e o amor um fim. Conta-se que a Ordem do Templo teve um cavaleiro Gerardix (Ge-rardine de Brisson), que, na defesa da Praça de São João de Acre con-tra os turcos seljurcidas, realizou prodígios de bravura antes de cair prisioneiro. Aí surge a revelação sensacional: o heróico cavaleiro era mulher, disfarçada. É possível que muitas mulheres tenham usado deste artifício.Apoiada pelo Papa-

do, recebendo numerosos legados e avultadas doações de membros do clero e grandes senhores, atin-giu a Ordem uma dimensão gigan-tesca.Por determinação do Papa Inocêncio II em 1139, a Ordem passou a depender da Santa Sé, o que a tornou independente dos bispos e das monarquias reinantes, ganhando assim larga independên-cia de caráter internacional e vasto poder, conseqüentemente.

Sem conhecer fronteiras, a Ordem do Templo, organização paramilitar, com uma rede de ati-vidades econômicas resultantes da administração de bens espalhados pela Europa e Oriente Próximo, passou a ser um Estado quase in-dependente, dentro dos estados. Sua isenção e seriedade em maté-ria de finanças tornou-os merece-dores da confiança de todos. Sua reputação como guardiões seguros de estradas e caminhos, leva a que fossem considerados os melhores e mais eficientes transportadores de dinheiro e valores da época. Fun-cionavam como uma instituição bancária com agências em toda a Europa Ocidental e Terra Santa: adiantamentos, transferências de fundos, pagamentos à distância,

sistemas de contas-correntes e em-préstimos contra garantias (sem juros, pois isso era contrário à Lei da Igreja).

Difundiram também as le-tras de câmbio, transferindo di-nheiros sempre que necessário, utilizando a segurança de suas fro-tas e de suas escoltas. Criaram uma vasta rede que, cruzando os mares, transportava tropas, peregrinos e mercadorias entre Europa e Orien-te Próximo.

A rigor, a nenhum dos cava-leiros era permitido auferir vanta-gem pessoal dos valores da Ordem, possuir quaisquer bens, nem trazer dinheiro particular consigo.Admi-nistrando tesouros reais, tornaram--se uma força econômica notável, numa época em que e economia era basicamente primária, agríco-la e local.Aliando a esta grandeza um poderio militar enorme, cheia de prestígio, tanto entre cristãos como entre os muçulmanos, a Or-dem tornou-se uma força política tremenda, jogando com o Papado e as monarquias mais importantes da época de igual para igual.Presi-didos pelo Grão-mestre, de forma rígida e severa, com exagerada dis-crição na reuniões e capítulos que decorriam à portas fechadas, num sigilo total, acumulavam segredos impenetráveis. Conselheiros de reis, respeitados por sua integrida-de e capacidade militar e política, começaram a despertar invejas e preconceitos.

Seis de seus vinte e dois grão--mestres morreram heroicamen-te em batalhas. Seu equipamento militar era idêntico aos dos outros cavaleiros da época: escudo, lança, elmo, coifa, cota de malha, mas a espada de dois gumes tinha a pon-ta arredondada, o que apenas per-mitia acutilar, nunca ferir de ponta.

O CONHECIMENTO

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Por causa das viagens e do contato com culturas e civilizações tão diversas, os Templários arma-zenaram conhecimentos e técnicas provenientes dos povos com os quais mantiveram contato: técnicas de orientação usadas pelos guias de caravanas dos desertos asiáti-cos e africanos e pelos pilotos que navegavam no Oceano Índico; co-nhecimentos astrológicos, no que se referia às estrelas, constelações e movimentos dos astros. O contato com turcos-bizantinos, árabes, ar-mênios, egípcios, ismaelitas, etc., fizeram com que tivessem acesso às fontes dos conhecimentos e fi-losofias orientais: á astronomia, ál-gebra, à geometria e até à química, que dava os primeiros passos sob a égide da alquimia. Confrontavam idéias com judeus cabalistas, sa-biam dos segredos das Pirâmides e dos Faraós. As tradições sagradas desses povos foram assimiladas por eles, se bem que sua missão era

manter a pureza do Cristianismo, no seu aspecto iniciático. O her-metismo da fé cristã foi mantido vivo pelos Templários.

A sabedoria proveniente de outras filosofias e crenças foi assi-milada e o ocultismo de elevado valor, só acessível a iniciados, fazia parte de sua ampla cultura.Con-tribuíram largamente para o pro-gresso da humanidade, difundindo seu conhecimento e favorecendo

diretamente a uma etapa da his-tória dos grandes descobrimentos marítimos.

CONTINUA...

O AUTOR:

Nome: Leonardo Cestari LacerdaCID: 76726Iniciação: 13/04/2008Capítulo: Imperial de Petrópolis, 470Convento: Águia Branca e Negra, 78Grau: Cavaleiro Ex-Templário

Cargo: Secretário Estadual Ritualística, GCE-RJ

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Palavras do Mestre Conselheiro Estadual

Queridos Irmãos e tios,

O último final de semana de maio, quando estivemos em nosso Congresso Estadual e assumimos a responsabilidade de servir á Or-dem DeMolay do Rio de Janeiro, já parece uma lembrança distante. Afinal, foram seguidos de meses de árduo trabalho, quando vivemos intensamente a Ordem DeMolay.

E agora, quando o ano se en-cerra, podemos olhar para aque-les meses que já se encontram no passado e lembrarmos com grande alegria dos momentos vividos. Não por terem sido fáceis, pois vimos á nossa frente obstáculos, mas por-que foram graças a eles, quando foi preciso, chamamos os nossos Capítulos e convocamos nossos DeMolays que tivemos a certeza da unidade, força e do Compa-nheirismo dessa grande Ordem, da Família DeMolay do Estado do Rio de Janeiro, que nunca deixou

de ouvir e atender a esse chamado.Nesses meses de 2011 já es-

tivemos em mais da metade dos Capítulos do nosso Estado, sem-pre com a proposta de não ape-nas visitá-los, mas aproveitar essa oportunidade para levarmos trei-namentos, para vermos de perto a realidade de cada Capítulo e jun-tos, traçarmos metas e buscarmos soluções. Como acredito que de-vemos tratar “desiguais de modo desigual”, nos Capítulos com pro-blemas mais graves a Equipe do Gabinete Estadual esteve presen-te em seu dia a dia, oferecendo o suporte emergencial que há tanto tempo necessitavam, e já estamos colhendo os frutos de alguns ca-sos, e outros virão no futuro. Esse ano, realizamos o primeiro Grande Censo Estadual dos últimos anos, mapeando a realidade da Ordem DeMolay no nosso Estado, tor-nando possível que nossa Equipe defina metas ousadas para o nosso Gabinete e para o Estado.

As Congregações Ritualís-ticas Regionais de 2011 foram um imenso sucesso em todas as Re-giões Administrativas do Estado. Seja pelo recorde de público em to-das elas, pelo maior número de Ca-pítulos representados, na maioria dos casos com todos os Capítulos da Região presentes ou pela exce-lência da organização das Congre-gações, elevando esse encontro regional a um novo patamar. Uma conquista dos nossos Mestre Con-selheiros Regionais, que estão sendo exemplares na condução de suas responsabilidades, e ouso afirmar que são o melhor grupo de MCRs vistos nos últimos anos no nosso Estado.

A comemoração do Dia da Independência do Brasil foi à al-tura que essa data merece. No já tradicional Desfile Cívico em Pe-trópolis, a Ordem DeMolay esteve presente com recorde de irmãos

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dos últimos anos, com mais de 100 presentes; marcamos presença no desfile da cidade de Petrópolis e re-cebemos homenagem da Prefeitu-ra. Assim como os DeMolays esti-veram presentes no Desfile Cívico de Sete de Setembro das cidades de Volta Redonda, com membros do Capítulo Wilton Cunha e Bar-ra Mansa, e na cidade de Resende, com membros do Capítulo Agu-lhas Negras.

E chegado o mês de dezem-bro para encerramos esse ano mag-nífico á altura, realizamos a primei-ra iniciação á Ordem DeMolay na cidade de Saquarema, ingressando em nossas fileiras mais 9 DeMo-lays. Um dia marcante, quando mais de 30 DeMolays, 20 maçons e inúmeros familiares e convida-dos lotaram o Templo para parti-ciparem desse dia histórico, dando o primeiro grande passo para em um futuro próximo fundarmos um Capítulo DeMolay naquela cidade, fazendo brilhar naquela região os raios das Sete Grande Luzes De-Molay. Ao Ir. Adalberto Martins e todos aqueles que ouviram esse chamado e estiveram presentes, muito obrigado por nos apoiarem nesse projeto e logo estaremos novamente em Saquarema para a fundação de mais um Capítulo no Rio de Janeiro.

Vale ainda destacar que mes-mo estando no Rio de Janeiro há mais de 30 anos, a Maçonaria do nosso Estado pouco nos conhece. E graças ao trabalho dos nossos Capítulos e de toda essa equipe, hoje já alcançamos um patamar inédito, a relação entre Ordem DeMolay e Maçonaria tem sido a cada dia ainda melhor. Represen-tando nossa Ordem no Estado, tive a honra de realizar uma palestra na Soberana Assembléia Legislativa do Grande Oriente Independe do Rio de Janeiro, com a presença do presidente da casa, do Tio Rafael - Grão Mestre do GOIRJ, Tio Sergio Antônio - Sec. de Paramaçônicas do GOIRJ e de tios Deputados de todo o Estado. Um fato inédito na história da Soberana Assembléia do GOIRJ. Estivemos também no Lavradio, na presença do Grão Mestre em Exercício do GOB - RJ e do Grão Mestre Eleito do GOB-RJ, recebendo a Medalha de Mérito Maçônico oferecida pela Loja Ma-çônica Estrela do Rio Comprido.

E como último evento ofi-cial do ano, pela primeira vez na história da Grande Loja Maçôni-ca do Estado do Rio de Janeiro, os DeMolays estiveram presentes na Assembleia de Final de Ano desta importante Potência Maçônica. Na ocasião, escoltamos a entrada do

Tio Waldemar Zveiter, Grão Mes-tre da Grande Loja do RJ, em sua entrada á Assembléia, recebendo apresentação de armas dos cavalei-ros presentes, em uma cerimônia belíssima que emocionou a todos os presentes.

E agora, já tendo raiado o ano de 2012, esse momentos re-lembrados são como um prelúdio dos meses que teremos pela frente. Parabenizo nossa excelente equipe, que a cada dia tem dado verdadeiro exemplo de superação e compro-misso, e cada DeMolay, destaco a dedicação que vejo em cada Capí-tulo visitado e agradeço pelo apoio sempre presente. E que os meses próximos meses sejam tão inten-sos e fantásticos como aqueles já vividos. Vamos sustentar o mesmo ânimo e força, mantermos o ritmo e indo sempre e ainda mais longe. Inspirados pelo lema dito pela pri-meira vez no Congresso Estadu-al de 2011 e que levaremos como nosso bandeira, sempre firme, “Preservando Virtudes, Inovando Idéias e Concretizando sonhos”, vamos juntos, em 2012, tornar ain-da mais sonhos realidade, rumo a novos horizontes para a Ordem DeMolay do RJ.

“Enquanto existir essa Ordem: nós estaremos unidos”

Ir. Raphael CastroMestre Conselheiro Estadual RJ

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O Encontro Fluminense da Ordem da Cavalaria (EFOC) é o encontro anual entre os membros da Ordem de Cavalaria no estado do Rio de Janeiro e tem o objeti-vo de desenvolver nos Cavaleiros aprofundamento nas áreas intelec-tual/filosófica, através de estudos e concessões de graus.

Para aqueles que desejam

maiores informações a respeito do assunto, a Ordem de Cavalaria é uma organização filiada à Ordem, destinada a DeMolays a partir de 17 anos, contando com Graus his-tóricos e filosóficos. Os maçons tem livre acesso aos trabalhos de-senvolvidos, bastando apenas tra-jar terno, sem uso de outros para-mentos (aventais, balandraus, etc).

O 1º EFOC ocorreu na cida-

de de Niterói, em 2003. Na época, havia apenas o grau de Cavaleiro e a Ordem do Ébano. O evento foi organizado pelo Convento Sir Ar-thur “O Pendragon” nº027. Em se-guida, foram implementados pelo SCODB, o Ilustre Rito da Cavalaria Brasileira (IRCB), ampliando o nú-mero de graus, organizando-os em um sistema, e o PACC (Programa de Certificação de Conventos, mo-dificado depois para Programa de Certificação de Cavaleiros), a fim de estimular o estudo dos cavalei-ros.

Com isso, ser investido nas

ordens (graus) passou a significar merecimento por um estudo de-senvolvido. Por outro lado, trou-xe maiores responsabilidades aos Conventos na instrução de seus cavaleiros.

Na edição anterior, em 2011,

o tio Antônio Carlos Rafael, So-berano Grão Mestre do Grande Oriente Independente do Rio de

Janeiro, recebeu singela homena-gem do Grande Capítulo Estadual/RJ, pelo apoio constante ao traba-lho da Ordem no estado.

Assim como em 2011, nes-

te ano o EFOC será sediado pelo GOIRJ e organizado pelo Conven-to Sir Percival de Gales nº001.

O EFOC vem com grandes

novidades. A comissão de organi-zação promete surpreender todos os presentes, oferecendo um exce-lente encontro.

Esse ano, o EFOC tem a pre-

tensão de ser um fórum de discus-são, de troca de informações sobre a realidade da ordem de cavalaria e de experiências entre os Conven-tos, mapeamento dos problemas e concessão de graus, instruções e estudos.

Sobretudo, uma oportunida-

de de congraçamento de toda a Or-dem de Cavalaria e de toda a famí-lia DeMolay do estado de Janeiro.

Nesse ano de 2012 o EFOC será muito movimentado com ...

- Assembléia Estadual- Investidura noturna ao Grau de Cavaleiro,- Palestras- Concessão dos Graus do Ilustre Rito da Cavalaria Brasileira – do Cavaleiro da Capela até o Tríade- Távola Festiva- Instruções Ritualísticas- Reunião de liderança- PROCAP de Protocolista e Ritu-alística

WWW.EFOC.COM.BR

ENCONTRO FLUMINENSE DA ORDEM DE CAVALARIA

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