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Edição nº 15 Atenção para a INFÂNCIA

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Revista Ceap - edição 15

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Page 1: Revista Ceap - edição 15

Edição nº 15

Atenção paraa INFÂNCIA

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É muito bom nos encon-trarmos outra vez. Muita coisa já se fez na escola – e está em exe-cução e projeção – desde nossa última edição. Liderança é um assunto que está na nossa pauta dessa vez. O Grêmio Estudantil do CEAP teve uma eleição disputa-da por três chapas e um processo democrático interessante, aumen-

tando a responsabilidade da turma escolhida para administrar o GEMLI.

O que eles vão fazer? E como? Isso, e também como foram a campanha e elei-

ção, está contado nessa edição da CEAP em Revista, que traz, também, a cobertura – com depoimentos – do Encontro de Lideranças Es-tudantis da Rede Sinodal de Educação que foi sediado pela nossa escola.

Um (re) encontro com ex-alunos está sendo proporcionado nesta edição em duas páginas. Em uma delas a tradicional edi-toria “Onde andam?” traz depoimentos de gente que está perto e longe do CEAP. E a comemoração de trinta anos de formatura da turma que concluiu o Segundo Grau em 1983 merece um destaque especial. Assim como merecem um espaço importante pro-duções textuais de nossos alunos e projetos que estão sendo desenvolvidos nos diferentes níveis, anos e séries da escola.

Nessa edição voltamos a tratar de um assunto que está na pauta do CEAP todos os dias: a infância. Você vai conhecer o proje-to lançado pela Educação Infantil chamado “Viva a Infância”, cujas ênfases estão na de-fesa de uma infância como deve ser - em que o brincar precisa ter o espaço devido - e na saudação a uma fase espetacular da vida de todos, que merece ser compartilhada com a escola e a família. E a temática ganha des-taque, também, com a matéria de capa, que volta a destacar o trabalho desenvolvido pelo projeto Tempos de Criança, cada vez mais consolidado no CEAP.

Um último destaque é para o texto “Obrigado professor...”, que pretende ser mais uma injeção para que a comunidade escolar, especialmente, envolva-se em uma necessá-ria e permanente campanha de valorização de quem faz educação na escola. A entrevis-ta desta edição vai direto ao ponto em um assunto muito mais do que pertinente. Tem mais atrações, claro. Fique à vontade e deli-cie-se com nossa nova edição.

CEAP Em REvistANº 15 – Maio de 2013Publicação do Colégio Evangélico Augusto PestanaEdição: Assessoria de Comunicação do CEAPProjeto Gráfico: Z ComunicDiagramação: Cia da ArteJornalista Responsável:André da RosaFale com a redação: [email protected]

“Melhor é serem dois do que um, porque duas pessoas trabalhan-do juntas podem ganhar muito mais. Se uma delas cai, a outra levanta o seu companheiro: mas ai do que estiver só; pois, cain-do, não haverá outro que o levante”.

(Eclesiastes 4.9-10)

Um dos enfoques desta revista é o 19º Encontro de Lideran-

ças Estudantis da Rede Sinodal, ocor-rido no mês de abril, aqui no CEAP. Aproveito esse espaço para aprofun-dar um pouco mais a reflexão sobre liderança numa perspectiva bíblica.Nós sabemos que um líder não pode fazer tudo sozinho. Ele precisa, neces-sariamente, contar e apoiar-se no tra-balho de outros parceiros, para que o seu objetivo prospere. Devem ser pes-soas capazes, nas quais possa confiar.

Certa vez ouvi a frase “as pessoas são o ativo mais im-portante da em-presa”. Essa não é uma novida-de no mercado, mas é uma ver-dade que pre-valece há muito tempo.Na Bíblia essa é uma reali-dade já há muito conhecida. Apesar dos heróis da Bíblia não usarem a palavra “equipe” eram mestres em utilizar essa prática. Eles não dispunham de uma infraestru-tura tecnológica de ponta. As condi-ções eram rudimentares, eles tinham que se superar.Viviam em tendas na maior parte do tempo e sem moradia permanente. A vantagem deles era o respeito pelos recursos humanos, já que muitas vezes, as suas posses – ovelhas, cabras, gado e terras – eram saqueadas pelos inimigos. Pela neces-sidade, eram obrigados a motivar-se entre si e permanecerem juntos para poder vencer. Desde os tempos bíbli-cos, as pessoas conseguem realizar mais quando trabalham unidas. Os

líderes da Bíblia percebiam que um grupo é mais do que a soma de suas partes.Eram capazes de formar equi-pes fortes, onde o desejo individual era subordinado às necessidades do grupo. Para libertar-se do jugo do fa-raó, no Egito, por exemplo, os hebreus uniram-se, sob a liderança de Moisés.Havia uma quantidade considerável de sacrifício individual a serviço do objetivo geral da equipe de atingir a “Terra Prometida”. Para alcançar esse objetivo, estavam motivados pela crença em Deus de que chegariam lá. Essa certeza os manteve firmes, mes-mo com a troca de liderança nas gera-ções subsequentes.

A lição para o líder moderno é perceber que se os membros da equipe não se sentem valorizados ou enxergam o líder da equipe colhendo toda a glória, enquanto fazem o tra-balho duro, as referências de grupo, como um todo, tendem a ficar vazias.

Uma equipe desmotivada não ajuda no objetivo. O papel do líder é en-xergar que todos no grupo têm uma função distinta e importante, com ha-bilidades e formações diversas. O lí-der deve observar essas qualidades e incentivar seus comandados em torno do objetivo.

Nós como Equipe CEAP quere-mos crescer juntos na valorização do coletivo. As palavras de Eclesiastes nos norteiam na tarefa de trabalharmos juntos e juntos podermos ganhar muito mais e fazermos a diferença nos nossos diferentes espaços de convivência.

Luciano Miranda MartinsPastor Escolar do CEAP

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teTrabalhamos em Equipe

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As muitas carasdo Arauto

Por décadas ele foi o “órgão do Grêmio Estudantil Monteiro Lobato de Ijuí”. O jornal “O Arauto” é uma lenda do GEMLI no CEAP. Cada diretoria lhe dava um jeito próprio, fruto da interminável criatividade dos adolescentes. Desde o formato, tamanho, estilo, passando também pelo

que era pauta, tudo era “mutante” - até a periodicidade. Na capa da edição de 1993 estava impresso “o único semanário mensal que é publicado todos

os dias uma vez por ano!”. Às vezes eram mais que uma edição anual. Hoje o canal de informação dos alunos é prioritariamente virtual. O semanal #Fikdik é afixado nas paredes das salas de aula e do pátio. Tempos diferentes. Tempo de lembrar de como era “O Arauto” em diferentes fases.

Alunos da Rede Sinodal no Encontro de Lideranças no CEAP

Edição de 1990 identificava o 38º ano do Arauto. A recente queda do muro de Berlim era um dos assuntos.

A segunda edição de 1999 trazia os Teletubbies na capa com o título “Cololido!”, numa alusão à impressão em cores, ao menos da capa e contracapa. Eram 20 páginas de jornal.

Super-heróis de diferentes épocas faziam a capa colorida da edição de 2002.

“O jornal que é uma revelação”, dizia a chamada de capa da edição de novembro de 1995, com ilustração do aluno Gui Róger.

Era setembro de 1998 e circulava a segunda edição do ano. Evandro Bertol era o desenhista em uma equipe editorial de dez alunos. Uma delas, Letícia Bührer, seria jornalista depois da escola.

Uma das últimas edições, o Arauto de 2009 trazia a tradicional editoria das “frases malditas”.

A capa e outras ilustrações internas eram resultado dos traços do aluno Rodrigo Lenz.

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Obrigado Professor...

Professor – vamos valorizar?

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Do Jardim de Infância ao 1º ano do Segundo Grau foram bons anos vividos na escola. “Lá no Jardim, onde entrei em 1975, lembro que a gente foi vacinado contra coqueluche”, conta Fernando. Daquela época, também, vem à lembrança ao dia em que um fotógrafo “veio fazer foto da nossa turma no último dia de aula. Quase todos choraram. Lembro do Marcelo Garzella, do André Zanchet chorando...”.

São muitas lembranças do tempo curtido no pá-tio e das rotinas escolares. “A gente jogava bola na ‘Cova’. Todo mundo ao mesmo tempo. O Mãozinha (Antônio da Luz) jogava pingue-pongue com a gente, e ganhava de nós. Lembro do uniforme, calça de tergal e sapato preto. Isso marcava, assim como marcava o respeito pela figura

do diretor. Era uma postura diferente na época”. Do fute-bol jogado no recreio vinha, depois, uma seleção feita pelo

professor Antônio Schwingel “para ver quem jogava futebol e também basquete. Eu era o mais novo da turma, magrinho...Não pegava time”.

Fernando lembra dos professores Florêncio Berger, de Português, Armindo Porscher da Biblioteca: “eu ia muito lá, vivia retirando livros”. Lembro, também, da Lira (Garros), do Serviço de Orientação Educacional. Todo mundo passou por lá. Da Mô-nica (Brandt) de História e do Serviço de Orientação Pedagógica, que ficava na mesma sala coma Lira. Briga e nota baixa rendia

uma visita àquela sala. O (Luiz Paulo) Mauhs era professor de Inglês...”.

O ex-aluno revela que a mesma turma de colegas por muitos anos for-mou “uma unidade bacana”. Depois do CEAP ele concluiu o Segundo Grau na escola Da Paz, em Santa Rosa. Estudou Medicina Veterinária na UFSM em Santa Maria. Atualmente é co-ordenador do Programa Sanitário de Febre Aftosa, na Secretaria Estadual de Agricultura. Mora em Porto Alegre com a esposa e duas filhas. “Tenho saudade de tudo que era da época da escola. Me identifico com a estrutura do CEAP, com o lugar, porque pra-ticamente me criei dentro da escola a artir dos quatro anos. Esse espaço físico era ‘gigante’ pra gente na época”.

Dos anos de CEAP o principal aprendizado, segundo Fer-nando, foi “o comportamento social, a educação mais rígida de formação. Isso se reflete na vida. A gente aprende a respeitar o outro, a conviver. A formação moral foi o mais forte no CEAP”.

Ela chegou no CEAP em 1986 e estudou até o final do Segundo Grau, em 1992. Deste período, Tassiane morou por três anos dentro da escola, no Internato, que ainda funciona-va. “A Dona Edith era quem nos cuidava”, lembra, acrescentando que além do internato feminino também funcionava o internato masculino na escola.

E é do período de internato que vêm as recordações “mais divertidas. Eu era a mais nova. Em uma noite tivemos jantar lá no campo (Campo do CEAP). Levaram a gente de Kombi. Na volta nos trouxeram para a escola e a dona Edith (François) e o Jorge (Trentini), que cuidava dos meninos, ficaram lá no campo arru-mando as coisas. Os meninos resolveram conhecer o nosso inter-nato e nós o deles. Foi aquela confusão. Uma correria. No outro dia levamos uma ‘chamada’ da direção. Tivemos que assinar um termo nos comprometendo em respeitar as regras do internato”.

A passagem pelo internato da escola contribuiu, segundo Tassiane, para sua formação. “No CEAP tive toda minha forma-ção escolar e por morar no internato, aprendi rápido as obriga-ções da vida. Acabei amadurecendo mais cedo e tendo respon-sabilidades. Hoje agradeço pois isso ajudou na minha formação pessoal”. A ex-aluna foi atleta. Jogava voleibol. “Nós éramos treinadas pela Márcia (Michael). Fomos campeãs da Olimpíada Evangélica (ONASE) m Joinvile. Eu e a Airam Sausem éramos ata-cantes de ponta, a Sheni e a Simone Antonello eram atacantes de meio e a Ana Zago e a Patrícia Berwig levantadoras”.

Entre tantos professores, ela lembra do professor Louren-ço Paris “e toda sua calma, da rapidez da Jorgina (Oliveira), do Renato “Bobeira” (Morares), do Irineo (Sauer) no Laboratório de Química, da profe Claudete (Gomes) e de toda sua disciplina”. Nos recreios a galera comia “pastel de vento, pois tinha pouca carne (risos) Era uma delícia”.

Tassiane também participou da diretoria do GEMLI, quan-

do a turma criou a Festa do Ridículo. “Estava no 1º ano do Segundo Grau. Fomos fantasiados na festa, que acon-teceu na Paquetá”. A concentração da turma era sempre na casa do colega Vlademir, que mo-rava em frente ao CEAP na casa onde depois funcionou uma escola de idio-mas.

Foi no CEAP, também, que Tas-siane encontrou a pessoa com quem iria compartilhar mais anos pela frente. “Es-tava no terceiro ano quando comecei namorar o Alexandre (De-boni), hoje meu marido. Mas a nossa história já tinha iniciado na 7ª série. Lembro que o Jornal da Manhã foi entrevistar casais de namorados no CEAP para a edição da semana do dia dos namorados. Eu e o Alexandre fomos entrevistados e tenho esse jornal guardado”.

Depois do CEAP a ex-aluna estudou Odontologia na PUC em Porto Alegre. Formada em 1999, voltou para Ijuí, fez espe-cialização em Implantodontia em Campinas, São Paulo, e desde 2000 atua em Ijuí. Casada com o ex-colega de CEAP, Tassiane e Alexandre têm dois filhos que estudam no CEAPzinho: Clara no Nível 4 e João no Nível 1.

Se você leu o título e está lendo estas palavras, certamente você teve um professor, uma profes-sora que auxiliou nesta tarefa de aprender a ler, a conhecer os números, as operações ma-temáticas, a ter um mundo sen-do descortinado à sua frente. E,

agradecer a estes professores que passaram pelas nossas vidas é im-

portante.Apesar do avanço das tecnologias, das comunicações aceleradas e da possibi-lidade de, através delas ter contato com o mundo, sempre haverá necessidade de que alguém ensine como usar bem estas tecnologias a favor de um apren-dizado consistente. Este alguém sempre será um professor.A base da educação escolar é a figura do professor. Nele é centrado o projeto pedagógico de uma escola, a partir dele se desenvolvem as ações pedagógicas,

as relações com o conhe-cimento e com os outros seres que compõe o gru-po social. E, também a convivência social deve ser aprendida e orien-tada e, além da família, também os professores são personagens im-prescindíveis na orienta-ção deste processo.Pelo que já se expôs, não se vê a possibilidade de prescindir da existência de professo-res. Por isto mesmo, agradecer aos pro-fessores por tudo o que ele representa ou representou para cada um é quase uma obrigação, é um reconhecimento de cada um pelo que se é, independen-temente da idade que se tem. Agradeça ao seu professor, pelos exemplos, pelos conhecimentos repartidos, pelos desa-fios lançados.

S e você sabe ler, agradeça ao professor.A propósito, em todo o texto me referi a “professor” sempre de forma genérica. Professores e professoras estão plena-mente incluídos, sempre.

Gustavo MalschitzyDiretor do CEAP

Esta edição da “CEAP em Revista” dedica esta página para uma iniciativa surgida através de uma provocação feita inicialmente ao grupo de professores do CEAP no início deste ano letivo. A ideia é contagiar a comunidade escolar a partir de uma atitude de gratidão a quem foi e é nosso professor, ou de nossos filhos. Uma das formas é publicizar, de diferen-tes formas, a frase simples “Obrigado professor...”, assim mesmo, com reticên-cias, para que cada um complete men-talmente – e verbalize também – com os motivos tantos pelos quais os professo-res merecem agradecimento. Esta ação não está relacionada ao dia 15 de Ou-tubro – e nem precisa – mas trazemos, aqui, uma pequena reflexão proposta pelo educador e pensador Paulo Freire por ocasião desta data certa vez. Ilustra bem a importância de campanhas como essa.

“Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que

seus filhos sejam professores. Isso nos mos-tra o reconhecimento que o trabalho de edu-car é duro, difícil e necessário, mas que per-mitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remu-nerados, com baixo prestígio social e respon-sabilizados pelo fracasso da educação, gran-de parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho. A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem dian-te dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda”.

Paulo FreireEducador e Pensador

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Nem sempre um assunto fácil, a sexualidade é uma realidade que, por isso, muitas vezes acaba sendo tratada de forma inadequada ou mesmo não abordada. No CEAP os alunos e famílias do 7º ano estão participando de momentos de discussão

sobre o tema. Uma das palestrantes, a psicóloga e psicoterapeuta da infância, adolescência e adultos,

Cristina Boll Stragliotto, amplia o assunto aqui, abor-dando a infância e a adolescência.

As crianças de hoje estão sendo expostas mais cedo à questão da sexualidade.O que está acontecendo?Não só a questão da sexualidade está surgindo de forma precoce na contemporaneidade, assim como várias etapas do desenvolvimento da criança e do adolescente. Há ques-tões que estão aflorando precocemente. É um fenômeno mundial. A infância está mais curta. E deixando de brincar, elas passam a ter interesses maiores para questões da tec-nologia, com informações que vão além da etapa que de-veria estar sedo vivida. Existem etapas do desenvolvimento na infância e adolescência onde uma complementa e esse processo, quando deixa de ser vivido, pode acarretar em prejuízos emocionais.

Há muita informação, hoje, disponível, em comparação com uma ou duas décadas atrás. Mas quem deve filtrar isso para as crianças e os adolescentes? Esse limite precisa existir e é função dos pais; não cabe à es-cola nem à“tata”. Tudo na vida é questão de limite, inclusive a sexualidade precoce. As precocidades estão associadas à falta de limite, falta de proteção dos cuidadores das crianças. Saber com quem vai, aonde vai e que horas volta deveria ser regra que, aliás, tem um fundo de cuidado e proteção que quase não se vê mais. Está tudo muito liberado, sem censura, atualmente.

Percebe-se um processo de “adultização precoce” nas crianças - especialmente nas meninas - no que diz res-peito a roupas, maquiagem, alguns tipos de festas (to-car funk, por exemplo, em festa de aniversário de 8 ou 9 anos)... Há um sinal de alerta aqui?De novo aqui a questão é de limites. A maneira como a crian-ça vai se vestir, se maquiar e até se portar também tem que ser orientada pelos pais. A criança pode até se expor, mas de forma ingênua, sem saber que está fazendo isso. Vale o mes-mo para a roupa adequada ao ambiente, a música na festa... É preciso preservar a criança, especialmente as meninas. E são as mães que precisam se conscientizar e orientar suas filhas sobre isso.

Em que os pais estão pecando na questão da educação para a sexualidade?Os pais se assustam muito com determinados compor-tamentos e assuntos que a criança está demonstrando e querendo abordar. O diálogo sempre é bem-vindo quando a criança está demonstrando o interesse. Às vezes ela fala coisas - que nem sabe o significado - porque ouviu. O pai e a mãe não podem “fazer de conta” que não ouviram. E como responder a esses questionamentos? É preciso investigar de

onde surgiu o assunto, ser objetivo e sincero na resposta e ficar restrito à pergunta, progredir com base no que o jovem já conhece e fornecer explicações em linguagem simples.

E se a criança ou o adolescente não perguntarem?Em algum momento a questão da sexualidade vai surgir. Os pais precisam estar atentos aos filhos, conhecer as crianças, para perceber essa questão. Ter algum horário para conver-sar sobre o dia, sobre assuntos do interesse deles, procu-rar saber o que o filho está vivendo, aprendendo, enfim, ser próximo dos filhos é necessário para poder criar vínculos. Às vezes o vínculo não está forte o suficiente para poder con-versar sobre sexualidade com eles. As conversas favorecem esses vínculos e dão abertura para o diálogo.

Qual o papel da escola nesse processo?É o de complementação da educação e das orientações. A participação e envolvimento dos pais em parceria com a es-cola é fundamental para o crescimento saudável dos filhos. E a orientação sexual é um trabalho formal e sistemático que vai transmitir informações adequadas no sentido de cons-cientizar o adolescente sobre seu papel na sociedade. Crian-ças e adolescentes que recebem orientações adequadas so-bre a vida estarão aptas a estabelecer relações afetivas sau-dáveis e, provavelmente, terão uma vida sexual responsável.

Educando os filhos para a sexualidade

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De volta à escola trinta anos depoisA turma de alunos que concluiu o

Ensino Médio - na época 2º Grau – no CEAP em 1983 voltou a se reunir na escola. Ao menos parte da turma. No início de março quinze ex-alunos, vários deles acompanhados de suas famílias, estiveram no CEAP, onde reencontraram, também, antigos professores e funcionários, vários dos quais ainda em atuação na escola.

Depois de abraços e trocas das primeiras informações, a turma conversou no

miniauditório, onde recebeu informações sobre o CEAP na atualidade, através do diretor Gustavo

Malschitzky, e acompanhou uma reflexão com o pastor escolar Luciano Martins. A ex-professora e ex-diretora Mônica Brandt, mãe de um dos ex-alunos, falou sobre o livro de sua autoria que resgata os primeiros 50 anos da história do CEAP. E o ex-diretor Luiz Paulo Mauhs, convidado especial do grupo de ex-alunos, também se manifestou.

O final de semana nostálgico ainda teve uma tarde de jogos entre o grupo no Ginásio do CEAP no sábado à tarde. À noite o encontro seguiu com um jantar no Jardim Europa Hotel, com espaço para discursos – desta vez um empolgado e emocionado “diretor Mauhs” contou histórias, chorou e fez chorar - e música ao vivo e a participação de outros ex-alunos que não puderam estar na escola pela manhã. Todos os momentos foram marcados por emoção e alegria. E também por muitas manifestações de gratidão dos ex-alunos à escola, professores e funcionários do CEAP. A turma já pensa no próximo encontro.

Cristina: vínculos e limites

A turma na 1ª série em 1973 com a professora Heidy MeinckeCarmen Gimenez,CleniceDrewsAmorin e Carin Wagner Machado de Carvalho

Colegas Taís, Paula, Carmen e CarenRicardo Soletti e Marco Meister, os organizadores do encontro

Reencontro iniciou no miniauditório do CEAP, antiga Sala de Ciências

A turma com os professores da época: Guilherme Brandt, Marco Antônio Meister, Carin Wagner e Ricardo André Soletti na fila superior. Logo abaixo Rogério Ricardo Zimpel, Marcos Friske e o professor Horst Kessler, bem à direita. Abaixo Carmen Eliza Gimenez, Taís Montagner, Paula Ojezenasz do Nascimento e o professor Lourenço Paris. Na fila debaixo o ex-diretor Luiz Paulo Mauhs e as professoras Mônica Brandt e Jorgina Oliveira.

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Tenho uma amiga que diz que só saberá se realmente amou alguém no dia em que essa pes-soa morrer: caso consiga lembrar-se de todos os momentos e não sentir raiva pelos piores, então conhecerá seus sentimentos. O sentimento dela oscila entre o amor e o ódio porque ele fala que a ama, mas ela sabe que não é a única. Porque ele não se esforça. Porque ele não ama com coragem, e como Fabrício Carpinejar diz: “a única coisa que uma mulher não perdoa é que o homem não ame com coragem”.

O sentimento dela oscila porque ele fala palavras bonitas, mas as mantém na teoria. Por-que ele é irresoluto. Porque eles são completamente sinceros um com o outro, mas quando ele tem oportunidade, joga todos os erros que ela cometeu na cara dela. Porque ele não admite que também erre.

Todo mundo quer 8 ou 80. Nunca 35, 40, 60. Nunca. Queremos alguém que volte pra conversar depois de uma briga,

mas gostamos dos mais canalhas. Quere-mos alguém que peça desculpas mesmo sem estar errado. Isso é um paradoxo. A vida é um paradoxo. Não consigo ver nada que de alguma forma não se ligue a isso.

Quem nunca sentiu amor e ódio, ao mesmo tempo, que atire a primeira pedra. Por quê? Porque a adoles-cência é assim. O amor e o ódio andam lado a lado. Porque amor é sorte e ódio é consequência.

Ele torce pro Inter, ela pro Grêmio. Ela é tímida e ele faz mais o estilo cafajeste. Ela gosta de abraços demorados, daqueles que parece que o coração colou e não quer mais separar, ele prefere beijos. Ela é fissurada em música nacional e ele em músicas inter-nacionais. Eles não combinam em nada, mas dizem que as melhores misturas são feitas de tintas dife-rentes.

Temos milhares de para-doxos no cotidiano, trilhões de coisas acontecem sem que per-cebamos as semelhanças e as dis-cordâncias da vida. Mas apesar de

tudo, o amor é um paradoxo, e isso não se discute.

Gabriela TrentiniAluna da 1ª série do Ensino Médio

O amor: o maior dos paradoxos

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O menino sai correndo da aula ao meio-dia, continua correndo durante todo trajeto até sua casa, abre a porta apressadamente e grita qualquer cumprimento à sua mãe. Mas para que tudo isso? Tudo para chegar o mais rápido possível ao seu santuário sagrado; seu templo de sossego e diversão, resumindo: seu computador.

Mas o que ele há de fazer nesse computado, que com todas as suas forças o menino almeja? Entre episódios estendidos

de Star Trek, temporadas completas de Game of Thrones e discografias completas das mais variadas bandas que cantam nos

mais variados idiomas, ele encontra o que queria. Ao mesmo tempo que abre o “World of Warcraf”, conecta-se com os amigos com quem

passou toda a aula e com passará também toda a tarde, massacrando

GamerA primeira experiência

de intercâmbio entre alunos do CEAP e do Colégio Yvynará de Melo, no Uruguai, vai acontecer no segundo semestre. A defini-ção aconteceu durante reunião no CEAP entre o diretor Gusta-vo Malschitzky e a diretora da escola uruguaia, Carolina Arbe-leche Perdomo. Ela visitou Ijuí e

esteve na escola para encaminhar as possibilidades de intercâmbio

cultural.As tratativas haviam iniciado

em novembro, quando o diretor do CEAP esteve em Melo a convite da Ofi-cina de Relacionamento Cerro Largo-Brasil, da Intendência de Melo (capi-tal do Departamento de Cerro Largo). Após conhecer escolas e apresentar a proposta de intercâmbio do CEAP, o Colégio Yvynará foi quem demonstrou interesse na possibilidade.

Durante a visita ao CEAP a dire-tora do Colégio Yvynará conheceu um pouco da cidade em companhia da fa-mília e tratou do projeto com a direção

do CEAP. Ela e o diretor Gustavo tive-ram uma conversa com os alunos da 1ª série do Ensino Médio para apresentar

a proposta de intercâmbio, que num primeiro momento foi extremamente bem recebida pelos alunos.

Os primeiros passos do intercâmbio vão pas-sar pela provocação de um intercâmbio virtual entre alunos da 1ª série do Ensino Médio do CEAP e do 4º ano do Liceo, que no Uruguai corresponde à 1ª série do Médio no Brasil. Dessas turmas deverá ser formado um grupo de até dez alunos para ir ao Uru-guai no mês de setembro. Durante uma semana alu-nos do CEAP ficarão vivendo na casa da família de um aluno do Colégio Yvynará, acompanhando todas as atividades da rotina diária deles. Os alunos que receberem os brasileiros virão para Ijuí em outubro para serem recebidos pelas famílias daqueles alunos que ficaram em suas casas a fim de repetir, aqui, a mesma experiência.

“Eles vão exercitar o espanhol, no caso dos nossos alunos, e o português, caso dos uruguaios, que têm aulas da Língua Portuguesa lá. Mas princi-palmente esse tipo de intercâmbio vai dar a possibi-lidade da vivência de uma cultura diferente. Vivendo a rotina de um adolescente estudante no Uruguai, nosso aluno vai conviver com a cultura, os costumes, desde alimentação, rotina, horários, como se fosse membro de uma família uruguaia. Isso tudo a escola não dá. Só realmente vivendo é que é possível. E essa é a intenção do projeto”, explica o diretor do CEAP, Gustavo Malschitzky.

Para a diretora da escola uruguaia, Carolina Arbeleche, “a possibilidade de nossos alunos con-viverem com alunos brasileiros, e estarem em uma escola brasileira, é muito importante. Estamos próxi-mos, isso facilita. Será muito bom do ponto de vista cultural e do idioma. Temos muita vontade de iniciar este intercâmbio”.

Fundada em 2004, a escola é nova e tem implantado novos níveis a cada ano, à medida que os alunos avançam. Atualmente recebe alunos desde a Educa-ção Infantil até o 4º ano do Liceo, que cor-responde à 1ª série do Ensino Médio. Yvy-nará é uma palavra da língua guarani e faz referência aos laranjais que, no passado, cobriam a região de Cerro Largo. A escola tem aulas das 8 da manhã às 4 da tarde de segunda a sexta. Os alunos almoçam na escola. “O que temos de maior seme-lhança com o CEAP é a formação que se oferece e os valores que compartilhamos”, salienta a diretora Carolina Arbeleche.

Alunos do CEAP vão ao Uruguai em setembro

Vivendo como nativo

O Colégio Yvynará

dragões e ogros nas terras de Azeroth.Agora nos perguntamos se este tipo de

comportamento é correto. A maioria responderá que não e, em parte, estão certos, pois o hábito de passar toda a tarde sentado à frente de um computador não é nada saudável. Entretanto, pesquisas indicam que pessoas que jogam videogame têm reflexos duas vezem mais rápidos, e, em média, tiram notas mais altas na escola, além de apresentarem maior capacidade de distinguir o bem do mal.

Então, em resumo, o que se deve fazer é jogar videogame e usar o computador, porém sem deixar de fazer exercícios e de interagir com seus amigos no mundo real.

Thiago de Bittencourt BussAluno da 8ªsérie do Ensino Fundamental

Alunos da 1ª série do Ensino Médio poderão participar do intercâmbio

Diretor Gustavo Malschitzky acertou detalhes da proposta com diretora Carolina Arbeleche

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A eutanásia tem sido cada vez mais debatida na sociedade, tanto nos meios de comunicação como nos meios científi-cos. Um fato que influencia esse debate é o progresso da medicina, que aumentou a expectativa de vida e prolonga o processo da morte. Porém, o conceito de eutanásia carrega consigo divergências entre o que é ou não lícito ou o que é a liberdade de viver juntamente com o dever de salvar vidas.

A legalização da eutanásia ou da morte assistida em diversos países pos-sui várias implicações éticas, religiosas e morais. Tema bastante complexo, ela vem ao longo dos tempos, dividindo opiniões pelo caminho. No direito Brasileiro, a eu-tanásia é vista como homicídio, sendo, portanto, ilícita, independente do pedido do paciente. No entanto, em outros pa-íses, ela é aceita sob algumas condições ou até mesmo legalizada. Um dos países que possui flexões quanto a esse assunto é a Holanda, que estabelece o direito da morte até para menores de idade desde que acompanhados de autorização pa-terna. Além disso, as questões religiosas também enfrentam esse problema, e mui-

tas afirmam a eutanásia como sendo uma violação das leis de Deus, consequente-mente, um crime contra a vida.

A medicina é uma das práticas que

colocam o profissional diante de conflitos de vários tipos além do constante enfren-tamento com a morte. Será que algum ser humano, seja médico ou não, terá o direito de decidir a vida de outros Seres Humanos? Quando se discute a livre acei-tação, é preciso ainda considerar que toda a ação possui suas consequências e algu-mas podem afetar outras pessoas. Por isso, alguém que deseja – seja um familiar ou o próprio enfermo – a eutanásia, deve levar em consideração a ética que a medi-cina tanto preserva.

Ao mesmo tempo em que o avan-ço tecnológico na medicina tem propor-cionado a cura de diversas doenças e prolongado o procedimento da morte, a eutanásia ainda gera muitas adversidades e conflitos nas famílias e pacientes. Con-tudo, a decisão da vida possui implicações maiores do que apenas a decisão do pa-ciente ou de um familiar. Enquanto exis-tirem condições vitais e a medicina con-seguir prolongar a vida, a eutanásia deve, sim, ser proibida por lei.

Amanda Schultz CoppetiAluna da 3ª série do Ensino Médio

Eutanásia e o direito à vida

Quanto tempo?Ouvir a história da es-

cola por quem ajudou a cons-truí-la – e ainda a constrói – foi uma experiência incrível para os alunos. Para professores e funcionários que passaram pela escola ou que fazem parte

do grupo atual, foi gratificante. No estudo sobre a história de Ijuí

e, dentro dela, o resgate da história do CEAP, tem sido tradição nos últi-mos anos promover um encontro em que pessoas que marcam a história da escola são entrevistadas pelos alunos.

Neste ano o projeto “Ijuí, nosso lugar”, que envolve alunos do 4º ano, pro-moveu o “Café das Histórias Vividas”. Numa manhã de sábadoos alunos re-ceberam na Sala 100 os professores Valdecir Schenkel, Rosane Dalenogare, Sirlei Fengler e Marlene Mueller; os funcionários Cesar Budel e Cláudio Ki-netz e as ex-professoras Marli Martins, Cláudia Melo e Solange Velasquez. Além das histórias de vida, as entrevis-tas reconstruíram as histórias de cria-ção da Trila Ecopedagógica do Campo do CEAP e do lago da escola.

A tarde de homenagens às mães foi alegre, divertida e tam-bém emocionante. O evento pro-movido pela Associação de Pais, Professores e Funcionários do CEAP (APPA) lotou o Centro Evangélico. Diversas homenagens, com flautas, música cantada em inglês, reflexão e, especialmente as apresentações especiais das crianças do CEAPzi-nho, adoçaram o chá das mamães que participaram. Um desfile de modas - em que as modelos foram as mães com os filhos - encerrou o evento.

Café da manhã com história

O chá mais doce do ano

Tudo começa no instante do seu primeiro choro e vai até o instante da última batida do seu coração. Esses fatos são pratica-mente impossíveis de serem al-terados, porém o que acontece entre eles é totalmente feito por você, de sua autoria, são as suas

escolhas, o que você quer, é sim-plesmente sua vida.

Os primeiros anos são pratica-mente os que você receberá mais amor e aprenderá coisas básicas que serão ensi-

nadas pelos seus pais e toda a família que

estará por p e r t o .

Será

uma dasa fases em que você precisará de ajuda, pois ainda não saberá distin-guir o certo do errado. Mas infelizmente, esse tempo será lembrado vagamente no futuro.

Depois você irá para a escola pois é uma regra da sociedade. É possível que nas primeiras vezes você chore e implore para sua mãe não deixá-lo, ela ficará com o coração nas mãos mas o deixará pois é o certo a fazer. Virará rotina e você vai adorar ir encontrar seus amigos.

O ensino fundamental estará pres-tes a acabar e o médio prestes a começar quando você perceberá que estudar per-deu a graça, mas é algo bem necessário e que será importante para definir o que ainda resta de tempo. Nesse período você também descobrirá outra função do

seu coração, que lhe propor-cionará coisas boas e ruins.

Chegará a hora de escolher sua profissão,

uma decisão complica-da, e quando ela for to-

mada a complicação será de passar no

vestibular. Quando a faculdade esti-

ver encaminha-da para acon-

tecer, provavelmente terá de sair de casa, e a consequência disso será que dali para frente, seguirá a sua vida sozinho, dará passos sem a ajuda de ninguém.

Então você chegará à vida adul-ta. Estará formado, estará trabalhando, estará se casando, estará tendo filhos e tudo passará muito rápido.

De repente seus filhos irão sair de casa, se formar, trabalhar, se casar e en-tão, estará contando histórias aos seus netos. Sentirá que a idade estará avan-çando, as rugas surgirão a cada dia mais intensamente e seu tempo ficará cada vez menor.

Tempo, uma palavra cheia de magia, com muitos significados. Pode ser uma sucessão de segundos, minutos, horas, dias, momentos. Provavelmente irá entendê-lo no final de tudo, porém antes disso sempre haverá questiona-mento sobre.

Um conselho que fica, aproveite o tempo, aproveite tudo que tiver direi-to, mas aproveite agora, não fique pen-sando no que virá e muito menos no que já se foi. Apenas aproveite. Porque afinal, você sabe quanto tempo tem?

Janaine Lais BruinsmaAluna da 1ª série do Ensino Médio

Cláudia Melo, ex-professora, contou detalhes do projeto do lago

Crianças conduziram as entrevistas no Café das Histórias

Ex-professora SolangaVelasquez na conversa com os alunos

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Rede Sinodal reúne líderes estudantis no CEAP

A formação de líderes como estratégia

Um líder es-tudantil hoje pode ser líder na socie-dade amanhã. É com essa visão que a Rede Sinodal de Educação tem pro-movido a cada ano

um evento reunindo líderes das escolas

que a integram. A ênfa-se do 19º Encontro de Lide-ranças Estudantis, sediado pelo CEAP, esteve na lide-rança propositiva.

O foco desses eventos é sempre formação e liderança. A ideia da “Liderança Propositiva” como temática foi a de provo-car reflexões sobre as potencia-lidades deste tipo de liderança. O Encontro também promoveu vivências sobre a atuação do líder para além do cumprimen-to das obrigações tradicionais. Tudo isso em dois dias de ati-vidades, 5 e 6 de abril, que in-cluíram palestras, trabalhos em grupo, visitas a líderes e mo-mentos de integração.

“Como liderar num am-

biente de mudanças” foi a re-flexão trazida pelo Gerente da Coordenadoria de Marketing da Unijuí, Giancarlo Botega, aos cerca de oitenta participantes do evento. O assunto abordado com líderes estudantis das 30 escolas da Rede Sinodal do Rio Grande do Sul e Santa Catarina participantes teve continuidade como mestrando em Desen-volvimento das Organizações, Elvis Mognhon. A palestra de encerramento do evento foi com a coordenadora do projeto Inclusão Profissional do Sindilo-jas Ijuí, psicóloga Sônia Arriens-Cassel. Ela falou sobre “Perfil do líder propositivo para uma nova geração”.

Divididos em nove gru-pos os participantes visitaram líderes ijuienses de diferentes segmentos. As experiências pessoais contadas no ambiente em que atuam e em clima in-formal foram de um significado expressivo para os adolescen-tes. O momento de socialização dos grupos evidenciou a im-portância destas interações e o grande aprendizado construído sobre liderança.

A Coordenadora Peda-gógica da Rede Sinodal, Rosân-gela Markmann Messa, acom-panhou o evento. Ela disse que “esses encontros são muito importantes porque no plano de trabalho da Rede Sinodal uma das opções estratégicas é a formação de lideranças”. Segundo ela, é papel da Rede preocupar-se com as futuras li-deranças “das nossas escolas e também de outros segmentos. A sociedade está carente de lí-deres”. Nos levantamentos da Rede Sinodal percebe-se que professores, coordenadores e gestores que exercem posições de liderança nas escolas “pas-saram por cursos de lideran-ça como esse. Isso nos alegra muito. É um investimento que permanece na Rede”.

Entre os participantes as experiências terão aplicação imediata e farão, também, dife-rença no futuro. “O que aprendi nas palestras pode ser levado

para a nossa vida. Aprendi de fato o que é liderança, o que é ser líder. E vou levar isso para a nossa escola”, foi o depoimento da aluna Júlia da Silva Marques, de 14 anos, do Colégio Sino-dal Tiradentes, de Campo Bom. Para o estudante Guilherme Kla-bunde, de 15 anos, do Colégio Martin Luther de Estrela, liderar era fazer apenas as tarefas que alguém determinava. “Eu era lí-der, mas tinha certa ‘preguiça’. Agora sei que ‘eu’ tenho que fa-zer, liderar, não só esperar que me digam o que fazer”.

Aluna da Escola Barão, de Blumenau, Thayse Elis Sal-valagio, de 15 anos, revelou que a expectativa inicial era de que “não fosse agregar tantas coisas sobre o tema (li-derança). Estou ‘pilhada’ com muitas coisas diferentes. De-pois desse encontro vou ser uma líder melhor, com mais responsabilidade”.A aluna Ma-riana Paris Ronchi, de 16 anos,

Liderança propositiva foi o foco dos trabalhos

Estudantes visitaram líderes ijuienses

do CEAP de Ijuí, já havia par-ticipado do encontro no ano passado. “Esses encontros são muito motivadores. A gen-te aprende muita coisa nova e isso faz muita diferença”.

Para ela o que marcou “é que o líder não deve fazer tudo o que o grupo quer, mas precisa conhecer as necessidades do grupo. Precisa servir enxergan-do essas necessidades”.

Guilherme Klabunde

Thayse Salvalagio

Mariana Ronchi Júlia Marques

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Os chamados “dias de convivência” enturmaram alunos das turmas dos três blocos do Ensino Fundamental com gincanas e diversão.

Diversão sempre garantida no verão para a galerinha que participa do CEAPzinho em Férias.

Professoras Deizy Soares, Sandra

Rycheski e Verci Grinke no Encontro de

Equipes Pedagógicas da Rede Sinodal de Educação em

Blumenau.O evento abordou o tema

“Diálogo entre o Pedagógico e o

Administrativo”.

A cada sexta-feira uma identificação original

do Terceirão 2013. Já se apresentaram na escola

de pantufas, de coelhinhos da Páscoa e com outros

acessórios.

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O processo elei-toral do Grêmio Estu-dantil Monteiro Lobato do CEAP – GEMLI foi um ótimo exercício de cida-dania para os alunos do

turno da manhã. Depois de vários anos os votos dos

estudantes foram disputados por três chapas. A campanha foi movimentada revelou um grande interesse dos alunos por aquilo que eles próprios podem pro-porcionar e realizar no espaço do Grêmio Estudantil.

Além do corpo a corpo e da ampla divulgação das pro-postas em cartazes espalhados pela escola e também nas redes sociais, a campanha eleitoral teve

um momento importante no de-bate realizado entre as chapas. No auditório da escola os candidatos a presidente e vice de cada chapa falaram sobre as propostas, sobre liderança e envolvimento dos alu-nos com o GEMLI.

O espírito de democracia e também de coleguismo e ami-zade entre os alunos se manteve o tempo todo no processo eleitoral conduzido pela Comissão Eleitoral formada por alunos do Conselho Deliberativo do GEMLI. No final da votação – que não teve votos brancos e nulos – a Chapa Aloha foi a vencedora, com 104 votos, seguida pela chapa Apocalypto II, com 85 votos e a chapa Olimpo, que alcançou 64 votos.

É o quinto ano consecutivo que a nova presidente do GEMLI, Amanda Copetti, está envolvida com a diretoria. Com a experiência adquirida e com um grupo que mescla integran-tes que já estiveram no Grêmio com alunos que estão tendo a primeira experiência, a aposta da turma é manter ações já consolidadas e inovar.

Uma das novidades é na área da comunicação. O infor-mativo semanal #Fikdik “está sendo feito com a cara dos alunos em substituição ao antigo Arauto, o jornal do GEMLI. Ele tem um pouco a cara do ‘Fique de Olho’, informativo da escola”, diz Amanda. Ainda neste campo a intenção é criar a “Rádio Escolar”. “A ideia é fazer o recreio ficar mais interativo, com rádio no re-creio uma vez por mês. Investimos em equipamentos para isso”, complementa o vice-presidente eleito, LuizenriqueLucchese.

A nova diretoria quer ouvir sistematicamente os alunos com uma reunião mensal com os líderes. Na área cultural a no-vidade será o concurso de desenho. Campeonatos de pingue-pongue e de cartas também estão programados. E no social a Festa Havaiana é a proposta inovadora.

Na entrevista concedida à CEAP em Revista”, Amanda e Luizenrique falaram, também, sobre os desafios da liderança do Grêmio Estudantil. Eles têm uma boa expectativa na disposição do grupo de trabalho. Reconhecem que em alguns momentos o Grêmio não foi muito ativo “e os alunos sentem falta disso”. Para eles, a disputa entre três chapas foi saudável e aumentou a responsabilidade.

Disputa democrática elege nova diretoria

Experiência e inovações: apostas da equipe

Tijolo Ecológico

A nova diretoria do GEMLI no dia da posse. A equipe é a seguinte: Amanda Copetti, presidente; LuizenriqueLucchese, vice-presidente;Paulo Augusto Lucchese, 1º secretário; Felipe Boff, 2º secretário; Rodrigo Gluszczuk, 1º tesoureiro; Mariana Ronchi, 2ª tesoureira; Vitor Cullik, Depto. de Comunicação; Fernanda Bueno, Depto. Social; Guilherme Riethmüller, Depto. Esportivo; Sarah Fengler, Depto. Comitê pela Vida; Lamys Hatem, Depto. Cultural; Nicole Eberle, Representante Ens. Fundamental; Fátima Burtet, professora conselheira.

A afinada equipe da APPA trabalhando em evento da Educação Infantil.

Professoras vivem personagens de histórias ou projetos. “Fafá Família”, a “Carteira” contadora de histórias, “Galinha e Coelhinho” e o “Colecionador de Palavras” encantaram as crianças.

No lançamento do projeto “Viva a Infância” a equipe do CEAPzinho fez acontecer.

De volta à escola, galera do Terceirão 2012 inaugurou foto na galeria de ex-alunos.

Equipe da Unijuí FM entregou prêmio ao GEMLI pela conquista na gincana entre as escolas do programa “Hora do Recreio” em 2012. Temporada 2013 já passou pelo CEAP.

Alunos do Encontro de Lideranças Estudantis da Rede Sinodal participaram dos jogos cooperativos no ginásio da escola.

A chapa OlimpoA chapa Apocalypto II

Todos os 253 votos foram válidos

Debate das chapas ficou no campo das ideias

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VIVA A INFÂNCIA! Assim mes-mo, com letras maiúsculas, é o título do projeto pedagógico para 2013 que está sendo desenvolvido na Educação Infantil do CEAP. Com mais de um sen-tido, a frase sintetiza aquilo que real-mente importa nesta fantástica fase da vida. “Viva” tem o significado de ação,

de “viver” a infância. E também é uma saudação, um “viva” para a infância.

A infância é um tempo para apren-der, sim, mas brincando. O assunto tem ge-rado preocupação na sociedade e interesse de pensadores e pesquisadores. Entre estes últimos há quem afirme que escola e família são aliadas das crianças e importantes forças de resistência em defesa do que ainda se en-tende por infância.

E é por isso que provocar outra vez no CEAPzinho a reflexão sobre isso, e não só com as crianças mas também com os adultos, se justifica. Momentos de integração, de vivência entre famílias e crianças e também encontros em que as práticas pedagógicas desenvolvi-das na Educação Infantil do CEAP são com-partilhadas com os pais, fazem parte desse processo que ganha um reforço nesse ano.

“Nesse movimento reflexivo, vale des-tacar que a dimensão lúdica ainda é pecu-liaridade da criança”, afirma a Coordenadora Pedagógica do CEAPzinho, Deizy Soares. Se-gundo ela, “é através da brincadeira que a criança interage com as outras, vivencia situ-ações inusitadas e desenvolve aprendizagens singulares”. Para a professora, é importante não perder de vista os elementos que contri-buem para uma infância “que respeita o tem-po da criança ser criança. Por isso o destaque para brinquedos e brincadeiras indicados para cada faixa etária, programas infantis de boa qualidade, repertório musical que valoriza a cultura infantil...”.

Muitas famílias participaram do lança-mento do projeto Viva a Infância no Campo do CEAP. Pais, professoras e alunos da Educação In-fantil passaram por diferentes estações em que era possível fazer algumas brincadeiras e curtir vários tipos de brinquedos. De forma espontânea e natural, crianças e famílias brincaram entre si e interagiram, também, com os outros, a partir do interesse de cada um. Entre bolinhas de sabão, argola ao alvo, elástico, cordas, peteca, cinco marias, pé de lata, pula saco, bambolê, amare-linhas e brincadeiras com bolas, todos puderam integrar-se a partir do brincar.

Com o foco na Infância

Brinquedos ebrincadeiras

Brincar é viver a infância

Família e escola: mãos dadas com a criança

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CIÊNCIASProfessoras dos Anos Iniciais estão participando

de oficinas de formação para o ensino de Ciências

com aprofessora Ângela Gutknecht. Em um dos

encontros as professoras montaram um terrário.

ALFABETOLÂNDIAO cidadão mais famoso de lá, Senhor Alfabeto, visitou as crianças do 1º ano do Ensino Fundamental. Trouxe na mala muitos presentes, como o saco das letras, o caderno das letras e o chaveiro com letrinhas mágicas, que está “ajudando” os pequenos na alfabetização.

TERRÁRIOSPlantas e pequenos bichinhos coletados na

Trilha Ecopedagógica do Campo do CEAP

serviram para a montagem de terrários coletivos

(e individuais, em alguns casos) das turmas do

2º, 3º e 4º ano do Ensino Fundamental.

LEITURAAlunos do 3º ano do Ensino Fundamental

estão usando um marcador de página especial. Os pais estiveram na escola no lançamento

do projeto de leitura, inserido no projeto do ano “Escola, lugar de convivência”,

quando confeccionaram o presente, forma de estabelecer um vínculo família-escola de

incentivo à leitura.

MOSTRA FOTOGRÁFICA

“Pensando o seu lugar” foi o nome

dado à exposição de imagens captadas

pelos alunos da 3ª série do Ensino

Médio em Geografia. Os alunos tiveram uma breve oficina de fotografia para registrar situações

marcantes o espaço em que

vivem. O resultado surpreendeu.

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TEDI e FREDYOs “bonecos dos sentidos” são os amigos especiais das crianças do Nível 2 do CEAPzinho. Feitos com diferentes materiais, os bonecos estimulam a exploração dos sentidos nas crianças.

CONVIVÊNCIAAluna do 6º ano do Ensino Fundamental, Laura Schmitt, conversou com as crianças do Nível 5 da Educação Infantil, envolvidos no projeto “O que faz você ser você”. Ela falou sobre uma rotina para viver melhor e sobre como conviver na família e na escola.

RECICLANDOA vontade de unir a consciência ambiental e social move um grupo de alunos do 8º ano do Ensino Fundamental que se reúne uma vez por semana para produzir papel reciclado. Quando a técnica estiver melhor, querem vender alguns produtos para comprar brinquedos para crianças carentes.

CARRINHO AMIGO

Novo reforço da Hora do Conto já

é amigo das crianças que circulam

na Biblioteca Infantil. O “boneco

carrinho”, obra da professora

Rosane Hoffmann, guarda materiais

utilizados nas atividades dos alunos.

Está aguardando a escolha de um

nome para identificá-lo.

IJUÍ, NOSSO LUGARO projeto do 4º ano iniciou com os estudos sobre a

escola. Os alunos exploraram o Campo do CEAP, o

Museu Escolar e resgataram a história do lago. Eles

também conversaram com a ex-diretora e autora de um

livro sobre parte da história da escola, Mônica Brandt.

RETRATOS DE FAMÍLIAMomentos importantes de cada família das crianças do 2º ano do Ensino Fundamental foram registrados em paineis montados em casa e socializados com os colegas. Foi uma das ações do projeto “As famílias têm histórias”.

Para crianças que estudam à tarde, acordar cedo não é, natural-mente, um prazer. Mas quando se trata de levantar para ir ao “Tempos de Criança”, elas pulam da cama. Bas-ta acompanhar o grupo em qualquer manhã no projeto para perceber o quanto as crianças sentem alegria em estar ali. No entanto, se além das ob-servações for, também, realizada uma pequena investigação com as crianças e suas famílias, a certeza se amplia.

“Quem sabe você fica emcasa hoje, filha?”, foi a pergunta da

mãe Fernanda Pasqualini à filha Isa-bella, de cinco anos. “Nunca me per-gunte isso”, foi a resposta imediata efirme,queresumeemboaparteosentimento das outras crianças, de quatro a nove anos, que participam do projeto que, em seu terceiro ano, cresceueestácombasessólidas.Isa-bella não queria perder naquela ma-nhã a grande diversão do “Tempos de Criança”.

À Isabella unem-se mais devinte crianças, em dias alternados du-rante a semana. As famílias podem

escolher de duas a cinco manhãs no momento de inscrever os filhos. Eentre brinquedos, brincadeiras, ati-vidades alternativas como culinária, jardinagem e passeios, até mesmo o momento de fazer os temas da es-cola se torna prazeroso. Tudo é pla-nejado previamente pela professora Aline Sfalcin Mai em conjunto com a Coordenadora Pedagógica Mariluza-Lucchese. Cada atividade tem sentido eobjetivodefinidos.Paraascrianças,noentanto,éumaalegriasó.Elasvi-vem a infância!

A alegria da infância levada a sério

JARDIM DAS BORBOLETASA amizade de Romeu e Julieta - duas borboletas que mudaram a história em que cada borboleta cuidava apenas do próprio jardim – é inspiração para o trabalho com as crianças do Nível 1. Cuidado e respeito com o outro são questões desenvolvidas com os pequenos.

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Menos TV, mais brincadeira

Gostinho de “quero mais”

Crianças aprovam. As famílias tambémO esquema social dos

nossos dias castra a infância. É muito difícil, hoje, as crianças brincarem na rua. É inseguro. Deixam de subir em árvores, de jogar bola e de andar de bicicle-ta. Brincam dentro de casa com brinquedos eletrônicos. E muitas vezes sem a companhia de ou-tra criança. No máximo com a babá, a “tata”, que se divide en-tre estar com a criança e realizar outras tarefas da casa. A TV faz muitas vezes a função de babá e

de companhia. E a criança apenas assiste.

As situações exemplificadas acima podem não conviver todas juntas em todas as famílias, claro, mas são a re-alidade, ainda que em partes, de muitas crianças no tempo em que não estão na escola. Mas como interferir nesse qua-dro? Pais e mães trabalham fora de casa, têm um número menor de filhos e se pre-ocupam com a segurança das crianças. É nesse contexto que a escola pode dar uma contribuição importante. No CEAP o serviço Tempos de Criança foi projetado pensando, também, neste quadro.

Modificar um padrão de funciona-mento das famílias não é algo muito rápi-do. Há questões de cultura, hábitos fami-liares. Mas as famílias que estão apostando no projeto que atende as crianças no turno inverso ao das aulas – ainda que por falta de opção no quesito “com quem deixar as crianças”, estão percebendo a importância de os filhos estarem tendo um tempo de infância realmente com “jeito de infância”.

“Vim buscar a Isabella e a vi brin-cando de pega-pega. Nem adianta man-dar com a roupa do uniforme para ficar pronta para a aula da tarde porque ela volta suja do Tempos de Criança. É sinal que a questão da mobilidade, da movi-mentação, está presente. Ela volta super feliz pra casa”, é o depoimento da mãe

“Mãe, dá pra gente fazer o bolo de cenoura que eu aprendi lá no Tempos?”. Antes de dizer oi essa pode ser a primeira frase da criança ao encontrar quem veio buscá-la. Em casa os relatos podem sair naturalmente. “Pai, hoje a gente foi na feira fazer compras pra de-pois montar um sanduíche...”. Como não contar essa experiência vivida com tanto entusiasmo? Os passeios e saídas da escola acontecem com frequência. Ir à feira do produtor foi mais que um passeio. Num clima des-contraído as crianças fizeram escolhas do que comprar, negociando entre elas se todos, ou a maioria, iriam co-mer aquele produto. Fizeram pagamentos e interagi-ram com outras pessoas. Na volta confeccionaram o

próprio lanche. E um lanche saudável. E como todo dia tem hora do lanche, as expe-

riências culinárias são festejadas. As crianças se envol-vem de alguma maneira. Depois saboreiam as delícias que ajudaram a fazer. As idas à Praça da República para aproveitar os brinquedos são quase um “evento” para o grupo. A Sala de Ginástica vira um grande quarto de brinquedos e jogos. Eles brincam com os aparelhos, saltam, pula e rolam. Atividades manuais, como o ta-pete gigante com retalhos que eles estão produzindo, o espaço horta, as brincadeiras com fantasias... É tanta coisa que não para eles não há tempo a perder. A ma-nhã passa rápido. “Ahhhhhhhhh, já acabou?”.

Júlia tem várias ativida-des extracurriculares aos seis anos: inglês, Ginástica Olímpica, Coral Infantil do CEAP, taekwon-do e duas manhãs no Tempos de Criança. “Com tantas ativida-des, queria que ela ficasse em casa uma das manhãs, mas não teve jeito. Ela gosta de vir e está sempre disposta”, conta a mãe, Juliana Garzella. Júlia e a famí-lia experimentaram o projeto em 2011 e desde lá é presença garantida. “Ela poderia ficar em casa com a irmã, Gabriela, mas prefere vir. Aliás, já contagiou tanto que no ano que vem a Gabriela completa quatro anos e também vai participar. Por ela já estaria aqui só pelas coisas que a mana conta. O Tempos de Criança virou uma lenda na nossa casa”.

A convivência com crianças de diferentes idades, sair dos limites da sala de aula, fazer e aprender coisas dife-rentes são alguns dos motivos pelos quais Juliana e o espo-so Marcelo apostam na ideia. “Apoiamos a iniciativa. Como pais achamos a proposta do Tempos de Criança muito boa. E

ela gosta muito de vir”. Os pais da Isabella Pasqualini Tissot, Fernanda e Jean Carlo, também avaliam positivamente o proje-to. “Percebemos ganhos com as duas manhãs que ela frequenta. Aprende coisas que não apren-deria em casa, fez amizades com meninas de outras idades e é um espaço que contribui, também, para sair de casa”, afir-ma Fernanda. Em casa Isabella ficaria “basicamente assistindo TV. Aqui ela plantou cenoura, ajudou a fazer um bolo, ficou chateada por não estar no dia em que fizeram um cocar em alusão ao dia do Índio... A parti-cipação dela aqui é muito boa”.

Fernanda vê ganhos para

Isabella no Tempos de

Criança

Culinária faz sucesso no Tempos de Criança

Fernanda Pasqualini. Isabella queria vir desde que o projeto começou, em 2010. “Mas como a gente tinha tata em casa, pensamos “por que sair de casa?”. Nesse ano ficamos um período sem e ela come-çou a vir. Agora, mesmo com outra secretá-ria, ela não quer parar de vir”. Já a mãe da

Júlia, de seis anos, Juliana Garzella, diz que “a intenção do projeto é muito interessan-te. As crianças aprendem coisas diferentes num espaço que é do jeito delas. Se ficasse em casa estaria na frente da TV ou do com-putador, ocupando esse tempo com coisas ociosas, que não acrescentariam muito”.

Espaço com a cara das crianças é importanteFazendo a própria massinha de modelar

Turminha faz compras na feira “O pão de

queijo é nosso!”

Juliana: “em dia de Tempos, Júlia está sempre disposta”

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Menos TV, mais brincadeira

Gostinho de “quero mais”

Crianças aprovam. As famílias tambémO esquema social dos

nossos dias castra a infância. É muito difícil, hoje, as crianças brincarem na rua. É inseguro. Deixam de subir em árvores, de jogar bola e de andar de bicicle-ta. Brincam dentro de casa com brinquedos eletrônicos. E muitas vezes sem a companhia de ou-tra criança. No máximo com a babá, a “tata”, que se divide en-tre estar com a criança e realizar outras tarefas da casa. A TV faz muitas vezes a função de babá e

de companhia. E a criança apenas assiste.

As situações exemplificadas acima podem não conviver todas juntas em todas as famílias, claro, mas são a re-alidade, ainda que em partes, de muitas crianças no tempo em que não estão na escola. Mas como interferir nesse qua-dro? Pais e mães trabalham fora de casa, têm um número menor de filhos e se pre-ocupam com a segurança das crianças. É nesse contexto que a escola pode dar uma contribuição importante. No CEAP o serviço Tempos de Criança foi projetado pensando, também, neste quadro.

Modificar um padrão de funciona-mento das famílias não é algo muito rápi-do. Há questões de cultura, hábitos fami-liares. Mas as famílias que estão apostando no projeto que atende as crianças no turno inverso ao das aulas – ainda que por falta de opção no quesito “com quem deixar as crianças”, estão percebendo a importância de os filhos estarem tendo um tempo de infância realmente com “jeito de infância”.

“Vim buscar a Isabella e a vi brin-cando de pega-pega. Nem adianta man-dar com a roupa do uniforme para ficar pronta para a aula da tarde porque ela volta suja do Tempos de Criança. É sinal que a questão da mobilidade, da movi-mentação, está presente. Ela volta super feliz pra casa”, é o depoimento da mãe

“Mãe, dá pra gente fazer o bolo de cenoura que eu aprendi lá no Tempos?”. Antes de dizer oi essa pode ser a primeira frase da criança ao encontrar quem veio buscá-la. Em casa os relatos podem sair naturalmente. “Pai, hoje a gente foi na feira fazer compras pra de-pois montar um sanduíche...”. Como não contar essa experiência vivida com tanto entusiasmo? Os passeios e saídas da escola acontecem com frequência. Ir à feira do produtor foi mais que um passeio. Num clima des-contraído as crianças fizeram escolhas do que comprar, negociando entre elas se todos, ou a maioria, iriam co-mer aquele produto. Fizeram pagamentos e interagi-ram com outras pessoas. Na volta confeccionaram o

próprio lanche. E um lanche saudável. E como todo dia tem hora do lanche, as expe-

riências culinárias são festejadas. As crianças se envol-vem de alguma maneira. Depois saboreiam as delícias que ajudaram a fazer. As idas à Praça da República para aproveitar os brinquedos são quase um “evento” para o grupo. A Sala de Ginástica vira um grande quarto de brinquedos e jogos. Eles brincam com os aparelhos, saltam, pula e rolam. Atividades manuais, como o ta-pete gigante com retalhos que eles estão produzindo, o espaço horta, as brincadeiras com fantasias... É tanta coisa que não para eles não há tempo a perder. A ma-nhã passa rápido. “Ahhhhhhhhh, já acabou?”.

Júlia tem várias ativida-des extracurriculares aos seis anos: inglês, Ginástica Olímpica, Coral Infantil do CEAP, taekwon-do e duas manhãs no Tempos de Criança. “Com tantas ativida-des, queria que ela ficasse em casa uma das manhãs, mas não teve jeito. Ela gosta de vir e está sempre disposta”, conta a mãe, Juliana Garzella. Júlia e a famí-lia experimentaram o projeto em 2011 e desde lá é presença garantida. “Ela poderia ficar em casa com a irmã, Gabriela, mas prefere vir. Aliás, já contagiou tanto que no ano que vem a Gabriela completa quatro anos e também vai participar. Por ela já estaria aqui só pelas coisas que a mana conta. O Tempos de Criança virou uma lenda na nossa casa”.

A convivência com crianças de diferentes idades, sair dos limites da sala de aula, fazer e aprender coisas dife-rentes são alguns dos motivos pelos quais Juliana e o espo-so Marcelo apostam na ideia. “Apoiamos a iniciativa. Como pais achamos a proposta do Tempos de Criança muito boa. E

ela gosta muito de vir”. Os pais da Isabella Pasqualini Tissot, Fernanda e Jean Carlo, também avaliam positivamente o proje-to. “Percebemos ganhos com as duas manhãs que ela frequenta. Aprende coisas que não apren-deria em casa, fez amizades com meninas de outras idades e é um espaço que contribui, também, para sair de casa”, afir-ma Fernanda. Em casa Isabella ficaria “basicamente assistindo TV. Aqui ela plantou cenoura, ajudou a fazer um bolo, ficou chateada por não estar no dia em que fizeram um cocar em alusão ao dia do Índio... A parti-cipação dela aqui é muito boa”.

Fernanda vê ganhos para

Isabella no Tempos de

Criança

Culinária faz sucesso no Tempos de Criança

Fernanda Pasqualini. Isabella queria vir desde que o projeto começou, em 2010. “Mas como a gente tinha tata em casa, pensamos “por que sair de casa?”. Nesse ano ficamos um período sem e ela come-çou a vir. Agora, mesmo com outra secretá-ria, ela não quer parar de vir”. Já a mãe da

Júlia, de seis anos, Juliana Garzella, diz que “a intenção do projeto é muito interessan-te. As crianças aprendem coisas diferentes num espaço que é do jeito delas. Se ficasse em casa estaria na frente da TV ou do com-putador, ocupando esse tempo com coisas ociosas, que não acrescentariam muito”.

Espaço com a cara das crianças é importanteFazendo a própria massinha de modelar

Turminha faz compras na feira “O pão de

queijo é nosso!”

Juliana: “em dia de Tempos, Júlia está sempre disposta”

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TEDI e FREDYOs “bonecos dos sentidos” são os amigos especiais das crianças do Nível 2 do CEAPzinho. Feitos com diferentes materiais, os bonecos estimulam a exploração dos sentidos nas crianças.

CONVIVÊNCIAAluna do 6º ano do Ensino Fundamental, Laura Schmitt, conversou com as crianças do Nível 5 da Educação Infantil, envolvidos no projeto “O que faz você ser você”. Ela falou sobre uma rotina para viver melhor e sobre como conviver na família e na escola.

RECICLANDOA vontade de unir a consciência ambiental e social move um grupo de alunos do 8º ano do Ensino Fundamental que se reúne uma vez por semana para produzir papel reciclado. Quando a técnica estiver melhor, querem vender alguns produtos para comprar brinquedos para crianças carentes.

CARRINHO AMIGO

Novo reforço da Hora do Conto já

é amigo das crianças que circulam

na Biblioteca Infantil. O “boneco

carrinho”, obra da professora

Rosane Hoffmann, guarda materiais

utilizados nas atividades dos alunos.

Está aguardando a escolha de um

nome para identificá-lo.

IJUÍ, NOSSO LUGARO projeto do 4º ano iniciou com os estudos sobre a

escola. Os alunos exploraram o Campo do CEAP, o

Museu Escolar e resgataram a história do lago. Eles

também conversaram com a ex-diretora e autora de um

livro sobre parte da história da escola, Mônica Brandt.

RETRATOS DE FAMÍLIAMomentos importantes de cada família das crianças do 2º ano do Ensino Fundamental foram registrados em paineis montados em casa e socializados com os colegas. Foi uma das ações do projeto “As famílias têm histórias”.

Para crianças que estudam à tarde, acordar cedo não é, natural-mente, um prazer. Mas quando se trata de levantar para ir ao “Tempos de Criança”, elas pulam da cama. Bas-ta acompanhar o grupo em qualquer manhã no projeto para perceber o quanto as crianças sentem alegria em estar ali. No entanto, se além das ob-servações for, também, realizada uma pequena investigação com as crianças e suas famílias, a certeza se amplia.

“Quem sabe você fica emcasa hoje, filha?”, foi a pergunta da

mãe Fernanda Pasqualini à filha Isa-bella, de cinco anos. “Nunca me per-gunte isso”, foi a resposta imediata efirme,queresumeemboaparteosentimento das outras crianças, de quatro a nove anos, que participam do projeto que, em seu terceiro ano, cresceueestácombasessólidas.Isa-bella não queria perder naquela ma-nhã a grande diversão do “Tempos de Criança”.

À Isabella unem-se mais devinte crianças, em dias alternados du-rante a semana. As famílias podem

escolher de duas a cinco manhãs no momento de inscrever os filhos. Eentre brinquedos, brincadeiras, ati-vidades alternativas como culinária, jardinagem e passeios, até mesmo o momento de fazer os temas da es-cola se torna prazeroso. Tudo é pla-nejado previamente pela professora Aline Sfalcin Mai em conjunto com a Coordenadora Pedagógica Mariluza-Lucchese. Cada atividade tem sentido eobjetivodefinidos.Paraascrianças,noentanto,éumaalegriasó.Elasvi-vem a infância!

A alegria da infância levada a sério

JARDIM DAS BORBOLETASA amizade de Romeu e Julieta - duas borboletas que mudaram a história em que cada borboleta cuidava apenas do próprio jardim – é inspiração para o trabalho com as crianças do Nível 1. Cuidado e respeito com o outro são questões desenvolvidas com os pequenos.

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TEDI e FREDYOs “bonecos dos sentidos” são os amigos especiais das crianças do Nível 2 do CEAPzinho. Feitos com diferentes materiais, os bonecos estimulam a exploração dos sentidos nas crianças.

CONVIVÊNCIAAluna do 6º ano do Ensino Fundamental, Laura Schmitt, conversou com as crianças do Nível 5 da Educação Infantil, envolvidos no projeto “O que faz você ser você”. Ela falou sobre uma rotina para viver melhor e sobre como conviver na família e na escola.

RECICLANDOA vontade de unir a consciência ambiental e social move um grupo de alunos do 8º ano do Ensino Fundamental que se reúne uma vez por semana para produzir papel reciclado. Quando a técnica estiver melhor, querem vender alguns produtos para comprar brinquedos para crianças carentes.

CARRINHO AMIGO

Novo reforço da Hora do Conto já

é amigo das crianças que circulam

na Biblioteca Infantil. O “boneco

carrinho”, obra da professora

Rosane Hoffmann, guarda materiais

utilizados nas atividades dos alunos.

Está aguardando a escolha de um

nome para identificá-lo.

IJUÍ, NOSSO LUGARO projeto do 4º ano iniciou com os estudos sobre a

escola. Os alunos exploraram o Campo do CEAP, o

Museu Escolar e resgataram a história do lago. Eles

também conversaram com a ex-diretora e autora de um

livro sobre parte da história da escola, Mônica Brandt.

RETRATOS DE FAMÍLIAMomentos importantes de cada família das crianças do 2º ano do Ensino Fundamental foram registrados em paineis montados em casa e socializados com os colegas. Foi uma das ações do projeto “As famílias têm histórias”.

Para crianças que estudam à tarde, acordar cedo não é, natural-mente, um prazer. Mas quando se trata de levantar para ir ao “Tempos de Criança”, elas pulam da cama. Bas-ta acompanhar o grupo em qualquer manhã no projeto para perceber o quanto as crianças sentem alegria em estar ali. No entanto, se além das ob-servações for, também, realizada uma pequena investigação com as crianças e suas famílias, a certeza se amplia.

“Quem sabe você fica emcasa hoje, filha?”, foi a pergunta da

mãe Fernanda Pasqualini à filha Isa-bella, de cinco anos. “Nunca me per-gunte isso”, foi a resposta imediata efirme,queresumeemboaparteosentimento das outras crianças, de quatro a nove anos, que participam do projeto que, em seu terceiro ano, cresceueestácombasessólidas.Isa-bella não queria perder naquela ma-nhã a grande diversão do “Tempos de Criança”.

À Isabella unem-se mais devinte crianças, em dias alternados du-rante a semana. As famílias podem

escolher de duas a cinco manhãs no momento de inscrever os filhos. Eentre brinquedos, brincadeiras, ati-vidades alternativas como culinária, jardinagem e passeios, até mesmo o momento de fazer os temas da es-cola se torna prazeroso. Tudo é pla-nejado previamente pela professora Aline Sfalcin Mai em conjunto com a Coordenadora Pedagógica Mariluza-Lucchese. Cada atividade tem sentido eobjetivodefinidos.Paraascrianças,noentanto,éumaalegriasó.Elasvi-vem a infância!

A alegria da infância levada a sério

JARDIM DAS BORBOLETASA amizade de Romeu e Julieta - duas borboletas que mudaram a história em que cada borboleta cuidava apenas do próprio jardim – é inspiração para o trabalho com as crianças do Nível 1. Cuidado e respeito com o outro são questões desenvolvidas com os pequenos.

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VIVA A INFÂNCIA! Assim mes-mo, com letras maiúsculas, é o título do projeto pedagógico para 2013 que está sendo desenvolvido na Educação Infantil do CEAP. Com mais de um sen-tido, a frase sintetiza aquilo que real-mente importa nesta fantástica fase da vida. “Viva” tem o significado de ação,

de “viver” a infância. E também é uma saudação, um “viva” para a infância.

A infância é um tempo para apren-der, sim, mas brincando. O assunto tem ge-rado preocupação na sociedade e interesse de pensadores e pesquisadores. Entre estes últimos há quem afirme que escola e família são aliadas das crianças e importantes forças de resistência em defesa do que ainda se en-tende por infância.

E é por isso que provocar outra vez no CEAPzinho a reflexão sobre isso, e não só com as crianças mas também com os adultos, se justifica. Momentos de integração, de vivência entre famílias e crianças e também encontros em que as práticas pedagógicas desenvolvi-das na Educação Infantil do CEAP são com-partilhadas com os pais, fazem parte desse processo que ganha um reforço nesse ano.

“Nesse movimento reflexivo, vale des-tacar que a dimensão lúdica ainda é pecu-liaridade da criança”, afirma a Coordenadora Pedagógica do CEAPzinho, Deizy Soares. Se-gundo ela, “é através da brincadeira que a criança interage com as outras, vivencia situ-ações inusitadas e desenvolve aprendizagens singulares”. Para a professora, é importante não perder de vista os elementos que contri-buem para uma infância “que respeita o tem-po da criança ser criança. Por isso o destaque para brinquedos e brincadeiras indicados para cada faixa etária, programas infantis de boa qualidade, repertório musical que valoriza a cultura infantil...”.

Muitas famílias participaram do lança-mento do projeto Viva a Infância no Campo do CEAP. Pais, professoras e alunos da Educação In-fantil passaram por diferentes estações em que era possível fazer algumas brincadeiras e curtir vários tipos de brinquedos. De forma espontânea e natural, crianças e famílias brincaram entre si e interagiram, também, com os outros, a partir do interesse de cada um. Entre bolinhas de sabão, argola ao alvo, elástico, cordas, peteca, cinco marias, pé de lata, pula saco, bambolê, amare-linhas e brincadeiras com bolas, todos puderam integrar-se a partir do brincar.

Com o foco na Infância

Brinquedos ebrincadeiras

Brincar é viver a infância

Família e escola: mãos dadas com a criança

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CIÊNCIASProfessoras dos Anos Iniciais estão participando

de oficinas de formação para o ensino de Ciências

com aprofessora Ângela Gutknecht. Em um dos

encontros as professoras montaram um terrário.

ALFABETOLÂNDIAO cidadão mais famoso de lá, Senhor Alfabeto, visitou as crianças do 1º ano do Ensino Fundamental. Trouxe na mala muitos presentes, como o saco das letras, o caderno das letras e o chaveiro com letrinhas mágicas, que está “ajudando” os pequenos na alfabetização.

TERRÁRIOSPlantas e pequenos bichinhos coletados na

Trilha Ecopedagógica do Campo do CEAP

serviram para a montagem de terrários coletivos

(e individuais, em alguns casos) das turmas do

2º, 3º e 4º ano do Ensino Fundamental.

LEITURAAlunos do 3º ano do Ensino Fundamental

estão usando um marcador de página especial. Os pais estiveram na escola no lançamento

do projeto de leitura, inserido no projeto do ano “Escola, lugar de convivência”,

quando confeccionaram o presente, forma de estabelecer um vínculo família-escola de

incentivo à leitura.

MOSTRA FOTOGRÁFICA

“Pensando o seu lugar” foi o nome

dado à exposição de imagens captadas

pelos alunos da 3ª série do Ensino

Médio em Geografia. Os alunos tiveram uma breve oficina de fotografia para registrar situações

marcantes o espaço em que

vivem. O resultado surpreendeu.

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O processo elei-toral do Grêmio Estu-dantil Monteiro Lobato do CEAP – GEMLI foi um ótimo exercício de cida-dania para os alunos do

turno da manhã. Depois de vários anos os votos dos

estudantes foram disputados por três chapas. A campanha foi movimentada revelou um grande interesse dos alunos por aquilo que eles próprios podem pro-porcionar e realizar no espaço do Grêmio Estudantil.

Além do corpo a corpo e da ampla divulgação das pro-postas em cartazes espalhados pela escola e também nas redes sociais, a campanha eleitoral teve

um momento importante no de-bate realizado entre as chapas. No auditório da escola os candidatos a presidente e vice de cada chapa falaram sobre as propostas, sobre liderança e envolvimento dos alu-nos com o GEMLI.

O espírito de democracia e também de coleguismo e ami-zade entre os alunos se manteve o tempo todo no processo eleitoral conduzido pela Comissão Eleitoral formada por alunos do Conselho Deliberativo do GEMLI. No final da votação – que não teve votos brancos e nulos – a Chapa Aloha foi a vencedora, com 104 votos, seguida pela chapa Apocalypto II, com 85 votos e a chapa Olimpo, que alcançou 64 votos.

É o quinto ano consecutivo que a nova presidente do GEMLI, Amanda Copetti, está envolvida com a diretoria. Com a experiência adquirida e com um grupo que mescla integran-tes que já estiveram no Grêmio com alunos que estão tendo a primeira experiência, a aposta da turma é manter ações já consolidadas e inovar.

Uma das novidades é na área da comunicação. O infor-mativo semanal #Fikdik “está sendo feito com a cara dos alunos em substituição ao antigo Arauto, o jornal do GEMLI. Ele tem um pouco a cara do ‘Fique de Olho’, informativo da escola”, diz Amanda. Ainda neste campo a intenção é criar a “Rádio Escolar”. “A ideia é fazer o recreio ficar mais interativo, com rádio no re-creio uma vez por mês. Investimos em equipamentos para isso”, complementa o vice-presidente eleito, LuizenriqueLucchese.

A nova diretoria quer ouvir sistematicamente os alunos com uma reunião mensal com os líderes. Na área cultural a no-vidade será o concurso de desenho. Campeonatos de pingue-pongue e de cartas também estão programados. E no social a Festa Havaiana é a proposta inovadora.

Na entrevista concedida à CEAP em Revista”, Amanda e Luizenrique falaram, também, sobre os desafios da liderança do Grêmio Estudantil. Eles têm uma boa expectativa na disposição do grupo de trabalho. Reconhecem que em alguns momentos o Grêmio não foi muito ativo “e os alunos sentem falta disso”. Para eles, a disputa entre três chapas foi saudável e aumentou a responsabilidade.

Disputa democrática elege nova diretoria

Experiência e inovações: apostas da equipe

Tijolo Ecológico

A nova diretoria do GEMLI no dia da posse. A equipe é a seguinte: Amanda Copetti, presidente; LuizenriqueLucchese, vice-presidente;Paulo Augusto Lucchese, 1º secretário; Felipe Boff, 2º secretário; Rodrigo Gluszczuk, 1º tesoureiro; Mariana Ronchi, 2ª tesoureira; Vitor Cullik, Depto. de Comunicação; Fernanda Bueno, Depto. Social; Guilherme Riethmüller, Depto. Esportivo; Sarah Fengler, Depto. Comitê pela Vida; Lamys Hatem, Depto. Cultural; Nicole Eberle, Representante Ens. Fundamental; Fátima Burtet, professora conselheira.

A afinada equipe da APPA trabalhando em evento da Educação Infantil.

Professoras vivem personagens de histórias ou projetos. “Fafá Família”, a “Carteira” contadora de histórias, “Galinha e Coelhinho” e o “Colecionador de Palavras” encantaram as crianças.

No lançamento do projeto “Viva a Infância” a equipe do CEAPzinho fez acontecer.

De volta à escola, galera do Terceirão 2012 inaugurou foto na galeria de ex-alunos.

Equipe da Unijuí FM entregou prêmio ao GEMLI pela conquista na gincana entre as escolas do programa “Hora do Recreio” em 2012. Temporada 2013 já passou pelo CEAP.

Alunos do Encontro de Lideranças Estudantis da Rede Sinodal participaram dos jogos cooperativos no ginásio da escola.

A chapa OlimpoA chapa Apocalypto II

Todos os 253 votos foram válidos

Debate das chapas ficou no campo das ideias

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Rede Sinodal reúne líderes estudantis no CEAP

A formação de líderes como estratégia

Um líder es-tudantil hoje pode ser líder na socie-dade amanhã. É com essa visão que a Rede Sinodal de Educação tem pro-movido a cada ano

um evento reunindo líderes das escolas

que a integram. A ênfa-se do 19º Encontro de Lide-ranças Estudantis, sediado pelo CEAP, esteve na lide-rança propositiva.

O foco desses eventos é sempre formação e liderança. A ideia da “Liderança Propositiva” como temática foi a de provo-car reflexões sobre as potencia-lidades deste tipo de liderança. O Encontro também promoveu vivências sobre a atuação do líder para além do cumprimen-to das obrigações tradicionais. Tudo isso em dois dias de ati-vidades, 5 e 6 de abril, que in-cluíram palestras, trabalhos em grupo, visitas a líderes e mo-mentos de integração.

“Como liderar num am-

biente de mudanças” foi a re-flexão trazida pelo Gerente da Coordenadoria de Marketing da Unijuí, Giancarlo Botega, aos cerca de oitenta participantes do evento. O assunto abordado com líderes estudantis das 30 escolas da Rede Sinodal do Rio Grande do Sul e Santa Catarina participantes teve continuidade como mestrando em Desen-volvimento das Organizações, Elvis Mognhon. A palestra de encerramento do evento foi com a coordenadora do projeto Inclusão Profissional do Sindilo-jas Ijuí, psicóloga Sônia Arriens-Cassel. Ela falou sobre “Perfil do líder propositivo para uma nova geração”.

Divididos em nove gru-pos os participantes visitaram líderes ijuienses de diferentes segmentos. As experiências pessoais contadas no ambiente em que atuam e em clima in-formal foram de um significado expressivo para os adolescen-tes. O momento de socialização dos grupos evidenciou a im-portância destas interações e o grande aprendizado construído sobre liderança.

A Coordenadora Peda-gógica da Rede Sinodal, Rosân-gela Markmann Messa, acom-panhou o evento. Ela disse que “esses encontros são muito importantes porque no plano de trabalho da Rede Sinodal uma das opções estratégicas é a formação de lideranças”. Segundo ela, é papel da Rede preocupar-se com as futuras li-deranças “das nossas escolas e também de outros segmentos. A sociedade está carente de lí-deres”. Nos levantamentos da Rede Sinodal percebe-se que professores, coordenadores e gestores que exercem posições de liderança nas escolas “pas-saram por cursos de lideran-ça como esse. Isso nos alegra muito. É um investimento que permanece na Rede”.

Entre os participantes as experiências terão aplicação imediata e farão, também, dife-rença no futuro. “O que aprendi nas palestras pode ser levado

para a nossa vida. Aprendi de fato o que é liderança, o que é ser líder. E vou levar isso para a nossa escola”, foi o depoimento da aluna Júlia da Silva Marques, de 14 anos, do Colégio Sino-dal Tiradentes, de Campo Bom. Para o estudante Guilherme Kla-bunde, de 15 anos, do Colégio Martin Luther de Estrela, liderar era fazer apenas as tarefas que alguém determinava. “Eu era lí-der, mas tinha certa ‘preguiça’. Agora sei que ‘eu’ tenho que fa-zer, liderar, não só esperar que me digam o que fazer”.

Aluna da Escola Barão, de Blumenau, Thayse Elis Sal-valagio, de 15 anos, revelou que a expectativa inicial era de que “não fosse agregar tantas coisas sobre o tema (li-derança). Estou ‘pilhada’ com muitas coisas diferentes. De-pois desse encontro vou ser uma líder melhor, com mais responsabilidade”.A aluna Ma-riana Paris Ronchi, de 16 anos,

Liderança propositiva foi o foco dos trabalhos

Estudantes visitaram líderes ijuienses

do CEAP de Ijuí, já havia par-ticipado do encontro no ano passado. “Esses encontros são muito motivadores. A gen-te aprende muita coisa nova e isso faz muita diferença”.

Para ela o que marcou “é que o líder não deve fazer tudo o que o grupo quer, mas precisa conhecer as necessidades do grupo. Precisa servir enxergan-do essas necessidades”.

Guilherme Klabunde

Thayse Salvalagio

Mariana Ronchi Júlia Marques

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Os chamados “dias de convivência” enturmaram alunos das turmas dos três blocos do Ensino Fundamental com gincanas e diversão.

Diversão sempre garantida no verão para a galerinha que participa do CEAPzinho em Férias.

Professoras Deizy Soares, Sandra

Rycheski e Verci Grinke no Encontro de

Equipes Pedagógicas da Rede Sinodal de Educação em

Blumenau.O evento abordou o tema

“Diálogo entre o Pedagógico e o

Administrativo”.

A cada sexta-feira uma identificação original

do Terceirão 2013. Já se apresentaram na escola

de pantufas, de coelhinhos da Páscoa e com outros

acessórios.

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A eutanásia tem sido cada vez mais debatida na sociedade, tanto nos meios de comunicação como nos meios científi-cos. Um fato que influencia esse debate é o progresso da medicina, que aumentou a expectativa de vida e prolonga o processo da morte. Porém, o conceito de eutanásia carrega consigo divergências entre o que é ou não lícito ou o que é a liberdade de viver juntamente com o dever de salvar vidas.

A legalização da eutanásia ou da morte assistida em diversos países pos-sui várias implicações éticas, religiosas e morais. Tema bastante complexo, ela vem ao longo dos tempos, dividindo opiniões pelo caminho. No direito Brasileiro, a eu-tanásia é vista como homicídio, sendo, portanto, ilícita, independente do pedido do paciente. No entanto, em outros pa-íses, ela é aceita sob algumas condições ou até mesmo legalizada. Um dos países que possui flexões quanto a esse assunto é a Holanda, que estabelece o direito da morte até para menores de idade desde que acompanhados de autorização pa-terna. Além disso, as questões religiosas também enfrentam esse problema, e mui-

tas afirmam a eutanásia como sendo uma violação das leis de Deus, consequente-mente, um crime contra a vida.

A medicina é uma das práticas que

colocam o profissional diante de conflitos de vários tipos além do constante enfren-tamento com a morte. Será que algum ser humano, seja médico ou não, terá o direito de decidir a vida de outros Seres Humanos? Quando se discute a livre acei-tação, é preciso ainda considerar que toda a ação possui suas consequências e algu-mas podem afetar outras pessoas. Por isso, alguém que deseja – seja um familiar ou o próprio enfermo – a eutanásia, deve levar em consideração a ética que a medi-cina tanto preserva.

Ao mesmo tempo em que o avan-ço tecnológico na medicina tem propor-cionado a cura de diversas doenças e prolongado o procedimento da morte, a eutanásia ainda gera muitas adversidades e conflitos nas famílias e pacientes. Con-tudo, a decisão da vida possui implicações maiores do que apenas a decisão do pa-ciente ou de um familiar. Enquanto exis-tirem condições vitais e a medicina con-seguir prolongar a vida, a eutanásia deve, sim, ser proibida por lei.

Amanda Schultz CoppetiAluna da 3ª série do Ensino Médio

Eutanásia e o direito à vida

Quanto tempo?Ouvir a história da es-

cola por quem ajudou a cons-truí-la – e ainda a constrói – foi uma experiência incrível para os alunos. Para professores e funcionários que passaram pela escola ou que fazem parte

do grupo atual, foi gratificante. No estudo sobre a história de Ijuí

e, dentro dela, o resgate da história do CEAP, tem sido tradição nos últi-mos anos promover um encontro em que pessoas que marcam a história da escola são entrevistadas pelos alunos.

Neste ano o projeto “Ijuí, nosso lugar”, que envolve alunos do 4º ano, pro-moveu o “Café das Histórias Vividas”. Numa manhã de sábadoos alunos re-ceberam na Sala 100 os professores Valdecir Schenkel, Rosane Dalenogare, Sirlei Fengler e Marlene Mueller; os funcionários Cesar Budel e Cláudio Ki-netz e as ex-professoras Marli Martins, Cláudia Melo e Solange Velasquez. Além das histórias de vida, as entrevis-tas reconstruíram as histórias de cria-ção da Trila Ecopedagógica do Campo do CEAP e do lago da escola.

A tarde de homenagens às mães foi alegre, divertida e tam-bém emocionante. O evento pro-movido pela Associação de Pais, Professores e Funcionários do CEAP (APPA) lotou o Centro Evangélico. Diversas homenagens, com flautas, música cantada em inglês, reflexão e, especialmente as apresentações especiais das crianças do CEAPzi-nho, adoçaram o chá das mamães que participaram. Um desfile de modas - em que as modelos foram as mães com os filhos - encerrou o evento.

Café da manhã com história

O chá mais doce do ano

Tudo começa no instante do seu primeiro choro e vai até o instante da última batida do seu coração. Esses fatos são pratica-mente impossíveis de serem al-terados, porém o que acontece entre eles é totalmente feito por você, de sua autoria, são as suas

escolhas, o que você quer, é sim-plesmente sua vida.

Os primeiros anos são pratica-mente os que você receberá mais amor e aprenderá coisas básicas que serão ensi-

nadas pelos seus pais e toda a família que

estará por p e r t o .

Será

uma dasa fases em que você precisará de ajuda, pois ainda não saberá distin-guir o certo do errado. Mas infelizmente, esse tempo será lembrado vagamente no futuro.

Depois você irá para a escola pois é uma regra da sociedade. É possível que nas primeiras vezes você chore e implore para sua mãe não deixá-lo, ela ficará com o coração nas mãos mas o deixará pois é o certo a fazer. Virará rotina e você vai adorar ir encontrar seus amigos.

O ensino fundamental estará pres-tes a acabar e o médio prestes a começar quando você perceberá que estudar per-deu a graça, mas é algo bem necessário e que será importante para definir o que ainda resta de tempo. Nesse período você também descobrirá outra função do

seu coração, que lhe propor-cionará coisas boas e ruins.

Chegará a hora de escolher sua profissão,

uma decisão complica-da, e quando ela for to-

mada a complicação será de passar no

vestibular. Quando a faculdade esti-

ver encaminha-da para acon-

tecer, provavelmente terá de sair de casa, e a consequência disso será que dali para frente, seguirá a sua vida sozinho, dará passos sem a ajuda de ninguém.

Então você chegará à vida adul-ta. Estará formado, estará trabalhando, estará se casando, estará tendo filhos e tudo passará muito rápido.

De repente seus filhos irão sair de casa, se formar, trabalhar, se casar e en-tão, estará contando histórias aos seus netos. Sentirá que a idade estará avan-çando, as rugas surgirão a cada dia mais intensamente e seu tempo ficará cada vez menor.

Tempo, uma palavra cheia de magia, com muitos significados. Pode ser uma sucessão de segundos, minutos, horas, dias, momentos. Provavelmente irá entendê-lo no final de tudo, porém antes disso sempre haverá questiona-mento sobre.

Um conselho que fica, aproveite o tempo, aproveite tudo que tiver direi-to, mas aproveite agora, não fique pen-sando no que virá e muito menos no que já se foi. Apenas aproveite. Porque afinal, você sabe quanto tempo tem?

Janaine Lais BruinsmaAluna da 1ª série do Ensino Médio

Cláudia Melo, ex-professora, contou detalhes do projeto do lago

Crianças conduziram as entrevistas no Café das Histórias

Ex-professora SolangaVelasquez na conversa com os alunos

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Tenho uma amiga que diz que só saberá se realmente amou alguém no dia em que essa pes-soa morrer: caso consiga lembrar-se de todos os momentos e não sentir raiva pelos piores, então conhecerá seus sentimentos. O sentimento dela oscila entre o amor e o ódio porque ele fala que a ama, mas ela sabe que não é a única. Porque ele não se esforça. Porque ele não ama com coragem, e como Fabrício Carpinejar diz: “a única coisa que uma mulher não perdoa é que o homem não ame com coragem”.

O sentimento dela oscila porque ele fala palavras bonitas, mas as mantém na teoria. Por-que ele é irresoluto. Porque eles são completamente sinceros um com o outro, mas quando ele tem oportunidade, joga todos os erros que ela cometeu na cara dela. Porque ele não admite que também erre.

Todo mundo quer 8 ou 80. Nunca 35, 40, 60. Nunca. Queremos alguém que volte pra conversar depois de uma briga,

mas gostamos dos mais canalhas. Quere-mos alguém que peça desculpas mesmo sem estar errado. Isso é um paradoxo. A vida é um paradoxo. Não consigo ver nada que de alguma forma não se ligue a isso.

Quem nunca sentiu amor e ódio, ao mesmo tempo, que atire a primeira pedra. Por quê? Porque a adoles-cência é assim. O amor e o ódio andam lado a lado. Porque amor é sorte e ódio é consequência.

Ele torce pro Inter, ela pro Grêmio. Ela é tímida e ele faz mais o estilo cafajeste. Ela gosta de abraços demorados, daqueles que parece que o coração colou e não quer mais separar, ele prefere beijos. Ela é fissurada em música nacional e ele em músicas inter-nacionais. Eles não combinam em nada, mas dizem que as melhores misturas são feitas de tintas dife-rentes.

Temos milhares de para-doxos no cotidiano, trilhões de coisas acontecem sem que per-cebamos as semelhanças e as dis-cordâncias da vida. Mas apesar de

tudo, o amor é um paradoxo, e isso não se discute.

Gabriela TrentiniAluna da 1ª série do Ensino Médio

O amor: o maior dos paradoxos

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O menino sai correndo da aula ao meio-dia, continua correndo durante todo trajeto até sua casa, abre a porta apressadamente e grita qualquer cumprimento à sua mãe. Mas para que tudo isso? Tudo para chegar o mais rápido possível ao seu santuário sagrado; seu templo de sossego e diversão, resumindo: seu computador.

Mas o que ele há de fazer nesse computado, que com todas as suas forças o menino almeja? Entre episódios estendidos

de Star Trek, temporadas completas de Game of Thrones e discografias completas das mais variadas bandas que cantam nos

mais variados idiomas, ele encontra o que queria. Ao mesmo tempo que abre o “World of Warcraf”, conecta-se com os amigos com quem

passou toda a aula e com passará também toda a tarde, massacrando

GamerA primeira experiência

de intercâmbio entre alunos do CEAP e do Colégio Yvynará de Melo, no Uruguai, vai acontecer no segundo semestre. A defini-ção aconteceu durante reunião no CEAP entre o diretor Gusta-vo Malschitzky e a diretora da escola uruguaia, Carolina Arbe-leche Perdomo. Ela visitou Ijuí e

esteve na escola para encaminhar as possibilidades de intercâmbio

cultural.As tratativas haviam iniciado

em novembro, quando o diretor do CEAP esteve em Melo a convite da Ofi-cina de Relacionamento Cerro Largo-Brasil, da Intendência de Melo (capi-tal do Departamento de Cerro Largo). Após conhecer escolas e apresentar a proposta de intercâmbio do CEAP, o Colégio Yvynará foi quem demonstrou interesse na possibilidade.

Durante a visita ao CEAP a dire-tora do Colégio Yvynará conheceu um pouco da cidade em companhia da fa-mília e tratou do projeto com a direção

do CEAP. Ela e o diretor Gustavo tive-ram uma conversa com os alunos da 1ª série do Ensino Médio para apresentar

a proposta de intercâmbio, que num primeiro momento foi extremamente bem recebida pelos alunos.

Os primeiros passos do intercâmbio vão pas-sar pela provocação de um intercâmbio virtual entre alunos da 1ª série do Ensino Médio do CEAP e do 4º ano do Liceo, que no Uruguai corresponde à 1ª série do Médio no Brasil. Dessas turmas deverá ser formado um grupo de até dez alunos para ir ao Uru-guai no mês de setembro. Durante uma semana alu-nos do CEAP ficarão vivendo na casa da família de um aluno do Colégio Yvynará, acompanhando todas as atividades da rotina diária deles. Os alunos que receberem os brasileiros virão para Ijuí em outubro para serem recebidos pelas famílias daqueles alunos que ficaram em suas casas a fim de repetir, aqui, a mesma experiência.

“Eles vão exercitar o espanhol, no caso dos nossos alunos, e o português, caso dos uruguaios, que têm aulas da Língua Portuguesa lá. Mas princi-palmente esse tipo de intercâmbio vai dar a possibi-lidade da vivência de uma cultura diferente. Vivendo a rotina de um adolescente estudante no Uruguai, nosso aluno vai conviver com a cultura, os costumes, desde alimentação, rotina, horários, como se fosse membro de uma família uruguaia. Isso tudo a escola não dá. Só realmente vivendo é que é possível. E essa é a intenção do projeto”, explica o diretor do CEAP, Gustavo Malschitzky.

Para a diretora da escola uruguaia, Carolina Arbeleche, “a possibilidade de nossos alunos con-viverem com alunos brasileiros, e estarem em uma escola brasileira, é muito importante. Estamos próxi-mos, isso facilita. Será muito bom do ponto de vista cultural e do idioma. Temos muita vontade de iniciar este intercâmbio”.

Fundada em 2004, a escola é nova e tem implantado novos níveis a cada ano, à medida que os alunos avançam. Atualmente recebe alunos desde a Educa-ção Infantil até o 4º ano do Liceo, que cor-responde à 1ª série do Ensino Médio. Yvy-nará é uma palavra da língua guarani e faz referência aos laranjais que, no passado, cobriam a região de Cerro Largo. A escola tem aulas das 8 da manhã às 4 da tarde de segunda a sexta. Os alunos almoçam na escola. “O que temos de maior seme-lhança com o CEAP é a formação que se oferece e os valores que compartilhamos”, salienta a diretora Carolina Arbeleche.

Alunos do CEAP vão ao Uruguai em setembro

Vivendo como nativo

O Colégio Yvynará

dragões e ogros nas terras de Azeroth.Agora nos perguntamos se este tipo de

comportamento é correto. A maioria responderá que não e, em parte, estão certos, pois o hábito de passar toda a tarde sentado à frente de um computador não é nada saudável. Entretanto, pesquisas indicam que pessoas que jogam videogame têm reflexos duas vezem mais rápidos, e, em média, tiram notas mais altas na escola, além de apresentarem maior capacidade de distinguir o bem do mal.

Então, em resumo, o que se deve fazer é jogar videogame e usar o computador, porém sem deixar de fazer exercícios e de interagir com seus amigos no mundo real.

Thiago de Bittencourt BussAluno da 8ªsérie do Ensino Fundamental

Alunos da 1ª série do Ensino Médio poderão participar do intercâmbio

Diretor Gustavo Malschitzky acertou detalhes da proposta com diretora Carolina Arbeleche

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Nem sempre um assunto fácil, a sexualidade é uma realidade que, por isso, muitas vezes acaba sendo tratada de forma inadequada ou mesmo não abordada. No CEAP os alunos e famílias do 7º ano estão participando de momentos de discussão

sobre o tema. Uma das palestrantes, a psicóloga e psicoterapeuta da infância, adolescência e adultos,

Cristina Boll Stragliotto, amplia o assunto aqui, abor-dando a infância e a adolescência.

As crianças de hoje estão sendo expostas mais cedo à questão da sexualidade.O que está acontecendo?Não só a questão da sexualidade está surgindo de forma precoce na contemporaneidade, assim como várias etapas do desenvolvimento da criança e do adolescente. Há ques-tões que estão aflorando precocemente. É um fenômeno mundial. A infância está mais curta. E deixando de brincar, elas passam a ter interesses maiores para questões da tec-nologia, com informações que vão além da etapa que de-veria estar sedo vivida. Existem etapas do desenvolvimento na infância e adolescência onde uma complementa e esse processo, quando deixa de ser vivido, pode acarretar em prejuízos emocionais.

Há muita informação, hoje, disponível, em comparação com uma ou duas décadas atrás. Mas quem deve filtrar isso para as crianças e os adolescentes? Esse limite precisa existir e é função dos pais; não cabe à es-cola nem à“tata”. Tudo na vida é questão de limite, inclusive a sexualidade precoce. As precocidades estão associadas à falta de limite, falta de proteção dos cuidadores das crianças. Saber com quem vai, aonde vai e que horas volta deveria ser regra que, aliás, tem um fundo de cuidado e proteção que quase não se vê mais. Está tudo muito liberado, sem censura, atualmente.

Percebe-se um processo de “adultização precoce” nas crianças - especialmente nas meninas - no que diz res-peito a roupas, maquiagem, alguns tipos de festas (to-car funk, por exemplo, em festa de aniversário de 8 ou 9 anos)... Há um sinal de alerta aqui?De novo aqui a questão é de limites. A maneira como a crian-ça vai se vestir, se maquiar e até se portar também tem que ser orientada pelos pais. A criança pode até se expor, mas de forma ingênua, sem saber que está fazendo isso. Vale o mes-mo para a roupa adequada ao ambiente, a música na festa... É preciso preservar a criança, especialmente as meninas. E são as mães que precisam se conscientizar e orientar suas filhas sobre isso.

Em que os pais estão pecando na questão da educação para a sexualidade?Os pais se assustam muito com determinados compor-tamentos e assuntos que a criança está demonstrando e querendo abordar. O diálogo sempre é bem-vindo quando a criança está demonstrando o interesse. Às vezes ela fala coisas - que nem sabe o significado - porque ouviu. O pai e a mãe não podem “fazer de conta” que não ouviram. E como responder a esses questionamentos? É preciso investigar de

onde surgiu o assunto, ser objetivo e sincero na resposta e ficar restrito à pergunta, progredir com base no que o jovem já conhece e fornecer explicações em linguagem simples.

E se a criança ou o adolescente não perguntarem?Em algum momento a questão da sexualidade vai surgir. Os pais precisam estar atentos aos filhos, conhecer as crianças, para perceber essa questão. Ter algum horário para conver-sar sobre o dia, sobre assuntos do interesse deles, procu-rar saber o que o filho está vivendo, aprendendo, enfim, ser próximo dos filhos é necessário para poder criar vínculos. Às vezes o vínculo não está forte o suficiente para poder con-versar sobre sexualidade com eles. As conversas favorecem esses vínculos e dão abertura para o diálogo.

Qual o papel da escola nesse processo?É o de complementação da educação e das orientações. A participação e envolvimento dos pais em parceria com a es-cola é fundamental para o crescimento saudável dos filhos. E a orientação sexual é um trabalho formal e sistemático que vai transmitir informações adequadas no sentido de cons-cientizar o adolescente sobre seu papel na sociedade. Crian-ças e adolescentes que recebem orientações adequadas so-bre a vida estarão aptas a estabelecer relações afetivas sau-dáveis e, provavelmente, terão uma vida sexual responsável.

Educando os filhos para a sexualidade

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De volta à escola trinta anos depoisA turma de alunos que concluiu o

Ensino Médio - na época 2º Grau – no CEAP em 1983 voltou a se reunir na escola. Ao menos parte da turma. No início de março quinze ex-alunos, vários deles acompanhados de suas famílias, estiveram no CEAP, onde reencontraram, também, antigos professores e funcionários, vários dos quais ainda em atuação na escola.

Depois de abraços e trocas das primeiras informações, a turma conversou no

miniauditório, onde recebeu informações sobre o CEAP na atualidade, através do diretor Gustavo

Malschitzky, e acompanhou uma reflexão com o pastor escolar Luciano Martins. A ex-professora e ex-diretora Mônica Brandt, mãe de um dos ex-alunos, falou sobre o livro de sua autoria que resgata os primeiros 50 anos da história do CEAP. E o ex-diretor Luiz Paulo Mauhs, convidado especial do grupo de ex-alunos, também se manifestou.

O final de semana nostálgico ainda teve uma tarde de jogos entre o grupo no Ginásio do CEAP no sábado à tarde. À noite o encontro seguiu com um jantar no Jardim Europa Hotel, com espaço para discursos – desta vez um empolgado e emocionado “diretor Mauhs” contou histórias, chorou e fez chorar - e música ao vivo e a participação de outros ex-alunos que não puderam estar na escola pela manhã. Todos os momentos foram marcados por emoção e alegria. E também por muitas manifestações de gratidão dos ex-alunos à escola, professores e funcionários do CEAP. A turma já pensa no próximo encontro.

Cristina: vínculos e limites

A turma na 1ª série em 1973 com a professora Heidy MeinckeCarmen Gimenez,CleniceDrewsAmorin e Carin Wagner Machado de Carvalho

Colegas Taís, Paula, Carmen e CarenRicardo Soletti e Marco Meister, os organizadores do encontro

Reencontro iniciou no miniauditório do CEAP, antiga Sala de Ciências

A turma com os professores da época: Guilherme Brandt, Marco Antônio Meister, Carin Wagner e Ricardo André Soletti na fila superior. Logo abaixo Rogério Ricardo Zimpel, Marcos Friske e o professor Horst Kessler, bem à direita. Abaixo Carmen Eliza Gimenez, Taís Montagner, Paula Ojezenasz do Nascimento e o professor Lourenço Paris. Na fila debaixo o ex-diretor Luiz Paulo Mauhs e as professoras Mônica Brandt e Jorgina Oliveira.

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Obrigado Professor...

Professor – vamos valorizar?

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Do Jardim de Infância ao 1º ano do Segundo Grau foram bons anos vividos na escola. “Lá no Jardim, onde entrei em 1975, lembro que a gente foi vacinado contra coqueluche”, conta Fernando. Daquela época, também, vem à lembrança ao dia em que um fotógrafo “veio fazer foto da nossa turma no último dia de aula. Quase todos choraram. Lembro do Marcelo Garzella, do André Zanchet chorando...”.

São muitas lembranças do tempo curtido no pá-tio e das rotinas escolares. “A gente jogava bola na ‘Cova’. Todo mundo ao mesmo tempo. O Mãozinha (Antônio da Luz) jogava pingue-pongue com a gente, e ganhava de nós. Lembro do uniforme, calça de tergal e sapato preto. Isso marcava, assim como marcava o respeito pela figura

do diretor. Era uma postura diferente na época”. Do fute-bol jogado no recreio vinha, depois, uma seleção feita pelo

professor Antônio Schwingel “para ver quem jogava futebol e também basquete. Eu era o mais novo da turma, magrinho...Não pegava time”.

Fernando lembra dos professores Florêncio Berger, de Português, Armindo Porscher da Biblioteca: “eu ia muito lá, vivia retirando livros”. Lembro, também, da Lira (Garros), do Serviço de Orientação Educacional. Todo mundo passou por lá. Da Mô-nica (Brandt) de História e do Serviço de Orientação Pedagógica, que ficava na mesma sala coma Lira. Briga e nota baixa rendia

uma visita àquela sala. O (Luiz Paulo) Mauhs era professor de Inglês...”.

O ex-aluno revela que a mesma turma de colegas por muitos anos for-mou “uma unidade bacana”. Depois do CEAP ele concluiu o Segundo Grau na escola Da Paz, em Santa Rosa. Estudou Medicina Veterinária na UFSM em Santa Maria. Atualmente é co-ordenador do Programa Sanitário de Febre Aftosa, na Secretaria Estadual de Agricultura. Mora em Porto Alegre com a esposa e duas filhas. “Tenho saudade de tudo que era da época da escola. Me identifico com a estrutura do CEAP, com o lugar, porque pra-ticamente me criei dentro da escola a artir dos quatro anos. Esse espaço físico era ‘gigante’ pra gente na época”.

Dos anos de CEAP o principal aprendizado, segundo Fer-nando, foi “o comportamento social, a educação mais rígida de formação. Isso se reflete na vida. A gente aprende a respeitar o outro, a conviver. A formação moral foi o mais forte no CEAP”.

Ela chegou no CEAP em 1986 e estudou até o final do Segundo Grau, em 1992. Deste período, Tassiane morou por três anos dentro da escola, no Internato, que ainda funciona-va. “A Dona Edith era quem nos cuidava”, lembra, acrescentando que além do internato feminino também funcionava o internato masculino na escola.

E é do período de internato que vêm as recordações “mais divertidas. Eu era a mais nova. Em uma noite tivemos jantar lá no campo (Campo do CEAP). Levaram a gente de Kombi. Na volta nos trouxeram para a escola e a dona Edith (François) e o Jorge (Trentini), que cuidava dos meninos, ficaram lá no campo arru-mando as coisas. Os meninos resolveram conhecer o nosso inter-nato e nós o deles. Foi aquela confusão. Uma correria. No outro dia levamos uma ‘chamada’ da direção. Tivemos que assinar um termo nos comprometendo em respeitar as regras do internato”.

A passagem pelo internato da escola contribuiu, segundo Tassiane, para sua formação. “No CEAP tive toda minha forma-ção escolar e por morar no internato, aprendi rápido as obriga-ções da vida. Acabei amadurecendo mais cedo e tendo respon-sabilidades. Hoje agradeço pois isso ajudou na minha formação pessoal”. A ex-aluna foi atleta. Jogava voleibol. “Nós éramos treinadas pela Márcia (Michael). Fomos campeãs da Olimpíada Evangélica (ONASE) m Joinvile. Eu e a Airam Sausem éramos ata-cantes de ponta, a Sheni e a Simone Antonello eram atacantes de meio e a Ana Zago e a Patrícia Berwig levantadoras”.

Entre tantos professores, ela lembra do professor Louren-ço Paris “e toda sua calma, da rapidez da Jorgina (Oliveira), do Renato “Bobeira” (Morares), do Irineo (Sauer) no Laboratório de Química, da profe Claudete (Gomes) e de toda sua disciplina”. Nos recreios a galera comia “pastel de vento, pois tinha pouca carne (risos) Era uma delícia”.

Tassiane também participou da diretoria do GEMLI, quan-

do a turma criou a Festa do Ridículo. “Estava no 1º ano do Segundo Grau. Fomos fantasiados na festa, que acon-teceu na Paquetá”. A concentração da turma era sempre na casa do colega Vlademir, que mo-rava em frente ao CEAP na casa onde depois funcionou uma escola de idio-mas.

Foi no CEAP, também, que Tas-siane encontrou a pessoa com quem iria compartilhar mais anos pela frente. “Es-tava no terceiro ano quando comecei namorar o Alexandre (De-boni), hoje meu marido. Mas a nossa história já tinha iniciado na 7ª série. Lembro que o Jornal da Manhã foi entrevistar casais de namorados no CEAP para a edição da semana do dia dos namorados. Eu e o Alexandre fomos entrevistados e tenho esse jornal guardado”.

Depois do CEAP a ex-aluna estudou Odontologia na PUC em Porto Alegre. Formada em 1999, voltou para Ijuí, fez espe-cialização em Implantodontia em Campinas, São Paulo, e desde 2000 atua em Ijuí. Casada com o ex-colega de CEAP, Tassiane e Alexandre têm dois filhos que estudam no CEAPzinho: Clara no Nível 4 e João no Nível 1.

Se você leu o título e está lendo estas palavras, certamente você teve um professor, uma profes-sora que auxiliou nesta tarefa de aprender a ler, a conhecer os números, as operações ma-temáticas, a ter um mundo sen-do descortinado à sua frente. E,

agradecer a estes professores que passaram pelas nossas vidas é im-

portante.Apesar do avanço das tecnologias, das comunicações aceleradas e da possibi-lidade de, através delas ter contato com o mundo, sempre haverá necessidade de que alguém ensine como usar bem estas tecnologias a favor de um apren-dizado consistente. Este alguém sempre será um professor.A base da educação escolar é a figura do professor. Nele é centrado o projeto pedagógico de uma escola, a partir dele se desenvolvem as ações pedagógicas,

as relações com o conhe-cimento e com os outros seres que compõe o gru-po social. E, também a convivência social deve ser aprendida e orien-tada e, além da família, também os professores são personagens im-prescindíveis na orienta-ção deste processo.Pelo que já se expôs, não se vê a possibilidade de prescindir da existência de professo-res. Por isto mesmo, agradecer aos pro-fessores por tudo o que ele representa ou representou para cada um é quase uma obrigação, é um reconhecimento de cada um pelo que se é, independen-temente da idade que se tem. Agradeça ao seu professor, pelos exemplos, pelos conhecimentos repartidos, pelos desa-fios lançados.

S e você sabe ler, agradeça ao professor.A propósito, em todo o texto me referi a “professor” sempre de forma genérica. Professores e professoras estão plena-mente incluídos, sempre.

Gustavo MalschitzyDiretor do CEAP

Esta edição da “CEAP em Revista” dedica esta página para uma iniciativa surgida através de uma provocação feita inicialmente ao grupo de professores do CEAP no início deste ano letivo. A ideia é contagiar a comunidade escolar a partir de uma atitude de gratidão a quem foi e é nosso professor, ou de nossos filhos. Uma das formas é publicizar, de diferen-tes formas, a frase simples “Obrigado professor...”, assim mesmo, com reticên-cias, para que cada um complete men-talmente – e verbalize também – com os motivos tantos pelos quais os professo-res merecem agradecimento. Esta ação não está relacionada ao dia 15 de Ou-tubro – e nem precisa – mas trazemos, aqui, uma pequena reflexão proposta pelo educador e pensador Paulo Freire por ocasião desta data certa vez. Ilustra bem a importância de campanhas como essa.

“Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que

seus filhos sejam professores. Isso nos mos-tra o reconhecimento que o trabalho de edu-car é duro, difícil e necessário, mas que per-mitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remu-nerados, com baixo prestígio social e respon-sabilizados pelo fracasso da educação, gran-de parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho. A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem dian-te dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda”.

Paulo FreireEducador e Pensador

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É muito bom nos encon-trarmos outra vez. Muita coisa já se fez na escola – e está em exe-cução e projeção – desde nossa última edição. Liderança é um assunto que está na nossa pauta dessa vez. O Grêmio Estudantil do CEAP teve uma eleição disputa-da por três chapas e um processo democrático interessante, aumen-

tando a responsabilidade da turma escolhida para administrar o GEMLI.

O que eles vão fazer? E como? Isso, e também como foram a campanha e elei-

ção, está contado nessa edição da CEAP em Revista, que traz, também, a cobertura – com depoimentos – do Encontro de Lideranças Es-tudantis da Rede Sinodal de Educação que foi sediado pela nossa escola.

Um (re) encontro com ex-alunos está sendo proporcionado nesta edição em duas páginas. Em uma delas a tradicional edi-toria “Onde andam?” traz depoimentos de gente que está perto e longe do CEAP. E a comemoração de trinta anos de formatura da turma que concluiu o Segundo Grau em 1983 merece um destaque especial. Assim como merecem um espaço importante pro-duções textuais de nossos alunos e projetos que estão sendo desenvolvidos nos diferentes níveis, anos e séries da escola.

Nessa edição voltamos a tratar de um assunto que está na pauta do CEAP todos os dias: a infância. Você vai conhecer o proje-to lançado pela Educação Infantil chamado “Viva a Infância”, cujas ênfases estão na de-fesa de uma infância como deve ser - em que o brincar precisa ter o espaço devido - e na saudação a uma fase espetacular da vida de todos, que merece ser compartilhada com a escola e a família. E a temática ganha des-taque, também, com a matéria de capa, que volta a destacar o trabalho desenvolvido pelo projeto Tempos de Criança, cada vez mais consolidado no CEAP.

Um último destaque é para o texto “Obrigado professor...”, que pretende ser mais uma injeção para que a comunidade escolar, especialmente, envolva-se em uma necessá-ria e permanente campanha de valorização de quem faz educação na escola. A entrevis-ta desta edição vai direto ao ponto em um assunto muito mais do que pertinente. Tem mais atrações, claro. Fique à vontade e deli-cie-se com nossa nova edição.

CEAP Em REvistANº 15 – Maio de 2013Publicação do Colégio Evangélico Augusto PestanaEdição: Assessoria de Comunicação do CEAPProjeto Gráfico: Z ComunicDiagramação: Cia da ArteJornalista Responsável:André da RosaFale com a redação: [email protected]

“Melhor é serem dois do que um, porque duas pessoas trabalhan-do juntas podem ganhar muito mais. Se uma delas cai, a outra levanta o seu companheiro: mas ai do que estiver só; pois, cain-do, não haverá outro que o levante”.

(Eclesiastes 4.9-10)

Um dos enfoques desta revista é o 19º Encontro de Lideran-

ças Estudantis da Rede Sinodal, ocor-rido no mês de abril, aqui no CEAP. Aproveito esse espaço para aprofun-dar um pouco mais a reflexão sobre liderança numa perspectiva bíblica.Nós sabemos que um líder não pode fazer tudo sozinho. Ele precisa, neces-sariamente, contar e apoiar-se no tra-balho de outros parceiros, para que o seu objetivo prospere. Devem ser pes-soas capazes, nas quais possa confiar.

Certa vez ouvi a frase “as pessoas são o ativo mais im-portante da em-presa”. Essa não é uma novida-de no mercado, mas é uma ver-dade que pre-valece há muito tempo.Na Bíblia essa é uma reali-dade já há muito conhecida. Apesar dos heróis da Bíblia não usarem a palavra “equipe” eram mestres em utilizar essa prática. Eles não dispunham de uma infraestru-tura tecnológica de ponta. As condi-ções eram rudimentares, eles tinham que se superar.Viviam em tendas na maior parte do tempo e sem moradia permanente. A vantagem deles era o respeito pelos recursos humanos, já que muitas vezes, as suas posses – ovelhas, cabras, gado e terras – eram saqueadas pelos inimigos. Pela neces-sidade, eram obrigados a motivar-se entre si e permanecerem juntos para poder vencer. Desde os tempos bíbli-cos, as pessoas conseguem realizar mais quando trabalham unidas. Os

líderes da Bíblia percebiam que um grupo é mais do que a soma de suas partes.Eram capazes de formar equi-pes fortes, onde o desejo individual era subordinado às necessidades do grupo. Para libertar-se do jugo do fa-raó, no Egito, por exemplo, os hebreus uniram-se, sob a liderança de Moisés.Havia uma quantidade considerável de sacrifício individual a serviço do objetivo geral da equipe de atingir a “Terra Prometida”. Para alcançar esse objetivo, estavam motivados pela crença em Deus de que chegariam lá. Essa certeza os manteve firmes, mes-mo com a troca de liderança nas gera-ções subsequentes.

A lição para o líder moderno é perceber que se os membros da equipe não se sentem valorizados ou enxergam o líder da equipe colhendo toda a glória, enquanto fazem o tra-balho duro, as referências de grupo, como um todo, tendem a ficar vazias.

Uma equipe desmotivada não ajuda no objetivo. O papel do líder é en-xergar que todos no grupo têm uma função distinta e importante, com ha-bilidades e formações diversas. O lí-der deve observar essas qualidades e incentivar seus comandados em torno do objetivo.

Nós como Equipe CEAP quere-mos crescer juntos na valorização do coletivo. As palavras de Eclesiastes nos norteiam na tarefa de trabalharmos juntos e juntos podermos ganhar muito mais e fazermos a diferença nos nossos diferentes espaços de convivência.

Luciano Miranda MartinsPastor Escolar do CEAP

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Trabalhamos em Equipe| 0322 |

As muitas carasdo Arauto

Por décadas ele foi o “órgão do Grêmio Estudantil Monteiro Lobato de Ijuí”. O jornal “O Arauto” é uma lenda do GEMLI no CEAP. Cada diretoria lhe dava um jeito próprio, fruto da interminável criatividade dos adolescentes. Desde o formato, tamanho, estilo, passando também pelo

que era pauta, tudo era “mutante” - até a periodicidade. Na capa da edição de 1993 estava impresso “o único semanário mensal que é publicado todos

os dias uma vez por ano!”. Às vezes eram mais que uma edição anual. Hoje o canal de informação dos alunos é prioritariamente virtual. O semanal #Fikdik é afixado nas paredes das salas de aula e do pátio. Tempos diferentes. Tempo de lembrar de como era “O Arauto” em diferentes fases.

Alunos da Rede Sinodal no Encontro de Lideranças no CEAP

Edição de 1990 identificava o 38º ano do Arauto. A recente queda do muro de Berlim era um dos assuntos.

A segunda edição de 1999 trazia os Teletubbies na capa com o título “Cololido!”, numa alusão à impressão em cores, ao menos da capa e contracapa. Eram 20 páginas de jornal.

Super-heróis de diferentes épocas faziam a capa colorida da edição de 2002.

“O jornal que é uma revelação”, dizia a chamada de capa da edição de novembro de 1995, com ilustração do aluno Gui Róger.

Era setembro de 1998 e circulava a segunda edição do ano. Evandro Bertol era o desenhista em uma equipe editorial de dez alunos. Uma delas, Letícia Bührer, seria jornalista depois da escola.

Uma das últimas edições, o Arauto de 2009 trazia a tradicional editoria das “frases malditas”.

A capa e outras ilustrações internas eram resultado dos traços do aluno Rodrigo Lenz.

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É muito bom nos encon-trarmos outra vez. Muita coisa já se fez na escola – e está em exe-cução e projeção – desde nossa última edição. Liderança é um assunto que está na nossa pauta dessa vez. O Grêmio Estudantil do CEAP teve uma eleição disputa-da por três chapas e um processo democrático interessante, aumen-

tando a responsabilidade da turma escolhida para administrar o GEMLI.

O que eles vão fazer? E como? Isso, e também como foram a campanha e elei-

ção, está contado nessa edição da CEAP em Revista, que traz, também, a cobertura – com depoimentos – do Encontro de Lideranças Es-tudantis da Rede Sinodal de Educação que foi sediado pela nossa escola.

Um (re) encontro com ex-alunos está sendo proporcionado nesta edição em duas páginas. Em uma delas a tradicional edi-toria “Onde andam?” traz depoimentos de gente que está perto e longe do CEAP. E a comemoração de trinta anos de formatura da turma que concluiu o Segundo Grau em 1983 merece um destaque especial. Assim como merecem um espaço importante pro-duções textuais de nossos alunos e projetos que estão sendo desenvolvidos nos diferentes níveis, anos e séries da escola.

Nessa edição voltamos a tratar de um assunto que está na pauta do CEAP todos os dias: a infância. Você vai conhecer o proje-to lançado pela Educação Infantil chamado “Viva a Infância”, cujas ênfases estão na de-fesa de uma infância como deve ser - em que o brincar precisa ter o espaço devido - e na saudação a uma fase espetacular da vida de todos, que merece ser compartilhada com a escola e a família. E a temática ganha des-taque, também, com a matéria de capa, que volta a destacar o trabalho desenvolvido pelo projeto Tempos de Criança, cada vez mais consolidado no CEAP.

Um último destaque é para o texto “Obrigado professor...”, que pretende ser mais uma injeção para que a comunidade escolar, especialmente, envolva-se em uma necessá-ria e permanente campanha de valorização de quem faz educação na escola. A entrevis-ta desta edição vai direto ao ponto em um assunto muito mais do que pertinente. Tem mais atrações, claro. Fique à vontade e deli-cie-se com nossa nova edição.

CEAP Em REvistANº 15 – Maio de 2013Publicação do Colégio Evangélico Augusto PestanaEdição: Assessoria de Comunicação do CEAPProjeto Gráfico: Z ComunicDiagramação: Cia da ArteJornalista Responsável:André da RosaFale com a redação: [email protected]

“Melhor é serem dois do que um, porque duas pessoas trabalhan-do juntas podem ganhar muito mais. Se uma delas cai, a outra levanta o seu companheiro: mas ai do que estiver só; pois, cain-do, não haverá outro que o levante”.

(Eclesiastes 4.9-10)

Um dos enfoques desta revista é o 19º Encontro de Lideran-

ças Estudantis da Rede Sinodal, ocor-rido no mês de abril, aqui no CEAP. Aproveito esse espaço para aprofun-dar um pouco mais a reflexão sobre liderança numa perspectiva bíblica.Nós sabemos que um líder não pode fazer tudo sozinho. Ele precisa, neces-sariamente, contar e apoiar-se no tra-balho de outros parceiros, para que o seu objetivo prospere. Devem ser pes-soas capazes, nas quais possa confiar.

Certa vez ouvi a frase “as pessoas são o ativo mais im-portante da em-presa”. Essa não é uma novida-de no mercado, mas é uma ver-dade que pre-valece há muito tempo.Na Bíblia essa é uma reali-dade já há muito conhecida. Apesar dos heróis da Bíblia não usarem a palavra “equipe” eram mestres em utilizar essa prática. Eles não dispunham de uma infraestru-tura tecnológica de ponta. As condi-ções eram rudimentares, eles tinham que se superar.Viviam em tendas na maior parte do tempo e sem moradia permanente. A vantagem deles era o respeito pelos recursos humanos, já que muitas vezes, as suas posses – ovelhas, cabras, gado e terras – eram saqueadas pelos inimigos. Pela neces-sidade, eram obrigados a motivar-se entre si e permanecerem juntos para poder vencer. Desde os tempos bíbli-cos, as pessoas conseguem realizar mais quando trabalham unidas. Os

líderes da Bíblia percebiam que um grupo é mais do que a soma de suas partes.Eram capazes de formar equi-pes fortes, onde o desejo individual era subordinado às necessidades do grupo. Para libertar-se do jugo do fa-raó, no Egito, por exemplo, os hebreus uniram-se, sob a liderança de Moisés.Havia uma quantidade considerável de sacrifício individual a serviço do objetivo geral da equipe de atingir a “Terra Prometida”. Para alcançar esse objetivo, estavam motivados pela crença em Deus de que chegariam lá. Essa certeza os manteve firmes, mes-mo com a troca de liderança nas gera-ções subsequentes.

A lição para o líder moderno é perceber que se os membros da equipe não se sentem valorizados ou enxergam o líder da equipe colhendo toda a glória, enquanto fazem o tra-balho duro, as referências de grupo, como um todo, tendem a ficar vazias.

Uma equipe desmotivada não ajuda no objetivo. O papel do líder é en-xergar que todos no grupo têm uma função distinta e importante, com ha-bilidades e formações diversas. O lí-der deve observar essas qualidades e incentivar seus comandados em torno do objetivo.

Nós como Equipe CEAP quere-mos crescer juntos na valorização do coletivo. As palavras de Eclesiastes nos norteiam na tarefa de trabalharmos juntos e juntos podermos ganhar muito mais e fazermos a diferença nos nossos diferentes espaços de convivência.

Luciano Miranda MartinsPastor Escolar do CEAP

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teTrabalhamos em Equipe

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As muitas carasdo Arauto

Por décadas ele foi o “órgão do Grêmio Estudantil Monteiro Lobato de Ijuí”. O jornal “O Arauto” é uma lenda do GEMLI no CEAP. Cada diretoria lhe dava um jeito próprio, fruto da interminável criatividade dos adolescentes. Desde o formato, tamanho, estilo, passando também pelo

que era pauta, tudo era “mutante” - até a periodicidade. Na capa da edição de 1993 estava impresso “o único semanário mensal que é publicado todos

os dias uma vez por ano!”. Às vezes eram mais que uma edição anual. Hoje o canal de informação dos alunos é prioritariamente virtual. O semanal #Fikdik é afixado nas paredes das salas de aula e do pátio. Tempos diferentes. Tempo de lembrar de como era “O Arauto” em diferentes fases.

Alunos da Rede Sinodal no Encontro de Lideranças no CEAP

Edição de 1990 identificava o 38º ano do Arauto. A recente queda do muro de Berlim era um dos assuntos.

A segunda edição de 1999 trazia os Teletubbies na capa com o título “Cololido!”, numa alusão à impressão em cores, ao menos da capa e contracapa. Eram 20 páginas de jornal.

Super-heróis de diferentes épocas faziam a capa colorida da edição de 2002.

“O jornal que é uma revelação”, dizia a chamada de capa da edição de novembro de 1995, com ilustração do aluno Gui Róger.

Era setembro de 1998 e circulava a segunda edição do ano. Evandro Bertol era o desenhista em uma equipe editorial de dez alunos. Uma delas, Letícia Bührer, seria jornalista depois da escola.

Uma das últimas edições, o Arauto de 2009 trazia a tradicional editoria das “frases malditas”.

A capa e outras ilustrações internas eram resultado dos traços do aluno Rodrigo Lenz.

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Edição nº 15

Atenção paraa INFÂNCIA

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