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Respostas para os excelentes resultados dos alunos do CEAP Edição nº 14 Como se faz a Escola no ENEM

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Revista Ceap - Edição 14

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Respostas para os excelentes

resultados dos alunos do CEAP

Edição nº 14

Como sefaz a Escola

no ENEM

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Chegamos em suas mãos com 2013 iniciado. Mas esta é, sim, nossa última edição de 2012. E isso em nada modifica o sentido daquilo que, a cada edição, fazemos e tentamos fazer, que é a provocação para refletirmos sobre o que acontece, o que se faz em nos-sa escola. E, também, refletir “o” que acontece. No caso desta edição, uma atenção especial aos acontecimentos que marcaram a reta final do ano que

passou. Mas não só isso.No sentido da reflexão, especifi-

camente, ficam dois convites especiais: um para descobrir os “novos ventos” sobre os quais

o Pense Nisso traz nesta edição; outro para pen-sar sobre as “aulas fora da sala” da forma como são pensadas, organizadas e executadas no CEAP – esta é a proposta clara do texto de um de nossos professores na editoria Pedagógico. E, claro, mais do que conferir como anda o processo textual de nossos alunos, os textos que eles trazem no Escre-vendo também nos levam a pensar sobre temas variados, como o ambiental e o das relações.

Nossa Entrevista é “internacional”. Até a metade do ano passado nossa aluna – e neste ano de volta à escola – a intercambista que está estudando em uma escola regular no Canadá dá seu depoimento sobre o forte ensino do CEAP. Fa-lado nisso, nossa matéria de capa é um exercício importante para toda a comunidade escolar para identificarmos tudo aquilo que leva nossos alunos a obterem a cada ano os resultados que têm co-locado o CEAP como a 1ª escola de Ijuí no Enem.

Nossa CEAP em Revista também projeta a possibilidade real de intercâmbio do CEAP com uma escola uruguaia, já a partir de 2013. E traz depoimentos bacanas de um ex-aluno e uma ex-professora no “Onde andam?” Aproveite, agora, para descobrir o que mais está nessa edição. Boa leitura. Boas férias. Um ótimo e feliz 2013.

CEAP EM REVISTANº 14 – Janeiro de 2013 Publicação do Colégio Evangélico Augusto PestanaEdição: Assessoria de Comunicação do CEAPProjeto Gráfico: Z ComunicDiagramação: Cia de ArteJornalista Responsável:André da RosaFale com a Redação: [email protected]

Faz algum tempo es-crevi uma meditação que falava dos novos tempos, novos rumos, novos ventos. Lembrei-me e fui buscar na internet informações sobre o catavento. Para que serve, aliás, um catavento? Des-cobri que o catavento nada mais é que um dispositivo

criado para aproveitar a ener-gia dos ventos e produzir tra-

balho (moer grãos, extrair óleo, bombear água, gerar energia eólica,

dentre outras utilidades). Pensando na nossa realidade como Colégio Evan-gélico Augusto Pestana, eu cheguei à conclusão de que somos muito pareci-dos com um catavento. Por quê?

Temos uma base sólida: somos uma instituição com 113 anos de his-tória. Nenhuma instituição aguenta vendavais ou até mesmo ventos fracos por tanto tempo se não estiver firme nos seus propósitos e, no nosso caso específico, se não estivermos alicerça-dos e certos do nosso projeto peda-gógico. Este Colégio, assim como o catavento, foi cria-do para gerar algo. Pessoas com uma visão futurista so-nharam com este catavento funcionando e gerando edu-cação aos seus descendentes.Seguindo, assim, o reformador Martim Lutero que zelava pela educação do seu povo.

Nós somos semelhantes ao catavento quando geramos algo: Já estamos em 2013, entra ano e sai ano e o movimento pela educação não para. Mais do que ser a Escola nº1 de Ijuí ou a 20ª do Esta-do, segundo dados do ENEM 2011, seguimos em busca da meta principal que é o conhe-

cimento, a sabedoria, a transformação pessoal e espiritual das crianças e dos jovens que estudam no nosso Colégio, bem como de seus familiares.

Na Bíblia, temos inúmeras pas-sagens que falam do vento. O vento como algo que não nos deixa acomo-dar. O Espírito Santo foi enviado como vento sobre os discípulos reunidos e transformou as suas vidas. O vento é sinal de transformação. Cada volta do catavento, cada segundo de nossas vi-das deve ser um movimento de trans-formação. Nós temos que estar sempre dispostos a transformações, a seguir gerando amor, educação e transfor-mando a vida daqueles que dependem do nosso trabalho. Que bom que esse vento não nos deixa acomodar.

Que o nosso bondoso Deus en-vie o sopro do Seu Espírito sobre nós e que ao longo de 2013 nós possamos, animados por Ele, colher novamente bons frutos do nosso trabalho.

Luciano MartinsPastor Escolar CEAP

expe

dien

teNovos Ventos

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CEAP forma mais um “Terceirão”

Ações de Graças

A entrada no au-ditório do CEAP - super-lotado para a cerimônia de formatura dos alunos da 3ª série do Ensino Mé-dio – na companhia dos professores conselheiros Nelson Rabello e João Ca-

valheiro – marcou em no-vembro o último ato como

alunos da escola para qua-renta e seis estudantes. Depois de receberem uma lembrança da escola, com a chamada nominal, os formandos discursaram. Em nome da turma Gabriel Mânica, Gabriela Mrozinski e Fernando Schaffazick fizeram agradecimen-tos e referências às boas lem-branças que vão levar do período de CEAP. Além da alegria do mo-mento, revelaram a tristeza pelo momento de despedida enquan-

to turma, mas enfatizaram a nova etapa em que terão novos desa-fios a encarar.

Em nome dos professo-res, Nelson Rabello destacou que “uma série de obstáculos foram ultrapassados pouco a pouco até vocês chegarem aqui”. E disse aos formandos que o futuro “depende de cada um de vocês”, ressaltando o esforço de todos na escola em oferecerem parâmetros para que, a partir de agora, possam fazer as escolhas certas.O diretor Gustavo Malschitzky chamou a atenção para a nova fase dos formandos. “Hoje termina um ciclo marcado por um certo ‘paternalismo’. Aqui para a frente vocês serão seus próprios ‘controladores’. Para o CEAP fica a certeza de que vocês poderão chegar tão longe quanto desejarem”, concluiu.

As festividades de encerra-mento do “Terceirao” incluíram um Culto de Ação de Graças. A celebra-ção, conduzida pelo pastor escolar Luciano Martins, aconteceu na Igre-ja Natividade. Com envolvimento

dos próprios alunos, professores e familiares, o culto teve, também, participação especial do Conjunto Instrumental.Em sua mensagem, o pastor baseou-se no texto de Ecle-siastes que afirma que “há tempo

para todas as coisas”. Disse que “aqui vocês fazem mais uma co-lheita daquilo que plantaram. Hoje, junto com suas famílias, agradecem a Deus pela colheita generosa que lhes proporcionou”.

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A significação dos conhecimentos pela prática de campo

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“A primeira coisa que me vem à cabeça do tempo de CEAP são os jogos de futsal. As interséries que nós, da 5ª, disputávamos com os da 6ª, 7ª ou 8ª e eram jo-gos difíceis. Do torneio Tiradentes, que se realizava no Corpo de Bombeiros sempre na Semana da Pátria, onde vencemos um campeonato. A competitividade era mui-to grande entre as escolas da cidade. O basquete tam-bém fez parte da história no CEAP. “Viajamos para Cruz Alta num torneio da Unicruz”. Mas as maiores memórias esportivas são mesmo do futebol “nas quintas à tarde, logo depois da aula (que acabava mais cedo) na casa do Bado (Bernardo Pydd).Futebolzinho e lanche com Bado, Beto, Sandro, Fernando Garros, Tiago, Flávio, Renan, Gerson, o goleiro Luiz Henrique Berger...”

O hoje advogado especializando na área pre-videnciária Jefersom Kumm cursou da 1ª à 7ª série no

CEAP, de 1976 a 1982. Segundo ele, as lembranças do tempo do CEAP são muito boas e marcantes. “É um apren-

dizado que levamos para toda a nossa vida. A lembrança e saudade de alguns professores como Florêncio Berger,Nilve Eberle, Arnaldo Dunke e Rodolfo Steiner, entre tantos outros, e também dos colegas que, felizmente, encontramos por aí”.

Entre tantos episódios ele recorda de um com o professor

Florêncio Berger, “que até nos seus momentos de brabeza sabia ser engraçado e educa-dor ao mesmo tempo. Um dia ficou indignado ao ver escrito na classea palavra ‘viado’. ‘Ora não é viado e sim veado’, disse ele, chamando a atenção para o fato de que além de escrever onde não devia estava errado. Foi hilário”.Ele também tem lembran-ças do diretor Richard Steinke. “Lembro como se fosse hoje quando um aluno bateu o sino antes da hora. Imaginem o puxão de orelha. Andávamos na linha com ele.”

Vem dos tempos de CEAP o apelido que Jeferson carrega até hoje, “Trapa”, abreviatura de Trapalhão. “foi em decorrência da minha tamanha ‘espontaneidade’ nas aulas. Acredito que era terrível para os professores. Só eles é quem podem responder, né? Mas acho que não passava despercebido. E no auge do tra-palhões, Didi, Dedé, Muçum e Zacarias, o apelido caiu como uma luva. E muitos ainda me chamam de ‘Trapa’ até hoje”. Para ele, o CEAP foi uma excelente escola. Muitos ensinamentos carrego até hoje e procuro passar aos meus dois filhos, Juliano e Gabrie-la, que estudam no CEAP”.

“Lembrar o período em que fui professora no CEAP é re-memorar uma fase muito significativa de minha vida, época em que fiz amizades que me são caras até hoje. Nessa época me desdobrava entre três níveis de ensino e em três espaços bem diferentes: no CEAP com sétimas séries; Ensino Médio no Poli-valente e no Curso de Letras e Comunicação Social na UNIJUÍ.Trabalhava com o ensino de Língua Portuguesa e com leitura e produção textual. Foi uma época de muito estudo, trabalho, reuniões, projetos e cargas de textos para ler e avaliar. Havia também boas festas de integração entre direção e professores”.

As memórias são do período em que Maria Julia foi profes-sora no CEAP, de 1993 a 2000. “Um dos projetos que ajudei a gestar, elaborar, fazer acontecer e que me marcou muito foi o ‘Conhecen-do minha história’, que começou a partir de um ideia da querida amiga Marlize Zwirtes, juntando Português e História. Esse projeto logo obteve a adesão de todos os professores, incluindo todos os componentes curriculares da escola. No projeto, desafiávamos os alunos da 7ªsérie a empoderarem-se e constituírem-se historiado-res. Quanta historia interessante e quantas descobertas!”

O projeto durava o ano todo e no final do ano letivo era mar-cado com um coquetel e uma exposição dos dossiês, documentos, fotos, objetos garimpados nos baús e memórias das famílias dos alu-nos. “Tive o privilégio de acompanhar a pesquisa de meus dois filhos: cada um explorou um lado da família (paterna/materna). Com isso, pude vivenciar e sentir a emoção dos pais, das famílias com as desco-bertas e produções de nossos filhos/alunos!”, revela. “A participação nesse e nos demais projetos da escola me fizeram ressignificar minha prática docente. Devo muito aos desafios do CEAP, pois contribuíram para dar rumo às minhas atividades docentes no ensino superior, no Curso de Letras. Além do mais, tínhamos um grupo de professores muito comprometido e que não media esforços para fazer uma do-cência diferenciada. Tenho certeza de que foi!”

Maria Julia lembra dos alunos que acompanhou. “Guardo com muita emoção a lembrança de uma mãe de aluno, com quem reencontrei anos depois, e ela me confidenciou que quando seu filho soube que eu estava de saída do CEAP, implorou para que ela fosse pedir à direção para não me deixar sair, porque as sé-

timas séries não poderiam viver sem mim. Sim, foi o hiperativo Humberto, um aluno muito especial, com quem, às vezes, dava aulas de mãos dadas ou então o designava como monitor da aula de Português. Muito inteligente e rápido, terminava as tarefas rapidinho e era preciso dar-lhe novas atribuições. Sabia como ocupá-lo, sem bronca!”

“Lembro, com muitas sauda-des de meu tempo de convivência no CEAP, da direção, dos colegas, espe-cialmente da querida Claudete Pereira Gomes, colega de CEAP, de UNIJUI e de mestrado. Guardo a lembrança da parceria da equipe, ‘pegando junto’, tanto no trabalho quanto na preparação das festas e ‘na festa’ nas festas. Essas então eram marcantes! A doença da Clau nos uniu ainda mais. Nessa época começamos a reunir um grupo de colegas, uma espécie de con-fraria que continua se reunindo ate hoje”.

“Gosto de lembrar também das ações de nossos alunos, especialmente os terceiros anos, que marcavam sua passagem pelo CEAP das formas mais inusitadas. Revolucionavam e cau-savam pânico na direção e nos docentes nas suas últimas sema-nas de escola. Minha filha Isis concluiu o Ensino Médio no CEAP, participou ativamente do Grêmio e do grupo de teatro Perdidos no Palco. Igor ficou até a metade do Ensino Médio e também marcou sua passagem pelo CEAP ao seu jeito”.

Depois que saiu do CEAP e da UNIJUI, Maria Julia foi mo-rar em Porto Alegre. Atuou dois anos como professora substituta da UFRGS (tempo permitido para isso). Desde o início deste ano atua como Chefe de Gabinete da Secretaria de Turismo do Estado. Tam-bém leciona numa Pós-graduação da FAPA. “Meu tempo de CEAP foi uma fase muito rica de minha vida e que impactou, de muitas formas, meu foco na vida e na profissão. Das seletivas coisas e pessoas que me fazem sentir saudades de Ijuí, além de minha família e minhas amigas, o CEAP ocupa um lugar especial”.

Já vem de longa data as experiências de vivências pedagó-gicas extra-sala de aula como prá-tica de estudo nos mais diversos componentes curriculares e níveis de ensino.

O fazer escolar tem por finalidade primeira propiciar ao

educando a construir possibilida-des de compreender o mundo no

qual se encontra. Os conteúdos ou conhecimentos que se trabalha no espa-ço da sala de aula não passam de ferra-mentas de reconhecimento do mundo. Porém, quando estes não atingem sig-nificados, não passam de meras infor-mações. Com certeza, um dos grandes desafios da escola atual é dar significa-do a estas “informações que se ensina”, transformando-as em canais de interlo-cução do aluno ao seu mundo.

Pesquisas em salas de informáti-ca, aula no laboratório de ciências, filmes e outras inúmeras ações se fazem neste sentido. Aqui, porém, quero propor outra ação que julgo ser de suma importância neste processo de significar conheci-mentos: as práticas de campo.

Visitas a campo, vivências prá-ticas, trabalhos de campo, aula in loco, viagem de estudos. São tantos os nomes dados à simples experiência de sair do tradicional espaço do “entre paredes” e experimentar novos ambientes, novas sensações. No início, nas primeiras saí-das, parece que é um desafio quase in-controlável. O que fazer? Para onde ir? Como “controlar” os alunos? Para quem vê de fora, até taxações de matar aula podem aparecer. Para quem vê de den-tro, não se trata de nada especial, nada diferente, apenas mais uma aula, porém em outro lugar. Agora no mesmo mundo em que se vive possibilitando-o ser vis-to de diversos ângulos, o que antes não passava de citações nem sempre com-preendidas.

Mas esta ação não ocorre de um dia para outro, tampouco se faz sozinho. Requer encontros, socializações, plane-jamentos. Requer saber o que se quer. O início de tudo é puro planejamento. É preciso saber que não se vai passear e, para que assim não ocorra, se faz indis-pensável um bom e completo roteiro de estudos. Não um roteiro de visitas que se encontra em qualquer entrada de mu-seu. Mas um roteiro pedagógico, no qual cada ente envolvido, educando e educa-dor, se vejam. O professor precisa deixar claro neste onde se encontra seu plane-jamento de conhecimentos a ser traba-lhado. É um novo plano de aula. Já o alu-no precisa compreender que o que verá se inter-relaciona com o tal conteúdo da aula de história, ou de matemática talvez.

Um bom roteiro de prática de campo precisa começar pelo objetivo, definir não só o que se quer ver, mas para que se quer ver? Qual o fim que se quer atingir? Ter construído no campo coleti-vo a prática inter e transdisciplinar. Nun-ca uma área do conhecimento ou com-ponente curricular não conseguirá se ver numa saída de estudos, mesmo que para uma ou outra seja mais próxima ao que

se estude. Quando o mundo em que se vive não se visualiza no que “se ensina”, certamente este ensinar é que pre-cisa ser revisto.

No campo pe-dagógico, o trabalho de campo é a transpo-sição da teoria para a prática. É a possibilida-de de materializar esta teoria. É dar significado ao ensino, saindo do mero repasse de infor-mações. É capacitar o

aluno de ferramentas intelectuais de vi-são de mundo, que permita este relacio-nar os ensinamentos corriqueiros ao seu aprendizado.

Outro ponto a corroborar com a prática de campo é o seu cunho de pes-quisa. Não uma pesquisa acadêmica que geralmente está condicionada a uma for-ma de passos a seguir, mas uma pesquisa de algo novo, de experiências, de vivên-cias, de significados e significantes. Sair é fazer descobertas, é conhecer um mun-do novo, mesmo que se vá ao lugar mais corriqueiro que a mídia diuturnamente retrata. Agora não é mais conhecer pelos olhos dos outros, mas por seus próprios.

Se acompanharmos os anos ini-cias em nossa escola veremos que para “os pequenos” a hora de ir para o parqui-nho ou para o campo é a hora/dia mais aguardado. Não por ser a hora da brinca-deira, mas porque é hora de novas des-cobertas, de pesquisa, de saber se rela-cionar, de perguntar, de trazer as dúvidas para tentar resolvê-las junto à professora depois que voltar-se à sala. Não se pode perder este gosto.

O CEAP tem desenvolvido bas-tante esta prática educacional, tanto no nível Fundamental quanto no Ensino Mé-dio. Podemos citar as visitas de estudos realizadas nos últimos anos a Ametista do Sul, às usinas hidroelétricas, às char-queadas de Pelotas e ao porto de Rio Grande com o Ensino Médio. Com o Fun-damental o recente roteiro de estudos ao Vale do Taquari e Serra gaúcha, a disse-cação do porco. Alguém consegue ima-ginar o 6º ano estudar a história do es-tado do Rio Grande do Sul sem conhecer o Sítio Arqueológico de São Miguel das Missões, Patrimônio da Humanidade?

Valdecir SchenkelProfessor de Geografia do CEAP

Alunos do 7º ano na Casa da Erva Mate em Bento Gonçalves

A turma da 2ª série do Ensino Médio na viagem de estudos a Pelotas e Rio Grande

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A vida mudou a partir do segundo semestre de 2012 para Nayla Hatem. Ela cur-sava a 1ª série do Ensino Mé-dio no CEAP – onde tem sua história escolar – quando

foi transferida para a Mon-tcalm Secondary School, em

London, no Canadá. Morando na casa de uma tia, Nayla deixou

a família, colegas e amigos, para viver por seis meses a experiência de um intercâmbio internacional (ela retorna em fevereiro ao Brasil). Nesta entrevista por e-mail ela fala sobre as mudanças, aprendizados e adaptações e compara o ensino do CEAP com a escola canadense.

Como surgiu esse intercâmbio?Desde criança queria fazer intercâmbio e esse ano surgiu a oportunidade. Meu pai (Hussein) já morou no Canadá e eu tenho família aqui. Por isso decidimos que esse seria o destino da viagem.

Como é o ensino e como está sendo a adaptação escolar? Aqui é bem diferente do Brasil. Em um se-mestre você pode escolher quatro matérias que quer cursar. Eu escolhi Matemática, Educação Física, Ciências - que inclui Bio-logia, Química e Física - e Inglês. Você tem essas quatro aulas todos os dias até acabar o semestre. No outro semestre você esco-lhe quatro diferentes matérias. Eu senti fa-cilidade em todas as matérias e estou indo até melhor que no Brasil. E também senti que o ensino do CEAP é muito forte e foi isso que me deixou tranquila nos conteú-

dos. O CEAP tem uma ótima base de ensino que prepara qualquer um pra tudo.

E como foi a adaptação social? Fez ami-zades? Foi um pouco difícil no começo porque eu não conhecia ninguém da escola. Mas de-pois fui conhecendo as pessoas e, apesar dos canadenses serem um pouco mais fechados que os brasileiros, eles são bem educados e gentis. Fiz muita amizade com o pessoal estrangeiro, principalmente na minha tur-ma de Inglês, que só tem gente que veio de fora, Colômbia, Cuba, Tailândia, Grécia... No time de vôlei me senti muito confortável e tranquila, principalmente nos jogos, porque o pessoal apoia muito os jogadores. As me-ninas incentivam umas as outras e, mesmo que alguém erre alguma coisa, sempre fa-lam “good try”, “boa tentativa”.

Como você avalia esse intercâmbio?Essa experiência é uma forma de me tor-

nar mais responsável. Afinal, você precisa se virar em tudo, falando outra língua, o que eu não tive muita dificuldade porque estudei no CCAA desde os 6 anos de ida-de, então eu já sabia como falar. Além dis-so, você aprende a se relacionar com as pessoas.

E como está lidando com a saudade?Tenho muitas saudades dos amigos e família. Confesso que se eu pudesse trazê-los para o Canadá adoraria mo-rar aqui. Mas não sei se teria coragem de deixar o Brasil, apesar de ter ama-do o Canadá. A internet ajuda a ma-tar as saudades. Minhas amigas ficam atualizadas de praticamente tudo o que acontece comigo aqui e, apesar da distância, estão sempre tentando falar comigo e dando conselhos. Mas está valendo à pena porque tenho certeza que esse intercâmbio vai ajudar muito minhas oportunidades da vida.

Morando e estudando no Canadá

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“Chucrute com Bombom”

No palco, mas não perdidos

A estreia foi na Amostra de Teatro das Escolas da Rede Sinodal, a ATESE, em setembro. A peça do grupo Perdidos no Palco do CEAP neste ano fez sucesso em Brusque e também em Ijuí. O grupo dirigido por Helquer Paez trabalhou uma adaptação do roteiro “A Guerra dos Rocha”, de Maria Carmem Barbosa. A história cheia

de surpresas para a família da personagem Dona Dina, uma divertida velhinha que adora

comer chucrute, fez a plateia rir muito.

O teatro foi intenso no CEAP este ano. Além do gru-po principal, com alunos do Ensino Médio, vários grupos do Ensino Fundamental fo-ram formados, com partici-pações na INTESE em Panam-bi e apresentações no CEAP, todas muito aplaudidas, es-pecialmente pelas atuações, cenário e figurinos. Confira os trabalhos de cada grupo dirigido pelo professor Hel-quer Paez.

Na equipe de voleibol (camisa 8), onde fez amizades

Nayla em London, Canadá, onde faz intercâmbio Em frente à escola onde está estudandoEscrita por Ziraldo, “Uma professora muito maluquinha” foi a atração encenada pelo Perdidinhos no Palco 2.

O clássico “O Mágico de Oz” foi a peça ensaiada pelo Perdidinhos Fralda 1.

O grupo Perdidinhos Fralda 2 também trabalhou um clássico, “Peter Pan”.

O Perdidinhos no Palco 1 fez um belo trabalho com a peça “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector.

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Você compra um produto. Tira-o da sacolinha plástica, remove algumas cem embalagens que o encapam, usa-o por algum tempo e o descarta. Chama-mos isso de ciclo de vida dos produtos. Mas ele não começa no momento que você compra. Inicia muito antes. Termina quando você joga-o no lixo, pois como acontece, na maioria das vezes, ele irá ser atirado em algum lixão da sua cidade e ali levará anos para se decompor e, é cla-ro, causando danos à natureza.

Os seres humanos produzem lixo em quantidade muito maior do que são capazes de reaproveitar, porque as pessoas não param de consumir e jogar o produto velho fora, que nem deve ser assim tão “ve-lho”. A maioria desses produtos não é rea-proveitável e depois de estragado não tem o que fazer com os resíduos. Eletrônicos, por exemplo, a sociedade compra modelos mais novos só por ser induzida pela publici-dade a isso, quando quase sempre o antigo ainda está em perfeito estado de uso.

“Compre, compre, compre”, isso é o que diz a mídia. Todo dia vemos muitas propagandas fazendo nossas

cabeças para comprarmos mais, consu-mir mais, tudo visando mais dinheiro, mais investimento, mais poder. O que (quase,felizmente) ninguém liga é o im-pacto que isso causa ao ambiente. Com-pramos novos, jogamos o velho fora, que irá para algum lixão, passando anos ou até milênios lá, poluindo, o que resultará em problemas sanitários, por exemplo, que afetam, e muito, a vida humana.

Nosso país produz mais de 20 toneladas de lixo doméstico por dia, e a parcela que é reciclada, reaproveitada, mal chega a 2%. O resto vai para aterros sanitários, lixões controlados, alguma mí-nima parte é incinerada e muito mais da metade lançada a céu aberto. Precisamos nos dar conta que além de não ter espaço para tanto lixo no futuro, faz mal à nossa saúde, pois polui o ar, a água, a terra... Muitas pessoas já abriram os olhos para esse problema, por isso a maioria das ci-dades já tem coleta seletiva, pontos de recolhimento de lixo eletrônico e outras oportunidades de amenizar estes danos. Porque mesmo se nos dedicarmos ao máximo, nunca poderemos extinguir to-

talmente a produção de lixo.Todos os seres vivos nascem, vi-

vem, morrem e são decompostos por fungos e bactérias, transformando-se em elementos químicos que serão utilizados por outros seres vivos. Este ciclo da vida é sem fim, pois a natureza é eficiente em seu trabalho. Nada sobra, tudo é reapro-veitado. E é exatamente este exemplo que devemos seguir com lixo que produ-zimos, reciclar, reaproveitar todo o possí-vel e não produzir descartes desnecessá-rios. Ou seja, pense bem antes de abrir a lixeira para jogar algo, e principalmente pense bem antes de consumir.

Ana Paula Follmann eNatália Noronha Aenlhe Corrêa

Alunas da 1ª série do Ensino Médio

Vida longa aos produtos!

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Para tudo na vida existem exceções e com a palavra mentira não é uma exceção. Como diria o ditado popular: “toda mentira tem perna curta”. Há por trás de cada mentira uma verdade. Mas qual é essa verdade? Bom, isso depende do caso em que a mentira está sen-do utilizada.

Talvez uma das maiores men-tiras já criadas é a de que, para estas,

existem classificações. A mentira “calman-te”, aquela que serve para acalmar. Veja-mos um exemplo: o guri está prestes a re-petir o ano na escola, ou melhor, já repetiu. Após receber a notícia de que fora repro-vado, volta para casa, cabisbaixo, como se fosse o fim do mundo. Todavia, sabe que sua reprovação foi merecida. Ele batalhou por isso. Não tem jeito, não tem volta. Cer-tamente seu pai o arrancaria os testículos. Brincadeira à parte, mas com certeza, o deixaria de castigo, trancado em casa com a cabeça enfiada nos livros até o início do próximo ano letivo. Como “driblar” esta si-tuação? Isso o intrigava. A apenas algumas quadras de casa o guri pensa em uma so-lução. Abre a porta lentamente e se depara com seu pai, que desconfiado pergunta:

- Onde é que tu andavas? Sei mui-to bem que a entrega dos resultados finais era hoje - e isso acontecera exatos 37 mi-

nutos atrás. Normalmente tu levas 13 mi-nutos para chegar ao aconchego. Estava fazendo o que durante todo este tempo? – o guri começa a suar frio, suas pernas tremem, estava tendo um ataque epilético? Não, deveria ser forte, precisava enfrentar o velho:

- Pai, ultimamente tenho tido mui-tas dúvidas, muitas barreiras em minha vida pessoal. Meu psicólogo está abalado e eu preciso contar isso pra ti.

- E tu estás esperando o que, piá? – responde o pai sem hesitar.

- Andei vendo umas fotos minhas quando ainda não tinha nem pelo na cara. Aquele álbum de 1995.

- Ah, sim, piá. Como esquecer da-quele ano? Ano em que nosso Grêmio foi Bicampeão da América. Mas o que te in-triga, guri?

- Exatamente, pai. O senhor sabe que nunca fui muito chegado nessas his-torinhas de futebol e tudo mais... Mas, pai, sinto que, por mais que o senhor tenha me levado a diversos jogos, eu gosto mesmo é do colorado! Pai EU SOU COLO... – antes mesmo de terminar a frase, o velho o acer-tou com um gancho no meio da fuça e, em seguida, berrou:

- COMO OUSAS? ESTA FOI A EDU-CAÇÃO QUE TE DEI? VAIS MESMO VIRAR A CASACA PARA O PÓS 2006? VÁ-TE EM-

BORA DAQUI E DE PREFERÊNCIA ESQUE-ÇAS QUE UM DIA ME CHAMOU DE PAI! – o guri, ainda atordoado com a pancada que recebera, levanta do chão e diz ao pai:

- Meu velho! Acalme-se. Nada dis-so que acabei de lhe contar enquadra-se nas linhas da verdade. Única verdade que tenho para lhe dizer é que minha maior nota no colégio foi um 4 e, assim, nem que o Lanceiro deixe de ser mais famoso que a Estátua da Liberdade conseguirei evitar mi-nha reprovação no colégio – o velho respi-ra fundo, ajeita a guaiaca, estende o braço ao filho e retruca:

- Guri. Tu sabes que o coração do teu velho já não é mais o mesmo de 1995. Poderia ter poupado teu pai e desembu-chado logo de uma vez que não conse-guistes passar de ano. Ande logo. Vista o calço que tens trabalho a fazer na lavoura.

Bem, este foi apenas um exemplo de uma das classificações de mentiras, que por sua vez, são mentirosas. Mentira é mentira. Não existe uma mais fraca e uma mais forte. A verdade existente por trás de toda a mentira é que esta serve de refúgio, de abrigo para que uma situação alivie-se. Porém, o abrigo é fraco e logo desaba. Ou será que não?

Luizenrique LuccheseAluno da 1ª série do Ensino Médio

A verdade da mentiraAs crianças dos Anos Iniciais não apenas deram seu recado, mas também emocionaram, encantaram e fizeram um

verdadeiro show no espetáculo de encerramento do ano letivo do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Fundamental. A música que inspirou a apresentação e deu nome ao espetáculo foi cantada por todas as crianças que, uma a uma, haviam surgido no palco “através do mundo”. Cada ano teve seu momento musical individual, além do Coral Infantil e das flautas doces. Uma noite inesquecível para famílias e convidados que lotaram o auditório para ver.

O personagem conviveu com as crianças da Educação Infantil do CEAP o ano todo. E por ter feito uma aterrissagem de emergência no CEAPzinho no início do ano, passou a co-nhecer melhor essas maravi-lhosas crianças, suas jardina-gens, seus sonhos pintados em telas... Tudo isso, e ainda mais, as crianças cantaram e repre-sentaram na apresentação de final de ano para as famílias. Foi um belo e emocionante es-petáculo.

Que a Terra inteira seja feliz

As viagens do Pequeno Príncipe

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A intolerância sempre esteve em nosso meio, tanto nos aspectos culturais, raciais, sociais como religiosos. Retroce-dendo ao passado, percebemos que já no tempo neolítico havia uma hierarquia en-tre homens e mulheres, entre os mais fra-cos e os mais fortes, o que muitos podem chamar de ‘’instinto do mais forte’’ ou a ‘’lei da selva’’ , eu chamo de intolerância com o diferente. Como podemos julgar se alguém é melhor ou pior por possuir uma religião diferente, uma cor de pele dife-rente ou uma cultura diferente? Como saber que alguém é melhor que o outro? Não há critério de melhor ou pior, cada pessoa é um ser humano único, porém, pelas suas atitudes, podemos perceber quem é ‘’mais humano’’ ou não.

Quando o Brasil foi colonizado pelos espanhóis a partir de 1600, os co-lonizadores não pensaram duas vezes em massacrar a cultura daqueles habi-tantes desconhecidos, “sem cultura e sem religião’’, sendo que seus credos são complexos, com mitos e muitos signifi-cados, mas por ser diferente, sendo pior em suas respectivas visões, a cultura in-dígena quase foi aniquilada por não ser igual à dos colonizadores intolerantes. E é assim atualmente, árabes em guer-ra com marroquinos, marroquinos em

guerra com outros marroquinos, e assim vai, nossas sociedades não sabem res-peitar sem criticar e rotulam sem ao me-nos conhecer.

A sociedade de hoje tem tolerân-cia zero ao diferente, cria rótulos de be-leza exterior e modelos de pensamentos, e logo cria campanhas para punir os pra-ticantes do preconceito. Não é à toa que milhares de adolescentes morrem com poucos quilos pelo fato da nossa socie-dade impor o modelo anoréxico como padrão de beleza internacional. Não é à toa que casais homossexuais são ape-drejados por não serem casais ‘’normais’’. Não é à toa que os negros ainda sofram preconceito. (Há campanhas e leis que pregam a lei das ‘’raças iguais’’, mas nas novelas, a empregada sempre é negra, porque será?) Não é à toa que ateus se-jam discriminados e alvo de piadas e até morrem sendo torturados, mas aí a so-ciedade diz que há livre arbítrio para es-colher qualquer religião, porém, na práti-ca, isso não funciona tão bem assim. Não é á toa que quem ouve rock é rotulado como rebelde e quem ouve sertanejo é festeiro. Não é à toa que nossa socieda-de imponha algo e, ao mesmo tempo, se contradiga.

Estamos em uma guerra onde

vence quem manda mais e sabe a melhor maneira de fazer dos outros um degrau a mais para o seu sucesso. Discriminamos nossos semelhantes pelas roupas que vestem, pelo peso que possuem, pelo bairro que moram, pelo penteado, pelo uso ou não da barba, pela opção sexu-al, pela religião, pela cor, pela escolha de sua alimentação, pelo gosto musical, pe-los lugares que frequentam e o tipo de emprego que possuem. E o que muda ser gordo ou ser magro? Ser alto ou bai-xo? Quem julga aparência não conhece verdadeiramente a essência.

A Verdade é que ninguém é me-lhor que ninguém, mas nossa sociedade contemporânea não consegue ver isso. O fato é que só temos a ganhar com a pluralidade de culturas, religiões e afins. Quando mais culturas diferentes, línguas e estilos diferentes, mais informações novas, mais aprendizado e isso só vem a acrescentar em nossas vidas. Aprender a respeitar as diferenças é diferente de concordar. Não precisamos aceitar tudo, porém devemos respeitar, respeitar para ser respeitado. Ao preconceituoso, eu só ofereço o meu repúdio.

Mariani Schmalz LindorferAluna da 3ª série do Ensino Médio

Tolerar o diferente

O tráfico de animais está cada vez mais presente no nosso dia a dia. Esse é um fato assustador, pois está destruindo a fauna brasi-

leira e pode gerar consequências catastróficas no futuro. O aumento

dessa prática se dá devido aos altos preços obtidos pela venda dos animais, que são facilmente encontrados na natu-reza, sem nenhum custo. O grande lucro gerado pelo “negócio” do tráfico é o que atrai, sem dúvidas, cada vez mais pessoas a esse tipo de prática.

Existem, também, algumas pesso-as que criam animais silvestres em suas residências como se eles fossem apenas mais um tipo de objeto colecionável. Es-ses indivíduos estão contribuindo para a manutenção do tráfico, esse grande comércio. Caso não houvesse procura, o ramo não se sustentaria. Então se pode afirmar, sem medo, que todo e qualquer cidadão que comprar esse tipo de animal estará financiando o tráfico e ajudando o

mesmo a se manter.Para os traficantes cap-

turarem os animais nas flo-restas, eles acabam destruin-do áreas nativas e áreas de preservação e enfraquecendo um elo de uma corrente que afeta um ciclo. Muitos fazem uso de métodos que agridem nosso meio como um todo, con-tribuindo ainda mais para a degra-dação do meio ambiente.

Portanto, fica claro que algumas medidas devem ser tomadas para regre-dirmos essa prática que vem se tornando tão comum no Brasil e no mundo. Uma das alternativas mais eficazes é a denúncia, pois com ela tanto os compradores de ani-mais silvestres quanto os traficantes iriam “pensar duas vezes” antes de continuar com a ilegalidade. A outra opção é por meio da educação. Cabe aos pais e pro-fessores conscientizar as crianças de que o lugar dos animais é no meio ambiente, no

seu habitat natural, e não presos em jaulas e gaio-las para exposição. Apenas unindo essas duas formas de combate ao tráfico é que formaremos uma sociedade fautura cons-ciente e preservaremos a fauna.

Vinnícius Ferrari WallauAluno da 2ª série do Ensino Médio

Fim do tráfico de animais: uma visão inteligenteFoi uma apresentação

empolgante dos alunos do 4º ao 6º ano no espetáculo “Ijuí se transforma e cresce”. Marcou a conclusão dos projetos peda-gógicos desenvolvidos ao longo do ano letivo. Com uma incrível riqueza de detalhes de figurino e cenários, o show teve um enredo construído com base na histó-ria dos espaços estudados nes-te ano, especialmente a escola do CEAP, o município de Ijuí e o

Estado do Rio Grande do Sul. O espetáculo foi resgatando a vinda dos imigrantes, como a colônia era quando da sua chegada, pas-sando por suas transformações, a necessidade de organizar uma escola – o CEAP – o que foi feito por imigrantes alemães. As etnias foram o ponto de partida do show e também fecharam o espetáculo, quando os alunos cantaram a mú-sica oficial da Fenadi, a Festa Na-cional das Culturas Diversificadas.

O ato de encerramento do Ensino Fundamental foi marcado pela informali-dade e pelas reflexões. Afinal, os alunos que chegaram ao final da 8ª série conclu-íram, também, uma etapa na vida escolar. E vão ingressar a partir do próximo ano

numa realidade diferente, que é o Ensi-no Médio. Refletir sobre isso, e também marcar as conquistas e avanços até aqui alcançados, foi o que se fez na cerimô-nia realizada no auditório da escola, que contou com a presença das famílias dos

alunos. Em nome da turma de concluin-tes se manifestaram os alunos Felipe Boff e Paulo Ferreira. O pastor Luciano Martins fez uma reflexão. A professora conselheira Bianca Terra e o diretor Gustavo Malschit-zky também falaram aos alunos e famílias.

Espetáculo resgata história de Ijuí

Concluindo o Ensino Fundamental

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Natal compartilhadoVoluntários do Comitê pela Vida do CEAP participa-

ram da Ceia de Natal com as meninas abrigadas pelo Lar da Menina Bom Abrigo. A programação, realizada no pátio da escola, teve um momento de celebração. As meninas abri-gadas alunas de violão no CEAP tocaram, com o professor Adriano Kronbauer, as músicas que foram cantadas por to-

dos. O pastor escolar Luciano Martins apresentou uma refle-xão. E o Coral formado pelas meninas do Bom Abrigo apre-sentou canções especiais para o momento. Um momento esperado pelas meninas foi a entrega dos presentes. “Papai Noel”, com a companhia de uma “Mamãe Noel”, fez a entre-ga pouco antes da confraternização com a ceia natalina.

Uma ação que integrou o Pro-grama de Educação Financeira, que é desenvolvido no CEAP em parceria com a Luterprev, provocou a intera-ção de alunos da escola com crianças abrigadas na instituição beneficente MEAME. As turmas do 4º ano do Ensino Fundamental passaram uma tarde brincando com as crianças da casa de abrigamento. Eles também fizeram a entrega de presentes que haviam adquirido com a poupança da turma.

Além dos cofrinhos individu-ais, os alunos contribuíram para um “cofrão” coletivo. Com o dinheiro as turmas compraram, em lojas da cidade, brinquedos, jogos e livros. A escolha da instituição aconteceu

através de votação entre as turmas a partir de sugestões dos próprios alu-nos. No MEAME os alunos também conversaram com a assistente social Maria Luiza Wiedtkemper, fazendo vários questionamentos sobre o lar.

A procura pelos produtos colocados à venda na primeira edi-ção do Bazar Infantil do CEAP foi tão grande que o evento, previsto para durar sete horas foi concluído pouco mais de duas horas depois de aberto. O volume de mercadoria era expressivo, mas o interesse foi ainda maior. O 1º Bazar Inantil aconteceu no Ginásio que fica junto à Educa-ção Infantil no CEAP e foi realizado pela Associação de Pais, Professo-

res e Funcionários do CEAP – APPA, com envolvimento de professores e funcionários da escola. Os brinque-dos, roupas, calçados, jogos, livros e outros artigos infantis haviam sido arrecadados entre as famílias da es-cola. Aberto ao público, o Bazar cha-mou atenção de centenas de pesso-as da cidade.

Cofre solidário ajuda MEAME

Coral do Lar da Menina cantou na celebração Meninas posam com presentes oferecidos pelo Comitê pela Vida

Evento obteve sucesso na

primeira edição

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O primeiro Bazar Infantil

Compra dos presentes foi exercício financeiro

Alunos conheceram o MEAME

Equipe feminina adulta do CEAP/Scala Academia/ProAudi, com o professor Augusto Ilgenfritz, foi vice-campeã da Liga Noroeste de Voleibol em 2012.

Alunos do CEAP foram outra vez os vencedores da competição da rádio Unijuí FM no programa “Hora do Recreio”. Participaram Rodrigo Gluszczuk, Fernando Schaffazick, João Pedro Silvello, Rafael Lukacheski da Silva e Natália Boufleuer.

O programa “TCE nas Escolas” trouxe ao CEAP o instrutor da Escola Superior de Gestão e Controle do TCE, Rui Humberto Sanfelice, para uma palestra com alunos do Ensino Médio.

Turminha do 4º ano A curtiu a “Gincana da Tabuada”, que envolveu

os alunos em tarefas relacionadas exclusivamente aos resultados das

multiplicações entre os números.

Políticas públicas de reconhecimento e reparação às comunidades afro-brasileiras e indígenas foi a temática de palestra do doutor Leandro Daronco para alunos do Ensino Médio em programação alusiva ao Dia da Consciência Negra.

Escolinhas de Futsal participaram de Jogos de Integração em Carazinho.

Equipe de Futsal Infantil feminina do CEAP ficou com o 3º lugar nos Jogos da Primavera.

Galera do 5º ano teve uma Gincana Cultural com atividades que serviram para revisar o conteúdo de todos os componentes antes da aplicação da prova globalizada.

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Foi muito positivo o saldo da via-gem realizada a Melo, capital do Depar-tamento de Cerro Largo, no Uruguai, no final de novembro, pelo diretor do CEAP, Gustavo Malschitzky. Além de apresentar o CEAP e o sistema educacional brasileiro a diretores e professores, o diretor, acom-panhado do assessor de comunicação da escola, André da Rosa, visitou escolas pú-

blicas e particulares da cidade. A proposta levada pelo CEAP

de iniciar um relacionamento com visitas de professores e alunos foi apresentada em uma palestra na Biblioteca Juana de Ibarbourou para vários diretores e professores de escolas de Melo que haviam sido mobilizados pela Diretora de Cultura de Melo, Susana Escudero Mazzei. E a ideia de intercâmbio avançou com a escola Yvy-nará. Na visita realizada ao colégio particular, o diretor do CEAP ouviu da diretora Carolina Arbe-leche Perdomo a intenção de vir a Ijuí ainda no primeiro semestre do próximo ano para que as duas escolas construam as possibilidades de in-tercâmbio.

“É uma escola que está crescendo, tem uma história recente, mas que, principalmente, pri-ma pela qualidade, com uma carga horária supe-rior à média de outras escolas, além de investir no ensino da Língua Portuguesa – também por isso o intercâmbio gerou um interesse ainda maior para eles. Há semelhanças importantes com o CEAP e mais de um formato de intercâmbio é possível acontecer”, disse o diretor do CEAP, Malschitzky. O intendente de Melo, Luis Sergio Botana, acompa-nhou a visita à escola Yvynará e reforçou o apoio para que o relacionamento seja ampliado.

A ideia de dar início a intercâmbios com escolas de Melo começou a ser discutida durante a ExpoIjuí. O responsável pela pasta de relacio-namentos de Cerro Largo com o Brasil, Agustín Muñoz, manteve contato com o CEAP encami-nhando o convite para uma visita ao Uruguai. Nos dois últimos anos a intendência de Cerro Largo participou como expositora da ExpoIjuí/Fenadi.

CEAP inicia relacionamento com escola do Uruguai

Tijolo Ecológico

Proposta de intercâmbio foi apresentada em palestra para professores uruguaios

Diretor Gustavo conversa com alunos na Escola Yvynará, acompanhado da Diretora de Cultura de Melo, Susana Mazzei (esquerda), do intendente Sergio Botana e da diretora da escola Carolina Perdomo.

Visita do CEAP foi destaque nos meios de comunicação em Melo Diretora Perdomo (direita) virá ao CEAP no primeiro semestre

Crianças do 4º, 5º e 6º ano divertiram-se no Good Fish, com direito a uma trilha muito divertida.

Na Olimpíada Regional de Matemática em Panambi os alunos Fernando Schaffazick e Rafael Lukacheski (foto) ficaram em 1º lugar (3ª série Ensino Médio) e a dupla Leonardo Prediger e Gustavo Riethmüller ficaram em 2º (1ª série Ensino Médio).

O CEAP teve 18 alunos do Ensino Médio (2ª e 3ª série) aprovados na Prova de Proficiência em Língua Alemã aplicada pela Coordenação de Alemão do Brasil.

Todo o turno da tarde da escola curtiu em outubro o espetáculo circense apresentado pelas crianças do Centro Municipal de Arte e Educação Professor Pardal.

Sarau Musical reuniu alunos de

piano, teclado e flauta doce da escola em

apresentações individuais e

em grupos que marcaram o

encerramento das atividades

do ano.

Gincana da “sobrevivência”

envolveu alunos da 1ª série do Ensino Médio

no Campo do CEAP.

Projeto de tecnologia levou alunos da 7ª série a uma viagem de estudos a Porto Alegre.

A APPA lançou uma campanha de conscientização na escola, o projeto “Escola Limpa”, com foco nos alunos.

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“Uma Casa para se sentir em casa”. Esse foi o clima da Casa CEAP na ExpoI-juí/Fenadi. Logo na entrada do Parque de Exposições, o espaço privilegiado de en-contro da família escolar e de muitos re-encontros, especialmente de ex-alunos, foi um ambiente agradável e acolhedor, con-vivendo com o caráter institucional do es-

tande. A programação da escola na feira foi outro ponto forte na Casa CEAP. Você confe-

re aqui alguns dos “melhores momentos” da nossa participação no evento.

A Casa CEAP na Expoijuí/Fenadi sediou o evento em comemoração aos dez anos do Programa de Educação Financeira da Luterprev – Previdência Privada. O evento marcou, na região, o lançamento do livro que registra o desenvolvimento do programa – que é pioneiro – no período de 2002 a 2012. O livro contém o histórico do Progra-ma (presente em 17 escolas gaúchas e catarinenses da Rede Sinodal), a me-todologia utilizada em seu desenvol-vimento e um significativo número de relatos de alunos, professores e outros personagens envolvidos. Ao todo, dez professoras do CEAP (que é parceiro da Luterprev no PEF), autoras de rela-tos de atividades ligadas ao Programa desenvolvidas na escola, foram presen-teadas e homenageadas no evento.

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A Família CEAP na Expo

Luterprev e CEAP lançam livro na ExpoijuíO diretor de gestão mercadológica da Luterprev, Paulo Dienstmann, e o diretor do CEAP, Gustavo Malschitzky, com as professoras da escola com participação no Livro. Da esquerda para a direita: Fátima Burtet, Carla Santos, Tainan da Rosa, Elisa Hammarstron, GilceGolnik, Simone Sabo, MarlovaGroth, a coordenadora do PEF no CEAP Mariluza Lucchese, Gláucia Carré, Graziela Fiorin e Cristiane Keller.

“Que show!” Essa foi a frase mais ouvida e que melhor resumiu, no dia dacriança, a atração do CEAP na Expo. As “bolhas gigantes” de sabão divertiram pequenos e grandes e chamaram atenção de quem passou por ali.

O personagem “Pequeno Príncipe”, que fez parte várias atividades no CEAPzinho, virou atração na feira. Na Casa CEAP ele recebeu as crianças acompanhado do “Aviador”, também personagem do livro “O Pequeno Príncipe”. E não faltou o “avião”.

Poucos resistiram ao desejo de guardar em foto a passagem pela Casa CEAP colocando a “carinha” no Pencil Car. O display virou mania e divertiu muita gente na feira e, depois, nas redes sociais.

A Banda Marcial Musical do CEAP fez sua tradicional apresentação de homenagem ao aniversário de colonização de Ijuí. A performance, pelas ruas do Parque foi muito aplaudida. PRESERVAÇÃO E HISTÓRIA

O projeto “Conhecer para Preservar” oportunizou

aos alunos do 6º ano uma viagem de estudos às Missões.

Conheceram a Catedral Angelopolitana e o Museu em

Santo Ângelo. Depois foram ao sítio arqueológico das ruínas

de São Miguel das Missões.

DE OLHO NO TRÂNSITOEntender o trânsito, suas regras e sinalizações. Este foi o objetivo de uma série de ações do 2º ano do Ensino Fundamental. Uma delas foi a participação no projeto da Medianeira Transporte Urbano e da Coordenadoria Municipal de Trânsito de Ijuí chamado “Sinal Verde para a Vida”.

CIDADANIAAlunos do 7º ano, 7ª e 8ª séries

participaram de uma eleição simbólica para escolher o prefeito

e o vice da cidade entre os seis candidatos que foram apresentados

pelos alunos da 8ª série. Pesquisas sobre legislação eleitoral, partidos

e a palavra “política” antecederam o debate e a votação.

CONVERSA COM A ESCRITORAAs crianças do CEAPzinho receberam a escritora Maria Helena Zancan Frantz. Ela teve momentos de interação com os alunos, contando histórias fazendo brincadeiras com elas. Os alunos, por sua vez, cantaram uma poesia da escritora que havia sido musicada e apresentaram releituras de poesias de Maria Helena.

CONVERSA COM AUTORESA pesquisa sobre Ijuí feita pelos alunos do 5º ano ganhou reforço com a visita dos jornalistas Adhemar Campos Bindé e Iara Soares. Bindé é o autor da coleção “As etnias em Ijuí” e, por conta disso, tem um vasto material que pesquisou para escrever os livros. Iara Soares foi a editora da revista “História dos 121 anosde Ijuhy - Retrato Ilustrado”, lançada em 2012.

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FÓSSEIS EM MATAA turma de alunos do 6º ano teve a oportunidade de conhecer o “museu ao ar livre” de Mata, a única cidade do mundo a ter calçadas com árvores fossilizadas de mais de 200 milhões de anos. Na mesma viagem conheceram o Planetário da UFSM e as grutas e cascatas de Nova Esperança do Sul.

PELO INTERIORColônia Santo Antônio,

Chorão, Santana, Barreiro e Itaí foram alguns dos distritos

de Ijuí visitados pelo 5º ano. No passeio

pelo interior os alunos observaram a paisagem

interiorana, as atividades econômicas, escolas rurais e marcas

da imigração.

AULA DE ANATOMIA

A 7ª série conferiu de perto as

semelhanças dos órgãos de um

suíno com os do corpo humano. Em uma aula no GoodFish,

em Coronel Barros, os alunos

acompanharam a dissecação de um

porco. A aula de sistematização dos

conteúdos teve envolvimento dos

alunos fazendo cortes, com serra e

bisturi, retirando alguns órgãos e interagindo o tempo todo.

FÍSICA PARA TODOSO Nível 5 do CEAPzinho visitou o Laboratório “Física para Todos” da Unijuí. Depois de uma sequência de atividades em sala de aula com uma série de experiências interativas, as crianças tiveram a oportunidade de interagir com os experimentos do laboratório da universidade.

VIAJANDO PELO BRASILFoi intenso o envolvimento dos alunos do 7º ano com as pesquisas e posterior socialização dos resultados no projeto em uma exposição no ginásio que atraiu outras escolas. A sequência do trabalho levou as turmas ao Vale do Taquari e à Serra Gaúcha para visitas a Bom Retiro do Sul (eclusa do Rio Taquari), Teutônia (roteiro germânico e Lago da Harmonia), Imigrante (cactário) e Bento Gonçalves (epopeia italiana e Caminhos de Pedra).

IJUÍ CRESCE E SE TRANSFORMAO projeto do 5º ano do Ensino Fundamental levou os alunos a um passeio socioambiental pela cidade. Acompanhados do biólogo João Pedro Gehsing, da Secretaria de Meio Ambiente, passearam por alguns bairros para observar pontos importantes relacionados ao estudo ambiental.

O CEAP marcou o dia do professor e do trabalhador em educação com homenagens na Casa CEAP no Parque de Expo-sições Wanderley Burmann, du-rante a Expoijuí/Fenadi. Além de celebrar com os colaboradores a data, a escola fez uma home-

nagem especial a quinze funcio-nários e professores que em 2012

completaram pelo menos 25 anos de trabalho na escola.

Em nome dos homenageados o ex-professor e atual funcionário Horst Vogt Kessler fez um agradecimento à es-cola e resgatou parte da história pessoal dentro da escola, mostrando o significado da homenagem. O diretor do CEAP, Gus-tavo Malschitzky, ficou emocionado ao falar. Enfatizou a gratidão da escola pelo envolvimento e dedicação de cada um. E anunciou que a partir de agora fica insti-tuído no CEAP a homenagem a todos os colegas que completarem “data cheia” a partir de 25 anos.

Homenagens na Casa CEAP

Celebrando os aniversários de Ijuí e do CEAP

Os colegas homenageados. Em pé, da esquerda para a direita, com os anos de trabalho no CEAP: Clarice Ruwer (40); Horst Vogt Kessler (40); Jorgina Oliveira (34); Rosane Dalenogare (25); Antônio da Luz (34); Cezar Budel (27); Marli Kouckoureck (32); Marlene Mueller (30); Enedina Budel Casalini (32) e Elta Jarozewski (28). Agachados, a partir da esquerda: Maristela Oliveira (26); Ladir Pedroso (26); Ireneu Sauer (30); Cleci Goller (25) e Eliete Boger (28).

Culto de gratidão resgatou histórias de Ijuí e da escola

Prefeito Fioravante Ballin e o diretor do CEAP Gustavo Malschitzky Alunos participaram da celebração

A comemoração de mais um aniversário de coloniza-ção de Ijuí, no dia 19 de outubro, teve um culto em gratidão na programação da Expoijuí/Fenadi. A celebração, realizada pelo CEAP, aconteceu no Palco das Etnias, no Parque de Ex-posições, e também foi de agradecimento pelo aniversário da escola.

Além do caráter de agradecimento, o culto, conduzi-do pelo pastor escolar Luciano Martins, deu ênfase à história de Ijuí e da escola, com base no texto bíblico de 1 Samuel, em que um dos versículos diz “Até aqui nos ajudou o Senhor”. Alunos do 5º ano tiveram participação especial nas orações e leituras bíblicas.

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Uma escola muito além do ENEM

O CEAP no ENEM 2011 (dados divulgados pelo MEC em novembro de 2012)

Compromisso com a educação

Que liberdade é possível sem autoridade?

Eles escolheram o CEAP

Junto com a alegria das notícias do ENEM têm chegado as perguntas acima para o grupo de profissionais da escola, provocando uma saudável reflexão. Embora seja uma avaliação parcial, o resultado é im-portante e merece ser considerado uma vez que os alunos que concluem a cada ano o Ensino Médio é quem são avaliados no Exa-me. O primeiro entendimento no CEAP é de que todo um conjunto de ações é que se reflete nestes resultados.A marca do CEAP tem sido um trabalho consistente e de qua-lidade. E o que determina isso passa por um grupo de professores comprometido com a proposta pedagógica, pelo próprio com-prometimento de alunos e famílias com o estudo e a vida escolar e uma carga horária significativamente superior ao mínimo exi-gido em lei. Tudo isso sem eleger o ENEM ou os concursos vestibulares como priori-dade. Ao contrário, como afirma o diretor Gustavo Malschitzky, “nossos alunos não estão estudando para fazer uma avaliação, mas para a vida. E isso vai sendo construído ao longo de toda a vida escolar. Os dados do ENEM não são resultado apenas do En-sino Médio”. É ele quem apresenta alguns tópicos importantes relacionados aos re-sultados obtidos pelos alunos do CEAP nos últimos anos no ENEM.

Qualidade do grupo de professoresO que faz uma escola manter-se

entre as melhores do Estado e ser a nú-mero “1” em Ijuí durante vários anos é, em primeiro lugar, ter em seus quadros profis-sionais capacitados. Todos os professores do CEAP tem formação superior na área de atuação, muitos com pós-graduação e mestrado. Isto significa que estes profis-sionais, além de amplo domínio dos con-teúdos necessários, também conhecem técnicas e metodologias de ensino. Além disto, estão também prontos a pesquisar e aprimorar os seus conhecimentos.

O debate e reflexão sobre por onde passam os resultados que os alunos do CEAP podem alcançar acontece, obviamente, no grupo de professores da escola. O professor João Cavalheiro, que trabalha com

Filosofia e Sociologia no CEAP, afirma que “educação é nossa especialidade, e disso não abrimos mão”. É dele a reflexão abaixo que oferece um outro olhar so-bre a Escola Nº 1 no ENEM.

A leitura de que o conjunto de ações que o CEAP desenvolve ao longo da vida es-colar dos alunos, em todos os níveis de ensino, é que leva a conquistas e resultados “depois da escola”, não é feita apenas dentro da equi-pe diretiva ou do grupo de professores. Essa ideia do todo também é vista por famílias da escola. Em depoimento à CEAP em Revista, a ex-aluna e mãe dos alunos Luiza (8 anos) e João (4 anos), Adriane Costa Beber Weiler salienta que “os resultados da escola no Enem confirmam a ideia que sempre tive do CEAP, desde o tempo que estudei na escola, de 1988 a 1990: a preocupação principal que a escola deve ter é o ensino. Esta avaliação (do ENEM)

mantém o resultado que já percebia na épo-ca em que era aluna. Assim como eu, prati-camente todos meus colegas ingressaram na universidade ao sair do CEAP”.

Ela revela que a procura pelo CEAP para os filhos se deu em primeiro lugar pela experiência que os pais tiveram em estudar na mesma escola. “O CEAP deixou marcas de um ensino muito forte, de muito conteúdo e boa preparação para as diversas áreas do conhecimento”, diz. “Para minha formação acadêmica foi fundamental ter feito o Ensino Médio no CEAP. Na época que cursei Admi-nistração não tive dificuldades em Matemá-tica, Contabilidade, disciplinas que eu tinha

uma excelente base. E no CEAP eu era uma aluna que tirava Regular na maioria das ma-térias. Estava dentro da média, mas ao chegar na Universidade percebia o quanto estava mais preparada que meus colegas”.

Com os filhos ainda longe do Ensi-no Médio, Adriane Weiler diz que a opção pelo CEAP hoje se dá “em função de que-rer dar uma boa educação de base desde o processo de alfabetização. Quis oferecer desde muito cedo aos meus filhos essa mes-ma formação, essa mesma possibilidade de aprendizagem que eu tive. Escolhemos o CEAP porque temos a convicção de que é a melhor escola para nossos filhos”.

*Pela sexta vez em sete anos o CEAP é a escola primeira colocada entre todas as escolas de Ijuí que realizaram o ENEM.*Com média final de 618,37 pontos, o CEAP alcançou um resultado bem acima das médias de todos os Estados brasileiros. *Entre as escolas privadas do interior do Rio Grande do Sul o CEAP é a 8ª colocada e no quadro geral do Estado tem a 20ª posição. *Além de alcançar as notas mais altas em cada bloco de conhecimento entre as es-colas de Ijuí, o CEAP teve, ainda, o maior percentual de alunos matriculados parti-cipando, de 91,3%, dado que aponta uma média bastante alta entre a totalidade dos alunos da escola.

A recente divulgação dos resultados do Exame Na-cional do Ensino Médio – ENEM pelo Ministério da Educação confirmou a constância que o CEAP vem obtendo nos últimos anos na prova. Novamen-

te o CEAP ficou em 1º lugar no ranking entre todas as es-

colas de Ijuí e se manteve entre as 20 melhores posicionadas no Rio Grande do Sul. Mas como se chega a esse resultado ano após ano? O que se faz no CEAP para que os alunos “cheguem lá”?

Projeto Pedagógico CEAPNão há como esquecer o Projeto Pe-

dagógico da Escola. Construído, estudado e constantemente avaliado, revisto e reestuda-do. Tem o aluno – e o seu aprendizado – como centro do processo. Um projeto pedagógico consistente inicia na Educação Infantil. O CE-APzinho é o início do projeto pedagógico do CEAP e a partir das turmas da Educação Infan-til as séries do Ensino Fundamental vão sen-do planejadas. Assim, o projeto pedagógico não é estanque, mas aprimorado e ajustado às características de cada turma, da Educação Infantil ao Ensino Médio.

Carga horária expressivaO projeto pedagógico passa, ainda,

pela previsão de uma carga horária signi-ficativamente maior do que o mínimo exi-gido. Não há como esperar que os alunos tenham resultados em avaliações externas – como o ENEM, por exemplo – sem con-siderar esta variável. Por duas razões bá-sicas: os assuntos a serem abordados, os conteúdos, previstos nos Parâmetros Cur-riculares Nacionais, não “cabem” na carga horária mínima exigida em Lei. E, há que se considerar ainda, que é necessário incluir as questões locais – história, geografia, ca-racterísticas, etc...do local onde os alunos vivem e onde a escola está inserida; outra questão: para aprofundar conceitos, cons-truir aprendizagem, há que ter tempo, e isto se busca com uma carga horária eleva-da. Cada conceito, cada conteúdo, precisa ser abordado, discutido, retomado. Mas, mesmo com carga horária acima do míni-mo, existe uma necessidade de proporcio-nar aos alunos atividades complementares além dos tempos de aulas. Trabalhos em grupos, temas de casa, pesquisas, são per-manentemente solicitados, “provocando” os alunos a buscarem a construção do co-nhecimento e complementando as ativida-des de sala de aula.

Apoio pedagógico aos professoresEsta é uma característica do CEAP. A

presença constante das coordenações peda-gógicas, divididas para os diferentes níveis, a fim de poder aprofundar também os seus

conhecimentos, é marca do CEAP. A coorde-nação pedagógica provoca reflexões, auxilia estas reflexões, “amarra” as diversas pontas do projeto pedagógico, apoia professores e pro-fessoras no seu dia a dia, participa do planeja-mento individual para, sempre de novo, trazer à luz o projeto integral da instituição.

Formação geral do alunoUm projeto pedagógico consisten-

te, como o do CEAP, que produz resultados, passa, necessariamente, pela formação geral do aluno para além das salas de aula. Ofe-recer oportunidades no esporte, no teatro, na música é característica histórica do CEAP. E as oportunidades são um diferencial sig-nificativo no conjunto de conhecimentos e experiências que os alunos levam da escola e que se traduzem em resultados.

SAC, pesquisaAlgumas ações merecem destaque

dentro deste exitoso projeto pedagógico do CEAP, mesmo sem esgotar essa reflexão. Uma delas é o SAC – Sistema de Avaliação Continuada. É um modelo aplicado ao Ensi-no Médio que consiste na realização de uma prova semanal, com os componentes cur-riculares divididos em blocos, que se utiliza do modelo de concursos vestibulares e do próprio ENEM, além de se valer de questões utilizadas nestes exames, que exercita, sema-nalmente os alunos. Outro destaque é para os Projetos de Pesquisa em moldes universi-tários - os alunos dos dois primeiros anos do Ensino Médio enfrentam, no primeiro semes-tre de cada um dos anos, o desafio de realizar um projeto de pesquisa, com um professor orientador, e apresentar os resultados da sua pesquisa em uma feira, aberta à comunidade e para uma banca e plateia em uma apresen-tação pública. E outro aspecto é o alto nível de exigência em todos os momentos.

Gustavo Malschitzky

Nosso tempo é o que poderíamos chamar de era do vazio, quando, segundo Juremir Machado da Silva, estamos menos carregados e mais livres, mais lúcidos e me-nos dependentes, mais independentes e menos submissos, mais flexíveis e menos engessados por engrenagens de poder em nome de verdades que se apresentavam como transcendentais ou universais. A gran-de questão, como apregoam os filósofos Alain Renaut e Hannah Arendt, é: será possí-vel educar em tempos de fim da autoridade?

Nossa consciência individual e co-letiva, diz Renaut, encontra-se estruturada por convicções que temos como conquis-tas irreversíveis do mundo moderno. Essa é também a era da horizontalidade: todos são iguais, diz-se. Os alunos nos chamam de Paulo, Márcia, Nelson, João...

Uma crise de legitimidade ameaça abalar as instâncias que têm como tarefa assumir a função educativa. E entre elas está a escola.

Um estudo de opinião revelou que a percentagem de franceses que acham que

seria “bom respeitar mais a autoridade” au-mentou de 51% para 61% entre 1981 e 1999. Há uma asserção de Durkheim com um sé-culo de idade asseverando: “A liberdade é filha da autoridade bem compreendida.”Ou seja, embora tenhamos chegado a um novo tempo, democracia não é esculhambação. Pueril ingenuidade acatar sem discussão a palavra de ordem em Maio de 68 segundo a qual seria “proibido proibir”.

O CEAP diz constantemente não à ideia de fim da autoridade. É claro que a esco-la não é cega aos processos em curso. Só não está tão segura quanto às facilidades do dis-curso progressista. Para que está o professor em sala de aula? Para um mero encontro? Para viver com os alunos, ser feliz? Não, ele está lá para dar aula. Fugindo ao hedonismo exacer-bado do nosso tempo, e para utilizar uma feliz expressão do professor Paulo Fensterseifer, o intuito da aula não é dar prazer. Se der, tanto melhor. Mas o objetivo é que seja aula.

Uma questão importante me pa-rece ser que faz parte da própria lógica da modernidade democrática renovar todas as relações de autoridade evidenciando que nenhum poder pode exercer-se, doravante, sem ter a preocupação de obter, de uma maneira ou de outra, a adesão daqueles a

quem se exerce. É o que o velho e bom Max We-ber chamara dar às relações de autoridade uma dimensão contratual. Nas palavras de Renaut: “Esse modelo é, de fato, o que nos parece mais facilmente compatível com o universo de-mocrático, no sentido em que, num contra-to, os contratantes são, por definição, reco-nhecidos como iguais – enquanto parceiros do acordo que empreendem concluir -, mas podem perfeitamente, por outro lado, entender-se para conceber através desse mesmo acordo uma relação desigual que faz emergir entre eles um ‘poder’. Em suma, podemos estabelecer por contrato que um será, temporariamente ou num setor das nossas existências, ‘superior’ ao outro, pelo menos durante o tempo em que os contra-tantes permaneçam de acordo nesse ponto”.

As regras são claras: quer estudar? Es-tamos aí, conte com o melhor que individual e conjuntamente podemos fazer. Educação é nossa especialidade, e disso não abrimos mão, isto não está para ser negociado.

João Carlos CavalheiroProfessor de Filosofia no CEAP

João Cavalheiro

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Uma escola muito além do ENEM

O CEAP no ENEM 2011 (dados divulgados pelo MEC em novembro de 2012)

Compromisso com a educação

Que liberdade é possível sem autoridade?

Eles escolheram o CEAP

Junto com a alegria das notícias do ENEM têm chegado as perguntas acima para o grupo de profissionais da escola, provocando uma saudável reflexão. Embora seja uma avaliação parcial, o resultado é im-portante e merece ser considerado uma vez que os alunos que concluem a cada ano o Ensino Médio é quem são avaliados no Exa-me. O primeiro entendimento no CEAP é de que todo um conjunto de ações é que se reflete nestes resultados.A marca do CEAP tem sido um trabalho consistente e de qua-lidade. E o que determina isso passa por um grupo de professores comprometido com a proposta pedagógica, pelo próprio com-prometimento de alunos e famílias com o estudo e a vida escolar e uma carga horária significativamente superior ao mínimo exi-gido em lei. Tudo isso sem eleger o ENEM ou os concursos vestibulares como priori-dade. Ao contrário, como afirma o diretor Gustavo Malschitzky, “nossos alunos não estão estudando para fazer uma avaliação, mas para a vida. E isso vai sendo construído ao longo de toda a vida escolar. Os dados do ENEM não são resultado apenas do En-sino Médio”. É ele quem apresenta alguns tópicos importantes relacionados aos re-sultados obtidos pelos alunos do CEAP nos últimos anos no ENEM.

Qualidade do grupo de professoresO que faz uma escola manter-se

entre as melhores do Estado e ser a nú-mero “1” em Ijuí durante vários anos é, em primeiro lugar, ter em seus quadros profis-sionais capacitados. Todos os professores do CEAP tem formação superior na área de atuação, muitos com pós-graduação e mestrado. Isto significa que estes profis-sionais, além de amplo domínio dos con-teúdos necessários, também conhecem técnicas e metodologias de ensino. Além disto, estão também prontos a pesquisar e aprimorar os seus conhecimentos.

O debate e reflexão sobre por onde passam os resultados que os alunos do CEAP podem alcançar acontece, obviamente, no grupo de professores da escola. O professor João Cavalheiro, que trabalha com

Filosofia e Sociologia no CEAP, afirma que “educação é nossa especialidade, e disso não abrimos mão”. É dele a reflexão abaixo que oferece um outro olhar so-bre a Escola Nº 1 no ENEM.

A leitura de que o conjunto de ações que o CEAP desenvolve ao longo da vida es-colar dos alunos, em todos os níveis de ensino, é que leva a conquistas e resultados “depois da escola”, não é feita apenas dentro da equi-pe diretiva ou do grupo de professores. Essa ideia do todo também é vista por famílias da escola. Em depoimento à CEAP em Revista, a ex-aluna e mãe dos alunos Luiza (8 anos) e João (4 anos), Adriane Costa Beber Weiler salienta que “os resultados da escola no Enem confirmam a ideia que sempre tive do CEAP, desde o tempo que estudei na escola, de 1988 a 1990: a preocupação principal que a escola deve ter é o ensino. Esta avaliação (do ENEM)

mantém o resultado que já percebia na épo-ca em que era aluna. Assim como eu, prati-camente todos meus colegas ingressaram na universidade ao sair do CEAP”.

Ela revela que a procura pelo CEAP para os filhos se deu em primeiro lugar pela experiência que os pais tiveram em estudar na mesma escola. “O CEAP deixou marcas de um ensino muito forte, de muito conteúdo e boa preparação para as diversas áreas do conhecimento”, diz. “Para minha formação acadêmica foi fundamental ter feito o Ensino Médio no CEAP. Na época que cursei Admi-nistração não tive dificuldades em Matemá-tica, Contabilidade, disciplinas que eu tinha

uma excelente base. E no CEAP eu era uma aluna que tirava Regular na maioria das ma-térias. Estava dentro da média, mas ao chegar na Universidade percebia o quanto estava mais preparada que meus colegas”.

Com os filhos ainda longe do Ensi-no Médio, Adriane Weiler diz que a opção pelo CEAP hoje se dá “em função de que-rer dar uma boa educação de base desde o processo de alfabetização. Quis oferecer desde muito cedo aos meus filhos essa mes-ma formação, essa mesma possibilidade de aprendizagem que eu tive. Escolhemos o CEAP porque temos a convicção de que é a melhor escola para nossos filhos”.

*Pela sexta vez em sete anos o CEAP é a escola primeira colocada entre todas as escolas de Ijuí que realizaram o ENEM.*Com média final de 618,37 pontos, o CEAP alcançou um resultado bem acima das médias de todos os Estados brasileiros. *Entre as escolas privadas do interior do Rio Grande do Sul o CEAP é a 8ª colocada e no quadro geral do Estado tem a 20ª posição. *Além de alcançar as notas mais altas em cada bloco de conhecimento entre as es-colas de Ijuí, o CEAP teve, ainda, o maior percentual de alunos matriculados parti-cipando, de 91,3%, dado que aponta uma média bastante alta entre a totalidade dos alunos da escola.

A recente divulgação dos resultados do Exame Na-cional do Ensino Médio – ENEM pelo Ministério da Educação confirmou a constância que o CEAP vem obtendo nos últimos anos na prova. Novamen-

te o CEAP ficou em 1º lugar no ranking entre todas as es-

colas de Ijuí e se manteve entre as 20 melhores posicionadas no Rio Grande do Sul. Mas como se chega a esse resultado ano após ano? O que se faz no CEAP para que os alunos “cheguem lá”?

Projeto Pedagógico CEAPNão há como esquecer o Projeto Pe-

dagógico da Escola. Construído, estudado e constantemente avaliado, revisto e reestuda-do. Tem o aluno – e o seu aprendizado – como centro do processo. Um projeto pedagógico consistente inicia na Educação Infantil. O CE-APzinho é o início do projeto pedagógico do CEAP e a partir das turmas da Educação Infan-til as séries do Ensino Fundamental vão sen-do planejadas. Assim, o projeto pedagógico não é estanque, mas aprimorado e ajustado às características de cada turma, da Educação Infantil ao Ensino Médio.

Carga horária expressivaO projeto pedagógico passa, ainda,

pela previsão de uma carga horária signi-ficativamente maior do que o mínimo exi-gido. Não há como esperar que os alunos tenham resultados em avaliações externas – como o ENEM, por exemplo – sem con-siderar esta variável. Por duas razões bá-sicas: os assuntos a serem abordados, os conteúdos, previstos nos Parâmetros Cur-riculares Nacionais, não “cabem” na carga horária mínima exigida em Lei. E, há que se considerar ainda, que é necessário incluir as questões locais – história, geografia, ca-racterísticas, etc...do local onde os alunos vivem e onde a escola está inserida; outra questão: para aprofundar conceitos, cons-truir aprendizagem, há que ter tempo, e isto se busca com uma carga horária eleva-da. Cada conceito, cada conteúdo, precisa ser abordado, discutido, retomado. Mas, mesmo com carga horária acima do míni-mo, existe uma necessidade de proporcio-nar aos alunos atividades complementares além dos tempos de aulas. Trabalhos em grupos, temas de casa, pesquisas, são per-manentemente solicitados, “provocando” os alunos a buscarem a construção do co-nhecimento e complementando as ativida-des de sala de aula.

Apoio pedagógico aos professoresEsta é uma característica do CEAP. A

presença constante das coordenações peda-gógicas, divididas para os diferentes níveis, a fim de poder aprofundar também os seus

conhecimentos, é marca do CEAP. A coorde-nação pedagógica provoca reflexões, auxilia estas reflexões, “amarra” as diversas pontas do projeto pedagógico, apoia professores e pro-fessoras no seu dia a dia, participa do planeja-mento individual para, sempre de novo, trazer à luz o projeto integral da instituição.

Formação geral do alunoUm projeto pedagógico consisten-

te, como o do CEAP, que produz resultados, passa, necessariamente, pela formação geral do aluno para além das salas de aula. Ofe-recer oportunidades no esporte, no teatro, na música é característica histórica do CEAP. E as oportunidades são um diferencial sig-nificativo no conjunto de conhecimentos e experiências que os alunos levam da escola e que se traduzem em resultados.

SAC, pesquisaAlgumas ações merecem destaque

dentro deste exitoso projeto pedagógico do CEAP, mesmo sem esgotar essa reflexão. Uma delas é o SAC – Sistema de Avaliação Continuada. É um modelo aplicado ao Ensi-no Médio que consiste na realização de uma prova semanal, com os componentes cur-riculares divididos em blocos, que se utiliza do modelo de concursos vestibulares e do próprio ENEM, além de se valer de questões utilizadas nestes exames, que exercita, sema-nalmente os alunos. Outro destaque é para os Projetos de Pesquisa em moldes universi-tários - os alunos dos dois primeiros anos do Ensino Médio enfrentam, no primeiro semes-tre de cada um dos anos, o desafio de realizar um projeto de pesquisa, com um professor orientador, e apresentar os resultados da sua pesquisa em uma feira, aberta à comunidade e para uma banca e plateia em uma apresen-tação pública. E outro aspecto é o alto nível de exigência em todos os momentos.

Gustavo Malschitzky

Nosso tempo é o que poderíamos chamar de era do vazio, quando, segundo Juremir Machado da Silva, estamos menos carregados e mais livres, mais lúcidos e me-nos dependentes, mais independentes e menos submissos, mais flexíveis e menos engessados por engrenagens de poder em nome de verdades que se apresentavam como transcendentais ou universais. A gran-de questão, como apregoam os filósofos Alain Renaut e Hannah Arendt, é: será possí-vel educar em tempos de fim da autoridade?

Nossa consciência individual e co-letiva, diz Renaut, encontra-se estruturada por convicções que temos como conquis-tas irreversíveis do mundo moderno. Essa é também a era da horizontalidade: todos são iguais, diz-se. Os alunos nos chamam de Paulo, Márcia, Nelson, João...

Uma crise de legitimidade ameaça abalar as instâncias que têm como tarefa assumir a função educativa. E entre elas está a escola.

Um estudo de opinião revelou que a percentagem de franceses que acham que

seria “bom respeitar mais a autoridade” au-mentou de 51% para 61% entre 1981 e 1999. Há uma asserção de Durkheim com um sé-culo de idade asseverando: “A liberdade é filha da autoridade bem compreendida.”Ou seja, embora tenhamos chegado a um novo tempo, democracia não é esculhambação. Pueril ingenuidade acatar sem discussão a palavra de ordem em Maio de 68 segundo a qual seria “proibido proibir”.

O CEAP diz constantemente não à ideia de fim da autoridade. É claro que a esco-la não é cega aos processos em curso. Só não está tão segura quanto às facilidades do dis-curso progressista. Para que está o professor em sala de aula? Para um mero encontro? Para viver com os alunos, ser feliz? Não, ele está lá para dar aula. Fugindo ao hedonismo exacer-bado do nosso tempo, e para utilizar uma feliz expressão do professor Paulo Fensterseifer, o intuito da aula não é dar prazer. Se der, tanto melhor. Mas o objetivo é que seja aula.

Uma questão importante me pa-rece ser que faz parte da própria lógica da modernidade democrática renovar todas as relações de autoridade evidenciando que nenhum poder pode exercer-se, doravante, sem ter a preocupação de obter, de uma maneira ou de outra, a adesão daqueles a

quem se exerce. É o que o velho e bom Max We-ber chamara dar às relações de autoridade uma dimensão contratual. Nas palavras de Renaut: “Esse modelo é, de fato, o que nos parece mais facilmente compatível com o universo de-mocrático, no sentido em que, num contra-to, os contratantes são, por definição, reco-nhecidos como iguais – enquanto parceiros do acordo que empreendem concluir -, mas podem perfeitamente, por outro lado, entender-se para conceber através desse mesmo acordo uma relação desigual que faz emergir entre eles um ‘poder’. Em suma, podemos estabelecer por contrato que um será, temporariamente ou num setor das nossas existências, ‘superior’ ao outro, pelo menos durante o tempo em que os contra-tantes permaneçam de acordo nesse ponto”.

As regras são claras: quer estudar? Es-tamos aí, conte com o melhor que individual e conjuntamente podemos fazer. Educação é nossa especialidade, e disso não abrimos mão, isto não está para ser negociado.

João Carlos CavalheiroProfessor de Filosofia no CEAP

João Cavalheiro

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FÓSSEIS EM MATAA turma de alunos do 6º ano teve a oportunidade de conhecer o “museu ao ar livre” de Mata, a única cidade do mundo a ter calçadas com árvores fossilizadas de mais de 200 milhões de anos. Na mesma viagem conheceram o Planetário da UFSM e as grutas e cascatas de Nova Esperança do Sul.

PELO INTERIORColônia Santo Antônio,

Chorão, Santana, Barreiro e Itaí foram alguns dos distritos

de Ijuí visitados pelo 5º ano. No passeio

pelo interior os alunos observaram a paisagem

interiorana, as atividades econômicas, escolas rurais e marcas

da imigração.

AULA DE ANATOMIA

A 7ª série conferiu de perto as

semelhanças dos órgãos de um

suíno com os do corpo humano. Em uma aula no GoodFish,

em Coronel Barros, os alunos

acompanharam a dissecação de um

porco. A aula de sistematização dos

conteúdos teve envolvimento dos

alunos fazendo cortes, com serra e

bisturi, retirando alguns órgãos e interagindo o tempo todo.

FÍSICA PARA TODOSO Nível 5 do CEAPzinho visitou o Laboratório “Física para Todos” da Unijuí. Depois de uma sequência de atividades em sala de aula com uma série de experiências interativas, as crianças tiveram a oportunidade de interagir com os experimentos do laboratório da universidade.

VIAJANDO PELO BRASILFoi intenso o envolvimento dos alunos do 7º ano com as pesquisas e posterior socialização dos resultados no projeto em uma exposição no ginásio que atraiu outras escolas. A sequência do trabalho levou as turmas ao Vale do Taquari e à Serra Gaúcha para visitas a Bom Retiro do Sul (eclusa do Rio Taquari), Teutônia (roteiro germânico e Lago da Harmonia), Imigrante (cactário) e Bento Gonçalves (epopeia italiana e Caminhos de Pedra).

IJUÍ CRESCE E SE TRANSFORMAO projeto do 5º ano do Ensino Fundamental levou os alunos a um passeio socioambiental pela cidade. Acompanhados do biólogo João Pedro Gehsing, da Secretaria de Meio Ambiente, passearam por alguns bairros para observar pontos importantes relacionados ao estudo ambiental.

O CEAP marcou o dia do professor e do trabalhador em educação com homenagens na Casa CEAP no Parque de Expo-sições Wanderley Burmann, du-rante a Expoijuí/Fenadi. Além de celebrar com os colaboradores a data, a escola fez uma home-

nagem especial a quinze funcio-nários e professores que em 2012

completaram pelo menos 25 anos de trabalho na escola.

Em nome dos homenageados o ex-professor e atual funcionário Horst Vogt Kessler fez um agradecimento à es-cola e resgatou parte da história pessoal dentro da escola, mostrando o significado da homenagem. O diretor do CEAP, Gus-tavo Malschitzky, ficou emocionado ao falar. Enfatizou a gratidão da escola pelo envolvimento e dedicação de cada um. E anunciou que a partir de agora fica insti-tuído no CEAP a homenagem a todos os colegas que completarem “data cheia” a partir de 25 anos.

Homenagens na Casa CEAP

Celebrando os aniversários de Ijuí e do CEAP

Os colegas homenageados. Em pé, da esquerda para a direita, com os anos de trabalho no CEAP: Clarice Ruwer (40); Horst Vogt Kessler (40); Jorgina Oliveira (34); Rosane Dalenogare (25); Antônio da Luz (34); Cezar Budel (27); Marli Kouckoureck (32); Marlene Mueller (30); Enedina Budel Casalini (32) e Elta Jarozewski (28). Agachados, a partir da esquerda: Maristela Oliveira (26); Ladir Pedroso (26); Ireneu Sauer (30); Cleci Goller (25) e Eliete Boger (28).

Culto de gratidão resgatou histórias de Ijuí e da escola

Prefeito Fioravante Ballin e o diretor do CEAP Gustavo Malschitzky Alunos participaram da celebração

A comemoração de mais um aniversário de coloniza-ção de Ijuí, no dia 19 de outubro, teve um culto em gratidão na programação da Expoijuí/Fenadi. A celebração, realizada pelo CEAP, aconteceu no Palco das Etnias, no Parque de Ex-posições, e também foi de agradecimento pelo aniversário da escola.

Além do caráter de agradecimento, o culto, conduzi-do pelo pastor escolar Luciano Martins, deu ênfase à história de Ijuí e da escola, com base no texto bíblico de 1 Samuel, em que um dos versículos diz “Até aqui nos ajudou o Senhor”. Alunos do 5º ano tiveram participação especial nas orações e leituras bíblicas.

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FÓSSEIS EM MATAA turma de alunos do 6º ano teve a oportunidade de conhecer o “museu ao ar livre” de Mata, a única cidade do mundo a ter calçadas com árvores fossilizadas de mais de 200 milhões de anos. Na mesma viagem conheceram o Planetário da UFSM e as grutas e cascatas de Nova Esperança do Sul.

PELO INTERIORColônia Santo Antônio,

Chorão, Santana, Barreiro e Itaí foram alguns dos distritos

de Ijuí visitados pelo 5º ano. No passeio

pelo interior os alunos observaram a paisagem

interiorana, as atividades econômicas, escolas rurais e marcas

da imigração.

AULA DE ANATOMIA

A 7ª série conferiu de perto as

semelhanças dos órgãos de um

suíno com os do corpo humano. Em uma aula no GoodFish,

em Coronel Barros, os alunos

acompanharam a dissecação de um

porco. A aula de sistematização dos

conteúdos teve envolvimento dos

alunos fazendo cortes, com serra e

bisturi, retirando alguns órgãos e interagindo o tempo todo.

FÍSICA PARA TODOSO Nível 5 do CEAPzinho visitou o Laboratório “Física para Todos” da Unijuí. Depois de uma sequência de atividades em sala de aula com uma série de experiências interativas, as crianças tiveram a oportunidade de interagir com os experimentos do laboratório da universidade.

VIAJANDO PELO BRASILFoi intenso o envolvimento dos alunos do 7º ano com as pesquisas e posterior socialização dos resultados no projeto em uma exposição no ginásio que atraiu outras escolas. A sequência do trabalho levou as turmas ao Vale do Taquari e à Serra Gaúcha para visitas a Bom Retiro do Sul (eclusa do Rio Taquari), Teutônia (roteiro germânico e Lago da Harmonia), Imigrante (cactário) e Bento Gonçalves (epopeia italiana e Caminhos de Pedra).

IJUÍ CRESCE E SE TRANSFORMAO projeto do 5º ano do Ensino Fundamental levou os alunos a um passeio socioambiental pela cidade. Acompanhados do biólogo João Pedro Gehsing, da Secretaria de Meio Ambiente, passearam por alguns bairros para observar pontos importantes relacionados ao estudo ambiental.

O CEAP marcou o dia do professor e do trabalhador em educação com homenagens na Casa CEAP no Parque de Expo-sições Wanderley Burmann, du-rante a Expoijuí/Fenadi. Além de celebrar com os colaboradores a data, a escola fez uma home-

nagem especial a quinze funcio-nários e professores que em 2012

completaram pelo menos 25 anos de trabalho na escola.

Em nome dos homenageados o ex-professor e atual funcionário Horst Vogt Kessler fez um agradecimento à es-cola e resgatou parte da história pessoal dentro da escola, mostrando o significado da homenagem. O diretor do CEAP, Gus-tavo Malschitzky, ficou emocionado ao falar. Enfatizou a gratidão da escola pelo envolvimento e dedicação de cada um. E anunciou que a partir de agora fica insti-tuído no CEAP a homenagem a todos os colegas que completarem “data cheia” a partir de 25 anos.

Homenagens na Casa CEAP

Celebrando os aniversários de Ijuí e do CEAP

Os colegas homenageados. Em pé, da esquerda para a direita, com os anos de trabalho no CEAP: Clarice Ruwer (40); Horst Vogt Kessler (40); Jorgina Oliveira (34); Rosane Dalenogare (25); Antônio da Luz (34); Cezar Budel (27); Marli Kouckoureck (32); Marlene Mueller (30); Enedina Budel Casalini (32) e Elta Jarozewski (28). Agachados, a partir da esquerda: Maristela Oliveira (26); Ladir Pedroso (26); Ireneu Sauer (30); Cleci Goller (25) e Eliete Boger (28).

Culto de gratidão resgatou histórias de Ijuí e da escola

Prefeito Fioravante Ballin e o diretor do CEAP Gustavo Malschitzky Alunos participaram da celebração

A comemoração de mais um aniversário de coloniza-ção de Ijuí, no dia 19 de outubro, teve um culto em gratidão na programação da Expoijuí/Fenadi. A celebração, realizada pelo CEAP, aconteceu no Palco das Etnias, no Parque de Ex-posições, e também foi de agradecimento pelo aniversário da escola.

Além do caráter de agradecimento, o culto, conduzi-do pelo pastor escolar Luciano Martins, deu ênfase à história de Ijuí e da escola, com base no texto bíblico de 1 Samuel, em que um dos versículos diz “Até aqui nos ajudou o Senhor”. Alunos do 5º ano tiveram participação especial nas orações e leituras bíblicas.

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“Uma Casa para se sentir em casa”. Esse foi o clima da Casa CEAP na ExpoI-juí/Fenadi. Logo na entrada do Parque de Exposições, o espaço privilegiado de en-contro da família escolar e de muitos re-encontros, especialmente de ex-alunos, foi um ambiente agradável e acolhedor, con-vivendo com o caráter institucional do es-

tande. A programação da escola na feira foi outro ponto forte na Casa CEAP. Você confe-

re aqui alguns dos “melhores momentos” da nossa participação no evento.

A Casa CEAP na Expoijuí/Fenadi sediou o evento em comemoração aos dez anos do Programa de Educação Financeira da Luterprev – Previdência Privada. O evento marcou, na região, o lançamento do livro que registra o desenvolvimento do programa – que é pioneiro – no período de 2002 a 2012. O livro contém o histórico do Progra-ma (presente em 17 escolas gaúchas e catarinenses da Rede Sinodal), a me-todologia utilizada em seu desenvol-vimento e um significativo número de relatos de alunos, professores e outros personagens envolvidos. Ao todo, dez professoras do CEAP (que é parceiro da Luterprev no PEF), autoras de rela-tos de atividades ligadas ao Programa desenvolvidas na escola, foram presen-teadas e homenageadas no evento.

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A Família CEAP na Expo

Luterprev e CEAP lançam livro na ExpoijuíO diretor de gestão mercadológica da Luterprev, Paulo Dienstmann, e o diretor do CEAP, Gustavo Malschitzky, com as professoras da escola com participação no Livro. Da esquerda para a direita: Fátima Burtet, Carla Santos, Tainan da Rosa, Elisa Hammarstron, GilceGolnik, Simone Sabo, MarlovaGroth, a coordenadora do PEF no CEAP Mariluza Lucchese, Gláucia Carré, Graziela Fiorin e Cristiane Keller.

“Que show!” Essa foi a frase mais ouvida e que melhor resumiu, no dia dacriança, a atração do CEAP na Expo. As “bolhas gigantes” de sabão divertiram pequenos e grandes e chamaram atenção de quem passou por ali.

O personagem “Pequeno Príncipe”, que fez parte várias atividades no CEAPzinho, virou atração na feira. Na Casa CEAP ele recebeu as crianças acompanhado do “Aviador”, também personagem do livro “O Pequeno Príncipe”. E não faltou o “avião”.

Poucos resistiram ao desejo de guardar em foto a passagem pela Casa CEAP colocando a “carinha” no Pencil Car. O display virou mania e divertiu muita gente na feira e, depois, nas redes sociais.

A Banda Marcial Musical do CEAP fez sua tradicional apresentação de homenagem ao aniversário de colonização de Ijuí. A performance, pelas ruas do Parque foi muito aplaudida. PRESERVAÇÃO E HISTÓRIA

O projeto “Conhecer para Preservar” oportunizou

aos alunos do 6º ano uma viagem de estudos às Missões.

Conheceram a Catedral Angelopolitana e o Museu em

Santo Ângelo. Depois foram ao sítio arqueológico das ruínas

de São Miguel das Missões.

DE OLHO NO TRÂNSITOEntender o trânsito, suas regras e sinalizações. Este foi o objetivo de uma série de ações do 2º ano do Ensino Fundamental. Uma delas foi a participação no projeto da Medianeira Transporte Urbano e da Coordenadoria Municipal de Trânsito de Ijuí chamado “Sinal Verde para a Vida”.

CIDADANIAAlunos do 7º ano, 7ª e 8ª séries

participaram de uma eleição simbólica para escolher o prefeito

e o vice da cidade entre os seis candidatos que foram apresentados

pelos alunos da 8ª série. Pesquisas sobre legislação eleitoral, partidos

e a palavra “política” antecederam o debate e a votação.

CONVERSA COM A ESCRITORAAs crianças do CEAPzinho receberam a escritora Maria Helena Zancan Frantz. Ela teve momentos de interação com os alunos, contando histórias fazendo brincadeiras com elas. Os alunos, por sua vez, cantaram uma poesia da escritora que havia sido musicada e apresentaram releituras de poesias de Maria Helena.

CONVERSA COM AUTORESA pesquisa sobre Ijuí feita pelos alunos do 5º ano ganhou reforço com a visita dos jornalistas Adhemar Campos Bindé e Iara Soares. Bindé é o autor da coleção “As etnias em Ijuí” e, por conta disso, tem um vasto material que pesquisou para escrever os livros. Iara Soares foi a editora da revista “História dos 121 anosde Ijuhy - Retrato Ilustrado”, lançada em 2012.

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Foi muito positivo o saldo da via-gem realizada a Melo, capital do Depar-tamento de Cerro Largo, no Uruguai, no final de novembro, pelo diretor do CEAP, Gustavo Malschitzky. Além de apresentar o CEAP e o sistema educacional brasileiro a diretores e professores, o diretor, acom-panhado do assessor de comunicação da escola, André da Rosa, visitou escolas pú-

blicas e particulares da cidade. A proposta levada pelo CEAP

de iniciar um relacionamento com visitas de professores e alunos foi apresentada em uma palestra na Biblioteca Juana de Ibarbourou para vários diretores e professores de escolas de Melo que haviam sido mobilizados pela Diretora de Cultura de Melo, Susana Escudero Mazzei. E a ideia de intercâmbio avançou com a escola Yvy-nará. Na visita realizada ao colégio particular, o diretor do CEAP ouviu da diretora Carolina Arbe-leche Perdomo a intenção de vir a Ijuí ainda no primeiro semestre do próximo ano para que as duas escolas construam as possibilidades de in-tercâmbio.

“É uma escola que está crescendo, tem uma história recente, mas que, principalmente, pri-ma pela qualidade, com uma carga horária supe-rior à média de outras escolas, além de investir no ensino da Língua Portuguesa – também por isso o intercâmbio gerou um interesse ainda maior para eles. Há semelhanças importantes com o CEAP e mais de um formato de intercâmbio é possível acontecer”, disse o diretor do CEAP, Malschitzky. O intendente de Melo, Luis Sergio Botana, acompa-nhou a visita à escola Yvynará e reforçou o apoio para que o relacionamento seja ampliado.

A ideia de dar início a intercâmbios com escolas de Melo começou a ser discutida durante a ExpoIjuí. O responsável pela pasta de relacio-namentos de Cerro Largo com o Brasil, Agustín Muñoz, manteve contato com o CEAP encami-nhando o convite para uma visita ao Uruguai. Nos dois últimos anos a intendência de Cerro Largo participou como expositora da ExpoIjuí/Fenadi.

CEAP inicia relacionamento com escola do Uruguai

Tijolo Ecológico

Proposta de intercâmbio foi apresentada em palestra para professores uruguaios

Diretor Gustavo conversa com alunos na Escola Yvynará, acompanhado da Diretora de Cultura de Melo, Susana Mazzei (esquerda), do intendente Sergio Botana e da diretora da escola Carolina Perdomo.

Visita do CEAP foi destaque nos meios de comunicação em Melo Diretora Perdomo (direita) virá ao CEAP no primeiro semestre

Crianças do 4º, 5º e 6º ano divertiram-se no Good Fish, com direito a uma trilha muito divertida.

Na Olimpíada Regional de Matemática em Panambi os alunos Fernando Schaffazick e Rafael Lukacheski (foto) ficaram em 1º lugar (3ª série Ensino Médio) e a dupla Leonardo Prediger e Gustavo Riethmüller ficaram em 2º (1ª série Ensino Médio).

O CEAP teve 18 alunos do Ensino Médio (2ª e 3ª série) aprovados na Prova de Proficiência em Língua Alemã aplicada pela Coordenação de Alemão do Brasil.

Todo o turno da tarde da escola curtiu em outubro o espetáculo circense apresentado pelas crianças do Centro Municipal de Arte e Educação Professor Pardal.

Sarau Musical reuniu alunos de

piano, teclado e flauta doce da escola em

apresentações individuais e

em grupos que marcaram o

encerramento das atividades

do ano.

Gincana da “sobrevivência”

envolveu alunos da 1ª série do Ensino Médio

no Campo do CEAP.

Projeto de tecnologia levou alunos da 7ª série a uma viagem de estudos a Porto Alegre.

A APPA lançou uma campanha de conscientização na escola, o projeto “Escola Limpa”, com foco nos alunos.

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Natal compartilhadoVoluntários do Comitê pela Vida do CEAP participa-

ram da Ceia de Natal com as meninas abrigadas pelo Lar da Menina Bom Abrigo. A programação, realizada no pátio da escola, teve um momento de celebração. As meninas abri-gadas alunas de violão no CEAP tocaram, com o professor Adriano Kronbauer, as músicas que foram cantadas por to-

dos. O pastor escolar Luciano Martins apresentou uma refle-xão. E o Coral formado pelas meninas do Bom Abrigo apre-sentou canções especiais para o momento. Um momento esperado pelas meninas foi a entrega dos presentes. “Papai Noel”, com a companhia de uma “Mamãe Noel”, fez a entre-ga pouco antes da confraternização com a ceia natalina.

Uma ação que integrou o Pro-grama de Educação Financeira, que é desenvolvido no CEAP em parceria com a Luterprev, provocou a intera-ção de alunos da escola com crianças abrigadas na instituição beneficente MEAME. As turmas do 4º ano do Ensino Fundamental passaram uma tarde brincando com as crianças da casa de abrigamento. Eles também fizeram a entrega de presentes que haviam adquirido com a poupança da turma.

Além dos cofrinhos individu-ais, os alunos contribuíram para um “cofrão” coletivo. Com o dinheiro as turmas compraram, em lojas da cidade, brinquedos, jogos e livros. A escolha da instituição aconteceu

através de votação entre as turmas a partir de sugestões dos próprios alu-nos. No MEAME os alunos também conversaram com a assistente social Maria Luiza Wiedtkemper, fazendo vários questionamentos sobre o lar.

A procura pelos produtos colocados à venda na primeira edi-ção do Bazar Infantil do CEAP foi tão grande que o evento, previsto para durar sete horas foi concluído pouco mais de duas horas depois de aberto. O volume de mercadoria era expressivo, mas o interesse foi ainda maior. O 1º Bazar Inantil aconteceu no Ginásio que fica junto à Educa-ção Infantil no CEAP e foi realizado pela Associação de Pais, Professo-

res e Funcionários do CEAP – APPA, com envolvimento de professores e funcionários da escola. Os brinque-dos, roupas, calçados, jogos, livros e outros artigos infantis haviam sido arrecadados entre as famílias da es-cola. Aberto ao público, o Bazar cha-mou atenção de centenas de pesso-as da cidade.

Cofre solidário ajuda MEAME

Coral do Lar da Menina cantou na celebração Meninas posam com presentes oferecidos pelo Comitê pela Vida

Evento obteve sucesso na

primeira edição

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O primeiro Bazar Infantil

Compra dos presentes foi exercício financeiro

Alunos conheceram o MEAME

Equipe feminina adulta do CEAP/Scala Academia/ProAudi, com o professor Augusto Ilgenfritz, foi vice-campeã da Liga Noroeste de Voleibol em 2012.

Alunos do CEAP foram outra vez os vencedores da competição da rádio Unijuí FM no programa “Hora do Recreio”. Participaram Rodrigo Gluszczuk, Fernando Schaffazick, João Pedro Silvello, Rafael Lukacheski da Silva e Natália Boufleuer.

O programa “TCE nas Escolas” trouxe ao CEAP o instrutor da Escola Superior de Gestão e Controle do TCE, Rui Humberto Sanfelice, para uma palestra com alunos do Ensino Médio.

Turminha do 4º ano A curtiu a “Gincana da Tabuada”, que envolveu

os alunos em tarefas relacionadas exclusivamente aos resultados das

multiplicações entre os números.

Políticas públicas de reconhecimento e reparação às comunidades afro-brasileiras e indígenas foi a temática de palestra do doutor Leandro Daronco para alunos do Ensino Médio em programação alusiva ao Dia da Consciência Negra.

Escolinhas de Futsal participaram de Jogos de Integração em Carazinho.

Equipe de Futsal Infantil feminina do CEAP ficou com o 3º lugar nos Jogos da Primavera.

Galera do 5º ano teve uma Gincana Cultural com atividades que serviram para revisar o conteúdo de todos os componentes antes da aplicação da prova globalizada.

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A intolerância sempre esteve em nosso meio, tanto nos aspectos culturais, raciais, sociais como religiosos. Retroce-dendo ao passado, percebemos que já no tempo neolítico havia uma hierarquia en-tre homens e mulheres, entre os mais fra-cos e os mais fortes, o que muitos podem chamar de ‘’instinto do mais forte’’ ou a ‘’lei da selva’’ , eu chamo de intolerância com o diferente. Como podemos julgar se alguém é melhor ou pior por possuir uma religião diferente, uma cor de pele dife-rente ou uma cultura diferente? Como saber que alguém é melhor que o outro? Não há critério de melhor ou pior, cada pessoa é um ser humano único, porém, pelas suas atitudes, podemos perceber quem é ‘’mais humano’’ ou não.

Quando o Brasil foi colonizado pelos espanhóis a partir de 1600, os co-lonizadores não pensaram duas vezes em massacrar a cultura daqueles habi-tantes desconhecidos, “sem cultura e sem religião’’, sendo que seus credos são complexos, com mitos e muitos signifi-cados, mas por ser diferente, sendo pior em suas respectivas visões, a cultura in-dígena quase foi aniquilada por não ser igual à dos colonizadores intolerantes. E é assim atualmente, árabes em guer-ra com marroquinos, marroquinos em

guerra com outros marroquinos, e assim vai, nossas sociedades não sabem res-peitar sem criticar e rotulam sem ao me-nos conhecer.

A sociedade de hoje tem tolerân-cia zero ao diferente, cria rótulos de be-leza exterior e modelos de pensamentos, e logo cria campanhas para punir os pra-ticantes do preconceito. Não é à toa que milhares de adolescentes morrem com poucos quilos pelo fato da nossa socie-dade impor o modelo anoréxico como padrão de beleza internacional. Não é à toa que casais homossexuais são ape-drejados por não serem casais ‘’normais’’. Não é à toa que os negros ainda sofram preconceito. (Há campanhas e leis que pregam a lei das ‘’raças iguais’’, mas nas novelas, a empregada sempre é negra, porque será?) Não é à toa que ateus se-jam discriminados e alvo de piadas e até morrem sendo torturados, mas aí a so-ciedade diz que há livre arbítrio para es-colher qualquer religião, porém, na práti-ca, isso não funciona tão bem assim. Não é á toa que quem ouve rock é rotulado como rebelde e quem ouve sertanejo é festeiro. Não é à toa que nossa socieda-de imponha algo e, ao mesmo tempo, se contradiga.

Estamos em uma guerra onde

vence quem manda mais e sabe a melhor maneira de fazer dos outros um degrau a mais para o seu sucesso. Discriminamos nossos semelhantes pelas roupas que vestem, pelo peso que possuem, pelo bairro que moram, pelo penteado, pelo uso ou não da barba, pela opção sexu-al, pela religião, pela cor, pela escolha de sua alimentação, pelo gosto musical, pe-los lugares que frequentam e o tipo de emprego que possuem. E o que muda ser gordo ou ser magro? Ser alto ou bai-xo? Quem julga aparência não conhece verdadeiramente a essência.

A Verdade é que ninguém é me-lhor que ninguém, mas nossa sociedade contemporânea não consegue ver isso. O fato é que só temos a ganhar com a pluralidade de culturas, religiões e afins. Quando mais culturas diferentes, línguas e estilos diferentes, mais informações novas, mais aprendizado e isso só vem a acrescentar em nossas vidas. Aprender a respeitar as diferenças é diferente de concordar. Não precisamos aceitar tudo, porém devemos respeitar, respeitar para ser respeitado. Ao preconceituoso, eu só ofereço o meu repúdio.

Mariani Schmalz LindorferAluna da 3ª série do Ensino Médio

Tolerar o diferente

O tráfico de animais está cada vez mais presente no nosso dia a dia. Esse é um fato assustador, pois está destruindo a fauna brasi-

leira e pode gerar consequências catastróficas no futuro. O aumento

dessa prática se dá devido aos altos preços obtidos pela venda dos animais, que são facilmente encontrados na natu-reza, sem nenhum custo. O grande lucro gerado pelo “negócio” do tráfico é o que atrai, sem dúvidas, cada vez mais pessoas a esse tipo de prática.

Existem, também, algumas pesso-as que criam animais silvestres em suas residências como se eles fossem apenas mais um tipo de objeto colecionável. Es-ses indivíduos estão contribuindo para a manutenção do tráfico, esse grande comércio. Caso não houvesse procura, o ramo não se sustentaria. Então se pode afirmar, sem medo, que todo e qualquer cidadão que comprar esse tipo de animal estará financiando o tráfico e ajudando o

mesmo a se manter.Para os traficantes cap-

turarem os animais nas flo-restas, eles acabam destruin-do áreas nativas e áreas de preservação e enfraquecendo um elo de uma corrente que afeta um ciclo. Muitos fazem uso de métodos que agridem nosso meio como um todo, con-tribuindo ainda mais para a degra-dação do meio ambiente.

Portanto, fica claro que algumas medidas devem ser tomadas para regre-dirmos essa prática que vem se tornando tão comum no Brasil e no mundo. Uma das alternativas mais eficazes é a denúncia, pois com ela tanto os compradores de ani-mais silvestres quanto os traficantes iriam “pensar duas vezes” antes de continuar com a ilegalidade. A outra opção é por meio da educação. Cabe aos pais e pro-fessores conscientizar as crianças de que o lugar dos animais é no meio ambiente, no

seu habitat natural, e não presos em jaulas e gaio-las para exposição. Apenas unindo essas duas formas de combate ao tráfico é que formaremos uma sociedade fautura cons-ciente e preservaremos a fauna.

Vinnícius Ferrari WallauAluno da 2ª série do Ensino Médio

Fim do tráfico de animais: uma visão inteligenteFoi uma apresentação

empolgante dos alunos do 4º ao 6º ano no espetáculo “Ijuí se transforma e cresce”. Marcou a conclusão dos projetos peda-gógicos desenvolvidos ao longo do ano letivo. Com uma incrível riqueza de detalhes de figurino e cenários, o show teve um enredo construído com base na histó-ria dos espaços estudados nes-te ano, especialmente a escola do CEAP, o município de Ijuí e o

Estado do Rio Grande do Sul. O espetáculo foi resgatando a vinda dos imigrantes, como a colônia era quando da sua chegada, pas-sando por suas transformações, a necessidade de organizar uma escola – o CEAP – o que foi feito por imigrantes alemães. As etnias foram o ponto de partida do show e também fecharam o espetáculo, quando os alunos cantaram a mú-sica oficial da Fenadi, a Festa Na-cional das Culturas Diversificadas.

O ato de encerramento do Ensino Fundamental foi marcado pela informali-dade e pelas reflexões. Afinal, os alunos que chegaram ao final da 8ª série conclu-íram, também, uma etapa na vida escolar. E vão ingressar a partir do próximo ano

numa realidade diferente, que é o Ensi-no Médio. Refletir sobre isso, e também marcar as conquistas e avanços até aqui alcançados, foi o que se fez na cerimô-nia realizada no auditório da escola, que contou com a presença das famílias dos

alunos. Em nome da turma de concluin-tes se manifestaram os alunos Felipe Boff e Paulo Ferreira. O pastor Luciano Martins fez uma reflexão. A professora conselheira Bianca Terra e o diretor Gustavo Malschit-zky também falaram aos alunos e famílias.

Espetáculo resgata história de Ijuí

Concluindo o Ensino Fundamental

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Você compra um produto. Tira-o da sacolinha plástica, remove algumas cem embalagens que o encapam, usa-o por algum tempo e o descarta. Chama-mos isso de ciclo de vida dos produtos. Mas ele não começa no momento que você compra. Inicia muito antes. Termina quando você joga-o no lixo, pois como acontece, na maioria das vezes, ele irá ser atirado em algum lixão da sua cidade e ali levará anos para se decompor e, é cla-ro, causando danos à natureza.

Os seres humanos produzem lixo em quantidade muito maior do que são capazes de reaproveitar, porque as pessoas não param de consumir e jogar o produto velho fora, que nem deve ser assim tão “ve-lho”. A maioria desses produtos não é rea-proveitável e depois de estragado não tem o que fazer com os resíduos. Eletrônicos, por exemplo, a sociedade compra modelos mais novos só por ser induzida pela publici-dade a isso, quando quase sempre o antigo ainda está em perfeito estado de uso.

“Compre, compre, compre”, isso é o que diz a mídia. Todo dia vemos muitas propagandas fazendo nossas

cabeças para comprarmos mais, consu-mir mais, tudo visando mais dinheiro, mais investimento, mais poder. O que (quase,felizmente) ninguém liga é o im-pacto que isso causa ao ambiente. Com-pramos novos, jogamos o velho fora, que irá para algum lixão, passando anos ou até milênios lá, poluindo, o que resultará em problemas sanitários, por exemplo, que afetam, e muito, a vida humana.

Nosso país produz mais de 20 toneladas de lixo doméstico por dia, e a parcela que é reciclada, reaproveitada, mal chega a 2%. O resto vai para aterros sanitários, lixões controlados, alguma mí-nima parte é incinerada e muito mais da metade lançada a céu aberto. Precisamos nos dar conta que além de não ter espaço para tanto lixo no futuro, faz mal à nossa saúde, pois polui o ar, a água, a terra... Muitas pessoas já abriram os olhos para esse problema, por isso a maioria das ci-dades já tem coleta seletiva, pontos de recolhimento de lixo eletrônico e outras oportunidades de amenizar estes danos. Porque mesmo se nos dedicarmos ao máximo, nunca poderemos extinguir to-

talmente a produção de lixo.Todos os seres vivos nascem, vi-

vem, morrem e são decompostos por fungos e bactérias, transformando-se em elementos químicos que serão utilizados por outros seres vivos. Este ciclo da vida é sem fim, pois a natureza é eficiente em seu trabalho. Nada sobra, tudo é reapro-veitado. E é exatamente este exemplo que devemos seguir com lixo que produ-zimos, reciclar, reaproveitar todo o possí-vel e não produzir descartes desnecessá-rios. Ou seja, pense bem antes de abrir a lixeira para jogar algo, e principalmente pense bem antes de consumir.

Ana Paula Follmann eNatália Noronha Aenlhe Corrêa

Alunas da 1ª série do Ensino Médio

Vida longa aos produtos!

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Para tudo na vida existem exceções e com a palavra mentira não é uma exceção. Como diria o ditado popular: “toda mentira tem perna curta”. Há por trás de cada mentira uma verdade. Mas qual é essa verdade? Bom, isso depende do caso em que a mentira está sen-do utilizada.

Talvez uma das maiores men-tiras já criadas é a de que, para estas,

existem classificações. A mentira “calman-te”, aquela que serve para acalmar. Veja-mos um exemplo: o guri está prestes a re-petir o ano na escola, ou melhor, já repetiu. Após receber a notícia de que fora repro-vado, volta para casa, cabisbaixo, como se fosse o fim do mundo. Todavia, sabe que sua reprovação foi merecida. Ele batalhou por isso. Não tem jeito, não tem volta. Cer-tamente seu pai o arrancaria os testículos. Brincadeira à parte, mas com certeza, o deixaria de castigo, trancado em casa com a cabeça enfiada nos livros até o início do próximo ano letivo. Como “driblar” esta si-tuação? Isso o intrigava. A apenas algumas quadras de casa o guri pensa em uma so-lução. Abre a porta lentamente e se depara com seu pai, que desconfiado pergunta:

- Onde é que tu andavas? Sei mui-to bem que a entrega dos resultados finais era hoje - e isso acontecera exatos 37 mi-

nutos atrás. Normalmente tu levas 13 mi-nutos para chegar ao aconchego. Estava fazendo o que durante todo este tempo? – o guri começa a suar frio, suas pernas tremem, estava tendo um ataque epilético? Não, deveria ser forte, precisava enfrentar o velho:

- Pai, ultimamente tenho tido mui-tas dúvidas, muitas barreiras em minha vida pessoal. Meu psicólogo está abalado e eu preciso contar isso pra ti.

- E tu estás esperando o que, piá? – responde o pai sem hesitar.

- Andei vendo umas fotos minhas quando ainda não tinha nem pelo na cara. Aquele álbum de 1995.

- Ah, sim, piá. Como esquecer da-quele ano? Ano em que nosso Grêmio foi Bicampeão da América. Mas o que te in-triga, guri?

- Exatamente, pai. O senhor sabe que nunca fui muito chegado nessas his-torinhas de futebol e tudo mais... Mas, pai, sinto que, por mais que o senhor tenha me levado a diversos jogos, eu gosto mesmo é do colorado! Pai EU SOU COLO... – antes mesmo de terminar a frase, o velho o acer-tou com um gancho no meio da fuça e, em seguida, berrou:

- COMO OUSAS? ESTA FOI A EDU-CAÇÃO QUE TE DEI? VAIS MESMO VIRAR A CASACA PARA O PÓS 2006? VÁ-TE EM-

BORA DAQUI E DE PREFERÊNCIA ESQUE-ÇAS QUE UM DIA ME CHAMOU DE PAI! – o guri, ainda atordoado com a pancada que recebera, levanta do chão e diz ao pai:

- Meu velho! Acalme-se. Nada dis-so que acabei de lhe contar enquadra-se nas linhas da verdade. Única verdade que tenho para lhe dizer é que minha maior nota no colégio foi um 4 e, assim, nem que o Lanceiro deixe de ser mais famoso que a Estátua da Liberdade conseguirei evitar mi-nha reprovação no colégio – o velho respi-ra fundo, ajeita a guaiaca, estende o braço ao filho e retruca:

- Guri. Tu sabes que o coração do teu velho já não é mais o mesmo de 1995. Poderia ter poupado teu pai e desembu-chado logo de uma vez que não conse-guistes passar de ano. Ande logo. Vista o calço que tens trabalho a fazer na lavoura.

Bem, este foi apenas um exemplo de uma das classificações de mentiras, que por sua vez, são mentirosas. Mentira é mentira. Não existe uma mais fraca e uma mais forte. A verdade existente por trás de toda a mentira é que esta serve de refúgio, de abrigo para que uma situação alivie-se. Porém, o abrigo é fraco e logo desaba. Ou será que não?

Luizenrique LuccheseAluno da 1ª série do Ensino Médio

A verdade da mentiraAs crianças dos Anos Iniciais não apenas deram seu recado, mas também emocionaram, encantaram e fizeram um

verdadeiro show no espetáculo de encerramento do ano letivo do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Fundamental. A música que inspirou a apresentação e deu nome ao espetáculo foi cantada por todas as crianças que, uma a uma, haviam surgido no palco “através do mundo”. Cada ano teve seu momento musical individual, além do Coral Infantil e das flautas doces. Uma noite inesquecível para famílias e convidados que lotaram o auditório para ver.

O personagem conviveu com as crianças da Educação Infantil do CEAP o ano todo. E por ter feito uma aterrissagem de emergência no CEAPzinho no início do ano, passou a co-nhecer melhor essas maravi-lhosas crianças, suas jardina-gens, seus sonhos pintados em telas... Tudo isso, e ainda mais, as crianças cantaram e repre-sentaram na apresentação de final de ano para as famílias. Foi um belo e emocionante es-petáculo.

Que a Terra inteira seja feliz

As viagens do Pequeno Príncipe

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A vida mudou a partir do segundo semestre de 2012 para Nayla Hatem. Ela cur-sava a 1ª série do Ensino Mé-dio no CEAP – onde tem sua história escolar – quando

foi transferida para a Mon-tcalm Secondary School, em

London, no Canadá. Morando na casa de uma tia, Nayla deixou

a família, colegas e amigos, para viver por seis meses a experiência de um intercâmbio internacional (ela retorna em fevereiro ao Brasil). Nesta entrevista por e-mail ela fala sobre as mudanças, aprendizados e adaptações e compara o ensino do CEAP com a escola canadense.

Como surgiu esse intercâmbio?Desde criança queria fazer intercâmbio e esse ano surgiu a oportunidade. Meu pai (Hussein) já morou no Canadá e eu tenho família aqui. Por isso decidimos que esse seria o destino da viagem.

Como é o ensino e como está sendo a adaptação escolar? Aqui é bem diferente do Brasil. Em um se-mestre você pode escolher quatro matérias que quer cursar. Eu escolhi Matemática, Educação Física, Ciências - que inclui Bio-logia, Química e Física - e Inglês. Você tem essas quatro aulas todos os dias até acabar o semestre. No outro semestre você esco-lhe quatro diferentes matérias. Eu senti fa-cilidade em todas as matérias e estou indo até melhor que no Brasil. E também senti que o ensino do CEAP é muito forte e foi isso que me deixou tranquila nos conteú-

dos. O CEAP tem uma ótima base de ensino que prepara qualquer um pra tudo.

E como foi a adaptação social? Fez ami-zades? Foi um pouco difícil no começo porque eu não conhecia ninguém da escola. Mas de-pois fui conhecendo as pessoas e, apesar dos canadenses serem um pouco mais fechados que os brasileiros, eles são bem educados e gentis. Fiz muita amizade com o pessoal estrangeiro, principalmente na minha tur-ma de Inglês, que só tem gente que veio de fora, Colômbia, Cuba, Tailândia, Grécia... No time de vôlei me senti muito confortável e tranquila, principalmente nos jogos, porque o pessoal apoia muito os jogadores. As me-ninas incentivam umas as outras e, mesmo que alguém erre alguma coisa, sempre fa-lam “good try”, “boa tentativa”.

Como você avalia esse intercâmbio?Essa experiência é uma forma de me tor-

nar mais responsável. Afinal, você precisa se virar em tudo, falando outra língua, o que eu não tive muita dificuldade porque estudei no CCAA desde os 6 anos de ida-de, então eu já sabia como falar. Além dis-so, você aprende a se relacionar com as pessoas.

E como está lidando com a saudade?Tenho muitas saudades dos amigos e família. Confesso que se eu pudesse trazê-los para o Canadá adoraria mo-rar aqui. Mas não sei se teria coragem de deixar o Brasil, apesar de ter ama-do o Canadá. A internet ajuda a ma-tar as saudades. Minhas amigas ficam atualizadas de praticamente tudo o que acontece comigo aqui e, apesar da distância, estão sempre tentando falar comigo e dando conselhos. Mas está valendo à pena porque tenho certeza que esse intercâmbio vai ajudar muito minhas oportunidades da vida.

Morando e estudando no Canadá

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“Chucrute com Bombom”

No palco, mas não perdidos

A estreia foi na Amostra de Teatro das Escolas da Rede Sinodal, a ATESE, em setembro. A peça do grupo Perdidos no Palco do CEAP neste ano fez sucesso em Brusque e também em Ijuí. O grupo dirigido por Helquer Paez trabalhou uma adaptação do roteiro “A Guerra dos Rocha”, de Maria Carmem Barbosa. A história cheia

de surpresas para a família da personagem Dona Dina, uma divertida velhinha que adora

comer chucrute, fez a plateia rir muito.

O teatro foi intenso no CEAP este ano. Além do gru-po principal, com alunos do Ensino Médio, vários grupos do Ensino Fundamental fo-ram formados, com partici-pações na INTESE em Panam-bi e apresentações no CEAP, todas muito aplaudidas, es-pecialmente pelas atuações, cenário e figurinos. Confira os trabalhos de cada grupo dirigido pelo professor Hel-quer Paez.

Na equipe de voleibol (camisa 8), onde fez amizades

Nayla em London, Canadá, onde faz intercâmbio Em frente à escola onde está estudandoEscrita por Ziraldo, “Uma professora muito maluquinha” foi a atração encenada pelo Perdidinhos no Palco 2.

O clássico “O Mágico de Oz” foi a peça ensaiada pelo Perdidinhos Fralda 1.

O grupo Perdidinhos Fralda 2 também trabalhou um clássico, “Peter Pan”.

O Perdidinhos no Palco 1 fez um belo trabalho com a peça “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector.

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A significação dos conhecimentos pela prática de campo

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“A primeira coisa que me vem à cabeça do tempo de CEAP são os jogos de futsal. As interséries que nós, da 5ª, disputávamos com os da 6ª, 7ª ou 8ª e eram jo-gos difíceis. Do torneio Tiradentes, que se realizava no Corpo de Bombeiros sempre na Semana da Pátria, onde vencemos um campeonato. A competitividade era mui-to grande entre as escolas da cidade. O basquete tam-bém fez parte da história no CEAP. “Viajamos para Cruz Alta num torneio da Unicruz”. Mas as maiores memórias esportivas são mesmo do futebol “nas quintas à tarde, logo depois da aula (que acabava mais cedo) na casa do Bado (Bernardo Pydd).Futebolzinho e lanche com Bado, Beto, Sandro, Fernando Garros, Tiago, Flávio, Renan, Gerson, o goleiro Luiz Henrique Berger...”

O hoje advogado especializando na área pre-videnciária Jefersom Kumm cursou da 1ª à 7ª série no

CEAP, de 1976 a 1982. Segundo ele, as lembranças do tempo do CEAP são muito boas e marcantes. “É um apren-

dizado que levamos para toda a nossa vida. A lembrança e saudade de alguns professores como Florêncio Berger,Nilve Eberle, Arnaldo Dunke e Rodolfo Steiner, entre tantos outros, e também dos colegas que, felizmente, encontramos por aí”.

Entre tantos episódios ele recorda de um com o professor

Florêncio Berger, “que até nos seus momentos de brabeza sabia ser engraçado e educa-dor ao mesmo tempo. Um dia ficou indignado ao ver escrito na classea palavra ‘viado’. ‘Ora não é viado e sim veado’, disse ele, chamando a atenção para o fato de que além de escrever onde não devia estava errado. Foi hilário”.Ele também tem lembran-ças do diretor Richard Steinke. “Lembro como se fosse hoje quando um aluno bateu o sino antes da hora. Imaginem o puxão de orelha. Andávamos na linha com ele.”

Vem dos tempos de CEAP o apelido que Jeferson carrega até hoje, “Trapa”, abreviatura de Trapalhão. “foi em decorrência da minha tamanha ‘espontaneidade’ nas aulas. Acredito que era terrível para os professores. Só eles é quem podem responder, né? Mas acho que não passava despercebido. E no auge do tra-palhões, Didi, Dedé, Muçum e Zacarias, o apelido caiu como uma luva. E muitos ainda me chamam de ‘Trapa’ até hoje”. Para ele, o CEAP foi uma excelente escola. Muitos ensinamentos carrego até hoje e procuro passar aos meus dois filhos, Juliano e Gabrie-la, que estudam no CEAP”.

“Lembrar o período em que fui professora no CEAP é re-memorar uma fase muito significativa de minha vida, época em que fiz amizades que me são caras até hoje. Nessa época me desdobrava entre três níveis de ensino e em três espaços bem diferentes: no CEAP com sétimas séries; Ensino Médio no Poli-valente e no Curso de Letras e Comunicação Social na UNIJUÍ.Trabalhava com o ensino de Língua Portuguesa e com leitura e produção textual. Foi uma época de muito estudo, trabalho, reuniões, projetos e cargas de textos para ler e avaliar. Havia também boas festas de integração entre direção e professores”.

As memórias são do período em que Maria Julia foi profes-sora no CEAP, de 1993 a 2000. “Um dos projetos que ajudei a gestar, elaborar, fazer acontecer e que me marcou muito foi o ‘Conhecen-do minha história’, que começou a partir de um ideia da querida amiga Marlize Zwirtes, juntando Português e História. Esse projeto logo obteve a adesão de todos os professores, incluindo todos os componentes curriculares da escola. No projeto, desafiávamos os alunos da 7ªsérie a empoderarem-se e constituírem-se historiado-res. Quanta historia interessante e quantas descobertas!”

O projeto durava o ano todo e no final do ano letivo era mar-cado com um coquetel e uma exposição dos dossiês, documentos, fotos, objetos garimpados nos baús e memórias das famílias dos alu-nos. “Tive o privilégio de acompanhar a pesquisa de meus dois filhos: cada um explorou um lado da família (paterna/materna). Com isso, pude vivenciar e sentir a emoção dos pais, das famílias com as desco-bertas e produções de nossos filhos/alunos!”, revela. “A participação nesse e nos demais projetos da escola me fizeram ressignificar minha prática docente. Devo muito aos desafios do CEAP, pois contribuíram para dar rumo às minhas atividades docentes no ensino superior, no Curso de Letras. Além do mais, tínhamos um grupo de professores muito comprometido e que não media esforços para fazer uma do-cência diferenciada. Tenho certeza de que foi!”

Maria Julia lembra dos alunos que acompanhou. “Guardo com muita emoção a lembrança de uma mãe de aluno, com quem reencontrei anos depois, e ela me confidenciou que quando seu filho soube que eu estava de saída do CEAP, implorou para que ela fosse pedir à direção para não me deixar sair, porque as sé-

timas séries não poderiam viver sem mim. Sim, foi o hiperativo Humberto, um aluno muito especial, com quem, às vezes, dava aulas de mãos dadas ou então o designava como monitor da aula de Português. Muito inteligente e rápido, terminava as tarefas rapidinho e era preciso dar-lhe novas atribuições. Sabia como ocupá-lo, sem bronca!”

“Lembro, com muitas sauda-des de meu tempo de convivência no CEAP, da direção, dos colegas, espe-cialmente da querida Claudete Pereira Gomes, colega de CEAP, de UNIJUI e de mestrado. Guardo a lembrança da parceria da equipe, ‘pegando junto’, tanto no trabalho quanto na preparação das festas e ‘na festa’ nas festas. Essas então eram marcantes! A doença da Clau nos uniu ainda mais. Nessa época começamos a reunir um grupo de colegas, uma espécie de con-fraria que continua se reunindo ate hoje”.

“Gosto de lembrar também das ações de nossos alunos, especialmente os terceiros anos, que marcavam sua passagem pelo CEAP das formas mais inusitadas. Revolucionavam e cau-savam pânico na direção e nos docentes nas suas últimas sema-nas de escola. Minha filha Isis concluiu o Ensino Médio no CEAP, participou ativamente do Grêmio e do grupo de teatro Perdidos no Palco. Igor ficou até a metade do Ensino Médio e também marcou sua passagem pelo CEAP ao seu jeito”.

Depois que saiu do CEAP e da UNIJUI, Maria Julia foi mo-rar em Porto Alegre. Atuou dois anos como professora substituta da UFRGS (tempo permitido para isso). Desde o início deste ano atua como Chefe de Gabinete da Secretaria de Turismo do Estado. Tam-bém leciona numa Pós-graduação da FAPA. “Meu tempo de CEAP foi uma fase muito rica de minha vida e que impactou, de muitas formas, meu foco na vida e na profissão. Das seletivas coisas e pessoas que me fazem sentir saudades de Ijuí, além de minha família e minhas amigas, o CEAP ocupa um lugar especial”.

Já vem de longa data as experiências de vivências pedagó-gicas extra-sala de aula como prá-tica de estudo nos mais diversos componentes curriculares e níveis de ensino.

O fazer escolar tem por finalidade primeira propiciar ao

educando a construir possibilida-des de compreender o mundo no

qual se encontra. Os conteúdos ou conhecimentos que se trabalha no espa-ço da sala de aula não passam de ferra-mentas de reconhecimento do mundo. Porém, quando estes não atingem sig-nificados, não passam de meras infor-mações. Com certeza, um dos grandes desafios da escola atual é dar significa-do a estas “informações que se ensina”, transformando-as em canais de interlo-cução do aluno ao seu mundo.

Pesquisas em salas de informáti-ca, aula no laboratório de ciências, filmes e outras inúmeras ações se fazem neste sentido. Aqui, porém, quero propor outra ação que julgo ser de suma importância neste processo de significar conheci-mentos: as práticas de campo.

Visitas a campo, vivências prá-ticas, trabalhos de campo, aula in loco, viagem de estudos. São tantos os nomes dados à simples experiência de sair do tradicional espaço do “entre paredes” e experimentar novos ambientes, novas sensações. No início, nas primeiras saí-das, parece que é um desafio quase in-controlável. O que fazer? Para onde ir? Como “controlar” os alunos? Para quem vê de fora, até taxações de matar aula podem aparecer. Para quem vê de den-tro, não se trata de nada especial, nada diferente, apenas mais uma aula, porém em outro lugar. Agora no mesmo mundo em que se vive possibilitando-o ser vis-to de diversos ângulos, o que antes não passava de citações nem sempre com-preendidas.

Mas esta ação não ocorre de um dia para outro, tampouco se faz sozinho. Requer encontros, socializações, plane-jamentos. Requer saber o que se quer. O início de tudo é puro planejamento. É preciso saber que não se vai passear e, para que assim não ocorra, se faz indis-pensável um bom e completo roteiro de estudos. Não um roteiro de visitas que se encontra em qualquer entrada de mu-seu. Mas um roteiro pedagógico, no qual cada ente envolvido, educando e educa-dor, se vejam. O professor precisa deixar claro neste onde se encontra seu plane-jamento de conhecimentos a ser traba-lhado. É um novo plano de aula. Já o alu-no precisa compreender que o que verá se inter-relaciona com o tal conteúdo da aula de história, ou de matemática talvez.

Um bom roteiro de prática de campo precisa começar pelo objetivo, definir não só o que se quer ver, mas para que se quer ver? Qual o fim que se quer atingir? Ter construído no campo coleti-vo a prática inter e transdisciplinar. Nun-ca uma área do conhecimento ou com-ponente curricular não conseguirá se ver numa saída de estudos, mesmo que para uma ou outra seja mais próxima ao que

se estude. Quando o mundo em que se vive não se visualiza no que “se ensina”, certamente este ensinar é que pre-cisa ser revisto.

No campo pe-dagógico, o trabalho de campo é a transpo-sição da teoria para a prática. É a possibilida-de de materializar esta teoria. É dar significado ao ensino, saindo do mero repasse de infor-mações. É capacitar o

aluno de ferramentas intelectuais de vi-são de mundo, que permita este relacio-nar os ensinamentos corriqueiros ao seu aprendizado.

Outro ponto a corroborar com a prática de campo é o seu cunho de pes-quisa. Não uma pesquisa acadêmica que geralmente está condicionada a uma for-ma de passos a seguir, mas uma pesquisa de algo novo, de experiências, de vivên-cias, de significados e significantes. Sair é fazer descobertas, é conhecer um mun-do novo, mesmo que se vá ao lugar mais corriqueiro que a mídia diuturnamente retrata. Agora não é mais conhecer pelos olhos dos outros, mas por seus próprios.

Se acompanharmos os anos ini-cias em nossa escola veremos que para “os pequenos” a hora de ir para o parqui-nho ou para o campo é a hora/dia mais aguardado. Não por ser a hora da brinca-deira, mas porque é hora de novas des-cobertas, de pesquisa, de saber se rela-cionar, de perguntar, de trazer as dúvidas para tentar resolvê-las junto à professora depois que voltar-se à sala. Não se pode perder este gosto.

O CEAP tem desenvolvido bas-tante esta prática educacional, tanto no nível Fundamental quanto no Ensino Mé-dio. Podemos citar as visitas de estudos realizadas nos últimos anos a Ametista do Sul, às usinas hidroelétricas, às char-queadas de Pelotas e ao porto de Rio Grande com o Ensino Médio. Com o Fun-damental o recente roteiro de estudos ao Vale do Taquari e Serra gaúcha, a disse-cação do porco. Alguém consegue ima-ginar o 6º ano estudar a história do es-tado do Rio Grande do Sul sem conhecer o Sítio Arqueológico de São Miguel das Missões, Patrimônio da Humanidade?

Valdecir SchenkelProfessor de Geografia do CEAP

Alunos do 7º ano na Casa da Erva Mate em Bento Gonçalves

A turma da 2ª série do Ensino Médio na viagem de estudos a Pelotas e Rio Grande

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Chegamos em suas mãos com 2013 iniciado. Mas esta é, sim, nossa última edição de 2012. E isso em nada modifica o sentido daquilo que, a cada edição, fazemos e tentamos fazer, que é a provocação para refletirmos sobre o que acontece, o que se faz em nos-sa escola. E, também, refletir “o” que acontece. No caso desta edição, uma atenção especial aos acontecimentos que marcaram a reta final do ano que

passou. Mas não só isso.No sentido da reflexão, especifi-

camente, ficam dois convites especiais: um para descobrir os “novos ventos” sobre os quais

o Pense Nisso traz nesta edição; outro para pen-sar sobre as “aulas fora da sala” da forma como são pensadas, organizadas e executadas no CEAP – esta é a proposta clara do texto de um de nossos professores na editoria Pedagógico. E, claro, mais do que conferir como anda o processo textual de nossos alunos, os textos que eles trazem no Escre-vendo também nos levam a pensar sobre temas variados, como o ambiental e o das relações.

Nossa Entrevista é “internacional”. Até a metade do ano passado nossa aluna – e neste ano de volta à escola – a intercambista que está estudando em uma escola regular no Canadá dá seu depoimento sobre o forte ensino do CEAP. Fa-lado nisso, nossa matéria de capa é um exercício importante para toda a comunidade escolar para identificarmos tudo aquilo que leva nossos alunos a obterem a cada ano os resultados que têm co-locado o CEAP como a 1ª escola de Ijuí no Enem.

Nossa CEAP em Revista também projeta a possibilidade real de intercâmbio do CEAP com uma escola uruguaia, já a partir de 2013. E traz depoimentos bacanas de um ex-aluno e uma ex-professora no “Onde andam?” Aproveite, agora, para descobrir o que mais está nessa edição. Boa leitura. Boas férias. Um ótimo e feliz 2013.

CEAP EM REVISTANº 14 – Janeiro de 2013 Publicação do Colégio Evangélico Augusto PestanaEdição: Assessoria de Comunicação do CEAPProjeto Gráfico: Z ComunicDiagramação: Cia de ArteJornalista Responsável:André da RosaFale com a Redação: [email protected]

Faz algum tempo es-crevi uma meditação que falava dos novos tempos, novos rumos, novos ventos. Lembrei-me e fui buscar na internet informações sobre o catavento. Para que serve, aliás, um catavento? Des-cobri que o catavento nada mais é que um dispositivo

criado para aproveitar a ener-gia dos ventos e produzir tra-

balho (moer grãos, extrair óleo, bombear água, gerar energia eólica,

dentre outras utilidades). Pensando na nossa realidade como Colégio Evan-gélico Augusto Pestana, eu cheguei à conclusão de que somos muito pareci-dos com um catavento. Por quê?

Temos uma base sólida: somos uma instituição com 113 anos de his-tória. Nenhuma instituição aguenta vendavais ou até mesmo ventos fracos por tanto tempo se não estiver firme nos seus propósitos e, no nosso caso específico, se não estivermos alicerça-dos e certos do nosso projeto peda-gógico. Este Colégio, assim como o catavento, foi cria-do para gerar algo. Pessoas com uma visão futurista so-nharam com este catavento funcionando e gerando edu-cação aos seus descendentes.Seguindo, assim, o reformador Martim Lutero que zelava pela educação do seu povo.

Nós somos semelhantes ao catavento quando geramos algo: Já estamos em 2013, entra ano e sai ano e o movimento pela educação não para. Mais do que ser a Escola nº1 de Ijuí ou a 20ª do Esta-do, segundo dados do ENEM 2011, seguimos em busca da meta principal que é o conhe-

cimento, a sabedoria, a transformação pessoal e espiritual das crianças e dos jovens que estudam no nosso Colégio, bem como de seus familiares.

Na Bíblia, temos inúmeras pas-sagens que falam do vento. O vento como algo que não nos deixa acomo-dar. O Espírito Santo foi enviado como vento sobre os discípulos reunidos e transformou as suas vidas. O vento é sinal de transformação. Cada volta do catavento, cada segundo de nossas vi-das deve ser um movimento de trans-formação. Nós temos que estar sempre dispostos a transformações, a seguir gerando amor, educação e transfor-mando a vida daqueles que dependem do nosso trabalho. Que bom que esse vento não nos deixa acomodar.

Que o nosso bondoso Deus en-vie o sopro do Seu Espírito sobre nós e que ao longo de 2013 nós possamos, animados por Ele, colher novamente bons frutos do nosso trabalho.

Luciano MartinsPastor Escolar CEAP

expe

dien

te

Novos Ventos| 0322 |

CEAP forma mais um “Terceirão”

Ações de Graças

A entrada no au-ditório do CEAP - super-lotado para a cerimônia de formatura dos alunos da 3ª série do Ensino Mé-dio – na companhia dos professores conselheiros Nelson Rabello e João Ca-

valheiro – marcou em no-vembro o último ato como

alunos da escola para qua-renta e seis estudantes. Depois de receberem uma lembrança da escola, com a chamada nominal, os formandos discursaram. Em nome da turma Gabriel Mânica, Gabriela Mrozinski e Fernando Schaffazick fizeram agradecimen-tos e referências às boas lem-branças que vão levar do período de CEAP. Além da alegria do mo-mento, revelaram a tristeza pelo momento de despedida enquan-

to turma, mas enfatizaram a nova etapa em que terão novos desa-fios a encarar.

Em nome dos professo-res, Nelson Rabello destacou que “uma série de obstáculos foram ultrapassados pouco a pouco até vocês chegarem aqui”. E disse aos formandos que o futuro “depende de cada um de vocês”, ressaltando o esforço de todos na escola em oferecerem parâmetros para que, a partir de agora, possam fazer as escolhas certas.O diretor Gustavo Malschitzky chamou a atenção para a nova fase dos formandos. “Hoje termina um ciclo marcado por um certo ‘paternalismo’. Aqui para a frente vocês serão seus próprios ‘controladores’. Para o CEAP fica a certeza de que vocês poderão chegar tão longe quanto desejarem”, concluiu.

As festividades de encerra-mento do “Terceirao” incluíram um Culto de Ação de Graças. A celebra-ção, conduzida pelo pastor escolar Luciano Martins, aconteceu na Igre-ja Natividade. Com envolvimento

dos próprios alunos, professores e familiares, o culto teve, também, participação especial do Conjunto Instrumental.Em sua mensagem, o pastor baseou-se no texto de Ecle-siastes que afirma que “há tempo

para todas as coisas”. Disse que “aqui vocês fazem mais uma co-lheita daquilo que plantaram. Hoje, junto com suas famílias, agradecem a Deus pela colheita generosa que lhes proporcionou”.

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Chegamos em suas mãos com 2013 iniciado. Mas esta é, sim, nossa última edição de 2012. E isso em nada modifica o sentido daquilo que, a cada edição, fazemos e tentamos fazer, que é a provocação para refletirmos sobre o que acontece, o que se faz em nos-sa escola. E, também, refletir “o” que acontece. No caso desta edição, uma atenção especial aos acontecimentos que marcaram a reta final do ano que

passou. Mas não só isso.No sentido da reflexão, especifi-

camente, ficam dois convites especiais: um para descobrir os “novos ventos” sobre os quais

o Pense Nisso traz nesta edição; outro para pen-sar sobre as “aulas fora da sala” da forma como são pensadas, organizadas e executadas no CEAP – esta é a proposta clara do texto de um de nossos professores na editoria Pedagógico. E, claro, mais do que conferir como anda o processo textual de nossos alunos, os textos que eles trazem no Escre-vendo também nos levam a pensar sobre temas variados, como o ambiental e o das relações.

Nossa Entrevista é “internacional”. Até a metade do ano passado nossa aluna – e neste ano de volta à escola – a intercambista que está estudando em uma escola regular no Canadá dá seu depoimento sobre o forte ensino do CEAP. Fa-lado nisso, nossa matéria de capa é um exercício importante para toda a comunidade escolar para identificarmos tudo aquilo que leva nossos alunos a obterem a cada ano os resultados que têm co-locado o CEAP como a 1ª escola de Ijuí no Enem.

Nossa CEAP em Revista também projeta a possibilidade real de intercâmbio do CEAP com uma escola uruguaia, já a partir de 2013. E traz depoimentos bacanas de um ex-aluno e uma ex-professora no “Onde andam?” Aproveite, agora, para descobrir o que mais está nessa edição. Boa leitura. Boas férias. Um ótimo e feliz 2013.

CEAP EM REVISTANº 14 – Janeiro de 2013 Publicação do Colégio Evangélico Augusto PestanaEdição: Assessoria de Comunicação do CEAPProjeto Gráfico: Z ComunicDiagramação: Cia de ArteJornalista Responsável:André da RosaFale com a Redação: [email protected]

Faz algum tempo es-crevi uma meditação que falava dos novos tempos, novos rumos, novos ventos. Lembrei-me e fui buscar na internet informações sobre o catavento. Para que serve, aliás, um catavento? Des-cobri que o catavento nada mais é que um dispositivo

criado para aproveitar a ener-gia dos ventos e produzir tra-

balho (moer grãos, extrair óleo, bombear água, gerar energia eólica,

dentre outras utilidades). Pensando na nossa realidade como Colégio Evan-gélico Augusto Pestana, eu cheguei à conclusão de que somos muito pareci-dos com um catavento. Por quê?

Temos uma base sólida: somos uma instituição com 113 anos de his-tória. Nenhuma instituição aguenta vendavais ou até mesmo ventos fracos por tanto tempo se não estiver firme nos seus propósitos e, no nosso caso específico, se não estivermos alicerça-dos e certos do nosso projeto peda-gógico. Este Colégio, assim como o catavento, foi cria-do para gerar algo. Pessoas com uma visão futurista so-nharam com este catavento funcionando e gerando edu-cação aos seus descendentes.Seguindo, assim, o reformador Martim Lutero que zelava pela educação do seu povo.

Nós somos semelhantes ao catavento quando geramos algo: Já estamos em 2013, entra ano e sai ano e o movimento pela educação não para. Mais do que ser a Escola nº1 de Ijuí ou a 20ª do Esta-do, segundo dados do ENEM 2011, seguimos em busca da meta principal que é o conhe-

cimento, a sabedoria, a transformação pessoal e espiritual das crianças e dos jovens que estudam no nosso Colégio, bem como de seus familiares.

Na Bíblia, temos inúmeras pas-sagens que falam do vento. O vento como algo que não nos deixa acomo-dar. O Espírito Santo foi enviado como vento sobre os discípulos reunidos e transformou as suas vidas. O vento é sinal de transformação. Cada volta do catavento, cada segundo de nossas vi-das deve ser um movimento de trans-formação. Nós temos que estar sempre dispostos a transformações, a seguir gerando amor, educação e transfor-mando a vida daqueles que dependem do nosso trabalho. Que bom que esse vento não nos deixa acomodar.

Que o nosso bondoso Deus en-vie o sopro do Seu Espírito sobre nós e que ao longo de 2013 nós possamos, animados por Ele, colher novamente bons frutos do nosso trabalho.

Luciano MartinsPastor Escolar CEAP

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CEAP forma mais um “Terceirão”

Ações de Graças

A entrada no au-ditório do CEAP - super-lotado para a cerimônia de formatura dos alunos da 3ª série do Ensino Mé-dio – na companhia dos professores conselheiros Nelson Rabello e João Ca-

valheiro – marcou em no-vembro o último ato como

alunos da escola para qua-renta e seis estudantes. Depois de receberem uma lembrança da escola, com a chamada nominal, os formandos discursaram. Em nome da turma Gabriel Mânica, Gabriela Mrozinski e Fernando Schaffazick fizeram agradecimen-tos e referências às boas lem-branças que vão levar do período de CEAP. Além da alegria do mo-mento, revelaram a tristeza pelo momento de despedida enquan-

to turma, mas enfatizaram a nova etapa em que terão novos desa-fios a encarar.

Em nome dos professo-res, Nelson Rabello destacou que “uma série de obstáculos foram ultrapassados pouco a pouco até vocês chegarem aqui”. E disse aos formandos que o futuro “depende de cada um de vocês”, ressaltando o esforço de todos na escola em oferecerem parâmetros para que, a partir de agora, possam fazer as escolhas certas.O diretor Gustavo Malschitzky chamou a atenção para a nova fase dos formandos. “Hoje termina um ciclo marcado por um certo ‘paternalismo’. Aqui para a frente vocês serão seus próprios ‘controladores’. Para o CEAP fica a certeza de que vocês poderão chegar tão longe quanto desejarem”, concluiu.

As festividades de encerra-mento do “Terceirao” incluíram um Culto de Ação de Graças. A celebra-ção, conduzida pelo pastor escolar Luciano Martins, aconteceu na Igre-ja Natividade. Com envolvimento

dos próprios alunos, professores e familiares, o culto teve, também, participação especial do Conjunto Instrumental.Em sua mensagem, o pastor baseou-se no texto de Ecle-siastes que afirma que “há tempo

para todas as coisas”. Disse que “aqui vocês fazem mais uma co-lheita daquilo que plantaram. Hoje, junto com suas famílias, agradecem a Deus pela colheita generosa que lhes proporcionou”.

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Page 24: Revista Ceap - Edição 14

Respostas para os excelentes

resultados dos alunos do CEAP

Edição nº 14

Como sefaz a Escola

no ENEM

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