revista agro&negocios 27º edição

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Page 1: Revista Agro&Negocios 27º Edição
Page 2: Revista Agro&Negocios 27º Edição

A marca de peso para seu animal.Diferenciais que você identifica dentro

e fora da embalagem.

64 3611-8400Rodovia BR-060 - Km 381 - Setor Industrial

CEP 75901-970 - Rio Verde-GOwww.grupocereal.com.br

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6 7www.agroenegocios.com.br

editorial

Por Tássia Fernandes

Cautela. Este tem sido o termo mais recorrente no discurso dos produtores e empresários rurais, desde que os planejamentos para a sa-fra 2014/15 começaram. Depois de alguns anos com o saldo positivo, em relação à produção e aos preços pagos pelos produtos, a última safra trouxe um cenário adverso.

A produção continua em alta, com expectativa de que neste novo ciclo sejam produzidas 311,1 milhões de toneladas de soja e 987,5 mi-lhões de toneladas de milho, em todo o mundo. Mas, de acordo com a lei que prevalece no mercado, da oferta e procura, são justamente esses dados que influenciam na queda de preços e estão preocupando a classe produtora, afinal, colocando na ponta da caneta, a margem de lucro está em declive.

Este é o tema central da reportagem de capa da Agro&Negócios, que questiona os fatores que determinam os preços e como reverter o cenário, diante do reforço constante para que o Brasil aceite o título de celeiro do mundo e continue ocupando a posição de setor primário, sem industrialização, sem competitividade e sem poder de decisão.

Mas, apesar dos pesares, o produtor rural não desanima e munido de esperança segue confiante para mais uma safra, como defende Mozart Carvalho, nosso entrevistado do quadro Café com o Produtor. Nesta edi-ção, você confere ainda as análises de Lygia Pimentel sobre o mercado de corte; o ponto de vista ousado de José Luiz Tejon e um giro pelos prin-cipais eventos realizados em todo o país, voltados para o agronegócio.

E, para não perder o costume da novidade, a partir desta edição você encontra na Agro&Negócios um novo quadro: Saúde & Bem Estar, com a opinião de quem entende sobre o assunto e dicas para manter a boa qualidade de vida.

Boa Leitura!

índice

DIRETOR aDmInIsTRaTIvO:Francis Barros

DIREçãO DE aRTE: allan Paixão

DIREçãO DE DIagRamaçãO:Juliana Foerster

DIRETOR FInanCEIRO:William Garcia........................................................................................DEsIgn:dayner CostaJuliana Foerster

REpORTagEm E EDIçãO:

edição 27ª | ano 2014 | a&F ediTora

64 3636-4113rua napoleão Laureano, nº 622st. samuel Graham - Jataí - GoiásCnPJ: 13.462.780/0001.33........................................................................................

Tássia Fernandes | 2703/Go

COmERCIaL:William GarciaJuliana Foerster

aRTIgOs:agronegócio-Jose Luis TejonPecuária-Lygia PimentelBuva-Luis Fernandes Vilelaeucalipto- Marlon Lúcio o. G. de Castro

COnTaTO: [email protected]@[email protected]@[email protected]

........................................................................................Impressão: poligráficaTiragem: 5.000distribuição dirigida: sudoeste Goiano e Goiânia capital.Produtores rurais, engenheiros agrônomos,Veterinários, sindicatos rurais, Cooperativas,Órgãos Públicos Municipais e estaduais.

.....................................................................................A Revista Agro&Negócios não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões presentes nos encartes publicitários, anúncios, artigos e colunas assinadas.

sITE E REDE sOCIaL:www.agroenegocios.com.brfacebook.com/agroenegocios........................................................................................

Giro de noTíCias | 12PaineL JurídiCo | 16

CaFé CoM ProduTor | 20

ARTIGOS

MerCado do Boi:o que Já Veio e o que ainda esTá Por Vir | 24

BuVa: BuVa resisTenTe, ConTroLe | 28

euCaLiPTo:Porque PLanTar? | 38

saúde & BeM esTar: quaLidade de Vida no séCuLo 21 | 46

CaPa: BrasiL, CeLeiro MundiaL do aGroneGÓCio | 48

TeJon: | 60

Leve essa ideia com você:

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[email protected]

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8 9www.agroenegocios.com.br

AGENDA

AGROGESTÃO DE RISCOS NO AGRONEGÓCIO

Publicado pela FGV Management, o livro “Gestão de riscos no agronegócio” pretende ilustrar a aplicação das principais ferramentas financeiras de mercados de derivativos (futu-ros, opções e swaps) por meio de exemplos e soluções, de forma a aproximar teoria e prática, contribuindo na redução ou eliminação de riscos, tendo em vista que, atualmente, as negociações têm ganhado, cada vez mais, uma dimensão in-ternacional.

NeGócIOSSTARTUP WEEKEND

O que você pode fazer durante um final de semana? Muito mais do que a maioria pensa. A prova está no livro “Startup Weekend, Como Levar uma Empresa do Conceito à Criação em 54 Horas”. Marc Nager, Clint Nelsen e Franck Nouyrigat reuniram na publicação uma série de experiências comparti-lhadas no evento, que tem o mesmo nome, e acontece em di-versos países do mundo, com o propósito de estimular quem está ou pretende entrar para o mundo dos negócios.

CONECTADO

4ª Mostra Sucroenergética do Centro-OesteQuando: 28 a 31 de outubro de 2014Onde: Centro de Convenções de Goiânia - GOMais informações: http://www.sucroeste.com.br

16º Congresso Mundial de FertilizantesQuando: 20 a 24 de outubro de 2014Onde: Rio de JaneiroMais informações: www.16wfc.com/pt

Simpósio Brasileiro de Solos ArenososQuando: 01 a 03 de outubro de 2014Onde: Universidade do Oeste Paulista, Presidente Pruden-te – SPMais informações: www.unoeste.br/site/destaques/ou-tros_destaques/SBSA2014.aspx

9ª Feira de Fornecedores e Atualização Tecnoló-gica da Indústria de AlimentaçãoQuando: 28 a 31 de outubro de 2014Onde: Centro de Convenções de Goiânia - GOMais informações: http://www.ffatia.com.br

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CArAvANA SOjA BrASilJaTaí, Mineiros e rio Verde reCeBeM CoMiTiVa No mês de agosto, a 3ª edição da Caravana Soja Brasil, organizada pela Aprosoja Goiás e pelo Canal Rural, em parceria com a Faeg, Senar, Embrapa e Sindicatos Ru-rais, esteve no Sudoeste Goiano. Depois de passar pelos municípios de Cristalina e Joviânia, a equipe chegou a Ja-taí e Mineiros. Os palestrantes do encontro falaram sobre a cadeia produtiva da soja, nutrição foliar, seguro agrícola e também sobre a atual situação do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Facilitar o acesso dos produtores rurais à in-formação é um dos objetivos do projeto, que para acom-panhar a safra 2014/15 começou mais cedo, com as cara-vanas técnicas e com o 1º Fórum Soja Brasil, realizado em Rio Verde. O Fórum encerrou a primeira etapa da progra-mação, com a discussão pautada por dois temas: “Políticas públicas e os impactos nos custos de produção” e “Pers-pectivas para os mercados de soja e milho”. Ao longo do mês de outubro acontecerão as Expedições, com participa-ção de jornalistas e especialistas, pelas principais regiões produtoras do Brasil.

Por: Larissa Melo

Foto:DivulgaçãoTecnoleite Complem

TECNOlEiTE COmplEmFoMenTando a Produção de LeiTe eM Morrinhos e reGião

A Cooperativa mista dos Produtores de Leite de Morrinhos (Complem) promoveu em agosto mais uma edi-ção da Tecnoleite Complem. O evento tem o propósito de compartilhar conhecimento e apresentar novas tecnolo-gias para os produtores rurais. A 4ª edição da Feira, reali-zada em Morrinhos, contou com exposição de maquinário agrícola, palestras, treinamentos, torneio leiteiro e sorteio de prêmios. Durante o evento, foram inaugurados o Cen-tro Tecnológico e a Fazenda Modelo, ambientes que serão voltados para a capacitação dos produtores de leite. De acordo com o presidente da Cooperativa, Joaquim Gui-lherme Barbosa, a pretensão é contribuir com o aumento da produção e do rendimento, a partir das informações e tecnologias divulgadas durante a Feira. Diversas autori-dades participaram da Tecnoleite, entre elas o prefeito de Morrinhos, Rogério Troncoso.

GirO DE NOTÍCiAS POR TáSSIA FERNANDES

plANTiO DirETO NA pAlhA14ª edição do enConTro naCionaL

A cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul, foi pal-co do 14º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha, com o tema: “Sistema de Plantio Direto, produzindo água e ali-mentando o mundo”. O evento acontece a cada dois anos e reúne produtores, pesquisadores, técnicos, acadêmicos e empresários do agronegócio, para mostrar que é possível produzir com sustentabilidade. A organização é da Federa-ção Brasileira de Plantio Direto na Palha e Irrigação, com o apoio da Embrapa Agropecuária Oeste, Fundação MS e Sistema Famasul.

ExpOiNTErsaLdo PosiTiVo na 37ª edição da Feira

A Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários, Expointer, divul-gou um saldo positivo da 37ª edição. Realizada em Esteio/RS, a Feira movimentou R$ 2, 729 bilhões em negócios, com destaque para a comercialização de máquinas e ani-mais. Mais de 500 mil visitantes passaram pelo Parque de Exposições. A agricultura familiar também teve espaço garantido e a comercialização gerada pelos pequenos pro-dutores movimentou R$ 2,028 milhões. Para o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Cláudio Fioreze, as expectativas foram superadas e os dados mostram que não há crise no agronegócio gaúcho, pois os produtores continuam otimistas e investindo em tecnologia.

Foto:Divulgação

Foto: imprensa Expointer

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Arthur Oliveira de Souza

Acadêmico de Direito - UFG Recém aprovado no Exame da OAB

inForMe JurídiCo

ISeNçãO dO ImpOSTO pRedIAl TeRRITORIAl RuRAl SObRe AS App’S e SObRe AS ReSeRvAS leGAIS

Tais espaços, como dispõe a nossa legislação,

englobam as áreas de preservação permanente e as

áreas de reserva legal. As primeiras são aquelas áreas

reconhecidas pela sua utilidade pública, e, nos termos da

lei, restringem o direito de propriedade, impedindo que

o proprietário desmate aquela área determinada, com o

intuito de preservar, de sobremodo, o curso de rios, la-

gos, áreas que visam atenuar a erosão. Em contrapartida,

as áreas de reserva legal são aquelas que se destinam

à preservação dos recursos naturais e a conservação da

biodiversidade, dando abrigo e proteção à fauna e a flora

nativos.

Desse modo, em virtude da não tributação des-

sas áreas, ao sofrer a incidência do ITR, o proprietário

poderá pleitear a isenção do imposto sobre os referidos

espaços, haja vista que ele não exerceria o seu direito de

propriedade com plenitude sobre as APP’s e sobre a res-

erva legal, uma vez que tais áreas servem para um bem

comum maior, que é a preservação do nosso meio ambi-

ente.

Nesse sentido, os nossos tribunais vêm decidin-

do que, para a isenção do ITR sobre essas áreas, e prin-

cipalmente sobre a reserva legal, se mostra necessária a

averbação desses espaços na matrícula do imóvel, com o

intuito de demonstrar que ela estaria sendo respeitada,

além disso, para dar ciência ao Fisco, de que o propri-

etário não estaria exercendo o seu direito de usar, gozar

e dispor, sobre toda a propriedade rural, respeitando tais

limites.

No que tange às áreas de preservação perma-

nente, nossas cortes superiores vem se posicionando no

sentido de ser desnecessária a averbação desses espaços

na matrícula do imóvel, uma vez que podem ser consta-

tas a olha nu, em qualquer vistoria a ser praticada pelos

órgãos de arrecadação fazendária, além do que, como a

nossa legislação já prevê que tais áreas devem ser preser-

vadas, presume-se que a preservação estaria sendo feita

pelo proprietário.

Logo, para gozar desta isenção, o proprietário

de imóvel deverá se atentar a este fato, e verificar se a

O nosso ordenamento jurídico prevê que todo

aquele que for proprietário de um imóvel deverá ser trib-

utado em virtude do exercício do seu direito de proprie-

dade, de forma que o imposto a ser cobrado do cidadão

seria uma contraprestação à possibilidade de possuir de-

terminada área, seja ela urbana ou rural.

Assim sendo, de acordo com a Constituição Fed-

eral, e o Código Tributário Nacional, aquele cidadão que

for proprietário de imóvel localizado em área urbana, de-

verá pagar, em virtude da possibilidade de usar, dispor e

gozar dessa propriedade, o Imposto Predial e Territorial

Urbano – o IPTU.

Já aquele que é proprietário de área rural, será

tributado por esse mesmo motivo, a saber: a possibili-

dade de exercer o seu direito de propriedade, contudo so-

bre a área localizada na zona rural. Desse modo, deverá

sofrer a incidência do ITR – o Imposto sobre a Proprie-

dade Territorial Rural.

Nesse contexto, cada proprietário de imóvel ru-

ral deverá ser tributado por este imposto e deverá pa-

gar um montante que varia, a depender da região que o

imóvel estiver localizado.

No momento do cálculo do dito imposto, leva-se

em consideração, principalmente, o valor da terra nua,

que é considerada a base de cálculo do imposto, e cor-

responde ao valor apurado de determinada propriedade

rural, no dia 1º de janeiro de cada exercício financeiro.

Logo, para fins de cálculo do valor do imóvel, o seu ta-

manho é fator que pode interferir, e muito, no momento

da apuração da quantia devida a título de imposto.

Assim, é necessário destacar que, em singela

explicação, o proprietário de determinada área localiza-

da na zona rural é tributado de acordo com o grau de

exploração econômica de sua propriedade, e também, do

valor constante na avaliação do seu imóvel, que leva em

conta, sobretudo, o tamanho da área rural.

Diante disso, é necessário destacar que algumas

áreas localizadas dentro da propriedade rural, de acordo

com o nosso ordenamento jurídico, sofrem a isenção do

ITR. Ou seja, não são tributadas.

área que corresponde a reserva legal da sua propriedade estaria

averbada na matrícula do imóvel, com o fim de que, no momento

do cálculo do ITR, tal área fique de fora no momento da apuração

do quanto devido, com o intuito de que o proprietário tenha uma

redução do quanto a ser pago a título do imposto sobre a proprie-

dade da sua gleba rural.

Portanto, aquele que for proprietário de imóvel rural, ou

esteja com a pretensão de adquirir uma área localizada na zona

campesina, deverá ficar atento para esse detalhe e verificar se

as áreas de reserva legal estariam averbadas na matrícula do

seu imóvel, ou no imóvel que estaria almejando. Pois, se tiver-

em, haverá uma redução considerável do valor do imposto que lhe

será cobrado.

Eduardo Jailton Prado Naves OAB: 25.184

Luiz Renato Garcia de Carvalho OAB: 23507

Ricardo de Assis Morais OAB: 35.426

64 36321067 - 64 36321084www.carvalhoenaves.jur.adv.br

Rua Castro Alves , 931 , Centro.Jataí - GO | CEP: 75800-021 Estagiário: Brasil de Carvalho

Neto Estagiário: Arthur Oliveira de Souza

Estagiário: Flavio Freire Poncioni

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Agro&Negócios: Depois de todos os altos e bai-xos vivenciados na última safra, como o produtor se pre-para para dar início a um novo ciclo de cultivo?

Mozart Carvalho: Primeiramente, com muita preocupação. Estamos saindo de uma safra 2013/14 de soja em que tivemos perdas muito grandes na nossa re-gião, por conta dos veranicos. Levantamentos do Sindicato Rural e de outros órgãos mostraram que as perdas fica-ram em torno de 20% no município de Jataí. Depois, en-tramos em uma segunda safra de milho com expectativa positiva e uma perspectiva de preços boa. No início, a saca do produto chegou a ser comercializada a R$ 22, mas, in-felizmente, o produtor não fixou preços na hora certa, a produção do grão superou o previsto, a safra americana também veio com uma perspectiva boa e os preços co-meçaram a despencar, ficando abaixo do preço mínimo de mercado. Por conta de todos esses fatores, o produtor encerra a safra 13/14 e começa a safra 14/15 com cau-tela e preocupação.

Agro&Negócios: O produtor sabia que poderia enfrentar essa oscilação de preços no mercado ou foi uma situação inesperada?

Mozart Carvalho: Em relação ao preço do mi-lho, o produtor tem consciência de que as alterações são constantes e que os valores não se mantêm em uma mé-dia estável. Em determinados momentos, o preço fica tão alto que inviabiliza a aquisição do produto pela indústria, para utilização como matéria prima; em outros, fica tão baixo que inviabiliza o plantio da cultura. Em relação à pro-dução norte-americana, a situação também era esperada. Todos sabiam da possibilidade de uma safra bem produti-va e que, consequentemente, o mercado poderia vir abai-xo, que é o que está acontecendo.

Agro&Negócios: Se era previsível, o que poderia ter sido feito antes que a situação se tornasse ainda mais crítica?

Mozart Carvalho: O que falta é organização e planejamento. Geralmente, os leilões e prêmios de es-coamento acontecem quando a situação já está crítica, ou seja, quando a safra está acabando e o produtor já está completamente descapitalizado. Enquanto isso, pelo histórico, a gente percebe que o governo nunca perdeu dinheiro com as negociações, porque entra no mer-cado, estabelece um preço e, na maioria das ve-zes, adquire o milho por um determinado valor e, depois, vende muito mais caro do que comprou. O que deveria ter sido feito é o governo, com as políticas de proteção de preço, ter entrado no cenário de comercialização no momento certo.

Agro&Negócios: Em comparação com outros países, onde há subsídios voltados para o produtor rural, como avalia a atuação do governo no Brasil?

Mozart Carvalho: Acredito que falta co-nhecimento por parte de quem está no poder. Hoje, por exemplo, mesmo com toda modernidade, não con-seguimos exportar a produção agrícola de Mato Grosso direto para a América do Norte. É preciso descer o pro-duto para os portos do Sul e depois levá-los de navio de volta para o norte, isso porque faltam investimentos em logística e infraestrutura. Também faltam incentivos para que sejam realizados financiamentos e o produtor tenha condições de investir na propriedade. Mas, essas ações precisam acontecer de forma harmônica. Não adianta o produtor fazer sua parte e aumentar a produção, se não

tiver condições de armazenar ou exportar esse produto. O mundo demanda por alimento e o Brasil tem condições de ser o celeiro da produção, mas, de acordo com as ações que estão sendo feitas, acredito que ainda vai demorar muito para que isso aconteça.

Agro&Negócios: E no que se refere à parte do produtor, ele fez tudo o que estava ao seu alcance?

Mozart Carvalho: Muito ainda precisa ser feito pelo produtor rural. De maneira geral, somos muito bons da porteira para dentro, mas deixamos a desejar em ou-tros pontos, como no caso da comercialização. Existem ex-ceções, mas na maioria das vezes o produtor só vende na baixa e compra na alta. Nesse ano, por exemplo, quando o milho estava em alta e a indústria ofertou R$ 22 pela saca do produto, praticamente ninguém fechou contrato e ficou

esperando o preço subir, no entanto, o que aconteceu foi o inverso. O preço caiu e o produtor ficou preju-dicado. A classe produtora também deixa a desejar quando não mostra para os governantes do que é capaz. Precisamos mostrar o que pode ser produ-zido neste país se houver incentivo. O lobby das in-

dústrias é bem melhor e mais eficiente que o nosso. Há pouco tempo atrás, quando a demanda industrial

precisava ser aquecida, eles conseguiram que o gover-no diminuísse os impostos cobrados sobre carros e pro-

dutos básicos e a consequência foi o aumento de vendas. Infelizmente, no agronegócio o lobby não é tão forte para mudar esse cenário.

Agro&Negócios: Em relação à comercialização, porque o produtor deixa passar as oportunidades, se hoje tem muito mais acesso às informações de mercado?

Mozart Carvalho: Justamente por ficar sempre na expectativa de que o preço pode subir mais. Depois, quando o preço cai, fica esperando que volte aos patama-res anteriores e quando percebemos estamos todos com o mesmo problema: grande quantidade de milho estocado, despesas com o custo de armazenagem, preços de venda baixos e insumos com preço elevado. A matemática é sim-ples. O produtor tem que calcular o custo de produção e, a partir do momento que a oferta de preço for superior a esse custo, ele tem que negociar. Assim, evita ter que co-mercializar o produto abaixo do custo de produção. Travar custos é fundamental. É uma regra básica, mas ainda não aprendemos a cumpri-la. O produtor precisa ficar atento e aprender também a fazer uma poupança para que os anos bons possam ajudar os anos ruins.

Agro&Negócios: A baixa do mercado e os esto-ques elevados de produtos vão interferir no cenário da sa-fra 2014/15?

Mozart Carvalho: Interfere em algumas situa-ções. A primeira delas é que o produtor tem produto, mas não consegue comercializá-lo de maneira satisfatória e, portanto, fica sem dinheiro e descapitalizado para investir como gostaria ou deveria. Outra questão é em relação ao preço dos insumos e defensivos, que acompanharam a alta do início da safra, mas se mantiveram estáveis diante da queda no preço das commodities. Esse descompasso entre o preço pago pelos produtos e o custo de produção pode-rá gerar uma margem de lucro pequena para a safra que começa agora. Hoje, se colocarmos na ponta da caneta, ficamos com medo de arriscar e plantar. Mas, o produtor rural vive de esperança. Acredita que tudo vai dar certo e, graças a Deus, tem dado. Então vamos seguir confiantes e começar mais uma safra com o pé direito e os pensamen-tos positivos.

CaFé CoM ProduTorpisando em ovosA safra 2013/14 ficou marcada para muitos produtores. Clima imprevisível. Merca-

do instável. Produção lá em cima e preços lá em baixo. Diante de todo esse cenário, um tanto quanto turbulento, a Revista Agro&Negócios conversou com o produtor e empre-sário rural, Mozart Carvalho. Ele, que já foi vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás, presidente do Sindicato Rural de Jataí e atualmente está à frente de uma empresa voltada para o setor rural, comentou sobre o que a classe enfrentou nos últimos meses e sobre as expectativas para a nova etapa de cultivo.

POR TáSSIA FERNANDES

Por conta do cenário atual, o produtor começa a safra 14/15 com cautela e preocupação.

Mozart Carvalho, empresário e produtor rural.

“ “

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Coagri: ação e inovação junto ao produtor ruralA Coagri Comércio de Produtos Agrícolas mais uma vez mostrou que está conectada à atualidade e pronta para inovar. Percebendo a importância de preparar as novas gerações para o futuro, a empresa promoveu a Coagri Kids. “As crianças são o futuro do país e, consequentemente, o futuro do agronegócio, por isso, decidimos envolvê-las na programação”, afirma Jean Lívio, proprietário da Coagri. O momento fez parte da Campeira, organizada pelo CTG Querência Goiana, em Jataí/GO. A festa gaúcha já faz parte do calendário da empresa, que aproveita o evento para confraternizar com os Produtores Rurais, com os clientes, parceiros e amigos. “Ações como esta são impor-tantes, pois fortalecem os relacionamentos”, complementa Jean.

Av. Said Abdalla, 432 - St. Jardim Rio Claro - Jataí-GO (64) 3631 - 3416

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MerCado do Boi

“O quE já vEiO E O quE AiNDA ESTá pOr vir”

lyGIA pImeNTelLygia Pimentel é médica veterinária, pecuarista e consultora chefe pela Agrifatto.

É fato que o pecuarista soube “a dor e a delícia de ser o que é” em 2014. A “delícia” vem do fato da valoriza-ção ano-a-ano do boi gordo ter alcançado 16,7% (dados de julho13/julho14), valor bem acima da inflação acumulada, que está em 6,52%. Isso é ótimo e não acontecia já há al-gum tempo, pelo menos não com essa intensidade.

Outro fato que deixou o produtor contente foi o va-lor nominal do boi gordo ter atingido seu maior pico histó-rico em R$ 127,00 à vista para São Paulo. Isso ocorreu em março e trouxe euforia ao mercado. Sondou-se a possibili-dade de o boi gordo atingir os R$ 135,00/@ em São Paulo ainda em 2014. Falou-se até mesmo em R$ 140,00/@. Uau!

Fator positivo também, sobre a produção para 2014, foi a queda acentuada dos valores praticados pela saca de milho Brasil afora, que melhorou muito a relação de troca para quem utiliza o insumo na engorda do boi.

Ano de preços em alta em plena safra nunca é de se reclamar. Ou é?

A “dor” à que me referia na frase que iniciou o tex-to está exatamente no ponto que diz respeito ao futuro e a um “insumo” que chega a abranger 70% dos custos de produção no sistema produtivo de engorda: a reposição. Concomitantemente aos preços firmes para o boi gordo, a reposição acompanhou o movimento de perto e acabou por preocupar toda a classe pecuarista, modificando o apetite por investimento ao longo do ano.

Enquanto o boi gordo registrou alta de 20%, o be-zerro atingiu os 29% dentro do mesmo período, o que piorou a troca, ou seja, aumentou o ágio da reposição. Movimento semelhante foi observado para o mercado do boi magro, o que traz impacto ao cenário do confinamento 2014.

Conforme a reposição sobe, a intenção de confinar cai, mesmo com a relação de troca com o milho melhor (Ver tabela). Os preços nominais da reposição realmente têm assustado o invernista, mas ainda assim, há taxa de retorno para quem confina, o que mantém a projeção al-tista.

Com o dólar de hoje, o Brasil configura como a arroba mais cara entre seus concorrentes, estando atrás apenas de Argentina, Irlanda e Estados Unidos. Isso com uma arroba em SP de R$ 118,00. Com a arroba em R$ 130,00, estaríamos atrás, inclusive, da Argentina, o que pode ser um limitante para altas mais fortes e duradou-ras.

Outro ponto a se considerar é que com a queda dos preços do milho, a colocação de frangos se aqueceu e manteve a diferença de preços com a carne bovina maior do que o usual. Isso diminui a competitividade da carne vermelha, principalmente considerando que a inflação já extrapolou o teto da meta do governo e o endividamento das famílias brasileiras é recorde. Há, de fato, dificuldade de expandir o consumo e o frango mais barato reafirma essa limitação por enquanto.

A análise fria do mercado pecuário e seus preços deixa claro que os grandes choques de preços são provo-cados pelo comportamento da oferta, e não da demanda. Isso porque os estoques são mais dinâmicos em aumen-tar ou diminuir em relação ao consumo, que depende de variáveis econômicas para se movimentar, o que ocorre, mas não na mesma velocidade.

Assim sendo, não descartamos preços mais altos no segundo semestre, principalmente porque isso contra-ria a curva futura e a sazonalidade do mercado. Porém, acreditamos que isso pode não durar muito tempo devido à fragilidade do mercado consumidor no momento, ao au-mento do volume de animais confinados e ao baixo preço do frango frente à proteína bovina.

Nada melhor do que garantir a taxa de retorno que algumas janelas de negociação ofereceram até o momen-to. E pode ser que voltem a oferecer. Fique de olho!

Evolução do preço do milho e da relação de troca com a arroba em SP

Fonte: Cepea/AgriFatto -------------------------------------- Evolução dos preços do boi gordo e do preço do bezerro no MS

Fonte: Cepea/Agrifatto ---------------------------------------------------- Intenção de confinar em 2014 em diferentes períodos Intenção de

confinar fev/14 12% abr/14 9% jun/14 6% Fonte: Agrifatto

Evolução do preço do milho e da relação de troca com a arroba em SP

Fonte: Cepea/AgriFatto -------------------------------------- Evolução dos preços do boi gordo e do preço do bezerro no MS

Fonte: Cepea/Agrifatto ---------------------------------------------------- Intenção de confinar em 2014 em diferentes períodos Intenção de

confinar fev/14 12% abr/14 9% jun/14 6% Fonte: Agrifatto

Evolução do preço do milho e da relação de troca com a arroba em SP

Fonte: Cepea/AgriFatto -------------------------------------- Evolução dos preços do boi gordo e do preço do bezerro no MS

Fonte: Cepea/Agrifatto ---------------------------------------------------- Intenção de confinar em 2014 em diferentes períodos Intenção de

confinar fev/14 12% abr/14 9% jun/14 6% Fonte: Agrifatto

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Page 15: Revista Agro&Negocios 27º Edição

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BuvA rESiSTENTE

luíS FeRNANdeS vIlelA

Eng Agrônomo ATV Dow AgroSciencesPrograma Dow OrientaPLANTAR E COLHER REP. E COM. DE PRODUTOS AGRICOLAS LTDA.

A Buva (Conyza bonariensis) e (Conyza canadensis), conhecida também como voadeira, rabo de foguete, marga-ridinha do campo entre outros nomes, é uma planta anual que tem sua reprodução via semente com sua germinação principalmente no inverno e reprodução na primavera, mas que vem pouco a pouco adquirindo novas características re-produtivas, germinando diversas épocas do ano. Ela ainda apresenta uma enorme capacidade de produção de semen-tes, chegando a 250.000 sementes em uma única planta, que são de fácil dispersão pelo vento, o que já a caracteriza como uma espécie agressiva. Em um passado não muito distante, essa plan-ta daninha era controlada apenas com o uso do Glifosato, herbicida com amplo espectro de ação, mas essa realidade mudou. Com o uso indiscriminado do herbicida, espécies de

Buva resistentes a molécula do produto foram sendo sele-cionadas. Os primeiros casos de resistência foram relatados a 8 anos no oeste do estado do Paraná, nos dias de hoje, são encontradas plantas resistentes nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Ma-ranhão e em Goiás, principalmente no sudoeste goiano, mais especificamente em Jataí, em que dados de pesquisa já ob-servaram propriedades com ate 98% de plantas resistentes ao herbicida. Dessa forma, o uso do Glifosato para o controle dessa erva não é mais eficiente, nem nos estágios menores da planta, onde obtínhamos melhor controle. Por esse motivo, os produtores estão buscando al-ternativas de controle, pois a competitividade que essa erva oferece as lavouras, em especial a soja, derruba significati-vamente a produtividade da oleaginosa. Porem existe pou-cos herbicidas específicos para o controle de Buva, com isso, alternativas de pouca eficiência estão sendo adotadas. Entre elas, o uso da grade niveladora, na qual causa apenas danos mecânicos a planta ocorrendo o rebrote da mesma, o au-mento de doses de glifosato também foi testado, no entanto os biótipos resistentes mostra baixa toxicidade ao herbicida, mesmo em doses elevadas, causando brotações rápidas e com grande número de ramificações na planta. Muito se preocupa, pois o controle da buva é de maior dificuldade dependendo do seu estádio de desenvol-vimento. Varias ações estão sendo tomadas, inclusive treina-mentos técnicos da equipe Dow AgroSciences e para os con-sultores da empresa Plantar e Colher, para melhor orientar os agricultores no campo. Será realizado também palestras com pesquisadores renomados no ramo, como o Circuito de Palestras que será realizado no dia 1° de outubro no Centro de de Cultura e Eventos de Jataí para tratarmos principal-mente desse assunto. controle: Em nossas recomendações técnicas, essa planta não pode passar de 20 centímetros de altura para que o controle tenha melhor eficiência, o que preferen-cialmente deve ser feito após a colheita do milho safrinha, o chamado manejo outonal. Outra orientação dos consultores é manter o solo com palhada, o que já evita a germinação de todo o banco de sementes de buva, solos descobertos de palhada são um problema a parte.

O manejo cultural é uma das formas que contribui para que o manejo químico tenha eficiência, esse controle deve ser feito de forma que a semeadura e a emergência da soja ocorram no limpo, visto que os herbicidas que ajudam no controle dessa planta causam fito toxidade na cultura quanto realizados em pós-emergência na soja. Em casos mais graves recomenda-se dessecação sequencial, que nada mais é que duas aplicações de herbicidas com principio ativo diferente em um curto espaço de tempo, antes do plantio da soja, as-sociado a herbicida de pré-emergência para evitar um novo fluxo da erva durante a cultura implantada. Na dessecação sequencial, o Glifosato é indispensável, visando o controle de outras plantas daninhas e também para ajudar a carrear o 2.4-D para dentro da planta, isso mesmo, o 2.4-D é o herbi-cida que tem a maior eficiência no controle de Buva, porem, dependendo do estádio da planta, uma outra aplicação deve ser realizada por volta de 10 a 15 dias, com o uso de um her-bicida de contato juntamente com um pré-emergente. Um manejo que onera muito o custo de produção do produtor, mas que evita perdas na produtividade, pois a simples pre-sença de 3 plantas de Buva por m2 pode acarretar perdas de ate 10%, a medida que essa infestação aumenta, as perdas são ainda maiores.

arTiGo BuVa

E importante lembrar, que a permanência da Buva no período da entre safra serve também como planta hospe-deira de insetos praga, como percevejos e lagartas, imedia-tamente antes da semeadura da soja tem se observado uma lagarta, Elicoverpa armigera, por planta de Buva, na qual não podemos nos esquecer do inseticida junto a dessecação, pois podemos ter sérios problemas com essa praga já na emer-gência da cultura. E fato que a resistência de plantas daninhas sempre será um problema para a agricultura, principalmente se não adotarmos medidas de prevenção para impedir o avanço de-las. Uma ação simples pode ser tomada, que é a rotação de herbicidas com mecanismos de ação diferentes, outra ação é a rotação de culturas, que se torna uma ferramenta impor-tante para o manejo de plantar daninhas resistentes.

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Grupo TEC AGRO: Há 18 anos levando tecnologia à agricultura.

Sementes Goiás(64) 3611-4500

Rodovia GO 174, Km 03, Zona RuralRio Verde – GO

TEC AGRO (64) 3612-0001

Av. Pedro Ludovico Teixeira nº 1082 - Nova Vila Maria

TEC AGRO – Montividiu – GO(64) 3629-2006

Av. Olivério O. de OliveiraQd. 17 Lt. 360 Serrano Park

TEC AGRO – Jataí – GO(64) 3631-0005

Rua Almeida nº 230Jardim Rio Claro

TEC AGRO – Paraúna – GO(64) 3556-2388

Av. JK Qd. 13-A Lt. 1Parque dos Buritis

TEC AGRO – Santa Helena – GO(64) 3641-1906

Av. Onias José Borges nº 885Bairro Brasil

I n v e s t i m e n t o s constantes em tecnologia com foco na qualidade, esta é uma das características do Grupo TEC AGRO, que já conquistou a con�iança do Produtor Rural em várias regiões do Estado de Goiás.

No dia 21 de agosto o Grupo TEC AGRO comple-tou 18 anos e para marcar essa data tão importante na história das empresas, foi promovido um evento de inauguração do 5º armazém refrigerado na sede da Sementes Goiás em Rio Verde. O evento foi prestigia-do por clientes, parceiros,

amigos, representantes de diversas empresas de todos os segmentos e autoridades locais como o Prefeito de Rio Verde, Jurací Martins esses representantes prestigiaram a noite de gala na sede da Sementes Goiás. "Para obter sucesso é preciso somar esforços unindo empresa, equipe, fornecedores e produtor rural, pois juntos somos mais capazes" - desta-cou Antônio Pimenta, sócio proprietário do Grupo TEC AGRO. Está no DNA do Grupo, buscar inovações que possam contribuir com o desenvolvimento do produ-tor rural, "Nada melhor do

que comemorar o resultado positivo de todo esse traba-lho em uma noite especial" ressaltou Everaldo Pereira, sócio proprietário.

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CuLTiVo de FLoresTas

marlon lúcio O. G. de castro Engenheiro AgrônomoCREA: 12.146 / D - GO

Atualmente, o setor florestal goiano tem sido bastante impulsionado pelo fato da lenha de flo-restas exóticas (eucalipto) estar em ascensão, sendo muito utilizada em armazéns graneleiros, para se-cagem de grãos. Todo o sistema industrial precisa de matéria-prima energética para funcionar, sendo o eucalipto uma dessas matérias–primas de mais baixo custo. Outros motivos pelos quais as indústrias têm dado preferência para a lenha do eucalipto são devido ao seu maior poder calorífico, a facilidade de armazenagem e empilhamento e à legislação am-biental que limita a utilização de lenha de cerrado de matas naturais.

No Brasil, a projeção de plantio é otimista para os próximos anos, devido à demanda dos seto-res madeireiros, energéticos e de celulose. A expec-tativa do Ministério da Agricultura é aumentar a área de florestas, até 2020, de seis milhões de hectares para nove milhões de hectares. Isso poderá reduzir a emissão de oito milhões a dez milhões de toneladas de CO2 equivalentes, em uma década. (Fonte: Decre-to nº. 7.390 de 09/12/2010).

Quando pensamos em árvores de rápido crescimento, o eucalipto se apresenta como uma das mais interessantes, não somente por sua alta capacidade produtiva e adaptação aos mais diversos ambientes de clima e solo, mas, principalmente, pela grande diversidade de espécies, possibilitando, as-sim, que haja uma grande diversificação em seu uso.

A produção de florestas plantadas (econô-micas) nas propriedades rurais possui quatro objeti-vos básicos:

1. Implementar uma fonte de renda de longo prazo para o produtor e sua família;

2. Aumentar a oferta de madeira para fins industriais (celulose e papel, móveis e painéis de madeira), ener-géticos (carvão vegetal e lenha), construção civil, en-tre outros;

3. Reduzir a pressão sobre as matas nativas;

4. Captura de CO2 da atmosfera, reduzindo os efeitos do aquecimento global.

Legislação

Considerando a necessidade de rever as diretri-zes atuais sobre a exploração de florestas energéticas e comerciais originárias de plantios, com fins econômicos, de espécies exóticas, considerando a necessidade de pre-servar as espécies nativas do bioma cerrado através do incentivo à utilização das espécies exóticas, o Governo de Goiás desburocratizou a cultura do eucalipto através da normativa 002/2005, ficando para o agropecuarista somente retirar junto a SEMARH (Secretaria Estadual do Meio Ambiente) a autorização de corte de floresta exótica (Eucalipto).

Financiamento

Programa ABC: Agricultura de Baixa Emissão de Carbono

O programa ABC é uma iniciativa do Governo Federal, que nasceu para reduzir as emissões de gases do efeito estufa. A iniciativa prevê capacitação e incentivos financeiros aos produtores rurais que adotarem as téc-nicas de agricultura sustentável, de baixo carbono. Esse financiamento é específico para a implantação de floresta plantada, ajudando, assim, o produtor rural a implantar sua floresta comercial com mais tranquilidade e respon-sabilidade.

Limites de créditos, juros e prazos

Para a implantação e manutenção de florestas comerciais e para a produção de carvão vegetal, o limite de crédito é de R$ 3.000.000,00 (Três milhões de reais) por beneficiário e por ano-safra, independentemente de outros créditos que o produtor ou cooperativa tenha re-cebido ao amparo de recursos controlados do crédito ru-ral. A taxa de juros é de 4,5% ao ano e o pagamento pode ser efetuado em até oito anos.

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EuCAlipTO: pOrquE plANTAr?

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Saúde & Bem eStar

Trabalhar fora, cuidar da casa, dos filhos... Tarefas que hoje fazem parte da rotina de vida do século 21. Homens e mulheres assumiram respon-sabilidades compartilhadas e precisam dar conta do recado na correria do dia-a-dia. Em meio a tantos compromissos, todos eles com hora marcada, deta-lhes importantes são deixados de lado, como o cuida-do com a saúde. A Revista Agro&Negócios conversou com o Dr. João Batista Vilela Paniago, um dos pri-meiros profissionais da saúde a atender em Minei-ros/GO, que falou sobre a importância de manter o corpo saudável.

Agro&Negócios: A maioria das pessoas corre contra o tempo para conseguir cumprir todos os compromissos diários. Qual a importância de di-minuir o ritmo e avaliar a saúde?

Dr. João Batista: A realização de check-ups é muito importante. Qualquer pessoa deve reservar um tempo na agenda, pelo menos a cada seis meses, para consultar um médico e fazer uma bateria de exames. Muitos problemas de saúde são silenciosos, ou seja, sem sintomas, por isso, é preciso parar para avaliar se está tudo em ordem.

Agro&Negócios: As pessoas têm demons-trado esse cuidado nos dias atuais?

Dr. João Batista: Infelizmente, nem todos tem essa preocupação. Mas, com a socialização da saúde, o acesso ao atendimento médico ficou mais fácil. Hoje, por exemplo, além do serviço público de saúde, a maioria das empresas tem convênios e ofe-rece o serviço para os funcionários. O que acontece, muitas vezes, é uma demanda maior do que a capa-cidade das clínicas e hospitais.

Agro&Negócios: Qual seria o motivo da su-perlotação dos hospitais e das filas de espera, princi-palmente no serviço público de saúde?

Dr. João Batista: Um dos motivos é o cres-cimento populacional. Em Mineiros, por exemplo, há uma demanda muito grande por parte de quem vem de outras regiões para trabalhar no Centro-Oeste e necessita dos serviços de saúde. Por tanto, como a gente não atende apenas quem é daqui ou mora aqui, os profissionais e as clínicas acabam sendo in-suficientes.

Agro&Negócios: Quais as principais doen-ças do século 21 e como evitá-las?

Dr. João Batista: Atualmente, justamente por conta da correria diária, o índi-ce de doenças cardiovasculares e circulatórias é muito grande. Diabetes, colesterol e pressão alta também estão na lista dos principais problemas de saúde. Para manter a qualidade de vida e evitar complicações, a regra é básica e conhecida pela maioria: ter uma alimentação adequada, praticar ativi-dades físicas e não deixar de lado o acompanhamento médico. Eu, por exemplo, sou adepto da prática esporti-va. Há 27 anos faço caminhadas e há 10 comecei a fre-quentar a academia. As pessoas precisam ter consciência de que se fizerem a parte delas, os resultados chegam e a qualidade de vida melhora.

quAliDADE DE viDA NO SéCulO 21

Dr.

João

Bati

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“O verdadeiro celeiro do mundo – Brasil se consolida como o maior produtor agrícola do planeta”, Revista Dinheiro Rural/2010. “Novo celeiro do mundo - há tempo destacada, a participação do Brasil na produção mundial de alimentos deverá ser ainda maior nos próximos anos”, Jornal Estadão. “Celeiro de um mundo cada vez maior - Brasil precisa lidar com uma série de desafios na sua produção alimentícia para conseguir suprir as demandas internacionais crescentes”, Site Ciência Hoje/2013.

Com safras que se superam a cada ano e com a possibilidade de expansão das áreas de cultivo, o Brasil é a aposta para o abastecimento mundial de alimentos, sendo considerado, como pode ser observado nos trechos de reportagens selecionados, o celeiro da produção mundial. Diante das projeções de crescimento demográfico e, consequentemente, da demanda internacional por alimentos, que é cada vez maior, o Brasil se destaca no grupo dos países produtores agrícolas. Mas até que ponto ter esse título pode ser considerado um fator positivo?

CElEirO muNDiAl DE prODuçãO Até que ponto esse título compensa?

POR TáSSIA FERNANDES

HISTóRIcO ecONômIcO

O professor e analista econômico, João Geraldo de Souza Braga, explica que ao longo da história mundial ins-tituiu-se a divisão internacional do trabalho. “Interferem nessa definição fatores como capital, tecnologia e educa-ção. Se observarmos, cada país tem um setor de trabalho que é predominante, seja ele primário, secundário ou ter-ciário. No Brasil, há um reforço em relação à predominân-cia do setor primário, ou seja, de país que exporta matéria prima”.

A matéria prima comercializada in natura tem de-terminado preço, que aumenta na medida em que vão sen-do agregados valores ao produto. Para que isso aconteça, o caminho é a industrialização. “Um exemplo interessante é o fato de sermos os maiores exportadores de minério de ferro do mundo, ao invés de exportarmos o aço, pronto para ser consumido. O exemplo vale para a agricultura. Produzimos uma safra de grãos recorde, mas enquanto exportamos matéria prima, os países de primeiro mundo agregam valor ao nosso produto, vendem e lucram com isso”, destaca.

Ainda assim, o agronegócio tem grande rele-vância para o país. De acordo com o Centro de Es-tudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Bra-sil (CNA), o PIB do agronegócio em 2013 cresceu 3,92%, representando 22,5% do PIB nacional. “Os dados são interessantes, mas poderiam ser ainda mais favoráveis ao Brasil se ao invés de exportarmos matéria prima, exportássemos os produtos industrializados”.

Colônia norte-ameriCana?

Pela lei de mercado, da oferta e demanda, o país exporta o que produz e importa o que está em falta. “No nosso caso, o principal produto importado é a tecnologia, que custa caro justamente por ter valor agregado. Uma comparação interessante é o fato de que com uma carre-ta de soja de 40 toneladas eu não consigo comprar uma caixa de chips para computador de 30 quilos, porque tem a questão do valor agregado ao produto”, reforça João Ge-raldo.

Mas não é só no ato da compra que o peso do mer-cado externo é evidenciado. Atualmente, são os Estados Unidos que regulam o preço de venda do mercado interno brasileiro e de toda a comercialização mundial. Entender porque isso acontece pode ser mais um questionamento recorrente entre os produtores rurais. Mas, pode ser tam-bém que a prática rotineira de negociações faça com que o detalhe passe despercebido.

Como explica o professor João Geraldo, o preço das commodities é definido a partir da Bolsa de Chicago. “Isso acontece porque é nos Estados Unidos que se encon-tra o centro de comercialização mundial de commodities. Hoje, o país é responsável por 25% do que é consumido no mundo e esse poder de consumo é um dos fatores que faz com que o EUA tenha responsabilidade na determinação de preço. Portanto, se a safra norte-americana é produti-va, a demanda de importação será menor, o que pode ser observado nos dias atuais”.

Estimativas divulgadas em torno da produção mundial, especialmente dados que se referem à produção norte americana, são pontos chave na definição dos pre-ços que serão ofertados. Entretanto, apesar de determi-nar preços na esfera global, o EUA não é nosso principal parceiro agrícola. “Em termos de agronegócio, a relação brasileira é mais estreita com a Ásia e com a Europa”, afir-ma João Geraldo.

Enfim, o Brasil não tem poder de decisão porque a sua demanda é menor que a oferta. Exportamos porque não consumimos o suficiente. Dessa forma, exportamos o nosso excedente e importamos aquilo que nos falta. O grande problema está, justamente, naquilo que nos falta: a industrialização. “O Brasil ainda é um país em desen-volvimento. Apesar de ser o celeiro do mundo e de bater recordes de produção, não tem valor agregado aos pro-dutos”.

Mas a quem essa situação interessa? De acordo com a lógica econômica, àqueles que lucram com a or-ganização do sistema. “A função de produtor de matéria prima foi concedida ao Brasil desde a colonização. Mesmo com a Revolução Industrial, que no país foi considerada tardia, o cenário não mudou muito, pois a maioria das in-dústrias que surgiram pertence às multinacionais. Atual-mente, em torno de 70% do parque industrial brasileiro é composto por multinacionais. Assim, o lucro gerado não fica no país, sendo destinado ao exterior”.

mãos a obra, mais uma vez

Diante de tantos questionamentos em torno de uma situação que parece ser imposta ao Brasil, já está tudo preparado para mais uma safra de grãos. Insumos adquiridos, planejamento realizado e vazio sanitário che-gando ao fim. Agora é começar o plantio e aguardar pela definição das variáveis que não estão ao alcance do produ-tor, entre elas, o clima, a situação do mercado externo e o estabelecimento do preço que será pago pelo produto.

“Há muito se sabe que a profissionalização che-gou ao campo e, com isso, a forma de trabalhar mudou. Atualmente, ao decidir em que e como investir, o produtor rural precisa levar em consideração diversos fatores. Não é mais possível tomar decisões apenas a partir de interes-ses. É preciso observar todo o cenário econômico que está sendo construído”, coloca João Geraldo.

Depois do período de altos e baixos, vivenciado pelos produtores do Sudoeste Goiano na safra 2013/14, a necessidade da busca por informações torna-se ainda mais intensa. As projeções para uma super safra norte-americana, somadas a uma produção recorde no Brasil, resultam em uma quantidade de produto superior à de-manda e, pela regra básica do mercado, os preços tendem a baixar, o que deve prejudicar a margem de lucro do pro-dutor rural.

Para o consultor econômico França Junior, as os-cilações de mercado são normais. “A tendência realmente era de queda nos preços, devido ao aumento da área ame-ricana de cultivo, que foi superior ao esperado. O merca-do, por tanto, reflete a safra norte-americana”.

O 5º levantamento divulgado pelo Departamen-to de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostra que os números da produção continuam subindo. No que se refere à soja, a produção mundial estimada para a safra 2014/15 é de 311,1 milhões de toneladas. As estimativas também apresentam uma produção mundial de milho re-corde, chegando a 987,5 milhões de toneladas. De acordo com o relatório do USDA, espera-se um consumo global de 285 milhões de toneladas de soja e 970,7 milhões de toneladas de milho. Em relação às duas culturas, consu-mo global que está abaixo da produção, o que indica um provável aumento nos estoques e nova onda de queda nos preços.

Para o professor João Geraldo, cabe ao brasileiro, especialmente aos empresários do agronegócio, questio-narem até que ponto é satisfatório ser considerado o ce-leiro do mundo. “Na prática, qual é a vantagem do título, se diante dos dados percebemos que o país tem a 6º eco-nomia do mundo, no que se refere ao PIB, mas em relação ao IDH, que avalia o desenvolvimento da nação, ocupa a 85ª posição”.

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alternativas viáveis?

De acordo com a análise do professor João Ge-raldo, promover a industrialização seria a alternativa mais rentável, pois além de agregar valor ao produto brasilei-ro, possibilitaria o consumo da matéria prima, evitando a superlotação de estoques. “Mas ao sugerir esse incentivo, nos deparamos com outro gargalo, que é a carga tributá-ria elevada, sendo um dos principais fatores que afasta os investimentos de indústrias no país”, avalia.

O custo de produção no Brasil, somando tributos, falta de subsídio governamental e infraestrutura precária, torna-se alto e faz com o que o produto nacional não seja competitivo. “É justamente a falta de competitividade que faz com que fiquemos à mercê de preços e valores que são estipulados externamente. Anualmente batemos recordes de produção, mas quando falamos em produtividade, ou seja, produção aliada ao custo de produção, o gráfico está em declive. E, enquanto a mudança não acontece, conti-nuamos sem competitividade e o custo país segue galo-pante”, complementa João Geraldo.

Lançando um olhar positivo sobre o que está por vir no decorrer da safra 2014/15, o consultor França Jú-nior acredita que, apesar das circunstâncias, o cenário de comercialização para 2015 será melhor. “Os preços pode-rão ser impulsionados por diversos fatores que poderão sofrer transformações até o final deste ano. Entre eles, a taxa de câmbio, que deve subir após as eleições e ajudar

na formação de preços para o ano que vem. Para o clima, as indicações dos meteorologistas também apontam para condições mais favoráveis do que na última safra”.

Ainda sobre os preços pagos pelos produtos, de-finidos pela Bolsa de Chicago, e que atualmente tem sido a maior preocupação da classe produtora, França Júnior explica que, além da oferta e demanda, outra questão precisa ser adicionada aos fatores que definem valores de comercialização: a especulação financeira. “O merca-do financeiro passou a atuar no mercado de commodities, o que tem um lado bom, porque faz os preços alavanca-rem. No momento eles estão ausentes, mas devem voltar a comprar em breve e a tendência será de que os preços voltem a subir. Este seria um fato novo e positivo para a comercialização”.

Enquanto a industrialização não chega, o Brasil não sobe de posto e continua sendo classificado como celeiro de produção mundial, reforçando a ocupação en-quanto setor primário, a classe produtora deve continuar fazendo a sua parte, é o que orienta França Júnior. “Ape-sar do momento de cautela, o produtor não pode deixar de investir. Em anos assim é que os investimentos são ne-cessários para que, apesar dos preços baixos, ele consiga vender bem e ter uma rentabilidade satisfatória”.

“a falta de competitividade é que faz com que fiquemos à mercê de preços e valores que são estipulados externamente. enquanto a mu-dança não acontece, continuamos sem compe-titividade e o custo país segue galopante”.

João Geraldo, professor e analista econômico.

os preços poderão ser impulsionados por diversos fatores que poderão sofrer transforma-ções até o final deste ano. entre eles, a taxa de câmbio, que deve subir após as eleições e aju-dar na formação de preços para o ano que vem”. França Junior, consultor econômico.

Fonte: USDA – 5º Levantamento – Setembro/14

Fonte: USDA – 5º Levantamento – Setembro/14

PRODUÇÃO MUNDIAL DE MILHO (MILHÕES DE TONELADAS)

Safra 2014/15 106,5

94,0

55,0

12,0

32,6

311,1

Safra 2014/15 365,7

217,0

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PAÍSES Safra 2013/14 EUA

89,5

Brasil

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Argentina

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China

12,2

Demais

29,7

Mundo

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PAÍSES Safra 2013/14 EUA

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China

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Brasil

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U.E 28

64,2

Demais

240,1

Mundo

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PRODUÇÃO MUNDIAL DE SOJA (MILHÕES DE TONELADAS)

Fonte: USDA – 5º Levantamento – Setembro/14

Fonte: USDA – 5º Levantamento – Setembro/14

PRODUÇÃO MUNDIAL DE MILHO (MILHÕES DE TONELADAS)

Safra 2014/15 106,5

94,0

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Safra 2014/15 365,7

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PAÍSES Safra 2013/14 EUA

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O BrASil prECiSA ESpANTAr AS hiENAS rEClAmATóriAS

JOSé luIz TeJON meGIdO

Publicitário e Jornalista, ex-diretor da Agroceres, da Jacto S/A e do Grupo Estadão; Top 100 do Agronegócio 2013 - Revista ISTO É - Dinheiro Rural, Coordenador do Núcleo de Estudos de Agronegócio da ESPM de São Paulo.

Uma preguiça não burocrata ainda consegue, len-tamente, se virar. Mas uma corporação de preguiças, ge-rando, inovando e criando normatizações burocráticas, com o objetivo alucinante de se sentirem úteis, criando dificul-dades para a venda da facilidade, como (meu Deus, nosso senhor, e demais rezas bravas) poderemos competir? O reino das preguiças burocratas se acastelam onde a zona de conforto lhes é mais favorável. Isso signifi-ca: governo. Sustentabilidade é importante? Claro que sim. Precisa ter lei, regulamentações? Claro que sim. Logo, ao invés de agirmos no tempo contemporâneo, num mundo da velocidade do pensamento - onde penso, logo digito, cli-co e me comunico - vem lá de dentro dos buracos negros do tal do “sistema”, uma voz cavernosa que grita rouca e uterina: compliquem, onde pode haver uma norma apenas, inventem mil. Confundam mais ainda, misturando todas as macabrices tributárias, contábeis, fiscalizatórias, com suti-lezas do meio ambiente, das utopias trabalhistas no campo. Não se esqueçam do Judiciário e de criar deze-nas de novos ministérios para ainda mais complicar. E, ao atingirem o nível mais enervante e desesperante que faria Kafka levantar do túmulo e escrever o Processo 2, O Re-torno, promovam debates e mais debates, plenos de ‘non sense’, aquele que ofereceria a Ionesco, o autor do Teatro do Absurdo, matéria-prima para um também ressuscitar. No conto de fadas do mundo animal, segue ain-da mais imperativo para a corporação das preguiças buro-cratas pensar como olímpicos, mas agir como varzeanos. O bem estar animal é hoje superior ao bem estar do ser humano. Pelo menos 80% da população de brasileiros, gen-te, pessoas, não estariam na conformidade das exigências legais, e não poderiam viver como suínos ou aves. O mundo chama e clama pelo Brasil, como um parceiro que venha a ser confiável no suprimento do agro-negócio. A China, nosso cliente número 1, aí está, com sua consciência de segurança alimentar, por tudo o que sua his-

tória já as duras penas ensinou, reabrindo o seu mercado de carne bovina para o Brasil. Como poderemos espantar as preguiças burocra-tas, as hienas reclamatórias, e olharmos de forma pró-ativa cada segmento de mercado, cada nicho de oportunidade? Como iremos entender o que esses clientes pensam, dese-jam, esperam? Como iremos orquestrar a cadeia produti-va específica, como um arranjo, um espetáculo, uma peça harmônica, de ponta a ponta, incluindo nisso os necessários órgãos oficiais e governamentais? E tudo isso desde a pes-quisa até a mente do consumidor global, esteja ele onde estiver? E mais, numa visão de agribusiness mesmo, e não apenas do dentro da porteira? A área do conhecimento para isso chama-se marketing. Os agentes, os pontas de lança, as águias da velocidade, ao lado das corujas e golfinhos da inteligência, são os que estão na direção das associações, cooperativas, das entidades dos setores privados de cada negócio do agro, seja vegetal ou animal. E, acima de tudo, que eles mesmos, os setores brasileiros dos grãos, com os da agregação de valor via proteínas, iniciem diálogo e plataformas comuns para abater os cargueiros abarrotados de preguiças buro-cratas, ancorados em distintos esconderijos, e ao longo de toda cadeia agroprodutiva. A hora do comprometimento do setor público é na hora dos planos e promessas de governo, na boca das elei-ções. E o antídoto para o veneno da inanição da morte lenta burocrática está em ativar poderosamente a comunicação. O povo quer sucesso, prazer e satisfação. Precisa ir onde o povo está. Somos fracos de marketing e ausentes da comuni-cação. O setor acha que basta haver comunicações verticais. Quer dizer, falando entre si. Ali os arroubos são grandes, as palavras de ordem veementes. Mas perdem força a cada metro do lado de fora das portas de seus escritórios. Na ve-

locidade do pensamento, num mundo onde penso, logo di-gito, clico e me comunico, a governança das redes sociais, o monitoramento, o diagnóstico, a identificação de detratores, de leigos, de apoiadores e de advogados das causas exige um trabalho competente e profissional. Antigamente era a palavra. Hoje é o poder de espa-lhar a palavra. A capilaridade das redes, e a única coisa que pauta e que faz tremer os poderes públicos: a voz das redes. A voz das mídias. As entidades empresariais, com Ong’s sérias e tec-nicamente saudáveis, a atração da sociedade urbana, será a única forma de permitir que os valorosos funcionários pú-blicos, que os ministros e técnicos do governo, bem inten-

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cionados, consigam agir, desamarrando-os do sistema e do processo kafkaniano, ao qual estão acorrentados, da mesma forma como prometeu, quando desafiou os deuses, tentan-do trazer a luz para os mortais. Comunica-te ou te devoro. Estamos na era da velo-cidade do pensamento. Nossas lideranças do agro são boas, mas ainda desconectadas, e lentas. Essa lentidão cria o fun-go e o bolor, com o qual as preguiças rainhas são alimenta-das no formigueiro das suas pequenas vaidades.

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