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Revista Visao Missonaria_ED04_corrigida.indd 2 25/03/13 11:28

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IDENTIDADE • Visão Missionária é uma publicação trimestral produzida desde 1999 pelo SEMAP – Serviço de Missões aos Po-vos, órgão oficial das Assembleias de Deus Missão aos Povos, em Uberlândia – MG. A motivação é a expansão do Reino de Deus entre as Nações, trazendo informação, orientação e mobilizando a Igreja de língua portuguesa para o cumprimento da sublime tarefa de fazer Cristo conhecido “até o último da terra” (At 1.8).

De uma forma poética escreveu a agente mirim semapi-nho Polyana: “Fazer Missão é ir à guerra falar de paz!”. E é literalmente isto que os cristãos no Iraque estão a fazer quando abrigam e dão conforto material, emocional e espiritual aos refugiados sírios, na sua maioria crianças.

Enquanto no Brasil Deus me deu a honra de participar da ela-boração, publicação e divulgação do III Manifesto pela Educa-ção, o qual objetiva, entre outras mudanças, extinguir do ambiente escolar a competição e intensificar a solidariedade cultivada em um ambiente de paz e harmonia, de modo que estudantes e professores possam desenvolver vínculos afetivos, na distante Síria milhares de crianças são assas-sinadas e violentadas em seus direitos à vida e de ter uma família.

Segundo relatos oficiais, os estudos comprovam que 44% das crianças sírias presenciaram ao menos cinco de onze eventos adversos associados a guerras e desastres, como vivenciar a morte de parentes, observar pessoas morrendo, ser ferida, ouvir gritos de socorro, ser ameaçado de morte, sofrer fome e sede, e outras mazelas ocasionadas por uma competição sem fim.

Diz a educadora italiana, Drª Maria Montessori, que “a competição é a pequena guerra que legitima a grande”. Trago assim neste editorial uma reflexão ao leitor, seja você professor, missionário, líder, sobre como a com-petição é cultivada no dia a dia das pessoas, por exemplo, quando se esti-mula gincanas bíblicas entre meninas e meninos, colocamo-nos em uma disputa competitiva para qual finalidade? Definir quem é mais inteligente, se este ou aquele? Quem é mais poderoso? Quem é melhor? Não é neces-sário estimular a pequena guerra, comparemos cada um consigo mesmo como Jesus o fez.

Nós cristãos cremos que é Ele quem cessa todas as guerras de uma manei-ra sobrenatural (Sl 46), e rogamos a Jesus, nosso pacificador, que permita que cada vez mais a semente da esperança seja plantada pelos obreiros do Iraque nos corações das crianças refugiadas, e seja regada pela Água da Vida, cuja corrente alegra a nossa vida, e assim se multiplique os moradores do Reino.

Louvemos a Deus que nos permitiu comemorar jubileu de prata no trabalho missionário levando, através de nossos missionários, a Paz do Mestre às crianças refugiadas da Síria.

Boa leitura!

Elypaschoalick

[email protected]

Assine no avaaz: curto.co/3manifesto

Ely Paschoalick — www.comoeducarosfilhos.blogspot.com

“Deixai vir a mim as crianças” (Mc 10.14; Lc 18.16)

Editorial 03Palavra do Pastor 04Cartas e e-mail 06Crônicas Missionárias 08 Ronaldo Lidório

Opinião Missionária 10 Russel Shedd

Congressos 14 1º Encontro de Missões SEMADESV

Matéria da Capa 16 Síria, uma oportunidade entre a guerra

Coluna Missionária 30 Jubileu de Prata do Trabalho Missionário

Perfil Missionário 34 Pr. Álvaro Álen Sanches

Semapinho 36 Primeira Manhã Infanto Juvenil SEMAP

Nesta edição

EXPEDIENTE

EDITORIAL

REALIZAÇÃO:

Presidente:Pr. Álvaro Alén Sanches

Direção:Ev. Saulo Gregório de Lima

Editora:Ely Paschoalick

Cronista:Rev. Ronaldo Lidório

Colunista:Dr. Russel Shedd

Jornalista Responsável:Ivan Marcos GonzagaRPMG 048733JP

Fotos:Equipe SEMAPSites diversos

Revisão de Textos:Ericka Souza Nogueira

Publicidade:Saulo Gregório de Lima

Projeto Gráfico:André Mesquita

Equipe de Redação:Missionários SEMAP

SEMAP Escritório: Av. Rondon Pacheco, 4094 • Bairro Saraiva CEP: 38 408-404 • Uberlândia/MG • 34 3256 1700 • 3210 0693

Qualquer oferta missionária:Banco Bradesco • Ag.1901 • C/C: 35612-3E-mail: [email protected] rádio Dimensão • On-line: www.radiodimensao.com.br Assinaturas: www.semap.com.br

Caro leitor, registre-se no site SEMAP para receber seu login e ter acesso aos complementos de nossas matérias: www.semap.com.br

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p a l a v r a d o p a s t o r

Promessa feita no passado com garantia eterna

Jesus Cristo

é o mesmo,

ontem, e hoje, e

eternamente.

(Hb 13.8)

Pr. Álvaro Alén Sanches

“ “

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Nosso Brasil recebeu médicos para prestar ser-viços nas regiões carentes, e houve comentário comprobatório de que muitos foram reprovados por falta de autenticidade na origem dos docu-mentos apresentados. Isto deu munição aos opositores do projeto Mais Médicos. Esta situa-ção me fez também pensar que o enviado a uma missão tem a sua garantia firmada em quem o enviou e nos documentos que ele apresenta.

Analise comigo, jamais Deus enviaria alguém em missão para ser reprovado, ou sem documenta-ção que provasse a sua origem - II Cor 5.20: “de sorte que sois embaixadores a serviço dos céus”.

A) OS PRIMEIROS DOS PRIMEIROS A SEREM ENVIADOS (LC 10.1-12)

Eles receberam de Jesus instruções que servem para nós até hoje. Porém, não receberam as pro-messas (Mc 16.15-20).

Na passagem de Lc 10.1-12, Jesus deixa bem claro a realidade da evangelização, de que serão odiados e que terão que aprender a confiar em Deus, e não na bolsa. Ainda menciona sobre re-lacionamento e como se sair diante de uma es-tranha recepção, e também deixa claríssimo que digno é o obreiro do seu sustento.

B) PORÉM OS ENVIADOS DEFINITIVOS RECEBEM PROMESSAS AUTENTICADAS

As promessas que Jesus deixou aos apóstolos tem validade eterna, pois tem a assinatura dele (Jo 15.8,16).

1º) Promessa de Paz (Jo 20.21)

Ninguém mais do que um enviado em missão precisa de paz, especialmente um servo do Se-nhor (Lc 10.4).

Pedro é um grande exemplo quando no tronco dormia entre inimigos, ele tinha paz (At 12.5,6).

Pode alguém cantar em prisões? Paulo e Silas desfrutavam desta paz (At 16.23-26).

Neste exato momento temos muitos ao redor da terra com sua vida e dos seus em risco de morte, mas que estão em paz. Esta paz que Jesus dá

é a semente das Boas Novas de Salvação a ser semeada por um enviado (Is 9.6; Ef 2.14).

2º) Promessa em Nome de Cristo (Mc 16.17)Grau de promessa do nome:

Nome dado por Deus antes de nascer (Luc 1.31; 2.21) e até hoje este nome tem validade (Hb 13.8). Neste nome milagres acontecem: aleijados são curados (At 3.6; 9.34), demônios são expulsos (Mc 16.17). Neste nome há salvação (At 4.12). Diante deste nome todos os joelhos se curvarão (Fl 2.10). Trata-se de uma procuração com poder ilimitado, e assinada por Jesus, aquele que foi morto e ressuscitou. Uma garantia de vitória (Ap 1.17,18).

3º) Promessa da Presença do Senhor (Mt 28.30)

Somente o nome já é algo de valor incomensurá-vel, pois representa a pessoa, e nesse caso aqui é a pessoa de Jesus, Rei dos reis, Senhor dos se-nhores (Ap 19.11-16). A presença de Jesus, do Es-pírito Santo, é vital para um enviado (Lc 24.28,33), e é uma certeza (Jo 14.16).

O objetivo é convencer o pecador (Jo 16.8), guiar pela verdade (Jo 16.13) e orientar na tarefa mis-sionária (At. 16.9).

A promessa da presença de Cristo é algo extra-ordinário, e faz a diferença para um missionário no campo diante de ameaças e responsabilida-des (Ex 33.12-16).

Moises afirma no v.15 - “Se tu mesmo não fores conosco, não nos faças subir daqui”. Com Jesus tudo é diferente. Ele se faz presente através da onipresença em todos os lugares onde está o seu povo que clama (Mt 28.20).

Somos enviados com segurança absoluta, temos paz, temos um nome poderoso e a presença do Senhor. Além disto, temos também a última das promessas - o revestimento do Espírito Santo (At 1.8), da qual falaremos em outra oportunidade.

Deus vos abençoe. Amém!

Pastor Presidente • Álvaro Alén Sanches

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c a r t a s e e m a i l s

Balanço Geral

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo

para todo propósito debaixo do céu. (Ec 3.1) “

A graça e a Paz do Senhor !

Passou-se o penúltimo mês do ano de 2013, e nes-se período muitas coisas me aconteceram confir-mando que a “estação” mudou em minha vida, e de que não retornarei ao campo com propósito de servir a longo prazo. Moro no Brasil e estou a atuar na retaguarda quanto ao trabalho missionário.

Foi muito gratificante ver quinze obreiros, que par-ticiparam do treinamento teórico do curso de mis-sões que coordeno (CAAM), terem a sua primeira experiência atuando na área de pioneirismo no Brasil nas regiões: Piauí, Ceará, Maranhão e Vale do Jequitinhonha. Glória ao Senhor! O CAAM desse ano foi uma bênção, quase setenta alunos passa-ram pelo treinamento.

Nesse segundo semestre atuei também como pro-fessora no instituto teológico da nossa igreja e foi uma experiência muito boa poder falar de Missões para os alunos, obreiros, do IMP (Instituto Missão aos Povos).

Para minha surpresa e alegria fui convidada para estar no norte do Iraque numa viagem de curto pra-zo, para auxiliar um casal (amigos), que estão ser-vindo ali, na estruturação do curso de capacitação Missionária. Que privilégio poder fazer parte desse mover do Senhor aqui no Curdistão, no primeiro curso para futuros missionários do país.

A atuação prática dos alunos tem sido entre refu-giados sírios. A igreja árabe, a qual estou a apoiar no departamento de missões, tem dado cobertura nesse projeto, e mais de 2.200 crianças puderam desfrutar de momentos especiais com descon-tração, jogos com princípios bíblicos, teatro, apre-sentação com fantoches, distribuição de materiais escolares e preparo de lanches. Vários irmãos de outras regiões, vindo da capital e de outra cidade aqui perto, também irmãos do Egito, tem se juntado à igreja local diante dessa grande obra.

Missionária SEMAP com larga experiência em campos onde o evangelho é restrito

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Obreiros Nativos da Índia

Visitou o SEMAP

Este é Sanjeev! Coloque-o nas suas orações. Sanjeev é mais um dos obreiros nativos que nos au-xilia na administração do Projeto Raise the Banner.

Nos o chamamos de “pau para toda a obra”, pois o mesmo atua como músico, Office boy, obreiro, propagandista do evangelho e tudo mais que lhe for solicitado.Sanjeev reside em dois cômodos juntamente com sua esposa e a filha de 12 anos, mas possui o sonho de ter sua casa própria.

Oremos para que esta família cresça na fé e conti-nue levando mais almas para o Reino. E que a doce Paz do Senhor seja perceptível aos olhos de todos da Índia.

AbraçosMárcia e Vivek • Missionários na Índia.

A secretária do SEMAP Elisoá envia e-mail com esta foto contando que o cantor Samuel Moyses, músico que faz parte do grupo Voz da Verdade e tem sua própria banda Brothers Music, conheceu o SEMAP e gostou muito da revista Visão Missionária.

Só Deus para atuar tão excepcionalmente. Temos visto MILAGRES, porque entre os irmãos só havia desejo de ajudar, mas não existia um plano de ação para a intervenção devido à falta de recursos, pro-jeto especifico, nem dinheiro, e em um mês TUDO aconteceu. Obreiros estrangeiros se juntaram com nacionais bem preparados (que se uniram a equi-pe), o dinheiro foi surgindo, e o Senhor operou ma-ravilhas. A Ele toda a gloria.

Obrigada amigos e irmãos por contribuírem de al-guma forma para que o Reino seja anunciado.

Quero contar com sua intercessão sobre:• Que o Senhor venha agir de forma

sobrenatural sobre a vida dos alunos;• Que o Senhor continue me guardando

dos dardos do maligno;• Pela saúde da minha mãe no Brasil.

“Louvem-te ó Deus os povos; louvem-te os povos todos.” (Sl 67.3)

No amor do Mestre, Irinéa Matos

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c r ô n i c a s m i s s i o n á r i a s

O Fermento e a Missão

O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado. (MT 13:33)

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Pr. Ronaldo Lidório é missionário e tradutor bíblico. Casado com Rossana e pai de dois filhos, atuou como missionário na África durante 10 anos entre as tribos Konkomba e Chakali. Atualmente lidera uma equipe que trabalha para alcançar grupos indígenas na Amazônia Brasileira. É tradutor do Novo Testamento para a língua Limonkpeln, de Gana e consultor cultural para projetos pioneiros entre povos animistas em diversos campos. Doutor em Antropologia Cultural escreveu diversos livros, dentre eles “Missões, o desafio continua” e “Konkombas”. É liga-do à Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT) e à Missão AMEM

As parábolas ensinadas por Jesus traziam profundos ensinos de vida e fé. A mais curta parábola se encon-tra em Mateus 13.33 quando Jesus compara o Reino de Deus, bem como a nossa missão, ao fermento. Matthew Henry e outros expositores nos falam a res-peito de algumas particularidades deste elemento na parábola de Cristo.

O fermento sozinho é inútil. Ele, em si, é um pó fino e pode permanecer guardado por meses sem cau-sar nenhum efeito. Ele foi criado para se misturar, para se expor. Quando toca a massa esta passa a ser mudada, pouco a pouco, até crescer em grandes pro-porções.

O verdadeiro Cristianismo é formado por pessoas que não se isolam, não tem medo de se expor e que procuram os lugares onde podem exercer influência. Jesus sempre estava nas ruas, entre o povo, conver-sando sobre a realidade da vida, seus problemas e angústias. Procurava a massa para nela se misturar.

M. Bounds nos diz que: “Constantemente nos esfor-çamos por criar novos métodos, novos planos, para garantir eficiência na Igreja. Esquecemos-nos que o homem é o método de Deus. A Igreja procura méto-dos melhores. Deus procura homens melhores.”O fermento trabalha em silêncio. A massa de pão cresce silenciosa e vagarosamente. O fermento não chama atenção para si, seu valor, mas para aquilo que pode fazer. Por meio do fermento pessoas vão mudando. Um dos problemas de hoje é que somos grandes de-mais e barulhentos demais. E, assim, influenciamos pouco demais. Por isto Ghandi afirmou que “cria no nosso Cristo, mas não no nosso Cristianismo”.

Crentes gostam de fazer barulho, usar volumes altís-simos, palanques e a mídia, mas a transformação do mundo se dá silenciosamente por meio de testemu-nhas que vivem o verdadeiro Cristianismo, que des-

pertam a curiosidade dos que estão ao seu redor, que influenciam pessoas com suas vidas.

O fermento funciona melhor sob pressão, em altas temperaturas. A massa do pão, quando misturada ao fermento, deve ser enrolada e guardada em lugar fechado, quente e abafado. Ali é onde o fermento fun-ciona melhor.

Os que são do Reino não devem pedir a Deus um lu-gar com sombra e água fresca, mas sim para serem colocados onde poderão brilhar. É sob pressão e em altas temperaturas que iremos frutificar mais. Fomos chamados por Deus para influenciar onde há injustiça, pobreza e miséria. Onde há órfãos, encar-cerados e enfermos. Onde pessoas passam por pri-vações, humilhações e tristeza. O chamado do crente é para ser fermento onde ele é necessário.

O fermento gera grandes transformações. Três me-didas de farinha são aproximadamente vinte quilos. Com o fermento, seria pão para multidões! O texto nos diz que “tudo ficou levedado”, tudo cresceu. Hou-ve grandes resultados!

Há diversos ambientes que necessitam urgente-mente de transformação. Há ainda 2.222 povos que não conhecem o Evangelho na face da terra. Mais de 3.000 línguas sem nenhum versículo da Palavra de Deus. Somente no Brasil há ainda 121 etnias indí-genas não evangelizadas e mais de meio milhão de ciganos sem o testemunho de Cristo. Há milhares de comunidades ribeirinhas sem uma igreja de Cristo e, nas cidades, os menos alcançados são os mais ricos entre os ricos e os mais pobres entre os pobres. O mundo carece de grandes transformações.

Precisamos ser fermento, portanto, que se mistura com a massa, que age silenciosamente onde está, que está disposto a trabalhar sob pressão e que gere grandes transformações para a glória de Deus.

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o p i n i ã o m i s s i o n á r i a

VisãoMissionária na Igreja Local

Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. (Mt 9.37)

Russel Shedd

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A carência generalizada de interesse em missões transculturais no Brasil é evidente quando examinamos as estatísticas. Se há 30 mi-lhões de crentes evangélicos que enviam 3.500 missionários trans-culturais para além das fronteiras, há um missionário para cerca de 9.000 crentes. Não precisa ser bom matemático para concluir que o interesse em missões transculturais é realmente mínimo. Gra-ças a Deus há algumas raras igrejas que têm se despertado para a necessidade de cooperar nesta tarefa que Jesus passou para seus discípulos a mais de dezenove séculos passados. Visão missionária muda as prioridades da igreja. Desejamos apresentar aqui alguns dos fatores que criam uma visão missionária na igreja.

I. Elementos que suscitam uma visão missionária

Quando lemos o livro de Atos devemos notar que o interesse na evangelização das nações começou na perseguição de Estevão. Até a data em que os discípulos de Jerusalém saíram da cidade, o envolvimento na Grande Comissão foi inexistente. Uma vez que muitos se dispersaram pelas regiões de Judéia e Samaria, lhes pa-recia natural pregar a Palavra por onde quer que fossem (At 8.1,4).

O mesmo acontece hoje com brasileiros que, enfrentando dificul-dades em encontrar trabalho, saiem do país para o primeiro mun-do. Emigra para os Estados Unidos, Europa e, notavelmente, para o Japão. Somente no Japão existem 300 igrejas e grupos evangéli-cos que surgiram para ministrar para os imigrantes brasileiros que ali trabalham. Despertam-se também pela grande necessidade de esforço para ganhar japoneses natos e fundar igrejas na terra dos seus antepassados.

II. Ouvindo a voz do Espírito

Outro fator que intensifica o interesse missionário são os líderes que oram e jejuam juntos como os cinco pastores da igreja de Antioquia. O texto não menciona as preocupações desses homens dedicados ao ministério dessa igreja, porém, foi nessa ocasião que o Espírito Santo falou: “Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho cha-mado” (At 13.2). Acho razoável pensar que a liderança que ora pouco e somente para necessidades locais, dificilmente escutará a voz de Deus chamando dois deles para formar uma equipe missionária.

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o p i n i ã o m i s s i o n á r i a

Muitos pastores locais têm dificuldade em ou-vir o clamor dos povos ainda não alcançados. Eles pensam apenas sobre as muitas necessi-dades nas redondezas. Evangelizar, discipular e plantar congregações em volta da igreja mãe parece ser uma tarefa muito mais razoável do que enviar alguns dos seus melhores obreiros para o exterior, onde o custo de vida é muito mais alto, onde a cultura é diferente e onde será necessário aprender uma língua nova.

Todas essas considerações, de fato, pesam, mas se todos pensassem assim, como chega-ria o Evangelho aos povos que não tem nenhu-ma igreja sequer?

III. A suposta falta de recursos

Uma terceira razão que os pastores brasi-leiros acham é que o peso de evangelizar os não-alcançados de outras terras seria a responsabilidade do primeiro mundo, e também devido à escassez de recursos. Passagens aéreas são caras. Aluguéis e ali-mentos em muitas terras distantes também são. Sustentar missionários transculturais requer muita disciplina e compromisso a longo prazo. Porém, é somente pensar os muitos templos caros, construídos com sa-crifício e muita dedicação, para concluir que prédios valem mais que pessoas desconhe-cidas que moram em terras distantes. Uma visão missionária precisa da mente de Deus,

que amou tanto ao mundo que deu seu Fi-lho unigênito para que os habitantes desse mundo pudessem receber a eterna salvação, a qual foi paga por Jesus na cruz.

O caminho para conseguir uma visão missionária

A preocupação com a evangelização dos po-vos, que não tem acesso ao Evangelho, co-meça com uma visão do tamanho da colheita que aguarda a ceifa. Jesus observou que essa seara era grande em sua geração; imagina quantas vezes maior é hoje. A visão missio-nária necessita mapas, fotos, estatísticas que mostram a necessidade do mundo.

Em segundo lugar, seria necessário sentir profundamente a falta de obreiros disponíveis para ceifar. A maioria esmagadora tem outros afazeres e preocupações. Estão se dedicando a outras carreiras. Oração de fé muda atitudes egoístas.

Em terceiro lugar, Jesus recomenda a oração ao Senhor da colheita para ele enviar traba-lhadores (Mt 9.35; Lc 10.2). O poder que con-vence pessoas desinteressadas tem de vir do Mestre. Se ele despertar e chamar candidatos como William Carey, aquele pioneiro missioná-rio para Índia em 1792, eles se tornarão servos preparados para um compromisso missioná-rio radical. .

Russel Shedd formou-se em 1949 bacharel no Wheaton College. Ainda em Wheaton completou o mestrado em estudos do Novo Testamento, e em 1953 o mestrado em teologia no Faith Seminary, em Filadélfia. Aos 25 anos for-mou-se doutor (PhD) na Universidade de Edimburgo. Casou-se com Patrícia em 1957. Possuem cinco filhos. São missionários no Brasil desde 1962. Além de ser autor de inúmeros livros, é também o autor das notas explicativas da Bíblia Vida Nova.

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Queira efetivar o depósito na conta: Banco Bradesco Agencia 1901, C/C 35612-3 em nome de Igreja Evangélica Assembleia de Deus. Mande o comprovante e o cupom para: SEMAP - Av. Rondon Pacheco, 4094-Uberlândia-MG CEP38 408 404 - Fone: (34)3210 0693 ou via e-mail: [email protected]

COMO FAZER ASSINATURA: Muitos leitores nos escrevem solicitando informações para fazer assinatura, você poderá entrar no site www.semap.com.br e assinar através do PagSeguro com cartão de crédito ou boleto, assim como poderá fazer através do correio preenchendo o cupom abaixo:

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c o n g r e s s o s

1º Encontro de Missões SEMADESV

Aconteceu de 16 a 18 de agosto no Templo Central da Assembleia de Deus Missão em Santa Vitoria o 1° En-contro de Missões realizado pela SEMADESV - Secretaria de Missões da Assembleia de Deus em Santa Vitoria-MG.

Com grande entusiasmo e alegria, a SEMADESV apre-sentou uma linda abertura dos 10 principais países do ranking de perseguição em 2013, tendo a participação do grupo de apresentações e da mocidade local.

Com regozijo, o Pr. Jesus Donizeth Ferreira (Presidente AD Santa Vitoria) realizou a abertura com oração, e rece-beu todos os presentes com uma calorosa saudação de boas vinda a esta bela festividade. Estiveram presentes também, nos dias do evento, pastores e autoridades de toda região e sudoeste goiano.

Para a ministração da palavra foram convidados o Missionário Ev. Dagnaldo Pinheiro (Uberlândia-MG), que esteve no Egito por nove anos fazendo missões, também Pr. Jeremias (Presidente da AD em Sta. He-lena – GO) e Pr. Ivan Barretos (Presidente da AD em Capinópolis-MG). No louvor, participaram a dupla Edilson e Adriana (Quirinopolis-GO), além de con-juntos, corais, grupo teatral e cantores locais.

A diretoria da SEMADESV, na pessoa do pastor e diretor Nelimar Carvalho, agradece a Deus pe-las bênçãos derramadas, pela salvação de almas e a todos que contribuíram para realização do 1° Encontro de Missões, e ainda convida a todos para que abracem a obra missionária que está no coração de Deus.

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quinta-feira, 28 de novembro de 2013 18:06:50

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m a t é r i a d e c a p a

Síria, uma oportunidade entre a Guerra

É Ele que cessa todas as guerras, quebra o arco, corta a lança, queima os carros no fogo. (Sl 46.9)

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Síria, uma oportunidade entre a Guerra

A história dos arameus está ecleticamente fun-dida com a da Síria, que começa no berço da civilização que é a Mesopotâmia, e esta palavra tem origem grega com significado “terra entre rios”, uma referência aos rios Tigre e Eufrates no Oriente Médio, onde essa região localiza-se e que, atualmente, os grandes historiadores di-zem ser o atual Iraque e Líbano.

Os arameus são descendentes de tribos nô-mades da antiguidade que povoaram a Meso-potâmia, e compunham um conjunto de tribos que entre os séculos XI e VIII a C. instalou-se em Aram.

Os arameus são citados muita vezes no An-tigo Testamento desde o Gênesis, como des-cendentes de “Aram” (Arameus - Gn. 10 e 22; 2 Sam.10.7,11). Esta civilização é considerada uma das mais antigas da história, por ter sido a habitação dos povos que fazem parte da gênesis da civilização que são os babilônicos, assírios sumérios, caldeus, amoritas, acádios e outros.

No âmbito global, eram povos completamen-te politeístas com raras exceções, pois

acreditavam em vários deuses li-gados às suas crenças pagãs.

Dentro da ótica que se refere à política, tinham uma forma de organização baseada na centralização de poder, em que apenas uma pessoa como imperador ou rei co-mandava tudo. A economia

destes povos era baseada na agricultura e no comércio

nômade de caravanas.

Os Arameus ea Mesopotâmia

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A Síria e o Antigo Testamento

m a t é r i a d e c a p a

Fundamentadas nesta linha da história, apa-recem no Antigo Testamento as genealogias das nações ancoradas numa tradição (Gen 11. 28). Dentro da História relacionada com Jacó e Labão em Gen 31. 17, podemos mostrar os sírios intimamente relacionados aos hebreus, desde o tempo dos patriarcas, isto é, a partir do século XVI a.C, tendo residido em todo o norte da Síria, na região de Aram.

Esta região se tornou palco de constantes batalhas na dispu-ta pelo seu controle. Envolvidos nestas lutas estavam os povos que sucessivamente guerrea-vam: canaanitas, fenícios, ara-meus, hebreus, egípcios, sumé-rios, assírios, babilônios, hititas, persas, gregos e bizantinos.

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A Posse das Terras Próximas aos RiosNeste quadro aparece a Síria numa história marcada fortemente pela influência e rivali-dade no controle das regiões férteis, próximas aos rios, para desenvolverem suas habilidades buscando a garantia da sobrevivência.

No panorama desta perspectiva, a região da Mesopotâmia era uma excelente opção, pois garantia aos moradores água para consumo, rios para pescar e meio de transporte pelos

rios para o desenvolvimento do comércio. Ou-tra forma de se beneficiarem dos rios cauda-losos que banhavam aquelas localidades eram as cheias que fertilizavam as margens, garan-tindo um ótimo local para o desenvolvimento de uma melhor agricultura com a garantia de grandes colheitas. Sendo assim, toda região da Mesopotâmia foi lugar de grandes homens e de grandes acontecimentos na primitiva história da humanidade.

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Page 20: Revista 49

m a t é r i a d e c a p a

A Síria e Israel nos Tempos BíblicosDentro de uma ótica analítica dos tempos bíblicos, os reis sírios armavam exércitos contra Israel, seus antecedentes delineados nos conflitos polí-ticos de desentendimento mais remoto e na mais truculenta relação.

As histórias relatam que os sírios invadiram Israel várias vezes, sob a liderança dos reis: Cusã-Risa-taim, Ben-Hadade I, Ben-Hadade II, Hazael, Ben-Hadade III e Rezim. A palavra Síria aparece em toda bíblia cerca de 70 vezes. Logo após a morte do rei Salomão, as diplomacias da paz acabaram-se e o rei de Damasco firmou pacto com outros Estados ara-meus, resultando em desentendimento e conflitos entre Israel e Damasco por vários anos.

Os anos se passaram e as tensões não deixaram de existir entre a Síria e várias outras nações, e entre a Síria e o seu próprio povo.

De acordo com uma passagem registrada no livro do profeta Isaías, pode-se fazer uma leitura profética sobre a destruição de Damasco que nunca aconte-ceu, mas não podemos nos esquecer de que a ci-dade de Damasco nunca foi atacada, mas a história nos conta que, por várias vezes, foi conquistada, isto é, como diz as escrituras, nunca foi trazida às ruínas.

É possível que essas profecias se cumpram num tempo similar a este que a Síria está passando,

porque a cidade é palco de uma guerra civil com milhares de mortos pelas armas, pela fome, e por agentes químicos, o que sinaliza uma possível in-tervenção externa pela ONU.

Não sei o que você, leitor da VMS, pensa sobre este assunto. Mas para mim, Deus zela sobre a sua palavra para cumprir as profecias, e as que ainda não se cumpriram, dentro do tempo do El-chadai, há de se cumprir.

Oremos pela Síria e por todos os missionários que estão lá, e também pelos demais países àrabes para que tenham graça e possam ficar firmes nas promessas de Deus. Os missionários são os arau-tos do Ide de Jesus ás nações. Suas chamadas são regidas por um ideal mais alto do que a própria vida.

Amados, paz e Graça Joaz Galdino

Pr Joaz Galdino é Pós-graduado no Antigo

Testamento, Bacharel em Teologia , Pleni-

ficação em Filosofia, Plenificação em His-

tória, Plenificação em Ciência da religião,

Graduado em Pedagogia, Pós-graduado

em Ciência da Religião, Pós-graduado em

Gestão Escolar, Pós-graduado Docência

do Ensino Superior, Pós-graduado Psico-

pedagogia, Mestre em Ciência da Religião

e Doutor em Teologia.

20

Page 21: Revista 49

A Síria Atual: Política, Economia e ReligiãoA Síria, que tem o seu nome de origem hebraica, é um país ao norte de Israel. A República Árabe da Sí-ria tem como capital a cidade de Damasco, conside-rada a capital mais antiga do mundo, porém, exis-tem outras cidades que disputam este título.

Damasco desde os tempos mais remotos foi um im-portante centro de cultura e comércio, assim tam-bém era na época em que viveram Jesus e Paulo e continua sendo até hoje.

A Síria ocupa uma área de 185.180 km² no Oriente Médio, nas coordenadas 35N, 38E, fazendo frontei-ras com o Mar Mediterrâneo, Iraque, Israel, Jordâ-nia, Líbano e Turquia. A Síria tem sua economia baseada em 50% dos setores petrolífero e agrícola. Embora seja expor-tadora de óleo, petróleo bruto, minerais, deriva-dos do petróleo, frutas e verduras, trigo, fibra de algodão, têxteis, vestuário, carnes e animais vivos. Os desafios econômicos que a nação enfrenta a longo prazo incluem desemprego, diminuição da produção de petróleo, inflação, poluição da água, expansão industrial e alto crescimento populacio-

nal, contando na atualidade com cerca de 20 mi-lhões de habitantes.

Principais religiões: muçulmana sunita (74%), ou-tras muçulmanas incluindo alawita e druza (16%), cristã (10%), judaica (pequenas comunidades em Damasco, Al Qamishli e Aleppo).

Idiomas: árabe, curdo, armênio, aramaico, circas-siano amplamente entendido, francês, e inglês pou-co entendido.

Desde 1946, ano em que a Síria independeu-se da França, o país sofre instabilidade política e tentativas de golpe. De 1958 a 1961 uniu-se ao Egito como Re-pública Árabe Unida, estabelecendo-se novamente como República Árabe da Síria.

Por sua posição geográfica, com fronteiras com Israel, Iraque e Líbano, a Síria tem grande influ-ência na mediação da paz entre aquelas nações fronteiriças. A contemporânea Síria política é a mesma da antiguidade, com a exceção que na guerra dos seis dias em 1967, a Síria perdeu os montes Golan para Israel.

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Entenda a Crise na SíriaA Guerra Civil Síria (às vezes referida como Re-volta Síria, ou ainda Revolução Síria) é um confli-to interno em andamento na Síria, que começou com uma série de grandes protestos populares em 26 de janeiro de 2011, e progrediu para uma violenta revolta armada em 15 de março deste mesmo ano, influenciados por outros protestos simultâneos no mundo árabe.

As manifestações populares por mudanças no governo foram descritas como “sem preceden-tes”. Enquanto a oposição alega estar lutando para destituir o presidente Bashar al-Assad do poder, para posteriormente instalar uma nova liderança mais democrática no país, o governo sírio diz estar apenas combatendo “terroristas armados que visam desestabilizar o país”.

Foi iniciada como uma mobilização social e midi-ática, exigindo maior liberdade de imprensa, direi-tos humanos e uma nova legislação. A Síria vive em estado de emergência desde 1962, que efeti-vamente, suspende as proteções constitucionais para a maioria dos cidadãos.

Por Cleiton e Irinéa

m a t é r i a d e c a p a

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Page 23: Revista 49

Oficializa-se o “Conflito Armado Não-Internacional”

Em 15 de julho de 2012, com grandes combates ir-rompendo por todo o país, a Cruz Vermelha interna-cional decidiu classificar o conflito como guerra civil (o termo preciso foi “conflito armado não-interna-cional”) abrindo caminho à aplicação do Direito Hu-manitário Internacional ao abrigo das convenções de Genebra e a investigação de crimes de guerra. Se-gundo a ONU, e outras organizações internacionais, crimes de guerra e contra a humanidade vem sendo perpetrados pelo país por ambos os lados de forma desenfreada.

Desde o início da guerra, as forças leais ao go-verno foram os principais alvos das denúncias, sendo condenadas internacionalmente por in-contáveis massacres de civis. Milícias leais ao presidente Assad e integrantes do exército sírio foram acusadas de vários assassinatos e de co-meterem inúmeros abusos contra a população. Contudo, durante o decorrer das hostilidades, as forças opositoras também passaram a ser acu-sadas, por organizações de direitos humanos, de crimes de guerra.

O resultado da repressão e dos enfrentamen-tos com os protestantes acabou em centenas de mortes, a grande maioria de civis. Muitos militares se recusaram a obedecer às ordens de suprimir as revoltas e manifestações, e alguns sofreram represálias do governo por isso. No fim de 2011, soldados desertores e civis armados da oposição formaram o cha-mado Exército Livre Sírio para iniciar uma luta convencional contra o Estado.

Em 23 de agosto de 2011, a oposição final-mente se uniu em uma única organização re-presentativa formando o chamado Conselho Nacional Sírio.

A luta armada então se intensificou, assim como as incursões das tropas do governo em áreas controladas por opositores.

Surge o Chamado Exército Livre Sírio

Hafez al-Assad esteve no poder por trinta anos, e seu filho, Bashar al-Assad, tem mantido o poder com mão firme nos últimos dez anos. As mani-festações públicas começaram em frente ao par-lamento sírio e a embaixadas estrangeiras em Damasco. Em resposta aos protestos, o governo sírio enviou suas tropas para as cidades revolto-sas com o objetivo de encerrar a rebelião.

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Mortes e Desolações no Século XXIO conflito na Síria continua causando sofrimento huma-no e destruições imensuráveis. Dados compilados pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) indicam que 100 mil pessoas fo-ram mortas desde março de 2011, quando começou o levante contra o presidente Bashar al-Assad.

A estimativa é que 6,8 milhões de pessoas necessitem de assistência humanitária urgente, incluindo 3,1 mi-lhões de crianças. Desse total, 4,25 milhões são deslo-cados – internos. Até 9 de setembro, já havia mais de 2 milhões de refugiados sírios nos países vizinhos e Norte da África.

m a t é r i a d e c a p a

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Page 25: Revista 49

3/4 das Crianças Traumatizadas pela Guerra

Cerca de 1,2 milhão de famílias tiveram suas casas atingidas de acordo com a Comissão Econômica e Social para a Ásia Ocidental (ESCWA). Cerca de 400 mil delas foram completamente destruídas, 300 mil parcialmente destruídas e 500 mil sofreram danos de infraestrutura.

Cerca de 57% dos hospitais públicos foram danificados ou destruídos e 37% es-tão fechados, segundo a OMS. Muitos profissionais de saúde estão fugindo do país, e os que permanecem têm muita dificuldade para chegar aos postos de trabalho por causa da insegurança.

Uma pesquisa conduzida pela

Turquia, Estados Unidos e No-

ruega mostra que 3/4 das cer-

ca de 8,4 mil crianças sírias, a

maioria entre 10 e 13 anos re-

fugiadas no campo de Gazian-

tep Islahiye na Turquia, perde-

ram ao menos um parente no

conflito.

O estudo revela que a maioria

delas apresenta sinais de estres-

se e trauma, e 44% presencia-

ram ao menos cinco de onze

eventos adversos associados

a guerra e desastres. Metade

das crianças sofre depressão e

muitas estão preocupadas com

familiares que permanecem no

país.

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Page 26: Revista 49

m a t é r i a d e c a p a

Como a Igreja Tem Respondido às Oportunidades

A Igreja no norte do Iraque res-ponde às necessidades dos refu-giados da região.

CurdistãoPara melhor compreensão, é im-portante que o leitor saiba que aqui no Curdistão, ou Norte do Iraque, onde residem os missio-nários SEMAP, vários povos vi-vem juntos.

Os curdos são um povo que pos-sui sua própria cultura, língua, e eles vivem distribuídos em vários países, e são de maioria muçul-mana. A maior população de povo curdo está localizada na Turquia, e embora eles estejam distribuí-dos em varias nações do mundo, no Oriente Médio há uma grande quantidade deles assim distribuí-dos pelo Irã, Síria e Iraque.

No Iraque eles possuem seu pró-prio território, sua bandeira e sua própria língua, que diverge das línguas faladas dentro do próprio país e também de outras nações.

Os curdos têm lutado por muito tempo pela independência po-lítica e reconhecimento diante

da comunidade internacional. A região curda tem servido de re-fugio para muitos povos da Ásia, mas principalmente para árabes residentes vindos da capital Bag-dá e de outras regiões que não possuem mais segurança de vida aos ataques e sequestros naque-las regiões.

Esta região, ao contrário do que muitos imaginam, é um local seguro. A fiscalização quanto à entrada de estrangeiros, e prin-cipalmente árabes, é bem acirra-da. Embora o governo curdo atue diligentemente, sua intervenção não amedronta os moradores. Há estabilidade econômica e o país passa por rápido crescimento, buscando acompanhar a realida-de de países desenvolvidos.

Os refugiados da Síria que estão aqui são curdos, e o governo lo-cal junto com ONGs internacio-nais tem dado o suporte básico necessário. Milhares de tendas permeiam essa região, totalizan-do quase 200.000, e a Igreja teve oportunidade de estar junto a um campo com aproximadamente 12.000 moradores.

De acordo com a ONU 2.124.521 buscaram refugios nos países vizinhos. Líbano 812.321; Turquia 513.090; Jordania 544.374; Iraque 199.985; Egito 125.983.

Refugiados

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Page 27: Revista 49

A Guerra Aproxima Culturas Diferentes

Milagres

A Igreja Evangélica AD é bem jovem, com pouco mais de 10 anos de existência, conta hoje com mais de 150 membros. Somente há 6 anos, em 2007, foi recebida a permissão oficial do governo local para existir como Igreja. Em julho passado (2013) foi inaugurado o prédio próprio com capacidade para cerca de 300 pessoas. É uma Igreja avi-vada e muito comprometida, mas até então desenvolvia o ministério basicamente entre a comunidade cristã nominal.

As barreiras pelas quais a Igreja não se envolvia com curdos locais eram várias, a começar por se tratar de outro povo, com perfil diferen-te, problemas de relacionamento entre árabes e curdos, rejeição de ambos os lados, e também por ser um povo muçulmano em que a es-trutura de evangelização é bem mais desafiadora. Com a chegada dos curdos refugiados da Síria, Deus tem despertado a Igreja e está moven-do-a em amor junto aos muçulmanos refugiados residentes na nação.

A Igreja Assembléia de Deus

árabe está localizada na região

curda do país, ou seja, no norte

do Iraque, onde os refugiados

curdos provenientes da Síria es-

tão estabelecidos.

O acontecimento bíblico ocor-

rido aqui no Iraque quanto ao

surgimento de várias línguas,

dando origem aos povos em

Babel, se percebe até os dias

de hoje. A igreja árabe se cons-

titui de membros assírios que

utilizam a língua materna em

casa, entre família, mas como

não usam a Bíblia em assírio,

eles cultuam ao Senhor em ára-

be, por ser a língua que oram e

lêem a bíblia.

A língua árabe é a língua que os

cristãos nascidos nesse território

iraquiano são alfabetizados. Na

escola os alunos também estu-

dam a língua curda por viverem

no território curdo.

A Igreja e osRefugiados

A partir do desejo que o Senhor colocou no coração de alguns irmãos, estes foram conversar com autoridades do local para conhecer as possibilidades da Igreja apoiar as crianças refugiadas, e para nos-sa surpresa e satisfação as portas foram totalmente abertas para a gloria do Senhor. Essa foi a resposta recebida: A Igreja poderia fazer “festas” para as crianças. Maiores desafios foram surgindo. Quem ajudaria? Quantas crianças poderiam desfrutar de um tempo de des-contração e aplicação de princípios bíblicos? Com que dinheiro se fa-ria o trabalho?

A palavra dada pelo pastor da Igreja diante dos desafios foi: “Cami-nhem e a provisão virá.” Em um mês surgiu a oportunidade e a Igreja entrou no campo de refugiados sírios, sem um plano de ação bem elaborado, sem enxergar ao certo qual recurso a utilizar, e sem ter dinheiro em caixa, porém fomos movidos pelo direcionar do Senhor.

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m a t é r i a d e c a p a

Aquietai-vos e Sabei Que Eu Sou Deus

A Multiplicação dos Recursos

Ao saber da noticia, um grupo de Bagdá veio apoiar o trabalho. Um irmão da Igreja já estava montan-do há seis meses seu material evangelístico para crianças, e treinando para atuar como palhaço. Outros dois irmãos já haviam feito o curso da Apec

no Brasil, ou seja, estavam prontos diante da opor-tunidade, estes não hesitaram em apoiar a equipe.

Outro grupo de 30 irmãos de uma cidade vizinha veio apoiar. Estrangeiros servindo na nação também se juntaram para o trabalho, e a Igreja do Senhor en-tão pôde servir e atender ao chamado da terra, com guarida aos necessitados, demonstrando o amor do Senhor e a ensinar princípios bíblicos entre crian-ças muçulmanas. Ainda contamos com cerca de 50 voluntários do próprio campo de refugiados, que apesar de serem muçulmanos, serviram com mui-ta alegria ao lado da Igreja.

Nossa oração é para que eles sejam tocados pelo Amor de Jesus, enquanto caminham com os irmãos a consolarem e alegrarem as crianças! E quanto ao dinheiro, como fariam? O Senhor moveu corações e foi chegando ofertas para o exercício do ministério entres os sírios. O Senhor é fiel em todo o tempo!

Histórias contadas com fantoches, teatro, jogos com bola, lanches e doação de materiais escola-res foram oferecidos para cerca de 2500 crianças, um milagre! Recordemo-nos da multiplicação dos pães e peixes como “operado por Jesus”, seria a preparação para auxiliar tantas crianças? Quanto de recurso seria necessário para supri-las? O nos-so Deus é um Deus de milagres.

Prof. Irinéa Matos colaborou nesta reportagem e na ministração de aulas preparatórias para a formação dos primeiros obreiros iraquianos.

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c o l u n a m i s s i o n á r i a

Jubileu de Prata do Trabalho Missionário Assembleia de Deus Uberlândia Neste ano de 2013, o SEMAP – Serviço de Missões aos Povos - da Igreja AD Uberlândia comemora e agradece a Deus pelos 25 anos de envio e sustento de missionários a diferentes campos.

Momento da entrega de placas comemorativas dos 25 anos Semap ao Pr. José Welington Bezerra da Costa - Presidente da Convenção Brasileira CGADB; Pr. Álvaro Sanches –Presidente AD Udi e campo; Pr. Lazaro Humberto – um dos missionários pioneiros SEMAP; e Ev. Saulo Gregório.

Até aqui nos ajudou o Senhor. (1Sm 7.12) “

Pr. Álvaro Sanches e Ev. Saulo Gregório recebem missionários pioneiros da SEMAP - Pr. Lázaro Humberto, Pr. Celso Gregório e Pr. José Geraldo

Para comemorar a data, o pastor presidente da AD Uberlândia - Pr. Álvaro Além Sanches, ampliou os ser-viços missionários prestados criando o Treinamento Missão aos Povos, que coloca o SEMAP também, como agência formadora e enviadora de missionários.

Aconteceu em Uberlândia (MG) de 04 a 08 de setembro o 25º Encontro de Missões SEMAP, e na oportunidade foram lidas as atas históricas da criação deste trabalho na seara do Mestre.

HistóricoTudo começou no dia 04 julho de 1988, quando se reuni-ram, em Uberlândia, alguns membros da diretoria dos Gideões Missionários da Última Hora de Camboriú: Pr.

Nildair dos Santos (Vice-presidente) e Nilton da Silva (tesoureiro), juntamente com o saudoso Pr. José Bra-ga da Silva, então presidente da Assembleia de Deus

30

Page 31: Revista 49

Uberlândia, e mais alguns membros da mesma para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Fundação da Extensão dos Gideões Missionários da Última Hora e sua respectiva diretoria.

Em ato contínuo foi formada a diretoria que ficou assim constituída: Presidente - Pr. José Braga da Silva, Vice- presidente - Pb. José Corsino, 10 tesoureiro - Saulo Gregório, 20 tesoureiro - Paulo Braga, 1a secretaria - Eridan Alves, e 2ª secretaria - Edna Ferreira Pinho.

Dez anos de intenso envolvimento da igreja no traba-lho missionário, e aos trinta e um dia do mês de julho de um mil novecentos e noventa e oito, se reuniram na igreja Assembleia de Deus o pastor presidente da igre-ja Álvaro Alén Sanches, o ministério local, a diretoria do GMUH extensão Uberlândia, Pr. Cesino Bernardino, presidente nacional dos GMUH, e Pr. Nildair dos San-tos, ambos de Camboriú. Na oportunidade Pr. Cesino pronunciou-se a respeito do reconhecimento de que o trabalho de Uberlândia já possuía estrutura para an-dar sozinho e foi decidido que, aos poucos, se daria a inauguração de uma secretaria independente na Igreja Assembleia de Deus, que recebeu o nome de SEMAP – Secretaria de Missão Ação Pentecostal, hoje, Serviço de Missões aos Povos.

25 anos conquistando nações até os confins da Terra

Hoje, após 25 anos de trabalho missionário, o SEMAP mantém missionários no nordeste brasileiro: Piauí, Maranhão, Ceará; no Norte de Minas, no Oriente Médio onde se apresenta restrições ao Evangelho, no Iraque, em Marrocos, Portugal, Alemanha, Itália, México, Índia, Burkina Fasso e Senegal. Louvamos a Deus por todas as bênçãos recebidas e reconhecemos a mão de Deus

nas parcerias que se comprometem de forma respon-sável e contínua com nosso trabalho. Destacamos en-tre elas a CPAD.

O Ev. Saulo Gregório também faz parte da história viva do SEMAP, uma vez que acompanhou seus trabalhos, como diretor executivo, desde o nascimento desta até os dias de hoje, perfazendo 25 anos de dedicação. Na oportunidade a presidência da Igreja lhe outorgou uma placa com os dizeres:

“Homenagem SEMAP ao Evangelista Saulo Gregório de Lima, por estar no exercício do cargo de diretor executivo há 25 anos, servindo a Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Uberlândia e campo com sa-bedoria, humildade e dependência de Deus”.

ComemoraçõesNesta data tão importante, a abertura de nosso 250 Encontro de missões SEMAP contou com as ilustres presenças do Pr. José Welinton Bezerra da Costa - Pre-sidente da CGADB, Pr. Álvaro Alen Sanches – Pastor Presidente da Igreja de Uberlandia e Semap, Ev. Saulo Gregório – Diretor Executivo SEMAP, que há 25 anos vem atuando junto a mesma, também dos três missionários pioneiros - Pr. Celso Gregório, Pr. Lazaro Humberto e Pr. José Geraldo, com a presença das famílias de missionários que atuam no Oriente médio, Portugal, Marrocos, e dos

missionários que atuam na base, somando mais de 60 mis-sionários atuantes que vivem em quatro continentes.

Neste congresso tivemos a participação, como prele-tores, do Pr. Isaias Pereira – MT, Pr. Lázaro Humber-to- AC, Pr. José Geraldo- Ro, Pr. Celso Gregorio – AC, Pr.Anisio do Nascimento- RJ.

Presidência da Igreja, diretoria SEMAP e parceiros

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Page 32: Revista 49

Formatura do CAAM A 11ª edição do Curso de Formação de Agentes Mis-sionários comemorou sua formatura em meio às comemorações do Jubileu de Prata SEMAP. A coor-denação do curso este ano ficou na responsabilidade da Missionária Irinéa Matos e da irmã Mirian Motta que, juntamente com a equipe de logística, orquestraram uma linda e emocionante cerimônia que contou com a presença de alunos, familiares e convidados.

Nesta edição, onde se formaram quase 70 alunos de diferentes denominações, o CAAM enfatizou discipli-nas fundamentais de missiologia, estratégias missio-nárias, atuação em vida cristã e prática de evangelis-mo com foco no trabalho em equipe. Em seu corpo docente contou com ilustres e experientes obreiros como: Pr Álvaro Sanches, Rev. Marcos Agripino (APMT), Miss. Tonica (CEM), Prof. Marcelo Espíndo-la (RJ), Miss. Rodrigo Vitorino (Sepal), Prof. Romero, Miss. Márcia e Vivek, Miss. Márcia Linfonso e Dioní-

sio, Miss. Antonio e Grazziela, Miss. Irinéa, Pr. Antonio Ribeiro, Pr. Daniel Neves, Pr. Claudio Cardoso, Prof.ª Milena, Miss. Iliete, Miss Dagnaldo, Pr. Guilherme, Prof.ª Ely Paschoalick, Miss. Leandro e Mirian, Miss. Sandro e Josiane.

Aguardem matrícula para a próxima edição no mês de março de 2014.

Família do Pr. Nilton

César (RJ), pregadores

da 1a Manhã Missionária

Infanto Juvenil (Leia

SEMAPINHO,página 36)

Pr. Celso Gregório -primeiro missionário SEMAP e Pr. Anísio do Nascimento, secretário executivo de missões (SENAMI)

Formandos da 11ª edição do CAAM – Curso que objetiva instrumentalizar pessoas para estimular a obra missionária em suas congregações

Belíssimo jogral foi preparado pela irmã Lurdinha (EBDU) e os adolescentes da sede

c o l u n a m i s s i o n á r i a

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Page 33: Revista 49

Há cinco anos as festas de Missões SEMAP são abençoadas pelas orações que acontecem na Tenda de Orações organizada pela irmã Marieta Fagundes e seu genro Nilson Dantas. Neste 250 Encontro de Missões em que comemoramos o jubileu de prata da obra missionária não foi diferente.

O ambiente onde Deus operou milagres e gerou muitos testemunhos foi palco de uma invasão de adolescentes, cheios do poder de Deus, desejosos de orar, que lá permaneceram clamando pela sal-vação de almas nas diferentes nações representa-das na tenda.

Irmã Marieta Fagundes, organizadora da Tenda de Orações

Jovens e adolescentes tomaram posse da tenda e por muitas horas rogaram ao Senhor pela salvação de almas

Tenda da Oração

33

Page 34: Revista 49

p e r f i l m i s s i o n á r i o

Pr. Álvaro Álen SanchesNascido em 17 de março de 1949 em Aman-daba (SP), Álvaro Alén Sanches se converteu ao evangelho aos 08 anos de idade, foi bati-zado aos 13 anos na Igreja Batista pelo Pr. João Gomes em Mirandópolis (SP), e com 20 anos casou-se na Igreja Assembleia de Deus de Mirandópolis (SP), ministério Ipiranga, pela mão do Pr. Salvador Antunes.

Álvaro e Tomiko Kanamaru Sanches forma-ram uma abençoada família, ao lado da filha Débora Sanches casada com Márcio Nobre, que lhes deram os netos Laura Isabely e Ar-thur Henrique; e dos filhos Deizo V. Sanches e David Dayveson Sanches, este casado com Mary Meneses Sanches, que lhes presente-aram com o neto Augusto, e neste ano de 2013 com os gêmeos Eduardo e Guilherme. O casal também foi abençoado com o sobri-nho neto Gustavo, de seus queridos sobri-nhos Gerson Marcos e Elizângela.

Pr. Álvaro iniciou a carreira ministerial em 1975 em Valparaiso (SP), quando foi separa-do ao diaconato pelo Pr. Alfredo Reikdal. Em 1978 foi indicado ao presbitério pelo Pr. João Pereira Dias em Centralina (MG).

Em 1979, aos 29 anos de idade, foi ordenado ao ministério da palavra pelo Pr. José Braga da Silva. Aos 31 anos mudou-se para Uber-lândia, a fim de auxiliar o ministério local como vice-presidente por quase 09 anos.

34

Page 35: Revista 49

Em 1984 foi transferido para AD – Tupacigua-ra (MG), onde ficou a frente do trabalho por 04 anos. Em abril de 1987, Deus o enviou a Santa Helena de Goiás, onde lançou um empreendi-mento desafiador para a AD da cidade: cons-truir um novo templo em um tempo marcado pela fé de um líder corajoso e destemido.

Quase 05 anos depois, aos 41 anos de idade, Pr. Álvaro deixa Santa Helena de Goiás e segue para Itumbiara para pastorear a AD dessa ci-dade até janeiro de 1994.

Seu chamado para Uberlândia

Após atuar quase 20 anos na região de Uber-lândia (MG), em 26 de dezembro de 1993, Pr. Álvaro recebe a presidência da AD e campo das mãos do então vice-presidente, Pr. José Honó-rio Tostes, que com o afastamento do presiden-te Pr. José Braga, declina o direito de assumir a presidência a favor do Pr. Álvaro.

Ao lado do ministério local, Pr. Álvaro Alén San-ches mantém uma liderança bem-sucedida, uni-da e aprovada por Deus acima de tudo. Pr. Eurí-pedes Ângelo de Meneses, por aproximados 19 anos, acompanha-o como vice-presidente.

Desde 1998 Pr. Álvaro preside também a Con-venção dos Ministros das Assembleias de Deus no Triângulo Mineiro (Comadetrim).

Em seu ministério, este homem de Deus, tem se empenhado em honrar ao Senhor e em con-duzir o rebanho do Mestre com integridade e valor.

Expandindo a obra missionária

Desde sua posse como presidente do campo de Uberlândia, Pr. Álvaro tem buscado forta-lecer a obra missionária possibilitando que o SEMAP - Serviço de Missões aos Povos - se expandisse com trabalho evangelístico e social às nações, inclusive naquelas que sofrem res-trições religiosas.

Fazendo parcerias e criando estratégias, ele somou esforços para adquirir uma base mis-sionária na Alemanha, assim como espraiar obreiros da AD Uberlândia pelo Oriente Médio, Iraque, Marrocos, Portugal, Alemanha, Itália, México, Índia, Burkina Fasso e Senegal. Tam-bém no Nordeste brasileiro: Piauí, Maranhão, Ceará; e no Norte de Minas.

Oremos por esse servo do Senhor!

Álvaro Álen Sanches e

sua esposa Tomiko

Kanamaru Sanches

35

Page 36: Revista 49

s e m a p i n h o

Conscientizar a Igreja da necessidade de empoderar os adolescentes, oferecendo-lhes ações positivas em missões e olhares de compreensão, foi o tema apresentado pelo jogral de adolescentes da sede AD

Primeira ManhãInfanto Juvenil SEMAP

36

Page 37: Revista 49

Em comemoração ao 25º ani-versário da obra missionária, quem ganhou o presente fo-ram as crianças e os adoles-centes que organizaram uma noite e uma manhã missioná-ria infanto juvenil.

Irmã Lurdinha Sanches (Superin-tendente da EBDU), irmã Cleoni-ce (Círculo de Oração e Livraria Bereana), irmã Márcia e irmã Ely Paschoalick (dirigentes Semapi-nho) tiveram a maravilhosa ajuda dos filhos de missionários que se encontravam em visita na cidade, das muitas professoras da EBDU e das dirigentes Semapinho dos bairros para então organizarem uma noite e uma manhã missio-nária com a alegria e a energia da juventude, que emanava de todos os quase 100 adolescen-tes que participaram ativamente deste momento em louvor ao Se-nhor dos senhores.

Nossas apresentadoras brilharam ensinando os presentes a louvarem em árabe, inglês e canções portuguesas

Semapinho dos bairros presente nas festividades dos 25º Encontro de Missões

Placas anunciavam os diferentes programas e estudos que os agentes mirins praticam durante o ano

Filhos de missionários

abrilhantaram a festa e ensinaram os

presentes a cantarem em espanhol

Primeira ManhãInfanto Juvenil SEMAP

37

Page 38: Revista 49

s e m a p i n h o

Lindas apresentações despertavam a consciência missionaria dos presentes

Pr. Edson (tesoureiro SEMAP) deu o maior apoio juntamente com todo o ministério da igreja

Orando por todas as nações!

DESPERTA IGREJA DO SENHOR! (Agentes Mirins do Nova Uberlândia)

Marcia e Ely, coordenadoras do Semapinho, estavam muito felizes com a 1ª Manhã Missionária Infanto Juvenil SEMAP

Lindas histórias foram contadas com os fantoches e materiais didáticos da Família Newton César do RJ

38

Page 39: Revista 49
Page 40: Revista 49

Ministério dirigido por jesusAjith Fernando

Através da vida de Jesus, Ajith Fernando identifica

os elementos fundamentais que permitem que o líder

seja eficaz em seu ministério. Cheio de passagens

bíblicas e das experiências pessoais do autor, este

livro vai ajudar homens

e mulheres a seguirem

a Cristo, mas serem

também um espelho de

suas ações, decisões

e atitudes para que

seu ministério dê

muitos frutos.

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