revista 10 - sbot-es - jan/fev 2011
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Edição número 10 da revista da SBOT-ESTRANSCRIPT
retrospectiva 2010
Carta do Presidente4Artigo 26
Matéria Especial10Raio X5
Dicas SBOT-ES20Entrevista 6
revista 10jan/fevano 2011
pág. 12
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Jornalista reponsávelWallace CapuchoMTB 1934/ES
redaçã[email protected]
Editor Wallace Capucho
Repórter Yollanda Gomes
Diretor de Arte Felipe Gama
Diagramação e Arte Willi Piske Júnior Mariana Melim
Revisão Marcos Alves
publicidadeSBOT-ES(27) 3325-3183
Periodicidade Trimestral
As matérias e anúncios publi-citários, bem como todo o seu conteúdo de texto e imagens, são aqui publicadas sob direi-to de liberdade de expressão, sendo de total e exclusiva res-ponsabilidade de seus autores/anunciantes. É expressamente proibida a reprodução integral ou parcial desta publicação ou de qualquer um de seus componentes (texto, imagens, etc.), sem a prévia e expressa autorização da SBOT-ES.
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114 Carta do Presidente
Caros membros da SBOT-ES,
Nestas últimas palavras como presidente venho reforçar os agradecimentos de mi-
nha diretoria - já postado na edição anterior - a todas as pessoas, ortopedistas ou não,
que muito nos ajudaram em nossa administração a frente da nossa sociedade em 2010.
Dou também as boas vindas à nova diretoria 2011 e externo o nosso apoio as iniciativas
de interesse coletivo que por ventura venham a ser tomadas, como sempre fizemos aos
longos dos anos, desde que passamos a fazer parte da sociedade em 1995.
Obedecendo as diretrizes da Nacional, permito-me deixar algumas sugestões à nova
diretoria acerca da manutenção e aprimoramento das nossas iniciativas. São elas:
1 - manter a editoração eletrônica do informativo, pois é uma maneira sustentável
e econômica que vai ao encontro dos métodos modernos de gestão, reservando apenas
alguns números para arquivos em papeis. Tal medida tem também como intuito diminuir
custos da nossa Sociedade, visando recuperação do nosso capital;
2 - dar continuidade e intensificar o curso preparatório para o exame do TEOT 2012,
que em nossa gestão teve um grande impulso e culminou com a aprovação de três colegas;
Presidente da SBOT-ES
Uma publicação Balaio Comunicação e Designwww.balaiodesign.com.br
Gestão 2010
DiretoriaPresidente: Dr. Alceuleir Cardoso de SouzaPrimeiro Vice-Presidente: Dr. Adelmo Rezende F. da CostaSegundo Vice-Presidente: Dr. Marcelo Rezende da SilvaPrimeiro Secretário: Dr. Carlos Henrique O. CarvalhoSegundo Secretário: Dr. Janeilson Roberto MattosPrimeiro Tesoureiro: Dr. Ruy Rocha Gusman Segundo Tesoureiro: Dra. Roberta Ramos Silveira
Conselho Fiscal Dr. Alexandre André Ciriaco Dr. Massimo Caliman Gurgel Dr. Luiz Augusto N. Maciel Dr. Jovani TorresDr. Sander Amorim DalepraniDr. Eduardo Ferri
DelegadosDr. Akel Nicolau Akel JúniorDr. Geraldo Lopes da SilveiraDr. José Lorenzo Solino
Comissão ExecutivaDr. Alceuleir Cardoso de Souza
Dr. Carlos Henrique O. CarvalhoDr. Jair Simmer FilhoDr. Nelson EliasDr. Rui Rocha Gusman
Comissão de Ensino e TreinamentoDr. Nelson EliasDr. Jorge Luiz KrigerDr. Rodrigo RezendeDr. Luiz Augusto B. Campinhos
Comissão de Ética, Defesa Profissional e Honorários MédicosDr. Eduardo H. PomboDr. José Eduardo G. R. FilhoDr. Marcelo Augusto S. PimentelDr. Marcelo G. Martins
Comissão de Educação ContinuadaDr. Bruno Barreira CampagnoliDr. Cid Pereira Moura JúniorDr. Everaldo José MarcheziniDr. Flávio Vieira SimõesDr. Jair Simmer Filho Dr. Marcelo Nogueira Silva
Rua Abiail do Amaral Carneiro, 191, Ed. Arábica, Sala 607, Enseada do Suá. Vitória-ES. CEP 29055-220
Telefone: 3325-3183 | www.sbotes.org.br | [email protected]
Comissão de Estatuto e RegimentoDr. Alceuleir Cardoso de SouzaDr. Clark M. Yazaki
Comissão de Campanhas Públicas e Ações SociaisDr. José Fernando DuarteDr. Roberto Casoti LoraDr. Francisley Gomes BarradasDr. Antônio Carlos P. ResendeDr. Sérgio Ragi Eis
Comissão de PresidentesDr. Pedro Nelson PrettiDr. Roberto Casotti LoraDr. José Fernando DuarteDr. Eduardo Antônio B. UvoDr. Geraldo Lopes da SilveiraDr. Hélio Barroso dos ReisDr. Jorge Luiz KrigerDr. José Lorenzo SolinoDr. Akel Nicolau Akel JúniorDr. Clark M. YazakiDr. Anderson De Nadai Dr. João Carlos Medeiro Teixeira
Comissão de Publicação, Divulgação e MarketingDr. Jorge Luiz KrigerDr. Júlio Claider G. MouraDr. João Carlos Medeiros TeixeiraDr. Edmar Simões da Silva Júnior
Alceuleir Cardoso de Souza
3 - aprimorar a gestão da SBOT-ES, ini-
ciada no ano de 2010, com a organização
contábil-finaceira e administrativa;
4 - ampliar o debate iniciado no Fórum
de Defesa Profissional realizado em se-
tembro último, buscando com isto apoiar
as iniciativas da COOTES/SBOTES em prol
da união dos ortopedistas para novas con-
quistas coletivas, como as conseguidas no
ano de 2010.
Nossa diretoria, que agora de despe-
de, se coloca à disposição da diretoria que
assume para auxiliá-la na condução de
processos que damos início em 2010, bem
como os que por ventura vierem a ser im-
plementados.
Aos colegas ortopedistas, peço que
continuem a ajudar na condução dos
trabalhos da Sociedade, comparecendo
a nossas reuniões, contribuindo com su-
gestões e críticas, mesmo por e-mail, pois
a SBOT-ES é a nossa casa. Valorizá-la é o
nosso deve. Pois se você não ocupar o seu
espaço, lutar por suas opiniões, outros o
farão.
Obrigados a todos por tudo.
MUITOOBRIGADO
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Raio x
As datas das aulas do Curso Preparatório para o exame
TEOT que acontecerão no 1º semestre já foram divul-
gadas. Abaixo, o calendário com os temas que serão
ministrados e os seus palestrantes. As aulas começarão
no dia 22 de março, serão quinzenais, sempre às 19h30.
MarçoDia 22 – Fraturas expostas Fraturas do acetábulo
Dia 29 – Fraturas do colo do fêmur Fraturas trocanterianasAbril Dia 26 – Instabilidade do ombro Fratura da extremidade proximal do úmeroMaioDia 03 – Fraturas do membro superior na criança Fraturas do membro inferior na criança
Dia 31 – Escoliose idiopática do adolescente Hérnia Discal LombarJunhoDia 14 – Fraturas do tornozelo Fraturas do retro pé
Dia 28 – Hérnia discal cervical Espondilolistese Julho Dia 05 – Epifisiólise proximal do fêmur Displasia do desenvolvimento do quadril
Dia 19 - Fraturas dos ossos do carpo Fraturas da extremidade distal do rádio
cedoesO Centro de Diagnóstico e Pesquisa da Os-
teoporose do Espírito Santo (CEDOES) está
recrutando pacientes do sexo masculino e
feminino com idades entre 18 a 75 anos
para participar de duas pesquisas aprova-
das pelo sistema CEP-CONEP-ANVISA. Os
pacientes que cumprirem os requisitos exi-
gidos serão avaliados e terão acompanha-
mentos gratuitos por um período de 30 dias
com a equipe do CEDOES. Especialistas em
ortopedia e traumatologia que quiserem
encaminhar pacientes devem entrar em
contato com o CEDOES pelo telefone (27)
2125 0220 para obterem mais informações.
campanhaA Associação Brasileira dos Técnicos de Imobili-
zação Ortopédica (ASTEGE), em parceria com o
Hospital Estadual Infantil e Maternidade Dr. Alzir
Bernardino Alves (HIMABA), está promovendo
uma campanha de doação de sangue e captação
de possíveis doadores de medula óssea. Aqueles
que se interessarem em participar desta nobre
campanha devem comparecer ao HIMABA, em Vila
Velha, no dia 25 de fevereiro, das 8h às 14h. Mais
informações podem ser obtidas pelo telefone (27)
3139 5525.
Novo presidente A SBOT-ES já definiu a data da posse da diretoria que fará
a gestão da entidade no ano de 2011. A cerimônia, que
empossará Adelmo Rezende Ferreira da Costa como novo
presidente, acontecerá no dia 17 de fevereiro, às 19h, no
auditório da SBOT-ES, em Vitória. Na ocasião, a diretoria
2010, sob presidência do ortopedista Alceuleir Cardoso de
Souza, fará um balanço de suas ações, incluindo a presta-
ção de contas do exercício do mandato.
A Comissão de Graduação da SBOT lançou o livro “Ortopedia e
traumatologia para a graduação médica”, uma publicação que traz
as perspectivas da especialidade, noções elementares de anatomia
e semiologia do aparelho locomotor, informações sobre traumato-
logia, doenças congênitas e degenerativas, entre outros temas. O
livro está disponível para download gratuito na página da Nacional
www.sbot.org.br. O objetivo do projeto é possibilitar aos gradu-
andos e acadêmicos mais informações para sua especialização em
ortopedia e traumatologia.
curso preparatório
teot
Livro
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aDeLMoEntrevista SBOT-ES
reseNDe
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O que você aprendeu nos anos em
que fez parte da diretoria da SBOT-ES
e como esse aprendizado o ajudará a
encarar este novo desafio dentro da
Sociedade?
Aprendi muita coisa, principalmente
com os cursos, jornadas e congressos que
realizamos. Aprendi que para levar infor-
mação, ou seja, fornecer meios de atuali-
zação permanente aos profissionais inte-
ressados na especialidade pode ser feito
sem a necessidade de organizar grandes e
dispendiosos eventos.
Por isso, continuaremos a trazer gran-
des especialistas para nos abastecer com
as mais recentes informações da área nas
jornadas que iremos organizar. Os pa-
lestrantes serão do mesmo nível dos que
trouxemos nos últimos congressos, mas a
estrutura do evento será mais simples, mais
enxuta.
Fale um pouco mais dos eventos que a
Sociedade vai organizar.
Neste ano, organizaremos três jorna-
das. O assunto será, basicamente, o trau-
ma. As jornadas abordarão traumas em
membros superiores, traumas em membros
inferiores e politrauma, ou seja, atendi-
mento de pacientes politraumatizados.
Esses eventos acontecerão na capital.
Entretanto, entrarei em contato com asso-
ciados de grandes municípios do interior
do Estado para saber se há interesse deles
em desenvolver jornadas e workshops nas
suas cidades. Se for viável e eles sinalizarem
positivamente, a SBOT-ES se compromete-
rá em dar completo apoio, como fizemos
no ano de 2008, quando foram realizados
workshops em Linhares e Colatina.
Outro evento que pretendemos ofe-
recer aos nossos membros será um novo
curso AO. A SBOT-ES trouxe este curso no
ano passado e foi um sucesso. Consultarei
a Comissão de Ensino e Treinamento para
ver qual curso será mais proveitoso. Depois
entraremos em contato com a AO para so-
licitar uma data no seu calendário.
E sobre o curso preparatório para o
exame do TEOT, que teve início em
2008 e foi desenvolvido pela diretoria
da qual você fez parte? Ele vai conti-
nuar?
Certamente. Nestes últimos três anos, o
curso foi muito bem aceito e tem cumprido
A sua primeira experiência numa entidade de classes
aconteceu em 2008, quando foi nomeado primeiro Te-
soureiro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Trauma-
tologia, Regional Espírito Santo (SBOT-ES), na gestão do
colega Anderson De Nadai. De lá pra cá, ele foi segun-
do e primeiro vice-presidente da SBOT-ES, nos anos de
2009 e 2010, respectivamente. No dia 17 de fevereiro,
aos 43 anos, o ortopedista e traumatologista Adelmo
Rezende Ferreira da Costa assumirá o cargo máximo que
se pode alcançar dentro da Sociedade: o de presidente.
Nascido em Belo Horizonte, Adelmo formou-se em
medicina no final de 1991, pela Faculdade de Ciên-
cias Médicas de Pouso Alegre, no sul de Minas Ge-
rais. No início de 1992, partiu para São Paulo e fez
residência em ortopedia e traumatologia no Hospital
dos Servidores Públicos Estadual até 1995. No mesmo
ano em que terminou a residência, Adelmo casou-
se com uma capixaba e permaneceu no Hospital dos
Servidores Públicos até o final de 1996 para fazer su-
bespecialização em ombro e cotovelo. Ao finalizar
o curso, mudou-se para o Espírito Santo e criou ra-
ízes definitivas por aqui, com o nascimento dos seus
quatro filhos, com a entrada para a Cooperativa dos
Ortopedistas e Traumatologistas do Estado do Es-
pírito Santo (COOTES) e com sua filiação à SBOT-ES.
Hoje, Adelmo trabalha no Hospital Estadual Central,
em Vitória; no Hospital Meridional, em Vila Velha,
e numa clínica particular, também em Vila Velha, ci-
dade que mora desde que aqui chegou, há 15 anos.
Entrevista SBOT-ES 7
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O nosso representante regional da Comis-
são de Defesa Profissional da SBOT nos
manterá sempre informados acerca das
diretrizes da Comissão e vai nos auxiliar a
trazer palestrantes para tratar do assunto.
Há alguma novidade que pretende
implementar em sua gestão?
No momento tenho duas coisas em
mente. A primeira é voltar com a revista da
SBOT-ES no formato impresso. Para isso, já
estou correndo atrás de apoio com nossos
parceiros. A outra é criar uma estrutura
para fomento à pesquisa. Um centro em
que o médico possa ter condições de fazer
uma pesquisa e apoio para publicar o seu
trabalho. Com relação a isso, espero poder
contar com o apoio de colegas que já tem
experiência nesta área.
Tenho consciência de que isso não será
fácil e que é um trabalho que não dá para
ser feito em apenas uma gestão. Mas, pre-
cisamos dar início a esse projeto para que
ele se torne uma realidade e possamos
mostrar para o Brasil e o mundo a nossa
produção científica.
com a função para a qual foi criado. O foco
do curso preparatório para o exame do
TEOT são os nossos residentes. Nós temos
duas residências aqui no Estado que for-
marão quatro residentes por ano. Quanto
melhor eles forem preparados para o exa-
me do TEOT, melhor a ortopedia capixaba
será representada. Se eles não passam na
prova, para nós é ruim, pois será um refle-
xo de que a especialidade não está indo
bem por aqui.
No exame do TEOT deste ano, dois
residentes do Vila Velha Hospital que par-
ticiparam das aulas conosco foram apro-
vados. Isso demonstra que o trabalho que
estamos fazendo é importante e tem dado
certo. Entretanto, como sempre frisamos
em nossa comunicação com os filiados, o
curso também está aberto aos colegas que
já são especialistas, como uma oportuni-
dade de reciclagem, troca de experiências
e de colaboração.
Assim como nos anos anteriores, serão
13 aulas a cada quinze dias, começando
em março. Elas acontecerão no auditório
da Sociedade, sempre às 19h, e são total-
mente gratuitas.
Com relação à defesa profissional,
como a SBOT-ES irá atuar?
Este é um assunto que a Nacional tem
total interesse. Ela nos orientou para dar-
mos muita atenção a esta questão. Por
isso, em todas as jornadas que fizermos,
vamos separar um momento para discutir
temas relacionados à defesa profissional.
“...em todas as jornadas que fizermos, vamos separar um
momento para discutir temas relacionados à
defesa profissional.”E quanto às campanhas educativas?
Abraçaremos as campanhas que a Na-
cional programar. Mas também iremos
propor campanhas à SBOT. Uma vez acei-
tas, elas serão repercutidas por aqui. Para
reforça-las, pretendemos criar e distribuir,
para a população, cartilhas repletas de di-
cas, como o uso correto da cadeirinha de
bebê, a importância do uso de cinto de se-
gurança, entre outras.
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Entrevista SBOT-ES
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10 Matéria Especial
resiDeNtes Do viLa veLha hospitaL obtéM 100% De aprovação No teot
Até bem pouco tempo, qualquer médico recém-formado que quisesse se especia-
lizar em ortopedia e traumatologia tinha que se deslocar para outro estado, pois
no Espírito Santo não havia nenhum curso de residência. Essa realidade começou
a mudar em 2008, quando o Centro Médico Hospitalar Vila Velha (CMHVV) fundou o pri-
meiro curso de residência médica em ortopedia e traumatologia do Estado, desde que a
Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim acabou, em 2002, com a primeira
e única residência na especialidade que havia por aqui.
Agora, em 2010, o Vila Velha Hospital acaba de formar a sua primeira turma de
residentes nível 3. Mas esse não é o único motivo para comemorar. Os dois primeiros R3
a se formarem, Saulo Oliveira e Gustavo Ribeiro, já colheram os louros do curso e são
motivos de orgulho para a ortopedia capixaba, pois em janeiro deste ano eles foram
aprovados no exame que concede o Título de Especialista em Ortopedia e Traumatolo-
gia, o cobiçado TEOT.
Para o residente Saulo de Oliveira o sentimento após a conquista do TEOT é de rea-
lização e felicidade por saber que ajudou a contribuir para escrever um capítulo impor-
tante da história do curso de residência do Vila Velha Hospital e também da ortopedia
capixaba. “Antes mesmo de terminar a residência eu já me sentia um especialista devido
à formação sólida que adquiri durante o curso. Fomos orientados a respeitar a relação
médico-paciente e a proporcionar o melhor atendimento possível, incentivados à pes-
quisa científica, a publicar estudos e muito mais”, disse Saulo, que também confessou já
sentir saudades do clima cordial e fraternal entre os professores e companheiros.
Parceria CMHVV e SBOT-ESMas o sucesso dos residentes do Vila Velha Hospital é devido, em parte, a um parcei-
ro que foi de grande ajuda na fase de capacitação para o TEOT. Durante o ano de 2010,
Saulo Oliveira e Gustavo Ribeiro frequentaram o curso preparatório para o exame do
TEOT, oferecido pela SBOT-ES.
O curso, desde 2008, é uma excelente oportunidade de preparação para o exame, já
ele aborda vários tópicos do programa por meio de uma série de aulas que são ministra-
das por experientes especialistas que trabalham no Estado. A programação e a supervi-
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11Matéria Especial
são são feitas, em conjunto, pela SBOT-ES,
CMHVV e pelo Vitória Apart Hospital, que
também possui uma residência na área.
A residência do CMHVVO curso de residência do CMHVV come-
çou a ser idealizado em meados de 2006,
antes do fim das obras do hospital, pelo
ortopedista e atual diretor presidente do
centro, Dejair Xavier Cordeiro. Ele sabia
que um hospital de grande porte, como
seria o Vila Velha Hospital, deveria ter um
curso de residência. Então, Dejair convidou
o ortopedista Nelson Elias, que atuava no
Rio de Janeiro, para coordenar o projeto
do curso.
Segundo Nelson Elias, o processo de
implantação foi bastante burocrático. O
curso precisou ser aprovado pela Comissão
Nacional de Residência Médica (CNRM),
pelo Ministério da Educação e Cultura
(MEC) e pela Sociedade Brasileira de Orto-
pedia e Traumatologia (SBOT). Além disso,
por o CMHVV ser uma instituição particu-
lar, o MEC exigiu que ele se tornasse parcei-
ro de alguma instituição pública de saúde
que atendesse pelo Sistema Único de Saú-
de (SUS) integrado.
A instituição escolhida foi a Santa
Casa de Misericórdia de Vitória, e, depois
de várias reuniões em que participaram a
provedora Maria da Penha e o chefe de or-
topedia Joelmar de Almeida, a parceria foi
fechada. “Este acordo foi primordial para o
nosso credenciamento. Outro ponto positi-
vo é que aproveitamos a própria estrutura
da Santa Casa para fazermos atendimen-
tos aos pacientes do SUS por lá mesmo”,
conta Nelson.
Desde que a residência foi inaugurada,
todos os anos, nos meses de outubro ou
novembro, é lançado um novo edital ofe-
recendo duas novas vagas para R1. O edital
é publicado junto com os de outros cursos
de residência da Santa Casa. Segundo José
Eduardo Grandi Ribeiro, chefe do serviço
de ortopedia e traumatologia do CMHVV,
no último ano, o edital de ortopedia e
traumatologia foi o segundo mais concor-
rido, com 40 candidatos participantes.
“Não é simples montar um curso de re-
sidência. A responsabilidade é muito gran-
de, pois a gente forma pessoas que vão sal-
var vidas. Sendo assim, temos que ter uma
boa base teórica, prática, e, às vezes, até
ajudar na formação do caráter do residen-
te”, conta José Eduardo Grandi Ribeiro.
José Eduardo explica que não preten-
de aumentar o número de vagas do curso
para não afetar a qualidade. “Esse número
permite que tenhamos um curso de quali-
dade, pois assim podemos nos dedicar mais
a cada residente. Muitos cursos no Rio de
Janeiro estão perdendo o credenciamento,
pois aumentaram o número de vagas, mas
não o de supervisores”. Outro fator que
pode levar ao descredenciamento da resi-
dência é a reprovação, por dois anos conse-
cutivos, da metade ou mais dos residentes
que fazem o exame do TEOT. Daí a impor-
tância da parceria dos cursos de residência
com o curso preparatório para o exame do
TEOT ministrado pela SBOT-ES.
José Eduardo Grandi Ribeiro não tem
dúvida de que a dedicação de Nelson Elias
como coordenador do exame preparatório
para o TEOT foi essencial para o sucesso
dos residentes do CMHVV. “Além das aulas
que o Nelson ministra e coordena na SBOT-
ES, ele ainda convida os residentes para
participarem de debates na casa dele. O
Nelson é fantástico. Ele respira residência”,
comenta.
Acima, da esquerda para direita: Tannous Sassine,Gilson Feu,Dejair Cordeiro Xavier,Nelson Elias,Luis Augusto Campinhos,Everaldo José Marchezini,Agostinho Bruzzi,Paulo Paladini,José Eduardo Grandi Ribeiro.
Abaixo, da esquerda para direita: Rodrigo Rezende,Saulo Gomes,Gustavo Ribeiro,Igor Cardoso.
O especialista Nelson Elias coordenou o projeto de implantação do curso de residência do Vila Velha Hospital e também do curso preparatório para o exame do TEOT, da SBOT-ES.
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retrospectiva 2010
O ano de 2010 foi de muito
trabalho e dedicação. O
resultado não poderia ser
outro senão muitas conquistas e a
certeza de que o trabalho em grupo
e para o grupo será sempre a melhor
opção para a resolução dos proble-
mas de uma associação.
A matéria de capa desta edição da
Revista SBOT-ES faz um balanço dos
principais acontecimentos que mar-
caram a jornada profissional e social
da Regional durante a gestão 2010.
As vitórias do curso preparatório
para o TEOT; as jornadas; o Curso AO
Trauma e a comemoração especial
no Dia do Ortopedista são alguns
dos fatos que serão apresentados
com mais detalhes a seguir.
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11Matéria de Capa
Ministrado desde 2008, o curso pre-
paratório para o exame do TEOT - que
confere o Título de Especialista em Or-
topedia e Traumatologia - mostrou, em
2010, que a cada ano que passa se con-
solida mais e mais. Neste ano, residen-
tes e médicos já graduados que ainda
não possuem o TEOT puderam contar
com 13 aulas preparatórias que come-
çaram no mês de março.
As aulas, como sempre acontecem,
foram gratuitas e ministradas quin-
zenalmente no auditório da COOTES/
SBOT-ES, em Vitória. A metodologia
do curso estipulou, a cada aula, a abor-
dagem de dois temas que constam no
programa do exame, sendo reservada
uma hora para cada um. Alguns deles
se referiam a tumores ósseos, fraturas
do carpo, fraturas do punho, escolio-
se, osteotomias do quadril e do joelho,
entre outros, bem como seus tratamen-
tos. Todos os temas foram ministrados
por experientes especialistas capixabas,
como Diogo Miranda, Fernando Emeri-
ck, Eduardo Uvo, Francisley Gomes Bar-
radas, Everaldo Marchezini, Luis Augus-
to Campinhos, José Fernando Duarte,
Jair Simmer Filho, entre outros.
Esse capacitado time de especialis-
tas foi, sem dúvida, muito importante
para o sucesso de dois residentes do
Vila Velha Hospital. Saulo Gomes de
Oliveira e Gustavo Ribeiro participaram
do exame do TEOT, em janeiro deste
ano, e conseguiram a sonhada aprova-
ção. “O período em que passei na resi-
dência e o aprendizado que angariei no
curso preparatório foram fundamentais
para o meu sucesso no exame. O legal é
que sempre que tinha alguma dificuldade
sabia que seria ajudado pelos professores
e amigos que fiz durante o curso”, disse
Saulo.
Outro residente aprovado que fez o
curso preparatório da SBOT-ES foi Felipe
Carvalho. Depois de fazer residência no
Rio de Janeiro, ele aproveitou as folgas
no trabalho para participar do curso pre-
paratório. “Não fui a todas as aulas por
incompatibilidade com os horários do tra-
balho, mas o que pude assistir me ajudou
bastante, pois me deu um direcionamento
para o estudo. Além disso, todos os temas
abordados no curso caíram, tanto na ava-
liação escrita quanto na oral. Acho que a
troca de experiência e a oportunidade de
poder tirar dúvidas é o que faz com que o
curso seja o sucesso que é”, avaliou o mais
novo especialista, que disse ter pretensão
de continuar a participar das aulas para
aumentar ainda mais o seu conhecimento.
Para Nelson Elias, esse curso foi um
grande passo dado pela Sociedade, e a ex-
pectativa é que tanto o número de aulas
quanto o de frequentadores aumente sig-
nificativamente no decorrer dos anos. “A
participação de especialistas interessados
em se reciclar e trocar experiência, como
Igor Machado Cardoso e José Eduardo
Grandi Ribeiro Filho, também contribuiu
para o sucesso do curso, uma vez que eles
acabam passando um vasto repertório de
saber para os residentes e outros colegas”,
disse Elias.
Curso preparatório para o TEOT
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Matéria de Capa
Curso preparatório para o TEOT
Entre os dias 8 e 10 de julho, a SBOT-
ES trouxe para Vitória um dos mais im-
portantes cursos de tratamento cirúr-
gico de fraturas do mundo. Foi o curso
“AO Trauma - Princípios do Tratamento
Cirúrgico das Fraturas”, que aconteceu
no hotel Ilha do Boi. Ao todo, foram
ministrados onze módulos com aulas
teóricas e práticas sobre técnicas de tra-
tamentos das mais variadas formas de
lesões, planejamento pré-operatório,
discussão de casos, apresentação e clas-
sificação de materiais, entre outros.
Organizado e ministrado pelo Cur-
sos AO Brasil, o evento contou com
renomados professores de três estados
brasileiros: Nelson Elias e José Eduardo
Grandi Ribeiro Filho, do Espírito Santo;
Vicenzo Giordano e Pedro Labronici, do
Rio de Janeiro; e Pedro Tucci e William
Dias Belangero, de São Paulo. Inicial-
mente, o Espírito Santo não estava na
programação do curso e a inclusão do
Estado no calendário AO foi uma vitó-
ria conquistada com muito esforço pela
diretoria da Regional.
“A importância desse curso é tão
grande que todas as 24 vagas disponí-
veis foram preenchidas rapidamente
por especialistas de várias partes do
nosso Estado após a divulgação do novo
cronograma do curso no site oficial da
AO Brasil”, informou o presidente da
SBOT-ES, Alceuleir Cardoso de Souza,
que agradeceu ao apoio do Grupo Sin-
thes e PH-OrthoHead, além do grupo
tutorial da Fundação “AO”, comanda-
do pelo especialista William Belangero.
Curso AO
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O sucesso da gestão 2010 da SBOT-ES
não seria o mesmo se a entidade não pu-
desse ter contado com o apoio de parcei-
ros que minimizaram um ano repleto de
dificuldades ocasionadas pelo novo Códi-
go de Ética Médica, bem como novas deci-
sões da Agência Nacional de Vigilância Sa-
nitária (Anvisa), que restringiram algumas
modalidades de patrocínio e publicidade
de eventos específicos.
Contudo, isso não impediu que algu-
mas instituições parceiras de anos anterio-
res, e outras fechadas em 2010, apoiassem
os eventos da SBOT-ES com ajuda finan-
ceira ou mesmo apoio operacional, con-
tribuindo para que a SBOTES mantivesse
seu cronograma de jornadas e cursos com
organização e qualidade.
Sendo assim, a SBOT-ES agradece
aos seguintes parceiros: Multiscan Imagem
e Diagnóstico, CDI (Centro de Diagnóstico
por Imagem), Grupo de Farmácias Santa
Lúcia, Saúde Farma, Aché Laboratórios
Farmacêuticos, MSD (Merck Sharp & Doh-
me), Janssen-Cilag Farmacêutica, Unimed
Vitória, Alexandre Rossoni & Advogados
Associados, COOTES, Balaio Comunicação
e Design, Emmerich Contabilidade, PH Co-
mércio de Produtos Hospitalares e Ortho-
head Instrumentais e Implantes Cirúrgicos.
Mas além do apoio que recebeu, a
SBOT-ES também apoiou. A Sociedade
foi parceira da COOTES na formulação da
Parcerias
proposta de implantação do Serviço
Público Estadual de Ortopedia Pediá-
trica para o Hospital Estadual Infantil
Dr. Alzir Bernadino Alves (HIMABA) e
para o Hospital Estadual Nossa Senho-
ra da Glória (HINSG). Apoiou também
a proposta de criação do Serviço de
Ortopedia e Traumatologia do Hospi-
tal Drª Rita de Cássia, em Barra de São
Francisco.
O apoio da SBOT-ES foi fundamen-
talm tanto na organização de uma Au-
diência Pública no município quanto no
levantamento dos dados que respalda-
ram o projeto da COOTES. As propos-
tas foram entregues no mês de janeiro
para a equipe da Secretaria do Estado
de Saúde da atual gestão.
PHAlexAndre
rossoni&
Advogados Associados
Entre as mudanças administrati-
vas que marcaram a gestão 2010 da
SBOT-ES destacam-se a regularização
dos atos administrativo da diretoria
e a contratação de uma auditoria ad-
ministrativa relativa ao exercício de
2009, sugerida em assembleia. A au-
ditoria foi extendida para o ano de
2010, o que muito contribuiu para a
Sociedade delinear suas ações e atuar
de forma mais técnica.
Administração
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Matéria de Capa
Com o objetivo de contribuir para
melhor solução dos problemas médicos-
profissionais e prestigiar os direitos de
quem exerce a ortopedia e traumatolo-
gia, a SBOT-ES promoveu, no segundo
semestre de 2010, o 1º Fórum de Defesa
Profissional da Sociedade Brasileira de
Ortopedia e Traumatologia (SBOT).
O evento, que foi uma extensão do
I Fórum Nacional de Defesa Profissio-
nal, aconteceu em todas as regionais
do País. No Espírito Santo, a diretoria
da SBOT-ES, que contou com o total
apoio da Cooperativa dos Ortopedistas
do Estado do Espírito Santo (COOTES),
escolheu o Dia do Ortopedista, 19 de
setembro, para a sua realização.
O fórum aconteceu no Cerimonial
Oásis, em Vitória, e nele foram discuti-
dos planos de cargos e salários, honorá-
rios e valores de contratos com as ope-
radoras de planos de saúde. Estiveram
presentes no evento os presidentes da
SBOT-ES, da COOTES e da Ames, respec-
tivamente Alceuleir Cardoso de Souza,
Hélio Barroso dos Reis e Antônio Carlos
Paula de Resende. O Conselho Regional
de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES)
foi representado por Jorge Luiz Kriger;
e o Ministério Público do Espírito Santo
(MPES), pelo procurador geral de Justi-
ça do Estado do Espírito Santo, Alexan-
dre José Guimarães.
Da parte dos contratantes, o Grupo
Defesa Profissional
São Bernardo Saúde foi representado
pelo seu presidente Walter Dalla Bernar-
dina; a Unimed Vitória, por Márcio Oli-
veira Almeida. Todos ministraram breves
palestras expondo os seus pontos de
vista com relação aos valores de honorá-
rios, contratos vigentes e a possibilidade
de reajustes.
Segundo o presidente da SBOT-ES, o
debate serviu para que os médicos en-
tendessem que a interação e o questio-
namento são fundamentais para o cresci-
mento da classe, pois só assim é possível
conquistar melhorias. Vários médicos
procuraram a Sociedade após o fórum
para tentar resolver seus problemas com
os convênios locais, os quais, por meio de
reuniões e debates, estão sendo solucio-
nados.
Outro passo importantíssimo da
SBOT-ES com relação à defesa profis-
sional em 2010 foi o apoio à COOTES
durante as negociações que resultaram
na assinatura de um novo contrato de
prestação de serviços dos especialistas
cooperados junto ao governo do Estado.
Além de uma melhor remuneração e au-
mento no número de vínculos, a COOTES
conseguiu negociar uma inédita taxa de
interiorização. “Foi uma conquista e tan-
to, uma vez que no interior a demanda
por especialistas em ortopedia e trau-
matologia é muito alta. Com essa taxa,
o médico é estimulado a prestar serviço
ou até mesmo a fixar-se definitivamente
no interior”, disse Alceuleir, que deu to-
tal apoio à negociação da COOTES como
presidente da Regional.
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Após o Fórum de Debates, que fomen-
tou a discussão sobre os assuntos relacio-
nados à defesa profissional, o Dia do Orto-
pedista foi comemorado com um delicioso
almoço com direito a churrasco e banda
de música. Cerca de 200 ortopedistas de
vários locais do Espírito Santo comparece-
ram ao Cerimonial Oásis para fazer parte
da confraternização e reencontrar velhos
amigos na comemoração do seu dia.
O CDI e a Farmácia Santa Lúcia cede-
ram brindes para serem sorteados entre
Dia do Ortopedista
os médicos presentes. Entraram no sor-
teio também os colegas que não puderam
comparecer por estarem a trabalho nos
plantões.
Os familiares também puderam apro-
veitar bastante o domingo, principalmen-
te as crianças, que participaram de muitas
brincadeiras regadas a pipoca e algodão
doce. No comando da boa música, o can-
tor Anfrísio Lima e banda tocaram gran-
des sucessos da Música Popular Brasileira.
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Matéria de Capa
A parte comunicacional da Socie-
dade também foi destaque. A revista
da SBOT-ES, que antes era impressa e
trimestral, passou a ser bimestral e em
formato digital. Com isso, ela aumen-
tou o seu alcance e, consequentemen-
te, o número de leitores.
O site também passou por uma re-
modelagem em seu design e, além da
atualização constante com informa-
ções sobre eventos, palestras, reuniões
e outros assuntos relacionados à trau-
mato-ortopedia, ganhou um sistema de
Comunicação
acesso restrito para os associados, com
conteúdo das jornadas e palestras im-
portantes, além de artigos científicos.
Os associados também puderam
contar com news semanais, abordando
os mais relevantes assuntos, como pra-
zo de inscrição para congressos, datas
de jornadas e aulas do curso preparató-
rio para o TEOT, entre outros.
Jornadas
As jornadas organizadas pela
SBOT-ES, em 2010, tiveram um foco
muito específico e de extrema impor-
tância para 14,5 milhões de pessoas
no Brasil: o idoso. Por isso, as palestras
ministradas por mais de 30 especialis-
tas, entre traumatologistas e reuma-
tologistas, abordaram patologias co-
muns a essa população, como artrose
do joelho e do quadril, bem como as
novas tecnologias para tratamento das
doenças degenerativas que acometem
os idosos.
Três encontros foram realizados
nos meses de abril, junho e outubro,
sempre no auditório da Unimed Vitó-
ria, na capital. A Jornada Capixaba de
Doenças Inflamatórias e Degenerativas
e a Jornada Científica de Ortopedia,
por exemplo, receberam especialistas
de várias partes do Estado.
Para reforçar o tema, a SBOT-ES
promoveu também a Jornada de Orto-
pedia e Fisioterapia, aberta a profissio-
nais e residentes em fisioterapia. Além
das mais modernas técnicas de reabili-
tação nas áreas da ortopedia e trauma-
tologia, os palestrantes apresentaram
também as últimas alternativas em tra-
tamento cirúrgico e fisioterápico.
Jair Simmer Filho, membro da Co-
missão de Educação Continuada da
SBOT-ES, esteve à frente da coordena-
ção das jornadas. Segundo ele, o tema
abordado faz parte da rotina de traba-
lho da ortopedia, pois é cada vez mais
crescente a população de idosos. Por
isso, o assunto é tratado com tanta im-
portância pelos especialistas. Jair ressal-
ta que o diferencial das jornadas neste
ano foi a participação dos estudantes de
medicina, que puderam obter mais co-
nhecimento e trocar informações sobre
a área.
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DefiNitivaMeNte,Jogar frescoboL Não é só baterNuMa boLiNha coMuMa raquete
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21Dicas SBOT-ES
Férias, sol e, principalmen-
te, praia são alguns dos fa-
tores que fazem do verão
a estação mais esperada do ano.
Existem aqueles que gostam de
ficar relaxando sob a sombra do
guarda-sol, comendo todo o tipo
de guloseimas que trazem de casa
ou adquirem dos ambulantes que
perambulam pela praia. Há tam-
bém os que adoram praticar exer-
cícios enquanto estão na praia e,
ao contrário da turma anterior, difi-
cilmente chegarão ao final da esta-
ção com alguns quilos a mais. Mas
será que essas pessoas, ao pratica-
rem exercícios com equipamentos
impróprio ou de informa incorreta
também, estão sujeitos a lesões?
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1122 Dicas SBOT-ES
Durante o verão, num rápido pas-
seio pela praia, é possível ver
gente pegando onda, nadando
ou praticando uma das febres do momen-
to que é o kite surf. Aqueles que não se
arriscam no mar preferem o futebol e o
frescobol.
Tipicamente praiano, o frescobol é
praticado por crianças, adolescentes e
adultos. Mas quem pensa que o frescobol
é um esporte inofensivo e não causa da-
nos físicos ao seu praticante engana-se. É
evidente que tal advertência não se aplica
àqueles que brincam por um curto período
de tempo, uma vez ou outra, mas sim aos
“atletas de verão”, ou seja, aqueles que
passam mais de horas praticando o espor-
te, durante vários dias. Eles estão sujeitos
a lesões do mesmo modo que atletas de
outros esportes.
Além de ser gostoso de jogar, o fres-
cobol traz muitos benefícios para a saú-
de mental, trabalho em equipe; e física,
como a melhora na coordenação motora,
aumento dos reflexos, agilidade e condi-
cionamento físico, pois é um exercício ae-
róbico com queima significativa de até 820
calorias/hora.
Mas o que muita gente não sabe é que
o frescobol, como qualquer outra modali-
dade esportiva, exige suas técnicas. Não se
trata apenas de bater e rebater a bolinha
de um lado para o outro, sem qualquer
compromisso. “A exigência por movimen-
tos de rotação de tronco, agachamentos
e movimentos repetitivos dos membros
superiores pode causar sérias lesões ou
agravar alguma já existente, caso a prática
da atividade num ritmo mais intenso não
tenha supervisão e orientação de um ins-
trutor”, esclarece Marcelo Silva, professor
de frescobol há oito anos.
Há rumores de que o frescobol surgiu na praia de Copaca-bana, Rio de Janeiro, por volta de 1945. O idealizador do es-porte seria Lian Pontes de Carvalho, dono de uma fábrica de móveis de piscina, pranchas e esquadrias de madeira, que de-senhou e mandou fazer as primeiras raquetes de madeira. O nome nasceu de uma mistura, feita pelos gringos, de “frescor do final de tarde” com “ball”, “bola”, em inglês. Os cariocas encurtaram tudo isso e surgiu o nome frescobol.
Durante muitos anos, o frescobol foi visto apenas como uma simples diversão de praia. Campeonatos foram realiza-dos em várias praias do Brasil, porém os critérios de pontua-ção, sempre subjetivos e susceptíveis a interpretações varia-das, deixavam os jogadores insatisfeitos. Ficou claro que o esporte precisava de regras objetivas, espe-cíficas e unificadas para todo País, pois tinha tudo para dar certo. Inicialmente, foram criadas associações locais e, como começou a se popularizar, surgiram as federações.
O Primeiro Circuito Brasileiro de Frescobol, que percorreu nove estados brasileiros, aconteceu em 1994. A Federação Es-pírito-Santense de Frescobol (FESFRE) começou suas ativida-des em 2000 e, já em 2003, organizou, no Estado, o I Congres-so de Frescobol, que constituiu um novo regulamento para do esporte. Atualmente, a FESFRE tem um calendário em que acontecem quatro etapas estaduais e uma nacional.
No entanto, o frescobol ainda não é visto como modalida-de esportiva pelo Ministério dos Esportes, Comitê Olímpico e Para-Olímpico Brasileiro. Mas as federações estão buscando esse registro, bem como a fundação de uma confederação.
“frescor no final da tarde”
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23Dicas SBOT-ES
as lesões Até mesmo aqueles que têm o esporte
como hobbie, como o ortopedista Fernan-
do Antônio Rios, acabam sendo vítimas de
lesões quando se descuidam do condicio-
namento físico ou jogam com a técnica er-
rada. Segundo o ortopedista, mesmo com
toda sua leveza, distração e diversão, o
frescobol pode, sim, provocar lesões.
Fernando Rios joga desde os 17 anos
nas praias de Vila Velha e Vitória e conta
que já teve epicondilite, conhecida tam-
bém como tennis elbow ou “cotovelo de
tenista”. A epicondilite é uma inflamação
nos tendões dos cotovelos, causada pelas
contrações forçadas e repetitivas dos mús-
culos que se unem ao epicôndilo e que são
responsáveis pelo movimento giratório
O frescobol já sofreu com preconceito, devido ao fato dos praticantes joga-rem na linha d´água e perto de agrupamento de pesso-as, o que causava transtor-no para os banhistas. Hoje, quem pratica o esporte tem a consciência de que não deve atrapalhar os demais e procura áreas específicas para jogá-lo.
Com isso, o esporte passou a ser mais aceito, aumentando significativa-mente o número de prati-cantes, principalmente no período de 2000 a 2010, conta o presidente da FES-FRE, Antônio de Pádua Saad, conhecido como To-ninho TNT. Contudo, ainda não há dados oficiais sobre o número de praticantes no País, mas sabe-se que a maior concentração encon-tra-se nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, em quase todo o Nordeste e, obviamente, no Espírito Santo.
As competições são como uma apresentação e as equi-pes competem entre si, em várias categorias, e podem ser formadas por duplas masculinas, femininas ou mistas. Existem seis quesitos de pontuação para avaliação nos torneios.
competição
“frescor no final da tarde”
preconceito. POTêNCIA – equivale a 25% da pontuação;. ATAquE – equivale a 25% da pontuação;. DEFESA (revés) – equivale a 18% da pontuação;. HABILIDADE – equivale a 7% da pontuação;. SEquêNCIA – equivale a 15% da pontuação;. EquILíBRIO - equivale a 10% da pontuação;
Três juízes analisam esses quesitos: um em cada pon-ta (direita e esquerda), analisando cada jogador, e um no meio, analisando o centro do jogo.
A partida tem a duração de cinco minutos. Se a bola cai no chão, o cronômetro é paralisado.quando a bola volta ao jogo, o cronômetro reinicia a marcação, assim como no basquete. O número de vezes que os jogadores deixam a bola cair também é contabilizado como critério de pontu-ação. Ganha quem fizer as melhores sequências, obser-vando os quesitos de avaliação.
As categorias são: Profissional Masculino e Feminino, Profissional Misto, Amador Masculino e Feminino e Ama-dor Misto.
que permite mover a mão para frente ou
para cima. Essa inflamação é mais frequen-
te entre praticantes de tênis e de frescobol
Outras lesões comuns são a tendinite
do manguito rotador, que são os músculos
e tendões que sustentam o braço na arti-
culação do ombro; na panturrilha, como a
síndrome da pedrada; e no punho, que são
as tendinites por movimentos repetitivos.
Mas no frescobol a epicondilite é a
mais recorrente, pois responde por cerca
de 95% dos casos. Contudo, a inflamação
não é limitada aos jogadores de frescobol.
Ela pode acometer qualquer pessoa que
faça algum tipo de trabalho repetitivo
com o uso desses movimentos.
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Antigamente, utilizava-se madeiras como pinho, cedro, angelim e araucária na fabricação da raquete. Com o tempo, os cabos foram encurtados e passou-se a pintar ou envernizá-las para melhor protegê-las da água. Hoje elas são de fi-bra e custam entre R$ 60,00 e R$ 130,00.
Na hora de escolher uma raquete, vale a pena seguir a dica do instrutor Marcelo Silva. Segundo ele, a raquete ideal para iniciantes é uma que tenha de 300 a 330 gramas. Para profissionais, elas podem pesar até 400 gramas. Ou-tra dica é o tamanho da empunhadura: quanto mais fina melhor, pois é mais fá-cil engrossar o cabo com grips (fitas) que são facilmente encontradas em lojas de esporte.
Até 1976 jogava-se com bo-las de tênis descascadas. Após essa data, bolas importadas próprias para o frescobol pas-saram a ser usadas. Hoje, um pote com três bolas custa, em média, R$ 45,00.
Algumas pessoas costumam uti-lizar meias de neoprene, ideais para surf e mergulho, para proteger os pés da areia quente da praia. Elas custam aproximadamente R$ 38,00.
raquete bola
acessórios
sintomas e tratamentos
Dor aguda ao escovar os dentes, abrir
latas, parafusar alguma coisa ou, simples-
mente, durante o ato de digitar são os sin-
tomas clássicos da epicondilite. O ortope-
dista Jair Simmer Filho recomenda àqueles
que sentirem esses sintomas não insistir em
jogar frescobol. “O repouso é fundamen-
tal para que a lesão não evolua e não seja
necessário tomar medidas mais extremas,
como o tratamento cirúrgico”, explica.
Segundo Jair, os tratamentos, em linha
geral, são repouso, uso de suporte para o
antebraço, imobilização do punho com
talas, compressas de gelo no local, medi-
cação com antiinflamatórios e fisioterapia.
Dependendo do caso, é possível tratar com
infiltração de corticóide, mas as seções
não podem passar de três, com intervalo
de dois a três meses entre uma e outra.
Após seis ou nove meses de tratamento
clínico sem apresentação de melhora, o
paciente pode recorrer ao tratamento ci-
rúrgico para alívio dos sintomas.
Jair ainda explica que existe uma nova
técnica de tratamento chamada Plasma
Rico em Plaquetas (PRP), que está apre-
sentando resultados animadores a curto
prazo para casos de epicondilite. Porém, o
tratamento ainda carece de estudos mais
elaborados que comprovem ou não a sua
eficácia.
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como evitar as lesõesSegundo o especialista Fernando Rios,
para evitar lesões no frescobol, ou em qual-
quer esporte, é importante manter o condi-
cionamento físico com exercícios regulares
e musculação. Para aqueles que praticam
frescobol, Fernando diz que a escolha de
uma raquete que se adéque à forma de jo-
gar e à estrutura física do jogador é essen-
cial para evitar lesões. “O tamanho, o peso
e a empunhadura da raquete devem variar
de acordo com físico e as características
de jogo de cada praticante. Se não forem
respeitados esses parâmetros, certamente
ocorrerá lesões”, esclarece.
Assim como o condicionamento e o
equipamento são importantes para a pre-
venção de lesões, aprender a praticar o
esporte de forma correta também é. Para
isso, o mais aconselhado é contratar um
instrutor. “Dicas de como segurar a raque-
te (empunhadura), movimentos de ataque
e defesa de forehand (palma da mão vira-
da para frente) e backhand (palma da mão
virada para trás), movimentação do tronco
e pernas são importantes não só para evo-
luir o jogo como também evitar lesões”,
explica Marcelo Silva, o instrutor.
Antes de correr para a praia com a raquete e a bolinha, fique atento às dicas:
Hidrate-se bem;
Compre uma raquete adequa-da com relação ao peso e ao tamanho da sua mão;
Procure um instrutor ou um jogador profissional para que lhe dê as instruções de como jogar de forma correta para evitar lesões;
Não jogue na linha d´água ou perto de agrupamento de pessoas;
use sempre protetor solar e boné. Óculos é opcional;
Faça alongamentos de aproxi-madamente 15 minutos antes da prática esportiva;
Jogue, no máximo, duas horas por dia, com intervalos para um mergulho (caso esteja na praia) e hidratação;
Tenha uma alimentação balan-ceada;
Faça outro tipo de exercício físico para fortalecer a muscu-latura;
Respeite sempre seus limites físicos, para não estressar a musculatura e prevenir lesões;
Caso sinta algum sintoma de lesão, pare a atividade e procu-re um ortopedista.
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Dicas
Dicas SBOT-ES
As aulas podem ser avulsas ou men-sais, individuais ou com mais uma pes-soa. Custam, em média, R$ 30,00 e tem uma duração de 40 minutos. Há instru-tores em Vila Velha, na Praia da Costa, e em Vitória, nas praias de Camburi e na Ilha do Boi.
Valores das aulas
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A cirurgia percutânea do pé ou cirurgia MIS
(Minimal Incision Surgery), como é conheci-
da em países de língua inglesa, é uma técnica
cirúrgica que corrige deformidades através de cortes
muito pequenos, cerca de 3-5 mm, e com o uso de ins-
trumental específico, incluindo equipamento motori-
zado especial. A visualização é indireta por meio de
aparelho de intensificador de imagens. São realizadas
“fraturas cirúrgicas” nos ossos afetados, na grande
maioria das vezes sem utilização de pinos, parafusos,
ou mesmo pontos na pele. A estabilização dos ossos
é realizada pela partes moles íntegras e através de
enfaixamentos e esparadrapagens especiais.
Esse tipo de cirurgia pode ser indicada em casos
de deformidades, como joanetes (hálux valgo), dedos
em garra, calos digitais e plantares. Pode, inclusive,
ser utilizada em deformi-
dades graves, como nos
antepés reumatóides e
em pés diabéticos, para
reduzir risco de proble-
mas de feridas. Também
tem aplicações no retro-
pé, para o tratamento da
fascite plantar e “espo-
rão” calcâneo, e deformi-
dade de Haglund junto ao
tendão de Aquiles.
Como é uma técnica de baixíssima agressão, co-
mumente o pós-operatório é pouco doloroso. Não há
necessidade de internação. A anestesia é locorregio-
nal ao nível do tornozelo e não se utilizam muletas ou
cadeira de rodas, sendo a marcha permitida imedia-
tamente após a cirurgia, com calçado pós-operatório
de solado rígido. O enfaixamento pós-operatório,
realizado com atadura elástica autoadesiva, é man-
tido por três a seis semanas, dependendo do caso. A
recuperação é geralmente mais rápida, com retorno
precoce às atividades habituais.
A cirurgia percutânea foi criada pelos podiatras
americanos, profissionais que fazem um curso supe-
rior de podiatria, que possuem treinamento médico
e cirúrgico em patologias dos pés. No início, devido
à falta de instrumental e técnica adequadas, os re-
sultados não eram bons. Após um artigo publicado
pelo Dr. Kenneth Johnson em revista científica de
grande prestígio, condenando as técnicas percutâ-
neas, ela foi praticamente banida dos EUA. Até hoje
a comunidade ortopédica americana não aceita esse
tipo de cirurgia. Mas a partir da década de 90, através
do Dr. Stephen Isham, que aperfeiçoou as técnicas, e
com os novos equipamentos motorizados disponíveis,
tornou-se extremamente eficaz.
Outro expoente da cirurgia percutânea é o Dr.
Mariano De Prado, de Múrcia, na Espanha, que,
aprendendo as técnicas nos EUA, desenvolveu e po-
pularizou-as no meio ortopédico europeu. Hoje, com
mais de 15 anos de experiência, o Dr. De Prado é o
cirurgiapercuLtâNeaDo pé
Artigo SBOT-ES
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maior divulgador mundial da técnica, e o autor do
melhor livro disponível sobre o assunto. Ele e o Dr.
Isham até hoje promovem cursos na Europa e EUA.
A cirurgia percutânea está em crescente desenvolvi-
mento na Espanha, França, Portugal, Inglaterra, Itá-
lia, EUA (entre os podiatras) e Mexico. Na América do
Sul, principalmente na Argentina , existem cirurgiões
dedicados exclusivamente à cirurgia MIS do pé.
O Dr. Juan Sanchez Pulgar, de Córdoba, é um dos
mais experientes, tendo defendido tese de doutorado
sobre a correção de hálux valgo pela técnica percutâ-
nea de Isham. Outro colega argentino de renome é o
Dr. Julio Amaya, de Mendoza, que esteve no último
Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia
em Brasília, mostrando sua grande experiência. No
Brasil, o pioneiro da cirurgia percutânea é o Dr. Ber-
nard Meyer, do Rio Grande do Sul, que tem cerca de
600 casos operados.
A cirurgia percutânea também tem muitas com-
plicações. Acredita-se que a curva de aprendizado é
longa e são muito comuns os desvios de osteotomias
com consolidação viciosa, o encurtamento excessi-
vo de dedos, a rigidez articular e metatarsalgias de
transferência. É importante selecionar bem os pa-
cientes, evitando casos com deformidades graves ou
pacientes muito jovens e ativos, devido ao risco de
mau resultado. Outra consideração importante é que
trata-se de uma metodologia diferente, em que não
podemos valorizar demais o resultado radiográfico.
A cirurgia percutânea do pé é uma técnica nova
no Brasil, com pouquíssimas pessoas com treinamen-
to adequado, mas bastante promissora. E segue uma
tendência mundial para cirurgias minimamente inva-
sivas, como aconteceu com a evolução da artroscopia.
Existe uma desconfiança natural por ser um método
novo e diferente, não aceito pela escola americana,
e os resultados radiográficos muitas vezes não são
bons, mas não é possível subestimar o alto nível de
satisfação dos pacientes, seja pelo resultado estético,
ou pela rápida recuperação.
Talvez no Brasil, assim como na Argentina, encon-
tremos um meio termo com cirurgias corretivas mis-
tas, parte aberta, convencional, e parte fechada, per-
cutânea. Ou ainda, utilizando o que de melhor temos
em meios de fixação para osteotomias percutâneas. É
bastante provável que nos próximos congressos veja-
mos os primeiros trabalhos brasileiros com essa técni-
ca, já estabelecida mundialmente.
Artigo SBOT-ES
Ortopedista e traumatologista especialista em pé e tornozelo.
Marcelo Nogueira Silva
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