revisões sistemáticas e meta-análise fop-unicamp 2009
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Fernando Neves HugoDepartamento de Odontologia Preventiva e Social
PPG-Odontologia, FO-UFRGS
REVISÕES SISTEMÁTICAS
REVISÕES SISTEMÁTICAS
� Introdução�Conceitos básicos�As meta-análises como delineamento em As meta-análises como delineamento em pesquisa
�Metodologia e análise de dados�Revisões sistemáticas em Saúde Pública
HISTÓRICO
Não são novidade e vem sendo usadas nas ciências naturais há algum tempoalgum tempo
Em saúde: Effectivenessand efficiency: Random reflectionson health services(1972)
Archie Cochrane
INTRODUÇÃO
Profissionais, pesquisadores e gestores do setor saúde tem que lidar com umaquantidade exagerada de informações
INTRODUÇÃO
A pergunta é como avaliar, dentre todaessa informação, qual evidência é útil e tem qualidade para uma tomada de decisão?
INTRODUÇÃO
Uma das maneiras é avaliando evidências pormeio de revisões sistemáticas, pois elasrepresentam uma maneira eficiente de integrar informação e prover uma base integrar informação e prover uma base racional para tomada de decisões
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, a Saúde Pública tem avançado na direção do estabelecimento de
protocolos para ações e intervenções em SaúdePública com base em evidências
Emergência da Saúde Pública baseada em evidências
ATS Alocação de recursos
A HIERARQUIA DAS EVIDÊNCIAS
RevisõesRevisõessistemáticassistemáticas
Estudos Estudos Vieses
Vieses
SeleçãoAferiçãoConfusãoIntervençãoSeguimentoAnáliseInterpretaçãoPublicação Estudos Estudos
randomizadosrandomizados
Estudos Estudos in in vitrovitro -- Pesquisas em animaisPesquisas em animaisExperiência pessoal Experiência pessoal
Estudos de coorteEstudos de coorteEstudos de casos e controlesEstudos de casos e controles
Estudos transversais (prevalênciaEstudos transversais (prevalência))
Estudos ecológicosEstudos ecológicosEstudos de séries de casosEstudos de séries de casos
Vieses
Vieses
++
Publicação
MAS EM SAÚDE PÚBLICA?
EficáciaEfetividadeCustos
e
Frequência&
Distribuição
Determinantes&
ConsequênciasSegurança
Saúde PúblicaBaseada em Evidências
Políticas
eGestão
O QUE SÃO REVISÕES SISTEMÁTICAS?
�Um tipo de delineamento de pesquisa�Estudo secundário cujo objetivo é reunir estudos semelhantes, avaliando-os criticamenteestudos semelhantes, avaliando-os criticamente
�Maximiza o poder de estudos individuais
SAÚDE PÚBLICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS
� 3 tipos de inferências:� Probabilidade (ECR, tomada de decisões clínicas)� Plausibilidade (inferências de causalidade por meio de estudos observacionais que tenham grupos de estudos observacionais que tenham grupos de comparação)
�Adequação (tendência, progresso de indicadores)
O QUE SÃO REVISÕES SISTEMÁTICAS?
�São consideradas a evidência de melhor nível de evidência para tomada de decisão em cuidados clínicos em saúdecuidados clínicos em saúde
O QUE SÃO REVISÕES SISTEMÁTICAS?
Uma RS é uma revisão da literatura que tem como foco:
IdentificarEstimarSelecionarSintetizar
Toda evidência de qualidade que seja relevante para o tópico em questão
TIPOS DE REVISÃO SISTEMÁTICA
� Tratamento� PrevençãoEtiologia
� Prevalência� DiagnósticoEconômica� Etiologia
� Prognóstico� Econômica
PASSOS
1. Definir a questão
2. Verificar todos os estudos (pretensão???) que abordam a questão
3. Avaliar os estudos para selecionar aqueles relevantes3. Avaliar os estudos para selecionar aqueles relevantes
4. Avaliar a qualidade dos estudos
5. Calcular os resultados para cada estudo (e combiná-los quando apropriado)
6. Interpretar os resultados
META-ANÁLISE
A meta-análise é o uso de métodos estatísticos para sumarizar os resultados de estudos semelhantes
REVISÃO SISTEMÁTICA META-ANÁLISE
� Coleta de informação� Revisão/Avaliação da informação
� Apresentação dos resultados
� Técnica estatística queenvolve:� Extração de dados� Combinação de dados
REVISÃO SISTEMÁTICA X META-ANÁLISE
resultados
PLANEJANDO UMA RS – PROTOCOLO
Importante para definir os métodos empregados na realização da RS
Objetivos:Objetivos:Ter um documentos escrito com o plano da revisão
Diminuir viéses (busca, seleção, extração de dados e avaliação)
PROTOCOLO
A formulação do problema é fundamental para o desenvolvimento de uma RS e deve abordar as escolhas às quais os profissionais de saúde estão submetidosestão submetidos
PROTOCOLO
�Uma questão clínica bem definida deve especificar:
Population Intervention Comparison OutcomeP I C O
PROBLEMA
Paciente Intervenção Comparação desfechO
dica Como eu descreveria um grupo de pacientes parecidos com os
Qual intervenção principal estou considerando?
Qual é a principal alternativa para comparar com a intervenção?
O que está exposição pode afetar?
parecidos com os que interessam para o problema que eu quero abordar?
intervenção?
exemplo Em crianças e adolescentes
...o selante de fossas e fissuras...
...quando comparado ao não selamentoou materiais de outra classe...
...é eficaz na prevenção de cárie na dentição permanente?
AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA
�Extração dos dados�Realizado por dois pesquisadores
�Em caso de discordância, referee!
�Formulário�Papel ou eletrônico?
AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA
�Minimizar viéses�Possíveis fontes:
�RandomizaçãoAlocação�Alocação
�Mascaramento�Perdas (intenção de tratar)
EXTRAÇÃO DOS DADOS - ELEGIBILIDADE
Identificar� Quando da avaliaçãodos resumos:
Estudos queprovavelmentesão relevantes
Estudosirrelevantes
ANÁLISE - SÍNTESE
� Descrição dos estudos que foram incluídos na RS
Worthington & Clarkson. Prevention of Oral Mucositis and Oral Candidiasisfor patients with Cancer treated with Chemotherapy: Cochrane Systematic Review.
ANÁLISE-MEDIDAS DICOTÔMICAS
� Odds Ratio (OR)� Risco Relativo (RR)� Redução de Risco Absoluta (ARR)Número Necessário para Tratar (NNT)� Número Necessário para Tratar (NNT)
� Diferença entre médias (padronizada ou ponderada)
ANÁLISE-MEDIDAS DICOTÔMICAS
� ARR = RR teste – RR grupo controle� Fração do efeito atribuível a intervenção
NNT = 1/ARR� NNT = 1/ARR�Descreve o número de pacientes que precisaríamos tratar para prevenir um único caso
ANÁLISE-MEDIDAS CONTÍNUAS
� Tamanho da amostra
�Médias
� Desvios-padrão
� Calcular a medida de efeito de cada tratamento e combiná-las!
COMBINANDO ESTUDOS
�Médias ponderadas:�Dar mais peso aos estudos que contribuem mais para o total
Tamanho amostral�Tamanho amostral�Taxa de eventos
MODELOS DE EFEITOS FIXOS MODELOS DE EFEITOS ALEATÓRIOS
� Variabilidade se deve apenas ao acaso
� Apenas variação intra-estudo
� Heterogeneidade não
� Efeito basal diferente paracada estudo
� Considera variaçãoadicional entre estudos
� ICs mais largos
� Na prática, isso significa considerar que, se todos os estudos fossem suficientemente grandes, seus resultados seriam
ANÁLISE-SÍNTESE
� Heterogeneidade nãoafeta o IC
� ICs mais largosseus resultados seriam similares
EFEITOS FIXOS EFEITOS ALEATÓRIOS
� RR de Mantel-Haenszel� OR de Mantel-Haenszel� RD de Mantel-Haenszel� OR Peto
� DerSimonian & Laird� RR� OR� RD
MODELOS PARA VARIÁVEIS DICOTÔMICAS
MODELOS PARA VARIÁVEIS CONTÍNUAS
�Efeitos fixos e aleatórios:�Diferença média ponderada�Diferença média padronizada�Diferença média padronizada
ANÁLISE-SÍNTESE
A combinação estatística de estudos incluídos pode ser calculada e apresentada em um Forest Plot
Helen V. Pit and fissure sealants for preventing dental decay in the permanent teeth of children and adolescents (Cochrane Review)
HETEROGENEIDADE
�Variabilidade entre os estudos nas medidas de efeito dos tratamentos�Heterogeneidade clínicaHeterogeneidade metodológica�Heterogeneidade metodológica
�Heterogeneidade estatística
HETEROGENEIDADE
�Heterogeneidade clínica�Descreve diferenças clínicas em relação aos estudos
Características dos participantes�Características dos participantes�Dose, intensidade, tempo de intervenção�Definição de desfechos
HETEROGENEIDADE
�Heterogeneidade metodológica�Descreve clínicas em ao modo como os estudos foram conduzidos
Grupos paralelos ou estudo cruzado�Grupos paralelos ou estudo cruzado�Randomização por clusters ou indivíduos�Qualidade do estudo�Análises
HETEROGENEIDADE
� Se as diferenças clínicas e metodológicas entre os estudos forem muito grandes, será que eles devem ser combinados?
� Considerar a importâncias dessas diferenças no efeito do tratamento!
HETEROGENEIDADE
�Heterogeneidade estatística�Será que há mais variação entre os efeitos de diferentes estudos sobre uma mesma intervenção do que nós esperaríamos em intervenção do que nós esperaríamos em função do acaso?
HETEROGENEIDADE ESTATÍSTICA
�Como identificar?�Examinando o Forest plot (os IC se sobrepõe?)�Teste qui-quadrado
HETEROGENEIDADE ESTATÍSTICA
Worthington & Clarkson. Prevention of Oral Mucositis and Oral Candidiasis for Patients with Cancer Treated with Chemotherapy: Cochrane Systematic Review, 2002
HETEROGENEIDADE
�O que fazer nos casos em que houver heterogeneidade?
�Usar modelos de efeitos aleatórios�Realizar análise de sensibilidade (subgrupos)�Usar meta-regressão (ex: o quanto a dose está relacionada com a extensão do benefício)