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Revisão especial (I) Paulo Monteiro

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Page 1: Revisão especial (i)

Revisão especial (I)

Paulo Monteiro

Page 3: Revisão especial (i)

QUESTÃO 01 (UEFS)“Vive a cabra contra a pendentesem os êxtases das descidas.Viver para a cabra não ére-ruminar-se introspectiva.É literalmente, cavara vida sob a superfície,que a cabra, proibida de folhas,tem de desentranhar raízes.”

O texto acima lembra direções e características da poesia de 45:

a) ambiguidade e incontinência verbal, correspondentes ao predomínio das emoções sobre a razão, nas relações do poeta com o mundo.

b) liberdade formal; uso do verso branco; descrição apaixonada da realidade; visão sentimentalista do mundo e dos seres.

c) formalismo e esteticismo, paralelos à descrição exata e naturalista da realidade; predileção pelos aspectos mórbidos do mundo.

d) retorno ao verso metrificado; uso de formas fixas e expressão feita de termos preciosos, raros, em que abundam imagens insólitas.

e) ausência de sentimentalismo; expressão contida e rigorosa, que busca o aspecto substantivo do objeto sob foco.

Page 4: Revisão especial (i)

QUESTÃO 01 (UEFS)“Vive a cabra contra a pendentesem os êxtases das descidas.Viver para a cabra não ére-ruminar-se introspectiva.É literalmente, cavara vida sob a superfície,que a cabra, proibida de folhas,tem de desentranhar raízes.”

O texto acima lembra direções e características da poesia de 45:

a) ambiguidade e incontinência verbal, correspondentes ao predomínio das emoções sobre a razão, nas relações do poeta com o mundo.

b) liberdade formal; uso do verso branco; descrição apaixonada da realidade; visão sentimentalista do mundo e dos seres.

c) formalismo e esteticismo, paralelos à descrição exata e naturalista da realidade; predileção pelos aspectos mórbidos do mundo.

d) retorno ao verso metrificado; uso de formas fixas e expressão feita de termos preciosos, raros, em que abundam imagens insólitas.

e) ausência de sentimentalismo; expressão contida e rigorosa, que busca o aspecto substantivo do objeto sob foco.

Page 5: Revisão especial (i)

QUESTÃO 02

TEXTO I

O meu nome é Severino,não tenho outro de pia.Como há muitos Severinos,que é santo de romaria,deram então de me chamarSeverino de Maria;como há muitos Severinoscom mães chamadas Maria,fiquei sendo o da Mariado finado Zacarias,mas isso ainda diz pouco:há muitos na freguesia,por causa de um coronelque se chamou Zacariase que foi o mais antigosenhor desta sesmaria.Como então dizer quem falaora a Vossas Senhorias?MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio de

Janeiro: Aguilar, 1994 (fragmento).

TEXTO IIJoão Cabral, que já emprestara sua voz ao rio, transfere-a, aqui, ao retirante Severino, que, como o Capibaribe, também segue no caminho do Recife. A autoapresentação do personagem, na fala inicial do texto, nos mostra um Severino que, quanto mais se define, menos se individualiza, pois seus traços biográficos são sempre partilhados por outros homens.SECCHIN, A. C. João Cabral: a poesia do menos. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999 (fragmento).

Page 6: Revisão especial (i)

Com base no trecho de Morte e Vida Severina (Texto I) e na análise crítica (Texto II), observa-se que a relação entre o texto poético e o contexto social a que ele faz referência aponta para um problema social expresso literariamente pela pergunta “Como então dizer quem fala / ora a Vossas Senhorias?“. A resposta à pergunta expressa no poema é dada por meio da

a) descrição minuciosa dos traços biográficos do personagem-narrador.

b) construção da figura do retirante nordestino como um homem resignado com a sua situação.

c) representação, na figura do personagem-narrador, de outros Severinos que compartilham sua condição.

d) apresentação do personagem-narrador como uma projeção do próprio poeta, em sua crise existencial.

e) descrição de Severino, que, apesar de humilde, orgulha-se de ser descendente do coronel Zacarias.

Page 7: Revisão especial (i)

Com base no trecho de Morte e Vida Severina (Texto I) e na análise crítica (Texto II), observa-se que a relação entre o texto poético e o contexto social a que ele faz referência aponta para um problema social expresso literariamente pela pergunta “Como então dizer quem fala / ora a Vossas Senhorias?“. A resposta à pergunta expressa no poema é dada por meio da

a) descrição minuciosa dos traços biográficos do personagem-narrador.

b) construção da figura do retirante nordestino como um homem resignado com a sua situação.

c) representação, na figura do personagem-narrador, de outros Severinos que compartilham sua condição.

d) apresentação do personagem-narrador como uma projeção do próprio poeta, em sua crise existencial.

e) descrição de Severino, que, apesar de humilde, orgulha-se de ser descendente do coronel Zacarias.

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QUESTÃO 03CATAR FEIJÃO

Catar feijão se limita com escrever:Joga-se grãos na água do alguidarE as palavras na da folha de papel;E depois, joga-se fora o que boiar.

Certo, toda palavra boiará no papel,Água congelada, por chumbo seu verboPois para catar esse feijão, soprar nele,E jogar fora o leve e oco, palha e eco.

O poema evidencia uma característica da poesia de João Cabral de Melo Neto:

A) Despreocupação com a forma poética que, para ele, é um ato banal e corriqueiro.B) Proposta de integração da poesia com os problemas sociais nordestinos.C) Concepção do poema como um processo de elaboração e de ajuste estético-semântico.D) Defesa do ato de criar como uma manifestação do automatismo psíquico.E) Interesse exclusivo pela temática humano-social.

Page 9: Revisão especial (i)

QUESTÃO 03CATAR FEIJÃO

Catar feijão se limita com escrever:Joga-se grãos na água do alguidarE as palavras na da folha de papel;E depois, joga-se fora o que boiar.

Certo, toda palavra boiará no papel,Água congelada, por chumbo seu verboPois para catar esse feijão, soprar nele,E jogar fora o leve e oco, palha e eco.

O poema evidencia uma característica da poesia de João Cabral de Melo Neto:

A) Despreocupação com a forma poética que, para ele, é um ato banal e corriqueiro.B) Proposta de integração da poesia com os problemas sociais nordestinos.C) Concepção do poema como um processo de elaboração e de ajuste estético-semântico.D) Defesa do ato de criar como uma manifestação do automatismo psíquico.E) Interesse exclusivo pela temática humano-social.

Page 11: Revisão especial (i)

Não há vagas

O preço do feijãonão cabe no poema. O preçodo arroznão cabe no poema.Não cabem no poema o gása luz o telefonea sonegaçãodo leiteda carnedo açúcardo pão.

O funcionário públiconão cabe no poemacom seu salário de fomesua vida fechadaem arquivos.Como não cabe no poema

o operárioque esmerila seu dia de açoe carvãonas oficinas escuras

– porque o poema, senhores,está fechado: “não há vagas”Só cabe no poemao homem sem estômagoa mulher de nuvensa fruta sem preço

O poema, senhores,não fedenem cheira.

Ferreira Gullar

Page 12: Revisão especial (i)

Questão 04

“ O poema,senhores

Está fechado:

Não há vagas” para:

a)Problemas sócio – humanos da realidade concreta

b)Especulações filosóficas e ideológicas

c)Aspectos de beleza da paisagem

d)Canto de amor à mulher amada

e)Indefinições ideológicas

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Questão 04

“ O poema,senhores

Está fechado:

Não há vagas” para:

a)Problemas sócio – humanos da realidade concreta

b)Especulações filosóficas e ideológicas

c)Aspectos de beleza da paisagem

d)Canto de amor à mulher amada

e)Indefinições ideológicas

Page 14: Revisão especial (i)

QUESTÃO 05

A forma “senhores” estabelece entre o poeta e o leitor um tratamento

a)Espontâneo

b)Amistoso

c)Cordial

d)Indiferente

e)Formal

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QUESTÃO 05

A forma “senhores” estabelece entre o poeta e o leitor um tratamento

a)Espontâneo

b)Amistoso

c)Cordial

d)Indiferente

e)Formal

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QUESTÃO 06

“O funcionário públiconão cabe no poemacom seu salário de fomesua vida fechada em arquivoscomo não cabe no poemao operárioque esmerila seu dia de açoe carvão.”

O fragmento destacado demonstra um processo de construção através do qual o poeta:

a)Exalta as figuras do funcionário público e do operário.b)Transpõe para a existência aspectos destrutivos da vida funcional.c)Define inoperância do funcionário público e o trabalho excessivo do operário.d)Denuncia os aspectos de exploração econômica de que são vítimaso

funcionário público e o operário.e)Situa o funcionário público e o operário em classes sociais diferentes.

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QUESTÃO 06

“O funcionário públiconão cabe no poemacom seu salário de fomesua vida fechada em arquivoscomo não cabe no poemao operárioque esmerila seu dia de açoe carvão.”

O fragmento destacado demonstra um processo de construção através do qual o poeta:

a)Exalta as figuras do funcionário público e do operário.b)Transpõe para a existência aspectos destrutivos da vida funcional.c)Define inoperância do funcionário público e o trabalho excessivo do operário.d)Denuncia os aspectos de exploração econômica de que são vítimaso

funcionário público e o operário.e)Situa o funcionário público e o operário em classes sociais diferentes.

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QUESTÃO 07

O poema a que o texto se refere trata de:

a)Aspectos econômico-sociais

b)Necessidades existenciais do homem.

c)Luta de classes.

d)Trabalhador e a exploração de que é vítima.

e)Temas abstratos, desvinculados da realidade concreta.

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QUESTÃO 07

O poema a que o texto se refere trata de:

a)Aspectos econômico-sociais

b)Necessidades existenciais do homem.

c)Luta de classes.

d)Trabalhador e a exploração de que é vítima.

e)Temas abstratos, desvinculados da realidade concreta.

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QUESTÃO 08

“O poema, senhores,Não fede,Nem cheira” porque:

a)É imparcial ao retratar o real.

b)Não transmite informações nem provoca sensações.

c)Não se compromete.

d)Pretende unir uma função social a uma função estética.

e)Aborda temas herméticos que o leitor não compreende.

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QUESTÃO 08

“O poema, senhores,Não fede,Nem cheira” porque:

a)É imparcial ao retratar o real.

b)Não transmite informações nem provoca sensações.

c)Não se compromete.

d)Pretende unir uma função social a uma função estética.

e)Aborda temas herméticos que o leitor não compreende.

Page 22: Revisão especial (i)

QUESTÃO 09

No texto, as idéias se estruturam na ordem seguinte:

a)Causa (explicação) – constatação dos fatos – conclusão

b)Conclusão – constatação dos fatos – causa (explicação)

c)Constatação dos fatos – causa (explicação) – conclusão

d)Constatação dos fatos – conclusão – causa (explicação)

e)Conclusão – causa (explicação) – constatação dos fatos.

Page 23: Revisão especial (i)

QUESTÃO 09

No texto, as idéias se estruturam na ordem seguinte:

a)Causa (explicação) – constatação dos fatos – conclusão

b)Conclusão – constatação dos fatos – causa (explicação)

c)Constatação dos fatos – causa (explicação) – conclusão

d)Constatação dos fatos – conclusão – causa (explicação)

e)Conclusão – causa (explicação) – constatação dos fatos.

Page 24: Revisão especial (i)

QUESTÃO 10PássaroAquilo que ontem cantavajá não canta.Morreu de uma flor na boca:não do espinho na garganta.

Ele amava a água sem sede,e, em verdade,tendo asas, fitava o tempo,livre de necessidade.

Não foi desejo ou imprudência:não foi nada.E o dia toca em silêncioa desventura causada.

Se acaso isso é desventura:ir-se a vidasobre uma rosa tão bela,por uma tênue ferida.

(Cecília Meirelles)

Page 25: Revisão especial (i)

O texto sugere que a:

a)ânsia de ter conduz à morte.

b)felicidade á algo inalcançável

c)ausência de cautela inviabiliza o viver.

d)Negação da beleza é essencial à preservação da vida

e)Fragilidade da vida se faz presente de forma imprevisível

Page 26: Revisão especial (i)

O texto sugere que a:

a)ânsia de ter conduz à morte.

b)felicidade á algo inalcançável

c)ausência de cautela inviabiliza o viver.

d)Negação da beleza é essencial à preservação da vida

e)Fragilidade da vida se faz presente de forma imprevisível

Page 27: Revisão especial (i)

QUESTÃO 11Musa Inês

Estavas linda, Inês, posta em repousoMas aparentemente bela, Inês;Pois de teus olhos lindos já não ousoFitar o torvelinho que não vês,O suceder dos rostos cobiçosoPassando sem descanso sob a tez;Quem eram tudo memórias fugidias,Máscaras sotopostas que não vias.

Tendo em vista que o autor tomou por base o verso “Estavas linda, Inês, posta em sossego” escrito pelo poeta português Luís Vaz de Camões, pode-se dizer que Jorge de Lima:

a) mimetizou parodicamente o original.b) reescreveu parafrasicamente o texto do poeta português.c) estilizou, reinterpretando a figura da personagem.d) desrespeitou as diferenças entre a semântica lusitana e a brasileira.e) valeu-se do eufemismo, evitando a aspereza da expressão.

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QUESTÃO 11Musa Inês

Estavas linda, Inês, posta em repousoMas aparentemente bela, Inês;Pois de teus olhos lindos já não ousoFitar o torvelinho que não vês,O suceder dos rostos cobiçosoPassando sem descanso sob a tez;Quem eram tudo memórias fugidias,Máscaras sotopostas que não vias.

Tendo em vista que o autor tomou por base o verso “Estavas linda, Inês, posta em sossego” escrito pelo poeta português Luís Vaz de Camões, pode-se dizer que Jorge de Lima:

a) mimetizou parodicamente o original.b) reescreveu parafrasicamente o texto do poeta português.c) estilizou, reinterpretando a figura da personagem.d) desrespeitou as diferenças entre a semântica lusitana e a brasileira.e) valeu-se do eufemismo, evitando a aspereza da expressão.