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René Descartes – 1596-1650

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René Descartes – 1596-1650

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René Descartes - contexto

- É considerado o grande representante do pensamento Moderno;- Viveu num tempo de crise, de transição para uma

nova visão de mundo: - Revolução científica (Galileu, Copérnico), - Reforma protestante, - mercantilismo (valorização da iniciativa,

desenvolvimento do comércio)- Renascentismo: arte de inspiração clássica X

inspiração religiosa; - Humanismo: autonomia e poder da razão

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René Descartes – biografia

- Nasceu na França em 1596 em família nobre;- Interessou-se por matemática e geometria;- Recebeu educação escolástica;- Viveu na Europa durante a Guerra dos Trinta Anos,

tendo inclusive se alistado nas tropas de combate;- Viajou por diversos países;- Frequentou círculos intelectuais em Paris e retirou-se

por um período na Holanda;

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René Descartes - biografia- Correspondeu-se com diversos pensadores de sua

época;- Principais obras:

1637: Discurso do Método (modelo para conduzir o pensamento – inspiração matemática)

1641: Meditações (amplia a discussão sobre o método, elabora argumentos e responde objeções)

1648: Paixões da alma (sobre as percepções ou sensações da alma)- Faleceu na Suécia em 1650.

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René Descartes - filosofia- Seu pensamento constitui uma defesa do novo

modelo de ciência, apontando para os equívocos do modelo antigo;- Principais conceitos:

1. Método Cartesiano2. Dúvida metódica3. Cogito4. Racionalismo5. Dualismo6. Mecanicismo7. Método cartesiano

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1. Método cartesiano

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1. Método cartesiano

EVIDÊNCIA: evitar precipitações, buscar ideias claras e distintas (p.2)

ANÁLISE: decomposição do conjunto em partes simples a (p. 3)

SÍNTESE: recompor os raciocínios do simples ao composto (p. 4)

ENUMERAÇÃO E REVISÃO: verificar se a análise é completa e se a síntese é correta (p. 5)

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2. Dúvida Metódica- Submeter à dúvida tudo que aprendeu ser

verdadeiro; (p. 1) - Iniciou pelas crenças básicas, que fundamentavam as

demais, pois um conhecimento assentado sobre uma primeira crença falsa, daria origem a uma cadeia de raciocínios falsos;- É metódica: vai sendo ampliada de maneira ordenada

e lógica; pretende levar à verdade- É radical: se estende a tudo, é levada ao extremo;- É hiperbólica: duvida-se até da própria existência;

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2. Dúvida Metódica- É preciso testar o método, aplicá-lo sobre os saberes

tradicionais;- Questiona os conhecimentos que temos e também a

nossa capacidade de conhecer- 1.Será que os sentidos nos enganam?- C:\Users\Deise\Videos\CQC Ciência Truques da

Mente 19082013.wmvC:\Users\Deise\Videos\Optische Täuschung von Edward H Adelson Wir sehen genauer hin!.wmv- (p.2)- Descartes confessa a dificuldade em duvidar dos

sentidos;

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2. Dúvida Metódica

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2. Dúvida Metódica

- 2. Ao ter sensações, posso estar sonhando? (p. 3)- As percepções que temos nos sonhos são

semelhantes às reais; - Mas mesmo sonhando, 2 + 3 são 5 e o quadrado tem

4 lados. (p. 4)- 3. E se houver um gênio maligno que esteja me

enganando, inclusive sobre as verdades matemáticas? (p. 5)- Por isso é preciso suspeitar de tudo! Não porque

tudo é falso, mas porque nem tudo é seguro.

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3. Cogito ergo sum- Mas para que eu possa ser enganado sobre as

coisas, ainda assim, é necessário que eu exista.- Ainda que tudo seja falso, é necessário que eu, que

duvido, seja alguma coisa; (p. 1)- Duvidar é uma forma de pensar: Penso, logo existo! - Que significa pensar? São todas as operações da

vontade, do intelecto, da imaginação e dos sentidos (p. 4 – O que sou)- ser e pensar são o mesmo: sei que sou quando penso

(intuição) - Penso, logo existo é algo que é percebido de forma

clara e distinta, portanto é o fundamento do conhecimento;

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3. Cogito ergo sum

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3. Cogito ergo sum

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3. Cogito ergo sum - objeções- Será que é possível inferir a existência do “eu” a partir

do pensamento?- Pode haver pensamento sem “eu”, ou um sujeito

pensante?- O cogito é uma verdade da mesma natureza que as

verdades matemáticas?- Estamos diante de uma crença, ou é possível justificar e

explicar o cogito racionalmente?- Cogito permite que eu saiba apenas que sou uma coisa

que pensa (res cogitans), mas não o que sou (humano, dotado de corpo), pois isso dependeria da experiência, dos sentidos e de outros conhecimentos (solipsismo);

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4. Racionalismo - Apesar de duvidar dos meus sentidos, me parece que

são as coisas corpóreas as que conheço mais claramente; (p.1 – como posso conhecer)- Do pedaço de cera: Sinto seu cheiro, vejo sua cor,

percebo sua forma.- Mas e se eu aproximá-lo do fogo, o que disso restará?- O que eu conhecia a respeito do pedaço de cera, com

certeza não era nada dado aos meus sentidos; (p. 3)- É apenas o meu entendimento que concebe a cera,

logo conheço as coisas não através dos sentidos, mas através do pensamento.- Sentidos são fonte de estímulos, mas não a sede do

conhecimento

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4. Racionalismo - Como Descartes passa do conhecimento do próprio

pensamento ao conhecimento da realidade exterior?- Descartes parte da ideia de Deus como ser perfeito;- Temos a ideia de perfeição; a ideia de um ser perfeito,

pressupõe sua existência, logo Deus existe;- Se Deus existe é porque existe algo fora do cogito, do eu,- A ideia de perfeição veio de fora, não pode ser minha,

pois eu duvido e desconheço diversas coisas.- A ideia de Deus em nós é como a marca do artesão em

sua obra e nos mostra que é possível conhecer a realidade exterior;- Deus, em sua bondade e perfeição é responsável pelas

ideias e por nossa capacidade de conhecê-las.

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5. Dualismo

- Só a extensão é percebida de forma clara e distinta: a figura só pode ser entendida na coisa extensa e o movimento só pode ser entendido no espaço extenso; - Matéria tem comprimento, largura e profundidade; ou seja é extensão.- Mundo físico é extensão (matéria) e movimento;- O mundo espiritual é res cogitans e o mundo material é res extensa; coisa que pensa x coisa corpórea- No homem estas duas dimensões coexistem e são

representadas pela alma (pensamento) e pelo corpo;

As coisas que nos chegam do mundo externo, as conhecemos porque possuem a propriedade da extensão;

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6. Mecanicismo- Mundo físico é constituído de matéria e movimento;- A matemática é o modelo da realidade física;- Descartes criou a geometria analítica (plano

cartesiano);- O mundo é objeto das demonstrações geométricas;- A única coisa que conseguimos perceber de forma clara

e distinta é a extensão (matéria);- O mundo é um imenso relógio mecânico;- Tanto o corpo como os organismos animais são

máquinas que funcionam com base em princípios mecânicos;- Funções dos animais e das plantas dependem

exclusivamente da disposição de seus órgãos;

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6. Mecanicismo

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Referências e indicações

- DESCARTES, Discurso do Método; disponível em : http://www.psb40.org.br/bib/b39.pdf- DESCARTES, Meditações; disponível em: http

://www.ruipaz.pro.br/fenomenologia/descartes.pdf- MARCONDES, Iniciação à História da Filosofia;

disponível em: http://charlezine.com.br/wp-content/uploads/Inicia%C3%A7%C3%A3o-%C3%A0-Hist%C3%B3ria-da-Filosofia-Danilo-Marcondes.pdf- COTRIM e FERNANDES, Fundamentos de Filosofia;

cap. 2 e 13.