renato dantas alencar

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POLIANA SAMARA DE CASTRO FREITAS CUNHA ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE SPONDIAS SUBMETIDAS A DOSES DE ÁCIDO INDOLBUTÍRICO (AIB) E SUBSTRATOS MOSSORÓ - RN 2013

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Page 1: RENATO DANTAS ALENCAR

POLIANA SAMARA DE CASTRO FREITAS CUNHA

ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE SPONDIAS SUBMETIDAS A DOSES

DE ÁCIDO INDOLBUTÍRICO (AIB) E SUBSTRATOS

MOSSORÓ - RN

2013

Page 2: RENATO DANTAS ALENCAR

POLIANA SAMARA DE CASTRO FREITAS CUNHA

ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE SPONDIAS SUBMETIDAS A DOSES

DE ÁCIDO INDOLBUTÍRICO (AIB) E SUBSTRATOS

Dissertação apresentada à Universidade

Federal Rural do Semi-Árido, como

parte das exigências para obtenção do

título de Mestre em Agronomia:

Fitotecnia.

ORIENTADOR:

Prof. Dr. VANDER MENDONÇA

MOSSORÓ - RN

2013

Page 3: RENATO DANTAS ALENCAR

Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e

catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA

A368a Cunha, Poliana Samara de Castro Freitas.

Enraizamento de estacas de Spondias submetidas a diferentes doses

de ácido indolbutírico (AIB) e substratos / Poliana Samara de Castro

Freitas Cunha. - Mossoró, 2013.

79f.:il.

Dissertação (Mestrado em Fitotecnia. Área de concentração:

Fruticultura) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido.

Orientador: Profº. D. Sc. Vander Mendonça.

1.Spondias L.. 2.Propagação. 3.Auxina

I.Título.

CDD:634.421

Bibliotecária: Keina Cristina Santos Sousa e Silva

CRB15 120

Page 4: RENATO DANTAS ALENCAR
Page 5: RENATO DANTAS ALENCAR

Aos meus avós Isaias da Silva

Freitas (in memorian) e Euvira

Bezerra Leal (in memorian), que

sempre torceram por mim, e me

ensinaram que ensino era o tesouro

mais valioso.

Dedico

A Deus que sempre esteve presente em minha

vida compartilhando comigo todas as minhas

conquistas, que foi meu real incentivo, me

trazendo o maior dos mandamentos: o amor.

A minha família, meu pai Jose Balbino de Castro

Neto, minha irmã, Priscila Nunes e seu esposo,

meu irmão, João Paulo Castro e minha mãe,

Maria Vera Lúcia de Freitas, pelo carinho, afeto,

exemplo de luta, persistência, otimismo e

dedicação.

Ao meu esposo Caio Hering Bezerra da Cunha,

que presenciou todas as etapas dessa difícil

jornada, sempre me apoiando, sendo por muitas

vezes fiel colaborador, incentivando e

fortalecendo-me quando precisei.

Ofereço

Page 6: RENATO DANTAS ALENCAR

5

AGRADECIMENTOS

À Deus, criador do céu e da terra, que guia e me orienta em todos os momentos da

minha vida.

A UFERSA pela estrutura e apoio em toda a minha formação acadêmica.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e ao

Programa de Pós Graduação em Fitotecnia da UFERSA, pela concessão da bolsa, e

estrutura física para realização do trabalho realizado.

À Pós-Graduação em Fitotecnia, a todos aqueles que compõem o corpo docente,

pelos ensinamentos transmitidos durante o mestrado, contribuindo assim, para a

minha formação profissional.

Ao meu orientador, Vander Mendonça, pelo apoio, compreensão, orientação e

amizade.

Ao meu esposo, Caio Hering Bezerra da Cunha, que foi mais que essencial, foi

meu alicerce, compreensivo e auxiliador quando precisei. Deu-me incentivo a

continuar, que sem Ele não saberia como consegui chegar até aqui.

A minha família, primeiramente ao meu pai, Jose Balbino de Castro Neto, que

nunca desistiu de mim, sempre me auxiliando, com suas atitudes dizendo que eu

seria capaz de conseguir tudo que me propus a fazer até hoje, e que mesmo com

todas as dificuldades que passamos, com seu jeito sempre demonstrou seu amor, e

não me deixou abater. A minha mãe, Maria Vera Lucia de Freitas, que nas minhas

fases escolares iniciais, ensinou-me a acreditar que é preciso trabalhar para

consquistar, que o ensino e educação seriam essenciais para minha vida, e mesmo

com toda dificuldades que passamos nos dias atuais, sei que torce por mim. A

minha irmã, Priscilla Simara de Castro Freitas Nunes, que sempre foi o meu

espelho, de mulher, estudante, profissional, serva do Senhor. Que sempre

incentivou e fez-me acreditar que eu conseguiria alcançar mais degrau, orou por

mim, para que não desistisse no meio do caminho, foi meu porto seguro, chorou

comigo e por muitas vezes enxugou minhas lagrimas, é minha irmã, amiga,

psicóloga, conselheira, mãe, cúmplice. Agradeço ainda ao meu irmão, João Paulo

de Freitas Castro, que me ajudou muito nessa fase difícil, foi meu companheiro,

amigo, ajudando-me da forma que podia, sendo compreensivo as minhas ausências

e incentivador para eu ser sempre o meu melhor, o seu exemplo. Obrigada por

existirem em minha vida.

As minhas amigas, braço direito em todos os momentos, Luciana Freitas de

Page 7: RENATO DANTAS ALENCAR

6

Medeiros Mendonça e Grazianny Andrade Leite, e aos amigos, Mauro da Silva

Tosta e João Paulo Nobre de Almeida, que me ajudaram bastante tanto em todas as

fases desses trabalhos, me apoiando e segurando as pontas por muitas vezes que

precisei e que não tenho palavras para expressar meu enorme agradecimento.

Aos meus amigos, Mickaell e Michell Medeiros, que sempre fraternos se

preocupam comigo, foram essenciais para eu chegar até aqui. Em especial a Kísia

Cristina de Oliveira e Melo, que sem suas palavras sempre certas, que as vezes

pareciam um tanto severas, mais necessárias para que continuasse, para que eu me

reerguesse, sempre uma amiga mais chegada que uma irmã, mais que essencial.

Aos colegas de Pós-Graduação em Fitotecnia da UFERSA, pela amizade e

convivência durante o curso de mestrado; alguns fizeram-se mais que colegas, hoje

posso chamá-los de amigos.

Ao Grupo de Fruticultura, pelas gargalhadas, pela amizade, por todos os momentos

que passamos juntos durante esse tempo. Sintam-se todos agradecidos e abraçados

por mim.

A minha amada Igreja Batista Regular da Fé e os irmãos em Cristo, que me

sustentou, apoiou, foi minha segunda família, dando-me a estrutura que tanto

necessitei.

Enfim, a toda(o)s que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste

trabalho, MUITO OBRIGADA.

Page 8: RENATO DANTAS ALENCAR

7

RESUMO

CUNHA, Poliana Samara de Castro Freitas. Enraizamento de estacas de

Spondias sp. submetidas a doses de ácido indolbutírico (AIB) e substratos.

2013. 80f. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia) – Universidade Federal Rural do

Semi-Árido (UFERSA), Mossoró – RN, 2013.

O Nordeste brasileiro apresenta condições climáticas favoráveis ao cultivo de

diversas espécies frutíferas de clima tropical. Porém algumas espécies do gênero

Spondias a exemplo a cajazeira, serigueleira, cajaraneira, umbuzeiro, cujo interesse

por parte de indústrias de suco vem aumentando, são exploradas através do

extrativismo ou pomares domésticos sem utilização de tecnologia. Necessitando de

estudos relacionados às técnicas agronômicas empregadas no cultivo comercial,

como os métodos de propagação que auxiliem as técnicas de produção dessas

culturas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o enraizamento de estacas de

cajaraneira e serigueleira sob efeito do ácido indolbutírico – AIB – em diferentes

substratos, em casa de vegetação no campo leste da Universidade Federal Rural do

Semi Árido, Mossoró-RN, no período de agosto a dezembro de 2011. O

delineamento experimental utilizado para as estacas de cajaraneira foi o de blocos

casualizados completos, em esquema fatorial 3X5, usando três substratos (Terra +

Esterco [1v:1v]; Substrato Tropstrato®; Pole Fértil

®) com cinco concentrações de

AIB (0, 600, 1200, 1800 e 2400 mg.L-1) e usando quatro repetições e 10 estacas

por unidade experimental. Para as estacas de serigueleira o delineamento

experimental utilizado o de blocos casualizados completos, em esquema fatorial

2X5, usando dois substratos (Terra + Esterco [1v:1v]; Substrato Tropstrato) com

cinco concentrações de AIB (0, 600, 1200, 1800 e 2400 mg.L-1) e usando quatro

repetições e 10 estacas por unidade experimental. Aos 115 dias após a montagem

do experimento foi avaliado: número de folhas, folíolos e brotos; diâmetro do

broto; número e comprimento de raízes; porcentagens de estacas calejadas vivas;

porcentagem de estacas brotadas e com raiz; porcentagem de estacas brotadas e

sem raízes; porcentagem de estacas brotadas; massa seca das folhas, folíolos,

brotos, pecíolo e raiz. Diante dos resultados, observou-se que não houve efeito

significativo da utilização do AIB, no enraizamento de estacas lenhosas de

cajaraneira. Porém, o substrato comercial Tropstrato® influenciou positivamente no

enraizamento de estacas de cajaraneira, seguido do substrato Terra:Esterco (1v:1v),

já substrato Pole Fértil®

foi inadequado para a produção de mudas de cajaraneira

propagadas por estaquia. Em estacas lenhosas de serigueleira o AIB apresentou

efeito significativo obtendo maior enraizamento com a concentração de 600mg.dm-

3. O melhor substrato para o enraizamento de estacas de serigueleira foi o substrato

comercial Tropstrato®, seguido do substrato Terra:Esterco (1v:1v).

Palavras-chave: Spondias sp.. Propagação. Auxina. Substrato.

Page 9: RENATO DANTAS ALENCAR

8

ABSTRACT

CUNHA, Poliana Samara de Castro Freitas. Rooting of Spondias sp. exposed to

doses of butyric acid (IBA) and substrates, Rio Grande do Norte, Brazil. 2013.

80lfs. Dissertation (Master’s degree in Phytotechny) – Universidade Federal Rural

do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró – RN, 2013.

The Brazilian Northeast has favorable climatic conditions for the cultivation of

several species of tropical fruit. But some species of the genus Spondias example

cajazeira, serigueleira, cajaraneira , umbuzeiro whose interest by juice industries is

increasing, are explored through the extraction or orchards without using

technology. Requiring studies related to agronomic techniques employed in

commercial cultivation, as the propagation methods that assist the techniques for

producing these crops. The aim of this study was to evaluate the rooting of

cajaraneira and serigueleira and under the effect of indolbultiric acid - IBA - on

different substrates in the greenhouse in the field east of the Federal Rural

University of the Semi- Arid, Mossoró/RN, in the period from August to December

2011. The experimental design used for cuttings cajaraneira was a randomized

complete block in factorial 3X5 using three substrates (Soil + Manure [ 1v : 1v ] ;

Substrate Tropstrato® ; Pole Fertile

® ) with five IBA concentrations ( 0, 600, 1200,

1800 and 2400 mg l - 1

) and using four replications and 10 cuttings per plot . To

cuttings serigueleira the experimental design used a randomized complete block in

factorial 2X5 , using two substrates (Soil + Manure [ 1v : 1v ] ; Substrate

Tropstrato® ) with five IBA concentrations ( 0, 600, 1200, 1800 and 2400 mg l

- 1 )

and using four replications and 10 cuttings per plot . At 115 days after assembly

experiment was evaluated: number of leaves, leaflets and buds, bud diameter,

number and length of roots, percentages of cuttings callused alive; sprouting

percentage and root, sprouting percentage and rootless, sprouting percentage, dry

leaves, leaflets, buds, petioles and roots . Given the results, it was observed that

there was no significant effect of the use of IBA on rooting of woody cajaraneira .

However, the commercial substrate Tropstrato ® positively influenced the rooting

of cajaraneira, followed by substrate Soil : Manure ( 1v : 1v ), as substrate Pole

Fertile® was inadequate for the production of seedlings cajaraneira propagated by

cuttings. In hardwood cuttings of serigueleira IBA significant effect for better

rooting with the concentration of 600mg.dm-3

. The best medium for rooting

cuttings serigueleira was the commercial substrate Tropstrato®, followed by the

substrate Soil : Manure ( 1v : 1v ) .

Keywords: Spondias sp.. Cuttings. Auxin. Substrate.

Page 10: RENATO DANTAS ALENCAR

9

LISTA DE FIGURAS DO CAPÍTULO I

Figura 1 -

Figura 2 -

Número de folhas (NF) de estacas de cajaraneira sob doses de

ácido indolbutírico - AIB (1A) e substratos (1B). Mossoró – RN,

UFERSA, 2012.............................................................................

Número de folíolos (NFo) de estacas de cajaraneira sob doses de

ácido indolbutírico - AIB (2A) e substratos (2B). Mossoró - RN,

UFERSA, 2012 .............................. .............................................

32

32

Figura 3 - Comprimento da folha (CF) de estacas de cajaraneira sob doses

de ácido indolbutírico –AIB (3A) e substratos (3B). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 33

Figura 4 Número de brotos (NB) de estacas de cajaraneira sob doses de

ácido indolbutírico - AIB (4A) e substratos (4B). Mossoró - RN,

UFERSA, 2012 .............................. ....................................... 34

Figura 5

Comprimento do broto (CB) de estacas de cajaraneira sob doses

de ácido indolbutírico –AIB (5A) e substratos (5B). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 35

Figura 6. Diametro do broto (DB) de estacas de cajaraneira sob doses de

ácido indolbutírico –AIB (6A) e substratos (6B). Mossoró - RN,

UFERSA, 2012 .............................. ....................................... 36

Figura 7 Número de raízes (NR) de estacas de cajaraneira sob doses de

ácido indolbutírico –AIB (7A) e substratos (7B). Mossoró - RN,

UFERSA, 2012 .............................. ...................................... 37

Figura 8 Comprimento de raiz (CR) de estacas de cajaraneira sob doses

de ácido indolbutírico - AIB (8A) e substratos (8B). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 37

Figura 9 Porcentagem de estacas calejadas (EC) de cajaraneira sob doses

de ácido indolbutírico – AIB (9A) e substratos (9B). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 39

Figura 10 Estacas vivas (EV) de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (10A) e substratos (10B). Mossoró - RN,

UFERSA, 2012 .............................. ....................................... 41

Figura 11 Porcentagem de estacas brotadas (EB) de cajaraneira sob doses

de ácido indolbutírico – AIB (11A) e substratos (11B). Mossoró

- RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 41

Figura 12 Estacas brotadas com raiz (EB CR) de cajaraneira sob doses de

ácido indolbutírico – AIB (12A) e substratos (12B). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 42

Figura 13 Estacas brotadas sem raíz (EB SR) de cajaraneira sob doses de

ácido indolbutírico – AIB (13A) e substratos (13B). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 42

Page 11: RENATO DANTAS ALENCAR

10

Figura 14. Massa seca dos folíolos (MS Foli) de estacas de cajaraneira sob

doses de ácido indolbutírico – AIB (14A) e substratos (14B).

Mossoró - RN, UFERSA, 2012 .............................. ..................... 44

Figura 15. Massa seca de folha (MSF) de estacas de cajaraneira sob doses

de ácido indolbutírico – AIB (15A) e substratos (15B). Mossoró

- RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 44

Figura 16. Massa seca de broto (MSB) de estacas de cajaraneira sob doses

de ácido indolbutírico – AIB (16A) e substratos (16B). Mossoró

– RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 45

Figura 17. Massa seca de raiz (MSR) de estacas de cajaraneira sob doses de

ácido indolbutírico – AIB (17A) e substratos (17B). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 46

Figura 18. Massa seca total (MST) de estacas de cajaraneira sob doses de

ácido indolbutírico – AIB (18A) e substratos (18B). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012 .............................. ..................................

47

Page 12: RENATO DANTAS ALENCAR

11

LISTA DE FIGURAS DO CAPÍTULO II

Figura 1. Número de folhas (NF) de estacas de serigueleira sob doses de

ácido indolbutírico - AIB (1A) e substratos (1B). Mossoró –

RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 63

Figura 2. Número de folíolos (NFo) de estacas de serigueleira sob doses

de ácido indolbutírico - AIB (2A) e substratos (2B). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 63

Figura 3. Número de brotos (NB) de estacas de serigueleira sob doses de

ácido indolbutírico - AIB (3A) e substratos (3B). Mossoró - RN,

UFERSA, 2012 .............................. ........................................ 64

Figura 4. Comprimento do broto (CB) de estacas de serigueleira sob doses

de ácido indolbutírico –AIB (4A) e substratos (4B). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 64

Figura 5. Comprimento da folha (CF) de estacas de serigueleira sob doses

de ácido indolbutírico –AIB (5A) e substratos (5B). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 65

Figura 6. Diametro do broto (DB) de estacas de serigueleira sob doses de

ácido indolbutírico –AIB (6A) e substratos (6B). Mossoró - RN,

UFERSA, 2012 .............................. ....................................... 66

Figura 7. Número de raízes (NR) de estacas de serigueleira sob doses de

ácido indolbutírico –AIB (7A) e substratos (7B). Mossoró - RN,

UFERSA, 2012 .............................. ........................................ 67

Figura 8. Comprimento de raiz (CR) de estacas de serigueleira sob doses

de ácido indolbutírico - AIB (8A) e substratos (8B). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 67

Figura 9. Porcentagem de estacas calejadas (EC) de serigueleira sob doses

de ácido indolbutírico – AIB (9A) e substratos (9B). Mossoró –

RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 69

Figura 10. Estacas vivas (EV) de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (10A) e substratos (10B). Mossoró - RN,

UFERSA, 2012 .............................. .................................. 70

Figura 11. Estacas brotadas com raiz (EB CR) de serigueleira sob doses de

ácido indolbutírico – AIB (11A) e substratos (11B). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 70

Figura 12. Estacas brotadas sem raíz (EB SR) de serigueleira sob doses de

ácido indolbutírico – AIB (12A) e substratos (12B). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 71

Figura 13. Porcentagem de estacas brotadas (EB) de serigueleira sob doses

de ácido indolbutírico – AIB (13A) e substratos (13B). Mossoró

– RN, UFERSA, 2012 .............................. .................................. 72

Page 13: RENATO DANTAS ALENCAR

12

Figura 14. Massa seca dos folíolos (MS Fo) de estacas de serigueleira sob

doses de ácido indolbutírico – AIB (14A) e substratos (14B).

Mossoró - RN, UFERSA, 2012 .............................. ..................... 73

Figura 15. Massa seca de folha (MSF) de estacas de serigueleira sob doses

de ácido indolbutírico – AIB (15A) e substratos (15B). Mossoró

- RN, UFERSA, 2012 .............................. .............................. 73

Figura 16. Massa seca de broto (MSB) de estacas de serigueleira sob doses

de ácido indolbutírico – AIB (16A) e substratos (16B). Mossoró

- RN, UFERSA, 2012 .............................. ............................. 73

Figura 17. Massa seca de raiz (MSR) de estacas de serigueleira sob doses

de ácido indolbutírico – AIB (17A) e substratos (17B). Mossoró

- RN, UFERSA, 2012 .............................. ............................. 74

Figura 18. Massa seca total (MST) de estacas de serigueleira sob doses de

ácido indolbutírico – AIB (18A) e substratos (18B). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012 .............................. ................................ 75

Page 14: RENATO DANTAS ALENCAR

13

LISTA DE TABELAS CAPITULO I

Tabela 1 – Concentrações e quantidades de ácido indolbutírico,

empregados para preparar 200 ml de solução de AIB...........

28

Tabela 2 Caracterização química de amostra dos substratos avaliado para

enraizamento de estacas de Spondias sp., quanto a

Condutividade Elétrica (CE), pH, teor de matéria orgânica

(MO), nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K+), cálcio (Ca

+),

magnésio (Mg2+

). Mossoró – RN, 2012.................................

28

Tabela 3

Resumo da análise de variância em função do efeito de

substratos (S) e doses ácido indolbutírico (AIB) no

enraizamento de estacas de cajaraneira (Spondias sp.). Mossoró

- RN, 2012............................................................................

30

Tabela 4 Resumo da análise de variância em função do efeito de

substratos (S) e doses ácido indolbutírico (AIB) no

enraizamento de estacas de cajaraneira (Spondias sp.). Mossoró

- RN, 2012.............................................................................

31

Tabela 5 Resumo da análise de variância em função do efeito de

substratos (S) e doses ácido indolbutírico (AIB) no

enraizamento de estacas de cajaraneira (Spondias sp.)...........

31

Page 15: RENATO DANTAS ALENCAR

14

LISTA DE TABELAS CAPITULO II

Tabela 1 Concentrações e quantidades de ácido indolbutírico,

empregados para preparar 200 ml de solução de AIB........... 59

Tabela 2 Caracterização química de amostra do substrato avaliado para

enraizamento de estacas de Spondias purpurea L., quanto a

Condutividade Elétrica (CE), pH, teor de matéria orgânica

(MO), nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K+), cálcio (Ca

+),

magnésio (Mg2+

). Mossoró – RN, 2012.................................

59

Tabela 3 Resumo da análise de variância do crescimento de estacas de

serigueleira (Spondias purpurea L.) enraizadas sob efeito de

substratos (S) e doses de ácido indolbutírico (AIB). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012...............................................................

61

Tabela 4 Resumo da análise de variância em função do efeito de

substratos (S) e doses ácido indolbutírico (AIB) no

enraizamento de estacas de serigueleira (Spondias purpurea L.).

Mossoró - RN, UFERSA, 2012...................................................

62

Tabela 5 Resumo da análise de variância da massa seca de estacas de

serigueira (Spondias purpurea L.) enraizadas sob efeito de

substratos (S) e doses de ácido indolbutírico (AIB). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012.................................................................

62

Page 16: RENATO DANTAS ALENCAR

15

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO GERAL ...................................................................... 16

REFERÊNCIAS......................................................................................... 21

CAPÍTULO I – ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE

CAJARANEIRA SOB CONCENTRAÇÕES DE AIB EM

DIFERENTES SUBSTRATOS.................................................................

24

RESUMO..................................................................................................... 24

ABSTRACT................................................................................................ 24

1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 26

2 MATERIAL E MÉTODOS.................................................................... 27

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................ 30

4 CONCLUSÕES ....................................................................................... 48

REFERÊNCIAS......................................................................................... 49

CAPÍTULO II – ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE

SERIGUELEIRA SOB CONCENTRAÇÕES DE AIB EM

DIFERENTES SUBSTRATOS.................................................................

54

RESUMO..................................................................................................... 54

ABSTRACT................................................................................................ 54

1 INTRODUÇÃO....................................................................................... 55

2 MATERIAL E MÉTODOS.................................................................... 58

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................ 61

4 CONCLUSÕES ....................................................................................... 76

REFERÊNCIAS.........................................................................................

ANEXOS.....................................................................................................

77

81

Page 17: RENATO DANTAS ALENCAR

16

INTRODUÇÃO GERAL

A família Anacardiaceae é representada por cerca de 80 gêneros e 600

espécies, que são conhecidas por produzirem frutos saborosos, excelente madeira,

compostos utilizáveis na indústria e na medicina (BARROSO et. al., 2002).

O gênero Spondias pertence à essa família e possui 18 espécies, seis dessas

ocorrem no Nordeste do Brasil, onde a cajazeira (Spondia mobim.), tem o centro de

diversidade na Amazônia e na mata atlântica, o umbuzerio (Spondia tuberosa L.) é

nativo do semiárido nordestino, a serigueleira (Spondia purpurea) originária da

América Central e a cajaraneira (Spondia sp.) é proveniente da Polinésia (SOUZA

e ARAÚJO, 1999). Ambas são árvores frutíferas tropicais, exploradas pelo valor

comercial dos seus frutos, cultivadas nos fundos de quintais em pequenos pomares

(MITCHELL e DALY, 1995).

Estas espécies produzem frutos do tipo drupa, de boa aparência, qualidade

nutritiva, aroma e sabor agradáveis, os quais são muito apreciados para o consumo

como fruta in natura ou processados como polpa, sucos, doces, néctares, picolés e

sorvetes, sendo evidente a crescente comercialização nos mercados, supermercados

e restaurantes do país (SOUZA e ARAÚJO, 1999) e em mercados locais ou nas

margens de algumas rodovias brasileiras (SANTOS e OLIVEIRA, 2008).

Dentre os frutos tropicais, os do gênero Spondias vem despertando

interesse, especialmente para agroindústria. A procura pelos frutos deste gênero

deve-se principalmente às boas características para a industrialização e para o

consumo “in natura” (FERNANDES et. al., 2005).

Apesar dos significativos avanços registrados na fruticultura brasileira,

consolidados tanto no aumento da produção, da produtividade e da melhoria na

qualidade dos frutos, como laranja, banana, manga, uva e maçã, a participação de

outras frutas tropicais, particularmente as nativas e exóticas, é praticamente

incipiente (LEDERMAN et. al., 2008). Muitas delas, em razão do seu caráter

extrativista, ainda permanecem na condição de cultivos que não existem sistemas

de produção definidos (LIMA et. al., 2000; SACRAMENTO e SOUZA, 2000).

Page 18: RENATO DANTAS ALENCAR

17

Neste contexto se insere a serigueleira (FILGUEIRAS et. al., 2000) e a cajaraneira,

ambas com grande potencial econômico (BOSCO et. al., 2000; SACRAMENTO e

SOUZA, 2000; SILVA JÚNIOR et. al., 2004).

A crescente demanda pelos produtos das Spondias confirma o potencial

agrossocioeconômico de exploração dessas espécies, o que poderá gerar empregos

fixos no cultivo dos pomares e nas agroindústrias de processamento. No entanto,

para viabilização, há necessidade de pesquisas para solucionar os problemas

tecnológicos que impossibilitam a exploração comercial (SOUZA e ARAÚJO,

1999).

Produção de mudas de qualidade tem sido um dos temas discutidos, pois

como se sabe a disseminação de muitas doenças atualmente no Brasil deve-se à

introdução clandestina de material de uma região para outra, ou mesmo de material

proveniente de outros países. Além disso, a heterogeneidade dos pomares

brasileiros ocorre, geralmente, em função do processo de propagação não adequado

(LIMA, 2010).

Segundo Lima (2002) a avaliação da qualidade de mudas de espécies de

Spondias através do método assexual de propagação se faz necessária, uma vez que

algumas dessas espécies não produzem sementes viáveis e a propagação sexual

aumenta a variabilidade das progênies resultantes, o que é justificado quando se

trata de melhoramento genético, mas indesejável no cultivo da maioria das

frutíferas tropicais.

Souza e Araújo (1999) relatam que a propagação vegetativa garante a

transmissão de caracteres desejáveis, reduzindo a juvenilidade e o porte da planta,

aumentando a uniformidade no pomar. Entre os métodos de propagação vegetativa,

a estaquia constitui um dos mais importantes e se baseia no principio de que é

possível regenerar uma planta a partir de uma parte da planta mãe podendo ser raiz,

caule, folhas ou gemas (MAHSTEDE e HARBER, 1957; HARTMANN e

KESTER, 1978). É um processo de propagação desejável, pois as plantas

originadas são idênticas entre si e à planta matriz, além de ser relativamente

simples, rápido e não requer técnicas especiais, como na enxertia, que podem

ocasionar algumas incompatibilidades (PASCAL et. al., 2001).

Page 19: RENATO DANTAS ALENCAR

18

A serigueleira e cajaraneira, tradicionalmente, são propagadas pelo método

vegetativo, através de estacas grandes plantadas diretamente no campo, as quais

demoram a enraizar e a formar a copa da nova planta. As estacas, na maioria das

vezes, emitem brotações, mas não enraízam. Uma das prováveis causas do alto

insucesso da propagação dessas espécies por estaquia é a época da coleta dos

propágulos que deve ser realizada no final da fase fenológica de repouso vegetativo

da planta, ou seja, poucos dias antes da emissão das brotações e das flores (SOUZA

e ARAÚJO, 1999).

Souza (2001) verificou que estacas lenhosas de cajarana apresentaram uma

baixa porcentagem de enraizamento e um sistema radicular deficiente, entretanto

maiores taxas de enraizamento foram obtidas por Coelho (2001) e Souza (2001) em

experimentos com aplicação de diferentes doses de ácido indolbutírico em estacas

herbáceas e semiherbáceas. Contudo, a capacidade que uma estaca caulinar tem de

emitir raízes é uma característica variável, em função de fatores que se encontram

nas próprias células, além de fatores ou substâncias que são produzidas nas folhas e

gemas, que são transportadas até a base da estaca (JANICK, 1966). Com isso a

presença das folhas e gemas na estaca pode afetar o enraizamento, pois constituem

fontes de auxina que pode ser transportada para a base da estaca (HARTMANN e

KESTER, 1978).

Segundo Gaspar e Hoffinger (1988) as auxinas, as giberelinas, as

citocininas, o etileno e o ácido abcísico são fundamentais no enraizamento. Porém,

as auxinas apresentam o maior efeito na indução da formação de raízes, sendo o

ácido indolbutírico o regulador de crescimento mais utilizado. Os reguladores de

crescimento favorecem o estímulo à iniciação radicular, proporcionando aumento

da porcentagem de estacas enraizadas, bem como a aceleração da formação de

raízes, com consequente diminuição do tempo de formação das mudas e

permanência das estacas no leito de enraizamento no viveiro (ALVARENGA e

CARVALHO,1998; BASTOS et. al., 2005).

Pascal et. al., (2001) relataram que a aplicação exógena de reguladores de

crescimento, principalmente o ácido indolbutírico (AIB), é uma das formas mais

comuns de fazer o balanceamento hormonal para o enraizamento, elevando a

Page 20: RENATO DANTAS ALENCAR

19

concentração endógena de auxinas nos tecidos celulares, contribuindo para a

formação de raízes (GASPAR e HOFFINGER, 1988), pois, as auxinas induzem ao

alongamento celular e alteram as atividades fisiológicas da planta. (TAIZ e ZEIG,

2004).

HOFFMANN et. al. (2001) afirmam que outro fator importante no

processo de estaquia é a utilização do substrato adequado, pois, ele é o meio onde

as raízes se desenvolvem e deve ser rico em nutrientes, permeável, poroso, bem

drenado, livre de patógenos, pragas e propágulos de ervas daninhas, baixa

densidade (KÄMPF, 2000; SILVA et. al., 2001; WENDLING et. al., 2002), bem

como disponibilidade e viabilidade econômica.

Os substratos em geral têm como principal função dar sustentação, tanto do

ponto de vista físico como químico e, são constituídos por três frações, a física, a

química e a biológica. As frações físico-químicas são formadas por partículas

minerais e orgânicas, contendo poros que podem ser ocupados por ar e/ou água e a

fração biológica pela matéria orgânica (AGUIAR et. al., 1993). Segundo Kämpf

(2000), as características físicas são importantes de serem observadas uma vez que

podem influenciar no crescimento das mudas; por exemplo, quanto mais alta for à

densidade do substrato, mais difícil se torna o cultivo no recipiente, podendo

limitar o crescimento das mudas. Na composição do substrato para o crescimento

de mudas, a fonte orgânica é responsável pela retenção de umidade e pelo

fornecimento de parte dos nutrientes.

No processo de produção de mudas é comum o uso de matéria orgânica

misturada ao solo devido sua ação favorável sobre as propriedades físico-químicas

do mesmo. A matéria orgânica, responsável pelo fornecimento de parte dos

nutrientes às mudas e pela retenção de umidade, também influencia na densidade

do substrato, na porosidade total e no espaço poroso do solo. Na realidade, a

escolha por um determinado substrato vai depender da finalidade do uso, pois

dificilmente se encontra um material com todas as características que atenda às

condições para o ótimo crescimento e desenvolvimento das plantas (SOUZA et. al.,

1995). As características físicas, químicas e biológicas devem oferecer as melhores

condições para que haja um excelente crescimento das raízes e favoreça o

Page 21: RENATO DANTAS ALENCAR

20

desenvolvimento das mudas (MINAMI e PUCHALA, 2000). O uso de um

substrato inadequado pode ocasionar irregularidade ou até mesmo impedimento do

desenvolvimento radicular, logo, o substrato se constitui num dos fatores mais

complexos na produção de mudas.

As pesquisas com as espécies de Spondias ainda são escassas, existindo

questionamentos a serem respondidos. A propagação vegetativa de Spondias por

estaquia apresenta limitações e não dispõe ainda de tecnologias para produção

comercial de mudas (SOUZA e ARAÚJO, 1999).

Assim, devido à escassez de dados sobre a produção de mudas de

cajaraneira e serigueleira nas regiões produtoras do semiárido, esse trabalho teve

como objetivo avaliar o enraizamento de estacas destas duas espécies sob

dosagens de ácido indolbutírico em diferentes substratos.

Page 22: RENATO DANTAS ALENCAR

21

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Page 25: RENATO DANTAS ALENCAR

24

CAPÍTULO 1

ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE CAJARANEIRA (Spondias sp.) SOB

CONCENTRAÇÕES DE AIB EM DIFERENTES SUBSTRATOS

RESUMO

A propagação assexuada das Spondias pelo método de estaquia apresenta fortes

limitações entre as quais o enraizamento e a escassez de conhecimento sobre a

aplicação de técnicas adequadas, não dispondo-se de tecnologias para a produção

comercial de mudas. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o

enraizamento de estacas de cajaraneira sob doses de AIB, em diferentes substratos,

em casa de vegetação localizada no campo leste da Universidade Federal Rural do

Semi Árido, Mossoró-RN, no período de agosto a dezembro de 2011. O

delineamento experimental foi o de blocos cazualizados completos, em esquema

fatorial 3 x 5, três substratos (Terra + Esterco [1v:1v]; Tropstrato®; Pole Fértil

®) e

com cinco concentrações de AIB (0, 600, 1200, 1800 e 2400 mg.L-1

) usando quatro

repetições e 10 estacas por unidade experimental. Aos 115 dias após a montagem

do experimento foi avaliado: número de folhas, folíolos e brotos; diâmetro do

broto; número e comprimento de raízes; porcentagens de estacas calejadas vivas;

porcentagem de estacas brotadas e com raiz; porcentagem de estacas brotadas e

sem raízes; porcentagem de estacas brotadas; massa seca das folhas, folíolos,

brotos, pecíolo e raiz. Diante dos resultados, observou-se que o regulador de

crescimento, ácido indolbutírico (AIB), não influenciou o enraizamento de estacas

lenhosas de cajaraneira. O substrato comercial Tropstrato®

proporcionou maior

enraizamento de estacas de cajaraneira, seguido da terra+esterco (1v:1v). O

substrato Pole Fértil®

mostrou-se

inadequado para a produção de mudas de

cajaraneira propagadas por estaquia.

Palavras-chave: Spondias sp., estaquia, auxina

Page 26: RENATO DANTAS ALENCAR

25

ROOTING OF CUTTINGS UNDER CAJARANEIRA (Spondias sp.) AIB IN

DIFFERENT CONCENTRATIONS OF SUBSTRATES

ABSTRACT

The asexual propagation of Spondias obtained from cuttings has strong limitations

including rooting and lack of knowledge about the application of appropriate

techniques, lacking are technologies for the commercial production of seedlings.

Thus, the aim of this study was to evaluate the rooting of IBA cajaraneira under

different substrates in a greenhouse located in the countryside east of the

Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró-RN, in the period from

August to December, 2011. The experimental design was a complete block

cazualizados in factorial 3 x 5 three substrates (soil+manure [1v:1v]; Tropstrato®;

Pole Fértil®) and five IBA concentrations (0, 600, 1200, 1800 and 2400 mg.L

-1)

using four replications and 10 cuttings per plot. At 115 days after assembly

experiment was evaluated: number of leaves, leaflets and buds, bud diameter,

number and length of roots, percentages of cuttings callused alive; sprouting

percentage and root, sprouting percentage and without roots, sprouting percentage,

dry leaves, leaflets, buds, petioles and roots. Given the results, it was observed that

the growth regulator, butyric acid (IBA), did not influence the rooting of woody

cajaraneira. The commercial substrate Tropstrato® provided greater rooting of

cajaraneira, followed by land manure (1v:1v). The substrate Pole Fertil® was

inadequate for the production of seedlings cajaraneira propagated by cuttings.

Keywords: Spondias sp., cuttings, auxin

Page 27: RENATO DANTAS ALENCAR

26

1 INTRODUÇÃO

A cajaraneira (Spondias sp.) apresenta um crescimento rápido, e oferece

grandes vantagens para o polígono das secas do nordeste, pois não tem muita

exigência com relação a suprimento hídrico para produzir. Predomina em todo tipo

de solo, desde os mais rasos tabuleiros aos mais profundos solos aluviais, o que se

constata sempre seu aspecto xerófilo e não há, também, exigência à topografia e

altitude, ocorrendo em morros e planícies. Encontrada no semiárido nordestino e

conhecida como uma planta xerófila introduzida e adaptada, tem uma excelente

facilidade de reprodução assexuada, facilitando dessa maneira a escolha de uma

linhagem genética para desempenho de produção (LIMA, 2010).

A estaquia consiste no enraizamento de partes de ramos, havendo a

necessidade de diferentes cuidados e das melhores condições de cultivo para cada

espécie, e até mesmo para cada cultivar, para que se obtenha sucesso neste

processo. São fatores importantes na propagação vegetativa através de estacas, a

época de coleta das estacas, o uso de reguladores de crescimento e substrato

adequado (FERRI et. al., 1996).

O período mais propício para reprodução assexuada de cajaraneira está

entre setembro e dezembro, quando suas folhas estão caindo, apresentando reservas

nutritivas (LIMA, 2010).

O uso de fitohormônios por meio de aplicação exógena proporciona maior

porcentagem, velocidade, qualidade e uniformidade de enraizamento em muitas

espécies (HARTMANN et. al., 2002). O teor adequado de auxina exógena para

estímulo do enraizamento, no entanto, depende da espécie e da concentração de

auxina existente no tecido (FACHINELLO et. al., 2005).

Hartmann et. al. (2002) sugerem o uso de reguladores de crescimento,

principalmente as auxinas, sendo o ácido indolbutírico (AIB) mais indicado para o

enraizamento de estacas de diversas espécies arbóreas (BERHE e NEGASH,

1998), pois não apresenta toxidade em uma larga faixa de concentração, além de

apresentar baixa mobilidade e maior estabilidade química no local de aplicação das

estacas, estabelecendo um equilíbrio hormonal adequado ao enraizamento.

Page 28: RENATO DANTAS ALENCAR

27

Na propagação por estaquia, a utilização do substrato adequado é um dos

fatores de maior importância para o enraizamento (HOFFMANN et. al., 2001). Os

melhores substratos devem apresentar, entre outras características, ausência de

patógeno, riqueza em nutrientes essenciais, textura e estrutura adequada (SILVA et.

al., 2001), possibilitando o sucesso do enraizamento.

Diante do exposto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o

enraizamento de estacas de cajaraneira sob concentrações de ácido indolbutírico e

diferentes substratos.

2 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi instalado e conduzido em casa de vegetação, com tela

de 50% de sombreamento, localizada no campo leste da Universidade Federal

Rural do Semi-Árido (UFERSA), na cidade de Mossoró que está situado na região

semiárida do Nordeste brasileiro, no Estado do Rio Grande do Norte, localizado

pelas coordenadas geográficas 5o11' de latitude sul, 37°20' de longitude oeste e 18

m de altitude, com uma temperatura média anual em torno de 27,5 °C, umidade

relativa de 68,9%, nebulosidade média anual de 4,4 décimos e precipitação média

anual de 673,9 mm. Segundo classificação climática de Köppen, o clima de

Mossoró-RN é do tipo BSwh', ou seja, quente e seco, tipo estepe, com estação

chuvosa no verão atrasando-se para o outono (CARMO FILHO et. al., 1987).

As estacas foram coletadas, nas primeiras horas do dia 27 de agosto de

2011, de plantas adultas com bom desenvolvimento vegetativo, estando ao término

do repouso vegetativo da planta, ou seja, desfolhadas e com gemas intumescidas,

isenta de pragas e doenças, oriundas do CEMAS (Centro de Multiplicação de

Animais Silvestres) da UFERSA, na região de Mossoró, com o auxílio de tesoura

de poda as estacas foram padronizadas com 15cm de tamanho, com diâmetro

médio entre 7 e 9 mm, isenta de folhas, sendo armazenadas imersas em água até a

instalação do experimento, para retardar a desidratação do material e oxidação dos

tecidos no local do corte.

Page 29: RENATO DANTAS ALENCAR

28

O delineamento experimental foi o de blocos cazualizados completos, em

esquema fatorial 3 x 5, três substratos (Terra + Esterco [1v:1v]; Tropstrato®;

PoliFértil®) e com cinco concentrações de AIB (0, 600, 1200, 1800 e 2400 mg.L

-1)

usando quatro repetições e 10 estacas por unidade experimental.

As concentrações do ácido indolbutírico (Tabela 1) foram preparadas

conforme recomendado por Fachinello et. al. (1995) com algumas modificações,

pois o AIB, marca Vetec, foram diluídos em água, com preparo feito no mesmo dia

da coleta das estacas e armazenada em geladeira.

Tabela1 - Concentrações e quantidades de ácido indolbutírico, empregados para

preparar 200 ml de solução de AIB.

Concentração

(mg.dm-³)

Zero 600 1200 1800 2400

AIB*(mg) 0 120 240 360 480

*Ácido 4-(3-Indolil) Butírico P. S.(C12H13NO2), produzido pela VETEC QUÍMICA FINA LTDA,

com 98% de pureza.

Logo após o término da coleta das estacas, as mesmas foram imersas em

soluções de AIB a 5 cm de profundidade durante 5 segundos, sendo

posteriormente, acondicionadas nos substratos comerciais Tropstrato®

e Pole

Fértil® (Tabela 2), além de um tratamento composto por

terra + esterco bovino (1v:1v), sendo utilizadas bandejas de plástico de 50 células,

com volume de 94mm3 por célula.

Tabela 2 - Caracterização química de amostra dos substrato avaliado para

enraizamento de estacas de Spondias SP., quanto a Condutividade Elétrica (CE),

pH, teor de matéria orgânica (MO), nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K+),

cálcio (Ca+), magnésio (Mg

2+). Mossoró – RN, UFERSA, 2012

¹ ,Composto Orgânico Pole Fértil Flores & Jardins é 100% natural e com alto teor de retenção de humidade da empresa Integral

Agroindustrial;

²Substrato comercial Tropstrato composto por material humificado oriundo de compostagem, contendo esterco de curral e pinus, da

Empresa Vida Verde na base de volume de 1:2

SUBSTRATO C.E. pH MO N P K+ Ca2+ Mg2+

(H2O) (g.kg-1) (mg.dm-3) (cmol.dm-3)

Pole Fértil¹ 11,5 7,7 5,47 0,07 9,3 137,8 5,0 0,4

Tropstrato² 4,61 3,68 4,03 7,9 11,0 13,5 2,30 1,8

Page 30: RENATO DANTAS ALENCAR

29

Para a formação de um microclima, colocou-se um saco de plástico

transparente (5x19cm) em cada estaca, retirando-o quando as estacas começaram a

emitir brotações. Foram feitas irrigações diárias por nebulização intermitente,

durante todo o experimento, no período de agosto a dezembro de 2011.

Aos 115 dias após a estaquia, período em que as estacas são transplantadas

no campo, foi avaliado: o número de folhas (unidade/estaca), folíolos

(unidade/estaca) e brotos (unidade/estaca) pela metodologia da contagem;

comprimento do broto (cm) com auxilio de régua graduada; diâmetro do broto

(mm) utilizando um paquímetro digital; número de raízes (unidade/estaca) por

contagem; comprimento da raiz (cm) com auxilio de régua graduada; porcentagem

de estacas calejadas, vivas; porcentagem de estacas brotadas com raiz;

porcentagem de estacas brotadas sem raiz, por meio de contagem e transformado

para porcentagem (%); massa seca do folíolo (g), das folhas (g), dos brotos (g) e

das raízes (g); massa seca total (g) com o somatório de todas as variáveis de massa

seca, obtidas a partir da lavagem dos materiais colocados em sacos de papel e

levados a estufa a 65 ºC até o peso constante sendo posteriormente retiradas e

pesadas em balança de precisão para obtenção da massa seca em gramas.

Antes de submeter à análise de variância os dados foram submetidos ao

teste de Shapiro-Wilk, os significativos pelo teste W (p < 0,05), foram

transformados em “(y +0,5)1 / 2

”. Os dados foram submetidos à análise de variância

pelo teste F (p < 0,05), as médias qualitativas foram comparadas pelo teste de

Scott-Knott (p < 0,05), enquanto as quantitativas através equação de regressão,

cujos parâmetros foram significativos pelo teste t (p < 0,05), segundo

recomendações de Banzatto e Kronka (1989). As análises estatísticas foram

realizadas através do software Sistema de Análise de Variância - SISVAR

(FERREIRA, 2011).

Page 31: RENATO DANTAS ALENCAR

30

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A utilização de doses de AIB associado com os substratos promoveu um

efeito significativo (p<0,05), pelo teste F, somente para o número de broto; ao

observar o efeito dos níveis de AIB é verificado um efeito significativo (p<0,01)

para o comprimento do broto, enquanto, para o número de brotos foi verificado um

efeito ao nível de 5% de probabilidade; no tocante dos substratos utilizados, foi

verificado um efeito significativo (p < 0,01), conforme esboço das Tabelas 3.

Tabela 3 - Resumo da análise de variância do crescimento de estacas de

cajaraneira (Spondias sp.) enraizadas sob efeito de substratos (S) e doses de ácido

indolbutírico (AIB). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

F. V. G. L.

Quadrado médio

NF ¹ NFo ¹ NB ¹ CB ¹ CF ¹ DB ¹ NR ¹ CR ¹

S 2 3,62** 32,22** 0,09** 0,69** 8,65** 0,18** 1,36** 24,29**

AIB 4 0,28ns 1,98ns 0,02* 0,21** 0,18ns 0,005ns 0,05ns 0,09ns

S x AIB 8 0,29ns 2,17ns 0,02* 0,05ns 0,27ns 0,002ns 0,005ns 0,32ns

Erro 42 0,19 1,03 0,007 0,04 0,46 0,012 0,03 0,66

C. V. (%) - 24,71 29,17 6,1 12,12 29,08 6,66 14,36 32

¹ Dados transformados em ( y + 0,5 ) 1 / 2. *- Efeito significativo pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade;**- Efeito

significativo pelo teste F ao nível de 1% de probabilidade; ns – Efeito não significativo pelo teste F. Nota: NF – número de folha;

NFo – número de folíolo; NB – número de broto; CB – comprimento do broto; CF – comprimento da folha; DB – diâmetro do

broto; NR – número de raiz; CR – comprimento da raiz.

Na Tabela 4, observa-se que apenas a fonte de variação substrato promoveu

um efeito significativo (p<0,01), pelo teste F, para todas as variáveis de

enraizamento. Enquanto que as doses de ácido indolbutírico e sua interação com os

substratos não influenciaram significativamente o enraizamento das estacas de

cajaraneira.

Page 32: RENATO DANTAS ALENCAR

31

Tabela 4 - Resumo da análise de variância em função do efeito de substratos (S) e

doses ácido indolbutírico (AIB) no enraizamento de estacas de cajaraneira

(Spondias sp.). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

F.V. G.L.

Quadrado médio

EC ¹ EV ¹ EBCR ¹ EBSR¹ EB

S 2 124,60** 59,52** 85,09** 23,62** 61,91**

AIB 4 2,66ns 0,64ns 3,21ns 1,77ns 0,51ns

SxAIB 8 0,70ns 0,71ns 1,87ns 2,68ns 0,88ns

Erro 42 1,21 1,12 2,28 2,52 1,03

C.V.(%) - 14,83 12,35 39,1 21,51 11,82

¹ Dados transformados em ( y + 0,5 ) 1 / 2. *- Efeito significativo pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade;;**- Efeito

significativo pelo teste F ao nível de 1% de probabilidade; ns – Efeito não significativo pelo teste F. Nota: EC - estacas calejadas;

EV – porcentagem de estacas vivas; EB CR – estaca brotada com raiz; EB SR – estaca brotada sem raiz; EB – estaca brotada.

Não houve diferença estatística para a interação substrato x AIB e para as

concentrações de AIB ao nível de 5% de probabilidade. Entretanto, foi verificado

um efeito ao nível de 1% de probabilidade para todas as variáveis de massa seca

das estacas de cajaraneira enraizadas nos diferentes substratos utilizados, conforme

esboço das Tabelas 5.

Tabela 5 - Resumo da análise de variância da massa seca de estacas de

cajaraneira (Spondias sp.) enraizadas sob efeito de substratos (S) e doses de ácido

indolbutírico (AIB). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

F.V. G.L.

Quadrado médio

MSFo ¹ MSF ¹ MSB ¹ MSR ¹ MST ¹

S 2 595,02** 846,92** 734,63** 525,24** 1.239**

AIB 4 11,81ns 20,90ns 16,49ns 11,92ns 26,41ns

SxAIB 8 35,46ns 44,66ns 45,32ns 34,01ns 35,86ns

Erro 42 28,64 34,85 33,75 740,88 51,92

C.V.(%) - 44,09 42,71 40,7 56,61 4,41

¹ Dados transformados em ( y + 0,5 ) 1 / 2. *- Efeito significativo pelo teste F ao nível de 5% de probabilidade; ;**- Efeito

significativo pelo teste F ao nível de 1% de probabilidade; ns – Efeito não significativo pelo teste F. Nota: MSFo – massa seca de

folíolos; MSF – massa seca da folha; MSB – massa seca da brotação; MSR – massa seca das raízes; MST – massa seca total.

Embora a utilização de 600 e 2400 mg dm-3

de AIB tenha promovido os

maiores valores para o número de folhas, não diferiram entre si, tendo como valor

Page 33: RENATO DANTAS ALENCAR

32

médio de 2,92 unidades estaca-1

(Figura 1A). Comportamento semelhante foi

observado para o número de folíolos e comprimento das folhas, tendo como valor

médio de 13,93 unidades estaca-1

e 5,70 cm, respectivamente (Figura 2A e 3A).

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste Scott-Knott

(p<0,05)

Figura 1. Número de folhas (NF) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido indolbutírico

- AIB (1A) e substratos (1B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

O substrato com Terra promoveu o maior número de folhas e folíolos (3,78

e 19,8 unidade estaca-1

, respectivamente), mas, não diferiu estatisticamente, pelo

teste Scott-Knott, do Tropstrato®, com 3,55 folhas e 16,2 folíolos estaca

-1;

entretanto, estes substratos diferiram do Pole Fértil®, o qual promoveu 1,43 folhas

e 5,8 folíolos estaca-1

(Figuras 1B e 2B). Entretanto, a utilização do substrato

Tropstrato® promoveu o maior valor para o comprimento da folha (7,13 cm), não

diferindo estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, do substrato com Terra

(7,04 cm); o substrato Pole Fértil® promoveu o menor valor (2,92 cm) e diferiu

estatisticamente dos demais substratos utilizados (Figura 3B).

Page 34: RENATO DANTAS ALENCAR

33

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste Scott-Knott

(p<0,05)

Figura 2. Número de folíolos (NFo) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico - AIB (2A) e substratos (2B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste Scott-

Knott (p<0,05)

Figura 3. Comprimento da folha (CF) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico –AIB (3A) e substratos (3B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Sabendo que diferentes teores hormonais são capazes de levar à mudança

de indução foliar, no que se refere ao número, tamanho e comprimento de folhas

por estaca, como o que aconteceu nas estacas propagadas de cajaraneira, em que

Lima et. al. (2002), não foi verificado efeito das diferentes doses de AIB (0, 500,

750 e 1000 mg.L-1

) sobre a produção de folhas em estacas de cajarana (Spondias

sp.) e seriguela (Spondias purpurea). O mesmo foi observado na utilização de

diferentes substratos, a exemplo do que observaram Pio et. al. (2005), para as

estacas de figueiras, o maior número de folhas foi detectado quando se utilizou os

substratos solo + esterco bovino (1:1 v/v) e tropstrato®, resultados estes

semelhantes aos obtidos neste trabalho.

Page 35: RENATO DANTAS ALENCAR

34

O aumento das dosagens de AIB não promoveu efeito significativo quando

foi utilizado os substratos com Terra e Pole Fértil®, tendo como valores médios

1,58 e 1,23 brotos estaca-1

, respectivamente; entretanto, ao utilizar o Tropstrato®

foi

observado um detrimento com o aumento das dosagens de AIB, onde para cada

aumento unitário do AIB foi observada uma redução de 0,01% do número de

brotos, onde a ausência de AIB foi observado um valor estimado de 1,82 brotos

estaca-1

(Figura 4A). Os substratos com Terra e Tropstrato® promoveram o maior

número de brotos e não diferiram entre si, pelo teste Scott-Knott, quando foi

utilizado as dosagens de 0, 600, 1.800 e 2400 mg dm-3

de AIB, mas diferiram

estatisticamente do substrato Pole Fértil®; quando utilizou 1.200 mg dm

-3 de AIB o

substratos com Terra e Pole Fértil® promoveram os maiores valores (1,50 e 1,49

brotos estaca-1

, respectivamente), não diferindo entre si estatisticamente pelo teste

de Scott-Knott, mas diferindo do substrato Tropstrato®, o qual promoveu um valor

de 1,27 brotos estaca-1

(Figura 4B).

* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05).

Figura 4. Número de brotos (NB) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico - AIB (4A) e substratos (4B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Apesar do efeito significativo da interação substrato e AIB, verificou-se

um número reduzido de brotações, possivelmente devido a utilização das reservas

presentes nas estacas para o favorecimento do enraizamento. A presença de

significância observada com a aplicação de AIB é comprovada pelos resultados

obtidos por outros autores em plantas da mesma espécie ou do mesmo gênero.

Galvão et. al., (1985) avaliando o efeito do AIB no enraizamento de estacas de

Page 36: RENATO DANTAS ALENCAR

35

umbuzeiro (Spondias tuberosa) observou que os melhores resultados para número

médio de brotos por estaca ocorreram na concentração 1000 ppm. Gomes et. al.

(2005) pesquisando a influência do AIB sobre o número de brotações de estacas de

umbu-cajazeira (Spondias spp.) verificaram que o AIB aumentou

significativamente o número de brotações. A emissão de brotos em estacas nem

sempre indica sucesso no processo de propagação por estaquia. Muitas vezes a

emissão do broto ocorre antes da emissão do sistema radicular, o que não é

desejável, pois torna as estacas susceptíveis ao ressecamento por perda de água e

prejudica a formação de raízes adventícias (BASTOS, 2006).

Em contrapartida, com o aumento das dosagens de AIB, independente do

substrato utilizado, foi observado um incremento para o comprimento do broto até

a dosagem estimada de 528,95 mg dm-3

, tendo um valor de 3,25 cm; o qual a partir

desta dosagem ocorreu um redução desta variável (Figura 5A). Estes resultados

assemelham aos encontrados por Gomes et. al. (2005) que verificaram ter o AIB

aumentado significativamente o comprimento das brotações. Galvão (1985)

também avaliando o efeito do AIB sobre o comprimento médio de brotos por

estacas de umbuzeiro, verificou melhores resultados na concentração de 1000 ppm.

* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05).

Figura 5. Comprimento do broto (CB) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico –AIB (5A) e substratos (5B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

E para o diâmetro do broto, a utilização de níveis de AIB não promoveram

respostas, tendo como valor médio de 2,19 mm; embora a aplicação de 600 mg dm-

Page 37: RENATO DANTAS ALENCAR

36

3 de AIB ter promovido o maior valor do diâmetro do broto (Figura 6A). Gomes et.

al. (2005) verificaram que houve influência significativa de AIB sobre o diâmetro

das brotações de umbu-cajazeira. Para a cajazeira não ocorreu efeito significativo

dos reguladores de crescimento, tendo o diâmetro das brotações desta espécie

apresentaram valores médios similares para AIB (SOUZA e LIMA, 2005).

* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05).

Figura 6. Diametro do broto (DB) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico –AIB (6A) e substratos (6B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

No que se refere ao comprimento e diâmetro do broto, o substrato

Tropstrato® promoveu os maiores valores (3,11 cm e 2,50mm, respectivamente) e

diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, dos demais substratos utilizados; o

substrato com Pole Fértil® promoveu os menores valores (1,81 cm e 1,88mm) e

diferiu estatisticamente do substrato Terra, promovendo valores intermediários

(2,48 cm e 2,19mm) (Figuras 5B e 6B). Os resultados sobre substrato, foram

semelhantes àqueles verificados por Oliveira et. al. (2002), com a cultura da

cajazeira. Porém, Fráguas et. al. (2002), em estudo de aclimatização de figueira,

verificaram que o substrato Plantmax propiciou maior desenvolvimento da parte

aérea na cultura. Esta diferença pode estar relacionada com o potencial de emissão

de brotações de cada espécie, em função do substrato utilizado.

A utilização de dosagens de AIB não promoveu resposta para o número de

raízes, tendo como valor médio de 0,92 raízes estaca-1

, embora a utilização de

2.400 mg dm-3

de AIB promoveu o maior valor, de 1,2 raízes estaca-1

(Figura

7A).

Page 38: RENATO DANTAS ALENCAR

37

* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05).

Figura 7. Número de raízes (NR) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico –AIB (7A) e substratos (7B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Com a utilização de 1200 mg dm-3

de AIB foi observado o maior valor para

o comprimento da raiz, entretanto, não foi observado efeito das dosagens

utilizadas, tendo como valor médio de 7,27 cm (Figura 8A).

* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05).

Figura 8. Comprimento de raiz (CR) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico - AIB (8A) e substratos (8B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

O resultado com a aplicação de AIB tem sido bastante variáveis em função

da espécie, das cultivares, da dosagem utilizada, do tempo de imersão das estacas e

da idade dos ramos. Lima et. al. (2002), não verificaram efeito da aplicação de AIB

sobre o comprimento do sistema radicular de cajarana (Spondias sp.) e ciriguela

(Spondias purpurea). Da mesma forma, Gomes et. al. (2005), não verificaram

efeito significativo das doses de AIB em enraizamento de umbu-cajazeira.

Page 39: RENATO DANTAS ALENCAR

38

Resultados diferentes foram obtidos por Lima (2002), trabalhando com a mesma

espécie verificou maior comprimento do sistema radicular na faixa de 0 a 800 mg

L-1

de AIB. E Tosta et. al. (2012), observaram que o comprimento do sistema

radicular aumentou até 1295,2 ppm, sendo observado um valor de 5,0 cm,

concentrações superiores promoveram decréscimo para esta variável, tendo um

aumento de 55,7% para esta variável se comparado a ausência de AIB.

A indução de raízes adventícias em estacas é estimulada por auxinas

(WENT e THIMANN, 1937). Sendo que o transporte desses hormônios endógenos

para a parte inferior das estacas promove, nessa região, a formação de raízes. A

dificuldade na formação de raízes, particularmente em muitas espécies lenhosas,

pode estar relacionada a alta atividade enzimática inativadora de auxinas por

degradação oxidativa (NORMANLY, 1997), ou por conjugação (COHEN e

BANDURSKI, 1982), ou ainda pela presença de substâncias inibidoras da

iniciação radicular (citocininas) e pela ausência de resposta á auxina acumulada

(TREWAVAS, 1981).

Da mesma forma, a formação de estacas calejadas de cajarana não foi

influenciada pelas dosagens de AIB, tendo como valor médio de 60% (Figura 9A).

Contudo, de acordo com Hartman et. al. (2002), a formação de calo na base de

estacas é um fato independente da indução radicular. Em alguns casos, segundo

Martins (1998), as raízes podem ser originadas desses tecidos, embora seja raro,

pois, na maioria das vezes, elas se originam de células do câmbio, de modo que o

calo não é essencial ao enraizamento. Esse fato deve ser melhor investigado para a

cajaraneira, no entanto, para as condições em que o trabalho foi realizado, a

presença de calo não significou enraizamento, embora a maioria das raízes emitidas

surgiram a partir de calos.

Page 40: RENATO DANTAS ALENCAR

39

* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05).

Figura 9. Porcentagem de estacas calejadas (EC) de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (9A) e substratos (9B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

O substrato Tropstrato® promoveu o maior número e comprimento de

raízes (1,29 unidades estaca-1

e 9,86 cm), mas não diferiu estatisticamente, pelo

teste Scott-Knott, do substrato com Terra (1,18 raízes estaca-1

e 9,80 cm);

entretanto, diferiram do substrato Pole Fértil®, o qual promoveu os menores

valores, 0,3 raízes estaca-1

e 2,15cm de comprimento (Figura 7B e 8B). O maior

número de estacas calejadas (90%) foi promovido pelo substrato Tropstrato® e

diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, dos demais substratos utilizados; o

substrato com Pole Fértil® promoveu o menor valor de estacas calejadas (23,5%) e

diferiu estatisticamente (teste Scott-Knott) dos demais substratos; enquanto o com

Terra promoveu os valores intermediários, 66,5% de estacas calejadas (Figura 9B).

A formação de apenas uma raiz na estaca deixa o sistema radicular vulnerável ao

transplantio, podendo ocasionar problemas no pegamento da estaca e formação das

mudas.

Em geral, os substratos Tropstrato® e Terra favoreceram melhores

resultados. Essa superioridade pode ser explicada pelas possíveis características

físicas desses substratos. Boa aeração é uma das características físicas importantes

para o crescimento de plantas em recipientes (BEARDSELL et. al., 1979). Não

somente a água é necessária para as plantas, mas também o ar é importante para o

crescimento radicular (VERDONCK et. al., 1981). Sendo assim, verifica-se a

importância da escolha correta do substrato a ser utilizado. Um bom substrato para

Page 41: RENATO DANTAS ALENCAR

40

a produção de mudas frutíferas deve proporcionar retenção de água suficiente e,

quando saturado (em excesso de água), deve manter quantidades adequadas de

espaço poroso para facilitar o fornecimento de oxigênio, indispensável no processo

de propagação (SMIDERLE e MINAMI, 2001). O substrato no enraizamento de

estacas desempenha importante função, principalmente para as espécies que

possuem dificuldades em emitirem raízes. Um substrato ideal é aquele que, além de

servir de suporte para a sustentação da estaca, retém água fornecida via irrigação

por um longo período de tempo e fornece ambiente escuro e aeração para a base da

estaca, que certamente irá influir sobre a porcentagem de enraizamento, bem como

sobre o tipo de raízes formadas (HOFFMANN et. al., 1996).

A utilização de níveis do AIB não promoveram respostas para o número de

estacas vivas, tendo como valor médio de 76,25 % (Figura 10A). O substrato com

Terra promoveu o maior valor de estacas vivas (94%), entretanto, foi

estatisticamente igual ao substrato Tropstrato®, com 89% das estacas vivas; com a

utilização do substrato Pole Fértil®, foi observado o menor valor de estacas vivas

(45,75%), o qual diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, dos demais

substratos utilizados (Figura 10B). Os dados relativos à estacas vivas evidenciam

que a ação do fitohormônio proporcionou incremento na porcentagem de

enraizamento das estacas, conforme observado por outros autores (BEZERRA et.

al., 1991; BEZERRA et. al., 1992; ANTUNES et. al., 1996; NACHTIGAL et. al.,

1999; SCARPARE FILHO et. al., 1999; TONIETTO et. al., 2001). Além disso, os

substratos utilizados devem ser adequados para a formação das raízes. Isto é, além

de servir de suporte para as plantas, devem exercer as funções básicas de fornecer

nutrientes, apresentar porosidade para permitir a entrada de oxigênio e saída de gás

carbônico e etileno oriundos da respiração das raízes e propiciar alguma retenção

ou reserva de água para as plantas. O desenvolvimento do sistema radicular para

manutenção da planta viva depende da espécie a ser cultivada e das características

físicas e químicas do substrato, devendo o mesmo ser livre de patógenos e pragas

(SOUZA, 1983; KÄMPF, 1999; SOUZA, 2002).

Page 42: RENATO DANTAS ALENCAR

41

* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05).

Figura 10. Estacas vivas (EV) de cajaraneira sob doses de ácido indolbutírico – AIB

(10A) e substratos (10B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

A utilização das dosagens de 600 e 2400 mg dm -3

promoveu os maiores

valores absolutos da porcentagem de estacas brotadas (79,6% e 80%,

respectivamente) (Figura 11A). Com o aumento de dosagens de AIB teve uma

tendência de incremento na porcentagem de estacas brotadas com raízes, tendo

como valor médio de 19,67% (Figura 12A) e uma redução da porcentagem de

estacas brotadas e sem raízes com valor médio de 57,08% (Figura 13A), mas não

foi verificada uma diferença estatística entre os níveis de AIB utilizados nestas

variáveis.

* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05).

Figura 11. Porcentagem de estacas brotadas (EB) de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (11A) e substratos (11B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Page 43: RENATO DANTAS ALENCAR

42

* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si

pelo teste Scott-Knott (p<0,05).

Figura 12. Estacas brotadas com raiz (EB CR) de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (12A) e substratos (12B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si

pelo teste Scott-Knott (p<0,05).

Figura 13. Estacas brotadas sem raíz (EB SR) de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (13A) e substratos (13B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Em geral, as estacas de cajaraneira apresentaram bom percentual de

brotação, fato que nem sempre indica que a estaca irá sobreviver, já que a

sobrevivência depende da emissão do sistema radicular. Souza e Lima (2005) que

avaliando estacas de cajazeira afirmaram que as brotações são formadas à partir de

reservas orgânicas contidas nas estacas, contudo só ocorre formação de folhas se

houver emissão de raízes adventícias para que haja suprimento nutricional e

hídrico. Caso não ocorra enraizamento, as estacas murcham e morrem. Os

resultados com a aplicação de AIB têm sido bastante variáveis em função da

espécie, das cultivares, da dosagem utilizada, do tempo de imersão das estacas e da

Page 44: RENATO DANTAS ALENCAR

43

idade dos ramos. Coelho (2001) verificou que a aplicação de AIB na base das

estacas influenciou significativamente na porcentagem de enraizamento de

Spondias sp., sendo o melhor resultado (80% de enraizamento) obtido quando as

estacas foram tratadas com esse regulador de crescimento a 2.000 mg.L-1. Souza e

Araújo (1999) obtiveram até 22,5% de enraizamento em estacas lenhosas de umbu-

cajá submetidas a diferentes tempos de enraizamento e doses de AIB, mas em

estacas lenhosas de cajá (Spondias mombin L.) tratadas com AIB, não obtiveram

enraizamento. Pasinato et. al. (1998), trabalhando com ameixeira, concluíram que

não houve aumento significativamente do enraizamento com o uso do AIB.

A utilização do substrato com Terra promoveu a maior porcentagem de

estacas brotadas (94%), entretanto, não diferiu estatisticamente do substrato

Tropstrato® (90,75%); mas estes diferiram estatisticamente, pelo teste Scott-Knott,

do substrato Pole Fértil®, cujo valor observado foi de 45,50% (Figura 11B). A

utilização do substrato Tropstrato® promoveu o maior valor da porcentagem de

estacas brotadas com raiz (34%), diferindo estatisticamente, pelo teste Scott-Knott,

dos demais substratos utilizados; a utilização do substrato com Pole Fértil®

promoveu o menor valor desta variável (3,5%) e diferiu estatisticamente dos

demais substratos utilizados; a utilização do substrato com Terra promoveu valor

intermediário, de 21,5% (Figura 12B). A utilização do substrato com Terra

promoveu o maior valor para as estacas brotadas sem raiz (72,5%), mas não diferiu

estatisticamente, pelo teste Scott-Knott do substrato Tropstrato® (56,75%); mas

diferiram estatisticamente do substrato Pole Fértil®, assim, este promoveu o menor

valor (42%) de estacas brotadas (Figura 13B).

Os maiores valores da massa seca do folíolo, da folha e do broto (272 mg

estaca-1

, 366,40 mg estaca-1

e 369,86 mg estaca-1

) foi observado com a utilização de

2.000 mg dm-3

, 1.800 mg dm-3

e 1.800 mg dm-3

de AIB, respectivamente.

Entretanto, não foi observado uma significância estatística para as dosagens

utilizadas, o qual foi observado um valor médio de 194,87 mg estaca-1

, 253,83

mg estaca-1

e 261,19 mg estaca-1

(Figuras 14A, 15A e 16A). Entretanto, para os

substratos utilizados, o substrato Terra promoveu os maiores valores da massa seca

do folíolo, da folha e do broto (305,12 mg estaca-1

, 401,89 mg estaca-1

e 408,01 mg

Page 45: RENATO DANTAS ALENCAR

44

estaca-1

), mas não diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, do Tropstrato®

(203,5 mg estaca-1

, 263,73 mg estaca-1

e 270,19 mg estaca-1

); entretanto, diferiram

do substrato Pole Fértil®, com 75,98 mg estaca

-1, 95,88 mg estaca

-1 e 105,27 mg

estaca-1

, respectivamente (Figuras 14B, 15B e 16B).

* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05).

Figura 14. Massa seca dos folíolos (MS Foli) de estacas de cajaraneira sob doses de

ácido indolbutírico – AIB (14A) e substratos (14B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si

pelo teste Scott-Knott (p<0,05).

Figura 15. Massa seca de folha (MSF) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (15A) e substratos (15B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Page 46: RENATO DANTAS ALENCAR

45

* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05).

Figura 16. Massa seca de broto (MSB) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (16A) e substratos (16B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Resultados diferentes foram obtidos por Tosta et. al. (2012) em estudos

realizados com cajaraneira (Spondias sp.) nas mesmas condições do presente

trabalho, onde o aumento das concentrações de AIB promoveu um incremento na

massa seca das folhas de estacas de cajarana, tendo um valor máximo estimado de

306,5 mg estaca-1 com a utilização da concentração máxima estimada de 4464

ppm de AIB, contudo, concentrações superiores a esta promoveram redução da

massa seca de folhas. E o maior acúmulo da massa seca do broto estimado, 457,1

mg, foi observado com a aplicação da concentração máxima estimada 4238,5 ppm

de AIB, concentrações superiores promoveram decréscimo da sua massa.

Com o aumento das dosagens de AIB foi observado uma tendência de

incremento da massa seca da raiz até a utilização de 1.200 mg dm-3

de AIB e com

doses superiores promoveram detrimentos desta variável, entretanto não foi

observado efeito destes níveis utilizados, sendo observado um valor médio de

90,01 mg estaca-1

(Figura 17A). O substrato com Terra promoveu o maior valor da

massa seca da raiz (183,25 mg estaca-1

) e diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-

Knott, dos demais substratos utilizados; o Tropstrato promoveu valores

intermediários (71,35 mg estaca-1

), o qual diferiu estatisticamente do substrato

Pole Fértil®, com 15,43 mg estaca

-1 (Figura 17B). Resultados semelhantes foram

obtidos por Paula et. al. (2007) em estudos realizados com umbuzeiro (Spondias

tuberosa L), onde não houve influência das diferentes doses de AIB testadas sobre

Page 47: RENATO DANTAS ALENCAR

46

o acumulo de massa seca das raízes. Resultados diferentes foram obtidos por Peña

et. al. (2012), onde a dose de 8000 ppm de AIB promoveu maior acúmulo de massa

seca de raízes em estacas de mitilo. Dutra et. al. (1998) pesquisaram a influência do

AIB, e observaram maior valor de massa seca de raiz para a ameixeira ‘Frontier’ na

concentração de 3000 mg L-1

de AIB.

* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05).

Figura 17. Massa seca de raiz (MSR) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (17A) e substratos (17B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

A utilização de dosagens de AIB não promoveu resposta para a massa seca

total de estacas de cajarana, sendo observado um valor médio de 351 mg estaca-1

(Figura 18A). O substrato com Terra promoveu o maior valor para a massa seca

total (591,34 mg estaca-1

) e diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, dos

demais substratos utilizados; o Pole Fértil® promoveu o menor valor (120,741

mg estaca-1

) e diferiu estatisticamente dos demais substratos utilizados, assim o

Tropstrato® promoveu valores intermediários, sendo observado uma massa seca de

341,55 mg estaca-1

(Figura 18B).

Page 48: RENATO DANTAS ALENCAR

47

* Colunas seguidas pela mesma letra, em cada dose, não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05).

Figura 18. Massa seca total (MST) de estacas de cajaraneira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (18A) e substratos (18B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Os resultados aqui apresentados mostram que a utilização de AIB, diluído

em água, em estacas de cajaraneira não influenciaram as variáveis analisadas,

exceto o número de brotos. Isso pode estar relacionado a diversos fatores, dentre

eles o grau de lignificação da estaca, a concentração do regulador de crescimento, e

ao próprio potencial genético da espécie para formação de raízes adventícias. Outro

fator de importância é a liberação de compostos fenólicos que provocam oxidação

dos tecidos. Segundo Fachinello et. al. (1995), em algumas espécies, como as

pertencentes à família das Anacardiaceae, ocorre oxidação de compostos fenólicos

no local onde é feito o corte na estaca. Essa oxidação é observada pelo

escurecimento do tecido e dificulta a formação de raízes, tendo ocorrido em grande

intensidade na base das estacas de cajaraneira, no presente trabalho.

Dentre os diferentes substratos utilizados, a Terra e o Tropstrato®

induziram um maior número de folhas, número de folíolos, comprimento das

folhas, número de brotos, número de raízes, comprimento da raiz, estacas vivas,

estacas brotadas e estacas brotadas sem raiz. Além disso, o Tropstrato®

proporcionou maiores valores de diâmetro do broto, comprimento do broto, estacas

calejadas e estacas brotadas com raiz, fazendo este substrato se destacar perante os

demais. Isso se deve, em parte, o Tropstrato® ser composto por material humificado

oriundo de compostagem, contendo esterco de curral e pinus, na qual mantém uma

Page 49: RENATO DANTAS ALENCAR

48

proporção adequada entre a disponibilidade hídrica e aeração, possibilitando um

ambiente ideal para o desenvolvimento das raízes. O substrato Pole Fértil®

inferiu

os menores valores para as variáveis analisadas, tornando-o inadequado para a

produção de mudas de cajaraneira propagadas por estaquia.

4 CONCLUSÕES

O regulador de crescimento, ácido indolbutírico (AIB), não influenciou o

enraizamento de estacas lenhosas de cajaraneira.

O substrato comercial Tropstrato®

proporcionou maior enraizamento de

estacas de cajaraneira, seguido da proporção terra+esterco (1v:1v).

O substrato PoliFértil®

mostrou-se inadequado para a produção de mudas

de cajaraneira propagadas por estaquia.

Page 50: RENATO DANTAS ALENCAR

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Page 55: RENATO DANTAS ALENCAR

54

CAPÍTULO 2

ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE SERIGUELEIRA SOB

CONCENTRAÇÕES DE AIB EM DIFERENTES SUBSTRATOS

RESUMO

A propagação assexuada das Spondias pelo método de estaquia apresenta fortes

limitações, entre as quais a escassez de conhecimento sobre a aplicação de técnicas

adequadas, não dispondo-se de tecnologias para a produção comercial de mudas.

Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o enraizamento de estacas de

serigueleira (Spondia purpurea L.) sob doses de AIB, em diferentes substratos, em

casa de vegetação localizada no campo leste da Universidade Federal Rural do

Semi Árido, Mossoró-RN, no período de agosto a dezembro de 2011. O

delineamento experimental foi o de blocos casualizados completos, em esquema

fatorial 2X5, dois substratos (Terra + Esterco [1v:1v] e Tropstrato®,) com cinco

concentrações de AIB (0, 600, 1200, 1800 e 2400 mg.L-1) e usando quatro

repetições e 10 estacas por unidade experimental. Aos 115 dias após a montagem

do experimento foi avaliado: número de folhas, folíolos e brotos; diâmetro do

broto; número e comprimento de raízes; porcentagens de estacas calejadas vivas;

porcentagem de estacas brotadas e com raiz; porcentagem de estacas brotadas e

sem raízes; porcentagem de estacas brotadas; massa seca das folhas, folíolos,

brotos, pecíolo e raiz. Diante dos resultados observou-se que o regulador de

crescimento, AIB, influenciou positivamente no enraizamento de estacas de

serigueleira. E o susbtrato comercial Tropstrato® proporcionou maior enraizamento

de estacas de serigueleira.

Palavras chaves: Spondias purpurea L., estacas, auxinas

Page 56: RENATO DANTAS ALENCAR

55

ABSTRACT

EFFECT OF SUBSTRATE, INDOLEBUTYRIC ACID ON THE ROOTING

OF SERIGUELEIRA CULTIVAR BY CUTTINGS

The asexual propagation of Spondias obtained from cuttings has strong limitations,

including the lack of knowledge about the application of appropriate techniques,

lacking are technologies for the commercial production of seedlings. Thus, the aim

of this study was to evaluate the rooting of hog plum tree (Spondia purpurea L.)

under IBA levels on different substrates in a greenhouse located in the countryside

east of the Universidade Federal do Semi Árido, Mossoró, RN, the period from

August to December 2011. The experimental design was a randomized complete

block in factorial 2X5, two substrates (soil + manure [1v : 1v ] and Tropstrato®)

with five IBA concentrations (0 , 600 , 1200 , 1800 and 2400 mg.L-1

) and using

four replications and 10 cuttings per plot. At 115 days after assembly experiment

was evaluated: number of leaves, leaflets and buds, bud diameter, number and

length of roots, percentages of cuttings callused alive; sprouting percentage and

root, sprouting percentage and rootless, sprouting percentage, dry leaves, leaflets,

buds, petioles and roots. Given the results showed that the plant growth regulator,

IBA, positively influenced the rooting of serigueleira. And substrate commercial

Tropstrato® provided greater rooting of serigueleira.

Keyswords: Spondias purpurea L., cuttings, auxin, substrate.

Page 57: RENATO DANTAS ALENCAR

56

1 INTRODUÇÃO

A serigueleira (Spondias purpurea L.), também chamada siriguela, ameixa-

da-Espanha, cajá vermelho, ciroela, jocote, ciruela mexicana, etc, é uma das

espécies mais cultivadas e a que produz frutos de melhor qualidade do gênero

Spondias (MARTINS e MELO, 2013). É originária da América Central (LEON e

SHAW, 1990), mas encontra-se distribuída no México, Caribe e vários países da

região Norte da América do Sul, provavelmente dispersa pelo homem.

A forma de propagação das Spondias, como a maioria das frutíferas

tropicais, ocorre pelos métodos sexual e vegetativo. A propagação da serigueleira

por sementes é praticamente inviável, em virtude dos seus endocarpos raramente

conterem sementes, sendo essa espécie, tradicionalmente, propagada pelo método

vegetativo, através de estaquia (SOUZA e ARAÚJO, 1999), que na maioria das

vezes, emitem brotações, mas não enraízam (SOUZA, 2005).

O enraizamento de estacas é influenciado por diversos fatores, dentre eles,

o potencial genético da espécie, as condições fisiológicas e nutricionais da planta-

matriz, o balanço entre os fitorreguladores (auxinas, citocininas e giberelinas) nas

células do tecido vegetativo, a presença de indutores e inibidores de enraizamento,

o tipo de estaca, a juvenilidade dos brotos, a presença de gemas e/ou folhas,

período de coleta da estaca e ambiente de enraizamento (SMALLEY et. al., 1991;

MESÉN; et. al., 1997; RIECKERMANN et al., 1999; HARTMANN et al., 2002).

A propagação de espécies de difícil enraizamento pode ser realizada com

sucesso se forem fornecidas condições ambientais favoráveis e usados reguladores

vegetais (MAYER, 2001), principalmente as auxinas, como o ácido indolbutírico,

que é frequentemente utilizado para fazer o balanceamento hormonal para o

enraizamento, pois o aumento da concentração endógena de auxinas nos tecidos

contribui para a formação de raízes (PASQUAL et. al., 2001), induzindo o

alongamento celular e alterando as atividades fisiológicas da planta (TAIZ e ZEIG,

2004).

Vários trabalhos evidenciam a resposta positivas a produção de estacas de

espécies de Spondias à aplicação de AIB (LIMA et. al., 2002; GOMES et. al.,

Page 58: RENATO DANTAS ALENCAR

57

2005; RIOS et. al., 2012), no entanto ainda há divergência em relação a dose ideal

de fitohormônio a ser utilizada.

No processo de propagação de plantas, os substratos a serem utilizados

devem servir de suporte para as plantas, exercer as funções básicas de fornecer

nutrientes, apresentar porosidade para permitir a entrada de oxigênio e saída de gás

carbônico e etileno oriundos da respiração das raízes e propiciar alguma retenção

ou reserva de água para as plantas. O desenvolvimento do sistema radicular

depende da espécie a ser cultivada e das características físicas e químicas do

substrato, devendo o mesmo ser livre de patógenos e pragas (SOUZA, 2002).

Diante do exposto, o presente trabalho teve por objetivo avaliar

enraizamento de estacas de serigueleira sob dosagens de ácido indolbutírico em

diferentes substratos.

Page 59: RENATO DANTAS ALENCAR

58

2 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi instalado e conduzido em casa de vegetação, com tela

de 50% de sombreamento, localizada no campo leste da Universidade Federal

Rural do Semi-Árido (UFERSA), na cidade de Mossoró que está situado na região

semiárida do Nordeste brasileiro, no Estado do Rio Grande do Norte, localizado

pelas coordenadas geográficas 5o11' de latitude sul, 37°20' de longitude oeste e 18

m de altitude, com uma temperatura média anual em torno de 27,5 °C, umidade

relativa de 68,9%, nebulosidade média anual de 4,4 décimos e precipitação média

anual de 673,9 mm. Segundo classificação climática de Köppen, o clima de

Mossoró-RN é do tipo BSwh', ou seja, quente e seco, tipo estepe, com estação

chuvosa no verão atrasando-se para o outono (CARMO FILHO, et. al., 1987).

As estacas foram coletadas, nas primeiras horas do dia 29 de agosto de

2011, de plantas adultas com bom desenvolvimento vegetativo, estando ao término

do repouso vegetativo da planta, ou seja, desfolhadas e com gemas intumescidas,

isenta de pragas e doenças, oriundas de um sitio no Alto da Pelônia, na região de

Mossoró, com o auxílio de tesoura de poda as estacas foram padronizadas com

15cm de tamanho, com diâmetro médio entre 7 e 9 mm, isenta de folhas, sendo

armazenadas imersas em água até a instalação do experimento, para retardar a

desidratação do material e oxidação dos tecidos no local do corte.

O delineamento experimental foi o de blocos cazualizados completos, em

esquema fatorial 2 x 5, dois substratos (Terra + Esterco [1v:1v]; Tropstrato®) e com

cinco concentrações de AIB (0, 600, 1200, 1800 e 2400 mg.L-1

) usando quatro

repetições e 10 estacas por unidade experimental.

As concentrações do ácido indolbutírico (Tabela 1) foram preparadas

conforme recomendado por Fachinello et. al., (1995) com algumas modificações,

pois o AIB, marca Vetec, foram diluídos em água, com preparo feito no mesmo

dia da coleta das estacas e armazenada em geladeira.

Page 60: RENATO DANTAS ALENCAR

59

Tabela 1 - Concentrações e quantidades de ácido indolbutírico, empregados

para preparar 200 ml de solução de AIB.

Concentração

(mg.dm-³)

Zero 600 1200 1800 2400

AIB*(mg) 0 120 240 360 480

*Ácido 4-(3-Indolil) Butírico P. S.(C12H13NO2), produzido pela VETEC QUÍMICA FINA LTDA,

com 98% de pureza.

Logo após o término da coleta das estacas, as mesmas foram imersas em

soluções de AIB a 5 cm de profundidade durante 5 segundos, sendo

posteriormente, acondicionadas nos substratos comercial Tropstrato®

(Tabela 2) e

composto por terra + esterco bovino (1v:1v), utilizando-se bandejas de plástico de

50 células, com volume de 94mm3 por célula.

Para a formação de um microclima, colocou-se um saco de plástico

transparente (5x19cm) em cada estaca, retirando-o quando as estacas começaram a

emitir brotações. Foram feitas irrigações diárias por nebulização intermitente,

durante todo o experimento, no período de agosto a dezembro de 2011.

Aos 115 dias após a estaquia, período em que as estacas são transplantadas

no campo, foi avaliado: o número de folhas (unidade/estaca), folíolos

(unidade/estaca) e brotos (unidade/estaca) pela metodologia da contagem;

comprimento do broto (cm) com auxilio de régua graduada; diâmetro do broto

(mm) utilizando um paquímetro digital; número de raízes (unidade/estaca) por

contagem; comprimento da raiz (cm) com auxilio de régua graduada; porcentagem

de estacas calejadas, vivas; porcentagem de estacas brotadas com raiz;

Tabela 2 - Caracterização química de amostra do substrato comercial avaliado

para enraizamento de estacas de Spondias purpúrea L., quanto a Condutividade

Elétrica (CE), pH, teor de matéria orgânica (MO), nitrogênio (N), fósforo (P),

potássio (K+), cálcio (Ca

+), magnésio (Mg

2+). Mossoró – RN, UFERSA, 2012.

SUBSTRATO C.E. pH MO N P K

+ Ca

2+ Mg

2+

(H2O) (g.kg-1

) (mg.dm-3

) (cmol.dm-3

)

Tropstrato1 4,61 3,68 4,03 7,9 11,0 13,5 2,30 1,8

1Substrato comercial Tropstrato composto por material humificado oriundo de compostagem, contendo esterco de curral e pinus,

da Empresa Vida Verde na base de volume de 1:2

Page 61: RENATO DANTAS ALENCAR

60

porcentagem de estacas brotadas sem raiz, por meio de contagem e transformado

para porcentagem (%); massa seca do folíolo (g), das folhas (g), dos brotos (g) e

das raízes (g); massa seca total (g) com o somatório de todas as variáveis de massa

seca, obtidas a partir da lavagem dos materiais colocados em sacos de papel e

levados a estufa a 65 ºC até o peso constante sendo posteriormente retiradas e

pesadas em balança de precisão para obtenção da massa seca em gramas.

Antes de submeter à análise de variância os dados foram submetidos ao

teste de Shapiro-Wilk, os significativos pelo teste W (p < 0,05), foram

transformados em “(y +0,5)1 / 2

”. Os dados foram submetidos à análise de variância

pelo teste F (p < 0,05), as médias qualitativas foram comparadas pelo teste de

Scott-Knott (p < 0,05), enquanto as quantitativas através equação de regressão,

cujos parâmetros foram significativos pelo teste t (p < 0,05), segundo

recomendações de Banzatto e Kronka (1989). As análises estatísticas foram

realizadas através do software Sistema de Análise de Variância - SISVAR

(FERREIRA, 2011).

Page 62: RENATO DANTAS ALENCAR

61

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A utilização de doses de AIB associado com os substratos promoveu um

efeito significativo, pelo teste F, para o número de raízes a probabilidade 5%; ao

observar o efeito dos níveis de AIB foi verificado um efeito significativo (p<0,05)

para o número de folhas, enquanto, para o número de folíolos, comprimento da

folha e diâmetro do broto foi verificado um efeito ao nível de 1% de probabilidade;

no tocante dos substratos utilizados, para o diâmetro do broto foi verificado efeito

significativo (p < 0,05), entretanto, para as demais variáveis analisadas foi

verificado um efeito não significativo (Tabela 3).

Tabela 3: Resumo da análise de variância do crescimento de estacas

de serigueleira (Spondias purpurea L.) enraizadas sob efeito de

substratos (S) e doses de ácido indolbutírico (AIB). Mossoró - RN,

UFERSA, 2012.

F. V. G. L.

Quadrado médio

NF NFo NB¹ CB¹ CF DB NR¹ CR¹

S 1 2,61ns 797,80ns 0,07ns 0,08ns 0,40ns 1,95* 0,09ns 0,10ns

AIB 4 12,28* 1.029,49** 0,06ns 0,20ns 29,96** 1,17** 0,07ns 0,04ns

S x AIB 4 10,01ns 527,58ns 0,09ns 0,14ns 0,28ns 0,37ns 0,12* 0,52ns

Erro 27 4,06 292,53 0,08 0,09 4,67 0,26 0,03 0,23

C. V. (%) - 35,38 43,27 18,5 16,79 30,39 20,25 12,82 15,51

¹ Dados transformados em ( y + 0,5 ) 1 / 2.

**- Efeito significativo, pelo teste F, ao nível de 1% de probabilidade; *- Efeito significativo, pelo teste F, ao

nível de 5% de probabilidade; ns – Efeito não significativo pelo teste F.

Nota: NF – número de folha; NFo – número de folíolo; NB – número de broto; CB – comprimento do broto;

CF – comprimento da folha; DB - diâmetro do broto; NR – número de raízes; CR – comprimento da raiz.

A utilização de doses de AIB associado com os substratos e doses de AIB

isoladamente não promoveram um efeito significativo, pelo teste F, para nenhum

parâmetro; ao observar o efeito dos substratos foi verificado um efeito significativo

(p<0,05) para estacas calejadas, estacas brotadas com raízes e de estacas brotadas

sem raiz (Tabela 4)

Page 63: RENATO DANTAS ALENCAR

62

Tabela 4 - Resumo da análise de variância em função do

efeito de substratos (S) e doses ácido indolbutírico (AIB)

no enraizamento de estacas de serigueleira (Spondias

purpurea L.). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

F.V. GL Quadrado médio

EC¹ EV¹ EBCR¹ EBSR¹ EB¹

S 1 10,11*

0,67ns

13,30*

16,91*

0,97ns

AIB 4 2,27ns

0,69ns

3,17ns

5,15ns

0,63ns

SxAIB 4 0,74ns

0,21ns

1,82ns

2,59ns

0,32ns

Erro 27 1,58 0,39ns

2,49 2,78 0,41

C.V.(%) - 14,58 6,56 31,24 21,45 6,70 ¹ Dados transformados em ( y + 0,5 ) 1 / 2.

**- Efeito significativo, pelo teste F, ao nível de 1% de probabilidade; *- Efeito significativo,

pelo teste F, ao nível de 5% de probabilidade; ns – Efeito não significativo pelo teste F.

Nota: EC - porcentagem estacas calejadas; EV – porcentagem de estacas vivas; EBCR –

porcentagem estaca brotada com raiz; EBSR – estaca brotada sem raiz; EB – estaca brotada.

A utilização de doses de AIB associado com os substratos e o substrato

isoladamente não promoveram um efeito significativo, pelo teste F, para nenhum

parâmetro; ao observar o efeito dos níveis de AIB foi verificado um efeito

significativo (p<0,01) para massas secas do folíolo e da folha. Para massa seca da

brotação e total foi verificado um efeito ao nível de 5% de probabilidade (Tabela

5).

Tabela 5 - Resumo da análise de variância da massa seca de

estacas de serigueira (Spondias purpurea L.) enraizadas sob efeito

de substratos (S) e doses de ácido indolbutírico (AIB). Mossoró -

RN, UFERSA, 2012.

F.V. GL Quadrado médio

MSFo¹ MSF¹ MSB¹ MSR¹

MST¹

S 1 6,33ns

6,59ns

132,06ns

0,06ns

128,76ns

AIB 4 129,69**

173,42**

656,94*

4,83ns

654,04*

SxAIB 4 45,93ns

61,53ns

163,43ns

3,34ns

166,86ns

Erro 27 34,01 53,39 185,19 4,31 186,30

C.V.(%) - 16,14 38,66 46,77 44,98 46,26 ¹ Dados transformados em ( y + 0,5 ) 1 / 2.

**- Efeito significativo, pelo teste F, ao nível de 1% de probabilidade; *- Efeito significativo, pelo teste

F, ao nível de 5% de probabilidade; ns – Efeito não significativo pelo teste F.

Nota: MSFo – massa seca de folíolos; MSF – massa seca da folha; MSB – massa seca da brotação;

MSR – massa seca da raiz; MST – massa seca total.

A dose máxima estimada de 369,80 mg dm-3

de AIB promoveu o maior

Page 64: RENATO DANTAS ALENCAR

63

valor para o número de folhas (7,01 unidades estaca-1

), mas, com o aumento dos

níveis ocorreu um detrimento desta variável (Figura 1A).

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 1. Número de folhas (NF) de estacas de serigueleira a sob doses de ácido

indolbutírico - AIB (1A) e substratos (1B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Comportamento semelhante foi observado para o número de folíolos,

comprimento das folhas e comprimento do broto. O maior valor para o número de

folíolos (57,10 unidades estaca-1

) foi observado com a dose máxima estimada de

1.100 mg dm-3

de AIB, apresentando uma redução de 44,42% com a maior dose

estudada (Figura 2A).

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05)

Figura 2. Número de folíolos (NFo) de estacas de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico - AIB (2A) e substratos (2B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Já para número de brotações, embora a utilização de 1.200 mg dm-3

tenha

promovido uma maior quantidade de brotos (2,3 brotos estaca-1

) e com a aplicação

de 1.800 mg dm-3

tenha promovido uma menor quantidade (1,5 brotos estaca-1

),

obteve-se o valor médio de 1,98 brotos estaca-1

(Figura 3A).

Page 65: RENATO DANTAS ALENCAR

64

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 3. Número de brotos (NB) de estacas de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico - AIB (3A) e substratos (3B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

O mesmo comportamento foi observado para comprimento do broto de

estacas de serigueleira, na qual não foi verificado efeito significativo para as

dosagens de AIB, obtendo valor médio de 2,70 unidades estaca-1

(Figura 4A).

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 4. Comprimento do broto (CB) de estacas de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico –AIB (4A) e substratos (4B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

A utilização do substrato Tropstrato® apresentou 5,95 folhas estaca

-1

(Figura 1B), 44 folíolos estaca-1

(Figura 2B), 2,13 brotações.estaca-1

(Figura 3B),

2,89 cm para o comprimento do broto (Figura 4B), mas não diferiu estatisticamente

do substrato Terra:esterco(1v:1v), 5,44 unidade estaca-1

(Figura 1B), 35,07 folíolos

estaca-1

(Figura 2B), 1,84 de brotações.estaca-1

(Figura 3B), 2,50 cm de

comprimento do broto (Figura 4B).

Verificou-se um número reduzido de brotações, folíolos e folhas e

comprimento da brotação, possivelmente devido à utilização das reservas presentes

Page 66: RENATO DANTAS ALENCAR

65

nas estacas para o favorecimento do enraizamento, semelhante ao trabalho de

Souza (2007), que estudou a propagação da cajazeira e do umbuzeiro por meio de

estaquia. Essa ausência de significância observada com o uso de AIB difere dos

resultados obtidos por outros autores, como Gomes et. al., (2005) pesquisando a

influencia do AIB sobre o número de brotações de estacas de umbu-cajazeira

(Spondias spp.) verificaram que o AIB aumentou significativamente o número de

brotações. Tosta et. al., (2012) observaram um incremento no número de folhas

(7,5 folhas por muda) até a aplicação da dose máxima de 4139 ppm de AIB e no

número de folíolos (38,4 folíolos) até a dose máxima de 4218 ppm de AIB, tendo

uma redução do número de folhas e folíolos à medida em que se aumentou as

concentrações de AIB. Portanto, a ausência de efeito na aplicação de AIB sobre o

número de brotações, folhas e folíolos pode esta relacionada à diferença nas

concentrações utilizadas, bem como no estádio fenológico das plantas no momento

da retirada das estacas.

O mesmo foi observado na utilização de diferentes substratos, a exemplo

do que observaram Pio et. al., (2005), para as estacas de figueiras, o maior número

de folhas foi detectado quando se utilizou os substratos solo + esterco bovino (1:1

v/v) e Tropstrato®, resultados estes semelhantes aos obtidos neste trabalho.

Com o aumento das dosagens de AIB ocorreu um incremento no

comprimento das folhas de estacas de seriguela até a dose máxima estimada de

429,24 mg dm-3

de AIB, verificando 8,87 cm para o comprimento das folhas; doses

superiores a esta, promoveram detrimento dos seu valores (Figura 5A).

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 5. Comprimento da folha (CF) de estacas de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico –AIB (5A) e substratos (5B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Page 67: RENATO DANTAS ALENCAR

66

Houve um aumento do diâmetro do broto até a dose máxima estimada de

367,07 mg dm-3

de AIB, atingindo um diâmetro do broto de 2,85 mm; doses

superior a esta promoveu decréscimo deste diâmetro (Figura 6A).

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 6. Diametro do broto (DB) de estacas de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico –AIB (6A) e substratos (6B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Sabendo que diferentes teores hormonais são capazes de levar à mudança

de indução foliar, no que se refere ao número, tamanho e comprimento de folhas

por estaca, como o que aconteceu nas estacas propagadas de cajaraneira, em que

Lima (2002) verificou maiores estimativas para o número de folhas de cajaraneira

no intervalo de 100 a 900 mg L-1

de AIB. E Gomes et. al., (2005) verificaram

influência significativa de AIB sobre o diâmetro das brotações de umbu-cajazeira.

A utilização da Terra:esterco(1v:1v) promoveu o maior valor para o

comprimento da folha (7,21 cm) e para o diâmetro do broto (2,76 mm), entretanto,

não diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, do substrato Tropstrato®, no

qual foi observado um valor de 7,01 cm (Figura 5B) e 2,32 mm (Figura 6B),

respectivamente. Os resultados sobre substrato foram semelhantes aos verificados

por Oliveira et. al., (2002), com a cultura da cajazeira. Entretanto, em estudo de

aclimatização de figueira, Fráguas et. al., (2002), verificaram que o substrato

Plantmax® propiciou maior desenvolvimento da parte aérea na cultura, que pode

estar relacionada com o potencial de emissão de brotações de cada espécie, em

função do substrato utilizado.

Page 68: RENATO DANTAS ALENCAR

67

Doses de AIB associado ao substrato com Terra:esterco(1v:1v) não

promoveu resposta para o número de raízes, tendo como valor médio de 1,45 raízes

estaca-1

; enquanto, a utilização como substrato o Tropstrato® promoveu um

incremento no número de raízes até a aplicação da dose máxima estimada de

553,62 mg dm-3

de AIB, tendo como valor estimado de 2,12 raízes estaca-1

; com

doses superiores a esta, foi observado um detrimento dessa variável (Figura 7A).

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 7. Número de raízes (NR) de estacas de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico –AIB (7A) e substratos (7B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

As diferentes concentrações de AIB não promoveram respostas para o

comprimento da raiz de estacas de serigueleira, assim como os substratos

utilizados, sendo observado um valor médio de 9,47 cm no comprimento das raízes

(Figura 8A e 8B).

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 8. Comprimento de raiz (CR) de estacas de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico - AIB (8A) e substratos (8B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Page 69: RENATO DANTAS ALENCAR

68

Com o aumento da concentração de auxinas, Villa et. al.,(2003) verificou-

se um decréscimo na porcentagem de enraizamento e no comprimento das raízes.

Em vários trabalhos, verifica-se que a aplicação exógena de auxina promove o

enraizamento de estacas em muitas espécies; no entanto, sabe-se que isso acontece

até um valor máximo, ou seja, qualquer valor acima poderá ter efeito inibitório ou

fitotóxico.

Com a dose de 600 mg dm-3

de AIB o substrato Tropstrato® promoveu o

maior número de raiz (2,30 unidades estaca-1

), diferindo estatisticamente, pelo teste

Scott-Knott, do substrato Terra:esterco(1v:1v), (1,00 raízes estaca-1

); embora ao

aplicar 1.800 mg dm-3

de AIB o substrato Tropstrato® tenha sido observado

maiores valores não diferiu estatisticamente, assim como a utilização de 0, 1.200 e

2.400 mg dm-3

de AIB o substrato com Terra:esterco(1v:1v) tenha promovido

maiores valores, não foi observada diferença estatística; os valores médios

observados foram de 1,51 e 1,82 raízes estaca-1

do substrato com

Terra:esterco(1v:1v) e Tropstrato®, respectivamente (Figura 7B).

Entretanto, segundo alguns autores (HARTMANN et. al., 2002;

PIZZATTO et. al., 2011), existe um nível ótimo de concentração da auxina, para

estimular o máximo crescimento e diferenciação dos tecidos radiculares. Segundo

Ohland et. al., (2009), dentre as principais funções biológicas das auxinas, pode-se

citar o crescimento de órgãos, especialmente as raízes. Comportamento semelhante

foi observado por Rios et. al., (2012), no enraizamento de estacas de umbu. Souza

(2007) constatou não haver efeito das diferentes concentrações deste fitohormônio

no comprimento e número de raízes, em alporques do umbu. Porém, Pasqual et. al.,

(2001) afirmam que o substrato é um dos fatores de maior importância no

enraizamento de estacas.

A formação de estacas calejadas de serigueleira não foi influenciada pelas

dosagens de AIB utilizadas, tendo como valor médio de 75,50% (Figura 9A). O

substrato Tropstrato® promoveu o maior valor de estacas calejadas, com 84,50%, e

diferiu estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, do substrato com

Terra:esterco(1v:1v), com 66,50% das estacas calejadas (Figura 9B). Os autores

Souza e Araújo (1999) afirmam a importância do calejamento para a formação de

Page 70: RENATO DANTAS ALENCAR

69

raízes, pois, observaram a emissão de uma raiz por estaca e que esta raiz surgiu a

partir do calo que se formava na base da estaca. Esses autores verificaram a

formação de calo (55 a 92,5%) em estacas lenhosas de umbu-cajá aos 70 dias após

estaquia. Contudo, de acordo com Hartmann e Kester (1978), a formação de calo

na base de estacas é um fato independente da indução radicular. Em alguns casos,

segundo MARTINS (1998), as raízes podem ser originadas desses tecidos embora

seja raro, pois, na maioria das vezes, elas se originam de células do câmbio, de

modo que o calo não é essencial ao enraizamento.

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 9. Porcentagem de estacas calejadas (EC) de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (9A) e substratos (9B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

A utilização de doses do AIB não proveu resposta para o número de estacas

vivas, tendo como valor médio de 91,50% (Figura 10A). Entretanto, com o

aumento de dosagens de AIB teve uma tendência de incremento na porcentagem de

estacas brotadas com raízes, contudo, não foi observado efeito com os níveis de

hormônio utilizados, tendo como valor médio de 28% (Figura 11A). Semelhante

aos resultados encontrados por Souza (2007), em que avaliando os efeitos do ácido

indolbutírico (AIB) e da planta matriz no enraizamento de estacas de cajazeira

(Spondias mombin L.), constatando que o ácido indolbutírico influencia

positivamente o aumento do número de estacas brotadas, enraizadas e de mudas

aptas para o plantio, atingindo um máximo em concentrações entre 1.000 mg L-1

e

1.500 mg L-1

de AIB.

Page 71: RENATO DANTAS ALENCAR

70

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05)

Figura 10. Estacas vivas (EV) de serigueleira sob doses de ácido indolbutírico – AIB (10A)

e substratos (10B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 11. Estacas brotadas com raiz (EB CR) de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (11A) e substratos (11B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Embora a utilização do substrato com Terra:esterco(1v:1v) tenha

demonstrado uma superioridade de 15%, em relação ao Tropstrato®, não foi

observada diferença estatística (Figura 10B). A utilização do substrato Tropstrato®

promoveu o maior valor da porcentagem de estacas brotadas com raiz (34%)

diferindo estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, do substrato com terra, onde

promoveu um valor de 22% (Figura 11B). Souza et. al., (2001), trabalhando com a

mesma espécie, obtiveram, em média, 75% e 35% de enraizamento, utilizando

como substrato a vermiculita e substrato comercial, respectivamente. Lima et. al.,

(2002) trabalhando com diferentes estacas lenhosas de cajaraneira e serigueleira,

obtiveram de 14 a 47% de enraizamento aos 160 dias após estaquia.

Page 72: RENATO DANTAS ALENCAR

71

O substrato no enraizamento de estacas desempenha importante função,

principalmente para as espécies que possuem dificuldades em emitirem raízes. Um

substrato ideal é aquele que, além de servir de suporte para a sustentação da estaca,

retém água fornecida via irrigação por um longo período de tempo e fornece

ambiente escuro e aeração para a base da estaca, que certamente irá influir sobre a

porcentagem de enraizamento, bem como sobre o tipo de raízes formadas

(HOFFMANN et. al., 1996).

O aumento de dosagens de AIB promoveu uma tendência de redução da

porcentagem de estacas brotadas e sem raízes, mas, as dosagens não promoveram

respostas, tendo como valor médio de 63,50% (Figura 12A). O substrato com

Terra:esterco(1v:1v) promoveu o maior valor para as estacas brotadas sem raiz

(72,50%), diferindo estatisticamente, pelo teste Scott-Knott, do substrato

Tropstrato®, com 54,50% de estacas brotadas sem raiz (Figura 12B).

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05)

Figura 12. Estacas brotadas sem raíz (EB SR) de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (12A) e substratos (12B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

A utilização das dosagens de AIB não obteve efeito na porcentagem de

estacas brotadas, sendo observado um valor médio de 91,50% (Figura 13A). A

utilização do substrato com Terra:esterco(1v:1v) promoveu a maior porcentagem

de estacas brotadas, com valor médio de 94,50%, entretanto, não diferiu

estatisticamente do substrato Tropstrato®, com 88,50% (Figura 13B).

Page 73: RENATO DANTAS ALENCAR

72

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 13. Porcentagem de estacas brotadas (EB) de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (13A) e substratos (13B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Como as estacas eram lenhosas, Souza (2007) afirma que tecidos mais

lignificados funcionam como barreira física para a emissão de raízes,

principalmente quando são utilizadas a parte mediana e basal dessas estacas,

também incorre em redução da taxa de enraizamento. Estacas basais apresentam

maior grau de lignificação o que está relacionado negativamente com o nível de

auxina, pois a peroxidase, enzima responsável pela síntese de lignina, sintetiza a

lignina e degrada a auxina que é o hormônio responsável para induzir o

enraizamento (Bastos, 2006).

O aumento de doses de AIB promoveu um incremento na massa seca do

folíolo, da folha e do broto de estacas de seriguela até a dosagem de 434,69 mg dm-

3, tendo como valor 496,08 mg estaca

-1(

Figura 14A) ,

a aplicação de 454,95

mg dm-3

de AIB, onde foi promovido o maior valor estimado (677,19 mg folha-1

)

(Figura 15A), até a utilização de 363,81 mg dm-3

(Figura 16A), respectivamente;

doses superiores promoveram detrimento de sua massa.

Resultados semelhantes foram obtidos em estudos realizados com

cajaraneira (Spondias sp.), por Tosta et. al., (2012) onde o aumento das

concentrações de AIB promoveu um incremento na massa seca das folhas de

estacas de cajarana, tendo um valor máximo estimado de 306,5 mg estaca-1

com a

utilização da concentração máxima estimada de 4464 ppm de AIB, contudo,

Page 74: RENATO DANTAS ALENCAR

73

concentrações superiores a esta promoveram redução da massa seca de folhas. E o

maior acúmulo da massa seca do broto estimado, 457,1 mg, foi observado com a

aplicação da concentração máxima estimada 4238,5 ppm de AIB, concentrações

superiores promoveram decréscimo da sua massa.

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 14. Massa seca do folíolo (MSFo) de estacas de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (14A) e substratos (14B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 15. Massa seca da folha (MSF) de estacas de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (15A) e substratos (15B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 16. Massa seca do broto (MSB) de estacas de serigueleira sob doses de ácido

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74

indolbutírico – AIB (16A) e substratos (16B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

O substrato Tropstrato® promoveu o maior valor da massa seca do folíolo e

do broto, de 318,18 mg estaca-1

(Figura 14B) e 1211,58 mg estaca-1

(Figura 15B),

respectivamente ; entretanto, não diferiu estatisticamente do substrato com

Terra:esterco(1v:1v), com valor médio de 283,69 mg estaca-1

(Figura 14B) e

910,50 mg estaca-1

(Figura 16B). Já o substrato com Terra:esterco(1v:1v)

promoveu o maior valor da massa seca da folha quando comparado ao Tropstrato®,

mas não diferiram estatisticamente entre si, tendo como valores médios de 423,33

mg estaca-1

e de 410,34 mg estaca-1

, respectivamente (Figura 15B).

Com o aumento das dosagens de AIB ocorreu uma tendência de redução da

massa seca da raiz, no entanto, não foi observado efeito ao aumento dos níveis de

AIB, sendo observado uma valor médio de 24,56 mg estaca-1

(Figura 17A). O

substrato com Terra:esterco(1v:1v) promoveu o maior valor da massa seca da raiz

(25,72 mg estaca-1

), enquanto o Tropstrato® promoveu um valor de 23,39

mg estaca-1

, mas, não diferiram estatisticamente entre si (Figura 17B).

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 17. Massa seca da raiz (MSR) de estacas de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (17A) e substratos (17B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Semelhante aos resultados obtido por Peña et. al., (2012), onde a dose de

8000 ppm de AIB promoveu maior acúmulo de massa seca de raízes em estacas de

mirtilo. Dutra et. al., (1998) pesquisaram a influência do AIB, e observaram maior

valor de massa seca de raiz para a ameixeira ‘Frontier’ na concentração de 3000

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75

mg L-1

de AIB. Diferentemente dos resultados obtidos em estudos realizados com

umbuzeiro (Spondias tuberosa L), por Paula et. al., (2007) onde não houve

influência das diferentes doses de AIB testadas sobre o acúmulo de massa seca das

raízes.

Com o aumento das doses de AIB é observado um incremento na massa

seca total até a dose máxima estimada de 252,39 mg dm-3

, onde é observado um

valor de 1606,25 mg estaca-1

; doses superiores promoveram redução dos valores de

sua massa (Figura 18A). A utilização do Tropstrato® promoveu o maior valor da

massa seca total (1234,97 mg estaca-1

) em relação a utilização do substrato com

Terra:esterco(1v:1v), (936,84 mg estaca-1

), mas, não diferiram estatisticamente

entre si (Figura 18B).

* Colunas seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo

teste Scott-Knott (p<0,05) Figura 18. Massa seca total (MST) de estacas de serigueleira sob doses de ácido

indolbutírico – AIB (18A) e substratos (18B). Mossoró - RN, UFERSA, 2012.

Os resultados aqui apresentados mostram que a utilização de AIB, diluído

em água, em estacas de serigueleira influenciaram as variáveis analisadas, como

número de folhas, o número de folíolos, comprimento da folha, diâmetro do broto e

massas secas do folíolo, da folha e total.

Isso pode estar relacionado a diversos fatores, dentre eles o grau de

lignificação da estaca, a concentração do regulador de crescimento, e ao próprio

potencial genético da espécie para formação de raízes adventícias. Outro fator de

importância é a liberação de compostos fenólicos que provocam oxidação dos

tecidos. Segundo Fachinello et. al. (1995), em algumas espécies, como as

Page 77: RENATO DANTAS ALENCAR

76

pertencentes à família das Anacardiaceae, ocorre oxidação de compostos fenólicos

no local onde é feito o corte na estaca. Essa oxidação, que dificulta a formação de

raízes e é observada pelo escurecimento do tecido, ocorreu em grande intensidade

na base das estacas de serigueleira, no presente trabalho.

Dentre os diferentes substratos utilizados, a Terra:esterco(1v:1v) e o

Tropstrato® induziram um maior desenvolvimento do diâmetro do broto,

porcentagem de estacas calejadas, de estaca brotada com raízes e de estacas

brotadas sem raiz. Além disso, o Tropstrato® proporcionou maiores valores de

diâmetro do broto, comprimento do broto, estacas calejadas e estacas brotadas com

raiz, fazendo este substrato se destacar perante os demais. Quando utilizado

associado com o AIB, na concentração de 600mg.dm-3

obteve melhores resultados

para número de raiz por estaca. Isso devido Tropstrato® ser composto por material

humificado oriundo de compostagem, contendo esterco de curral e pinus, na qual

mantém uma proporção adequada entre a disponibilidade hídrica e aeração,

possibilitando um ambiente ideal para o desenvolvimento das raízes.

Page 78: RENATO DANTAS ALENCAR

77

4 CONCLUSÕES

O regulador de crescimento, ácido indolbutírico (AIB), influenciou o

enraizamento de estacas lenhosas de serigueleira, obtendo maior enraizamento com

a concentração de 600mg.dm-3

.

O substrato comercial Tropstrato®

proporcionou maior enraizamento de

estacas de serigueleira, seguido da proporção terra+esterco (1v:1v).

Page 79: RENATO DANTAS ALENCAR

78

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