relatorio de microbiologia

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Atividade realizada em 25/04/2011 com a proposta de identificação de aspectos bacterianos através da análise de uma colônia in vidro, na qual foi pedido os seguintes tópicos: 1 – Meio de cultura: - Tipo de meio de cultura: Gelatinoso -Tipo de recipiente: Placa de Petri -Tipo de Agar: Nutriente 2 – Características Morfológicas Coloniais -Tamanho: pequenas -Bordos: Irregular -Elevação: Achatada -Pigmentação: Amarelada -Densidade: opaca -Odor: Assemelha-se a fermento de pão -Hemólise: Inexistente, pois o meio de cultura não é Agar sangue Colônias em estrias: -Quantidade: moderada -Margem: ondulada -Consistência: quebradiça Crescimento em caldo nutritivo: -Quantidade: moderada -Distribuição: uniforme -Odor: Assemelha-se a fermento de pão

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Page 1: relatorio de microbiologia

Atividade realizada em 25/04/2011 com a proposta de identificação de aspectos bacterianos através da análise de uma colônia in vidro, na qual foi pedido os seguintes tópicos:

1 – Meio de cultura:- Tipo de meio de cultura: Gelatinoso

-Tipo de recipiente: Placa de Petri

-Tipo de Agar: Nutriente

2 – Características Morfológicas Coloniais-Tamanho: pequenas

-Bordos: Irregular

-Elevação: Achatada

-Pigmentação: Amarelada

-Densidade: opaca

-Odor: Assemelha-se a fermento de pão

-Hemólise: Inexistente, pois o meio de cultura não é Agar sangue

Colônias em estrias:

-Quantidade: moderada

-Margem: ondulada

-Consistência: quebradiça

Crescimento em caldo nutritivo:

-Quantidade: moderada

-Distribuição: uniforme

-Odor: Assemelha-se a fermento de pão

3 – Identificações Microscópicas da Bactéria-Bactéria: Tipo: Cocos Arranjo: Estafilococos

-Análise morfotintorial: Gram-positiva

Page 2: relatorio de microbiologia

Diante da bactéria identificada, algumas informações podem ser citadas:

EstafilococosStaphylococcus, segundo a nomenclatura latina internacional, ou em português Estafilococos são um gênero de bactérias Gram-positivas, com forma de cocos que podem causar doenças no ser humano, sendo um dos mais comuns patogênicos do homem.

Biologia

Os estafilococos têm forma esférica (são cocos), cerca de um micrômetro de diâmetro, e

formam grupos com aspecto de cachos de uvas (staphylé é a palavra em grego para cacho de

uvas). Após coloração por técnica de Gram, adquirem cor arroxeada ao microscópio óptico

devido à sua membrana simples e parede celular de peptidoglicano grossa constituída

por mureína, ácido teicóico e polissacarídeos.

Os estafilococos são aeróbicos facultativos, podendo viver em meios aeróbios, usando oxigênio,

ou anaeróbios através de fermentação, mas possuem crescimento mais rápido em aerobiose.

Não têm flagelo, sendo incapazes de locomover. Possuem temperatura ótima de crescimento

de 37 °C, a mesma do corpo humano.

Fatores de virulência

Os fatores de virulência são todos os mecanismos que permitem a invasão do hóspede, ou a

evasão da bactéria ao sistema imune. Cada estirpe tem geralmente apenas alguns destes

fatores.

1. Têm cápsula que protege muitas estirpes contra fagocitose e o sistema imunitário.

2. Peptidoglicano, na parede celular: tem alguma atividade de endotoxina, estimulando a

febre e vasodilatação excessivas, devido à produção pelas células imunitárias

de citocinas como a IL-1.

3. Proteína A: especifica dos S.aureus. Neutraliza imunoglobulinas (anticorpos).

4. Ácidos teicóicos: são fibrilhas como os polissacarídeos A que servem para ancorar a

bactéria, impedindo-a de ser arrastada (pelo sangue, urina, suor ou outros fluidos) da

sua área de colonização.

5. Toxina alfa: produzida pelo Staphylococcus aureus, destrói vários tipos de células.

6. Toxina beta: produzida apenas pelo Staphylococcus aureus, destrói vários tipos de

células.

Page 3: relatorio de microbiologia

7. Toxina delta: produzida pela maioria dos estafilococos. É um surfactante que

desestabiliza com a membrana celular destrói, por lise celular (explosão dos

conteúdos), eritrócitos e muitos outros tipos de células.

8. Toxina gama e leucocidina P-V: grupo de até seis toxinas que formam poros na

membrana celular de leucócitos, destruindo-os por lise.

9. Coagulase: esta enzima coagula o sangue ao transformar o fibrinogênio em fibrina, da

mesma forma que a trombina humana. A formação de coágulos à volta das bactérias

dificulta o seu reconhecimento e fagocitose pelas células do sistema imunitário.

Diferencial para Staphylococcus aureus.

10.Fibrolisina ou estafilocinase: produzido pelo Staphylococcus aureus. Dissolvem os

coágulos de fibrina, o que é útil se for tão grandes que impeçam a sua multiplicação e

invasão.

11.Hialuronidase: degrada a matriz extracelular humana, composta de ácido hialurónico,

facilitando a invasão dos tecidos.

12.Catalase: protege as bactérias dos ataques com superoxidantes produzidos como

defesa pelos leucócitos. A enzima catalase transforma o peróxido de

oxigênio (presente na "água oxigenada" usada como asséptico) em água e oxigênio

inofensivos.

13.Lipase: todos os Staphylococcus aureus e 30% dos outros as produzem. Dissolvem

lipídios neutralizando defesas lipídicas (que repelem água e causam desidratação das

bactérias) como o sebo da pele e mucosas.

14.Penicilinase: produzida pelas estirpes resistentes ao antibiótico penicilina. Ela degrada

o antibiótico. É espalhada por troca de plasmídeos contendo o gene nas trocas sexuais

bacterianas.

15.Enterotoxinas: produzidas em alimentos durante a fase de crescimento. São peptídeos

de pequeno peso molecular. São resistentes às enzimas digestivas e ao calor, não

sendo destruídas pelos processos de cocção e esterilização. Agem na parede do

estômago, nos receptores do nervo vago. São produzidas diversas toxinas, designadas

por letras: A, B, C (C1 e C2), C, D, E, F e G.

Epidemiologia

Existem em todo o mundo.

Page 4: relatorio de microbiologia

Os estafilococos existem na pele de todas as pessoas, geralmente estirpes pouco virulentas

(coagulase-negativas), embora freqüentemente existam também Staphylococcus aureus sem

causar doença. Por vezes também existem no intestino e trato urinário.

São destruídos por desinfetantes, sabão e altas temperaturas. Resistem bem à desidratação,

durante períodos alargados. Passam de pessoa para pessoa pelo contato direto ou com

objetos. As feridas e outras aberturas na pele, estados de debilidade, operações cirúrgicas e

doenças podem levar a um organismo até aí inofensivo se transformar em invasor.

Doenças causadas

As principais são:

Mastite bovina

Otite externa em cães

Doenças sistêmicas potencialmente fatais

Infecções cutâneas (piodermite)

Infecções oportunistas

Doenças das vias urinárias

Endocardite

Hemácias em uma placa de Petri são utilizadas para o diagnóstico de infecção. A placa da esquerda mostra uma infecção por estafilococos e a da direita, por estreptococos.

Page 5: relatorio de microbiologia

Epidemiologia em alimentos

Necessita de vários nutrientes para seu desenvolvimento. Por isso se reproduz com facilidade

apenas em alimentos ricos em nutrientes à base de ovos, leite, carnes e açúcar. As intoxicações

ocorrem normalmente em alimentos como laticínios: queijo frescal, creme de leite, chantilly,

leite; produtos de confeitaria: tortas recheadas, creme de ovos, etc.; produtos de carne como

presunto.

Sua origem é ou a matéria prima ou o manipulador de alimentos. Vive na pele de animais e

humanos, assim como nas fossas nasais. Pode chegar ao alimento através do animal ou pelo

contato com humanos.

O alimento contaminado necessita ficarem algumas horas em temperatura ambiente; é

necessária a reprodução do Staphyloccous aureus no alimento para a produção da toxina. As

falhas podem ocorrer por falta de higiene no manuseio associadas com temperatura errada de

armazenagem (temperatura ambiente: nos processos de resfriamento, descongelamento ou

estocagem.)

A toxina formada não é destruída pelo cozimento; uma vez formada no alimento esse pode

causar intoxicação mesmo após o processo, embora os microrganismos sejam destruídos.

A doença se caracteriza basicamente por vômitos intensos que se iniciam cerca de 2 h após a

ingestão de alimentos com a toxina e duram algumas horas. Em geral o paciente se recupera

sem maiores conseqüências, mas pessoas vulneráveis como bebês, idosos e pessoas debilitadas

podem causar conseqüências mais graves.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico é pela recolha de amostras, cultura com meio em disco de Petri e identificação

por técnica de Gram e bioquímica (determinação das enzimas que produz). A sorologia

(detecção de anticorpos específicos) também ajuda.

As penicilinas resistentes à penicilinase são ainda a primeira escolha apesar do

aumento na resistência.

Oxacilina penicilina penicilase resistente que é a primeira droga de escolha em caso de

infecções por S. aureus.

Cefazolina: cefalosporina de primeira geração, resistente a penicilinase, segunda

escolha no tratamento das infecções.

Vancomicina se resistentes à penicilina penicilinase resistentes.

Page 6: relatorio de microbiologia

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

PRISCILA DE JESUS COSTA

ROSELENE BORGES

Page 7: relatorio de microbiologia

SALVADOR - 2011