relatório de estágio de educação infantil. comportamentos que refletem o ensino aprendizagem

1 INTRODUÇÃO

Este relatório, tem por objetivo, relatar o estagio de educação infantil, elaborado por exigência do curso de licenciatura em pedagogia do Centro Universitário Leonardo Da Vinci (UNIASSELVI), que foi realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Iracema Vizzotto, entre os dias cinco (5) a onze (11) outubro do ano de 2012, em uma turma de pré-escolar, com o número de 20 alunos, sendo esses compostos por 11 meninos e 09 meninas, com a professora regente da turma Marcia

Machado com a seguinte formação: Graduação em Pedagogia Séries Iniciais, Pós

Graduação em psicopedagogia clínica e institucional e Especialização em andamento em Gestão e Tutoria.

O estagio foi realizado em dupla, pelas estagiarias: Valesca dos Santos Gomes e

Fernanda Lima da Silva Nunes.

Tivemos como área de concentração as metodologias de ensino, com o enfoque

no tema “Comportamentos que refletem no ensino aprendizagem”.

No primeiro momento, será apresentada a fundamentação teórica onde estará

fundamentado o nosso tema de pesquisa. A agressividade é um dos comportamentos

mais comuns de se encontrar no espaço escolar tanto entre as crianças, quanto até

mesmo, entre o corpo docente. Partindo das experiências adquiridas nos estágios já

realizados de experiência docente descreveremos sobre “Comportamentos que refletem

no ensino aprendizagem” dando enfoque no tema agressividade.

Em seguida, apresentaremos a analise de observação, a análise de intervenção e

os planos de aula e sua aplicação durante o estagio. E por fim, serão relatadas as

considerações finais.

2 RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO

A escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Iracema Vizzotto, tem uma boa estruturação e condições de espaço físico, onde comporta bem os 607 alunos que possui.

A área externa da escola é composta de um terreno, onde se joga futebol, pratica-se ginástica e outras atividades de recreação e educação física. A escola localiza-se na Rua São Bartolomeu, nº158, Bairro Santo Antônio.

A escola possui ginásio, quadra de esportes, laboratório de informática, laboratório de ciências, auditório e educação infantil. A escola também oferece aos seus alunos oficinas de teatro, oficinas de arte, Jornal Vizzotto, Radio Vizzotto e treinamento de handebol, vôlei e futsal no turno inverso.

O corpo técnico-administrativo da escola é composto de uma diretora, chamada Jeanice Campos da Silveira. Dois vice-diretores, uma no turno da manhã, chamada professora Leopoldina Machado de Andrade Guincheski, e uma no turno da tarde chamada Vera Lucia Cardoso Kilpp Lessa.

A supervisora da escola é a professora Simone Oliveira da Silveira, Pedagoga. A orientadora da manhã chama-se Naira Adriana dos Santos Fraga, e a orientadora da tarde chama-se Paula Maria da Rosa Cardoso.

A professora regente da turma, onde fizemos a observação, se chama Marcia Machado, Graduada em Pedagogia Séries Iniciais, Pós Graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional e Especialização em andamento em Gestão e Tutoria.

Ela costuma fazer um planejamento semanal das aulas com um ou dois objetivos gerais, sempre levando em consideração as particularidades de cada aluno e o ritmo próprio de cada um, usando sempre de sua criatividade, o que torna as aulas muito criativas e interessantes.

Os professores realizam reuniões para discutirem sobre os conteúdos do trimestre tendo como base o Projeto Politico Pedagógico da escola.

A turma é composta de 20 alunos, sendo estes 11 meninos e 9 meninas de faixa etária de 4 a 5 anos de idade. São crianças muito ativas, e espertas que muitas vazes nos surpeende com perguntas inesperadas e interessantes, é sempre um aprendizado conviver com a educação infantil.

A aula é iniciada as 13h e 15 min., a professora sempre recepciona os alunos e os pais na porte da sala de aula. Ao entrarem para a sala a professora arruma o tapete que os alunos irão sentar com a ajuda de todos eles, que obedecem ao seus comandos através de ordens que ela passa cantando. Todos sentam no tapete com a professora que conversa sempre com muita calma.

Neste dia um dos alunos troxe um saquinho com rolhas de garrafa, a professora pediu que cada criança contasse as rolhas, e quando algum deles erravam ela conferia junto até que eles percebessem o erro. Depois disso eles perguntaram para a professora se eles poderiam contar em inglês, ela respondeu a todos, em inglês, que sim, que poderiam contar o número de rolhas em inglês, surpreendentemente muitos deles sabiam contar também em inglês, então ela dava sequencia a aula muitas vezes conversando em inglês com eles.

Depois disso a professora faz a “chamada concreta” com os alunos, e então eles colocavam seus nomes no mural.

A professora conversa com os alunos sobre agressividade, devido a um acontecimento que ocorreu, onde um aluno bateu no rosto de um colega. Então ela explica que o rosto foi feito para dar carinho e beijos de forma a estimular a afetividade entre as crianças.

Uma das coisas que nos chamou muito a atenção foi o fato de na maioria das vezes a professora conversar com eles cantando, e os mesmos atenderem a todos os seus pedidos.

A sala de aula é espassosa e organizada. Composta de seis mesas redondas com quatro cadeiras cada uma. Nas mesas está colado o alfabeto com figuras para identificar cada letra.

Há dois banheiros, um masculino e outro feminino, com acentos e pias adequadas aos seus tamanhos, as portas dos banheiros são difernciadas dos banheiros comuns, elas tem uma abertura em baixo de mais ou menos 30 centímetros, para eventuais acidentes.

Ainda no tapete a professora corrige o tema de casa da aula anterior, onde ela questiona sobre a ajuda dos pais ou responsáveis dando a eles a oportunidade de demonstrarem a participação dos mesmos. A maioria dos alunos contam até o número 10, e teve um deles que contou até o número 34, reconhecem também algumas letras do alfabeto e também reconhecem o seu nome.

Eles atualizam o calendário todos os dias com a ajuda da professora, lembram os dias da semana (começando pelo domindo e terminando no sábado) e também os dias do mês, fazem isso de maneira concreta, colocando as placas do calendário e do tempo no mural fixado na parede da sala. Ela questiona eles sobre o tempo, e alguns deles vão até a porta para verificar se está chovendo ou ensolarado ou ainda nublado, o que gera um debate, mas com a ajuda da professora eles conseguem entrar num acordo.

A professora faz uma rodinha no tapete, levanta bem devagar e busca no armário um tubo de creme. Em seguida passa um pouquinho na mão de cada um deles pedindo para cada um massagear as mãos, então pergunta a eles se sentem que as mãos estão diferentes, e diz que elas estão mágicas. Distribui a eles uma folha de papel, a qual ela fala que deve ficar em posição de acordada, ou seja, na vertical e ainda explica que quando a folha está dormindo, ela está na horizontal, e passa entre eles uma latinha contendo várias canetinhas coloridas para que eles escolhecem a cor que quizessem. Então pega uma bolsa com vários objetos dentro vai tirando um de cada vez para que eles digam o nome de cada um e depois escrevam na folha, sempre deixando claro que cada um deverá escrever da maneira que souberem, mas reforça oralmente as letras que compõe cada objeto, usando assim o método fônico. As crianças rabiscam, desenham e usam letras desordenadamente, mas demonstram já reconhecerem as letras através dos sons.

A professora elogia e valoriza todos os trabalhos de cada um. Todos os momentos ela aproveita para trabalhar a alfabetização e a matemática com eles, usando todos os acontecimentos e fazendo isso de maneira natural. Também trabalha com eles a disciplina, através de comandos cantados, não sendo necessáriamente músicas, mas sim orientações através de música. Uma delas que ela usa bastante começa assim: “atenção, concentração, estalando os dedos, sentando na postura, ...”, detalhe importante durante a hora do tapete não pode ir ao banheiro.

Eles usam para escrever letra bastão, e alguns deles recorrem a plaquinha da chamada concreta para lembrarem como se escreve.

No dia em que realizamosa observação da turma havia aniversário de um dos alunos, por isso foi considerado um dia de aula atípico. Normalmente a rotina deles é assim: 13h e 15 min, chamada, calendário e rodinha. 13h e 40 min vão para o pátio, depois retornam para a sala para lanchar.

Mas devido o aniversário neste dia eles foram para o pátio um pouco mais tarde. Enquanto isso a família do aniversariante organizava a sala. Então depois de tudo pronto a professora chamou os alunos para sentarem na área em frente a sala de aula explicou como deveriam se comportar no aniversário. Pediu ao aniversariante que escolhece tres colegas para sentarem a mesa com ele, os quais iam entrando na sala indo até o banheiro lavarem as mãos e sentarem nos seus lugares. Assim foi conduzindo todas as crianças até que todos estivessem acomodados. Então cantaram parabéns e após seguiram as orientações da professora, que eram para que eles servissem apenas a quantidade que fossem comer ensinando a eles a evitarem o desperdício, também ensina sobre o lixo, ou seja, em que lugar deve ser colocado o lixo seco e o lixo orgânico. O curioso é que eles perguntam para a professora onde devem colocar tal coisa, e ela retorna a pergunta para eles fazendo comque eles mesmos se deem conta do local certo de cada coisa.

Os alunos se comportam muito bem, procuram ficar nos seus lugares, sabem se comportar a mesa, se servem com cuidado sempre sob a orientação da professora.

Nossa observação foi feita numa sexta feira, o qual é o dia determinado para eles assistirem televisão, mas a professora nos disse que geralmente substituem a televisão por outras atividades as quais lhe despertam mais interesse.

3 RELATÓRIO DA INTERVENÇÃO

3.1 COMPORTAMENTOS QUE REFLETEM NO ENSINO APRENDIZAGEM

A sala dos professores é o local onde são compartilhadas várias experiências,

positivas e negativas sobre os alunos. Entre alguns assuntos podemos destacar a timidez,

a baixa autoestima e a agressividade verbal e física, comportamentos que dificultam a

aprendizagem.

A palavra é um instrumento e, como tal, pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal. Ela também tem o poder de destruir, arruinar, deprimir, de causar toido tipo de dor à alma de alguém, podendo deixar profundas marcas. (PIMENTEL, 2006, p. 31)

Ao elaborar esse trabalho foi necessária uma vasta pesquisa sobre os termos que

norteiam este assunto, pois, este é um tema que compete não somente a professores,

pais e alunos, mas esta ligado a psicopedagogia e a neuropsicopedagogia, por se tratar

de lidar com sentimentos e emoções, que interferem diretamente no processo de

aprendizagem da criança, .

Primeiramente é necessário definirmos o que significam alguns termos sobre o

que esta sendo estudado. Segundo PANISSET a aprendizagem:

[...] é um processo evolutivo constante, que implica uma sequencia de modificações observáveis e reais no comportamento do individuo, de forma global (físico e biológico), e do meio que o rodeia, onde esse processo se traduz pelo aparecimento de formas realmente novas compromissadas com o comportamento.

3.1 .1 TIMIDEZ

Ao pensar em criança, logo as associamos a brincadeiras, algazarras e muita

extroversão. Mas existem aquelas que mesmo num ambiente familiar se comportam de

maneira tímida. Quando ela entra na escola, seu comportamento torna-se questionável

sendo mais facilmente observado nas atividades desenvolvidas em grupo, onde a

interação é importante. A timidez é uma inibição que ocorre em momentos de

comunicação com outras pessoas que podem ou não provocar alterações físicas, como

aceleração dos batimentos cardíacos, mãos geladas, aceleração da respiração, suor nas

mãos, frio na barriga e outras. Isso acontece porque as pessoas tímidas se preocupam

com suas atitudes e reações e o que essas podem provocar nas outras pessoas.

Geralmente essas preocupações são geradas pelo sentimento de impotência, medo de

falar ou agir próximo a outras pessoas, gerando assim algumas dificuldades de

aprendizagem. Principais causas da timidez são: Medo de situações novas: Por terem

tendência para se isolarem ou para se evadirem, algumas crianças temem as situações

novas. Hereditária: A criança pode encontrar no seu lar uma das causas da timidez, seja

a nível genético (ainda por demonstrar) ou por aprendizagem (por sua vez tímidos).

Caráter tímido: Existem crianças tímidas desde que nascem, sem existirem, no entanto

fatores sociais ou ambientais que as exponham a timidez. Sobreproteção: Os pais

sobreprotetores passam inconscientemente para seus filhos medos e insegurança para

conseguir uma maior dependência deles, e poderem assim controlá-los melhor.

Todas essas causas podem provocar nas crianças dificuldades de adaptação ou

condutas problemáticas para elas, para seu entorno, a sua evolução e a sua

personalidade. Tornam-se crianças que tem problemas para pedir ajuda em classe, ou a

nível emocional,tem dificuldades para fazer e manter amizades, dificuldades para

defenderem a elas próprias e aos seus direitos e dificuldades para expressar as suas

opiniões e sentimentos ,ou seja, encontram dificuldades para serem compreendidas.

A timidez escolar, em particular, representa um dos motivos mais frequentes de consulta de crianças entre 8 e 12 anos. A timidez pode afetar todos os setores da vida da criança, tanto as condutas socializadas quanto as mentalizadas. A timidez reflete não apenas a tendência comportamental (retraimento, evitação das relações sociais), mas também a tendência intrapsíquica (branco de memória, capacidade de pensar...). (MARCELLI, 1998, p. 240).

Forçar a criança a conviver em grupo ou enfrentar alguma situação,

consequentemente aumentará sua tensão e ansiedade. É preciso estimulá-la ao convívio

social, aos poucos, respeitando seus limites, mostrando a ela que compreende suas

dificuldades, mas que acredita na sua capacidade de superação.

FONTE: psique-psi.blogspot.com/2009/07/timidez-infantil

3.1.2 AUTOESTIMA

A sociedade exige que nos moldemos e que sigamos padrões de comportamentos,

escolhas, iguais aos da maioria, do contrário nossa autoestima, ainda que positiva, pode

ser abalada. Por essa razão, a construção de uma autoestima positiva deve ser sólida em

todos os momentos da vida da criança, familiar e social. Somente assim ela não se

sentirá inferior por fazer uma escolha diferente, como por exemplo, um simples corte de

cabelo, diferente da maioria dos colegas.

Uma baixa autoestima pode desenvolver nas crianças, sentimentos como angústia,

dor, desânimo, preguiça, vergonha e outros sentimentos ruins. Por isso devemos manter

a autoestima da criança positiva, o que não é tarefa fácil, mas é fundamental para o

aprendizado da mesma.

Respeitando os sonhos, as frustrações, as dúvidas, os medos, os desejos dos educandos, crianças, jovens ou adultos, os educadores e educadoras populares tem neles um ponto de partida para a sua ação. Insista-se, um ponto de partida e não de chegada. (FREIRE, 1993, p. 16)

Dentro de cada um de nós adultos ou crianças, existem sentimentos ocultos que

muitas vezes não são percebidos. Esses maus sentimentos, como a dor, a tristeza, o

rancor, e outros, se não tratados, acabam se agravando. Podem levar uma pessoa não

somente a sofrer depressões contínuas, como também ter complexo de culpa, mudanças

repentinas de humor, crise de ansiedade, de pânico, reações inexplicáveis, indecisões,

inveja excessiva, medos, hipersensibilidade, pessimismo, impotência e outros males,

que caracterizam a baixa autoestima.

Em consequência de todos esses fatores a baixa autoestima também pode levar uma

pessoa a sentir-se desvalorizada, e, em razão disso, a estar sempre se comparando com

as demais, supervalorizando as virtudes e as capacidades dos outros. Sempre acha que

os outros são superiores a ela, e sente que jamais chegará a ser como elas. Essa postura

pode levar a pessoa a não ter objetivos, a não ver sentido em nada, e a convencer-se de

que é incapaz de conseguir qualquer coisa que se proponha.

Gerenciar a emoçãoé o alicerce de uma vida encantadora. É construir dias felizes, mesmo nos períodos de tristeza. É resgatar o sentido da vida, mesmo nas contrariedades. Não há dois Senhores: ou você domina a energia emocional ainda que parcialmente, ou ela o dominará. (CURY, 2003, p. 21)

Sem dúvida a baixa auto estima é um grande problema para a aprendizagem. O

que precisa ser compreendido, em especial pelas crianças, é que todos são diferentes e

únicos e que ningém é melhor ou pior que outra pessoa.

Contudo podemos verificar que a afetividade é imprescindível para o

desenvolvimento psíquico do ser humano. Os vínculos emocionais que se estabelecem

desde o nascimento influenciam na construção da personalidade, do autoconceito e da

autoestima do sujeito, propiciando-lhe ferramentas necessárias à aquisição da

aprendizagem e sua conservação. Na vida escolar não é diferente, a criança precisa

saber e sentir que o professor acredita nas suas capacidades, e pode ajuda-lo a

reconhecê-las.

3.1.3 AGRESSIVIDADE

Normalmente tudo começa com um vocabulário recheado de palavrões usados

com o intuito de provocar e ofender. Ha uma grande necessidade nas crianças de auto-

afirmação através da agressividade e violência. A violência escolar não é mais um ato

raro, infelizmente faz parte do cotidiano, e ja envolve também alunos de séries iniciais.

Há escolas em que a sala de aula mais parece um campo de guerra onde todos se

agridem através de palavras e até mesmo fisicamente. Não ixiste mais tolerância e

respeito. O professor necessita de muita sabedoria para mediar estes problemas de

comportamento, embora muitas vezes isso parece impossível.

Atitudes agressivas, uso do poder, intimidação de colegas e enfrentamento de

professores e funcionários parecem não ter limites. Tudo isso contradiz os propósitos

essenciais da escola de educar e socializar, trazendo prejuízos individuais e coletivos,

além de istalar um clima de temor e distância entre aqueles que deveriam ser parceiros

no processo educativo: o professor e o aluno.

É um grande desafio para os alunos tentar aprender em uma classe que apresenta um

nível acentuado de conflitos, onde o professor tenta gerenciar a manutenção da ordem

sem conseguir atender ao conteúdo curricular. Diante dessa situação, encontran-se

estudantes insatisfeitos, com seu potencial comprometido, e professores desgastados,

temerosos e com a saúde física e emocional abalada.

Há uma série de situações que facilitam ou dificultam uma relação saudável entre

professor e aluno, como a faixa etária, os recursos materiais e físicos do ambiente, a

capacitação do educador e suas condições de trabalho.

A colaboração do professor de educação física, por exemplo, em atividades

dirigidas que impliquem as mais diversas disciplinas, a utilização de jogos e

brincadeiras como forma de aprendizado, a realização de dinâmicas de grupo, a

utilização de recursos diversos como música e as mais variadas expressões artísticas e

esportivas, a elaboração de eventos culturais, saídas pedagógicas, construção de

informativos de interesse e com a participação dos alunos, elaboração de melhorias na

própria escola, são alguns possíveis motivadores para a mudança da postura social de

um aluno. O comportamento do professor é referência dentro da sala de aula, mas o

profissional necessita da colaboração da família e da instituição de ensino para

desenpenhar plenamente seu papel.

A agressividade, a violência e o comportamento anti-social não apresentam razão

única e definida. A solução para estes problemas também não será alcançada por uma

única frente. Estudos, reflexões e ações que vizem minimizar as causas e promover o

desenvolvimento emocional, social, moral e cognitivo da criança devem ser elaborados

por meio de parceria entre educadores, profissionais da saúde, do serviço social, na

promoção do bem estar e garantia dos direitos da criança e do adolescente.

A indisciplina e a agressividade constituem-se em um desafio para os docentes,

representa um dos principais obstáculos ao trabalho pedagógico, demonstra a ausência

de regras e limites por parte da criança. Necessitamos de uma postura compartilhada em

relação à indisciplina, investindo na prevenção. A escola deve funcionar através de

espaços e tempos geridos com critérios adequados à participação e ao diálogo entre os

alunos e destes com os professores, onde o problema deve ser contextualizado,

analisando as suas causas profundas e favorecendo a mobilização de ações alternativas.

Nenhuma criança nasce agressiva, ela torna-se de acordo com o meio, pois limite e

disciplina transitam no caminho do afeto e da liberdade, e isso se reflete nos locais onde

ela se insere, não sendo diferente em relação à escola. Segundo Içami Tiba (1996,

p.173) “O maior estímulo pata ter disciplina é o desejo de atingir um objetivo.”

3.1.3.1 AGRESSIVIDADE INFANTIL: O LÚDICO COMO FORMA DE

INTERVENÇÃO.

Antes de começarmos a falar sobre a agressividade e do lúdico como uma forma de

intervenção da mesma, é preciso esclarecer que a agressividade trata-se de uma

qualidade do ser humano e não um distúrbio de comportamento, mas que como e

qualquer comportamento deve ter seu ponto de equilíbrio para o bom desenvolvimento

da personalidade da criança. Segundo MARTINS (2009) “do ponto de vista da

psicanálise a agressividade é uma inclinação inata do homem e não pode ser tratada pela

escola como um distúrbio de comportamento”. Para RODRIGUES (1987) “é o instinto

próprio do homem corajoso. A escola e a sociedade negam o seu papel estruturante na

dimensão afetiva do homem”.

Podemos dizer com isso que a agressividade trata-se de uma deficiência afetiva, ou

seja, a criança se torna incapaz de lidar com suas emoções e sentimentos e a partir daí

passa a praticar atos de agressividade por não saber lidar com sua desorganização

emocional.

A agressividade na escola deve estar ligada ao fazer pedagógico dos professores, por

esta razão o lúdico tem um papel muito importante, pois é através de atividades lúdicas

que o professor ampliará o universo simbólico de seus alunos ajudando-os a canalizar

este impulso natural (agressividade). Para MARTINS (2009):

Uma escola alegre e prazerosa motiva para a permanência da criança na escola e têm tendência natural de diminuir a agressividade, tendo em vista que ela esta sendo canalizada de forma lúdica através da construção coletiva do saber e fazer pedagógico.

São indiscutíveis as contribuições que a brincadeira pode oferecer à

aprendizagem e ao desenvolvimento infantil. A brincadeira é vista na literatura como

um recurso que pode estimular o desenvolvimento infantil e proporcionar meios

facilitadores para a aprendizagem escolar. Por meio das atividades lúdicas, a criança

comunica-se consigo mesma e com o mundo, aceita a axistencia dos outros, estabelece

relações sociais, constrói conhecimentos, desenvolve-se integralmente.

A educação lúdica é uma inerente na criança e aparece sempre como uma forma transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração constante do pensamento individual em permutações constantes com o pensamento coletivo. (ALMEIDA, 1995, p. 11)

Brincando, a criança aumenta sua independência, estimula sua sensibilidade visual

e auditiva, valoriza sua cultura popular, desenvolve habilidades motoras, exercita sua

imaginação, sua criatividade, socializa-se, interage, reequilibra-se, recicla suas emoções,

sua necessidade de conhecer e reinventar e, assim, constrói seus conhecimentos.

Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no

mundo deve ser um grande desafio para a Educação Infantil.

A criança é, antes de tudo, um ser feito para brincar. O jogo, eis aí um artifício que a natureza encontrou para levar a criança a empregar uma atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. Usemos um pouco mais esse artifício, coloquemos o ensino mais ao nível da criança,, fazendo de seus instintos naturais, aliados e não inimigos. (ROSAMILHA, 1979, p. 77)

A criança, por meio da brincadeira, reproduz o discurso externo e o internaliza,

construindo seu próprio pensamento, ou seja, por meio das atividades lúdicas, a criança

reproduz muitas situações vividas em seu cotidiano, as quais, pela imaginação e pelo faz

de conta são reelaboradas.

As contribuições das atividades lúdicas no desenvolvimento integral indicam que elas contribuem poderosamente no desenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente vinculadas: a inteligência, a afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a afetividade a que constitui a energia necessária para a progressão psíquica, moral, intelectual e motriz da criança. (NEGRINE, 1994, p.19)

As interações que o brincar a o jogo oportunizam favorecem a superação do

egocentrismo, desenvolvendo a solidariedade e a empatia, e introduzem, especialmente

no compartilhamento de jogos e brinquedos, novos sentidos para posse e o consumo,

diminuindo assim, entre eles, a agressividade, pois aprendem a dividir , respeitar regras

e trabalhar em grupo.

4 PLANOS DE AULA

4.1 PLANO DE AULA 1 – 01 de outubro de 2012

4.1.1 TEMA: “Boas Maneiras”

4.1.2 OBJETIVOS

4.1.2.1 Reconhecer atitudes corretas;

4.1.2.2 Respeitar os demais dentro e fora da sala de aula;

4.1.2.3 Desenvolver a musicalidade;

4.1.2.4 Interagir com a turma.

4.1.3 INCENTIVAÇÃO INICIAL

Levaremos para a sala de aula, pequenos cartões coloridos e barbantes para que eles

construam um crachá. Deveremos fazer isto sentados cada um cada um em seus lugares

pré-determinados pela professora titular.

4.1.4 ATIVIDADE DE DESENVOLVIMENTO

Após a confecção dos crachás dos alunos e das professoras daremos continuidade as

atividade.

4.1.5 ATIVIDADE DESENVOLVIMENTO (rotina)

13h e 15 min. - Acolhida das crianças na porta da sala de aula.

13h e 30 min. - Atividades de rotina.

Chamada Concreta;

Como está o tempo;

Calendário;

Quantos somos hoje?

13h e 45min. -Pátio.

15h -Recreio.

15h e 15 min. – Retorno a sala de aula.

15h e 45 min. – Exibição do filme “ O Menino Maluquinho”.

17h – Despedida e entrega das crianças aos responsáveis.

4.1.6 ATIVIDADE DE APLICAÇÃO

Filme: “O Menino Maluquinho”.

4.1.7 ATIVIDADE DE FECHAMENTO

Rodinha de conversa informal sobre o filme, o convívio com os colegas e boas

maneiras.

4.1.8 ANÁLISE DA INTERVENÇÃO

...

4.1.9 AMOSTRA DE TRABALHOS

...


4.2.1 TEMA: “Saber respeitar opiniões e não agredir os outros”.

4.2.2OBJETIVOS

4.2.1.1 Entender o significado de “boas maneiras”;

4.2.1.2 Demonstrar sentimentos através de expressões corporais;


4.2.1.4 Compreender a importância de saber dar e receber opiniões sem agredir.


Música “Palavrinhas Mágicas” (Eliana)


Após escutar e cantar a música daremos continuidade à aula.

4.2.5 ATIVIDADE DESENVOLVIMENTO ( rotina )

13h e 15 min. Acolhida das crianças na porta da sala de aula.

13h e 30 min. Atividades de rotina.

Chamada Concreta;

Como está o tempo;

Calendário;

Quantos somos hoje?


15h - Recreio.


15h e 45 min. – Pintura do desenho relacionado à música e conversa sobre o tema.



Os alunos deverão voltar aos seus lugares para realizar uma atividade de pintura em

desenhos relacionados com o sentido da música “Palavrinhas Mágicas”.

Fonte: atividadespracolorir.blogspot.com


Rodinha de conversa informal sobre boas maneiras e atitudes que são cantadas na

música.


...


...


4.3.1 TEMA: “Mentira”

4.3.2 OBJETIVOS


4.3.2.2 Compreender as consequências do ato de mentir;


4.3.2.4 Aprender sobre regras de conduta.


Música “A Barata Mentirosa”


Após cantarmos a música daremos início às atividades.

4.3.5 ATIVIDADE DESENVOLVIMENTO (rotina)



Chamada Concreta;

Como está o tempo;

Calendário;

Quantos somos hoje?


15h - Recreio.


15h e 45 min. – Atividades de aplicação.



Levaremos para a sala de aula, uma caixa surpresa contendo cartões com figuras as

quais eles deverão classificar como atitudes boas e ruins.


Montaremos um moral juntamente com os alunos contendo as boas e más atitudes

classificadas por eles.


...


...


4.4.1 TEMA: “Compartilhar”

4.4.2 OBJETIVOS


4.4.2.1 Compreender a importância do ato de compartilhar;


4.4.2.3 Aprender sobre regras de conduta.

4.4.2.4 Desenvolver a motricidade fina através da pintura com lápis de cor.


Filme: “O amigo de fato” Ursinho Pooh


Após assistirem o filme as crianças deverão voltar aos seus lugares para inicio das

atividades.

4.4.5 ATIVIDADE DESENVOLVIMENTO (Rotina)



Chamada Concreta;

Como está o tempo;

Calendário;

Quantos somos hoje?


15h - Recreio.


15h e 45 min. – Exibição do filme , conversa informal e desenho para colorir.



Rodinha de conversa informal sobre o filme destacando a importância do ato de

compartilhar.


Será distribuído aos alunos desenhos do ursinho Pooh e sua turma para que os alunos

possam colorir.


...



4.5.1 TEMA:”Festa de confraternização”

4.5.2 OBJETIVOS

4.5.2.1 Socializar com a turma;


Ofereceremos para a turma uma festa de confraternização e despedida.


Após o inicio da confraternização daremos continuidade as atividades.

4.5.5 ATIVIDADE DESENVOLVIMENTO ( rotina )



Chamada Concreta;

Como está o tempo;

Calendário;

Quantos somos hoje?


15h - Recreio.


15h e 45 min. – Festa de confraternização e entrega de lembrancinhas.



Festa de confraternização, com musicas, lanche especial oferecidos pelas estagiárias.


Entrega de lembrancinhas e despedida da turma.


...


...

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São

Paulo: Loyola, 1995.

CURY, Augusto Jorge. Dez leis para ser feliz: ferrramentas para se apaixonar pela

vida. Rio de Janeiro: Sextant, 2003.

FREIRE, Paulo. Professora Sim, Tia Não. São Paulo: Olho D’água, 1993.

GOTIZENS, Concepcion. A disciplina escolar: prevenção e intervenções nos

problemas de comportamento. 2ª Edição, Porto Alegre, Editora Artmed, 2003.

MARCELLI, D. Manual de psicopatologia da infância de Ajuriaguerra. 5 ed. Porto

Alegre: Artmed, 1998.

NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto Alegre: Propil,

1994.

MARTINS, Maria Adeunora das Neves. A agressividade e a atividade lúdica: uma

visão psicanalítica da agressividade, da brincadeira e da brincadeira na escola.

Disponível em http://portaldovoluntario.v2v.net/people/67574-maria-audenora-das-

neves-silva-martins acesso em 25/08/2012.

PIMENTEL, Elizabeth. O poder da palavra dos pais. São Paulo: Hagnos, 2006.

ROSAMILHA, Nelson. Psicologia do jogo e aprendizagem infantil. Pioneira, 1979.

TIBA, Içami. Disciplina, limite na medida certa. São Paulo, Editora Gente, 1996.

http://portaldovoluntario.v2v.net/people/67574-maria-audenora-das-neves-silva-martins%20acesso%20em%2025/08/2012

http://portaldovoluntario.v2v.net/people/67574-maria-audenora-das-neves-silva-martins%20acesso%20em%2025/08/2012

relatório de estágio de educação infantil. comportamentos que refletem o ensino aprendizagem

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