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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA HOSPITAL DAS CLÍNICAS – UNIDADE MATERNO INFANTIL RELATÓRIO DE ATIVIDADES HOSPITAL MATERNO INFANTIL 2009 MARÍLIA - SP

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Page 1: RELATÓRIO DE ATIVIDADES HOSPITAL MATERNO INFANTIL … · 1. INTRODUÇÃO A Unidade Materno Infantil do Hospital das Clínicas – HCII, Unidade do complexo assistencial da Faculdade

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR

FACULDADE DE MEDICINA DE MARÍLIA

HOSPITAL DAS CLÍNICAS – UNIDADE MATERNO INFANTIL

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

HOSPITAL MATERNO INFANTIL

2009

MARÍLIA - SP

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Diretor Geral da Famema – Prof. Dr. José Augusto Alves Ottaiano

Vice- Diretor: Prof. Dr. Paulo Roberto Teixeira Michelone

Diretora Técnica – Profa. Marilda Siriani de Oliveira

Equipe de Gestão

Prof. Antonio Carlos Ribeiro

Prof. Márcio Mielo

Profa. Dra. Maria Cristina M. Capel Laluna

Enfa. Vanessa Baliego

“O cuidado, de forma idealizada, recebido/vivido pelo paciente é somatório de um

grande número de pequenos cuidado parciais que vão se complementando, de maneira

mais ou menos consciente e negociada, entre os vários cuidadores que circulam e

produzem a vida no hospital. Assim uma complexa trama de atos, de procedimentos, de

fluxos, de rotinas, de saberes, num processo dialético de complementação, mas também

de disputa, vão compondo o que entendemos como cuidado em saúde. A maior ou

menor integralidade da atenção recebida resulta, em boa medida, da forma como se

articulam as práticas dos trabalhadores do hospital”. (L.C.O. Cecílio, Merhy. E.E,

2003)

Relatório elaborado pela: Equipe Técnica e de Gestão Unidade Hospitalar Materno Infantil

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Sumário 1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................... 04 2. GESTÃO........................................................................................................................................... 05 2.1. Equipe................................................................................................................................ 05 2.2. Modelo de Cuidado............................................................................................................ 07 2.3. Indicadores de Atenção Hospitalar e Ambulatorial........................................................... 08 3. ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA.......................................................................................... 17 3.1. Atenção na Enfermaria de Pediatria.................................................................................. 17 3.2. Atenção na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.......................................................... 18 3.3. Atenção na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica........................................................ 22 3.4. Atividades Socioculturais.................................................................................................. 24 4. ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER........................................................................................... 27 4.1. Atenção Obstétrica............................................................................................................. 27 4.2. Atenção Ginecologia e Obstétrica na Enfermaria............................................................. 30 5. ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL.................................................................................................. 31 5.1. Ambulatório de Saúde Mental........................................................................................... 31 5.2. Oficina Terapêutica........................................................................................................... 31 5.3. Centro de Atenção Psicossocial-CAPS-Ad....................................................................... 32 5.4. Psicologia Hospitalar......................................................................................................... 32 6. ATENÇÃO À SAÚDE OFTALMOLÓGICA............................................................................... 33 7. NÚCLEO DE EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR..................................................................... 34 7.1. Vigilância Epidemiológica................................................................................................ 34 7.2. Serviço de Controle de Infecção Hospitalar...................................................................... 39 8. ATIVIDADES TÉCNICAS DE APOIO AO CUIDADO............................................................. 40 8.1. Núcleo de Acolhimento..................................................................................................... 40 8.2. Unidade de Alimentação e Nutrição.................................................................................. 47 8.3. Serviço de Fisioterapia...................................................................................................... 48 8.4. Serviço de Farmácia Hospitalar......................................................................................... 51 8.5. Serviço de Processamento de Roupas................................................................................. 52 8.6. Serviço de Higiene Hospitalar........................................................................................... 55 8.7. Unidade de Produção “Centro Cirúrgico”......................................................................... 57 8.8. Serviço de Imagem............................................................................................................ 57 8.9. Laboratório de Patologia Clínica....................................................................................... 58 9. ATIVIDADES ACADÊMICAS...................................................................................................... 59 10. ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE/CONTINUADA E EXTENSÃO............. 60 11. ATIVIDADES DE APOIO ADMINISTRATIVO...................................................................... 67 11.1. Faturamento de Serviços Particulares/convênios............................................................ 67 11.2. Serviço de Zeladoria........................................................................................................ 72 11.3. Divisão de Manutenção................................................................................................... 73 11.4. Serviço de Transporte...................................................................................................... 78 12. PROJETOS, GRUPOS DE TRABALHOS E COMISSÕES ESPECIAIS.............................. 79 12.1.Grupo de Controle do Tabagismo no Ambiente Hospitalar............................................. 79 12.2. Comissão Multidisciplinar da Iniciativa Hospital Amigo da Criança............................. 82 12.3. Grupos de Curativos........................................................................................................ 84 12.4. Grupo de Apoio à Sistematização.................................................................................... 84 12.5. Grupo de Prevenção de Infecção Relacionada a Cateter................................................. 85 12.6. Comissão de Investigação de Óbito Materno Infantil..................................................... 86 13. CONTROLE SOCIAL.................................................................................................................. 86 14. PROJETOS DE DESTAQUE – MARCAS DA GESTÃO......................................................... 87 14.1. Projeto Coração de Criança............................................................................................. 87 14.2. Avaliação com Classificação de Risco na Unidade de Urgência.................................... 89

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1. INTRODUÇÃO

A Unidade Materno Infantil do Hospital das Clínicas – HCII, Unidade do complexo assistencial

da Faculdade de Medicina de Marília – Famema integra a Rede de Atenção à Saúde da área de

abrangência da Diretoria Regional de Saúde de Marília – DRS IX, compreendendo 05

microrregiões (Marília, Assis, Ourinhos, Tupã e Adamantina) com 62 municípios que totalizam

uma população de 1.096.347 habitantes.

Constitui-se em um cenário privilegiado de formação graduada e pós-graduada em medicina e

enfermagem, além de possibilitar a realização de pesquisas no campo da atenção.

Realiza ações de cuidado individual e coletivo, nas áreas de Atenção à Saúde da Criança,

Mulher, Mental e Oftalmológica.

Na área de Atenção à Saúde da Criança presta cuidado ambulatorial e de internação clínico-

cirúrgica, incluindo ações de Terapia Intensiva a neonatos e crianças até 14 anos.

Na área de Atenção à Saúde da Mulher presta cuidado ambulatorial e de internação clínico-

cirúrgica nas especialidades obstétrica e ginecológica, constituindo-se em referência regional

para Gestação de Alto Risco.

Desde 2002 integra a Rede de Hospitais “Amigo da Criança” do Ministério da Saúde,

desenvolvendo ações estabelecidas pelo programa, com ênfase no estímulo à amamentação e ao

parto humanizado.

Figura 1. Distribuição das Diretorias Regionais de Saúde do Estado de São Paulo.

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Na área de Atenção à Saúde Mental, presta cuidado ambulatorial através do Ambulatório

Especializado de Psiquiatria e o Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (CAPS-ad).

Conta ainda com a Unidade Oftalmológica, que realiza ações de cuidado especializado à saúde

ocular, incluindo transplante de córnea.

Neste ano, a equipe técnica e de gestão da Unidade Materno Infantil tem muito a comemorar.

Alcançou o 3º lugar no ranking dos 10 melhores hospitais públicos do Estado de São Paulo,

numa pesquisa feita junto aos usuários, conduzida pela Secretaria de Estado da Saúde. O

levantamento ouviu, por meio de um questionário, 60,2 mil pacientes que passaram por

internações e exames em cerca de 500 estabelecimentos de saúde conveniados à rede pública

paulista, nos meses de novembro e dezembro de 2007 e abril e junho de 2008. Foram eleitos

vencedores os hospitais que tiveram maior pontuação média entre as unidades que tiveram mais

de 100 respostas encaminhadas pelos usuários. Este processo teve como objetivo monitorar a

qualidade do atendimento e a satisfação do usuário, reconhecer os bons prestadores, identificar

possíveis irregularidades e ampliar a capacidade de gestão eficiente da saúde pública. Na

pesquisa foram avaliados o grau de satisfação com o atendimento recebido pelos pacientes,

nível do serviço e dos profissionais que prestaram o atendimento, qualidade das acomodações e

tempo de espera para a internação. Para a classificação das maternidades também foram

incluídas perguntas sobre humanização do parto.

2. GESTÃO

2.1. Equipe

Em agosto deste ano assumiu a Gestão da Unidade uma equipe formada por dois profissionais

médicos, professores da Disciplina de Administração e Planejamento em Saúde, uma

profissional enfermeira que assumiu a Coordenação da Unidade de Urgência no mês de outubro,

uma profissional enfermeira, professora atuando nas Disciplinas de Enfermagem Clínica e

Figura 2. Direção da Famema recebe o Prêmio do HMI como 3º melhor hospital público do Estado de São Paulo.

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Administração Aplicada à Enfermagem. Estes profissionais se somaram ao Assistente Técnico

da Unidade, profissional enfermeiro, professor da Disciplina de Educação em Ciências da

Saúde, e constituíram a Equipe de Gestão da Unidade Hospitalar Materno Infantil.

A proposta de trabalho desta equipe é uma gestão democrática, colegiada, envolvendo todas as

chefias e trabalhadores no processo de aprimoramento das práticas e saberes no campo do

cuidado hospitalar.

A Equipe de Gestão propõe um novo modelo de operar o cuidado, com ênfase na integralidade

como eixo da gestão hospitalar, utilizando como estratégia para a qualificação da assistência

hospitalar a “Gestão da Clínica” concebida a partir de alguns elementos estruturantes como a

não dissociação entre a gestão e cuidado, a progressiva autonomia e responsabilização das

equipes de cuidado, o estabelecimento de objetivos, metas e indicadores relativos ao cuidado e o

alinhamento de diretrizes clínicas e/ou protocolos, baseada em uma visão clínica ampliada e

centrada nas necessidades do paciente.

O modelo de gestão da clínica1 possibilita:

� Aprimorar a organização hospitalar orientando o processo de cuidado no sentido da atenção

integral ao paciente, de forma humanizada;

� Envolver de forma coordenada e sistematizada os profissionais de saúde na gestão dos

recursos dos hospitais a que pertencem;

� Utilizar instrumental da gestão para a construção de processos gerenciais no cuidado à

saúde, buscando descentralização, autonomia com co-responsabilidade, por meio de um

processo de contratualização interna;

� Construir uma cultura de comunicação efetiva com dispositivos de socialização de

informação, sempre com foco na gestão do cuidado ao paciente;

� Construir protocolos, fluxogramas e diretrizes clínicas baseadas em evidências científicas e

princípios éticos;

� Desenvolver capacidades de liderança das equipes de gestão do hospital, em todos os

âmbitos, para coordenar e facilitar as mudanças; e

� Construir uma cultura de avaliação permanente, individual e institucional, com critérios

claramente estabelecidos.

1 Gestão da Clínica nos Hospitais do SUS, IEP/Hospital Sírio Libanês.

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A Gestão terá um papel fundamental na organização de processos de gestão participativa e de

apoio para que os profissionais das equipes compreendam os recursos necessários para garantir

a qualidade do cuidado em saúde, desenvolvendo arranjos de Educação Permanente que

possibilitem a reflexão sobre os processos de trabalho e a produção de mudanças necessárias

para aumentar graus de eficácia, eficiência e efetividade que permitam a particularização da

atenção, sem fragmentação do cuidado, com responsabilização e vínculo com os pacientes

acompanhados.

2.2. Modelo de Cuidado

Baseando em modelos que vem sendo desenvolvidos por alguns autores2, o cuidado proposto

pela Equipe de Gestão no Hospital Materno Infantil, com a integralidade como eixo, precisa ser

concebido sob duas dimensões:

� O cuidado como síntese de múltiplos cuidados; e

� O hospital no “sistema de saúde”.

Na primeira dimensão entende-se que o cuidado integral ocorreria a partir de uma combinação

flexível de tecnologias duras, leve-duras e leves3. “Tecnologia” e “Humanização” combinadas,

no desafio de adotar o “lugar” do paciente e suas necessidades singulares como ponto de partida

para qualquer intervenção hospitalar.

Na segunda dimensão, pensar o hospital no “sistema de saúde” como uma estação pela qual

circulam os mais variados tipos de pessoas, portadoras das mais diferentes necessidades, em

diferentes momentos de suas vidas singulares e não na forma tradicional, qual seja, o hospital

como referência em determinadas situações de maior complexidade ou gravidade.

A proposta para um “novo olhar” do cuidado no Hospital Materno Infantil, passa por uma

estratégia gerencial de construção de linhas de produção de cuidado. Constitui-se em um novo

arranjo que possibilita criar mecanismos de coordenação das práticas cotidianas do hospital de

forma mais articulada, “leve”, com canais de comunicação mais definidos, mais solidária, mais

democrática, menos “ruídos”, em particular a coordenação da prática dos vários profissionais

2 Luiz Carlos de Oliveira Cecílio e Emerson Elias Merhy, 2003.

3 Tecnologias duras: aquelas ligadas a equipamentos, procedimentos; tecnologias leve-duras: aquelas decorrentes do uso de saberes bem estruturados, como a Clínica e a Epidemiologia; tecnologias leves: aquelas relacionais, no espaço intersubjetivo do profissional de saúde e paciente (Emerson Merhy, 2002).

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envolvidos no cuidado. Modificações no organograma hospitalar precisam ser realizadas, se for

adotada a coordenação por linhas de cuidados.

A gestão do hospital centrada no cuidado deve aprender a trabalhar, de forma radical, o hospital

como apenas uma das “estações” da rede de cuidado. Para tanto são necessários processos de

negociação com outros atores extra-hospitalares, em particular com as Secretarias Municipal e

Estadual de Saúde.

2.3. Indicadores de Atenção Hospitalar e Ambulatorial

2.3.1. Indicadores de Atenção Hospitalar

2.3.1.1. Maternidade, Berçário Conjunto e Ginecologia

Os indicadores foram construídos considerando uma capacidade operacional de:

� 16 leitos de Obstetrícia e Alojamento Conjunto; e

� 12 leitos de Ginecologia até o mês de junho e após 11 leitos.

Tabela 1. Indicadores Hospitalares da Maternidade, Berçário Conjunto e Ginecologia,

referentes ao período de novembro de 2008 a Outubro de 2009.

Indicador Hospitalar

Maternidade Berçário Conjunto Ginecologia

Número de Internações

1.029 890 1.009

Percentual de Ocupação

80,38 36,20 83,14

Média de Permanência

3,33 2,12 2,82

Intervalo de Substituição

0,81 3,74 0,57

Giro de Rotatividade

88,0 62,31 107,45

Taxa de Mortalidade

0,07 0,50 0,08

Mortalidade Institucional

0,07 0,00 0,08

Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema

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Gráfico 1. Evolução da Taxa de Ocupação, segundo mês, na Maternidade, Berçário Conjunto e

Ginecologia, no período de novembro de 2008 a outubro de 2009.

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

nov/08

dez/0

8

jan/09

fev/

09

mar

/09

abr/0

9

mai

/09

jun/0

9ju

l/09

ago/0

9

set/0

9

out/09

Maternidade Berçário Conjunto Ginecologia

Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema

É possível observar no período uma tendência de aumento na Taxa de Ocupação da

Ginecologia. Já na Obstetrícia é uma tendência de queda e no Berçário uma discreta queda.

2.3.1.2. UTI Neonatal, UTI Pediátrica e Berçário Intermediário

Os indicadores foram construídos considerando uma capacidade operacional de:

� 08 leitos na UTI Neonatal;

� 04 leitos na UTI Pediátrica; e

� 09 leitos no Berçário Intermediário até o mês de julho de 2009. Após 08 leitos.

A UTI Pediátrica iniciou seu funcionamento em 17 de outubro de 2008 e teve seu

credenciamento junto ao Ministério da Saúde efetivado em setembro de 2009. Tem uma

capacidade planejada de 07 leitos e foi viabilizada com recursos em sua maioria da Sociedade

organizada do Município e Região.

Figura 3. Foto da UTI Pediátrica no dia da inauguração.

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Tabela 2. Indicadores Hospitalares da UTI Neonatal, UTI Pediátrica e Berçário Intermediário,

referentes ao período de novembro de 2008 a outubro de 2009.

Indicador Hospitalar

UTI Neonatal UTI Pediátrica Berçário Intermediário

Número de Internações

169 118 49

Percentual de Ocupação

85,03 38,01 74,49

Média de Permanência

7,81 2,55 9,02

Intervalo de Substituição

1,37 4,15 3,09

Giro de Rotatividade

39,75 54,50 30,13

Taxa de Mortalidade

11,01 6,42 0,00

Mortalidade Institucional

6,92 3,67 0,00

Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema

Gráfico 2. Evolução da Taxa de Ocupação, segundo mês, na UTI Neonatal e Berçário

Intermediário, no período de novembro de 2008 a outubro de 2009.

0

20

40

60

80

100

120

nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09

UTI Neonatal Berçário IntermediárioLinear (UTI Neonatal) Linear (Berçário Intermediário)

Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema

É possível observar no período uma tendência de queda nas taxas de ocupação de ambas as

Unidades de Produção, porém mais acentuada na UTI Neonatal.

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2.3.1.3. Enfermaria Geral, de Pediatria e Pediatria de Urgência

Tabela 3. Indicadores Hospitalares da Enfermaria Geral, de Pediatria e Pediatria de Urgência,

referentes ao período de novembro de 2008 a Outubro de 2009.

Indicador Hospitalar

Enfermaria Geral

Enfermaria de Pediatria

Pediatria de Urgência

Número de Internações

1.681 872 870

Percentual de Ocupação

82,24 76,89 29,70

Média de Permanência

1,79 4,38 0,61

Intervalo de Substituição

0,39 1,32 1,44

Giro de Rotatividade

167,82 64,08 178,0

Taxa de Mortalidade

0,11 0,07 0,00

Mortalidade Institucional

0,05 0,07 0,00

Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema

2.3.2. Indicadores de Atenção Ambulatorial

2.3.2.1. Ambulatório de Pediatria

Tabela 4. Distribuição Percentual de Consultas Médicas realizadas no Ambulatório de

Pediatria segundo especialidades. HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009.

Especialidades Número %

Cirurgia Infantil 2.366 30,85

Gastroenterologia Infantil 1.501 19,57

Neurologia Infantil 868 11,32

Cardiologia Infantil 828 10,80

Pneumologia Infantil 518 6,75

Clinica Pediátrica 508 6,62

Imunologia Infantil 456 5,95

Neonatologia 399 5,20

Endocrinologia Infantil 226 2,95

Total 7.670 100,00

Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema

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Gráfico 3. Evolução do Número de Consultas de Pediatria Geral e Especialidades, segundo

mês, no período de novembro de 2008 a outubro de 2009.

0

200

400

600

800

1000

nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09

Nº Consultas Linear (Nº Consultas)

Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema

2.3.2.2. Ambulatório de Gineco-Obstetrícia

Tabela 5. Distribuição Percentual de Consultas Médicas realizadas no Ambulatório de Saúde

da Mulher segundo especialidades. HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009.

Especialidades Número %

Ginecologia Geral 7.687 66,7

Onco Ginecologia 2.162 18,7

Obstetrícia 1.689 14,6

Total 11.538 100,00

Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema

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Gráfico 4. Evolução do Número de Consultas de Gineco-Obstetrícia, segundo mês, no período

de novembro de 2008 a outubro de 2009.

0

150

300

450

600

750

900

1050

1200

nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09

Nº Consultas Linear (Nº Consultas)

Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema

2.3.2.3. Ambulatório de Saúde Mental

Tabela 6. Distribuição Percentual de Atendimentos realizados no Ambulatório de Saúde

Mental segundo procedimento. HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009.

Procedimento Número %

Consulta Médica 14.732 47,6

Serviço Social 555 1,8

Psicologia 3.262 10,5

Terapia Ocupacional 400 1,3

Oficina Terapêutica 33 0,1

CAPSad 9.394 30,4

CAPSad – Urgência 2.559 8,3

Total 30.935 100,0

Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema

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2.3.2.4. Exames de Imagem

Tabela 7. Distribuição Percentual de Exames de Imagem segundo tipo.

HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009.

Tipo Número %

Radiodiagnóstico Simples 22.477 69,7

Exames Especializados 3.141 9,7

Radiodiagnóstico Contrastado 247 0,8

Ultra-sonografia 6.368 19,8

Total 32.233 100,0

Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema

2.3.2.5. Outras Diagnoses

Tabela 8. Distribuição Percentual de Diagnoses segundo tipo.

HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009.

Tipo Número %

Diagnose em Cardiologia 2.591 94,0

Diagnose em Gastroenterologia 03 0,1

Diagnose em Pneumologia 66 2,4

Diagnose em Urologia 97 3,5

Total 2.757 100,0

Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema

2.3.3. Indicadores de Atenção em Urgência

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Tabela 9. Distribuição Percentual de Atendimentos de Urgência segundo especialidade.

HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009.

Tipo Número %

Pediatria 34.469 73,7

Ginecologia 4.453 9,5

Obstetrícia 7.880 16,8

Total 46.802 100,0

Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema

Gráfico 5. Evolução do Número de Consultas de Urgência.

HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009.

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

nov/08

dez/0

8

jan/09

fev/

09

mar

/09

abr/0

9

mai

/09

jun/09

jul/0

9

ago/09

set/0

9

out/09

Nº Consultas Linear (Nº Consultas)

Fonte: Sistema de Informação Hospitalar/NTI-Famema

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Gráfico 6. Distribuição Percentual de Atendimentos de Urgência Ginecológica, segundo as cinco principais causas no período de novembro

de 2008 a outubro de 2009.

13 , 2 3 %

7 , 9 8 %

7 , 8 6 %

4 , 8 8 %

4 , 8 5 % Outros transtornos do trato urinário

Menstruação excessiva, frequente eirregular

Dor e outras afecções associadascom os órgãos genitais femininos

Outros estados pós-cirúrgicos

Outros sangramentos anormais doútero e da vagina

No ta: As demais c aus a s po s s uem po rcenta gem abaixo de 4%.Fo nte : NTI - Famema .

Gráfico 7. Distribuição Percentual dos Atendimentos de Urgência Obstétrica, segundo as seis principais causas, no período de novembro de

2008 a outubro de 2009.

3,47%4,06%5,15%

6,29%

11,64%

36,98%

Supervisão de gravidez normal

Infecções do trato geniturinário na

gravidez

Assistência materna por outras

complicações

Outras doenças da mãe, COP, mas

que complicam a gravidez

Hemorragia do início da gravidez

Aborto não especificado

Nota: As demais causas possuem porcentagem abaixo de 3,10%.

Fonte: NTI-Famema.

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17

Gráfico 8. Distribuição Percentual dos Atendimentos de Urgência Pediátrica segundo as dez principais causas, no período de novembro de 2008 a outubro de

2009.

3,49%3,50%

3,59%

3,83%

4,48%4,68% 4,89%

6,20%

7,86%

6,59%

Nasofaringite aguda [resfriado

comum]

Diarreia e gastroent. de origem

infec.presumível

Infec. agudas das vias aéreas

superiores de localizações múltiplas

Traumatismo intracraniano

Amigdalite aguda

Febre de origem desconhecida

Náusea e vômitos

Sinusite aguda

Pneumonia por microorganismo nao

esp.

Asma

Nota: As demais causas possuem porcentagem abaixo de 3,03%.Fonte: NTI-Famema.

3. ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA

3.1. Atenção na Enfermaria de Pediatria

O cuidado à criança internada tem sido uma responsabilidade compartilhada pela Equipe

Multiprofissional da Pediatria que discute as necessidades de saúde das crianças internadas e

conduzem o processo terapêutico intra e extra hospitalar. Os encontros da equipe são semanais e

registrados em ata.

A Equipe de Enfermagem, Serviço Social, Academia e Pedagogia Hospitalar desenvolveram

encontros com as Mães e/ou Acompanhantes das crianças internadas, atividades estas também

registradas em atas.

Figura 4. Foto de um Encontro realizado.

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São realizados ainda encontros periódicos com a equipe de Auxiliares de Enfermagem com

registro em livro - ata.

A gerente da Unidade participa da Comissão de Acolhimento dos estudantes com o objetivo de

apoiar o estudante, socializando as rotinas do cuidado prestado na enfermaria, buscando a

inserção do mesmo na equipe e a qualificação do cuidado à criança internada. Foram realizados

02 encontros para organização no mês de janeiro e 05 atividades de Acolhimento aos estudantes

de medicina e enfermagem.

Com relação às mudanças na equipe foi inserida mais uma profissional pediatra especialista em

pneumologia, assistente de ensino, no mês de fevereiro.

Além disto, foram reorganizadas as atividades dos profissionais de forma a garantir o

atendimento noturno às intercorrências na enfermaria.

Para melhoria dos processos na Enfermaria foi desenvolvido um complemento do Manual de

Normas e Rotinas no Modelo de Procedimento Operacional na rotina do Carrinho de

Emergência e das Caixas de Urgência.

A Enfermaria da Pediatria vem passando por um processo de reforma, com troca de pisos,

reforma de banheiros, ampliação do posto de enfermagem, remodelação da brinquedoteca,

melhorando a ambiência e possibilitando um melhor fluxo da equipe, pacientes e

acompanhantes resultando na qualificação do cuidado prestado.

3.2. Atenção na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

3.2.1. Estrutura Física

Ocorreram mudanças na estrutura física, quais sejam:

� Reforma da Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) e Berçário. Reestruturação do

ambiente com troca de piso, pintura nas paredes, mudança do tipo de lavatório, fraldário,

além da reforma de móveis;

� Outro setor que sofreu reforma foi o isolamento com adequação do número de lavatórios

(02 – um para preparo do banho dos recém nascidos e outro para higienização das mãos dos

profissionais atuantes no setor), aquisição de prateleiras para armazenamento de roupas e

medicação e pintura nas paredes;

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� Reforma do hall de entrada da UTI Neonatal com mudança do local da porta de entrada e

tipo de porta (antes madeira agora vidro temperado);

� Adequação da sala de prescrição médica e enfermagem com mobiliário em alvenaria para

melhor aproveitamento do espaço disponível, comportando assim a equipe de trabalho que

utiliza este espaço físico; e

� Mudança do local do vestiário da equipe de trabalho e confecção de mobiliário em alvenaria

para acomodação dos pertences dos mesmos, conforme solicitação de adequação da

vigilância sanitária.

3.2.2. Equipamentos e Materiais

Foram adquiridos os seguintes equipamentos:

� Monitor multiparamétrico – Dixtal 2022 (02 monitores). Solicitado frente à necessidade da

monitorização de recém nascidos com patologias complexas, pois este equipamento

disponibiliza a aferição de pressão arterial não invasiva, temperatura corpórea, oximetria de

pulso, cardioscopia e freqüência cardíaca. Assim, possibilitando diagnósticos diferenciais

dentre as patologias existentes na neonatologia;

� Torpedo de óxido nítrico e controlador de fluxo: necessário em recém nascido com

hipertensão pulmonar persistente tendo impacto na redução do tempo de permanência e

morbi-mortalidade destes pacientes;

� Substituição de dois oxímetros de pulso;

� Início da utilização de cateter umbilical de poliuretano, próprio para o procedimento de

cateterismo umbilical, viabilizando aumento no número de dias de utilização do cateter,

diminuindo procedimentos invasivos, risco de infecção e conseqüentemente melhora da

qualidade da assistência (a compra deste material é realizada através da solicitação de

compra eventual dentro do cronograma estabelecido pelo setor de compras desta

instituição).

3.2.3. Equipe

As mudanças ocorridas na equipe neste período foram:

� Adequação do número de funcionário, auxiliares de enfermagem, visando melhoria na

qualidade da assistência de enfermagem;

� Profissional da fisioterapia exclusivo no período da manhã (06 horas) para UTI

Neonatal/UCI, visando diminuir tempo de exposição da criança ao oxigênio suplementar

tendo impacto, sobretudo na diminuição da retinopatia da prematuridade;

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� Introdução da terapia ocupacional no processo de trabalho (estágio voluntário), visando à

estimulação precoce no recém nascido e trabalhos manuais com as mães que permanecem

no hospital para amamentação;

� Psicologia hospitalar atuando com o grupo dos pais visando melhor esclarecimento e

entendimento do processo de hospitalização dos recém nascidos. A Equipe da UTI Neonatal

reconhecendo a importância da presença dos pais na evolução do cuidado neonatal4 vem

desenvolvendo um programa que possibilita a participação ativa dos pais no cuidado

prestado pela Unidade.

Atualmente se reconhece a importância vital de uma relação estável e permanente durante os

primeiros anos de vida, mesmo quando o bebê é prematuro. As relações iniciais entre o bebê e

seus pais são consideradas como sendo o modelo de todas as relações sociais futuras.

No entanto, o bebê prematuro, logo ao nascer necessita ser separado de seus pais e ser cuidado

por um período mais ou menos longo pela equipe de saúde. Ao pensarmos neste bebê, devemos

lembrar que ele deve ter seu desenvolvimento afetivo preservado e, para que isso ocorra,

necessitará da presença de seus pais.

Com a separação de sua mãe ele será privado de tudo aquilo que um bebê nascido a termo

recebe ao nascer no que se refere aos cuidados parentais. No lugar de cuidados maternos e

paternos, o bebezinho prematuro necessitará de procedimentos invasivos: ele sentirá o odor dos

tecidos da incubadora, que não é o mesmo do corpo de sua mãe; não sentirá calor nesses

tecidos; inalará também o cheiro forte das substâncias usadas nos procedimentos indispensáveis,

bem como o sabão líquido com o qual lavamos as mãos.

A ligação afetiva entre os pais e um novo bebê não acontece da noite para o dia. Esta ligação

deve ser vista como um processo contínuo. No caso da internação em uma UTI Neonatal é

necessário que a Equipe de Saúde busque minimizar a separação deste com seus pais,

favorecendo a formação e o fortalecimento dos laços afetivos.

Os avanços em Neonatologia permitem que cada vez mais um bebê prematuro de muito baixo

peso seja salvo. Os profissionais que compõem esta equipe cada vez mais se preocupam com a

4 Atenção Humanizada ao Recém Nascido de Baixo Peso. Método Mãe Canguru / Secretaria de Políticas de Saúde, Área de Saúde da Criança – Ministério da Saúde, Brasília, 2001.

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21

qualidade de vida desses bebês. Eles se questionam sobre o que o bebê prematuro sente e o que

ele vive em uma UTI Neonatal.

Para que o desenvolvimento psíquico ocorra, é necessário cuidarmos do corpo do bebê sem nos

esquecermos da importância das interações entre o bebê e seus pais ou seus substitutos. Se o

bebê nascido a termo necessita de carinho, cuidados por parte de seus pais, o bebê prematuro

necessita mais ainda devido às suas condições, à dor, ao estresse.

Apesar de muito pequenos, os bebês prematuros exprimem a seu modo sua vivência interna. Os

profissionais que se ocupam dos bebês sabem que eles são capazes de manifestar prazer, dor, de

buscar contato e de fugir do contato quando não suportam o excesso de dor, de estimulação ou

de estresse.

A partir disto, podemos observar a importância da presença dos pais em uma UTI Neonatal,

visto que o bebê é capaz de sentir e beneficiar-se deste contato, diminuindo o sofrimento

causado por este período de separação.

3.2.4. Implantação de novas Ações e Serviços

Visando qualificar o trabalho ações foram desenvolvidas a saber:

� Implantação do programa de centro de custo para avaliação da despesa individual de cada

recém nascido, com o objetivo de conhecer o custo de cada patologia e a possibilidade da

diminuição dos mesmos;

� Implantação do uso de indicadores de qualidade de enfermagem para avaliação da qualidade

da assistência e posteriormente melhoria da mesma conforme avaliação dos dados;

� A unidade possui protocolo de pesquisa de colonização fúngica, com intuito de melhor

levantamento da incidência de colonização fúngica nos recém nascidos prematuros abaixo

de 1.250g; e

� A atuação dos profissionais da especialidade da fisioterapia e terapia ocupacional também

faz parte da implantação de novos serviços com impacto na otimização do serviço e

qualidade da assistência.

3.2.5. Rotinas e Protocolos

A Unidade tem Manual de Procedimento Operacional, de técnicas de enfermagem, disponível

para toda a equipe.

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Está estabelecido fluxograma para: Berçário de Admissão; Alojamento Conjunto, Berçário de

Cuidados Intermediários; Berçário de Cuidados Especiais; Semi-Intensiva; Unidade de Terapia

Intensiva Neonatal e Setor de Isolamento.

Está construído e disponível para toda a equipe Protocolos de Conduta Médica nas seguintes

situações clínicas: Reanimação; Asfixia Perinatal; Tocotraumatismos; Alojamento Conjunto;

Critérios de Alta; Ambulatório de Médio e Alto Risco; Ultra-sonografia de Crânio; Projeto

Momento Notícia (Síndrome de Down); Alimentação Enteral; Aleitamento Materno; Nutrição

Parenteral; Doença Óssea da Prematuridade; Distúrbios da Glicose; Distúrbios do Cálcio;

Distúrbios do Magnésio; Distúrbios do Sódio; Distúrbios do Potássio; Acidose Metabólica;

Alcalose Metabólica; Icterícia; Anemia do Período Neonatal; Policitemia; Síndrome

Hemorrágica do RN; Síndrome do Desconforto Respiratório; Uso do Surfactante; Síndrome de

Aspiração de Mecônio; Hipertensão Pulmonar Persistente Neonatal; Doença Pulmonar Crônica;

Reconhecimento do RN com Cardiopatia; Persistência do Canal Arterial; Prostaglandinas;

Retinopatia da Prematuridade; Apnéia da Prematuridade; Insuficiência Renal Aguda; Secreção

Inapropriada de HAD; Hipertensão Arterial Neonatal; Hidropsia; Convulsão Neonatal; Controle

Clínico do Paciente Cirúrgico; Abordagem do RN de Risco para Sepsis; Enterocolite

Necrosante; Protocolo para o manejo da SIDA; Protocolo de Doenças Infecciosas em

Neonatologia (Infecção Fúngica, Sífilis Congênita, Síndrome da Rubéola Congênita,

Toxoplasmose, Citomegalovírus, Varicela Congênita, Tuberculose Congênita, Hepatite

Neonatal); Transporte Neonatal; Drogas no Período Neonatal; Fórmulas Lácteas.

3.3. Atenção na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica

A Unidade foi implantada em outubro de 2008, portanto completando um ano agora. Os

primeiros meses foram bastante conturbados, até acerto de todas as equipes envolvidas no

atendimento da UTI (médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais e

psicólogos).

3.3.1. Equipe

3.3.1.1. Cuidado de Enfermagem

Foram desenvolvidas as seguintes atividades:

� Implantação de protocolos, desde a admissão à condução das urgências;

� Organização da UTI (medicações e equipamentos);

� Padronização da diluição das drogas mais usadas habitualmente;

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23

� Iniciada discussão com a equipe de enfermagem para tentar solucionar os problemas

encontrados;

� Definição de qual será a equipe permanente;

� Iniciado programa de educação continuada, tentado diagnosticar as principais necessidades

da equipe; e

� Participação da enfermagem nos grupos de trabalho (Comissão de Curativo, Procath, dentre

outras).

Ainda temos algumas dificuldades como: não há um enfermeiro fixo na UTI no plantão noturno,

o enfermeiro da nossa unidade também fica responsável por cobrir outras enfermarias o que

contraria as diretrizes da AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira).

Outras propostas e mudanças em estudo: treinamento em pós-operatório de cirurgia cardíaca e

seguimento da educação continuada, ampliação do horário de visitas, campanhas para lavagem

das mãos, diminuição do barulho dentro da unidade, dar continuidade à implantação dos

protocolos.

Faz-se necessário a discussão da gerência da UTI, pois atualmente quem responde é a

enfermeira do centro cirúrgico, porém ela fica sobrecarregada com trabalho não conseguindo

dar adequada atenção à UTI.

2.3.1.2. Cuidado Médico

As atividades desenvolvidas e/ou em desenvolvimento:

� Implantação da visita às sextas feiras com todos os assistentes e demais profissionais

envolvidos. Essa troca de opiniões levou todos a crescimento profissional e reforço do

caráter multidisciplinar da unidade;

� Retomada das discussões de óbitos ocorridos;

� Implantação dos protocolos sendo que vários já foram discutidos e implantados;

� Realização de duas visitas diárias na UTI com participação do residente e o assistente

responsável. É estimulada a participação da enfermagem, fisioterapia e nutrição;

� Visita com CCIH às quintas feiras às 10h00;

� Registro em livro de dados referentes à produção, anotando todas as internações, isso serve

para que se possa avaliar o serviço e facilitar a realização de trabalhos científicos;

� Estudo sobre possíveis indicadores de qualidade a serem monitorados (Escores de

mortalidade PRISM e PELOD); e

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� Nesse ano se juntaram a equipe mais duas profissionais. Ambas tem formação sólida na área

de terapia intensiva pediátrica e tiveram participação importante em toda a implantação de

rotinas e protocolos.

3.3.1.3. Cuidado da Fisioterapia e Nutrição

Os profissionais de fisioterapia e nutrição participam ativamente nas visitas e discussões de

plano de cuidado, além de contribuírem com a construção dos protocolos.

3.3.1.4. Cuidado da Psicologia

A equipe de psicologia apesar de mostrar interesse tem como principal limitante o número

restrito de profissionais.

3.3.2. Ações Programadas

Em médio prazo estão programadas as seguintes ações buscando melhorar cada vez mais o

atendimento prestado pela UTI pediátrica:

� Iniciar programa de residência médica em UTI pediátrica. Em 2010 daremos início ao

credenciamento do serviço como centro formador junta à AMIB;

� Iniciar programa de iniciação científica com alunos da graduação e residentes. Todos os

assistentes deverão estar envolvidos em projetos de pesquisa;

� Buscar vigilância constante em todos os processos de trabalho envolvidos na unidade.

Estabelecer métodos de avaliação da qualidade; e

� Avaliar possibilidade de participação da família na rotina da UTI pediátrica, visando uma

assistência mais humanizada.

3.4. Atividades Socioculturais

3.4.1. Comemoração de datas

A Equipe da Pediatria organizou várias atividades com as crianças internadas e seus

acompanhantes, buscando confraternizar e reduzir o sofrimento das mesmas por estarem

afastadas do convívio com familiares e amigos. Abaixo algumas destas atividades.

3.4.1.1. Festa Julina “Arraiá da Pediatria” em 25 de junho.

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Figura 5. Fotos da Festa Julina “Arraiá da Pediatria”.

3.4.1.2. 6ª Semana da Criança Dodói de 5 a 12 de outubro.

A 6ª Semana da Criança Dodói, iniciada no dia 5 de outubro, no Hospital Materno Infantil,

apresentou dança indiana com crianças de 1ª a 3ª série do ensino fundamental da escola estadual

Carlota de Negreiros Rocha.

O grupo de meninas encantou as demais crianças e as acompanhantes dos pacientes mirins. Ao

final, muitos aplausos e o convite para outras

apresentações.

3.4.2. Parcerias com a Comunidade

A Equipe da Pediatria através da Iniciativa Unificada da Pediatria - IUPE vem desenvolvendo

atividades com a comunidade organizada, na busca de recursos que possibilitem a melhoria do

cuidado às crianças atendidas na Unidade Materno Infantil, pelas diferentes Unidades de

Produção. Dentre elas destacamos algumas.

� Desfile com presença da Miss Brasil: em parceria com a Casa da Amizade (Rotary Clube)

foi realizado Desfile de Moda na Chos Malal, no dia 29 de abril, às 20h, com a presença da

Miss Brasil. A renda (R$ 1.605,00) foi revertida para o projeto Iniciativa Unificada em

Pediatria do Hospital Materno Infantil da Famema.

Figura 6. Dança Indiana na 6ª Semana da Criança Dodói do HMI.

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Figura 7. Fotos do ato de entrega dos recursos revertidos para a IUPE.

� Festa da Sobremesa: foi realizada a II Festa da Sobremesa Doce Ajuda, “eu posso!!!”, em

30 de maio.

Figura 8. Fotos da Festa de Sobremesa realizada pela Equipe da IUPE.

� Bingo – Chá: realizado um bingo-chá beneficente, em 26 de setembro de 2009, no Iara

Clube, que apurou R$ 8.000,00 para a Unidade Materno Infantil.

4. ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER

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4.1. Atenção Obstétrica5

A Unidade Materno Infantil constitui-se na referência loco-regional para Gestação de Alto

Risco. Para fazer frente a estas necessidades do SUS, conta com 16 leitos de Obstetrícia, 02

leitos de observação para Urgência Obstétrica, além de um Centro Obstétrico e um Ambulatório

direcionado à Gestação de Risco.

4.1.1. Estrutura Física

O Centro Obstétrico sofreu alterações em sua estrutura física, quais sejam:

� Alteração do local da porta para as salas cirúrgicas, tornando ambiente restrito, dividindo

adequadamente sala de pré-parto, recuperação e salas cirúrgicas;

� Mudança da porta de acesso ao Centro Obstétrico separando esta Unidade do Berçário,

diminuindo fluxo de pessoas na área privativa.

4.1.2. Equipamentos

Com relação à aquisição de equipamentos:

� Aquisição de uma mesa cirúrgica ginecológica para sala de parto substituindo mesa antiga;

� Aquisição de mesa ginecológica para exame clínico;

� Substituição de 01 aparelho de ar condicionado da sala de parto para melhor acomodação da

gestante e equipe de trabalho durante o procedimento;

� Aquisição de 01 computador para visualização de exames e produção de informações do

cuidado prestado pelo Centro Obstétrico;

� Transferência dos equipamentos: carrinho de anestesia alocado no Centro Cirúrgico para o

Centro Obstétrico substituindo o atual da unidade sem possibilidade de uso devido ser

antigo; bisturi elétrico também alocado no Centro Cirúrgico para melhoria da qualidade da

assistência (diminuição de sangramento e agilidade do procedimento cirúrgico); e

� Aquisição de um refrigerador, com recursos da Vigilância Epidemiológica, para

armazenamento da imunoglobulina e vacina da hepatite B, definindo localização da

administração das mesmas.

4.1.3. Equipe 5 Exercício de Avaliação de Planejamento em Saúde (EAPS) - Unidade de Prática Profissional da 4ª Série do Curso de Enfermagem (UPP4)

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Ocorreu mudança na equipe de profissionais, a saber:

� Aumento na equipe de auxiliares de enfermagem (02) para adequação da equipe de trabalho

e melhoria na qualidade da assistência.

4.1.4. Produção

Importante destacar a implantação de um programa informatizado do Centro Obstétrico para

qualificação das informações acerca do cuidado prestado pela Unidade.

Gráfico 9. Produção de Procedimentos Obstétricos realizados no período de novembro de

2008 a outubro de 2009. Centro Obstétrico/HMI-Famema.

0

20

40

60

80

100

120

140

nov/08

dez/0

8

jan/0

9

fev/

09

mar

/09

abr/0

9

mai

/09

jun/0

9ju

l/09

ago/0

9

set/0

9

out/09

P. Obstétrico Linear (P. Obstétrico)

Fonte: Centro Obstétrico/HMI-Famema

É possível observar uma tendência de queda no número de procedimentos, com média mensal

de 87 e média diária de 3 procedimentos.

4.1.5. Caracterização da Atenção Obstétrica

4.1.5.1. Equipe Multiprofissional da Maternidade

A equipe de saúde que atua na Maternidade compreende profissionais de Enfermagem,

Medicina, Psicologia, Nutrição, Serviço Social além dos funcionários dos serviços técnicos e

administrativos de apoio ao cuidado prestado, e estudantes de graduação de Enfermagem e

Medicina e pós-graduação (aprimorandos e residentes). Totaliza:

� 01 Enfermeira Gerente;

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� 03 enfermeiras assistenciais;

� 13 Auxiliares de Enfermagem;

� 03 docentes médicos gineco-obstetras;

� Equipe de Gineco-Obstetras, Enfermeiros e Auxiliares de Enfermagem que integram a

Equipe de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia;

� 01 Psicóloga;

� 01 Nutricionista;

� 01 Assistente Social; e

� Demais profissionais das Unidades de Apoio ao Cuidado.

4.1.5.2. Perfil da Clientela

Em um estudo realizado no final de 2008, foi possível Identificar que 49,8% da população

atendida na Maternidade é da faixa etária de 20 a 29 anos, 27,9% de 30 a 39 anos, 16,5% de 15

a 19 anos, 4,2% de 40 a 49 anos e 1,6% de 10 a 14 anos. São mulheres em sua maioria da raça

branca ou parda (73,6% e 21,4% respectivamente).

Um dado significativo é a freqüência de pacientes com idade entre 10 e 19 anos (18,1%) o que

pode ser explicado pelo fato do Hospital Materno-Infantil prestar assistência às gestantes de alto

risco e, de acordo com o Ministério da Saúde (2000), um dos fatores de risco na gravidez é

idade menor que 17.

Com relação ao estado civil, 37,3% das mulheres atendidas na Maternidade são casadas e 24,4%

solteiras. O restante se encaixa nas demais situações.

A religião informada corresponde a 72,6% de católicas e 21,4% de evangélicas. Mesmo com o

crescente movimento de mudança da sociedade para a religião evangélica, ainda há um

predomínio no número de católicos no Brasil, conforme apresentado anteriormente.

Com relação à escolaridade de nossa clientela, pudemos observar que 56,6% das mulheres têm o

1º Grau completo e 36,6% o 2º Grau completo. Apenas 2,1% das mulheres têm Curso Superior.

4.1.5.3. Morbidade

Das pacientes cuidadas na Maternidade, temos que:

� 29,9% - Parto Único espontâneo;

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� 29,8% - Edema, Proteinúria e Doença Hipertensiva na Gravidez e Puerpério;

� 21,3% - Outras Complicações da Gravidez e do Parto; e

� O restante das internações ou não foram classificadas ou estão no grupo de Outras.

A hipertensão é uma das complicações mais comuns da gravidez, ocorrendo em

aproximadamente 7% de todas as gestações, o que pode explicar tal freqüência na

população atendida.

4.1.5.4. Tipos de Parto

A elevada taxa de cesárea observada (60,4%) relaciona-se ao grande número de gestações com

intercorrências atendidas no serviço, devido a sua referência enquanto cuidado à gestação de

alto risco. Mas a Equipe da Maternidade precisa estabelecer uma meta a ser alcançada que varie

de 30 a 35%.

4.1.5.5. Nós Críticos Identificados

Há muito por melhorar principalmente em aspectos relacionados a(o):

� Processo de trabalho da equipe, com destaque para comunicação;

� A vinculação da equipe com a paciente;

� Qualificação da Referência e Contra-referência com os demais serviços da Rede de

Cuidado;

� Processos de Educação Permanente para a Equipe;

� Número de auxiliar-técnicos de enfermagem; e

� Falta de espaço que possibilite maior autonomia.

4.2. Atenção Ginecológica e Obstétrica na Enfermaria

4.2.1. Estrutura Física

Ocorreram as seguintes mudanças:

� Separação dos postos de enfermagem da ginecologia e obstetrícia para melhor

referência das pacientes, definição de centro de custo e organização do fluxo dos

funcionários diminuindo stress e melhorando qualidade da assistência;

� Mudança da sala de exame da enfermaria da ginecologia, saída do quarto dos

internos para outro local, sendo disponibilizado dois leitos que estavam

“bloqueados” devidos montagem desta sala;

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� Alteração da sala de ordenha em anexo à enfermaria da ginecologia, melhorando

acesso das mães a esta sala, porém a mesma encontra-se inadequada às normas da

vigilância sanitária. Há planejamento para que a mesma seja alocada dentro da

maternidade para melhor suporte do aleitamento materno.

4.2.2. Equipe

Ocorreram mudanças na equipe, a saber:

� Ampliação da equipe através da contratação de pediatra (1), enfermeira (1), auxiliares de

enfermagem (3), para adequação do quadro e melhora na qualidade da assistência com

ênfase no aleitamento materno e orientação na alta hospitalar;

� Substituição de duas auxiliares de enfermagem por inadequação de perfil.

As Unidades de Internação tem Manual de Procedimento Operacional de Técnicas de

Enfermagem.

5. ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL

5.1. Ambulatório de Saúde Mental

As atividades ambulatoriais são desenvolvidas em 17 salas, atualmente insuficientes para

atender a demanda assistencial e de ensino de graduação e de residência médica.

O modelo de cuidado da equipe é ainda centrado no médico, havendo a necessidade de

incorporar na equipe o profissional enfermeiro, terapeuta ocupacional exclusivo para o

Ambulatório e um psiquiatra infantil.

Além disto, faz-se necessária a ampliação dos programas ambulatoriais, com foco nos

Transtorno de Personalidade.

5.2. Oficina Terapêutica

A expansão dos atendimentos está limitada pelo espaço físico e pelo número de profissionais e

as ações pouco diversificadas para a população masculina. A contratação de mais um Terapeuta

Ocupacional e uma artesã possibilitaria incrementar os atendimentos em 100%.

Tem como necessidade, na busca da qualificação do cuidado, articular com o Núcleo de

Acolhimento um fluxo que possibilite a evolução diária, com registro em prontuário, dos

pacientes assistidos.

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32

Constitui-se em cenário de práticas para os estudantes de Terapia Ocupacional da UNESP.

5.3. Centro de Atenção Psicossocial – CAPS-Ad

O Centro de Atenção Psicossocial a Usuários de Substâncias Psicoativas (CAPS-ad) conta com

uma equipe constituída de assistente social, enfermeiros, médicos psiquiatras, psicólogos,

terapeuta ocupacional, auxiliares de enfermagem, monitora de Terapia Ocupacional,

recepcionista e legionário.

Realiza atendimentos de:

� Acolhimento;

� Consultas iniciais: médicas, enfermagem, psicologia, serviço social e terapia ocupacional;

� Grupos terapêuticos com pacientes alcoolistas, tabagistas, usuários de drogas e casais;

� Orientação familiar;

� Diversas atividades socioculturais;

� Terapia ocupacional (jardinagem, artesanato, esporte-recreativo);

� Projeto “Sala de Leitura”;

� Grupos de adolescentes de liberdade assistida, de familiares de adolescentes, de cidadania e

preservação ambiental, de atualidades, de sentimentos e de leitura;

� Clube de cinema; e

� Oficina cultural e de culinária.

Continuamos desenvolvendo atividades junto à comunidade como visitas, passeios e caminhada

diária.

5.4. Psicologia Hospitalar

5.4.1. Atividades de Rotina

O Serviço de Psicologia do Hospital Materno Infantil é constituído por uma equipe formada

de uma psicóloga contratada por 20 horas semanais e outra, com carga horária de 40 horas

semanais, associado ao treinamento em serviço de duas aprimorandas.

5.4.2. Produção

O setor de Psicologia Hospitalar no período realizou os atendimentos apresentados na tabela

abaixo.

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Tabela 10. Atendimentos da equipe de Psicologia Hospitalar segundo Unidade de Produção,

no período de novembro de 2008 a outubro de 2009.

Unidade de Produção Número Percentual (%)

Enfermaria de Pediatria 369 26,2

Maternidade 299 21,2

UTI Neonatal 214 15,2

Ambulatório de Pediatria 206 14,6

Enfermaria de Ginecologia 168 11,9

Ambulatório de Oncoginecologia 48 3,4

Ambulatório de Gestação de Risco 43 3,0

UTI Pediátrica 23 1,6

Enfermaria de Particular/Convênios 21 1,5

Unidade de Urgência 20 1,4

Total 1.411 100,0

Fonte: Disciplina de Psicologia Hospitalar

5.4.3. Atividades de inovação, melhoria ou incremento

Não houve alterações e/ou inovações neste serviço no ano de 2009.

Vale ressaltar que houve interrupção nos atendimentos das enfermarias de Ginecologia,

Maternidade e também nos ambulatórios de Oncoginecologia e Gravidez de Alto Risco no mês

de agosto em função da profissional estar gestante e por orientação médica, devido ao surto do

vírus Influenza A H1N1. Por estar em ambiente hospitalar, afastou-se de suas atividades por 15

dias. No dia 09 de outubro entrou de licença maternidade com previsão para retorno apenas no

dia 05 de abril de 2010.

6. ATENÇÃO À SAÚDE OFTALMOLÓGICA O Serviço conta com uma área própria e desenvolve as seguintes atividades: consultas

ambulatoriais, atendimento de urgência/emergência, pequenas e grandes cirurgias, captação e

transplante de córneas, atividades acadêmicas de graduação e pós-graduação, modalidade

residência médica na área de oftalmologia e produção de trabalhos científicos.

É considerado centro de referência regional na área de oftalmologia para a região da DRS IX.

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Melhorias realizadas no período

� A Biblioteca da Unidade Oftalmológica teve seu acervo organizado pelos estagiários do

Curso de Biblioteconomia e foram adquiridos: Coleção 2009 livros e DVDs do Conselho

Brasileiro de Oftalmologia e Coleção de livros da Academia Americana de Oftalmologia.

� O Ambulatório recebeu 02 novos aparelhos tonômetros, mochos e cadeiras. Ocorreu a troca

de computadores na recepção, biblioteca e secretaria do serviço.

Tabela 11. Produção da Unidade Oftalmológica, segundo tipo de atendimento, no período de

novembro de 2008 a outubro de 2009.

Procedimento Número

Atendimentos Eletivos 24.901

Atendimentos de Urgência 21.287

Atendimento de Nível Médio 44.745

Captação de Córnea 136

Transplante de Córnea 46

Procedimentos Cirúrgicos 2.204

Terapia em Oftalmologia 49

Ultra-sonografia 1.105

Diagnose em Oftalmologia 112.681

Fonte: Unidade Oftalmológica

7. NÚCLEO DE EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR

7.1. Vigilância Epidemiológica

Tem como responsabilidade coordenar, desenvolver e acompanhar as ações de Vigilância

Epidemiológica de Doenças de Notificação Compulsória - DNC no ambiente hospitalar visando

à detecção e investigação de qualquer agravo suspeito ou confirmado atendido no hospital.

Reúne as informações necessárias e atualizadas, processando, analisando e interpretando dados

de doenças de notificação compulsória, bem como faz recomendações para realização de ações

de controle destas doenças que podem ser imediatas, a médio e a longo prazo.

Na operacionalização das ações propostas, tem como tarefas:

� Fazer notificação compulsória de doenças, adotando medida de controle interna e

desencadeando as investigações para os municípios de residência;

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� Fazer busca diárias as unidades e acompanhar visita médica nos pacientes com doenças de

notificação;

� Verificar o censo diário das unidades de internação, direcionando a busca de pacientes com

doença de notificação nas demais enfermarias para a notificação e investigação;

� Preencher fichas epidemiológicas, através de coleta de dados nos prontuários e entrevista

com os pacientes internados para complementação da investigação, acompanhando-o até a

sua alta;

� Buscar os resultados de exames laboratoriais no SIHOSP: BAAR, Líquor, culturas, e outras

sorologias, Hepatites A, B, C, VDRL, dentre outras;

� Encaminhar para o Instituto Adolfo Lutz os materiais coletados (escarro, sangue) para

investigação de doenças específicas;

� Divulgar aos profissionais da saúde da instituição, informações referentes às doenças de

notificação compulsória;

� Controlar o estoque de imunobiológicos no hospital bem como orientar para o uso destes

através de normatizações da Secretaria da Saúde;

� Administrar Palivizumabe em RN prematuro extremo e crianças com patologias cardíacas;

� Identificar risco de surtos de doenças de notificação compulsória nas enfermarias fechadas,

incluindo a creche da instituição, proceder com a notificação, investigação e medidas de

controle;

� Divulgar as Informações relevantes geradas pelo NVE, SMHS e DRS IX.

A principal ferramenta do trabalho cotidiano é a Busca ativa diária de doenças de notificação

compulsória, realizada pela auxiliar de enfermagem.

O processo de trabalho da mesma inclui:

� Verificar as F.A.A. da Unidade de Urgência e Ambulatórios diariamente e notificar doenças

compulsórias, indo até o paciente para a coleta de dados para o preenchimento das fichas de

notificação;

� Visitar as enfermarias onde estejam internados os pacientes com suspeita de doenças de

notificação para o mesmo procedimento citado no item acima;

� Verificar temperatura da geladeira da farmácia que contém soros e vacinas diariamente,

seguidos da manipulação destes imunobiológicos para controle do estoque. Recolhimento

das fichas que tiveram saídas de soros e vacinas para notificação;

� Realizar a limpeza semanal da geladeira de soros e vacinas;

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� Passar dados para o SMS e outros municípios da DRS IX de todas as doenças notificadas

pelo serviço;

� Pegar prontuários de pacientes identificados nas FAAs para preenchimento das fichas;

� Buscar os resultados de exames laboratoriais no SIHOSP: BAAR, Líquor, culturas,

Pesquisa de Hemoparasitas (Plasmodium), e outras sorologias, como anti HIV, Hepatites A,

B, C, VDRL, dentre outras;

� Encaminhar os exames específicos para o Laboratório Adolfo Lutz;

� Administrar a vacina de Hepatite, Tétano e Varicela em alunos do curso de enfermagem e

medicina.

As doenças de notificação compulsória investigadas pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica

do Hospital de Clínicas de Marília – Unidade Materno Infantil foram levantadas através da

busca ativa em FAAs dos atendimentos ambulatoriais e pronto socorro, exames de laboratório,

pacientes internados nas enfermarias, além da análise destas patologias nos prontuários. Para um

melhor preenchimento de nossas fichas, ocasionalmente participamos das visitas nas

enfermarias de pediatria, maternidade, ginecologia e Unidade de Urgência.

Este serviço é realizado por uma equipe de profissionais relacionados a seguir:

� 01 auxiliar de enfermagem (40hs/sem);

� 01 escriturária (10hs/sem) e 01 escriturária (20hs/sem) para atender as 02 Unidades

Hospitalares;

� 01 médica (20hs/sem) que atende as 02 Unidades Hospitalares.

Além das notificações são realizadas outras atividades:

� Para atender a nova epidemia de H1N1 foi criado um plantão dentro do serviço para o

acompanhamento mais adequado e notificação imediata dos casos para a Secretaria de

Estado da Saúde;

� Orientação às condutas para profilaxia do tétano, raiva e imumobiológicos especiais;

� Controle do estoque e da temperatura dos imunobiológicos;

� Oferecemos estágio eletivo para os cursos de enfermagem e medicina da Famema.

Abaixo seguem as tabelas que quantificam a produção do Serviço.

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Tabela 12. Número de FAAs identificadas como doença de notificação, Número de

Notificações e Prontuários analisados pela Equipe de Vigilância Epidemiológica, de novembro

de 2008 a outubro de 2009.

Indicador Número

N.º de FAAs identificadas pelo NVE 4.225

Nº de Notificações 4.224

Nº de Prontuários analisados 263

Fonte: NVE – HC.

Tabela 13. Número de doses de Vacinas e Soros aplicados em novembro de 2008 à outubro de

2009.

Vacinas e Soros Número

Hepatite B 1.095

Dupla Adulto 104

Vacina Anti Rábica 157

Soro Anti Rábico 40

Imunoglobulina para Hepatite B 03

Soro Anti Escorpiônico 01

Total 1.400

Fonte: Boletim mensal de vacinas e soros. NVE-HC

OBS: Os funcionários da instituição foram orientados a receberem a vacina contra gripe na

Rede de Atenção Básica, uma vez que não temos ainda um local apropriado e pessoal para isto,

portanto o serviço de VE não tem o registro dessas doses.

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Tabela 14. Agravos Notificados pelo NVE-HC, no período de novembro de 2008 a outubro de

2009.

Agravo Número Percentual (%)

Conjuntivite 2.467 58,5

Gripe A H1N1 1.018 24,1

Paralisia Flácida* 192 4,6

DST 146 3,5

Intoxicação exógena 104 2,5

Acidentes com animais raivosos 75 1,8

Coqueluche 66 1,6

Diarréia 44 1,0

Acidentes com animais peçonhentos 43 1,0

Meningite 13 0,3

Acidente Biológico 13 0,3

Malária 11 0,3

Aids 06 0,1

Parotidite 05 0,1

Violência Física e Sexual 05 0,1

Varicela 03 0,06

Complicação Vacinal 02 0,04

Leishmaniose Visceral 02 0,04

Hepatite 01 0,02

Tuberculose 01 0,02

Gestante HIV 01 0,02

Total 4.218 100,0

Fonte : Fichas de notificação e investigação de doenças/NVE-HC

* somente pacientes que foram internados

A partir de maio de 2009 por decisão da SMS deixamos de notificar as diarréias.

Em de junho de 2009 uma nova epidemia surgiu entre nós, a gripe H1N1. Neste período 3

gestantes de outros municípios internadas em nosso serviço foram a óbito por causa desta nova

gripe. Entre elas houve 01 natimorto e os outros bebês tiveram alta sem intercorrências.

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Continuamos a vacinar as crianças com risco de infecção pelo vírus sincicial respiratório com

vacina palivisunabe seguindo o protocolo da SES.

Adquirimos neste ano uma nova geladeira para acondicionar os imunobiológicos e a antiga foi

destinada para o centro obstétrico para agilizar a vacina da hepatite nos recém nascidos.

7.2. Serviço de Controle de Infecção Hospitalar

O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) é responsável pelas atividades de

vigilância epidemiológica das infecções hospitalares, realizadas através da busca ativa em todos

os pacientes internados que são submetidos a procedimentos de risco como: sondagem vesical

de demora (SVD), cateter venoso central (CVC), ventilação mecânica (VM) e cirurgias, como

também todas as infecções de recém-nascidos internados na UTI neonatal e todas as infecções

de crianças internadas na UTI pediátrica.

No período deste Relatório o Serviço realizou as seguintes atividades:

� Controle do consumo de antimicrobianos de uso restrito e de profilaxia cirúrgica; atividades

de prevenção e controle com orientações e supervisão das medidas estabelecidas pelo SCIH

em conjunto com as equipes de saúde;

� Elaboração do boletim mensal com os dados coletados através desta vigilância;

� Divulgação desses dados nas reuniões trimestrais aos membros da Comissão de Controle de

Infecção Hospitalar (CCIH) do complexo Famema;

� Participação de reuniões da CEME – Comissão de Especificação e Padronização de

Materiais e Equipamentos;

� Participação da Comissão de curativos;

� Participação na Comissão de investigação de óbitos materno e infantil;

� Participação no Grupo de trabalho da influenza A H1N1;

� Inclusão dos nossos dados no “Sistema Sinais” do Ministério da Saúde;

� Atualização em andamento do Manual de Prevenção de Infecção Hospitalar; e

� Desenvolvimento de atividades com o Prev-bio (SCIH, SESMT, NVE, CIPA) - grupo

multidisciplinar para prevenção e controle dos acidentes biológicos, pautados pelo foco do

aprimoramento profissional.

Segue algumas informações produzidas pelo serviço na monitorização da Infecção Hospitalar.

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Tabela 15. Taxa de Infecção nas Cirurgias Realizadas pela equipe da Ginecologia e Obstetrícia segundo mês. HMI, janeiro a setembro de 2009.

Mês Número de Cirurgia que infectou

Taxa

Janeiro � Ginecologia = 02 � Obstetrícia = 06

4,70 9,60

Fevereiro � Ginecologia = 03 � Obstetrícia = 01

8,30 3,10

Março � Ginecologia = 01 � Obstetrícia = 05

2,10 6,60

Abril � Ginecologia = 01 � Obstetrícia = 03

0,44 5,45

Maio � Ginecologia = 01 � Obstetrícia = 09

2,44 20,93

Junho � Ginecologia = 01 � Obstetrícia = 07

3,7 15,2

Julho � Ginecologia = 01 � Obstetrícia = 04

7 7,4

Agosto � Ginecologia = 02 � Obstetrícia = 03

4,4 6,6

Setembro � Ginecologia = 02 � Obstetrícia = 02

5,5 5,8

Tabela 16. Taxa Global de Infecção na UTI neonatal e UTI pediátrica, segundo mês.

HMI, janeiro a setembro de 2009.

Mês UTI Neonatal UTI Pediátrica Janeiro 54,5 25,0

Fevereiro 16,6 11,0 Março 19,0 20,0 Abril 21,4 6,6 Maio 23,8 7,1 Junho 20,0 30,0 Julho 14,2 0,0

Agosto 36,0 0,0 Setembro 5,8 6,0

No período 29 pacientes da UTI Neonatal tiveram Hemocultura positiva e 09 pacientes na UTI

Pediátrica.

8. ATIVIDADES TÉCNICAS DE APOIO AO CUIDADO

8.1. Núcleo de Acolhimento

O Núcleo de Acolhimento tem como principal atribuição, acolher os usuários em todas as

recepções da Instituição, proporcionando uma relação de respeito, confiança, solidariedade e

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cidadania com os usuários e profissionais de saúde. O Núcleo de Acolhimento do HMI conta

atualmente com um total de 30 colaboradores fixos, 3 legionários que oferecem apoio às

diversas recepções e serviços, além de 7 colaboradores que cobrem folgas, férias e licenças de

toda instituição. A estrutura organizacional é formada por um coordenador, um chefe de serviço

(serviço social) e duas assistentes administrativas V que gerenciam as recepções da

Oftalmologia e Hospital Materno Infantil.

As atividades de inovação são:

� Planejamento das Atividades de 2009 através de reuniões para levantamento das prioridades

com a equipe de coordenação do Núcleo de Acolhimento;

� Organização e realização da Campanha do Dia Nacional Contra o Tabagismo – 31 de

maio, envolvendo assistentes sociais e recepcionistas. Houve palestras de orientação e

ginástica laboral. Foi oferecido um delicioso café da manhã aos pacientes e colaboradores,

através de doações de empresas do município e região. A Campanha aconteceu nos

ambulatórios da pediatria, da ginecologia/obstetrícia e da unidade de oftalmologia;

� Organização e realização da “Semana Comemorativa” ao Dia Internacional da Mulher -

09 a 13/03/2009 – com palestras sobre a violência doméstica e distribuição de rosas no

ambulatório de Ginecologia/Obstetrícia;

� Organização e realização de “Homenagem ao Dia das Mães” no ambulatório de pediatria,

onde foi realizado palestra sobre Auto-Estima, além da confecção de quadros pelas mães

com apoio das terapeutas ocupacionais através de parceria com a Unesp;

� Organização e realização da “Festa Natalina” para as crianças e familiares do ambulatório

de pediatria no dia 18 de dezembro de 2008, onde houve diversas atividades, envolvendo

pacientes e colaboradores, tais como: atividades lúdicas, entretenimento com a presença do

Palhaço Catatau e cama elástica, além de oferecimento de lanches, refrigerantes, bolos,

algodão doce, e ainda, entrega de brinquedos às crianças através das doações de empresas

de Marília e região. Atividade realizada em parceria com as pedagogas e terapeutas

ocupacionais da Unesp;

� Organização e realização da “Festa Julina” para as crianças e familiares do ambulatório de

pediatria no dia 1º de julho de 2009, com barracas de pesca, argolas, cachorro-quente, bolos,

pipocas, refrigerantes, chá de gengibre e algodão-doce. Além de diversas atividades de

entretenimento como: bingos, sorteios em parceria com as pedagogas e terapeutas

ocupacionais da Unesp, além da presença do Palhaço Catatau. Foi feita distribuição de

doces e brinquedos às crianças através das doações de empresas industriais e comerciais de

Marília e região;

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� Revisão e atualização dos “Procedimentos Operacionais - PO” para as recepções dos

ambulatórios, realizado com o envolvimento dos colaboradores que atuam nas diversas

recepções;

� Participação no desenvolvimento do Sistema de Gestão Hospitalar, em parceria com o NTI,

através de diversas reuniões de levantamento das necessidades, apresentação dos módulos já

desenvolvidos e em desenvolvimento, colaborando nas ações de melhoria do processo de

trabalho, na alimentação dos cadastros básicos, visando à implantação para 2010;

� Implantação do Sistema REGNET em 12/01/2009 – diversas reuniões e treinamentos com

todas as áreas envolvidas: diretoria; faturamento; enfermagem; centro cirúrgico; equipe

médica; unidade de urgência e internação, além de acompanhamento “in loco” do processo

de trabalho na fase de implantação;

� Participação da construção do modelo de reestruturação dos atendimentos das unidades de

urgência do HMI com classificação de risco;

� Implantação em 01/09/2009 da reestruturação dos atendimentos da unidade de urgência do

HMI com classificação de risco. Revisão e readequação do processo de trabalho, realocação

de pessoal, treinamentos, acompanhamento e avaliação;

� Readequação no processo de trabalho e treinamentos para atendimento dos pacientes com

suspeita da síndrome gripal – Influenza A – H1N1 (26/06/2009);

� Revisão do processo de trabalho e orientação aos colaboradores quanto à internação de

recém-nascidos para realizar a certidão de nascimento no período de internação;

� Revisão e atualização do cadastro de leitos do Hospital Materno Infantil;

� Acompanhamento da reforma e mudança dos ambulatórios da pediatria (16/03/2009) e da

ginecologia/obstetrícia (13/07/2009);

� Organização e participação na divulgação da “Iniciativa Hospital Amigo da Criança –

IHAC” no Desfile de Aniversário de Marília, com faixas e camisetas;

� Programa “Plantão do Serviço Social 24 horas nas Unidades de Urgência e Emergência

da Famema”, proporcionando acolhimento aos usuários do serviço que demandam soluções

objetivas e imediatas. Porém o profissional está alocado no HC;

� Programa de Estágio no Serviço Social – atuação de uma estagiária no período de

30/10/2008 a 27/11/2008;

� Programa “Gravidez de Alto Risco” que visa proporcionar à paciente informação,

orientação e acompanhamento do pré-natal pela equipe e incentivar o aleitamento materno.

Realizada 36 reuniões com 553 participantes no período. Como resultado: diminuição de

ansiedade, angústia e medo; ambiente de espera mais tranqüilo com relação a sua consulta

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conhecendo a rotina do ambulatório e a equipe envolvida; melhor entrosamento entre

paciente – família e equipe;

� Programa “Atendimento às mães na sala de aleitamento materno” visa proporcionar a mãe

um atendimento social realizando avaliação sócio-econômica, acompanhando no incentivo e

na promoção do aleitamento materno;

� Programa “Atendimento Social à pacientes da Onco-Ginecologia” visa oferecer um

atendimento acolhedor às pacientes. Busca orientar, informar, minimizar a angústia e

ansiedade através de reuniões semanais. Realizadas 35 reuniões com 1.471 participantes no

período;

� Coordenação da Comissão da “Iniciativa Hospital Amigo da Criança – IHAC” – comissão

formada por equipe multidisciplinar centrada no incentivo, apoio e promoção do

aleitamento materno:

� Avaliação dos treinamentos anteriores e discussão da metodologia dos novos

treinamentos com a carga horária aumentada para 20 (vinte) horas;

� Acompanhamento das Visitas dos auditores do Ministério da Saúde ao Programa

IHAC;

� Reestruturação da Comissão com saída e entrada de membros da Comissão;

� Formalização do Convite à responsável do Banco de Leite Humano como

assessora da Instituição para questões relacionadas à IHAC;

� Participação do Banco de Leite de Marília e Saúde da Criança do Município para

mapeamento das crianças pós-alta – na checagem do aleitamento materno nas

Unidades de Saúde;

� Festa de sobremesa, organizada pela Comissão no intuito de arrecadar fundos para

confecção de banners;

� Organização da semana mundial de amamentação com o tema “Amamentação em

situações de emergência” com exposição de fotos e palestra no ambulatório de

gravidez de alto risco;

� Foram realizados 20 (vinte) reuniões no período;

� Programa “Humanizando UTI Pediátrica” que consiste em desenvolver uma relação inter-

pessoal dos funcionários, pacientes e familiares;

� Organização da semana mundial do aleitamento materno – exposição de fotos e os dez

passos para o sucesso do aleitamento materno e palestra no ambulatório de gravidez de alto

risco;

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� Participação na “Equipe Multidisciplinar no Ambulatório de Baixo Peso”, o atendimento

integrado as demais áreas visando acompanhamento das crianças e familiares após alta

hospitalar;

� Participação na “Equipe Multidisciplinar da Pediatria” com atendimento psicossocial

integrado as demais áreas visando o acolhimento às crianças internadas e familiares;

� “Ficha de Estudo Sócio-Econômico” aplicada a 169 pacientes internados, pelo Serviço

Social;

� Manutenção do Protocolo de Atendimento do Serviço Social;

� Realocação de Assistente Social para atuar especificamente na Pediatria, envolvendo

ambulatório, enfermaria e urgência pediátrica, visando à melhoria no acolhimento das

crianças e familiares;

� Realização do Encaixe Programado no Sistema Hospitalar de consultas e exames,

possibilitando a entrega do prontuário pelo Arquivo no ambulatório em tempo para o

atendimento, eliminando as agendas manuais, e ainda, fornecendo informações reais e

completas dos agendamentos e atendimentos;

� Cadastramento do Cartão Nacional de Saúde – CNS na Famema, que compreende: consulta

à base de dados, via internet; emissão do CNS; inclusão no sistema CADSUS dos usuários;

e envio ao DATASUS, conforme norma do Ministério da Saúde;

� Gerenciamento dos Processos do LME e do Sistema de Controle dos Processos de LME:

no ambulatório de Saúde Mental foram 1.407 processos, no ambulatório de Pediatria 156

processos, no ambulatório de ginecologia 40, e no CAPS foram 30, totalizando 1.633

processos de LME no período;

� Recadastramento Anual dos Colaboradores do Núcleo de Acolhimento pertencentes à

Autarquia no Sistema do Governo do Estado de São Paulo – via Internet;

� Atualização dos equipamentos de informática das recepções dos serviços e ambulatórios;

� Recebimento através de doação de 4 equipamentos oftalmológicos;

� Reforma e readequação da estrutura física da recepção e refeitório da Unidade de

Oftalmologia, além da aquisição de móveis e utensílios com recursos institucionais e

doações;

� Realização de reuniões periódicas nos diversos ambulatórios e serviços para passar

informações aos colaboradores das reuniões com a Diretoria e para levantar problemas,

revisar processos de trabalho, propor e implantar soluções;

� Avaliação e acompanhamento dos serviços de urgência, internação e serviço social através

dos livros de plantão;

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� Avaliação dos colaboradores, através de instrumento próprio da área de “Avaliação de

Competência do Colaborador e do Gestor”. Atividade realizada pelos responsáveis pelas

unidades com os colaboradores do Núcleo de Acolhimento;

� Avaliação dos colaboradores no período de experiência, através de instrumento próprio da

área de “Avaliação de Competência do Colaborador no Período de Experiência”. Atividade

realizada pelos responsáveis pelas unidades e serviços do Núcleo de Acolhimento;

� Realização de reuniões semanais da coordenação do Núcleo de Acolhimento com o

objetivo de passar informações gerais, apresentar problemas e discutir propostas de

soluções, sendo um instrumento de avaliação do serviço;

� Solicitação e participação da equipe de coordenação do Núcleo de Acolhimento no “Grupo

de Trabalho Sócio-Psico-Educativo” realizado pelo Núcleo de Apoio aos Colaboradores –

NAC-DRH. O grupo foi formado em 02/07/2009 com reuniões semanais que tem o

objetivo de trabalhar as angústias vividas no ambiente de trabalho e os desafios do

relacionamento com o paciente, a equipe e outros profissionais;

� Participação dos colaboradores nas orientações sobre o Aleitamento Materno realizadas em

09/04/2009;

� Participação no Grupo de Humanização Hospitalar da Famema;

� Participação nas reuniões de colegiado do Hospital Materno Infantil;

� Participação nas reuniões de chefias do Hospital Materno Infantil;

� Participação na organização e realização como facilitadoras do Fórum da Famema;

� Participação em reuniões mensais e extraordinárias da Rede Mulher de Marília;

� Organização e participação nas reuniões do Grupo de Gestão de Qualidade;

� Participação na Comissão de Uniformes da Instituição;

� Participação e colaboração nos seguintes eventos realizados no Hospital Materno Infantil:

� 10 a 12/12/2008 – Hospitalart – solicitação de prendas para bingos, karaokês e

sorteios, junto aos municípios da região;

� 18 e 19/12/2008 – Café da Manhã com os Funcionários – solicitação de

alimentos e frutas junto às prefeituras da região;

� 23/12/2008 – Festa de Natal na enfermaria da pediatria;

� 13/02/2009 – Festa Inauguração da Casa do Ambulatório de Pediatria;

� 17/02/2009 – Palestra e dinâmica com grupo de mães da Enfermaria de

Pediatria com apoio de alunos do curso de Enfermagem;

� 08/04/2009 – Festa de Páscoa na Enfermaria da Pediatria;

� 29/04/2009 – Desfile de moda projeto IUPE – participação na venda de ingresso

e presença no evento;

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46

� Participação na Semana da Enfermagem;

� Participação na Festa Junina da Enfermaria – auxílio na decoração da

Enfermaria e nas brincadeiras;

� Processamento e avaliação trimestral das Sugestões dos Usuários sobre o Atendimento dos

Serviços de Saúde da Famema. A tabela apresenta a avaliação resumida do período.

Tabela 17. Avaliação Trimestral das Sugestões dos Usuários sobre a Atenção prestada pelas

Unidades de Produção da Famema. HMI, 2009.

Recepção Categoria

avaliada Ótimo Bom Regular Ruim Total

Internação

HMI

Enfermagem 15 62,5% 7 29,2% - 0,0% 2 8,3% 24 25,3%

Médico 22 91,7% 2 8,3% - 0,0% - 0,0% 24 25,3%

Portaria 13 59,1% 5 22,7% 1 4,5% 3 13,6% 22 23,2%

Recepção 15 60,0% 8 32,0% 1 4,0% 1 4,0% 25 26,3%

Subtotal 65 68,4% 22 23,2% 2 2,1% 6 6,3% 95 100,0%

Pediatria

Enfermagem 17 48,6% 13 37,1% 5 14,3% - 0,0% 35 23,8%

Médico 23 59,0% 6 15,4% 4 10,3% 6 15,4% 39 26,5%

Portaria 17 48,6% 7 20,0% 10 28,6% 1 2,9% 35 23,8%

Recepção 23 60,5% 11 28,9% 4 10,5% - 0,0% 38 25,9%

Subtotal 80 54,4% 37 25,2% 23 15,6% 7 4,8% 147 100,0%

PS HMI

Enfermagem 25 44,6% 19 33,9% 11 19,6% 1 1,8% 56 24,9%

Médico 29 53,7% 11 20,4% 9 16,7% 5 9,3% 54 24,0%

Portaria 28 48,3% 16 27,6% 6 10,3% 8 13,8% 58 25,8%

Recepção 27 47,4% 17 29,8% 11 19,3% 2 3,5% 57 25,3%

Subtotal 109 48,4% 63 28,0% 37 16,4% 16 7,1% 225 100,0%

Saúde

Mental

Enfermagem 24 54,5% 11 25,0% 7 15,9% 2 4,5% 44 23,2%

Médico 35 64,8% 8 14,8% 6 11,1% 5 9,3% 54 28,4%

Portaria 18 47,4% 11 28,9% 5 13,2% 4 10,5% 38 20,0%

Recepção 34 63,0% 10 18,5% 7 13,0% 3 5,6% 54 28,4%

Subtotal 111 58,4% 40 21,1% 25 13,2% 14 7,4% 190 100,0%

Total de categorias

avaliadas 365 55,6% 162 24,7% 87 13,2% 43 6,5% 657 100,0%

Fonte: Núcleo de Acolhimento

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O Serviço Social realizou 6.836 atividades de rotina específicas, que são: 1.390 altas; 145

atendimentos de avaliação com classificação de risco; 37 autorizações de cirurgias; 6 boletins de

ocorrência; 6 contatos com a Delegacia de Defesa da Mulher; 429 contatos institucionais; 99

contatos com o Conselho Tutelar; 450 convocações de família; 492 emissões de declaração de

comparecimento; 249 discussões de casos; 6 doações de roupas e calçados (novos e usados); 3

elaborações de documentos; 419 evoluções em prontuário; 747 emissões de FAA – Ficha de

Atendimento Ambulatorial; 25 orientações para encaminhamentos externos - guias de

referência; 85 orientações aos familiares e providências para a emissão da Declaração de Óbito -

DO; 121 orientações sobre aleitamento materno; 72 orientações sobre benefícios

previdenciários; 10 orientações aos familiares de pacientes internados; 1 orientação para

realização da Litotripsia; 20 orientações quanto à retirada do passe saúde; 55 emissões e

orientações de relatórios médicos; 34 avaliações para prótese ocular; 326 visitas ao leito; 2

visitas domiciliares; 16 providências de leite, medicação e perucas junto à ACC; 4

fornecimentos de refeições; 3 solicitações de abrigo para GASH - mães da UTI Pediátrica; 6

atendimentos de vítimas de violência sexual; 255 solicitações de transporte administrativo e;

1.323 solicitações de transporte social.

8.2. Unidade de Alimentação e Nutrição

A Equipe da Unidade de Alimentação e Nutrição integram diferentes grupos de trabalho da

Unidade Hospitalar Materno Infantil, dentre eles:

� Comissão Multidisciplinar da Enfermaria de Pediatria;

� Comissão de Investigação da Mortalidade Neonatal;

� Comissão de Acolhimento dos Estudantes;

� Comissão Iniciativa Hospital Amigo da Criança;

� Iniciativa Unificada em Pediatria;

� Grupo de Controle do Tabagismo no Ambiente Hospitalar; e

� Comissão Municipal de Alimentação e Nutrição da Secretaria Municipal de Saúde.

No decorrer deste ano a Equipe elaborou um projeto de reforma no HMI, visando incorporar a

área física do Lactário na Unidade de Alimentação e Nutrição no andar térreo do HMI. Aguarda

recursos financeiros para viabilizar o projeto.

Tabela 18. Refeições servidas segundo tipo de dieta. Unidade de Alimentação e Nutrição.

HMI, novembro de 2008 a outubro de 2009.

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Tipo de Dieta Número Percentual (%) Geral 57.175 19,7

Especial 29.950 10,3 Pediátrica 32.694 11,3

Funcionários 103.389 35,7 Acompanhantes 66.585 23,0

Total 289.793 100,0 Enteral 8.340

Mamadeiras 58.060 Fonte: UAN/Hospital das Clínicas

Com relação ás ações de cuidado, foram realizadas:

� Atendimentos Ambulatoriais: 371/ano

� Orientações de alta: 33/ano

� Avaliações Nutricionais: 367/ano

Foram desenvolvidas atividades visando à melhoria da qualidade, dentre elas:

� Atualização do Manual de Dietas Hospitalares da Unidade de Alimentação e Nutrição do

Hospital das Clínicas;

� Atualização do Manual de Boas Práticas de Fórmulas Lácteas Enterais e Manipulação de

Leite Humano;

� Coordenação do Aprimoramento pela FUNDAP na área de Nutrição Clínica, com aumento

do número de aprimorandas para contemplar a Unidade Materno Infantil;

� Definição de Missão, Visão e Valores da Unidade de Alimentação e Nutrição; e

� Implantação do Plano de Metas UAN.

8.3. Serviço de Fisioterapia

8.3.1. Área Física e Equipamentos

Atualmente o espaço do Serviço de Fisioterapia da Unidade Materno Infantil se limita a uma

sala localizada no andar térreo do HMI. O espaço tem por objetivo o acondicionamento de

documentos pertinentes ao gerenciamento do serviço, sendo também a referência para todos os

fisioterapeutas que estão locados nesta Unidade. Há que se ressaltar que a sala é pequena, se

revelando insatisfatória ao fim a que se destina, sendo necessária sua ampliação, para melhor

organização de trabalho.

Durante o período de referência, o Serviço de Fisioterapia do HMI, recebeu 04 máscaras de

ventilação mecânica não invasiva, de uso pediátrico, que muito contribuiu para evitar intubação

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oro traqueal e evitar reintubações oro traqueal, disponibilizando a realização de procedimentos

anteriormente não realizados pela falta deste recurso. A realização do procedimento repercute

diretamente na minimização do desconforto respiratório em casos de insuficiência respiratória.

8.3.2. Equipe

Até a presente data, estão locados no HMI, além da fisioterapia encarregada, mais 05

fisioterapeutas que compõem o quadro da Unidade e distribuídos:

� Período da Manhã: 01 fisioterapeuta de 06 horas/dia na UTI pediátrica, Serviço de

Urgência e Isolamento; 01 fisioterapeuta de 06 horas/dia na Enfermaria de Pediatria e

Particular/Convênios, Ginecologia e Maternidade e 01 fisioterapeuta 06 horas/dia na UTI

neonatal, Berçário e Unidade de Cuidados Intermediários; e

� Período da Tarde: 02 fisioterapeutas de 06 horas/dia, no reatendimento dos quadros mais

graves e dos não atendidos no período da manhã.

Importante ressaltar que neste período de referência, foram contratados 02 fisioterapeutas que

atualmente compõe o quadro. Iniciaram suas atividades em novembro/2008, fato que contribuiu

com o aumento e qualidade de atendimento, acelerando o processo de reabilitação dos pacientes

internados, repercutindo diretamente na rotatividade de leitos e no desenvolvimento de ação

preventiva e de promoção à saúde realizada junto às mães e gestantes.

Muito embora haja uma equipe de fisioterapeutas na cobertura de todas as alas e Unidades do

hospital, a contratação de mais profissionais ainda se faz necessário, pois um maior número de

profissionais possibilitará um incremento no número de sessões diárias, principalmente aos

pacientes mais graves e o atendimento 24 horas nas UTIs Neonatal e Pediátrica.

8.3.3. Grupo de Trabalho

Com as duas novas contratações, algumas atividades, além dos atendimentos a leitos, foi

possível viabilizar, considerando que, anteriormente com apenas 03 fisioterapeutas para a

cobertura de todo o hospital, os atendimentos a leitos se faziam prioritários.

Assim, desde agosto, uma fisioterapeuta tem contribuído com a comissão de investigação de

óbito materno infantil. As reuniões acontecem uma vez por mês, na dependência de

agendamento prévio, com a participação de uma equipe interdisciplinar de saúde, e tem por

objetivo levantar dados dos óbitos ocorridos no mês, e identificar se o motivo relaciona-se a má

qualidade na assistência ou complexidade e severidade do agravo. Os dados são elaborados em

relatórios que servem de embasamento para ações que possam melhorar a qualidade de

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atendimento e a maior compreensão dos riscos e agravos no processo saúde/doença, almejando

a menor incidência de óbitos.

8.3.4. Implantação de Novos Serviços

Também fundamentado pela ampliação da equipe, houve a inserção de uma fisioterapeuta no

Ambulatório de Asma, a partir de agosto. O ambulatório conta com a participação de uma

equipe interdisciplinar de saúde, e tem por objetivo acompanhar crianças acometidas pelo

agravo e proporcionar diminuição dos episódios de crises, ou minimização da severidade dos

episódios de crises, ou minimização da severidade dos quadros; bem como desenvolver ações

que visem a melhor compreensão da doença e condutas adequadas nos episódios

desencadeados, favorecendo no âmbito geral o menor numero de internações hospitalares.

O Ambulatório funciona às segundas-feiras, de 15 em 15 dias, onde a fisioterapeuta avalia

todas as crianças agendadas no período, fazendo orientações e atendimentos, quando necessário.

Espera-se que esta ação venha repercutir diretamente na diminuição de crianças hospitalizadas e

com uma melhor qualidade de vida.

8.3.5. Produção

O relatório da produção refere-se ao período de novembro de 2008 a outubro de 2009.

Atenção à pacientes internados:

� Numero de pacientes atendidos: 1.004; e

� Numero atendimentos: 9.218.

8.3.6. Rotinas e Protocolos

O grande diferencial, atualmente na rotina de encaminhamentos dos pacientes, está na lógica de

avaliação dos fisioterapeutas aos pacientes internados. Anteriormente o critério era

exclusivamente através da avaliação e prescrição médica. Atualmente estabeleceu-se também a

avaliação do fisioterapeuta aos pacientes internados, que quando identificada à necessidade,

busca-se um processo de envolvimento e discussão com o médico, para prescrição e início do

atendimento.

Ainda existem pontos, nesta rotina, a serem conquistados:

� Atualmente os casos avaliados são reconhecidos pelo censo diário, onde ativamente

buscam-se os pacientes com afecções respiratórias e assim a intervenção junto ao paciente

para avaliação. Há uma meta de avaliação pela fisioterapia de todos os pacientes

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hospitalizados, no entanto considerando a regulação atual das profissões se faz necessária

ainda a prescrição médica. Busca-se futuramente o direito ao exercício da autonomia

profissional, ainda não muito reconhecida por alguns profissionais.

8.4. Serviço de Farmácia Hospitalar

Dentre as atividades desenvolvidas, na busca de qualificação e inovação podemos elencar:

� Transferência da Manipulação de Nutrição Parenteral Infantil da Farmácia Hospitalar do

HCI para o HMI. Tal ação significou:

� O aumento no número de RN/Crianças atendidas de 720 para 1.560/ano; e

� Reformulação na técnica de manipulação, com adequações à legislação vigente e as

boas práticas de manipulação.

� Normatização da aquisição de medicamentos não padronizados através da Ordem de

Serviço Conjunta nº 03/2009.

� Melhoria no atendimento prestado à comunidade interna e externa e na qualidade de vida

dos colaboradores da Farmácia Hospitalar através da alteração no quadro de funcionário

que atualmente se apresenta na seguinte composição:

� Farmacêutica: 1 (anteriormente 1)

� Técnico de Farmácia: 1 (anteriormente 0)

� Auxiliares de Farmácia: 10 (anteriormente 7)

� Substituição das CPUs, pelo Núcleo Técnico de Informação, por melhores

equipamentos.

Tabela 19. Produção do Serviço de Farmácia Hospitalar, 2009.

Atividade Média Mensal Total Anual

Prescrições Médicas Atendidas

3.600 43.200

Requisições de Consumo Hospitalar Atendidas

840 10.080

Formulações de Nutrição Parenteral Pediátrica

120 1.440

Fornecimento de Medicamentos a Pacientes HIV/Aids

130 1.560

Fornecimento de Medicamentos e Insumos a Pacientes Diabetes Tipo 1

60 720

Fornecimento de Medicamentos a Pacientes H1N1 645 pacientes 8.5. Serviço de Processamento de Roupas

O Serviço de Lavanderia Hospitalar é uma unidade de apoio logístico responsável pelo

processamento das roupas hospitalares, fornecendo-as em ideais condições de uso, higiene,

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quantidade, qualidade e conservação, visando o pleno atendimento dos clientes internos e

externos da Instituição, proporcionando-lhes conforto, segurança e bem estar.

O processamento das roupas hospitalares abrange todas as etapas pelas quais as roupas passam,

desde seu uso até o seu retorno para a reutilização, sendo estas etapas desenvolvidas em áreas

distintas, separadas por barreira física.

8.5.1. Descrição do processo de preparo do enxoval hospitalar

8.5.1.1. Área Suja:

� Recepção e Pesagem: Pesagem de todas as roupas ao chegar à área suja da lavanderia,

identificando as quantidades por centro de custo.

� Separação e Classificação: Separação e seleção das roupas, por tipo de peças (lençol,

roupas hospitalares, cobertores, compressas, campos cirúrgicos, pano de chão e retorno) e

grau de sujidade (sujidade leve, sujidade pesada). Esta etapa do processo é fundamental,

para que a taxa de retorno seja menor que 2,5%, pois uma peça de sujidade pesada não deve

ser lavada no processo de sujidade leve e peças diferentes não devem ser misturadas. Os

EPI utilizados estão de acordo com as normas da ANVISA.

� Lavagem: Processo em que as roupas são lavadas e higienizadas bacteriologicamente,

através da ação mecânica dos equipamentos e da ação química de produtos específicos.

Existem sete processos de lavagem automática no qual o funcionário, ao carregar a máquina

lavadora, seleciona de acordo com o tipo de peça e o grau de sujidade. Após o início do

processo, todas as operações (enxágüe, pré-lavagem, lavagem, umectação, alvejamento,

neutralização e amaciamento) e a dispensação dos produtos são comandadas pelo

computador. Ao final do processo o alarme é acionado e o funcionário desliga a máquina,

preparando a mesma para a retirada da roupa limpa na área limpa. Equipamento utilizado:

máquina lavadora de barreira. Capacidade do equipamento: 100 Kg. Quantidade em uso:

duas lavadoras. Os EPI utilizados estão de acordo com as normas da ANVISA. Houve a

aquisição de óculos para cada funcionário, gorro e luvas adequadas para o trabalho na área

suja.

8.5.1.2. Área Limpa (área de acabamento):

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� Centrifugação: Após a retirada da roupa da máquina de lavar as mesmas são colocadas na

centrífuga para que ocorra a redução da água nas roupas. Equipamento utilizado: centrífuga.

Capacidade do equipamento: 40 Kg. Quantidade em uso: duas centrífugas.

� Secagem: Processo destinado a secar todas as roupas hospitalares. Equipamento utilizado:

secadora. Capacidade do equipamento: 20 e 50 Kg. Quantidade: duas secadoras de 50 Kg e

três secadoras de 20 Kg.

� Calandragem: Processo destinado a passar as peças, promovendo a termodesinfecção.

Durante este processo ocorre a separação de roupas com manchas e com sujidade que serão

destinadas ao retorno (roupas que voltam para a área suja e são lavadas no processo de

retorno) e separação de roupas destinadas ao setor de costura para a realização de reparos.

Equipamento utilizado: calandra com quatro cilindros. Quantidade: uma calandra.

� Reforma: Conserto das peças danificadas, realizadas no setor de costura.

� Confecção: Eventualmente, o setor de costura confecciona determinados itens de acordo

com a necessidade de cada setor, os quais não são adquiridos por processo licitatório, por

exemplo: aventais para uso no isolamento, GMR, conjuntos de pijama infantil, faixas de

contenção, propés de tecido, aventais e propés de plástico, cortinas para unidades

administrativas, roupas para bebês. Este setor também é responsável pelo revestimento de

colchões para o uso dos pacientes.

� Distribuição: Fornecimento de roupas hospitalares às Unidades do Complexo Famema

(Hospital das Clínicas – Unidades I e Materno Infantil, Hemocentro, Ambulatório de

Especialidade Mário Covas, Unidade Oftalmológica e CCI Castelinho). As roupas são

transportadas da lavanderia do HC para a rouparia do HMI em sacos impermeáveis

fechados e em carro próprio para roupa limpa. Ao chegar à rouparia do HMI as roupas são

retiradas dos sacos e armazenadas nas prateleiras. A distribuição ocorre de acordo com a

necessidade de cada setor. Peças como fraldas, cueiros, conjuntos de bebês são embaladas

para posterior distribuição. Esta rouparia é responsável pelo abastecimento dos ambulatórios

de pediatria e ginecologia. A rouparia do HMI funciona diariamente das 7h00 às 19h00

horas. Se houver necessidade de buscar roupas após este horário, o enfermeiro responsável

pela unidade solicitante deverá entrar em contato com a chefia do Serviço de Processamento

de Roupas para solicitar a quantidade necessária e a autorização para abertura da rouparia.

Todos os equipamentos da lavanderia são movidos à energia elétrica.

Atualmente, o Serviço de Processamento de Roupas conta com um quadro funcional de 43

colaboradores, com horário de funcionamento de 2ª à 6ª feira, das 6 às 23 horas e aos sábados,

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domingos e feriados, das 6 às 19 horas. O setor de costura funciona de segunda à sexta-feira das

7 às 16 horas. Do total de 43 funcionários, 02 estão fixos na rouparia do HMI e 02 realizam

cobertura de folgas.

Tabela 20. Produção do Serviço de Processamento de Roupas, 2009.

Indicador Total Média Mensal

Roupas processadas do HMI

262.849 kg

21.904,08 kg

8.5.2. Atividades desenvolvidas

� Reuniões de equipe, realizadas a cada dois meses, com o objetivo de promover a integração

dos colaboradores, bem como discutir assuntos referentes ao serviço;

� Reforma de uma lavadora de 100 kg e uma secadora de 50 kg que aguardam instalação;

� Mudança no processo de lavagem das roupas, substituindo o alvejante clorado pelo

alvejante à base de peróxido de hidrogênio e ácido peracético a fim de eliminar as manchas

irreversíveis causadas pela reação da clorexidina com o cloro que inutilizavam o enxoval

manchado. Com esta alteração houve aumento no valor do kilo da roupa lavada, mas houve

também maior durabilidade do enxoval, menor desgaste das roupas e diminuição das baixas

no enxoval;

� Readequação do descarte dos galões dos produtos químicos. Atualmente os galões estão

sendo utilizados pelo Serviço de Higiene Hospitalar para o descarte de resíduos químicos do

Hemocentro, evitando, assim, o descarte destes galões no meio ambiente;

� Implantação do uniforme (kit verde) da UTI Pediátrica, UTI Neonatal conforme

preconizado na NR- 32;

� Capacitação dos funcionários da área suja para coletar e processar de maneira adequada as

roupas dos pacientes suspeitos e confirmados da Gripe Influenza A (H1N1);

� Implantação do uniforme (kit verde) na Pediatria e unidade de isolamento no HMI devido

ao contato dos funcionários com os pacientes internados com gripe H1N1;

� Utilização de parte do enxoval do Hospital São Francisco para melhorar o fornecimento

para as unidades hospitalares;

� Mudança do local da rouparia; e

� Fechamento da portaria da Rua Floriano Peixoto, facilitando a entrada da roupa limpa.

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8.6. Serviço de Higiene Hospitalar

O Objetivo deste serviço é, em parceria com o Serviço de Enfermagem, manter as Unidades do

HMI limpas, higienizadas para redução de riscos de contaminação e recontaminação.

Os processos de trabalhos de limpeza diária e terminal envolvem o uso de enceradeira

industrial, baldes (água limpa e água detergente), removedor de ceras, saponáceo, esponja dupla

face, luvas de borracha amarela (uso geral), luvas de borracha laranja (para banheiros), sacos

para resíduos, botas de borracha, placas sinalizadora de piso molhado.

O Serviço atende a Central de Material; a Limpeza Terminal semanal da Frente de

Preparo/Fluxo Laminar (segurança no preparo das infusões/medicações); Marmiteiro (Banho

Maria); Depósito Externo de Resíduo de Saúde (container); limpeza diária e terminal (semanal)

da UTI Neonatal e UTI Infantil; Limpeza diária das Enfermarias; Limpeza diária e terminal do

Isolamento; Limpeza de todos os Banheiros; Limpeza e organização diária e terminal de todos

os setores e a Limpeza Terminal do Centro Cirúrgico.

No período em questão tivemos algumas alterações na área física como a reforma para a

transformação de salas de aula em UTI pediátrica, o que gerou demanda para contratação de

02(dois) funcionários específicos para UTI pediátrica; houve ainda solicitação para fixar 01(um)

funcionário para cobrir o Ambulatório da Pediatria e 01(um) funcionário para cobertura de

folgas e férias.

Continua um déficit de 01(um) funcionário, pois o Ambulatório de Ginecologia continua sem

cobertura; a limpeza é feita com funcionários que são remanejados de outros setores,

ocasionando, muitas vezes, falhas que poderiam ter sido evitadas.

Foi adquirido (por doação) um aspirador de sólidos e líquidos que tem sido de grandes valia

principalmente na UTI Neonatal, Centro Obstétrico, Pronto Atendimento Infantil, Frente de

Preparo e na Cozinha que são setores que não possuem ralos para drenagem de água.

O Serviço foi contemplado também com a doação de uma máquina de lavar sob pressão (lava a

jato) que tem sido utilizado nas áreas externas (telas), corredor e na Unidade de Oftalmologia.

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Na IHAC (Iniciativa Hospital Amigo da Criança) conseguimos com que todos os nossos

funcionários e encarregados participassem dos treinamentos, podemos perceber que ficaram

sensibilizados para atuar de acordo com o esperado para a função que realizam.

No projeto antitabagismo dos 39 funcionários da Higiene Hospitalar 03 são fumantes e se

inscreveram para participar do projeto. Nenhum está freqüentando o ambulatório de tabagismo e

continuam fumando.

Os produtos de limpeza não ficam disponíveis nos setores. Ficam armazenados com a

encarregada em uma sala fechada e diariamente são disponibilizados conforme necessidade de

cada setor, com isso tem se conseguido reduzir extravios freqüentes dos gêneros de limpeza ou

desperdício.

Foram elaboradas diversas rotinas: lavação de saboneteiras, lavação dos banheiros, limpeza

geral, limpeza de isolamento, separação acondicionamento de resíduos e coleta de resíduo.

Foi implantada no HMI coleta de resíduos altamente infectantes na agência transfusional, onde

os resíduos contendo mais que 50 ml de sangue ou hemoderivado é descartado em sacos

vermelhos que são encaminhados para autoclavação no Hemocentro e daí para a destinação

final em saco branco. Implantamos também coleta de resíduos químicos, que são descartados

em bombonas plásticas identificados e colocados em sacos específicos (pardos ou laranja) para

serem encaminhados para incineração.

Os pisos do Serviço de Urgência e Berçários, recentemente trocados são pisos de difícil

manuseio e conservação. Sugerimos que seja feito uma padronização de pisos, não só pela

estética, mas pensando também em facilidade de conservação, resistência e durabilidade.

O Serviço continua aguardando a reforma do depósito de resíduos, pois os recicláveis ficam no

tempo. No período de novembro de 2008 a outubro de 2009 tivemos uma quantidade de 20.675

kg; valores informados pela Empresa Sterlix que faz a pesagem dos resíduos. Faz-se necessário

a aquisição de uma balança para conferência da pesagem dos resíduos.

No mês de outubro aproximadamente R$ 2.000,00 foram utilizados para compra de materiais

como: saboneteiras, porta papel toalha, porta papel higiênico, baldes e lixeiras com pedal e

tampa.

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8.7. Unidade de Produção “Centro Cirúrgico”

O Centro Cirúrgico do HMI atende as disciplinas da Famema que realizam cirurgias infantis,

tais como Ortopedia-Traumatologia, Cirurgia Pediátrica, Otorrinolaringologia, dente outras;

Gineco-Obstetrícia, Oftalmologia e outras disciplinas cirúrgicas da Instituição.

Neste ano foi transferido do HCI para o HCII um Intensificador de Imagem que trouxe

qualificação aos procedimentos cirúrgicos realizados (melhoria da imagem e qualidade nos atos

cirúrgicos), além de diminuir o transporte intra-hospitalar das crianças que necessitavam de

procedimentos cirúrgicos.

Com relação à equipe houve mudanças a partir de avaliação dos perfis profissionais o que

proporcionou uma melhor adequação do quadro de enfermagem.

Tabela 21. Movimento do Centro Cirúrgico, 2009.

Tipo de Cirurgia Número Indicador

Cirurgias Programadas

Cirurgias Suspensas

2.155

491

18,5% de Cirurgias Suspensas

Tipo de Cirurgia Número Indicador

Cirurgias Eletivas 1.988 80,6%

Cirurgias de Urgência 478 19,4%

Total 2.466 100,0%

Tipo de Cirurgia Número Indicador

Cirurgias Encaixadas 802 32,5%

Fonte: Mapas Cirúrgicos/CC-HMI

É possível observar nos dados acima a necessidade de otimização da utilização do Centro

Cirúrgico em função do elevado percentual de cirurgias encaixadas e suspensas, o que traz

dificuldades na organização e operacionalização da Unidade.

8.8. Serviço de Imagem

A estrutura física do serviço não sofreu mudanças.

O serviço recebeu um equipamento de Raios-X portátil que foi alocado na UTI Pediátrica.

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Foi transferido da Unidade Clínico Cirúrgica um Aparelho Portátil Arco Cirúrgico para

viabilizar a realização dos procedimentos cirúrgicos da Ortopedia, dentre outros.

Com relação à Equipe de Técnicos temos 05 para cobertura das 7h00 às 0h00. Para os técnicos

que trabalham das 19h00 às 7h00, foi implantada uma hora de descanso por força de lei. Temos

dificuldades quando o técnico é requisitado no Centro Cirúrgico, pois ocorre atraso na

realização dos exames de rotina e urgência. Frequentemente se faz necessário acionar um

profissional extra.

8.9. Patologia Clínica

A Unidade Materno Infantil tem suporte laboratorial feito pelo Laboratório do Hemocentro.

Os exames são coletados no HMI e transportados para o Hemocentro. Dispõe de áreas

destinadas aos setores de Bioquímica, Urinálise, Hematologia, Coagulação, Microbiologia,

Imunologia, Parasitologia.

São realizados exames de pacientes internados, ambulatórios, serviços de urgência.

Foram realizados 798.651 exames no período deste Relatório. Não está individualizado o

montante feito para pacientes do HMI.

Tabela 22. Produção Laboratorial segundo origem.

Hemocentro, novembro de 2008 a outubro de 2009.

Origem Número e %

Ambulatório da Instituição

338.660 (42,4%)

Pacientes Internados

172.399 (21,6%)

Rede Básica – Marília

215.087 (26,9%)

Ambulatório Externo – DRS-IX

72.505 (9,1%)

TOTAL 798.651 (100%) Fonte: Hemocentro/Famema

O Laboratório participa do Controle de Qualidade Externo, PNCQ - Programa Nacional de

Controle de Qualidade, patrocinado pela SBAC - Sociedade Brasileira de Análises Clínicas,

obtendo em todas as Avaliações Mensais o nível de EXCELENTE.

9. ATIVIDADES ACADÊMICAS

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9.1. Enfermagem

As atividades desenvolvidas no HMI relacionadas ao ensino da enfermagem são:

� Estágio de graduação supervisionado da Unidade Prática Profissional do 3º ano “Cuidado ao

indivíduo hospitalizado”, de segunda a quinta-feira na Pediatria, Maternidade, Centro

Obstétrico e Centro Cirúrgico (quando o estudante cuida de crianças que irão para cirurgia),

com a supervisão docente da série; e

� As docentes da 3ª série do Curso de Enfermagem participam ainda dos grupos de trabalho

IHAC e Grupo de Apoio à Sistematização – GAS, apoiando a equipe de enfermagem do

HMI.

9.2. Fisioterapia

Há 05 anos em parceria com a FUNDAP, está sendo desenvolvido na Famema, o Programa de

Aprimoramento Multiprofissional em Saúde da Família. O programa propicia o aprimoramento

a várias especialidades, havendo atuação de um fisioterapeuta nas preceptorias dos profissionais

fisioterapeutas.

9.3. Centro Obstétrico e Enfermarias de Ginecologia e Obstetrícia

A Unidade de Produção Centro Obstétrico é campo de estágio para graduação de enfermagem

(3º ano), graduação médica (5 e 6º ano) e pós-graduação, na modalidade residência médica, nas

áreas de pediatria e ginecologia.

As Enfermarias de Ginecologia e Obstetrícia recebem estudantes dos Cursos Técnicos, de pós-

graduação e de graduação apenas na Enfermaria de Obstetrícia.

9.4. Serviço de Imagem

O serviço conta com atividades de ensino de pós-graduação, modalidade residência médica, na

área de radiologia.

9.5. Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica

Dentre as atividades desenvolvidas destaca-se:

� Estágios optativos: no período realizaram estágio dois acadêmicos da medicina e um da

enfermagem;

� Estágio de UTI pediátrica do residente de pediatria do segundo ano;

� Estágio optativo para o residente de pediatria: dois residentes realizaram; e

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� Discussões semanais com sexto ano – internato, realizado duas vezes por semana.

9.6. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

A Unidade constitui-se em cenário de prática para estágios eletivos e/ou voluntário para

graduação de enfermagem (3º e 4º ano) e estágio voluntário para enfermeiros e estudantes de

pós-graduação, modalidade residência Médica na área de Pediatria.

9.7. Residência Médica

Segue a situação de Vagas credenciadas segundo especialidade.

Tabela 23. Vagas Oferecidas de Residência Médica segundo especialidade e situação de

credenciamento. COREME, 2009.

Especialidade Duração

(anos)

Vagas

Credenciadas

Vagas

Oferecidas

Situação do

Programa

Gineco-Obstetrícia 03 04 04 credenciado

Pediatria 02 06 06 credenciado

Psiquiatria 03 04 04 credenciado

Oftalmologia 05 05 05 credenciado

Anestesiologia 03 03 03 credenciado

Radiologia 03 03 03 credenciado

Total 25 25 credenciados

Fonte: COREME/Famema

10. ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO PERMANENTE/CONTINUADA E

EXTENSÃO

As atividades de Educação Continuada e Permanente vêm ocorrendo sem uma sistematização da

identificação das necessidades. Temos uma proposta de criação do Núcleo de Educação

Permanente, Ensino, Extensão e Pesquisa da Unidade Materno Infantil, buscando o

fortalecimento de processos de reflexão da prática, articulação ensino-serviço e pesquisas

aplicadas à Gestão da Clínica no cenário hospitalar.

Neste sentido, pensando uma Política de Educação Permanente para a Unidade Materno Infantil,

iniciaram-se as atividades de Educação Permanente com a Equipe Multiprofissional que atua na

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Unidade de Produção da Ginecologia e Obstetrícia, através da formação de 02 grupos com

periodicidade mensal.

10.1. Área da Enfermagem

As atividades de Educação Continuada e Permanente podem ser visualizadas no quadro abaixo

Quadro 1. Atividades de Capacitação segundo concepção pedagógica, temática e mês.

Serviço de Enfermagem do HMI, 2009.

Mês/2008 e 2009 Atividade Novembro/2008 • Atendimento às vítimas de queimaduras

• Higiene Hospitalar • Pesagem em Pediatria • Dinâmica de Integração

Janeiro • Treinamento de Punção e Manuseio com o Port-a-cath • Admissão em Pediatria

Fevereiro • Medidas de Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar • Treinamento do Respirador Takaoka Denver

Março a Maio • Capacitação do Exame Físico e Anamnese Março • Orientações sobre os Dez Passos para o Sucesso do A. Materno

• Auto estima e motivação Março e Abril • Orientações sobre Isolamento e Precauções

Abril • Treinamento sobre o Manuseio da Bomba de Infusão da Baxter • Treinamento sobre o Manuseio do Óxido Nítrico • Prevenção de incidentes com cateter venoso central em RNs

Maio • II Semana de Enfermagem do HMI: A Enfermagem na Ambiência e Humanização do Cuidado

• Descarte correto em coletor de perfuro cortantes NR32 Junho • Orientações sobre o Protocolo de Manejo da Gripe Influenza A

(H1N1) • Treinamento sobre Sedação e Analgesia na UTI Pediátrica • Administração de medicamentos em bureta e anotação de

enfermagem • Punção com JELCO N

Julho • Orientações sobre o Protocolo de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual

Setembro • Treinamento do cateter Periférico de Segurança BD-IAG • Rotina de Alta Hospitalar

Outubro • Descarte de conteúdo de drenos fechados • Treinamento em Organização de Serviço para enfrentamento da

Dengue Encontro Semanal às 3ª

feiras • Grupo de Educação Permanente em Serviço

Encontro Quinzenal às 3ª feiras

• Grupo de Apoio à Sistematização da Assistência de Enfermagem

O processo de Educação Permanente da Enfermagem do HMI busca melhorar as relações

interpessoais e o processo de comunicação, identificando o grau de satisfação da equipe de

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Enfermagem visando novas convivências e práticas. Também transformar a prática

aproximando a equipe de enfermagem de marcos necessários à reforma da produção em saúde.

Ocorre em encontros semanais, com duração de uma hora sendo que todos os enfermeiros são

convidados, e tendo a participação da maioria. De início coordenado por uma enfermeira que

compunha o grupo e após consenso passou a ser mediado por uma psicóloga. Surgiu a proposta

de realizarmos um levantamento do índice de satisfação dos funcionários da Enfermagem

através da aplicação de um questionário.

O resultado da aplicação do questionário o grupo identificou áreas fragilizadas. As sugestões

apontadas como estratégias para intervenções visando melhorias na ambiência hospitalar

frisavam a necessidade de melhorias físicas, da necessidade da educação em serviço mais

freqüente e garantia de espaço na equipe. Nessa perspectiva, o grupo de Educação Permanente

tem almejado incorporar em seu cotidiano de trabalho a reflexão da prática como “elementos

essenciais para a superação dos limites da formação e das práticas tradicionais de saúde, como:

acolhimento, vínculo entre usuários e equipes, responsabilização, desenvolvimento da

autonomia dos usuários e resolutividade da atenção à saúde”. Educar permanentemente é um

critério eficaz da gestão de equipes e de serviços, em qualquer espaço onde o trabalho em saúde

se realize e isto é o que esta equipe de enfermeiros acredita e que, segundo Merhy, 2005, o

analisador tem de ter a potência de expor o trabalho vivo em ato para a própria auto-análise e

pedagogicamente abrir espaços relacionais para poder se falar e se implicar com isso. Embora

ainda nos primeiros passos, o grupo valoriza essa prática e mantém essa atividade da Educação

Permanente como eixo ordenador de ações.

No período foram realizados 11 Encontros de Educação Permanente.

As Atividades de Educação Permanente dos enfermeiros foram reorganizadas, com a formação

de 04 grupos, visando contemplar a totalidade dos enfermeiros.

Atividades de Extensão realizadas:

� Finalista do 1º Prêmio Inovação Medical Services Sanofi - aventis: novos caminhos em

Saúde Pública, em 09 de junho;

� Apresentação de trabalho no III Simpósio de Terapia Intravenosa com o tema:

“Implantação de um grupo multiprofissional para prevenção de infecção na corrente

sanguínea relacionada a acesso venoso”, em 14 e 15 de agosto;

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� Apresentação de trabalho no III Simpósio de Terapia Intravenosa com o tema: “Selo

Antimicrobiano: relato de caso” em 14 e 15 de agosto;

� Realização de Palestra na VIII Semana de Enfermagem da ETEC “Antônio Devisate” com o

tema: “Atualização Terapêutica em Feridas”, em 28 de abril;

� Realização de Palestra na UNIMAR com o tema: “Assistência de Enfermagem ao

paciente oncológico na lógica da Humanização”, em 05, 06 e 07 de maio;

� Realização de Palestra na Semana de Enfermagem do SENAC com o tema: “O cuidar e a

cidadania”, em 15 de maio;

� Participação na TVC - Programa Mundo da Criança com o tema: “Etiqueta respiratória

na prevenção da gripe A (H1N1)”, em 27 de junho;

� Realização de palestra na 2ª Capacitação de voluntários contadores de histórias para atuação

nos hospitais do Projeto Viva e Deixe Viver, com o tema; “Conhecendo o Hospital -

convivendo bem na Pediatria”, em 04 de agosto;

� Realização de Palestra na SANTA CASA DE MARÍLIA com o tema: “Cuidado Integral”,

em 27 de agosto;

� Apresentação de trabalho no III Congresso Brasileiro de Enfermagem Pediátrica e Neonatal

em Florianópolis/SC com o tema: “Sistematizando o cuidado de crianças com agravo

respiratório” de 5 a 8 de outubro;

10.2. Área da Alimentação e Nutrição

As atividades de aulas, palestras, participação em curso da equipe técnica da Nutrição totalizam

05 atividades, sendo que destas 99% foram solicitações internas e 1% externas. Dentre as

atividades, temos as abaixo relacionadas:

� Ações de capacitação enquanto membro do Grupo de Iniciativa Hospital Amigo da Criança;

� Atividades de Educação Continuada para a Equipe de Enfermagem envolvida no processo

de trabalho do Lactário;

� Capacitação Técnica anual, no período de 10 de setembro a 04 de dezembro de 2009,

direcionada aos funcionários da Unidade de Alimentação e Nutrição do HCI, HCII,

Hemocentro e CCI. O Curso abordou a seguinte temática: Qualidade em Unidade de

Alimentação e Nutrição, Qualidade como forma de agregar valor, Atendimento ao Cliente,

Importância da Qualidade de Vida na Saúde, Responsabilização, Gerenciamento de

Conflitos e Segurança Alimentar. A capacitação foi conduzida pela Equipe da UAN com a

participação de convidados de outras áreas institucionais;

� Reunião Clínica semanal com apresentação de artigos científicos e casos clínicos, visando

atualização e uniformidade de condutas da Equipe de Nutrição; e

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� 10 participações em Cursos e/ou Congressos visando o aprimoramento profissional da

Equipe da UAN.

10.3. Área da Farmácia Hospitalar

Foi realizada Capacitação em Nutrição Enteral para 01 técnica e 03 auxiliares de farmácia,

totalizando uma carga horária de 80 horas.

10.4. Serviço de Controle de Infecção Hospitalar

Dentre as atividades de qualificação profissional podemos destacar:

� O trabalho do Grupo Multidisciplinar de prevenção e controle dos acidentes biológicos com

a realização de treinamento para os colaboradores do Complexo Famema, e com o Grupo

Pro-Cath grupo multidisciplinar para prevenção e controle de infecção relacionada a cateter,

composto por enfermeiras da UTI Infantil e UTI Neo, Pronto Socorro Infantil, Pediatria,

SCIH do HCI e HCII e Chefia de Enfermagem do HCII. As atividades foram reuniões

quinzenais para estudos e elaboração dos Procedimentos Operacionais (PO) de Punção de

Port-a-cath, Administração de Medicamento, Coleta de sangue e Heparinização do Port-a-

cat; como também a capacitação da equipe de Enfermagem do HCI e HCII; elaboração de

PO relacionados à Intracath e íntima;

� Dois representantes do Grupo Multidisciplinar de prevenção e controle dos acidentes

biológicos participaram do III Simpósio de Terapia Endovenosa realizado nos dias 14 e 15

de agosto de 2009 em São Paulo com a apresentação do Trabalho Científico com o tema

“Implantação de um Grupo Multiprofissional para Prevenção de Infecção relacionada ao

acesso venoso”;

� Organização do I Curso de Qualificação em Inserção, Utilização e Cuidados com Cateter

Venoso Central de Inserção Periférica – CCIP adulto pediátrico/neonatal realizado nos dias

16 e17 de maio de 2009 – Marília;

� Organização da I e II Capacitação sobre manuseio e cuidados do paciente com Port-a-cath

realizado nos dias 16 de abril e 17 de junho de 2009 – Marília.

� Realização de educação em serviço referente a temática da prevenção e controle dos

acidentes biológicos;

� Participação no XI Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia

Hospitalar com a apresentação de Trabalhos Científicos “Perfil de Sensibilidade de

Microorganismos em Unidades de Terapia Intensiva” e Impacto de Vigilância pós alta em

cirurgias limpas”, realizado no período de 20 a 23 de novembro de 2008 – Rio de Janeiro; e

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� Atividades de educação continuada e em serviço dos alunos, residentes e funcionários no

tema Prevenção de Infecção Hospitalar e Influenza A H1N1.

10.5. Unidade de Produção Centro Cirúrgico

A Equipe participou das seguintes atividades de Educação Permanente/Continuada:

� Grupo de Apoio à Sistematização (GAS): encontros quinzenais junto à Chefia de

Enfermagem e com apoio da academia, objetivando a utilização desta ferramenta na gestão.

A expectativa é que a equipe possa se instrumentalizar e desenvolver a SAE através do

NANDA-NIC-NOC.

� Educação Permanente do Serviço: encontros quinzenais com o enfermeiro facilitado por

uma psicóloga, com o objetivo de melhorar as relações interpessoais e o processo de

trabalho, com conseqüente processo de comunicação mais claro e objetivo.

10.6. Serviço de Fisioterapia

Desde fevereiro de 2009, na lógica de Educação Permanente, têm se reunido, uma vez por

semana, às terças-feiras, sob a coordenação de uma facilitadora, profissionais de várias áreas,

com a finalidade de apoiar os processos grupais nos processos de trabalho.

Desde o início das atividades, a fisioterapeuta encarregada do serviço de fisioterapia, tem

participado efetivamente, o que muito tem contribuído na atuação com os membros de sua

equipe.

10.7. Serviço de Limpeza Hospitalar

Foram realizados treinamentos para todos os funcionários, sobre limpeza geral, lavagem de

banheiros, descarte de resíduos, H1N1 e lavagem de mãos.

Por solicitação da chefia de enfermagem o serviço realizou treinamento para todos os

funcionários da enfermagem que foram admitidos sobre descarte/segregação dos resíduos de

saúde.

10.8. Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica

São desenvolvidas atividades de Educação Continuada com a equipe de enfermagem.

Além disto, ocorrem participações em eventos organizados pelos estudantes como Liga de

Pediatria e Congresso Médico Acadêmico.

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Atividade de Educação Continuada na temática de Manejo Clínico e Encerramento de Casos de

Febre Hemorrágica da Dengue no Estado de São Paulo (dois profissionais médicos).

10.8.1. Produção Científica

� Em desenvolvimento o projeto “Hiperglicemia em crianças criticamente enfermas” em

parceria com a UTI pediátrica da UNESP;

� Avaliação para implantação do projeto “Comparação da Ventilação Mecânica

Mandatória Intermitente Sincronizada e Ventilação com Pressão Controlada e Volume

Corrente Alvo na UTI pediátrica”;

� Apresentação no Congresso Brasileiro de Pediatria realizado em Brasília, “Relato de caso:

Uso da insuflação traqueal de gás para controle de hipercapnia importante em paciente

com bronquiolite”;

� Apresentação no Congresso Paulista de Terapia Intensiva em Campos do Jordão do

trabalho “Comparação entre ventilação mecânica convencional protetora e ventilação

oscilatória de alta freqüência, associadas ao NOi, quanto aos efeitos sobre

oxigenação,lesão histológica e dano oxidativo pulmonar, em modelo de SDRA induzida

em coelhos”;

� Apresentação no Congresso Mundial das Sociedades de Terapia Intensiva Em Florença-

Itália do trabalho “Inhaled nitric oxide attenuates lung injury in a saline-lavaged rabbit

model of ARDS”;

� Publicação na Revista Minerva Anestesiológica (revista européia indexada): Inhaled nitric

oxide attenuates lung injury in a saline-lavaged rabbit model of ARDS;e

� Publicação no Critical Care Medicine (5,6 de impacto): High-frequency oscillatory

ventilation attenuates oxidative and histopathological lung injury in a saline-lavaged rabbit

model of ARDS.

10.9. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

Foi iniciado um processo de educação continuada da equipe de trabalho, com avaliação teórico-

prático, através da utilização de casos clínicos como disparador.

10.10. Núcleo de Acolhimento

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� Revisão e treinamento para a equipe da unidade de urgência no “Protocolo de Atendimento

à Mulher Vítima de Violência”;

� Realização do Curso de Acolhimento 2008 (novembro-dezembro/2008) com o objetivo de

proporcionar aos colaboradores da área um momento acolhedor através de uma relação de

respeito, cidadania e valorização humana. O curso contou com os seguintes temas: Auto-

Estima; Controle da Ansiedade; Relações Humanas; Motivação; Ética; Identificando a sua

Personalidade; Avaliação de Desempenho; Retrospectiva 2008; e Planejamento 2009; e

� Organização e realização dos treinamentos de “Acolhimento aos Novos Colaboradores”.

11. ATIVIDADES DE APOIO ADMINISTRATIVO

11.1. Faturamento de Serviços Particulares e de Convênios

11.1.1. Análise quanti-qualitativa

O Setor responsável pelo faturamento de todo o complexo Famema, localizado no HMI, realiza

todos os procedimentos administrativos necessários para o recebimento das faturas das

atividades desenvolvidos na área assistencial a pacientes particulares e conveniados.

A área de Faturamento atua nas principais ações da Instituição, com enfoque maior para aquelas

relacionadas ao gerenciamento e captação de recursos para fomentar as suas atividades-fins, ou

seja, o ensino, a pesquisa e a prestação de serviços de saúde à população.

No Quadro e Gráfico abaixo pode ser visualizada a produção deste setor.

Quadro 2. Produção Físico-Financeira de Atendimentos Particulares e de Convênios. Setor de Faturamento, HMI, 2009.

Tipo de Atendimento

Convênio Total UNIMED Outros Convênios Particular Nº. Valor (R$)

Nº. Valor (R$) Nº. Valor (R$)

Nº. Valor (R$)

Internações 442 346.821,44 28 44.361,82 191 154.525,81 661 545.709,07

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Procedimentos Ambulatoriais

67 6.528,12 11 2.270,63 - - 78 8.798,75

Urgência Pediátrica 467 13.589,35 - - - - 467 13.598,35

Urgência Gineco-Obstétrica

418 14.095,10 - - - - 418 14.095,10

Urgência Oftalmológica

1.364 33.008,20 - - - - 1.364 33.008,20

Serviços de Imagem na Urgência

324 9.728,23 - - - - 324 9.728,23

Serviços de Patologia Clínica na

Urgência

753 6.692,64 - - - - 753 6.692,64

Exames Tococardiog. na

Urgência

12 300,00 - - - - 12 300,00

Exames de Urodinâmica

5 425,81 - - - - 5 425,81

Total 3.852 431.188,89 39 46.632,45 191 154.525,81 4.082 632.347,15

Percentual (%) 94,4% 68,2% 0,9% 7,4% 4,7% 24,4% 100% 100%

Fonte: Faturamento – Convênios/ Particulares – HMI.

Figura 9. Origem das não SUS

O faturamento Institucional relativo aos atendimentos particulares e de convênios no período

destacado foi de R$ 3.326.123,70, o que representou um aumento de 12,37% no valor

faturado/receita em relação ao período anterior que foi de R$ 2.960.000,00.

É importante destacar que do total faturado na Instituição, R$ 2.440.795,93 corresponde ao

faturamento de Convênios e R$ 885.327,77 ao faturamento de Particulares. Do total faturado na

instituição 19,01%, ou seja, R$ 632.347,15 corresponde à produção do Hospital Materno-

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Infantil e Ambulatório de Oftalmologia. No HMI R$ 477.821,34 (19,58%) dos atendimentos

foram prestados aos beneficiários de Convênios e R$ 154.525,81 (17,45%) dos atendimentos

foram prestados a pacientes particulares.

O aumento da produção/receita na área de atendimentos Particulares e de Convênios não foi

mais representativo devido à capacidade operacional da instituição ter sido utilizada na sua

totalidade, além da falta de investimentos em algumas áreas assistenciais importantes, por

exemplo, a ala destinada às internações de pacientes particulares e de convênios no HMI.

A busca por fontes alternativas de receita é um dos elementos fundamentais para o

estabelecimento de uma parceria público-privada. Assim, a Instituição tem promovido a

implementação e a consolidação de atividades que atendam a essa premissa, como no setor de

oncologia que, com a aquisição de novos equipamentos já duplicaram o número de

atendimentos a partir de julho/2009 e deve crescer consideravelmente nos próximos meses.

O gerenciamento e controle do atendimento prestado a pacientes particulares e de convênios no

âmbito dos hospitais e serviços afins foi uma estratégia utilizada pela Instituição através do

Setor de Faturamento para a verificação dos recursos ali gerados e, a readequação dos

atendimentos, das necessidades, bem como a criação de programas voltados a esses fins; mas a

efetivação das ações não está ocorrendo na mesma proporção das necessidades.

As ações propostas no Plano de Desenvolvimento Institucional para 2009 do HMI, por motivos

diversos, ou seja, falta de disponibilidade financeira/orçamentária, necessidade de viabilização

de outras ações mais urgentes, entre outras justificativas que são do conhecimento de todos, em

sua maioria não foi atendida. Apenas executado os seguintes itens:

� Cadeiras giratórias e uma mesa;

� Conserto das campainhas e colocação da extensão para facilitar a utilização, mas já estão

apresentando defeito; foram remanejadas algumas cadeiras para acompanhantes, mas são

usadas e precisam de manutenção constantemente.

11.1.2. Rotinas e Protocolos

Após assumir o controle do faturamento e de contratos dos hemocomponentes e realização de

exames sorológicos disponibilizados a usuários não SUS do Hemocentro, houve necessidade de

reestruturação do setor e, atendendo às demandas do Grupo Gestor da Qualidade – ISSO

revisamos os processos de trabalho, reescrevemos os procedimentos operacionais e manuais de

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cada serviço envolvido com o atendimento de beneficiários particulares e de convênios, o que

promoveu uma análise geral dos serviços, o levantamento das necessidades de ações e o

planejamento das mesmas.

A experiência nos motivou a revisar as rotinas e protocolos do setor de faturamento de

particulares e de convênios e a reescrever os procedimentos operacionais e manuais nos

modelos propostos pelo GGQ, mesmo não estando o setor sujeito às avaliações da ISO.

Em cumprimento às demandas geradas foram desenvolvidos treinamentos para os

procedimentos operacionais e manuais com o pessoal de atendimento e de faturamento e,

posteriormente a verificação da eficácia dos instrumentos.

Durante o ano de 2009 foram realizados os seguintes treinamentos com os funcionários do setor:

� 25/05/2009 – Treinamento dos Procedimentos Operacionais do Setor de Convênios nº. 001,

002, 003 e SIPOC I – Gestão da Administração (SIPOC = S - Supplier (fornecedor), I –

Imput (entrada), P – Process (processo), O – Out Put (saída), C – Custumer’s (cliente);

� 26/05/2009 – Treinamento do SIPOC II – Gestão da Qualidade e da NBB – Normas Básicas

de Biossegurança;

� Foram planejados outros treinamentos para revisão e aprimoramento do Sistema TISS

(Troca de Informação em Saúde Suplementar) para os módulos de atendimento e de

faturamento, mas como não houve a implementação das ações, não houve alteração no

processo de trabalho e, consequentemente não houve necessidade de treinamento.

Com a implantação do padrão TISS - Troca de Informação em Saúde Suplementar estabelecido

pela ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar para registro e intercâmbio de dados entre

operadoras de planos privados de assistência à saúde e prestadores de serviços, foram revistos

os manuais com as orientações sobre atendimento, faturamento e execução dos trabalhos, os

manuais e orientações foram apresentados aos profissionais envolvidos e, após os treinamentos,

foram revisados de acordo com as necessidades.

Com relação ao aplicativo desenvolvido pelo NTI, o mesmo necessita de revisão periódica da

versão e aprimoramento para que possa atender na íntegra ao programa da ANS, o que não foi

possível até o momento, sendo priorizado o faturamento integrado ao Sistema Hospitalar com o

padrão XML.

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Houve necessidade de investimento em equipamentos de informática para que o programa da

ANS pudesse ser implantado mesmo que parcialmente nos diversos serviços como: faturamento,

internações, laboratórios, atendimentos de urgência e emergência, quimioterapia, radioterapia,

imagem, endoscopia, entre outros, o que aconteceu durante o ano de 2008.

Mensalmente o setor envia dados da produção às diversas áreas da Instituição, como Diretorias,

Contabilidade, Núcleo Técnico de Informação e Chefia do Faturamento, democratizando as

informações e auxiliando na tomada de decisões.

Realizamos ainda, mensalmente, a alimentação dos dados do Programa do Ministério da Saúde

– Sistemas DATASUS – Programa de Registro, Validação e Envio de CIHs (Controle de

Internações Hospitalares) dos pacientes particulares e de convênios.

11.1.3. Avaliação Funcional

Como mecanismo de apoio foi incorporado ao sistema de gerenciamento de pessoal instrumento

de Avaliação Funcional – um para o período de experiência do funcionário e outros dois

modelos para utilização a todos os profissionais que atuam junto ao setor de faturamento de

particulares e convênios.

Os modelos são alterados sempre que necessário, ou seja, para a adaptação ao processo de

trabalho e capacitação da equipe.

Um dos instrumentos utilizados é o de auto-avaliação do profissional, que contempla a

avaliação da chefia imediata. A utilização dos instrumentos propiciou uma análise ampla sobre

o comportamento e atitudes de cada um, com uma reflexão muito adequada para ambos – chefia

e funcionários - sobre o se espera do outro no que se refere ao desempenho das funções e no

relacionamento com o cliente interno e externo.

Os instrumentos foram criados pela chefia do setor e enviados para análise do Setor de

Desenvolvimento de Pessoal e, posteriormente disponibilizado a outros setores para adequação

e utilização.

11.2. Serviço de Zeladoria

A Equipe do Serviço tem como atribuições:

� Zelar pelo bem-estar das comunidades, usuários e funcionários. Recepção dos pacientes e

familiares, encaminhando-os aos serviços / setores desejados;

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� Controlar o fluxo de entrada e saída, portarias e movimentação na Unidade Materno Infantil

e Unidade Oftalmológica;

� Controlar e identificar, através do uso obrigatório de crachás de identificação, de

funcionários, médicos, estudantes e visitas aos pacientes e administrativas;

� Comprar, controlar estoque e distribuir todos os gases medicinais, tais como Oxigênio

Líquido (tanques), Oxigênio Gasoso em cilindros, Óxido Nitroso, Dióxido de Carbono,

Gases com Mistura Especiais para laboratórios, Óxido Nítrico, Nitrogênio gasoso em

cilindro, Nitrogênio Líquido para laboratórios de pesquisas e ambulatórios, Acetileno, Ar

Comprimido Sintético em cilindro, dentre outros;

� Comprar, controlar estoque e distribuir Gás G.L.P em cilindros de 13kg e 45kg para

cozinhas da Unidade Materno Infantil e demais usuários do produto;

� Executar serviços e manutenção dos elevadores da Unidade Materno Infantil;

� Controlar, receber e liberar pacientes que foram a óbitos na Unidade Materno Infantil;

� Controlar e manter a câmara fria para cadáveres, controle e guarda das fichas numeradas das

Guias de Recolhimento de Óbitos;

� Controlar e acompanhar o sistema de detetização em todas as unidades executando

aplicações de 06 em 06 meses; e

� Controlar o sistema de alarme das unidades externas com monitoramento via fone para

Zeladoria - via discadora P.A.B.X.

Na Unidade Materno Infantil foi fechada a portaria da Rua Floriano Peixoto, a partir de 01 de

agosto de 2009, o que possibilitou ficar com apenas duas entradas, o que vem facilitando o

controle do fluxo de entrada e saída de visitantes e funcionários.

O Setor está provisoriamente no saguão da portaria Carlos Gomes, pois não no momento não há

sala adequada para instalar o Serviço de Zeladoria o que dificulta a guarda de materiais e

controlar os malotes entre unidades.

O Serviço realiza reuniões periódicas para troca de idéias e inter-relacionamento entre

funcionários e correção de algo que esteja ocorrendo, para um bom andamento das atividades.

11.3. Divisão de Manutenção

Segue as atividades desenvolvidas pelos Serviços de Infra Estrutura, Engenharia, Manutenção

Civil e Elétrica, no período de novembro de 2008 a outubro de 2009, na Unidade Materno

Infantil, Ambulatórios de Gineco-Obstetrícia e Pediatria, Oficina Terapêutica e CAPS-AD.

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11.3.1. Unidade Materno Infantil - Portarias

� Reforma geral da portaria da Rua Sampaio Vidal, com pintura da fachada, troca do piso

interno, construção de trocador, relocação da recepção, demolição de paredes e pintura

geral;

� Impermeabilização da laje e colocação de rufo da recepção da Rua Carlos Gomes;

� Troca das muflas da entrada de energia pela Sampaio Vidal, com limpeza geral da cabine

onde está instalado o trafo;

� Abertura de rasgo externo e do lado (acesso da saúde mental) para alimentação através do

gerador do compressor de ar medicinal;

� Retirada com fechamento de uma abertura de caixilho na sala das máquinas de

atendimento bancário, para possibilitar a construção da guarita do compressor;

� Troca da porta de acesso à casa do gerador;

� Retirada de uma bandeira superior da divisória de acesso aos quiosques, para melhoria de

ventilação;

� Construção de grelha antiderrapante no acesso às máquinas bancárias, devido à passagem

na canaleta aberta dos cabos do novo gerador; e

� Reforma e adaptação dos banheiros na recepção da Carlos Gomes.

11.3.2. Unidade de Urgência

� Pintura de 16 salas de atendimento e 43 portas;

� Pintura da Sala de Emergência; e

� Pintura do corredor do PS até entrada do relógio e Ginecologia.

11.3.3. Unidade de Pediatria

� Tubulação do Sistema de Incêndio fazendo ligação até a nova UTI Infantil;

� Pintura de 03 salas do Ambulatório;

� Reparos nas juntas das mantas vinílicas aplicadas no corredor do PAI;

� Reforma de dois banheiros, transformando-os em DML e expurgo;

� Reforma geral das instalações sanitárias da sala da psicóloga infantil;

� Colocação de telas contra pombos na sala administrativa e dos residentes do corredor do

ambulatório e internação infantil;

� Colocação de porta em vidro temperado na entrada do corredor;

� Execução de reforma geral do quarto do plantonista, transformando-o em brinquedoteca;

� Troca geral de pisos (esmaltado PI IV) dos quartos, banheiros e corredores;

� Colocação de porta de correr em vidro temperado na sala dos médicos no corredor do PAI;

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� Reforma da sala de espera, de prescrição e refeitório (inclusive WC);

� Reforma da sala do quadro de telefonia, lógica, adaptando-a para consultório de triagem

ambulatorial;

� Colocação de porta de correr, em vidro temperado, no acesso da recepção (Sampaio

Vidal);

� Reforma geral da recepção pela Sampaio Vidal, construção de trocador e melhoria do WC,

colocação de forro e pintura geral;

� Reparos no telhado do PAI devido infiltração por falta de vedação e limpeza de calhas;

� Mudança do ambulatório da Pediatria da esquina da Sampaio Vidal com Floriano, para o

novo da Rua Marechal;

� Instalação de toldos no pátio interno e do fundo e fechamento com divisórias em PVC na

antiga garagem transformada em recepção; e

� Passagem aérea de cabos de lógica e telefonia pelo estacionamento, entre o prédio do HMI

até o novo ambulatório da Pediatria, que melhor adaptá-lo houve necessidade de

executarmos os seguintes serviços:

- colocação de novas luminárias;

- instalação de ventiladores de teto;

- execução de toda rede elétrica necessária, tanto interna quanto externamente;

- instalação de tomadas e interruptores;

- retiradas de lustres e luminosos;

- instalação de um tanque para higiene das mães e suas crianças;

- revisão dos chuveiros e demais dispositivos elétricos;

- readequação dos quadros de disjuntores, com troca de alguns; e

- fechamento de um cano utilizado na parte superior onde existia consultório

odontológico.

11.3.4. Ambulatório de Gineco-Obstetrícia

� Pintura geral da parte interna;

� Ligação de um bebedor na área da recepção;

� Instalação de um tanque no corredor lateral na parte dos fundos;

� Readequação das instalações elétricas para compatibilização com a finalidade do uso;

� Instalações de interruptores, tomadas e ventiladores nos compartimentos internos;

� Instalação de toda rede lógica e de telefonia nos pontos solicitados;

� Confecção de um portão vasado e tubular em uma folha nas entradas do hall; e

� Troca de todo o telhado, incluindo ripas, caibros, calhas e tabeiras (serviços de terceiros).

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11.3.5. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

� Colocação de duas portas em vidro temperado, uma no acesso ao centro cirúrgico e outra

na UTI;

� Troca da divisória da copa dos funcionários;

� Remoção de porta dupla do corredor de acesso ao CC;

� Instalação de um lavatório dentro da UTI;

� Colocação de bancada e reforma de WC do berçário; e

� Pintura interna do corredor central.

11.3.6. Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica

� Execução do silencioso e tubulação de escapamento dos gases do gerador até acima do

telhado;

� Colocação de placas de comunicação visual;

� Instalação elétrica da cabina da central de ar condicionado;

� Acompanhamento da instalação das réguas de gases medicinais, inclusive os testes de

funcionamento;

� Revisão e adequação da rede elétrica sobre o forro e compatibilização com o projeto

elétrico;

� Adaptação do barramento dos quadros normal e emergencial, criando condições para

melhor fixação dos disjuntores;

� Interligação com a rede de incêndio, com colocação de caixa do hidrante, mangueira e tubo

de descida do reservatório superior.

11.3.7. Refeitório

� Cobertura do corredor de acesso e execução de rampa; e

� Troca de resistência do aquecedor de marmitas.

11.3.8. Farmácia Hospitalar

� Bancada e mesa de suporte da frente de preparo;

� Colocação de bancadas nas estruturas de algumas prateleiras;

� Instalação de aparelhos de ar condicionado; e

� Colocação de fórmica nas bancadas.

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11.3.9. Unidade de Alimentação e Nutrição

� Substituição da resistência do banho-maria;

� Melhoria da parte hidráulica de um ralo e da descarga de água de uma panela de cozimento;

� Mudança das instalações da despensa;

� Reforma do refeitório dos funcionários; e

� Troca do compressor da câmara fria.

11.3.10. Ambulatórios de Pediatria e Gineco-Obstetrícia

� Substituição do caixilho por veneziana na sala de amamentação;

� Fechamento de uma porta de acesso para o corredor; e

� Mudança do ambulatório da parte interna do prédio para uma casa alugada na Rua Sampaio

Vidal com Floriano.

11.3.11. Rouparia

� Reforma do piso externo de acesso pela Rua Floriano Peixoto, que atenderá também a

UAN.

11.3.12. Zeladoria

� Colocação de grelhas no gerador e entrada dos caixas bancários;

� Fechamento do acesso interno pela antiga casa da pediatria, com demolição da rampa; e

� Retirada de cabos de lógica que interligam a casa da esquina.

11.3.13. Projetos Elaborados

� Projeto do abrigo do gerador de energia HMI;

� Projeto do abrigo para instalação da central de ar condicionado da nova UTI Infantil;

� Projeto para instalação do ar medicinal da nova UTI Infantil;

� Projeto de instalação elétrica da nova UTI Infantil; e

� Projeto do local de armazenagem e coleta do lixo hospitalar do HMI (anteprojeto).

11.3.14 Atividades da Engenharia Clínica

11.3.14.1. Atividades de Rotina

� Verificação do funcionamento dos equipamentos:

� Ar condicionado

� Ressonância magnética

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� Fontes de ar medicinal

� Tomógrafo

� Acompanhamento das manutenções dos equipamentos supra referido;

� Gestão dos contratos de manutenção dos equipamentos de uso médico;

� Gestão dos contratos de manutenção dos equipamentos de ar condicionado;

� Gestão do contrato com empresa de metrologia para serviços ao Hemocentro (ISO 9000),

incluindo manutenções preventivas, calibração e validação dos equipamentos; e

� Verificação das solicitações de serviços terceirizados.

11.3.14.2. Atividades de Melhoria

� Substituição do sistema de ar condicionado do centro cirúrgico, atividade em andamento,

com previsão de término para janeiro de 2009, onde serão substituídos os equipamentos de

ar condicionado para a melhoria do atendimento ao setor; e

� Atualização dos contratos de manutenção de ar condicionado, onde houve a mudança das

empresas prestadoras de serviços tanto para os equipamentos centrais bem como os de

janela/split.

11.3.15. Estrutura da Manutenção Civil e Elétrica

11.3.15.1. Oficinas

Dispomos de oficinas com dispositivos básicos para reparos eletromecânicos e obras civis no

HCI e no HMI. Os serviços são requisitados pelos usuários, via Ordem de Serviço, e atendidos

pelas equipes no horário das 08h00 às 17h30, de segunda a sexta-feira. Horários

complementares, Sábado, Domingo e feriados são atendidos via telefonista e celular.

11.3.15.2. Equipe

Manutenção Elétrica

� Unidade Materno Infantil: 03 profissionais;

� Engenheiro Elétrico: 01 profissional;

� Secretária: 01 profissional;

� Engenheiro Elétrico (Clinico): 01 profissional.

Manutenção Civil/Predial

� Unidade Materno Infantil: 02 profissionais; e

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� Engenheiros Civis: 02 profissionais.

11.4. Serviço de Transporte

O Serviço de Transporte em sua Rotina diária transporta para apoio às atividades da Unidade

Materno Infantil:

� Materiais Cirúrgicos (limpos e sujos);

� Refeições para a Unidade Oftalmológica;

� Roupa (limpa e suja);

� Material do Almoxarifado para a Unidade Materno Infantil e Unidade Oftalmológica;

� Medicamentos e Alimentos;

� Exames de Laboratório para o Hemocentro;

� Pacientes para realização de exames e internações (inter-hospitalar);

� Exames e Biópsia para o Instituto Adolfo Lutz, UNIMEM, LIM e Lapack;

� Córneas para Base da Polícia Federal e Estadual;

� Pacientes para Exames na UNIMEM, Santa Casa, Ultra Rad;

� Pacientes para Internação no Hospital Espírita de Marília; e

� Prontuários dos arquivos para os Ambulatórios.

O Serviço também realiza viagens para fora do Município (São Paulo, Campinas, Botucatu,

Ribeirão Preto, Tupã, dentre outros), além de buscar materiais diversos em outros serviços.

Transporta os trabalhadores para atividades fora da Instituição (visitas domiciliares, captação de

órgãos, dentre outras).

A Equipe é formada por 22 motoristas, sendo que 05 deles fazem jornada de 8 horas diurnas e

os demais 12x36; 01 secretária; 01 legionário e um profissional que responde pela Chefia.

12. PROJETOS, GRUPOS DE TRABALHOS E COMISSÕES ESPECIAIS

12.1. Grupo de Controle do Tabagismo no Ambiente Hospitalar

Em janeiro deste ano, a Diretoria Técnica do HMI nomeou um grupo de trabalhadores para

sistematizar ações visando eliminar a poluição tabagística ambiental da Unidade, e assim

transformá-la em um ambiente favorável ao apoio do fumante no processo de cessação de

fumar. Envolve o desenvolvimento de estratégias para tornar o comportamento de fumar em

uma instituição de saúde, socialmente indesejado, despertar o espírito de colaboração de

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profissionais de saúde, fumantes e não fumantes, num clima de respeito e compreensão para

com os fumantes, visto que fumar não é apenas uma opção comportamental e sim uma

dependência a uma droga, a nicotina.

A atuação do grupo está direcionada aos pacientes, visitantes e acompanhantes, trabalhadores de

saúde, discentes, docentes e colaboradores.

Dentre as estratégias estabelecidas temos:

Curto prazo:

� Levantar a população de fumantes na equipe multiprofissional do HMI, através da aplicação

de um instrumento próprio (questionário estruturado);

� Divulgar frases e fotos que mostram os prejuízos do cigarro para a saúde;

� Divulgar leis que amparam a proibição do cigarro no ambiente hospitalar; e

� Sensibilizar a comunidade interna e externa, através de estatísticas da Organização Mundial

de Saúde e do INCA – Instituto Nacional de Câncer - Órgão do Ministério da Saúde

responsável por coordenar e executar o Programa de Controle do Tabagismo no Brasil;

apresentação das ações e propostas.

Médio prazo:

� Promover depoimentos de fumantes e ex-fumantes através de ações de grupo educativas; e

� Credenciar o HMI como Unidade Livre do Tabaco, de acordo com as diretrizes do

CRATOD/SP.

Longo prazo:

� Após seis meses, reaplicar o instrumento inicial; e

� Avaliação e apresentação de resultados através de estudo comparativo.

No presente ano, o grupo realizou 09 encontros de trabalho, devidamente registrados em ata.

Ações planejadas e realizadas:

Comemoração de datas alusivas – 28 de maio. No Dia Mundial Sem Tabaco, buscando manter

o tema do tabagismo em evidência foram desenvolvidas as seguintes ações:

� Palestra sobre Tabagismo, na qual se abordou os recursos disponíveis para apoio a cessação

do tabagismo.

� Sessões de alongamento com apoio de fisioterapeuta da Academia Fitness, no pátio do

hospital e no Ambulatório de Pediatria;

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� Encaminhamentos de trabalhadores que demonstraram interesse em cessar o tabagismo,

para o Ambulatório Mário Covas;

� Ações educativas em grupo com depoimentos de trabalhadores que cessaram o tabagismo

e/ou fizeram tentativas sem sucesso;

� Divulgação por 6 meses, nos holerites, dos malefícios do uso do tabaco com frases alusivas;

� Fixação de faixas nas entradas do HMI informando a proibição do tabaco, segundo

determinações legais;

� Levantamento da população de fumantes na equipe multiprofissional através da aplicação

do instrumento abaixo:

QUESTIONÁRIO PARA LEVANTAMENTO DE DADOS

1. Você é tabagista? ( )sim ( )não 2. Se sim, quantos cigarros você fuma por dia? ____/dia

3. Você já tentou parar de fumar? ( )sim ( )não 4. Qual a sua maior dificuldade quando pensa em parar de fumar?

________________________________________________________________________________________________________________________________

5. Você tem vontade de parar de fumar? ( )sim ( )não

6. Você já participou de um grupo de tabagismo? ( )sim ( )não 7. Você tem interesse de participar do ambulatório do tabagista? ( )sim ( )não

Nome (opcional): ______________________________________________

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Preencheram o instrumento 331 trabalhadores, dentre os quais 284 (85%) eram de não fumantes

e 50 fumantes (15%). Os demais dados mostram o seguinte perfil:

� 100% dos fumantes fumam mais de 1 maço/dia;

� 80% referem não cessar o tabagismo por ansiedade;

� 20% têm medo de não conseguir/fracasso;

� 60% têm vontade de parar ou já fez alguma tentativa;

� 10% já participaram do grupo de Tabagismo; e

� 79% têm interesse em participar das Atividades do Ambulatório do tabagismo.

� Reunião com a equipe multidisciplinar do Ambulatório Mário Covas e do CAPS-ad que

atuam com o tabagismo, na busca de fortalecimento do Grupo e reordenação das de ações;

� Sensibilização dos membros do grupo na busca de legitimidade frente aos trabalhadores do

HMI;

� Reunião com a nova diretoria para apresentação do trabalho e estabelecimento de novas

estratégias.

Figura 10. Comemoração do Dia Mundial Sem Tabaco: Sessão de Alongamento na Unidade Oftalmológica e Palestra no HMI.

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12.2. Comissão Multidisciplinar de Condução do Programa Iniciativa Hospital Amigo da Criança

No dia 07 de agosto foi realizada a Feira da Sobremesa no Hospital Materno Infantil (HMI) da

Famema, fazendo parte da Semana Mundial da Amamentação. A arrecadação foi revertida para

a comissão de profissionais da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC) visando a

promoção de eventos relacionados ao aleitamento materno. Os próprios funcionários do hospital

levaram os pratos de doces.

No dia 10 de agosto as gestantes que aguardavam por atendimento no Ambulatório de

Ginecologia da Famema receberam informações sobre a amamentação. A atividade fez parte da

Semana Mundial da Amamentação, que este ano focou o tema “Amamentação em Situação de

Emergência”.

Considerando o estabelecido no programa foram capacitados 75 profissionais nos meses de

outubro e novembro deste ano, com utilização de metodologia ativa, inovando pela

possibilidade de uma aprendizagem mais significativa.

Figura 11. Atividades de Comemoração da Semana de Amamentação.

Ano de 2009/HMI

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12.3. Grupo de Curativos

A Equipe do HMI participa do Grupo de Curativos do Complexo Assistencial da Famema, com

o objetivo de avaliar e testar produtos, avaliar lesões e curativos. São encontros quinzenais com

os enfermeiros da Unidade Clínico Cirúrgica, Unidade Materno Infantil e Programa

Interdisciplinar de Internação Hospitalar. Foram realizados 21 Encontros que resultaram nos

seguintes produtos:

� Workshop de fitas adesivas pela 3M em 24/04/09;

� Capacitação organizada pela Comissão: “Programa de Capacitação Profissional em

Tratamento de Feridas”, em 29/05/09;

� Workshop de curativos ativos pela Coloplast em 25/09/09;

� Aplicação de instrumento para avaliar o conhecimento da equipe técnica sobre curativos,

em andamento desde 07/2009; e

� Avaliação de diversos produtos através do uso destes na clientela do HMI.

12.4. Grupo de Apoio à Sistematização (GAS)

Nos encontros para reflexão do processo trabalho do enfermeiro, surgiu dificuldade com a

Sistematização Assistência de Enfermagem (SAE) na etapa da elaboração do diagnóstico de

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enfermagem. A equipe, na sua maioria, é composta por enfermeiros que durante sua graduação

não teve contato com a SAE, e os recém formados não dispunham desta habilidade para a

aplicação do diagnóstico de Enfermagem, tornando-se este um entrave para o plano de

cuidados.

Foi organizado então um Grupo constituído de Enfermeiros para aprimoramento na elaboração

do diagnóstico de Enfermagem, compartilhamento com os demais e servir de sustentação na

gestão do cuidado individual.

São desenvolvidos encontros semanais para discutir as buscas na literatura e estratégias para o

aprendizado desta etapa da SAE com apoio dos docentes da academia que atuam no Materno -

Infantil utilizando estudos de casos reais e fortalecendo a integração ensino-serviço.

O produto do trabalho que vem sendo identificado é o fortalecimento do processo de trabalho

compartilhando a responsabilidade pelo cuidado e pela excelência na qualidade. Hoje todos os

enfermeiros sabem elaborar um diagnóstico de enfermagem e já existe um instrumento

elaborado pelo grupo, que possibilita a intersecção da NANDA - NIC - NOC que estamos

utilizando como um piloto para avaliação. Estamos aguardando a etapa da informatização deste.

Foram realizados 12 Encontros do Grupo.

12.5. Grupo de Prevenção de Infecção Relacionado a Cateter - PROCATH

O Grupo desenvolveu várias atividades com destaque para:

� Organização da I Capacitação sobre cuidados do paciente com port-a-cath em 16 de abril;

� Organização da II Capacitação sobre manuseio e cuidados do paciente com port-a-cath:

cateter totalmente implantável em 17 de junho;

� Capacitação dos enfermeiros do HC1 sobre a punção e cuidados no manuseio para

medicação, coleta de sangue e heparinização do Portocath em 18 de junho;

� Organização da Capacitação e Qualificação para PICC em 16 e 17 de maio;

� Participação e apresentação de trabalhos no III Simpósio Terapia Intravenosa em 14 e 15

de agosto; e

� Elaboração e apresentação à Diretoria Clínica do Projeto: capacitação e habilitação para

inserção e manutenção de cateter central de inserção periférica (PICC) neonatal, pediátrico

e adulto, sendo Marília um pólo capacitador.

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Figura 12. Fotos de apresentação de trabalhos pela Equipe

12.6. Comissão de Investigação de Óbito Materno Infantil

A Comissão de Investigação de Óbito Infantil realizou no período de outubro de 2008 a

setembro de 2009, 11 reuniões com investigação de 30 óbitos em menores de um ano, todos

ocorridos na UTI Neonatal da Instituição.

A Comissão de Investigação de Óbito Materno realizou, no período de outubro de 2008 a

setembro de 2009, 03 reuniões somente nos meses em que houve óbito em mulheres entre 11 e

49 anos, sendo investigado 03 óbitos (dezembro de 2008, janeiro e setembro de 2009). Todas

eram gestantes e as causas decorrentes de complicações associadas à gestação e uma confirmada

de gripe suína. Dois dos óbitos ocorreram na UTI da Unidade Clínico Cirúrgica e um no Centro

Obstétrico deste hospital.

13. CONTROLE SOCIAL

A nova Gestão da Unidade Hospitalar Materno Infantil iniciou um processo de escuta das

queixas dos usuários. Esta demanda é proveniente da Ouvidoria da famema ou da DRS IX, da

própria equipe do HMI ou dos usuários.

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No período de 10 agosto (início desta Gestão) até 31 de outubro foram 07 queixas/Reclamações.

Todas foram apuradas e os encaminhamentos direcionados aos reclamantes.

Foram 07 apurações, sendo:

� 03 da Unidade Oftalmlógica;

� 01 da Hotelaria da Enfermaria Geral;

� 02 da Unidade de Urgência (01 da Pediatria e 01 da Gineco-Obstetrícia); e

� 01 da Cirurgia de Otorrinolaringologia.

No processo de apuração a Equipe de Gestão conclui que todas guardam relação com o

Acolhimento que a equipe dá aos pacientes (tecnologias relacionais), independente de queixas

pertinentes ou não. Apenas 02 entendemos foi considerada realmente não procedente

Vale ressaltar que ocorreu também 01 carta de agradecimento à Equipe da Atenção

Ginecológica.

Esta Gestão entende que este processo pode contribuir com a avaliação da atenção prestada aos

usuários e constituir-se em um disparador para o Processo de Educação Permanente.

14. PROJETOS DE DESTAQUE – MARCAS DA GESTÃO NO ANO DE 2009

14.1. Projeto Coração de Criança

A Disciplina de Pediatria da Faculdade de Medicina Marília propõe no Hospital Materno

Infantil a criação do Serviço de Assistência de Alta Complexidade em Cirurgia Cardíaca

Pediátrica com as seguintes justificativas:

1. Esta proposta leva em consideração a demanda de serviços especializados de diagnóstico e de

tratamento para as crianças portadores das mais variadas cardiopatias de toda a região. A

Disciplina de Pediatria disponibiliza quatro horários de ambulatório de cardiologia pediátrica

que permitem o acompanhamento clínico destas crianças. No entanto quando há indicação de

cirurgia estes pacientes são encaminhados para outros locais que realizam este tipo de

procedimento. Estes locais geralmente localizados em grandes centros e distantes de nossa

cidade invariavelmente encontram - se com demanda de atendimento reprimida e são de difícil

acesso. O encaminhamento de uma criança para um grande centro é uma verdadeira “batalha”

de comunicação, burocrática e ética. Gera para família dificuldade de ordem econômica, social,

de desemprego e até de moradia já que em geral o tratamento que compreende o pré e pós -

operatório de uma cirurgia cardíaca é longo e custoso.

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87

2. Esta proposta leva também em consideração o potencial do complexo HC de Marília e

especificamente do Hospital Materno Infantil o qual possui uma enfermaria de referência com

trinta leitos, uma Unidade de Terapia Intensiva neonatal com oito leitos e uma Unidade de

Terapia Intensiva pediátrica com 7 leitos. A existência da unidade de terapia intensiva pediátrica

construída e altamente equipada com recursos conseguidos junto à sociedade de Marília e região

constitui recurso fundamental para que a cirurgia cardíaca em crianças possa acontecer com

sucesso. Este hospital também possui uma Unidade de Urgência que é referência para

atendimento de urgência de toda a região no tocante aos agravos à saúde das crianças. Ainda

este hospital é referência para partos de alto risco dos quais resulta recém nascidos prematuros

ou com outras patologias inclusive cardíacas que exigem intervenção diagnóstica e cirúrgica

precoce e em caráter de urgência.

3. Esta proposta leva também em consideração o potencial de recurso humano multiprofissional

altamente qualificado que este hospital dispõe. Isto está se completando com a oportunidade da

contratação pela instituição ainda neste ano de 2009 de um cirurgião cardíaco pediátrico com

currículo internacional, recém concursado. Ressalta-se que este tipo de especialista com

currículo tão gabaritado é de pouca disponibilidade.

4. Observamos que esta proposta da cirurgia cardíaca em crianças no Hospital Materno Infantil

junto a Disciplina de Pediatria faz parte de um projeto da Faculdade de Medicina de Marília que

também esta criando um serviço de cirurgia cardíaca em paciente adulto e um serviço de

hemodinâmica.

5. Esta proposta leva também em consideração uma política de integração da universidade com

a sociedade e assim crianças com patologias cardíacas freqüentemente limitantes e de risco de

morte possam ser atendidas em um local competente e próximo a sua família. Entendemos que

nossa instituição tem um papel na região preponderante no desenvolvimento de políticas

voltadas para facilitação, inclusão e o resgate da dignidade humana para os menos favorecidos.

Por isso consideramos que a instalação do serviço de cirurgia cardiovascular pediátrica no

Hospital Materno Infantil é rigorosamente pertinente e cumpre este papel facilitador das

Instituições de Ensino Superior para com a sociedade local já que este tipo de procedimento em

crianças não é realizado em Marília ou na DRS IX.

6. Esta proposta leva também em consideração que a instalação do serviço de cirurgia

cardiovascular pediátrica no Hospital Materno Infantil abre para a Secretaria da Saúde do

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Estado de São Paulo a oportunidade de diminuir a demanda reprimida potencialmente existente

no Estado na especialidade.

7. Esta proposta leva também em consideração as dificuldades encontradas pelas crianças com

cardiopatias que segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de cada mil crianças

nascidas vivas pelo menos oito têm problemas no coração. Das seis milhões de crianças que

nascem por ano no Brasil, em torno de 45 mil tem o problema, mas perto de 25 mil não são

operadas. O mais grave é que em 80% dos casos a operação precisa ser realizada até o sexto

mês de vida.

8. Esta proposta leva também em consideração que as cardiopatias congênitas altamente

complexas que atingem 20% dos bebês as quais se não forem operadas, 90% morrem antes de

completar o primeiro mês de vida. Outro grupo de cardiopatia considerada menos complexa,

mas também grave que atinge a maior parte das crianças, em torno de 60%, as estatísticas

apontam que se elas não forem operadas, 90% morrem durante o primeiro ano de vida. Além

disso, a cirurgia precisa ser realizada até o sexto mês, pois, do contrário, a doença vai

progredindo e se torna inoperável. Somando com o grupo anterior, isso quer dizer que 80% dos

bebês precisam ser operados nos primeiros meses de vida para ter alguma chance de

sobrevivência. Outro grupo ainda se refere às cardiopatias mais simples, e atinge os 20%

restantes que também se a criança não for operada ela nunca levará uma vida normal.

Considerando as razões desta proposta e de acordo com a portaria nº 1169/GM de 15 de junho

de 2004 que institui a Política Nacional de Atenção Cardiovascular de Alta Complexidade que

determina em seu artigo 3º que as unidades de Assistência em Alta Complexidade

Cardiovascular e os Centros de Referencia em Alta Complexidade Cardiovascular devem

oferecer condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos humanos adequados à

prestação de assistência especializada a portadores de patologias cardiovasculares e desenvolver

forte articulação e integração com o sistema local e regional de atenção à saúde, incluindo nos

critérios a Política Nacional de Humanização é que reforçamos a proposta da criação do Serviço

de Assistência de Alta Complexidade em Cirurgia Cardíaca Pediátrica no Hospital materno

Infantil da Faculdade de Medicina de Marília para que possa servir a população da Rede de

Atenção da DRS IX.

Para viabilizar os recursos necessários a Sociedade de Marília e Região, liderada pelo Chefe da

Disciplina de Pediatria com apoio da Direção Técnica do HMI, desencadearam um grande

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movimento de mobilização denominado “Projeto Coração de Criança”, cujo lançamento oficial

ocorreu no dia 13 de outubro.

14.2. Avaliação com Classificação de Risco na Unidade de Urgência

A construção de uma Rede de Atenção às Urgências em Marília e região tem enfrentado

dificuldades para sua efetivação, necessitando de análise objetiva para que a regionalização não

seja um instrumento apenas de regulação, mas também em direção a universalidade,

integralidade e à equidade.

A regionalização é entendida pela equipe de Gestão do HCII como a melhor distribuição

técnica, espacial, científica e operacional das ações de saúde distribuídas em níveis de atenção,

articulados entre si, com a melhor eficiência, eficácia e efetividade dos serviços e com impacto

epidemiológico e social. Nesse sentido a atenção primária (ou Rede Básica como denominada

em Marília) exerce papel fundamental.

O que tem sido observado no atendimento de urgência pelo HCII – Unidade Materno Infantil é:

� Elevado percentual de pacientes com alto grau de dependência do SUS, cujos problemas

poderiam ser equacionados em Unidades Básicas de Saúde ou Unidades de Pronto

Atendimento;

� Sobrecarga de atendimento;

� Grande número de pacientes utiliza este Serviço como porta de entrada, muitas vezes mais

distantes de suas residências;

� Custo elevado principalmente pelas horas plantões contratadas;

Figura 13. http://www.coracaodecrianca.com.br

Acesse o site, “Meu coração sente que

você vai participar”.

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� Grandes filas onde as pessoas disputam o atendimento sem critério algum a não ser a hora

da chegada;

� A não-distinção de riscos ou graus de sofrimento faz com que alguns casos se agravem na

fila, ocorrendo às vezes até a morte de pessoas pelo não-atendimento no tempo adequado;

� Os profissionais das equipes, na maioria das vezes, encontram-se muito atarefados, e não

conseguem avaliar os seus processos de trabalho e interferir para mudá-los; e

� O processo de supervisão aos estudantes de graduação e pós-graduação fica prejudicado.

Portanto, as urgências seguem funcionando de forma tradicional, na base da queixa-conduta,

resultando em uma Clínica reducionista e ineficaz, que em princípio, aponta para tudo, menos

para a integralidade.

A reorganização proposta pelo Diretor Geral da Famema pode ser um ponto de partida para

rever este modelo bastante cristalizado.

Assim com o objetivo de prestar cuidado qualificado e humanizado aos usuários que demandam

o Serviço de Urgência do HCII – Unidade Materno Infantil, a partir da leitura ordenada das

necessidades humanas nas urgências, ou seja, de acordo com o potencial de risco, agravos à

saúde ou grau de sofrimento, implanta em 01 de setembro as Equipes de Acolhimento com

Classificação de Risco.

Espera com o uso desta tecnologia:

� Contribuir com a reorganização da Rede de Atenção às Urgências loco-regional;

� Melhorar a articulação dos diferentes pontos de atenção da Rede de Cuidado às Urgências

de Marília e Região;

� Induzir a discussão com o Gestor Municipal acerca do potencial de cobertura pela atenção

básica e a oferta insuficiente de serviços de pronto atendimento;

� Estimular o controle social para uma participação ativa na Rede de Atenção às Urgências;

� Potencializar os esforços para a reorganização da Rede de Atenção às Urgências, mediante

articulação e pactuação entre todos os atores envolvidos;

� Aumentar a eficiência (custo/benefício) e eficácia (resultado) do cuidado prestado pelas

Equipes de Urgência do HCII – Unidade Materno Infantil;

� Melhorar as condições de trabalho dos profissionais das equipes de Urgência do HCII –

Unidade Materno Infantil; e

� Qualificar o cenário para a formação graduada (estudantes de medicina e enfermagem) e

pós-graduada (residentes) na área de urgência.

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A Avaliação e Classificação de Risco proposta têm como objetivos:

� Avaliar o paciente logo na sua chegada ao Pronto-Socorro de forma acolhedora, mostrando-

se receptivo para a escuta da necessidade do mesmo;

� Otimizar o espaço da Unidade de Pronto Socorro e agilizar o atendimento;

� Reduzir o tempo de espera para o atendimento médico, fazendo com que o paciente seja

visto em tempo oportuno de acordo com a sua gravidade, abandonando a lógica do

atendimento por chegada;

� Mudar as relações entre profissionais de saúde e usuários no que se refere à forma de

escutar este usuário em seus problemas e demandas;

� Aperfeiçoar o trabalho em equipe com a integração e complementaridade das atividades

exercidas pelas categorias profissionais que atuam na Unidade;

� Aumentar a responsabilização dos profissionais de saúde em relação aos usuários e a

elevação dos graus de vínculo e confiança entre eles;

� A abordagem do usuário para além da doença e suas queixas;

� Pactuar com o usuário a resposta possível à sua demanda, de acordo com a capacidade do

serviço; e

� Informar aos familiares e acompanhantes os tempos de espera.

14.2.1. Ações e Operações desenvolvidas

Quadro 3. Ações e Operações propostas e realizadas na Reestruturação da Unidade de Urgência. HCII – Unidade Materno Infantil, agosto de 2009. Ações Operações

Socializar a proposta de reorganização do atendimento de urgência da Unidade Materno Infantil com os trabalhadores envolvidos.

� Reuniões com as equipe de Pediatria e Gineco-Obstetras � Reuniões com a equipe multiprofissional que atuam na

Unidade � Reunião com o Núcleo de Acolhimento

Prover profissionais das distintas categorias, para atendimento das Urgências.

� Análise do quantitativo de profissionais existentes nas equipes do Serviço de Urgência

� Remanejar e/ou reorganizar os profissionais nas atividades de cuidado à urgência, assim como o turno de trabalho.

� Elaborar escalas de plantão � Redimensionar o quadro (quanti-qualitativo) após

avaliação da execução desta proposta. Construir o fluxograma para as situações de urgência de oftalmologia e ortopedia.

� Reunião com equipe da ortopedia, oftalmologia.

Rever os impressos utilizados na sistematização do atendimento às urgências e providenciar a inserção no sistema de informação

� Construção da Ficha de Avaliação com Classificação de Risco, de forma a não configurar consulta médica (formulação diagnóstica e intervenção) e considerando o referencial da clínica ampliada e necessidades de saúde nas urgências.

� Aquisição de etiquetas coloridas/canetas marcador de texto.

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� Discussão com NTI-HC para a garantia da inserção da Ficha no sistema e a possibilidade de dados que permitam a construção de indicadores de desempenho.

Construir e implementar protocolos para o atendimento às urgências considerando a avaliação primária e a classificação de risco.

� Oficinas de trabalho com a equipe multiprofissional que atuam no Serviço de Urgência.

Desenvolver processo de qualificação da equipe multiprofissional, considerando a integralidade, as necessidades de saúde e a clínica ampliada. Refletir sobre a organização o processo de trabalho com inclusão de espaço para reunião de equipe, objetivando a reflexão do cuidado à urgência.

� Capacitação da equipe para a Avaliação com Classificação de Risco por meio da Educação Continuada e Educação permanente.

Estabelecer esclarecimento da comunidade interna e externa

� Comunicação visual ao público que freqüenta o Serviço de Urgência por meio da exposição de Banner explicativo na recepção.

� Participar dos espaços de reunião das equipes das unidades de produção do cuidado do HCII..

� Utilizar o espaço de diálogo entre equipe e pacientes/acompanhantes para explicar sobre a reorganização do cuidado às urgências.

Readequar o espaço físico. � Transformação da atual sala de descanso em sala de atendimento do Serviço Social e inclusão de ramal específico.

� Transformação do consultório que está situado entre a sala de emergência e recepção em sala de avaliação com classificação de risco.

� Avaliação da necessidade de alterar o fluxo de entrada na sala de avaliação com classificação de risco, após a primeira semana de implantação.

Equipar a sala de avaliação e classificação de risco

� Aquisição de relógio de parede e sonar. � Reorganização de equipamentos e materiais do Serviço

de Urgência, para suprir a necessidade da sala de avaliação, realocando temporariamente de outras unidades se necessário, até a possibilidade de aquisição.

Providenciar organizadores de escritório, para acondicionar as fichas de avaliação de risco e de atendimento.

� Aquisição de organizadores de escritório e afixar próximo aos consultórios do corredor do Serviço de Urgência.

Providenciar mapas com indicação de referências das UBS, USF, UPA para acesso aos profissionais de saúde, quando da necessidade de diálogo ao contra-referenciar o paciente.

� Solicitação à SMS que encaminhe os mapas. � Realização de xérox colorido e plastificá-los

Garantir apoio à equipe multiprofissional do Serviço de Urgência do HCII, nas distintas situações e intercorrências.

� Alteração do período de férias do coordenador do Pronto Socorro

� Estabelecimento de escala de apoio da equipe de gestão do HCII, para o mês de setembro.

Avaliar o cuidado às urgências frente a reorganização proposta.

� Construção de indicadores de desempenho do Serviço de Urgência (ver o tópico de Monitoramento e Avaliação).

14.2.2. Monitoramento e Avaliação

Segue abaixo a produção da Unidade de Urgência, cujas informações foram obtidas no Núcleo

Técnico de Informática da Famema.

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Tabela 24. Número de atendimentos segundo tipo de demanda.

Unidade de Urgência-HMI, setembro e outubro de 2009.

Demanda Setembro Outubro Número % Número %

Espontânea 3.082 82,8 2.806 84,2 Rede Básica 208 5,6 151 4,5

Outros Municípios 108 2,9 228 6,9 SAMU/Resgate 69 1,8 80 2,4

Interna 06 0,2 20 0,6 Outros 250 6,7 51 1,5 Total 3.723 100,0 3.336 100,0

Fonte: NTI-Famema

A tabela acima mostra uma queda de 10,4% no número de demanda no mês de outubro em

relação a setembro, porém a demanda espontânea ainda representa um percentual significativo e

reflete o modelo de busca direta aos serviços de urgência podendo estar retratando uma baixa

credibilidade na Rede de Atenção Básica ou problemas na acessibilidade.

Tabela 25. Número de Avaliação com Classificação de Risco segundo tipo de Risco.

Unidade de Urgência-HMI, setembro e outubro de 2009.

Risco Setembro Outubro Número % Número %

Vermelho 126 3,6 108 3,4 Amarelo 2.270 64,8 2.252 69,9

Verde 637 18,2 563 17,5 Azul 468 13,4 300 9,3

Total Classificado 3.501 100,0 3.223 100,0 Total Não Classificado 114 3,2 113 3,4

Total 3.615 100,0 3.336 100,0 Fonte: NTI-Famema

A tabela acima mostra que o Risco vermelho está dentro dos parâmetros esperados, o amarelo

está elevado em função de uma decisão interna que toda Síndrome Gripal seria classificada

como Risco Amarelo (O HMI é referência para Síndrome Gripal).

Podemos observar ainda que aproximadamente 30% são de pacientes cuja resolução é de

competência da Rede de Atenção Básica.

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O mês de outubro foi bastante atípico, pois as Unidades de Pronto Atendimento da Rede Básica

sofreu com a falta de profissionais, principalmente o profissional pediatra para quem é

direcionada a maior demanda da Unidade de Urgência do HMI.

No primeiro mês de implantação (setembro), a Equipe de Gestão do HMI avaliou a totalidade

das fichas de atendimento, buscando caracterizar melhor esta demanda e identificar nós críticos,

na busca da qualificação do processo.

Gráfico. 10. Distribuição dos Atendimentos de Urgência no mês de setembro, segundo dia do

mês e tipo de demanda. HMI, Setembro de 2009.

Fonte: Fichas de Avaliação e Classificação de Risco-Gestão do HMI.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Total de Demanda Demanda Espontânea Demanda Referenciada

Linear (Total de Demanda) Linear (Demanda Referenciada)

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É possível observar uma tendência de queda na demanda diurna. No período noturno a mesma

se mantém.

Gráfico 11. Distribuição dos Atendimentos de Urgência no mês de setembro, segundo tipo de

demanda referenciada. HMI, Setembro de 2009.

Fonte: Fichas de Avaliação e Classificação de Risco-Gestão do HMI.

É possível identificar que o maior número de demanda referenciada vem de outros municípios

da DRS IX e da Rede de Atenção Básica de Marília.

Gráfico 12. Distribuição dos Atendimentos de Urgência no mês de setembro, segundo tipo de

referenciamento. HMI, Setembro de 2009.

Fonte: Fichas de Avaliação e Classificação de Risco-Gestão do HMI.

0

50

100

150

200

250

Outros Municípios

UBS/USFSAMU/Resgate

UPA Outros

54%

12%

13%

14%4% 3%

Consulta na Pediatria UBS/USF

UPA Consulta na Obstetrícia

Consulta na Ginecologia Outros

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A Equipe da Unidade de Urgência referenciou 25% da demanda, aquém do esperado,

segundo parâmetros observados em diferentes estudos. Mas devemos considerar o fato

deste ser o primeiro e a cultura do “atender tudo que chega” ainda estar muito presente.

Fonte: Fichas de Avaliação e Classificação de Risco-Gestão do HMI.

Gráfico 14. Distribuição dos Atendimentos de Urgência no mês de setembro, segundo causa

HMI, Setembro de 2009.

Fonte: Fichas de Avaliação e Classificação de Risco-Gestão do HMI.

64,3%19,0%

13,7%

3,0%

vermelho amarelo verde azul

3,0%

32,7%

64,3%

vermelho amarelo verde/azul

Gráfico 13. Distribuição dos Atendimentos de Urgência no mês de

setembro, segundo tipo de Risco. HMI, Setembro de 2009.

17%

19%

15%3%4%7%

23%

12%

Causas ExternasSíndrome GripalGestação e intercorrênciasSíndrome do AbortamentoFebre a esclarecerDoenças do Ap. DigestivoDoenças do Aparelho RespiratórioOutras

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14.2.3. Considerações Finais

O Processo de reestruturação do Serviço de Urgência precisa ser monitorado por todos os atores

envolvidos (pontos de atenção da Rede de Urgências), buscando repactuações. É consenso hoje

que os Serviços de Urgência funcionam como observatórios do funcionamento das Redes de

Atenção, pois deixam evidentes potencialidades e fragilidades dos diferentes serviços que a

compõem.

Os resultados serão obtidos de forma gradativa e mostrarão impactos se o processo gerar

mobilização e negociação contínua. Assim é desejável que o Grupo de Trabalho mantenha

reuniões sistematizadas para acompanhamento das ações em desenvolvimento.