reiki - livro de urantia - sintese

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UMA SÍNTESE DO LIVRO DE URÂNTIA [por J. Frederico Abbott Galvão Jr.] Introdução Desde 1955 vem sendo editado nos Estados Unidos "O Livro de Urântia", uma revelação divina de 2100 páginas, apresentada por 24 personalidades celestiais. Esse belíssimo Livro descreve a Divindade e a evolução de toda a Criação, desde a Ilha do Paraíso e os mundos perfeitos de Havona até além dos 7 superuniversos do tempo-espaço, cada um deles com 100 mil universos locais. No sétimo superuniverso (Orvônton, uma elipse com 500 mil anos-luz de diâmetro maior) encontra-se o nosso universo de Nébadon, governado por Cristo Micael (Filho Criador Maior Micael de Nébadon) e pela Ministra Divina de Sálvington, Filha do Espírito Infinito, com o auxílio de seu primogênito Gabriel. As 700 páginas finais do Livro relatam a vida de Jesus entre nós, a religião viva, que pretendemos sintetizar posteriormente. Os 196 documentos que compoem a revelação foram transmitidos, "por métodos autorizados superiormente", a um grupo de 70 cidadãos de diversas profissões em Chicago, Illinois. A compilação das transmissões, feita aos domingos e em sigilo, entre as décadas de 1920 e 1950, foi coordenada pelo Dr. William Samuel Sadler, por muitos considerado o pai da psiquiatria norte-americana. Constituída em 1950 para divulgar esta Quinta Revelação de Época, a Fundação Urântia já produziu 600 mil cópias e tem ultimamente vendido a obra a um ritmo de 30 mil exemplares por ano. Os editores pretendem, com o tempo, tornar a revelação acessível a todos os povos da Terra. Além da original em inglês já existem edições em coreano, espanhol, finlandês, francês, holandês e russo, que podem ser obtidas pela internet (www.urantia.com) ao preço de US$ 34.00. Estão adiantadas mais cinco traduções e outras nove iniciadas. Um brasileiro fez em São Paulo a tradução para o português, que já está disponível em CD-ROM por US$ 14.95 e deverá ser publicada como livro em 2005. É política da Fundação Urântia evitar a publicidade aberta, para deixar que o Livro lance raízes progressivamente. Isso porque as verdades nele contidas são válidas para os próximos milênios, não apenas para a nossa geração; e também porque a complexidade de seu conteúdo, no qual se descreve apenas a parte da Criação que nos concerne, está no limite de nossas possibilidades de compreensão. Assim se explica o fato de informações tão essenciais não estarem ainda incorporadas às nossas ciências, filosofias e religiões. Deus não tem pressa, pois o tempo inexiste no Paraíso e a eternidade dita o compasso de Suas ações. Depois de conhecê-Lo nessa revelação, cada leitor utilizará seu livre-arbítrio para praticar individualmente a religião verdadeira, independente dos rituais, dogmas e dissensões das crenças evolutivas atuais. Em relação à fé, convém registrar que para a salvação da alma não basta uma convicção lógica, é necessária a sua prática na vida diária, amando-se a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo; por um lado buscando a perfeição, como convida o Pai e por outro tendo paciência, como recomendou Jesus. O propósito desta síntese espontânea, após duas leituras, é motivar os leitores a conhecerem no Livro a grandeza da Criação, o seu futuro espiritual, o verdadeiro passado da humanidade e a mensagem completa de Jesus. A Teologia O livre-arbítrio divino se manifesta no plano-mestre da Criação e na realidade que nos circunda. Mas Deus opera de tal forma que nenhuma personalidade celestial pode interferir no livre-arbítrio de cada um de

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REIKI - Livro de Urantia - Sintese

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  • UMA SNTESE DO LIVRO DE URNTIA

    [por J. Frederico Abbott Galvo Jr.]

    Introduo

    Desde 1955 vem sendo editado nos Estados Unidos "O Livro de Urntia", uma revelao divina de2100 pginas, apresentada por 24 personalidades celestiais. Esse belssimo Livro descreve a Divindade e aevoluo de toda a Criao, desde a Ilha do Paraso e os mundos perfeitos de Havona at alm dos 7superuniversos do tempo-espao, cada um deles com 100 mil universos locais. No stimo superuniverso(Orvnton, uma elipse com 500 mil anos-luz de dimetro maior) encontra-se o nosso universo de Nbadon,governado por Cristo Micael (Filho Criador Maior Micael de Nbadon) e pela Ministra Divina de Slvington,Filha do Esprito Infinito, com o auxlio de seu primognito Gabriel. As 700 pginas finais do Livro relatam avida de Jesus entre ns, a religio viva, que pretendemos sintetizar posteriormente.

    Os 196 documentos que compoem a revelao foram transmitidos, "por mtodos autorizadossuperiormente", a um grupo de 70 cidados de diversas profisses em Chicago, Illinois. A compilao dastransmisses, feita aos domingos e em sigilo, entre as dcadas de 1920 e 1950, foi coordenada pelo Dr.William Samuel Sadler, por muitos considerado o pai da psiquiatria norte-americana.

    Constituda em 1950 para divulgar esta Quinta Revelao de poca, a Fundao Urntia j produziu600 mil cpias e tem ultimamente vendido a obra a um ritmo de 30 mil exemplares por ano. Os editorespretendem, com o tempo, tornar a revelao acessvel a todos os povos da Terra. Alm da original emingls j existem edies em coreano, espanhol, finlands, francs, holands e russo, que podem serobtidas pela internet (www.urantia.com) ao preo de US$ 34.00. Esto adiantadas mais cinco tradues eoutras nove iniciadas. Um brasileiro fez em So Paulo a traduo para o portugus, que j est disponvelem CD-ROM por US$ 14.95 e dever ser publicada como livro em 2005.

    poltica da Fundao Urntia evitar a publicidade aberta, para deixar que o Livro lance razesprogressivamente. Isso porque as verdades nele contidas so vlidas para os prximos milnios, no apenaspara a nossa gerao; e tambm porque a complexidade de seu contedo, no qual se descreve apenas aparte da Criao que nos concerne, est no limite de nossas possibilidades de compreenso. Assim seexplica o fato de informaes to essenciais no estarem ainda incorporadas s nossas cincias, filosofias ereligies. Deus no tem pressa, pois o tempo inexiste no Paraso e a eternidade dita o compasso de Suasaes. Depois de conhec-Lo nessa revelao, cada leitor utilizar seu livre-arbtrio para praticarindividualmente a religio verdadeira, independente dos rituais, dogmas e dissenses das crenas evolutivasatuais.

    Em relao f, convm registrar que para a salvao da alma no basta uma convico lgica, necessria a sua prtica na vida diria, amando-se a Deus acima de tudo e ao prximo como a si mesmo;por um lado buscando a perfeio, como convida o Pai e por outro tendo pacincia, como recomendouJesus. O propsito desta sntese espontnea, aps duas leituras, motivar os leitores a conhecerem noLivro a grandeza da Criao, o seu futuro espiritual, o verdadeiro passado da humanidade e a mensagemcompleta de Jesus.

    A Teologia

    O livre-arbtrio divino se manifesta no plano-mestre da Criao e na realidade que nos circunda. MasDeus opera de tal forma que nenhuma personalidade celestial pode interferir no livre-arbtrio de cada um de

  • ns, seja qual for o ato que pretendamos praticar. Quando tomamos uma deciso acertada, o Anjo Guardiodo Destino tenta proporcionar-nos condies, no plano social, para sua concretizao. O Monitor doPensamento, por sua vez, a cada noite elabora um curso de ao ideal que nem sempre percorremos no diaseguinte: ele o esprito dentro de ns, que tambm atua em nossos sonhos, muitas vezes distorcidos pelocrebro. Em contrapartida liberdade nesta vida temos dois deveres principais: cumprir as obrigaesterrenas de nosso tempo e lugar e construir o destino de nossas almas. Mesmo nas vidas adiante nos sempre dada a escolha de prosseguir no caminho da perfeio ou desistir.

    O Pai Eterno Mais Que Esprito a Primeira Fonte e Centro de todas as coisas. Vive na Ilha doParaso, a nica massa imvel da Criao, de onde dirige todos os acontecimentos, com o Filho Eterno e oEsprito Infinito. De l no pode Ele ausentar devido ao equilbrio que irradia para todos os universos comsuas energias mais que pessoais, no compartilhadas nem com o Filho. Ao atuar como Supremo, Stuplo,ltimo ou Absoluto no tempo-espao, o Pai evolui medida que estende sua presena, quer no mundofsico em estabilizao crescente, quer na proporo da sintonia das criaturas com o seu pensamento, medida que os planetas, sistemas planetrios, constelaes e universos atingem cada um dos quatroestgios de Luz e Vida. Estes so como o cu na terra: seres humanos se comportando de forma cada vezmais espiritual.

    O Criador est em contato com todos ns humanos pelo seu Circuito de Personalidade e presentejunto a cada um pelo Monitor do Pensamento, um fragmento pr-pessoal dEle mesmo ao lado de nossamente material, que com ela constri a alma moroncial durante esta primeira vida e com a qual depois sefusiona e se aperfeioa ao longo de 670 vidas posteriores a caminho do Paraso. Aps morrer aqui,evolumos do primeiro nvel moroncial (anmico) at o sexto nvel espiritual, em corpo progressivamentemais avanado. Desde que Jesus enviou o Esprito da Verdade em Pentecostes, todos os urantianos demente normal recebem um Monitor Divino por volta dos seis anos de idade. Mesmo as crianas que morremantes dessa idade, quando tm potencial de sobrevivncia, so levadas para uma creche nos Mundos deAperfeioamento Inicial da Alma, onde esperam o pai e (ou) a me sobreviventes. O Filho Eterno, por seuturno, contata-nos pelo Circuito Espiritual e o Esprito Infinito, pelo Circuito de Mente, sempre com o auxliodo Esprito da Verdade. O Pai amor, o Filho, misericrdia e o Esprito Infinito, ao.

    Para possibilitar-nos o entendimento de tal complexidade, inacessvel de outra forma, os autoresexplicam que graas ao Filho Eterno, seu Verbo, o Pai superou as limitaes de sua infinidade em eras toremotas da eternidade que ainda no havia registros escritos na Ilha do Paraso (uma pr-histria, como anossa). Em certo momento posterior o Pai e o Filho, em pensamento conjunto, criaram o Esprito Infinito eestabeleceram a Trindade Suprema. Nessa era comearam os registros escritos e surgiu, em volta doParaso, o bilho de mundos perfeitos de Havona governados pelos Eternos dos Dias, cada um dos quaiscom um estilo individual de perfeio. Foi nesses mundos perfeitos que Cristo, filho paradisaco da primeiraordem (Micael) de criadores de universos, n 611.121, completou sua capacitao para dirigir Nbadon, naqualidade de Filho Criador Menor.

    O Tempo-Espao

    A partir do Universo Perfeito Paraso-Havona a Trindade Suprema comeou a criar os 7superuniversos do tempo-espao, que descrevem majestosas elipses concntricas em torno da Ilha Central,no sentido oposto ao dos ponteiros do relgio. Os setores maiores dos superuniversos orbitam ao redor das7 capitais superuniversais; os setores menores giram em volta da sede de seu respectivo setor maior; e osuniversos locais gravitam em torno da capital de seu setor menor, harmoniosamente. As constelaes, ossistemas planetrios e os sistemas solares dos universos locais seguem o mesmo padro. Neles oaperfeioamento dos seres materiais ascendentes como ns um fenmeno lentamente progressivo. Atagora nenhum dos superuniversos atingiu a Era de Luz e Vida em todos os seus universos locais,constelaes, sistemas planetrios e planetas, como esto destinados ao cabo de sua evoluo. Enquantoisso a Criao avana ainda mais longe, nos trs crculos do espao exterior. Embora desabitados, taiscrculos revelam a presena de "uma incrvel ao energtica que aumenta em volume e intensidade pormais de 25 milhes de anos-luz". No espao exterior estariam os domnios do Deus "Absoluto No-

  • Qualificado".

    A gnese da matria ocorre quando seres paradisacos (os Organizadores da Fora Decanos)induzem uma complexa alterao das freqncias de diferentes energias e foras em conjunto, em dadolugar do espao, originando os gases primordiais. O tempo, por sua vez, passa a existir quando a matriaassim criada por eles posta em movimento. Desta maneira se cria o tempo-espao. Os sis depoisformados se cercam de planetas e luas, em alguns dos quais as condies fsicas pouco a pouco tornampossvel a implantao do plasma vital do Pai por outras personalidades celestiais, os Portadores de Vida.Adiante dos trs crculos do espao exterior os autores acreditam que talvez haja uma criao adicional nema eles revelada, "um universo possvel, de infinidade em constante expanso". Isso, porm, no nos dizrespeito ainda, nesta fase intermediria de evoluo para uma distante era de Luz e Vida. Estamos bemlonge de espirituais, em comportamento individual e coletivo. Alm disso, oportuno registrar: os planetasem nosso estgio de amadurecimento normalmente conhecem o macro-cosmo apenas at o nvel de suaconstelao.

    O Universo Local de Nbadon

    Vejamos ento como se formou o nosso universo local; como iniciou e evoluiu a vida na Terra (h550 milhes de anos), com seres unicelulares em soluo salina, at o aparecimento do primeiro casalhumano ascendente (faz 1 milho de anos); como foi a Cidade Planetria na Mesopotmia (500 mil anosatrs); como se deu a rebelio de Lcifer e Sat (h 200 mil anos); como foi o malogro, aqui, da CidadePlanetria e do Jardim do den (no Oriente do Mediterrneo, h 40 mil anos), os dois ncleos condutoresdo progresso em todos os planetas normais. Tambm pretendemos sintetizar, em texto parte, como foi aencarnao de Jesus neste planeta, no qual ele completou os sete auto-outorgamentos em diferentesordens de suas criaturas, antes de governar seu reino como Filho Criador Maior.

    "Um Filho Criador Menor passa a estruturar e povoar seu universo depois que os Organizadores daFora Decanos do Paraso efetuam as manipulaes iniciais da fora espacial e das energias primordiais",provocando uma grande exploso - assim se confirma a teoria cosmolgica do "Big Bang" como umfenmeno local genialmente descoberto por nossos cientistas. No caso de Nbadon tal gnese comeou h875 bilhes de anos terrestres, aps a seleo de "um setor do espao onde as condies eram favorveis".75 bilhes de anos mais tarde, quando as energias emergentes reagiam diante da gravidade local e linear,comeou o trabalho dos Diretores do Poder e dos Controladores Fsicos Decanos nascidos em nossosuperuniverso de Orvnton, que mobilizaram aquelas energias para criar sis e esferas materiais habitveiscom base nos gases ancestrais. Eles tambm produziram "o vasto complexo de linhas de comunicao,circuitos de energia e canais de fora que ligam firmemente os mltiplos corpos espaciais do universo localem uma unidade administrativa integrada". O primeiro sol de Nbadon surgiu h 500 bilhes de anos onosso existe h 5 bilhes de anos, no centro do sistema solar de Monmtia.

    H 400 bilhes de anos o ento Filho Criador Menor que viria a ser Jesus de Nazar escolheu aNebulosa de Andronover para formar seu universo e quase de imediato foi iniciada a construo da esferaarquitetnica da capital Slvington e seus satlites, bem como dos 100 grupos de mundos que formariam ascapitais das constelaes. Esse trabalho levou cerca de um milho de anos. Todas as capitais desuperuniversos, universos, constelaes e sistemas planetrios so construdas como obras de engenhariacsmica divina, devido instabilidade inerente ao magma dos planetas geolgicos. Por sua vez as capitaisdos futuros 10 mil sistemas planetrios de Nbadon (compostos de sistemas solares como Monmtia) foramsendo construdas medida que eles se definiam como tais, completando-se h 5 bilhes de anos.

    Cada universo local tem 100 constelaes (a nossa Norlatiadeque, capital Edntia), compostas por100 sistemas planetrios o nosso Satnia, capital Jerusm. Cada sistema planetrio integrado porcerca de 1000 mundos habitados Urntia o planeta n 606, dos 619 j habitados de Satnia. Cadauniverso assim projetado para ter 10 milhes de esferas habitadas cabe registrar que havia 3.840.101delas em Nbadon quando Jesus nasceu em Belm. No tempo-espao, ento, em que cada um dos setesuperuniversos ter 100 mil universos locais, divididos em Setores Maiores como o nosso Esplandon e

  • Menores como Ensa, ao final haver 7 trilhes (!) de mundos habitados. A singularidade da Terra nessamirade o fato de ter sido escolhida por Cristo para a stima efuso dentre suas criaturas: uma vez quecada Filho Criador se outorga como humano em apenas um planeta, tornamo-nos especiais entre os 10milhes de futuros mundos nebadonianos e sabemos que o nosso Micael governa todos os outros humanoscom base no que observou e sentiu aqui.

    Os Seres Materiais: Ascendentes e Descendentes

    Nos planetas geolgicos existem trs categorias de seres materiais ascendentes: os que tm umcrebro - como aqueles que no respiram, em planetas sem atmosfera; os que tm dois crebros - comons, que entretanto os chamamos de hemisfrios; e os que tm trs crebros - mais inteligentes eespirituais na primeira vida, alm de terem melhor percepo sensorial. Os unicerebrados, por limitaesem seu metabolismo, no se podem fusionar com um Monitor Divino e seguir o caminho do Paraso. Seussobreviventes, ao se imortalizarem, seguem carreiras de servio no universo de origem, assim como aquelesde ns que, no entendendo o Filho, fusionam-se com um fragmento pr-pessoal do Esprito Infinito: suacarreira alcana at Slvington e lhes d um alto grau de especializao em assuntos locais. Quando a almade um de ns, por no entender o Pai, se fusiona com um fragmento pr-pessoal do Filho Eterno,prossegue at a capital do superuniverso de Orvnton e em sua jurisdio permanece. Ambos atingem aperfeio nesses dois nveis e passam a integrar a populao permanente das respectivas capitais emrelevantes funes. Porm quando entendemos a Trindade e logramos a fuso com o Monitor Divino, ameio-caminho do Paraso compensamos a diferena que nos separava dos tricerebrados e seguimos acarreira completa at o Pai em rigorosa igualdade de condies com eles. "Deus ama cada um dos seusfilhos da mesma maneira".

    Ado e Eva, por sua vez, so filhos materiais (da raa violeta) descendentes de Micael, que vieramcomo elevadores biolgicos das raas aqui evoludas de Andon e Fonta, o primeiro casal humano evolutivode Urntia. Nos planetas normais um casal imortal, como Ado e Eva teriam sido caso no houvessem cadoem falta, detm o governo material at o terceiro nvel de Luz e Vida, ao lado de um Prncipe Planetrioinvisvel para os humanos, que dirige o governo espiritual. Vemos aqui que os evolucionistas e criacionistasdiligentemente combateram por duas verdades conhecidas parcialmente: ns somos frutos da evoluo deseres unicelulares, depois vegetais, animais, primatas e humanos, mais tarde ligeiramente aperfeioadospelo sangue admico. Devido falta cometida por Eva, que em seguida teve a solidariedade de Ado, oprocesso de melhoramento biolgico se alterou to drasticamente que nenhum grupo ou indivduocontemporneo, mesmo entre os nrdicos, tem mais de 10% de herana gentica desse belo e bravo casal.Foi muito herica sua epopia no segundo jardim, com apenas um quarto dos 1.647 filhos, netos, bisnetose trinetos puros, nascidos nos 117 anos do Jardim do den, mais os descendentes de Caim, de Sansa e de1.570 filhos de Ado com mulheres selecionadas das tribos vizinhas.

    Os Seres Espirituais de Nbadon

    "H 300 bilhes de anos a nebulosa de Andronover obteve, do Governo de Uversa em Orvnton,reconhecimento fsico como universo para habitao e ascenso mortal progressiva, recebendo o nome deNbadon". Nessa poca a equipe de Micael se instalou em Slvington, enquanto prosseguia oamadurecimento astrofsico de seu reino, inercial ou induzido, conforme o caso. Depois de instalado nacapital, no exato centro da massa-energia de seu universo, o Filho Criador no pode deixar seu mundo-sedeat que se estabilize a gravidade de seus domnios, equilibrando-se os distintos circuitos e sistemas pelaatrao material mtua, de acordo com o trabalho dos Diretores do Poder e dos Controladores FsicosDecanos do superuniverso. Atingida a estabilidade, Micael e o Esprito Materno que at ento oacompanhava em estado pr-pessoal (sem personalidade plena) projetaram e submeteram aprovaosuperior o seu plano de criao da vida, dentre as opes oferecidas pelo Pai. Sua primeira ao criadoraconjunta resultou na Brilhante Estrela Matutina, Gabriel de Slvington, primognito e Chefe Executivo de

  • Nbadon, "em tudo assemelhado ao seu Pai em carter, porm limitado nos atributos de divindade".

    "Comeou ento a chegar existncia um vasto grupo de criaturas espirituais diversas". Em seguida Brilhante Estrela Matutina foi gerado o Pai Melquisedeque original, que em enlace com o Filho Criador e oEsprito Materno, seus pais, deu origem ordem dos Filhos Melquisedeques, com mais de 10 milhes deintegrantes. Na ausncia de Gabriel o Pai Melquisedeque atua como chefe executivo de Nbadon. Os filhosdesta ordem, por seu turno, operam como assessores de Gabriel ou instrutores dos humanos e anjos.

    A ordem seguinte a dos Vorondadeques, filhos de Micael e da Ministra Divina, com l milho demembros. Servem como Embaixadores perante outros universos ou como cnsules representantes deconstelaes dentro de seu universo de origem. So conhecidos como Pais das Constelaes, porque trsdeles esto sempre frente do Governo de cada uma das 100 constelaes de um universo local.

    A terceira ordem de filiao a dos Lanonandeques, igualmente gerada por Micael e pelo EspritoMaterno. So mais de 12 milhes. Atuam principalmente como Soberanos dos Sistemas ou PrncipesPlanetrios. Concebidos para estarem prximos dos humanos, eles so mais sujeitos a erro e por isso seenvolveram em trs rebelies em Nbadon, das quais a terceira e mais extensa foi a de Lcifer e Sat, hcerca de 200 mil anos.

    Os Portadores de Vida, com 100 milhes de integrantes, so uma ordem especial, gerada pelo FilhoCriador e a Ministra Divina de Slvington em enlace com um Ancio dos Dias de Orvnton. Eles planejam edesenvolvem as formas de vida que levaro para as esferas geolgicas, de acordo com os planos do FilhoCriador. Tambm lhes cabe a superviso, com os Controladores Fsicos, do desenvolvimento das trs formasbsicas de vida, que produzem os trs tipos humanos mencionados anteriormente. Ao surgir o primeiro servolitivo com poder de deciso moral cessa o seu trabalho e comea o dos Sete Espritos Auxiliares da Mente(mais circuitos do que personalidades), que desenvolvem nos humanos as seguintes qualidades: intuio,compreenso, coragem, conhecimento, conselho, adorao e sabedoria.

    Os Ajudantes Universais de Nbadon so:

    A Brilhante Estrela Matutina (Gabriel de Slvington);

    As Estrelas Vespertinas;

    Os Arcanjos;

    Os Assistentes Altssimos;

    Os Altos Comissrios;

    Os Supervisores Celestiais; e

    Os Mestres dos Mundos de Aperfeioamento Inicial da Alma.

    Os Serafins, Querubins e Sanobins so os espritos de Nbadon que ministram para os sereshumanos, equivalentes aos Supernafins do Universo Central e aos Seconafins dos superuniversos. OsSerafins so criados pelo Esprito Materno, atuam tanto em nvel espiritual quanto material, estandoestreitamente ligados s criaturas materiais em todas as fases de sua evoluo. Os Querubins e Sanobinsso positivos (os primeiros) ou negativos em energia, cumprindo em enlace as suas funes de auxiliaresdos Serafins nas esferas geolgicas ou de instrutores nos Mundos de Aperfeioamento Inicial da Alma.

    Os artistas e artesos celestiais so personalidades espirituais e semi-espirituais que se ocupam doembelezamento e operacionalizao moroncial e espiritual do tempo-espao. Trabalham nas sedes dossuperuniversos, dos universos locais, das constelaes e dos sistemas planetrios, bem como nos planetasj estabelecidos em Luz e Vida. So eles os msicos e artistas celestiais, os construtores divinos, os

  • registradores do pensamento, os manipuladores da energia (que abrangem os conselheiros de transporte,os especialistas em comunicaes e os mestres do descanso moroncial e espiritual), mais os embelezadoresdas percepes e sentimentos, e finalmente os trabalhadores da harmonia.

    A Ascenso das Almas

    Vamos contemplar agora o esquema de ascenso das almas, que em sua evoluo desfrutam dashabilidades especiais dos artistas e artesos acima em seu dia-a-dia e nos momentos de espairecimento erecreao, ou com eles trabalham por perodos de sua carreira ascensional.

    Depois da morte fsica de um ser humano em seu planeta de origem, o Monitor Divino normalmentesegue para Divnington (a esfera dos Monitores, em rbita do Paraso) e l espera, cumprindo outrasmisses, o momento da ressurreio da alma que ajudou a construir. Por sua vez o Anjo Guardio doDestino (individual ou de grupo) toma aquela alma sob sua responsabilidade at a dispensao dela -elevao milenar de poca, ou especial, a qualquer tempo, por motivos afetivos. Todas as almas compotencial de imortalidade ou necessidade de julgamento so, mais cedo ou mais tarde, levadas para assalas de ressurreio do Templo de Montagem da Personalidade, no primeiro dos 7 Mundos deAperfeioamento Inicial. Estes so satlites do Mundo nmero 1 em rbita de Jerusm, capital do nossosistema planetrio de Satnia.

    Ao ser feita a chamada de um nome em cada sala de ressurreio, apresenta-se o Monitor Divinocorrespondente, detentor da memria e da mente de esprito daquele mortal, juntamente com o AnjoGuardio de sua alma. Os Portadores da Vida e os Supervisores do Poder Moroncial constroem para aquelaalma um corpo semelhante ao dos anjos e indicador de suas caractersticas de personalidade. Se o Monitordo Pensamento no atende chamada, normalmente o corpo no feito e aquela alma se perde. O seuGuardio do Destino comparece ento a um tribunal para provar que no teve culpa pela perda. Ocorremcasos em que o Monitor Divino abandona um ser humano ainda durante sua vida, convencido daimpossibilidade de sua sobrevivncia, por indolncia ou maldade, por exemplo. No primeiro caso a almanem levada do planeta de origem: um caso perdido, pelo desperdcio do potencial que o Monitor haviareconhecido neste humano em sua infncia, no momento em que o escolheu para a misso de elev-lo vida eterna. No segundo caso a alma levada a julgamento, em processo no descrito no Livro, mas quepode chegar desintegrao (pena de morte eterna).

    Porm quando o Monitor responde chamada, a alma em questo desperta exatamente comoestava no momento da morte material. Se estiver desgastada pela senilidade, por exemplo, receberprimeiro um tratamento que a elevar de volta aos seus momentos de maior lucidez. Neste primeiro mundode correo de deficincias, no qual algumas belas almas apenas permanecem em trnsito para o segundoou at para o terceiro, so tratados principalmente os problemas emocionais, familiares, sexuais e decarter. A capacitao se faz nas faculdades do pensamento, do sentimento e da ao. Todos aqueles quenesta vida no foram pais ou mes de pelo menos 3 filhos, at a puberdade, devero adquirir essaexperincia nas creches dos Mundos de Aperfeioamento Inicial ou mais tarde, junto s famlias dos filhosmateriais de Jerusm - o povo de Ado e Eva. Durante a vida moroncial se compensam igualitariamentetodas as diferenas de meio-ambiente, de formao e de oportunidades na vida material. Mesmo semcultura, uma boa alma tem a mesma chance da mais requintada. No importa o queela fez na vida material,mas como fez, eticamente.

    O Mundo de nmero 2 cuida sobretudo da eliminao de conflitos intelectuais e da cura de todas asdesarmonias mentais. Os ascendentes continuam, como no primeiro Mundo, formando grupos de interesseentre seus contemporneos e se comunicando, ou visitando almas de sua afetividade nos outros Mundos deAperfeioamento Inicial. No terceiro Mundo os sobreviventes comeam verdadeiramente sua culturamoroncial progressiva e alcanam um discernimento prtico da metafsica da filosofia mota que todosdevem estudar, juntamente com o idioma de Nbadon. O quarto Mundo marca o incio real da carreiramoroncial ou anmica, passadas as fases de capacitao dos anteriores. Todo ascendente deve seguir aquicada fase da programao, salvo alguns poucos que seguem diretamente para a capital do Sistema e l

  • estudam os idiomas e a filosofia mota. Apresenta-se "uma nova ordem social, baseada na compreenso eapreciao mtua do amor altrusta e do servio recproco, sob a forte motivao de se ter um destinocomum e supremo a meta paradisaca de perfeio adoradora e divina". Antes de deixar este mundo osascendentes j dominam o idioma nebadons, com seu alfabeto de 48 letras, aprendido como se estudaaqui.

    O quinto Mundo equivale ao nvel dos planetas estabelecidos na fase inicial de Luz e Vida. Nele secomea a estudar a lngua do superuniverso de Orvnton (que tem 70 letras), de modo a bem conhecerambos idiomas antes da cidadania em Jerusm. Tem incio a conscincia de uma cidadania csmica, umponto de vista universal, que resulta em sincero entusiasmo pela ascenso a Havona. "O estudo passa a servoluntrio, o servio altrusta se torna natural e a adorao, espontnea".

    O sexto Mundo de Aperfeioamento marca o incio da preparao para a futura carreira espiritual,que se desdobrar aps a graduao na capacitao moroncial do universo local. Tambm comea ainstruo na tcnica de administrao universal. A fuso com o Monitor Divino, potencialmente vivel desdea vida material, "como identidade real e funcional de personalidade", geralmente ocorre neste mundo. Ao secompletar a fuso, uma cerimnia simples marca o ingresso na carreira eterna de servio ao Paraso. Essafuso pode, contudo, adiar-se s vezes at a chegada capital do sistema, ou mesmo da constelao,quando a vida material novamente estudada. Porm depois dela no h mais dvidas de que oascendente prosseguir at chegar ao Paraso.

    No stimo Mundo desaparecem todas as diferenas que havia entre os procedentes de planetasnormais em Luz e Vida e os originrios de mundos isolados e retardados como o nosso. Aqui se purgam,finalmente, todos os traos decorrentes de "um meio-ambiente insalubre e de tendncias planetrias no-espirituais". Comea um nova adorao, mais espiritual, do Pai Invisvel.

    A Cidadania em Jerusm

    Os seres ascendentes ganham afinal a cidadania de Jerusm, capital do sistema de Satnia, de ondegoverna o Lanonandeque Lanaforge, Soberano do Sistema que substituiu Lcifer. Esfera arquitetnica comoos mundos anteriores, ela tambm tem seu clima e iluminao controlados artificialmente. Durante trsquartos do dia iluminada por igual em toda superfcie, com claridade equivalente de 10 horas da manhem Urntia. Nesse perodo a temperatura de cerca de 20 graus centgrados. Nas horas de repouso o brilhodo cu semelhante ao de uma noite de lua-cheia e a temperatura cai um pouco abaixo de 10 grauspositivos. A atmosfera se compe de 3 gases bsicos (um a mais do que a nossa), para permitir arespirao moroncial, sem contudo afetar a respirao material. O planeta est belamente ornamentado porvegetao e animais evoludos e teis, belos e inofensivos, bem como provido de construes materiais,moronciais e espirituais. Assim como j ocorria nos 7 Mundos de Aperfeioamento Inicial, o tempo dosresidentes ascendentes se divide entre trabalho, estudo e repouso, mais a peridica recreao e excursespara espairecimento, instruo e convivncia.

    Em Jerusm o corpo docente Melquisedeque atesta a sabedoria moroncial dos ascendentes, o corpoexaminador das Brilhantes Estrelas Vespertinas certifica seu discernimento espiritual e os 24 Conselheirosda capital do Sistema julgam seu progresso experiencial de socializao. Por fim os Filhos Materiaisconfirmam estar alcanada a personalidade mota. Se ainda verificar-se a impossibilidade de fuso com oMonitor do Pensamento nesse estgio, pode ocorrer a fuso com um fragmento pr-pessoal do EspritoInfinito ou prorrogar-se o prazo mais uma vez. Atingido o nvel satisfatrio, todos os ascendentes sedespedem de Jerusm e partem para seus estudos e trabalhos nos 70 Mundos de Capacitao de Edntia,capital de nossa constelao de Norlatiadeque, esferas arquitetnicas ainda mais belas e avanadas.

  • A Cidadania em Edntia

    Essa temporada "ser dedicada principalmente a dominar a tica de grupo, o segredo de uma inter-relao agradvel e produtiva entre as distintas ordens universais e superuniversais de personalidadesinteligentes". Ao se graduarem no mundo n 70 os mortais ascendentes se tornam residentes em Edntia,de onde os Altssimos Vorondadeques governam a constelao. Esto agora justamente no meio de suacarreira entre o animal evolucionrio e o esprito ascendente: " um perodo de verdadeira e celestialfelicidade para os progressores moronciais, uma das pocas mais bonitas e mais refrescantes dacapacitao neste lado do Paraso". No caso dos que no hajam conseguido at a a fuso com o MonitorDivino, pode ocorrer a fuso com um fragmento pr-pessoal do Filho Eterno e a continuao da carreiraascensional at a capital do superuniverso. Quando novamente julgados aptos a prosseguir, partem todosem direo aos mundos de instruo de Slvington, capital de Nbadon, onde completaro as ltimas fasesmoronciais e se prepararo para a primeira das seis etapas espirituais.

    Aps um perodo de trabalho, estudo, repouso e recreao em Slvington, no prprio planeta em quemoram Micael de Nbadon, a Ministra Divina e Gabriel, com toda a beleza e progresso de uma capital deuniverso local, os ascendentes recebero de Micael em pessoa o salvo-conduto para deixar este universoem direo capital de Ensa, Setor Menor do Superuniverso de Orvnton, j como espritos da primeiraetapa. Em U Menor o Terceiro prossegue o aperfeioamento, que se desdobrar para U Maior o Quinto,capital do Setor Maior do superuniverso. Da partir o ser ascendente para Uversa, capital do superuniversode Orvnton, depois para os Mundos Perfeitos de Havona e finalmente para o Paraso, como esprito dasexta etapa e integrante do Corpo da Finalidade da Criao. Est assim atingido o estgio ideal de todo oplano ascensional.

    A Chegada ao Paraso

    A chegada ao Paraso to emocionante, mesmo para seres to longamente experientes e perfeitos,que algumas vezes tm eles de ser advertidos para se conterem em seus impulsos de adorao. Naproximidade do prprio Pai Eterno Mais que Esprito, do Filho Eterno do Paraso e do Esprito Infinito, osascendentes se do conta de ter completado seu melhor destino evolutivo e atingido a perfeio requeridapelo Pai. A partir desse ponto culminante de uma longussima carreira o ascendente poder ter a condiode residente na Ilha Eterna, nela prestando servios ou viajando em misses por todo o tempo-espao. Onovo integrante do Corpo da Finalidade da Criao no mais precisa dos anjos transportadores que atento o haviam levado de esfera em esfera, ao fim de cada estgio de seu avano. A stima e ltima etapade perfeio do esprito ainda no alcanvel pelos seres humanos ascendentes, estando reservada paramomentos futuros da eternidade. Talvez para a poca em que estejam habitados os universos emconstruo nos trs crculos do espao exterior. Os autores no sabem precisar quando.

    A Formao de Urntia e a Evoluo da Vida

    Vista a trajetria das almas aqui desenvolvidas, passemos formao de Urntia e seqnciaevolutiva da vida at ns. O sol de Monmtia, como vimos, formou-se h 5 bilhes de anos. A Terra, porsua vez, definiu-se como planeta h 2 bilhes de anos, com um dcimo de seu tamanho atual. Sua massarestante se completou pela acumulao de meteoros, at um bilho de anos atrs.

    H 550 milhes de anos, embora a atmosfera estivesse irrespirvel para qualquer organismo, asguas j continham o grau de salinidade essencial para a implantao do modelo de vida base de cloretode sdio escolhido pelos Portadores de Vida. Foi ento implantado o plasma vital do Pai em 3 baasabrigadas ento existentes: a eurasitico-africana, a australasitica e a ocidental, englobando a Groenlndiae as Amricas. Em 50 milhes de anos a flora marinha primitiva estava bem consolidada e dela sedesenvolveu, como sempre ocorre, a vida animal mais primitiva e simples, como as amebas. H 400 milhes

  • de anos a vegetao comeou a subir para a terra, adaptando-se bem atmosfera rica em carbono ecomeando a oxigen-la. Por mutao surgiram na gua os primeiros animais multicelulares e depois ostrilobitas, os primeiros organismos de reproduo sexuada. Em 40 milhes de anos apareceram esponjassimples e crustceos como camares, caranguejos e lagostas.

    H 250 milhes de anos, enquanto a paisagem terrestre se cobria de verde, nos mares vinham existncia os peixes, primeiros vertebrados, evoludos de artrpodes ou crustceos, alguns com at 9metros de comprimento - os tubares so os nicos sobreviventes dessas espcies primordiais. rvores semfolhas se estendiam amplamente pelos continentes, s vezes em bosques de 30 metros de altura,absorvendo o dixido de carbono que envenenava o ar e preparando o terreno para os futuros animaisterrestres.

    "H 150 milhes de anos comearam os primeiros perodos de vida animal terrestre", principalmenteanfbios como a r, que j trazia consigo o potencial para a evoluo de seres humanos. Em mais 10milhes de anos os rpteis apareceram completos e deles evoluram os dinossauros, espcie dominante por20 milhes de anos. Extinguiram-se depois, mas um tipo deles, carnvoro, pequeno e gil, por mutaodaria origem aos primeiros mamferos placentrios, h 50 milhes de anos. Antes disso, h 90 milhes deanos, as plantas angiospermas haviam surgido no mar e em seguida invadiram os continentes, adiantando amelhora da atmosfera. Ainda antes, h 100 milhes de anos, haviam aparecido em terra as plantas florferase a fauna avcola.

    Os mamferos placentrios tinham a vantagem da agilidade e da capacidade cerebral superior para seadaptarem s mudanas ambientais. Eram pequenos cavalos, rinocerontes, tapires, esquilos e vrios gruposde animais semelhantes aos macacos. H 40 milhes de anos os mamferos carnvoros, herbvoros eonvoros dominavam o mundo. H 30 milhes de anos os antepassados das baleias, golfinhos e focas seadaptaram de volta aos mares. "As formas atvicas da maior parte dos seres vivos j existiam naquelapoca".

    Os Primeiros Seres Humanos

    H 1 milho e meio de anos surgiram de repente, no Oeste da ndia, os primeiros mamferos proto-humanos, depois evoludos para primatas. Em mais 500 mil anos, na mesma regio, nasceram dentre osprimatas dois seres humanos primitivos, os verdadeiros antepassados da humanidade. Seu grupo haviasido o primeiro a lanar pedras e usar o garrote em suas lutas. Eram dois gmeos, ele Andon, ela Fonta,que desenvolveram uma linguagem de 50 sinais e palavras que os outros de sua tribo no conseguiamaprender. Graas a eles Urntia foi, h exatamente 993.477 anos, registrada como mundo habitado porhumanos no tempo-espao. Foi esse casal que inventou a tcnica de produo do fogo, inicialmentequeimando um ninho de pssaros seco com as fagulhas produzidas por dois blocos de slex, aps semanasde tentativas.

    Esse domnio do fogo seria essencial para sua sobrevivncia, juntamente com as roupas de pele deanimais que aprenderam a fazer para se protegerem do frio. Vendo-se diferentes dos demais e j habitadospor Monitores do Pensamento, aos 11 anos de idade decidiram partir em direo ao norte e ao frio,deixando seus parentes primitivos no aprazvel clima da futura ndia. Dois anos depois lhes nasceu Sontad,o primeiro dos 19 filhos que teriam, os quais lhes deram quase 50 netos e 6 bisnetos antes de sua morteem um terremoto, aos 42 anos. As almas de Andon e Fonta seguiram o caminho dos Mundos deAperfeioamento Inicial, at a cidadania em Jerusm, fusionados com seus Monitores Divinos. "Esto agoraservindo com as personalidades moronciais que recebem no primeiro Mundo as almas ascendentes deUrntia".

    Os andonitas tinham olhos negros e pele morena, como os esquims de hoje, e um pouco mais depelos no corpo do que o homem moderno. Adotaram para a chefia do cl os primognitos vares dosdescendentes diretos de Sontad. Quando faltou um descendente masculino na linha direta, dois rivais

  • empreenderam uma luta bem humana pelo poder. Mais tarde houve novos conflitos entre os diversos cls,que provocaram a perda de bons potenciais e chegaram a ameaar de extino a sua civilizao primitiva.

    Porm a disperso ocorrida a partir da 20 gerao serviu de mecanismo atenuador dos instintosagressivos herdados dos animais. Antes que o gelo da 3 glaciao avanasse sobre a Frana e a Inglaterra,os andonitas neandertais haviam estabelecido mais de 1000 assentamentos separados ao longo dosgrandes rios que desembocavam no Mar do Norte, de temperatura amena nessa poca. Viviam em grutass margens dos rios ou em casas de pedra e eram quase que exclusivamente carnvoros. Usavam lanas earpes, bem como elaborados artefatos de pedra. A disperso foi reduzindo a qualidade cultural e espiritualdos cls, at que 20 mil anos depois se afirmou a liderana de Onagar. Ele semeou a paz entre os diversosgrupos, guiou-os adorao de Aquele que d o alento aos homens e animais e enviou os primeirosmissionrios com a sua mensagem religiosa. Onagar "instituiu um governo tribal eficaz, que no teveparalelo entre as sucessivas geraes durante muitos milnios", at a chegada do Prncipe Planetrio, h500 mil anos.

    A Cidade Planetria (a verdadeira Atlntida)

    Quando chegou a Urntia o Prncipe Planetrio Caligstia, h cerca de 500 mil anos, havia no planetaquase 500 milhes de seres humanos primitivos e estavam surgindo as seis raas de cor que sempreaparecem nas esferas geolgicas. As raas primrias so a vermelha, a amarela e a azul; e as secundriasso a alaranjada, a verde e a negra. Aqui a alaranjada e a verde se extinguiram, a amarela se concentrouna sia, a vermelha nas Amricas e a negra na frica. A azul, por sua vez, deu origem aos povos brancosde hoje, em parte combinada com o sangue admico e nodita. A raa amarela tambm recebeu pequenamas potente infuso da raa violeta.

    A sede central do Prncipe, que inspirou o mito da Atlntida, estabeleceu-se na zona da futuraMesopotmia, onde hoje se encontra o Iraque. Caligstia era um Filho Lanonandeque da ordem secundria,com grande experincia e dotado de mente original e brilhante. Ele veio acompanhado do tambmLanonandeque Daligstia, de grande grupo de anjos e de muitos outros seres celestiais, para promover osinteresses e o bem-estar das raas humanas. Com estes tambm vieram 100 seres materiais (50 homens e50 mulheres), os "Cem de Caligstia", cidados ascendentes de Jerusm originrios de 100 planetasdiferentes de Satnia. Para estes foram construdos corpos de carne e osso, com o plasma vital de 100humanos descendentes de Andon e Fonta. Os doadores do plasma receberam modificaes em seumetabolismo, de forma a se tornarem imortais para sua longa misso civilizadora. Sua imortalidade (e a dos"Cem de Caligstia") era mantida pela ligao aos circuitos vitais do sistema e pelo consumo dos frutos efolhas da "rvore da Vida", um arbusto trazido de Edntia, capital da nossa Constelao de Norlatiadeque.

    Algum tempo depois da chegada, os integrantes corpreos do sqito do Prncipe descobriram quepodiam gerar seres intermedirios entre os humanos e os anjos, com alta versatilidade e utilidade prtica.Cada um dos 50 casais produziu 1000 de tais seres e em seguida perdeu a capacidade reprodutiva. Dessaforma surgiram os 50 mil Seres Intermedirios Primrios (os Secundrios so descendentes de Adamson, oprimognito de Ado e Eva).

    A Cidade Planetria era simples mas muito bela, cercada por uma muralha de 12 metros de altura elocalizada mais ou menos ao centro da populao da poca. Chamou-se Dalamtia em homenagem aDaligstia, lugar-tenente de Caligstia. O templo do Pai Invisvel, no centro, tinha trs pavimentos; as sedesdos dez conselhos do Prncipe tinham dois andares. Todos os demais prdios eram trreos e igualmenteconstrudos com os materiais mais disponveis: tijolos e pouca madeira ou pedra. A cidade era belamentearborizada e decorada com obras de produo local. O clima de ento era muito aprazvel e abundantes asfrutas e nozes nas quais se baseava a dieta dos "Cem de Caligstia", que no consumiam carne alguma.

  • A Organizao dos "Cem de Caligstia"

    Os cem integrantes do sqito corpreo do Prncipe (e seus cem associados humanos) seorganizaram em dez conselhos autnomos, cada um com dez membros:

    1. Conselho de alimentao e bem-estar material;

    2. Junta de domesticao dos animais;

    3. Assessores sobre o controle dos animais de rapina;

    4. Corpo docente para a difuso do conhecimento;

    5. Comisso de indstria e comrcio;

    6. Colgio da religio revelada;

    7. Guardies da sade e da vida;

    8. Conselho planetrio das artes e cincias;

    9. Governadores das relaes tribais avanadas; e

    10.Tribunal supremo de coordenao tribal e cooperao racial.

    Esses conselhos ensinaram s tribos circunvizinhas a tecelagem, o tratamento das peles de animais,o cozimento da comida, a defumao e secagem das carnes, a pecuria e a domesticao dos animais, aescavao de poos, a produo de manteiga e queijo, a utilizao da roda, o combate aos animais ferozes,a construo de moradias, o uso de um alfabeto de 25 letras na escrita, algumas manufaturas, rudimentosde religio, medidas preventivas de higiene, a qumica e a fsica elementares, a confeco da cermica e asartes decorativas, bem como a metalurgia.

    O modo de atuao dos 100 graduados dos Mundos de Aperfeioamento Inicial da Alma era "atrairos melhores intelectos das tribos circundantes e, depois de t-los preparado, envi-los de volta ao seu povorespectivo como emissrios da elevao social". Os jovens eram levados por volta dos 13 a 15 anos paraviver na Cidade Planetria, em famlias de 10 "filhos", com cada um dos 50 casais instrutores. Aos 16 ou 17anos voltavam eles aos seus povos, para o casamento e a atuao como emissrios do Prncipe, aplicandoos conhecimentos adquiridos. Buscava-se "o progresso mediante a evoluo e no a revoluo".

    O cdigo moral da Cidade, ou "Caminho do Pai", constava dos seguintes mandamentos:

    1. No temas nem sirvas a outro Deus que no seja o Pai de tudo;

    2. No desobedeas ao Filho do Pai, o governante mundial, nem faltes ao respeito com seusassociados sobre-humanos;

    3. No mintas perante os juzes do povo;

    4. No mates homens, mulheres ou crianas;

    5. No roubes os bens nem o gado de teu prximo;

    6. No toques a esposa de teu amigo;

    7. No faltes ao respeito com teus pais nem com os ancios da tribo.

  • A Cidade Planetria funcionou normalmente durante 300 mil anos, com populao de cerca de 20 milhabitantes. Sua atuao civilizadora se estendeu por um raio de 160 quilmetros sua volta, pouco a poucoelevando o homem primitivo de caador a agricultor e pecuarista. Os descendentes primrios de Andon eFonta (os andonitas) e todas as seis raas de cor tiveram a oportunidade de beneficiar-se dos ensinamentosdos "Cem de Caligstia". Aprenderam o valor da famlia e da residncia unifamiliar estvel, com oimportante conhecimento de que "o homem selvagem ama seus filhos, mas o homem civilizado amatambm os seus netos". H 200 mil anos, lamentavelmente, o Prncipe Planetrio de Urntia se uniu rebelio de Lcifer e "a catstrofe de engano e sedio de Caligstia aniquilou quase todos osdescobrimentos maravilhosos dos humanos daqueles dias".

    A Rebelio de Lcifer

    No universo de Nbadon existem 10 mil sistemas planetrios como o nosso de Satnia, programadospara terem cerca de 1000 mundos habitados cada um. Em toda a histria deste universo houve apenas trsrebelies de Soberanos de Sistemas; a de Lcifer foi a ltima e a mais grave delas, envolvendo 37 planetashabitados. Filho Lanonandeque primrio, Lcifer era uma das cem personalidades mais hbeis e brilhantesdentre os 700 mil de sua ordem. Ele era o chefe executivo dos ento 607 mundos habitados de Satnia, aolado de seu assistente Sat, havendo governado normalmente por mais de 500 mil anos.

    H mais ou menos 200 mil anos Lcifer divulgou, durante reunio anual em Jerusm, sua"Declarao de Liberdade", como ele mesmo a chamou, na qual, em essncia, afirmava que o Pai Universalno existia (!), sendo apenas "um mito inventado pelos Filhos Paradisacos, com o objetivo de reter ogoverno dos universos"; que aceitava Micael de Nbadon como seu Pai Criador, mas no como seu Deus egovernante; e "que se gastava demasiado tempo e energia no esquema de capacitar" os mortaisascendentes.

    Na mesma ocasio prometeu aos Prncipes Planetrios que eles seriam os executivos supremos emcada um de seus mundos, ao mesmo tempo advogando que os poderes legislativo e judicirio ficassemsediados na capital de cada sistema planetrio e no na capital da constelao e do universo,respectivamente. Comeou ento a organizar sua prpria assemblia legislativa e seus tribunais, sob asuperviso de Sat. Todo o seu gabinete administrativo lhe prestou juramento de fidelidade. Micael deNbadon decidiu no interferir e deixar que as personalidades locais tomassem sua deciso. Gabriel deSlvington, que estava presente, anunciou que no devido tempo falaria em nome de seu pai. Declarou aindaque "o governo dos Filhos em nome do Pai s desejava lealdade e devoo voluntrias, sinceras e provade sofismas".

    Transcorreram cerca de sete anos at que Lcifer fosse destitudo do poder, mas logo depois do incioda rebelio a capital do sistema foi isolada dos circuitos de comunicao e de transporte que a ligavam constelao e sede do universo, bem como aos planetas integrantes de Satnia. As foras leais contavamcom o auxlio emergencial das linhas de comunicao do vizinho sistema planetrio de Rantlia.

    Enquanto durou a rebelio ativa Gabriel permaneceu no Mundo do Pai, em rbita de Jerusm,liderando as foras fiis a Micael de Nbadon. As personalidades em dvida sobre que posio adotardeslocavam-se entre o anfiteatro planetrio onde Lcifer permaneceu e o Mundo do Pai, ouvindo osargumentos de Gabriel. Mesmo assim, houve mais comprometidos com esta rebelio do que com as outrasduas anteriores juntas. O pecado havia atingido at dois outros sistemas planetrios vizinhos.

    Porm ao cabo de sete anos o Lanonandeque Primrio Lanaforge foi empossado como Soberano doSistema e Lcifer destitudo de seu cargo de confiana, embora deixado em liberdade para circular por todoo sistema, juntamente com seus seguidores. Sat foi temporariamente autorizado a servir como interlocutorjunto aos 37 Prncipes Planetrios rebeldes. Assim esteve operando o sistema de Satnia, com os rebeldeslivres embora fora do poder, durante pouco menos de 200 mil anos, enquanto os tribunais da capital dosuperuniverso deliberavam sobre as medidas a tomar. Antes do stimo auto-outorgamento entre suas

  • criaturas, o Cristo Micael ainda no detinha todo o poder de Filho Criador Maior sobre Nbadon, comodetm desde o fim de sua encarnao em Urntia, e na ocasio preferiu no interferir.

    Ainda durante a vida de Jesus entre ns Lcifer foi aprisionado nos mundos de deteno em rbitade Jerusm, onde tem contato apenas com o carcereiro que lhe leva a alimentao, pois nenhumapersonalidade quis visit-lo. Cristo Micael lhe ofereceu sua misericrdia caso se arrependesse sinceramente,porm Lcifer no aceitou. Todos os seus seguidores que aceitaram o perdo oferecido comearam suareabilitao depois da ressurreio de Jesus. Sat tambm foi incondicionalmente encarcerado antes dapublicao do Livro de Urntia. Os 37 Prncipes Planetrios rebeldes foram substitudos por governantesprovisrios. Embora no tenha sido preso, Caligstia foi substitudo por Maquiventa Melquisedeque frentedo Governo de Urntia e aguarda as deliberaes dos Tribunais do Superuniverso em Uversa.

    A Secesso de Caligstia em Urntia

    Enquanto Lcifer ainda planejava sua rebelio, Sat esteve em Urntia e obteve a promessa de apoiode Caligstia para a ocasio em que eclodisse o movimento. Assim sendo, quando Lcifer divulgou sua"Declarao de Liberdade", Caligstia imediatamente se alinhou entre seus seguidores e convocou reunioextraordinria dos dez conselhos da Cidade Planetria. Comunicou que estava para proclamar-se soberanoabsoluto do planeta e pediu que todos os grupos administrativos renunciassem a suas funes, para aorganizao do novo governo. O jurista e administrador Van, presidente do Conselho Supremo deCoordenao, pediu a todos os presentes que se abstivessem de qualquer deciso enquanto no serecebesse do Soberano do Sistema uma confirmao da proposta do Prncipe Planetrio rebelde. Feita aconsulta, a resposta de Lcifer no tardou a chegar, exigindo absoluta e incondicional lealdade s ordens deCaligstia e confirmando sua designao como soberano supremo. Seu assistente Daligstia o proclamou"Deus de Urntia".

    Mesmo diante dessa comunicao o fiel e nobre Van se recusou a obedecer, acusando Caligstia eLcifer de desacato soberania do Universo. Aps discurso de sete horas pediu aos Altssimos daConstelao, uma instncia acima, que explicassem aquela confusa situao. Nesse meio-tempo foramcortados todos os circuitos de comunicao e transporte para o nosso planeta, de modo que no foirecebida a comunicao de Edntia, confirmando o so entendimento de Van. Comeava a quarentena deUrntia, que dura at hoje.

    Movido pela fidelidade e pelo bom-senso o corajoso Van liderou, durante os sete anos da "Guerra nosCus", todas as personalidades leais a Micael de Nbadon, mesmo sem ter recebido instrues. Mas asperdas foram muito grandes: 80% dos seres intermedirios primrios (liderados por Belzebu) se somaram rebelio, assim como o chefe dos serafins administradores, com quase metade dos seus comandados egrande nmero de querubins e sanobins. Tambm se aliaram aos rebeldes 60 dos "Cem de Caligstia". Deseus associados humanos modificados, 56 permaneceram fiis a Micael. Deles o mais destacado foiAmadon, o associado de Van, que se tornou o heri humano da rebelio em Urntia.

    Os 60 ascendentes rebeldes logo descobriram que se haviam tornado mortais, ao serem desligadosdos circuitos vitais do sistema e privados do consumo da "rvore da Vida". Os serafins leais a Micael haviamlevado a rvore para o acampamento de Van nas montanhas fora da Cidade Planetria. Nod, chefe dos 60rebeldes ascendentes, determinou ento que recorressem reproduo sexual para fazer frente suamortalidade. A procura que fizeram aqueles seres superiores por humanos com quem se acasalarem deuorigem s lendas antigas de que deuses desceram Terra para se reproduzirem com humanos.

    Passado algum tempo da execuo do plano de Caligstia, de induzir o progresso pela revoluo eno mais pela evoluo, ocorreu o inevitvel: as tribos semi-selvagens, animadas pelas novas liberdadesconcedidas prematuramente, atacaram e tomaram a prpria Cidade Planetria, expulsando os noditas parao Norte da mesopotmia, que ficaria conhecido como a Terra de Nod, para onde foi Caim tomar esposa,como est na Bblia.

  • Aps os 7 anos da Guerra nos Cus, o Prncipe Caligstia foi apeado do poder e substitudo por umacomisso de 12 sndicos Melquisedeques de emergncia. Van e seus associados imortais cuidaram depreservar os conhecimentos e as tcnicas desenvolvidas na Cidade Planetria e levaram a cabo o trabalhode elevao cultural e biolgica das tribos amigas. Os chefes noditas foram morrendo pouco a pouco. Pormdurante mais de 150 mil anos os rebeldes no-humanos estiveram soltos em Urntia, se bem que isoladosdos circuitos de comunicao e de transporte.

    Como vimos, Lcifer foi aprisionado ainda durante a vida de Jesus entre ns; Sat foi igualmentepreso ao realizar-se a primeira audincia do processo Gabriel versus Lcifer nos tribunais de Uversa, antesde 1934. Os seguidores de Caligstia em Urntia, ou aceitaram o perdo oferecido por Micael e estoseguindo um programa de reabilitao, ou seguiram para o mundo de priso em rbita de Jerusm.

    O Jardim do den

    Todos os planetas geolgicos de ascenso mortal contam com dois centros de governo: uma CidadePlanetria que civiliza os seres humanos evolutivos e mais tarde um Jardim do den, cujos moradores(seres materiais descendentes) continuam o processo civilizacional e procedem elevao biolgica dasraas de cor ao se miscigenarem com elas. Se Urntia houvesse seguido os padres normais ainda teramoshoje um governo espiritual dirigido pelo Prncipe Planetrio residente e um governo material conduzido porAdo e Eva. Porm os planos divinos foram descumpridos pela traio de Caligstia e pela falha de nossosFilhos Materiais.

    Apesar da decadncia cultural e da pobreza espiritual decorrentes da secesso, por mais de 150 milanos a evoluo orgnica dos seres humanos continuou at que, h cerca de 40 mil anos, atingiu seuapogeu "de um ponto de vista puramente biolgico". Os Portadores de Vida e os sndicos Melquisedequessolicitaram o envio de um Filho e uma Filha materiais. Depois de visita de inspeo feita por Tabamntia,Supervisor Soberano dos mundos experimentais, foi autorizada a vinda de Ado e Eva, selecionados pelosexaminadores Melquisedeques e tambm aprovados pelos Altssimos da Constelao dentre todos de suaordem que se apresentaram como voluntrios.

    Ao saber que se aproximava o momento da chegada do casal, Van comeou a anunciar sua vinda e apreparar um jardim para sua morada, 83 anos antes de chegarem. Ele e Amadon recrutaram mais de 3 miltrabalhadores entusiastas, dentre os amadonitas (descendentes do sqito corpreo fiel), andonitas emesmo alguns noditas descendentes do sqito infiel. Apesar de desprovidos de poder, Caligstia eDaligstia tentaram impedir aqueles trabalhos, sem xito porque Van e Amadon foram incansavelmenteapoiados pelos 10 mil Seres Intermedirios leais.

    O local escolhido para a construo foi uma pennsula ento existente nas ribeiras orientais doMediterrneo. Levou dois anos a transferncia da sede da cultura mundial (inclusive a "rvore da Vida"),antes situada s margens do Lago Van, no territrio da Armnia atual. O primeiro trabalho da grandeequipe foi erigir com tijolos a muralha protetora de 43 quilmetros de extenso, com 12 portes de acessoao Jardim do den. Este nome, a propsito, provm do fato de que a rea residencial dos Filhos Materiaissempre enfatiza, em cada planeta geolgico, uma beleza botnica semelhante dos magnficos jardins deEdntia, capital da Constelao de Norlatiadeque. Dentro da muralha se praticava a horticultura e aagricultura. No continente ficavam as terras dedicadas ao pastoreio e pecuria que proporcionavam acarne para os trabalhadores: "no Jardim jamais se mataram animais".

    "No centro da pennsula do den estava o belo templo de pedra do Pai universal, o santurio sagradodo Jardim". Ao norte ficavam os prdios administrativos e ao sul as casas dos trabalhadores e suas famlias.A oeste foram mais tarde construdas as escolas. No "Leste do den" foram edificados os domiclios do FilhoMaterial e seus descendentes imediatos. "Os planos arquitetnicos reservavam casas e terras suficientespara um milho de seres humanos". Em cerca de 80 anos de formidvel trabalho, Van e Amadon j haviamcompletado 25% dos planos, com milhares de quilmetros de canais de irrigao e drenagem, quase 20 mil

  • quilmetros de passagens e caminhos pavimentados, mais de 5 mil construes de tijolos nos diversossetores e um nmero incontvel de rvores e plantas. "Jamais, antes nem depois, abrigou Urntia umaexibio to bela e completa de horticultura e agricultura".

    A "rvore da Vida" que havia prolongado a vida de Van, Amadon e seus associados por mais de 150mil anos foi plantada no centro do templo do Pai, pois Ado e Eva tambm necessitariam de seus frutos efolhas como auxlio para a imortalidade fsica. Originria da capital da Constelao, ela cresce tambm nascapitais dos universos locais e superuniversos, bem como nos Mundos Perfeitos de Havona, mas no existenas capitais dos sistemas planetrios. "Esta superplanta armazena certas energias espaciais que servem deantdoto contra os elementos que produzem o envelhecimento na existncia animal". Para os sereshumanos evolutivos e para os rebeldes desligados dos circuitos vitais do sistema seu efeito era nulo.Quando Ado e Eva deixaram o Jardim no lhes foi permitido levar mudas da rvore, pois estavamrebaixados condio de humanos mortais.

    O Jardim do den foi ocupado por noditas e outros grupos tnicos durante mais de 4 mil anos, atser coberto pelas guas do Mediterrneo, que avanaram progressivamente por centenas de anos, emprocesso exclusivamente natural.

    Ado e Eva

    Os Filhos Materiais chegaram a Urntia h cerca de 38 mil anos, por transporte serfico. Pousaramsuavemente e sem aviso ao lado do templo do Pai Universal, dentro do qual se desenvolveu durante dezdias o processo de re-materializao de seus corpos de natureza humana dual, programados para aimortalidade. Seu nmero de ordem era 14.311, da terceira srie fsica de Jerusm e tinham 2,5 metros dealtura com perfeitas propores. Haviam sido professores na escola de cidadania de Jerusm e tambm l,nos 15 mil anos anteriores haviam dirigido a diviso de aplicao da energia experimental para amodificao das formas de vida. J tinham 100 descendentes ao deixar Jerusm, todos prestando servios Criao.

    Quando despertaram no templo do Pai, receberam as boas-vindas de Van e Amadon, heris queconheciam pelo renome, e de uma "imponente multido reunida para receb-los". O idioma do Jardim era odialeto andnico falado por Amadon, que juntamente com Van havia criado um novo alfabeto de 24 letras.Ado e Eva falavam e escreviam perfeitamente esse dialeto, estudado ainda na capital do Sistema. Eragrande o jbilo do den, aps tantos anos de trabalho e expectativa por esse momento. Os pombos-correiode centenas de colnias fiis foram soltos para levar a grande notcia, depois de criados por anos a fio paraessa ocasio.

    Ao meio-dia de seu primeiro dia aps despertarem, Ado e Eva receberam, em cerimnia solene, achefia do governo da Terra, antes a cargo de Van e dos sndicos Melquisedeques. Prestaram juramento defidelidade a Micael de Nbadon e aos Altssimos de Norlatiadeque. "Em seguida se escutou a proclamaodos Arcanjos e a voz de Gabriel decretou, por transmisso, o segundo julgamento de Urntia e aressurreio dos sobreviventes adormecidos da segunda dispensao de graa e perdo no planeta 606 deSatnia".

    Milhares de membros das tribos vizinhas em pouco tempo passaram a aceitar os ensinamentos deVan e Amadon e vieram ao den para dar boas-vindas ao casal e prestar homenagem ao Pai invisvel.Depois de sete anos Van, Amadon e os sndicos Melquisedeques partiram para Jerusm e deixaram aconduo dos assuntos planetrios exclusivamente com o casal, durante mais de um sculo antes da falta.Nesse perodo lhes nasceram 32 filhas mais 31 filhos, cujos descendentes em trs geraes perfizeram comeles o total de 1.649 moradores do den da pura raa violeta. Todos costumavam alimentar-se uma vez pordia, pouco depois do meio-dia, de frutas, nozes e cereais sem cozimento.

    Os corpos do casal (e apenas os deles) irradiavam noite uma luz trmula que muito impressionava

  • os nativos. Vestidos com uma capa feita dos txteis confeccionados desde os tempos de Dalamtia (tcnicapreservada por Van e Amadon), restava apenas o brilho em volta de suas cabeas. Da vem a explicaopara a aurola que se costuma acrescentar em volta das cabeas de santos e anjos na tradio religiosaocidental.

    Seus filhos, netos, bisnetos e trinetos estudavam pelos mtodos educacionais de Jerusm adaptados realidade de Urntia. Recebiam instruo sobre:

    1. A sade e o cuidado do corpo;

    2. As normas do trato social;

    3. A relao dos direitos do indivduo com os do grupo e as obrigaes comunitrias;

    4. A histria e a cultura das diversas raas da Terra;

    5. Os mtodos para avanar e melhorar o comrcio mundial;

    6. A coordenao de deveres e emoes contrapostos; e

    7. O cultivo dos jogos, do humor e alternativas competitivas luta fsica.

    As leis do den foram promulgadas de acordo com os cdigos mais antigos de Dalamtia, inclusiveos "sete mandamentos do regime moral supremo." Ao meio-dia se praticava uma adorao pblica e afamiliar, ao entardecer. Ado ensinou que "a orao efetiva tem de ser totalmente pessoal e tem de ser odesejo da alma." Porm os edenitas continuaram a usar as frmulas herdadas da Cidade Planetria. Eletambm tentou substituir os sacrifcios sangrentos por oferendas de frutos da terra, mas tampoucoconseguiu muito progresso nesse campo.

    Passado mais de um sculo, os Filhos Materiais sentiam-se isolados e desalentados pela dificuldadeenorme de sua misso e pelo que lhes parecia pouco progresso em tanto tempo: "s vezes quase lhesfaltava a f". No plano mais importante de sua misso, a elevao biolgica, defrontavam-se com umproblema que lhes parecia insolvel: as centenas e centenas de tribos que falavam igual nmero de dialetosno haviam procedido eliminao dos anormais e degenerados das raas humanas, e no eram receptivosa essa prtica saudvel. Em condies normais, seu primeiro trabalho teria sido a coordenao ecombinao das raas. Porm a realidade era que "jamais nenhum Ado do servio planetrio haviarecebido um mundo mais difcil".

    Para complicar a situao, o Prncipe Planetrio rebelde continuava em Urntia, opondo-se aos seuspropsitos de fidelidade no cumprimento de sua alta misso. Apesar de reiteradas visitas ao Jardim,Caligstia no conseguiu qualquer simpatia de Ado e Eva ou de seus descendentes para as idias que lhesapresentava. Por esse motivo decidiu atacar indiretamente, aproveitando-se das boas inteno do dirigentenodita Serapattia, lder da "mais poderosa e inteligente das tribos vizinhas". Este se aproximou de Eva elhe conquistou a amizade e a confiana em visitas "cada vez mais ntimas e confidenciais". Ele tambmcativou Ado ao propor um programa de cooperao de sua grande tribo de noditas srios, com vistas aobter o apoio das demais tribos prximas.

    Durante mais de cinco anos esse lder honesto e sincero ponderou a Eva que o mundo se beneficiariamuito com o nascimento de um filho mestio da raa violeta, para conduzir seu povo em estreitacooperao com o Jardim do den. Esse projeto foi se desenvolvendo em segredo, entre ele e Eva, at omomento em que Eva concordou em avistar-se com o belo e entusiasta Cano, lder religioso sincero dosnoditas amistosos. Antes de se dar conta da gravidade do que fazia (a poligamia era corrente entre osnoditas), Eva incorreu no erro fatdico de trair Ado e conceber Caim.

    Percebendo que algo estava seriamente errado, Ado chamou Eva para uma rea afastada do den e

  • ouviu, sob a lua que brilhava, a histria completa do grande erro dela. A "voz do Jardim" que lhes falouento, dizendo que haviam transgredido o pacto, desobedecido s instrues e faltado ao seu juramento, foido Anjo Solnia, que escreveu quatro dos 196 documentos do "Livro de Urntia" e at hoje permanece emnosso planeta.

    A lenda da rvore do bem e do mal, contida na Bblia, vem do fato de que, cada vez que os FilhosMateriais comiam da "rvore da Vida", o Arcanjo guardio da planta os advertia a no seguirem "assugestes de Caligstia no sentido de combinarem o bem e o mal". A advertncia exata era a seguinte: "Nodia em que combinarem o bem e o mal, vocs sem dvida se convertero em mortais do reino;seguramente morrero".

    As instrues recebidas pelo atribulado casal rezavam que deveriam gerar 500 mil descendentesantes de comearem o processo de miscigenao com as raas locais. Foi a impacincia de Eva eSerapattia que provocou o desastre, apesar da sinceridade de ambos e de Cano. Nenhum deles tinha realconscincia do que estavam a fazer. Ado "no abrigava seno compaixo e lstima por sua consortedesencaminhada". Ele amava Eva com afeto supra-mortal e desejava seguir o mesmo destino dela. Por essemotivo procurou, no dia seguinte, a talentosa nodita Laota, encarregada das escolas do den, e "cometeu omesmo desatino que Eva", engravidando-a de Sansa.

    Ao saberem do ocorrido com Eva, os habitantes do Jardim se enfureceram, atacaram de surpresa opovo nodita vizinho e no deixaram vivo um s homem, mulher ou criana. Cano foi morto nessa ocasio.Informado do massacre, Serapattia suicidou-se. Ado, por sua vez, aturdido pelos terrveisacontecimentos, vagou sem rumo por um ms inteiro, correndo grave perigo, enquanto seus filhosprocuravam reconfortar a me desesperada pelo massacre e pelo desaparecimento do marido.

    Porm Ado recobrou a razo e voltou ao den para planejar o que poderiam salvar da misso tosubitamente fracassada. Sua degradao ficou patente em 70 dias, quando chegaram os sndicosMelquisedeques para assumir o controle dos assuntos mundiais. O quadro se agravou quando lhes veio ainformao de que uma coalizo de noditas se preparava para atacar o den, em vingana pela tribochacinada. Ao procurar aconselhar-se com os Melquisedeques, Ado soube que eles estavam proibidos deinterferir em seus planos pessoais, embora pudessem cooperar de bom grado com o procedimento que eleescolhesse.

    "Ado no era amante da guerra, por conseguinte optou por deixar o primeiro jardim aos noditas,sem oposio". Levou consigo 1200 seguidores leais, alm de seus descendentes, com animais e mudas deplantas, procura de um segundo jardim. Ao terceiro dia a caravana foi interceptada por transportesserficos de Jerusm que tinham a misso de levar todos os seus descendentes menores de 20 anos, maisaqueles dentre os maiores que desejassem seguir para Edntia, como pupilos dos Altssimos. Apenas umtero destes decidiu ficar com os pais e enfrentar os difceis e hericos dias que estavam por vir.

    "Ningum poderia observar a dolorosa despedida desse Filho e Filha materiais de seus prpriosfilhos, sem se dar conta de que o caminho do transgressor duro". Gabriel apareceu para pronunciar suasentena: Ado e Eva haviam violado o pacto de seu cargo de confiana, mas no foram declaradosculpados de rebelio. Caram de seu estado superior para o de mortais humanos, devendo enfrentar todasas vicissitudes dessa nova condio. Estariam desligados dos circuitos vitais do sistema e proibidos decomerem da "rvore da Vida". Apesar de tudo suas qualidades superiores os faro realizar, no segundojardim, a herica (se bem que desconhecida) misso compensatria que trouxe a humanidade para opatamar em que hoje se encontra.

    O Segundo Jardim

    A grande caravana deixou o den em direo ao leste, comeando uma viagem de mais de um anoat a Mesopotmia. Caim e Sansa nasceram durante a viagem: Eva teve um parto laborioso, mas

  • sobreviveu; Laota, contudo, faleceu durante o nascimento de Sansa, que foi ento criada como se fossegmea de Caim. Esta filha de Ado "chegou a ser mulher de grande capacidade. Casou-se com Sargan,chefe das raas azuis do norte e contribuiu para o progresso dos homens azuis daqueles tempos".

    Quando souberam que se aproximava o sumo sacerdote do Jardim do den, as tribos que moravamentre o Tigre e o Eufrates fugiram para as montanhas ao leste. Desta forma se fez pacificamente ainstalao dos novos moradores, que trataram de construir suas casas e organizar um novo centro mundialde cultura e religio. Ado e sua famlia tiveram de adotar mtodos rudimentares de vida ao comearem osegundo jardim "com o suor de sua fronte".

    "Menos de dois anos depois de Caim nasceu Abel, o primeiro filho de Ado e Eva que veio luz nosegundo jardim". Abel era pastor e oferecia aos sacerdotes animais de sua criao. Caim era agricultor eofertava frutos da terra. As oferendas de Abel eram preferidas, o que provocou a inveja do irmo maisvelho. Os dois brigavam sempre, e Abel insistia em lembrar que Caim no era filho de seu pai. Quandotinham 20 e 18 anos, respectivamente, Abel em certa ocasio provocou o irmo a ponto de enfurec-lo e foiento morto por ele.

    Caim havia sempre rejeitado a disciplina e desprezado a religio, porm depois de matar Abel searrependeu e pediu a Eva uma orientao espiritual. Ao desejar honestamente a ajuda divina, ganhou umAjustador do Pensamento. Aconselhado a deixar o jardim, dirigiu-se ao oeste, terra de Nod, onde se casoucom Remona, sua prima distante pela famlia do sacerdote Cano. Seu primognito Enoque chegou a serchefe dos noditas elamitas, que por centenas de anos mantiveram boas relaes com os adamitas.

    Ado viveu mais 415 anos e Eva 396, depois de enfrentarem "com graa e integridade" a novasituao. A prioridade para os dois, sabendo-se mortais, foi ensinar aos filhos e companheiros destes o quesabiam sobre administrao, educao e religio. Em seguida aos primeiros anos mais duros, todos forampouco a pouco esquecendo os dias de glria no den e cuidando com dedicao de seu dia-a-dia, cientesde que apesar de tudo era essencial o que faziam para as futuras geraes urantianas.

    Como haviam levado consigo grandes rebanhos e alguns animais domesticados, mais centenas desementes e bulbos de plantas e cereais, tinham boa vantagem sobre as tribos vizinhas. Criaram o terceiroalfabeto de Urntia e lanaram as bases do que viria a ser a arte, a cincia e a literatura modernas."Mantiveram a escrita, a metalurgia, a cermica e a tecelagem, e produziram uma espcie de arquiteturaque no foi superada durante milhares de anos".

    Ado preocupou-se em deixar tanta descendncia quanto possvel, de acordo com o seu principaldever, a elevao biolgica. Para esse fim criou uma comisso de 12 membros, chefiada por Eva, paraselecionar mulheres das tribos vizinhas que gerassem filhos seus. Um total de 1570 delas tiveram filhos efilhas que sobreviveram at a maturidade. Esses pequenos foram todos criados nas tribos de suas mes emuito contriburam para o aperfeioamento gentico de seus povos, fazendo parte da poderosa raa andita.

    Pouco aps a chegada Mesopotmia os Filhos Materiais foram informados sobre sua nova situaoespiritual. Ambos haviam recebido Monitores do Pensamento e ao morrer poderiam seguir a carreira aoParaso, como os humanos da Terra. Esse fato muito os encorajou na dura transio. Receberam mensagempessoal de Micael de Nbadon, que entre expresses de amizade e consolo dizia: "Considerei ascircunstncias de vossa falta, e recordei-me de que o desejo de vossos coraes sempre foi leal vontadede meu Pai, e sereis chamados do abrao do sono mortal quando eu chegue a Urntia, caso os Filhossubordinados de meu reino no os chamem antes desse momento".

    Embora tivesse dvidas quanto ao seu entendimento, Ado passou a comentar com os seus maisprximos que Urntia poderia tornar-se o mais privilegiado mundo de Nbadon, ao ser escolhida por Micaelpara sua nica encarnao humana em todo o universo local. Aos menos ntimos sempre transmitia suacerteza de que viria mais tarde um Filho Paradisaco para acelerar o progresso do planeta, possivelmenteum Filho Instrutor. No soube ele, at morrer, que "o mal e o pecado em Urntia ofereceram ao FilhoCriador um ambiente mais espetacular para revelar o amor, a misericrdia e a pacincia sem par do Pai

  • Paradisaco".

    Ao terceiro dia da morte de Ado foi emitido um mandado de ressurreio dos sobreviventes de suamisso. Foi assim feita uma dispensao de 1316 de seus associados no Jardim do den, que juntamentecom ele e Eva foram re-personalizados nos Mundos de Aperfeioamento Inicial da Alma de Jerusm. O casalpassou rapidamente pelos 7 mundos descritos anteriormente e novamente alcanou a cidadania da capitaldo Sistema, na nova condio de ascendentes. Passado algum tempo, foram designados para trabalhar comos 24 conselheiros do rgo de assessoria e controle de Urntia, onde permanecem.

    Como Ado havia prudentemente instrudo seus filhos sobre todos os assuntos do jardim, a transioadministrativa se fez sem contratempos ao sobrevir-lhe a morte, por falncia mltipla dos rgos (Eva tinhafalecido aps problemas cardacos, 19 anos antes). "Os governantes civis dos adamitas foram, por herana,os filhos do primeiro jardim". Adamson, aps alguns anos na Mesopotmia, partiu para fundar no que viria aser o Turquesto um centro secundrio da raa violeta. Casado com Ratta, a ltima descendente de puracepa dos noditas, ele tambm daria origem aos quase 2000 Seres Intermedirios Secundrios. O segundofilho de Ado e Eva no den, Evason, que tinha sido o principal assistente de seu pai at falecer antes dele,foi o pai de Jansad, o primeiro chefe do segundo jardim aps a morte de seu fundador.

    O sacerdcio do segundo jardim comeou com Set, o mais velho dos sobreviventes nascidos j naMesopotmia. Seu filho Enos fundou uma nova ordem de adorao, que se expandiu fortemente quando oseu neto Kenan "instituiu o servio exterior de missionrios para as tribos circunvizinhas prximas edistantes". O sacerdcio setita atuava de forma global nos assuntos da religio, da sade, da educao e dainspeo sanitria. Seus ministros estenderam a evangelizao at Europa e ao interior da frica, Chinae ao Japo - de onde saiu um bravo grupo andita de pouco mais de cem pessoas que, viajando de ilha emilha pelo Pacfico, deixou monumentos na Ilha de Pscoa e chegou ao Peru, onde se miscigenou com osnativos e deu origem s dinastias Incas.

    A partir da morte de Ado, a populao humana foi se desenvolvendo progressivamente, sobretudoliderada pelos povos anditas, que combinaram o sangue adamita (do povo violeta, de olhos azuis e cabelosloiros, ruivos ou castanhos) com o nodita (que compreendia os descendentes do sqito corpreo infiel doPrncipe Planetrio) e o amadonita (do sqito corpreo fiel), mais os andonitas (descendentes de Andon eFonta, inclusive as seis raas de cor). Essa evoluo demogrfica da Terra, que havia tido contribuies dasraas Neandertal e Cro-Magnon, desaparecidas como as raas verde e alaranjada, uma admirvel sagamagistralmente descrita no "Livro de Urntia". Em suas pginas esto todos os elementos para a adequadacompreenso da identidade racial contempornea. verdade que nos falta bastante para o ideal dosplanetas normais da Criao, que tambm se destinam Era de Luz e Vida com uma s raa, uma s lnguae uma s religio. Porm no Livro esto todas as verdades que nos faltam para nos entendermos melhor evivermos em paz.

    Os valores mais importantes que devemos procurar entender, por serem os que Deus mais valoriza,so a verdade, a beleza e a bondade: "A verdade a base da cincia e da filosofia, e oferece o cimentointelectual para a religio. A beleza patrocina a arte, a msica e os ritmos significativos de toda experinciahumana. A bondade (amor) compreende o sentido da tica, da moralidade e da religio - o desejo deperfeio experiencial".

    Braslia, 17 de Dezembro de 2003.

    Este trabalho utiliza citaes do Livro de Urntia 1955 Urantia Foundation 533 Diversey Parkway, Chicago, Illinoi (001773) 525-3319, http//www.urantia.org

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  • UMA SNTESE DO LIVRO DE URNTIA[por J. Frederico Abbott Galvo Jr.]Introduo

    Desde 1955 vem sendo editado nos Estados Unidos "O Livro de Urntia", uma revelao divina de 2100 pginas, apresentada por 24 personalidades celestiais. Esse belssimo Livro descreve a Divindade e a evoluo de toda a Criao, desde a Ilha do Paraso e os mundos perfeitos de Havona at alm dos 7 superuniversos do tempo-espao, cada um deles com 100 mil universos locais. No stimo superuniverso (Orvnton, uma elipse com 500 mil anos-luz de dimetro maior) encontra-se o nosso universo de Nbadon, governado por Cristo Micael (Filho Criador Maior Micael de Nbadon) e pela Ministra Divina de Slvington, Filha do Esprito Infinito, com o auxlio de seu primognito Gabriel. As 700 pginas finais do Livro relatam a vida de Jesus entre ns, a religio viva, que pretendemos sintetizar posteriormente.Os 196 documentos que compoem a revelao foram transmitidos, "por mtodos autorizados superiormente", a um grupo de 70 cidados de diversas profisses em Chicago, Illinois. A compilao das transmisses, feita aos domingos e em sigilo, entre as dcadas de 1920 e 1950, foi coordenada pelo Dr. William Samuel Sadler, por muitos considerado o pai da psiquiatria norte-americana.Constituda em 1950 para divulgar esta Quinta Revelao de poca, a Fundao Urntia j produziu 600 mil cpias e tem ultimamente vendido a obra a um ritmo de 30 mil exemplares por ano. Os editores pretendem, com o tempo, tornar a revelao acessvel a todos os povos da Terra. Alm da original em ingls j existem edies em coreano, espanhol, finlands, francs, holands e russo, que podem ser obtidas pela internet (www.urantia.com) ao preo de US$ 34.00. Esto adiantadas mais cinco tradues e outras nove iniciadas. Um brasileiro fez em So Paulo a traduo para o portugus, que j est disponvel em CD-ROM por US$ 14.95 e dever ser publicada como livro em 2005. poltica da Fundao Urntia evitar a publicidade aberta, para deixar que o Livro lance razes progressivamente. Isso porque as verdades nele contidas so vlidas para os prximos milnios, no apenas para a nossa gerao; e tambm porque a complexidade de seu contedo, no qual se descreve apenas a parte da Criao que nos concerne, est no limite de nossas possibilidades de compreenso. Assim se explica o fato de informaes to essenciais no estarem ainda incorporadas s nossas cincias, filosofias e religies. Deus no tem pressa, pois o tempo inexiste no Paraso e a eternidade dita o compasso de Suas aes. Depois de conhec-Lo nessa revelao, cada leitor utilizar seu livre-arbtrio para praticar individualmente a religio verdadeira, independente dos rituais, dogmas e dissenses das crenas evolutivas atuais.Em relao f, convm registrar que para a salvao da alma no basta uma convico lgica, necessria a sua prtica na vida diria, amando-se a Deus acima de tudo e ao prximo como a si mesmo; por um lado buscando a perfeio, como convida o Pai e por outro tendo pacincia, como recomendou Jesus. O propsito desta sntese espontnea, aps duas leituras, motivar os leitores a conhecerem no Livro a grandeza da Criao, o seu futuro espiritual, o verdadeiro passado da humanidade e a mensagem completa de Jesus.A Teologia

    O livre-arbtrio divino se manifesta no plano-mestre da Criao e na realidade que nos circunda. Mas Deus opera de tal forma que nenhuma personalidade celestial pode interferir no livre-arbtrio de cada um de ns, seja qual for o ato que pretendamos praticar. Quando tomamos uma deciso acertada, o Anjo Guardio do Destino tenta proporcionar-nos condies, no plano social, para sua concretizao. O Monitor do Pensamento, por sua vez, a cada noite elabora um curso de ao ideal que nem sempre percorremos no dia seguinte: ele o esprito dentro de ns, que tambm atua em nossos sonhos, muitas vezes distorcidos pelo crebro. Em contrapartida liberdade nesta vida temos dois deveres principais: cumprir as obrigaes terrenas de nosso tempo e lugar e construir o destino de nossas almas. Mesmo nas vidas adiante nos sempre dada a escolha de prosseguir no caminho da perfeio ou desistir.O Pai Eterno Mais Que Esprito a Primeira Fonte e Centro de todas as coisas. Vive na Ilha do Paraso, a nica massa imvel da Criao, de onde dirige todos os acontecimentos, com o Filho Eterno e o Esprito Infinito. De l no pode Ele ausentar devido ao equilbrio que irradia para todos os universos com suas energias mais que pessoais, no compartilhadas nem com o Filho. Ao atuar como Supremo, Stuplo, ltimo ou Absoluto no tempo-espao, o Pai evolui medida que estende sua presena, quer no mundo fsico em estabilizao crescente, quer na proporo da sintonia das criaturas com o seu pensamento, medida que os planetas, sistemas planetrios, constelaes e universos atingem cada um dos quatro estgios de Luz e Vida. Estes so como o cu na terra: seres humanos se comportando de forma cada vez mais espiritual.O Criador est em contato com todos ns humanos pelo seu Circuito de Personalidade e presente junto a cada um pelo Monitor do Pensamento, um fragmento pr-pessoal dEle mesmo ao lado de nossa mente material, que com ela constri a alma moroncial durante esta primeira vida e com a qual depois se fusiona e se aperfeioa ao longo de 670 vidas posteriores a caminho do Paraso. Aps morrer aqui, evolumos do primeiro nvel moroncial (anmico) at o sexto nvel espiritual, em corpo progressivamente mais avanado. Desde que Jesus enviou o Esprito da Verdade em Pentecostes, todos os urantianos de mente normal recebem um Monitor Divino por volta dos seis anos de idade. Mesmo as crianas que morrem antes dessa idade, quando tm potencial de sobrevivncia, so levadas para uma creche nos Mundos de Aperfeioamento Inicial da Alma, onde esperam o pai e (ou) a me sobreviventes. O Filho Eterno, por seu turno, contata-nos pelo Circuito Espiritual e o Esprito Infinito, pelo Circuito de Mente, sempre com o auxlio do Esprito da Verdade. O Pai amor, o Filho, misericrdia e o Esprito Infinito, ao.Para possibilitar-nos o entendimento de tal complexidade, inacessvel de outra forma, os autores explicam que graas ao Filho Eterno, seu Verbo, o Pai superou as limitaes de sua infinidade em eras to remotas da eternidade que ainda no havia registros escritos na Ilha do Paraso (uma pr-histria, como a nossa). Em certo momento posterior o Pai e o Filho, em pensamento conjunto, criaram o Esprito Infinito e estabeleceram a Trindade Suprema. Nessa era comearam os registros escritos e surgiu, em volta do Paraso, o bilho de mundos perfeitos de Havona governados pelos Eternos dos Dias, cada um dos quais com um estilo individual de perfeio. Foi nesses mundos perfeitos que Cristo, filho paradisaco da primeira ordem (Micael) de criadores de universos, n 611.121, completou sua capacitao para dirigir Nbadon, na qualidade de Filho Criador Menor.O Tempo-Espao

    A partir do Universo Perfeito Paraso-Havona a Trindade Suprema comeou a criar os 7 superuniversos do tempo-espao, que descrevem majestosas elipses concntricas em torno da Ilha Central, no sentido oposto ao dos ponteiros do relgio. Os setores maiores dos superuniversos orbitam ao redor das 7 capitais superuniversais; os setores menores giram em volta da sede de seu respectivo setor maior; e os universos locais gravitam em torno da capital de seu setor menor, harmoniosamente. As constelaes, os sistemas planetrios e os sistemas solares dos universos locais seguem o mesmo padro. Neles o aperfeioamento dos seres materiais ascendentes como ns um fenmeno lentamente progressivo. At agora nenhum dos superuniversos atingiu a Era de Luz e Vida em todos os seus universos locais, constelaes, sistemas planetrios e planetas, como esto destinados ao cabo de sua evoluo. Enquanto isso a Criao avana ainda mais longe, nos trs crculos do espao exterior. Embora desabitados, tais crculos revelam a presena de "uma incrvel ao energtica que aumenta em volume e intensidade por mais de 25 milhes de anos-luz". No espao exterior estariam os domnios do Deus "Absoluto No-Qualificado".A gnese da matria ocorre quando seres paradisacos (os Organizadores da Fora Decanos) induzem uma complexa alterao das freqncias de diferentes energias e foras em conjunto, em dado lugar do espao, originando os gases primordiais. O tempo, por sua vez, passa a existir quando a matria assim criada por eles posta em movimento. Desta maneira se cria o tempo-espao. Os sis depois formados se cercam de planetas e luas, em alguns dos quais as condies fsicas pouco a pouco tornam possvel a implantao do plasma vital do Pai por outras personalidades celestiais, os Portadores de Vida. Adiante dos trs crculos do espao exterior os autores acreditam que talvez haja uma criao adicional nem a eles revelada, "um universo possvel, de infinidade em constante expanso". Isso, porm, no nos diz respeito ainda, nesta fase intermediria de evoluo para uma distante era de Luz e Vida. Estamos bem longe de espirituais, em comportamento individual e coletivo. Alm disso, oportuno registrar: os planetas em nosso estgio de amadurecimento normalmente conhecem o macro-cosmo apenas at o nvel de sua constelao.O Universo Local de Nbadon

    Vejamos ento como se formou o nosso universo local; como iniciou e evoluiu a vida na Terra (h 550 milhes de anos), com seres unicelulares em soluo salina, at o aparecimento do primeiro casal humano ascendente (faz 1 milho de anos); como foi a Cidade Planetria na Mesopotmia (500 mil anos atrs); como se deu a rebelio de Lcifer e Sat (h 200 mil anos); como foi o malogro, aqui, da Cidade Planetria e do Jardim do den (no Oriente do Mediterrneo, h 40 mil anos), os dois ncleos condutores do progresso em todos os planetas normais. Tambm pretendemos sintetizar, em texto parte, como foi a encarnao de Jesus neste planeta, no qual ele completou os sete auto-outorgamentos em diferentes ordens de suas criaturas, antes de governar seu reino como Filho Criador Maior."Um Filho Criador Menor passa a estruturar e povoar seu universo depois que os Organizadores da Fora Decanos do Paraso efetuam as manipulaes iniciais da fora espacial e das energias primordiais", provocando uma grande exploso - assim se confirma a teoria cosmolgica do "Big Bang" como um fenmeno local genialmente descoberto por nossos cientistas. No caso de Nbadon tal gnese comeou h 875 bilhes de anos terrestres, aps a seleo de "um setor do espao onde as condies eram favorveis". 75 bilhes de anos mais tarde, quando as energias emergentes reagiam diante da gravidade local e linear, comeou o trabalho dos Diretores do Poder e dos Controladores Fsicos Decanos nascidos em nosso superuniverso de Orvnton, que mobilizaram aquelas energias para criar sis e esferas materiais habitveis com base nos gases ancestrais. Eles tambm produziram "o vasto complexo de linhas de comunicao, circuitos de energia e canais de fora que ligam firmemente os mltiplos corpos espaciais do universo local em uma unidade administrativa integrada". O primeiro sol de Nbadon surgiu h 500 bilhes de anos o nosso existe h 5 bilhes de anos, no centro do sistema solar de Monmtia.H 400 bilhes de anos o ento Filho Criador Menor que viria a ser Jesus de Nazar escolheu a Nebulosa de Andronover para formar seu universo e quase de imediato foi iniciada a construo da esfera arquitetnica da capital Slvington e seus satlites, bem como dos 100 grupos de mundos que formariam as capitais das constelaes. Esse trabalho levou cerca de um milho de anos. Todas as capitais de superuniversos, universos, constelaes e sistemas planetrios so construdas como obras de engenharia csmica divina, devido instabilidade inerente ao magma dos planetas geolgicos. Por sua vez as capitais dos futuros 10 mil sistemas planetrios de Nbadon (compostos de sistemas solares como Monmtia) foram sendo construdas medida que eles se definiam como tais, completando-se h 5 bilhes de anos.Cada universo local tem 100 constelaes (a nossa Norlatiadeque, capital Edntia), compostas por 100 sistemas planetrios o nosso Satnia, capital Jerusm. Cada sistema planetrio integrado por cerca de 1000 mundos habitados Urntia o planeta n 606, dos 619 j habitados de Satnia. Cada universo assim projetado para ter 10 milhes de esferas habitadas cabe registrar que havia 3.840.101 delas em Nbadon quando Jesus nasceu em Belm. No tempo-espao, ento, em que cada um dos sete superuniversos ter 100 mil universos locais, divididos em Setores Maiores como o nosso Esplandon e Menores como Ensa, ao final haver 7 trilhes (!) de mundos habitados. A singularidade da Terra nessa mirade o fato de ter sido escolhida por Cristo para a stima efuso dentre suas criaturas: uma vez que cada Filho Criador se outorga como humano em apenas um planeta, tornamo-nos especiais entre os 10 milhes de futuros mundos nebadonianos e sabemos que o nosso Micael governa todos os outros humanos com base no que observou e sentiu aqui.Os Seres Materiais: Ascendentes e Descendentes

    Nos planetas geolgicos existem trs categorias de seres materiais ascendentes: os que tm um crebro - como aqueles que no respiram, em planetas sem atmosfera; os que tm dois crebros - como ns, que entretanto os chamamos de hemisfrios; e os que tm trs crebros - mais inteligentes e espirituais na primeira vida, alm de terem melhor percepo sensorial. Os unicerebrados, por limitaes em seu metabolismo, no se podem fusionar com um Monitor Divino e seguir o caminho do Paraso. Seus sobreviventes, ao se imortalizarem, seguem carreiras de servio no universo de origem, assim como aqueles de ns que, no entendendo o Filho, fusionam-se com um fragmento pr-pessoal do Esprito Infinito: sua carreira alcana at Slvington e lhes d um alto grau de especializao em assuntos locais. Quando a alma de um de ns, por no entender o Pai, se fusiona com um fragmento pr-pessoal do Filho Eterno, prossegue at a capital do superuniverso de Orvnton e em sua jurisdio permanece. Ambos atingem a perfeio nesses dois nveis e passam a integrar a populao permanente das respectivas capitais em rele