regiões agrárias 2

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1- Síntese dos fatores naturais. 2- Formas de aproveitamento de solos férteis. 3- Diversidade estrutural dos territórios rurais e mudança recentes segundo o Relatório PNPOT (Programa Nacional da Política do Ordenamento do Território) 1

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Page 1: Regiões Agrárias 2

1- Síntese dos fatores naturais.

2- Formas de aproveitamento de solos férteis.

3- Diversidade estrutural dos territórios rurais e mudança

recentes segundo o Relatório PNPOT (Programa

Nacional da Política do Ordenamento do Território)

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Influência da geologia

�O maciço antigo ocupa mais de metade do território e é formado por rochas eruptivas metamórficas e sedimentares antigas.

� No Norte e Centro, predominam os granitos que dão solos de estrutura arenosa.

� Na parte Sul, predominam os xistos, em solos delgados, de textura franca a franco arenosa.

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Influências

cli

máticas

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Horizontes do solo

Os solos evoluídos possuem normalmente várias camadas sobrepostas, designadas por horizontes. Estas camadas são formadas pela ação simultânea de processos físicos, químicos e biológicos e podem distinguir-se entre si através de determinadas propriedades, como por exemplo a cor, a textura e o teor em argilas. http://www.dct.uminho.pt/pnpg/gloss/horizontes.html

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� O solo resulta:� da atividade química e mecânica, que esfarela a rocha-mãe

até formar rochas pequenas, gravilha e areias;� da atividade biológica dos seres vivos que vivem nele.

� Um solo é essencialmente constituído por húmus, sais minerais e água. �O húmus é uma matéria negra constituída por restos de

vegetais (ramos pequenos, folhas, frutos, e os produtos da sua decomposição) e resíduos de origem animal (fezes, cadáveres, etc.).

� No solo existem, também, milhões de microorganismos e outros seres vivos (insetos, lagartas, fungos, etc.)

� O solo é poluído com a introdução de materiais que podem modificar em quantidade ou qualidade as suas características físicas e biológicas ou a sua composição química, dando origem a problemas de utilização pelos seres vivos.�Principais poluentes do solo: os agrotóxicos e os montes de

resíduos/lixo que se acumulam em locais que não são adequados.

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Exemplos em áreas urbanizáveis

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Veiga de Creixomil, Guimarães

� Uma experiência de conexão entre o pulmão verde e a tradição agrícola existentes com práticas culturais e de lazer a introduzir e valorizar.

� A intervenção em causa pretende conformar um parque urbano singular, de carácter lúdico-pedagógico … percursos pedonais e cicláveis, novos espaços de estar e lazer, equipamentos de apoio ao lazer e conhecimento, trajetos e caminhos antigos em simultâneo com a manutenção e valorização da exploração agrícola existente numa relação interativa e pedagógica do cidadão com o território e seus usos.

7Coordenação: Arq.º Filipe Vilas Boas / Câmara Municipal de Guimarães

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Vista aérea da Veiga de Creixomilhttp://www.guimaraes2012.pt/index.php?cat=123&item=660

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�A Veiga de Creixomil, possuía uma área de cerca 300ha, integrada na Reserva Agrícola Nacional (RAN) e Reserva Ecológica Nacional (REN). Os seus solos estão classificados como “ terrenos de aluvião de grande produtividade”, com elevadíssima fertilidade natural e, portanto com elevada aptidão agrícola. Dada a localização periférica urbana, a cidade tem-se estendido em direção a Creixomil restando cada vez menos do património natural.

�A terra é do mais fértil que há, daí o forte pendor agrícola desta Veiga, com cultivos de hortícolas e criação de gado.

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Vista de pormenor da Veiga de Creixomilhttp://www.guimaraes2012.pt/index.php?cat=123&item=660

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Campo de Masseirahttp://www.icnf.pt/portal/turnatur/visit-ap/pnln/trilh-masseir

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�As masseiras ou campos de masseiraconstituem uma forma de agricultura única no mundo existente nas freguesias da Estela, Navais e Aguçadora na Póvoa de Varzim e na vizinha Apúlia em Esposende. Esta forma de agricultura ancestral consiste em fazer uma cova larga e retangular numa das praias largas e arenosas da região.

�Nos cantos da cova conhecidos como os "quatro vales", são cultivadas vinhas, de forma a proteger a área central dos ventos do norte. São necessárias grandes quantidades de água e sargaço (para fertilizar o solo).

� Na área central, encontra-se água doce … e cultivam-se produtos hortícolas.

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�Com esta cova … consegue-se um aumento térmico, que aliado aos quatro vales e às vinhas, que protegem o campo dos ventos, fazem com que as masseiras funcionem como uma espécie de estufa.

�Este tipo de agricultura foi inventada no século XVIII por monges beneditinos da abadia de Tibães e foi outrora bastante utilizado nas costas da Póvoa de Varzim e Esposende.

�Hoje em dia é um tipo de agricultura em riscos de extinção devido à popularização das estufas na região e até mesmo ao uso das areias para a construção civil.

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Aspeto de pormenor de um campo masseira: as vinhas nas encostas e ocupação intensiva da parte central com culturas hortícolas.

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Hortas urbanas

São pequenas parcelas de terreno, localizadas em zonas urbanas, que são alugadas a particulares para a cultura de produtos hortícolas, frutos e flores. A produção destas hortas destina-se, geralmente ao consumo próprio mas também para a venda em pequena escala, em mercados locais.

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Esta nova forma de agricultura difundiu-se rapidamente por todo o mundo, chegando às principais metrópoles. E Portugal não foi exceção.

http://jra.abae.pt/portal/photo/admin-40/

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Hortas Urbanas

O projeto "Hortas Urbanas" sensibiliza a população para as alterações que têm ocorrido no mundo rural, incentivando a agricultura urbana e a preservação ambiental.

Aos munícipes concorrentes é disponibilizado um lote de terreno de 40m2 inserido numa área vedada com condições de rega necessárias, um abrigo comum para o armazenamento dos utensílios agrícolas e um espaço para a compostagem …

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Muitas famílias produzem assim as suas hortícolas (batata, couve, feijão, alface, tomates, pimentos, pepinos) e frutos como o morango e até flores.Desta forma podem controlar a forma como são produzidos os seus alimentos usufruindo, também, de momentos de contato direto com a Natureza e de confraternização e partilha de práticas e bens agrícolas

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http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=tzVGhv9v3ac(ver vídeo)

Portal da Agricultura Urbana e Peri-urbana(PORTAU)

O PORTAU é uma iniciativa da Rede Portuguesa de Agricultura Urbana e Periurbana (RAU) … que promove o debate e a troca de experiências em torno do desenvolvimento sustentável da agricultura urbana e periurbana. Trata-se de uma plataforma aberta e inclusiva, que pretende, sobretudo, colocar em contacto experiências institucionalizadas de agricultura urbana e, desta forma, contribuir para a melhoria do ambiente urbano e da qualidade de vida nas cidades em Portugal.

http://www.portau.org/

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Rio de Onor18

Campos de ocupação intensiva junto da aldeia. Culturas que precisam de ser tratadas diariamente, regadas, e que se destinam à alimentação humana.

Com uma orografia montanhosa e planáltica, registando uma altitude média na ordem dos 750 metros, Rio de Onor inclui um extenso trecho de vale, aberto, amplo e aprazível, banhado pelo Onor e protegido por imponentes Serras como a de Montesinho

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Agricultura comunitária (pouco expressiva por força da emigração dos anos 60 do século passado)

� Rio de Onor é uma aldeia raiana portuguesa do concelho de Bragança, com 44,16 km² de área e 76 habitantes (2011). Densidade: 1,7 hab/km².

� Rio de Onor subsiste ainda como aldeia comunitária. Este regime pressupõe uma partilha e entreajuda de todos os habitantes, nomeadamente nas seguintes formas:

�Partilha dos fornos comunitários;

�Partilha de terrenos agrícolas comunitários, onde todos devem trabalhar;

�Partilha de um rebanho, pastoreado nos terrenos comunitários.

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MONTADO

Uma forma de combater a fraca fertilidade dos solos no Alentejo: criação de gado ovino e suíno em regime extensivo nos campos em pousio. O gado estruma os solos alimentando-se das bolotas de azinheira e sobreiro. Uma forma tradicional de contornar a aridez da região.

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Herdade da Figueirinha, cerca de 5 km de Beja, um exemplo de modernidade no Alentejo.

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� A empresa Sociedade Agrícola do Monte Novo e Figueirinha, Lda foi fundada em 1998 e iniciou a sua atividade com a aquisição da Herdade da Figueirinha, em S. Brissos, perto de Beja com 300 hectares de solos de barro planos.

� Investiu-se fortemente numa profunda transformação daquela que era uma propriedade de culturas tradicionais de sequeiro, para uma moderna exploração agrícola com a plantação de vinha e olival de regadio.

� Em 2003 foi construída a Adega da Figueirinha, que produz vinhos regionais alentejanos. A empresa vende, no mercado nacional e exporta para diversos países.

� Em 2006, já com 170 hectares de olival plantado, foi construído o lagar de azeite.

� Tal com o vinho, o azeite é comercializado no mercado nacional e internacional, e conta com excelentes prémios como reconhecimento da sua qualidade.

http://www.montenovoefigueirinha.pt/

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Relatório do PNPOT

Diversidade estrutural dos territórios rurais e mudanças

recentes.

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Ocupação do solo

No ano de 2000, 75,4% da superfície de Portugal continental era ocupada por áreas agrícolas (48%) e povoamentos florestais (27,4%). Fonte: PNPOT_Relatório

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Segundo o Relatório do PNPOT(Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território)

A diversidade estrutural dos territórios rurais e as

transformações sociais ocorridas nas últimas

décadas, permitem identificar e caraterizar cinco

situações-tipo:

�Presença relevante de agricultura competitiva

�Domínio da agricultura extensiva com potencial agroambiental

�Agricultura diversificada e multifuncional em zonas interiores

�Agricultura em áreas periurbanas

�Territórios socialmente fragilizados e com predomínio de espaços florestais

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Presença relevante de agricultura competitiva

�Lezíria do Ribatejo (zonas de aluvião)

�Regadios no Sul (condições naturais e estruturais favoráveis)

�Manchas vinhateiras no Douro, Alentejo e outras áreas do país (as melhores manchas)

Fatores: condições naturais e estruturais favoráveis

Consequências: - bons resultados- perspetivas de desenvolvimento competitivo agrocomercial

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Domínio da agricultura extensiva com potencial agro ambiental

�Alentejo (grande parte dos territórios rurais)

�Ribatejo (parcela substancial)

�Beira Interior Sul (grande parte dos territórios rurais) …

Fatores: - baixa densidade e envelhecimento populacional;- largo predomínio de grandes e médias exploraçõesagrícolas com sistemas de produção extensiva

Potencialidades: - abundância e qualidade do ambiente natural - boas condições de desenvolvimento de serviços agroambientais e rurais

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Agricultura diversificada e multifuncional em zonas interiores

�Alto Minho e Trás os Montes (várias áreas)

�Cova da Beira e Dão-Lafões (várias áreas)

�Norte Alentejano (várias áreas)

Fatores: - Ocupação de um número significativo da população residente

- Áreas afastadas das principais aglomerações urbanas- Áreas de elevado interesse paisagístico e vincada

identidade cultural

Potencialidades: - desenvolvimento de produtos e serviços comelevada tipicidade

- Potencial de valorização quer no mercado localquer em mercados distantes

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Agricultura em áreas urbanas ou periurbanas

�Região Oeste (parte)

�Península de Setúbal e em vários outras áreas periurbanas

Fatores: - reduzida percentagem de ativos na agricultura- economia diversificada- solo rural muito disputado para usos urbanos e instalaçãode infraestruturas

Consequências: - agricultura multifuncional (condições naturais eculturais favorecem uma agricultura economicamente viável e diversificada- agricultura intersticial e residual onde o espaço

periurbano estiver desordenado e fragmentado

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Territórios socialmente fragilizados e com predomínio de espaços florestais

�Minho (montanhas) e Trás os Montes

�Beira Alta e Cordilheira Central (Pinhal interior)

�Serra Algarvia

Fatores: - condições naturais adversas- difícil acessibilidade - tecidos económicos e sociais frágeis- ocupação do solo dominada por espaços florestais

Consequências: - agricultura residual em redor das povoações e nalgumas manchas férteis- áreas a preservar em prol da qualidade ambiental e paisagística necessária àqualidade de vida

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