rochas sedimentares classificação quimiogénicas

28
ROCHAS SEDIMENTARES Classificação - Quimiogénicas Isabel Lopes 2012 Grutas de Mira de Aire Foto de www.migueleloi.no.sapo.pt

Upload: isabel-lopes

Post on 01-Nov-2014

9.579 views

Category:

Education


6 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

ROCHAS SEDIMENTARES

Classificação - Quimiogénicas

Isabel Lopes 2012

Gru

tas d

e M

ira

de

Air

e –

Fo

to d

e w

ww

.mig

ue

lelo

i.n

o.s

ap

o.p

t

Page 2: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

IL 2012 2

CLASSIFICAÇÃO

Page 3: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

ROCHAS QUIMIOGÉNICAS

IL 2012

3

Page 4: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

ROCHAS QUIMIOGÉNICAS

IL 2012

4

Fornecem dados relativos às condições do ambiente de

deposição.

Pode ocorrer em lagos (zonas áridas de intensa

evaporação);

A maioria forma-se fundamentalmente nas bacias

oceânicas.

Page 5: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

ROCHAS QUIMIOGÉNICAS

IL 2012

5

Formadas pela litificação de materiais resultantes da

precipitação de substâncias em solução:

• por evaporação da água (evaporitos);

• por variação das propriedades da água (ex.:

composição, pressão ou temperatura).

• Rochas salinas: Gesso (gipsito) e Sal-gema

• Cálcários

p. 75

Page 6: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

CALCÁRIOS DE PRECIPITAÇÃO

IL 2012

6

1. C’; B; C.

2. As águas podem

transportar

hidrogenocarbonato

de cálcio em

solução. Em

determinadas

condições, por

exemplo, devido a

variações de

temperatura, o

hidrogenocarbonato

pode precipitar sob

a forma de

carbonato de cálcio.

A sua deposição e

cimentação formam

calcário

Page 7: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

PAISAGEM

IL 2012

7

Equação de dissolução do CO2 na água : CO2 + H2O ⇋ H2CO3 H2CO3 ⇋ H+ + HCO3 -

Equação de dissolução da calcite (CaCO3) : CaCO3 + H2O + CO2 ⇋ Ca2+ + 2 HCO3 -

Page 8: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

PAISAGEM

IL 2012 8

Page 9: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

CARSIFICAÇÃO

Acontece quando estão reunidas algumas

condições:

Presença de rochas solúveis (aquela que, após

sofrer meteorização química produz poucos

resíduos insolúveis) .

As principais rochas carsificáveis são as rochas

carbonatadas que ao sofrerem corrosão química se

dissociam em iões Ca++ ou Mg++ e CO3-, que se podem

combinar em bicarbonatos ou permanecer dissolvidos

na água na forma iónica.

IL 2012 9

Page 10: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

CAMPOS DE LAPIAZ

Rendilhado de sulcos e cavidades,

devido à modelação da rocha

constituída por carbonato de

cálcio (calcários) pela circulação

de águas acidificadas pelo CO2.

IL 2012 10

Page 11: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

CARSIFICAÇÃO

IL 2012 11

Page 12: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

DOLINAS

IL 2012 12

São depressões fechadas de formato aproximadamente circular, formadas pela

dissolução da rocha no terreno abaixo dela ou por desmoronamento do teto de

cavernas. Se o solo for suficientemente impermeável, podem manter-se

parcialmente inundadas, originando pequenos lagos.

Adaptado de: http://www.territorioscuola.com/wikipedia/pt.wikipedia.php?title=Karst

Page 13: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

IL 2012 13

FORMAÇÃO DE GRUTAS

As águas que circulam transportam hidrogenocarbonato: Precipitação no chão da gruta - Travertino

Calcário de precipitação

Page 14: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

TRAVERTINO

Huanglong Património

mundial da Unesco,

encontra-se na província

de Sichuan, na China.

Nesta formosa área há

montanhas cobertas por

neve, florestas primitivas,

vales, lagoas e piscinas

naturais espetaculares…

IL 2012 14

Page 15: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

TRAVERTINO

anos pelas águas derretidas da neve, juntamente com as águas

superficiais, que formaram uma corrente por debaixo das rochas, e

dissolvendo as substâncias das rochas calcárias, foram carregadas pelas

águas, espalhando-se por toda parte.

IL 2012 15

Estas piscinas

naturais são formadas

por travertino (rocha

calcária composta por

outras substâncias).

Formado à milhares de

Calcário de precipitação

Page 17: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

GRUTAS: ESTALACTITES E ESTALAGMITES

IL 2012 17

Calcário de precipitação

Page 18: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

ROCHAS SALINAS - EVAPORITOS

IL 2012 18

Precipitação de sais dissolvidos, devido à evaporação da água que os contém em solução.

Locais de ocorrência:

águas marinhas retidas em lagunas com ligações esporádicas ao mar;

lagos salgados em áreas áridas.

Compostos mais insolúveis precipitam primeiro

Page 19: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

CALCITE

A formação da calcite associa-se à formação de

água e dióxido de carbono, de acordo com a

seguinte expressão:

Ca2+ + 2HCO3- CaCO3 + H2O + CO2

IL 2012 19

A diminuição* do teor de CO2 nas águas determina que o

equilíbrio químico se desloque no sentido da sua reposição e

assim, ocorre a precipitação de calcite

*pode dever-se ao aumento da temperatura da água, diminuição da pressão atmosférica, agitação das

águas, ou aumento fotossíntese, etc.

Page 20: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

CALCITE

IL 2012 20

Page 21: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

GESSO E HALITE

Após a formação dos cristais carbonatados (calcite), a

composição da massa de água inicial é alterada, levando à

cristalização sequencial de outros minerais:

1º gesso CaSO42H2O (sulfato de cálcio hidratado)

Posteriormente Halite (na forma de sal-gema – NaCl)

IL 2012 21

Page 22: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

GESSO E HALITE

IL 2012 22

Page 23: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

DOMAS SALINOS OU DIAPIROS

Sal-gema é pouco denso e muito plástico

Pode ascender através de zonas débeis da crosta – formação

de massas de sal - ascensão na astenosfera e/ou na litosfera,

por haver diferença de densidade entre si e as rochas

encaixantes.

IL 2012 23

Page 24: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

EVAPORITOS – MINAS SALGEMA EM RIO MAIOR

As salinas de Rio Maior localizam-se

a 3 km de Rio Maior, em Marinhas do

Sal, (área protegida do Parque

Natural das Serras d’Aire e

Candeeiros), a 99 metros de altitude.

São as únicas salinas de interior em

exploração em Portugal e são

consideradas Património Cultural

Português.

IL 2012

24

Adaptado de Santos, C., Cardeira, C. M. J.; Feteiro, A. J. A.; Louro, D. C.; Moreira, A. R. C.; Neto, J. C. A.; Santos, I. L., consultado a 3 de março de

2012 em: http://mesozoico.wordpress.com/2009/05/25/as-salinas-de-rio-maior-%E2%80%93-do-presente-ao-passado/

Page 25: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

EVAPORITOS – MINAS SALGEMA EM RIO MAIOR

As salinas encaixam-se no Vale Tifónico, onde abundam rochas evaporíticas – salgema e gesso

(Formação Margas da Dagorda) rodeadas por argilas e calcários. As rochas evaporíticas são pouco

densas e apresentam um comportamento plástico, o que conjuntamente com a existência de um

sistema de falhas permitiu o seu movimento ascensional. A água salgada provém de um extenso

e profundo filão de salgema, que é atravessado por uma corrente de água doce subterrânea,

que se torna depois salgada (7 vezes mais salgada que a água do mar) e que termina num

poço, na zona centro das salinas.

IL 2012

25 Adaptado de Santos, C., Cardeira, C. M. J.; Feteiro, A. J. A.; Louro, D. C.; Moreira, A. R. C.; Neto, J. C. A.; Santos, I. L., consultado a 3 de março de

2012 em: http://mesozoico.wordpress.com/2009/05/25/as-salinas-de-rio-maior-%E2%80%93-do-presente-ao-passado/

Page 26: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

EVAPORITOS – MINAS SALGEMA EM RIO MAIOR

A existência de importantes acumulações de sal-

gema, indica-nos que o paleoambiente de formação

tinha características litorais (lagunas e planícies de

inundação de marés), num clima quente e seco,

muito propício à rápida evaporação.

IL 2012

26

Adaptado de Santos, C., Cardeira, C. M. J.; Feteiro, A. J. A.; Louro, D. C.; Moreira, A. R. C.; Neto, J. C. A.; Santos, I. L., consultado a 3 de março de

2012 em: http://mesozoico.wordpress.com/2009/05/25/as-salinas-de-rio-maior-%E2%80%93-do-presente-ao-passado/

Page 27: Rochas sedimentares  classificação quimiogénicas

EVAPORITOS – MINAS SALGEMA EM RIO MAIOR

IL 2012

27

Paleoambiente de formação do salgema

Adaptado de Santos, C., Cardeira, C. M. J.; Feteiro, A. J. A.; Louro, D. C.; Moreira, A. R. C.; Neto, J. C. A.; Santos, I. L., consultado a 3 de março de

2012 em: http://mesozoico.wordpress.com/2009/05/25/as-salinas-de-rio-maior-%E2%80%93-do-presente-ao-passado/