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Uma das principais realizações da minha carreira é ter sido um promotor permanente das regiões. Ou seja, estar ciente da necessidade de ter partes ou regiões fortes que, por sua vez, reforcem o todo.

O destino me levou a desenvolver minha atividade profissional em um cenário regio-nal: o Caribe colombiano. Criamos Reumatologistas Caribenhos através de um curso de atualização para reumatologistas e outros médicos interessados na especialidade, depois de constatar a demanda por educação continuada em nossa região, bem como a necessidade de nosso próprio foro para discutir ideias, artigos e inovações, além de manter nosso corpo médico atualizado. Aqueles foram os momentos em que éramos chamados de Bogotá com programas feitos para que fossemos moderadores.

Desde os tempos de Reumatologistas Caribenhos organizamos um curso anual que este ano alcançará sua 21ª edição, duas conferências nacionais, uma conferência cen-tro-americana, caribenha e andina e várias conferências internacionais “pré-Carnaval” realizadas em Barranquilla, todas elas bem-sucedidas embora inicialmente pareciam atos de loucura. A última aventura foi o 1º Curso de Revisão de Reumatologia PANLAR, que organizamos com base na experiência e infraestrutura adquirida ao longo de todos esses anos e terminamos com grande sucesso, colocando Barranquilla como capital

Razones para asistir a cursos PANLAR

“Nada é mais global do que o local”Gabriel García Márquez

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regional no mapa pan-americano de reumatologia. Para nós, os caribenhos colombianos, a luta para ganhar res-peito e respeito por nossa identidade nunca foi um tema menor. Tivemos que ganhar um Prêmio Nobel de Literatura e recebê-lo usando um liqui-liqui tradi-cional enquanto ouvíamos vallenatos na fria Estocolmo para o nosso país para entender que ser diferente não nos faz melhor ou pior, mas é apenas uma ex-pressão de nossa mistura cultural, boa e importante como qualquer outra.

Eventos regionaisEsta é a razão pela qual nunca duvida-

mos de apoiar e promover eventos regionais sob a égide do PANLAR. Eventos como o primeiro PANLAR-ACCAR precisam ser continuados. A Associação Centro-Americana, Caribenha e Andina (anteriormente “ACCA”, hoje “ACCAR”) abrange duas regiões PAN-LAR e 13 dos 21 países pertencentes ao PANLAR (região centro-americana e bolivaria-na). O ACCAR cresceu como uma reação ao centralismo tradicional que se estende da organização territorial política a todas as áreas, incluindo a medicina, e que certamente herdamos do nosso passado colonial.

Para seus fundadores, ACCA deu impulso para um PANLAR menos polarizado e menos dependente da cultura de centralismo estabelecida por seus fundadores nos extremos norte e sul de nosso continente. Embora possa ser visto como uma parte lógica de cres-cer e evoluir como uma organização, não era isento de conflitos e definições precisas.

O impulso regional da ACCAR foi politicamente perceptível desde a sua fundação, ten-do como presidentes do PANLAR ao Dr. Abraham García Kutzbach, da Guatemala, e o Dr. Juan Angulo Solimano, do Peru,. Organizacionalmente, as conferências pan-ame-ricanas em Aruba (inicialmente designada para a Venezuela mas mudada para Aruba por questões políticas), Lima, Guatemala, Santo Domingo e Panamá têm sido muito bem-sucedidas, uma questão notável, uma vez que até 2002 apenas uma conferência pan-americana tinha sido realizada na região, especificamente na Colômbia. Aspectos acadêmicos, como o atendimento a eventos, a participação em grupos e redes têm mel-horado e revistas especializadas são regularmente publicadas na Colômbia, Venezuela

“O objetivo dos cursos regionais é fornecer uma visão local sobre o conhecimento global. Não podemos aspirar a reumatologia pan-americana de alto impacto, sem nossos próprios dados. O que nos torna únicos é encontrado nas regiões, como é confirmado pelas experiências de diferentes grupos de estudo.”

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e Peru, refletindo o crescimento e a maturidade nas comunidades científicas da região, as mais no-vas do PANLAR. No entanto, ain-da há tarefas inacabadas. Numa nova fase marcada pelo movi-mento Todos somos PANLAR não há justificação para um choque regional ou de identidade.

O objetivo dos cursos regionaisO objetivo dos cursos regionais é fornecer uma visão local so-bre o conhecimento global. Não podemos aspirar a reumatologia pan-americana de alto impacto, sem nossos próprios dados. O que nos torna únicos é encontra-do nas regiões, como é confirma-do pelas experiências de diferen-

tes grupos de estudo. Os dados podem ser encontrados em conferências nacionais e eventos regionais realizados em todo o continente em cada uma das etapas da sua evolução: desde reuniões e conferências no Rio da Prata até as reuniões do Mercosul e México-Canadá até os eventos organizados pelo ACCAR, apoiado pelos seus gerentes e pelo tempo e as necessidades.

Acredito que deveríamos aproveitar os encontros para criar uma identidade, estabelecer redes de trabalho colaborativo, apresentar nossas experiências, desenvolver investi-gação regional, ajudar a renovar a liderança, inovar e integrar nossa diversidade e rique-za cultural. Conhecer as necessidades de educação em nossa região, as experiências de documentos e de dados próprios, e a valorização adequada de nossos conhecimen-tos permitirão que o resto do mundo conheça, aprecie e deseje conhecer-nos.

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Podemos continuar crescendo e construindo um PANLAR forte a partir de uma perspec-tiva regional, como uma organização com sua própria identidade e responsável pelo seu futuro, buscando sempre a excelência da nossa especialidade.

O imortal Gabo disse uma vez: “nada é mais global do que o local”, referindo-se à apre-ciação de nossa essência. O Prêmio Nobel também disse que ser capaz de compartilhar nossa essência nos tornaria universais. Nossos cursos devem nos ajudar neste propó-sito. Que assim seja

Carlo Vinicio Caballero Uribe MD Phd ©Presidente 2016-18