racionalismo e descartes

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O RACIONALISMO DE RENÉ DESCARTES (FILOSOFIA MODERNA- PARTE 4)

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Filosofia

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  • O RACIONALISMO DE

    REN DESCARTES

    (F ILOSOFIA MODERNA - PARTE 4 )

  • O GRANDE RACIONALISMO

    Racionalismo designa a doutrina que privilegia a razo no

    processo de conhecer a verdade.

    A palavra deriva de ratio, razo em latim, e empregada em

    diversos sentidos. a doutrina que atribui exclusiva confiana razo

    humana como instrumento capaz de conhecer a verdade.

    Descartes costumava advertir que no devemos nos deixar

    persuadir seno pela evidncia da nossa razo

    26/10/10

  • O GRANDE RACIONALISMO

    Segundo os racionalistas, a experincia sensorial uma fonte permanente de

    erros e confuses sobre a complexa realidade do mundo.

    Somente a razo humana, trabalhando com princpios lgicos, pode

    atingir o conhecimento verdadeiro, capaz de ser universalmente aceito

    Para o racionalismo, os princpios lgicos fundamentais seriam inatos, isto ,

    j estariam na mente do ser humano desde o nascimento (da a razo ser

    concebida como fonte bsica do conhecimento)

    26/10/10

  • O GRANDE RACIONALISMO

    Prioriza a razo no que se refere ao conhecimento humano. Portanto, no

    exclui completamente a experincia emprica, mas a coloca como sendo apenas

    a ocasio do conhecimento. Est sujeita aos maiores enganos, que s podem ser

    discernidos pela razo.

    Acredita na capacidade humana de alcanar verdades eternas e universais.

    Defende a existncia de ideias inatas e a intuio intelectual;

    Utiliza o mtodo lgico matemtico para explicar toda a realidade humana;

    Critica e revisa a escolstica;

    26/10/10

  • RACIONALISMO VERSUS

    EMPIRISMO

    A palavra empirismo tem sua origem no grego empeiria, que

    significa experincia.

    As teorias empiristas defendem a tese de que todas as nossas ideias

    so provenientes da experincia e, em ltima instncia, das nossas

    percepes sensoriais.

    Alguns dos principais empiristas foram John Locke e David

    Hume.

    26/10/10

  • RACIONALISMO VERSUS

    EMPIRISMO

    O empirismo afirma que, para se ter conhecimento, dependemos

    necessariamente da experincia emprica. A experincia fundamental, e a

    razo est a ela subordinada.

    Para os empirista, no pode haver uma verdade absoluta, visto que a

    realidade est em constante transformao.

    26/10/10

  • REN DESCARTES

    Nasceu em La Haye, Frana (1596 1650), em uma famlia de prsperos

    burgueses, recebendo formao jesuta. um dos pais da filosofia moderna.

    Decidiu buscar a cincia por conta prpria, viajando pela Europa e

    estabelecendo contato com vrios sbios, com Blaise Pascal.

    Temendo uma perseguio religiosa e tendo em mente a condenao de

    Galileu, tomou vrias precaues na exposio de suas ideias, autocensurando

    vrios trechos de suas obras para evitar tanto a presso da Igreja Catlica como

    a reao fantica dos protestantes.

    26/10/10

  • DESCARTES: A DVIDA

    METDICA

    Segundo Descartes, para conhecer a verdade, preciso, de incio, colocar

    todos os nossos conhecimentos em dvida.

    necessrio questionar tudo e analisar criteriosamente se existe algo na

    realidade de que se possa ter plena certeza.

    Fazendo uma aplicao metdica da dvida, ele percebeu que a nica verdade

    totalmente livre de dvida era que ele pensava. Deduziu ento que se pensava,

    existia. Penso, logo existo ou, em latim Cogito ergo sum

    A existncia a evidncia revelada ao ser humano pelo ato prprio de

    pensar.

    26/10/10

  • DESCARTES: A DVIDA

    METDICA

    Essa seria uma verdade absolutamente firme, certa e segura, devendo ser o

    ponto de partida e princpio bsico de toda a sua filosofia.

    Pensamento, para ele, tudo o que afirmamos, negamos, sentimos,

    imaginamos, cremos e sonhamos.

    O ser humano uma substncia essencialmente pensante.

    Do exerccio da dvida metdica, no itinerrio cartesiano, a certeza

    subjetiva do cogito constitui a primeira verdade inabalvel e, portanto,

    modelo das ideias claras e distintas.

    26/10/10

  • DESCARTES: O COGITO

    Descartes constri todos seu sistema filosfico sobre a base do cogito, a

    expresso final sinttica e intuitiva do processo de aplicao metdica

    da dvida.

    A consequncia imediata do cogito a de que acentua-se o carter

    absoluto e universal da razo que, partindo dele, e s com suas prprias

    foras, descobre todas as verdades possveis.

    Para chegar a essa resposta, preciso, porm que hajam regras ou

    preceitos que devem guiar o caminho, uma metodologia.

    26/10/10

  • REGRAS PARA A DIREO DO

    ESPRITO ( M E T O D O L O G I A C A RT E S I A N A )

    Os preceitos utilizados na busca do conhecimento verdadeiro so:

    1) Regra da evidncia: Jamais acolher alguma coisa como verdadeira queno se conhea evidentemente como tal, evitando a precipitao, sem

    incluir nos juzos nada que no se apresente clara e distintamente ao

    esprito, que no tivesse nenhuma ocasio de p-lo em dvida. Ou seja, s

    aceitar como verdadeiro algo que seja absolutamente evidente por

    sua clareza e distino.

    As ideias claras e distintas so encontradas em sua atividade mental,independente das percepes sensoriais externas. Por isso existem ideias

    inatas (com as quais nascemos) que so plenamente racionais.

    26/10/10

  • REGRAS PARA A DIREO DO

    ESPRITO ( M E T O D O L O G I A C A RT E S I A N A )

    2) Regra da anlise: dividir cada uma das dificuldades examinadas emtantas parcelas quanto possvel e quantas necessrias forem para melhor

    resolv-las.

    3) Regra da sntese: Conduzir por ordem os pensamentos, comeandopelos objetos mais simples e fceis de conhecer, para aos poucos, chegar ao

    conhecimento dos mais compostos. Ou seja, reordenar seus

    pensamentos indo dos problemas mais simples para os mais

    complexos.

    4) Regra da enumerao: Fazer em toda parte enumeraes completas erevises gerais para ter a certeza de nada omitir. Isto , realizar

    verificaes completas e gerias para ter absoluta segurana de que

    nenhum aspecto do problema foi omitido.

    26/10/10

  • DESCARTES: DUALISMO

    Aplicando a dvida metdica, Descartes chegou concluso de

    que no mundo existem apenas duas substncias, essencialmente

    distintas e separadas:

    A substncia pensante (ou res cogitans): corresponde esfera do euou da conscincia.

    A substncia extensa (ou res extensa): corresponde ao mundocorpreo, material.

    26/10/10

  • DESCARTES: DUALISMO

    O ser humano seria composto dessas duas substncias, enquanto a

    natureza seria composta apenas na substncia extensa.

    Essa concepo se chocava com a noo aristotlica predominante,

    segundo a qual haveria tantas substncias quantos seres existissem.

    A metafsica cartesiana tambm inclua uma substncia infinita (res

    infinita), relativa a Deus, o ser que teria criado todas as coisas.

    Essa substncia, porm, no seria parte desse mundo, pois o Deus

    cartesiano transcendente, est separado de sua criao.

    26/10/10

  • DESCARTES: DUALISMO

    Rene Descartes prope, em suas Meditaes, uma soluo para o

    problema ontolgico que consiste em considerar o corpo como extenso (e

    a extenso no mais como acidente, e sim como substancia do corpo) e a

    alma como pensamento (que e por sua vez a substancia da alma).

    Esses dois atributos do ser caracterizam o que veio a ser chamado

    dualismo, atribudo a Descartes como uma de suas principais colaboraes

    para a nova metafisica.

    26/10/10