qualidade de vida dos joves parte teã³rica (71 a)

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1 COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL “PROF. ISAAC PORTAL ROLDÁN” TRABALHO ANUAL QUALIDADE DE VIDA DOS ADOLESCENTES DO ENSINO MÉDIO 71A/81A ARON BARREIRA BORDIN (Nº 4) - 1257068 JOÃO VITOR PENTEADO SIMEÃO (Nº 13) - 1257034 MATEUS LOPEZ MAZZIERO (Nº 23) - 1257044 YOUSSEF SAID ABU LAWI (Nº 35) - 1257036 VINICIUS FERRO JACÓ MORETTO (Nº 37) - 1257061 Bauru – Outubro 2012

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Parte escrita de nosso trabalho anual Qualidade de Vida do Jovens- CTI

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Page 1: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

1

COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL “PROF. ISAAC PORTAL ROLDÁN”

TRABALHO ANUAL

QUALIDADE DE VIDA DOS ADOLESCENTES DO ENSINO MÉDIO

71A/81A

ARON BARREIRA BORDIN (Nº 4) - 1257068

JOÃO VITOR PENTEADO SIMEÃO (Nº 13) - 1257034

MATEUS LOPEZ MAZZIERO (Nº 23) - 1257044

YOUSSEF SAID ABU LAWI (Nº 35) - 1257036

VINICIUS FERRO JACÓ MORETTO (Nº 37) - 1257061

Bauru – Outubro 2012

Page 2: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

2

“Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia,

porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante.”

Charles Chaplin

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3

BANCA EXAMINADORA

_______________________________Prof. Rodrigo Ferreira de Carvalho

________________________________Profa. Silmara Cavalheri Navarro Sanches

Page 4: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

4

SUMÁRIO

1.0 – INTRODUÇÃO.................................................................................................................51.1 – TEMA............................................................................................................................51.2 – POR DENTRO DO TEMA............................................................................................5

2.0 – JUSTIFICATIVA...............................................................................................................83.0 – OBJETIVOS......................................................................................................................9

3.1 – GERAIS ........................................................................................................................93.2 – ESPECÍFICOS.............................................................................................................10

4.0 – POPULAÇÃO..................................................................................................................10 ..................................................................................................................................................10

4.1 – AMOSTRA .................................................................................................................104.2 – ESCOLAS ENVOLVIDAS – IMAGENS...................................................................11

5.0 – BLOG...............................................................................................................................146.0 – QUESTIONÁRIOS..........................................................................................................157.0 – QUESTIONÁRIO PEDIATRIC QUALITY OF LIFE INVENTORY™.......................188.0 – ANÁLISES E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS........................................................20

8.1 – TABELAS....................................................................................................................208.2 – DISCUSSÃO...............................................................................................................26

9.0 – GRÁFICOS......................................................................................................................299.1 – IDADE.........................................................................................................................299.2 – ROL .............................................................................................................................309.2 – GÊNERO.....................................................................................................................329.3 – RAÇA OU COR...........................................................................................................339.4 – VOCÊ TRABALHA?..................................................................................................34

9.5.1 – DIFICULADADE PARA ANDAR UM QUARTEIRÃO....................................369.5.2 – DIFICULADADE PARA CORRER UM QUARTEIRÃO..................................369.5.3 – DIFICULADADE PARA PRATICAR EXERCÍCIOS FÍSICOS........................379.5.4 – DIFICULADADE PARA LEVANTAR OBJETOS PESADOS..........................399.5.5 – DIFICULADADE PARA TOMAR BANHO SOZINHO....................................409.5.6 – DIFICULADADE PARA AJUDAR NAS TAREFAS DOMESTICAS..............419.5.7 – SINTO DOR.........................................................................................................429.5.8 – SINTO POUCA ENERGIA OU DISPOSIÇÃO .................................................43

9.6 – DOMÍNIO EMOCIONAL...........................................................................................449.6.1 – SINTO MEDO .....................................................................................................449.6.2 – ME SINTO TRISTE ............................................................................................459.6.3 – SINTO RAIVA ....................................................................................................469.6.4 – DURMO MAL .....................................................................................................479.6.5 – ME PREOCUPO COMIGO..................................................................................48

9.7 – DOMÍNIO SOCIAL....................................................................................................499.7.1 – DIFICULDADE PARA CONVIVER COM OUTROS(AS) ADOLESCENTES ...........................................................................................................................................499.7.2 – DIFICULDADE EM FAZER AMIZADE COM OUTROS(AS) ADOLESCENTES............................................................................................................519.7.3 – OS(AS) OUTROS(AS) ADOLESCENTES IMPLICAM COMIGO...................52

Page 5: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

59.7.4 – DIFICULDADE EM FAZER ATIVIDADES QUE OUTROS(AS) ADOLESCENTES DA MINHA IDADE REALIZAM...................................................539.7.5 – DIFICULDADE EM ACOMPANHAR OS(AS) ADOLESCENTES DA MINHA IDADE..............................................................................................................................54

9.8 – DOMÍNIO ESCOLAR.................................................................................................559.8.1 – DIFICULDADE EM PRESTAR ATENÇÃO NA AULA...................................559.8.2 – DIFICULDADE EM LEMBRAR-SE DOS ASSUNTOS ABORDADOS EM AULA................................................................................................................................569.8.3 – DIFICULDADE EM ACOMPANHAR MINHA TURMA NAS TAREFAS ESCOLARES....................................................................................................................579.8.4 – EU FALTO À AULA POR NÃO ESTAR ME SENTINDO BEM .....................589.8.5 – FALTO ÀS AULAS PARA IR AO MÉDICO OU AO HOSPITAL ..................59

10.0 – CONCLUSÃO...............................................................................................................6011.0 – REFERÊNCIAS / BIBLIOGRAFIA.............................................................................6212.0 – ANEXOS.......................................................................................................................63

12.1 – TEXTO 1 ...................................................................................................................6312.1.1 – RESUMO 1.........................................................................................................65

12.2 – TEXTO 2....................................................................................................................6712.2 1– RESUMO 2..........................................................................................................69

12.3 – TEXTO 3 ...................................................................................................................7112.3.1 – RESUMO 3 ........................................................................................................72

12.4 – VÍDEO.......................................................................................................................7413.0 – MINI-SLIDES................................................................................................................75

1.0 – INTRODUÇÃO

1.1 – TEMA

O tema desenvolvido pelo grupo foi a Qualidade de Vida de Estudantes do Ensino

Médio investigada por meio da versão brasileira do questionário genérico PedsQl™.

1.2 – POR DENTRO DO TEMA

A investigação da Qualidade de Vida – QV – de determinados grupos vem crescendo

em importância como medida de avaliação de resultados de tratamentos na área da saúde. A

terminologia definida pela Organização Mundial da Saúde – OMS – inclui desde fatores

relacionados à saúde como bem-estar físico, funcional, emocional e mental, até elementos

importantes da vida das pessoas como trabalho, família, amigos e outras circunstâncias do

cotidiano. Conforme sugere a própria OMS (1998) a QV reflete “a percepção do indivíduo de

Page 6: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

6sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em

relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.

Apesar dessa definição, podem-se utilizar estes termos em duas vertentes: na

linguagem cotidiana, por pessoas da população em geral, jornalistas, políticos, profissionais

de diversas áreas e gestores ligados às políticas públicas; no contexto da pesquisa científica,

em diferentes campos do saber, como economia, sociologia, educação, medicina,

enfermagem, psicologia e demais especialidades da saúde (ROGERSON, 1995; SEIDL,

ZANNON, 2004).

Na área da saúde, o interesse pelo conceito QV é relativamente recente e decorre, em

parte, dos novos paradigmas que têm influenciado as políticas e as práticas do setor nas

últimas décadas. Os determinantes e condicionantes do processo saúde-doença são

multifatoriais e complexos. Assim, saúde e doença configuram processos relacionados aos

aspectos econômicos, socioculturais, à experiência pessoal e estilos de vida (SCHUTTINGA,

1995). Dessa maneira, informações sobre QV têm sido incluídas tanto como indicadores para

avaliação da eficácia, eficiência e impacto de determinados tratamentos para grupos de

portadores de agravos diversos, quanto na comparação entre procedimentos para o controle de

problemas de saúde (KAPLAN, 1995).

No entanto, poucos estudos avaliam a QV de pessoas aparentemente saudáveis, como

é o caso de adolescentes. Os estudos com crianças e adolescentes buscam, comumente, a do-

ença instalada (CALAZANS, LUSTOZA, 2008). Esta é uma das dificuldades encontradas ao

se discutir o tema, pois, como as crianças e os adolescentes são vistos como saudáveis, pouco

se investiga sobre sua QV (WAISELFISZ, 2007; BARROS et al., 2008); a maioria dos

instrumentos existentes não foram validados para esta população e sua aplicabilidade, a priori,

é dirigida a pessoas com mais de 18 anos (BENINCASA, CUSTODIO, 2010).

Assim, ao se reportar a esta faixa etária – adolescentes – não se pode deixar de levar

em consideração o principal local onde podem ser abordados, que é a escola. A escola é uma

Instituição essencialmente promotora da educação em saúde e por meio dela as pessoas

adquirem um maior controle sobre sua própria QV. Por meio de hábitos saudáveis, não só os

indivíduos, mas também suas famílias e comunidades, se apoderam de um bem, um direito e

um recurso aplicável à vida cotidiana. Assim, a OMS (2010) define que uma das melhores

formas de promover a saúde é na escola, por se tratar de um espaço social onde muitas

pessoas convivem, aprendem e trabalham, onde os estudantes e os professores passam a maior

parte de seu tempo. Além disso, é na escola que os programas de educação e saúde podem ter

a maior repercussão, beneficiando os alunos na infância e na adolescência.

Page 7: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

7Para pequenos grupos os instrumentos para avaliação da QV, normalmente, são

traduções que apresentam falhas ao serem aplicados em culturas diferentes e, por esta razão,

há a necessidade de validá-los novamente, como sugere a OMS. Os instrumentos variam de

acordo com a abordagem e objetivos do estudo, mas vem, no decorrer dos anos, passando por

um processo de padronização.

Para a investigação da QV relacionada à saúde de crianças e adolescentes foi

desenvolvido o questionário Pediatric Quality of Life InventoryTM (PedsQLTM 4.0) (VARNI et

al., 1998; VARNI et al., 2003), integrando os méritos relativos das abordagens genéricas e

daquelas concentradas em doenças específicas (KLATCHOIAN et al., 2008). A autorização

do uso do instrumento para fins acadêmicos e não lucrativos foi concedida pelo Instituto Mapi

de Pesquisas (Mapi Research Institute).

O PedsQL 4.0TM foi idealizado para medida de pontuação das dimensões de saúde

física, mental e social, como delineadas pela Organização Mundial da Saúde, levando-se em

consideração também o papel da função escolar (VARNI et al, 1998).

Dependendo do estilo de vida da pessoa, esta pode afetar a saúde por meio do impacto

no sistema biológico, fisiológico, imunológico e anatômico, podendo ter impacto também em

aspectos importantes da qualidade de vida, tais como a saúde física, bem-estar emocional, e

funcionamento psicossocial (VARNI et al., 2006; VISSERS et al., 2004; LOFRANO-PRADO

et al., 2009; KUNKEL et al., 2009).

Publicações sobre novos instrumentos de avaliação específicos para populações ou

pessoas acometidas por quadros patológicos específicos são crescentes na literatura

especializada. É de se esperar que a discussão sobre QV tenda a incorporar pressões políticas

da sociedade contemporânea em geral.

Page 8: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

8

2.0 – JUSTIFICATIVA

Ao escolher esse tema, buscava-se um assunto que estivesse próximo da realidade escolar

e dos adolescentes de maneira geral. O tema QV é muito comentado no meio acadêmico e

científico, bem como difundido em meios de comunicação, uma vez que se veem,

constantemente, assuntos referentes a tal questão. No entanto, pouco se sabia do que se tratava

a tão comentada “Qualidade de Vida”, ainda mais entre os jovens. Assim, a fim de aprimorar

os conhecimentos e, ao mesmo tempo, investigar como se encontra a QV dos jovens, realizou-

se este trabalho, também com a finalidade de pesquisar a própria QV do grupo envolvido com

base em parâmetros globais.

Page 9: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

9

3.0 – OBJETIVOS

3.1 – GERAIS

Os objetivos consistem basicamente na investigação da QV de estudantes do Ensino

Médio (1º e 2º ano) de escolas particulares e públicas dos municípios de Bauru – SP, Bariri –

SP e Ubirajara – SP, por meio da aplicação da versão brasileira do questionário genérico

Pediatric Quality of Life InventoryTM (PedsQLTM 4.0).

Page 10: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

103.2 – ESPECÍFICOS

- Calcular, a partir do questionário, os escores dos quatro domínios de QV;

- Descrever os dados sócio-demográficos e QV;

- Comparar os escores de QV entre os estudantes.

4.0 – POPULAÇÃO

Estudantes da faixa etária de 14 a 16 anos das cidades de Bauru, Bariri e Ubirajara,

municípios pertencentes ao Estado de São Paulo. A cidade de Bauru tem, aproximadamente,

350 mil habitantes (346.076 pessoas); Bariri, por volta de 33 mil (33.267) e Ubirajara, cerca

de 4 mil habitantes (4.156 pessoas).

4.1 – AMOSTRA

Ao todo, foram entrevistados 219 estudantes sendo:

Page 11: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

11- 131 de Bauru;

- 33 de Bariri;

- 55 de Ubirajara.

Quanto à separação por ano, os estudantes foram divididos em:

- 184 alunos do 1º ano do Ensino Médio, dos quais:

• 54 estudam na Escola Novo Anglo Bauru – Ensino Particular;

• 21 estudam na Escola Dr. Francisco de P. Abreu Sodré – Ensino Público;

• 32 estudam na COEBA (Cooperativa Educacional de Bariri) – Ensino Público;

• 31 estudam no Colégio Técnico Industrial “Prof. Issac Portal Roldán” – Ensino

Público;

• 46 estudam no Prevê Objetivo de Bauru – Ensino Particular.

- 35 alunos do 2º ano do Ensino Médio, dos quais:

• 34 estudam na Escola Dr. Francisco de P. Abreu Sodré – Ensino Público;

• 1 estuda na COEBA (Cooperativa Educacional de Bariri) – Ensino Público.

4.2 – ESCOLAS ENVOLVIDAS – IMAGENS

Page 12: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

12

COEBA (Cooperativa

Educacional de Bariri) – Ensino

Particular

Colégio Técnico Industrial

“Prof. Issac Portal Roldán” –

Ensino Público

Novo Anglo Bauru – Ensino Particular

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13

Prevê Objetivo de Bauru –

Ensino Particular

Dr. Francisco de P.

Abreu Sodré – Ensino

Público

Page 14: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

14

5.0 – BLOG

Para relatar o desenvolvimento do trabalho, bem como o progresso do mesmo e

permitir que ele estivesse disponível para os usuários em ambiente virtual (Internet) criou-se

um Blog, chamado Vida Jovem CTI. Este recurso deu-se também devido ao grupo ser do

curso de Informática, o que permitiu explorar os recursos ligados à Tecnologia da Informação

(TI). O recurso on-line foi atualizado semanalmente, conforme os avanços do trabalho, e

também com informações aprendidas nas aulas de Laboratório de Informática Aplicada (como

a manipulação do Microsoft Excel). O Blog foi uma ferramenta importante de aprendizagem

sobre o assunto, para a equipe, assim como para os adolescentes que visitavam o espaço, uma

vez que a Internet é o principal instrumento para a comunicação e difusão de conhecimentos.

O link de acesso é: http://www.vidajovemcti.blogspot.com.br/.

Page 15: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

15

Página principal do Blog.

6.0 – QUESTIONÁRIOS

QUESTIONÁRIO DE CARACTERIZAÇÃO SOCIO – DEMOGRÁFICA

Ano escolar do Ensino Médio: ______

Data Nascimento _____/_____/_______

1. Gêneroa Femininob Masculino

2. Qual a sua raça ou cor? a Brancab Pretac Parda/mulato (a)d Amarela e Indígena

Page 16: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

16f Outros

3. Você trabalha?a Simb Não

4. Qual o seu cargo ou função na empresa?________________________________________

QUESTIONÁRIO GENÉRICO PEDIATRIC QUALITY OF LIFE INVENTORYTM

(PEDSQLTM 4.0).

RELATO DO/A ADOLESCENTE (15 A 18 ANOS)

INSTRUÇÕESA próxima página contém uma lista de situações com as quais você pode ter dificuldadePor favor, conte-nos se você tem tido dificuldade com cada uma dessas situações durante o ÚLTIMO MÊS, fazendo um “X” no número:

0 se você nunca tem dificuldade com ela1 se você quase nunca tem dificuldade com ela

2 se você algumas vezes tem dificuldade com ela3 se você muitas vezes tem dificuldade com ela4 se você quase sempre tem dificuldade com ela

Não existem respostas certas ou erradasCaso você não entenda alguma pergunta, por favor, peça ajuda.

Durante o ÚLTIMO MÊS, você tem tido dificuldade com cada uma das situações abaixo?Sobre minha saúde e

minhas atividades (dificuldade para...)

NuncaQuase Nunca

Algumas vezes

Muitas vezes

Quase sempre

1. Pra mim é difícil andar um quarteirão

0 1 2 3 4

2. Pra mim é difícil correr 0 1 2 3 43. Pra mim é difícil praticar esportes ou fazer exercícios físicos

0 1 2 3 4

4. Pra mim é difícil levantar coisas pesadas

0 1 2 3 4

5. Pra mim é difícil tomar banho sozinho/a

0 1 2 3 4

6. Pra mim é difícil ajudar nas tarefas domésticas

0 1 2 3 4

7. Eu sinto dor 0 1 2 3 48. Eu tenho pouca energia ou disposição

0 1 2 3 4

Page 17: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

17

Sobre meus sentimentos (dificuldade para...)

NuncaQuase Nunca

Algumas vezes

Muitas vezes

Quase sempre

1. Eu sinto medo 0 1 2 3 42. Eu me sinto triste 0 1 2 3 43. Eu sinto raiva 0 1 2 3 44. Eu durmo mal 0 1 2 3 45. Eu me preocupo com o que vai acontecer comigo

0 1 2 3 4

Como eu convivo com outras pessoas (dificuldade

para...)Nunca

Quase Nunca

Algumas vezes

Muitas vezes

Quase sempre

1. Eu tenho dificuldades para conviver com outros/ outras adolescentes

0 1 2 3 4

2. Os outros/ as outras adolescentes não querem ser meus amigos/ minhas amigas

0 1 2 3 4

3. Os outros/ as outras adolescentes implicam comigo

0 1 2 3 4

4. Eu não consigo fazer coisas que outros/ outras adolescentes da minha idade fazem

0 1 2 3 4

5. Para mim é difícil acompanhar os/as adolescentes da minha idade

0 1 2 3 4

Sobre a escola (dificuldade para...)

NuncaQuase Nunca

Algumas vezes

Muitas vezes

Quase sempre

1. É difícil prestar atenção na aula

0 1 2 3 4

2. Eu esqueço as coisas 0 1 2 3 43. Eu tenho dificuldade para acompanhar a minha turma nas tarefas escolares

0 1 2 3 4

4. Eu falto à aula por não estar me sentindo bem

0 1 2 3 4

5. Eu falto à aula para ir ao médico ou ao hospital

0 1 2 3 4

Page 18: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

18

7.0 – QUESTIONÁRIO PEDIATRIC QUALITY OF LIFE INVENTORY™

A coleta de dados foi realizada nas salas de aula, onde os alunos responderam

primeiramente ao questionário de caracterização sócio-demográfica e, em seguida, à versão

brasileira do questionário genérico Pediatric Quality of Life InventoryTM (PedsQLTM 4.0). É

um questionário que inclui auto-avaliação para crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos e os

escores são calculados baseados em quatro escalas: física, emocional, social e escolar, além

de dois domínios amplos (físico e funcionamento psicossocial). A escala de pontuação varia

de 0 a 100, com os escores de maiores pontuações representando melhor QV.

De acordo com o delineamento da OMS, este instrumento possui 23 itens de medida

genérica que avalia quatro domínios: físico (8 itens), emocional (5 itens), social (5 itens) e

escola (5 itens) (VARNI et al, 1998). O referido questionário foi validado para o uso no

Brasil. O Quadro 1 descreve os itens que compõe cada domínio.

Page 19: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

19

Quadro 1 – Descrição dos itens que compõe os domínios do PedsQLTM 4.0

DOMÍNIO FÍSICO

Dificuldade relacionada a: andar mais de um quarteirãoDificuldade relacionada a: correrDificuldade relacionada a: praticar atividades esportivasDificuldade relacionada a: levantar pesoDificuldade relacionada a: tomar banho sozinhoDificuldade relacionada a: auxiliar nas tarefas de casaDorFalta de energia

DOMÍNIO EMOCIONAL

Sentimento de medoSentimento de tristeza ou depressãoSentimento de raivaDificuldades para dormirPreocupação consigo

DOMÍNIO SOCIAL

Problema ou dificuldade de convivência com outros adolescentesProblema ou dificuldade em fazer amizadeProblema de provocação por parte de outros adolescentesProblema em fazer coisas que os outros adolescentes fazemDificuldade em acompanhar adolescentes da mesma idade

DOMÍNIO ESCOLAR

Dificuldade relacionada à atençãoDificuldade de memorizaçãoDificuldade em acompanhar os trabalhos da classe2 itens sobre motivos de falta à escola

Fonte: Adaptado de KLATCHOIAN, D. A.; LEN, C. A.; TERRERI, M. T. R. A.; SILVA, M.; ITAMOTO, C.; CICONELLI, R. M.; VARNI, J. W.; HILÁRIO, M. O. E. Qualidade de vida de crianças e adolescentes de São Paulo: Confiabilidade e validade da versão brasileira do questionário genérico Pediatric Quality of Life InventoryTM versão 4.0 Generic Core Scales. J Pediatr (Rio J). 2008;84(4):308-315.

A QV é computada por meio de análise psicométrica utilizando-se a Escala Likert de

respostas com cinco categorias: 0 = nunca um problema; 1 = quase nunca um problema; 2 =

algumas vezes um problema; 3 = muitas vezes um problema e 4 = sempre um problema. Os

itens são calculados e transformados linearmente para uma escala de 0 a 100 (0 = 100; 1 = 75;

2 = 50; 3 = 25; e 4 = 0). Para o cálculo do escore de cada domínio, realiza-se a soma dos itens

e divide-se pelo número de perguntas respondidas. Quanto maior o escore, melhor a QV

(VARNI et al., 2003).

Page 20: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

20

8.0 – ANÁLISES E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

8.1 – TABELAS

A confecção das tabelas ocorreu a partir do cálculo das Médias, dos Desvios Padrão e

dos valores Máximos e Mínimos dos escores de cada domínio (Físico, Emocional, Social e

Escolar), sendo divididas de acordo com as Escolas envolvidas e sexo dos adolescentes que

responderam aos questionários. A partir das tabelas 1 a 5 geraram-se gráficos (figuras 1 a 5),

permitindo uma melhor visualização dos resultados. A partir da interpretação dos dados

dispostos nas tabelas e gráficos, desenvolveram-se as respectivas análises e conclusões.

Page 21: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

21

Tabela 1 – Médias, desvios-padrão, valores mínimos e máximos dos escores do domínio Físico do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo

EscolaSexo

Feminino Masculino

Novo Anglo (Particular)(M = 21 /F = 33)

74,73 ± 11,77(43,75 – 90,63)

73,96 ± 24,11(28,13 – 100,00)

Prevê Objetivo (Particular)(M = 16 /F = 30)

83,20 ± 16,80(31,30 – 100,00)

92,2 ± 9,34(65,60 – 100,00)

CTI (Pública)(M = 12 /F = 19)

70,39 ± 18,79(21,88 – 93,75)

72,40 ± 17,72(43,75 – 93,75)

Abreu Sodré (Pública)(M = 10 /F = 11)

74,40 ± 19,81(40,60 – 96,90)

67,80 ± 20,50(28,1 – 96,9)

COEBA (Escola Pública)(M = 15 /F = 17)

77,21 ± 19,16(34,38 – 100,00)

71,46 ± 27,57(12,50 – 100,00)

Page 22: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

22

Figura 1 – Gráfico de barras horizontais das Médias dos escores do domínio Físico do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo

Tabela 2 – Médias, desvios-padrão, valores mínimos e máximos dos escores do domínio Emocional do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo

EscolaSexo

Feminino Masculino

Novo Anglo (Particular)(M = 21 /F = 33)

55,91 ± 17,79(30,00 – 90,00)

56,67 ± 19,83(20,00 – 90,00)

Prevê Objetivo (Particular)(M = 16 /F = 30)

59,20 ± 15,10(30,00 – 90,00)

66,60 ± 14,90(45,00 – 95,00)

CTI (Pública)(M = 12 /F = 19)

46,84 ± 13,04(25,00 – 75,00)

45,83 ± 13,11(25,00 – 65,00)

Abreu Sodré (Pública)(M = 10 /F = 11)

61,40 ± 14,20(11,30 – 80,00)

60,00 ± 11,40(45,00 – 85,00)

COEBA (Escola Pública)(M = 15 /F = 17)

59,12 ± 17,52(40,00 – 100,00)

64,33 ± 18,89(35,00 – 100,00)

Page 23: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

23

Figura 2 – Gráfico de barras horizontais das Médias dos escores do domínio Emocional do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo

Tabela 3 – Médias, desvios-padrão, valores mínimos e máximos dos escores do domínio Social do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo

EscolaSexo

Feminino Masculino

Novo Anglo (Particular)(M = 21 /F = 33)

83,64 ± 17,82(20,00 – 100,00)

79,29 ± 19,38(15,00 - 100,00)

Prevê Objetivo (Particular)(M = 16 /F = 30)

77,30 ± 25,60(5,00 – 100,00)

80,30 ± 24,60(20,00 – 100,00)

CTI (Pública)(M = 12 /F = 19)

72,63 ± 19,82(15,00 – 100,00)

68,33 ± 18,13(45,00 - 100,00)

Abreu Sodré (Pública)(M = 10 /F = 11)

80,45 ± 25,63(19,30 – 100,00)

76,50 ± 19,30(45,00 – 100,00)

COEBA (Escola Pública)(M = 15 /F = 17)

85,59 ± 12,98(65,00 – 100,00)

69,33 ± 29,51(20,00 – 100,00)

Page 24: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

24

Figura 3 – Gráfico de barras horizontais das Médias dos escores do domínio Escolar do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo

Tabela 4 – Médias, desvios-padrão, valores mínimos e máximos dos escores do domínio Escolar do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo

EscolaSexo

Feminino Masculino

Novo Anglo (Particular)(M = 21 /F = 33)

71,67 ± 17,84(45,00 – 95,00)

73,81 ± 20,49(15,00 – 100,00)

Prevê Objetivo (Particular)(M = 16 /F = 30)

78,50 ± 12,70 (50,00 – 100,00)

71,30 ± 18,00 (45,00 – 100,00)

CTI (Pública)(M = 12 /F = 19)

70,26 ± 11,96(55,0 – 100,0)

63,33 ± 14,67 (45,0 – 95,0)

Abreu Sodré (Pública)(M = 10 /F = 11)

60,00 ± 21,20 (15,00 – 90,10)

52,50 ± 15,10 (35,00 – 80,00)

COEBA (Escola Pública)(M = 15 /F = 17)

75,29 ± 13,97(50,00 – 100,00)

65,67 ± 20,95(20,00 – 100,00)

Page 25: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

25

Figura 4 – Gráfico de barras horizontais das Médias dos escores do domínio Escolar do questionário PedsQL™ do 1º ano de acordo com escola e sexo

Tabela 5 – Médias, desvios-padrão, valores mínimos e máximos dos escores dos domínios Físico, Social, Emocional e Escolar do questionário PedsQL™ do 2º ano de acordo com o sexo, da escola pública Abreu Sodré

DomíniosSexo

Feminino (22) Masculino (12)

Físico73,60 ± 20,30

(12,50 – 93,75)73,20 ± 18,70

(40,60 – 96,90)

Social73,20 ± 18,70

(40,60 – 96,90)62,50 ± 9,89

(50,00 – 80,00)

Emocional58,18 ± 11,71

(40,00 – 85,00)60,00 ± 24,40

(15,00 – 100,00)

Escolar66,59 ± 14,26

(20,00 – 85,00)57,50 ± 13,10

(45,00 – 80,00)

Page 26: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

26

Figura 5 – Gráfico de barras horizontais das Médias dos escores do domínio Escolar do questionário PedsQL™ do 2º ano de acordo com o sexo da escola pública Abreu Sodré

8.2 – DISCUSSÃO

Em relação ao domínio Físico, a Tabela 1 apresenta dados relativos aos alunos do 1º

Ano do Ensino Médio das escolas nas quais foram coletados os dados. A média dos escores

das alunas do Colégio Novo Anglo foi muito semelhante a dos alunos da mesma escola. O

desvio padrão dos alunos foi mais que o dobro do das alunas, sendo, respectivamente, 24,11 e

11,77. No lado Masculino percebemos que foi atingido o escore máximo (100,00), o que não

ocorreu no lado Feminino, dos estudantes do Colégio Novo Anglo.

No Colégio Prevê Objetivo, a média dos escores dos alunos (92,2) é maior que a das

alunas (83,20). No mesmo caso do Colégio Novo Anglo, a maior parte dos entrevistados

pertence ao sexo feminino (30) e 21 jovens do sexo masculino. O valor mínimo dos escores

dos alunos do sexo masculino foi de 65, 60, muito maior do que o do sexo feminino, o que

Page 27: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

27explica um desvio padrão menor por parte dos meninos (9,34), já as meninas apresentam um

desvio padrão de 16,80, bem superior ao dos alunos.

Os resultados dos jovens entrevistados no Colégio Técnico Industrial são muito

semelhantes. A média dos escores, o desvio padrão, os valores máximos e mínimos dos dois

sexos estão muito próximos; a maior diferença é observada no valor mínimo dos escores,

sendo que o das alunas foi de 21,88 e dos alunos foi de 43,75.

A Escola Abreu Sodré foi a que apresentou uma amostra mais homogênea, sendo 11

jovens do sexo feminino e 10 do masculino. As médias dos escores de QV dos alunos foi

relativamente menor do que o das alunas, sendo 67,80 para eles e 74,40 para elas. Os desvios

padrão foram bem próximos sendo, 19,81 para as alunas e 20,50 para os alunos. O valor

mínimo dos alunos do sexo masculino foi menor do que os do sexo feminino.

A amostra da Escola COEBA, de Bariri, também foi homogênea, sendo 15

entrevistados do sexo masculino e 17 do feminino. Entretanto, os resultados tiveram muitas

variações de um gênero para o outro. A média das alunas foi de 77,21, melhor que a dos

alunos (71, 46) e o desvio padrão deles foi maior que o delas, sendo, respectivamente, 27,57 e

19,16. Os valores mínimos dos escores também variaram, enquanto do lado masculino foi de

apenas 12,50, do lado feminino esse valor foi igual a 34,38. Em ambos os casos, valores

mínimos muito abaixo do que é considerado ideal. Embora aconteceram algumas diferenças,

este domínio revelou os maiores valores médios de escores para os sexos.

Já na Tabela 2 (referente ao domínio Emocional), observa-se que para jovens do

gênero masculino, a escola com maior média foi o Prevê Objetivo (particular), com 66,60,

com valores variando de 45,00 a 95,00. Para o gênero oposto, têm-se os maiores escores na

escola Abreu Sodré (pública), com média 61,40, variando de 11,30 a 80,00. Os escores mais

baixos para este domínio foram do CTI com 45,83 para os alunos e 46,84 para as alunas. Tais

valores estão abaixo dos 50%, sendo considerados valores ruins de QV, merecendo uma

investigação por parte da Instituição. De maneira geral, os resultados deste domínio foram os

mais baixos dos 4 aspectos analisados.

Na tabela 3 – domínio Social – percebe-se que a maior média dos escores para o

gênero masculino, se encontram no Colégio Prevê Objetivo (particular), com media de 80,30,

tendo seus dados variando entre 20,00 a 100,00. Quanto ao feminino, a maior média se

encontra na escola COEBA (pública), com a média 89,59. Observa-se que nesta escola,

também se encontra a maior diferença entre as médias entre os sexos, sendo 69,33 para o

masculino. Embora os escores mais baixos para este domínio também tenham sido do CTI,

Page 28: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

2868,33 para os rapazes e 72,63 para as moças, não se constituem resultados preocupantes, uma

vez que estão bem próximos das respostas das outras escolas.

A tabela 4, que contem os resultados do domínio Escolar, demonstra que o Colégio

Novo Anglo, tem quase o dobro de entrevistados do sexo feminino em relação ao sexo

masculino, sendo 33 meninas e 16 meninos. As médias dos escores são parecidas, sendo que

do lado masculino temos uma média igual a 73,81 e do lado feminino temos uma média

equivalente a 71,67. O desvio padrão dos alunos foi igual a 20,49, sendo, portanto, maior que

o das alunas. O que chamou atenção foi que o valor mínimo de escore dos alunos do sexo

masculino entrevistados foi igual a 15, representando um valor extremamente baixo, já o

menor valor encontrado dos alunos do sexo feminino foi de 45. No Colégio Prevê Objetivo,

observa-se uma diferença maior nas médias, sendo a das alunas de 78,50 (muito boa)

enquanto dos alunos foi de 71,30. No CTI a média das meninas foi consideravelmente maior

que a dos meninos. Elas apresentaram uma média igual a 70,26 e eles 63,33. O desvio padrão

também variou de forma homogênea entre os dois gêneros, sendo 11,96 para elas e 14,67 para

eles.

A escola Abreu Sodré apresentou médias preocupantes, consideradas baixas. A média

das alunas foi maior que a dos alunos, porém mostrou-se baixa, a média dos escores foi igual

a 60 e a dos alunos foi ainda mais baixa, 52,20. O desvio padrão das alunas foi maior, 21,20 e

dos alunos foi de 15,10. O valor mínimo dos escores das alunas foi muito baixo – 15, 00.

Na Escola COEBA, percebeu-se que a média variou muito entre os gêneros. Para as

alunas foi de 75,29, enquanto para os alunos foi 65,67.

Também foram entrevistados 34 alunos do 2º ano da Escola Abreu Sodré (de

Ubirajara). A tabela 5 engloba todos os domínios do questionário (Físico, Emocional, Social e

Escolar), podendo-se perceber que as médias dos domínios Físico, Social e Escolar são

maiores no gênero feminino. De maneira geral, todos os escores médios encontram-se muito

bons – acima de 57,50, embora haja valores mínimos bem baixos, que merecem ser

investigados individualmente.

Verifica-se, de maneira geral, que as meninas das escolas particulares apresentam os

melhores índices de QV. No entanto, a escola que apresentou os melhores resultados de QV,

para ambos os sexos, foi o Colégio Prevê Objetivo (particular). Em contrapartida, o Colégio

Técnico Industrial “Prof. Isaac Portal Roldán” apresentou os resultados mais baixos relativos

à QV, seguido diretamente da Escola Dr. Francisco Abreu Sodré, de Ubirajara.

Especificamente, do lado feminino, considerando as médias dos escores de todos os

domínios e de todas as escolas, vê-se que a COEBA (Cooperativa Educacional de Bariri)

Page 29: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

29apresentou a maior média relativa ao domínio Social (85,6). Já no âmbito masculino, o

Colégio Prevê Objetivo apresentou a maior média, dessa vez, no domínio Físico (92,2).

Todavia, extraindo a média dos escores de todos os domínios separados por gênero, de

cada escola, tem-se que as alunas entrevistadas com melhores índices de QV são pertencentes

ao Colégio Novo Anglo (74,5), seguido diretamente da COEBA, com 74,3. Quanto aos

meninos, a melhor escola foi o Prevê Objetivo (77,6), liderando disparadamente, sendo

seguido apenas pela Escola Novo Anglo (com 71,0).

Em relação aos domínios, quando comparados entre si, o Físico foi o que apresentou

os escores médios mais elevados em todas as escolas para ambos os sexos, podendo-se inferir

que, nesta fase de vida – adolescência – os jovens encontram-se em sua plenitude física, não

ocorrendo o mesmo com os outros domínios que englobam aspectos emocionais, tipicamente

alterados nesta faixa etária.

9.0 – GRÁFICOS

9.1 – IDADE

Esta questão tem como objetivo verificar qual a faixa etária dos entrevistados:

Tabela 6

INTERVALO (Xi)

FREQUÊNCIA (Fi)

FREQUÊNCIA RELATIVA

(Fri %)

FREQUÊNCIA ACUMULADA

(FAC)

FREQUÊNCIA ACUMULADA

(FACr%)

14|--15 42 19% 42 19%

15|--16 144 66% 186 85%

16|--17 33 15% 219 100%

Page 30: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

30

TOTAL 219 100% - -

Tabela 6. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

Tabela 6.1 (Média, Moda, Mediana, Desvio Médio, Desvio Padrão, Idade Máxima, Idade Mínima, Amplitude, Número de classes, Comprimento de classe).

9.2 – ROL 14 14 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 16

MÉDIA 14,96 IDADE MAXIMA 16

MODA 15,00 IDADE MINIMA 14MEDIANA 15,00 AMPLITUDE 2

DESVIO MEDIO

0,37NÚMERO DE

CLASSE3

DESVIO PADRÃO

0,59COMPRIMENTO DE

CLASSE1

Page 31: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

3114 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 15 1614 15 15 15 1514 15 15 15 1514 15 15 15 1514 15 15 15 1514 15 15 15 1514 15 15 15 1514 15 15 15 1514 15 15 15 1514 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 1614 15 15 15 16

GRÁFICO – 6

Page 32: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

32

ANÁLISE: Gráfico mostrando as faixas etárias pesquisadas. Elas variam de 14 a 17 anos,

havendo uma maior concentração de jovens na faixa de 15 a 16 anos.

9.2 – GÊNERO

Page 33: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

33Esta questão tem como objetivo analisar a quantidade de homens e mulheres da

amostra.

TABELA – 7

Sexo Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Masculino 87 39,73% 87 39,73%Feminino 132 60,27% 219 100,00%

Total 219 100,00% - -Tabela 7. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência

acumulada percentual).

GRÁFICO – 7

ANÁLISE: Divisão de sexo dos entrevistados. Percebe-se a predominância de pessoas do

sexo feminino, caracterizando uma amostra pouco homogênea.

9.3 – RAÇA OU COR

Page 34: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

34Esta questão tem como objetivo analisar a quantidade de pessoas que pertencem a uma

determinada etnia.

TABELA – 7

Cor/Raça Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Branca 169 77,17% 169 77,17%Preta 2 0,91% 171 78,08%

Parda/ mulato (a) 36 16,44% 207 94,52%Amarela 10 4,57% 217 99,09%Indígena 2 0,91% 219 100,00%

Total 219 100,00% - -Tabela 8. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência

acumulada percentual).

GRÁFICO – 8

ANÁLISE: Gráfico dos percentuais de raça/cor dos estudantes entrevistados. Há predomínio

de pessoas da etnia branca com baixa concentração de pessoas de pretas ou indígenas.

9.4 – VOCÊ TRABALHA?

Page 35: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

35Esta questão tem como objetivo analisar a quantidade de adolescentes que trabalham

ou não.

TABELA – 9

Trabalha Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Sim 16 7,31% 16 7,31%Não 203 92,69% 219 100,00%Total 219 100,00% - -

Tabela 9. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 9

ANÁLISE: Devido à faixa etária da amostra, percebe-se que a maior parte dos jovens não

trabalha, principalmente por serem estudantes do ensino médio matutino.

9.5 – DOMÍNIO FÍSICO

Page 36: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

36Tal domínio compreende oito questões referentes aos aspectos físicos (Dificuldade

para andar um quarteirão, correr, praticar atividade física, levantar peso, tomar banho

sozinho/a, auxiliar nas tarefas domésticas, sentir dor e falta de energia ou disposição).

9.5.1 – DIFICULADADE PARA ANDAR UM QUARTEIRÃO

Esta questão tem a finalidade de analisar a dificuldade dos adolescentes em andar um

quarteirão.

TABELA – 10

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%

Nunca 160 73,39% 160 73,39%

Quase nunca 25 11,47% 185 84,86%

Algumas vezes 14 6,42% 199 91,28%

Muitas vezes 7 3,21% 206 94,50%

Quase sempre 12 5,50% 218 100,00%

Total 218 100,00% - -Tabela 10. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência

acumulada percentual).

GRÁFICO – 10

ANÁLISE: A grande maioria dos entrevistados não tem dificuldade para percorrer a distância

de um quarteirão, o que já era esperado por serem jovens.

9.5.2 – DIFICULADADE PARA CORRER UM QUARTEIRÃO

Page 37: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

37Esta questão tem a finalidade de analisar a dificuldade dos adolescentes em correr um

quarteirão.

TABELA – 11

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 100 45,66% 100 45,66%

Quase nunca 54 24,66% 154 70,32%Algumas vezes 45 20,55% 199 90,87%Muitas vezes 11 5,02% 210 95,89%Quase sempre 9 4,11% 219 100,00%

Total 219 100,00% - -Tabela 11. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência

acumulada percentual).

GRÁFICO – 11

ANÁLISE: Percebe-se um índice relativamente elevado de pessoas que afirmam não ter quase

nunca ou nunca (71%) dificuldade para praticar tal ação.

9.5.3 – DIFICULADADE PARA PRATICAR EXERCÍCIOS FÍSICOS

Page 38: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

38Esta questão tem a finalidade de analisar a dificuldade dos adolescentes em praticar

exercícios físicos.

TABELA – 12

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%

Nunca 101 46,33% 101 46,33%

Quase nunca 51 23,39% 152 69,72%

Algumas vezes 37 16,97% 189 86,70%

Muitas vezes 14 6,42% 203 93,12%

Quase sempre 15 6,88% 218 100,00%

Total 218 100,00% - -Tabela 12. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência

acumulada percentual).

GRÁFICO – 12

ANÁLISE: Praticar exercícios físicos é essencial para se ter uma boa QV. Percebe-se que

poucas pessoas (14%) enfrentam alguma dificuldade para tais atos, mostrando que os

estudantes, de forma geral, apresentam pouca dificuldade para a prática esportiva.

Page 39: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

399.5.4 – DIFICULADADE PARA LEVANTAR OBJETOS PESADOS

Esta questão tem a finalidade de analisar a dificuldade dos adolescentes em levantar

objetos pesados.

TABELA – 13

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 70 31,96% 70 31,96%

Quase Nunca 73 33,33% 143 65,30%Algumas Vezes 56 25,57% 199 90,87%Quase Sempre 14 6,39% 213 97,26%

Sempre 6 2,74% 219 100,00%Total 219 100,00% - -

Tabela 13. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 13

ANÁLISE: Essa é uma atividade mais comum aos homens, e como a amostra possui, em sua

maioria, representantes do sexo feminino, esperava-se que elas enfrentassem maiores

dificuldades. Porém isso não foi observado, pois apenas 9% da amostra apresentaram grandes

dificuldades no que se diz respeito a levantar objetos pesados.

Page 40: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

409.5.5 – DIFICULADADE PARA TOMAR BANHO SOZINHO

Esta questão tem a finalidade de analisar a dificuldade dos adolescentes em tomar

banho sozinho.

TABELA – 14

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 185 88,94% 185 88,94%

Quase Nunca 3 1,44% 188 90,38%Algumas Vezes 1 0,48% 189 90,87%Quase Sempre 6 2,88% 195 93,75%

Sempre 13 6,25% 208 100,00%Total 208 100,00% - -

Tabela 14. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 14

ANÁLISE: Esperava-se que muitos dos entrevistados assinalassem que nunca enfrentam

dificuldades para tomar banho. Mas imagina-se que possa ter ocorrido uma má interpretação

da pergunta. No entanto, analisando-se os resultados, 89% não possui dificuldades em realizar

esta ação.

Page 41: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

419.5.6 – DIFICULADADE PARA AJUDAR NAS TAREFAS DOMESTICAS

Esta questão tem a finalidade de analisar a dificuldade dos adolescentes em ajudar nas

tarefas domésticas.

TABELA – 15

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 115 53,24% 115 53,24%

Quase Nunca 38 17,59% 153 70,83%Algumas Vezes 25 11,57% 178 82,41%Quase Sempre 15 6,94% 193 89,35%

Sempre 23 10,65% 216 100,00%Total 216 100,00% - -

Tabela 15. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 15

ANÁLISE: Essa é uma questão que pode ter gerado uma dupla interpretação, porque mesmo

sabendo que se trata do domínio físico, algumas pessoas podem ter interpretado como alguma

dificuldade de falta de tempo para realizar tais atividades. Entretanto, pode-se afirmar que

poucas pessoas sentem dificuldade em realizar tarefas domésticas.

Page 42: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

429.5.7 – SINTO DOR

Esta questão tem a finalidade de analisar se os adolescentes sentem dores frequentes.

TABELA – 16

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 44 20,28% 44 20,28%

Quase Nunca 92 42,40% 136 62,67%Algumas Vezes 57 26,27% 193 88,94%Quase Sempre 16 7,37% 209 96,31%

Sempre 8 3,69% 217 100,00%Total 217 100,00% - -

Tabela 16. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 16

ANÁLISE: O maior índice de respostas foi “nunca” ou “quase nunca”, totalizando 62,68%.

As outras respostas indicam que os jovens sentem algum tipo de dor, podendo estar

relacionada à postura, peso da mochila, várias horas na posição sentada, atividades mais

sedentárias (TV, computador, videogame), etc.

Page 43: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

439.5.8 – SINTO POUCA ENERGIA OU DISPOSIÇÃO

Esta questão tem a finalidade de analisar se os adolescentes sentem pouca energia ou

disposição.

TABELA – 17

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 82 37,79% 82 37,79%

Quase Nunca 70 32,26% 152 70,05%Algumas Vezes 45 20,74% 197 90,78%Quase Sempre 10 4,61% 207 95,39%

Sempre 10 4,61% 217 100,00%Total 217 100,00% - -

Tabela 17. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 17

ANÁLISE: Em alguns casos, devido à carga horária de estudos e outras atividades, os jovens

se sentem indispostos, mas de forma geral estes se apresentaram sem a ausência de energia ou

disposição.

Page 44: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

449.6 – DOMÍNIO EMOCIONAL

Tal domínio compreende cinco questões referentes aos aspectos emocionais

(sentimento de medo, sentimento de tristeza, raiva, dormir mal e preocupação consigo).

9.6.1 – SINTO MEDO

Esta questão tem o desígnio de analisar se os adolescentes sentem medo

frequentemente.

TABELA – 18

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 44 20,28% 44 20,28%

Quase nunca 79 36,41% 123 56,68%Algumas vezes 79 36,41% 202 93,09%Muitas vezes 13 5,99% 215 99,08%Quase sempre 2 0,92% 217 100,00%

Total 217 100,00% - -Tabela 18. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência

acumulada percentual).

GRÁFICO – 18

ANÁLISE: É relativamente comum os jovens sentirem medo devido à fase de transição pela

qual estão passando.

Page 45: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

459.6.2 – ME SINTO TRISTE

Esta questão tem o desígnio de analisar se os adolescentes se sentem tristes com frequência.

TABELA - 19

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 33 15,21% 33 15,21%

Quase Nunca 66 30,41% 99 45,62%Algumas Vezes 94 43,32% 193 88,94%Quase sempre 17 7,83% 210 96,77%

Sempre 7 3,23% 217 100,00%Total 217 100,00% - -

Tabela 19. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO - 19

ANÁLISE: Durante a juventude, é comum uma espécie de montanha russa emocional.

Dependendo das situações, os jovens podem se sentir abatidos (tristes) ou alegres. A pesquisa

apresenta dados que corroboram essa variação.

Page 46: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

469.6.3 – SINTO RAIVA

Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes sentem raiva frequentemente.

TABELA – 20

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 18 8,29% 18 8,29%

Quase Nunca 59 27,19% 77 35,48%Algumas Vezes 87 40,09% 164 75,58%Quase Sempre 36 16,59% 200 92,17%

Sempre 17 7,83% 217 100,00%Total 217 100,00% - -

Tabela 20. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 20

ANÁLISE: Como já foi dito na análise do gráfico anterior, os jovens passam por uma

instabilidade emocional, fazendo uma analogia com os resultados do gráfico.

Page 47: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

479.6.4 – DURMO MAL

Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes dormem mal.

TABELA – 21

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 64 29,49% 64 29,49%

Quase Nunca 68 31,34% 132 60,83%Algumas Vezes 55 25,35% 187 86,18%Quase Sempre 21 9,68% 208 95,85%

Sempre 9 4,15% 217 100,00%Total 217 100,00% - -

Tabela 21. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 21

ANÁLISE: Apesar da maioria quase nunca ter dificuldades para dormir, pode-se perceber que

algumas vezes os jovens têm esse tipo de problema, o que chega a ser preocupante, pois uma

boa noite de sono é um indicador de uma boa qualidade de vida.

Page 48: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

489.6.5 – ME PREOCUPO COMIGO

Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes se preocupam consigo mesmos.

TABELA – 22

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 14 6,45% 14 6,45%

Quase Nunca 39 17,97% 53 24,42%Algumas Vezes 52 23,96% 105 48,39%Quase Sempre 69 31,80% 174 80,18%

Sempre 43 19,82% 217 100,00%Total 217 100,00% - -

Tabela 22. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 22

ANÁLISE: Essa questão se torna muito importante porque esta é uma fase em que os jovens

tomam decisões importantes. Devido a isso, eles têm elevados índices eferentes à

preocupação com si próprios. Entretanto o que chega a ser alarmante é os 18% que

responderam que quase nunca se preocupam com sua situação.

Page 49: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

499.7 – DOMÍNIO SOCIAL

Tal domínio compreende cinco questões referentes aos aspectos sociais (Problemas ou

dificuldades de convivência com outros adolescentes, em fazer amizade, em fazer coisas que

os outros adolescentes fazem, em acompanhar adolescentes da mesma idade e provocação por

parte de outros adolescentes), ligados a questões de convívio social principalmente.

9.7.1 – DIFICULDADE PARA CONVIVER COM OUTROS(AS) ADOLESCENTES

Esta questão tem o intuito de analisar a dificuldade para conviver com outras/os

adolescentes.

TABELA – 23

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 109 50,23% 109 50,23%

Quase Nunca 58 26,73% 167 76,96%Algumas Vezes 28 12,90% 195 89,86%Quase Sempre 6 2,76% 201 92,63%

Sempre 16 7,37% 217 100,00%Total 217 100,00% - -

Tabela 23. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 23

Page 50: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

50

ANÁLISE: É importante que os jovens consigam desde já a conviver socialmente com os

demais, pois os mesmos se valerão de tal fato (da convivência social) pelo resto de suas vidas,

porque esta é atualmente uma das grandes exigências do mercado de trabalho.

Page 51: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

519.7.2 – DIFICULDADE EM FAZER AMIZADE COM OUTROS(AS)

ADOLESCENTES

Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes têm dificuldade fazer amizade

com outros/as adolescentes.

TABELA – 24

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 95 43,78% 95 43,78%

Quase Nunca 58 26,73% 153 70,51%Algumas Vezes 39 17,97% 192 88,48%Quase Sempre 15 6,91% 207 95,39%

Sempre 10 4,61% 217 100,00%Total 217 100,00% - -

Tabela 24. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 24

ANÁLISE: Como já mencionado, é importante para os jovens ter um convívio social, o que

os ajudará principalmente na sua vida profissional (assim como na sua vida pessoal).

Page 52: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

529.7.3 – OS(AS) OUTROS(AS) ADOLESCENTES IMPLICAM COMIGO

Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes sofrem implicância por parte

de outros.

TABELA – 25

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 78 35,94% 78 35,94%

Quase Nunca 92 42,40% 170 78,34%Algumas Vezes 32 14,75% 202 93,09%Quase Sempre 11 5,07% 213 98,16%

Sempre 4 1,84% 217 100,00%Total 217 100,00% - -

Tabela 25. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 25

ANÁLISE: Os resultados são bons porque apenas 7% da amostra respondeu que possui, de

certa forma, dificuldade de se relacionar com outros adolescentes.

Page 53: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

539.7.4 – DIFICULDADE EM FAZER ATIVIDADES QUE OUTROS(AS)

ADOLESCENTES DA MINHA IDADE REALIZAM

Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes têm dificuldade em fazer

atividades que outros/as adolescentes realizam.

TABELA – 26

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 105 48,39% 105 48,39%

Quase Nunca 58 26,73% 163 75,12%Algumas Vezes 32 14,75% 195 89,86%Quase Sempre 12 5,53% 207 95,39%

Sempre 10 4,61% 217 100,00%Total 217 100,00% - -

Tabela 26. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 26

ANÁLISE: Conclui-se que a maioria dos jovens não têm dificuldades nas atividades

escolares. Porém, essa questão pode ter gerada uma dupla interpretação, pois há diferença

entre desempenho não satisfatório na escola e dificuldades para assimilar os conteúdos

ensinados.

Page 54: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

549.7.5 – DIFICULDADE EM ACOMPANHAR OS(AS) ADOLESCENTES

DA MINHA IDADE

Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes têm dificuldade em

acompanhar outros adolescentes.

TABELA – 27

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 114 52,53% 114 52,53%

Quase Nunca 56 25,81% 170 78,34%Algumas Vezes 21 9,68% 191 88,02%Quase Sempre 10 4,61% 201 92,63%

Sempre 16 7,37% 217 100,00%Total 217 100,00% - -

Tabela 27. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 27

ANÁLISE: Como nas outras questões do domínio social, a pequena parcela que afirma ter

dificuldade, gera preocupação. Entretanto a maioria representa um bom sinal, mostrando que

não possuem dificuldade em acompanhar os demais adolescentes. Além disso, apenas 10%

responderam “Algumas vezes”.

Page 55: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

559.8 – DOMÍNIO ESCOLAR

Tal domínio compreende cinco questões referentes aos aspectos escolares (Problemas

ou dificuldades de prestar atenção nas aulas, em lembrar dos assuntos abordados em aula, em

acompanhar a turma nas tarefas escolares, faltar às aulas por se sentir mal e faltar às aulas por

ter de ir ao médico ou ao hospital).

9.8.1 – DIFICULDADE EM PRESTAR ATENÇÃO NA AULA

Esta questão tem o intuito de analisar se os adolescentes têm dificuldade em prestar

atenção nas aulas.

TABELA – 28

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 44 20,28% 44 20,28%

Quase Nunca 62 28,57% 106 48,85%Algumas Vezes 77 35,48% 183 84,33%Quase Sempre 25 11,52% 208 95,85%

Sempre 9 4,15% 217 100,00%Total 217 100,00% - -

Tabela 28. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 28

ANÁLISE: 64% responderam não ter dificuldades em prestar atenção nas aulas, enquanto que

16% apresentam maiores dificuldades.

Page 56: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

569.8.2 – DIFICULDADE EM LEMBRAR-SE DOS ASSUNTOS

ABORDADOS EM AULA

Esta questão tem o objetivo de analisar se os adolescentes têm dificuldade em lembrar

dos assuntos abordados em aula.

TABELA – 29

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 31 14,29% 31 14,29%

Quase Nunca 66 30,41% 97 44,70%Algumas Vezes 88 40,55% 185 85,25%Quase Sempre 19 8,76% 204 94,01%

Sempre 13 5,99% 217 100,00%Total 217 100,00% - -

Tabela 29. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 29

ANÁLISE: Percebe-se, com os dados do gráfico, que a maioria dos entrevistados apresenta

em alguns casos dificuldades para recordarem o que fora abordado em aula. Porém, nos

“extremos”, percebemos que as respostas “Nunca” e “Quase Nunca” foram mais assinaladas

que as outras duas.

Page 57: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

579.8.3 – DIFICULDADE EM ACOMPANHAR MINHA TURMA NAS

TAREFAS ESCOLARES

Esta questão tem o objetivo de analisar se os adolescentes têm dificuldade de

acompanhar sua turma nas tarefas escolares.

TABELA – 30

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 87 40,09% 87 40,09%

Quase Nunca 62 28,57% 149 68,66%Algumas Vezes 37 17,05% 186 85,71%Quase Sempre 24 11,06% 210 96,77%

Sempre 7 3,23% 217 100,00%Total 217 100,00% - -

Tabela 30. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 30

ANÁLISE: Os dados desse gráfico são “positivos”, pois a maioria da amostra não tem

dificuldades em acompanhar as atividades e tarefas escolares dos outros adolescentes.

Page 58: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

589.8.4 – EU FALTO À AULA POR NÃO ESTAR ME SENTINDO BEM

Esta questão tem o objetivo de analisar se os adolescentes faltam às aulas por não

estarem se sentindo bem.

TABELA – 31

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 97 44,70% 97 44,70%

Quase Nunca 77 35,48% 174 80,18%Algumas Vezes 30 13,82% 204 94,01%Quase Sempre 8 3,69% 212 97,70%

Sempre 5 2,30% 217 100,00%Total 217 100,00% - -

Tabela 31. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 31

ANÁLISE: Os resultados desse gráfico apresentam dois indicadores de qualidade de vida. O

primeiro relativo ao fato de as pessoas se sentirem mal com certa frequência. Já aqueles que

assinalaram as demais alternativas, pode-se interpretar que além de evitarem faltar às aulas,

ainda sofrem menos ou muito pouco com problemas de saúde, e quando esse tipo de problema

acontece não os afeta a ponto de leva-los a faltar às aulas.

Page 59: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

599.8.5 – FALTO ÀS AULAS PARA IR AO MÉDICO OU AO HOSPITAL

Esta questão tem a finalidade de analisar se os adolescentes faltam às aulas por ter de

ir ao médico ou ao hospital.

TABELA – 32

Resposta Entrevistados Entrevistados % FAC FAC%Nunca 73 33,80% 73 33,80%

Quase Nunca 84 38,89% 157 72,69%Algumas Vezes 44 20,37% 201 93,06%Quase Sempre 7 3,24% 208 96,30%

Sempre 8 3,70% 216 100,00%Total 216 100,00% - -

Tabela 32. (fi: frequência, FRi%: frequência relativa, FAC: frequência acumulada, FAC%: frequência acumulada percentual).

GRÁFICO – 32

ANÁLISE: Os resultados apresentados demostram que poucos entrevistados sofrem com

problemas de saúde mais sérios, o que exigiria que passassem pelo médico ou hospitais com

frequência.

Page 60: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

60

10.0 – CONCLUSÃO

Após um ano desenvolvendo o trabalho, há uma série de considerações a serem feitas.

O tema Qualidade de Vida é muito abrangente, sendo extremamente abordado atualmente, às

vezes de forma “indireta”, pois a mídia, por exemplo, trata com grande intensidade aspectos

ligados à falta de Qualidade de Vida, como a obesidade, hábitos de alimentação não

saudáveis, o sedentarismo, as doenças sistêmicas, a poluição ambiental, o stress, entre outros.

Além disso, também se fala muito da comunicação, de como as pessoas devem se relacionar

com as outras, isto é, do convívio social. Ainda, há a questão da escolaridade e, em termos

mais “radicais”, de felicidade e riqueza. Logo, a Qualidade de Vida está “diluída” em tais

elementos, ou seja, os meios de comunicação se referem de maneira fragmentada a este tema.

Assim, por meio desta pesquisa, percebeu-se os inúmeros aspectos que devem ser

considerados ao abordar esta questão. Tal tema não compreende apenas uma característica,

mas diversos elementos de saúde e do próprio cotidiano, isto é, “a percepção do indivíduo de

sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em

relação aos seus objetivos, padrões e preocupações” (segundo a OMS). No entanto, a

conceituação do tema apresentou-se como um dos aspectos mais complicados do trabalho,

uma vez que a Qualidade de Vida é um aspecto relativamente subjetivo e particular, pois

compreende uma diversidade de domínios que a constituem. Outro fator que merece destaque

é o de que, apesar de difundida nos meios acadêmico, científico e midiático, poucos estudos

se voltam à Qualidade de Vida para pessoas saudáveis, como é o caso de adolescentes, e sim

para populações com doenças já instaladas.

O presente estudo voltou-se para a análise da Qualidade de Vida dos adolescentes

frequentadores do Ensino Médio de algumas escolas particulares e públicas das cidades de

Bauru, Bariri e Ubirajara.

Por meio da investigação realizada foi possível aprimorar os conhecimentos sobre o

tema, permitindo discutir os resultados encontrados. Por meio da análise dos escores médios

dos domínios de QV – Físico, Emocional, Social e Escolar – pode-se afirmar que os jovens,

em sua maioria possuem uma QV muito boa. Entretanto, resultados ruins também

apareceram, como no caso do Colégio Técnico Industrial e da Escola Dr. Francisco de P.

Abreu Sodré, apresentando os piores escores médios para os domínios investigados.

Percebeu-se também, que na comparação entre os domínios, o Físico foi o que

apresentou os escores médios mais elevados em todas as escolas para ambos os sexos,

Page 61: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

61podendo-se inferir que, nesta fase de vida – adolescência – os jovens encontram-se em sua

plenitude física, não ocorrendo o mesmo com os outros domínios que englobam aspectos

emocionais, tipicamente alterados nesta faixa etária.

Assim, o tema QV é bem próximo da realidade adolescente, possibilitando o

entendimento do que é necessário fazer para viver bem, ou seja, uma forma de combinar a

saúde, tanto física como mental, e aliar ambas às obrigações e preocupações cotidianas.

Page 62: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

62

11.0 – REFERÊNCIAS / BIBLIOGRAFIA

- KAPLAN, R.M. Quality of life, resource allocation, and the U.S. Health - care crisis. In:

Dimsdale JE, Baum A, editors. Quality of life in behavioral medicine research. New Jersey:

Lawrence Erlbaum Associates, 1995. p. 3-30.

- KLATCHOIAN, D. A. et al. Qualidade de vida de crianças e adolescentes de São Paulo:

confiabilidade e validade da versão brasileira do questionário genérico Pediatric Quality of

Life InventoryTM versão 4.0 Generic Core Scales. Jornal de Pediatria, v. 84, n. 4, p. 308-315,

2008.

- LOFRANO-PRADO, M. C. et al. Quality of life in Brazilian obese adolescents: effects of a

long-term multidisciplinary lifestyle therapy. Health and Quality of Life Outcomes, v. 7, n.

61, p. 7-11, 2009.

- ROGERSON, R.J. Environmental and health-related quality of life: conceptual and

methodological similarities. Soc Sci Med, v. 41, p. 1373-82, 1995.

- SCHUTTINGA, J.A. Quality of life from a federal regulatory perspective. In: Dimsdale

JE, Baum A, editors. Quality of life in behavioral medicine research. New Jersey: Lawrence

Erlbaum Associates; 1995. p. 31-42.

- VARNI, J.W. et al.. The PedsQL 4.0 as a pediatric population health measure: feasibility,

reliability, and validity. Ambul Pediatr, v. 3, p. 329-41, 2003.

- VISSERS, D. et al. Overweight in adolescents: Differences per type of education. Does one

size fit all?. J Nutr Educ Behav, v.40, p.65-71, 2004.

Page 63: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

63

12.0 – ANEXOS

12.1 – TEXTO 1

FGV-SP elabora a metodologia do novo índice, a Felicidade Interna Bruta;

Intenção é fornecer os resultados ao governo federal para auxiliar no

desenvolvimento de políticas públicas.

SÃO PAULO - A riqueza do País pode começar a ser mensurada de outra forma. No lugar do

Produto Interno Bruto (PIB), a Felicidade Interna Bruta (FIB). A Fundação Getúlio Vargas de

São Paulo (FGV-SP) está empenhada na elaboração da metodologia do novo índice. A

intenção é fornecer os resultados ao governo federal para auxiliar no desenvolvimento de

políticas públicas.

O FIB já existe no Butão, um pequeno reino incrustado nas cordilheiras do Himalaia. Lá, o

contentamento da população é mais importante que o desempenho da produção industrial. O

índice pensado pela FGV, no entanto, não será tão radical. "O PIB será um dos componentes

do cálculo", esclarece Fábio Gallo, professor da FGV-SP que, ao lado de Wesley Mendes,

encabeça o desenvolvimento do estudo.

O PIB é considerado por diversos especialistas um índice incompleto. Dados como o Índice

de Desenvolvimento Humano (IDH) ou o nível de segurança das cidades não são

contabilizados. Portanto, elencar a grandeza das nações pelos bilhões acumulados com

produção industrial e comercial, por exemplo, é, para esses especialistas, uma distorção da

realidade.

"Elaborar o índice que queremos é algo complexo. São muitos dados subjetivos que variam de

Estado para Estado", explica Gallo. Num país do tamanho do Brasil, com regiões diferentes

entre si, a tarefa fica ainda mais complicada. "Tudo será sob medida para cada uma das

regiões. Dessa forma, chegaremos a bons resultados, que reflitam a situação real do País",

completa Mendes.

Os professores salientam que o PIB falha ao computar os custos ambientais e, ao mesmo

tempo, inclui em seu cálculo formas de crescimento econômico prejudiciais ao bem-estar da

população. Gastos com crime, atendimento médico, divórcio e até desastres naturais como

tsunamis colaboram para elevar o PIB.

Page 64: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

64O primeiro passo do desenvolvimento da metodologia do FIB brasileiro já foi dado pela FGV,

e mostra que a riqueza econômica não é o principal fator de felicidade da população. Um

questionário com jovens adultos de São Paulo e de Santa Maria, pequena cidade no interior do

Rio Grande do Sul, mostrou que o índice de satisfação dos jovens gaúchos é 22,5% maior que

o dos paulistanos. Entre os 11 aspectos de vida estudados, os mais relevantes para a percepção

de satisfação foram vida social, situação financeira e atividades ao ar livre.

Ainda de acordo com essa primeira etapa da pesquisa, a principal preocupação dos

paulistanos é com segurança pessoal, enquanto a principal satisfação é com perspectivas de

crescimento acadêmico. Entre os gaúchos, a preocupação é com as expectativas de conseguir

um bom trabalho. A satisfação é com a boa vida social. "Sociedade feliz é aquela em que

todos têm acesso aos serviços básicos de saúde, educação, previdência social, cultura, lazer",

afirma Fábio Gallo.

Instituto de Finanças

Com a melhoria da renda média do brasileiro e a estabilização econômica, temas como os

investimentos e a qualidade de vida ganham espaço. É de olho nessa tendência que a

Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) criou o Instituto de Finanças. A elaboração

da metodologia do índice que medirá a felicidade do brasileiro é uma das iniciativas do novo

Instituto.

Maria Tereza Fleury, diretora da FGV, explica que o núcleo de estudos deve ter a mesma

representatividade que o Ibre (Instituto de Economia da FGV-RJ) conquistou. "Estamos

unindo uma série de iniciativas que já existiam. Agora, teremos uma forte sinergia interna que

vai colaborar com o desenvolvimento de diversos tópicos da sociedade", avalia a executiva.

O instituto será coordenado por João Carlos Douat, doutor em administração de empresas.

Sob sua coordenação estarão 11 núcleos e cada um será administrado por um ou dois

professores da universidade. No total, são 37 docentes envolvidos com a criação do Instituto

de Finanças e pouco mais de 3 mil alunos que já estão matriculados terão acesso às novidades.

"Somo uma instituição privada e, portanto, isenta de interferências governamentais. Como

temos autonomia, creio que podemos colaborar com a elaboração de bons índices para

auxiliar no desenvolvimento de boas políticas à sociedade", completa Maria Tereza.

O índice de Felicidade Interna Bruta (FIB), por exemplo, será produzido pelo núcleo de

Estudos de Felicidade e Comportamento Financeiro, que terá gestão de Fábio Gallo e Wesley

Mendes.

No LabFin, o laboratório de finanças, coordenado pelo professor Rafael Schiozer, os alunos

farão simulações de investimentos. "Vamos simular a elaboração de carteiras de renda

Page 65: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

65variável e fixa", diz Schiozer. "Queremos formar bons gestores de fundos. Isso é algo inédito

no Brasil", reforça.

O professor Antônio Gledson de Carvalho ficará encarregado do núcleo que reúne os docentes

que lecionam e orientam os alunos nos cursos de mestrado e doutorado. "Neste momento

estamos estruturando uma pós-graduação específica sobre o mercado financeiro", diz

Carvalho.

Além desses assuntos, as microfinanças também estão contempladas com um núcleo que será

gerido por Lauro Gonzalez. Finanças internacionais, private equity, gestão bancária e

contabilidade estão entre os conteúdos contemplados. Outros nomes como Willian Eid Júnior,

David Hastings e José Evaristo dos Santos também estão envolvidos no instituto.

TV financeira

Para divulgar os conteúdos produzidos pelo Instituto de Finanças e ter um canal aberto com

quem não é aluno da FGV, a fundação prepara também um programa de educação financeira.

"Será uma linguagem diferente. Queremos atrair a atenção das pessoas para este tema", diz o

professor Fábio Gallo.

Disponível em: http://www.jornaldiadia.com.br/index.php/brasil/89723-indice-vai-medir-

felicidade-do-brasileiro. Acessado em: 25 março 2012.

12.1.1 – RESUMO 1

A Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), com base na melhora da renda média do

brasileiro e na estabilização econômica do país, bem como no maior emprego de temas

relacionados a qualidade de vida, está empenhada na elaboração de uma nova metodologia

para medir a riqueza do Brasil: ao invés do PIB (Produto Interno Bruto), utilizar-se-ia para tal

mensuração o índice FIB (Felicidade Interna Bruta). O FIB já existe no Butão, onde se leva

em conta o contentamento da população do que o desempenho industrial. O índice pensado

pela FGV, no entanto, não será tão radical, tendo o PIB como um dos componentes do

cálculo.

A iniciativa se deve ao fato do PIB ser considerado incompleto por vários especialistas, que

alegam que o índice apenas considera os bilhões acumulados com produção industrial e

comercial das nações, o que significa uma distorção da realidade, uma vez que dados que

influem diretamente o PIB - investimentos em segurança, saúde pública, higiene e serviço

sanitário - não são contabilizados. No Brasil, por exemplo, as condições econômicas (e

Page 66: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

66sociais) de cada estado são muito diferentes, contribuindo ainda mais para a “imprecisão” do

PIB.

A intenção dos pesquisadores é fornecer resultados ao governo federal para auxiliar no

desenvolvimento de políticas públicas e mostrar a real situação do País. O primeiro passo do

desenvolvimento da metodologia do FIB brasileiro já foi dado pela FGV. A pesquisa inicial

deu-se com a distribuição de um questionário entre jovens adultos de São Paulo e de Santa

Maria - Rio Grande do Sul. O resultado mostrou que, de fato, a riqueza econômica não é o

principal fator de felicidade da população. Agora, a FGV estuda ampliar suas pesquisas e

chamar a atenção da população para o tema.

Page 67: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

6712.2 – TEXTO 2

28/02/2012 - Por O Globo - [email protected] - Agência O Globo

Rio Como Vamos: Jovens vão mal na escola e evasão aumenta

RIO - A cidade do Rio de Janeiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), tem quase um milhão de jovens entre 15 e 24 anos. Esta parcela da

população, segundo levantamento do Rio Como Vamos, anda carente de atenção em áreas

fundamentais para a melhoria da qualidade vida. Apesar de investimentos recentes em saúde,

educação e segurança, ainda há muito o que fazer no município nestas áreas.

Dados da Secretaria estadual de Educação sobre a situação do ensino médio na capital,

analisados pelo RCV, não são nada animadores. Nas 277 escolas da rede no município do

Rio, o abandono escolar vem piorando desde 2008. Dos 171 mil alunos matriculados em

2010, cerca de 34 mil deixaram de estudar. A região que apresentou menor evasão foi a de

Vila Isabel: dos sete mil alunos matriculados, 331 deixaram os estudos. No entanto, a única

escola de ensino médio localizada na Cidade de Deus, que tem cerca de 500 matrículas,

perdeu nada menos que 171 alunos, ou seja, 34,2% dos estudantes.

Os índices de reprovação não se alteraram na cidade do Rio, nos últimos anos. Madureira é a

região com o pior cenário: tem 24 escolas de nível médio e mantém 26% de reprovação, ao

ano, desde 2006. Ao todo, 4,5 mil jovens repetiram de ano em 2010. O quadro também é

preocupante em relação à distorção idade-série. Apesar de ter ocorrido redução no número de

estudantes com pelo menos dois anos de atraso escolar, em 2008 eram 136.581 alunos nesta

situação. Foram registrados 123.754, em 2009, e 113.712, em 2010.

A gravidez na adolescência é uma das causas conhecidas para o abandono escolar. Os

indicadores permaneceram estáveis durante cinco anos. Dados coletados pelo RCV mostram

que, de 2006 a 2010, 17% dos bebês nasceram de mães adolescentes no Rio. Só em 2010

foram 13 mil meninas grávidas. Na Cidade de Deus, por exemplo, quase 30% dos bebês

nascidos vivos são filhos de jovens mães.

Ter que trabalhar para ajudar nas despesas de casa também faz parte da realidade de muitos

adolescentes que, nem sempre, conseguem manter a dupla jornada. As dificuldades podem

levar ao abandono escolar e, ao deixar a sala de aula, o jovem fica ainda mais distante da

possibilidade de conseguir um emprego formal. Para tentar estimular os adolescentes e

oferecer a eles uma orientação profissional, o consultor Ruben Klein, da Fundação

Cesgranrio, defende a inclusão de cursos ou aulas extras, integrados ao currículo do ensino

Page 68: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

68médio, que ajudem a conectar os estudantes ao mercado de trabalho. Após as aulas

tradicionais, eles passariam algumas horas em laboratórios especializados de enfermagem,

informática, mecânica, eletrônica, entre outras especialidades. Nesse contexto, a carga horária

total deveria ser dividida com essas atividades, durante o dia.

Questões como segurança e precariedade dos transportes também afetam a frequência nos

cursos, especialmente os noturnos, ainda que as condições de segurança tenham melhorado na

cidade. Segundo dados do RCV, houve uma ligeira queda nos homicídios juvenis masculinos:

foram 1,2 mil casos, em 2007, e 950, em 2010. Copacabana, Anchieta, Irajá, Pavuna e Maré

estão entre as áreas mais críticas.

Média salarial dos jovens gira em torno de R$ 922

Em termos de ocupação profissional, os números apurados pelo RCV mostram que 35% da

população jovem da cidade (314,5 mil) estão em empregos formais. Destes, 108.524

estrearam no mercado de trabalho em 2010. A média salarial dos jovens, em 2010, era R$

922, com um aumento de R$ 125 em três anos. A maioria dos empregos novos gerados vem

do setor de serviços, com 37.718 vagas, seguido pelo comércio, com 18.953, e construção

civil, com 4.347.

Para o Rio Como Vamos, o desafio está lançado: a cidade precisa oferecer oportunidades

justas aos jovens, para que eles possam se desenvolver e chegar ao mercado de trabalho

plenamente. Para Mauricio Blanco do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS), a

escola está tão ruim, tão irreal, que os jovens vão embora, porque sabem que aquele

emaranhado de matérias não leva a nada e eles precisam aprender coisas que os aproximem da

realidade.

Disponível em: http://extra.globo.com/noticias/rio/rio-como-vamos-jovens-vao-mal-na-

escola-evasao-aumenta-4096373.html. Acessado em 25 de março de 2012

Page 69: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

69

12.2 1– RESUMO 2

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Rio de Janeiro possui

cerca de um milhão de jovens entre 15 e 24 anos que, de acordo com a instituição Rio Como

Vamos (RCV), tem carência de atenção em áreas fundamentais para a melhoria da

qualidade vida. Apesar de investimentos recentes em saúde, educação e segurança, ainda são

necessárias muitas ações nestas áreas.

A Secretaria Estadual de Educação do Rio apontou que nas 277 escolas da rede no município,

o abandono escolar vem piorando desde 2008: dos 171 mil alunos matriculados em 2010,

cerca de 34 mil deixaram de estudar. Além disso, apesar de não terem se alterado nos últimos

anos, os índices de reprovação ainda são elevados: em 2010, por exemplo, houve um total de

4,5 mil jovens repetentes. O quadro também é preocupante em relação à distorção idade-série,

pois, embora tenha ocorrido uma redução no número de estudantes com pelo menos dois anos

de atraso escolar, em 2008 eram 136.581 alunos nesta situação. Foram registrados 123.754,

em 2009, e 113.712, em 2010.

Page 70: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

70A gravidez na adolescência é uma das principais causas do abandono escolar. Dados

coletados pelo RCV mostraram que, de 2006 a 2010, 17% dos bebês nasceram de mães

adolescentes no Rio. Só em 2010 foram 13 mil meninas grávidas.

Outro fator que contribui para a evasão escolar é o trabalho para ajudar nas despesas

domiciliares, uma vez que muitos adolescentes não conseguem manter a dupla jornada,

levando ao abandono escolar e deixando ainda mais distante a possibilidade do jovem

conseguir um emprego formal e de se firmar na escola.

Questões como segurança e precariedade dos transportes também afetam a frequência nos

cursos, especialmente os noturnos.

Para o Rio Como Vamos, o principal desafio é o oferecimento de oportunidades justas aos

jovens, para que eles possam se desenvolver e chegar ao mercado de trabalho plenamente.

Page 71: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

7112.3 – TEXTO 3

Fortaleza – 07/03/2012 - LUANA LIMA - REPÓRTER

Índices elevados de obesidade geram ações

Uma em cada três crianças brasileiras com idade entre cinco e nove anos está com peso acima

do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre jovens de dez a 19 anos,

um em cada cinco apresenta excesso de peso. Os dados são da Pesquisa de Orçamento

Familiar, realizada em 2008 e 2009, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE).

No Ceará, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não tem dados sobre a situação nutricional

das crianças e dos adolescentes. Ainda assim, como forma de prevenir o sobrepeso, 150

escolas da rede municipal e 92 Centros de Saúde da Família participam, até a próxima sexta-

feira, da Semana de Mobilização Saúde da Escola. A ação é realizada em todo País, por meio

de uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação.

Será uma semana inteira com programação voltada para incentivar as boas práticas de saúde e

aproximar a população da rede de atenção básica. Durante este período, os estudantes

passarão por avaliações nutricionais, com medição de peso, altura, pressão e glicemia, e farão

visitas guiadas, acompanhados dos pais, a postos de saúde.

Era o que estava sendo feito, ontem, na Escola Municipal Economista Nilson Holanda, na

Bela Vista, onde 167 crianças e adolescentes passaram pela avaliação. Hoje, serão oferecidas

palestras sobre orientação alimentar saudável. Amanhã, os pais farão a visita às unidades de

saúde. Leila Maria Ferreira Noronha, dentista do Centro de Saúde da Família Francisco

Pereira de Almeida, da Bela Vista, comenta que é comum encontrar tanto crianças obesas

como desnutridas. Com a medição da pressão, ela esclarece que o intuito é prevenir a

hipertensão e a diabetes.

"Observamos muitas crianças com pressão alterada. Isso se deve a erros alimentares, com

altos índices de gordura". A dentista chama atenção que uma alimentação saudável, rica em

frutas e verduras, reflete na qualidade de vida e na saúde das crianças como um todo.

Após levantados os dados, a ideia da Secretaria Municipal de Saúde é traçar um diagnóstico

da situação nutricional das crianças para que possa ser criado um plano de ações. Julieta

Pontes, coordenadora do Programa Saúde da Família (PSF) de Fortaleza, destaca que, no ano

passado, na Escola Municipal Adalberto Studart, no bairro Planalto Ayrton Senna, detectou-se

que 40% dos estudantes entre 15 e 19 anos estavam com sobrepeso. Na unidade de ensino, foi

Page 72: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

72feito um levantamento sobre a situação nutricional das crianças. A nutricionista clínica, Midiã

Bispo, esclarece que a obesidade é causada por maus hábitos familiares e que não pode ser

atribuída à criança, pois, quando ela nasce, é inserida num meio.

No futuro, a especialista alerta que essas pessoas certamente se tornarão adultos obesos,

ficando cada vez mais doentes, o que poderá interferir no rendimento profissional e físico. No

caso dos que conseguirem atingir a longevidade, ela diz que será uma vida associada a

doenças.

Frequência

Casos de obesidade têm se tornado tão frequentes que a nutricionista afirma que não tem

como definir se a doença é mais comum em adultos ou crianças. "A população está toda

obesa. Adultos obesos geram crianças obesas, é quase uma consequência".

Midiã alerta que obesidade precisa ser tratada como uma doença crônica e que emagrecer não

resolve o problema, é preciso que seja feito todo um acompanhamento multidisciplinar,

inclusive com psicólogos, para que, quando adulta, a criança não volte a ser obesa. "É um

problema educacional, mesmo que seja identificado em qualquer fase da vida tem como ser

acompanhado e solucionado", afirma.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, elaborada em 2009, pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado nutricional de 13,9% dos alunos do 9º

ano do ensino fundamental das escolas públicas de Fortaleza era com sobrepeso, enquanto

7,6% estavam obesos.

Perigo

1 em cada três crianças brasileiras com idade entre 5 e 9 anos está com peso acima do

recomendado pela OMS. De 10 a 19 anos, uma em cada cinco está com sobrepeso; 13% dos

alunos do 9º ano do ensino fundamental das escolas públicas de Fortaleza estavam, segundo

pesquisa do IBGE de 2009, com sobrepeso e 7,6%, com obesidade.

Disponível em: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1112253 .

Acessado em 25 de março de 20212

12.3.1 – RESUMO 3

Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística), uma em cada três crianças brasileiras com idade entre cinco e nove

anos está com peso acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Entre

jovens de dez a 19 anos, um em cada cinco apresenta excesso de peso.

Page 73: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

73Além disso, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, elaborada em 2009 pelo

IBGE, o estado nutricional de 13,9% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental das escolas

públicas de Fortaleza era com sobrepeso, enquanto 7,6% estavam obesos.

Tal fato influi diretamente na qualidade de vida e na saúde das crianças e jovens como

um todo.

Segundo a nutricionista clínica, Midiã Bispo, foram observados muitos casos de crianças com

pressão alterada, proveniente, sobretudo, de erros alimentares, com altos índices de gordura.

Além disso, Midiã alerta que obesidade precisa ser tratada como uma doença crônica e que

emagrecer não resolve o problema, sendo necessário um acompanhamento multidisciplinar,

inclusive com psicólogos, para que, quando adulta, a criança não volte a ser obesa. Porém,

mais importante do que isso, ações preventivas são essências para que esse quadro seja

revertido.

No Ceará, por exemplo, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) está investindo em medidas

para a prevenção do sobrepeso. Uma delas é a Semana de Mobilização Saúde da Escola, na

qual as 150 escolas da rede municipal e 92 Centros de Saúde da Família participarão, durante

uma semana, de programas voltados para incentivar as boas práticas de saúde e aproximar a

população da rede de atenção básica. Durante este período, os estudantes passarão por

avaliações nutricionais, com medição de peso, altura, pressão e glicemia, e farão visitas

guiadas, acompanhados dos pais, a postos de saúde. Após o levantamento dos dados, a SMS

pretende traçar um diagnóstico da situação nutricional das crianças para que possam ser

criados planos de ações.

Page 74: Qualidade de vida dos joves   parte teã³rica (71 a)

7412.4 – VÍDEO

Link do vídeo relacionado à introdução e explanação do tema:

http://www.youtube.com/watch?v=LAFwP63_cEE – ACESSADO EM 25/09/12.

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13.0 – MINI-SLIDES

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