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Escola Secundária de Santo André – Barreiro Ciências da Terra e da Vida – 11º ano Professora Clara Boavida

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Escola Secundária de Santo André – Barreiro

Ciências da Terra e da Vida – 11º ano

Professora Clara Boavida

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– corpo sólido, natural, com composição química definida ou variável dentro de certos limites, inorgânico e com textura cristalina característica.

Mineral

Minerais herdados Minerais de neoformação

Rochas sedimentares detríticas

Mineral

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Minerais herdados – minerais que fazem parte de rochas sedimentares e que provieram de rochas preexistentes, tendo sido modificados fisicamente devido ao transporte.

Exemplos: quartzo, feldspatos e micas, especialmente a moscovite, as anfíbolas, as piroxenas, a calcite, etc.

Minerais de neoformação – minerais novos, que fazem parte de rocha sedimentar e originados devido a reacções químicas ocorridas na fase de sedimentogénese ou de diagénese.

Exemplos: calcite, dolomite, sílica, minerais de argila, halite e gesso.

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Na caracterização das rochas sedimentares, é imprescindível o conhecimento da sua composição

mineralógica.

A composição química e a organização estrutural

da matéria cristalina conferem aos minerais

determinadas propriedades físicas e químicas que

auxiliam na sua identificação.

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A composição química e o arranjo estrutural das partículas constituintes dos minerais são próprias de cada mineral.

A determinação destas características requer o uso de equipamento de laboratório, por vezes sofisticado, nem sempre acessível à

maioria das pessoas.

Pode fazer-se a identificação de minerais recorrendo a determinadas propriedades físicas ou químicas que, de algum

modo, reflectem a sua composição e estrutura, fazendo ensaios simples que não implicam equipamento complexo.

É possível fazer a observação de algumas dessas propriedades no campo, enquanto que outras devem ser realizadas em laboratório.

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Para identificar um mineral podem utilizar-se quatro tipos de técnicas:

Análise dos caracteres físicos macroscópicos;

Estudo das propriedades ópticas com o microscópio petrográfico;

Estudos por raios X;

Ensaios químicos para determinar a sua composição.

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Propriedades físicas

Entre as propriedades físicas mais utilizadas na identificação de minerais, podem destacar-se:

Propriedades ópticas – cor, risca e brilho;

Propriedades mecânicas – dureza, clivagem, fractura;

Densidade.

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Cor dos minerais

Idiocromático – mineral que apresenta cor constante.

Exemplos:

• Verde para a malaquite;

• Cinzento para a galenite;

• Amarelo de latão para a pirite.

Alocromático – mineral que apresenta cor variável.

Exemplos:

• Quartzo – incolor, branco, róseo, violeta, amarelo ou negro.

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A diversidade da cor pode ser:

devido à mistura de pequenas quantidades de certos pigmentos;

devido a variações na composição química, em que certos elementos são substituídos na rede cristalina por outros diferentes.

Como a cor raramente é única para cada mineral e porque a verdadeira cor pode ser alterada, esta

característica não constitui uma propriedade muito fiável na identificação de minerais.

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Risca ou traço

- cor do mineral reduzido a pó;

- a cor do traço de um mineral não coincide sempre com a sua cor;

- diferentes variedades da mesma espécie mineral exibem sempre o traço com a mesma cor;

- o traço é uma propriedade constante, enquanto que a cor pode ser uma propriedade variável.

Exemplo: a pirite tem cor amarelo – latão e a risca é negra.

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Para se determinar a cor do traço, risca-se com o mineral a superfície despolida de uma porcelana. Método aplicável nos

minerais com dureza inferior à da porcelana.

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Brilho ou lustre

O brilho consiste no efeito produzido pela qualidade e intensidade da luz reflectida numa superfície de fractura recente do mineral.

Reflexão da luz nos minerais.

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Os minerais podem ter brilho metálico, brilho intenso semelhante ao observado nos metais e, brilho não metálico ou vulgar, característico dos minerais transparentes ou translúcidos.

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Em certos casos, o brilho é o do tipo metálico, mas sensivelmente mais

fraco, designando-se por brilho submetálico.

 A: Brilho metálico (pirite) B: Brilho submetálico

(volframite)

 C: Brilho adamantino (diamante)

D: Brilho vítreo (quartzo)

Exemplos de brilhos:

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Clivagem

- tendência de alguns minerais

fragmentarem;

- devido à aplicação de uma

força mecânica;

- segundo superfícies planas e

brilhantes, de direcções bem

definidas e constantes.

A calcite divide-se facilmente segundo superfícies planas e

brilhantes que, pelo choque continuado, se repetem paralelamente a

si mesmas.

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Fractura

- revela que todas as ligações são

igualmente fortes, qualquer que

seja a direcção considerada.

- as superfícies de fractura não se

repetem paralelamente a si

mesmas e podem apresentar

diferentes aspectos.

O quartzo não apresenta clivagem visível e, quando percutido, desagrega-se em fragmentos com superfícies mais ou menos

irregulares, sem direcção privilegiada.

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Dureza

- resistência que o mineral oferece ao ser riscado (sulcado) por

outro mineral ou por determinados objectos.

- é condicionada pela estrutura e pelo tipo de ligações entre as

partículas e, por isso, pode variar com a direcção considerada.

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- uma das escalas de dureza relativa mais conhecidas é a escala de Mohs, em homenagem ao mineralogista Friedrich von Mohs;

- esta escala é constituída por 10 termos, colocados por ordem crescente de dureza, desde o menos duro, o talco, até ao diamante, que é o corpo natural mais duro que se conhece;

- qualquer mineral da escala risca todos os que estão abaixo dele, não sendo riscado por eles.

- a determinação da dureza dos minerais é feita em relação aos termos de uma escala de dureza;

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- um mineral é mais duro que outro se, e só se, o riscar, sem se deixar riscar por ele;

- dois minerais têm a mesma dureza se se riscam ou não se riscam mutuamente;

- determina-se seleccionando-se uma aresta viva, com a qual se experimenta riscar os sucessivos termos da escala de Mohs;

- os termos da escala devem ser percorridos no sentido decrescente de dureza, para se

evitar o constante desgaste dos minerais menos duros;

- quando não se dispõe de uma escala de Mohs, podem utilizar-se diferentes materiais,

como:

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A utilização da escala de Mohs apenas proporciona valores relativos e não valores absolutos.

A determinação de valores absolutos de dureza é complexa e implica a utilização de aparelhos muito especializados.

Uma desvantagem da utilização da escala de Mohs é que o aumento da dureza absoluta entre os diferentes termos não é sempre o mesmo,

fazendo-se de um modo descontínuo.

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Escala de Mohs comparada com uma escala de dureza absoluta.

A diferença de dureza

absoluta entre o

corindo e o diamante é

muito maior do que

aquela que existe entre

o topázio e o corindo.

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Densidade

A densidade absoluta, ou massa volúmica, de uma substância traduz a massa por unidade de volume.

A densidade depende da dureza das partículas (átomos ou iões) que constituem o mineral e do tipo de arranjo dessas partículas.

Para a identificação dos minerais, recorre-se à densidade relativa, podendo utilizar-se qualquer dos métodos usados em física.

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Um dos métodos possíveis para avaliar a densidade consiste em determinar:

• O peso do mineral no ar – P;

• O peso do mineral mergulhado na água – P’.

A diferença P - P’ dá o valor da impulsão (I), ou seja, o valor do peso de um volume de água igual ao volume do mineral mergulhado.

A densidade relativa é calculada através da seguinte fórmula:

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No laboratório de Mineralogia recorre-se muitas vezes a um

instrumento, balança de Jolly.

Funciona como um dinamómetro, permitindo determinar o peso de

uma amostra de mineral pela deformação de uma mola.

A densidade do mineral, consiste na relação entre o peso de um

determinado volume do mineral e o peso de igual volume de água

a 4 ºC.

Manual, página 200.

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Propriedades químicas

Alguns testes podem ser utilizados para fazer o diagnóstico

de minerais.

É o caso do teste do sabor salgado para a halite (NaCl) ou da

efervescência produzida por acção do ácido clorídrico sobre a

calcite.

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- A calcite e a aragonite, reagem a frio de forma evidente, com efervescência abundante.

- Na dolomite, a efervescência só se verifica a quente ou quando o mineral é reduzido a pó.

O calcário faz efervescência com os ácidos.

A calcite e outros carbonatos reagem com o ácido clorídrico, fazendo efervescência devido à libertação de CO2 durante a reacção.

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Determinadas as propriedades dos minerais, a sua identificação é possível utilizando chaves dicotómicas ou por consulta de tabelas em

que estão registadas as principais características dos diferentes minerais.

Actualmente existem também programas de software que permitem a identificação de minerais, tendo em consideração as suas

propriedades.

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Obrigado pela atenção!