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PSICOLOGIA DO ESPORTE ANSIEDADE MICHELE VENTURA

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Page 1: Psicologia Do Esporte - Slides Micha

PSICOLOGIA DO ESPORTE

ANSIEDADEMICHELE VENTURA

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INTRODUÇÃO

• Uma das dificuldades encontradas em atletas que apresentam ansiedade, será explica detalhadamente, com seus tipos, suas definições e como elas se manifestam, desencadeando sintomas em determinados momentos nas competições:

Ansiedade cognitiva;    Ansiedade somática;     Ansiedade-estado;     Ansiedade-traço.• Toda a teoria está embasada em conclusões e

pesquisas de psicólogos do esporte e do exercício e professores de educação física.

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DEFINIÇÃO DE ANSIEDADE

• É um estado emocional negativo caracterizado por nervosismo, preocupação e apreensão e associado com ativação ou agitação do corpo.

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TIPOS DE ANSIEDADE:

• Há cinco tipos de ansiedade:

Ansiedade cognitiva;Ansiedade somática;Ansiedade – estado;Ansiedade – traço.

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ANSIEDADE COGNITIVA

•São alterações de momento a momento nas preocupações e nos pensamentos negativos.

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ANSIEDADE SOMÁTICA

•Grau de ativação física percebida. Não é necessariamente uma mudança na ativação física da pessoa, mas sua percepção desta mudança.

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ANSIEDADE - ESTADO

• Alterações de momento a momento em sentimentos de nervosismo, preocupação e apreensão associadas com estimulação do corpo.

• Segundo Spielberger, citado por Singer, a ansiedade-estado refere-se a reação ou resposta emocional que é evocada em um indivíduo que percebe uma situação particular como pessoalmente perigosa ou ameaçadora para ele, a desrespeito da presença ou ausência de um perigo real.

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ANSIEDADE - TRAÇO

• Faz parte da personalidade, uma tendência ou disposição comportamental adquirida que influencia o comportamento. Em particular ela predispõe um indivíduo a perceber como ameaçadoras uma ampla gama de circunstâncias com reações ou níveis de estado de ansiedade que são desproporcionais em intensidade e magnitude ao perigo objetivo, segundo Spielberger, citado por Weinberg.

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• Existe uma relação direta entre os níveis de traço de ansiedade e o estado de ansiedade de uma pessoa. Uma atleta com uma elevada ansiedade-traço pode ter uma extraordinária quantidade de experiência em uma determinada situação e, por essa razão, pode não perceber uma ameaça e a elevada ansiedade-estado correspondente. Contudo, conhecer o nível de traço de ansiedade de uma pessoa é geralmente útil para prever como ela reagirá à competição, à avaliação e às condições ameaçadoras.

• Parece que o nível tanto de ansiedade de estado como de traço dos atletas deverá produzir efeitos razoavelmente antecipados em seu desempenho esportivo, dependendo da natureza da atividade, onde está sendo desenvolvida e sob que condições, tanto quanto do nível de habilidade do atleta. Segundo Singer, relacionando a lei de Yerkes-Dodson, implica que sendo mantidas constantes as variáveis, muito pouca ansiedade ou ansiedade excessiva são prejudiciais ao desempenho. Existe um nível ideal de ansiedade que deverá ocorrer no participante, para que sua atuação seja a melhor possível.

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• Uma pessoa com elevada ansiedade – traço considera uma competição mais ameaçadora e geradora de ansiedade que uma pessoa com uma ansiedade – traço mais baixa.

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FONTES DE ESTRESSE E ANSIEDADE

• Há literalmente milhares de fontes de estresse. Os psicólogos do exercício também demonstraram que acontecimentos importantes, tais como mudança de emprego ou uma morte familiar, bem como os aborrecimentos cotidianos, etc. causam estresse e afetam a saúde física e mental.

• Gould, Udry, Bridges e Beck (1997) verificaram recentemente que atletas de elite lesionados experimentavam fontes de estresse psicológicas (por exemplo – medo, esperanças e sonhos destruídos), físicas, médicas ou relacionadas a reabilitação, financeiras e profissionais, juntamente com oportunidades perdidas fora do esporte (por exemplo impossibilidade de visitar um outro país com o time). As milhares de fontes específicas de estresse enquadram-se nas categorias gerais determinadas tanto pela situação quanto pela personalidade.

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FONTES SITUACIONAIS DE ESTRESSE

• Há duas fontes situacionais de estresse. Estas áreas gerais são:

Importância dada a um evento ou competição – quanto mais importante for o evento, mais gerador de estresse ele será, mas nem sempre é obvia.

Incerteza que cerca o resultado do evento – é uma fonte situacional importante, pois quanto maior a incerteza, maior será o estresse.

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FONTES PESSOAIS DE ESTRESSE

• Algumas pessoas caracterizarão situações como importantes e incertas, olhando-as com maior ansiedade que outras pessoas. Duas disposições de personalidade que consistentemente estão ligadas a reações de um estado de ansiedade aumentado são ansiedade – traço elevada e baixa auto-estima segundo Scanlan,1986, citado por Weinberg. Uma terceira disposição de ansiedade importante para os interessados em praticas de exercícios é a ansiedade física social.

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Ansiedade – traço Uma pessoa com elevada ansiedade – traço

considera uma competição mais ameaçadora e geradora de ansiedade que uma pessoa com uma ansiedade – traço mais baixa. 

Auto – estima A auto – estima também está relacionada a

percepções de ameaça e às mudanças correspondentes na ansiedade – estado. Os atletas com baixa auto – estima, por exemplo, tem menos confiança e experiência e mais estados de ansiedade que os atletas com mais auto – estima.

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Ansiedade física social• A ansiedade física social é importante para os interessados em

praticar exercícios.• Ela reflete a tendência de uma pessoa a ficar nervosa ou

apreensiva quando seu corpo é validado, segundo Eklund, Kelley e Wilson, 1997, citado por Weinberg. Pessoas com alta ansiedade física relatam sentir mais estresse durante avaliações de condicionamento e ter mais pensamentos negativos em relação ao seu corpo. Muitas vezes esse problema com alta ansiedade física se obtém a auto – estima do atleta relacionada a percepções de ameaça a mudanças correspondentes na ansiedade – estado. Os atletas com baixa auto – estima, por exemplo, tem menos confiança e experiência e mais estados de ansiedade que os atletas com mais auto – estima. As estratégias para aumentar a autoconfiança são meios importantes de reduzir a freqüência de ansiedades-estado que os indivíduos experimentam.

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• A ansiedade pode se manifestar em três níveis: neuroendócrino, viceral e de consciência. O nível neuroendócrino diz respeito aos efeitos adrenalina, noradrenalina, glucagon, hormônio anti-diurético e cortizona. No plano visceral a ansiedade ocorre por conta do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), o qual reage se excitando (sistema simpático) na reação de alarme ou relaxamento (sistema nervoso vagal) na fase de esgotamento. Na consciência a ansiedade se manifesta por dois sentimentos desagradáveis:

  Através da consciência das sensações fisiológicas da sudorese, palpitação, inquietação, etc.

    Através da consciência de estar nervoso ou amendrontado.

MANIFESTAÇÕES DA ANSIEDADE

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• A ansiedade é gerada pelo choque de exigências conflitantes, pela mania da perfeição, por não querer magoar os outros, por impulsos auto - destrutivos, por possuir na auto - imagem ilusória, por medo das críticas, medo de errar, por preocupações excessivas, por inveja do outro e querer ser igual a ele, por atitudes e pensamentos equivocados que aprendemos a partir da infância entre outros fatores.

• A ansiedade também se manifesta da Síndrome Obcessivo - compulsiva, onde a pessoa repete várias vezes o mesmo ato, pensamento, sentimento ou impulso, e permanece a sensação de que não completou o que deveria fazer.

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• Sintomas Psicológicos• Apreensão• Medo• Desespero• Sensação de Pânico• Hipervigilância• Irritabilidade• Fadiga• Insônia• Dificuldade para se

encontrar

• Sintomas Físicos• Taquicardia• Dor de cabeça• Tontura• Diarréia• Ingestão• Vontade constante de urinar• Falta de ar• Sudorese• Pele fria e palidez• Reação exagerada aos

reflexos

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SINTOMAS DA ANSIEDADE

• Sendo a ansiedade uma grande mobilizadora de desarmonias do Sistema Nervoso Autônomo a sintomatologia do transtorno de ansiedade é rica em elementos físicos e vegetativos (internos e autônomos).

• Os sintomas costumam estar relacionados a estresse ambiental crônico, tem um curso flutuante, variável e tendência a cronificação com certa frequência a ansiedade está associada à depressão, a fobia ou a outros sintomas.

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•O problema de ansiedade não O problema de ansiedade não irá resolver se as pessoas irá resolver se as pessoas tratarem apenas como tratarem apenas como sintomas físicos, quando na sintomas físicos, quando na realidade,realidade,

é preciso tratar é preciso tratar

as causas da ansiedade !as causas da ansiedade !

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SINTOMAS DA ANSIEDADE - ESTADO

• Sobre a ansiedade - estado temos um exemplo de alguns sintomas de um competidor que muda de um momento para o outro durante uma luta de judô. Ele pode ter um nível levemente elevado de estado de ansiedade (sentindo-se um pouco nervoso, com sintomas gastrointestinais e percebendo as batidas do coração) antes da permissão para o início da competição, um nível mais baixo depois de entrar no ritmo da luta e, então, um nível extremamente alto em função da pressão, a qual, sem perceber, familiares passam para o atleta.

• Pois este atleta sentiu-se extremamente ansioso frente a luta por estar sendo sendo observado, passado o momento da competição a ansiedade desaparece.

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SINTOMAS DE ANSIEDADE - TRAÇO

• Em um jogo de futebol podemos citar alguns sintomas, como por exemplo, dois jogadores de futebol com habilidades físicas iguais podem ser colocados sob idêntica pressão (cobrança de pênalti ao final do jogo) e, contudo, ter reações de ansiedade – estado inteiramente diferentes devido às suas personalidades (ou seja, seus níveis de traço de ansiedade). Rick é mais tranqüilo (baixo traço de ansiedade) e não considera bater um pênalti algo excessivamente ameaçador. Portanto, ele não experimenta uma ansiedade – estado mais intensa do que o esperado em tal situação. Ted, entretanto, tem elevada ansiedade – traço e, conseqüentemente, considera a chance de bater um pênalti (ou, em sua visão, de perder) como muito ameaçadora. Ele experimenta uma terrível ansiedade – estado (muito mais intenso do que tal situação).

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A ANSIEDADE NÃO É CONSIDERADA UM “ATAQUE DE NERVOS”, E SIM UMA DOENÇA, MUITAS VEZES RELACIONADA COM EXPERIÊNCIAS DE VIDA DO PACIENTE, COM CAUSAS BIOLÓGICAS.

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CURIOSIDADEExercícios físicos reduzem mesmo a ansiedade?

Efeito antiestressante depende da prática regular, conclui a pesquisadora Gisele Lopes.

Praticar exercícios reduz a ansiedade, certo? Depende, apesar de ser uma das fórmulas mais conhecidas para acabar com o problema, ela nem sempre é eficiente. Para os atletas de fim-de-semana, um alerta: a receita só é válida para quem se exercita com freqüência. Essa é a conclusão da professora de educação física Ana Beatriz Braga, que realizou na Universidade de São Paulo um estudo sobre a influência do exercício físico agudo sobre a ansiedade.

A pesquisadora procurou analisar a reação das pessoas frente a uma situação de ansiedade logo após terem realizado uma única sessão de exercícios físicos. Para isso, foram selecionadas vinte universitárias sedentárias, com idade entre 17 e 25 anos, que não fossem fumantes ou gestantes e que não apresentassem ansiedade patológica, muito acima do nível da maioria da população.

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• As mulheres foram separadas em dois grupos: experimental e de controle. O primeiro foi submetido a vinte minutos de exercício com intensidade moderada e o segundo a exercícios leves (a intensidade dos exercícios é medida pela variação na freqüência cardíaca que cada pessoa apresenta enquanto os realiza). Ao final, todas passaram por um teste de simulação de fala em público, utilizado para induzir experimentalmente uma situação de ansiedade. “Não houve diferença nos resultados”, diz a pesquisadora. “A ansiedade aumentou da mesma forma nos dois grupos”. A ansiedade das mulheres foi medida durante todas as etapas do processo: assim que chegaram, enquanto se exercitavam e quando foram submetidas à simulação. O nível de ansiedade foi avaliado pela escala Idate ( Inventário de Ansiedade traço-estado), que analisa a ansiedade característica do indivíduo (ansiedade-traço). Também foi utilizada a Escala analógica de humor, que

complementa os resultados da Idate.

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• Estudos anteriores ao de Ana Beatriz concluíram que os indivíduos que passaram por treinamentos físicos de 2 a 3 meses conseguiram diminuir a ansiedade. “Os exercícios físicos são por si só estressores”, explica a professora. “A prática constante faz com que as pessoas se adaptem a esse estresse e se tornem mais resistentes”. Por isso, quando aqueles que exercitam constantemente enfrentam uma situação de ansiedade, acabam passando melhor por ela. ‘’É como se as pessoas adquirissem, além do condicionamento físico, o psicológico”,

• A conclusão da pesquisa reflete o que já havia sido descrito na literatura especializada: a condição física prévia de um indivíduo é um fator fundamental no controle da ansiedade. Por não se tratar de um mal que age isolado, a ansiedade produz sintomas físicos e psicológicos, como aumento de freqüência cardíaca, suores e sonolência, que geram insegurança e dificuldades para desenvolver as atividades cotidianas.

• Pesquisa realizada por Gisele Lopes, professora de Educação Física Site : Ciências Hoje On-Line

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CONCLUSÃO

• Todas pessoas tem algum tipo de ansiedade, seja ansiedade somática, ansiedade cognitiva, ansiedade – estado ou ansiedade – traço.

• Que podem ser manifestadas física ou psicologicamente com sintomas variados, dependendo da pessoa frente ao caso em que se apresenta.

• Pois, a ansiedade é a preocupação de respostas normais ao perigo ou ameaça ( real ou imaginária ). Como tal, a principal função da ansiedade é proteger e preparar o corpo para sobreviver aos problemas dando como resposta a luta ou a fuga.

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• SERÁ QUE VOCÊ É UMA PESSOA ANSIOSA?• COMO A ANSIEDADE SE MANIFESTA EM

VOCÊ?• QUAL SEUS SINTOMAS DE ANSIEDADE?

PENSE NISSO!!