propriedades Ópticas dos principais minerais formadores de rochas - unesp

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Descrição Sistemática das Propriedades Ópticas dos Principais Minerais Formadores de Rochas Fonte: http://www.rc.unesp.br/igce/petrologia/nardy/bdindice.html

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Page 1: Propriedades Ópticas dos Principais Minerais Formadores de Rochas - UNESP

Descrição Sistemática das

Propriedades Ópticas

dos Principais Minerais

Formadores de Rochas

Fonte: http://www.rc.unesp.br/igce/petrologia/nardy/bdindice.html

Page 2: Propriedades Ópticas dos Principais Minerais Formadores de Rochas - UNESP

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Actinolita(Tremolita) (Ca2(MgFe)5(OH)2(Si4O11)2) - Mineral do Grupo dos Clinoanfibólios

Cristais de actinolita em xisto, de coloração verde em agregados

fibrosos, a nicóis paralelos (20X)

Idem anterior, nicóis cruzados (20X)

Cristal de Actinolita

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,599 a 1,688; nb= 1,612 a 1,697; ng= 1,622 a 1,705, ângulo 2V= 79º a 85º

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor a verde pálido, levemente pleocróico

Hábito: Acicular, sendo observado agregados fibrosos (asbestos)

Clivagem: Em duas direções em {110} com ângulos de 56º e 124º. Nas seções longitudinais a clivagem é paralela ao eixo C cristalográfico

Birrefringência: Moderada a alta, variando de 0,022 a 0,027

Extinção: Oblíqua nas seções longitudinais com ângulo de 10º a 20º, simétrica nas basais

Sinal de Elongação: Positiva, raio lento paralelo a direção de clivagem

Paragênese: A Actinolita ocorre em zonas de contatos metamóficos, nos xistos, gnaisses e calcários

metamorfizados. Pode substituir o piroxênio em rochas ígneas.

Propriedades Diagnosticas e Minerais Semelhantes: A Extinção simétrica na seção basal é

característica dos Anfibólios. A Wolastonita é o mineral mais semelhante a Actinolita mas possui

extinção paralela nas seções longitudinais e oblíqua na seção basal.

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Aegirina-Augita (Fórmula Química intermediária entre a Agirina e a Augita) - Mineral do Grupo dos

Clinopiroxênios

Fenocristal de Aegirina-Augita, esverdeada com clivagem em uma direção, em sienito fluidal, nicóis descruzados (10X)

Aegirina-Augita zonada de coloração violeta , nicóis cruzados, em basalto alcalino(20X)

Cristal de Aegirina - Augita

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial Positivo ou Negativo

Índices de Refração: na= 1750 a 1,776; nb= 1,780 a 1,820; ng= 1,800 a 1,836, ângulo 2V = 60º

Relevo: Forte Positivo

Cor: Esverdeada em algumas sessões. Pleocroísmo de amarelo-verde

Hábito: Geralmente prismáticos euhedrais

Clivagem: Em duas direções {110}, com ângulos de 87º e 93º

Birrefringência: Forte, variando de 0,029 a 0,037

Extinção: Oblíqua, com ângulo de 15º a 38º em seções longitudinais

Sinal de Elongação: Negativa

Paragênese: A Aegirina-Augita ocorre em rochas ígneas ricas em sódio tais como sienitos, traquitos, nefelina sienito e fonólitos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: Pode ser diferenciado de outros minerais como a Aegirina pelo seu maior ângulo de extinção. Distingue-se dos anfibólios, pela clivagem à 90o em seções basais.

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Albita (An 0-10) - Mineral do Grupo dos Plagioclásios

Ripas de Albita, mineral incolor de hábito tabular, em greisen com cristais amarelados de Piroxênio,

nicóis descruzados (10X)

Idem ao anterior, nicóis cruzados. Observar geminação polissintética

em alguns cristais (10X)

Cristal de Albita

Sistema Cristalográfico: Triclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,518 a 1,527; nb= 1,522 a 1,532; ng= 1,524 a 1,534,ângulo 2V = 77º a 82º

Relevo: Baixo negativo

Cor: Incolor

Hábito: Agregados granulares auhedrais

Clivagem: Perfeita em {001} e imperfeita em {1-10}

Birrefringência: Baixa, variando de 0,045 a 0,011

Extinção: Oblíqua, com ângulo variando de 12º a 19º. Na direção de clivagem paralela a {001} a extinção varia de 3º a 5º, e na paralela a {010} varia de 15º a 20º

Sinal de Elongação: Indeterminado

Paragênese: Ocorre em granitos pegmatíticos e em algumas rochas metamórficas. Em alguns casos, pode ser um mineral de natureza secundária, formado a partir da alteração de outros feldspatos.

Propriedades Diagnosticas e Minerais Semelhantes: A Albita possui índices de refração menores do que o índice do bálsamo. Quando presente, a geminação é predominantemente do tipo polissintética.

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Allanita ((Ca,Fe)2(Al,CeFe)3(OH)(SiO4)3) - Mineral do Grupo do Epidoto

Allanita,mineral no centro da fotomicrografia com relevo alto,

com cristais de Biotita, nicóis paralelos, em granodiorito (20X)

Idem ao anterior nicóis cruzados (20X)

Cristal de Allanita

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,690 a 1,791; nb= 1,700 a 1,815; ng= 1,706 a 1,828 ,ângulo 2V = extremo

Relevo: Alto positivo

Cor: Marrom pleocróico

Hábito: Similar ao Epidoto, granular

Clivagem: Imperfeita paralela a {001}

Birrefringência: Alta, 0,01 a 0,03

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Difícil identificação devido a alta birrefringência

Paragênese: A Allanita é encontrada em granitos, sienitos, granito pegmatitos e gnaisses, como mineral acessório.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Allanita pode ser identificada pela cor, pleocroísmo e extinção paralela

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Andaluzita (Al2O3.SiO2) - Mineral do Grupo dos Nesossilicatos

Fenocristais de andaluzita, observados a nicóis paralelos em metapelito. Apresentam coloração amarronzada, exibindo clivagem

em uma direção. (10X).

Idem ao anterior, nicóis cruzados (10X)

Cristal de andaluzita

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,629 a 1,649; nb= 1,633 a 1,653; ng= 1,638 a 1,660,ângulo 2V = 84º

Relevo: Alto positivo

Cor: Geralmente incolor, mais raramente vermelho pleocróico

Hábito: Cristais granulares euhedrais

Clivagem: Em uma direção paralela a {110}, em forma de cruz na seção basal

Birrefringência: Fraca, variando de 0,007 a 0,011

Extinção: Paralela nas seções londitudinais e simétrica na basal

Sinal de Elongação: Negativa, raio rápido paralelo ao eixo cristalográfico C

Paragênese: A andaluzita ocorre em granitos e em veios de alta temperatura. É característico em rochas de metamorfismo de contato ou em rochas como xixtos, filitos e ardósias. É um mineral comum e bem distribuído.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A andaluzita diferencia-se da Sillimanita por seu sinal de elongação e por sua birrefringência mais baixa.

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Andesina (An30-50) - Mineral do Grupo dos Plagioclásios

Cristais tabulares de andesina, incolores em andesisto, a nicóis

paralelos (10X).

Idem ao anterior, nicóis cruzados (10X).

Cristal de Andesina

Sistema Cristalográfico: Triclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo ou negativo

Índices de Refração: na= 1,543 a 1,554; nb= 1,548 a 1,558; ng= 1,551 a 1,562, ângulo 2V=76º a 90º

Relevo: Baixa positivo, muito próximo ao índice do Bálsamo

Cor: Incolor

Hábito: Cristais anhedrais a euhedrais

Clivagem: Perfeita em {001} e imperfeita em {1-10}

Birrefringência: Baixa, 0,008

Extinção: Oblíqua. Em cristais com geminação do tipo albita, em seçoes perpendiculares a (010) os ângulos de extinção variam de 12º a 27,5º.

Sinal de Elongação: Negativa em {010}

Paragênese: A Andesina é comum e bem distribuída em rochas ígneas como dioritos e andesitos. Também ocorre em rochas metamórficas.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Andesina pode ser diferenciada dos outros plagioclásios pelo seu ângulo de extinção. Apresenta índices de refração maior que o quartzo.

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Anidrita (CaSO4) - Mineral do Grupo dos Sulfatos

Fenocristais de Anidrita, com alta birrefringência, observados

à nicóis cruzados em evaporito(5X)

Fenocristal de Anidrita, mostrando alta birrefingência e

clivagem (10X)

Cristal de Anidrita

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,569 a 1,574 ; nb= 1,574 a 1,579 ; ng= 1,609 a 1,618 , ângulo 2V=42º

Relevo: Moderado positivo

Cor: Incolor

Hábito: Geralmente cristais granulares com forma anhedral a subhedral

Clivagem: Em três direções paralelas a {100}, {010} e [001]

Birrefringência: Alta, 0,044

Extinção: Paralela as direções de clivagem

Sinal de Elongação: Positiva em {001} e negativa em {010}

Paragênese: A Anidrita ocorre em camadas sedimentares. Ocorre em rochas evaporíticas, geralmente junto a Halita. Altera-se para Gipsum e pode ser encontrada em veios.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Anidrita pode ser diferenciada do Gypsum pelo maior relevo e alta birrefringência.

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Antofilita ((Mg,Fe)7(OH)2(Si4O11)2) - Mineral do Grupo dos Ortoanfibólios

Cristais de Antofilita, incolor e com relevo alto, em Talco Xisto, nicóis

paralelos(5X)

Idem ao anterior, mostrando fenocristal com birrefringência moderada, nicós cruzados(10X)

Cristal de Antofilita

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,596 a 1,694; nb= 1,605 a 1,710; ng= 1,615 a 1,722, ângulo 2V= 70º a 90º

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor a cores pálidas nas seções dealgadas

Hábito: Prismático

Clivagem: Em duas direções na {110} com ângulos de 54º e 126º

Birrefringência: Moderada, variando de 0,016 a 0,025

Extinção: Paralela nas seções longitudinais e simétrica nas basais

Sinal de Elongação: Positiva, raio lento paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: A Antofilita é um mineral de rochas metamórficas, sendo constituinte principal de antofilito xistos e secundário em peridotitos e dunitos

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Antofilita pode ser diferenciada da Actinolita pela extinção paralela.

Page 10: Propriedades Ópticas dos Principais Minerais Formadores de Rochas - UNESP

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Apatita (3Ca3(PO4)2.CaF2) - Mineral do Grupo dos Fosfatos

Cristais de Apatita, incolores com hábito euhedral, inclusos em fenocristal de Biotita à nicóis

paralelos.(20x)

Idem ao anterior, nicóis cruzados, (20x).

Cristal de Apatita

Sistema Cristalográfico: Hexagonal

Caráter e Sinal Óptico: Uniaxial negativo

Índices de Refração: ne= 1,624 a 1,666 ; nw= 1,629 a 1,667

Relevo: Moderado positivo

Cor: Incolor

Hábito: Geralmente cristais prismáticos de seis lados

Clivagem: Imperfeita basal {0001}

Birrefringência: Baixa, variando de 0,003 a 0,004

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Nos cristais de hábito prismático é negativa.

Paragênese: A Apatita é um mineral acessório comum em rochas ígneas . Ocorre também em pegmatitos, veios de alta temperatura e calcários metamórficos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Apatita é facilmente reconhecida em relação a outros minerais incolores, por seu relevo moderado positivo e por sua seção basal hexagonal, sempre extinta a nicóis cruzados. Via de regra estas seções não fornecem figuras de interferência.

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Aragonita (CaCO3) - Mineral do Grupo dos Carbonatos

Cristais de Aragonita, lâmina em pó, nicóis descruzados (20x)

Idem ao anterior com extrema birrefringência, nicóis cruzados

(20x) Cristal de Aragonita

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,530 ; nb= 1,682 ; ng= 1,686 , ângulo 2V=18º

Relevo: Varia com a direção, de baixo negativo a alto positivo

Cor: Incolor

Hábito: Cristais colunares

Clivagem: Perfeita paralela a face {010}

Birrefringência: Extrema , 0,156

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Difícil determinação devido a alta birrefringência

Paragênese: A Aragonita pode ser encontrado em fraturas de basalto e andesitos como mineral secundário, também ocorre em fraturas de rochas calcárias e arenitos. Pode ser encontrado em rochas metamórficas.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Aragonita pode ser diferenciada da Calcita pelo tipo de clivagem e caráter óptico

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Augita (Ca(Mg,Fe)(SiO3)2[(Al,Fe)2O3]) - Mineral do Grupo dos Clinopiroxênios

Fenocristais subhedrais de Augita, sob nicóis paralelos, em

piroxenito do tipo jacupiranguito(20X)

Idem anterior, à nicóis cruzados.(20X)

Cristal de Augita

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,688 a 1,712; nb= 1,701 a 1,717; ng= 1,713 a 1,737, ângulo 2V = 25º a 83º

Relevo: Alto positivo

Cor: Marrom pálido, marrom, marrom arroxeado, verde, preto, incolor, marrom esverdeado pálido, marrom arroxeado pálido ou vede pálido em seções delgadas

Hábito: Prismático

Clivagem: Boa na seção {110}

Birrefringência: Moderada a alta, variando de 0,018 a 0,033

Extinção: Oblíqua, com ângulo variando de 35º a 48º

Sinal de Elongação: Positiva, raio lento paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: A Augita é um mineral comum em rochas ígneas básicas - ultrabásicas como: gabros, basaltos, olivina gabros, lamburgitos e peridotitos. Ás vezes encontrada em gnaisses e granulitos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Augita diferencia-se do Diopsídio pelo seu menor ângulo de extinção.

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Axinita (H(Fe,Mn)Ca2Al2B(SiO4)4) - Mineral do Grupo das Granadas

Sistema Cristalográfico: Triclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial Negativo

Índices de Refração: na= 1,674 a 1,693; nb= 1,681 a 1,701; ng= 1,684 a 1,704, ângulo 2V= 63° a 80°

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor a violeta pálido em seções finas, pleocroísmo em seções grossas

Hábito: Cristais anhedrais, inclusões são frequentes

Cristal de Axinita

Clivagem: Imperfeita

Birrefringência: Fraca, variando de 0,010 a 0,012

Extinção: Oblíqua nos traços de clivagem e no contorno

Sinal de Elongação: De difícil determinação devido a forma anhedral, quando possível sua elongação é positiva

Paragênese: A Axinita ocorre em rochas calcárias de zonas de contatos metamórficos, normalmente associada ao quartzo, a calcita e a granada. Também é encontrada em granitos e em granitos pegmatíticos. Mineral raro.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: É um mineral de difícil reconhecimento em seções finas, sua birrefringência se assemelha com a do quartzo, mas seus índices de refração são altos. Também se difere por ser um mineral biaxial.

Page 14: Propriedades Ópticas dos Principais Minerais Formadores de Rochas - UNESP

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Barita (BaSO4) - Mineral do Grupo dos Sulfatos

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,636 ; nb= 1,637 ; ng= 1,648 , ângulo 2V= 36º a 38º

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor

Hábito: Geralmente cristais granulares agregados

Cristal de Barita

Clivagem: Em três direções, paralela a {001} e {110}

Birrefringência: Baixa, 0,012

Extinção: Simétrica em {001}, paralela nas demais

Sinal de Elongação: Positiva

Paragênese: A Barita pode ser encontrada em veios, comumente associada a Quartzo e Calcita. Ocorre em rochas calcárias, arenitos, e algumas concreções.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Barita pode ser confundida com Celestita, diferenciando-se apenas pelos maiores índices de refração.

Page 15: Propriedades Ópticas dos Principais Minerais Formadores de Rochas - UNESP

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Berilo (Be3(Al2(SiO3)6) - Mineral do Grupo dos Ciclossilicatos

Sistema Cristalográfico: Hexagonal

Caráter e Sinal Óptico: Uniaxial negativo

Índices de Refração: ne= 1,557 a 1,599 e nw= 1,560 a 1,602

Relevo: Moderado positivo

Cor: Incolor

Hábito: Prismático

Cristal de Berilo

Clivagem: Imperfeita paralela a {0001}

Birrefringência: Baixa, variando de 0,004 a 0,008

Extinção: Paralela nas seções longitudinais

Sinal de Elongação: Negativo

Paragênese: O Berilo ocorre principalmente em granitos pegmatíticos, também encontrado em mica xistos e em veios nos calcários associado a Albita.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: O Berilo se assemelha a Apatita mas diferenciam-se nos índices de refração. Do Quartzo diferencia-se pelo sinal óptico e elongação

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Biotita (K2(Mg,Fe)2(OH)2(AlSi3O10)) - Mineral do Grupo das Micas

Cristais de Biotita de cores acastanhadas e hábito do tipo

lamelar, associadas ao quartzo em granada-mica xisto. Observe

no cristal ao centro da fotomicrografia, halo pleocróico

devido a presença de Zircão. Nicóis paralelos, (5X).

Idem ao anterior, nicóis cruzados

(10X)

Cristal de Biotita

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,565 a 1,625; nb= 1,605 a 1,696; ng= 1,605 a 1,696 ,ângulo 2V = 0º a 25º

Relevo: Fraco positivo

Cor: Verde, marrom, amarelo, vermelho pleocróica, com maior absorção na direção da clivagem basal

Hábito: Geralmente cristais euhedrais com hábito lamelar

Clivagem: Perfeita em uma direção {001}

Birrefringência: Alta, variando de 0,033 a 0,059

Extinção: Paralela a direção de clivagem

Sinal de Elongação: Positiva quando paralela a direção de clivagem

Paragênese: A Biotita é um mineral amplamente distribuído. Ocorre praticamente em todas rochas ígneas, podendo também ser encontrada em xistos, gnaisses e em rochas de metamorfismo de contato.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Biotita pode ser diferenciada da Flogopita por ser mais escura. A clivagem, pleocroísmo e extinção a diferencia da Horblenda.

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Brookita (TiO2) - Mineral do Grupo dos Óxidos

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial Positivo

Índices de Refração: na= 2,583; nb= 2,584 a 2,586; ng= 2,700 a 2,741 ângulo 2V= 0° a 30°

Relevo: Forte Positivo

Cor: Amarelado a marrom, avermelhado ou preto; amarelo ou marrom em seções delgadas

Hábito: Granular

Cristal de Brookita

Clivagem: Fraca na seção {120} e muito fraca em {001}

Birrefringência: Muito alta, variando de 0,117 a 0,158

Extinção: Indeterminada

Sinal de Elongação: Positivo, raio lento paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: A Brookita é um mineral secundário em rocha ígneas e metamórficas e em veios hidrotermais, normalmente está associado a Clorita.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Brookita se diferencia pelos seus altos índices de refração e alta birrefringência. Do Rutilo se difere por ter uma clivagem pior e da Pseudobrookita por ter um menor ângulo 2V.

Page 18: Propriedades Ópticas dos Principais Minerais Formadores de Rochas - UNESP

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Brucita (Mg(OH)2) - Mineral do Grupo dos Hidróxidos

Sistema Cristalográfico: Hexagonal

Caráter e Sinal Óptico: Uniaxial Positivo

Índices de Refração: nw= 1,560 a 1,590; ne= 1,580 a 1,600

Relevo: Fraco a Moderado Positivo

Cor: Incolor em seções delgadas

Hábito: Em placas ou agregados em seções fibrosas

Cristal de Brucita

Clivagem: Perfeita em uma direção, {0001}

Birrefringência: Moderada, 0,019

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Negativo nas seções longitudinais

Paragênese: A Brucita ocorre em rochas metamórficas calcita-brucita como uma alteração do Periclásio, às vezes é encontrado em serpentinito.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Brucita se diferencia da Alunita pela melhor clivagem e pelas cores de interferência.

Page 19: Propriedades Ópticas dos Principais Minerais Formadores de Rochas - UNESP

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Calcedônia (SiO2) - Mineral do Grupo dos Tectossilicatos

Cristais de Calcedônia, observar baixo relevo nicóis paralelos(2,5X)

Idem ao anterior, nicóis cruzados, mostrando baixa birrefringência e

hábito fribroso (5X)

Cristal de Calcedônia

Sistema Cristalográfico: Hexagonal

Caráter e Sinal Óptico: Uniaxial Positivo

Índices de Refração: nw= 1,530 a 1,544; ne= 1,530 a 1,533

Relevo: Baixo positivo ou negativo

Cor: Geralmente incolor ou marrom pálido

Hábito: Fibroso

Clivagem: Ausente

Birrefringência: Baixa, variando de 0,005 a 0,009

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Díficil determinação devido ao seu hábito fibroso, o mineral pode estar alongado segundo o eixo C cristalográfico, sendo neste caso positivo, ou alongado perpendiculamente, sendo portanto negativo.

Paragênese: A Calcedônia geralmente é um mineral secundário em fraturas de rochas ígneas, usualmente associado a Quartzo, Opála e Zeólitas.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Calcedônia pode ser facilmente identificada pelo hábito fibroso. Os minerais mais semelhantes são a Gibbsita e a Dalita que possuem maior relevo.

Page 20: Propriedades Ópticas dos Principais Minerais Formadores de Rochas - UNESP

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Calcita (CaCO3) - Mineral do Grupo dos Carbonatos

Fenocristal de Calcita em carbonatito. Apresenta-se incolor,

com clivagem romboédrica proeminente, à nicóis paralelos

(20x)

Idem ao anterior, nicóis cruzados, (20x)

Cristal de Calcita

Sistema Cristalográfico: Hexagonal

Caráter e Sinal Óptico: Uniaxial negativa

Índices de Refração: ne= 1,486 e nw= 1,658

Relevo: Varia com a direção, em ne será baixo negativo e em nw alto positivo

Cor: Incolor

Hábito: Agregados geralmente anhedral

Clivagem: Perfeita romboédrica {10-11}, com ânguo de 75º

Birrefringência: Extrema, 0,172

Extinção: Simétrica as direções de clivagem

Sinal de Elongação: Difícil identificação devido a extrema birrefringência

Paragênese: A Calcita é a principal constituinte de rochas sedimentares e calcários metamorfizados podendo existir em muitos outros tipos de rochas, inclusive em rochas ígneas como mineral principal, como é o caso do carbonatito. Ocorre também, nas mais diversas formas, como mineral secundário.

Propiedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Dolomita, Magnesita, Aragonita e Sericita podem ser confundidas com Calcita. A Dolomita possui geminação lamelar paralela as diagonais, além de ser subhedral a euhedral . A Sericita tem o relevo sempre positivo. A Aragonita é biaxial. De maneira geral, a melhor técnica de distinção entre os carbonatos é a difração de raios-x..

Page 21: Propriedades Ópticas dos Principais Minerais Formadores de Rochas - UNESP

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Cassiterita (SnO2) - Mineral do Grupo dos Óxidos

Cristais de Cassiterita, amarelados e com alto relevo,

associados a Muscovita e Biotita verde em Graisem, nicóis

descruzados(5X)

Idem ao anterior mostrando birrefringência extrema, nicóis

cruzados(5x)

Cristal de Cassiterita

Sistema Cristalográfico: Tetragonal

Caráter e Sinal Óptico: Uniaxial positivo

Índices de Refração: ne= 1,996 ; nw= 2,093

Relevo: Muito alto positivo

Cor: Incolor a verde, pode ser amarelado, avermelhado ou marrom em lâminas dealgadas

Hábito: Cristais subhedrais

Clivagem: Paralela ao raio lento E

Birrefringência: Extrema, 0,097

Extinção: Paralela a direção de clivagem e oblíqua no plano de geminação

Sinal de Elongação: Positivo

Paragênese: Cassiterita ocorre em granitos pegmatíticos, em greisen e veios de alta temperatura. Geralmente esta associada a Quartzo, Muscovita e Topázio.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Cassiterita pode ser confundida com Esfalerita, contudo se diferenciam pelo sistema cristalino, sendo a última isométrica. O Rutilo pode ser diferenciado pela baixa birrefringência.

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Catapleiita ((Na,Ca)2Zr[Si3O9] . 2H2O) - Mineral do Grupo dos Nesossilicatos

Sistema Cristalográfico: Monoclínico (pseudohexagonal)

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial Positivo

Índices de Refração: na= 1,582 a 1,591; nb= 1,582 a 1,592; ng= 1,600 a 1,627, ângulo 2V= 0° a 30°

Relevo: Moderado Positivo

Cor: Incolor, cinza e azul quando rico em Na

Hábito: Tabular

Cristal de Catapleiita

Clivagem: Perfeita na seção {100} e ruim na seção {101}

Birrefringência: Moderada alta, variando de 0,018 a 0,036

Extinção: Reta nas faces longitudinais

Sinal de Elongação: Positiva nas faces longitudinais

Paragênese: A Catapleiita ocorre em apenas em rochas alcalinas e como um mineral acessório em nefelina-sienito pegmatíticos, é normalmente uma alteração da Eudialita.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Catapleiita se difere da Eudialita pela maior birrefringência e pela cor em seções delgadas.

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Caulinita (Al2O3 . 2SiO2 . 2H2O) - Mineral do Grupo das Argilas

Sistema Cristalográfico: Triclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial Negativo

Índices de Refração: na= 1,553 a 1,565; nb= 1,559 a 1,569; ng= 1,560 a 1,570, ângulo 2V= 24° a 50°

Relevo: Baixo Positivo

Cor: Incolor a amarelo pálido

Hábito: Lamelar

Cristal de Caulinita

Clivagem: Perfeita em uma direção paralela a {001}

Birrefringência: Baixa, 0,005

Extinção: Na seção (010) com a seção basal é de 1º a 3,5º

Sinal de Elongação: Negativo, traços de clivagem paralelo ao raio lento

Paragênese: A Caulinita é encontrada em rochas metamórficas e ígneas, produzida pela decomposição do Feldspato, também ocorre em sedimentares. Pode ser um produto de alteração hidrotermal com depósitos de minerais, formado sob condições tropicais.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Kaolinita se diferencia do Diquito pelo seu menor ângulo de extinção.

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Celestina (SrSO4) - Mineral do Grupo dos Sulfatos

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,621 a 1,622; nb= 1,623 a 1,624; ng= 1,630 a 1,631, ângulo 2V= 50°

Relevo: Moderado Positivo

Cor: Incolor

Hábito: Cristais euhedrais e anhedrais

Cristal de Celestina

Clivagem: Perfeita paralela a seção {001} e imperfeita paralela a seção {110}

Birrefringência: Fraca, 0,009

Extinção: Paralela a clivagem

Sinal de Elongação: Negativa, raio rápido paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: A Celestina ocorre normalmente em calcários sedimentares associado a Barita.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Celestina se diferencia da Barita por ter seu ângulo axial maior.

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Cianita (Al2SiO5) - Mineral do Grupo dos Nesossilicatos

Fenocristais de Cianita, amarronzada relevo alto em Xisto,

nicóis paralelos(5X)

Cristal de Cianita, mostrando birrefringência moderada e

direções de clivagem, nicóis cruzados(10X)

Cristal de Cianita

Sistema Cristalográfico: Triclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,712 a 1,718; nb= 1,721 a 1,723; ng= 1,727 a 1,734, ângulo 2V = 82º

Relevo: Forte positivo

Cor: Incolor a azul pálido

Hábito: Tabular nas direções paralelas a {100}

Clivagem: Em duas direções com ângulo de aproximadamente 85º

Birrefringência: Moderada 0,016

Extinção: Oblíqua, ângulo de 30º com o eixo C cristalográfico

Sinal de Elongação: Positivo, raio lento paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: A Cianita ocorre em xistos e gnaisses, pode estar associada com Quartzo, Estaurolita e Rutilo. Não ocorre em rochas ígneas.

Propriedades Diagnosticas e Minerais Semelhantes: A Cianita pode ser identificada pela extinção oblíqua e elongação positiva. Da Andaluzita pode ser diferenciada pela maior birrefringência.

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Clorita ((Mg,Al,Fe)12[(Si,Al)8O20) - Mineral do Grupo das Micas

Clorita, coloração esverdeada com clivagem em uma direção, em

Clorita xisto(20x)

Idem ao anterior , nicóis paralelos(20x)

Cristal de Clorita

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,570 a 1,660; nb= 1,520 a 1,670; ng= 1,570 a 1,670, ângulo 2V = 0º a 20º

Relevo: Alto positivo

Cor: Verde, amarelo, rosa, vermelho, marrom pleocróico

Hábito: Cristais lamelar

Clivagem: Perfeita nas direções longitudinais

Birrefringência: Baixa, 0,02. Pode apresentar cores de interferência anômalas, com matizes azuis, não observadas na carta de cores.

Extinção: Oblíqua, com ângulo de 0º a 9º

Sinal de Elongação: Positivo, se raio lento (Z) estiver paralelo a direção de clivagem

Paragênese: A Clorita ocorre em rochas metamórficas, como os xistos. Geralmente esta associada a veios de Quartzo com Adulária, Albita, Titanita, etc.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: As características principais da Clorita são a extinção quase reta e as cores de interferência anômalas.

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Cloritóide (H2(Fe,Mg,Mn)Al2SiO7) - Mineral do Grupo das Micas

Cloritóide em xisto, coloração esverdeada, com hábito

fibrolamelar nicóis paralelos (20x)

Idem ao anterior, nicóis cruzados, mostrando birrefringência baixa ao lado de cristais de Muscovita com

birrefringência mais alta (20x)

Cristal de Cloritóide

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,715 a 1,724; nb= 1,719 a 1,726; ng= 1,731 a 1,737,ângulo 2V = 36º a 63º

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor e verde pálido

Hábito: Lamelar

Clivagem: Perfeita em uma direção {001}

Birrefringência: Baixa a moderada, variando de 0,013 a 0,016

Extinção: Oblíqua, com ângulo de 20º

Sinal de Elongação: Negativa

Paragênese: O Cloritóide ocorre em rochas metamórficas como mica xistos e filitos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: Diferencia-se da Clorita pelo maior relevo e clivagem imperfeita. A variedade do Cloritóide rica em Mangânes chama-se Otrelita.

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Cordierita (Mg2Al4Si5O18) - Mineral do Grupo dos Ciclossilicatos

Cordierita em metapelito, mineral incolor com baixo relevo associado a Biotita (cor marrom)

e Sillimanita (seções basais quadradas), nicóis paralelos,

( 20X)

Idem ao anterior, nicois cruzados, mostrando baixa birrefringência

(20X)

Cristal de Cordierita

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo ou negativo

Índices de Refração: na= 1,522 a 1,558; nb= 1,524 a 1,574; ng= 1,527 a 1,578,ângulo 2V = 40º a 80º

Relevo: Baixo positivo

Cor: Incolor. Raramente pleocróica( amarelo, violeta escuro ou azul e azul claro ou violeta)

Hábito:Crisdal pseudohexagonal de forma prismática

Clivagem: Imperfeita paralela a {010}

Birrefringência: Baixa, variando de 0,007 a 0,011

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Negativo, raio rápido paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: A Cordierita é um típico mineral metamórfico, ocorrendo em gnaisses e xistos, e em contatos com rochas ígneas ricas em sílica. A Silimanita está comumente associada. É um mineral característico de Hornfels.

Propriedades Diagnosticas e Minerais Semelhantes: A Cordierita pode ser facilmente confundida com Quartzo, contudo, os dois minerais se diferenciam pelo caráter óptico e via de regra, a cordierita mostra supefície "suja".

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Córindon (Al2O3) - Mineral do Grupo dos Óxidos

Fenocristal de Córindon em Gnaisse, observe o alto relevo e

forma euhedral, nicóis paralelos(2,5X)

Idem ao anterior, mostrando baixa birrefringência, os cristais com alta cor de interferência são Muscovita, nicóis cruzados(2,5X)

Cristal de Córindom

Sistema Cristalográfico: Hexagonal

Caráter e Sinal Óptico: Uniaxial Negativo

Índices de Refração: ne= 1,760 a 1,763; nw= 1,768 a 1,772

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor, às vezez cores azuis e roseadas com pleocroísmo

Hábito: Ctistais euhedrais, variando de tabular a prismático

Clivagem: Paralela a {10-11} ou pinacóide a {0001}

Birrefringência: Fraca, variando de 0,008 a 0,009

Extinção: Paralela ou simétrica

Sinal de Elongação: Cristais tabulares são positivos, raio lento paralelo ao eixo C cristalográfico e cristais prismáticos são negativos, raio rápido paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: O Córindon é facilmente encontrado em sienitos córindon e contatos metamórficos de calcário, também pode ser encontrado em xistos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: O Córindon se difere pela combinação de alto relevo e fraca birrefringência.

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Cromita ((Fe,Mg)(Cr,Al,Fe)2O4) - Mineral do Grupo dos Óxidos

Cristais de Cromita em serpentinito, observar grãos

subhedrais nicóis paralelos(5X)

Idem ao anterior, nicóis cruzados,(5X)

Cristal de Cromita

Sistema Cristalográfico: Isométrico

Caráter e Sinal Óptico: Mineral isotrópico

Índices de Refração: n = 2,07 a 2,16

Relevo: Mineral isotrópico

Cor: Opaco a translúcido

Hábito: Grãos subhedrais

Clivagem: Ausente

Birrefringência: Mineral isotrópico

Extinção: Mineral isotrópico

Sinal de Elongação: Mineral isotrópico

Paragênese: A Cromita pode ser encontrada em peridotitos, piroxênitos, dunitos e serpentinitos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Cromita se diferencia dos outros minerais opacos pelo hábito subhedral e alto índice de refração.

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Cumingtonita (Fe,Mg)7(OH)2(Si4O11)2) - Mineral do Grupo dos Clinoanfibólios

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial Positivo

Índices de Refração: na= 1,635 a 1,696; nb= 1,644 a 1,709; ng= 1,655 a 1,729, ângulo 2V= 65° a 96°

Relevo: Moderado positivo

Cor: Incolor, pode mostrar pequeno pleocroísmo

Hábito: Agregados paralelos a subradiados de cristais prismáticos

Cristal de Cumingtonita

Clivagem: Duas direções com ângulos de 57° e 124°

Birrefringência: Forte, variando de 0,025 a 0,029

Extinção: Máxima em seções longitudinais, varia de 15° a 20°

Sinal de Elongação: Positivo, raio lento paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: A Cumingtonita é encontrada em rochas metamórficas.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Cumingtonita tem maiores ângulos de extinção e menores índices de refração do que a Grunerita, também difere no sinal óptico. Tem maiores índices de refração do que a Tremolita e se distingui da Antofilita pelo menor relevo.

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Datolita (CaB[SiO4](OH)) - Mineral do Grupo dos Ortossilicatos

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial Negativo

Índices de Refração: na= 1,622 a 1,626; nb= 1,649 a 1,654; ng= 1,666 a 1,670, ângulo 2V= 72° a 75°

Relevo: Moderado positio

Cor: Incolor ou branco, levemente amarelado, esverdeado ou roseado

Hábito: Granular

Cristal de Datolita

Clivagem: Inexistente

Birrefringência: Alta, variando de 0,044 a 0,046

Extinção: Indeterminada

Sinal de Elongação: Positivo, raio lento paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: A Datolita ocorre normalmente em cavidades e veios de hipoabissal e rochas básicas ígneas vulcânicas. Normalmente é um mineral secundário e pode estar associado a calcita, a zeolitos e axinita.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Datolita se distingue do topázio pela alta birrefringência.

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Diopsídio (Ca(Mg,Fe)(SiO3)2) - Mineral do Grupo dos Clinopiroxênios

Cristais prismáticos, esverdeados, com relevo alto, de diopsídio, em rocha calcossilicática fina, nicóis

paralelos(5X)

Idem ao anterior mostrando alta birrefringência, nicóis

cruzados(5X)

Cristal de Diopsídio

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,664 a 1,726; nb= 1,672 a 1,730; ng= 1,694 a 1,751, ângulo 2V = 58º a 60º

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor a verde pálido

Hábito: Cristais subhedrais de forma prismática

Clivagem: Paralela a {100} e em duas direções com ângulos de 87º e 93º

Birrefringência: Alta, variando de 0,029 a 0,031

Extinção: Oblíqua, com ângulos 37º a 44º

Sinal de Elongação: Positivo, raio lento paralelo a direção C cristalográfico

Paragênese: O Diopsídio é especialmente encontrado em contatos metamórficos. Normalmente está associada a outros minerais como granada, wollastonita, idocrásio e outros silicatos. Encontrada em gnaisses, xistos e algumas rochas ígneas.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: Diferencia-se o Diopsídio da Hedenbergita pelos menores índices de refração. Da Tremolita pode ser distinguida pelo maior ângulo de extinção. A Augita é mais escura e a Pigeonita tem um menor ângulo 2V.

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Dumortierita (HBAl8Si3O20) - Mineral do Grupo dos Nesossilicatos

Cristais prismáticos, levemente azulados, de Dumortierita em Gnaisse, nicóis paralelos(5X)

A nicóis cruzados, a Dumortierita apresenta uma Birrefringência levemente moderada e cores de

interferência de 1º ordem, próximas a 200mm(10X)

Cristal de Dumortierita

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Negativo

Índices de Refração: na= 1,659 a 1,678 ; nb= 1,684 a 1,691 ; ng= 1,686 a 1,692 , ângulo 2V=20º a 40º

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor a levemente azulado, rosa ou avermelhado, pode apresentar pleocroísmo

Hábito: Cristais prismáticos ou aciculados

Clivagem: Imperfeita paralela ao raio lento

Birrefringência: Baixa a Moderada, variando de 0,011 a 0,020

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Negativa, raio rápido paralelo a direção C cristalográfica

Paragênese: A Dumortierita ocorre em granitos pegmatíticos, xistos, gnaisses e outras rochas metamórficas. Esta comumente asociada com Quartzo, Muscovita, Turmalina, Andaluzita, Sillimanita, Topázio e Rutilo

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Dumortierita incolor pode ser confundida com Sillimanita, mas diferenciam-se pelo sinal de elongação.

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Enstatita (MgSiO3) - Mineral do Grupo dos Ortopiroxênios

Fenocristal de Enstatita, ao centro da fotomicrografia com relevo alto, nicóis paralelos, em

enstatita-andesito(20X)

Idem ao anterior, nicóis cruzados (20X)

Cristal de Enstatita

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,650 a 1,768; nb= 1,635 a 1,770; ng= 1,658 a 1,788, ângulo 2V = 58º a 60º

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor

Hábito: Prismático

Clivagem: Em duas direções na {110} com ângulos de 88º e 92º

Birrefringência: Baixa, variando de 0,008 a 0,009

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Positiva, raio lento paralelo a direção de clivagem

Paragênese: A Enstatita é encontrada em rochas ígneas básicas - ultrabásicas. É observada também também em amostras de meteoritos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Enstatita se diferencia do Hiperstênio pelo pleocroísmo e dos clinopiroxênios pela extinção paralela.

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Epidoto (Ca2(Al,Fe)3(OH)(SiO4)3) - Mineral do Grupo dos Nesossilicatos

Epidoto, grãos amarelados, a nicóis descruzados, em xisto, associado

a Biotita.(20X)

Idem ao anterior, mostrando, alta birrefringência e cores

anômalas.(20X)

Cristal de Epidoto

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,715 a 1,751; nb= 1,725 a 1,784; ng= 1,734 a 1,797,ângulo 2V = 69º a 89º

Relevo: Alto positivo

Cor: Verde amarelado, podendo ser pleocróico

Hábito: Ocorre na forma de agregados granulares

Clivagem: Pefeita em uma direção {001}

Birrefringência: Moderada a alta, variando de 0,014 a 0,045

Extinção: Paralelo a elongação

Sinal de Elongação: Varia com a seção

Paragênese: O Epidoto é um mineral muito comum e bem distribuído, típico de rochas ígneas e metamórficas. Nas rochas ígneas é secundário e tardio. É dominante em rochas metamórficas ricas em quartzo.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: Distingui-se o Epidoto da Clinozoisita e Zoisita pela maior birrefringência, e do Diopsídeo e Augita pela extinção paralela.

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Espodumênio (LiAlSi2O6) - Mineral do Grupo dos Inossilicatos

Espodumumênio, nicóis paralelos, lâmina de grânulos

(20X)

Idem ao anterior, nicóis cruzados (20X)

Cristal de Espodumênio

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,648 a 1,663; nb= 1,655 a 1,669; ng= 1,,662 a 1,679, ângulo 2V = 54º a 69º

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor

Hábito: Cristais euhedrais de forma tabular

Clivagem: Perfeita paralela a {110}

Birrefringência: Moderada , variando de 0,013 a 0,027

Extinção: Oblíqua nas seções longitudinais com ângulo entre 23º a 27º

Sinal de Elongação: Positiva, raio lento paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: O Espodumênio ocorre em granitos pegmatíticos ricos em Lítio, e esta associado a Albita, Lepidolita, Elbaita, e raros minerais de Lítio.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: O Espodumênio diferencia-se do Diopsídio pelo pequeno ângulo de extinção.

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Estaurolita (2Al2SiO5.Fe(OH)2) - Mineral do Grupo dos Nesossilicatos

Estaurolita,mineral de cor acastanhada, com alto relevo

associado a Biotita (com inclusão de zircão e halo pleocróico ) ,

nicóis paralelos, em xisto (10X).

Idem ao anterior, nicóis cruzados, mostrando baixa birrefringência

(10X)

Cristal de Estaurolita

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,739 a 1,747; nb= 1,745 a 1,753; ng= 1,752 a 1,761,ângulo 2V = 80º a 88º

Relevo: Alto positivo

Cor: Amarelo pálido em seções delgadas, com pleocroísmo variando de incolor a marrom amarelado

Hábito: Cristais euhedrais prismáticos

Clivagem: Paralela a {010}

Birrefringência: Baixa, variando de 0,010 a 0,015

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Positivo, raio lento paralelo ao eixo C cristalografico

Paragênese: A Estaurolita é encontrada como metacristal em rochas metamórficas como xistos, filitos e gnaisses. Ocorre juntamente a Granada, a Cianita e também a associação Sillimanita com Quartzo. Ocorre normalmente como mineral acessório. É observado comumente como um mineral dedrítico.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: Identificada pela cor, pleocroísmo e inclusões de Quartzo

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Estilpelomelano (H2(Mg,Fe)Al2SiO7) - Mineral do Grupo das Micas

Sistema Cristalográfico: Monoclínico(?)

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo ou negativo

Índices de Refração: na= 1,543 a 1,634; nb= ng= 1,576 a 1,745, ângulo 2V=0º

Relevo: Moderado a alto positivo

Cor: Marrom e amarelo esverdeado. Pleocróico

Hábito: Lamelar

Cristal de Estilpelomelano

Clivagem: Perfeita paralela a {001}

Birrefringência: Moderada a alta, variando de 0,030 a 0,119

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Negativo, raio lento paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: O Estilpelomelano é encontrado em veios pegmatitícos quartzo-adullaria e em pegmatitos Nefelina-sienitos. Mineral formado por alteração hidrotermal.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: As características pseudouniaxial, figura de interferência e índice de reafração as diferenciam do mineral Biotita.

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Flogopita (KMg3Al(OH)Si4O10) - Mineral do Grupo das Micas

Cristais de Flogopita, incolores, com clivagem em uma direção e hábito lamelar. Nicóis paralelos,

em calcário cristalino (10X).

Idem ao anterior, nicóis cruzados(10X)

Cristal de Flogopita

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,530 a 1,590; nb= 1,557 a 1,635; ng= 1,558 a 1,637, ângulo 2V = 0º a 10º

Relevo: Moderado positivo

Cor: Marrom pálido a incolor em seções delgadas, levemente pleocróica

Hábito: Lamelar

Clivagem: Em uma direção {001}

Birrefringência: Alta, variando de 0,044 a 0,047

Extinção: Paralela a clivagem, raramente com ângulo de 5º

Sinal de Elongação: Positiva, quando paralelo a direção de clivagem

Paragênese: A Flogopita ocorre normalmente em calcários metamórficos, os minerais associados são Espinélio e Forsterita, também encontrado em algumas rochas ígneas, como Peridotitos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Flogopita diferencia-se da Biotita por ser menos colorida e da Muscovita pelo ângulo 2V.

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Fluorita (CaF2) - Mineral do Grupo dos Sais Halóides

Fluorita, evidenciando clivagem octaédrica, lâmina em pó, nicóis

descruzados(20X)

Idem ao anterior, na parte inferior do grão é possível ver a linha de

Becke(20X)

Cristal de Fluorita

Sistema Cristalográfico: Isométrico

Caráter e Sinal Óptico: Mineral isotrópico

Índices de Refração: n = 1,433 a 1,435

Relevo: Moderado negativo

Cor: Incolor

Hábito: Cristais euhedrais

Clivagem: Perfeita octaédrica {111}

Birrefringência: Nula

Extinção: Ausente, mineral isotrópico

Sinal de Elongação: Ausente, mineral isotrópico

Paragênese: A Fluorita é um mineral encontrado em veios. Pode ser encontrado em granitos e ocasionalmente em arenitos e calcários. Mineral raro.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: Identifica-se a Fluorita pelo relevo, clivagem e isotropia.

Page 42: Propriedades Ópticas dos Principais Minerais Formadores de Rochas - UNESP

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Gibbsita (Al(OH3)) - Mineral do Grupo dos Hidróxidos

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positiva

Índices de Refração: na= 1,554 a 1,567 ; nb= 1,554 a 1,567 ; ng= 1,576 a 1,589 , ângulo 2V=0º a 40º

Relevo: Moderado positivo

Cor: Incolor a marrom pálido

Hábito: Cristais euhedrais pseudohexagonais

Cristal de Gibbsita

Clivagem: Em uma direção paralela a {001]

Birrefringência: Moderada, 0,022

Extinção: Oblíqua, com ângulo aproximado de 26º

Sinal de Elongação: Positiva nos cristais tabulados

Paragênese: A Gibbsita é encontrada na Bauxita

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: As principais características da Gibbsita são a a birrefringência e o relevo, que a diferencia da Calcedônia e Dalita.

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Goetita (FeO.OH) - Mineral do Grupo dos Hidróxidos

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 2,260 a 2,275 ; nb= 2,393 a 2,409 ; ng= 2,398 a 2,515 , ângulo 2V= 0º a 27º

Relevo: Muito alto positivo

Cor: Amarelo escuro para vermelho ou laranja

Hábito: Tabular

Cristal de Goetita

Clivagem: Perfeita em {010}

Birrefringência: Extrema, variando de 0,138 a 0,140

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Negativa na seção {010]

Paragênese: A Goetita se forma sob condições de oxidação, normalmente associada a Limonita, Hematita, Magnetita e Pirita.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Goetita possui características pouco comuns, alta birrefringência e relevo, dificilmente podendo ser confundida, a Limonita diferencia-se pela extinção oblíqua.

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Granada ((Mg,Fe,Mn,Ca)3(Al,Cr,Fe)2(SiO4)3) - Mineral do Grupo dos Nesossilicatos

No centro, cristal de Granada rodeada por cristais de Biotita,

nicóis paralelos, em Granada xisto (40X)

Idem ao anterior, nicóis cruzados, mostrando textura poiquilítica

(20X)

Cristal de Granada

Sistema Cristalográfico: Isométrico

Caráter e Sinal Óptico: Mineral isotrópico

Índices de Refração: Piropo -1,714 -Almandina -1,830 -Espersatita -1,800 -Uvarovita-1,860- Glossulária-1,734 -Andradita-1,887 -

Relevo: Muito alto positivo

Cor: Incolor a marrom, vermelho, verde pálido

Hábito: Cristais euhedrais granulares

Clivagem: Ausente

Birrefringência: Nula, mineral isotrópico

Extinção: Ausente, mineral isotrópico

Sinal de Elongação: Ausente, mineral isotrópico

Paragênese: A Granada é encontrada em rochas metamórficas é um mineral secundário. A Almandina é comum em xistos e gnaisses, a Piropo ocorre em Peridotitos, a Glossulária e Andradita em zonas de contato metamórfico. A Espersatita aparece em pegmatitos, xistos e quartzitos e a Uvarovita é a mais rara encontrada como mineral secundário em zonas de contato metamórfico.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: As diferentes Granadas podem ser identificadas pelo valor dos índices de refração.

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Gipso (CaSO4.2H2O) - Mineral do Grupo dos Sulfatos

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,520 ; nb= 1,522 ; ng= 1,529 , ângulo 2V= 58º

Relevo: Baixo negativo

Cor: Incolor

Hábito: Geralmente cristais anhedrais a subhedrais

Cristal de Gipso

Clivagem: Perfeita em uma direção {010} e imperfeita em {100}

Birrefringência: Baixa, 0,009

Extinção: Paralela a direção de clivagem {010}

Sinal de Elongação: Positiva na direção paralela a direção de clivagem

Paragênese: O Gipso é formado pela hidratação da Anidrita, podendo estar associda a uma rocha rica em Gipso. Ocorre em veios e entre grãos de Anidrita, pode estar associado a Calcita, Dolomita e Halita.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: O Gipso é facilmente diferenciado da Anidrita pelo menor relevo e baixa birrefringência.

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Halita (NaCl) - Mineral do Grupo dos Sais Halóides

Cristais de Halita, com clivagem cúbica, nicóis descruzados, lâmina

de grânulos (10X)

Cristais de Halita, com clivagem cúbica, nicóis

descruzados, lâmina de grânulos (10X) Cristal de Halita

Sistema Cristalográfico: Isométrico

Caráter e Sinal Óptico: Mineral isotrópico

Índices de Refração: n = 1,544

Relevo: Muito baixo, índice de refração muito próximo ao do bálsamo (1,537)

Cor: Incolor, podendo conter inclusões

Hábito: Geralmente cristais anhedrais

Clivagem: Perfeita, cúbica

Birrefringência: Nula, mineral isotrópico

Extinção: Ausente, mineral isotrópico

Sinal de Elongação: Ausente, mineral isotrópico

Paragênese: A Halita ocorre em rochas sedimentares, normalmente associada a Anidrita, Gipso ou Silvita.

Propiedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Halita pode ser identificada pelo seu baixo relevo. O único mineral semelhante é a Silvita, que possui um menor índice de refração (1,434).

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Hiperstênio ((Mg,Fe) Si O3) - Mineral do Grupo dos Ortopiroxênios

Hiperstênio, amarelado e fraturado com alto relevo, nicóis descruzados,

em hiperstênio-granito (20X)

Idem ao anterior, em nicóis cruzados evidenciando baixa

birrefringência (20X).

Cristal de Hiperstênio

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,650 a 1,768; nb= 1,653 a 1,770; ng= 1,658 a 1,788, ângulo 2V = 63º a 90º

Relevo: Alto positivo

Cor: Verde ou vermelho pálido em seções delgadas. Pleocróica

Hábito: Cristais subhedrais de hábito prismático

Clivagem: Em uma direção paralela a {100}

Birrefringência: Baixa, variando de 0,010 a 0,016

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Positiva, raio lento paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: O Hiperstênio é comum em rochas ígneas, mais especialmente em charnokitos, noritos, hiperstênio-gabro e andesitos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: Identifica-se o Hiperstênio, dos outros piroxênios, pelo pleocroísmo, pelo sinal de elongação e pela extinção reta.

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Horblenda (K2(Mg,Fe,Al)5(OH)2[(Si,Al)4O11]2) - Mineral do Grupo dos Anfibólios

Fenocristal de Horblenda ao centro (cor marrom), associada a Clorita (cristais verdes), nicóis

paralelos, em horblenda-granito(20X)

Idem ao anterior, nicóis paralelos (20X)

Cristal de Horblenda

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,615 a 1,705; nb= 1,618 a 1,714; ng= 1,632 a 1,730, ângulo 2V = 52º a 85º

Relevo: Alto positivo

Cor: Verde ou marrom de várias tonalidades em seções delgadas

Hábito: Cristais pseudohexagonais na seção basal e prismático nas longitudinais

Clivagem: Paralela a {100) em duas direções com ângulos de 56º e 124º graus

Birrefringência: Moderada , variando de 0,019 a 0,026

Extinção: Oblíqua com ângulo de 12º a 30º, a seção basal é simétrica

Sinal de Elongação: Positiva, raio lento paralelo ao eixo C cristalografico

Paragênese: A Horblenda é um mineral muito comum em rochas ígneas, mas pode ocorrer em gnaisses, xistos e anfibolitos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Horblenda difere da Augita pela clivagem , pleocroísmo e ângulo de extinção oblíqua. A Horblenda marrom lembra a biotita mas difere na clivagem.

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Jadeíta (NaAl(SiO3)2) - Mineral do Grupo dos Clinopiroxênios

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial Positivo

Índices de Refração: na= 1,640 a 1,658; nb= 1,645 a 1,663; ng= 1,652a 1,673, ângulo 2V= 67° a 70°

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor a verde em seções dealgadas

Hábito: Granular a colunar, e também como agragados fibrosos

Cristal de Jadeíta

Clivagem: Duas direções em {110} com ângulos de 87° e 93°

Birrefringência: Moderada, variando de 0,012 a 0,023

Extinção: O ângulo máximo de extinção varia de 30° a 44°

Sinal de Elongação: Positivo, raio lento paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: A Jadeíta ocorre exclusivamente em rochas jadeíticas, ocorre em profundas zonas de metamorfismo. Está associada normalmente a Albita.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Jadeíta difere da Nefrita pelos maiores ângulos de extinção e índices de refração. Do Diopsídio distingui-se pelo hábito colunar e menores ângulos de extinção.

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Labradorita (An50-60) - Mineral do Grupo dos Plagioclásios

Sistema Cristalográfico: Triclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,554 a 1,564; nb= 1,558 a 1,569; ng= 1,562 a 1,573, ângulo 2V = 76º a 90º

Relevo: Baixo positivo

Cor: Incolor em seções muito finas

Hábito: Cristais anhedrais e euhedrais

Cristal de Labradorita

Clivagem: Perfeita na direção {001}

Birrefringência: Baixa, variando de 0,08 a 0,09

Extinção: Oblíqua com ângulos de 27º e 39º

Sinal de Elongação: Indeterminada

Paragênese: A Labradorita é comum em rochas ígneas como basaltos, gabros e olivina-gabros, sendo o principal constituinte de anortositos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Labradorita se diferencia dos outros plagioclásios pelo ângulo de extinção e da Albita pelos índices de refração.

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Lamprobolita (Ca,Mg,Fe,Al silicato) - Mineral do Grupo dos Clinoanfibólios

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial Negativo

Índices de Refração: na= 1,662 a 1,690; nb= 1,672 a 1,730; ng= 1,680a 1,760, ângulo 2V= 60° a 82°

Relevo: Alto positivo

Cor: Amarelo a marrom, pleocroísmo forte

Hábito: Cristais euhedrais e hábito prismático curto

Cristal de Lamprobolita

Clivagem: Duas direções em {110} com ângulos de 56° e 124°

Birrefringência: Forte, variando de 0,026 a 0,076

Extinção: O ângulo máximo de extinção varia de 0° a 12°

Sinal de Elongação: Positivo, raio lento paralelo ao eixo C cristalográfico e nas seções basais ocorre extinção simétrica

Paragênese: A Lamprobolita ocorre em rochas vulcânicas como andesitos, basaltos, basanitos, tefritos e seus tufos. Mineral secundário.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Lamprobolita também conhecida como Horblenda Basáltica se diferencia da Horblenda comum pelo menores ângulos de extinção e birrefringência mais forte.

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Lepidocrocita (gFeO.OH) - Mineral do Grupo dos Hidróxidos

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,940 ; nb= 2,200 ; ng= 2,510 , ângulo 2V= 83º

Relevo: Alto positivo

Cor: Marrom avermelhado, amarelo ou laranja

Hábito: Tabular

Cristal de Lepidocrocita

Clivagem: Perfeita em {010}

Birrefringência: Extrema, 0,570

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Negativa na seção {010}, positiva nas demais

Paragênese: A Lepidocrocita ocorre sob condições de oxidação. Normamente ocorre com Goetita.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: Diferencia-se a Lepidocrocita da Goetita pela maior birrefringência a ângulo 2V.

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Lepidolita (LiKAl2(OH,F)2(Si2O5)2) - Mineral do Grupo das Micas

Cristais de Lepidolita, mostrando hábito lamelar, obsevada a nicóis

paralelos.(10X)

Idem anterior, porém a nicóis cruzados. Observe cores de

interferência da ordem de 1100 mm (final da 2a ordem).

Cristal de Lepidolita

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,525 a 1,548; nb= 1,551 a 1,585; ng= 1,554 a 1,587, ângulo 2V = 40º

Relevo: Baixo positivo

Cor: Incolor em seções delgadas

Hábito: Lamelar, Tabular ou prismas curtos pseudohexagonais

Clivagem: Perfeita em uma direção {001}

Birrefringência: Alta, 0,045

Extinção: Oblíqua , com ângulos de 6º a 7º

Sinal de Elongação: Positivo, na direção dos traços de clivagem

Paragênese: A Lepidolita ocorre em granitos pegmatíticos e em veios de alta temperatura. Ocasionalmente ocorre como mineral acessório em granitos. Os minerais associados são Albita, Topázio, Berilo, Espodumênio, Quartzo e Turmalina.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Lepidolita é semelhante a Muscovita, porém possui extinção oblíqua (de 6 a 7o).

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Microclina (KAlSi3O8) - Mineral do Grupo dos Feldspatos

Microclina, no centro, incolor com baixo relevo, nicóis

descruzados, em granito (20X)

Cristal geminado de Microclina, nicóis cruzados em granito (20X)

Cristal de Microclina

Sistema Cristalográfico: Triclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,514 a 1,529; nb= 1,518 a 1,533; ng= 1,521 a 1,539, ângulo 2V = 77º a 84º

Relevo: Baixo negativo

Cor: Incolor em seções mais finas

Hábito: Geralmente cristais subhedrais a anhedrais

Clivagem: Perfeita paralela a {001}

Birrefringência: Baixa, 0,007

Extinção: Oblíqua, com ângulo de 5º a 15º

Sinal de Elongação: Negativa, raio rápido paralelo as direção de clivagem

Paragênese: A Microclina ocorre em alguns granitos, sienitos e gnaisses. É o principal feldspato de granitos pegmatitos. Também é comum em arenito e arcósios.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A característica principal da microclina é a geminação polissintética , o que a diferencia do Ortoclásio. Da Albita pode ser diferenciada pelo ângulo de extinção.

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Muscovita (KAl2(OH)2(AlSiO10) - Mineral do Grupo das Micas

Muscovita, ao centro com clivagem em uma direção e hábito lamelar em Xisto, nicóis descruzados(20X)

Idem ao anterior, nicóis cruzados com altas cores de interferência

(20X)

Cristal de Muscovita

Sistema Cristalográfico:Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,552-1574,; nb= 1,582-1,610; ng= 1,587-1,616, com ângulo 2V =30º a 40º

Relevo: Fraco positivo

Cor: Incolor a verde, levemente pleocróica

Hábito: Lamelar

Clivagem: Perfeita em uma direção {001}

Birrefringência: Moderada a forte, variando de 0,037 a 0,041

Extinção: Paralela a direção de clivagem

Sinal de Elongação: Negativo

Paragênese: A Muscovita é um mineral muito comum em rochas metamórficas como os filitos, xistos e gnaisses, é encontrado em alguns granitos. Mineral secundário especialmente em arcósios.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: Os minerais semelhantes a Muscovita são a Biotita, o Talco e a Pirofilita. Entre propriedades mais características podemos citar o ângulo 2V, o hábito e o pleocroísmo mais baixo quando comparado a Biotita.

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Nefelina (NaAlSiO4, com excesso de SiO2) - Mineral do Grupo dos Feldspatóides

Fenocristal de Nefelina (ao centro), rodeado por Microclino (manchado de marrom), nicóis descruzados, em sienito(20X)

Idem ao anterior, nicóis cruzados, mostrando a baixa birregringência da Nefelina (20X).

Cristal de Nefelina

Sistema Cristalográfico: Hexagonal

Caráter e Sinal Óptico: Uniaxial negativo

Índices de Refração: ne= 1,526 a 1,542 ; nw= 1,529 a 1,546

Relevo: Baixo positivo ou negativo

Cor: Incolor podendo apresentar inclusões

Hábito: Cristais prismático hexagonais

Clivagem: Imperfeita paralela a {10-10}

Birrefringência: Baixa, variando de 0,003 a 0,004

Extinção: Paralela nas seções retangulares

Sinal de Elongação: Negativo nas seções retangulares

Paragênese: A Nefelina ocorre em rochas ígneas ricas em sódio, como Nefelina-sienitos, fonólitos e em alguns basaltos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: O mineral mais parecido com a Nefelina é o Ortoclásio, mas apresenta melhor clivagem e é biaxial.

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Oligoclásio (An10-30) - Mineral do Grupos dos Plagioclásios

Oligoclásio, cor cinzentada, com baixo relevo,nicóis descruzados,

associado a Horblenda, em granito (20X)

Cristal geminado de oligoclásio, nicóis cruzados, em granito (20X)

Cristal de Oligoclásio

Sistema Cristalográfico: Triclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo ou negativo

Índices de Refração: na= 1,533 a 1,543; nb= 1,537 a 1,548; ng= 1,542 a 551, ângulo 2V = 82º a 90º

Relevo: Baixo positivo

Cor: Incolor

Hábito: O cristal ocorre nas forma subhedrais, anhedrais e euhedrais

Clivagem: Perfeita na direção {001}

Birrefringência: Baixa, variando de 0,008 a 0,009

Extinção: Oblíqua, variando de 0º a 12º

Sinal de Elongação: Positiva na face {010}

Paragênese: O Oligoclásio é muito comum em rochas ígneas ricas em sílica, como granitos, riolitos, sienitos, traquitos e outras rochas ígneas. Ocasionalmente encontrado em granitos pegmatíticos e em rochas metamórficas.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: O Oligoclásio pode ser identificado pelo seu baixo ângulo de extinção e índices de refração.

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Olivina ((Mg,Fe)2SO4) - Mineral do Grupo das Nesossilicatos

Cristais de Olivina associados a Biotita e opacos, observar relevo alto e

forma anhedral, nicóis descruzados, em dunito(20X)

Cristais de Olivina, observar alta birrefringência , nicóis cruzados, associada Biotita em dunito(20X)

Cristal de Olivina

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo ou negativo

Índices de Refração: na= 1,635 a 1,827; nb= 1,651 a 1,869; ng= 1,1,670 a 1,879,ângulo 2V = 70º a 90º

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor

Hábito: Cristais anhedrais, podendo ocorrer na forma de fenocristais

Clivagem: Imperfeita paralela a {010}

Birrefringência: Alta, variando de 0,037 a 0,041

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Negativo, raio rápido paralelo a direção de clivagem

Paragênese: A Olivina é um mineral comum em rochas ígneas subsilicaticas como basaltos, olivina gabros e peridotitos. Em dunitos é o mineral dominante.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: O mineral que pode ser confundido com Olivina é o Diopsídeo, que possui extinção oblíqua e melhor clivagem .

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Paragonita (Na2Al4[Si6Al2O20](OH)4) - Mineral do Grupo das Micas

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,564 a 1,580 ; nb= 1,594 a 1,609 ; ng= 1,600 a 1,609 , ângulo 2V=0º a 40º

Relevo: Baixo positivo

Cor: Incolor a amarelo pálido

Hábito: Lamelar

Cristal de Paragonita

Clivagem: Em uma direção nas seções longitudinais

Birrefringência: Alta, variando de 0,028 a 0,038

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Negativo

Paragênese: A Paragonita ocorre ocasionalmente em xistos, filitos e muscovita-biotita gnaisses. Pode aparecer também em veios de Quartzo e em sedimentos compostos por grãos finos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Paragonita pode ser diferenciada da Muscovita pela menor birrefringência e da Biotita pela cor mais fraca

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Petalita (Li[AlSi4O10]) - Mineral do Grupo dos Feldspatóides

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,504 a 1,507 ; nb= 1,510 a 1,513 ; ng= 1,516 a 1,523 , ângulo 2V=82º a 84º

Relevo: Baixo negativo

Cor: Incolor nas seções mais finas, podendo ser de verde a rosa pálido nas mais grossas

Hábito: Lamelar

Cristal de Petalita

Clivagem: Perfeita em {001}

Birrefringência: Moderada, variando de 0,011 a 0,017

Extinção: Oblíqua com ângulos de 24º a 30º em {001} e 2º a 8º em {201}

Sinal de Elongação: Negativa em {001}

Paragênese: A Petalita ocorre em granitos pegmatíticos associado a Turmalina, Espodumênio, Lepidolita, Topázio e Apatita.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: As principais características da Petalita são o hábito, baixo ângulo de clivagem e relevo baixo negativo.

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Piedemontita (Ca2(Al,Fe,Mn)3(OH)(SiO4)3) - Mineral do Grupo do Epidoto

Cristais de Piedemontita, fortemente coloridos, observados a nicóis paralelos, em xisto(10X)

Idem a anterior, nicóis cruzados. Observe como a cor natural do

mineral mascara suas altas cores de interferência (10X)

Cristal de Piedemontita

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,745 a 1,758; nb= 1,764 a 1,789; ng= 1,806 a 1,832, ângulo 2V = 56º a 86º

Relevo: Alto positivo

Cor: Cores vivas, amarelo, laranja, vemelho e violeta. Pleocróica

Hábito: Granular

Clivagem: Em uma direção {001}

Birrefringência: Muito alta, variando de 0,061 a 0,082

Extinção: Paralela à direção de maior elongação

Sinal de Elongação: Indeterminado

Paragênese: A Piedemontita ocorre na maior parte dos xistos e gnaisses.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Piedemontita pode ser facilmente identificada pelo seu pleocroísmo e cor.

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Pigeonita (mCaMg(SiO3)2.n(MgFe)SiO3) - Mineral do Grupo dos Clinopiroxênios

Megafenocristal de Pigeonita, mostrando zoneamento discreto, observado a nicóis paralelos (5X)

Idem ao anterior, nicóis cruzados (5X)

Cristal de Pigeonita

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,682 a 1,722; nb= 1,684 a 1,722; ng= 1,705 a 1,751, ângulo 2V = 0º a 40º

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor

Hábito: Cristais anhedrais

Clivagem: Em duas direções na {110} com ângulos de 87º e 93º

Birrefringência: Moderada, variando de 0,021 s 0,033

Extinção: Oblíqua, com ângulos de 22º a 45º

Sinal de Elongação: Negativa, raio rápido paralelo a direção de clivagem

Paragênese: É o mais abundante dos Piroxênios, sendo muito comum em basaltos e diabásios

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A principal característica da Pigeonita é o ângulo 2V e seu caráter peseudouniaxial.

Page 63: Propriedades Ópticas dos Principais Minerais Formadores de Rochas - UNESP

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Pirofilita (Al2(OH)2Si4O10) - Mineral do Grupo das Micas

Sistema Cristalográfico: Monoclínico(?)

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,534 a 1,556; nb= 1,586 a 1,589; ng= 1,596 a 1,601, ângulo 2V = 53º a 60º

Relevo: Baixo positivo

Cor: Incolor

Hábito: Cristais subhedrais de forma tabular

Cristal de Pirofilita

Clivagem: Perfeita em uma direção {001}

Birrefringência: Alta, 0,048

Extinção: Paralela a direção de clivagem

Sinal de Elongação: Positiva, raio lento paralelo a direção de clivagem

Propriedades Diagnosticas e Minerais Semelhantes: A Pirofilita se diferencia das outras micas pela elongação e o peculiar hábito tabular

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Rodonita (MnSiO3) - Mineral do Grupo dos Ortossilicatos

Cristal isolado de Rodonita em lâmina delgada, observe o relevo

alto e forma tabular, nicóis paralelos (2,5X)

Idem ao anterior, mostrando alta birrefringência, nicóis cruzados

(2,5X)

Cristal de Rodonita

Sistema Cristalográfico: Triclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,711 a 1,739 ; nb= 1,715 a 1,748 ; ng= 1,724 a 1,760 , ângulo 2V=63º a 87º

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor a rosa claro em lâminas dealgadas, pode ser pleocróica

Hábito: Cristais tabulares euhedrais

Clivagem: Perfeita em duas direções {110} e {1-10}

Birrefringência: Alta, variando de 0,011 a 0,021

Extinção: Oblíqua de baixo ângulo

Sinal de Elongação: Negativo, raio rápido paralelo ao C cristalográfico

Paragênese: A Rodonita ocorre geralmente em depósitos de origem hidrotermal ricos em Manganês, sendo comum em rochas carbonáticas e pegmatitos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A cor rosada e a alta birrefringência são características da Rodonita, o mineral mais semelhante é a Pyroxmangita, que possue uma maior birrefringência e menor ângulo 2V. A Bustamita também pode ser confundida, porêm é ópticamente negativa com 2V em torno de 60º.

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Rutilo (TiO2) - Mineral do Grupo dos Óxidos

Cristais aciculares de Rutilo, nicóis paralelos(2,5X)

Grãos de Rutilo, nicóis cruzados, mostrando extrema birrefringência(5X) Cristal de Rutilo

Sistema Cristalográfico: Tetragonal

Caráter e Sinal Óptico: Uniaxial Positivo

Índices de Refração: nw= 2,605 a 2,613; ne= 2,899 a 2,901

Relevo: Alto positivo

Cor: Amarelado a avermelhado

Hábito: Prismas pequenos a cristais aciculares e em grãos

Clivagem: Paralela a seção {110}

Birrefringência: Extrema, variando de 0,286 a 0,287

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação:

Paragênese: O Rutilo é um mineral encontrado em abundância em rochas metamórficas, ocasionalmente ocorre em rochas ígneas. Normalmente associada a Titanita. Mineral secundário.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: O Rutilo se diferencia da Badeleíta pela cor e alto relevo.

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Safirina ((Mg,Fe)2Al4O6[SiO4]) - Mineral do Grupo dos Ortossilicatos

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,701 a 1,725; nb= 1,703 a 1,728; ng= 1,705 a 1,732, ângulo 2V= 50° a 114°

Relevo: Alto Positivo

Cor: Incolor, azul claro, verde ou alaranjado roseado

Hábito: Prismático

Cristal de Safirina

Clivagem: fraca nas seções {010}, {001} e {100}

Birrefringência: Baixa, variando de 0,005 a 0,007

Extinção: Inclinada em qualquer direção

Sinal de Elongação: Positivo, raio lento paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: A Safirina é um mineral raro encontrada em contato de rochas metamórficas, com alta concentração de alumínio e baixa de sílica, os minerais associados são Cordierita, Córindum, Ortopiroxinênio, Sillimanita, Biotita, Plagioclásio Cálcico, Feldspato Potássico e Antofilito.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Safirina se diferencia do Corindon pelo seu caráter biaxial e menores índices de refração, se difere da Cordierita pelos maiores índices de refração, da Cianita pelas clivagens menos nítida e menor birrefringência e dos Anfibólios ricos em Sódio e Zoizita pela clivagem menos nítida.

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Sanidina ((K,Na)AlSi3O8) - Mineral do Grupo dos Feldspatos

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,517 a 1,520; nb= 1,523 a 1,525; ng= 1,524 a 1,526, ângulo 2V = 0º a 12º

Relevo: Baixo negativo

Cor: Incolor

Hábito: Geralmente ocorre na forma de fenocristais

Cristal de Sanidina

Clivagem: Perfeita paralela a {001}

Birrefringência: Baixa, 0.007

Extinção: Oblíqua, com ângulo 5º

Sinal de Elongação: Negativa, raio rápido paralelo a direção de clivagem

Propriedades Diagnosticas e Minerais Semelhantes: A Sanidina pode ser diferenciada do Ortoclásio pelo ângulo 2V

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Serpentina (H4Mg3Si2O9) - Mineral do Grupo dos Filosilicatos

Serpentina em cristais fibrolamelares, incolores a

levemente esverdeados, observada sob nicóis paralelos,

em serpentinito (20X)

Idem ao anterior, nicóis cruzados

Cristais de Sepentina

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo, sendo positivo a Crisotila

Índices de Refração: Crisotila - na= 1,493 a 1,546; nb= 1,504 a 1,550; ng= 1,517 a 1,557, ângulo 2V = 0º a 50º; Lizartita - na= 1,590 a 1,612; nb= 1,609 a 1,643; ng= 1,610 a 1,644, ângulo 2V = 16º a 30º; Antigorita - na= 1,555 a 1,564; nb= 1,562 a 1,573; ng= 1,562 a 1,573, ângulo 2V = 20º a 90º

Relevo: Baixo positivo, sendo na Lizartita moderado positivo

Cor: Incolor a verde pálido nas seções mais finas, sendo a Crisotila somente incolor

Hábito: Cristais anhedrais fibrolamelar

Clivagem: Ausente, aparecendo somente nas seções longitudinais da Lizartita em uma direção perpendicular ao eixo C cristalográfico

Birrefringência: Baixa, variando de 0,007 a 0,009(Antigorita); Moderada a forte, variando de 0,011 a 0,014(Crizotila) e 0,020 a 0,023 na Lizartita

Extinção: Paralela, sendo de 2º a 3º na Lizartita

Sinal de Elongação: Positiva, sendo negativa na Lizartita

Paragênese: A Serpentina é um típico mineral de rochas metamórficas. Cristaliza-se por Hidrotermalismo, comumente associada a Crisotila, Talco, Magnetita e Cromita.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Antigorita pode ser diferenciada entre as três por ser mais fibrosa e pela baixa birrefringência, a Crisotila tem o sinal óptico positivo e a Lizartita possui elongação negativa, maior birrefringência e estinção oblíqua.

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Sillimanita (Al2SiO5) - Mineral do Grupo dos Nesossilicatos

Cristais alongados e incolores de Silimanita em gnaisse, nicóis

descruzados(10X)

Idem ao anterior, nicóis cruzados mostrando birrefringência

moderada a baixa, atrvés das cores de 1a e 2a ordem(10X)

Cristal de Silimanita

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positiva

Índices de Refração: na= 1,654 a 1,661; nb= 1,658 a 1,662; ng= 1,673 a 1,683,ângulo 2V = 20º a 30º

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor

Hábito: Geralmente prismática

Clivagem: Paralela a {010}

Birrefringência: Moderada, 0,020 a 0,023

Extinção: Paralela nas seções longitudinais e simétrica na seção basal

Sinal de Elongação: Negativa, raio rápido paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: A Sillimanita ocorre em gnaisses, xistos, honfels e outras rochas metamórficas. Está comumente associada a Andaluzita, Cianita, Dumortierita e Clorita.

Propiedades Diagnosticas e Minerais Semelhantes: A Sillimanita diferencia-se da Andalusita pelo sinal de elongação negativo, alta birrefringência e menor ângulo 2V.

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Talco (Mg3(OH)2(Si2O5)2) - Mineral do Grupo das Cloritas

Cristais de Talco, incolores e lamelares, em xisto, observados à

nicóis paralelos (10X)

Idem ao anterior, nicóis cruzados (10X)

Cristal de Talco

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,539 a 1,550; nb= 1,589 a 1,594; ng= 1,589 a 1,600, ângulo 2V = 6º a 30º

Relevo: Baixo positivo

Cor: Incolor em seções mais finas

Hábito: Lamelar ou em agregados fibrosos

Clivagem: Perfeita em uma direção

Birrefringência: Muito alta, variando de 0,030 a 0,050

Extinção: Paralela a direção de clivagem

Sinal de Elongação: Positiva, raio lento paralelo as direções de clivagem

Paragênese: O Talco é o principal constituinte dos xistos. É um mineral hidrotermal, normalmente associado a Magnesita e Dolomita.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: O Talco pode ser diferenciado da Muscovita e Pirofilita pelo menor ângulo 2V.

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Titanita (CaTiSiO5) - Mineral do Grupo dos Nesossilicatos

Cristais verde amarelado, de forma pseudolosangular de Titanita,

rocha Anfibolíto,com Horblenda, à direita, e Plágioclásios, nicóis

descruzados(20x)

Idem ao anterior,nicóis cruzados, relevelando a alta birrefringência

da Titanita

Cristal de Titanita

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,843 a 1,950; nb= 1,870 a 2034; ng= 1,943 a 2,110, ângulo 2V = 23º a 50º

Relevo: Alto positivo

Cor: Geralmente incolor. Pode apresentar pleocroísmo, amarelo, verde e marrom

Hábito: Cristais euhedrais

Clivagem: Ausente

Birrefringência: Extrema, variando de 0,092 a 0,141

Extinção: A seções rômbicas tem extinção simétrica

Sinal de Elongação: Difícil identificação devido a alta birrefringência

Paragênese: A Titanita é um mineral acessório que ocorre em granitos e rochas metamórficas como gnaisses e xistos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: O mineral Monazita pode ser confundido com Titanita, mas possui menor birrefringência.

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Topázio (Al2(F,OH)2SiO4) - Mineral do Grupo dos Nesossilicatos

Cristais de Topázio em lâmina delgada, observar o alto relevo, nicóis

paralelos,10X.

Idem ao anterior, nicóis cruzados, mostrando baixa birrefringência com

cores de interferência de 1º ordem

Cristal de Topázio

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,606 a 1,629; nb= 1,609 a 1,631; ng= 1,616 a 1,638, ângulo 2V = 48º a 65º

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor

Hábito: Cristais euhedrais prismáticos

Clivagem: Perfeita na direção paralela a {001}

Birrefringência: Baixa, variando de 0.009 a 0.010

Extinção: Paralela ou reta

Sinal de Elongação: Negativa, raio rápido paralelo a direção de clivagem

Paragênese: O Topázio pode ser encontrado em veios de alta temperatura, em granitos pegmatíticos e riolitos. Normalmente esta associado a Turmalina, Fluorita, Cassiterita e Muscovita

Propriedades Diagnosticas e Minerais Semelhantes: O Topázio pode ser diferenciado do Quartzo pelo seu alto relevo, clivagem e caráter biaxial

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Actinolita(Tremolita) (Ca2(MgFe)5(OH)2(Si4O11)2) - Mineral do Grupo dos Clinoanfibólios

Cristais de actinolita em xisto, de coloração verde em agregados

fibrosos, a nicóis paralelos (20X)

Idem anterior, nicóis cruzados (20X)

Cristal de Actinolita

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial negativo

Índices de Refração: na= 1,599 a 1,688; nb= 1,612 a 1,697; ng= 1,622 a 1,705, ângulo 2V= 79º a 85º

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor a verde pálido, levemente pleocróico

Hábito: Acicular, sendo observado agregados fibrosos (asbestos)

Clivagem: Em duas direções em {110} com ângulos de 56º e 124º. Nas seções longitudinais a clivagem é paralela ao eixo C cristalográfico

Birrefringência: Moderada a alta, variando de 0,022 a 0,027

Extinção: Oblíqua nas seções longitudinais com ângulo de 10º a 20º, simétrica nas basais

Sinal de Elongação: Positiva, raio lento paralelo a direção de clivagem

Paragênese: A Actinolita ocorre em zonas de contatos metamóficos, nos xistos, gnaisses e calcários metamorfizados. Pode substituir o piroxênio em rochas ígneas.

Propriedades Diagnosticas e Minerais Semelhantes: A Extinção simétrica na seção basal é característica dos Anfibólios. A Wolastonita é o mineral mais semelhante a Actinolita mas possui extinção paralela nas seções longitudinais e oblíqua na seção basal.

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Turmalina (NaFe3B3Al3(OH)4(Al3Si6O27)-(Schorlita)) - Mineral do Grupo dos Ciclossilicatos

Cristais de Turmalina em seções basais (formas que lembram

triângulos) e longitudinais em quartzito, nicóis paralelos (10x)

Idem ao anterior, mostrando a alta birregringência da

Turmalina, nicóis cruzados (10X)

Cristal de Turmalina

Sistema Cristalográfico: Hexagonal

Caráter e Sinal Óptico: Uniaxial negativo

Índices de Refração: ne= 1,625 a 1,650 e nw= 1,655 a 1,675

Relevo: Alto positivo

Cor: Verde, azul pleocróico

Hábito: Prismático

Clivagem: Ausente

Birrefringência: Moderada a alta, variando de 0,022 a 0,040

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Negativo, raio rápido paralelo ao eixo C cristalográfico

Paragênese: A Turmalina é muito comum em granitos pegmatíticos, normalmente associado a Cassiterita. Pode aparecer em rochas metamórficas como xistos, honfels e quartzitos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Shorlita pode ser identificada pela maior absorção quando paralela ao plano do polarizador. A Dravita e a Elbaita, outras variedades da Turmalina, tem a cor amarelada e rosa a azul claro respectivamente.

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Uvarovita (Ca3Cr2(SiO4)3) - Mineral do Grupo dos Granadas

Cristais esverdeados de Uvarovita, lâmina em pó, nicóis paralelos(2,5X)

Vermiculita ((Mg,Ca)0.7(Mg,Fe+3,Al)6.0[(Al,Si)8O20](OH)4 . 8H2O) - Mineral do Grupo das Argilas

Sistema Cristalográfico: Monoclínico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial Negativo

Índices de Refração: na= 1,525 a 1,564; nb= 1,545 a 1,583; ng= 1,545 a 1,583, ângulo 2V= 0° a 8°

Relevo: Baixo, sinal positivo ou negativo

Cor: Incolor, amarelo, verde ou marrom

Hábito: Lamelar

Cristal de Vermiculita

Clivagem: Perfeita na seção {001}

Birrefringência: Moderada Alta, variando de 0,02 a 0,03

Extinção: Reta nas seções longitudinais

Sinal de Elongação: Negativo nas seções longitudinais

Paragênese: A Vermiculita é uma alteração da Biotita por ação hidrotermal, encontrada associada a micas e bem distribuída, também é encontrada em contatos entre rochas básicas, ácidas ou ultrabásicas intrusivas, nestas condições está associada ao Corindon, a Apatita, a Serpentina, a Clorita e ao Talco. Ocorre em calcários metamorfisados com Carbonatitos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: A Vermiculita se diferencia da Biotita pelos menores índices de

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Vesuvianita (Ca10(Mg,Fe)2Al4[Si2O7]2[SiO4]5[OH,F)4) - Mineral do Grupo dos Nesossilicatos

Cristais incolores e alto relevo de Vesuvianita em tactito, nicóis

descruzados(20X)

Idem ao anterior, mostrando baixa birrefringência e fraturas

prenchidas por filossilicatos, nicóis cruzados (20X)

Cristal de Vesuvianita

Sistema Cristalográfico: Tetragonal

Caráter e Sinal Óptico: Uniaxial negativo

Índices de Refração: ne= 1,700 a 1,746 e nw= 1,703 a 1,752

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor a verde, amarelo, azul pálido

Hábito: Cristais euhedrais granular

Clivagem: Perfeita em {110}

Birrefringência: Baixa, variando de 0,001 a 0,008

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Negativa

Paragênese: A Vesuvianita ocorre principalmente em contatos metamórficos de calcários metamorfizados. Comumente associada a Granada, Diopsídio e Wolastonita.

Propriedades Diagnosticas e Minerais Semelhantes: Os minerais mais semelhantes são a Zoizita e Clinozoizita, diferenciando pela baixa birrefringência da Vesuvianita.

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Zircão (ZrSiO4) - Mineral do Grupo dos Nesossilicatos

Cristal de Zircão em Biotita, rocha Biotita xisto, formando Halos

Pleocróicos,observe hábito prismático e alto relevo, nicós

paralelos(5X)

Grande Halo Pleocróico de Zircão em Biotita, nicós descruzados(10X)

Cristal de Zircão

Sistema Cristalográfico: Tetragonal

Caráter e Sinal Óptico: Uniaxial positivo

Índices de Refração: ne= 1,968 a 2,015 e nw= 1,923 a 1,960

Relevo: Muito alto positivo

Cor: Incolor

Hábito: Geralmente curtos cristais prismáticos

Clivagem: Ausente

Birrefringência: Muito alta, variando de 0,060 a 0,062

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Negativa

Paragênese: O Zircão pode ser encontrado em granitos, sienitos, granodioritos , pegmatitos, xistos, gnaisses e quartzitos. Sendo um deutérico comum em sedimentos clasticos.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: O Zircão pode ser diferenciado da Apatita pelo alto relevo e birrefringência .

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Zoizita (Ca(Al,Fe)3(OH)(SiO4)3) - Mineral do Grupo do Epidoto

Cristais verdes granulares de Zoizita em rocha calcossilicática

nicóis descruzados (20X)

Idem ao anterior, mostrando baixa a moderada birrefringência,

nicóis cruzados.

Cristal de Zoizita

Sistema Cristalográfico: Ortorrômbico

Caráter e Sinal Óptico: Biaxial positivo

Índices de Refração: na= 1,685 a 1,705; nb= 1,688 a 1,710; ng= 1,697 a 1,725,ângulo 2V = 30º a 60º

Relevo: Alto positivo

Cor: Incolor, verde e mais raramente rosa pleocróico

Hábito: Cristais euhedrais granulares

Clivagem: Perfeita em uma direção {010}

Birrefringência: Baixa a moderada, variando de 0,006 a 0,0018

Extinção: Paralela

Sinal de Elongação: Varia de acordo com a seção

Paragênese: Mineral raro, que ocore em rochas metamórficas, comumente associada a Clinozoisita.

Propriedades Diagnósticas e Minerais Semelhantes: Assemelha-se a Clinozoizita por apresentar cores de interferência normais.