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AULA 14 O QUE É UMA REFINARIA? TIPOS DE PROCESSO DE REFINO TRATAMENTO

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AULA 14

O QUE É UMA REFINARIA?

TIPOS DE PROCESSO DE REFINO

TRATAMENTO

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Evolução do refino brasileiro

A Petrobrás nasce a 3 de Outubro de 1953 com o grande

desafio de garantir a independência economica do Brasil.

Herdou do CNP campos com capacidade produtiva de

2.700 BOE/dia, muito aquém do necessário na época

(137.000 BOE/dia). Para aumentar a competitividade a

solução era investir no refino. Também no momento da

sua criação, a Petrobrás adquire a refinaria de Mataripe

(atual RLAM) que processava 5.000 BOE/dia.

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Evolução do refino brasileiro

Em 1955 inaugura-se a refinaria de Cubatão (atualmente

RPCB) com capacidade para 45.000 BOE/dia. Com isso a

produção atingiu 25.000 BOE/dia, um valor ainda muito

aquém do consumo. Assim, na época o lucro da atividade

no país se resumia à distribuição de derivados que

praticamente estavam nas mãos de multinacionais, logo

sem gerar renda interna.

A solução passou então pelo Monopólio da União sobre o

petróleo nacional.

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O que é uma refinaria de petróleo?Refinaria é o nome usual para referir-se as destilarias de petróleo que realizam o processo químico de limpeza e refino do óleo cru extraído dos poços e minas de óleo bruto, produzindo diversos derivados de petróleo, como lubrificantes, aguarrás, asfalto, coque, diesel, gasolina, GLP, nafta, querosene de aviação e outros.O petróleo bruto (não processado) é composto de diversos hidrocarbonetos, com propriedades físico-químicas diferentes. Por isso, tem pouca utilidade prática ou uso.No processo de refino, os hidrocarbonetos são separados, por destilação, e as impurezas removidas. Estes produtos podem então ser utilizados em diversas aplicações.

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Objetivos do refino

A construção de uma refinaria visa sempre dois objetivos

básicos:Produção de combustíveis e matérias-primas petroquímicas

Produção de lubrificantes básicos e parafinas

O primeiro diz respeito à demanda de combustíveis que é

bem superior à de outros produtos. É fundamental a

obtenção de derivados que levem à produção de GLP,

gasolina, diesel, etc.

Page 6: Pronae aula 14

Objetivos do refino

O segundo objetivo corresponde a um grupo minoritário

cujo objetivo é maximizar frações básicas (lubrificantes e

parafinas). Estes produtos possuem um elevado valor

agregado mas conferem alta rentabilidade aos

refinadores, mesmo com os elevados investimentos.

No Brasil não existem refinarias dedicadas exclusivamente

à produção de lubrificantes e parafinas mas existem

conjuntos dentro de alguns parques com esse objetivo.

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Processo de refino

É um conjunto de processos físicos e químicos com o

objetivo de tornar o óleo cru em derivados. Compreende a

destilação (coluna/vácuo), regeneração e craqueamento.

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Processo de refino

O processo de refino é bem mais do que a

decomposição do óleo cru em HC’s “consumíveis”.

Compreende também:Retirada do sal e água

Aquecimento do óleo em fogo direto

Na coluna o óleo é aquecido junto com a água

Condensação e saída dos produtos

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Primeira etapa do refino

Esta primeira fase corresponde à destilação do óleo

cru numa torre de destilação atmosférica. Ao longo

da torre existem diversos pratos perfurados, cada um

para uma fração desejada. O petróleo é pré-aquecido e introduzido na

metade da torre Como a parte de baixo é mais quente, os HC’s

gasosos tendem a subir e se condensar Nesta etapa se recolhem gás, gasolina, nafta e

querosene As frações retiradas precisam ainda de mais

tratamento antes de serem utilizadas

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Torre de destilaçãoO que ocorre na torre é uma destilação fracionada. Isto significa que o petróleo vai ser aquecido e vão se colhendo os produtos obtidos através de um sistema de torre. Dependendo da temperatura sai um tipo diferente de produto, esse processo é interessante do ponto de vista de Engenharia de Petróleo pois permite que muitas coisas sejam fabricadas ao mesmo tempo.

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Processo de fracionamento do petróleo

Ainda que não seja simples, este processo visa

aproveitar o máximo potencial energético. Neste

processo os pontos de ebulição dos HC’s aumentam

em função dos pesos moleculares. Após

decompostos, esses HC’s são condensados. No final a

sobra são HC’s com pesos moleculares elevados,

sendo necessário aplicar outros métodos para

fracionar o óleo restante.

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Segunda etapa do refino

Um forno promove o re-aquecimento do resíduo

atmosférico (RAT) até a temperatura ideal para o

fracionamento. A torre vai fracionar a vácuo o RAT

produzindo frações que tenham possibilidade de

processamento e geração de produtos de maior valor

agregado (GLP, gasolina, querosene e diesel).

Formação de coque devido a decomposição térmica do

petróleo nas tubulações e no fundo da torre a

temperatura máxima de controle ±400 ºC

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CoqueO coque é um tipo de combustível derivado do carvão betuminoso. Obtém-se do aquecimento do desse carvão, sem combustão, num recipiente fechado. Shot Coke - Apresenta alto teor de enxofre e metais. Apresenta forma esférica de várias dimensões. (Cimenteiras)Coque Esponja - Contém resinas e médios teores de enxofre, asfaltenos e metais – a olho nu, o material apresenta pequenos poros e paredes espessas. (Indústria do alumínio)Coque Agulha - Classificado como material anisotrópico. Contém baixa presença de asfaltenos, resinas e metais. (Indústria do aço)

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Coqueamento retardado

É um processo de obtenção de coque a partir de uma

grande variedade de cargas, normalmente, óleo cru

reduzido, resíduo de vácuo, óleo decantado, alcatrão de

craqueamento térmico e respectivas misturas. A unidade

de coqueamento produz, ainda,gás combustível, GLP,

nafta, gasóleo leve e gasóleo pesado para FCC.Rendimentos típicos:

18% peso de coque

62% volume de diesel

16% volume de nafta

6% volume de GLP

4% peso de gás de refinaria

6% diluente para óleos combustíveis

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Terceira etapa do refino

É nesta fase que se faz o craqueamento (térmico ou

catalítico). O princípio é o mesmo: quebram-se cadeias de

HC’s muito grandes em compostos economicamente mais

viáveis.

O primeiro requer uma temperatura e pressão muito alta,

e é um tanto imprevisível, já o segundo é mais fácil de

controlar visto se usar um catalisador no processo.

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Processos de separação

Os processos de separação são sempre de natureza física

e têm como objetivo desdobrar o petróleo em frações

básicas ou processar uma fração previamente produzida

para retirar dela compostos específicos. Como exemplos

destes processos podemos citar:

Destilação

Desasfaltação a propano

Desaromatização a furfural

Adsorção de n-parafinas

Desparafinação/

desolificação a

solvente (MIBC)

Extração de aromáticos

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Destilação

É um processo de separação dos componentes de uma

mistura de líquidos miscíveis baseado na diferença de

temperatura de ebulição dos seus componentes

individuais. De caráter muito importante para uma

refinaria já que a destilação é usada em quase todos os

processos de refino. Outros processos de separação,

conversão e tratamento usam a destilação como etapa

intermediária ou final das suas operações.

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Desasfaltação a propano

Este processo tem por finalidade extrair um solvente, o

propano líquido a alta pressão, que é um gasóleo

impossível de obter pela destilação. Como subproduto

obtem-se o resíduo asfáltico que pode ser usado como

asfalto ou óleo combustível ultraviscoso.

O óleo desasfaltado pode ser incorporado ao gasóleo

pesado (GOP), para posterior craqueamento e consequente

conversão em nafta e GLP; ou para produção de

lubrificantes, o óleo básico Brighstock ou óleo de cilindro.

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Desaromatização a furfural

Processo para produção de lubrificantes por ação de um

solvente específico (furfural). Consiste na remoção dos

compostos aromáticos de um corte lubrificante para

garantir uma menor variação da viscosidade com a

variação da temperatura (aumentar o IV). O óleo

aromático é coletado e pode ser usado como óleo extensor

de borracha sintética, ou adicionado ao pool de óleo

combustível da refinaria. O produto principal é estocado

para posterior processamento na unidade MIBC (Metil-

Isobutil-Cetona)

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Desparafinação a MIBC

A desparafinação torna-se necessária porque são essas

cadeias lineares que são responsáveis pela baixa fluidez

do óleo. Assim, com o auxílio de um solvente, a fração

oleosa é solubilizada deixando a fração parafínica no

estado sólido. Como, a esta altura, as fases sólidas e

líquidas possuem fluidez diferentes, é possivel filtrar-se

as n-parafinas. O óleo desparafinado e a parafina são

enviados para estocagem.

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Desparafinação a MIBC

O primeiro seguirá para um processo de hidroacabamento

enquanto que a parafina poderá ser desoleificada para

produção de parafinas comerciais ou adicionada ao

gasóleo para posterior craqueamento catalítico

Desoleificação a MIBC

Processo semelhante à desparafinação só que realizado em

condições mais rigorosas, para retirar o óleo contido na

parafina, de modo que seja considerado como produto

comercial.

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Extração de aromáticos

O objetivo desta unidade é semelhante ao da

Desaromatização por furfural, embora a carga, solvente,

produtos e condições de operação sejam diferentes. A

carga é uma nafta proveniente de uma unidade de

reforma catalítica, rica em aromáticos leves (BTX’s). Estes

HC’s têm um alto valor de mercado e são importantes

matérias-primas para a indústria petroquímica. A

extração é feita com um solvente (exp.: TEG).

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Extração de aromáticos

Os aromáticos extraídos, depois da remoção do solvente, são fracionados e destinados à estocagem para futura comercialização. Os não aromáticos são enviados para a pool de gasolina.

Adsorção de n-parafinas

Indicada para remover cadeias parafínicas lineares contidas na fração querosene. Estas parafinas são valiosas matérias-primas para a indústria petroquímica, especificamente na produção de detergentes sintéticos biodegradáveis. Isto torna o processo duplamente vantajoso já que permite a produção adequada de querosene de aviação como também o aproveitamento das parafinas.

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Adsorção de n-parafinas

O processo consiste na adsorção das cadeias lineares

através da sua passagem na fase gasosa num leito de

peneiras moleculares. O leito captura as n-parafinas

permitindo a passagem dos demais compostos.

Posteriormente os HC’s adsorvidos são removidos,

fracionados e estocados para posterior envio à indústria

petroquímica.

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