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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE JACAREZINHO COLÉGIO ESTADUAL “ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE”- EFM PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO JACAREZINHO – PARANÁ

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE JACAREZINHO

COLÉGIO ESTADUAL “ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE”- EFM

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

JACAREZINHO – PARANÁ

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE JACAREZINHO

COLÉGIO ESTADUAL “ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE”- EFM

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Projeto Político Pedagógico apresentado

ao NRE, em atendimento à determinação

do mesmo, para entrar em vigor no ano

de 2011, após aprovação do mesmo.

JACAREZINHO – PARANÁ

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1. SUMÁRIO

2. APRESENTAÇÃO...........................................................................................................08

3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.................................................................10

3.1 Colégio..................................................................................................................10

3.2 Endereço...............................................................................................................10

3.3 Fone......................................................................................................................10

3.4 Fax........................................................................................................................10

3.5 Município...............................................................................................................10

3.6 Dependência Administrativa.................................................................................10

3.7 NRE.......................................................................................................................10

3.8 Entidade Mantenedora.........................................................................................10

3.9 Ato de Autorização...............................................................................................10

3.10 Ato de Reconhecimento......................................................................................10

3.11 Ato de Renovação de Reconhecimento.............................................................10

3.12 Regimento Escolar .............................................................................................10

3.13 Distância da Instituição Escolar do NRE............................................................10

3.14 Localização.........................................................................................................10

3.15 site.......................................................................................................................10

3.16 email....................................................................................................................10

4. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO................................10

5. MARCO SITUACIONAL..................................................................................................11

5.1 Organização da Entidade Escolar........................................................................14

5.1.1 Modalidade de Ensino........................................................................................14

5.1.2 Dados Quantitativos...........................................................................................14

5.1.3 Turnos de Funcionamento.................................................................................15

5.1.4 Ambientes Pedagógicos....................................................................................16

5.2 Histórico da Realidade..........................................................................................16

5.3 Histórico da Instituição Escolar.............................................................................27

5.4 Caracterização da Comunidade Escolar..............................................................28

5.5 Escola de Superação............................................................................................28

5.6 PDE Escola...........................................................................................................29

5.7 Porte da Escola.....................................................................................................29

5.8 Regime Escolar.....................................................................................................29

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3

5.9 Classificação.........................................................................................................29

5.10 Promoção............................................................................................................31

5.11 Dependência.......................................................................................................31

5.12 Regime de Progressão Parcial...........................................................................31

5.13 Quantidade de profissionais em cada setor.......................................................32

5.14 Formação dos Profissionais de Educação.........................................................32

5.15 Análise Crítica.....................................................................................................33

5.15.1 Índice de Aproveitamento Escolar...................................................................33

5.15.2 Contradição e conflitos presentes na prática docente.....................................34

5.15.3 Formação Inicial e Continuada........................................................................34

5.15.4 Organização do Tempo e do Espaço..............................................................37

5.15.5 Equipamentos Físicos e Pedagógicos.............................................................38

5.15.6 Relações humanas de trabalho na escola.......................................................39

5.15.7 Organização da hora atividade........................................................................39

5.15.8 Inclusão............................................................................................................40

5.16 Gestão Democrática...........................................................................................41

5.16.1 Conselho de Classe.........................................................................................41

5.16.2 Conselho Escolar.............................................................................................42

5.16.3 Grêmio Estudantil.............................................................................................43

5.16.4 APMF..............................................................................................................43

5.16.5 Participação dos Pais.....................................................................................44

5.16.6 Critérios de Organização e Distribuição de Turmas........................................45

5.17 Desafios Educacionais Contemporâneos ( Cidadania e Educação Fiscal,

Educação Ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso

indevido de drogas, História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena,

Sexualidade)...............................................................................................................52

5.18 Diversidade ( Paraná Alfabetizado, Educação Escolar Indígena, Educação do

Campo, Relações Étnicos-Racial e Afrodescendência, Gênero e Diversidade

Sexual).......................................................................................................................53

5.19 CELEM (Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna).........................53

5.20 PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional)...........................................53

5.21 Equipe Multidisciplinar........................................................................................54

6. MARCO CONCEITUAL...................................................................................................54

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4

6.1 Fundamentação Teórica do Colégio.....................................................................54

6.1.1 Filosofia do Colégio............................................................................................58

6.1.2 Concepção Educacional....................................................................................60

6.1.3 Princípios Norteadores da Educação................................................................60

6.1.4 Objetivos da Escola...........................................................................................61

6.1.5 Fins Educativos..................................................................................................62

6.1.6 Concepções norteadas pela Lei de Diretrizes de Bases da Educação

Nacional.....................................................................................................................63

6.1.7 Diretrizes Curriculares que norteiam a ação do colégio....................................63

6.1.8 Concepção do Estatuto da Criança e do Adolescente......................................64

6.1.9 Concepção das Capacitações Continuadas......................................................64

6.1.10 Concepção de homem, sociedade, cultura, mundo, educação, escola,

conhecimento, tecnologia, ensino aprendizagem, cidadania/cidadão.......................64

6.1.11 Concepção de Escola de Superação..............................................................66

6.1.12 PDE Escola......................................................................................................67

6.1.13 Concepção de Tempo e Espaço na Escola....................................................67

6.1.14 Concepção e princípios da Gestão Democrática............................................68

6.1.15 Administração Colegiada.................................................................................68

6.1.16 Concepção de Formação Continuada.............................................................68

6.1.17 Concepção da Hora-Atividade.........................................................................69

6.1.18 Concepção de Plano de Trabalho Docente.....................................................69

6.1.19 Concepção da Reunião Pedagógica...............................................................70

6.1.20 Concepção de Conselho de Classe................................................................70

6.2 Concepção de Tempo Escolar.............................................................................70

6.3 Organização Curricular.........................................................................................71

6.4 Matriz Curricular....................................................................................................72

6.5 Diretrizes Curriculares Orientadoras para a Educação das relações étnicos

raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena....77

6.6 Ensino da História do Paraná...............................................................................77

6.7 Lei do Estágio não obrigatória..............................................................................77

6.8 Ensino de Filosofia e Sociologia...........................................................................78

6.9 Concepções de Ações Didático Pedagógicas......................................................78

6.10 Concepção de Complementação Curricular: Instrução n° 010/2009- Programa

Viva Escola..................................................................................................................79

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5

6.11 Concepção de Desafios Educacionais Contemporâneos..................................79

6.12 Concepção de Diversidade (Paraná Alfabetizado, Educação Escolar Indígena,

Educação do Campo, Relações Etnicos-racial e Afrodescendência, Gênero e

Diversidade Sexual)....................................................................................................79

6.13 Concepção Curricular / de Currículo..................................................................81

6.13.1 Relação entre conteúdo, método, contexto sócio-cultural e fins da educação

.....................................................................................................................................84

6.13.2 Relações entre as concepções de homem, sociedade, mundo, educação,

aprendizagem e finalidade dos conteúdos.................................................................84

6.13.3 Respeito à identidade do aluno na perspectiva da diversidade cultural.........85

6.13.4 Articulação desses saberes das áreas de conhecimento, do aluno, do

contexto histórico-social e a mediação de mediação do professor............................85

6.13.5 Relação professor / aluno................................................................................86

6.13.6 Recursos didáticos-pedagógicos facilitadores da aprendizagem...................87

6.13.7 Intervenção constante do professor no processo ensino aprendizagem........87

6.13.8 Relação entre a formação continuada do professor e sua prática..................87

6.13.9 Interdisciplinaridade e Contextualização.........................................................88

6.14 Concepção de Avaliação....................................................................................88

6.14.1 Conceito...........................................................................................................88

6.14.2 Indicadores da Aprendizagem.........................................................................90

6.14.3 Critérios de Promoção.....................................................................................90

6.14.4 Periodicidade do Registro da Avaliação..........................................................91

6.14.5 Resultado da Avaliação...................................................................................91

6.14.6 Encaminhamentos e ações concretas.............................................................91

6.14.7 Procedimento de Recuperação de Estudos....................................................92

6.15 Plano de Avaliação.............................................................................................92

6.15.1 Adaptação Curricular.......................................................................................92

6.15.2 Dependência....................................................................................................93

6.15.3 Progressão Parcial...........................................................................................94

6.15.4 Recuperação....................................................................................................94

6.15.5 Classificação....................................................................................................96

6.15.6 Reclassificação................................................................................................97

6.15.7 Avaliação Final.................................................................................................97

6.15. 8 Procedimento de informação aos pais...........................................................98

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6

6.16 PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional)...........................................99

6.17 Equipe Multidisciplinar........................................................................................99

7. MARCO OPERACIONAL.............................................................................................100

7.1 Plano de Ação....................................................................................................100

7.1.1 Objetivos, metas, ações administrativas, financeiras e políticas pedagógicas

..................................................................................................................................100

7.1.2 Facilitadores da aprendizagem.......................................................................104

7.1.3 Discussão continuada e coletiva da própria prática pedagógica....................104

7.1.4 Intervenção constante do professor no processo de aprendizagem do aluno

..................................................................................................................................105

7.1.5 Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de sua prática

em sala de aula........................................................................................................105

7.1.6 Mudanças significativas a serem alcançadas.................................................105

7.1.7 Organização da Hora Atividade, Reuniões Pedagógicas e Conselho de Classe

..................................................................................................................................106

7.1.8 Recuperação de Estudos e Recuperação parcial...........................................107

7.1.9 Plano de Trabalho Docente.............................................................................107

7.1.10 Diretrizes para avaliação geral de desempenho...........................................108

7.1.11 Ações envolvendo outras instituições...........................................................109

7.1.12 Recursos Financeiros....................................................................................109

7.1.13 Funções Específicas (Organização Interna do Colégio)...............................109

7.1.14 Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos.............................125

7.1.15 Qualificação dos equipamentos pedagógicos (salas, biblioteca, laboratório,

pátio).........................................................................................................................125

7.1.16 Família e Comunidade..................................................................................126

7.1.17 Organização do trabalho pedagógico e a prática docente (a partir do currículo

enquanto núcleo do PPP).........................................................................................127

7.2 Redimensionamento da Gestão Democrática...................................................127

7.2.1 Conselho Escolar............................................................................................127

7.2.2 Conselho de Classe........................................................................................128

7.2.3 Grêmio Estudantil............................................................................................130

7.2.4 Eleição do aluno representante de turma.......................................................130

7.2.5 APMF...............................................................................................................131

7.3 Formação Continuada........................................................................................134

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7.4 Atividades escolares em geral, e as ações didático-pedagógicos a serem

desenvolvidas durante o tempo escolar...................................................................135

7.5 Desafios Educacionais Contemporâneos..........................................................135

7.6 Diversidade.........................................................................................................135

7.7 PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional)..........................................135

7.8 Equipe Multidisciplinar........................................................................................137

8. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR................................................137

9. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...............140

10. REFERÊNCIAS...........................................................................................................140

11. ANEXOS.....................................................................................................................143

11.1 PPC DE ARTE..................................................................................................156

11.2 PPC DE BIOLOGIA..........................................................................................156

11.3 PPC DE CELEM...............................................................................................160

11.4 PPC DE CIÊNCIAS..........................................................................................173

11.5 PPC DE EDUCAÇÃO FÍSICA..........................................................................211

11.6 PPC DE ENSINO RELIGIOSO........................................................................219

11.7 PPC DE FILOSOFIA........................................................................................225

11.8 PPC DE FÍSICA................................................................................................232

11.9 PPC DE GEOGRAFIA......................................................................................237

11.10 PPC DE HISTÓRIA........................................................................................259

11.11 PPC DE INGLÊS............................................................................................273

11.12 PPC DE MATEMÁTICA..................................................................................283

11.13 PPC DE PORTUGUÊS..................................................................................290

11.14 PPC DE QUÍMICA..........................................................................................310

11.15 PPC DE SOCIOLOGIA...................................................................................316

11.16 Modalidade: Ensino Fundamental (Sala de Apoio) Língua Portuguesa........326

11.17 Modalidade: Ensino Fundamental (Sala de Apoio) Matemática....................331

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2. APRESENTAÇÃO

Este Projeto, respaldado e no cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, 9394/96 artigos - 12, 13 e 14 e no Estatuto da Criança e do

Adolescente representa o conjunto de esforços e o empenho de todos os segmentos de

nossa escola, na construção de um mundo mais justo e humano.

No desenvolvimento do P.P.P. a escola vai adquirindo sua identidade, pois é

nesse momento que ela irá pensar e repensar sua filosofia, sua política, suas regras,

seus objetivos e metodologias, suas utopias, é quando vai discernir o que deseja e

espera de seus alunos, pais, professores e todo o colegiado. Neste momento a escola irá

diagnosticar a sua realidade, suas condições físicas, materiais, financeiras e humanas.

Identificará seus limites para traçar seus sonhos e metas.

Ao elaborar a Projeto Político Pedagógico a escola dispõe: de forma clara os

valores coletivos, delimita prioridades, define os resultados desejados e incorpora a auto-

avaliação em seu trabalho. Em função do conhecimento da comunidade em que atua e de

sua responsabilidade para com ela, precisamos conhecer que cada escola possui e

desenvolve uma cultura própria permeada por valores, expectativas, costumes,

tradições, condições, historicamente construídos a partir de contribuições individuais e

coletivas, vemos assim que no interior das escolas, diferentes realidades econômicas,

sociais e características culturais estão presentes e lhe conferem uma identidade

absolutamente peculiar.

Como iniciamos em nossa apresentação, a LDB em seu artigo 12, inciso primeiro,

diz que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu

sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua “proposta pedagógica”

vemos assim que a instituição escolar tem nesse momento histórico a oportunidade de

refletir sobre sua intencionalidade educativa, planejando e executando mudanças que

melhor respondam ás suas necessidades colaborando tanto para a educação geral

quanto para a educação em cada instituição com suas realidades e especificidades.

O contexto educacional inserido no meio sócio-econômico, político e cultural

determina a construção de um projeto político pedagógico que atinja as finalidades da

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escola, definindo seu papel de forma clara, suas formas operacionais e os caminhos que

pretende seguir.

Seu processo de construção aglutinará crenças, convicções, conhecimentos da

comunidade escolar, do contexto social e científico, constituindo-se em compromisso

político e pedagógico coletivo. Ele precisa ser concebido com base nas diferenças

existentes entre seus autores, sejam eles professores, equipe técnico-administrativa, pais,

alunos e representantes da comunidade local. É portanto, fruto de reflexão e investigação.

(VEIGA, 1998, p. 9-32).

O mundo está em processo de contínua mudança. De modo geral pode-se dizer

há contínua transformação no padrão tecnológico, nas informações e na organização do

trabalho. As escolas devem modernizar-se na mesma velocidade destas transformações

e adaptarem-se as mudanças.

Sendo assim, para um resultado mais eficaz a ser alcançado a comunidade

escolar necessita planejar seus desejos e suas idéias para que suas ações sejam

interrelacionadas e/ou integradas na direção de um objetivo maior que será o projeto

político-pedagógico da escola.

GANDIN (1999, p. 38) ressalta que "o planejamento é uma ferramenta. Não

devemos dar-lhe mais importância do que damos a um martelo". Entretanto, a seguir

(p.39) afirma que "investir no planejamento traz como resultado um crescimento da

instituição [...] em termos de ideais , mormente se o instrumento utilizado for o

planejamento participativo". Afirma que “para as instituições que tem como propósito mais

importante a participação na construção da sociedade” (p. 44) o planejamento

participativo é o mais indicado. Concordando com GANDIN, escolhemos o planejamento

participativo como referência.

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3 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

3.1 Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite – EF - Código n° 0050-5

3.2 Rua Fernando Botarelli, 100 – Bairro Aeroporto

3.3 Fone: 43 3525 0290

3.4 Fax: 43 3525 0290

3.5 Jacarezinho / Paraná - Código nº 1190

3.6 Dependência Administrativa Estadual - Código 00430

3.7 Núcleo Regional de Educação de Jacarezinho - Código nº 17

3.8 Governo do Estado do Paraná

3.9 Ato de Autorização/Resolução nº 298/1993

3.10 Ato de Reconhecimento/Resolução nº 3627 de 25/09/1987

3.11 Ato de Renovação de Reconhecimento

Ensino Fundamental/Resolução nº 4308 de 06 de novembro de 2006

Ensino Médio/Resolução nº 5328/2008 de 02/02/2009

3.12 Regimento Escolar – Ato Administrativo n° 029/08 de 13/02/2008

3.13 Distanciamento do NRE: 4,5 K

3.14 Zona Urbana

3.15 site: [email protected]

3.16 email: [email protected]

4. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O projeto político pedagógico objetiva a construção de um referencial norteador,

elaborado na escola como um instrumento para consolidar as novas diretrizes da nova

legislação da educação. (LDB 9394/96, DCN, DCEs, ECA...)

Também numa construção coletiva, objetiva propiciar condições de todos os

segmentos escolares pensarem e repensarem o “fazer escolar”. Um auto conhecer

importantíssimo para uma prática democrática.

Ao elaborar o Projeto a escola confere a si uma identidade única formada por uma

reflexão conjunta do que se deseja e se espera da instituição.

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Portanto objetiva:

• Auto conhecimento

• Organizar e sistematizar os processos escolares

• Fundamentar a proposta pedagógica da escola

• Democratização da gestão escolar

• Estar em constante reflexão da prática escolar

Tudo em prol de uma escola de qualidade em busca da transformação social por

iniciativa de um sujeito, crítico, atuante e politizado.

5. MARCO SITUACIONAL

Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais importantes para o

desenvolvimento de uma nação. É através da produção de conhecimentos que um país

cresce, aumentando sua renda e a qualidade de vida das pessoas. Embora o Brasil tenha

avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para ser feito. A escola

torna-se local de grande importância para a ascensão social e muitas famílias tem

investido muito neste setor.

Pesquisas na área educacional apontam que houve um crescimento no nível de

escolaridade do povo brasileiro, fator considerado importante para a melhoria do nível de

desenvolvimento de nosso país.

No entanto, é preciso que se redefina claramente o papel da escola na sociedade

brasileira, e que os objetivos devem ser buscados nos nove anos do Ensino Fundamental

como ficou estruturado a partir da reformulação da Lei 11.275/06 e de acordo com o

Artigo 23 da LDB 9394/96, o qual indica a organização da organização básica.

Portanto, o relacionamento entre funcionários, professores, equipe pedagógica e

direção é de constante debate numa evolução de comportamentos tanto em equipe como

na equivalência dos trabalhos pertinentes a cada um, tentando formar um todo o que na

realidade é muito difícil.

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Nas reuniões bimestrais de entrega de boletins contamos com a participação dos

pais, assim como nas reuniões da APMF e toda ação que necessitamos convocá-los.

Devido ao número de alunos reprovados e evadidos apresentados em nossos

levantamentos, anterior a 2007, este estabelecimento esteve inserido no PDE Escola em

2008/2009, como escola de superação de defasagem educativa. A partir destas datas

apresentamos melhoras significativas em nossos índices de aprovação.

Acrescentamos que tais problemas surgiram frente a grande dificuldade da

realidade de nosso município, estado e país. Temos a consciência de que devemos

resgatar o valor dos conteúdos científicos no ensino-aprendizagem de nossa comunidade,

no qual já obtivemos algum êxito, visto a importância dos mesmos para a vida acadêmica

e cotidiana dos nossos educandos.

A avaliação é bimestral, serve como diagnóstico para a ação pedagógica e efetiva

construção de conhecimento.

Os conselhos de classe são realizados em nosso colégio como deliberam os

artigos que compõem a Seção IV – do Conselho de Classe do Regimento Escolar em

vigor.

O Grêmio Estudantil “Show de Educação” foi empossado em 12 de fevereiro de

2010, sendo uma organização sem fins lucrativos que representa o interesse dos

estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais.

O Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite E.F.M. localizado no bairro

Aeroporto, a comunidade em que o colégio está inserido é de baixa renda, situada num

bairro de periferia. Observamos que a organização social não ocorre de forma justa pois o

índice de desemprego e sub-emprego é alto. Temos, em uma maioria significativa,

famílias organizadas de diferentes formas. A má distribuição de renda gera o domínio de

poucos sobre a grande maioria oprimida – tema em grande destaque nos discursos de

Paulo Freire. Esse estado em que se encontra, de uma forma geral, a nossa sociedade,

serve apenas para aumentar o desemprego, a violência, desestruturar as famílias, o que

torna o indivíduo sem perspectiva de vida. O analfabetismo, a gravidez precoce, a

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violência, as drogas são problemas de índices consideráveis no bairro. Muitos são os

indivíduos da comunidade , ex-alunos, familiares de alunos, vizinhos e até mesmo alunos,

envolvidos em roubos, assassinatos, tráfico e outros.

A faixa etária de atendimento está entre 10 (dez) e 44 (quarenta e quatro) anos de

idade, a maioria vindo de famílias de pouca escolaridade.

A escola tem como prioridade diminuir a evasão e a repetência orientando os

alunos no comportamento social, no lazer, na religiosidade, na conduta familiar, na

educação sexual através de debates, palestras, vídeos educativos em parceria com

profissionais especializados, direção, equipe técnico pedagógica e docentes.

Nossa escola também considera a educação como processo de interagir para o

desenvolvimento integral do ser humano, respeitando a individualidade, as crenças, os

valores morais, culturais e éticos, os princípios que regem a dignidade humana,

propiciando atitudes reflexivas que possibilitem a transformação da realidade. No entanto

é preciso manter nas aulas os limites e cientificidade da educação para que tenhamos

avanço em nosso trabalho.

Nesse propósito, pretende-se uma escola que contribua, não só para leitura

crítica de mundo, mas que eduque para a reflexão, a ação e a transformação, a partir do

entendimento dos acontecimentos sociais, econômicos, culturais e políticos, tendo como

base os princípios éticos e políticos, expressos nas Diretrizes Curriculares Nacionais.

Dessa forma, as diretrizes, objetivos e metas aqui apresentadas têm o propósito

de contribuir para a efetivação desse princípio, assegurando a qualidade na oferta do

ensino.

Os problemas estruturais aparecem também em grande escala como por

exemplo, a estrutura física das salas de aula onde o ruído de uma sala prejudica as

atividades da outra; espaço inadequado para hora-atividade dos professores, já que o

mesmo encontra-se junto com o laboratório de informática.

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De um modo geral, no que se refere as relações de trabalho todos buscam o

equilíbrio do não conflito, respeitando as opiniões alheias, mantendo a cordialidade

sempre. Tudo com vistas a uma boa convivência.

O desafio é aprender a lidar com as diferenças, que são muitas: gênero, raça,

classe social, maneira de pensar... Olhando para o nosso país, vemos tantas maneiras

diferentes de viver e que precisam ser respeitadas. A riqueza não está em um indivíduo

saber muito, mas em saber partilhar e também aprender com o outro. Ou seja, o saber

relacionar-se. É nesse aprender com o outro que a nossa Escola vem praticando o

exercício da cidadania e da democracia.

5.1 Organização da Entidade Escolar

5.1.1 Modalidade de Ensino

O Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite – EFM oferece o Ensino

Fundamental dos anos finais e Ensino Médio.

5.1.2 Dados Quantitativos

Tal organização está baseada na Lei 9394/96, nos seus artigos 25 e 26 referentes

ao Ensino Fundamental, suas finalidades, seu Currículo e Diretrizes. A flexibilidade é a

garantia para alcançar os objetivos da Educação Básica.

Para isso, o Ensino Fundamental será organizado em séries, áreas e disciplinas.

Número de turmas (total): 26

Número de alunos (total): 685

Número de professores (total): 50

Número de Pedagogos (total): 04

Número de Funcionários (total): 19

Diretor: 01

Diretor Auxiliar: 01

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15

5.1.3 Turnos de funcionamento

O Colégio funciona em três turnos:

Matutino: das 07:20 às 11:45 h

Vespertino: das 13:00 às 17:20 h

Noturno: das 19:00 às 23:10

No turno matutino oferece-se o segundo segmento do Ensino Fundamental e

Ensino Médio, distribuído no total de 10 turmas.

6ª série – 02 turmas – 54 alunos

7ª série – 02 turmas – 67 alunos

8ª série – 01 série – 35 alunos

1º EM – 02 turmas – 53 alunos

2º EM – 02 turmas – 48 alunos

3º EM – 01 turma – 23 alunos

Número de alunos: 280

No turno vespertino oferecemos o segundo segmento do Ensino Fundamental

distribuído no total de 09 turmas.

5ª série – 05 turmas – 114 alunos

6ª série – 02 turmas – 65 alunos

7ª série – 01 turma – 31 alunos

8ª série – 01 turma – 24 alunos

Número de alunos: 234

No turno noturno oferecemos o segundo segmento do Ensino Fundamental e

Ensino Médio, distribuído no total de 07 turmas.

5ª série – 01 turma – 13 alunos

6ª série – 01 turma – 25 alunos

7ª série – 01 turma – 27 alunos

8ª série – 01 turma – 22 alunos

1º EM – 01 turma – 25 alunos

2º EM – 01 turma – 32 alunos

3º EM – 01 turma – 27 alunos

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Número de alunos: 171

Total Geral: 685 alunos

5.1.4 Ambientes Pedagógicos

Total de salas de aula: 11

Número de salas de aula por turno:

Manhã: 10

Tarde: 09

Noite: 07

Sala de Apoio: 02

Biblioteca: 01

Laboratório de Ciências: 01

Laboratório de Informática: 20 computadores com rede de internet

Quadra: coberta 01

5.2 Histórico da Realidade

Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais importantes para o

desenvolvimento de uma nação. É através da produção de conhecimentos que um país

cresce, aumentando sua renda e a qualidade de vida das pessoas. Embora o Brasil tenha

avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para ser feito. A escola

torna-se local de grande importância para a ascensão social e muitas famílias tem

investido muito neste setor.

No entanto dados apontam queda no índice de analfabetismo, este fato deve-se,

principalmente aos maiores investimentos feitos em educação no Brasil nos últimos anos.

Governos municipais, estaduais e federais tem dedicado uma atenção especial a esta

área. Programas de bolsa educação tem tirado milhares de crianças do trabalho infantil

para ingressarem nos bancos escolares. Programas de Educação de Jovens e Adultos

(EJAs), Paraná Alfabetizados também têm favorecido este avanço educacional.

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Outro dado importante é a queda no índice de repetência escolar, que tem

diminuído nos últimos anos. A repetência acaba tirando muitos jovens da escola, pois

estes desistem.

Este quadro tem mudado com reformas no sistema de ensino, que está

valorizando cada vez mais o aluno e dando oportunidades de recuperação.

A LDB 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação ), aprovada em 1996,

trouxe um grande avanço no sistema de educação de nosso país. Esta lei visa tornar a

escola um espaço de participação social, valorizando a democracia, o respeito, a

pluralidade cultural e a formação do cidadão. A escola ganhou vida e mais significado

para os estudantes.

No início do século XXI, toda a sociedade brasileira se depara com a urgente

necessidade de mudar a realidade da educação no país. Fato que explicita essa

necessidade é a persistência do analfabetismo. Isso expressa o atraso do Brasil

marginalizando milhões de cidadãos.

Como explicar que um país que se coloca entre as maiores economias do mundo,

não consegue resolver esta problemática?

Em todo o mundo, o desempenho da educação/ escolaridade depende, em parte,

das características da escola, dos professores, do ensino que os alunos recebem, das

condições econômicas, sociais, históricas e culturais. Há uma interdependência entre o

processo educativo e o desenvolvimento social de um país, pois este implica na melhoria

da qualidade de vida para a população, independentemente do desenvolvimento

econômico. O país pode ser uma grande economia e não ser desenvolvido socialmente.

Nesse caso, sua população não desfruta dos direitos que deveriam ser assegurados pelo

Estado, como saúde, moradia, transporte, segurança, e é claro, educação.

Tal situação se constata no Brasil: temos uma economia consolidada, aberta para

o mercado internacional, com um grande parque industrial e uma fabulosa produtividade

no campo (com super-safra), mas, contraditoriamente, existem milhões de miseráveis; os

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desprovidos de políticas públicas sociais resultado da absurda concentração de renda no

país.

A preocupação com as políticas educacionais trouxeram mudanças na forma de

gestão, na formação de professores, no estabelecimento de sistemas de avaliação

centralizada nos resultados, de programas de educação à distância e de distribuição do

livro didático para o nível fundamental e médio, bem como mudanças na forma de

financiamento da educação.

As políticas educacionais até então adotadas, induziram os Sistemas Estaduais à

municipalização e à nuclearização do ensino.

Educação no Paraná

Ensino Fundamental

O Ensino Fundamental, segunda etapa da Educação Básica, conforme a LDB nº.

9394/96:

- terá a duração mínima de nove anos, sendo de oferta obrigatória e gratuita na

escola pública, inclusive para os que não tiveram acesso na idade própria.

- será de responsabilidade dos Estados e Municípios, os quais deverão definir

formas de colaboração que garantam a sua oferta;

- incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo

progressivamente ampliado o período de permanência dos estudantes na escola,

ressalvados os casos do ensino noturno;

- será ministrado progressivamente em tempo integral.

Este nível de ensino tem como princípio fundamental o desenvolvimento integral

do educando, voltando-se à sua inserção social e ao atendimento da diversidade cultural,

o multiculturalismo e a solidariedade humana, citados na referida Lei:

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I – O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o

pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II – Compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia

das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III – O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista

a aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV – O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Os preceitos legais expressam a importância do Ensino Fundamental no processo

de escolarização da população brasileira, exigindo dos Estados e Municípios a definição

de políticas educacionais que tenham o compromisso com a qualidade do ensino, de

forma a contribuir com a redução das profundas desigualdades sociais e da melhoria das

condições de vida da população brasileira.

É no espaço escolar que se legitimam esses princípios, à medida que o

comprometimento político educacional reconhece a educação como direito de todo

cidadão, valorizando os professores e todos os profissionais da educação, garantindo

possibilidades de trabalho coletivo pautado nos princípios da gestão democrática. Nesse

processo a reflexão, a criação e o reconhecimento da diversidade cultural no espaço

escolar devem tornar-se elementos fundamentais do seu objeto: o conhecimento.

As especificidades de cada espaço de escolarização, o respeito à diversidade de

atendimento, com suas metodologias específicas e as orientações político-pedagógicas

devem voltar-se para mudanças pedagógicas e estruturais, necessitando reconhecer, em

seus encaminhamentos, o dispositivo da Constituição Federal para o Ensino Fundamental

(Art. 208) que garante, a esse nível de ensino, a gratuidade e a obrigatoriedade como

dever do Estado.

Assim sendo, no processo de ensino e de aprendizagem há que se ter como

princípio o conhecimento sobre o educando, em seus aspectos biológicos, psicológicos,

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culturais, emocionais, espirituais e sociais, a partir do reconhecimento de que o indivíduo

é múltiplo; todos são aprendentes em potencial e se diferenciam nas formas e tempos da

aprendizagem, que ocorre de forma processual, contínua e sistêmica.

Dessa forma, as diretrizes, objetivos e metas aqui apresentadas têm o propósito

de contribuir para a efetivação desse princípio, assegurando a qualidade na oferta do

Ensino Fundamental.

Com isso, a formação continuada, a valorização dos trabalhadores em educação,

as condições pedagógicas e de infra-estrutura foram contempladas, tendo em vista:

- a necessidade de redução de número de alunos em sala de aula, respeitando-se

as especificidades do primeiro e segundo segmento do Ensino Fundamental;

- a relevância do processo de construção coletiva do Projeto Pedagógico, de

acordo com as características da comunidade atendida;

- a importância de espaços físicos adequados à realização de atividades

pedagógicas, artístico-culturais e esportivas;

- a relevância das bibliotecas escolares como espaços privilegiados de acesso

aos bens culturais;

- a criação e manutenção de equipamentos culturais em todos os municípios

paranaenses que permitam a ampliação dos espaços de aprendizagem e de acesso aos

bens e equipamentos culturais.

Para que se possa responder as demandas apontadas, é importante pensar a

escola que se quer ter, que se quer oferecer, ou que se precisa ter, e, a partir daí definir o

que é necessário de fato, para criá-las, mantê-las e qualificá-las.

Assim, faz-se necessário apontar caminhos para que se objetive uma escola

comprometida com a socialização do conhecimento historicamente produzido, em que as

contradições de uma prática social excludente sejam enfrentadas, a fim de que se possa

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vislumbrar uma sociedade mais justa. Para tanto, é preciso que os diferentes segmentos

sociais estejam engajados nas discussões e no processo de implantação do Plano

Estadual de Educação.

Cabe, portanto, a toda sociedade, às gestões públicas e aos trabalhadores da

educação, o compromisso em garantir o Ensino Fundamental público, obrigatório e

gratuito com qualidade para todos.

O Paraná, um dos pioneiros a assumir as reformas propostas pelo governo

federal, induziu a que os municípios se responsabilizassem pela Educação Infantil e

Ensino de 1ª a 4ª série, hoje devido reformas do 1º ao 5º ano. Por outro lado, os

municípios não dispunham de infra-estrutura suficiente para dar suporte a uma educação

de qualidade. O processo de municipalização incluiu, como medida administrativa de

economia, a nuclearização das escolas. Isso descaracterizou as comunidades rurais

estimulando a migração, da população do campo para a cidade.

Como a reforma educacional, priorizou pela autonomia de currículo utilizando–se

de Parâmetros Curriculares Nacionais, esta não atendeu a diversidade sócio-cultural

brasileira. Quanto mais se falou em qualidade de ensino, mais se fragilizaram as

aprendizagens. As novidades organizacionais, curriculares e pedagógicas não atenderam

aos objetivos prioritários da escola.

Pelas pesquisas, ou pela observação direta do que acontece nas escolas, vêem

crianças e jovens concluindo as várias fases da escolarização, sem uma mudança

perceptível na qualidade das aprendizagens escolares e na sua formação geral.

Alunos do Ensino Fundamental ainda chegam à 5ª série sem os conhecimentos

básicos de leitura, escrita e cálculos. Essa realidade se faz presente devido a um conjunto

complexo de fatores, entre eles: as condições de trabalho, a formação e remuneração dos

professores, a difusão de teorias e práticas pedagógicas com precário vínculo com as

necessidades e demandas da realidade escolar e a flexibilidade das práticas avaliativas.

Índices apontam melhoria no ensino fundamental, em relação ao ensino médio os

resultados ainda são insatisfatórios.

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Ensino Médio

Desde a consolidação do modelo agrário-comercial exportador dependente, que

sequer estendeu a instrução primária a toda a população, a ascensão social era buscada

na educação, pois esta representava uma oportunidade de ingresso nos poucos cursos

superiores que existiam, concretizando uma forte dualidade estrutural que ainda hoje se

apresenta entre formação humana e propedêutica.

Para que se entenda essa dualidade estrutural, presente na educação escolar

brasileira, do qual o Ensino Médio é a sua maior expressão, faz-se necessário que se

tenha uma visão global do contexto social do qual ela faz parte, enquanto fenômeno

social, e suas relações permanentes com a sociedade brasileira e as relações desta com

os sistemas: econômico, político e social capitalista mundial.

Na verdade, essa situação é um reflexo da organização da sociedade brasileira,

de origem escravocrata, formalizada numa educação para a classe dominante (educação

secundária e educação superior), e outra para o povo (escola primária ou profissional).

Estas duas possibilidades determinavam, para os diferentes indivíduos, a posição a eles

reservada, na divisão social e técnica do trabalho. Aquela dualidade, portanto, vem

identificando historicamente o Ensino Médio, mantendo-o atrelado com a organização e a

permanência da sociedade de classes.

O dualismo toma um caráter estrutural mais acentuado especialmente a partir dos

anos 40, quando a educação nacional foi organizada pelas leis orgânicas e o ensino

técnico foi regulamentado como um sistema paralelo ao ensino clássico, não havendo

nenhuma equivalência entre os dois sistemas. O ingresso na universidade só era possível

àqueles que tivessem concluído os cursos propedêuticos, geralmente alunos não

trabalhadores.

Entre os anos 1940 e 1960 o contexto político brasileiro era dominado por um

nacionalismo liberal, em que os diversos setores nacionais queriam a industrialização do

Brasil e cujas orientações se dividiam entre duas posições políticas: a defesa da

industrialização pela substituição das importações e a defesa da industrialização pela

desnacionalização da economia. Neste contexto, foi discutida e aprovada a primeira Lei

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de Diretrizes e Bases da Educação, lei 4.024/61, que garante a equivalência entre os

cursos técnicos e os secundários propedêuticos, para efeitos de ingresso nos cursos

superiores, embora mantenha a dualidade.

Após 1964, com a tomada do poder pelos militares e intenção dos mesmos de

internacionalizar a economia, o Brasil tem um rápido crescimento, especialmente entre

1968 e 1973, período chamado por muitos de milagre econômico.

No plano educacional, o governo brasileiro passa a moldar a educação brasileira

segundo acordos firmados com a Agência de Desenvolvimento Internacional, acordos

MEC/USAID, objetivando adequar o sistema educacional ao modelo de desenvolvimento

implantado no País, quando são adotadas políticas educacionais voltadas para a

formação de mão-de-obra qualificada e acelerada, visando aumentar a produtividade e

mantendo a divisão técnica e social do trabalho.

Com o aumento pela procura de empregos, acarretada, inclusive, pela rápida

urbanização, os empregadores passaram a exigir o nível de escolaridade cada vez maior

como modo de seleção preliminar, aumentando a demanda também pela educação

superior. Neste contexto é aprovada a Lei 5.692/71 que institui a profissionalização

compulsória para a educação secundária que passa a ser “Ensino de 2º Grau”,

independentemente da classe social, surgindo com um duplo propósito: o de atender à

demanda por técnicos de nível médio e o de conter a pressão sobre o ensino superior.

Na verdade, o país conseguiu instalar um parque industrial considerável, sem que

fosse preciso recorrer à escola unitária de qualidade para todos, sendo necessária,

apenas, uma base estreita de mão-de-obra qualificada, acrescida de um contingente

enorme de trabalhadores pouco educados e mal preparados para enfrentar os desafios

impostos por sistemas mais complexos.

Por outro lado, as resistências da classe média, que desejava para seus filhos o

acesso à universidade, pressionam mudanças na lei. Diante das pressões, o Parecer

76/75 dá nova orientação, flexibilizando a lei e, finalmente, a Lei 7.044/82 põe fim a

compulsoriedade obrigatória no 2º Grau sem, no entanto acabar com a dualidade.

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Nos anos de 1980, a mobilização pela reconquista das liberdades políticas, num

contexto de mudanças com a instalação da Nova República, leva a promulgação da

Constituição de 1988, que incorpora o direito à educação pública e democrática, e cujas

diretrizes fundamentais estão expostas no artigo 205.

Na década de 1990, as mudanças na política educacional evidenciaram outra

orientação política e econômica para o Brasil. A LDB 9394/96 incorpora o Ensino Médio à

educação básica, generalizando o propedêutico, considerado mais adequado e menos

dispendioso diante da rapidez com que o desenvolvimento tecnológico defasava os

cursos técnicos específicos. Assim, todos teriam uma formação geral, de no mínimo 2400

horas,

No Paraná, antecipando-se às reformas, é criado o Programa Expansão, Melhoria

e Inovação do Ensino Médio no Paraná - PROEM, financiado pelo Banco Interamericano

de Desenvolvimento (BID) através do contrato nº. 950/OC-BR, assinado em dezembro de

1997, na paridade 60% para o Estado e 40% para o Banco. As negociações com o Banco

iniciaram-se em 1994 e os acertos finais aconteceram em agosto de 1996, antes,

portanto, da promulgação da LDBEN 9394/96 em 20 de dezembro de 1996. Por este

Programa são, praticamente, suprimidos os cursos profissionalizantes em nível médio,

que têm sua oferta reorganizada. A Rede passa a oferecer o Ensino Médio regular, de

natureza propedêutica, e o ensino profissional, subseqüente ao regular, denominado de

Ensino Pós-Médio.

A partir do Decreto 2.208/97, novas orientações são postas para a educação

profissional e o PROEM passa a financiar apenas o ensino médio regular, uma vez que os

cursos profissionais passam a ser financiados pelo Programa de Expansão da Educação

Profissional - PROEP, também com financiamento parcial do BID.

O Decreto 2.208/97, assim como a política adotada para a educação profissional

no Estado, contraria a proposta de Ensino Médio da LDB 9.394/96, uma vez que a

profissionalização poderia ser desenvolvida paralelamente ou posteriormente ao Ensino

Médio, rompendo qualquer perspectiva de integração entre formação geral e formação

para o trabalho, contrariando a concepção de escola unitária, tecnológica ou politécnica e

pública. Assim, constituí-se uma regressão, uma oficialização da dualidade, que mantém

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duas redes bem diferenciadas de ensino: a propedêutica e a profissional, destruindo a

equivalência e a integração entre elas.

O projeto de Ensino Médio, apresentado nas reformas estadual e nacional,

centrou-se no mercado de trabalho e não na pessoa humana, naturalizando o que

chamamos de dualismo, pois integra.

“(...) os princípios da perspectiva produtivista, baseada numa concepção prática de ensino dualista e fragmentário. A profissionalização se resume ao processo de escolarização necessário ao trabalho, de qualificação para o emprego e o desenvolvimento de habilidades e competências, em função de resultados esperados pelo mercado. Por isso ele [O Projeto de Ensino Médio] pode ser reduzido a um ensino modular, uma vez que tem como perspectiva não a formação humana, mas a obtenção do lucro" (APP-Sindicato. Em defesa da Escola Pública).

No período de 1985 a 1995, o número de matrículas praticamente dobrou no

Estado. Esse acréscimo é absorvido pela Rede Estadual Pública, que passa de 135.675

estudantes, em 1985, para 302.017, em 1995, correspondendo a um aumento de

122,60%, aumentando sua participação percentual no total estadual, enquanto as redes

particular e federal diminuem essa participação quase pela metade, e a municipal

mantém-se praticamente estável.

No período de 1995 a 1999, continua a tendência de expansão, porém, agora,

mais modesta. Nesse período, acentua-se a participação percentual no total estadual, a

rede particular mantém-se estável, apesar de um aumento considerável no número de

matrículas. A Rede Federal mantém a tendência de queda na participação e, a Rede

Municipal, vai deixando de ter participação, nesse nível de ensino.

A partir de 1999, inicia-se uma tendência de queda no total estadual, mas a Rede

Pública mantém sua participação percentual em torno de 88%. Percebe-se, ainda, um

ligeiro aumento na participação da rede particular.

Neste contexto da educação brasileira e paranaense localiza-se a educação no

município de Jacarezinho.

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O município está situado no extremo norte do Estado do Paraná, na faixa de

transição entre o 2º e o 3º planalto paranaense, ocupando uma área de 587,679 Km²

segundo o IAP.

Historicamente, Jacarezinho, foi um município que teve uma atuação forte na área

da educação, motivo de ter sido considerado a “capital estudantil do Paraná”, a exemplo

do extinto Colégio Cristo Rei (alugado atualmente para o Colégio Dinâmico, uma escola

particular) inaugurado em 14 de maio de 1933 em cujas dependências estudaram várias

pessoas ilustres, dentre elas Dom Luiz Gastom de Orleans e Bragança, descendente

direto de D. Pedro I. Outra escola histórica é a Escola Imaculada Conceição, inaugurada

em 14 de junho de 1930.

Hoje a Educação em Jacarezinho conta com sete Colégios Estaduais, que

atendem alunos do 2º segmento do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Pós Médio,

Ensino Técnico e EJA. Na rede Municipal a cidade conta com nove Escolas que oferecem

atendimento do 1º segmento do Ensino Fundamental e as creches que atendem crianças

de 0 a 4 anos. E na rede privada conta com três escolas que ofertam educação infantil e

o 1° segmento do Ensino Fundamental e um Colégio: Elo – Educação Infantil, Ensino

Fundamental e Ensino Médio.

Embora a Educação Especial, por ser uma modalidade da Educação Básica,

permeie todos os graus de ensino e seja contemplada em todas as instituições, a cidade

de Jacarezinho conta ainda com duas instituições privadas especializadas que atendem

as pessoas deficientes, sendo a APAE (Deficiência Mental), e AJADAVI (deficiência

auditiva e visual).

O município ainda conta com a Universidade (UENP): Filosofia, Educação Física

e Fisioterapia e Direito.

Jacarezinho é sede do Núcleo Regional de Educação, vinculado à Secretaria de

Estado da Educação, que é responsável pela Assessoria Pedagógica dos

Estabelecimentos de 13 municípios da região.

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5.3 Histórico da Instituição Escolar

O Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite – Ensino Fundamental e Médio foi

criado e autorizado a funcionar em 18 de fevereiro de 1983, conforme Resolução

Secretarial nº 298/83, publicado no Diário oficial n 1478 de 18 de fevereiro de 1983

ofertando as quatro primeiras séries do Ensino de 1º grau, com o nome de Escola

Estadual “Anésio de Almeida leite”, para atender a comunidade do Conjunto Habitacional

Aeroporto, onde está localizado às margens da BR 153, do município de Jacarezinho.

O Colégio é mantido pelo Governo do Estado do Paraná, e a partir de 21 de

fevereiro de 1984, conforme Resolução Secretaria nº. 572/84 de 21 de fevereiro de 1984

publicado no Diário Oficial de 11 de maio de 1985, fica autorizado o funcionamento

gradativo de 6ª a 8ª séries do Ensino de 1º grau regular a partir de 1985.

Em 18 de setembro, foi reconhecido o curso de 1º Grau Regular conforme

Resolução Secretaria nº. 3.627/87 de 25 de setembro de 19877, publicada no Diário

Oficial nº. 2616 de 25 de setembro de 1987.

Foi autorizado o funcionamento de Classe Especial para portadores de

Deficientes Mentais a partir de 06 de julho de 1987.

Em 12 de novembro de 1990 é implantado o Ensino de 2º Grau Regular com

habilitação em Assistente de Administração e o Colégio passa a chamar-se “Colégio

Estadual Anésio de Almeida Leite” Ensino de 1º e 2º Grau Regular.

Em 1994 foi implantado o curso técnico de Administração, cessando a habilitação

em Assistente de Administração. Ainda em 1994 fica autorizada a implantação de

habilitação em Magistério no período noturno.

Em 1997 foi autorizada a implantação do curso de 2º grau – Educação Geral.

O Colégio fundado em 1983 teve como primeira diretora a Professora Maria das

Graças Figueiredo Saad e atualmente tem como diretor o Professor Antonio César de

Souza.

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O Colégio funciona nos três períodos e atende 673 alunos ofertando o ensino das

Séries Finais do Ensino Fundamental , Ensino Médio e CELEM.

A partir da municipalização do ensino das Séries Iniciais do Ensino Fundamental,

no ano de 2000, o Colégio foi desmembrado passando a acolher a “Escola Municipal

Professor Johan Probst” que atende os alunos de 1ª a 4ª séries, no mesmo prédio. Em

2009 a escola desocupou as dependências do colégio, alojando-se em prédio próprio

(municipal).

5.4 Caracterização da Comunidade Escolar

A comunidade em que o colégio está inserido é de baixa renda, situada num

bairro de periferia. Observamos que a organização social não ocorre de forma justa, pois

o índice de desemprego e subemprego é alto. Temos, em uma maioria significativa,

famílias organizadas de diferentes formas. A má distribuição de renda gera o domínio de

poucos sobre a grande maioria oprimida – tema em grande destaque nos discursos de

Paulo Freire. Esse estado em que se encontra, de uma forma geral, a nossa sociedade,

serve apenas para aumentar o desemprego, a violência, desestruturar as famílias, o que

torna o indivíduo sem perspectiva de vida.

O analfabetismo, a gravidez precoce, a violência, as drogas são problemas de

índices consideráveis no bairro. Muitos são os indivíduos da comunidade , ex-alunos,

familiares de alunos, vizinhos e até mesmo alunos, envolvidos em roubos, assassinatos,

tráfico e outros.

5.5 Escola de Superação

Devido a realidade social em que a escola está inserida, o grande número de

evasão e repetências repercutiu de forma negativa em nossos relatórios finais nos anos

anteriores a 2007 motivo pelo qual o Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite – EFM

esteve entre as escolas de superação, ou seja recebeu uma maior atenção do Governo

na busca de resolver os problemas apresentados.

Vale a pena acrescentar que tivemos uma melhora qualitativa do desempenho

pedagógico de nossos educandos nos anos 2008/2009 e 2010.

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5.6 PDE Escola

O Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite contou com apoio de recursos do

PDE Escola nos anos 2008/2009 com o objetivo de melhor desenvolver a ação

pedagógica.

Este Programa (PDE Escola) surgiu devido ao baixo índice apresentados em

anos anteriores em escolas públicas visando melhoria na qualidade de ensino, o qual

dispõe de recursos financeiros e ações pedagógicas para investimento em materiais

didáticos e demais materiais que visem facilitar e enriquecer a ação educativa.

5.7 Porte da Escola

De acordo com a Resolução nº 3651/2000 que estabelece porte de XI e

Resolução nº 1.150/2002 (em vigor) o estabelecimento Colégio Estadual Anésio de

Almeida Leite – EFM enquadra-se no porte IV.

5.8 Regime Escolar

O Colégio estadual Anésio de Almeida Leite possui um conjunto de normas e

regras que regulam a sua atividade, estabelecendo direitos e deveres. Tal documento

denomina-se Regimento Escolar e reúne as normas básicas descrevendo as regras de

funcionamento da instituição para convivência das pessoas que nela atuam.

Enquanto documento administrativo e normativo, fundamenta-se nos propósitos,

princípios e diretrizes definidos na legislação geral do País e, especificamente, na

Legislação Educacional.

5.9 Classificação

Classificação é o procedimento que o estabelecimento adota segundo critérios

próprios, para posicionar o aluno em série, fase, período, ciclo ou etapa compatível com a

idade, experiência e desempenho adquiridos por meios formais ou informais.

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A classificação pode ser realizada:

I- por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série, etapa,

ciclo, período ou etapa anterior na própria escola;

II- por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do

exterior considerando a classificação da escola de origem;

III- independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação feita pela

escola que destina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua

inserção na série, ciclo, período, fase ou etapa adequada a sua idade.

Fica vetada a classificação para o ingresso na 1ª série do Ensino Fundamental,

conforme Artigo 24, Inciso II da LDB 9394/96.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as

seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e

dos profissionais.

I- proceder a avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

II- comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para

obter deste o respectivo consentimento;

III- organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da escola para

efetivar o processo;

IV- arquivar Atas, Provas, Trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

V- registrar resultados no histórico escolar do aluno.

O aluno que ingressar no estabelecimento por meio de classificação, terá seu

controle de freqüência computado a partir da data efetiva de sua matrícula.

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Reclassificar é o processo pelo qual a escola avalia o grau de desenvolvimento,

experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim

de encaminhá-lo ao período de estudos compatíveis com sua experiência e desempenho,

independentemente do que registra o seu histórico escolar.

Fica vedada a classificação e/ou reclassificação para etapa, ciclo, fase ou período

inferior a anteriormente cursada.

5.10 Promoção

Quanto à promoção adotada pela escola serão considerados os resultados

obtidos durante o período letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha a

incorporá-los expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tomada na melhor

forma.

Serão expressas através de notas numa escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0

(dez vírgula zero) obedecendo à escala de 0,5 (zero vírgula cinco). Ou seja; de meio em

meio ponto, somente a nota final que poderá ser decimal diferente de 0,5 (zero vírgula

cinco). Para obtenção da nota as atividades constarão de instrumentos diversificados com

a somatória de 4,0 (quatro vírgula zero) e 6,0 (seis vírgula zero) avaliação. E uma

freqüência mínima de 75% da carga horária anual.

5.11 Dependência

Conforme o Artigo 94, do Regimento Escolar não ofertamos progressão parcial,

somente serão aceitas transferências recebidas de alunos com dependências em até 3

(três) disciplinas.

5.12 Regime de Progressão Parcial

Conforme o Artigo 94, do Regimento Escolar não ofertamos progressão parcial,

somente serão aceitas transferências recebidas de alunos com dependências em até 3

(três) disciplinas.

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Quando ficar comprovada a impossibilidade do aluno cursar a disciplina em

horário compatível ao da série que o aluno estiver cursando, será estabelecido um plano

especial de estudo registrado em relatório que deverá integrar a pasta individual do aluno.

O plano especial de estudo a que se refere o parágrafo anterior, deverá ser

elaborado pelo respectivo professor da disciplina juntamente com a equipe pedagógica,

bem como todo acompanhamento necessário para que seja realizado com êxito, o

referido plano de estudo será realizado através de estudos de pesquisas sobre a

disciplina em que o aluno ficou retido e uma avaliação referente ao assunto que foi

pesquisado.

Fica vetada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com dependência no

Ensino Fundamental.

A expedição de certificado ( ou diploma) de conclusão de curso, só se dará após

o atendimento integral do currículo pleno e da respectiva carga horária, observados os

mínimos exigidos por lei e eliminadas as dependências ocorridas ao longo do curso.

5.13 Quantidade de profissionais em cada setor

Serviços gerais: 10

Apoio Técnico Administrativo: 05

Biblioteca: 03

5.14 Formação dos Profissionais de Educação

Profissionais total Graduação Especialização PDEPedagogos 04 04 04Docentes 50 15 35 6Direção/Vice 2 2 2

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5.15 Análise Crítica

5.15.1 Índice de Aproveitamento Escolar

Número de AlunosAno 2008 2009 2010

turma Total de alunos Total de alunos Total de alunos

5ª 172 135 132

6ª 117 122 134

7ª 92 99 104

8ª 64 73 86

1º 77 72 89

2º 55 73 51

3º 35 49 52

Índices de EvasãoAno 2008 2009 2010

turma Total de alunos Total de alunos Total de alunos

5ª 21 9 11

6ª 20 12 20

7ª 8 13 13

8ª 9 9 13

1º 18 14 17

2º 10 11 8

3º 6 3 10

Índices de RepetênciaAno 2008 2009 2010

turma Total de alunos Total de alunos Total de alunos

5ª 41 32 18

6ª 16 27 30

7ª 14 22 30

8ª 6 5 7

1º 9 7 8

2º 3 8 6

3º 2 5 4

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5.15.2 Contradição e conflitos presentes na prática docente

Por mais que nos esforcemos, sempre haverá certa distância entre teoria e

prática, (práxis pedagógica), num ir e vir necessário e benéfico, pois um não pode existir

sem o outro.

Nossos professores buscam, ao máximo propiciar condições para que seus

alunos realmente aprendam. A realidade dos professores: carga horária sobrecarregada,

grande número de alunos por sala, prestação de serviços em várias instituições escolares

e outros, colaboram para a prevalência em estratégias de aulas mais expositivas.

5.15.3 Formação Inicial e Continuada

Adjetivar como "continuado" um processo educacional é já admitir certa

concepção de educação. Para aqueles que compreendem – e reduzem – a educação à

formação intelectual, e concebem esta como o domínio do conjunto de conhecimentos –

ou ao menos parte dele – relativo a uma área, trata-se de estar sempre a atualizar os

sujeitos, informando-os sobre os novos descobrimentos da ciência e suas conseqüências

para a ação no mundo do trabalho (no caso dos professores, no seu mundo de trabalho,

aquele do ensino).

Radicalizando a divisão social do trabalho, aprofundada a distância entre a

produção de conhecimentos, sua transmissão e sua transformação em senso comum no

mundo do trabalho e da vida, tratam-se, no mundo da ciência, de produzir e acumular

conhecimentos sobre a natureza das coisas. Por outro lado, trata-se de transferir esse

"corpo sólido" àqueles que usam esses conhecimentos e os transformam em

instrumentos de produção de outros bens, aí incluídos os bens culturais.

A essa separação corresponde outra: aquela entre conhecimentos e saberes, que

graficamente elege a barra como símbolo de tal separação [conhecimentos/saberes]. No

universo simbólico do exercício de qualquer profissão, há um conjunto de conceitos,

referências, signos que resultam da prática transformadora do trabalho em busca de

soluções para as questões postas pelo cotidiano. Considerando esse conjunto de

respostas como saberes produzidos na prática, a educação continuada que mantém a

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separação entre produção e utilização de conhecimentos, entre sujeitos e conhecimentos,

não só desvaloriza os saberes, mas também os sujeitos que os produzem.

No caso da "capacitação" ou "qualificação" de profissionais do ensino, a história

de numerosos programas, sustentados em tais perspectivas, mostra que acabam agindo

como se o exercício da docência fosse sempre um tempo de desgaste, de esvaziamento.

A prática da capacitação está ligada à concepção da própria prática docente.

Essa concepção, hoje, de que o docente é aquele que tem uma série de conhecimentos

ou que, pelo menos, deveria ter, e tem como função passar esses conhecimentos para o

aluno. Então, a prática de capacitação vem a ser você passar, para esse docente, esses

conhecimentos, o que equivale a "encher a cabeça" dele desses conhecimentos, para que

ele os repasse ao aluno. Essa concepção tem o conceito de “educação bancária”, para o

educador Paulo Freire. O professor é uma vasilha onde o capacitador deposita o

conhecimento. Quando o professor passa esse conhecimento para o aluno, é como se ele

estivesse esvaziando a cabeça. Então, ele tem de voltar à capacitação para receber,

encher a cabeça de novo, para depois despejar o que ele já aprendeu em cima do aluno.

Embora a expressão "continuada" recoloque a questão do tempo – e nesse

sentido poderia enganosamente remeter à irreversibilidade e à história –, pratica-se uma

educação continuada em que o tempo de vida e de trabalho é concebido como um "tempo

zero". Zero porque se substitui o conhecimento obsoleto pelo novo conhecimento e

recomeça-se o mesmo processo como se não houvesse história; zero porque o tempo

transcorrido de exercício profissional parece nada ensinar. A cada ano letivo, uma nova

turma, um novo livro didático, um novo caderno intacto. Zerado o tempo, está-se

condenado à eterna repetição, recomeçando sempre do mesmo marco inicial.

No entanto, são os saberes produzidos na escola, junto com outros colegas e

alunos, que iluminam e dirigem as práticas mais significativas do processo de formação

social e intelectual a que se dedicam professores e alunos.

É aproximando conhecimentos apreendidos – na formação inicial ou ao longo do

exercício profissional – às experiências e saberes construídos na prática pedagógica que

o professor produz rupturas. Se à noção de recomeço ou repetição, determinada pelo

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tempo zero, contra-pusermos o tempo de vida como a irreversibilidade de um fluir

constante em que nos acontecem experiências, podemos romper com o passado sem

que o tempo anterior deixe de existir e informar o novo que se constrói. Se aparentemente

a noção de "educação continuada", inclui o tempo, de fato reafirma a exclusão do tempo

real. Em contraste, o sentido que queremos dar a tempo é de tempo de produção, tempo

de vida – o que inclui, na continuidade, a ruptura. A estabilidade superficial do viver é

produto da desordem entre continuidades e rupturas. Sem estas não existe aquela.

Em geral se crê que a formação inicial opera com conhecimentos (teoria) e a

educação continuada extrai da experiência profissional saberes (prática), quando

efetivamente conhecimentos e saberes são concomitantes a ambos os momentos da vida

dos sujeitos. A separação comumente posta entre esses momentos é conseqüência do

fato de se imaginar que, na formação inicial, nos cursos de graduação, os sujeitos

envolvidos – professores e alunos – não produzem saberes, quando pesquisas sobre o

ensino superior vêm apontando os inúmeros saberes que perpassam a formação

universitária.

É preciso cobrar dos estudos pedagógicos que não limitem seu objeto de

pesquisa à atividade do aluno e do professor, sem um sólido quadro teórico que leve em

conta qual é e qual deve ser o conteúdo do ensino e, portanto, o conteúdo da formação

do professor e da aprendizagem do aluno. Esse viés, responsável por um ativismo

pedagogista que ilusoriamente induz a pensar que o ensino é moderno porque "ativo",

baseia-se num conceito limitado da didática. De fato, desde Erasmo na Idade Média,

didática não é a escolha do método ou técnica de ensino, ainda que essa etapa final seja

muito importante, mas o que a antecede: o estudo da relação entre aquilo que o professor

sabe ou deve saber e aquilo que precisa ser aprendido pelo aluno.

No Brasil, está bastante disseminada a concepção de que o conhecimento se

constrói, e se constrói em situações socialmente determinadas. Essa teoria, que é em

princípio benéfica para a educação, não deve, no entanto, substituir os estudos sobre

como se organiza a situação de aprendizagem para que o aluno construa ou reconstrua o

conhecimento. A ausência dessa segunda parte leva à falsa noção de que a situação de

ensino precisa ser desestruturada para ser construtivista, o que seria a negação da

didática.

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A escola deve oferecer ao professor e como colorário aos seus alunos a

oportunidade de discutirem sobre essas teorias que a didática trás à tona nesta época em

que vivemos.

O governo do Paraná, através da SEED, oferece momentos aos professores e

funcionários, para que, durante o ano letivo se organizem para estudos e discussões

coletivas. Muitas vezes acontece fora da escola, no próprio município ou em outros

espaços de capacitação.

Acreditamos que o melhor espaço para a formação continuada seja a própria

escola. Ela deveria ser um centro de capacitação dos educandos, dos professores e dos

funcionários.

Temos encontros no início e no meio do ano letivo. Além destes trabalhos

coletivos o professor, dentro de sua jornada de trabalho, tem a hora atividade. Neste

momento ele deve ser agrupado por disciplina e com orientação do pedagogo da escola,

desenvolver estudos pertinentes à sua necessidade.

A realidade particular de cada estabelecimento de ensino permite organizar

processos diferentes de formação continuada. O Colégio Estadual Anésio de Almeida

Leite desenvolve seus trabalhos coletivos de início e meio de ano de acordo com o

proposto pela SEED. Alguns professores e funcionários participam isoladamente de

encontros promovidos pela SEED.

5.15.4 Organização do Tempo e do Espaço

O tempo e o espaço pedagógico não podem ser desperdiçados, sob pena de se

assistir ao esvaziamento da prática pedagógica que impulsiona o estudante para atingir

novos patamares de aprendizagem.

O Colégio Estadual "Anésio de Almeida Leite" Ensino Fundamental e Médio,

funciona em três turnos: matutino, vespertino e noturno.

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Nossa organização se dá por séries no Ensino Fundamental e, por anos (três) no

Ensino Médio, contamos ainda com o CELEM - Francês. Em contraturno temos as salas

de apoio de Português e Matemática que atendem alunos com defasagem das 5ª séries.

Devido ao georeferenciamento chegamos a contar com turmas de 39 (trinta e

nove) alunos, mas em uma média geral não ultrapassa 35 (trinta e cinco) alunos.

Cabe a equipe pedagógica orientar as atividades pedagógicas em conjunto com

os professores.

5.15.5 Equipamentos Físicos e Pedagógicos

O espaço físico do Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite necessita de

reformas: uma nova construção da cozinha e refeitório, pois este encontra-se em local

destinado a pátio coberto o qual tem as saídas dos banheiros. Estes, por sua vez não

estão adaptados para o recebimento de pessoas portadoras de necessidades especiais.

O espaço é insuficiente para realização da hora-atividade do professor; ao

deslocarem-se da sala de aula para a quadra os alunos não contam com cobertura no

trajeto para os dias de chuva.

Quanto aos materiais necessitamos de carteiras e cadeiras para alunos, visto as

que usamos já estarem bastante danificadas.

Quanto ao material pedagógico, em vista da verba recebida pelo projeto PDE

Escola buscamos suprir as necessidades.

No que se refere ao laboratório de Ciências, Química, Física e Biologia necessita

de adequações principalmente no que se refere a materiais pedagógicos e armários para

organização dos mesmos.

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5.15.6 Relações humanas de trabalho na escola

De um modo geral todos buscam o equilíbrio do não conflito, respeitando as

opiniões alheias, mantendo a cordialidade sempre. Tudo com vistas a uma boa

convivência.

O desafio é aprender a lidar com as diferenças, que são muitas: gênero, raça,

classe social, maneira de pensar... Olhando para o nosso país, vemos tantas maneiras

diferentes de viver e que precisam ser respeitadas. A riqueza não está em um indivíduo

saber muito, mas em saber partilhar e também aprender com o outro. Ou seja, o saber

relacionar-se. É nesse aprender com o outro que a nossa Escola vem praticando o

exercício da cidadania e da democracia.

5.15.7 Organização da hora atividade

Segundo a Instrução Nº 02/2004 – SUED, a Resolução nº 305/2004 – SEED, que

regulamenta a distribuição de aulas nos estabelecimentos de ensino da rede Estadual de

Educação Básica do Estado do Paraná, estabelece normas para a atribuição da hora

atividade, baseada na Lei Estadual nº 13.807, de 30/09/2002 que institui os 20% de hora

atividade.

Seguindo instruções do NRE, deverá ser realizada no mesmo turno, obedecendo

a um cronograma elaborado pela Equipe Pedagógica com colaboração do Corpo Docente

na Semana Pedagógica.

Devido as diferentes jornadas de trabalhos de nossos docentes, os quais prestam

serviços em outros estabelecimentos de ensino não foi possível organizar a hora atividade

utilizando os critérios por disciplina.

Os docentes realizam a hora atividade na sala dos professores, no laboratório de

informática ou na biblioteca, pois não contamos com espaço adequado para tal.

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5.15.8 Inclusão

Quando nos referimos à inclusão, de uma forma mais ampla: respeito às

diferenças étnico-raciais e culturais, respeito as diferentes condições socioeconômicas,

que interferem no processo ensino-aprendizagem é claro que estamos promovendo-a em

nossa escola.

Não recebemos ainda nenhum aluno com deficiência física, motora, auditiva,

visual ou mental grave, mas temos alunos que apresentam um atraso no desenvolvimento

da aprendizagem, com atraso série/idade que requerem atendimento especial que nossa

escola tem se esforçado para oferecer. Para as quintas séries, temos as salas de apoio,

mas quanto às outras séries o número de alunos por turma é grande, o que gera certa

ansiedade dos docentes por não poder atendê-los conforme precisam ser atendidos.

Entendemos que não é o simples fato da ocupação do espaço “sala de aula” que

faz da inclusão uma realidade. Precisamos de mudanças no aspecto físico da escola para

estarmos preparados para recebê-los de acordo com as normas de acessibilidade.

A inclusão é com certeza um grande desafio, pois seria ideal que todas as idéias

se fundissem entre todas as disciplinas no caminho de um mesmo objetivo o de dar

atendimento a todas as pessoas com necessidades educacionais especiais. Com certeza,

sabemos dessa responsabilidade, mas, estamos longe de atingir este objetivo, pois temos

carência de uma estrutura física adequada, de um preparo maior nas questões científicas

no que se refere às várias necessidades especiais, de cada caso em particular.

Sabemos que a escola deve se organizar dentro de sua própria estrutura e nos

vários segmentos, no que diz respeito a atender as necessidades especiais de seus

alunos, seja de caráter transitório ou permanente, mas, para que isto seja

verdadeiramente efetuado, não basta só a boa vontade dos profissionais que atuam nos

estabelecimentos de ensino, o apoio maciço e interessado nestas questões, terá de ser

prioridade da política governamental.

Portanto, precisamos nos adequar para cumprir os princípios dos seguintes

documentos: Lei Federal nº 7853/89 (dispõe sobre a Política Nacional para a Integração

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da Pessoa Portadora de Deficiência); Lei nº 9394/96 (LDB); Decreto Federal nº 3298/99

(regulamenta a Lei 7853/89 e institui a Política Nacional para a Integração da Pessoa

Portadora de Deficiência); Lei nº10172 de 09 de janeiro de 2001 (aprova o Plano Nacional

de Educação); Resolução CNE nº 02 de 11 de setembro de 2001 (institui as Diretrizes

Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica).

5.16 Gestão Democrática

A Gestão Democrática é o processo que rege o funcionamento da Escola,

compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,

acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo a

participação de todos os segmentos da comunidade escolar.

A gestão democrática, como decorrência do princípio constitucional da

democracia e colegialidade, que envolve toda a comunidade escolar que é o conjunto

constituído pelos profissionais da educação, alunos, pais ou responsáveis e funcionários

que protagonizam a ação educativa da escola, terá como órgão máximo de direção o

Conselho Escolar.

Falando propriamente sobre o processo de gestão democrática, em nossa

Escola, é uma utopia que temos conquistado pouco a pouco, entendendo utopia, como

nos diz Vítor Henrique Paro em seu livro “Gestão Democrática da Escola Pública”, não

como algo impossível de se conseguir, mas como algo que almejamos conquistar.

5.16.1 Conselho de Classe

O conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa

didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de ensino,

tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e

os procedimentos adequados a cada caso, assim como reflexão sobre a prática

pedagógica.

O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, pelo Supervisor de Ensino, pelo

Orientador Educacional, pelo Secretário(a) e por todos os professores que atuam numa

mesma classe, assim como representantes de turmas e pais de alunos.

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Tal momento permite uma análise individual de cada educando, seus progressos

e dificuldades na busca de medidas que visem sanar os problemas detectados.

5.16.2 Conselho Escolar

O Conselho Escolar é o órgão que representa a Comunidade Escolar, ele delibera

consulta e avalia sobre concretização dos trabalhos pedagógicos e administrativos dentro

da instituição escolar para que tudo fique de acordo com as Políticas Educacionais,

levando em conta sempre: A Constituição Federal, Estadual ou Municipal, a LDB 9394/96,

o ECA e o Regimento Escolar para cumprir a principal função específica da escola que é

o Social. Tem como objetivo, realizar democraticamente a gestão escolar, presenteando a

coletividade em conformidade com o Projeto-Político Pedagógico, promover a

participação da Comunidade Escolar nas decisões específicas do trabalho pedagógico

escolar. Promover desafios de cidadania fazendo com que a escola pública tenha apesar

de gratuita, boa qualidade no seu propósito. Também organiza trabalhos pedagógicos na

Escola de acordo com interesses específicos e legais. Avalia trabalhos pedagógicos

elaborados pela escola junto à Comunidade Escolar. Garante a função social na qual a

Escola se propõe pautados nos ideais do mandato democrático.

Adota-se a expressão Conselho Escolar seguindo a tradição educacional. No

setor educacional, a tradição consagrou o termo conselho seguido da especificação da

área institucional de abrangência – no caso, conselho nacional, estadual e municipal de

educação – para distinguir das demais áreas de ação governamental. Seguindo essa

tradição, a LDB 9394/96 e a maioria dos sistemas de ensino adotaram o termo Conselho

Escolar, simplesmente. O acréscimo da especificidade – conselho escolar de educação

ou de ensino – seria redundante, uma vez que esta é a especificidade da instituição

escola.

O conselho tem um significado próprio, inerente à própria natureza da escola. Em

certo sentido, é retomada a concepção original dos conselhos, que se constituíam em

instrumentos de tomada de decisões coletivas e era a própria expressão do Estado e da

comunidade. Ou seja: o Conselho Escolar se constitui na própria expressão da escola,

como seu instrumento de tomada de decisão. O Conselho escolar representa a própria

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escola, sendo a expressão e o veículo do poder da cidadania, da comunidade a quem a

escola efetivamente pertence.

Os Conselhos Escolares na educação básica, concebidos pela LDB 9394/96

como uma das estratégias de gestão democrática da escola pública, tem como

pressuposto o exercício de poder, pela participação, das “comunidades escolar e local”

(LDB 9394/96, art.14).

5.16.3 Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil é uma representação do corpo discente da escola, deve ser

visto como uma expressão da vontade coletiva dos estudantes. Tem um papel importante

na formação e no desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da nossa juventude,

representam os primeiros passos na vida social, cultural e política.

A Lei Federal nº 7.398 de 04 /11/1985, no seu artigo 1º, assegura a organização

de Grêmio Estudantil como entidade autônoma de representação dos estudantes. A

organização, o funcionamento e as atividades dos grêmios serão estabelecidos nos seus

estatutos, aprovados em assembléia geral do corpo discente de cada estabelecimento de

ensino particular ou público, para esse fim.

Os conselhos da escola deverão providenciar a divulgação da Lei nº 7398/85,

para que todos tenham conhecimento do direito dos alunos de organizar e construir o

grêmio como entidade autônoma e representativa de seus interesses.

O mesmo terá a colaboração da direção do colégio para a realização de suas

atividades, assim como será parte integrante do Conselho Escolar.

5.16.4 APMF

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários, pessoa jurídica de direito privado,

é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários deste estabelecimento de

ensino, não tendo caráter partidário, racial nem fins lucrativos, cuja finalidade é a

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integração entre a escola, família e a comunidade para o aprimoramento do processo

ensino-aprendizagem, através de aproximação entre os educadores, pais e educandos.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual Anésio de

Almeida Leite – Ensino Fundamental foi fundada em 17/09/1984 foi registrada no Serviço

Social Escolar sob n.º 1869, n.º 62 livro A/01 fls. 193.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários deste estabelecimento possui

estatuto próprio, onde estão explicitados sua organização, funcionamento e atribuições

dos responsáveis.

Tem o papel de promover integração entre família, escola e comunidade, prestar

auxílio aos professores, educandos e funcionários assegurando a total eficiência da

Escola.

Promover integração dos diversos segmentos da sociedade organizada visando

sempre à realidade da Comunidade Escolar. Facilita ao educando condições de participar

dos processos decisórios na escola, representar interesses da comunidade, fazer ou

promover entrosamento entre os segmentos escolares. Administrar finanças, acompanhar

o cumprimento da Proposta Pedagógica, promover encontros onde envolva professores,

alunos, funcionários e comunidade escolar, promovendo uma real integração com a

finalidade de melhorar a união entre os vários segmentos da Escola Pública.

5.16.5 Participação dos Pais

A escola é aberta a comunidade escolar, os pais ou responsáveis têm direito ao

conhecimento do processo pedagógico, bem como de participar da definição das

propostas educacionais; por si mesmos ou por seus representantes do Conselho Escolar

e de requerer cancelamento de matrícula ou transferência nos termos do Regimento

Escolar.

As informações referentes a aprendizagem escolar é feita bimestralmente através

dos boletins escolares e reuniões pedagógicas.

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5.16.6 Critérios de Organização e Distribuição de Turmas

MATUTINO

6ª Série “A”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS ALEXANDRA MARIA CASSETARIMATEMÁTICA REGINALDO ANTONIO V. FRANCOHISTÓRIA MARIA L. MASSERA FERNANDESGEOGRAFIA PATRICIA BENCKCIÊNCIAS VÂNIA MARIA DE OLIVEIRAINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSOENSINO RELIGIOSO SIMONE APARECIDA CORREIA

6ª Série “B”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS ALEXANDRA MARIA CASSETARIMATEMÁTICA REGINALDO ANTONIO V. FRANCOHISTÓRIA MARIA L. MASSERA FERNANDESGEOGRAFIA CLISLENE APARECIDA DOS SANTOSCIÊNCIAS MARIA ROSANGELA F. COELHOINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSOENSINO RELIGIOSO SIMONE APARECIDA CORREIA

7ª Série “A”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS SILVANA BRAGA FERRAZMATEMÁTICA ACACIO TEODORO FRUTUOSOHISTÓRIA EDINEIA C. DE MELO GOMESGEOGRAFIA PATRICIA BENCKCIÊNCIAS MARIA ROSANGELA F. COELHOINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSO

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7ª Série “B”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS SILVANA BRAGA FERRAZMATEMÁTICA REGINALDO ANTONIO V. FRANCOHISTÓRIA MARLI ANDRADEGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRACIÊNCIAS ERIC DE OLIVEIRAINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSO

8ª Série “A”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS ELAINE REGINA GUIMARÃESMATEMÁTICA ACACIO TEODORO FRUTUOSOHISTÓRIA MARLI ANDRADEGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRACIÊNCIAS ERIC DE OLIVEIRAINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLI

1° EM “A”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS ELAINE CRISTINA R. TORRESMATEMÁTICA REGINALDO ANTONIO V. FRANCOHISTÓRIA MARIA L. MASSERA FERNANDESGEOGRAFIA PATRICIA BENCKBIOLOGIA ELAINE MARIA DE GODOYINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSOQUÍMICA DYEGO LEONARDO F. CAETANOFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA EDINEIA C. DE MELO GOMESSOCIOLOGIA EDINEIA C. DE MELO GOMES

1° EM “B”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS ELAINE CRISTINA R. TORRESMATEMÁTICA REGINALDO ANTONIO V. FRANCOHISTÓRIA MARIA L. MASSERA FERNANDESGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRABIOLOGIA ELAINE MARIA DE GODOYINGLÊS FERNANDA LIBERTO

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47

EDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSOQUÍMICA DYEGO LEONARDO F. CAETANOFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA EDINEIA C. DE MELO GOMESSOCIOLOGIA EDINEIA C. DE MELO GOMES

2° EM “A”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS FRANCISCA DE ANDRADEMATEMÁTICA ACACIO TEODORO FRUTUOSOHISTÓRIA MARIA L. MASSERA FERNANDESGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRABIOLOGIA Mª PASCOALINA CORREA DE SOUZAINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLIQUÍMICA DYEGO LEONARDO F. CAETANOFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA EDINEIA C. DE MELO GOMESSOCIOLOGIA MARIA L. MASSERA FERNANDES

2° EM “B”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS FRANCISCA DE ANDRADEMATEMÁTICA ACACIO TEODORO FRUTUOSOHISTÓRIA MARIA L. MASSERA FERNANDESGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRABIOLOGIA Mª PASCOALINA CORREA DE SOUZAINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLIQUÍMICA DYEGO LEONARDO F. CAETANOFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA EDINEIA C. DE MELO GOMESSOCIOLOGIA MARIA L. MASSERA FERNANDES

3° EM “A”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS FRANCISCA DE ANDRADEMATEMÁTICA ACACIO TEODORO FRUTUOSOHISTÓRIA MARIA L. MASSERA FERNANDESGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRABIOLOGIA HELENA PEREZ GARCIA

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INGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIQUÍMICA DYEGO LEONARDO F. CAETANOFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA EDINEIA C. DE MELO GOMESSOCIOLOGIA EDINEIA C. DE MELO GOMES

VESPERTINO

5ª Série “A”DISCIPLINA PROFESSOR

PORTUGUÊS MARIA DE FÁTIMA INOCENTEMATEMÁTICA REGINALDO ANTONIO V. FRANCOHISTÓRIA EDINEIA C. DE MELO GOMESGEOGRAFIA ROBERT HUSSEIN FAWAZCIÊNCIAS NANCY N. GATZKE CORREAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA JOÃO PAULO PEREIRA DA COSTAARTE GISELI DE O. RAMOS TIDREENSINO RELIGIOSO SIMONE APARECIDA CORREIA

5ª Série “B”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARIA DE FÁTIMA INOCENTEMATEMÁTICA REGINALDO ANTONIO V. FRANCOHISTÓRIA CLISLENE APARECIDA DOS SANTOSGEOGRAFIA ROBERT HUSSEIN FAWAZCIÊNCIAS NANCY N. GATZKE CORREAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA ALEXANDRE DOS SANTOS DAMASARTE GISELI DE O. RAMOS TIDREENSINO RELIGIOSO SIMONE APARECIDA CORREIA

5ª Série “C”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARIA AUGUSTA C. DE A. LEITEMATEMÁTICA MICHELLE ARON GONÇALVESHISTÓRIA CLISLENE APARECIDA DOS SANTOSGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRACIÊNCIAS NANCY N. GATZKE CORREAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA DIRCEU DE CARVALHO CRESPOARTE GISELI DE O. RAMOS TIDREENSINO RELIGIOSO SIMONE APARECIDA CORREIA

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5ª Série “D”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARGARIDA PAULINO DE C. PINTOMATEMÁTICA MICHELLE ARON GONÇALVESHISTÓRIA CLISLENE APARECIDA DOS SANTOSGEOGRAFIA ROBERT HUSSEIN FAWAZCIÊNCIAS ERIC DE OLIVEIRAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA DIRCEU DE CARVALHO CRESPOARTE GISELI DE O. RAMOS TIDREENSINO RELIGIOSO CLISLENE APARECIDA DOS SANTOS

5ª Série “E”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARGARIDA PAULINO DE C. PINTOMATEMÁTICA ROOSEVELT R. MENDONÇAHISTÓRIA CLISLENE APARECIDA DOS SANTOSGEOGRAFIA ROBERT HUSSEIN FAWAZCIÊNCIAS NANCY N. GATZKE CORREAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA DIRCEU DE CARVALHO CRESPOARTE GISELI DE O. RAMOS TIDREENSINO RELIGIOSO CLISLENE APARECIDA DOS SANTOS

6ª Série “C”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARGARIDA PAULINO DE C. PINTOMATEMÁTICA MICHELLE ARON GONÇALVESHISTÓRIA LUCIANA MARTINS DE SOUZAGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRACIÊNCIAS VÂNIA MARIA DE OLIVEIRAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA JOÃO PAULO PEREIRA DA COSTAARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSOENSINO RELIGIOSO CLISLENE APARECIDA DOS SANTOS

6ª Série “D”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARGARIDA PAULINO DE C. PINTOMATEMÁTICA MICHELLE ARON GONÇALVESHISTÓRIA DULCE ROMANO M. DA SILVAGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRACIÊNCIAS VÂNIA MARIA DE OLIVEIRAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA JOÃO PAULO PEREIRA DA COSTA

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ARTE ANA ELOISA SPILLER ALONSOENSINO RELIGIOSO CLISLENE APARECIDA DOS SANTOS

7ª Série “C”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS SILVANA BRAGA FERRAZMATEMÁTICA ACACIO TEODORO FRUTUOSOHISTÓRIA LUCIANA MARTINS DE SOUZAGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRACIÊNCIAS NANCY N. GATZKE CORREAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA JOÃO PAULO PEREIRA DA COSTAARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLI

8ª Série “B”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS SILVANA BRAGA FERRAZMATEMÁTICA ACACIO TEODORO FRUTUOSOHISTÓRIA LUCIANA MARTINS DE SOUZAGEOGRAFIA WILSON JOSÉ SIQUEIRACIÊNCIAS NANCY N. GATZKE CORREAINGLÊS FERNANDO RIBEIRO MANOELEDUCAÇÃO FÍSICA JOÃO PAULO PEREIRA DA COSTAARTE GISELI DE OLIVEIRA RAMOS TIDRE

NOTURNO

5ª Série “F”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARIA DE FÁTIMA INOCENTEMATEMÁTICA ROOSEVELT R. MENDONÇAHISTÓRIA EDINEIA C. DE MELO GOMESGEOGRAFIA ANGELA BARBOSACIÊNCIAS MARIA ROSANGELA F. COELHOINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GISELI DE O. RAMOS TIDRE

6ª Série “E”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS MARIA DE FÁTIMA INOCENTEMATEMÁTICA ROOSEVELT R. MENDONÇAHISTÓRIA APARECIDA SANTOS POSSETTIGEOGRAFIA SÔNIA Mª POSSETTI NÉIA

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CIÊNCIAS MARIA ROSANGELA F. COELHOINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLI

7ª Série “D”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS ALEXANDRA MARIA CASSETARIMATEMÁTICA SÔNIA MARLI FREDERICOHISTÓRIA APARECIDA SANTOS POSSETTIGEOGRAFIA SÔNIA Mª POSSETTI NÉIACIÊNCIAS MARIA ROSANGELA F. COELHOINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLI

8ª Série “C”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS ALEXANDRA MARIA CASSETARIMATEMÁTICA WENDELL SANTOS POSSETTIHISTÓRIA APARECIDA SANTOS POSSETTIGEOGRAFIA SÔNIA Mª POSSETTI NÉIACIÊNCIAS MARIA ROSANGELA F. COELHOINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GISELI DE O. RAMOS TIDRE

1° EM “C”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS LUCIANA AMBRÓSIOMATEMÁTICA LUCAS BRAZHISTÓRIA EDINEIA C. DE MELO GOMESGEOGRAFIA SÔNIA Mª POSSETTI NÉIABIOLOGIA ELAINE Mª DE GODOYINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLIQUÍMICA PRISCILA DE ALMEIDA DOS SANTOSFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA MARIA L. MASSERA FERNANDESSOCIOLOGIA MARIA L. MASSERA FERNANDES

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2° EM “C”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS LUCIANA AMBRÓSIOMATEMÁTICA LUCAS BRAZHISTÓRIA APARECIDA SANTOS POSSETTIGEOGRAFIA SÔNIA Mª POSSETTI NÉIABIOLOGIA ELAINE Mª DE GODOYINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIARTE GIOVANNI HENRIQUE GUIDELLIQUÍMICA PRISCILA DE ALMEIDA DOS SANTOSFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA MARIA L. MASSERA FERNANDESSOCIOLOGIA MARIA L. MASSERA FERNANDES

3° EM “B”

DISCIPLINA PROFESSORPORTUGUÊS LUCIANA AMBRÓSIOMATEMÁTICA LUCAS BRAZHISTÓRIA EDINEIA C. DE MELO GOMESGEOGRAFIA SÔNIA Mª POSSETTI NÉIABIOLOGIA ELAINE Mª DE GODOYINGLÊS FERNANDA LIBERTOEDUCAÇÃO FÍSICA ROBERTO BURANIQUÍMICA ELAINE Mª DE GODOYFÍSICA ROOSEVELT R. MENDONÇAFILOSOFIA MARIA L. MASSERA FERNANDESSOCIOLOGIA MARIA L. MASSERA FERNANDES

5.17 Desafios Educacionais Contemporâneos ( Cidadania e Educação

Fiscal, Educação Ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao

uso indevido de drogas, História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena,

Sexualidade)

Um dos maiores desafios contemporâneos da educação talvez seja o trato com

as diferenças e com os problemas enfrentados na sociedade atual.

Os desafios educacionais contemporâneos visam trabalhar com os problemas

contemporâneos de forma a desenvolvermos valores de solidariedade, ética, informações

e novos saberes. Trata-se de buscar a preocupação com o companheiro, com a

humanidade em si.

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A escola, numa nova perspectiva passa a ter um papel muito mais forte, um papel

significativo na formação de parte da personalidade do individuo enquanto ser social.

5.18 Diversidade ( Paraná Alfabetizado, Educação Escolar Indígena,

Educação do Campo, Relações Étnicos-Racial e Afrodescendência, Gênero e

Diversidade Sexual)

Devido as diferenças de raças , condições sócio econômica e cultural do Brasil e

conseqüentemente do Paraná a Secretaria de Estado da Educação na busca de suprir as

necessidades de tal heterogeneidade criou meios de atingir essa clientela respeitando a

individualidade e a riqueza proporcionada pela diversidade.

5.19 CELEM (Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna)

O Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite oferta e vem adaptando-se ao

CELEM (Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna) conforme necessidades e

solicitações da comunidade escolar.

Em 2007, ofertou CELEM (Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna)

Francês Básico no período intermediário (vespertino) com duração de dois anos. Em 2010

abriu uma turma CELEM (Centro de Estudos de Língua Estrangeira Moderna) Francês

Aprimoramento – com duração de um ano.

Em 2011, o Colégio passou a ofertar somente o CELEM (Centro de Estudos de

Língua Estrangeira Moderna) Espanhol, curso este que terá a duração de dois anos, com

carga horária de 160 h/a e a carga horária semanal será de 04 (quatro) h/a de 50

(cinqüenta) minutos. O cumprimento da carga horária estabelecida para o curso é

obrigatória.

5.20 PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional

O Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE do Paraná. Trata-se de uma

política educacional de formação continuada de professoras e professores da rede pública

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de educação do Estado. Para executar esta política, o PDE do Paraná promove uma

interlocução entre a escola pública e a universidade visando à melhoria da qualidade da

Educação Básica no Estado.

O Programa propõe materializar o plano de carreira do magistério, aprovado no

ano de 2004, e abre inscrições para selecionar professores/as a ingressar no PDE a fim

de progredir na carreira. Entretanto, o PDE vai além da simples progressão, porque visa a

realização de uma ampla melhoria na qualidade da educação oferecida as crianças, aos

jovens e aos adultos das escolas públicas do Estado.

5.21 Equipe Multidisciplinar

Vivemos em uma sociedade injusta, organizada em classes desiguais,

acreditamos que a escola é um local onde essas desigualdades podem ser discutidas e

até mesmo superadas por meio de um trabalho coletivo que venha valorizar e respeitar

tanto a cultura que o aluno traz, bem com, outras culturas, incluindo a diversidade.

As Equipes Multidisciplinares no Estado do Paraná foram criadas com o intuito de

orientar o desenvolvimento, no espaço escolar e nos Núcleos Regionais de Educação, de

ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao ensino de História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena.

Com total seriedade e compromisso que a Coordenação da Educação das

Relações da Diversidade Étnico-racial (CERDE), o Departamento da Diversidade (DEDI)

e a Secretaria de Estado da Educação do Paraná entendem que o real trabalho das

Equipes Multidisciplinares, equipes estas que buscam conhecer profundamente as leis e

outros textos que contribuam para disseminar práticas racistas, preconceituosas e

excludentes para com a diversidade.

6. MARCO CONCEITUAL

6.1 Fundamentação Teórica do Colégio

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O Marco Conceitual é a referência para a construção de um ideário que norteia o

caminho para onde vamos e o que pretendemos em relação ao ideal de ser humano, de

sociedade, de educação e sustentado em princípios éticos.

A construção do Ato Conceitual possibilita vislumbrar a utopia do ser humano e

da sociedade. A visão ideal de ser humano é aquela que o vê como um ser singular com

capacidade de amar, questionar, refletir, aprender, transformar e interagir com a realidade

que o rodeia. Um ser humano, com possibilidades para desenvolver as suas capacidades

e superar seus próprios limites numa vida em harmonia com a natureza, família e

sociedade. O seu desenvolvimento acontece alicerçado em valores de justiça, lealdade,

dignidade, bondade e solidariedade, tornando-o um ser ético.

Queremos formar sujeitos compromissados com a comunidade em que vivem,

capazes de refletir sobre os conflitos que enfrentam na busca de soluções e dialogar de

maneira respeitosa e crítica; pessoas conscientes e capazes de resolver problemas do

dia-a-dia, desenvolvendo o espírito crÍtico de cidadania. Uma formação mais humana.

Queremos esta sociedade justa e coerente com a realidade, para que o nosso

trabalho tenha êxito, visto que nossos educandos são frutos de uma sociedade

problemática, portanto, é de extrema importância que a mesma venha refletir sobre o

futuro de nossos jovens e adultos. Desejamos um ambiente mais fraterno, cooperativo,

com igualdade de oportunidades e que tenha sempre incentivo coletivo. Nosso sonho é

uma sociedade mais justa, democrática, solidária, inclusiva e consciente.

Vivemos em uma época em que novos temas devem ser abordados, oriundos de

uma necessidade social global. Nas últimas décadas presenciamos o surgimento de

discussões sobre o meio ambiente, ética, orientação sexual, pluralidade cultural e trabalho

e consumo. Ao discutirmos os saberes necessários prevemos a sociedade que queremos

para viver.

Quando falamos que a ética seria o saber necessário, entendemos que seus

conteúdos ditam uma sociedade ideal, com justiça, solidariedade, diálogo e respeito

mútuo. São saberes aplicáveis as práticas do cotidiano, construídos historicamente pela

humanidade e/ou pela comunidade local. Observamos que temos conhecimentos

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essenciais à formação do indivíduo que aliados aos conhecimentos já existentes façam

diferença em sua vida. Assim educando passa do não domínio ao domínio do saber

sistematizado. E que, esses saberes sejam relevantes ao seu desenvolvimento.

E que papel específico a escola precisa exercer em relação ao saber? O de

incorporar as diferenças combatendo a desigualdade; o de assegurar – no plano social e

cultural – a posse do conhecimento, como defendo no plano econômico e político social a

posse da terra, pois o que possibilita a superação da particularidade é o conhecimento

universal e sobretudo, a compreensão da história. Vejam vocês que, ao falar de

conhecimento, acabo falando de cidadania e esse é um ponto básico a ser reafirmado,

[...] o trabalho básico da escola – de ensinar, de assegurar a reapropriação do

conhecimento – é um serviço que ela presta na (e para a) construção da cidadania.

(KRAMER, 1997, p. 17)

Precisamos de uma escola, cuja educação priorize os valores culturais de sua

clientela, como preconiza a Deliberação nº 04/06, que institui normas complementares às

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o

Ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana e Lei nº 11645 de 10 de março de

2008 que altera a Lei 9394/96 modificada pela Lei nº 10639 de 09 de janeiro de 2003 que

trata da obrigatoriedade da temática “ História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e

Indígena, presença concreta em nossa sociedade sendo esta o ponto de partida para o

desenvolvimento das atividades curriculares. Trabalhando com estes conhecimentos

podemos prever mecanismos que estimulem a participação de todos no processo de

tomada de decisão; sem autoritarismo, rigidez hierárquica, individualismo e comodismo e

estimulando o respeito às diversidades. Assim como os temas abordados como Desafios

Educacionais Contemporâneos, visto tratar de assuntos que afligem claramente nossa

clientela. Fragilidades essas já contempladas nas páginas anteriores.

Uma escola assim, de qualidade, com participação ativa da comunidade poderá

acompanhar melhor as mudanças de informações e valores. Quem sabe pode até

conseguir sua autonomia emancipadora. Para sair do pensamento e se tornar realidade, a

escola precisa de condições básicas para atender, de maneira eficiente, as necessidades

peculiares de seus educandos.

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[...] a primeira ação que me parece fundamental para nortear a organização do trabalho da escola é a construção do projeto político pedagógico Assentado na concepção de sociedade, educação e escola que vise a emancipação humana. Ao ser claramente delineado, discutido e assumido coletivamente ele se constitui como processo. E, ao se constituir como processo, o projeto político-pedagógico reforça o trabalho integrado e a organização da equipe escolar, enaltecendo a sua função primordial de coordenar a ação educativa da escola para que ela atinja o seu objetivo político-pedagógico (VEIGA, 1996 p. 157)

Sendo fundamental para a ação educativa, o projeto político-pedagógico revela

qual processo interativo deverá existir entre professores e alunos. Auxiliando este

trabalho, temos como apoio o livro de Paulo Freire, Pedagogia da autonomia – saberes

necessários à prática educativa (1996). No Capítulo 1 “Não há docência sem discência”

observa que:

É preciso que, pelo contrário, desde os começos do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado formar-se-a ao ser formado. [...] Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. (FREIRE, 1996, p.25)

No cotidiano da escola, o professor deve perceber o aluno como possuidor de

valores e de necessidades que podem ser muito diferentes das suas. Ajudá-lo,

considerando em si mesmo as limitações de conhecimentos e da sua visão de mundo,

requer desse professor uma postura de aprendiz desejoso de conhecer e compreender o

universo do outro.

A comunidade escolar buscará a motivação para o compromisso ético e social

com os usuários do com o serviço público, assumindo o papel de protagonista na

transformação social. Neste sentido, a formação de professores na e para a escola,

poderá influenciar decisivamente no modelo dos serviços educacionais prestados a

população.

Ancorado nas discussões de grupo, norteada no processo educativo em

desenvolvimento, (DCES) e fundamentada na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da

Educação), ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e Constituição Brasileira, o

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Colégio Anésio de Almeida Leite – Ensino Fundamental e Médio considera a educação

como o processo do viver humano de forma subjetiva e objetiva nos indivíduos e na

comunidade, na harmonia com a natureza, na livre expressão do pensamento e no bem-

estar físico-psico-social-espiritual.

6.1.1 Filosofia do Colégio

O Colégio Anésio de Almeida Leite – Ensino Fundamental e Médio, tem em sua

base filosófica uma concepção de ser humano que possui consciência de si mesmo, que

se caracteriza como um ser crítico, com auto-estima elevada, justo e leal aos princípios da

ética e da moral que delineiam a conduta humana. O homem é capaz de pensar sobre

seu existir, fazer uma análise do passado e projetar seu futuro.

A liberdade é inerente ao ser humano e permeia suas ações quando não

impedida por atitudes externas que, no seu pleno gozo, faz prevalecer o direito ao

exercício da cidadania.

Enfim, o modelo de sociedade que se pretende é aquela que tenha uma atuação

participativa, menos alienada, capaz de fazer reflexões críticas, e de apontar soluções

para os problemas. Que seja igualitária e ofereça oportunidade a todos. Pautada em

valores de igualdade, liberdade, solidariedade, respeito, lealdade e justiça.

A construção de uma sociedade ética, participativa e atuante em que a população

seja verdadeiramente o ator do palco social, tem por base o envolvimento e o

comprometimento de todos os segmentos da sociedade num efetivo exercício de

cidadania.

É filosofia de nossa Escola promover a Inclusão de todo e qualquer cidadão. O

acesso, como garante a lei, de todos os cidadãos que a ela recorrerem. E não pensamos

a inclusão apenas como direito de acesso à educação, mas, como falamos anteriormente,

um direito verdadeiro, do acesso e também da permanência do indivíduo, em uma escola

de qualidade. Isso para pessoas advindas das mais diversas condições de aprendizagem

e das diferentes situações socioeconômicas, pois acreditamos ser essa uma das grandes

riquezas da escola: a possibilidade de conviver e aprender com as diferenças, no

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exercício do amor, da tolerância e do respeito uns com os outros. Uma riqueza social

enorme que deve ser explorada para o bem comum.

A Inclusão Educacional que queremos não é só do indivíduo deficiente, mas

também de todos os indivíduos com necessidades educacionais especiais. Isso quer

dizer, tanto as pessoas com alguma deficiência: física, auditiva, visual, da fala ou mental;

(em cumprimento a lei 9394/96 Art. 4o), como também aquelas com necessidades

educacionais especiais, de caráter transitório ou permanente, que qualquer indivíduo

pode ter em decorrência de um acidente, cirurgia, doença, instabilidade emocional,

mudança de escola, dificuldade em aprender um conceito ou ainda devido a condições

socioeconômicas e culturais.

Precisamos promover a inclusão também dos alunos pertencentes as mais

diferentes culturas, etnias e raças, valorizando-as e respeitando-as, para que essas

diferenças não sejam motivos de repetências, evasões, discriminações e sim de riquezas

a serem trabalhadas. Desta forma, a participação dos eventos propostos pela SEED, no

qual envolve educandos do nosso Estado, torna-se enriquecedor, permitindo a interação

entre culturas diferentes, ampliação de conhecimentos, a socialização.

Dentro dessa perspectiva é que a nossa escola faz opção por uma pedagogia

progressista, acreditando na construção de uma sociedade justa e democrática. “A

pedagogia Histórico-Crítica” da qual nos fala Gasparin, em seu livro “Uma Didática para a

Pedagogia Histórico-Crítica”, e Saviani no livro” Escola e Democracia”. Ela não

desconsidera nenhuma outra pedagogia, mas as incorpora a si, construindo

conhecimento. O principal fundamento dessa pedagogia é a teoria da Curvatura da Vara,

da qual nos fala Saviani, também em seu livro, “Escola e Democracia”, (1994, p. 48),

teoria que consiste na idéia de viajar entre todas as pedagogias para então incorporar a

si, tudo aquilo que foi válido e deu certo no processo ensino-aprendizagem ao longo dos

tempos e nas diferentes abordagens pedagógicas. Assim respeita todas as diferenças,

inclusive os diferentes tempos em que o indivíduo aprende.

Diante dessa busca a Escola concebe Educação como um direito de todos,

garantido em lei, que visa o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e

sua qualificação para o trabalho. (Constituição Federal, 1988, Art. 205). Assim procura

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desenvolver um trabalho que de condições às diferentes camadas socioeconômicas de se

apossarem do conhecimento científico, que lhes permitirão proceder à crítica dos

mecanismos sociais de dominação com intenção de desmascarar as desigualdades

sociais, explicitando a ligação entre educação e realidade social com o papel da escola na

sociedade. Cumprindo nossa função social e atendendo a determinação da SEED no

interesse de alfabetizar os cidadãos que não foram contemplados na idade devida, abre-

se espaço para o Paraná Alfabetizado, atendendo assim o anseio de muitos.

Concluindo este texto, fica registrado aqui o que Paulo Freire observa:

A professora democrática, coerente, competente, que testemunha seu gosto pela vida, sua esperança no mundo melhor, que atesta sua capacidade de luta, seu respeito às diferenças, sabe cada vez mais o valor que tem para a modificação da realidade, a maneira consistente com que vive sua presença no mundo, de que sua experiência na escola é apenas um momento importante que precisa de ser autenticamente vivido.” (FREIRE, 1996, p.127)

6.1.2 Concepção Educacional

Todo bom ensino começa, caminha e termina com a avaliação da aprendizagem,

sem a qual não se constrói uma boa escola e, sem uma boa escola não se constrói bons

cidadãos.

A avaliação deve ser contínua e permear todo o processo ensino aprendizagem.

Não com caráter de mera constatação ou classificação, mas com caráter transformador,

comprometida com a promoção da aprendizagem e desenvolvimento abrangendo todos

os alunos.

6.1.3 Princípios Norteadores da Educação

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, em seu artigo

segundo e terceiro, a Educação, dever da família e do Estado, inspiradas nos princípios

de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

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desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho e será ministrado com base nos seguintes princípios:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e

o saber;

III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII – valorização do profissional da educação escolar;

VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos

sistemas de ensino;

IX – garantia de padrão de qualidade;

X – valorização da experiência extra-escolar;

XI – vinculação entre a experiência escolar, o trabalho e as práticas sociais.

6.1.4 Objetivos da Escola

Expressos na LDB e nas Diretrizes Curriculares, o Ensino Fundamental no Brasil

tem por objetivo, no texto da Lei, no seu artigo 32, de modo geral, que este nível de

ensino deva dar ao cidadão a formação básica. Os objetivos se definem em termos de

capacidades de ordem cognitiva, física, afetiva, de relação interpessoal e inserção social,

ética e estética, tendo em vista uma formação ampla.

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62

“O Objetivo Geral do Ensino Fundamental é utilizar diferentes linguagens – verbal,

matemática, gráfica, plástica, corporal – como meio para expressar suas idéias,

interpretar e usufruir das produções da cultura.”

Os objetivos mencionados abaixo, concretizam as intenções educativas:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno

domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das

artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de

conhecimentos e habilidade e a formação de atitudes e valores;

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de

tolerância recíproca em que se assenta a vida social” .

6.1.5 Fins Educativos

A missão da Escola é criar condições físicas, materiais, afetivas, psicológicas e

sociais para que os indivíduos adquiram instrumentos culturais necessários para a

garantia e o desenvolvimento da luta por uma sociedade igualitária para todos os seres

humanos. A Escola precisa propiciar situações onde os seus alunos adquiram bons,

adequados e saudáveis hábitos de convivência, de luta, de trabalho, de aprendizagem, de

conquista, tanto individual quanto coletiva.

Sabemos ser necessário dar novo significado à unidade entre aprendizagem-

ensino, uma vez que, em última instância, sem aprendizagem o ensino não se realiza.

Nada pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir

significados sobre os conteúdos da aprendizagem. O aluno deve construir seu próprio

conhecimento, sendo o professor o mediador desse processo.

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63

Assim assentada nos princípios de uma gestão democrática: participação,

autonomia e liberdade e desenvolvida na relação dialógica, da qual nos fala Paulo Freire,

é que a instituição escolar Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite, pretende numa

ação conjunta lutar por uma sociedade mais justa e humana, que ofereça condições a

todos de se desenvolver e tomar posse de seu papel de cidadão, usufruindo de todos os

direitos e comprometendo-se com seus deveres.

6.1.6 Concepções norteadas pela Lei de Diretrizes de Bases da Educação

Nacional

Todo bom ensino começa, caminha e termina com a avaliação da aprendizagem,

sem a qual não se constrói uma boa escola, e sem uma boa escola não se constrói bons

cidadãos.

A avaliação deve ser contínua e permear todo o processo ensino-aprendizagem.

Não com caráter de mera constatação ou classificação, mas com caráter transformador,

comprometida com a promoção da aprendizagem e desenvolvimento abrangendo todos

os alunos.

6.1.7 Diretrizes Curriculares que norteiam a ação do colégio

Assumir um currículo disciplinar, significa dar ênfase à escola como lugar de

socialização de conhecimento, pois essa função da instituição escolar é essencialmente

importante para os estudantes das classes menos favorecidas, que têm nela uma

oportunidade, algumas vezes a única de acesso ao mundo letrado, do conhecimento

científico, da reflexão filosófica e do contato com a arte.

Desta forma, o Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite – EFM utilizam para

nortear seu trabalho pedagógico as Diretrizes Curriculares Estaduais com o objetivo de

recuperar a função da escola favorecendo aos alunos um projeto de futuro, cidadania e

uma vida digna.

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64

6.1.8 Concepção do Estatuto da Criança e do Adolescente

O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei nº 8069 de 13/07/1990, tem por

objetivo legitimar e fazer valer os direitos das crianças e adolescentes dentro das normas

da lei, em obediência à Constituição Federal.

Em nossa escola, a maioria dos alunos pertencem a faixa etária que os

classificam como crianças e/ou adolescentes, portanto trata-se de um recurso a mais que

ampara nossa ação.

6.1.9 Concepção das Capacitações Continuadas

Segundo Libâneo a formação teórica e prática dos professores envolve

obviamente a formação inicial, mas será necessário um investimento maciço na formação

continuada através de um programa de requalificação profissional.

O professor, assim como os demais funcionários da escola, devem estar em

constante capacitação.

Ser culto hoje é dispor de ferramentas conceituais para lidar com as coisas, tomar

decisões, resolver problemas sociais e profissionais. Partindo dessa concepção,

estabelecemos para 2010 as seguintes metas e ações: dos 200 dias letivos destinar dias

para o aperfeiçoamento das práticas pedagógicas através de grupos de estudos (SEED),

reuniões, planejamentos, elaboração de projetos e avaliações dos trabalhos realizados.

6.1.10 Concepção de homem, sociedade, cultura, mundo, educação, escola,

conhecimento, tecnologia, ensino aprendizagem, cidadania/cidadão.

Dando início a este aporte teórico:

A dimensão política contida em toda a ação educacional é resultado de uma

conseqüência lógica expressa pela imagem de Homem e Mundo que fundamenta

toda a teoria educacional (Ibid, p. 136). (...) Para a superação (de uma educação

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através de um sistema ‘bancário’, citado por Freire) é necessário uma leitura

crítica da Realidade Social, que no campo pedagógico é possível pelo processo

dialético da Ação Comunicativa entre Educador/educando, na medida em que a

Compreensão de Mundo dos participantes passa a ser analisada e entendida

como objeto de conhecimento da ação educativa (Ibid, p. 145). (...) Uma formação

de consciência no sentido crítico e dialético, o que quer dizer: Consciência e

Mundo como Subjetividade de Objetividade são inseparáveis (Ibid, p. 154-155).

(...) “A consciência e o Mundo se dão ao mesmo tempo: exterior por essência à

consciência, o Mundo é por essência, relativo a ela” (SARTE apud KUNZ, 2001a,

p. 155).

O homem por sua própria natureza é um ser em constante transformação. Está

constantemente envolvido na sociedade, buscando sempre algo para completá-lo,

recriando seu futuro e suas razões de existência. Só ele é capaz de enfrentar angústias e

as diversidades na construção de sua própria vida, como escola estaremos buscando

desenvolver o senso critico do aluno para que ele possa interagir com autonomia na

sociedade transformando-a para melhor, que seja capaz de conviver em harmonia com a

natureza e o seu semelhante.

Aquilo que mais difere na escola atual em relação a outros tempos é a forma de

olhar para o educando. Ao conceito de escola que apenas deposita conhecimentos opõe-

se, o conceito de escola que ensina o que fazer com tais conhecimentos. Portanto, o

objetivo da escola é transmitir conhecimentos como forma de perpetuar cultura,

desenvolver a personalidade e estimular a sociedade.

O conhecimento é construído através das relações sociais, em suprimento das

necessidades individuais pensadas coletivamente e revestidas de intencionalidade. Uma

atitude interdisciplinar estabelece uma nova relação entre currículo, conteúdos e

realidade. Desta forma o processo de ensino e aprendizagem pode ser definido como

modo, como os indivíduos adquirem seus conhecimentos e mudam comportamento.

Contudo, a complexidade desse processo dificilmente pode ser explicada através de

recortes do todo. Por outro lado, qualquer definição está, invariavelmente, impregnada de

pressupostos políticos-ideológicos, relacionados com a visão de homem, sociedade e

saber.

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66

A educação preconizada na escola deve ser coerente com as concepções de

homem, mundo e sociedade. É preciso definia ações educacionais, defendendo a idéia de

que a escola não é um lugar para domesticar, mas um espaço especial para a construção

da cidadania, esta por sua vez não tem um fim, mas é uma forma contínua, pois novos

desafios na vida social surgem a cada dia. Vivemos numa sociedade em que os homens

privilegiam alguns princípios e idéias que nos desafiam a constantemente refletir e

repensar o cotidiano.

O mundo enquanto uma dimensão histórica-cultural e, portanto inacabado,

encontra-se em uma relação permanente com o ser humano, igualmente inacabado que

transformando e sendo transformado pelo mundo, sofre os efeitos de sua própria

transformação.

Cada indivíduo, em seu respectivo mundo vivido, pertence a um determinado

grupo social, no qual um processo de interações se desenvolve, ou seja, se

estruturam a intensidade e a regularidade das experiências interacionais, que se

vão estabilizando por condicionamentos de antecipações recíprocas. Assim se

forma a ‘Identidade Social’ para cada indivíduo. Pedagogicamente são

extremamente, neste processo, as instâncias da Primeira Socialização, que são

base para a formação desta identidade social do Educando (KUNZ, 2001a, p.

141).

É preciso desenvolver no educando uma postura de engajamento, compromisso e

participação que os sensibilize para a sua dimensão humana.

6.1.11 Concepção de Escola de Superação

Supera-se aquilo que está em defasagem, o termo Escola de Superação surgiu

devido aos baixos índices de aprovação e altos índices de reprovação e evasão

apresentado em várias entidades escolares. Desta forma espera-se que as escolas

classificadas enquanto Escola de Superação consigam avanços positivos e significativos

em seu processo educativo, contando com o apoio de políticas educacionais.

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6.1.12 PDE Escola

O Plano de Desenvolvimento da Escola, PDE Escola faz parte de um leque de

programas originalmente ligado a um fundo especial de financiamento gerido pelo FNDE

(Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) ,a partir de recursos do BIRD,

denominado Fundescola (Fundo de Fortalecimento da Escola).

O programa está em fase final de execução e, em face das mudanças da

orientação político institucional do Governo Brasileiro, o MEC vem tratando o PDE Escola

como parte integrante do rol de ações do Plano de Desenvolvimento de Educação (PDE)

Nacional.

6.1.13 Concepção de Tempo e Espaço na Escola

O Tempo e o Espaço Escolar, é um local em dado momento da vida do indivíduo

que ele deveria ter a oportunidade de compreender a relação dialética entre o homem e a

natureza e a cultura de seu tempo. Para que isso se efetive faz-se necessário um pensar

pedagógico consciente por parte da Escola. O tempo escolar compreendido é a vivência

pedagógica dos alunos no ambiente escolar que servirá de base de aprendizagem para

toda a vida.

A Escola funciona como mediadora entre o aluno e o conhecimento científico, isso

quer dizer que ela não pode achar-se dona do conhecimento mas de uma forma

interdisciplinar e contextualizada, aproveitando as experiências dos alunos, e respeitando

suas individualidades: ritmo, tempo de aprendizagem, conhecimento que traz consigo,

cultura...etc., promover condições para a aprendizagem dos conteúdos historicamente

acumulados pela sociedade e principalmente para o exercício da democracia.

Exigir que todos aprendam como se fossem iguais é um dos pontos de

ancoragem da exclusão na Escola pois aprendemos de acordo com as experiências

individuais. Segundo Freitas (2004), além de ser respeitado o ritmo e o tempo de cada

aluno é preciso que ele tenha ajuda diferenciada para compreender um conteúdo.

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A Escola precisa atentar para uma organização curricular que privilegie as

relações recíprocas entre vivência, conteúdo e realidade.

6.1.14 Concepção e princípios da Gestão Democrática

A Gestão Democrática é o processo que rege o funcionamento da Escola,

compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,

acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas, envolvendo a

participação de todos os segmentos da comunidade escolar.

A gestão democrática, como decorrência do princípio constitucional da

democracia e colegialidade, que envolve toda a comunidade escolar que é o conjunto

constituído pelos profissionais da educação, alunos, pais ou responsáveis e funcionários

que protagonizam a ação educativa da escola, terá como órgão máximo de direção o

Conselho Escolar.

Falando propriamente sobre o processo de gestão democrática, em nossa Escola,

é uma utopia que temos conquistado pouco a pouco, entendendo utopia, como nos diz

Vítor Henrique Paro em seu livro “Gestão Democrática da Escola Pública”, não como algo

impossível de se conseguir, mas como algo que almejamos conquistar.

6.1.15 Administração Colegiada

O plano de avaliação do Projeto Político Pedagógico será feito através de

pesquisas, questionários, respondidos por todos os segmentos do espaço escolar. Desta

forma, Direção, Equipe Pedagógica, Professores, funcionários e colegiados: Conselho

Escolar, Grêmio Estudantil e APMF poderão criar condições para realimentar o Projeto

Político Pedagógico do Colégio, sempre que assim for necessário.

6.1.16 Concepção de Formação Continuada

Umas das funções primordial de uma escola, é qualificar não apenas os que nela

estudam, mas também os que nela ensinam. Aperfeiçoamento, estudo e reflexão é tarefa

de todos.

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A formação continuada é uma estratégia que visa qualificação pedagógica,

estimula o profissional a sair da acomodação para ir em buscas de novos caminhos. É de

dupla responsabilidade: do profissional que não pode acomodar-se e estacionar no tempo

e da mantenedora, que precisa ampliar o seu campo de ação e encarar como missão que

lhe é própria as formações continuadas, gerando mecanismos que facilitem a capacitação

dos profissionais em atividade.

Buscamos desenvolver em nosso estabelecimento de ensino, um projeto

sistemático de formação continuada de professores e funcionários como ação estratégica,

visando, além da qualificação pedagógica o estímulo e busca do profissionalismo.

6.1.17 Concepção da Hora-Atividade

A hora-atividade foi uma reivindicação da comunidade escolar para que o

docente pudesse refletir, replanejar e encaminhar sua prática.

Um momento que deve ser de estudos reflexivos em busca de aprimoramento. É

a oportunidade de o pedagogo intervir junto ao professor dando-lhe subsídios e avaliando

se as metodologias empregadas estão em consonância com o projeto da escola e seu

plano de trabalho docente.

Nesses horários os professores ainda fazem estudos individuais, correções de

avaliações, planejamentos e registro de classe.

6.1.18 Concepção de Plano de Trabalho Docente

O Plano de Trabalho Docente faz parte da Proposta Pedagógica Curricular;

organiza o ensino aprendizagem em sala de aula; é apresentação sistematizada e

justificada das decisões tomadas; orienta/direciona o trabalho docente; pressupõe a

reflexão sistemática da prática educativa; registra o que se pensa fazer, como fazer,

quando fazer, com que fazer e com quem fazer; antecipação do professor, organizando

tempo e material de forma adequada.

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6.1.19 Concepção da Reunião Pedagógica

Na medida do possível e nas datas previstas em calendário escolar a escola se

reúne para discutir textos encaminhados pelo NRE e outros que a Equipe Pedagógica,

juntamente com a direção e o conjunto de professores, julga necessários.

Ela é um momento extremamente importante para o corpo docente e equipe

pedagógica se reunirem para estudos, reflexões e análise da prática em sala de aula a fim

de avaliar o sistema de aprendizagem e aprimorá-lo atendendo da melhor forma possível

as necessidades dos alunos. Portanto ela deve acontecer pelo menos ao fim de cada

semestre.

A escola não quer deixar de exercer o seu papel, quanto à formação contínua de

seus professores, mas ao mesmo tempo não tem condições para executá-la totalmente,

da forma prevista pelo estado.

6.1.20 Concepção de Conselho de Classe

O Conselho de Classe, enquanto mecanismo previsto na organização da escola,

reflete em realidade, como vem sendo concebida e vivenciada a educação escolar,

suscitando, portanto, diversas e complexas dimensões que podem ser tomadas como

foco de análise.

O Conselho de Classe apresenta como características principais, a forma de

participação direta de todos os profissionais que atuam no processo pedagógico, assim

como pais e alunos; uma organização interdisciplinar e apresenta como centro do trabalho

os resultados da ação pedagógica.

6.2 Concepção de Tempo Escolar

O Tempo e o Espaço Escolar, é um local em dado momento da vida do indivíduo

que ele deveria ter a oportunidade de compreender a relação dialética entre o homem e a

natureza e a cultura de seu tempo. Para que isso se efetive faz-se necessário um pensar

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pedagógico consciente por parte da Escola. O tempo escolar compreendido é a vivência

pedagógica dos alunos no ambiente escolar que servirá de base de aprendizagem para

toda a vida.

A Escola funciona como mediadora entre o aluno e o conhecimento científico, isso

quer dizer que ela não pode achar-se dona do conhecimento mas de uma forma

interdisciplinar e contextualizada, aproveitando as experiências dos alunos, e respeitando

suas individualidades: ritmo, tempo de aprendizagem, conhecimento que traz consigo,

cultura...etc., promover condições para a aprendizagem dos conteúdos historicamente

acumulados pela sociedade e principalmente para o exercício da democracia.

Exigir que todos aprendam como se fossem iguais é um dos pontos de

ancoragem da exclusão na Escola pois aprendemos de acordo com as experiências

individuais. Segundo Freitas (2004), além de ser respeitado o ritmo e o tempo de cada

aluno é preciso que ele tenha ajuda diferenciada para compreender um conteúdo.

A Escola precisa atentar para uma organização curricular que privilegie as

relações recíprocas entre vivência, conteúdo e realidade.

6.3 Organização Curricular

A organização curricular de nosso Estabelecimento de Ensino se dá através de

disciplinas, onde o professor de forma contextualizada procura atender as

individualidades, as diferenças étnico-raciais, (deliberação 04/06) e necessidades

educacionais especiais de seus alunos, com aulas de 50 minutos distribuídas de acordo

com a Matriz Curricular proposta pelo Colégio respeitando tanto a base comum quanto a

parte diversificada.

O Conselho Estadual de Educação, por meio da deliberação N.º4 de 1999,

determina: base comum 75% da carga horária, parte diversificada 25% da carga horária

de escolha do estabelecimento de ensino.

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6.4 Matriz Curricular

ENSINO FUNDAMENTAL DIURNO

NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 1190 - JACAREZINHO

ESTABELECIMENTO: 0505 – COLÉGIO ESTADUAL ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE-EFM

CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIABASE

NACIONAL

COMUM

5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R

Arte (704) 2 2 2 2 320 266

Ciências (301) 3 3 3 3 480 400

Educação Física (601) 2 2 2 2 320 266

Ensino Religioso (7502) 1 1 - - 80 66

Geografia (401) 3 4 4 4 600 500

História (501) 4 3 4 4 600 500

Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533

Matemática (201) 4 4 4 4 640 533

SUB TOTAL 23 23 23 23 3680 3066P. D L.E.M Inglês (1107) 2 2 2 2 320 266

SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333

TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333

TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

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ENSINO FUNDAMENTAL VESPERTINO

NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 1190 - JACAREZINHO

ESTABELECIMENTO: 0505 – COLÉGIO ESTADUAL ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE-EFM

CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO:TARDE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIABASE

NACIONAL

COMUM

5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R

Arte (704) 2 2 2 2 320 266

Ciências (301) 3 3 3 3 480 400

Educação Física (601) 2 2 2 2 320 266

Ensino Religioso (7502) 1 1 - - 80 66

Geografia (401) 3 4 4 4 600 500

História (501) 4 3 4 4 600 500

Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533

Matemática (201) 4 4 4 4 640 533

SUB TOTAL 23 23 23 23 3680 3066P. D L.E.M Inglês (1107) 2 2 2 2 320 266

SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333

TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333

TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

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ENSINO FUNDAMENTAL NOTURNO

NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 1190 - JACAREZINHO

ESTABELECIMENTO: 0505 – COLÉGIO ESTADUAL ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE-EFM

CURSO: 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: NOTURNO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

DISCIPLINAS SÉRIES CARGA HORÁRIABASE

NACIONAL

COMUM

5ª 6ª 7ª 8ª H/A H/R

Arte (704) 2 2 2 2 320 266

Ciências (301) 3 3 3 3 480 400

Educação Física (601) 3 3 2 2 400 366

* Ensino Religioso (7502) 1 1 - - 80 66

Geografia (401) 3 4 4 4 600 500

História (501) 4 3 4 4 600 500

Língua Portuguesa (106) 4 4 4 4 640 533

Matemática (201) 4 4 4 4 640 533

SUB TOTAL 23 23 23 23 3680 3066P. D L.E.M Inglês (1107) 2 2 2 2 2 266

SUB TOTAL 25 25 25 25 4.000 3.333

TOTAL GERAL EM H/A 1.000 1.000 1.000 1.000 4.000 3.333

TOTAL EM H/R 833 833 833 833 3.333 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

* Não computado na carga horária da Matriz por ser facultativo para o aluno.Obs.: Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.

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ENSINO MÉDIO

NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 1190 - JACAREZINHO

ESTABELECIMENTO: 0505 – COLÉGIO ESTADUAL ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE-EFM

CURSO: 0009–ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

DISCIPLINAS SÉRIES

BASE

NACIONA

COMUM

1ª 2ª 3ª

Arte 2 2 -

Biologia 2 2 2

Educação Física 2 2 2

Filosofia 2 2 2

Física 2 2 2

Geografia 2 2 3

História 2 2 2

Língua Portuguesa 3 2 3

Matemática 2 3 3

Química 2 2 2

Sociologia 2 2 2

SUB TOTAL 23 23 23

P. D. * L.E.M Espanhol *4 *4 *4

L.E.M Inglês 2 2 2

SUB TOTAL 6 6 6

TOTAL 29 29 29

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

Obs.: * Disciplina de matrícula facultativa no CELEM, ministrada em turno contrário.

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ENSINO MÉDIO

NRE: 17 – JACAREZINHO MUNICÍPIO: 1190 - JACAREZINHO

ESTABELECIMENTO: 0505 – COLÉGIO ESTADUAL ANÉSIO DE ALMEIDA LEITE-EFM

CURSO: 0009–ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA DE IMPLANTAÇÃO: SIMULTÂNEA

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

DISCIPLINAS SÉRIES

BASE

NACIONA

COMUM

1ª 2ª 3ª

Arte 2 2 -

Biologia 2 2 2

Educação Física 2 2 2

Filosofia 2 2 2

Física 2 2 2

Geografia 2 2 3

História 2 2 2

Língua Portuguesa 3 2 3

Matemática 2 3 3

Química 2 2 2

Sociologia 2 2 2

SUB TOTAL 23 23 23

P. D. * L.E.M Espanhol *4 *4 *4

L.E.M Inglês 2 2 2

SUB TOTAL 6 6 6

TOTAL 29 29 29

Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

Obs.: Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.* Disciplina de matrícula facultativa no CELEM, ministrada em turno contrário.

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6.5 Diretrizes Curriculares Orientadoras para a Educação das relações

étnicos raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e

Indígena

Sobre uma perspectiva de inclusão social as Diretrizes Curriculares Estaduais

consideram a diversidade cultural: o cumprimento da Lei nº 10.639/03 que inclui no

currículo Oficial a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, seguida das

Diretrizes Curriculares Nacionais, para a Educação das relações étnico-raciais e para o

ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; o cumprimento da Lei nº 11.645/08

que inclui no Currículo Oficial a obrigatoriedade do ensino da História e cultura dos povos

Indígenas do Brasil.

6.6 Ensino da História do Paraná

Com o objetivo de preservar a memória paranaense, assim como os seus

movimentos sociais organizados a Lei nº 13.381/01 torna obrigatório no Ensino

fundamental e Médio da Rede Pública da Rede Estadual os conteúdos de História do

Paraná.

6.7 Lei do Estágio não obrigatória

Segundo a Lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008, Artigo 1º “Estágio e Ato

Educativo Escolar Supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa a

preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o Ensino

Regular em instituições de Educação Superior, de Educação Profissional, de Ensino

Médio, da Educação Especial e dos anos finais do Ensino Fundamental, na modalidade

profissional de Jovens e Adultos”.

O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das

Diretrizes Curriculares da etapa, modalidade e área de ensino da Proposta Pedagógica do

Curso.

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Não oferecemos cursos onde nossos alunos devam cumprir a obrigatoriedade do

estágio, no entanto recebemos acadêmicos estagiários da Universidade.

6.8 Ensino de Filosofia e Sociologia

O Ensino de Filosofia e Sociologia no Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite –

EFM é ministrado em disciplinas específicas no Ensino Médio e tem como referência as

Diretrizes Curriculares na sua aplicação, sendo assim, optou –se por um currículo

disciplinar, o qual significa dar ênfase à escola como lugar de socialização do

conhecimento, pois essa função da instituição escolar é especialmente importante para os

estudantes das classes menos favorecidas, que têm nela uma oportunidade, algumas

vezes a única, de acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão

filosófica e do contato com a arte.

Caso o estabelecimento de ensino receba alunos que não tenham sido

contemplados com conteúdos das disciplinas de Filosofia e Sociologia, os professores

juntamente com a equipe pedagógica realizarão projetos de complementação de

conteúdos para que os alunos não sejam prejudicados em seu conhecimento.

6.9 Concepções de Ações Didático Pedagógicas

A proposta das atividades e ações didático pedagógica desenvolvidas consta com

a colaboração de Diretores, equipe pedagógica, professores e funcionários em geral.

Faz-se necessário propiciar aos educandos a liberdade de criar e desenvolver suas

aptidões:

CELEM

Jogos Colegiais

História e Cultura Afro Brasileira e Indígena

Fera / Comciência

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6.10 Concepção de Complementação Curricular: Instrução n° 010/2009-

Programa Viva Escola

O Programa Viva Escola, assume como Política Pública Atividades Pedagógicas

e complementação curricular e desenvolvido em grande parte das escolas da Rede

Pública Estadual do Paraná.

Tais atividades são organizadas a partir de quatro núcleos de conhecimentos:

expressivo-corporal, científico-cultural, apoio à aprendizagem e integração comunidade

escola.

6.11 Concepção de Desafios Educacionais Contemporâneos

Os Desafios educacionais serão trabalhados à medida que forem necessários.

Na medida em que os conteúdos oportunizem serão problematizados os desafios

Educacionais Contemporâneos. Tais desafios podem ser abordados sob diversas

maneiras, como leitura de reportagem de jornais, revistas, livros, vídeos, filmes,

pesquisas, entrevistas, palestras e debates, etc.

Será proposto aos alunos a reflexão e a análise sobre a Diversidade Cultural

Nacional, evidenciando diferenças e refletindo sobre seus contrastes e contradições.

6.12 Concepção de Diversidade ( Paraná Alfabetizado, Educação Escolar

Indígena, Educação do Campo, Relações Etnicos-racial e Afrodescendência,

Gênero e Diversidade Sexual )

A Diversidade é percebida, com freqüência, uma disparidade, uma variação, uma

pluralidade, o contrário da uniformidade e da homogeneidade. Nos dias de hoje ela é

sinônimo de diálogo e de valores compartilhados.

O conceito de Diversidade Cultural vai mais além naquilo que a multiplicidade de

culturas contempla, em uma perspectiva sistêmica na qual cada cultura se desenvolve e

evolui em contato com outras culturas.

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Tendo em vista temos:

Programa Paraná Alfabetizado – Mobilizou a sociedade e tem por objetivo

promover a alfabetização e resgatar a cidadania de milhares de Paranaenses.

Educação Escolar Indígena – A Constituição Federal assegura às comunidades

indígenas o direito de uma educação escolar diferenciada e a utilização de suas línguas

maternas e processos próprios de aprendizagem. Os indígenas deixaram de ser

considerados uma categoria social em vias de extinção e passaram a ser respeitados

como grupos étnicos diferenciados. Também a LDB 9394/96 garantiu aos povos

indígenas a oferta de educação escolar intercultural e bilíngüe.

Educação do Campo - Trata-se de uma política pública nacional, que na última

década se concretizou no Paraná assim como em todo país com o objetivo de resgatar a

dívida histórica aos sujeitos do campo com uma educação de qualidade, vinculada à sua

cultura e necessidades.

Relações Étnicos-Racial e Afrodescendência – A Lei 10.639/03, traz a tona os

debates sobre o multiculturalismo e suas implicações num cenário social brasileiro, numa

tentativa de tornar a discriminação racial e o preconceito mais amenos em nossa

sociedade. Focalizar então as dimensões multiculturais num contexto educacional,

juntamente com as leis de combate ao racismo e promoção da consciência racial, vem

contribuir para a construção da identidade e promoção das relações étnicos-raciais.

Gênero e Diversidade Sexual – As preocupações em torno das sexualidades, das

homosexualidades e das identidades e expressões de gênero também não são novas no

espaço escolar. No entanto, no Brasil, só a partir da segunda metade dos anos de 1980,

elas começaram a ser discutidas mais abertamente no interior de diversos espaços

sociais – entre eles, a escola e a universidade.

Segundo a perspectiva adotada hoje pela Secretaria de Educação Básica/MEC, o

conceito de qualidade social da educação guarda vínculos com o desenvolvimento

integrado do país e com o campo dos Direitos Humanos. A Secad/MEC entende que a

legitimidade da pluralidade de gênero, das identidades de gêneros e da livre expressão

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afetiva e sexual integram os direitos humanos. Assim, a função social da escola volta-se a

inclusão social.

6.13 Concepção Curricular / de Currículo

Currículo é muito mais do que o conteúdo a ser aprendido, significa todos os

processos da vida escolar. Tudo aquilo que contribui para a construção de melhores

comunidades e um futuro melhor.

O currículo existe na vivência das pessoas: As relações humanas na sala de aula,

os métodos de ensino, as relações entre os

conteúdos/contextualização/interdisciplinaridade e as avaliações que permeiam o

processo, constroem o currículo. Ele deve visar à melhoria na vida do indivíduo e da

comunidade.

Faz parte da construção e desenvolvimento do currículo definir que conteúdos

serão abordados, mas imprescindível que se avalie em que esses ajudarão o aluno, qual

sua implicância prática e social. E importante ainda, através dos conteúdos abordar

questões éticas, raciais, sociais, econômicas, respaldado e em cumprimento às leis que

regem a Educação, desenvolvendo o senso crítico, a consciência dos alunos e

respeitando seu ritmo, prevenindo a exclusão e a repetência.

Com essa abordagem asseguramos o respeito e a tolerância às diferenças

individuais. Tomando então por desafio a luta pelas desigualdades e o reconhecimento

das diferenças. E centralizando nossos esforços, não na deficiência, mas nas

possibilidades de aprendizagens do educando e nas estratégias que vamos lançar mão

para alcançar nossos objetivos, como nos diz CARVALHO,

“É importante destacar que ‘especiais’ devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e a participação de todos os alunos”. (2000, p17).

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O processo de inclusão educacional exige planejamento e mudanças sistêmicas,

político-administrativas na gestão educacional, que envolvem desde a alocação de

recursos governamentais até a flexibilização curricular que ocorre em sala de aula,

conforme é preceituado na Deliberação n.º 02/03, os seguintes artigos.

Art. 11. Para assegurar o atendimento educacional especializado os

estabelecimentos de ensino deverão prever e prover:

I. flexibilização e adaptação curricular, em consonância com a proposta

pedagógica da escola.

II. Art. 22. A organização da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino

deverá tomar como base as normas e diretrizes curriculares nacionais e

estaduais atendendo ao princípio da flexibilização.

& 1O. As escolas devem garantir na proposta pedagógica a flexibilização curricular

e o atendimento pedagógico especializado para atender as necessidades educacionais

especiais de seus alunos.

O currículo deve ser entendido como instrumento de compreensão do mundo, de

transformação social e de cunho político pedagógico, ou seja, a cultura e o saber da

comunidade fazem parte da vida do estudante a ponto de constituírem a educação com a

qual ele chega à escola. Falar em conhecimento, cultura e educação é também refletir

sobre qual a concepção de currículo dentro da nova proposta que iremos trabalhar.

O currículo deverá ser descrito como um projeto educacional planejado e

desenvolvido a partir de uma seleção da cultura e das experiências das quais deseja-se

que as novas gerações participem, a fim de socializá-las e capacitá-las para ser cidadãos

solidários, responsáveis e democráticos. Toda instituição escolar quer estimular e ajudar

os alunos a compreender e comprometer-se com a experiência acumulada pela

humanidade e, mais concretamente, com a sociedade na qual vivem.

Alguns princípios que poderão embasar nossas reflexões na construção

curricular são os seguintes:

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- propiciar ferramentas teóricas e práticas, através dos conteúdos das diversas

áreas do conhecimento, que capacitem não apenas os educandos como também os

demais sujeitos escolares (docentes, funcionários, comunidade) a ler a realidade,

interpretar, se posicionar e influenciar sobre ela, respeitar e incentivar a liberdade de

pensamento, a discussão, a capacidade argumentativa, o gosto e o reconhecimento da

importância do debate no interior da escola,

- organizar os programas através de conteúdos socialmente significativos,

permitindo compreender a dinâmica e as relações existentes entre os diversos aspectos

da realidade, numa interpretação dialética, com base nos estudos marxistas, atentando

para as diferenças vertentes herdeira da tradição marxista, que abriram diferentes formas

de compreender o mundo, tendo em vista a construção de uma sociedade socialista, que

possibilite praticar a resistência à sociedade capitalista e aos seus valores

desumanizadores de consumo, competição, desrespeito à vida e à natureza. Que

possibilite reconhecer e praticar a resistência aos valores dos países imperialistas e

hegemônicos, colocando os sujeitos escolares em movimento, mostrando a necessidade

de participar dos movimentos sociais e políticos, para além dos muros escolares, criando

o entendimento sobre a necessidade de estudo permanente e de formação contínua e

atualizada - o gosto e o hábito de pesquisar e de aprender - para desenvolver a

autonomia intelectual e superar a dependência das informações e das elaborações da

dominação cultural burguesa, permitindo aos sujeitos escolares o domínio do

conhecimento,

- o acesso e a fruição das conquistas da humanidade, no campo das artes, das

ciências, das letras e da tecnologia, permitindo aos sujeitos escolares conhecerem,

valorizarem e vivenciarem as manifestações populares, compreendendo as relações de

interdependência entre as culturas e sem qualificar uma delas como superior, trazendo

para a sala de aula os conhecimentos e as experiências vividas, que possibilite ao aluno a

prática da solidariedade, respeitando e incentivando a diversidade cultural, para lutar

contra a discriminação de raça, gênero, geração, orientação sexual, contra as pessoas

com necessidades especiais, entre outras,

- incentivar também a auto-organização dos sujeitos escolares, trabalhando a

participação coletiva nos processos de estudo, trabalho e gestão da escola, incentivando

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os órgãos de representação e a participação efetiva de todos, assegurando assim as

alegrias do presente ( e não apenas pensar a promessas do futuro) pois quando a

escola consegue proporcionar o prazer de se aprender no momento atual, as crianças e

os jovens irão pressentir o prazer de aprender sempre.

6.13.1 Relação entre conteúdo, método, contexto sócio-cultural e fins da

educação

Segundo as DCE's o currículo é o configurador da prática, produto de ampla

discussão entre os sujeitos da educação, fundamentado nas teorias críticas e como

organização disciplinar, e assim priorizem diferentes formas de ensinar, de aprender e de

avaliar. Considera-se também várias dimensões do conhecimento: científica, filosófica e

artística.

Para a seleção do conhecimento concorrem tanto fatores ditos externos, como

aqueles determinados pelo regime sócio-político, religião, família, trabalho quanto as

características sociais e culturais do público escolar, além dos fatores específicos do

sistema como os níveis de ensino, entre outros. Além desses fatores, estão os saberes

acadêmicos, trazidos para os currículos escolares e neles tomando diferentes formas e

abordagens em função de suas permanências e transformações.

Todo o desenvolvimento dos conteúdos devem estar embasados numa

concepção de escola pública que tenha o objetivo de construir uma sociedade justa, onde

as oportunidades sejam iguais para todos.

6.13.2 Relações entre as concepções de homem, sociedade, mundo,

educação, aprendizagem e finalidade dos conteúdos.

Como já dito anteriormente o mundo enquanto uma dimensão histórico cultural,

encontra-se em uma relação permanente com o homem, e este por sua própria natureza

é um ser em constante transformação. Enquanto ser social, ao transformar busca o

conhecimento construído através das relações sociais desde os primórdios. Tais

conhecimentos culturais são transmitidos de geração a geração através da educação

formal e informal, esta por sua vez define suas ações educacionais buscando em seus

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conteúdos disciplinares a mediação entre o saber científico adquirido no decorres de anos

possibilitando então ema constante transformação.

6.13.3 Respeito à identidade do aluno na perspectiva da diversidade

cultural

No Brasil existe “um mito da democracia social” que tem como objetivo propagar

que não existem diferenças raciais no país e que todos aqui vivem de forma harmoniosa,

sem conflito. A disseminação desse mito permitiu esconder as desigualdades que é

constatada nas práticas discriminatórias de acesso ao emprego, por exemplo.

O nosso cotidiano escolar traz vários exemplos do mito da democracia social. O

aspecto da cultura da classe dominante não deve ser privilegiada nas escolas pois reflete

apenas uma parte e não a totalidade da população.

Nós como educadores devemos ter uma proposta educacional voltada para a

diversidade junto as variações de cultura, temos a obrigação não só de conhecer os

mecanismos e os conceitos da dominação cultural, econômica, social e política, mas

também de perceber as diferenças etno culturais sobre essa realidade cruel e desumana.

A educação escolar é o espaço privilegiado para que as camadas populares

possam ter acesso ao conhecimento cientifico e cultural em geral.

6.13.4 Articulação desses saberes das áreas de conhecimento, do aluno, do

contexto histórico-social e a mediação de mediação do professor

Na sociedade do conhecimento da tecnologia, torna-se necessária repensar o

papel da escola, mais especificamente as questões relacionadas ao ensino e a

aprendizagem. O ensino organizado de forma fragmentada não atende as exigências

deste novo paradigma, o momento requer uma nova forma de pensar e agir, criando

situações que exijam um posicionamento critico e reflexivo do individuo para fazer suas

escolhas e definir suas prioridades.

O envolvimento do aluno no processo de aprendizagem é fundamental. Para isso,

a escola deve encontrar sentido e funcionalidade naquilo que constitui como foco dos

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estudos em cada situação em sala de aula. O ensino contextualizado permite ao aluno

relacionar aspectos presentes da vida pessoal, social e cultural.

O conhecimento da tecnologia é o que permite ao professor integrá-la a sua

prática pedagógica, já que a mesma se faz presente em praticamente em todos os

ambientes sociais. Cabe ao professor conhecer as especificidades dos recursos utilizados

para que possa enriquecer a aprendizagem do aluno. A possibilidade de o aluno poder

diversificar a representação do conhecimento, a aplicação de conceitos e estratégias e de

utilizar diferentes formas de linguagens e estruturas de pensamentos redimensiona o

papel da escola e de seus protagonistas.

6.13.5 Relação professor / aluno

As relações humanas, embora complexas são fundamentais na realização

comportamental e profissional de um individuo. Desta forma o relacionamento entre

professor/aluno envolve interesses e intenções, pois a educação é uma das fontes mais

importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores em membros da

espécie humana.

Segundo Freire (1996: 96), “o bom professor é o que consegue, enquanto fala,

trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um

desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque

acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas

dúvidas, suas incertezas.”

Ainda segundo o autor, “o professor autoritário, o professor licencioso, o professor

competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida

e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio,

burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca”.

Apesar da importância da existência de afetividade, confiança, empatia e respeito

entre professores e alunos para que haja o processo de aprendizagem tais sentimentos

não devem interferir no cumprimento ético do professor.

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Buscamos então mudanças para autonomia, para assimilação dos

conhecimentos, não permitindo que sentimentos interfiram no processo ensino e

aprendizagem de forma subjetiva. O papel do professor consiste em agir como mediador

entre os conteúdos de aprendizagem e atividade construtiva para assimilação.

6.13.6 Recursos didáticos-pedagógicos facilitadores da aprendizagem

Com objetivo de que o processo ensino/aprendizagem realmente se efetive,

torna-se necessário a busca de vários recursos didáticos, como por exemplo: os vínculos

afetivos, multimídia, ilustrações, charges, jornais, revistas, dvds, livros didáticos, todo e

qualquer material que busque acrescentar a ação pedagógica.

6.13.7 Intervenção constante do professor no processo ensino

aprendizagem

O processo de intervenção se dá durante toda a ação pedagógica. No

desenvolvimento das aulas, durante as atividades realizadas pelos alunos acontece de

forma voluntária a avaliação diagnóstica, desta forma, o docente busca intervir nas

dificuldades apresentadas pelo educando, assim como observação dos progressos

alcançados que favorecem rever sua prática.

6.13.8 Relação entre a formação continuada do professor e sua prática

Segundo Sacristán (1998), o plano de formação continuada significa

profissionalmente um tempo para dar oportunidade de pensar a prática, representando-a

antes de realizá-la num esquema que inclua os elementos mais importantes para

intervirem nas mesmas.

Mediante tal conceito torna-se importante levarmos em conta a evolução do

mundo moderno, torna-se imprescindível a qualificação do profissional em educação.

Através dos conhecimentos adquiridos as formações continuadas o professor

estará sempre renovando sua prática, pois a interação com outros profissionais e a

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fundamentação teórica recebida o habilita a promover mudanças qualitativas no

desenvolvimento de suas funções.

6.13.9 Interdisciplinaridade e Contextualização

A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de contextualização sócio-

histórica como princípio integrador do currículo. O processo de ensino/aprendizagem

contextualizado é um importante meio de estimular a curiosidade e fortalecer a confiança

do aluno.

É preciso ter claro que esse processo de ensino fundamenta-se em uma cognição

situada, ou seja, as ideias prévias dos estudantes e dos professores advindas do contexto

de suas experiências e de seus valores culturais. O contexto dá significado ao conteúdo e

deve basear-se na vida social, no cotidiano, na convivência do aluno.

Desta forma a interdisciplinaridade torna-se um saber útil, é a integração de

saberes, o que gera um maior interesse para a aprendizagem tornando-a mais

significativa.

Em nossa escola procuramos uma prática interdisciplinar e contextualizada

adequado ao mundo globalizado e que exige que o professor seja atualizado, criativo,

orientador e facilitador da aprendizagem.

6.14 Concepção de Avaliação

6.14.1 Conceito

A avaliação é considerada uma orientação do processo educativo devido a sua

importância no aperfeiçoamento da ação pedagógica e das interações dos envolvidos.

A avaliação será feita, continuamente, é uma ação permanente e seus resultados

cumulativos. Dando prevalência aos aspectos qualitativos e não aos quantitativos.

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A avaliação é o termômetro do processo escolar. Não pode ser o momento de

simplesmente classificar o aluno e acusar os seus erros, mas sim a oportunidade de

detectar onde o aluno ainda não compreendeu para que o professor possa modificar seu

plano, suas estratégias para melhor ajudar o aluno a reconstruir o conhecimento.

É necessário que a escola, retome com mais clareza e atenção o princípio da

avaliação que é o de contribuir para melhorar as condições de natureza escolar: ensino,

aprendizagem, planejamento, desenvolvimento curricular... Etc.

A avaliação é o conjunto das várias sínteses embasando a tomada de decisões

quanto à promoção do aluno; é o instrumento que permite visão geral do trabalho

desenvolvido. Norteia a escolha de procedimentos favoráveis ao avanço dos alunos ao

mesmo tempo permite acompanhar a aprendizagem, organizar, estimular, sistematizar,

facilitar a aprendizagem do aluno e também permite acompanhar o trabalho do professor.

Comumente a avaliação é entendida como resultado de testes, provas e trabalhos

ou pesquisas dadas aos alunos e aos quais se atribui uma nota ou conceito, que aprova

ou reprova, é um instrumento didático-pedagógico utilizado para reflexão da prática dos

professores e alunos num processo contínuo e dinâmico.

As primeiras idéias de avaliação da aprendizagem estavam vinculadas ao

conceito de verificação e de medidas. A necessidade de medir surgiu tão cedo, que é no

corpo que o homem foi buscar as primeiras unidades de comparação como no pé, no

palmo etc. Todos os instrumentos de medida e avaliação são eficientes quando usados

criteriosamente e de acordo com os objetivos previstos.

Até o século XIX com uso da prova escrita tornou-se possível registrar os

aspectos e economizar tempo, pois todos eram avaliados simultaneamente.

Hoje a avaliação é objeto de constantes pesquisas como: político, filosófico,

tecnológico e sociológico.

Luckesi se refere à avaliação como juízo de valores sobre dados relevantes para

uma tomada de decisão.

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Portanto, "O sentido da avaliação está em fornecer informações ao aluno que o

ajudem a progredir até a auto-aprendizagem, oferecendo-lhe notícias do estado em que

se encontra e as razões do mesmo, para que utilize esse dado como guia de auto-

direção, meta da educação".

Avaliar é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho do docente,

que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem e com isso

ter como indicadores dar condições para que seja possível ao professor tomar decisões

quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem, proporcionando dados que

permitam ao Estabelecimento de ensino promover a reformulação do currículo com

adequação dos conteúdos e métodos de ensino, deve-se incidir sobre o desempenho do

aluno em diferentes situações de aprendizagem, utilizando procedimentos que assegurem

a comparação dos alunos entre si, devendo preponderar os aspectos qualitativos da

aprendizagem e a capacidade de elaboração pessoal com a finalidade educativa que

deverá ser contínua, permanente e cumulativa.

6.14.2 Indicadores da Aprendizagem

A avaliação consta de provas bimestrais sendo um total de duas com a somatória

6,0 (seis vírgula zero), e trabalhos diversos como pesquisas, debates, trabalhos em

grupo, individuais, painel aberto, etc., com a somatória de 4,0 (quatro virgula zero).

Em todas as avaliações são realizadas recuperação concomitante.

6.14.3 Critérios de Promoção

Quanto à promoção adotada pela escola serão considerados os resultados

obtidos durante o período letivo, num processo contínuo cujo resultado final venha a

incorporá-los expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tomada na melhor

forma.

Serão expressas através de notas numa escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0

(dez vírgula zero) obedecendo à escala de 0,5 (zero vírgula cinco). Ou seja; de meio em

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meio ponto, somente a nota final que poderá ser decimal diferente de 0,5 (zero vírgula

cinco). E uma freqüência mínima de 75% da carga horária anual.

6.14.4 Periodicidade do Registro da Avaliação

A avaliação acontece durante todo o bimestre, pois o professor utiliza de vários

instrumentos durante todo o processo de ensino/aprendizagem, atribuindo valores nestes

instrumentos o qual resultam da média bimestral.

6.14.5 Resultado da Avaliação

Uso do resultado da avaliação e encaminhamento permeia todo o processo

ensino-aprendizagem, é um instrumento de pesquisa que não terá um fim em si mesmo,

mas será um meio de obter dados sobre o que o aluno já sabe para então planejar

partindo do seu real. Também é um meio de observar até onde alcançamos nossos

objetivos para então detectando as falhas intervir com uma nova metodologia, se

necessário encaminhá-lo para o reforço na sala de apoio.

O uso dos resultados da avaliação para reformular e aperfeiçoar o Ensino é

necessário. E um dos procedimentos adquiridos é a recuperação de estudos

concomitantes, ou seja, as ações paralelas que são concomitantes de retomada ao longo

do período letivo. Os estudos de recuperação são inerentes a uma prática avaliativa

mediadora com intenção de subsidiar, provocar e promover a evolução do aluno em todas

as áreas de seu desenvolvimento quer seja em forma de trabalho, pesquisas, relatórios,

exercícios diversos, jogos, estudos em grupo, testes, sempre que forem constatadas

dificuldades na aprendizagem.

Todo processo deverá ser registrado no Livro Diário de Classe ou nas fichas de

todos os alunos procurando recuperá-los durante todo o ano letivo não existindo assim

recuperação final.

6.14.6 Encaminhamentos e ações concretas

O processo ensino-aprendizagem, é um instrumento de pesquisa que não terá um

fim em si mesmo, mas será um meio de obter dados sobre o que o aluno já sabe para

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então planejar partindo do seu real. Também é um meio de observar até onde

alcançamos nossos objetivos para então detectando as falhas intervir com uma nova

metodologia, se necessário encaminhá-lo para o reforço no contra-turno, sala de recurso,

ou de apoio, o que tiver disponível na escola, fazendo a recuperação paralela, ou ainda

encaminhando para outros profissionais aqueles alunos que apresentam dificuldades de

aprendizagens e necessitam de atendimentos específicos.

6.14.7 Procedimento de Recuperação de Estudos

Nosso estabelecimento de ensino conta com sala de apoio para recuperação de

alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem das 5ª séries. Os demais

educandos incluindo os das 5ª séries realizam recuperação concomitante.

6.15 Plano de Avaliação

6.15.1 Adaptação Curricular

Adaptação é o conjunto de atividades didático-pedagógica desenvolvidas sem

prejuízo das atividades normais da série ou período em que o aluno se matricular, para

que possa seguir, com proveito o novo currículo.

A adaptação far-se-á pela Base Nacional Comum.

A adaptação de Estudos poderá ser realizada durante os períodos letivos ou entre

eles através de programa especial ministrado pelo professor da disciplina.

Para efetivação do processo de Adaptação, o setor pedagógico do

estabelecimento de ensino, deverá comparar o currículo, especificar as Adaptações a que

o aluno estará sujeito, elaborar um plano próprio, flexível e com a participação do

professor da disciplina, adequando a cada caso e, ao final do processo, elaborar a Ata de

resultados e registrá-los no histórico do aluno e no Relatório Final que será encaminhado

à SEED.

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A adaptação poderá ser feita por compromisso, caso o aluno esteja

impossibilitado de cursá-la em outro turno.

O terno de compromisso deverá ser assinado pelo aluno tomando ciência da

adaptação e comprometendo-se em realizá-la.

No processo da adaptação por compromisso, o aluno cumprirá atividades

elaboradas pelo professor da disciplina, que lhe serão atribuídas, tendo por base o

conteúdo programático do planejamento da série em que a disciplina constar.

As atividades serão elaboradas pelo próprio professor e poderão compreender

em roteiro de tarefas realizadas pelo aluno: leitura de livros, pesquisas de determinados

assuntos, resolução de exercícios, estudo de módulos e outras atividades julgadas

necessárias pelo professor da disciplina.

As atividades quanto ao conteúdo, deverão dar ênfase a pré-requisitos

necessários nas séries posteriores.

As atividades serão acompanhadas pelo professor da disciplina, no caso de

impedimento deste, deverá ser pela Equipe Técnico-Pedagógica do estabelecimento.

6.15.2 Dependência

Conforme o Artigo 94 de nosso Regimento Escolar, não ofertamos progressão

parcial, somente serão aceitas transferências recebidas de alunos com dependências em

até 3 (três) disciplinas.

Quando ficar comprovada a impossibilidade do aluno cursar a disciplina em

horário compatível ao da série que o aluno estiver cursando, será estabelecido um plano

especial de estudo registrado em relatório que deverá integrar a pasta individual do aluno.

O plano especial de estudo a que se refere ao parágrafo anterior, deverá ser

elaborado pelo respectivo professor da disciplina juntamente com a equipe pedagógica,

bem como todo acompanhamento necessário para que seja realizado com êxito, o

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referido plano de estudo será realizado através de estudos de pesquisas sobre a

disciplina em que o aluno ficou retido e uma avaliação referente ao assunto que foi

pesquisado.

Fica vetada a matrícula inicial no Ensino Médio ao aluno com dependência no

Ensino Fundamental.

A expedição de certificado ( ou diploma) de conclusão de curso, só se dará após

o atendimento integral do currículo pleno e da respectiva carga horária, observados os

mínimos exigidos por lei e eliminadas as dependências ocorridas ao longo do curso.

6.15.3 Progressão Parcial

Nosso estabelecimento de ensino não oferece progressão parcial, apenas nos

casos de recebermos alunos transferidos com dependência.

6.15.4 Recuperação

A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento

contínuo pela qual todos os alunos dispõem de condições que lhes possibilitem a

apreensão de conteúdos básicos.

A recuperação de Estudos, encaminhamento de caráter pedagógico, destinada a

todos os alunos é ofertada obrigatoriamente por este Estabelecimento, de forma

contínua e progressiva durante o período letivo, visando melhoria do aproveitamento

escolar e aperfeiçoamento do currículo.

A recuperação de estudos deve constituir um conjunto integrado ao processo de

ensino, além de adequar as dificuldades dos alunos possibilitando a apreensão dos

conteúdos básicos;

O processo de recuperação será desenvolvido juntamente às atividades regulares

do aluno, à medida que forem constatadas dificuldades ou falhas na aprendizagem,

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mediante o acompanhamento contínuo do aluno, oportunizando-lhe reforço para atingir os

objetivos propostos;

Para que conteúdos sejam recuperados, os professores deverão utilizar técnicas

e estratégias pedagógicas adequadas as dificuldades de aprendizagem demonstradas

pelos alunos.

Na Recuperação de Estudos, o professor deverá considerar a aprendizagem do

aluno no decorrer do processo e para aferição do bimestre, entre a nota da Avaliação e da

Recuperação, prevalecerá sempre a maior.

O processo de recuperação deverá ser registrada no Diário de Classe ou em

fichas próprias elaboradas pelo professor e/ou equipe pedagógica.

A Recuperação poderá assumir várias formas como:

a) revisão de conteúdos trabalhados, fixando mais aqueles de menor

aproveitamento;

b) trabalho ao final de cada bimestre, relacionados aos conteúdos em que os

alunos tiveram mais dificuldades.

c) debates;

d) pesquisas programadas e orientadas;

e) estudos com monitorias;

f) relatórios;

g) pesquisas em laboratório;

h) atividades em sala de aula, exercícios diversos;

i) jogos didáticos;

j) dramatização;

l) elaboração de painéis ou cartazes.

Não haverá Recuperação Final devido o aluno ser recuperado paralelamente aos

bimestres durante o ano letivo (ou semestre) conforme Calendário Escolar Homologado.

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6.15.5 Classificação

Classificação é o procedimento que o estabelecimento adota segundo critérios

próprios, para posicionar o aluno em série, fase, período, ciclo ou etapa compatível com a

idade, experiência e desempenho adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação pode ser realizada:

I- por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento a série, etapa,

ciclo, período ou etapa anterior na própria escola;

II- por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do

exterior considerando a classificação da escola de origem;

III- independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação feita pela

escola que destina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua

inserção na série, ciclo, período, fase ou etapa adequada a sua idade.

Fica vetada a classificação para o ingresso na 1ª série do Ensino Fundamental,

conforme Artigo 24, Inciso II da LDB 9394/96.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as

seguintes medidas administrativas para resguardar os direitos dos alunos da escolas e

dos profissionais.

I- proceder a avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

II- comunicar ao aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado

para obter deste o respectivo consentimento;

II- organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da escola para

efetivar o processo;

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III- arquivar Atas, Provas, Trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

IV- registrar resultados no histórico escolar do aluno.

O aluno que ingressar no estabelecimento por meio de classificação, terá seu

controle de freqüência computado a partir da data efetiva de sua matrícula.

6.15.6 Reclassificação

Reclassificar é o processo pelo qual a escola avalia o grau de desenvolvimento,

experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim

de encaminhá-lo ao período de estudos compatível com sua experiência e desempenho,

independentemente do que registra o seu histórico escolar.

Ficam vedadas a classificação e/ou reclassificação para etapa, ciclo, fase ou

período inferior a anteriormente cursada.

6.15.7 Avaliação Final

Para a avaliação final serão considerados os resultados obtidos durante o período

letivo, cujo o resultado final venha incorporá-los, expressando a totalidade do

aproveitamento escolar, tomado a sua melhor forma, sendo ela, diagnóstica, formativa e

somativa, dando preponderância aos aspectos qualitativos da aprendizagem realizada.

Serão considerados aprovados os alunos com freqüência superior a 75 % de

freqüência e média igual ou superior a 6,0, seguindo a seguinte fórmula:

MA =1º B + 2º B + 3º B + 4º B = 6,0

4

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6.15.8 Procedimento de informação aos pais

Os pais ou responsáveis têm direito ao conhecimento do processo pedagógico,

bem como de participar da definição das propostas educacionais; por si mesmos ou por

seus representantes do Conselho Escolar e de requerer cancelamento de matrícula ou

transferência nos termos do Regimento Escolar.

As informações referentes a aprendizagem escolar é feita bimestralmente através

dos boletins escolares e reuniões pedagógicas.

Tendo em vista a educação dos filhos, visando ao pleno desenvolvimento de suas

pessoas, preparo para a cidadania e qualificação para o trabalho, constitui deveres dos

pais ou responsáveis impostos na lei:

I. matricular o aluno no estabelecimento de ensino, de acordo com a

legislação vigente;

II. exigir que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função;

III. manter relações cooperativas no âmbito escolar;

IV. assumir junto à escola ações de co-responsabilidade que assegurem a

formação educativa do aluno;

V. propiciar condições para o comparecimento e a permanência do aluno no

estabelecimento de ensino;

VI. respeitar os horários estabelecidos pelo estabelecimento de ensino para o

bom andamento das atividades escolares;

VII. requerer transferência ou cancelamento de matrícula quando responsável

pelo aluno menor;

VIII. identificar-se na secretaria do estabelecimento de ensino, para que seja

encaminhado ao setor competente, o qual tomará as devidas providências;

IX. comparecer às reuniões e demais convocações do setor pedagógico e

administrativo da escola, sempre que se fizer necessário;

X. comparecer às reuniões do Conselho Escolar de que, por força do

Regimento Escolar, for membro inerente;

XI. acompanhar o desenvolvimento escolar do aluno pelo qual é responsável;

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XII. encaminhar e acompanhar o aluno pelo qual é responsável aos

atendimentos especializados solicitados pela escola e ofertados pelas instituições

públicas;

XIII. respeitar e fazer cumprir as decisões tomadas nas assembléias de pais ou

responsáveis para as quais for convocado;

XIV. cumprir as disposições do Regimento Escolar, no que lhe couber.

6.16 PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional

Resultado de parceria entre a Secretaria da Educação (SEED) e a Secretaria da

Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), o PDE – Programa de Desenvolvimento

Educacional é uma política educacional pioneira de formação continuada para os

professores com duração de dois anos.

No primeiro ano, os professores se dedicam exclusivamente aos trabalhos

acadêmicos. No segundo, eles ficam afastados em 25% da carga horária de suas

atividades. Cada professor do PDE elabora um Plano de Trabalho, uma proposta de

intervenção prática na realidade escolar. Além da elaboração e aplicação do projeto de

intervenção pedagógica, o programa proporciona interação entre o professor PDE e os

demais professores por meio do Grupo de Trabalho em Rede (GTR) que acontece em

ambiente virtual.

No Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite, os docentes participantes do PDE -

Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná, com o diagnostico da realidade do

estabelecimento, atuam de forma clara com o roteiro detalhado de suas ações para que

se consiga atingir os objetivos propostos de modo a melhorar a ação pedagógica.

6.17 Equipe Multidisciplinar

A escola é responsável pelo processo de socialização desde a infância no qual

se estabelecem relações com crianças de diferentes núcleos familiares. Esse contato

diversificado poderá fazer da escola o primeiro espaço de vivência das tensões raciais. A

exclusão simbólica pode ser manifestada pelo discurso do outro, tomando forma a partir

da observação do cotidiano escolar. Este poderá ser uma via de disseminação do

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preconceito por meio da linguagem, na qual estão contidos termos pejorativos que em

geral desvalorizam a imagem.

Dessa forma, compreendemos que a escola tanto pode ser um espaço de

disseminação quanto um meio eficaz de prevenção e diminuição do preconceito.

Acreditamos que não há raças superiores ou inferiores.

Desde a aprovação da Lei no 10639/03 que obriga a inclusão no currículo da

Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com objetivo de tratar da Educação das

Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de Historia e Cultura Afro-brasileira e Africana,

que o colégio vem buscando desenvolver ações que combatam a discriminação de

origem racial, de superação das desigualdades sócio-econômicas que atingem a

população negra e comunidades indígenas. Estas ações buscam caminhar em direção ao

enfrentamento do racismo e demais formas de preconceitos que se fazem presentes na

sociedade e acabam sendo difundidos no espaço da escola, que luta pela concretização

da democracia e respeito a diversidade. Tornou-se comum e natural, tratar a história do

negro apenas na perspectiva da escravidão e aceitar padrões culturais e estéticos que

colocam a raça branca como supostamente superior.

Os professores que atuam neste Colégio procuram aproveitar acontecimentos

que ocorrem no dia-a-dia para serem trabalhados nas diferentes disciplinas, incluindo

sempre que possível em suas aulas, os temas contemporâneos, a história e a cultura

afro-brasileira, africana, indígena e seus respectivos estudos. Assim, todas as turmas são

contempladas.

7. MARCO OPERACIONAL

7.1 Plano de Ação

7.1.1 Objetivos, metas, ações administrativas, financeiras e políticas

pedagógicas

A Direção e equipe pedagógica da Escola terá sua atuação voltada para:

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- Mediação entre o corpo docente e o discente, para que as propostas

pedagógicas e curriculares possam ser desenvolvidas de forma eficaz;

- Fornecer os meios de para o entrosamento entre a Escola e a comunidade;

- Trabalhar na criação de condições para que haja um processo de

ensino/aprendizagem adequado à realidade do educando, bem como adequá-lo às suas

necessidades;

- Atuar junto aos Conselhos de Classe , detectando problemas e auxiliando em

possíveis soluções;

- Reuniões pedagógicas voltadas para a troca de experiências e informações,

onde os docentes possam aproveitar a teoria, aplicando-a no exercício do cotidiano;

- Verificar a regularidade, variedade e quantidade de merenda fornecida aos

alunos;

- Elaboração dos planos de trabalho docente de acordo com a Proposta

Pedagógica;

- Dar cumprimento a Proposta Pedagógica da escola tendo em vista a finalidade

do Ensino Fundamental e Médio, oferecendo conhecimentos necessários que permitam a

continuidade de estudos e efetiva inserção na sociedade;

- Usufruir dos recursos financeiros de modo a buscar melhorias e manutenção da

escola;

Em síntese: desenvolver atividades que garantam o bom funcionamento da

Escola, em todos os segmentos: zelando pela melhor consecução possível da tarefa de

toda a equipe escolar.

Metas

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-Diminuição dos itens de evasão escolar;

-Aumento nos índices de promoção;

-Conscientização e implantação da cidadania e da dimensão política;

-Envolvimento e interação da comunidade, com vistas a uma participação ativa;

-Adequação da elevação da qualidade de ensino;

-Unificação de linguagens didáticas;

-Envolvimento dos docentes com as normas regimentais e disciplinares;

-Diminuição da evasão nos primeiros anos do Ensino Médio;

-Preparar para a construção do conhecimento;

-Saber respeitar o "próximo", em seus bens materiais e morais;

-Formar e não apenas informar;

-Dominar os conteúdos básicos programáticos;

-Internalizar seu papel como cidadão do mundo;

-Conscientizar sobre a importância da sua contribuição para o bem estar da

comunidade;

-Conscientização sobre a importância do estudo para o crescimento interior e

auto-realização;

-Formar cidadãos críticos e conscientes;

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-Aplicar os recursos de forma a buscar resultados satisfatórios.

Ações

-Capacitação profissional dos docentes através de palestras, dinâmicas de grupo,

troca de experiências, além de estimulá-los a estar sempre em busca de novos

conhecimentos;

-Projeto recuperação/reforço;

-Implantação de projetos;

-Através de reuniões pedagógicas, conscientizar os professores da necessidade

de encontrar caminhos adequados e prazerosos para a concretização do processo

ensino-aprendizagem, construindo, dessa forma, um ambiente estimulador e agradável;

-Conscientizar os docentes da importância do trabalho em equipe para obtenção

de um funcionamento integral da Escola, estimulando uma relação de igualdade, respeito

e consideração mútuos;

-Conscientizar os docentes do valor da avaliação como parâmetro diário para um

replanejar constante e não como medida de valor inexorável;

-Através de reuniões, manter contato direto e transparente com a comunidade,

construindo um relacionamento harmonioso de forma a que os pais percebam a

importância de sua participação para a concretização de uma Escola de qualidade;

-Utilização da biblioteca (estímulo à leitura) e do laboratório de informática;

-Estudo detalhado dos temas pertinentes aos desafios educacionais

contemporâneos;

-Avaliar e controlar a qualidade do ensino-aprendizagem;

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-Revitalização das atividades do Grêmio Estudantil;

-Palestras dirigidas aos alunos do período noturno para que os mesmos possam,

através de informações atuais, sentir-se estimulados a freqüentar as aulas, percebendo

que os conhecimentos adquiridos na Escola serão necessários para que possam

enfrentar um mundo globalizado onde a mudança se faz diariamente;

-Administrar, com a participação de professores, pais, funcionários e direção, as

verbas recebidas, de forma a atingir o objetivo maior que é a construção de uma escola

pública de qualidade.

-Adquirir dentro do possível o material necessário para bom desempenho

escolar.

7.1.2 Facilitadores da aprendizagem

Quando o professor ministra uma aula, na verdade, facilitando a aprendizagem

dos alunos estimula-os na busca de dados, informações e conteúdos, na expectativa de

que eles próprios os utilizem na construção de seu conhecimento. A disciplina deve ser

contextualizada com exemplos de tal forma que o aluno perceba seu significado, pois é

natural que ele rejeite as informações que julgue sem utilidades.

Todo aluno aprende quando percebe o significado de determinado assunto. É

importante que todo corpo docente motive os alunos para não estudarem apenas com

avaliações mas com aquisições do conhecimento.

7.1.3 Discussão continuada e coletiva da própria prática pedagógica

É indispensável, para que tenhamos um resultado satisfatório da prática

pedagógica a organização de reuniões pedagógicas mensais, para exposição de

problemas enfrentados, apresentação de atividades práticas que deram resultados

positivos, promoção da união do grupo de professores.

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7.1.4 Intervenção constante do professor no processo de aprendizagem do

aluno

O principal papel do professor na promoção de uma aprendizagem significativa é

desafiar os conceitos já aprendidos, para que eles se reconstruam mais ampliados e

consistentes, tornando-se assim mais inclusivos com relação a novos conceitos.

O papel docente de desafiar deve ser insistentemente aperfeiçoado: buscar

diferentes formas de provocar instabilidade cognitiva.

Quando problematizamos, abrimos as possibilidades de aprendizagens, uma vez

que os conteúdos não são tidos como fins em si mesmos mas como meios essenciais na

busca de respostas.

7.1.5 Relação entre a formação continuada do professor e a dinâmica de

sua prática em sala de aula

Para Shon (2000, p.65) e Perrenoud (2001, p.18), “ Através da experiência o

profissional constrói o seu conhecimento, definido como conjunto de esquemas de

pensamento e de ação de que dispõe um ator”.

Esse processo determinará suas percepções, interpretações e as direcionará nas

tomadas de decisão que lhe permitirão enfrentar os problemas encontrados no cotidiano

do trabalho. Para que o conhecimento gere competências, é necessário que os saberes

sejam mobilizados através de esquemas de ação, decorrentes de esquemas de

percepção, avaliação e decisão, e desenvolvidos na prática.

7.1.6 Mudanças significativas a serem alcançadas

Segundo o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (2003), democracia quer dizer

“governo do povo; soberania popular. Doutrina ou regime político baseado nos princípios

da soberania popular e na distribuição equitativa do poder.” A partir desse conceito

entende-se que a escola democrática vem romper os paradigmas de uma educação

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tradicional que não foi construída para participar das decisões coletivas e respeitar as

diversidades de opiniões.

Assim, nos dias atuais a educação tem um papel fundamental na vida dos sujeitos

e necessita tornar-se verdadeiramente democrática, quer dizer, formar cidadãos

preparados para assumir seu papel em uma sociedade em toda sua plenitude, ou seja, o

Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite tem por objetivo oferecer cada vez mais um

ensino de qualidade que respeita o individuo em suas diferenças e limitações.

7.1.7 Organização da Hora Atividade, Reuniões Pedagógicas e Conselho de

Classe

Conforme a Instrução Nº 02/2004 – SUED, a Resolução nº 305/2004 – SEED, que

regulamenta a distribuição de aulas nos estabelecimentos de ensino da rede Estadual de

Educação Básica do Estado do Paraná, estabelece normas para a atribuição da hora

atividade, baseada na Lei Estadual nº 13.807, de 30/09/2002 que institui os 20% de hora

atividade.

Seguindo instruções do NRE, deverá ser realizada no mesmo turno, obedecendo

a um cronograma elaborado pela Equipe Pedagógica com colaboração do Corpo Docente

na Semana Pedagógica.

As diferentes jornadas de trabalhos de nossos docentes, os quais prestam

serviços em outros estabelecimentos de ensino não foi possível organizar a hora atividade

utilizando os critérios por disciplina.

Os docentes realizam a hora atividade na sala dos professores, no laboratório de

informática ou na biblioteca, pois não contamos com espaço adequado para tal.

Na medida do possível e nas datas previstas em calendário escolar a escola se

reúne para discutir textos encaminhados pelo NRE e outros que a Equipe Pedagógica,

juntamente com a direção e o conjunto de professores, julga necessários.

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Ela é um momento extremamente importante para o corpo docente e equipe

pedagógica se reunirem para estudos, reflexões e análise da prática em sala de aula a fim

de avaliar o sistema de aprendizagem e aprimorá-lo atendendo da melhor forma possível

as necessidades dos alunos. Portanto ela deve acontecer pelo menos ao fim de cada

semestre.

A escola não quer deixar de exercer o seu papel, quanto à formação contínua de

seus professores, mas ao mesmo tempo não tem condições para executá-la totalmente,

da forma prevista pelo estado.

O Conselho de Classe, enquanto mecanismo previsto na organização da escola,

reflete em realidade, como vem sendo concebida e vivenciada a educação escolar,

suscitando, portanto, diversas e complexas dimensões que podem ser tomadas como

foco de análise.

O Conselho de Classe apresenta como características principais, a forma de

participação direta de todos os profissionais que atuam no processo pedagógico, assim

como pais e alunos; uma organização interdisciplinar e apresenta como centro do trabalho

os resultados da ação pedagógica.

7.1.8 Recuperação de Estudos e Recuperação parcial

Nosso estabelecimento de ensino conta com sala de apoio para recuperação de

alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem das 5ª séries. Os demais

educandos incluindo os das 5ª séries realizam recuperação concomitante.

Nosso estabelecimento de ensino não oferece progressão parcial, apenas nos

casos de recebermos alunos transferidos com dependência.

7.1.9 Plano de Trabalho Docente

O Plano de Trabalho Docente deve ser realizado de acordo com as Diretrizes

Curriculares Estaduais, a Proposta Política Pedagógica Curricular e Proposta Pedagógica

Curricular.

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Trata-se de um documento indispensável e obrigatório em nossa escola devido

sua grande importância:

-Organiza o ensino-aprendizagem em sala de aula;

-É a apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas;

-Permite uma avaliação do processo de ensino aprendizagem;

-Possibilita compreender a concepção de ensino e aprendizagem e avaliação do

professor;

-Orienta/direciona o trabalho docente.;

-Pressupõe a reflexão sistemática da prática educativa;

-É um documento que registra o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer

com que fazer e com quem fazer;

-Implica no registro escrito e sistematizado do planejamento do professor;

-Antecipa a ação do professor, organizando o tempo e o material de forma

adequada.

7.1.10 Diretrizes para avaliação geral de desempenho

Neste processo, será acompanhado e avaliado o desempenho dos docentes,

Pedagogos e Funcionários , para que todos compreendam que é coletivamente, que se

constroem ações significativas na escola, cabendo a gestão informar à comunidade sobre

o que foi proposto e que está sendo implementada, para este trabalho deverá contar com

participação das instâncias colegiadas da escola.

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7.1.11 Ações envolvendo outras instituições

Nos anos de 2009/2010 contávamos com a colaboração dos estagiários da

Universidade Sem Fronteiras, dos projetos “Ler e escrever é da hora” e “Diálogos

Sociais”. No corrente ano não contamos mais com essas ações.

7.1.12 Recursos Financeiros

A entrada e saída de dinheiro será acompanhada por toda a comunidade escolar,

pois a prestação de contas, conforme determina a lei, ficará a disposição para

conferências dos documentos comprobatórios das despesas.

Os recursos financeiros destinados ao estabelecimento (FUNDEPAR,

PDDE/FNDE, PDE Escola) são aplicados de acordo com as necessidades e orientações

recebidas, com o gerenciamento da Direção e Presidente da APMF mediante aprovação

do Conselho Escolar.

7.1.13 Funções Específicas (Organização Interna do Colégio)

Direção

A direção cabe a gestão dos serviços escolares no sentido de garantir o alcance

dos objetivos educacionais do Estabelecimento de Ensino, definidos no Projeto Político

Pedagógico.

Compete ao diretor:

I. cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;

II. responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da

posse;

III. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto

Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho

Escolar;

IV. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da

educação;

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V. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em

observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

VI. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e

submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;

VII. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando

encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;

VIII. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,

consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;

IX. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do

Conselho Escolar e fixando-os em edital público;

X. coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância

com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após,

encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação;

XI. garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com

os órgãos da administração estadual;

XII. encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no

ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;

XIII. deferir os requerimentos de matrícula;

XIV. elaborar, juntamente com a Equipe Pedagógica, o calendário Escolar, de

acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e

encaminhá-lo ao NRE para homologação;

XV. acompanhar juntamente com a Equipe Pedagógica o trabalho docente e o

cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária, conteúdos aos discentes e

estágios;

XVI. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade

estabelecidos;

XVII. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de

estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-

administrativa no âmbito escolar;

XVIII. propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de

Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e

abertura ou fechamento de cursos;

XIX. participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e

encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;

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XX. supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto

ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a

exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;

XXI. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões

tomadas coletivamente;

XXII. definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e

equipe auxiliar operacional;

XXIII. articular processos de integração da escola com a comunidade;

XXIV. solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários

e professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED;

XXV. organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional

Supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação – Profuncionário, no horário de trabalho, correspondendo a

50% (cinqüenta por cento) da carga horária da Prática Profissional Supervisionada,

conforme orientação da SEED, contida no Plano de Curso;

XXVI. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a

serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente

com a comunidade escolar;

XXVII. cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância

sanitária e epidemiológica;

XXVIII. viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular

plurilingüístico da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras

Modernas – CELEM;

XXIX. disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e

Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;

XXX. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

XXXI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XXXII.manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XXXIII. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

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Equipe Pedagógica

A equipe pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação e

implementação no estabelecimento de ensino, das diretrizes pedagógicas emanadas da

Secretaria de Estado da Educação.

A equipe pedagógica, mencionada é composta pelo Supervisor de Ensino,

Orientador Educacional e Corpo Docente.

Compete aos Professores Pedagogos:

I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico,

em uma perspectiva democrática;

III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico

escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;

IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica

curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da SEED e

das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao

coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

VI. acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas-aula aos

discentes;

VII. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à

elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;

VIII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos

profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o

aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

IX. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos

Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o

trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

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X. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de

intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

XI. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores

do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência,

debates e oficinas pedagógicas;

XII. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de

maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;

XIII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar,

com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;

XIV. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do

Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;

XV. participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,

subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da

organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

XVI. coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de

materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XVII. participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de

ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e

projetos de incentivo à leitura;

XVIII. acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química,

Física e Biologia e de Informática;

XIX. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua

participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

XX. coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;

XXI. colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da

SEED;

XXII. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas,

a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino;

XXIII. acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às

atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

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XXIV. acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização

dos Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do curso, quanto

no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos funcionários cursistas da

escola e/ou de outras unidades escolares;

XXV.promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas

as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

XXVI. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XXVII. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino;

XXVIII. participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços

pedagógicos;

XXIX. orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos

didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,

reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme

legislação em vigor;

XXX.organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as

reposições de dias, horas e conteúdos aos discentes;

XXXI. orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de Registro de

Classe;

XXXII. organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

XXXIII. organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos

profissionais do estabelecimento de ensino;

XXXIV. solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da

Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades

educacionais especiais;

XXXV. coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no

Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando

encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se

necessário;

XXXVI. acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,

realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu

desenvolvimento integral;

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XXXVII.acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e

encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

XXXVIII. acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que

houver necessidade de encaminhamentos;

XXXIX. orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com

necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e

curriculares e no processo de inclusão na escola;

XL. manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de

alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e

trocas de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação

Especial e ensino regular;

XLI. assessorar os professores do CELEM e acompanhar as turmas, quando o

estabelecimento de ensino ofertar o ensino extracurricular plurilingüístico de Língua

Estrangeira Moderna;

XLII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

XLIII.manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas,

alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;

XLIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XLV. elaborar seu Plano de Ação;

XLVI. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

XLVII. Avaliar as instalações da parte concedente do estágio não obrigatório e

sua adequação à formação cultural e profissional do aluno;

XLVIII. exigir do aluno a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis)

meses, de relatório das atividades;

XLIX. zelar pelo cumprimento do termo de compromisso, reorientando o

estagiário para outro local em caso de descumprimento de suas normas;

L. elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios

de seus educandos;

LI. comunicar a parte concedente do estágio no início do período letivo, as

datas de realização das atividades escolares.

Corpo Docente

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Compete ao Corpo Docente:

I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo

Conselho Escolar;

II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do

estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e as

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica,

dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino;

IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

V. desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão

crítica do conhecimento pelo aluno;

VI. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos

alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando

prioritariamente o direito do aluno;

VII. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,

utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

VIII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os

alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer

do período letivo;

IX. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos

alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e

acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis necessidades

educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e apoios especializados

da Educação Especial, se necessário;

X. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da

escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;

XI. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

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XII. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em

decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo,

ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;

XIII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,

respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no

processo de ensino e aprendizagem;

XIV. participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento,

junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à

Aprendizagem, a fim de realizar ajustes ou modificações no processo de intervenção

educativa;

XV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e

criação artística;

XVI. participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca

de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional,

responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão

registradas e assinadas em Ata;

XVII. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia

intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;

XVIII. zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer

irregularidade à equipe pedagógica;

XIX. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-

atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao

planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;

XX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,

pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica,

conforme determinações da SEED;

XXI. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe

pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de ensino;

XXII. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação

da escola com as famílias e a comunidade;

XXIII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o

desenvolvimento do processo educativo;

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XXIV. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional

em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática

profissional e educativa;

XXV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a

serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XXVI. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho

ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;

XXVII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XXVIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XXIX. participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;

XXX. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Secretaria

A Secretaria é o setor que tem o seu encargo todo o serviço de escrituração

escolar e correspondência do estabelecimento.

Os serviços da secretaria são coordenados e supervisionados pela direção,

ficando a ela subordinados.

O cargo de secretário deverá ser exercido por um profissional devidamente

qualificado para o exercício dessa função, indicado pelo diretor do Estabelecimento de

acordo com as normas da SEED, em ato específico.

Compete ao secretario:

I. cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED,

que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;

II. distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais

técnicos administrativos;

III. receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;

IV. organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções,

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instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;

V. efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência e conclusão de curso;

VI. elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem

encaminhados às autoridades competentes;

VII. encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser

assinados;

VIII. organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo,

de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da

vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares;

IX. responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do

aluno, respondendo por qualquer irregularidade;

X. manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema

informatizado;

XI. organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da

escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;

XII. atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando

informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do

estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento Escolar;

XIII. zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da

secretaria;

XIV. orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de

Classe com os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos;

XV. cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades

administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à

documentação comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão

parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;

XVI. organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao

setor competente a sua freqüência, em formulário próprio;

XVII. secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas

Atas;

XVIII. conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;

XIX. comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer

na secretaria da escola;

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XX. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento

profissional de sua função;

XXI. organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular

(CELEM), quando desta oferta no estabelecimento de ensino;

XXII. manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros

Didáticos;

XXIII. fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar,

quando solicitado;

XXIV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

XXV.zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XXVI. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XXVII.participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

Técnicos Administrativos

Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos

estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):

I. cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria,

quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória,

necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial,

classificação, reclassificação e regularização de vida escolar;

II. atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando

informações e orientações;

III. cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;

IV. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento

profissional de sua função;

V. controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando

informações sobre os mesmos a quem de direito;

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VI. organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do

seu setor;

VII. efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico

Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;

VIII. organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo

da escola;

IX. classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências,

registrando a movimentação de expedientes;

X. realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial

do estabelecimento, sempre que solicitado;

XI. coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e

atualizando o sistema informatizado;

XII. executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;

XIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

XIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XVI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas

que concernem à especificidade de sua função.

Serviços Gerais

Os Serviços Gerais têm a seu encargo o serviço de manutenção, prevenção,

segurança e merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e

supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.

Os funcionários dos Serviços Gerais / Serventes devem:

I. zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as

normas estabelecidas na legislação sanitária vigente;

II. utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com

antecedência, a necessidade de reposição dos produtos;

III. zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer

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irregularidade à direção;

IV. auxiliar na vigilância da movimentação dos alunos em horários de recreio, de

início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes,

quando solicitado pela direção;

V. atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais

especiais temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e

de alimentação;

VI. auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas,

andadores, muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação

no ambiente escolar;

VII. auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto a

alimentação durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e as

correspondentes ao uso do banheiro;

VIII. auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas

atividades escolares;

IX. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas,

respeitado o seu período de férias;

X. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento

profissional;

XI. coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o

devido destino, conforme exigências sanitárias;

XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XV.exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas

que concernem à especificidade de sua função.

Compete à merendeira:

I. zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo

as normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor;

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II. selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de

qualidade nutricional;

III. servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e

segurança;

IV. informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de

reposição do estoque da merenda escolar;

V. conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda

escolar, conforme legislação sanitária em vigor;

VI. zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da

merenda escolar;

VII. receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a

cozinha e da merenda escolar;

VIII. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas,

respeitado o seu período de férias;

IX. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento

profissional;

X. auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer

necessário;

XI. respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de

preparação ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração;

XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

Vigia / Caseiro

Compete ao vigia e/ou caseiro:

I. coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o

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término dos períodos de atividades escolares;

II. zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as

normas disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabelecimento de

ensino;

III. comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à

segurança dos alunos;

IV. percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os

alunos quanto às necessidades de orientação e auxílio em situações irregulares;

V. encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos

que necessitarem de orientação ou atendimento;

VI. observar a entrada e a saída dos alunos para prevenir acidentes e

irregularidades;

VII. acompanhar as turmas de alunos em atividades escolares externas, quando

se fizer necessário;

VIII. auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação

de comunicados no âmbito escolar;

IX. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas,

respeitado o seu período de férias;

X. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento

profissional;

XI. zelar pela preservação do ambiente físico, instalações, equipamentos e

materiais didático-pedagógicos;

XII. auxiliar a equipe pedagógica no remanejamento, organização e instalação

de equipamentos e materiais didático-pedagógicos;

XIII. atender e identificar visitantes, prestando informações e orientações quanto

à estrutura física e setores do estabelecimento de ensino;

XIV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

XV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XVI. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XVII. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as

específicas da sua função.

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7.1.14 Relações entre aspectos administrativos e pedagógicos

Cabe ao gestor escolar assegurar que a escola realize sua missão: ser um local

de educação, entendida como elaboração do conhecimento, aquisição de habilidades e

formação de valores. O gestor deverá animar e articular a comunidade educativa na

execução do projeto educacional, incrementando a gestão participativa da ação

pedagógico-administrativa, conduzindo a administração da escola em seus aspectos

administrativos, econômicos, jurídicos e sociais.

Considera-se a gestão pedagógica o lado mais importante e significativo da

gestão escolar. Estabelece objetivos gerais e específicos para o ensino; define as linhas

de atuação de acordo com os objetivos e perfil da comunidade dos alunos; propõe metas

a serem atingidas e elabora os conteúdos curriculares.

A escola é o local de centralizar profissionais que tenham capacidade para

coordenar esforços coletivos.

7.1.15 Qualificação dos equipamentos pedagógicos (salas, biblioteca,

laboratório, pátio)

O espaço físico do Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite necessita de

reformas: uma nova construção da cozinha e refeitório, pois este encontra-se em local

destinado a pátio coberto o qual tem as saídas dos banheiros. Estes, por sua vez não

estão adaptados para o recebimento de pessoas portadoras de necessidades especiais.

O espaço é insuficiente para realização da hora-atividade do professor; ao

deslocarem-se da sala de aula para a quadra os alunos não contam com cobertura no

trajeto para os dias de chuva.

Quanto aos materiais necessitamos de carteiras e cadeiras para alunos, visto as

que usamos já estarem bastante danificadas.

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Quanto ao material pedagógico, em vista da verba recebida pelo projeto PDE

Escola buscamos suprir as necessidades.

No que se refere ao laboratório de Ciências, Química, Física e Biologia necessita

de adequações principalmente no que se refere a materiais pedagógicos e armários para

organização dos mesmos.

7.1.16 Família e Comunidade

Para que haja a participação dos pais e para estreitar relações de parceria com a

tríade Escola X Família X Comunidade realizaremos:

Reuniões de pais.

Eventos sociais promovidos pela escola.

Entrega de boletins.

Confraternização com os pais com objetivo de divulgar as atividades escolares.

Projetos envolvendo alunos e comunidade: Projeto Festa Junina, Projeto

Halloween, Universidade Sem Fronteiras: “Ler e escrever é da hora”.

Jogos inter-séries.

Reuniões da APMF.

Reuniões com o Grêmio Estudantil.

Eu acompanho a avaliação do meu filho na escola. E você? – Reuniões com os

pais bimestralmente para verificação da ficha de acompanhamento do aluno.

Visitas a segmentos sociais.

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7.1.17 Organização do trabalho pedagógico e a prática docente (a partir do

currículo enquanto núcleo do PPP)

Compreendido numa perspectiva democrática, o trabalho pedagógico consiste no

coletivo da comunidade escolar, conforme a LDB 9394/96 e Legislação do Sistema

Estadual de Ensino, pois fundamenta-se no processo de participação e co-

responsabilidade da comunidade escolar na tomada de decisões coletivas, para

elaboração, implementação e acompanhamento do Projeto Político Pedagógico. E

compreende também as atividades teórico práticas desenvolvidas pelos profissionais do

estabelecimento de ensino para a realização do processo educativo escolar.

Constitui-se por: Conselho Escolar, Direção, Instâncias Colegiadas, Conselho de

Classe, Equipe Pedagógica e Docente, Equipe Técnico-Administrativa, Assistente de

Execução e Equipe Auxiliar Operacional.

O Currículo Escolar se organiza a partir do PPP e se legitima no Regimento

Escolar e se expressa no plano do trabalho docente. Sendo organizado de acordo com

tais princípios tem-se uma gestão democrática, onde todos expressam suas necessidades

e identidades o que é indispensável para que se de a socialização do conhecimento.

7.1 Redimensionamento da Gestão Democrática

7.2.1 Conselho Escolar

Consta de um Estatuto com base e amparos legais, sendo um órgão colegiado,

representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva e avaliativa,

sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição

escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando

a Constituição, a LDB, o ECA e o Regimento Escolar, para o cumprimento da função

social e específica da escola.

O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada e

de participação da comunidade escolar numa perspectiva de democratização da escola

pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino.

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E, enquanto órgão colegiado deverá ser constituído pelos princípios da

representatividade democrática, da legitimidade e da coletividade, sem os quais o

conselho perde sua finalidade e função político-pedagógica na gestão escolar.

A ação do Conselho Escolar deverá estar fundamentada nos seguintes

pressupostos:

1. Educação é um direito inalienável de todo cidadão;

2. A escola deve garantir acesso e permanência a todos que pretendem

ingressar no ensino público;

3. A universalização e a gratuidade do ensino nos seus diferentes níveis e

modalidades é um dever constitucional;

4. A construção contínua e permanente da qualidade da educação e

competência político-pedagógica.

5. A democratização da gestão escolar é responsabilidade de todos os sujeitos

que constituem a comunidade escolar, bem como privilegia a legitimidade, a

transparência, a cooperação, a responsabilidade, o respeito, o diálogo e a interação, em

todos os aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros da organização do trabalho

escolar.

As reuniões serão lavradas em livro próprio para divulgação.

7.2.2 Conselho de Classe

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa

em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do

estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem na

relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso.

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Será constituído pelo Professor Pedagogo, pelo Secretário e por todos os

professores que atuam numa mesma classe e deverá ser presidido pelo Diretor do

Estabelecimento.

São muitas as finalidades do Conselho de Classe:

a) tem a finalidade de estudar e interpretar a aprendizagem na sua relação com o

trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposta pelo plano

curricular; para ter embasamento para emitir parecer sobre assuntos referentes ao

processo ensino-aprendizagem, respondendo as consultas feitas pelo Diretor e pela

Equipe Pedagógica;

b) realizar Pré-Conselho de classe com o objetivo de diagnosticar problemas

previamente detectados;

c) acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem

como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valores;

d)- analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da

turma com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;

e)- utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros

indicados pelos conteúdos necessários de ensino evitando a comparação dos alunos

entre si;

f) realizar pós conselho com objetivo de informar pais de alunos dos progressos,

dificuldades e resultados averiguados bimestralmente.

O Conselho de Classe tem inúmeras atribuições tais como:

a) analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento

metodológico e processo de avaliação que afetem o rendimento escolar;

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b) propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, visando a

integração e relacionamento com alunos na classe;

c) estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, como forma de

colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução dos planos de adaptação

de alunos transferidos, quando se fizer necessário;

d) decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno, levando-se em

consideração o desenvolvimento do aluno.

e) haverá tantos Conselhos de Classe quantas turmas existirem no

estabelecimento;

f) as reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Ata pelo secretário do

estabelecimento e em livro próprio para registro, divulgação ou comunicação aos

interessados.

7.2.3 Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil sendo uma representação do corpo discente o qual expressa

a vontade coletiva dos estudantes tem como função realizar campanhas estudantis,

projetos junto à escola e comunidade, incentivar a participação dos demais educandos em

projetos e em jogos colegiais, participar de todas as atividades escolares, inclusive no

Conselho de Classe e promover a conscientização de todos no que se refere a

valorização dos direitos humanos.

7.2.4 Eleição do aluno representante de turma

Buscando atuar junto à Direção, à Equipe Pedagógica, ao Professor e ao

Conselho Escolar deste estabelecimento de ensino na organização, participação e

representando o pensamento da maioria dos alunos da turma, o representante de sala é o

aluno que, eleito democraticamente por sua turma cumpre com suas atribuições:

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• Acolher e levar sugestões votadas pela maioria dos alunos da sala para o o

Conselho Escolar, o Professores, Direção e Equipe Pedagógica, de acordo com o teor da

questão votada;

• Manter o bom relacionamento com todos os alunos de sua turma;

• Participar das reuniões de Representantes de Turma sempre que convocado

pela Direção, pela Equipe Pedagógica.

7.2.5 APMF

A APMF do Colégio será regido por Estatuto e dispositivos legais aprovados pelo

N.R.E. de Jacarezinho-PR Esta associação não tem caráter político-partidário, religioso,

racial e sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros,

sendo constituído por prazo determinado.

O quadro social da APMF será constituído com número ilimitado das seguintes

categorias de integrantes: efetivos, colaboradores e honorários:

- Serão integrantes efetivos todos os Pais, ou responsáveis legais, Mestres e

Funcionários da Unidade Escolar;

- Serão integrantes honorários, por indicação dos integrantes efetivos, com a

aprovação da Assembléia Geral, todos aqueles que tenham prestado relevantes serviços

à Educação e à APMF;

Serão integrantes colaboradores, ex - alunos, pais de ex - alunos, ex -

professores, ex - funcionários e membros da comunidade que manifestarem o desejo de

participar;

- Como toda e qualquer associação ou Instituição alguns objetivos são

necessários, tais como:

- Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de

aprimoramento do ensino e integração família - escola - comunidade, enviando sugestões

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em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação do Conselho Escolar e

equipe pedagógica administrativa;

- Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando -

lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta

Pedagógica do Colégio, assim como buscar a integração dos vários segmentos da

sociedade organizada , no contexto escolar, discutindo a política educacional visando

sempre à realidade dessa comunidade;

- Proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo

escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e do

Conselho Escolar, como forma de atender os reais interesses da comunidade escolar,

contribuindo, dessa forma, para a melhoria da qualidade de ensino e transparência de

todo processo educacional visando sempre uma escola pública , gratuita e universal;

- Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem

repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas

coletivamente com o Conselho Escolar com registro em livro ata;

- Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância da ação e da

preservação do bem público.

É de suma importância a APMF não só pelos objetivos já elencados, mas suas

atribuições e competências:

- Acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica sugerindo as

alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do Estabelecimento para

deferimento ou não;

- Observar as disposições legais e regulamentadas vigentes, inclusive

Resoluções emanadas da Secretaria de Estrado e Educação, no que concerne à

utilização das dependências da Unidade Escolar para a realização de eventos próprios do

estabelecimento de Ensino;

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- Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos,

professores, funcionários, assim como para a comunidade após a análise do Conselho

Escolar, bem como promover palestras, conferências e grupos de estudos envolvendo

pais, professores, funcionários e comunidade, assim que surgir necessidades apontadas

por esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado de acordo com os critérios

da SEED;

- Colaborar de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as

necessidades dos alunos comprovadamente carentes;

- Convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os integrantes da

comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de antecedência, para a

Assembléia Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um) dia útil para a assembléia Geral

Extraordinária, em horário compatível com o da maioria da comunidade escolar, com

pauta claramente definida na convocatória;

- Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos advindos

de convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como reunir-

se para a prestação de contas desses recursos, com registro em Ata;

- Apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar, através

de editais e em Assembléia Geral;

- Registrar em livro ata da APMF, com as assinaturas presentes, as reuniões de

Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, preferencialmente com a participação do

Conselho Escolar, também deverão ser registradas as Assembléias Gerais Ordinárias e

Extraordinárias, em livro ata próprio e com as assinaturas dos parentes, no livro de

presença (ambos livros da APMF).

- Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo recibo

preenchido em 02 vias; assim como enviar cópia da prestação de contas da Associação

Direção do Estabelecimento de Ensino, depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e

Fiscal e, em seguida, torná-la pública, assim como apresentar, para aprovação, em

Assembléia Geral Extraordinária, atividades com ônus para os pais, alunos, professores,

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funcionários e demais membros da APMF, ouvido o Conselho Escolar do Estabelecimento

de Ensino.

Para que se efetive verdadeiramente a gestão democrática em nossa escola,

para o ano de 2010, estaremos prevendo em calendário escolar:

- Momentos para trabalharmos e despertarmos em nossos alunos o senso de

participação;

- Na seqüência, e após estarem conscientes da importância de sua

representação e participação, faremos as eleições para representante de classe;

- Estudos sobre o funcionamento do grêmio escolar e sua implementação;

− Dar continuidade a que todos os segmentos possam estar representados no

conselho de classe e demais instâncias colegiadas.

7.3 Formação Continuada

Implica numa reflexão sobre o significado do processo educativo, no

desenvolvimento do ser humano.

A rede pública estadual de ensino do Paraná oferece a todos os profissionais

formação continuada, sob as formas centralizada e descentralizada, presencial e a

distância, por meio de cursos, simpósios, seminários, grupos de estudos, com a utilização

de diferentes recursos tecnológicos e com apoio de materiais impressos, uso de mídias

como a WEB, TV Paulo Freire, Portal Dia-a-dia Educação, etc.

Cabe a Direção divulgar e incentivar professores e funcionários para participar

das capacitações. Podemos perceber uma melhora significativa na realização do trabalho

docente e dos demais funcionários.

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7.4 Atividades escolares em geral, e as ações didático-pedagógicos a serem

desenvolvidas durante o tempo escolar:

Os encaminhamentos didático-pedagógicos são fundamentais para se pensar a

escola em sua dimensão includente. Devemos considera-la como local de ensino e

aprendizagem a todos os seus alunos, vinculando os recursos didático-pedagógicos à

intencionalidade da formação, às necessidades dos sujeitos e às condições

estruturais e pedagógicas disponibilizadas pela e para a escola.

As atividades escolares devem proporcionar aos educandos a liberdade de criar e

desenvolver suas aptidões nas Artes, Esporte e Ciências.

7.5 Desafios Educacionais Contemporâneos

Os Desafios Educacionais Contemporâneos serão trabalhados nas diversas

disciplinas, utilizando como material de apoio as sugestões contidas nos cadernos

Temáticos, e também o desenvolvimento de atividades.

7.6 Diversidade

A questão da diversidade, leva a reflexão sobre quem são os sujeitos educandos

e educadores, suas origens e suas expectativas, bem como os mesmos têm se

expressado no ambiente escolar.

Cabe ao processo educativo provocar a libertação e a emancipação do sujeitos

em respeito à sua cultura, gênero e sexo. Permitir que a heterogeneidade e complexidade

do ser humano sejam vistos como meios enriquecedores do processo ensino

aprendizagem.

7.7 PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional

Os professores que concluíram o Programa de Desenvolvimento Educacional –

PDE, desenvolveram as atividades previstas de acordo com o cronograma definido para

as execuções das ações do Projeto. Nesta etapa foi fundamental o envolvimento da

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Direção e Equipe Pedagógica da escola para que as intenções do professor fossem

legitimadas desde o seu início.

Período: 2008/2009

Wilson José Siqueira

Tema do Projeto: Estudo do Meio Urbano

Título: O estudo do meio urbano e a questão da segregação sócio espacial no ensino da

Geografia.

Período: 2009/2011

Acácio Teodoro Frutuoso

Tema do Projeto: Modelagem matemática

Título: A modelagem como estratégia de ensino e de aprendizagem numa investigação

quantitativa.

Reginaldo Antonio Viana Franco

Tema do Projeto: Tendências em Educação Matemática

Título: A modelagem como estratégia pedagógica de fazer matemática: uma experiência

da uma utilização da modelagem matemática aplicada ao ensino de PA e PG.

Sidnei Dias Cruz

Tema do Projeto: Tecnologia Educacional

Título: O uso do SOFTWARE BROFFICE CALC no processo de ensino de aprendizagem

de matemática.

Silvia da Silva Queiroz

Tema do Projeto: Leitura e produção de texto através de poesia.

Título: Poesia e argumentação: diálogo possível.

Período: 2010/2012

José Carlos Bomfim

Tema do Projeto: Aprender também é uma questão de postura em ambiente escolar.

Título do projeto: A Educação Física Escolar na sala de aula.

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Edna Valderrama Martins

Tema: História e Historiografia do Paraná

Título do Projeto: Aspectos importantes sobre o processo de povoamento e colonização

do Norte Pioneiro do Paraná.

Antonio Jorge da Rosa

Tema: Tecnologia Educacional

Título do Projeto: O uso de ferramentas do portal diaadiaeducação por diretores e

pedagogos visando melhorias das intervenções escolares.

7.8 Equipe Multidisciplinar

De acordo com a Instrução n° 010/2010 da SUED/SEED o qual estabelece a

obrigatoriedade das equipes multidisciplinares para tratar da Educação Étnico-raciais e

para o ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena o Colégio Estadual

Anésio de Almeida Leite, a partir da composição de sua equipe multidisciplinar no ano de

2010 e na elaboração de seu Plano de Ação, foca suas ações que visam lançar um novo

olhar para as questões étnico-raciais.

- Composição da Equipe Multidisciplinar do Colégio Estadual Anésio de Almeida

Leite, conforme Termo de Homologação de 25 de outubro de 2010:

- Silvana Siqueira Lima – Pedagoga.

- Naif Aparecida Nassar Ferreira – Representante da Instancia Colegiada.

- Ester Severino de Almeida – Agente Educacional.

- Reginaldo Antonio Viana Franco – Professor da área de Exatas.

- Acácio Teodoro Frutuoso – Professor da área Biológica.

- Wilson José Siqueira e Maria Luiza Massera Fernandes - Professores da área

de Humanas.

- Naif Aparecida Nassar Ferreira – Representante da Instancia Colegiada.

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8. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 2010/2011/2012

Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoWebconferência Tomar conhecimento da

formação e função da Equipe multidisciplinar.

Diagnóstico Gráfico do número de pretos, pardos e brancos (docentes, funcionários e educandos). Contexto em que está inserido a escola

NOVEMBRO/2010

Legislação da Cultura Afro Brasileira

Estudo da Lei 10.639/03; Deliberação 04/06 – Indicação 06/06

Preconceito Filme “ A hora do show “Pesquisa: conhecimento dos alunos sobre a cultura Afro Brasileira e Africana.

Palestra com Mestre SalomãoApresentação de Capoeira.

Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoLegislação da Cultura Indígena

Estudo da Lei 11.645/08

FUNAI Estudo dos objetivos e ações da FUNAI MARÇO/2011

Preconceito e dominação

Filme “Apocalypto”

Expectativa de vida indígena

Estudo: Gráficos, localizações, causas.

Violência (atualidade) contra o indígena e a impunidade.

Painel de reportagens da violência e injustiça sofrida pelo indígena.

Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoEstudo das populações indígenas remanescentes no Brasil.

Pesquisa

Troncos lingüísticos atuais.

Identificar troncos lingüísticos dessas nações.

ABRIL/2011

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Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoAfro descendentes em destaque no mundo

Pesquisa e painel dos negros que se destacam na história.

Trabalho negro Leitura de imagens da Literatura didática e da atualidade.

MAIO/2011

A situação do negro hoje, mercado de trabalho.

Pesquisa;Exposição de reportagens.

Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoRacismo e Direitos Humanos

Estudo do Amparo Legal

A presença do negro na mídia

Identificar se: positiva ou negativa.

JUNHO/2011

Sistema de cotas Debates

Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoO Folclore e a Cultura Afro Brasileira

Traçar um paralelo entre as lendas e a cultura Afro brasileira.

O Folclore e a Cultura Indígena

Traçar um paralelo entre as lendas e a cultura indígena.

AGOSTO/2011

Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoA beleza Negra Oficina de tranças Afro

(salão de beleza)Desfile de beleza (masculino e feminino)

SETEMBRO/2011

Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoReligiosidade Afro Brasileira e Africana

A herança religiosa no Brasil de hoje

OUTUBRO/2011

Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoFechamento: Oficina Cultural

Exposição: culinária, vocabulários, canções e danças afro brasileiras e africanas.

NOVEMBRO/2011

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No ano letivo de 2012 as atividades realizadas seguirão o mesmo cronograma de

atividades realizadas em 2011, tendo como fechamento a realização do seminário.

Temas discutidos Ações desenvolvidas PeríodoSeminário: Síntese das atividades realizadas pela Equipe Multidisciplinar.

Apresentação dos estudos, materiais, registros dos trabalhos realizados.

DEZEMBRO/2012

9. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Considerando que o Projeto Político Pedagógico é um plano em contínuo

processo de construção e que deve ser revisto, reestruturado e realimentado

constantemente, faremos observações, juntamente com todos os colegiados, se as

medidas propostas e postas em ação surtiram os efeitos desejados e se ouve o

envolvimento dos alunos, professores, funcionários, familiares e comunidade em geral.

Colocando todos a par dos acontecimentos.

Essa avaliação será feita em reuniões bimestrais e/ou semestrais, nas reuniões,

de pais, alunos, professores, equipe técnica, contando com o Grêmio Estudantil,

Conselho Escolar, APMF, enfim, toda a comunidade escolar, onde buscaremos

momentos de reflexão para análise do cumprimento do projeto.

10. REFERÊNCIAS

APP – Sindicato, Em defesa da Escola Pública.

CARVALHO, R. E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000.

CONSTITUIÇÃO, República Federativa do Brasil, 1988.

DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS.

ESTATUTO DA APMF/SEED

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141

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – Aspectos relevantes – Trabalho

elaborado por Ana Maria Guimarães Travagin.

Deliberação n° 007/99 – Normas Gerais para Avaliação do Aproveitamento Escolar,

Recuperação de Estudos e Promoção de Alunos do Sistema Estadual de Ensino – Ensino

Fundamental e Médio.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação

Básica.

PARO, Vítor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. 3ª edição. São Paulo

Ática, 2004.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 23ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra 1997.

GASPARIM, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 3 edição.

Autores Associados, 2005.

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA, Lei 9394/96.

LEI Nº 11.645 DE 10 DE MARÇO DE 2008. Estabelece as diretrizes e base da

educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a

obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

Brasília: Presidência da República, 2008.

LEI Nº 11.788 DE 25 DE SETEMBRO DE 2008. Estágio não obrigatório para alunos

do Ensino Médio. Brasília: Presidência da República, 2008.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1991.

MONROE, Paul. História da Educação. 3ª edição. São Paulo: Nacional, 1983.

NAVARRO, Ignez Pinto. Conselho Escolar e a Aprendizagem na Escola. Brasília:

MEC, SEED, 2004, cadernos 2, 3, 4 e 5.

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142

NÉRICE, Imídeo Giuseppe. Didática Geral – Dinâmica na Escola.3 ed. Fundo de

Cultura S. A., 1965.

PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre:

ArtMed Editora, 2000.

PILETTI, Claudino. Filosofia e História da Educação. 10 edição. São Paulo: Ática, 1989.

REGIMENTO ESCOLAR/2008

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras,

1994.

SAVIANI, Demerval. Pedagogia Histórico-Crítica. Primeiras aproximações. 2 ed.

Cortez, 1991.

VEIGA, I. P. A. e REZENDE, L. M. G. De (orgs). Escola: espaço do projeto político-

pedagógico. Campinas: Papirus, 1998.

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143

11. ANEXOS

11.1 PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Arte sempre teve um sentido transformador, desde a pré-história. O homem

busca algo a mais. Se vivemos num mundo complexo, a Arte não pode ser diferente, pois

dá um sentido à vida. Ela captura os dramas humanos e sociais,expressa-os numa obra

e os devolve para essa mesma sociedade,que muitas vezes não aceita essa

interpretação.

A fruição é, portanto, individual. A emoção, a sensação e o pensar que ela

provoca em nós são ressonâncias internas provocadas pelas sutilezas da própria

linguagem.

Quando estamos diante de uma obra de arte, a recriamos em nós. A

contemplação de uma produção artística nunca é passiva, algo de nós penetra na obra ao

mesmo tempo em que somos por ela invadidos e despertados para novas sensibilidades.

O que uma determinada geração de artistas expressa está intrinsecamente ligada

às condições sociais, históricas, políticas e estéticas da época em que vivem. Pode

acontecer de o artista ir além do que se faz em seu tempo, trazendo novos

questionamentos por meio de sua obra. Nenhuma forma de Arte existe no vácuo: parte

do significado que qualquer obra depende do entendimento de seu contexto.

A estética esclarece as bases teóricas para julgar a qualidade do que é visto.

A arte é para todos?

Pela arte, o ser humano torna-se consciente da sua existência individual e

social,ele percebe e se interroga,sendo levado a interpretar o mundo e a si mesmo.

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Torna-se necessário estar em constantes discussões sobre o papel dos arte-

educadores na atualidade, visto que marcos teóricos e curriculares vêm reorientando a

prática de toda a comunidade escolar, chegando também à área das Artes,ajudando-nos

a compreender que técnicas e temas não devem ocupar o lugar dos conteúdos,métodos

e objetivos e tampouco, mover-se apenas no espaço psicológico.

A prática que se manifesta hoje,no ensino da Arte,requer que levemos em

consideração que tanto os modos como os alunos constroem conhecimento,quanto a

importância de pontuarmos objetos de estudo da nossa área garantem a contribuição

específica da Arte na formação do sujeito cultural.

Para isso,uma metodologia que privilegia o acesso aos processos e produtos

artísticos do patrimônio cultural da humanidade deve,como parâmetro,ser ponto de

partida para nossas ações educativas em Arte. As Diretrizes Curriculares em Arte

reorientam o currículo,defendendo as Artes Visuais,o Teatro,a Dança,a Música como

componentes do currículo de Arte,considerando o estudo destes no plano prático e

reflexivo,articulando três eixos:teorizar,sentir e perceber e o trabalho artístico.

Assim como nas outras disciplinas do currículo escolar, o processo de

conhecimento na área artística se dá essencialmente com a resolução de problemas.

Quais conteúdos devem ser propostos para o aluno, durante sua aprendizagem

artística?

O que é resolver problemas em Arte?

Podemos destacar duas classes de problemas que fazem parte do conjunto de

atividades da área artística.

1º- Problemas inerentes ao percurso criador do aluno, ligados à construção,

envolvendo questões relativas às técnicas, aos materiais e aos modos pessoais de

articular sua possibilidade expressiva às técnicas e aos materiais disponíveis,

organizados em uma forma que realize sua intenção criadora.

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145

2º- Problemas inerentes às propostas feitas pelo professor e que caracterizam

uma intervenção fundamentada em questionamentos, como parte da atividade didática.

Tal intervenção pode ocorrer em vários aspectos dessa atividade, antes e durante todo o

processo de criação artística dos alunos, e também durante as atividades de apreciação

de obras de Arte e de investigação sobre artistas e outras questões relativas aos produtos

artísticos.

A Arte é um grande desafio pois, nos coloca questões que nos permite utilizar

diversas áreas do conhecimento, ela desafia, questiona e levanta hipóteses.

A Arte Contemporânea é discutida por vários estudiosos e especialistas. Ela é

complexa e conseqüentemente seu ensino também. É necessário investimentos na

significação da Arte,do artesanato e do design nas escolas,nas pesquisas,no artista e no

educador juntos,e rejeição da segregação cultural na educação como afirma Paulo

Freire.

No transcorrer do ensino fundamental, o aluno poderá desenvolver diversas

linguagens da área da Arte (Artes Visuais,Dança,Música, Dança,Teatro), tanto para

produzir trabalhos pessoais e grupais,como para que possa,progressivamente,apreciar,

desfrutar,valorizar e julgar os bens artísticos de distintos povos e culturas,produzidos ao

longo da história e na contemporaneidade.

Nesse sentido,o ensino de Arte deverá organizar-se de modo que , ao longo do

Ensino Fundamental,os alunos possam:

-Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;

-Expressar e comunicar em Arte,mantendo uma atitude de busca pessoal/ou

coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a

sensibilidade e a reflexão, ao realizar e fruir produções artísticas;

-Experimentar e conhecer materiais,instrumentos e procedimentos variados em

Artes (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), de modo a utilizá-los nos trabalhos

pessoais, identificá-los na apreciação e contextualizá-los culturalmente;

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-Construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e

conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas, sabendo receber

e elaborar críticas;

-Compreender e apreciar a Arte como importante meio de expressão e

comunicação;

-Desenvolver a Arte como uma atividade enriquecedora e construtiva e como

importante instrumento de transmissão de valores culturais;

-Analisar a descendência Afro-brasileira e sua importância na contribuição

cultural, como na arte, costumes, culinária e a contribuição do Afro-descendente e

indígena para o crescimento e formação da cidadania brasileira;

-Tomar conhecimento da Cultura Africana, da qual descendemos;

-Perceber a significação da Arte nos processos de humanização do homem,como

um ser criador que se transforma e transforma a natureza por meio do trabalho;

- Desenvolver os temas relacionados aos Desafios Educacionais

Contemporâneos: Educação Ambiental, Educação Fiscal, História e Cultura Afro

Brasileira, Africana e Indígena, Sexualidade, Enfrentamento à Violência, Prevenção ao

Uso Indevido de Drogas concomitante aos demais conteúdos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES :

Metodologicamente ,de acordo com as Diretrizes Curriculares o Ensino de

Arte,deverá se dar de forma a articular três eixos metodológicos, a saber: a arte como

forma de conhecimento, como ideologia e como trabalho criador.

O desenvolvimento dos conteúdos está pautado no conteúdo estruturante

”Composição” e seus desdobramentos. Este conteúdo, como eixo central,direciona o

olhar para determinados “elementos formais” e “ movimentos e períodos”, que ao

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serem abordados e estudados,aprofundam a compreensão e a apropriação do

conhecimento em Arte.

Ressalta-se, ainda, que o trabalho com os “movimentos e períodos”, apesar de

ser abordado em alguns momentos a partir de uma leitura linear ou cronológica da

História, será desenvolvido de modo a destacar as permanências e mudanças dos

elementos formais e de composição presentes em seus diversos períodos.

O estudo das produções artísticas colocará o aluno em contato com a

singularidade do modo de produção da linguagem da arte; seja para compreensão da

passagem, por exemplo, de um período para outro, como para perceber e compreender

as diferentes singularidades da linguagem da obra de determinado artista.

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais

Composição Movimentos e Períodos

MÚSICA

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

RitmoMelodiaHarmoniaTonalModalContemporâneaEscalasSonoplastiaEstrutura Gêneros: Erudita, Folclórica...Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação...

Arte greco-romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Rap, Tecno, Barroco, Classicismo, Romantismo,Vanguardas Artísticas, Arte Engajada, Música Serial, Música Eletrônica, Música Minimalista, Música Popular Brasileira, Arte Popular, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Word Musica, Arte Latino Americana...

ARTES

Ponto

Linha

Superfície

FigurativaAbstrataFigura-fundoBidimensionalTridimensionalSemelhançasContrastesRitmo Visual

Arte Pré-Histórica, arte no Antigo Egito, Arte Greco-romana, Arte Pré-colombiana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Arte Bizantina, Arte Românica, Arte Gótica, Renascimento,

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VISUAIS Textura

Volume

Luz

Cor

Gêneros: Paisagem, Retrato, Natureza-Morta...Técnicas: Pintura,Gravura, Escultura, Arquitetura, Fotografia,Vídeo...

Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Impressionismo, Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Abstracionismo, Dadaísmo, Construtivismo, Surrealismo, Op-Art, Pop-Art, Arte Näif, Vanguardas Artísticas,Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústra Cultural, Arte Latino-americana, Muralismo...

Conteúdos Estruturantes

Elementos Formais

Composição Movimentos e Períodos

TEATRO

Personagem(expressões corporais,vocaisgestuais e faciais)

Ação

Espaço

Composição

RepresentaçãoTexto DramáticoDramaturgiaRoteiroEspaço CênicoSonoplastia, iluminação,cenografia, figurino, adereços, máscara, caracterização e maquiagemGêneros: Tragédia, Comédia, Drama, Épico, Rua, etcTécnicas: Jogos teatrais, enredo, Teatro direto, Teatro indireto(Manipulação, bonecos, sombras...), improvisação, Monólogo, Jogos dramáticos, direção, Produção

Arte Greco-romana, Arte Oriental,Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Teatro Dialético, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro Essencial, Teatro do Absurdo, Arte Engajada,Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Arte Latino-americana...

Movimento Corporal

EixoDinâmicaAceleraçãoPonto de ApoioSalto e QuedaRotação

Arte Pré-Histórica, Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo,

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DANÇATempo

Espaço

FormaçãoDeslocamentoSonoplastiaCoreografiaGêneros: Folclóricas, de salão, étnica...Técnicas: improvisação,coreografia...

Romantismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Dança Circular, Indústria Cultural, Dança Clássica, Dança Moderna, Dança Contemporânea, Hip Hop, Arte Latino-americana ...

CAMINHOS METODOLÓGICOS

Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos

estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento ,as

práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os momentos da prática

pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas,

como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de

conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na Metodologia do ensino da Arte,

três momentos da organização pedagógica:

TEORIZAR: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra

artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos;

SENTIR E PERCEBER: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à

obra de arte;

TRABALHO ARTÍSTICO: é a prática criativa, ação do domínio da prática

artística, o exercício com os elementos que compõe uma obra de arte.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

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As sugestões de encaminhamentos metodológicos para a prática pedagógica no

ensino da Arte, aborda, além da produção pictórica de conhecimento universal e artistas

consagrados, também formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas

sociedades contemporâneas.

Além de situar historicamente a produção artística, compreendendo-a no contexto

em que está inserida, destaca as razões que nos levam a estudá-la e contempla os três

momentos desejáveis para uma educação significativa:

1º - Fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística,

bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos;

2º - Propicia aos alunos a experimentação da Arte como ARTE,a leitura e acesso

à obra de Arte;

3º - Possibilita a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma

obra de arte.

Portanto o conhecimento se efetiva quando os três momentos da metodologia são

trabalhados e postos em prática.

O papel do professor como mediador dessa construção, é insubstituível.

Nós professores podemos nos colocar, frente às mudanças na transformação da

prática docente assumindo a condição de comando,como estudiosos e eternos

pesquisadores.

Considerando todas as reflexões propostas ao longo de nossos estudos desejo

ressaltar uma tese defendida por Newton Duarte: “para superarmos as pedagogias

relativistas e o esfacelamento do currículo escolar precisamos admitir que a questão

central da pedagogia reside nas relações que professores e alunos estabelecem com o

conhecimento objetivado nos produtos intelectuais da prática social humana em sua

totalidade.”

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Bem como o efetivo resgate de conteúdos que se configuram como a base para a

leitura, compreensão e fixação dos conceitos necessários para que o aluno possa ler e

interpretar a riqueza cultural humana, materializada em diversas formas de manifestação

artística.

Acreditamos ser esse o detalhe que se configura no elemento que detém o poder

de seduzir o aluno para o estudo, desvenda os mistérios da Arte, estimula à pesquisa e o

desejo de experimentar e criar.

Quando apreciamos qualquer forma de manifestação artística, é impossível

interpretá-los desvinculados da nossa história de vida e do momento no qual vivemos a

experiência estética. Nós vemos a obra de acordo com a nossa ótica ou,de acordo com

nossas referências pessoais e culturais.

AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnóstica, processual e contínua , e principalmente embasada

no desempenho do aluno, ressaltando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, e

favorecendo ao aluno uma recuperação paralela.

A avaliação é um procedimento complexo ,uma tarefa sensível e cognitiva que

requer ainda mais cuidados por se tratar de uma área na qual os produtos do fazer

artístico do aluno expressam sua cultura e subjetividade. O professor precisa saber

ensinar a fazer arte. Se o aluno não se dedicou o quanto podia a uma tarefa e por isso

alcançou baixos resultados, talvez valha a pena avaliar com um conceito correspondente

ao nível do trabalho para pontuar sua atitude, e não para puni-lo.

É preciso que o professor saiba quais os objetivos e conteúdos de ensino em

arte, que leve em conta os processos de construção desses saberes e das aprendizagens

do fazer e do ler imagens em arte,para se orientar na avaliação.

Aprender deve ser responsabilidade compartilhada por alunos e professores, ou

seja, uns com os outros devem desenvolver instrumentos de regulação das

aprendizagens.

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Se os critérios e orientações de avaliação forem compartilhados, os alunos

poderão auxiliar e acompanhar o percurso das próprias aprendizagens.

A avaliação deve contemplar os conteúdos que foram ensinados ou promovidos

pela escola, e não saberes adquiridos em situação extra-escolares.

A avaliação não é um instrumento de controle do professor,de constatação pura e

simples das aprendizagens, mas um instrumento de aprendizagem e reorientação do

planejamento das situações de ensino.

Avaliação é reflexão e tomada de consciência.

Para avaliar em arte são necessários critérios e orientações. As novas

orientações consideram que os alunos não estudam simplesmente para ser aprovados

em testes e exames. Os resultados das avaliações devem expressar suas conquistas e

esforços, a persistência, a dedicação à aprendizagem e a postura criadora. A avaliação

não pode ser sanção de caráter expiatório, mas uma maneira de informar estudantes e

professores sobre o desenvolvimento da aprendizagem, para que possam ajustar seus

processos.Nesse sentido, avaliar tem caráter formativo e informativo.

Instrumentos de avaliação ou uma questão de criação didática: como destacar

produtos cujos conteúdos podem ser avaliados.

Para avaliar os trabalhos práticos, é preciso documentá-los, datá-los e retomá-los

de tempos em tempos com os estudantes. Os critérios, nesse caso, podem ser orientados

para a observação dos processos de criação e dos progressos de cada aluno. A análise

de conjuntos de trabalhos impede que o aluno se fixe em um ou em outro trabalho e

permite que visualize sua produção em um percurso de criação pessoal. Vale reforçar

aqui as falas sobre a própria produção e sua socialização entre os pares. Deve-se evitar

juízos estéticos de bonito e feio, mas observar a adequação no uso dos materiais, as

características expressivas e a dedicação aos trabalhos apresentados, em vez de

procurar virtuosismo técnico e imagens realistas.

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No fazer artístico do aluno, os trabalhos práticos representam a tarefa mais

delicada na avaliação do professor. Acompanhar o processo de criação dos alunos é mais

importante que exigir resultados em produções isoladas.

O aluno pode fazer exercícios práticos de assimilação de conteúdos de arte,

como releituras, desenhos de observação, pesquisa de cores, trabalhos com luz e

sombra, transposição estilística de imagens (transformar uma imagem impressionista em

cubista), passagem de um trabalho bidimensional para tridimensional ou vice-

versa,exercícios que também podem ser avaliados. A avaliação precisa estar relacionada

com o objetivo que se deseja atingir e com os conteúdos que se pretende ensinar.

Cada conteúdo exige um instrumento de avaliação adequado.Nem sempre

podemos avaliar um conteúdo teórico com base em um trabalho prático.

Seguem-se algumas sugestões de instrumentos e procedimentos para avaliar o

fazer e o ver arte. Essas ações só farão sentido se relacionadas aos conteúdos que

estão sendo ensinados ou trabalhados: portfólio,prova de arte;

Ações específicas para avaliar o fazer arte: exposição dos trabalhos;discussão

dos trabalhos em roda de leitura;

Ações para avaliar o “ver arte”: Essa avaliação pode ser feita por múltiplas

estratégias que envolvam a palavra falada e escrita. O professor pode organizar registros

(gravações,arquivo de textos) dessas ações para perceber com maior clareza os avanços

dos alunos.

Conversas dirigidas sobre obras-leituras coletivas de obra de arte,incentivam os

alunos a ouvir os colegas;Debates;Cartas para artistas ou instituições culturais; textos

individuais escritos pelos alunos;textos coletivos escritos pelos alunos;Seleções de obras

seguindo coordenadas do professor.

A avaliação pode resultar em uma ação posterior: é sempre importante deixar

claro que os trabalhos produzidos possuem real importância e continuam a tê-la após

serem avaliados.As pinturas podem ser expostas em algum espaço visível da escola: no

corredor,saguão.Os alunos podem fazer monitoria da exposição para os alunos menores.

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Os desenhos podem ser arquivados na biblioteca da escola ou no laboratório de

informática,escaneados e colocados em alguma página da internet,que seria uma forma

de documentação.

Aprender Arte é desenvolver,progressivamente,um percurso de criação pessoal

cultivado,ou seja,mobilizado pelas interações significativas que o aluno realiza.

-com pessoas que trazem informações pertinentes para o processo de

aprendizagem (outros alunos,professores,artistas,especialistas);

-com obras de Arte (acervos, mostras, apresentações, espetáculos);

-com fontes de informação e comunicação (reproduções, textos, vídeos,

gravações, rádio, televisão, discos, internet);

-como os próprios trabalhos e os dos colegas.

Aprender Arte envolve não apenas uma atividade de produção artística pelos

alunos,mas também a conquista da significação do que fazem e do que outros fazem,pelo

desenvolvimento da percepção estética,nos contatos com o fenômeno artístico,visto como

objeto de cultura,ao longo da história humana,e como conjunto organizado de relações.

É importante que os alunos compreendam o sentido do fazer artístico,ou seja,

entendam que suas experiências desenhar, cantar dançar,filmar ou dramatizar não são

atividades que visam a distraí-los da seriedade das outras disciplinas.Sabe-se que,ao

fazer e conhecer arte,os alunos percorrem trajetos de aprendizagem que propiciam

conhecimentos específicos sobre sua relação com o mundo.Além disso,desenvolvem

potencialidades(percepção,observação,imaginação e sensibilidade) que podem alicerçar

a consciência do seu lugar no mundo e que,também,contribuem inegavelmente para sua

apreensão significativa dos conteúdos das outras disciplinas do currículo.

REFERÊNCIAS:

Diretrizes Curriculares para o Ensino de Arte – Ensino Médio e Fundamental;

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BUORO, Anamélia Bueno. O olhar em construção – Uma experiência de ensino e

aprendizagem da arte na escola. Editora Cortez;

FUSARI, Maria F. de Rezende e Fusari; FERRAZ, Maria Heloísa C.de T.Ferraz. Arte na

Educação Escolar. Editora Cortez;

ROSA, Nereide Sclilaro Santa; SCALÉA, Neusa Sclilaro. Arte-Educação para

professores,teorias e práticas na visitação escolar, PediçõesPinakotheke.

Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar

Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.

História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-

raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).

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11.2 PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno VIDA. Os

conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio não

representam o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas os modelos

teóricos elaborados pelo homem (paradigmas teóricos), que representam o esforço para

entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais.

A ciência presente em cada contexto sempre esteve sujeita à interferências,

determinações, tendências e transformações da sociedade, aos valores e ideologias, as

necessidades materiais do homem em cada momento histórico. Ao mesmo tempo que

sofre a sua interferência, nelas interfere (ARAÚJO, 2002, ANDERY, 1988).

E o conhecimento, como construção, é sempre um processo inacabado. Assim a

uma idéia atribui-se valor quando ela pode ser freqüentemente usado como resposta às

questões postas. Entretanto essa idéia, quando conservada em detrimento do

questionamento formativo pode constituir-se em um obstáculo ao desenvolvimento do

conhecimento científico bem como à aprendizagem científica.

A disciplina de Biologia deverá oportunizar ao aluno uma visão mais realista e

inteligível da ciência, podendo ajudá-lo modificar as idéias com relação ao meio e a tudo

que nele esteja envolvido, propiciando ao educando questionamentos, organizando e

elaborando informações e idéias sobre os seres vivos.

A Biologia, como construção do processo de construção cientifica deve ser

entendida e compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento

humano (ANDERY, 1988). Compreendida assim, é mais uma das formas de

conhecimento produzido pelo desenvolvimento do homem e determinada pelas

necessidades materiais desde em cada momento histórico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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Organização dos seres vivos;

Mecanismos Biológicos;

Biodiversidade;

Manipulação Genética.

CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

- Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.

- Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

- Teorias evolutivas.

- Transmissão das características hereditárias.

- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência

com o ambiente.

- Organismos geneticamente modificados

METODOLOGIA

Com relação à abordagem metodológica, é importante que o professor de

Biologia, ao elaborar seu plano de trabalho docente, garanta o previsto na Lei n.

10.639/03 que torna obrigatória a presença de conteúdos relacionados à história e cultura

afro-brasileira e africana. Igualmente deve ser resguardado o espaço para abordagem da

história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a Lei n. 11.645/08.

A proposição dos conteúdos estruturantes na disciplina de Biologia sugere,

inicialmente, a possibilidade de selecionar conteúdos específicos que farão parte da

proposta curricular da escola. Outra possibilidade, igualmente importante, é relacionar os

diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas de conhecimento,

propiciando reflexão constante sobre as mudanças conceituais em decorrência de

questões emergentes.

Como recurso para diagnosticar as idéias primeiras do aluno é recomendável

favorecer o debate em sala de aula, pois ele oportuniza análise e contribui para a

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formação de um sujeito investigativo e interessado, que busca conhecer e compreender a

realidade.

A abordagem pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira e africana, bem

como, sobre a cultura indígena, poderá ser desenvolvida por meio de análises que

envolvam a constituição genética da população brasileira. Os conteúdos específicos a

serem trabalhados devem estar relacionados tanto aos conteúdos estruturantes quanto

aos conteúdos básicos da disciplina de forma contextualizada, favorecendo a

compreensão da diversidade biológica e cultural.

Quanto ao trabalho envolvendo a educação ambiental, em concordância com Lei

n. 9.795/99 que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, este deverá ser uma

prática educativa integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos

específicos.

Portanto, é necessário trabalhar com propostas diferenciadas e de acordo com as

necessidades sociais dos alunos como textos didáticos, trabalhos individuais e em equipe,

entrevistas, aulas expositivas, partindo sempre da realidade dos alunos (contexto) numa

relação dialógica, reflexiva que permite ao aluno expressar suas idéias, compartilhando

conhecimento.

Trabalhando com a metodologia histórico-crítica divulgada por Saviani in

Gasparim (2002).

AVALIAÇÃO

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos escolares e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96,

deve ser continua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

A avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do estudante,

construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de diferentes

estratégias que envolvem recursos pedagógicos e instrucionais diversos.

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A prova pode ser um excelente instrumento de investigação do aprendizado do

estudante e de diagnóstico dos conceitos científicos escolares ainda não compreendidos

por ele, além de indicar o quanto o nível de desenvolvimento potencial tornou-se um nível

real (VYGOTSKY, 1991b). Para isso, as questões da prova precisam ser diversificadas e

considerar outras relações além daquelas trabalhadas em sala de aula.

A ação docente concomitantemente será avaliada e exigirá observação, investigação

e reorientação do seu trabalho. Na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja

finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática

pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem.

Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos

resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.

Portanto, avaliar no ensino de Biologia implica intervir no processo ensino-

aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos

científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma aprendizagem

realmente significativa para sua vida.

REFERÊNCIAS:

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Biologia para o

ensino médio. Curitiba: SEED, 2008

Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar

Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.

História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-

raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).

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11.3 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – CELEM

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Segundo Meurer, no texto da proposta das Diretrizes Curriculares do Estado do

Paraná da Língua Estrangeira, existe a necessidade de desenvolver formas de incentivar

práticas pedagógicas que contestem “ou quebrem” o círculo do senso comum daquilo que

parece natural, não problemático, mas que recria e reforça formas de desigualdade e

discriminação”. (Meurer, 2000).

Entendemos também segundo o mesmo autor, que as práticas pedagógicas

decorrem de concepções teórico-metodológicas, e estão carregadas de ideologias que

caracterizam relações de poder, o que precisa de problematização para ser aplicada em

nossa realidade cotidiana.

Compreendendo que tanto a opção teórico-metodológica quanto o idioma a ser

ensinado na escola não são neutros, mas profundamente marcados por questões político-

econômicas e ideológicas, que resultam muitas vezes no imperialismo de uma língua,

identificamos o ensino da língua estrangeira como pedagogia crítica, que sustenta todo

referencial teórico das DCES do nosso Estado.

A escola fica com o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não

apenas para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas.

A aula de língua estrangeira deve constituir um espaço para que o aluno

reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se engaje

discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao

mundo em que vive.

A Língua Estrangeira Moderna explorará aspectos textuais fundamentais para o

conhecimento e organização dos diferentes gêneros e funções da linguagem enfatizando

as quatro habilidades na comunicação (falar, ler, escrever e ouvir). Pois, a oralidade, a

leitura e a escrita como práticas significativas do discurso possibilitam a visão e o

entendimento do mundo confrontando as formas discursivas da língua materna à língua

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que se está aprendendo a partir dos temas sociais contemporâneos para que ocorra um

aperfeiçoamento da competência comunicativa.

A aprendizagem de uma Língua Estrangeira é fundamental na Educação Básica

por ser uma exigência do mundo globalizado e também por oportunizar condições do

indivíduo interpretar a realidade que o cerca podendo este interagir com ela. Ela é ainda

uma forma de inclusão social.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Contribuir e oportunizar ao educando a compreensão crítica e produção de

diversos tipos de textos.

Propiciar a integração a outras culturas e, ainda fazer com que o alunado

compreenda essa integração cultural nos contextos atuais, de uma forma crítica.

Refletir de modo crítico sobre a importância da língua estrangeira como

instrumento de comunicação universal.

Promover a Inclusão escolar, social e a inserção no mercado de trabalho,

considerando que atualmente vivemos em um mundo globalizado, onde o conhecimento

de uma língua estrangeira é fundamental e muitas vezes pré-requisito para essa inserção.

Apresentar a língua estrangeira como espaço para ampliar o contato com outras

formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção da

realidade.

Compreender os significados da língua, como significados sócio e historicamente

construídos, e, portanto, passíveis de transformação social.

Vivenciar na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas.

Conscientizar-se de que o conhecimento da Língua Estrangeira é uma

ferramenta importante para ele interagir com o mundo.

Ser capaz de usar a língua em situações de oralidade e escrita.

METODOLOGIA

O ensino da Língua Estrangeira se orientará numa produção construída nas

interações sociais, considerando as experiências prévias dos alunos, possibilitando-se a

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escolha de temas de seu interesse e utilizando-se de materiais autênticos como músicas,

anúncios publicitários... etc, fazendo uma inter-relação entre os conteúdos e a prática da

língua... Sempre instigando a reflexão e a criticidade, exercitando uma relação dialógica

entre professor e aluno onde o primeiro irá propiciar situações de resolução de problemas

com vista ao aluno perceber as implicações sociais históricas e ideológicas presentes em

todo discurso.

O trabalho com a língua estrangeira será entendido como uma nova possibilidade

do aluno ver e entender o mundo e de criar novos significados.

Tanto a gramática como vocabulário não será trabalhado isoladamente, serão

contextualizados, favorecendo sua compreensão, reflexão e discussão, uma vez que

terá relação com o conhecimento de mundo do educando. E antes de selecionar os

conteúdos deve-se levar em consideração as necessidades do educando e a importância

de tais assuntos para o seu desenvolvimento pessoa e intelectual assim como para o

desenvolvimento do ser humano e do seu meio social, e sempre voltando-os para a

prática dos conteúdos que estruturam e permeiam todo o ensino da Língua Estrangeira.

Oralidade, leitura e escrita.

Torna-se enriquecedor tomar como base seguinte citação da Diretriz Curricular

“... para cada texto escolhido verbal/ou não verbal, o professor poderá trabalhar levando

em conta os itens abaixo sugeridos:

a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada

atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero.

b) Aspecto Cultural/Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no

texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras

leituras poderão ser feitas a partir do texto apresentado.

c) Análise Lingüística: será realizada de acordo com a série. Vale ressaltar a

diferença entre ensino de gramática e a prática da análise lingüistica.”

ENSINO DE GRAMÁTICA PRÁTICA DE ANÁLISE LINGÜISTICA

Concepção de língua como sistema, estrutura inflexível e invariável

Concepção de língua como ação interlocutivas situada, sujeita às

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interferências dos falantes.

Unidade privilegiada: a palavra, a frase e o período.

Unidade privilegiada: o texto

Preferência pelos exercícios estruturais, de identificação e classificação de unidades/funções morfossintáticas e correção.

Preferência por questões abertas e atividades de pesquisa, que exigem comparação e reflexão sobre adequação e efeitos sentidos.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA – P1

- Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;

- Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;

- Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos

alunos;

- Preparar apresentações que explorem as marcas lingüisticas típicas da

oralidade em uso formal e informal;

- Estimular a expressão oral ( contação de histórias) comentários, opiniões sobre

os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos estralingüisticos,

como:entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;

- Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:

cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens entre outros;

- Pŕaticas de leituras de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de

circulação;

- Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;

- Desenvolver atividades de leitura em três etapas:

- pré-leitura ( ativar conhecimentos prévios, discutir e antecipar elementos do

texto, antes mesmo da leitura);

- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);

- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita

objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto).

- Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

- Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;

- Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

- Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como:

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gráficos, fotos, imagens, mapas;

- Socializar as ideias dos alunos sobre o texto;

- Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de

diferentes gêneros;

- temáticas ( o que é dito nesses gêneros);

- estilísticas ( o registro das marcas enunciativas do produtor e

os recursos lingüísticos);

- composicionais ( a organização, as características e a seqüência tipológica);

- Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, interlocutor, do

gênero, da finalidade;

- Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

- Acompanhar a produção do texto;

- Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (idéias),

dos elementos que compõem o gênero;

- Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática,

à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;

- Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos;

- Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a

referência textual;

- Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;

- Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA – P2

- Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;

- Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;

- Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos

alunos;

- Preparar apresentações que explorem as marcas lingüisticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal;

- Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre

os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralingüísticos, como

entonação, expressões facial, corporal e outros;

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- Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:

cenas de desenhos, programa infanto-juvenis, entrevistas, reportagens entre outros;

- Práticas de leitura de diferentes gêneros atrelados à esfera social de circulação;

- Utilizar estratégias de leitura que possibilite a compreensão textual significativa

de acordo com o objetivo proposto no trabalho com o gênero textual selecionado;

- Desenvolver atividades de leitura em três etapas:

- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a

temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura);

- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);

- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita

objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto);

- Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;

- Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, finalidade, intertextualidade;

- Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como:

gráficos, fotos, imagens, mapas;

- Relacionar o tema com o contexto cultural do aluno e o contexto atual;

- Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de

diferentes gêneros:

- temáticas (o que é dito nesses gêneros);

- estilísticas ( o registro das marcas enunciativas do produtor e os

recursos lingüísticos);

- composicionais ( a organização, as características e a seqüência tipológica).

- Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do

gênero, da finalidade;

- Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

- Acompanhar a produção de texto;

- Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias),

dos elementos que compõem o gênero;

- Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade,

temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;

- Conduzir à reflexão dos elementos discursivo, textuais, estruturais e normativos;

- Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a

referência textual;

- Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;

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- Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados;

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

A Diretriz Curricular de Língua Estrangeira explica que os saberes são concebidos

como conteúdos, estruturantes e a partir destes abordam-se os conteúdos específicos,

estes por sua vez, contemplam diferentes gêneros discursivos.

“O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico-social. Ao

tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se

um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, define-se como Conteúdo

Estrangeiro de Língua Estrangeira Moderna o Discurso como prática social. A língua será

tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as

práticas que efetivam o discurso.” (DCE-LEM)

O texto deve ser o ponto de partida para o desencadeamento de reflexões e de

tomada de atitudes, portanto ele deve ser selecionado juntamente com os alunos e de

preferência deve contemplar os temas sociais contemporâneos e ainda estar relacionado

a outras disciplinas para que ocorra uma interdisciplinaridade entre as diversas áreas do

conhecimento. Com isso os conteúdos tornam-se mais flexíveis e não precisam seguir

uma ordem fixa.

Dessa forma estabelecem-se como elementos integradores e que estarão

presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira, seja em

que prática for: conhecimentos, lingüísticos, discursivo, culturais e sócio-

pragmáticos.

Assim os conteúdos abaixo especificados deve ser trabalhados em todas as

séries do Ensino Básico. Para que se efetive a Prática Discursiva torna-se necessário

expor os alunos a textos orais pertencentes aos diferentes discursos, promover a leitura

de diferentes discursos e quanto à escrita ela deve ser vista como uma atividade sócio-

interativa, pois quem escreva, escreve para alguém real ou imaginável.

CONTEÚDOS BÁSICOS- P1

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167

Prática discursiva: oralidade;

Fatores de textualidade centrados no leitor:

III. Tema do texto;

IV. Aceitabilidade do texto;

V. Finalidade do texto;

VI. Informatividade do texto;

VII. Intencionalidade do texto;

VIII. Situacionalidade do texto;

IX. Papel do locutor e interlocutor;

X. Conhecimento de mundo;

XI. Elementos extralingüisticos: entonação, gestos;

XII. Adequação do discurso ao gênero;

XIII. Turnos da fala;

XIV. Variações lingüísticas;

Fatores de textualidade centradas no texto:

a) Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos;

b) Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como

conectivos, gírias, expressões, repetições);

c) Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

Prática Discursiva: leitura

Fatores de textualidade centrados no leitor:

XV. Tema do texto;

XVI. Conteúdo temático do gênero;

XVII. Elementos composicionais do gênero;

XVIII. Propriedades estilísticas do gênero;

XIX. Aceitabilidade do texto;

XX. Finalidade do texto;

XXI. Informatividade do texto;

XXII. Situacionalidade do texto;

XXIII. Papel do locutor e interlocutor;

XXIV.Conhecimento de mundo;

XXV. Temporalidade;

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XXVI.Referência textual.

Fatores de textualidade centrados no texto:

XXXIV. Intertextualidade;

XXXV. Partículas consecutivas básicas do texto;

XXXVI. Vozes do discurso: direto e indireto;

XXXVII. Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia,

formação das palavras, figuras de linguagem;

XXXVIII. Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e

explícitas;

XXXIX. Marcas lingüísticas; coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito);

XL. Acentuação gráfica;

XLI. Ortografia;

XLII. Concordância verbal e nominal.

CONTEÚDOS BÁSICOS P2

Prática discursiva: oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor:

XXXI. Tema do texto;

XXXII. Conteúdo temático do texto;

XXXIII. Aceitabilidade do texto;

XXXIV. Finalidade do texto;

XXXV. Informatividade do texto;

XXXVI. Intencionalidade do texto;

XXXVII. Situacionalidade do texto;

XXXVIII. Papel do locutor e interlocutor;

XXXIX. Conhecimento de mundo;

XL. Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos;

XLI. Adequação do discurso ao gênero;

XLII. Turnos da fala;

XLIII.Variações lingüísticas.

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Fatores de textualidade centrados no texto:

XXVIII. Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos

semânticos;

XXIX. Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais

como conectivos, gírias, expressões, repetições);

XXX.Diferença e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

Prática discursiva: leitura

Fatores de textualidade centrados no leitor:

XVII. Tema do texto;

XVIII. Conteúdo temático do texto;

XIX. Aceitabilidade do texto;

XX. Finalidade do texto;

XXI. Informatividade do texto;

XXII. Intencionalidade do texto;

XXIII. Situacionalidade do texto;

XXIV. Papel do locutor e interlocutor;

XXV. Conhecimento de mundo;

XXVI. Temporalidade;

XXVII. Referência textual;

Fatores de textualidade centradas no texto:

XVI. Intertextualidade;

XVII. Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia; formação das

palavras, figuras de linguagem;

XVIII. Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e

explícitas;

XIX. Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito);

XX. Acentuação gráfica;

XXI. Ortografia;

XXII. Concordância verbal e nominal.

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:

A avaliação fará parte integrante do processo de aprendizagem na contribuição

da construção de saberes. Será contínua e cumulativa, prevalecendo os aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

Embora ela seja eficiente para a verificação da aprendizagem dos alunos, a

avaliação servirá principalmente para um momento de reflexão das práticas do professor,

para ele perceber quais conhecimentos não foram suficientemente trabalhados e assim

reorientar suas ações para a melhoria do aprendizado.

A avaliação envolverá diversas atividades tais como: exercícios orais e escritos;

atenção/empenho/acerto e compreensão de texto; trabalho individual e em grupo; práticas

das habilidades orais e escritas, sendo a ênfase maior dirigida à habilidade de

compreensão através da oralidade, leitura e escrita em pesquisas, debates, discussões,

avaliações diárias, testes, observação e participação em atividades de sala de aula de

forma contínua, cumulativa e permanente.

De acordo com a Proposta Político Pedagógica: “A educação deve ser contínua e

permear todo o processo ensino-aprendizagem. Não com caráter de mera constatação ou

classificação, mas com caráter transformador, comprometida com a promoção da

aprendizagem e desenvolvimento abrangendo todos os alunos”.

Acrescentando ainda que, seguindo o estabelecido no Regimento Escolar,

Art.110, “O sistema de avaliação bimestral será composto pela somatória da nota 4,0

(quatro vírgula zero) referente as atividades diversificadas mais a nota 6,0 ( seis vírgula

zero) resultante de no mínimo duas avaliações (instrumentos diversificados) totalizando

nota final de 10,0 (dez vírgula zero).”

Espera-se que o aluno:

XVI. Utilize o discurso de acordo com a situação de produção ( formal e/ ou

informal);

XVII. Apresente suas idéias com clareza, coerência;

XVIII. Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;

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XIX. Organize a seqüência de sua fala;

XX. Respeite os turnos de fala;

XXI. Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;

XXII. Exponha seus argumentos;

XXIII. Compreenda os argumentos no discurso do outro;

XXIV. Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quanto

necessário em língua materna);

XXV. Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas

exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos que julgar necessário.

XXVI. Realize leitura compreensiva do texto;

XXVII. Identifique o conteúdo temático;

XXVIII. Identifique a idéia principal do texto;

XXIX. Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do

contexto;

XXX. Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;

XXXI. Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou

expressões no sentido conotativo e denotativo;

XXXII. Análise as intenções do autor;

XXXIII. Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

XXXIV. Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que

estabelecem a referência textual;

XXXV. Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos

gramaticais) e elementos culturais;

XXXVI. Expressões as idéias com clareza;

XXXVII. Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do

professor, atendendo:

-às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);

-à continuidade temática;

XVIII. Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

XIX. Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;

XX. Utilize adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função

do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.

XXI. Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;

em conformidade com o gênero proposto;

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XXII. Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos atrelados aos gêneros trabalhados;

XXIII. Reconheça palavras e/ou expressões que estabeleçam a referência

textual.

REFERÊNCIAS:

PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento da Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.

Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar

Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.

História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-

raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).

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11.4 PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza

o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua

complexidade. Ao Homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na

Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,

matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

De acordo com as DCEs; a Natureza legitima, então, os objetos de estudo das

ciências naturais e da disciplina de Ciências. Denominar uma determinada ciência de

natural é uma maneira de enunciar tal forma de legitimação. Chauí (DCEs) corrobora tal

afirmação ao lembrar que no século XIX, sob influência dos filósofos franceses e alemães,

dividiu-se o conhecimento científico a partir de critérios como: tipo de objeto estudado,

tipo de método empregado e tipo de resultado obtido. Assim, as chamadas ciências

naturais passaram a ser tomadas como um saber distinto das ciências matemáticas, das

ciências sociais e das ciências aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos,

artísticos e do saber cotidiano. As relações entre os seres humanos com os demais seres

vivos e com a Natureza ocorrem pela busca de condições favoravéis de sobrevivência.

Contudo, a interferência do Homem sobre a Natureza possibilita incorporar experiências,

técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos

culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional asseguram a

elaboração e a circulação do conhecimento cientifíco, estabelecem novas formas de

pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos seus recursos.

Segundo KNELLER, a historicidade da ciência está ligada não somente ao

conhecimento científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é

produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apóiam.

Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a construíram, significa

identificar as diferentes formas de pensar sobre a Natureza, interpretá-la e compreendê-

la, nos diversos momentos históricos.

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Dentre os epistemólogos contemporâneos, Gaston Bachelard (1884-1962)

contribuiu de forma significativa com reflexões voltadas à produção do

conhecimentocientífico, apontando caminhos para a compreensão de que, na ciência,

rompe-se com modelos científicos anteriormente aceitos como explicações para

determinados fenômenos da natureza. Para esse autor existem três grandes períodos do

desenvolvimento do conhecimento científico: estado pré-científico, estado científico e

novo espiríto científico.

No estado pré-científico, esse pensamento representa, segundo Bachelard

(1996), um período marcado pela construção racional e empírica do conhecimento

científico.

Este estado representa a busca da superação das explicações míticas, com base

em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza,

além de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do

séc. XVIII.

RONAN afirma, com o pensamento mítico, o ser humano se preocupava com a

divindade dos acontecimentos e não com as causas desses fenômenos. Pelo mito e pelas

divindades o ser humano expressava o entendimento do mundo natural sob o ponto de

vista “de um mundo divino operando no mundo da natureza” .

Outra possibilidade de explicação do mundo ocorreu a partir da proposição de

modelos científicos que valorizavam a observação das regularidades dos fenômenos da

Natureza para compreendê-los por meio da razão, em contraposição à simples crença.

A magia foi um modo legítimo de expressar uma síntese do mundo natural e do

seu relacionamento com o homem.

Modelo construídos a partir de observações realizadas diretamente sobre os

fenômenos da natureza, permitiram ao ser humano afastar-se do mythos e aproximar-se

da physis.

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Contrapondo-se à idéia animista, filósofos naturalistas explicavam a Natureza a

partir de outro modelo ao atribuir à sua estrutura e constituição material porções imutáveis

e indivisíveis, os átomos. Pelo modelo atomista, os átomos podem se mover e se

combinar no espaço vazio e, assim, construir uma multiplicidade de sistemas maiores

que, por sua vez, evoluem por meio de recombinações atômicas.

Aristóteles (século III a.C.), ao propor um modelo de Universo único, finito e

eterno, composto por esferas que se dispunham em círculos concêntricos em relação à

Terra, descrevendo movimentos circulares perfeitos,formulou as bases para o modelo

geocêntrico. A explicação para a dinâmica do Universo, sistematizada por Aristóteles,

pressupunha a existência de um quinto elemento da Natureza, o éter, constituinte da lua,

dos planetas e das estrelas fixas; essas esferas consideradas superiores à esfera da

Terra, referência imóvel e central (modelo geocêntrico).

Contemporâneos de Aristóteles, como por exemplo, Aristarco de Samos (século

III a.C.), posicionavam-se com outras possibilidades de entendimento dos movimentos

dos corpos celestes (RONAN, 1997a). Neste modelo, propunha-se o Sol como centro do

Universo, regido por movimentos circulares (modelo heliocêntrico).

Provenientes das sistematizações dos pensadores gregos dizem respeito à

descrição das partes anatômicas, ao modo indutivo de atribuir funções aos órgãos

(modelo organicista) e à organização dos seres vivos presentes na natureza. Tais

tradições preocupavam-se em identificar e organizar os seres da Escala Natural 1,

privilegiando a sua perfeição e tendo como critérios a descrição das estruturas

anatômicas e comportamentais.

Os critérios para identificação e organização permaneceram como base do

sistema de classificação dos seres vivos até os séculos XVII e XVIII, quando a grande

diversidade de espécies coletadas em diferentes regiões do planeta não permitia mais tal

organização com base somente nesses critérios. Nesse sentido, os seres vivos passaram

a ser vistos não mais como imutáveis e integrantes de uma natureza estática (modelo

1 Escala Natural corresponde à classificação dos seres vivos com base num gradiente de perfeição entre coisas inanimadas, plantas, animais inferiores, humanos, anjos e seres espirituais (FUTUYMA, 1993).

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fixista), mas mutáveis, evolutivos, integrantes de uma natureza dinâmica (modelo

evolutivo).

O pensamento grego também influenciou na descrição das funções dos órgãos

do corpo humano (modelo organicista) Aristóteles, por exemplo, acreditava no coração

como sendo o centro da consciência e no cérebro como o centro de refrigeração do

sangue.Esse modelo organicista passou a sofrer interferências das relações provenientes

do período renascentista, onde os conhecimentos físicos sobre a mecânica passaram a

ser utilizados como analogia ao funcionamento dos sistemas do organismo (modelo

mecanicista). Tal modelo foi sistematizado pelos anatomistas do século XVI, entre eles, o

médico Willian Harvey (1578-1657).

O modelo mecanicista, utilizado pela ciência até os dias atuais para explicar o

funcionamento dos sistemas do organismo, superou o modelo organicista, pois

comparava, por analogias, o corpo humano às máquinas. Por exemplo, a analogia do

coração com uma bomba hidráulica e o funcionamento do sistema respiratório com a idéia

de combustão.

Relacionado à idéia de combustão, partia-se do princípio que o ar era necessário

para manter o “fogo da vida”. Posteriormente, dentre as novas idéias sobre o assunto,

surgiu a do flogisto ou o “princípio do fogo”, que se relacionava a uma vasta gama de

fenômenos dentre eles a combustão e a respiração.

As sistematizações de Lavoisier (1743-1794), no final do século XVIII, marcaram

um importante momento para a ciência porque contribuíram para superar as idéias do

flogisto que levaram a novas pesquisas científicas, culminando com a reorganização de

toda nomenclatura à luz dos estudos voltados à nova teorização dos átomos e à química

orgânica, no século XIX.

A alquimia, por sua vez, desde a Antiguidade, era uma prática que objetivava,

principalmente, a transmutação dos metais e a busca pelo elixir da vida eterna, com a

cura de todas as doenças (RONAN, 1997c). Outra interpretação da finalidade da alquimia

relacionava-a com uma prática de investigação a respeito da constituição da matéria para

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dividir os compostos em elementos e estudar sua recombinação. Tal interpretação foi

superada no século XVIII.

No estado científico, o século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período

histórico marcado pelo estado científico, em que um único método científico é constituído

para a compreensão da Natureza.

No período do estado científico buscou-se a universalidade do método cartesiano

de investigação dos fenômenos da natureza, com maior divulgação do conhecimento

científico em obras caracterizadas por uma linguagem mais compreensível.

No estado científico o mundo passa e ser entendido como mutável e o Universo

como infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as evidências

de mudanças na crosta terrestre e a extinção de espécies, bem como a transformação da

matéria e a conservação de energia.

Além dos conhecimentos produzidos a partir das pesquisas sobre a constituição

da matéria, desenvolveram-se estudos sobre a transformação e a conservação dessa

matéria na Natureza. Tais estudos, associados aos conhecimentos relativos à lei da

conservação da energia, contribuíram para o entendimento de que na Natureza ocorrem

ciclos de energia, o que se contrapôs à idéia de criação e destruição e estabeleceu

modelos de transformação da energia na Natureza.

Nesse mesmo contexto, a mecânica clássica e o modelo “newtoniano-cartesiano”

influenciaram fortemente o pensamento científico que se apropriou das “verdades”

mecanicistas para explicar o funcionamento dos seres vivos, a dinâmica da natureza, o

movimento dos corpos celestes e os fenômenos ligados à gravitação.

O período do estado científico foi marcado, também, por publicações de cunho

científico não-literárias, com linguagem menos apropriada à divulgação, voltadas a uma

elite intelectual que as acessava por meio dos cursos universitários.

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No estado do novo espírito científico configura-se também, como um período

fortemente marcado pela aceleração da produção científica e a necessidade de

divulgação, em que a tecnologia influenciou e sofreu influências dos avanços científicos.

A preocupação crescente com a educação científica vem sendo defendida não só

por educadores em ciências, mas por diferentes profissionais; seus objetivos têm tido uma

grande abrangência. Nesse sentido, torna-se importante discutir os diferentes significados

e funções que se têm atribuído à educação científica com o intuito de levantar referenciais

para estudos na área de currículo, filosofia e política educacional que visem analisar o

papel da educação científica na formação do cidadão.

Devemos estar centrados no compreender o conteúdo científico e no

compreender a função social da ciência. Pela natureza do conhecimento científico, não se

pode pensar no ensino de seus conteúdos de forma neutra, sem que se contextualize o

seu caráter social, nem há como discutir a função social do conhecimento científico sem

uma compreensão do seu conteúdo.

Adota-se a diferenciação entre alfabetização e letramento, pois na tradição

escolar a alfabetização científica tem sido considerada na acepção do domínio da

linguagem científica, enquanto o letramento científico, no sentido do uso da prática social,

parece ser um mito distante da prática de sala de aula. Ao empregar o termo letramento,

busca-se enfatizar a função social da educação científica contrapondo-se ao restrito

significado de alfabetização escolar.

Letramento científico, nessa perspectiva, consiste na formação técnica do

domínio das linguagens e ferramentas mentais usadas em ciência para o

desenvolvimento científico. Para isso, os estudantes deveriam ter amplo conhecimento

das teorias científicas e ser capazes de propor modelos em ciência. Isso exige não só o

domínio vocabular mas a compreensão de seu significado conceitual e o desenvolvimento

de processos cognitivos de alto nível de elaboração mental de modelos explicativos para

processos e fenômenos.

Os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes

ciências de referência – Biologia, Física, Química, Geologia, Astronomia, entre outras. O

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ensino de Ciências deve promover inter-relações entre os conteúdos selecionados, de

modo a promover o entendimento do objeto de estudo da disciplina de Ciências. Essas

inter-relações devem ser fundamentar nos Conteúdos Estruturantes (ciência atividade

humana).

É necessário ensinar ciências para contribuir para a formação do aluno quanto:

conhecimento do conteúdo científico e habilidade em distinguir ciência de não-ciência;

compreensão da ciência e de suas aplicações; conhecimento do que vem a ser ciência;

independência no aprendizado de ciência; habilidade para pensar cientificamente;

habilidade de usar conhecimento científico na solução de problemas; conhecimento

necessário para participação inteligente em questões sociais relativas à ciência;

compreensão da natureza da ciência, incluindo as suas relações com a cultura;

apreciação do conforto da ciência, incluindo apreciação e curiosidade por ela;

conhecimento dos riscos e benefícios da ciência.

A disciplina de ciências tem como objetivos gerais:

• Resgatar no contexto histórico como se desenvolveu o conhecimento científico.

• Abordar os conhecimentos científicos escolares, orientando que eles tem origem

nos modelos construídos a partir da investigação da Natureza.

• Propiciar o acesso ao conhecimento da história da ciência, associando os

conhecimentos científicos com os contextos políticos, éticos, econômicos e sociais que

originaram sua construção.

• Propagar os conhecimentos científicos recentes, convictos que a produção

científica não deve ser entendida como uma verdade absoluta.

• Apropriar-se das informações referentes os avanços científicos e tecnológicos,

as questões sociais e ambientais.

• Propiciar o enriquecimento da cultura científica do aluno, rompendo com

obstáculos conceituais e adquirindo maiores condições de estabelecer relações

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conceituais, interdisciplinares e contextuais.

• Utilizar uma linguagem que permita comunicar-se com o outro e que possa

fazer da aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no seu cotidiano.

• Propiciar acesso aos conteúdos científicos escolares que tenham significados

para estabelecer relações “substantivas e não arbitrárias” entre o que conhece de

aprendizagem anteriores e o que aprende de novo.

• Propiciar a integração conceitual que estabeleça relações conceituais,

interdisciplinares e contextuais; superando a construção fragmentada do conhecimento.

• Compreender: origem e evolução do Universo (Astronomia); a constituição dos

corpos (Matéria); a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos (Sistemas

Biológicos); a conservação e transformação de energia (Energia); o conceito de

biodiversidade (Biodiversidade).

CONTEÚDOS

5ª série – Ensino Fundamental

CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,

Biodiversidade.

1. Conteúdos Básicos de Astronomia

Universo – Galáxias, Movimento do Universo.

Sistema solar – Geocentrismo, heliocentrismo.

Movimentos Terrestres e Celestes – Rotação, translação, estações do ano.

2. Conteúdos Básicos de Matéria

Constituição da matéria - Conceito de matéria, atmosfera terrestre primitiva, camadas

atmosféricas, solos, rochas, minerais, água.

3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos

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Níveis de Organização – Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células, unicelular,

pluricelular, procarionte, eucarionte, autótrofo, heterótrofo.

4. Conteúdos Básicos de Energia

Formas de Energia - Energia elétrica, energia eólica.

Conversão de Energia - Fontes de energia renováveis e não-renováveis.

Transmissão de Energia – Mudanças de estado físico.

5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade

Organização dos Seres Vivos – Diversidade das espécies, extinção de espécies,

comunidade, populações.

Sistemática – Classificação dos seres vivos.

Ecossistemas – Conceito de biodiversidade, ecossistemas (dinâmica e características)

Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas (introdução).

POSSÍVEIS RELAÇÕES

RELAÇÕES CONCEITUAIS: vulcões, tsunamis, terremotos, desertos, chuva ácida,

fósseis, efeito estufa, ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio, gases,

fontes de energia renováveis e não renováveis, entre outras.

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de

diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de

grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os

casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,

localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,

crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,

representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de

comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras

explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e

exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e

fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos

musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.

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RELAÇÕES DE CONTEXTO: instrumentos astronômicos, história da astronomia,

contaminação da água, desertificação, minerais e a tecnologia: jóias, relógios e outros,

mineração, sismógrafos, poluição do solo, poluição da água, queimadas, desmatamento,

manejo do solo para agricultura, compostagem, contaminação do solo, conservação dos

aqüíferos, tratamento da água, lixo tóxico, aquecimento global, biotecnologia, plástico

biodegradável, fibra ótica, elevadores hidráulicos, lixo e o ambiente, coleta seletiva de lixo,

reservas ambientais – APA, código florestal brasileiro, fauna brasileira ameaçada de

extinção, ação humana nos ecossistemas, desmatamento, poluição do ar, balões e

aviões, instrumentos de vôo , aquecimento global, saneamento básico, questões de

higiene, alimentos transgênicos, aterro sanitário, coleta seletiva e reciclagem, usinas

geradoras de energia, forno microondas, lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de energia

elétrica residencial, bússola, microfone e alto-falante, pára-quedas e asa deltas,

tecnologia da comunicação, pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito –

acidentes de trânsito, educação ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia,

entre outras.

6ª série

CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,

Biodiversidade.

1. Conteúdos Básicos de Astronomia

Movimentos Terrestres e Celestes – Eclipse do Sol, eclipse da Lua, fases da Lua,

constelações, dias e noites.

Astros – Constituição físico-química dos astros.

2. Conteúdos Básicos de Matéria

Constituição da matéria - Composição do planeta Terra primitivo, a Terra antes do

surgimento da vida, atmosfera terrestre primitiva, crosta terrestre, manto terrestre,núcleo

terrestre, estrutura química da célula.

3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos

Célula - Teoria celular, tipos celulares, mecanismos celulares, estrutura celular,

fotossíntese, reserva energética.

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Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Características gerais dos seres vivos,

órgãos e sistemas animais e vegetais,

4. Conteúdos Básicos de Energia

Formas de Energia - Energia luminosa, energia térmica

Conversão de Energia - A interferência da energia luminosa nos seres vivos, sistemas

ectotérmicos, sistemas endotérmicos.

5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade

Organização dos Seres Vivos – Deriva continental, diversidade das espécies, extinção

de espécies.

Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia,

populações.

Ecossistemas – Eras geológicas.

Interações Ecológicas – Interações ecológicas, sucessões ecológicas, cadeia alimentar,

seres autótrofos e heterótrofos.

Origem da Vida – Conceito de biodiversidade, biogênese, teorias sobre o surgimento da

vida, geração espontânea.

POSSÍVEIS RELAÇÕES

RELAÇÕES CONCEITUAIS: ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio,

a ação de substâncias químicas no organismo, gases, fontes de energia renováveis e não

renováveis, Ilhas de calor, entre outras.

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de

diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de

grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os

casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,

localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,

crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,

representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de

comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras

explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e

exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e

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fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos

musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.

RELAÇÕES DE CONTEXTO: Inovação tecnológica, fermentação, contaminação da água,

poluição do solo, poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do solo para

agricultura, contaminação do solo, tratamento da água, lixo tóxico, elevadores hidráulicos,

lixo e o ambiente, unidades de conservação, ocupação da mata atlântica, exploração da

Amazônia, conservação da mata ciliar, exploração da mata das araucárias, tráfico de

animais, ação humana nos ecossistemas, espécies exóticas, desenvolvimento industrial,

impactos ambientais, desmatamento, exploração da caça e pesca, tráfico de animais e

vegetais, poluição do ar , aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, uso de

agrotóxicos na agricultura, Instituições governamentais e ONG, tecnologia na produção

vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo, dengue e saúde pública no Brasil,

vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos, automedicação: antibióticos,

polinização provocada pelo homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção

de frutos de comercialização, comercialização da carnes exóticas, vacinas e soros, raças

e preconceitos raciais, fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia e testes

diagnósticos, saneamento básico, medicamentos, influência da alimentação na saúde

, aterro sanitário, corantes e tingimento de tecidos, projeto Genoma Humano, gravidez

precoce, DSTs, pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de

trânsito, educação ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.

7ª série

CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,

Biodiversidade.

1. Conteúdos Básicos de Astronomia

Movimentos Terrestres e Celestes – a esfera terrestre e seu sistema de coordenadas,

a esfera celeste e seu coordenadas.

Origem e evolução do Universo – Teorias sobre a origem do Universo ( Teorias

Cosmogônicas).

2. Conteúdos Básicos de Matéria

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Constituição da matéria - Conceito de matéria.

Propriedades da matéria –Massa, volume, densidade, compressibilidade, elasticidade,

divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade,

flexibilidade, elasticidade, permeabilidade, condutibilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho,

sabor, textura, odor.

3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos

Célula - Mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular, fotossíntese, reserva

energética.

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Órgãos e sistemas animais e vegetais,

estrutura e funcionamento dos tecidos, tipos de tecidos, mecanismos biológicos de

diferentes seres vivos, sistemas comparados (aspectos evolutivos), sistemas exclusivos

de algumas espécies, diversidade de estruturas e sistemas de acordo com os diferentes

grupos de seres vivos e suas particularidades, como por exemplo, sistema digestório,

sistema cardiovascular, sistema excretor, sistema urinário.

4. Conteúdos Básicos de Energia

Formas de Energia - Energia mecânica, energia térmica, energia luminosa, energia

nuclear, energia elétrica, energia química, energia eólica.

5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade

Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas

POSSÍVEIS RELAÇÕES

RELAÇÕES CONCEITUAIS: a ação de substâncias químicas no organismo, gases,

fontes de energia renováveis e não renováveis, entre outras.

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de

diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de

grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os

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casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,

localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,

crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,

representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de

comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras

explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e

exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e

fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos

musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.

RELAÇÕES DE CONTEXTO: tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e

degradação de petróleo, dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica,

biotecnologia dos fungos, automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo

homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de frutos de

comercialização, saneamento básico, comercialização da carnes exóticas, vacinas e

soros, raças e preconceitos raciais, fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia e

testes diagnósticos, saneamento básico, obesidade, anorexia e bulimia, melhoramento

genético e transgenia, alimentos transgênicos, exames sangüíneos, transfusões e

doações sangüíneas, soros e vacinas, medicamentos, hemodiálise, terapia gênica,

CTNBio, influência da alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos

contraceptivos, Organização Mundial da Saúde, reprodução humana assistida, projeto

Genoma Humano, gravidez precoce, DSTs, pilhas, baterias e questões ambientais,

Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental, educação do campo,

agricultura e tecnologia, entre outras.

8ª série

CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,

Biodiversidade.

1. Conteúdos Básicos de Astronomia

Astros – Estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, anéis, meteoros,

meteoritos, cometas.

Gravitação Universal – Leis de Kepler, leis de Newton.

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2. Conteúdos Básicos de Matéria

Constituição da matéria – Átomos, modelos atômicos, elementos químicos, íons,

ligações químicas das substancias, reações químicas, funções químicas inorgânicas,

ácidos, sais, bases, óxidos, lei da conservação da massa, compostos orgânicos.

3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos

Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – sistema sensorial , sistema reprodutor

, sistema endócrino, sistema nervoso.

Mecanismos de Herança Genética – Noções de hereditariedade, cromossomos, gene,

DNA, RNA, mitose, meiose.

4. Conteúdos Básicos de Energia

Conversão de Energia – Sistemas semi-conservativos, ciclos de matéria,

eletromagnetismo, conversão de energia potencial em cinética, movimentos, velocidade,

aceleração, colisões, trabalho, potência,

Transmissão de Energia – Irradiação, convecção, condução, sistemas de transmissão

de energia, leis de Newton, máquinas simples, sistemas mecânicos, equilíbrio de forças.

5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade

Interações Ecológicas – Ciclos biogeoquímicos, relações interespecíficas, relações

intraespecíficas.

Os conteúdos específicos de 5ª a 8ª séries estão presentes nos conceitos

fundamentais de Ciências que podem estar relacionados com conceitos de mais de um

conteúdo estruturante, de acordo com o encaminhamento e as preferências do autor,

garantindo a articulação entre eles. Para tal, é necessário que os conteúdos específicos

da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua complexidade de relações, envolvendo

a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas de conhecimento físico,

químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais, interdisciplinares

e contextuais.

POSSÍVEIS RELAÇÕES

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RELAÇÕES CONCEITUAIS: gases, fontes de energia renováveis e não renováveis,

Ilhas de calor, máquinas simples - alavancas, polia, engrenagens, entre outras.

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de

diferentes narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de

grandezas, pinturas rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os

casos de doenças, influência da altitude na prática de esportes, medidas de grandezas,

localização geográfica, distribuição dos seres vivos no planeta, Revolta da Vacina,

crescimento da população humana, as doenças e as condições sociais de moradias,

representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano, formas de

comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras

explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e

exportação de alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e

fecundidade, medidas de grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos

musicais, órgãos sensoriais e a arte, entre outras.

RELAÇÕES DE CONTEXTO: lixo e o ambiente, biotecnologia, plástico biodegradável,

elevadores hidráulicos, panela de pressão, ultra-sonografia, máquina fotográfica, óculos,

telescópios , aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, tecnologia na produção

vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo, influência da alimentação na

saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização Mundial da Saúde,

instrumentos de medidas, tecnologias em produtos de eletrônica, dessanilização, panela

de pressão, ligas metálicas, aterro sanitário, biodiesel, corantes e tingimento de tecidos,

estações de tratamento de esgoto, biogás, adubos e fertilizantes químicos, coleta seletiva

e reciclagem, usinas geradoras de energia, instrumentos e escalas termométricas,

acidentes, forno microondas, lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica

residencial, bússola, microfone e alto-falante, pára-quedas e asa deltas, tecnologia da

comunicação, pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de

trânsito, educação ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.

Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 –história

e cultura afro-brasileira e africana, Lei 11645/08 – história e cultura dos povos indígenas,

Lei 9795/99 – política nacional de educação ambiental.

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Dessa forma, serão inseridos temas relacionados a História e Cultura Afro-

Brasileira e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país,

ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na

perspectiva de uma sociedade multicultural e pluriétnica , lei 11.645/03/08 que integra a

História e Cultura afro-Brasileira e Indígena ao Currículo de Ensino Fundamental e Médio.

METODOLOGIA

Na metodologia, nós, professores nos embasamos na teoria da aprendizagem de

Ausubel que propõe que os conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados, para

que possam construir estruturas mentais utilizando, como meio, mapas conceituais que

permitem descobrir e redescobrir outros conhecimentos, caracterizando, assim, uma

aprendizagem prazerosa e eficaz.

A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é

incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a

partir da relação com seu conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica ou

repetitiva, uma vez que se produziu menos essa incorporação e atribuição de significado,

e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de associações

arbitrárias na estrutura cognitiva. Quando o conteúdo escolar a ser aprendido não

consegue ligar-se a algo já conhecido, ocorre o que Ausubel chama de aprendizagem

mecânica, ou seja, quando as novas informações são aprendidas sem interagir com

conceitos relevantes existentes na estrutura cognitiva. Assim, a pessoa decora fórmulas,

leis, mas esquece após a avaliação.

Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em

primeiro lugar, o aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser

memorizar o conteúdo arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será mecânica. Em

segundo, o conteúdo escolar a ser aprendido tem que ser potencialmente significativo, ou

seja, ele tem que ser lógica e psicologicamente significativo: o significado lógico depende

somente da natureza do conteúdo, e o significado psicológico é uma experiência que

cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem dos conteúdos que têm significado

ou não para si próprio.

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Ao selecionarmos os conteúdos a serem ensinados, organizaremos nosso

trabalho docente tendo como referências: o tempo disponível para o trabalho pedagógico

(horas/aula semanais); o Projeto Político Pedagógico da escola, os interesses da

realidade local e regional onde a escola está inserida, a análise crítica dos livros didáticos

de Ciências disponíveis e informações atualizadas sobre os avanços da produção

científica.

Na organização do plano de trabalho docente faremos reflexões a respeito das

relações a serem estabelecidas entre os conteúdos, dos recursos pedagógicos

disponíveis, das estratégias de ensino que podem ser utilizadas e das expectativas de

aprendizagem para um bom resultado final.

Em nosso ensino de Ciências, alguns aspectos serão considerados essenciais

tanto para a nossa formação quanto para nossa atividade pedagógica. Abordaremos,

assim três aspectos importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação científica e a

atividade experimental.

Assim, no momento da seleção dos conteúdos, das estratégias e dos recursos

instrucionais, dentre outros critérios, levaremos em consideração o desenvolvimento

cognitivo dos estudantes.

Entretanto, sabemos e consideraremos outras variáveis que interferem no

processo ensino-aprendizagem de conceitos científicos, dentre elas o enraizamento das

concepções alternativas, as apropriações culturais locais ou regionais, a concepção de

ciência do professor e a qualidade de sua prática de ensino.

Utilizaremos em nossa prática para garantir o processo ensino-aprendizagem de

forma bem articulada os seguintes itens:

·recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como:

livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música,

quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo

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didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros),

microscópio, lupa, jogo, televisor, computador, retroprojetor, entre outros;

·de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de

relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;

·de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios,

exposições de ciência, seminários e debates.

As estratégias de ensino e os recursos pedagógico-tecnológicos e instrucionais

são fundamentais para nossa prática docente. Além disso, contribuem de forma

significativa para melhorar as condições de aprendizagem aos estudantes.

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos

metodológicos que serão valorizados em nosso ensino de Ciências, tais como: a

problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura

científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos

instrucionais e o lúdico.

ABORDAGEM PROBLEMATIZADORA

A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um novo

conteúdo. Essa ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo dos

estudantes e o conhecimento científico escolar que se pretende ensinar. A

problematização como estratégia de ensino pode ser efetuada, evidenciando-se duas

dimensões: na primeira, levaremos em conta o conhecimento de situações significativas

apresentadas pelos estudantes, problematizando-as; na segunda, realizaremos a

problematização de forma que o estudante sinta a necessidade do conhecimento

científico escolar para resolver os problemas apresentados.

RELAÇÕES CONTEXTUAIS: Contextualizar é uma forma de articular o conhecimento

científico com o contexto histórico e geográfico do nosso aluno, com outros momentos

históricos, com os interesses políticos e econômicos que levaram à sua produção para

que o conhecimento disciplinar seja potencialmente significativo. A contextualização pode

ser um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo de modo mais concreto e próximo

à realidade do nosso aluno para uma posterior abordagem abstrata e específica. A

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contextualização pode, também, ser utilizada como ponto de chegada caso façamos a

opção por iniciar a nossa prática com conteúdos mais abstratos e reflexivos. Nesse caso,

contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares das estruturas

sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta aproximação, no

âmbito pedagógico, se estabelece por meio de metodologias que fazem uso,

necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados para a abordagem das

experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do conhecimento.

RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: A abordagem interdisciplinar como pressuposto

metodológico considera que muitos conteúdos, ainda que específicos, se articulam

permanentemente com outros conteúdos e isso torna necessária uma aproximação entre

eles, mesmo entre os tratados por diferentes disciplinas escolares. As relações

interdisciplinares se estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de uma dada

disciplina são incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra. Em Ciências, as

relações interdisciplinares podem ocorrer quando buscamos nos conteúdos específicos

de outras disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto de Ciências, o

conhecimento científico resultante da investigação da Natureza.

PESQUISA

A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa à construção do conhecimento.

Essa estratégia inicia-se na procura de material de pesquisa, passa pela interpretação

desse material e chega à construção das atividades. A pesquisa pode ser apresentada na

forma escrita e/ou oral, entretanto, para que os objetivos pedagógicos sejam atingidos, se

faz necessário que seja construída com redação do próprio aluno, pois ao organizar o

texto escrito ele precisará sistematizar idéias e explicitar seu entendimento sobre o

conteúdo com recursos do vocabulário que domina. Na apresentação oral o aluno deve

superar a simples leitura e repetição, evidenciando a compreensão crítica do conteúdo

pesquisado e explicitando a sua interpretação.

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

A leitura científica como estratégia de ensino, permite aproximação entre alunos e

nós, professores, pois propicia o trabalho interdisciplinar e proporciona um maior

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aprofundamento de conceitos. Cabe analisarmos o material a ser trabalhado, levando em

conta o grau de dificuldade da abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem

utilizada. Dentre os diversos materiais de divulgação que podem ser utilizados como

recursos pedagógicos, sugerem-se:

1. Revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje para as Crianças – Publicação da Sociedade

Brasileira para o Progresso da Ciência – www.sbpcnet.org.br

2. Revista Eletrônica Café Orbital – Publicação do Observatório Nacional – Disponível em

www.on.br (Ministério da Ciência e Tecnologia).

3. Revistas Scientific American e Scientific American Brasil – Publicação da Editora

Duetto – Disponível em www.sciam.com.br

4. Portal dia-a-dia educação - Projeto Folhas – Disponível em

www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

5. Coleção Explorando o Ensino – Educação Básica, Ministério da Educação – Disponível

em www.mec.gov.br

ATIVIDADE EM GRUPO

No trabalho em grupo, o aluno tem a oportunidade de trocar experiências,

apresentar suas proposições aos outros alunos, confrontar idéias, desenvolver espírito de

equipe e atitude colaborativa. Esta atividade permite aproximar o estudo de Ciências dos

problemas reais, de modo a contribuir para a construção significativa de conhecimento

pelo estudante.

OBSERVAÇÃO

A estratégia da observação estimula nosso aluno, a capacidade de observar

fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre eles. Por

outro lado, permite que nós, professores, perceber as dificuldades individuais de

interpretar tais fenômenos devido à falta de atenção e a lacunas teórico-conceituais. Esta

estratégia é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da disciplina, pois o

aluno pode desenvolver observações e superar a simples constatação de resultados,

passando para construção de hipóteses que a própria observação possibilita.

ATIVIDADE EXPERIMENTAL

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A inserção de atividades experimentais em nossa prática docente apresenta-se

como uma importante estratégia de ensino e aprendizagem, quando mediada por nós,

professores, de forma a desenvolver o interesse nos alunos e criar situações de

investigação para a formação de conceitos. Tais atividades não têm como único espaço

possível o laboratório escolar, visto que podem ser realizadas em outros espaços

pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar materiais alternativos aos convencionais.

Entretanto, é importante que nossas práticas proporcionem discussões, interpretações e

se coadunem com os conteúdos trabalhados na sala. Não devemos, portanto, propiciar

apenas momento de comprovação de leis e teorias, ou meras ilustrações das aulas

teóricas.

RECURSOS INSTRUCIONAIS

Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de relações,

diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser usados na

análise do conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação

da aprendizagem. Esses recursos são instrumentos potencialmente significativos para

sala de aula porque se fundamentam na aprendizagem significativa e subsidiam nosso

trabalho com o conteúdo científico escolar, porque são compostos por elementos

extraídos da observação, da experimentação, da contextualização, da

interdisciplinaridade, entre outros. Assim, ampliam a possibilidade do nosso aluno criar

sentido para o que está aprendendo e tornam a aprendizagem significativa, seja no

momento da aula, seja no momento da avaliação.

Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras fixas a

serem utilizadas na sua construção. Por exemplo, mapas de conceitos podem ter

estruturas diversas, pois ultrapassam a idéia de serem apenas sínteses conceituais.

LÚDICO

O lúdico é uma forma de interação do aluno com o mundo, podendo utilizar-se de

instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais

como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente por nós,

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professores. O lúdico permite uma maior interação entre os assuntos abordados e, quanto

mais intensa for esta interação, maior será o nível de percepções e reestruturações

cognitivas realizadas pelo estudante. O lúdico será considerado nas estratégias de ensino

independentemente da série e da faixa etária do aluno, porém, adequaremos a elas

quanto ao encaminhamento, à linguagem e aos recursos utilizados como apoio.

AVALIAÇÂO

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser

contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

INSTRUMENTOS

A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à

concepção de avaliação contínua e formativa. Se a avaliação contínua e formativa visa a

aprendizagem, a formação do aluno, então essa continuidade precisa se concretizar, de

fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula.

INSTRUMENTO 1

ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS

A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que verifiquemos a

compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio do

aluno e aquele adquirido na Educação Básica. Assim, devemos considerar algumas

situações para esse tipo de avaliação: a escolha do texto, o roteiro de análise e os

critérios de avaliação.

Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual

apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à faixa

etária do aluno. A escolha criteriosa dos textos é relevante para não se perder o foco do

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conteúdo abordado, de modo a permitir, com a reflexão e a discussão, a ampliação dos

horizontes de conhecimento.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Neste contexto são utilizaremos critérios que possibilitem avaliar os

conhecimentos dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada

disciplina.

Ao avaliar a leitura dos alunos devemos considerar:

- houve compreensão das idéias presentes no texto, com o aluno interagindo com

o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;

- o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas idéias com clareza e

sistematizou o conhecimento de forma adequada;

- foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de

aula.

INSTRUMENTO 2

PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica, constitui-

se numa consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno o contato

com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando. Esse

contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno precisa construir esse

conhecimento e, para isso, não é suficiente apenas o título da pesquisa.

O projeto de pesquisa bibliográfica demanda nosso papel de orientador. Isso

requer que tenhamos conhecimento do acervo da Biblioteca Escolar, tanto dos livros

quanto periódicos ou outros materiais, para podemos fazer indicações de leituras para

nossos alunos. Além da Biblioteca Escolar, podemos e devemos indicar artigos ou textos,

e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para que nosso aluno tenha

subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu texto. A solicitação de uma

pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se propõe ao aluno.

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Passos para uma consulta bibliográfica:

1.Contextualização

Significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto (espaço /

temporal) no qual o problema a seguir será identificado. É uma introdução ao tema.

2. Problema

Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema, apresentados de

forma clara, objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o

problema.

3. Justificativa

Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que alunos e

professores encontram-se inseridos.

4. Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica

É o texto escrito pelo aluno, a partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve

remeter-se aos textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os

adequadamente.

Critérios de avaliação:

Para avaliarmos analisaremos os passos da consulta bibliográfica se estão

atendendo as orientações.

INSTRUMENTO 3

PRODUÇÃO DE TEXTO

As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e

interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa compreender que a

linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas de

linguagem que se concretizam nas atividades humanas. Qualquer texto produzido é

sempre uma resposta a outros textos, está sempre inserido num contexto dialógico.

Consideraremos, então, as circunstâncias de produção dos textos que

solicitaremos aos nossos alunos para que eles possam assumir-se como locutor e, desta

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forma, conforme propõe Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como dizer,

interlocutores para quem dizer.

As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade,

se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função social

determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade”.

Há diversos gêneros , nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que podem

e devem ser trabalhados em sala de aula para aprimorarmos a prática de escrita numa

abrangência maior de esferas de atividade.

Na prática da escrita, há três etapas articuladas:

• planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção;

• escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;

• revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade

definida.

Critérios de avaliação:

-Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor,

finalidade, etc.);

-Expressar as idéias com clareza (coerência e coesão);

-Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe

diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina

em termos de léxico, de estrutura;

-Elaborar argumentos consistentes;

-Produzir textos respeitando o tema;

-Estabelecer relações entre as partes do texto;

-Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.

INSTRUMENTO 4

PALESTRA/ APRESENTAÇÃO ORAL

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A apresentação oral é uma atividade que nos possibilita avaliar a compreensão

do aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a organização

e exposição das idéias. Tanto pode ser a apresentação oral de um trabalho que foi escrito

como pode ter a forma de uma palestra, logicamente adequada em questões como tempo

de duração (Não se vai pedir a um aluno da Educação Básica que pronuncie uma palestra

de grande duração, esgotando as possibilidades de um conteúdo).

Os critérios de avaliação que utilizaremos nessa atividade são:

-Conhecimento do conteúdo;

-Argumentos selecionados;

-Adequação da linguagem;

-Seqüência lógica e clareza na apresentação;

-Produção e uso de recursos;

INSTRUMENTO 5

ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação. São

práticas que dão espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que está

ocorrendo.

Com as atividades experimentais levaremos em consideração as dúvidas, o erro,

o acaso, a intuição. Não devemos, portanto, antecipar para o nosso aluno os resultados

ou os próprios caminhos da observação, uma vez que, na construção do conhecimento, o

processo que ocorre é tão importante quanto o produto.

É fundamental que o experimento seja significativo no contexto daquele

conhecimento com o qual nossos alunos estão envolvidos, entendemos que esta

significação está diretamente relacionada a uma discussão teórica consistente, muito

mais do que com a sofisticação dos equipamentos.

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A atividade experimental nos possibilita que avaliemos o aluno quanto à sua

compreensão do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído,

a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras

possibilidades. Ressaltaremos que o uso adequado e conveniente dos materiais, só

poderá ser avaliado de fato se as atividades de experimentação forem sistemáticas. Não

conseguiremos uma utilização apropriada do ambiente e do instrumental se estas

atividades forem apenas eventuais.

A proposição de uma atividade experimental requer clareza no enunciado, para

que o aluno compreenda o que vai fazer, que recursos vai utilizar. O registro das

hipóteses e dos passos seguidos no procedimento são importantes para avaliarmos

juntos a atividade.

Critérios de avaliação:

- quanto à sua compreensão do fenômeno experimentado,

- do conceito a ser construído ou já construído,

- a qualidade da interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras

possibilidades.

INSTRUMENTO 6

PROJETO DE PESQUISA DE CAMPO

O trabalho de campo é um método capaz de nos auxiliar na busca de novas

alternativas para o processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a

construção de conhecimentos e para a formação dos nossos alunos como agentes

sociais. Silva (Texto Grupo de Estudos – 2º encontro) descreve o trabalho de campo

como: a revelação de novos conteúdos decorre da descoberta de que a observação

investigativa proporciona, paralelamente à interpretação, à análise reflexiva e crítica que

possibilita a formulação de noções ou conceitos; a realização das ações, notadamente no

trabalho docente, insere na dimensão pedagógica como o ato de fazer, refutada a

reprodução, e como ação compartilhada, refutado o protagonismo exclusivo de nós,

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professores, (ou do livro didático) que coloca nosso aluno no papel de protagonista da

própria aprendizagem.

Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que demande a busca

de informações nos lugares que se pretende trabalhar, o que propicia uma experiência

educacional insubstituível.

Encaminhamento que utilizaremos para a pesquisa de campo:

Preparar o conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante

como o específico, discutindo com os alunos em sala de aula. É importante investigar os

interesses do alunos e suas expectativas;

Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo antecipadamente;

Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções necessárias,

questionamentos ou problematização;

Os alunos devem ser orientados para registrarem as informações, no local;

Definir o material necessário para a pesquisa de campo;

Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem proceder, o que levar;

Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do material coletado,

concluindo assim o trabalho prático.

O projeto de pesquisa de campo nos possibilita avaliar o desempenho dos alunos

durante todo o processo, observando a adequação de seus procedimentos em relação ao

tema da pesquisa e aos dados que se quer coletar.

A conclusão do projeto ocorrerá na forma de relatórios, elaboração de croquis,

produção de texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos

avaliaram sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de

análise dos dados coletados, sua capacidade de síntese.

Critérios de avaliação:

- Avaliaremos analisando o encaminhamento da pesquisa de campo.

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INSTRUMENTO 7

RELATÓRIO

O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida. Os

relatórios auxiliam no aprimoramento da habilidade nesta área específica da comunicação

escrita. É, também, um instrumento de ensino, pois possibilita ao aluno a reflexão sobre o

que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o qual foi desenvolvido na aula de

campo, pesquisa, laboratório, atividade experimental, entre outras.

O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou

desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-

se extrair deles.

Este é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer atividades

desenvolvidas durante o processo de ensino e aprendizagem.

O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou

procedimentos desenvolvidos, que análises foram feitas e a quais resultados obtivemos.

São elementos do relatório:

1. Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao

relatório, apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do

conteúdo abordado, dos conceitos construídos.

2. Metodologia e materiais : descreve, objetiva e claramente, como realmente se

deu o trabalho ou atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta, não pode

omitir informações que sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que

se está falando, ou para uma reflexão que permita que se aprimore a atividade.

3. Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos

resultados que foram obtidos. Na análise podem constar os elementos e situações

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interessantes que tenham acontecido. Nesta parte do relatório, o estudante pode utilizar

tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma visualização melhor dos resultados. É

importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre a atividade, os

procedimentos realizados e o objeto de estudo e as discussões teóricas que deram

origem à atividade em questão.

Considerações Finais: Neste item do relatório será possível observar se a

atividade desenvolvida foi significativa na construção do conhecimento, já que, aqui, o

aluno vai apresentar os resultados obtidos de forma crítica, confrontando-os com os

objetivos da atividade realizada. Este é um item importante, pois vai possibilitar ao

estudante a apreciação sobre o trabalho realizado, seus objetivos, a aprendizagem

alcançada.

Critérios de avaliação:

- Avaliaremos analisando os elementos do relatório.

INSTRUMENTO 8

SEMINÁRIO

O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a pesquisa,

a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de idéias, onde cada

um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados.

A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as

explicações feitas em aula, cria, ainda, a possibilidade de colocar o aluno em contato

direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa.

Segundo Frota-Pessoa, os seminários não devem ser trabalhados como se

fossem aulas expositivas dadas pelos alunos, onde relatam sobre assuntos estudados em

livros. Os seminários devem trazer, também, o relato de atividades realizadas pela

equipe, tais como experimentos, observações, coleta de dados, entrevista com

especialistas, entre outros. Além disso, esta atividade permite que o aluno fale em

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público, ordene as idéias para expô-las, ouça críticas debatendo-as, perca a inibição e

fale aos colegas com seriedade.

Essa forma de avaliação em seminário merece atenção especial por nossa parte,

pois podemos cometer erros em relação aos alunos que têm dificuldade em se expressar.

É importante que a a avaliação do seminário seja dividida em itens, com valores

específicos para cada um deles. Entre algumas possibilidades, é importante que

avaliemos: a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; a

compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); a

adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa; os relatos trazidos para

enriquecer a apresentação; a adequação e relevância das intervenções dos integrantes

do grupo que assiste a apresentação.

O aluno precisa saber como foi realizada essa avaliação, para que veja onde

falhou e possa melhorar em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com os

alunos na ocasião em que o seminário for proposto.

Critérios de avaliação:

-A consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas;

-A compreensão do conteúdo abordado (a leitura compreensiva dos textos utilizados);

-A adequação da linguagem; a pertinência das fontes de pesquisa;

-Os relatos trazidos para enriquecer a apresentação;

-A adequação e relevância das intervenções dos integrantes do grupo que assiste a

apresentação.

INSTRUMENTO 9

DEBATE

É no debate que podemos expor nossas idéias e, ouvindo os outros, nos

tornarmos capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso

garantir a participação de todos. Na tentativa de assegurar a ética e a qualidade do

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debate, os participantes devem atender as seguintes normas, que constituem-se em

possíveis critérios de avaliação:

1. Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos

divergentes;

2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais;

3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua

posição;

4. Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação;

5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da

superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação

possível entre as posições dos participantes;

6. Registrar, por escrito, as idéias surgidas no debate.

Além disso, o debate nos possibilita avaliar:

-O uso adequado da língua portuguesa em situações formais;

-O conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate;

-A compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da

disciplina.

INSTRUMENTO 10

ATIVIDADES COM TEXTOS LITERÁRIOS

Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem poderemos, entre

várias possibilidades, enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está sendo

discutido; apresentar o conteúdo no contexto de outra linguagem; utilizá-lo como

metáfora do que está sendo exposto.

O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua

efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões,

seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação.

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Na escolha do texto, devemos nos atentar para adequação do mesmo, tanto no

que tange ao nível de ensino do aluno, quanto à faixa etária do mesmo, ou ainda a

linguagem utilizada.

Na elaboração da atividade, devemos considerar a especificidade da nossa

disciplina, porém, vale lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou

expressos por meio de recursos artísticos tais como colagens, charges, gravuras, etc.

A atividade com o texto literário possibilita avaliarmos:

- a compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto;

- a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido;

- o reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário.

INSTRUMENTO 11

ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIOVISUAIS

Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que

podem enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas. O trabalho com filmes,

documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a nossa pesquisa sobre o recurso

a ser levado para os alunos.

Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo

abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica

e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo

cabe a nós, professores.

As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais nos possibilita avaliar,

entre outros critérios:

- a compreensão e interpretação da linguagem utilizada;

- a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo

apresentado pelo audiovisual;

- o reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso;

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207

INSTRUMENTO 12

TRABALHO EM GRUPO

O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos,

na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de

aprendizagem.

A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas

envolvam o aluno, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de atitudes

que promovam uma interação social; é aquela em que as ações de um aluno o conduzem

a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma significativa para a sua

aprendizagem. Nesta prática pedagógica, nossas ações são as de um orientador que

acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade, redireciona as

atividades.

Quando se considera que os alunos se aproximam do objeto de estudo de formas

e com intensidades diferentes, a realização do trabalho em grupo apresenta-se como

ocasião de enriquecimento desta aproximação, tendo em vista o trabalho coletivo. Além

disso, perguntas ou observações que muitos alunos não colocam para nós, são

socializadas no grupo. O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes

atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes,

painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e

científicos.

Nessas atividades, poderemos avaliar se cada aluno:

-Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula,

na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados;

-Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua

relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano.

INSTRUMENTO 13

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QUESTÕES DISCURSIVAS

Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam

verificar a qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula.

Uma questão discursiva nos possibilita avaliar o processo de investigação e reflexão

realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além

disso, a resposta a uma questão discursiva permite que identifiquemos com maior clareza

o erro do aluno, para que possamos dar a ele a importância pedagógica que tem no

processo de construção do conhecimento.

Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas

características decorrem da compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo abordado

pela questão e de sua capacidade de análise e síntese, uma vez que escrever muito não

garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser considerados:

- Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta

compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o

próprio enunciado carece de clareza e objetividade.

- Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa

foi adequada.

- Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da

norma padrão da língua portuguesa.

- Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.

Na elaboração destas questões devemos apresentar um enunciado de forma

clara, com qualidade e linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o grau de

dificuldade e os critérios previamente considerados são pontos importantes que

constituem o processo de avaliação.

INSTRUMENTO 14

QUESTÕES OBJETIVAS

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Este tipo de questão deverá ser utilizada como um componente da avaliação,

nunca deve ser aplicada como a única ou principal forma avaliativa, pois seu principal

objetivo é a fixação do conteúdo.

Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor,

usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do

que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão devemos definir o grau de

dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer

injustiças.

A questão objetiva possibilita avaliarmos a leitura compreensiva do enunciado; a

apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de

conhecimentos adquiridos.

REFERÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º Encontro,

Avaliação – um processo Intencional e Planejado

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da

Educação - Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental - 2008

REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO V 12 N 36 SET/DEZ 2007 - Universidade de

Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação e Programa de Pós-Graduação em

Ensino de Ciências; Educação científica na perspectiva de letramento como prática

social: funções, princípios e desafios, Wildson Luiz Pereira dos Santos.

Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002, TEORIA DA APRENDIZAGEM

SIGNIFICATIVA SEGUNDO AUSUBEL, Adriana Pelizzari, Maria de Lurdes Kriegl, Márcia

Pirih Baron, Nelcy Teresinha Lubi Finck, Solange Inês Dorocinski.

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210

Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar

Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.

História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-

raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).

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211

11.5 PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física é uma disciplina muito importante para a formação do cidadão,

equiparando-a em categoria e autoridade com as demais disciplinas. O objeto da área de

conhecimento da Educação Física é a Cultura Corporal, concretizando-se nos seus

diferentes conteúdos, quais sejam: o esporte, a ginástica, os jogos e brincadeiras, as

lutas e a dança. O conhecimento é sistematizado em ciclos e propõe que este seja tratado

de forma historizada e espiralada, considerando o grau de complexidade. Partindo de

uma concepção de movimento denominada de dialógica.

Na tentativa de situar historicamente a trajetória da disciplina de Educação Física,

optou-se por retratar os fatos ocorridos a partir do século XIX. Rui Barbosa, deputado

geral do império, no ano de 1882, afirmou a importância da ginástica para a formação do

cidadão, equiparando-a em categoria e autoridade com as demais disciplinas. A partir de

então, a Educação Física tornou-se componente obrigatório dos currículos escolares. Por

não existir um plano nacional de Educação Física, a prática nas escolas se dava pelo

Método Francês de ginástica adotado pelas Forças Armadas e tornado obrigatório a partir

de 1931. A Educação Física se consolidou, especialmente no contexto escolar, a partir da

Constituição de 1937. Ainda na década de 30, o esporte começou a se popularizar

confundindo-se com a Educação Física. Houve um incentivo as práticas desportivas com

o intuito de promover políticas nacionalistas pensadas para o país.

Com a promulgação da Lei Orgânica do Ensino Secundário, em 1942, também

conhecida como Reforma Capanema, ampliou-se a obrigatoriedade da Educação Física

até os 21 anos de idade, objetivando formar mão-de-obra fisicamente adestrada e

capacitada para o mercado de trabalho. A partir de 1964, o esporte consolidou sua

hegemonia no interior da Educação Física, quando os currículos passaram a tratá-lo com

maior ênfase, através do método tecnicista centrado na competição e no desempenho.

A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a promulgação da

Lei 5692/71 através de seu artigo 7º e, pelo Decreto 69450/71 a disciplina passou a ter

legislação específica.

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A disciplina de Educação Física tem a função social de contribuir para que os

alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma

expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais e

também contribuir para que ampliem sua consciência corporal e alcancem novos

horizontes, como sujeitos singulares e coletivos.

Foi elaborado um importante documento intitulado Reestruturação da Proposta

Curricular do Ensino de Segundo Grau, também para a disciplina de Educação Física.

Assim como antes, a proposta foi fundamentada na concepção histórico-crítica de

educação para resgatar o compromisso social da ação pedagógica da Educação Física.

Vislumbrava-se a transformação de uma sociedade fundada em valores individualistas,

em uma sociedade com menor desigualdade social.

Essa proposta representou um marco para a disciplina, destacou a dimensão

social da Educação Física e possibilitou a consolidação de um novo entendimento em

relação ao movimento humano, como expressão da identidade corporal, como prática

social e como uma forma do homem se relacionar com o mundo.

Os avanços teóricos da Educação Física sofreram retrocesso na década de 1990

quando, após a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (LDB n. 9394/96), o Ministério da Educação (MEC) apresentou os Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCN) para a disciplina de Educação Física, que passaram a

subsidiar propostas curriculares nos Estados e Municípios brasileiros. O que deveria ser

um referencial curricular tornou-se um currículo mínimo, para além da idéia de

parâmetros, e propôs objetivos, conteúdos, métodos, avaliação e temas

transversais(esvaziamento dos conteúdos da disciplina).

A Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e

à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais historicamente

produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal mais amplo de

formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito, que é

produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.

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CONTEÚDOS

5ª Séries

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSEsportes Futebol

HandebolVoleibolBasquetebolAtletismoTênis de mesaFutsalXadrez

Jogos e brincadeiras Brincadeiras de rua / popularesBrinquedosBrincadeiras de rodaJogos de tabuleiroJogos de estafetasJogos dramáticos e de interpretação

Dança Danças folclóricasAtividades de expressão corporalCantigas de roda

Ginástica Ginástica artísticaAtividades circensesGinástica natural

Lutas JudôKarateTaekwondoCapoeira

6ª Séries

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSEsportes Futebol

HandebolVoleibolBasquetebolAtletismoTênis de mesaFutsalXadrez

Jogos e brincadeiras Brincadeiras de rua Jogos dramáticos e de interpretaçãoJogos de raquete e petecaJogos cooperativos.Jogos de estafetasJogos de tabuleiro

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214

Dança Hip Hop: BreakDança folclóricaDança criativa

Ginástica Atividades circensesGinástica rítmicaGinástica artísticaGinástica natural

Lutas CapoeiraJudôKaratêTaekwondo

7ª Séries

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSEsportes Futebol

HandebolVoleibolBasquetebolAtletismoFutsalXadrezTênis de mesa

Jogos e brincadeiras Jogos cooperativosJogos intelectivosJogos de raquete e petecaJogos de tabuleiro

Dança Hip HopDanças folclóricasDança de ruaDança de salão

Ginástica Ginástica artísticaGinástica rítmicaGinástica geralAtividades circenses

Lutas CapoeiraJudôKaratêTaekwondo

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215

8ª Séries

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSEsportes Futebol

HandebolVoleibolBasquetebolAtletismoFutsalTênis de mesaXadrez

Jogos e brincadeiras Jogos cooperativosJogos de tabuleiro

Dança Dança de salãoDança Folclórica

Ginástica Ginástica artísticaGinástica rítmicaGinástica de academia

Lutas TaekwondoCapoeiraKaratêJudo

Ensino Médio

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSEsportes Futebol

FutsalHandebolVoleibolBasquetebolAtletismoTênis de mesaXadrez

Jogos e brincadeiras Jogos popularesJogos competitivosJogos cooperativosJogos de tabuleiroJogos intelectivos

Dança Dança folclóricaDança de salão

Ginástica Ginástica geral;Ginástica de academia;Ginástica rítmica.

Lutas Taekwondo

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216

KaratêKung fuMuay thaiBoxeGreco romanaCapoeiraJiu-jitsuJudôSumo

No Ensino Fundamental e Médio, de acordo com as Leis nº 10.639/03, referente

à História e Cultura Afro-brasileira e Africana e nº 11.645/08, referente à História e Cultura

Afro-brasileira e Indígena e temas referentes aos Desafios Educacionais Contemporâneos

serão trabalhadas nas aulas sob o enfoque do processo de marginalização e exclusão

dos povos afro-brasileira africana e indígena, como era antigamente e como esta na

atualidade dentro dos conteúdos.

Mostrar para que os alunos compreendam que a capoeira é uma prática corporal

da cultura afro-brasileira.

Qual a influência da Cultura Afro-brasileira africana e indígena no esporte, em

Jogos e Brincadeiras, na Dança, na Ginástica e na Luta

METODOLOGIA

A aprendizagem da Educação Física aponta para uma perspectiva metodológica de

ensino e aprendizagem que busca o desenvolvimento da autonomia, a cooperação, a par-

ticipação social, a afirmação de valores e princípios democráticos. O materialismo históri-

co cujos princípios apresentam uma profunda reflexão e crítica a respeito da estruturas

sociais e suas desigualdades, inerente ao funcionamento da sociedade, buscam superar

as concepções fundadas nas lógicas instrumentais, anátomo funcional e esportivizada.

Para o desenvolvimento das aulas precisamos de uma reorientação nas formas e

conceber o papel da Educação Física na formação do aluno no Ensino Fundamental,

identificando as múltiplas possibilidades de intervenção sobre a corporalidade que surge

no cotidiano de cada cultura escolar, trabalhando de quinta a oitava série com o mesmo

conteúdo mais aprofundado nas últimas séries, tendo cuidado com a composição das au-

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las, a proposição do que vai ser executado. Executando o que foi proposto e refletindo so-

bre o que foi executado. Enquanto no Ensino Médio com a metodologia crítica superado-

ra, esta que permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da cultura corpo-

ral, superando a perspectiva anterior, pautada no tecnicismo e na esportivização das prá-

ticas corporais, podemos

trabalhar a prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o retorno à práti -

ca social.

- RECURSOS DIDÁTICOS E TECNOLÓGICOS UTILIZADOS

Livros, vídeos, revistas, apostilas, textos, aparelho de som, DVD, CD, bolas,

redes, cordas, tabuleiros de xadrez, dama e tria, sucatas, quadra, giz, quadro, mesa de

ping pong, internet, TV multimídia e pendrive.

AVALIAÇÃO

Avaliar, segundo a concepção de Educação Física adotada nas Diretrizes, busca

uma coerência entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o

processo de ensino e aprendizagem, ou seja, ensino, aprendizagem e avaliação devem

ser vistos como integrantes de um mesmo sistema.

A avaliação deve estar vinculada ao PPP da Escola, com critérios estabelecidos

de forma clara, sendo contínua, permanente e cumulativa.

Sendo assim, cabe ao professor a partir da avaliação diagnóstica, planejar e

propor encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas. O

professor organizará e reorganizará o seu trabalho visando as diversas manifestações

corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das

lutas.

As provas e os trabalhos escritos podem ser utilizados para avaliação das aulas

de Educação Física, desde que a nota não sirva exclusivamente para hierarquizar e

classificar os alunos em melhores ou piores; aprovados e reprovados; mas que sirva,

também, como referência para redimensionar sua ação pedagógica.

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Os professores precisam ter clareza de que a avaliação não deve ser pensada à

parte do processo de ensino/aprendizado da escola. Deve, sim, avançar dialogando com

as discussões sobre as estratégias didático-metodológicas, compreendendo esse

processo como algo contínuo, permanente e cumulativo.

REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Física

para os anos finais do ensino fundamental e para o ensino médio. Curitiba:SEED,2008

Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar

Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.

História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-

raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).

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219

11.6 PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O conhecimento religioso é um patrimônio da humanidade. Refletir sobre esse

fenômeno é pensar criticamente sobre a nossa condição existencial, o que não passa,

necessariamente, pela prática de uma crença em particular. Antes, esse pensar está

marcado pela busca incansável do entendimento das questões ligadas à própria vida, à

transcendência e à orientação ética que dá sentido às realizações pessoais e sociais.

A dimensão religiosa, por constituir uma propriedade humana, deve ser abordada

com seriedade no espaço escolar, de modo que crianças e jovens estudantes possam

estabelecer posições autênticas e referenciadas eticamente diante das expressões e

manifestações religiosas. Há muito essa discussão deixou de ser privilégio de poucos

esclarecidos e transposição para a escola de dogmas e sacramentos utilizados pela

Igreja. Hoje, a liberdade de crença e de exercício religioso, garantida constitucionalmente,

permite a leitura e o debate crítico dos lugares sagrados, dos textos sagrados orais e

escritos, das organizações religiosas, do universo simbólico que reúne ritos e festas,

danças e músicas, forças sociais que sustentam as tradições religiosas.

A possibilidade de um Ensino Religioso aconfessional e público só se concretizou

legalmente na redação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua

respectiva correção, em 1997, pela Lei 9.475. De acordo com o artigo 33 da LDBEN, o

Ensino Religioso recebeu a seguinte caracterização:

Art. 33 – O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação

básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de

Educação Básica assegurado o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas

quaisquer formas de proselitismo.

§1º – Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos

conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão

de professores.

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§2º – Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes

denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.

Pela primeira vez na história da inclusão dos temas religiosos na educação

brasileira, foi proposto um modelo laico e pluralista com a intenção de impedir qualquer

forma de prática catequética nas escolas públicas.

A perda do aspecto confessional rompeu com o modelo de ensino dos assuntos

religiosos, vigente desde as primeiras formas de consideração da religião na educação

brasileira, e impôs aos profissionais responsáveis pela disciplina de Ensino Religioso a

tarefa de repensar a fundamentação teórica sobre a qual se apoiar, os conteúdos a serem

trabalhados em sala, a metodologia a ser utilizada no ensino, etc. Surgiram, desde então,

dos mais diversos setores da sociedade civil, propostas pedagógicas que pretendiam,

cada uma delas, encerrar a melhor maneira de se planejar o Ensino Religioso laico

previsto nas leis supracitadas. O documento que o leitor tem em mãos é uma dessas

propostas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O trabalho pedagógico da disciplina de Ensino Religioso será organizado a partir

de seus conteúdos estruturantes. Entende-se por conteúdos estruturantes os

conhecimentos de grande amplitude que envolvem conceitos, teorias e práticas de uma

disciplina escolar, identificam e organizam seus campos de estudos e se vinculam ao seu

objeto de estudo.

Para a disciplina de Ensino Religioso, três são os conteúdos estruturantes, a

saber: Paisagem Religiosa, Universo Simbólico Religioso e Texto Sagrado.

Segundo Gil e Alves (2005) esses conteúdos estruturantes referem-se,

respectivamente:

Toda forma de sacralização de um objeto depende, integralmente, da experiência

do sentimento religioso. Ele constitui a manifestação religiosa por excelência, que escapa

à razão conceitual e é reconhecida através de seus efeitos. As paisagens, os símbolos, os

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221

textos são frutos dessa experiência e, por essa razão, ela atravessa todos os conteúdos

da disciplina de Ensino Religioso.

CONTEUDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos para a disciplina de Ensino Religioso têm como referência

os conteúdos estruturantes já apresentados. Ao analisar os conteúdos básicos para a 5.ª

e 6.ª séries (6O e 7O anos), pode-se identificar sua proximidade e mesmo sua recorrência

em outras disciplinas. Tal constatação não deve constituir um problema; apenas explicita

que, na escola, o conhecimento é organizado de modo a favorecer a sua abordagem por

meio de diferentes disciplinas, conforme as prioridades de cada uma. No caso do Ensino

Religioso, o Sagrado é o objeto de estudo e o tratamento a ser dado aos conteúdos

estará sempre a ele relacionado.

A organização dos conteúdos deve partir do estudo das diversas manifestações

religiosas a fim de ampliar o universo cultural dos educandos. Por exemplo, no conteúdo

básico da 5ª série/6º ano, Lugares Sagrados devem ser apresentados e analisados com

os alunos a composição e o significado atribuído a esses lugares pelos adeptos da

manifestação religiosa que os consideram Sagrados.

Assim, os alunos terão mais elementos para analisar as configurações e

significados dos espaços Sagrados tanto desconhecidos quanto conhecidos e próximos.

Tais ações devem perpassar os conteúdos apresentados da seguinte maneira:

5ªsérie 6ºano 6ªsérie 7ºano

*Organizações Religiosas *Temporalidade Sagrada

*Lugares Sagrados *Festas Religiosas

*Textos Orais ou escritos *Ritos

*Símbolos Religiosos *Vida e Morte

METODOLOGIA

Propor encaminhamento metodológico para a disciplina de Ensino Religioso, mais

do que planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em sala de

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aula, pressupõe um constante repensar das ações que subsidiam esse trabalho, pois,

uma abordagem nova de um conteúdo escolar leva, inevitavelmente, a novos métodos de

investigação, análise e ensino.

Nas aulas baseadas na pedagogia tradicional os conteúdos eram trabalhados

com ênfase no estudo confessional. A transmissão desse conhecimento era feita a partir

da exposição de conteúdos sem oportunidade para análises ou questionamentos. A

aprendizagem se dava de forma receptiva, passiva, sem um contexto reflexivo, de modo

que ao aluno restava a memorização e a aceitação.

O trabalho pedagógico proposto nestas diretrizes para a disciplina de Ensino

Religioso ancora-se na perspectiva da superação dessas práticas tradicionais que

marcaram o ensino escolar. Propõe-se um encaminhamento metodológico baseado na

aula dialogada, isto é, partir da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos

prévios para, em seguida, apresentar o conteúdo que será trabalhado.

Freqüentemente os conhecimentos prévios dos alunos são compostos por uma

visão de senso comum, empírica, sincrética, na qual quase tudo, aparece como natural,

como afirma Saviani (1991, p. 80). O professor, por sua vez, deve posicionar-se de forma

clara, objetiva e crítica quanto ao conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-

cultural. Assim, exercerá o papel de mediador entre os saberes que o aluno já possui e os

conteúdos a serem trabalhados em sala de aula.

Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e

dialoga com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que uso fazem desse

conhecimento em sua prática social cotidiana. Sugere-se que o professor faça um

levantamento de questões ou problemas envolvendo essa temática para que os alunos

identifiquem o quanto já conhecem a respeito do conteúdo, ainda que de forma caótica.

Evidencia-se, assim, que qualquer assunto a ser desenvolvido em aula está, de alguma

forma, presente na prática social dos alunos.

Num segundo momento didático propõe-se a problematização do conteúdo.

Trata-se da “identificação dos principais problemas postos pela prática social. [...] de

detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da Prática Social e, em

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conseqüência, que conhecimento é necessário dominar” (Saviani, 1991, 80). Essa etapa

pressupõe a elaboração de questões que articulem o conteúdo em estudo à vida do

educando. É o momento da mobilização do aluno para a construção do conhecimento.

A abordagem teórica do conteúdo, por sua vez, pressupõe sua contextualização,

pois o conhecimento só faz sentido quando associado ao contexto histórico, político e

social. Ou seja, estabelecem-se relações entre o que ocorre na sociedade, o objeto de

estudo da disciplina, nesse caso, o Sagrado, e os conteúdos estruturantes. A

interdisciplinaridade é fundamental para efetivar a contextualização do conteúdo, pois

articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares e, ao mesmo tempo,

assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino Religioso.

É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do

educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão aspectos

reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da diversidade sociocultural.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um elemento integrante do processo educativo na disciplina do

Ensino Religioso. Cabe, então, ao professor implementar práticas avaliativas e construir

instrumentos de avaliação que permitam acompanhar e registrar o processo de

apropriação de conhecimentos pelo aluno em articulação com a intencionalidade do

ensino explicitada no Plano de Trabalho Docente. O que se busca, em última instância,

com o processo avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser

referenciais para a compreensão das manifestações do Sagrado pelos alunos.

Diante da sistematização dos resultados da avaliação, o professor terá elementos

para planejar as necessárias intervenções no processo pedagógico, bem como para

retomar as lacunas identificadas na aprendizagem do aluno. Terá também elementos

indicativos dos níveis de aprofundamento a serem adotados em conteúdos que

desenvolverá a posteriori e da possível necessidade de reorganização do trabalho com o

objeto de estudo e os conteúdos estruturantes.

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Para a avaliação do conhecimento na disciplina de Ensino Religioso, deve-se

levar em conta as especificidades de oferta e freqüência dos alunos nesta disciplina que

todo professor ao ministrá-la deve estar ciente, pois tal disciplina está em processo de

implementação nas escolas e, por isso, a avaliação pode contribuir para sua legitimação

como componente curricular.

Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem aprovação ou

reprovação do aluno, recomenda-se que o professor registre o processo avaliativo por

meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis a

identificação dos progressos obtidos na disciplina.

A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo,

como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da

realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em torno do objeto de

estudo do Ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade, pluralidade, amplitude e

profundidade.

REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRICULARES DE ENSINO RELIGIOSO

CADERNO PEDAGÓGICO DE ENSINO RELIGIOSO

EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA/SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO.

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. DEPARTAMENTO DE ENSINO

FUNDAMENTAL. COORDENAÇÃO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA. - CURITIBA:

SEED – PR., 2006.

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: EDUCANDO PARA AS

RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS/PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.

SUPERINTÊNDENCIA DA EDUCAÇÃO. DEPARTAMENTO DE ENSINO

FUNDAMENTAL. - CURITIBA: SEED-PR,2006. (CADERNOS TEMÁTICOS).

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225

11.7 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Filosofia no ensino médio esteve oficialmente fora dos currículos

escolares de educação básica desde 1971 quando em plena ditadura militar, no governo

do general Emílio Garrastazu Médici, a Lei 5692/71 substituiu essa disciplina por outras

que interessavam o sistema vigente; nesta substituição se pretendia a formação de

cidadãos não questionadores, ou seja, cidadãos meramente repetidores da ideologia

oficial.

O fim do regime de ditadura no Brasil e o clima de abertura política e

redemocratização que embalou o povo brasileiro na década de 1980 não conseguiu

reconduzir a disciplina de Filosofia à grade curricular de nível básico, apesar da

compreensão por parte da maioria dos intelectuais, de que na reconstrução da

democracia era necessária uma reforma educacional. Segundo Maria Lúcia de Arruda

Aranha e Maria Helena Pires Martins, “(A Filosofia)... é importante para a formação

integral de todos os alunos. Porque, ao estimular a elaboração do pensamento abstrato, a

filosofia ajuda a promover a passagem do mundo infantil ao mundo adulto. Se a condição

do amadurecimento esta na conquista da autonomia no pensar e no agir, muitos adultos

permanecem infantilizados quando não exercitam desde cedo o olhar crítico sobre si

mesmo e sobre o mundo.(ARANHA,2002, pg 01)

A discussão sobre a contribuição que a Filosofia podia dar à construção do Brasil

do século XXI começa oficialmente em 1997 quando o deputado federal Roque

Zimmerman propôs pela primeira vez um projeto de lei no sentido da sua obrigatoriedade,

proposta que estranhamente foi vetada em 2001, pelo então presidente Fernando

Henrique Cardoso. Aos governantes parecia cômodo “silenciar a crítica dos pensadores,

a fim de garantir a obediência passiva dos cidadãos”. Em 2003 o senador Ribamar Alves

reapresentou o projeto, com algumas alterações, ao Congresso nacional, como medida

paliativa, o CNE publicou em 2006 resolução orientando as redes estaduais de educação

a oferecer Filosofia no ensino médio, enquanto a LDB , no art. 36, determina que, no final

do Ensino Médio, o estudante deverá “dominar os conhecimentos de filosofia (...)

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necessários ao exercício da cidadania” , na pratica no entanto, a filosofia é tratada como

tema transversal retirando-lhe o caráter de disciplina.

Uma luz no fim do túnel parece reconduzir a filosofia ao espaço que nunca

deveria ter perdido, e hoje vemos a falência dos valores éticos que o ensino tecnicista não

conseguiu garantir, a sociedade clama por uma reestruturação educacional que dê conta

de resgatar tais valores e eis que surge de um ostracismo de 37 anos, a Filosofia como

disciplina obrigatória para todas as séries do Ensino Médio; no dia 02 de Junho de 2008 o

presidente em exercício, José Alencar, sancionou a lei 11684, que alterou o inciso III do

parágrafo 1º do artigo 36 da LDB. Onde se lia antes que, ao final do ensino médio, o

aluno deveria demonstrar “domínio dos conhecimentos de filosofia (...) necessários ao

exercício da cidadania”, agora se lê “IV – serão incluídas a Filosofia e a (...) como

disciplinas obrigatórias em todas as séries do ensino médio.” Conferindo obrigatoriedade

legal aquilo que o CNE apenas regulamentava em caráter de parecer. Entendemos ser

esta uma grande conquista para a educação brasileira que precisa urgentemente ser

repensada para atender as lacunas que se verifica na formação humana. A Filosofia

contribuirá decisivamente neste resgate, pois qualquer que seja a atividade profissional

futura ou projeto de vida, enquanto pessoa e cidadão, o aluno precisa da reflexão

filosófica para o alargamento da consciência crítica, para o exercício da capacidade

humana de se interrogar e para a participação mais ativa na comunidade em que vive,

além de um posicionamento fundamentado, diante dos novos problemas que o mundo

tecnológico apresenta. É necessário dar a reflexão ética a mesma velocidade que as

transformações cientificas impuseram a humanidade, também considerar os problemas

da convivência e tolerância imposta por um mundo globalizado que aproxima diferenças e

integra diversidades.

O grande desafio da disciplina de Filosofia é superar as eventuais dificuldades

deste momento de transição, como carência de material didático e dificuldades na

formação acadêmica e recuperar 37 anos de descaso e abandono oferecendo ao sistema

educacional um filosofar de qualidade, pois, “Quando uma civilização atinge seu auge

sem coordena-la com uma filosofia, difunde-se por toda a comunidade períodos de

decadência e monotonia, seguidos pela estagnação de todos os esforços. O caráter de

uma civilização é enormemente influenciado por sua concepção geral da vida e da

realidade.

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O ensino de filosofia em nível médio deve oportunizar ao educando

fundamentação teórica para reflexão critica sobre os grandes temas que inquietam a

humanidade e proporcionando a apropriação de conceitos que fundamentam a sua leitura

de mundo como sujeito e agente de transformação.

CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Mito e Filosofia

- Teoria do Conhecimento.

- Ética

- Filosofia Política.

- Filosofia da Ciência (ou epistemoslogia)

- Estética (ou Filosofia da Arte)

CONTEÚDOS BÁSICOS

- O que é Filosofia

- Importância do Estudo da Filosofia

- A Mitologia e o aparecimento da Filosofia

- Mitologia e Religião

- Nascimento da Filosofia

- Períodos históricos da Filosofia Ocidental

- Filosofia Antiga

- Filosofia no Período Medieval

- Filosofia da Renascença

- Filosofia Moderna

- Filosofia Iluminista

- Filosofia Contemporânea

- Grandes Temas da Filosofia

• Ontologia ou Metafísica

• Lógica

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• Epistemologia ou Filosofia da Ciência

• Teoria do Conhecimento

• Ética

• Filosofia Política

• Filosofia da História

• Filosofia da Arte ou Estética

• Filosofia da Linguagem

• Filosofia da Religião

- TEORIA DO CONHECIMENTO

- Possibilidade do conhecimento

- O conhecimento e os primeiros filósofos

- O problema do conhecimento no período Moderno.

- Racionalismo

- Descartes

- Empirismo

- John Locke

- David Hume

- Kant e a teoria do conhecimento

- A METAFÍSICA

- Cosmogonia e metafísica

- Nascimento do problema Metafísico

a) Pré-socráticos

b) Platão

c) Aristóteles

- Metafísica no Mundo Cristão

* Santo Agostinho

* Santo Tomas de Aquino

- Decadência do Problema Metafísico

- Metafísica na filosofia contemporânea

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- LÓGICA

* O Nascimento da Lógica

* Elementos da Lógica

* A lógica simbólica

- FILOSOFIA DA CIÊNCIA

- Atitude científica

- A ciência na História

- O Ideal científico e a razão instrumental

- FILOSOFIA DA ARTE OU ESTÉTICA

- Arte entre os Gregos

- Arte na Idade Média

- Arte no Renascimento

- Arte no mundo contemporâneo

- ÉTICA

* Senso moral e consciência moral

* Ética e violência

* Moralidade No Período Clássico Da Filosofia Grega

* Moral Iluminista

* A liberdade em Jean Sartre

* Bioética

- O PROBLEMA POLÍTICO

- Política Na Grécia Clássica

* Sofistas

* Platão

* Aristóteles

- O Problema Político Na Idade Moderna

* Tomás Hobbes (1588 – 1679)

* Pensamento Político de John Locke

* Nicolau Maquiavel

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METODOLOGIA

Diante do desafio de regatar uma proposta de ensino de filosofia para o Ensino

Médio propomos uma abordagem metodológica que proporcione ao educando, ao mesmo

tempo domínio do saber filosófico acumulado na história da humanidade e uma reflexão

sobre os problemas que perpassam sua própria existência. Para tanto entendemos que

se faz necessário abordar os grandes temas da filosofia numa perspectiva histórica,

primeiro compreendendo os temas em seu tempo para posteriormente contextualiza-lo; é

necessário ir ao texto filosófico ou à história da filosofia sem contudo tratar os conteúdos

como a única preocupação do ensino de filosofia.

Buscaremos através de atividades de pesquisa, debates e aulas expositiva com a

utilização de variados instrumentos tecnológicos, como internet, multimídia, tv etc, garantir

o domínio conceitual e criar um espaço de experiência filosófica, espaço de provocação

do pensamento original, da busca, da compreensão, da imaginação, da investigação da

analise e da re-interpretação dos conceitos bem como elaboração de novos conceitos.

Entendemos que o trabalho do professor é o de propor problematizações, leituras

filosóficas e analise de textos, tomando o cuidado de não interferir na construção de

autonomia de pensamento ao educando. Ao educador é necessário compreender que ele

não esta criando discípulos, mas sim livres pensadores com capacidade argumentativa e

domínio dos pressupostos metodológicos e lógicos.

AVALIAÇÃO

Entendemos a avaliação como um instrumento didático pedagógico com funções

diferenciadas dentro do processo de ensino aprendizagem; ela é diagnóstica quando

fornece subsídio para redirecionar o curso da ação no processo de ensino aprendizagem

e também classificatória quando em função da legislação vigente o educador necessita

quantificar o resultado obtido pelo educando.

Os instrumentos avaliativos devem contemplar a pluralidade de indivíduos. Para

tanto não se deve prender a um único instrumento de avaliação e perceber as mudanças

quantitativas e qualitativas verificadas no educando. Esta diversidade de instrumentos é

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representada por seminários, debates, painéis, entre outro, e, conforme estabelecido no

projeto político pedagógico da escola, corresponderá a um percentual de avaliação

formal, avaliação escrita bimestral e outro percentual através de trabalhos de pesquisa,

seminários, debates, relatórios, murais etc. sendo que todos os critérios avaliativos devem

estar claros ao educando no inicio de cada período bimestral.

REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando, introdução a Filosofia. 2ª Edição SP. ed

Moderna, 1993.

CHAUÍ, M. 2000. Convite à filosofia. São Paulo, Ática.

CERLETTI, Alejandro; Kohan, Walter Omar. A filosofia no ensino médio. Brasília: UnB,

1999.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. Editora Saraiva, 1996.

Diretrizes Curriculares de Filosofia para Educação Básica.

Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar

Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.

FILOSOFIA Ed. SEED PR, vários autores, 2006.

História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-

raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).

HORN Geraldo Balduino (org). Textos filosóficos em dicussão(I): Platão, Maquiavel,

Descartes e Sartre Editora Elenco, Curitiba, 2006.

MODIM, Battista, Introdução à Filosofia, 2ª Edição Edições Paulinas São Paulo, 1980.

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11.8 PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Entende-se que o ensino da Física deve estruturar os conhecimentos que permite

a compreensão dos fenômenos físicos, com redução da ênfase na formulação

Matemática, sem perder a consistência teórica. Vendo a importância da compreensão da

evolução dos sistemas físicos, e suas aplicações na sociedade contemporânea,

lembrando que a física é uma ciência em processo de construção e tem como objeto de

estudo o universo, em toda a sua complexidade. Por isso a disciplina de Física propõe

aos estudantes o estudo da natureza que permite elaborar modelos de evolução cósmica,

investigar os mistérios do mundo macroscópico e microscópico das partículas que

compõe a matéria, ao mesmo tempo permitindo desenvolver novas fontes de energia e

criar novos materiais, produtos e tecnologias com suas transformações, evoluções e

interações.

Os conteúdos e conceitos abordados nesta proposta tem como finalidade fazer

com que o aluno compreenda a produção do conhecimento cientifico que é parte da

cultura humana.

Toda a tecnologia tem grande importância no conhecimento de Física e faz parte

do cotidiano do aluno. Por isso, é importante buscar-se o entendimento das possíveis

relações entre o desenvolvimento da ciência e da tecnologia as diversas transformações

culturais, sociais e econômicas.

Abordar o uso da história da ciência pode ajudar os professores a encontrar

estruturas das concepções espontâneas de seus alunos. O conhecimento do passado, as

idéias e suas relações econômicas e sociais podem ajudar a entender a ciência como

parte da realidade que se relaciona com outras atividades humanas e transformar a Física

em algo compreensível, fazendo uma ponte entre as idéias espontâneas e o

conhecimento científico. Abordando cada tema a partir do pré-conhecimento do aluno e

enfatizando todo seu contexto histórico para maior compreensão, na profundidade que

cada turma demonstrar maturidade para tal assimilação de conteúdo e perspectiva de

pesquisa.

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Justificando os conteúdos e conceitos nessa proposta tem-se por finalidade fazer

com que o aluno compreenda que a produção do conhecimento cientifico é parte da

cultura humana. Toda a tecnologia tem grande importância no conhecimento cientifico, e

faz parte do cotidiano do aluno. Por isso, é importante no conhecimento de Física buscar-

se o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da ciência e da

tecnologia as diversas transformações culturais, sociais e econômicas.

Construir um conhecimento centrado em conteúdos e metodologias capazes de

levar os estudantes a refletir sobre o mundo das ciências sob a perspectiva de que a

ciência não é algo pronto ou acabado e sim fruto de muitos estudos, pesquisas de

conceitos, leis, teorias e modelos já antes vistos por outros cientistas precursores e agora

dando continuidade aos seus trabalhos e análises.

Desenvolver uns sujeitos críticos, capazes de admirar a produção científica e

compreender a necessidade desse conhecimento para entender o universo de fenômenos

que o cerca, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais dessa

disciplina.

CONTEÚDOS

Abordando cada tema a partir do pré-conhecimento do aluno e enfatizando todo

seu contexto histórico para maior compreensão, na profundidade em que cada turma

demonstrar maturidade para tal assimilação de conteúdo e perspectiva de pesquisa.

Dentro dessa abordagem observamos que esses conteúdos podem ser trabalhados nas

diferentes séries de Ensino Médio alterando a sua amplitude, profundidade e contexto.

MOVIMENTOS:

Momentum e inércia

Conservação da quantidade de movimento (momentum)

Variação da quantidade de movimento = impulso

2a. Lei de Newton

3a. Lei de Newton e condições de equilíbrio

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Gravidade

A energia e o principio da conservação da energia

Variação/transformação da energia de parte de um sistema-trabalho e potencia

Fluidos

Oscilações

TERMODINÂMICA:

Leis da Termodinâmica: Lei Zero da Termodinâmica

ELETROMAGNETISMO:

Carga, corrente elétrica, campo.

Força eletromagnética

Equações de Maxuwell:( lei de Gauss (lei de Coulomb para eletrostática), lei de Ampére ,

lei de Gauss magnética, lei de faraday)

Óptica

Será contemplada junto aos conteúdos a lei 11.645, março de 2008 que integra a

historia e cultura Afro-Brasileira e Indígena ao currículo do ensino fundamental e do

ensino médio.

A Educação do campo será contemplada de acordo com os cadernos temáticos

existentes nos estabelecimentos estaduais enviados pela SEED.

METODOLOGIA

O processo de ensino aprendizagem de Física deve partir do conhecimento

prévio e contexto social dos alunos, a dialética e a construção do conhecimento cientifico

a partir do conhecimento prévio dos alunos, deve se dar de maneira contextualizada,

utilizando a pesquisa e investigação como instrumentos de aprendizagem,

acompanhando a evolução das idéias e conceitos dos mesmos, reconhecendo assim que

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235

a Física é uma ciência em construção, propriamente uma construção histórica da

humanidade, e assumindo que esse conhecimento cientifico é um objeto construído e

produzido nas relações sociais e econômica e no cotidiano, contribuindo para o

desenvolvimento tecnológico. Para isso os conteúdos serão abordados de acordo com a

capacidade cognitiva do aluno possibilitando que se aproprie do conhecimento cientifico

relacionando Senso comum – teoria, leituras de texto complementares; leituras de textos

científicos e produção de textos, pesquisas.

Experimentos com materiais de laboratório e materiais trazidos pelos alunos –

jornais, revistas e materiais recicláveis que possam ser utilizados para experimentos, pois

a experimentação no ensino da Física é uma importante metodologia de ensino que

contribui para fazer a ligação entre a teoria e a prática auxiliando na construção de

conceito e conhecimento cientifico.

Utilização da TV multimídia, filmes, musicas, e materiais gráficos diversos e

relatórios de experiências.

O saber matemático não pode ser um pré-requisito para o ensino de Física, é

uma ferramenta importante, mas não um método de ensino. É preciso localizar os

conteúdos a serem trabalhados num contexto social, econômico, cultural e histórico

usando a interdisciplinaridade.

AVALIAÇÃO

Avaliação processual e formativa de maneira continua, utilizando questões que

fazem parte do cotidiano do aluno facilitando ao professor uma avaliação detalhada do

processo de construção do conhecimento, pois possibilita que o professor verifique a

integração do aluno com o conteúdo , os erros conceituais, a capacidade de reflexão e

clareza ao expor suas idéias buscando a construção do conhecimento cientifico e

raciocínios argumentativos.

No ensino de Física ao avaliar deve-se considerar a apropriação do conteúdo

pelos estudantes, considerar o progresso dos estudantes quanto aos aspectos históricos,

conceituais e culturais, a evolução das idéias e a não neutralidade da ciência.

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236

REFERÊNCIAS

Diretrizes curriculares de Física para o Ensino Médio-2008.

Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar

Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.

História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-

raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).

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237

11.9 PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A relevância da Geografia está no fato de que todos os acontecimentos do mundo

têm uma dimensão espacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social.

Portanto há de se empreender um ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos

específicos de Geografia, com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço,

sem deixar de considerar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes

formas de abordagem, refletindo sobre o nosso mundo, compreendendo-o do âmbito

local até os âmbitos nacional e planetário, sendo a Geografia um instrumento

indispensável para essa reflexão.

Estudar Geografia é uma forma de compreender o mundo em que vivemos. O

campo de preocupação de Geografia é o espaço da sociedade humana, em que homens

e mulheres vivem e, ao mesmo tempo, produzem modificações que o (re) constroem

permanentemente.

A Geografia tem como objeto de estudo o “Espaço Geográfico”, entendido como o

espaço produzido (Lefebrere, 1974) e apropriado pela sociedade composta por objetos

(naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais, culturais, políticas e econômicas)

inter-relacionadas (Santos, 1996). Desta perspectiva, os objetos geográficos são

indissociáveis das ações humanas, mesmo sendo eles objetos naturais.

É no Espaço Geográfico que se realizam as manifestações da natureza e as

atividades humanas. Para nos posicionarmos inteligentemente diante desse espaço,

temos de conhecê-lo bem.

Há muito tempo o homem vem transformando o espaço natural em seu benefício.

Ser cidadão pleno em nossa época significa, antes de tudo estar integrado criticamente

na sociedade, participando ativamente de suas transformações.

Considerando, então, que cada conceito geográfico se constituiu em diferentes

momentos históricos em função das transformações sociais, políticas e econômicas, que

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238

alteram maneiras e ritmos de produzir e organizar o espaço, para a formação de um aluno

consciente das relações sócio-espaçiais de seu tempo, assume-se, nesta Proposta

Pedagógica Curricular o quadro conceitual das teorias críticas da Geografia, que

incorporam, em suas construções conceituais, os conflitos e as contradições sociais,

econômicas, culturais e políticas que constituem o espaço geográfico.

Cabe salientar, ainda, que os conteúdos específicos, os grandes conceitos

geográficos (sociedade, natureza, território, região, paisagem lugar, etc) somente inter-

relacionados tornam-se significativos e contribuem para a compreensão do espaço

geográfico.

A disciplina de Geografia é muito importante por que:

-Contribui para a formação do cidadão participante dos movimentos promovidos

pela sociedade, tendo uma visão mais ampla e profunda do mundo, sendo capaz de dialo-

gar com o espaço geográfico para compreender como os diferentes elementos se relacio-

nam.

-Leva o aluno a conhecer a dinâmica do meio físico frente às intervenções huma-

nas para que ele possa conhecer e contribuir para preservar aquilo que ainda resta, com-

preendendo as relações entre a preservação ou degradação da natureza em função do

conhecimento de sua dinâmica e a integração de seus elementos biofísicos.

-Leva o aluno a distinguir as várias representações sociais da realidade vivida,

realizando a leitura das construções humanas como um documento importante que as

sociedades, em diferentes momentos, imprimiram sobre uma base natural.

-Subsidia os alunos no enriquecimento e sistematização dos saberes, para que

sejam sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo que os cerca.

Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 –História

e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Lei 11645/08 – História Cultura Afro- Brasileira e

Indígena.

No Ensino Fundamental e Médio, de acordo com a Lei 10.639/03, referente à

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e sendo a Geografia a ciência cujo objeto é o

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espaço geográfico e suas inter-relações, caberá ao professor tratar os seguintes

contextos:

• A população brasileira: miscigenação de povos;

• A distribuição espacial da população afrodescendente do Brasil;

• A contribuição do negro na construção da nação brasileira;

• O movimento do povo africano no tempo e no espaço;

• A política de imigração e a teoria de embranquecimento no mundo;

• Estudo de como o continente africano se configurou espacialmente: as (re)divi-

sões territoriais;

• Análise de dados do IBGE sobre a composição da cor, renda e escolaridade no

país e no município em uma perspectiva geográfica;

• Discussões a respeito de práticas de segregação racial, como as acontecidas,

por exemplo na África do Sul, e nos Estados Unidos da América.

Dessa forma, serão inseridos conteúdos relacionados a História e Cultura Afro-

Brasileira e Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial

reconhecendo os afro-brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país,

ressaltando os valores que precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na

perspectiva de uma sociedade multicultural e pluriétnica , lei 11.645/03/08 que integra a

História e Cultura afro-Brasileira e Indígena ao Currículo de Ensino Fundamental e Médio.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/CONTEÚDOS BÁSICOS DA DISCIPLINA

De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os Conteúdos

Estruturantes da Geografia para Educação Básica, considerando que seu objeto de

estudo/ensino é o espaço geográfico. Entende-se, por conteúdo estruturantes, os

conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de estudos

de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto

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240

de estudo/ensino. São, neste caso, dimensões geográficas da realidade a partir das quais

os conteúdos específicos devem ser abordados.

Os Conteúdos Estruturantes estão em permanente relação uns com os outros e

na realidade concreta eles nunca se separam. Os conteúdos específicos estão

organizados a partir de cada Conteúdo Estruturante apenas como estratégia de ensino,

enfatizando ora a abordagem de um deles, ora de outro. Porém, a articulação entre eles

deve ser sempre mencionada pelo professor para evitar a compreensão equivocada de

que esses conteúdos não dialogam.

Os Conteúdos Estruturantes são considerados basilares e fundamentais para a

compreensão do Espaço Geográfico no ambiente da educação Básica. A partir destes,

derivam-se os conteúdos específicos que compõem o trabalho e a relação de ensino e

aprendizagem no cotidiano escolar, sendo os mesmos flexíveis e abordáveis em todas as

séries.

A abordagem pedagógica em Geografia deve desenvolver um ou mais conceitos

básicos da disciplina – região, paisagem, território, lugar, sociedade, rede e natureza – e

as categorias de análise do espaço geográfico – relações espaço-temporais e relações

sociedade-natureza.

Os conteúdos estruturantes da disciplina de geografia para o Ensino Fundamental

e Médio são:

- Dimensão econômica da produção do/no espaço

- Geopolítica

- Dimensão socioambiental

- Dinâmica cultural e demográfica

DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO

Este Conteúdo Estruturante articula-se com os demais, pois a apropriação da

natureza e sua transformação em produto para o consumo humano envolvem as

sociedades em relações geopolíticas, ambientais e culturais.

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241

O professor deve enfatizar a apropriação do meio - natural/artificial - pela

sociedade criando uma rede de transformação e circulação de mercadorias, pessoas,

informações e capitais, discutindo como as sociedades produzem o espaço geográfico

sob a perspectiva da produção de objetos (fixos e móveis) necessários para a

manutenção da dinâmica da sociedade (capitalista).

Pode enfatizar ainda as desigualdades econômicas, na produção de

necessidades, nas diferentes classes sociais e na configuração sócio-espacial.

Os conceitos de paisagem, lugar, território, natureza, sociedade e região podem

ser desenvolvidos, mas o conceito de rede na atualidade recebe ênfase.

GEOPOLÍTICA

Neste Conteúdo Estruturante as relações de poder e domínio sobre os territórios,

bem como as instâncias e instituições, oficiais ou não, que governam os territórios devem

ser abordadas.

O professor deverá enfatizar as relações de poder sobre territórios da escala

micro (rua, bairro) até a escala macro (país, instituições internacionais) e o papel do

Estado e das forças políticas não estatais (ONG, narcotráfico, crime organizado,

associações). As redefinições de fronteiras, orientadas por motivos econômicos, culturais,

sociais, são fundamentais para a discussão dos conteúdos específicos e merecem

destaque.

Os conceitos de território e lugar ganham destaque neste Conteúdo Estruturante.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL

A lógica das relações sociedade-capital-natureza balizam as discussões deste

conteúdo estruturante. Pode se destacar ainda a produção do espaço geográfico, a

criação de necessidades e a mobilização de "recursos" naturais para satisfazê-las, no

modelo econômico do capitalismo.

Page 243: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - jzoanesio.seed.pr.gov.br · marco situacional ... marco conceitual ... 6.14.1 conceito

242

Os conceitos de modo de produção, classes sociais, consumo, sustentabilidade,

dinâmica da natureza e tempo são discutidos da perspectiva da produção espacial e da

paisagem, bem como discutir a gênese da dinâmica da natureza, quanto as alterações

nela causadas pela sociedade, como efeito de participar da constituição da fisicidade do

espaço geográfico.

DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA

As questões demográficas da constituição do espaço geográfico são centrais

neste conteúdo estruturante, bem como as constituições regionais em funções das

especificidades culturais, a ocupação e distribuição da população no espaço geográfico e

suas conseqüências econômicas, culturais, sociais.

Merece destaque os grupos sociais e étnicos em sua configuração espacial

urbana, rural e regional, assim como os estudos da formação demográfica das diferentes

sociedades, as migrações que imprimem novas marcas nos territórios e produzem novas

territorialidades, e as relações políticas e econômicas que influenciam esta dinâmica.

ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE/6º ANO

CONTEÚDOS

ESTRUTU-

RANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

CRITÉRIOS DE

AVALIAÇÃO

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política

do espaçogeográfico

Dimensão cultural

e demográfica do

espaço

Formação etransformação

daspaisagens naturais eculturais.

Dinâmica da natureza

e sua alteração pelo emprego de tecnologias

de exploração e produção.

A formação, localização,exploração eutilização dos

recursos

Os conteúdosestruturantes

deverãofundamentar a

abordagemdos conteúdos

básicos.

Os conceitos fundamentaisda Geografia -

paisagem,lugar, região,

território,natureza e

sociedade –serão

apresentados numa

perspectiva crítica.

Espera-se que o aluno:•Reconheça o Processo de formação e Transformação das paisagens Geográficas.

•Entenda que o espaçogeográfico é composto pela

materialidade (natural e técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas.

•Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura

cartográfica.

• Identifique as formas deapropriação da natureza,a partir do trabalho e suas

conseqüências Econômicas,

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243

geográfico

Dimensãosocioambiental

doespaço

geográfico

naturais.

A distribuiçãoespacial dasatividades produtivas

e a (re)organização

do espaçogeográfico.

As relações entre

campo e a cidade nasociedade capitalista.

A transformaçãodemográfica, a

distribuição espacial

e os indicadores

estatísticos dapopulação.

A mobilidadepopulacional e

as manifestaçõessocioespaciais

dadiversidade

cultural.

As diversasregionalizações

doespaço

geográfico.

A compreensão do objeto

da Geografia – espaço

geográfico – é a finalidade

do ensino dessa disciplina.

As categorias de análise da

Geografia, as relações

Sociedade-Natureza e as

relações Espaço-Temporais

são fundamentais para a

compreensão dos conteúdos.

As realidades local e

paranaense deverão ser

consideradas, sempre que

possível.

Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalasgeográficas, com uso da linguagem

cartográfica- signos, escala e

orientação.

As culturas afro-brasileira

e indígena deverão

ser consideradas no

desenvolvimento dos conteúdos,

socioambientais e políticas.

•Entenda o processo detransformação de recursos

naturais em fontes de energia.

•Forme e signifique osconceitos de paisagem, lugar,região, território, natureza e sociedade.

• Identifique as relaçõesexistentes entre o espaço urbano e rural: questões econômicas, ambientais,

políticas, culturais,movimentos demográficos,

atividades produtivas.

•Entenda a transformaçãoe a distribuição espacial da população, como resultado

de fatores históricos, naturais e

econômicos.

•Entenda o significado dosindicadores demográficosrefletindo a organização

espacial.

• Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais.

•Reconheça as diferentesformas de regionalização do

espaço geográfico

Page 245: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - jzoanesio.seed.pr.gov.br · marco situacional ... marco conceitual ... 6.14.1 conceito

244

bem como a Educação Ambiental.

ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SÉRIE / 7º ANO

CONTEÚDOSESTRUTU-RANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEMTEÓRICO-

METODOLÓGICA

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Dimensãoeconômica do

espaço geográfico

Dimensão política

do espaçogeográfico

Dimensão cultural

e demográfica do

espaço geográfico

Dimensãosocioambienta

l doespaço

geográfico

A formação, mobilidade

das fronteiras e a

reconfiguração do

território brasileiro.

A dinâmica da natureza

e sua alteração pelo

emprego de tecnologias

de exploração e produção.

As diversas regionalizações

do espaço brasileiro.

As

manifestações socioespaciais

da diversidade

cultural.

A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.Movimentos migratórios e

Os conteúdosestruturantes

deverãofundamentar a

abordagemdos conteúdos

básicos.

Os conceitos fundamentaisda Geografia -

paisagem,lugar, região,

território,natureza e

sociedade –serão

apresentados numa

perspectiva crítica.

A compreensão do objeto

da Geografia – espaço

geográfico – é a finalidade

do ensino dessa disciplina.

As categorias de análise

da Geografia, as relações

Sociedade-Natureza e as

relações Espaço-Temporais

são fundamentais

Espera-se que o aluno:•Aproprie-se dos onceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade e lugar.

• Localize-se e oriente-se no território brasileiro,

utilizando a linguagem cartográfica.

• Identifique o processo de formação do território

brasileiro e as diferentes formas de regionalização do

espaço geográfico.

•Entenda o processo de formação das fronteiras

agrícolas e a apropriação do território.

•Entenda o espaço brasileiro dentro do

contexto mundial, compreendendo suas relações econômicas, culturais e políticas com outros países.

•Verifique o aproveitamento econômico

das bacias hidrográficas e do relevo.

• Identifique as áreas de proteção ambiental e sua

importância para a preservação dos recursos

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245

suas motivações.

O espaço rural e a

modernização da

agricultura.

A formação, o crescimento das

cidades, a dinâmica dos

espaços urbanos e a urbanização.

A distribuição espacial dasatividades

produtivas, a (re)organização

do espaçogeográfico.

A circulação de mão-de

obra, das mercadorias e

das informações.

paraa compreensão

dosconteúdos.

As realidades local e

paranaense deverão ser

consideradas, sempre que

possível.

Os conteúdos devem ser

espacializados e tratados

em diferentes escalas

geográficas, com uso da

linguagem cartográfica

- signos, escala eorientação.

As culturas afro-brasileira

e indígena deverão

ser consideradas no

desenvolvimento dos conteúdos,

bem como a Educação Ambiental.

naturais.

• Identifique a diversidade cultural e regional no Brasil

construída pelos diferentes povos.

•Compreenda o processo de crescimento da população e sua obilidade no território.

•Relacione as migrações e a ocupação do território

brasileiro.•Identifique a importância

dos fatores naturais e o uso de novas

tecnologias na agropecuária brasileira.

• Estabeleça relações entre a estrutura

fundiária e os movimentos sociais no campo

•Entenda o processo de formação e localização dos

microterritórios urbanos.

•Compreenda como a industrialização

influenciou o processo de urbanização brasileira.

•Entenda o processo de transformação das

paisagens brasileiras, levando em

consideração as formas de ocupação, as

atividades econômicas desenvolvidas, a

dinâmica populacional e a diversidade cultural.

•Entenda como a industrialização aceleroua exploração dos elementos

da natureza e trouxe consequências

ambientais.

Page 247: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - jzoanesio.seed.pr.gov.br · marco situacional ... marco conceitual ... 6.14.1 conceito

246

•Estabeleça relação entre o uso de tecnologias nas diferentes atividades

econômicas e as consequentes mudanças

nas relações sócio-espaciais e ambientais.

Reconheça a configuração do espaço de circulação de mão-de-obra, mercadorias e sua relação com os espaços

produtivos brasileiros.

ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SÉRIE / 8ºANO

CONTEÚDOS

ESTRUTU-

RANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

CRITÉRIOS DE

AVALIAÇÃO

Dimensãoeconômica do

espaço geográfico

Dimensão política

do espaçogeográfico

Dimensão cultural

e demográfica do

espaço

As diversasregionalizações

do espaçogeográfico.

A formação, mobilidade

das fronteiras e a

reconfiguração dos

territórios do continenteamericano.

A nova ordem mundial, osterritórios

supranacionaise o papel do

Estado.

O comércio emsuas

implicações

Os conteúdosestruturantes

deverãofundamentar aabordagem dos

conteúdos básicos.

Os conceitosfundamentais da

Geografia - paisagem,

lugar, região,território, natureza

e sociedade – serão

apresentados numa

perspectiva crítica.

A compreensão doobjeto da

Geografia –espaço geográfico

– é

Espera-se que o aluno:•Forme e signifique os conceitos de região, território, paisagem,

natureza, sociedade e lugar.

•Identifique a configuração socioespacial da América por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens.

•Diferencie as formas de regionalização do

Continente Americano nos diversos critérios adotados.

•Compreenda o processo de formação, transformação e

diferenciação daspaisagens mundiais.

•Compreenda a formação dos territórios e a

reconfiguração das fronteiras do

Page 248: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - jzoanesio.seed.pr.gov.br · marco situacional ... marco conceitual ... 6.14.1 conceito

247

geográfico

Dimensãosocioambienta

l doespaço

geográfico

socioespaciais.

A circulação da mão-

de-obra, do capital,

das mercadorias e das

informações.

A distribuição espacial dasatividades

produtivas, a(re)organização

do espaçogeográfico.

As relações entre o campoe a cidade na

sociedadecapitalista.

O espaço rural e a

modernização da

agricultura.

A transformaçãodemográfica, a

distribuição espacial e osindicadores

estatísticos dapopulação.

Os movimentosmigratórios e

suasmotivações.

As manifestações

sociespaciais dadiversidade

cultural.

Formação,

a finalidade do ensino

dessa disciplina.

As categorias deanálise da Geografia,as relações Sociedade-

Natureza e as relações

Espaço-Temporal, são

fundamentais paraa compreensão

dosconteúdos.

As realidades local e

paranaense deverão

ser consideradassempre que

possível.

Os conteúdos devem

ser espacializadose tratados em

diferentes escalasgeográficas com

uso da linguagemcartográfica -

signos,escala eorientação.

As culturas afro-brasileira e indígena

deverão serconsideradas nodesenvolvimentodos conteúdos,

bemcomo a Educação

Ambiental.

Continente Americano.

•Reconheça a constituição dos blocos econômicos,

considerando a influênciapolítica e econômica na

regionalização doContinente Americano.

• Identifique as diferentes paisagens e compreenda sua

exploração econômica no continente Americano.

•Reconheça a importância da rede de transporte,

comunicação e circulação das mercadorias , pessoas e

informações naeconomia regional.

•Entenda como as atividades produtivas

interferem na organização espacial e nas questões

ambientais.

•Estabeleça a relação entre o processo de

industrialização e a urbanização.

•Compreenda as inovações tecnológicas,

sua relação com as atividades produtivas

industriais e agrícolas e suas consequências

ambientais e sociais.

•Entenda o processo de industrialização e a produção agropecuária em sua relação

com a apropriação dos recursos naturais.

•Reconheça e analise os diferentes indicadores demográficos e suas

implicações socioespaciais.

Page 249: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - jzoanesio.seed.pr.gov.br · marco situacional ... marco conceitual ... 6.14.1 conceito

248

localização,exploração e

utilizaçãodos recursos

naturais.

•Compreenda os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua distribuição

espacial.

•Reconheça as configurações espaciaisdos diferentes grupos

étnicos americanosem suas manifestações

culturais e em seusconflitos étnicos e políticos.

• Compreenda a formação, localização

e importância estratégica dos recursos naturais para a

sociedade contemporânea.•Relacione as questões

ambientais com a utilização dos recursos naturais no Continente Americano.

ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SÉRIE / 9ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTU-RANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Dimensãoeconômica do

espaço geográficoDimensão

As diversas regionalizações

do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, osterritórios

supranacionais e

o papel do Estado.

A revolução tecnico-

científico-informacional e

os novos arranjos no

Os conteúdosestruturantes

deverão fundamentar

a abordagem dosconteúdos básicos.

Os conceitosfundamentaisda Geografia -

paisagem, lugar,região, território,

natureza e sociedade

– serão apresentados

numa perspectiva

Espera-se que o aluno:•Forme e signifique os conceitos geográficos

de lugar, território, natureza, sociedades,

região e paisagem.

•Identifique a configuração socioespacial

mundial por meio da leitura dos mapas,

gráficos, tabelas e imagens.

•Reconheça a constituição dos blocos econômicos

considerando a influência política e econômica na regionalização mundial.

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249

políticado espaçogeográficoDimensão

culturale demográfica

doespaço

geográficoDimensão

socioambiental do

espaço geográfico

espaçoda produção.

O comércio mundial e asimplicações

socioespaciais.

A formação, mobilidade

das fronteiras e a

reconfiguração dos

territórios.

A transformaçãodemográfica, a

distribuiçãoespacial e os indicadores

estatísticos da população.

As manifestaçõessocioespaciais

dadiversidade

cultural.

Os movimentos migratórios

mundiais e suasmotivações.

A distribuição das

atividades produtivas, a

transformação da paisagem e a (re)organização

do espaço geográfico.

A dinâmica da natureza e sua alteração peloemprego de

crítica.

A compreensão doobjeto da Geografia– espaço

geográfico– é a finalidadedo ensino dessa

disciplina.

As categorias deanálise da Geografia,as relaçõesSociedade-Natureza

e as relações Espaço-

Temporal, sãofundamentais para

a compreensão dos

conteúdos.

As realidades local e

paranaense deverão

ser consideradassempre que

possível.

Os conteúdos devem ser

espacializadose tratados em

diferentes escalasgeográficas com

uso da linguagemcartográfica -

signos,escala eorientação.

As culturas afro-brasileira e indígena

deverão serconsideradas nodesenvolvimento

•Compreenda a atual configuração do

espaço mundial em suas implicações sociais,

econômicas e políticas.

•Entenda as relações entre países e regiõesno processo de mundialização.

•Compreenda que os espaços estão inseridos

numa ordem econômica e política global, mas

também apresentam particularidades.

•Relacione as diferentes formas de apropriação

espacial com a diversidadecultural.

•Compreenda como ocorreram os problemassociais e as mudanças demográficas geradas

no processo de industrialização.

•Identifique os conflitos étnicos e separatistas e suas

consequências no espaço geográfico.

•Entenda a importância econômica, política

e cultural do comércio mundial.

•Identifique as implicações socioespaciais na atuação

das organizações econômicas

internacionais.

•Reconheça a reconfiguração das fronteiras e a formação de novos

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250

tecnologias deexploração e

produção.

O espaço em rede: produção,

transporte ecomunicações

na atual configuração

territorial.

dos conteúdos, bem

como a EducaçãoAmbiental.l.

territórios nacionais.

•Faça a leitura dos indicadores sociais

e econômicos e compreenda a desigual

distribuição de renda.

•Identifique a estrutura da população mundial e

relacione com as políticasdemográficas adotadas nos

diferentes espaços.

•Reconheça as motivações dos fluxos

migratórios mundiais.

•Relacione o desenvolvimento das

inovações tecnológicas nas atividades produtivas.

•Entenda as consequências ambientais

geradas pelas atividades produtivas.

•Analise as transformações na dinâmica da natureza

decorrentes do emprego de tecnologias de exploração e

produção.

•Reconheça a importância estratégica

dos recursos naturais para as atividades produtivas.

•Compreenda o processo de transformação

dos recursos naturais em fontes de energia.

•Entenda a importância das redes de

transporte e comunicação no desenvolvimento

das atividades produtivas.

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251

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTU-RANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Dimensãoeconômica do

espaço geográfico

Dimensão política

do espaçogeográfico

Dimensão cultura

e demográfica do

espaço geográfico

Dimensãosociambiental

doespaço

geográfico

A formação etransformação

daspaisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração peloemprego de tecnologias

de exploração e

produção.

A distribuição espacial das atividades

produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.

A formação, localização,exploração e

utilizaçãodos recursos

naturais.

A revolução técnico-

científica-informacional

e os novos arranjos noespaço da produção.

O espaço rural e a

modernização da

agricultura.

Os conteúdosestruturantes

deverãofundamentar aabordagem dos

conteúdos básicos.

Os conceitosfundamentais da

Geografia - paisagem,

lugar, região,território, natureza

e sociedade – serão

apresentados numa

perspectiva crítica.

A compreensão doobjeto da

Geografia –espaço geográfico

– éa finalidade do

ensinodessa disciplina.

As categorias deanálise da Geografia,as relações Sociedade-

Natureza e as relações

Espaço-Temporal, são

fundamentais paraa compreensão

dosconteúdos.

As realidades local

Espera-se que o aluno:•Aproprie-se dos conceitos de região, sociedade, território,

paisagem, natureza elugar.

•Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da

cartografia - mapas,tabelas, gráficos e imagens.

•Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens pela

ação humana e sua utilização em

diferentes escalas na sociedade capitalista.

•Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas.

•Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas

atividades produtivas em sua espacialidade.

•Estabeleça relação entre a exploração dos recursos

naturais e o uso de fontes deenergia na sociedade

industrializada.

•Identifique os problemas ambientais globais

decorrentes da forma de exploração

e uso dos recursos naturais.

•Evidencie a importância das atividades extrativistas para a

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252

O espaço em rede:

produção, transporte ecomunicação

na atual configuração

territorial.

A circulação de mão-

de-obra, do capital,

das mercadorias e

dasinformações.

Formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

As relações entre o campo e a cidade na

sociedade capitalista.

A formação, ocrescimento

das cidades, a dinâmica dos

espaços urbanos e a urbanização

recente.

A transformaçãodemográfica, a

distribuição espacial

e os indicadores

estatísticos dapopulação.

Os

eparanaense

deverãoser consideradas

sempre que possível.

Os conteúdos devem

ser espacializadose tratados em

diferentes escalasgeográficas com

uso da linguagemcartográfica -

signos,escala e

orientação.

As culturas afro-brasileira e indígena

deverão serconsideradas nodesenvolvimentodos conteúdos,

bemcomo a Educação

Ambiental.

produção de matérias-primas e a organização

espacial.

•Reconheça as influências dasmanifestações culturais dos diferentes grupos étnicos no processo de configuração do

espaço geográfico.

•Compreenda as ações internacionais de proteção aos recursos naturais frente a sua

importância estratégica.•Compreenda o processo de

formação dos recursos minerais e sua importância

política, estratégica e econômica.

•Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das atividades

produtivas, nos deslocamentos de população

e na distribuição da população.

•Compreenda a importância da revolução técnico-científica

informacional e suarelação com os espaços de

produção,

•Compreenda a importância da revolução técnico-científica

informacional e suarelação com os espaços de

produção, circulação de mercadorias e nas formas de

consumo.

• Entenda como as guerras fiscais atuam na

reorganização espacial das regiões onde

as indústrias se instalam.

•Compreenda a importância

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253

movimentosmigratórios e

suas motivações.

As manifestaçõessocioespaciais da diversidade

cultural.

O comércio eas implicaçõessocioespaciais

.

As diversasregionalizações do espaço geográfico.

As implicaçõessocioespaciaisdo processo

demundialização.

A nova ordemmundial, osterritórios

supranacionais e o papel do

Estado.

datecnologia na produção

econômica, nas comunicações, nas relações

de trabalho ena transformação do espaço

geográfico.

•Analise as novas tecnologias na produção industrial e

agropecuária como fator detransformação do espaço.

•Identifique a concentração fundiária resultante do sistema

produtivo agropecuário moderno.

•Entenda a importância das redes de comunicação e de informação na formação dos

espaços mundiais.

•Reconheça a importância da circulação das mercadorias, mão-de-obra, capital e dasinformações na organização

do espaço mundial.

•Analise a expansão das fronteiras agrícolas, o uso das

técnicas agrícolas na atualidade e sua repercussão

ambiental e social.

•Identifique a relação entre a produção industrial e

agropecuária e os problemas sociais e ambientais.

•Reconheça as interdependências

econômicas e culturais entre campo e cidade e suas

implicaçõessocioespaciais.

•Compreenda as relações de trabalho presentes nos

espaços produtivos rural e

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254

urbano.

•Relacione o processo de urbanização com as

atividades econômicas.

•Compreenda o processo de urbanização

considerando as áreas de segregação, os espaços de

consumo e de lazer e a ocupação das áreas de risco.

•Entenda o processo de crescimento urbano e as

implicações socioambientais.

•Compreenda que os espaços de lazer são também

espaços de trabalho, consumo e de produção.

•Compreenda a espacialização das

desigualdades sociais evidenciadas nos indicadores

sociais.

•Entenda como se constitui a dinâmica populacional em

diferentes países.

•Estabeleça a relação entre impactos culturais,

demográficos e econômicos no processo de expansão das

fronteiras agrícolas.

•Reconheça o caráter das políticas migratórias

internacionais referentes aos fatores de estímulo dos

deslocamentos populacionais.

•Compreenda o conceito de lugar e dos processos de identidade que os grupos

estabelecem com o espaço geográfico, na organização

das atividades sociais e

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255

produtivas.

• Identifique os conflitos étnicos e religiosos existentes

e sua repercussão na configuração doespaço mundial.

•Entenda a importância das ações protecionistas, da

abertura econômica e da OMC para o comércio mundial.

•Compreenda as ações adotadas pelas organizações econômicas internacionais, FMI e Banco Mundial, em

suas implicações na organização

do espaço geográfico mundial.

•Diferencie as formas de regionalização do espaçomundial, considerando a

divisão norte-sul e a formação dos blocos econômicos.•Analise a formação dos territórios supranacionaisdecorrentes das relações econômicas e de poder na

nova ordem mundial.•Compreenda a regionalização

do espaço mundial e a importância das relações de poder na configuração das

fronteiras e territórios.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para desenvolver os conteúdos específicos, propões-se que sejam trabalhados

de forma crítica e dinâmica, abordando-os a partir do enfoque de cada Conteúdo

Estruturante, possibilitando ao aluno compreender os diversos desdobramentos que um

mesmo conteúdo específico pode sofrer.

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256

Durante o processo, o professor deve estar atento para a formação de conceitos

geográficos básicos (região, paisagem, espaço, lugar, território, sociedade) utilizando para

tal, todos os recursos disponíveis (aula de campo, recursos audiovisuais, aulas

expositivas, pesquisas, debates, seminários, recursos cartográficos, leitura e interpretação

de textos, produção de textos, leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas

e mapas, etc.)

A metodologia de ensino proposta nesta PPC deve permitir que os alunos se

apropriem dos conceitos fundamentais da Geografia e compreendam o processo de

produção e transformação do espaço geográfico. Para isso, os conteúdos da Geografia

devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados com a realidade

próxima e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos teóricos propostos

neste documento.

O processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do

conhecimento geográfico se dá a partir da intervenção intencional própria do ato docente,

mediante um planejamento que articule a abordagem dos conteúdos com a avaliação

(CAVALCANTI, 1998). No ensino de Geografia, tal abordagem deve considerar o

conhecimento espacial prévio dos alunos para relacioná-lo ao conhecimento científico no

sentido de superar o senso comum.

Outro pressuposto metodológico para a construção do conhecimento em sala de

aula é a contextualização do conteúdo. Na perspectiva teórica desta Proposta,

contextualizar o conteúdo é mais do que relacioná-lo à realidade vivida do aluno, é,

principalmente, situá-lo historicamente e nas relações políticas, sociais, econômicas,

culturais, em manifestações espaciais concretas, nas diversas escalas geográficas.

Sempre que possível o professor deverá estabelecer relações interdisciplinares

dos conteúdos geográficos em estudo, porém, sem perder a especificidade da

Geografia. Nas relações interdisciplinares, as ferramentas teóricas próprias de cada

disciplina escolar devem fundamentar a abordagem do conteúdo em estudo, de modo que

o aluno perceba que o conhecimento sobre esse assunto ultrapassa os campos de estudo

das diversas disciplinas, mas que cada uma delas tem um foco de análise próprio.

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257

O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma

dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para que a

compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse

procedimento tem por finalidade que o ensino de Geografia contribua para a

formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira consciente e crítica.

AVALIAÇÃO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) determina que a

avaliação do processo de ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e

processual.

Nessa concepção de avaliação, considera-se que os alunos têm diferentes

ritmos de aprendizagem, identificam-se dificuldades e isso possibilita a intervenção

pedagógica a todo o tempo. O professor pode, então, procurar caminhos para que todos

os alunos aprendam e participem das aulas.

Assim, recomenda-se que a avaliação em Geografia seja mais do que a

definição de uma nota ou um conceito. Desse modo, as atividades desenvolvidas ao

longo do ano letivo devem possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e

posicionamento crítico frente aos diferentes contextos sociais.

O processo de avaliação deve considerar, na mudança de pensamento e atitude

do aluno, alguns elementos que demonstram o êxito do processo de

ensino/aprendizagem, quais sejam: a aprendizagem, a compreensão, o questionamento e

a participação dos alunos

A prática docente, sob os fundamentos teórico-metodológicos discutidos nas

Diretrizes Curriculares, contribui para a formação de um aluno crítico, que atua em

seu meio natural e cultural e, portanto, é capaz de aceitar, rejeitar ou mesmo transformar

esse meio. É esse resultado que se espera constatar no processo de avaliação do

ensino de Geografia. Para isso, destacam-se como os principais critérios de avaliação em

Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das

relações socioespaciais para compreensão e intervenção na realidade. O professor

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258

deve observar se os alunos formaram os conceitos geográficos e assimilaram as relações

Espaço ↔ Temporais e Sociedade ↔ Natureza para compreender o espaço nas diversas

escalas geográficas.

No entanto, ao assumir a concepção de avaliação formativa, é importante que o

professor tenha registrado, de maneira organizada e precisa, todos os momentos do

processo de ensino-aprendizagem, bem como as dificuldades e os avanços obtidos

pelos alunos, de modo que esses registros tanto explicitem o caráter processual e

continuado da avaliação quanto atenda às exigências burocráticas do sistema de notas.

Para diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação, ao invés de avaliar

apenas por meio de provas, o professor pode usar técnicas e instrumentos que

possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como:

• interpretação e produção de textos de Geografia;

• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

• pesquisas bibliográficas;

• relatórios de aulas de campo;

• apresentação e discussão de temas em seminários;

• construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre

outros.

REFERÊNCIAS

CAVALCANTI, L. de S. Geografia, escola e construção de conhecimento. Campinas:

Papirus, 1998.

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo:

Hucitec, 1996.

Diretrizes Curriculares de Geografia, SEED, 2008.

Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

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259

11.10 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR –HISTÓRIA

A Proposta Pedagógica Curricular integrada ao Projeto Político Pedagógico visa

organizar conhecimentos básicos que permita ao aluno uma aprendizagem permanente,

priorizando a formação ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e o pensamento

crítico. Está articulada em torno de conteúdos estruturantes que orientam a seleção dos

básicos e específicos.

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino de História passou a ser obrigatório no Brasil a partir da criação do

Colégio D. Pedro II, em 1837 com as bases filosóficas do positivismo, orientada pela

linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos oficiais escritos como fontes de

verdades.

Este modelo foi mantido até 1901, quando o corpo docente do Colégio D.Pedro II

alterou o currículo do Colégio, propondo que a História do Brasil passasse a compor a

cadeira de História Universal. Este fato relegou o ensino de historia a um restrito espaço.

A História, enquanto disciplina, somente retomou sua significação por meio da Lei

Orgânica do Ensino Secundário em 1942 cujos conteúdos objetivavam a legitimidade do

projeto nacionalista de Getulio Vargas, portando o ensino de História se ocupava em

reforçar o caráter moral e cívico dos conteúdos escolares.

Durante o regime militar com a pretensão de ampliar o controle sobre o espaço e

a sociedade, o Estado efetuou um amplo programa de reorganização educacional, o que

conferiu à Historia um caráter estritamente político pautado no estudo de fontes oficiais e

narrado apenas do ponto de vista factual.

Por força da Lei 5692/71, após a implantação do Regime Militar (1964) o ensino

de história manteve seu caráter estritamente político, narrado apenas sob o ponto de vista

factual. Mantiveram-se os grandes heróis como sujeitos da História narrada, exemplos a

serem seguidos sem serem questionados pelas novas gerações.

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260

Dessa forma, a partir da Lei no5692/71, o ensino centrou-se numa formação

tecnicista, visando preparar mão-de-obra para o mercado de trabalho. Nesse contexto a

Historia, juntamente com a Geografia, passa a compor a disciplina de Estudos Sociais. O

Estado objetivava, assim, exercer um maior controle ideológico, levando o aluno a cumprir

seus deveres patrióticos, privilegiando noções e conceitos básicos para a adaptação à

realidade.

A partir da década de 1980, paralelamente ao processo de redemocratização do

país afloram as criticas sobre os Estudos Sociais e se propõe o retorno da disciplina de

Historia, que se concretiza na década seguinte, fundamentada na pedagogia historico-

critica, que propunha uma renovação do ensino de historia voltada para a historiografia

social. Assim, na década de 1980, com o fim da Ditadura Militar, o ensino de História

adquire um novo conceito, mais ligado à historiografia.

Na segunda metade da década de 1980 e no início dos os 1990, como resultado

da restauração das liberdades individuais e coletivas no país, ampliou-se os debates

acerca do ensino da disciplina, o que acabou por dar origem a novas propostas para o

ensino de História. Isso resultou tanto numa produção diferenciada de materiais didáticos

e paradidáticos, que buscaram incorporar novas historiografias, quanto na elaboração de

novas propostas curriculares, em vários Estados.

Nesse contexto, o estado do Paraná, numa tentativa de aproximar a produção

acadêmica de História ao ensino da disciplina no Primeiro Grau, criou-se o Currículo

Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná (1990), que tinha como pressuposto a

historiografia social, pautada no materialismo histórico dialético, e indicava alguns

elementos da Nova História. Uma opção teórica que valorizava as ações dos sujeitos, em

relação às estruturas em mudança, que demarcam o processo histórico das sociedades.

O referido documento também fundamentado na pedagogia histórico-crítica dos

conteúdos, apresentava uma proposta curricular de História que apontava a organização

dos conteúdos, a partir do estudo da formação do capitalismo no mundo ocidental e a

inserção do Brasil nesse quadro pela retomada da historiografia social ligada ao

materialismo histórico dialético.

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261

Apesar do avanço das propostas naquele contexto histórico, os documentos

apresentaram limitações, principalmente devido à definição de uma listagem de

conteúdos que se contrapunha, em vários aspectos, à proposta apresentada nos

pressupostos teóricos e metodológicos.

A ausência de oferta de formação continuada dificultou a implementação dessas

propostas para o ensino de História, pois, desde os anos de 1970, os professores

ministravam aulas de Estudos Sociais, Organização Social e Política do Brasil, Educação

Moral e Cívica. Devido a isso, estavam afastados da especificidade do conhecimento

histórico.

A orientação para que essas propostas fossem adotadas simultaneamente em

todas as séries desconsiderou a necessidade de discussões teórico-metodológicas, o que

limitou sua compreensão.

Durante as reformas educacionais da década de 1990, o Ministério da Educação

divulgou, entre os anos de 1997 e 1999, os PCN para o Ensino Fundamental e Médio.

Destaca-se que, devido a pouca apropriação do Currículo Básico no ensino da

disciplina, o professor se viu na iminência de submeter-se aos Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCN) e à orientação dos livros didáticos. Assim, o Estado do Paraná

incorporou, no final da década de 1990, os Parâmetros Curriculares Nacionais como

referência para a organização curricular da Rede Pública Estadual. Tal implementação se

deu de modo autoritário, apesar de ser garantida na LDB/96 a autonomia das escolas

para elaborar suas propostas curriculares.

Os PCN foram referências para os programas educacionais, os procedimentos

de avaliação institucionais destinados ao Ensino Fundamental (Sistema Nacional de

Avaliação da Educação Básica – SAEB) e ao Ensino Médio (Exame Nacional do Ensino

Médio – ENEM), bem como para a definição de critérios para a seleção do livro didático

(Programa Nacional do Livro Didático – PNLD).

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262

Nos PCN, a disciplina de História foi apresentada de forma pragmática, com a

função de resolver problemas imediatos e próximos ao aluno. Ressaltou-se a relação que

o conhecimento deve ter com a vivência do educando, sobretudo no contexto do trabalho

e do exercício da cidadania.

Essa perspectiva abriu espaço para uma visão presentista da História, porque não

se ocupava em contextualizar os períodos históricos estudados. Além disso, muitos

conceitos referenciais da disciplina foram preteridos em nome da aquisição de

competências.

Apesar dos PCN proporem uma valorização do ensino humanístico, a

preocupação maior era de preparar o indivíduo para o mercado de trabalho, cada vez

mais competitivo e tecnológico, principalmente no Ensino Médio.

A complexidade da proposta dificultou uma apropriação mais efetiva pelos

professores. Esse conjunto de fatores marcou o currículo de História na rede pública

Estadual até o ano de 2002.

A partir do ano de 2003 a Secretaria de Estado da Educação do Paraná, organiza

um novo projeto de Educação, e surge as Diretrizes Curriculares como documento

orientador de um ensino que atenda às demandas dos movimentos sociais organizados.

A Lei 9394/96 sofre alterações pela Lei 10.639/03, e o Ensino de História passa

também a contemplar obrigatoriamente a temática História Afro e Cultura Afro-Brasileira e

Africana nos currículos escolares.

Mais recentemente, corrigindo a omissão em relação aos indígenas, veio a Lei

11.645/2008. Ambas restabelecem o diálogo e rompem com a linha de ensino

fundamentada em apenas uma civilização em um país formado por expressiva pluralidade

étnica. Essa legislação veio alterar a Lei 9.394/96 que estabelece que o conteúdo

programático deve incluir aspectos da história e da cultura que formaram a população

brasileira, levando em consideração os Índios e Africanos.

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263

Sob uma perspectiva de inclusão social, estas Diretrizes consideram a

diversidade sob uma perspectiva de inclusão social de modo que buscam contemplar

demandas em que também se situam os movimentos sociais organizados e destacam os

seguintes aspectos.

O cumprimento da lei no 13.381/01, que torna obrigatória no Ensino Fundamental

e Médio da Rede Publica Estadual os conteúdos de historia do Paraná.

O cumprimento da Lei no 10.639/03, que inclui no currículo oficial da Rede de

Ensino a obrigatoriedade da temática Historia e Cultura Afro-Brasileira, seguida das

diretrizes curriculares nacionais para a Educação das relações etnico-raciais e para o

ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira, Africana e indígena.

A analise histórica da disciplina e as novas demandas sociais para o ensino de

Historia se apresentam como indicativos para as atuais diretrizes curriculares por que

possibilitam reflexões a respeito dos contextos históricos em que os saberes foram

produzidos e repercutiram na organização do currículo da disciplina.

Neste documento, a organização do currículo para o ensino de Historia tem como

referencia os conteúdos estruturantes, entendidos como saberes que aproximam e

organizam os campos da historia e seus objetos.

Os conteúdos estruturantes são identificados no processo histórico da

constituição da disciplina e no referencial teórico que sustenta a investigação da historia

política, sócio econômico e cultural, à luz da nova Esquerda Inglesa e da Nova Historia

Cultural, que inserem conceitos relativos à consciência histórica.

Nessa perspectiva os objetos de estudo da Historia são os processos históricos

pertinentes a interpelações humanas praticadas no tempo, onde gerações buscam um ou

outro elemento para compor suas novas criações. A Historia e a maior depositaria de

exemplos que marcaram a evolução humana através dos tempos, pois um povo sem

Historia e sem o historiador é um povo sem memória. O Ensino de história é assim,

concebido, como a compreensão da trajetória, humana ao longo do tempo.

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A História, pois, enquanto ciência social busca localizar no contexto da sociedade,

a matéria prima para compor o seu trabalho com o objetivo de levar os alunos ao

conhecimento de que os homens estão inseridos em um espaço e tempo no qual se

reproduzem as relações sociais.

Assim, pensado, a presente proposta do ensino de História foi concebida para

proporcionar reflexões e debates sobre a importância do conhecimento histórico na

formação dos estudantes.

Conhecer a História, facilita a compreensão dos fatos e auxilia a intervenção do

homem na realidade para se produzir as transformações sociais, políticas e econômicas

que o momento exige.

Compreender como a sociedade se organiza e tece suas engrenagens, o

significado de direitos e deveres, a relação econômica, os fatos que determinam a vida

dos povos e das nações é de fundamental importância para o educando.

Cabe ao ensino de Historia levar o aluno a ampliar o conceito de cidadania, sua

diversidade e amplitude por meio do estudo das formas com que se organizaram e se

organizam as classes sociais, os grupos populares, grupos de minorias, os direitos à

cidadania e a igualdade social, para possibilitar a compreensão de sua origem e de suas

transformações temporais e conjunturais.

Sendo assim compreende-se que a História é construída no espaço e no tempo,

que se modificam a partir do trabalho do homem, e a interferência do seu trabalho no

meio onde nem sempre esta voltada para o interesse da coletividade.

Por meio do conhecimento histórico o aluno poderá assumir a sua condição de

sujeito histórico e participar das transformações da realidade atual fugindo de todas as

abstrações vazias e buscando o concreto, pois só se pode saber o que é história fazendo

história.

Para analisar o mundo em sua temporalidade o ensino de Historia será

organizado de forma que o aluno possa adquirir a capacidade de transcender os

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referencias presentes na historiografia tradicional que considera prioritariamente a divisão

do tempo histórico com base nos marcos do poder e da dominação havendo a

preocupação em trabalhar com a idéia da simultaneidade histórica para mostrar a

existência de vários povos vivendo em lugares diferentes de modo de vida diferentes,

num mesmo tempo histórico.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

Espera-se que, por meio da disciplina de História se instrumentalize o aluno para

compreender sua realidade, posicionar-se, fazer escolhas e agir criteriosamente.

Nesse sentido, os alunos deverão ser capazes de:

- Estimular a formação da visão critica, levando o educando a interpretar a

realidade em que vive, percebendo que a mesma não e eterna e tampouco imutável, mas

conseqüência das ações de pessoas como ele, que viveram em tempos e espaços

diferentes.

- Desenvolver a consciência histórica e o espírito participativo, levando-o a

perceber que a participação coletiva constrói e caracteriza a vida em sociedade.

- Propiciar Construir seus próprios conceitos históricos ao longo de seu processo

de ensino e aprendizagem.

- Compreender não só a compreensão da própria realidade e a formação da

identidade, mas também a concepção e compreensão da diferença da alteridade, tanto

por se inteirar na sociedade multicultural atual quanto para julgar o próprio sistema político

e social em que vive.

- Reconhecer relações sociais, econômicas, políticas e culturais que a sua

coletividade estabelece ou estabeleceu com outras localidades, no presente e no

passado;

- Identificar o próprio grupo de convívio, as ascendências e descendências das

pessoas que pertencem à sua localidade, quanto à nacionalidade, etnia, língua, religião e

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costumes, contextualizando seus deslocamentos e confrontos culturais e étnicos, em

diversos momentos históricos nacionais;

- Perceber as relações de poder estabelecidas entre a sua localidade e os demais

centros políticos, econômicos e culturais, em diferentes tempos;

- Viabilizar ações coletivas que repercutem na melhoria das condições de vida

das pessoas e das localidades.

- Organizar repertórios histórico-culturais que lhes permita localizar

acontecimentos numa multiplicidade de tempo, de modo a formular explicações para

algumas questões do presente e do passado;

- Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos sociais, em diversos

tempos e espaços, em suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais,

reconhecendo semelhanças e diferenças, mudanças e permanência nas vivências

humanas, presentes na sua realidade e em outras comunidades, próximas ou distantes

no tempo e no espaço.

- Questionar sua realidade, identificando alguns de seus problemas e refletindo

sobre algumas de suas possíveis soluções, reconhecendo formas de atuação política

institucionais e organizações coletivas da sociedade civil;

- Utilizar métodos de pesquisa e de produção de textos de conteúdo histórico,

aprendendo a ler diferentes registros escritos, iconográficos, sonoros;

- Valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a diversidade, reconhecendo-a

como um direito dos povos e indivíduos e como um elemento de fortalecimento da

democracia.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude

que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,

considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino.

Como construções atreladas a uma concepção crítica de educação, os Conteúdos

Estruturantes da História constituem-se como a própria materialidade do pensamento

histórico. Deles derivam os conteúdos básicos (temas históricos), conhecimentos

fundamentais a serem trabalhados em cada ano/série da Educação Básica.

Os conteúdos básicos devem ser tomados como ponto de partida para a

organização da proposta pedagógica curricular devem articular-se com os conteúdos

estruturantes da disciplina. No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão

abordagens diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo

estruturante. Quando necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre

considerando-se o aprofundamento a ser observado para a série e nível de ensino.

Seguindo o postulado pelas diretrizes, nesta proposta consideram-se Conteúdos

Estruturantes da disciplina de História no ensino Fundamental e Médio, as Relações de

trabalho, Relações de poder e Relações culturais.

ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE - Os Diferentes Sujeitos Suas Culturas,

Suas Histórias

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSRELAÇOES DE TRABALHO

RELAÇÕES DE PODER

RELAÇÕES CULTURAIS

A experiência humana no tempo.Os sujeitos e suas Relações com o outro no tempo.As culturas locais e a cultura comum.

ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSRELAÇOES DE TRABALHO

RELAÇÕES DE PODER

RELAÇÕES CULTURAIS

As relações de propriedade.A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.A relações entre o campo e a cidade.

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Conflitos e resistências e produção cultural campo/ cidade.

ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSRELAÇOES DE TRABALHO

RELAÇÕES DE PODER

RELAÇÕES CULTURAIS

História das relações da humanidade com o trabalho.O trabalho e a vida em sociedade.O trabalho e as Contradições da modernidade.O trabalhadores e as conquistas de direito.

ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSRELAÇOES DE TRABALHO

RELAÇÕES DE PODER

RELAÇÕES CULTURAIS

A constituição das instituições sociais.A formação do Estado.Sujeitos, Guerras e revoluções.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSRELAÇOES DE TRABALHO

RELAÇÕES DE PODER

RELAÇÕES CULTURAIS

Tema 1Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.

Tema 2Urbanização e industrialização

Tema 3O Estado e as relações de poder

Tema 4Os sujeitos, as revoltas e as guerras

Tema 5Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções

Tema 6Cultura e religiosidade

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METODOLOGIA

Na disciplina de História propõe-se uma metodologia que contribua para que os

alunos possam se apropriar dos fundamentos teóricos necessários para pensar

historicamente. Para que o pensamento histórico seja investigado nas aulas de História.

O método aplicado em sala de aula também deve considerar que as idéias

históricas dos alunos são marcadas pelas suas experiências de vida e pelos meios de

comunicação. Estas idéias dos alunos costumam ter um caráter de pertencimento, porque

é por meio delas que os sujeitos estabelecem comunicação com o grupo ao qual

pertence. Nas narrativas históricas produzidas pelos alunos estão necessariamente

presentes as concepções históricas da comunidade em que eles pertencem, seja na

forma de adesão a essas idéias, seja na sua crítica. As idéias históricas são

conhecimentos que estão em processo de constante transformação. O professor, ao

considerar estas idéias, pode definir os conteúdos específicos e temas a serem

trabalhados em sala de aula, bem como problematiza-los. Ao lançar a problematização,

aliada a historiografia e ao trabalho com documentos, permite-se ao aluno a compreensão

da construção do conhecimento histórico.

O professor deve estar esclarecido de que a produção do conhecimento histórico

e sua apropriação, pelos alunos, é processual, e, deste modo, é necessário que a

construção do conhecimento histórico em questão seja constantemente retomado.

As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,

gravuras, museus, filmes, músicas são documentos que podem ser transformados em

materiais didáticos de grande valia na constituição do conhecimento histórico podem ser

aproveitados de diferentes maneiras em aula.

A proposta da seleção de temas é também pautada em relações interdisciplinares

considerando que é na disciplina de História que ocorre a articulação dos conceitos e

metodologias entre as diversas áreas do conhecimento.

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Assim, narrativas, imagens, sons de outras disciplinas devem ser tratados como

documentos a ser abordados historiograficamente.

A metodologia aplicada na disciplina de História é objeto de estudo acrescido de

temáticas contemporâneas. Ela é destacada por um conjunto de princípios que precisam

ser observados pelo professor no tratamento desses conteúdos.

É necessário enfatizar e selecionar alguns temas gerais:

Discussão da historicidade dos conteúdos, do contexto de sua criação, fontes e

métodos utilizados;

Relatividade cultural e respeito a ela, o que se diferencia do relativismo para o

qual não existe consenso possível sobre o conhecimento e a ética;

Postura investigativa do professor e do aluno, preferindo a busca de informações,

discussão e síntese à simples exposição dos conteúdos;

Explicação simples dos conceitos fundamentais; eles devem explicar o objeto sem

pretensão de esgotar toda a discussão teórica sobre o conceito de modo que estes

possam ser contemplados nas séries e estudos subsequentes;

Explicação do passado em função dos problemas postos pelo presente;

Partindo dessas premissas a organização dos conteúdos está disposta por série,

seguidos de tema geral, comentários e conceitos.

Para o desenvolvimento do trabalho o professor deverá se valer de exposição

dos temas, debates, pesquisas bibliográficas, relatórios, análises de textos, jornais, filmes,

histórias em quadrinhos, músicas, paródias, charges, acrósticos, maquetes.

AVALIAÇÃO

A avaliação do ensino de História nas Diretrizes Curriculares considera três

aspectos importantes: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos

conteúdos estruturantes e dos conteúdos específicos. Esses três aspectos são

entendidos como complementares e indissociáveis. Para tanto, o professor deve utilizar

diferentes atividades como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos,

mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas

bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre

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outras. Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram tratados

em sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica.

Para realizar uma avaliação que tenha coerência com as concepções ora

vigentes, precisa-se ter claro que ela é um processo, ou seja, tem caráter de

continuidade, vai acontecendo gradativamente. Para bem avaliar, é necessário ter noções

de como se dá o processo de desenvolvimento e aprendizagem do aluno, quais as

estratégias mais adequadas para tratar os diferentes conteúdos, quais as variáveis que

podem interferir na avaliação.

Assim considerada, a avaliação é realizada continuamente por meio de

instrumentos variados, inclusive da observação de situações de ensino-aprendizagem.

Destacamos que a avaliação formativa está no centro do processo de ensino e

aprendizagem, tendo função informativa e corretiva, deve ser um processo que aponte

caminhos, valorizando o conhecimento do aluno.

A avaliação só tem sentido se puder contribuir para o desenvolvimento cognitivo

dos alunos, convertendo-os em uma ferramenta pedagógica, elemento que tem influência

na aprendizagem do aluno e na qualidade de ensino.

Toda avaliação deve fazer parte do processo do profissional da educação sendo

respaldado pela Deliberação nº 007/99 que garante a avaliação como aspecto legal,

sendo entendida e interpretada, diagnosticando resultados e atribuindo-lhes valores

qualitativo. e quantitativo, dando condição para o professor tomar decisão quanto ao

aperfeiçoamento e situações de aprendizagem.

A avaliação, assim entendida deve ser realizada com sensibilidade, não se

perdendo de vista seu caráter processual, reflexiva, formativa e cumulativa, acontecendo

de forma contínua, interativa, participativa e diagnóstica permitindo a construção da

aprendizagem, sendo considerado o histórico de cada aluno e sua relação com as

atividades desenvolvidas na escola.

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REFERÊNCIAS

BITTENCOURT, Maria Circe. Ensino de história: fundamentos e métodos. São Paulo:

Cortez, 2004.

Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar

Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.

História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-

raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).

PARANÁ. DCE – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de História. Secretaria e

Estado da Educação. Curitiba: SEED, 2008.

SCHMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São Paulo: Scipione,

2004. (Pensamento e ação no magistério).

SCHMIDT, Maria Auxiliadora Moreira dos Santos; GARCIA, Tânia Maria F. Braga. A

formação da consciência histórica de alunos e professores e o cotidiano em aulas de

história. Caderno Cedes, Campinas, v. 25, n. 67, p. 297-308, set./dez., 2005.

RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência histórica.

Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.

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11.11 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

No Brasil, o ensino de línguas estrangeiras está ligado à organização social e

histórica do país. No início da colonização, os jesuítas ensinavam latim às comunidades

indígenas com o propósito de dominação e expansão do catolicismo.

Com a chegada da família real ao Brasil e abertura dos portos ao comércio o

ensino de línguas modernas ganhou reconhecimento. Os currículos passaram a oferecer

o Inglês e Francês visando o intercâmbio comercial. Em 1837, foi fundado o Colégio

Pedro II que se tornou modelo por quase um século, as línguas ensinadas ali eram o

francês, o inglês e o alemão. De 1929 a 1931, a língua italiana também foi ofertada neste

colégio.

A abordagem tradicional, que tinha como método ensinar através da escrita e da

gramática, durou desde a educação jesuítica até o advento da Reforma Francisco

Campos, a qual instituiu o Método Direto. Neste, a língua materna perdia a função de

mediadora no processo de aprendizagem, o professor se comunicava exclusivamente em

língua estrangeira durante as aulas.

No governo Vargas (1937), o francês apresentava pouca vantagem em relação ao

inglês. O espanhol começou a ser ensinado em detrimento ao alemão, o italiano e o

japonês por motivo da 2ª Guerra Mundial, e o latim permaneceu como língua clássica. A

língua espanhola foi valorizada como língua estrangeira porque representava um modelo

de patriotismo a ser seguido pelos estudantes e o respeito do povo espanhol às suas

tradições.

Com o tempo, o ensino de língua inglesa foi fortalecido e se deu pela

dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos. O inglês teve

garantia curricular por ser o idioma mais utilizado no comércio internacional.

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Após a Segunda Guerra, a partir de 1950, a educação no Brasil passou a

direcionar o foco para a profissionalização do estudante, visando, sobretudo, o

desenvolvimento econômico do país. Com a promulgação da LDB nº 4024, em 1961, os

estados ficaram desobrigados a manter nos currículos o ensino de LE. Este, por sua vez,

ficou ainda mais desprestigiado com a ascensão dos militares ao comando do Brasil. Os

militares alegavam que as línguas estrangeiras eram prejudiciais à cultura brasileira e

ainda, que a escola não deveria ser porta de entrada de meios anticulturais. Em 1976, o

ensino de LE voltou a ser prestigiado e obrigatório no 2° grau e recomendado no 1º grau.

No Paraná houve movimentos de professores insatisfeitos com o modelo de

currículo para LE e dessa insatisfação surgiu o Centro de Línguas Estrangeiras no

Colégio Estadual do Paraná. Com a mobilização de professores organizados em

associações, a Secretaria de Estado da Educação oficializou a criação dos Centros de

Línguas Estrangeiras Modernas (CELEMs) em 1986.

Baseada em dar suporte aos educandos sobre a cultura de outros povos e

conseqüentemente sua língua, a Língua Estrangeira Moderna estrutura-se no princípio de

que o desenvolvimento do educando deve incorrer as três práticas essenciais ao

processo de ensino-aprendizagem de uma língua: leitura, escrita e oralidade. No entanto,

é preciso que esse processo supere, segundo as Diretrizes, “a visão de ensino apenas

como meio para atingir fins comunicativos que restringem sua aprendizagem como

experiência de identificação social e cultural” (DCE, 2009, p. 53) e sim ofereça

possibilidades para que o aluno perceba e compreenda a diversidade cultural e lingüística

presente na aprendizagem da língua e, conseqüentemente construa significados em

relação ao mundo em que vive.

Sabendo-se assim, que a língua é construída histórica e culturalmente e está em

constante transformação, tem-se a clareza que é pelo discurso que os educandos

percebem as diferentes ideologias e as condições sociais e culturais, possibilitando o

desenvolvimento de seu pensamento crítico, assim, percebemos a importância das aulas

de Língua Estrangeira como um espaço de construção de identidades dos alunos como

cidadãos, oportunizando o desenvolvimento de sua consciência, através de sua interação

com os outros indivíduos e com os textos trabalhados, contribuindo assim para formar

alunos críticos e transformadores, através de discussões realizadas, práticas de leitura,

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escrita e oralidade, levando-os a compreenderem o papel exercido por essa língua na

comunidade local e planetária, além de incentivá-los à pesquisa e reflexão.

Ainda, possibilita a construção de significados que vão além da mera

aprendizagem da língua, uma vez que ao aprender outra língua, o aluno adquire as

percepções de mundo, pois está inserido num mundo globalizado e encontra-se exposto

às diversas manifestações de uma Língua Estrangeira, assim ao estudar essa Língua

espera-se que o aluno a use em situações de comunicação oral e escrita; vivencie, na

aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer

relações entre ações individuais e coletivas; compreenda que os significados são sociais

e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;

tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; reconheça e

compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o

desenvolvimento cultural do país; além de aprender a atribuir significados e estabelecer

entendimentos possíveis, contemplando as relações com a cultura, a ideologia, o sujeito,

desenvolvendo, desta forma, uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na

sociedade.

Dessa maneira, os educandos do Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite

poderão integrar-se ao mundo em evolução, compreendendo que a construção de

sentidos se faz coletivamente e, uma vez que os significados são sociais e historicamente

construídos são, portanto, passíveis de transformação na prática social.

Assim, a pedagogia crítica deve ser o referencial teórico que alicerça o trabalho

pedagógico com a Língua Inglesa, com o objetivo de levar o educando à “apropriação

crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações

sociais e para transformação da realidade.” (DCE, 2009, p. 52).

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico-social. Ao

tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se

um conteúdo que atendesse a essa perspectiva. Sendo assim, define-se como Conteúdo

Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o Discurso como prática social. A língua será

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tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as

práticas que efetivam o discurso.

Sendo assim, a Língua Estrangeira propõe ensinar não apenas a língua em si,

mas a prática discursiva que a compõe na sociedade, por isso o conteúdo estruturante

Discurso como prática social, envolverá também as práticas da oralidade, leitura e escrita,

bem como a diversidade de gêneros textuais, os quais sejam condizentes com a realidade

e perfil dos educandos para que se tornem significativos, permitindo o desenvolvimento

crítico e facilitando o trabalho das estruturas linguístico-discursivas de modo

contextualizado, usando-se para isto, textos orais, escritos e visuais.

No decorrer das práticas discursivas, observar-se-á o princípio da continuidade,

mantendo-se assim, uma progressão entre as séries, de modo que o educando

desenvolva-se gradativamente durante o curso, adquirindo conhecimentos significativos e

interagindo discursivamente durante as aulas.

Por sua vez, a ênfase no trabalho pedagógico está voltada para a interação dos

alunos com o discurso, levando-se em conta a abordagem crítica de leitura, materializada

nos variados gêneros textuais, os quais abordarão diferentes gêneros discursivos e

temáticos, adequados à sua faixa etária, e que se referem ao objeto ou finalidade

discursiva, abordando temas polêmicos, culturais, sociais, étnico-raciais, econômicos,

esportivos, científicos, etc. incluindo os que se referem à diversidade étnico-racial africana

e indígena e sua contribuição histórica e cultural, contemplando os interesses dos alunos,

porém visando fins educativos. É por meio dos textos que os conteúdos serão

trabalhados, apresentando os diferentes graus de complexidade da estrutura linguística

presentes em cada texto estudado, bem como observando a sua progressão através das

séries.

Nesta perspectiva, o estudo de Língua Estrangeira realizar-se-á levando em conta

os elementos integradores-conhecimentos discursivos, sócio-pragmáticos, culturais e

linguísticos, os quais estarão presentes em toda a situação de interação do aluno com a

Língua Estrangeira, sendo através da escrita, leitura e oralidade, realizando a abordagem

do discurso em sua totalidade enquanto interagem entre si e constituem uma prática

sócio-cultural.

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CONTEÚDOS BÁSICOS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA

A respeito dos conteúdos básicos, é importante ressaltar que, como o foco está

na abordagem crítica de leitura, a ênfase do trabalho pedagógico é a interação ativa dos

sujeitos com o discurso, o que dá ao aluno condições de construir sentidos para os textos.

Assim, para o desenvolvimento da leitura trabalhar -se -á com a identificação do tema

abordado, a intertextualidade e intencionalidade dos textos, vozes sociais presentes nos

textos, o léxico, coesão e coerência, as funções das classes gramaticais nos textos, os

elementos semânticos, discurso direto e indireto, emprego de sentido denotativo e

conotativo nos textos, recursos estilísticos, marcas e variedades linguísticas, acentuação

e ortografia.

Por sua vez o trabalho com a escrita estará voltado para o tema do texto, o

interlocutor, a finalidade, intencionalidade e intertextualidade do texto, condições de

produção, informatividade, vozes sociais presentes nos textos, discurso direto e indireto,

emprego de sentido denotativo e conotativo no texto, léxico, coesão e coerência, função

das classes gramaticais no texto, elementos semânticos, recursos estilísticos, marcas e

variedades linguísticas, ortografia e acentuação.

Quanto à oralidade desenvolver-se-á os elementos extralinguísticos como

entonação, pausas, gestos, etc. turnos da fala, vozes sociais presentes nos textos,

adequação do discurso ao gênero, variações e marcas linguísticas, diferenças e

semelhanças entre o discurso oral e o escrito, adequação da fala ao contexto, bem como

a pronúncia.

Considerando as disposições das Leis Nº 10639/03 e Nº 11645/08, os conteúdos

a que estas se referem serão inclusos por meio de textos, considerando a abordagem

crítica prevista para a disciplina. Serão abordados ainda, nos diversos conteúdos

pertinentes as temáticas relativas aos Desafios Educacionais Contemporâneos como:

Enfrentamento à violência, Sexualidade e outros.

METODOLOGIA

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A aula de Língua Estrangeira Moderna deve ser um espaço em que se

desenvolvam atividades significativas, as quais explorem diferentes recursos e fontes, a

fim de que o aluno vincule o que é estudado com o que o cerca. As atividades serão

abordadas a partir de textos e envolverão, simultaneamente, práticas e conhecimentos

mencionados, de modo a proporcionar ao aluno condições para assumir uma atitude

crítica e transformadora com relação aos discursos apresentados.

O encaminhamento metodológico a ser usado, no decorrer das atividades, leva

em conta o desenvolvimento da criticidade do educando, através do contato com variados

gêneros textuais e as problematizações levantadas por meio deles.

De acordo com a DCE( p. 67, 2008), para cada texto escolhido verbal e/ou não-

verbal, o professor poderá trabalhar levando em conta os itens abaixo sugeridos:

a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada

atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero;

b) Aspecto Cultural/Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no tex-

to, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras pode-

rão ser feitas a partir do texto apresentado;

c) Variedade Linguística: formal ou informal;

d) Análise Linguística: será realizada de acordo com a série. Vale ressaltar a

diferença entre o ensino de gramática e a prática da análise lingüística;

e) Atividades:

• Pesquisa: será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado.

Lembrando, aqui, que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o

assunto, isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou na internet. Uma

conversa com pessoas mais experientes, uma entrevista, e assim por diante, também

serão consideradas pesquisas.

• Discussão: conversar na sala de aula a respeito do assunto, valorizando as

pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar informações. Essa atividade

poderá ser feita em Língua Materna.

• Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a

ajuda dos recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor.

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A partir desta proposta metodológica, verifica-se que as aulas de Língua

Estrangeira propiciam um espaço para que o aluno construa significados, crie identidades,

emita opiniões e entenda o mundo ao qual está inserido. Para intensificar isso, cabe ao

professor propor debates e discussões acerca dos temas abordados nos textos e levá-los

a interagir com os mesmos através da leitura, analisando a função do gênero estudado,

sua composição, distribuição de informações, o grau de informações presentes ali, a

intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência, observando a linguagem escrita e

visual, utilizando materiais diversos como gráficos, fotos, figuras, quadrinhos, etc. E, ainda

localizando informações explícitas e implícitas nos textos, ampliando o vocabulário,

considerando assim, os usos heterogêneos da língua como prática sócio-cultural,

respeitando as diferenças entre culturas, crenças e valores.

Já no trabalho com textos literários, serão propostas atividades que colaborem

para que os alunos analisem os textos e os percebam como prática social de uma

sociedade num determinado contexto sociocultural, proporcionando ao aluno condições

para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos

apresentados relacionando os vários conhecimentos interdisciplinares.

Para auxiliar os alunos durante a prática pedagógica é essencial o uso de

recursos pedagógicos como livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, TV

multimídia, internet, cartazes, figuras, jogos gêneros textuais variados, etc., oferecendo

aos alunos elementos discursivos, linguísticos, sócio-pragmáticos e culturais para que

melhorem a compreensão do assunto abordado durante as aulas.

A metodologia acima explicitada será adaptada aos alunos com necessidades

educacionais especiais respeitando assim a inclusão e a diversidade, buscando superar

as diferenças sociais existentes na escola pública.

AVALIAÇÃO

A avaliação objetiva-se favorecer o processo de ensino e de aprendizagem, ou

seja, nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma

dimensão do ponto em que se encontra no percurso pedagógico.

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A avaliação deve ser contínua, diagnóstica, formativa, reflexiva e somatória

oferecendo uma interpretação qualitativa do conhecimento construído. Nesse sentido,

constitui-se como um instrumento facilitador na busca de orientações e intervenções

pedagógicas, não se prendendo apenas ao conteúdo desenvolvido, mas às vivências

praticadas ao longo do processo, de modo que os objetivos apresentados sejam

alcançados.

Reconhecendo a avaliação como parte integrante do processo educacional, é

fundamental, que o aluno esteja envolvido neste processo, uma vez que é construtor do

conhecimento, pois seu envolvimento na construção do significado nas práticas

discursivas propiciará a base para o método avaliativo.

Espera-se ainda, que a avaliação deixe de ser apenas um mero instrumento de medição

de apreensão de conteúdos e que subsidie discussões acerca das dificuldades e avanços

dos alunos a partir de suas produções. A respeito disto Luckesi afirma que:

“a avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento( DCE, p. 69, 2008).

Sendo assim, a avaliação deve assumir o papel de auxiliar o crescimento do

aluno e não se limita apenas à sala de aula. Não se trata, portanto de observar apenas

conhecimentos linguístico-discursivos (de ordem gramatical dos gêneros textuais, etc.),

mas sim verificar se há construção dos significados na interação com textos e nas

produções textuais dos alunos.

É preciso construir uma avaliação com critérios de entendimento reflexivo,

conectado, compartilhado e autonimizado no processo ensino/aprendizagem, que nos

permita formar cidadãos conscientes, críticos, criativos, solidários e autônomos. Abaixo

alguns critérios que devem ser considerados no processo de verificação da

aprendizagem:

1 diálogos, discussões e debates;

2 elaboração de pequenos textos;

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3 pesquisas individuais e coletivas;

4 entrevistas;

5 confecção de cartazes e murais;

6 participação em jogos;

7 apresentações, encenações e dramatizações;

8 testes escritos objetivos.

A partir dos itens acima mencionados, os alunos serão avaliados através de sua

participação em diálogos, discussões e debates acerca dos temas abordados,

considerando critérios como engajamento discursivo, apresentação das ideias com

clareza e coerência, mesmo na língua materna, leitura compreensiva de variados gêneros

textuais, inferindo, servindo-se de conhecimentos prévios, identificando a idéia principal e

o tema do texto, percebendo a intencionalidade, localizando informações explícitas e

implícitas nos textos, ampliando assim o seu léxico.

Serão avaliados também considerando-se a elaboração de pequenos textos

atendendo às circunstâncias de produção, expressando suas ideias com clareza e

coerência, utilizando adequadamente os recursos textuais e linguísticos. Nas pesquisas,

levar-se-á em consideração empenho, compreensão do tema pesquisado, organização e

elaboração coerente do texto, nas entrevistas a coerência, a coesão e a clareza de

idéias; a confecção de cartazes e murais, deverá expressar clareza e objetividade em

relação ao tema proposto, utilizando adequadamente os recursos gráficos, textuais e

linguísticos. Na participação em jogos, considerar-se-á a promoção da sociabilização e

engajamento do grupo, o respeito às regras, bem como o desenvolvimento habilidades

cognitivas.

Quando de apresentações, encenações e dramatizações, será considerado a

participação ativa, utilização consciente de expressões faciais, corporais e gestuais,

pausas e entonações entre outros elementos extralinguísticos, respeitando os turnos da

fala, assim como valorizando as apresentações dos demais grupos, uso de instrumentos

como testes e avaliações escritas, utilizando a língua materna e a Língua Estrangeira

estudada a partir de textos, promovendo assim, o desenvolvimento dos pensamentos e

idéias.

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REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Educação do Estado do. Cadernos Temáticos. Curitiba: SEED.

______________ . Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Estrangeira

Moderna. Curitiba, 2008.

______________. Educando para as Relações Étnico-Raciais II Superintendência da

Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios

Educacionais Contemporâneos. – Curitiba, 2008.

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11.12 PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A História da Matemática dá-nos a oportunidade de compreender a Ciência

Matemática como disciplina matemática. Ela nos revela como as antigas civilizações

conseguiram desenvolver os conhecimentos matemáticos que compõem a matemática de

hoje.

O nascimento da matemática deu-se por volta de 2000 a.C. de onde apareceram

os primeiros registros que podem ser classificados álgebra elementar.

Como ciência, a matemática, emergiu mais tarde em solo grego e vem se

desenvolvendo ao longo dos séculos, caracterizando-se de acordo com as necessidades

da época: formação das pessoas, caráter religioso, avanço das navegações, atividades

comerciais e industriais, surgimento das escolas, etc.

No Brasil os jesuítas instalaram os colégios católicos, mas a matemática não

alcançou destaque nas práticas pedagógicas. Mais tarde passou-se a ministrar

matemática para preparar estudantes de academia militar.

O início da modernização do ensino da matemática no Brasil aconteceu após a I

Guerra Mundial, e vem sendo repensado e reorganizado até hoje.

Embora o objeto do estudo da matemática, ainda se encontre em processo de

construção, pode-se dizer que ele está centrado na prática pedagógica da matemática, de

forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento

matemático. Portanto, a finalidade da Educação Matemática é fazer com que o estudante

compreenda e se aproprie dos conceitos matemáticos concebidos como um conjunto de

resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, etc., e construa, por intermédio do

conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação

integral do ser humano e principalmente do cidadão, isto é, do homem reflexivo, crítico,

conhecedor de seus direitos e cumpridor de seus deveres.

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Assim, como as demais áreas do conhecimento, colaboram para a formação

integral do indivíduo o conhecimento matemático, desenvolve o pensamento, o raciocínio,

estimativas, o exercício de levantamento de hipóteses, (aspectos necessários para

resolução de problemas). Desenvolvendo essas habilidades o indivíduo as incorporará na

sua prática do dia a dia, deixando de ser passivo e aceitar as coisas como são postas

pela classe dominante, pois, quanto mais conhecimento científico o indivíduo tem, mais

liberdade de ação e condições de agir, criticar questões sociais, políticas, econômicas,

históricas e intervir nelas, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade ele terá.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

• Proporcionar ao aluno uma visão geral do conhecimento matemático necessário

à formação do cidadão.

• Criar no aluno o hábito do estudo, fornecendo-lhe uma base sólida e abrangente

de conhecimentos básicos de matemática, que, aliados ao raciocínio lógico, irão facilitar a

aprendizagem em qualquer outra área do ensino e também a resolução de problemas da

vida prática.

• Levar o aluno a compreender o elemento afro-descendente, sua contribuição

para a formação da cidadania brasileira, dentro da disciplina de matemática.

“aprender Matemática é mais que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para resolver problemas, estar preparado para perceber esses mesmos problemas na vida cotidiana, desenvolver o raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o imediatamente sensível” (PARANÁ, 1990, P.66)

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos no ensino de Matemática do Ensino Fundamental são organizados

em Conteúdos estruturantes, pois o trabalho em sala de aula se dará de modo articulado,

de forma que estes sejam dinâmicos e interrelacionados, não apresentados de forma

estanque.

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Os Conteúdos Estruturantes para a Educação Básica são: Números e Álgebra,

Grandezas e Medidas, Geometria, Funções e Tratamento da Informação.

Desdobramentos:

ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

NÚMEROS E ÁLGEBRA • Sistemas de Numeração;• Números Naturais;• Múltiplos e Divisores• Potenciação e Radiciação;• Números Fracionários;• Números Decimais;• Números Inteiros;• Números Racionais;• Equação e Inequação do 1º grau;• Razão e Proporção;• Regra de Três Simples;• Números Racionais e Irracionais;• Sistemas de Equações do 1º

grau;• Potências;• Monômios e Polinômios;• Produtos Notáveis;• Números Reais;• Propriedades dos Radicais;• Equação do 2º grau;• Teorema de Pitágoras;• Equações Irracionais;• Equações Biquadradas;• Regra de Três Composta;

GRANDEZAS E MEDIDAS - Medidas de Comprimento;- Medidas de Massa;- Medidas de Área;- Medidas de Volume;- Medidas de Tempo;- Medidas de Ângulos;- Sistema Monetário;- Medidas de Temperaturas;- Relações Métricas no Triângulo

Retângulo;- Trigonometria no Triângulo

Retângulo.

GEOMETRIAS - Geometria Plana;

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- Geometria Espacial;- Geometria não Euclidiana;- Geometria Analítica.

FUNÇÕES - Noção Intuitiva de Função Afim;- Noção Intuitiva de Função Quadrática.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO -Dados, tabelas e gráficos;-Porcentagem;-Pesquisa Estatística;-Média Aritmética;-Moda e mediana;-Juro Simples-Gráfico e Informação;-População e Amostra;-Noções de Analise Combinatória;-Noções de Probabilidade;-Estatística;-Juros Compostos.

ENSINO MÉDIO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

NÚMEROS E ÁLGEBRA -Números Reais;-Números Complexos;-Sistemas Lineares;-Matrizes e Determinantes;-Polinômios;-Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares;

GRANDEZAS E MEDIDAS -Medidas de Área;-Medidas de Volume;-Medidas de Grandezas Vetoriais;-Medidas de Informática;-Medidas de Energia;-Trigonometria.

FUNÇÕES -Função Afim;-Função Quadrática;-Função Polinomial;-Função Exponencial;-Função Logarítmica;-Função Trigonométrica;-Função Modular;-Progressão Aritmética;-Progressão Geométrica.

GEOMETRIAS -Geometria Plana;

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-Geometria Espacial;-Geometria Analítica;-Geometria não Euclidiana

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO -Analise Combinatória;-Binômio de Newton;-Estudo das Probabilidades;-Estatística;-Matemática Financeira.

No Ensino Fundamental e Médio, de acordo com a Lei nº 11.645/08, referente à

História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena e temas referentes aos Desafios

Educacionais Contemporâneos serão trabalhadas as seguintes atividades:

• Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por

raça, renda e escolaridade e no município.

• Análise de pesquisas relacionadas ao negro e o índio e mercado de trabalho no

país;

• Realização com os alunos, pesquisas de dados no município e no estado com

relação à população negra e indígena.

• Gráficos que informem questões relativas ao meio ambiente, gravidez precoce,

doenças sexualmente transmissíveis, índices de drogaditos entre jovens e adolescentes,

educação fiscal (analisando tributos do município, normalmente publicados no jornal).

METODOLOGIA

O Ensino da Matemática será realizada a partir de situações do cotidiano dos

alunos, ou seja, de forma contextualizada, procurando fazer uma conexão entre os

conteúdos clássicos da disciplina e as informações do mundo moderno (leituras que

exigem o conhecimento matemático, ex. gráficos). Propiciar condições de o aluno passar

do conhecimento espontâneo para o conhecimento científico, através da problematização/

instrumentalização dos conteúdos. Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve

ser estimulado a:

• partir de situações problema internas ou externas à matemática;

• pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos

problemas;

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• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;

• perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;

• sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,

generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares,

• socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;

• argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006,

p. 29).

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-aprendizagem,

ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e

discussão. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas

oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho,

bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno (ABRANTES, 1994, p. 15).

É necessário que se faça uso da observação sistemática para diagnosticar as dificuldades

dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam expressar seu

conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestações escritas, orais e de

demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais

manipuláveis, computador e calculadora.

A Avaliação será também realizada, de forma somatória, lembrando sempre que

não serve simplesmente para atribuir um valor numérico ao conhecimento adquirido pelo

aluno, mas é um instrumento mediador do processo ensino-aprendizagem que deve servir

como um reorientador das práticas em sala de aula, tanto para o professor quanto para o

aluno.

REFERÊNCIAS

Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio

Livro Público Didático – Matemática

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ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática . Série reflexões em educação

matemática. Rio de Janeiro: MEC/USU/GEPEM,1994.

Diretrizes Curriculares Estaduais de Matemática e Ciências para o Ensino Fundamental.

Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar

Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.

História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-

raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).

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11.13 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou-se

com a educação jesuítica. Nesse período, não havia uma educação institucionalizada,

partia-se de praticas pedagógicas restritas a alfabetização, tendo em vista manter os dis-

cursos hegemônicos da metrópole e da Igreja. O sistema jesuítico de ensino organizava-

se, então, a partir de dois objetivos: a expansão católica e a submissão a um modelo eco-

nômico de subsistência da comunidade.

As primeiras praticas pedagógicas limitavam-se ao ensino do latim, para os pou-

cos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada. Quanto ao ensino da lín-

gua portuguesa, limitava-se, nessa época, as escolas de ler e escrever, mantidas pelos

jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as aulas eram de gramática latina e retórica,

alem do estudo de grandes autores clássicos.

Como disciplina escolar, a Língua Portuguesa passou a integrar os currículos es-

colares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, depois de já há muito or -

ganizado o sistema de ensino. Contudo, a preocupação com a formação do professor

dessa disciplina teve início apenas nos anos 30 do século XX.

Depois de institucionalizada como disciplina, as primeiras práticas de ensino mol-

davam-se ao ensino do latim para os poucos que tinham acesso a uma escolarização

mais prolongada.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal tornava obrigatório o ensino

da Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua Portuguesa

foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática, retórica e Poética,

abrangendo, esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo gramatical ga-

nhou a denominação de Português.

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A partir de 1967, iniciou-se, no Brasil, “um processo de 'democratização' do ensi -

no, com a ampliação de vagas, eliminação dos chamados exames de admissão, entre ou-

tros fatores.”

A Lei nº 5692/71 ampliaria e aprofundaria a vinculação da educação com a indus-

trialização, ao dispor que o ensino deveria estar voltado à qualificação para o trabalho.

Com a Lei nº 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se, no pri-

meiro grau, Comunicação e Expressão, passou a pautar, então, em exercícios estruturais,

técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.

A partir de 1970, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau, com

abordagens estruturalistas ou historigráficas do texto literário.

A partir da década de 1980, os estudos lingüísticos mobilizaram os professores

para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o

trabalho realizado nas salas de aula.

A proposta do Currículo Básico do Paraná, da década de 1990, fundamentou-se

em pressupostos coerentes com a concepção dialógica e social da linguagem, delineada

a partir de Bakhtin e dos integrantes do Círculo de Bakhtin, para fazer frente ao ensino

tradicional.

No caso do Currículo do Paraná, pretendia-se uma prática pedagógica que en-

frentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de análise

mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos significativos e com me-

nos ênfase nA conotação moralista.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais, do final da década de 1990, também fun-

damentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacio-

nistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escri -

ta. No entanto, até hoje, tendem a diluir a abordagem dessa concepção com a introdução

de conceitos pouco reconhecidos pelos professores, como por exemplo, habilidades e

competências, termos que vincula o currículo ao mercado de trabalho.

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Durante muito tempo, o ensino da Língua Portuguesa foi ministrado por meio de

conteúdos legitimados no âmbito de uma classe social influente e pela tradição acadêmi-

ca/escolar.

As Diretrizes propõem que o Conteúdo Estruturante em Língua Portuguesa esteja

sob o pilar dos processos discursivos, numa dimensão histórica e social. Por Conteúdo

Estruturante entende-se o conjunto de saberes e conhecimentos de grande dimensão, os

quais identificam e organizam uma disciplina escolar, A partir deles, advém os conteúdos

básicos e específicos, a serem trabalhados no cotidiano escolar.

Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas diferentes

instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o conteúdo estruturante é

o discurso como prática social.

A língua, sistema de representação do mundo, está presente em todas as áreas

de conhecimento. A tarefa de formar leitores e usuários competentes da escrita não se

restringe, portanto, à área de Língua Portuguesa, já que todo professor depende da lin-

guagem para desenvolver os aspectos conceituais de sua disciplina.

O trabalho com a língua no Ensino Fundamental focaliza a necessidade de dar ao

aluno condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem, aprendizagem funda-

mental para o exercício da cidadania.

Considerando que as práticas da linguagem são uma totalidade e que o sujeito

expande sua capacidade de uso da linguagem e de reflexo sobre ela em situações signifi-

cativas de interlocução, as propostas didáticas de ensino da língua portuguesa devem or-

ganizar-se tomando o texto (oral ou escrito) como unidade básica de trabalho, consideran-

do a diversidade de textos que circulam socialmente.

A prática reflexiva constante a partir de leituras variadas, associada a atividade

que permitam a compreensão e utilização de recursos da oralidade, libra e identificando

aspectos relevantes e analisando-os criticamente.

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O ensino da Língua Portuguesa, numa visão contemporânea, precisa estar com-

preendido, tanto na oralidade quanto na escrita, com o processo da enunciação e do dis-

curso, e sua pratica deve estar relacionada a situação reais de comunicação.

Não é possível esperar que todos os textos que subsidiam o trabalho nas diversas

disciplinas sejam auto-explicativos. Sua compreensão depende necessariamente do co-

nhecimento prévio que o leitor tiver sobre o tema e da familiaridade que tiver construído

com a leitura de textos do gênero.

É tarefa de todo professor, ensinar, também, os procedimentos de que o aluno

precisa dispor para acessar os conteúdos da disciplina que estuda. Produzir esquemas,

resumos que orientem o processo de compreensão dos textos, bem como apresentar ro-

teiros que indiquem os objetivos e expectativas que cercam o texto que se espera ver

analisado ou produzido não pode ser tarefa delegada a outro professor que não o da pró-

pria área.

O trabalho desenvolvido demanda participação efetiva e responsável tanto na ca-

pacidade de análise crítica e reflexão sobre os valores e concepções veiculadas tanto na

possibilidade de participação e da transformação das questões envolvidas.

A sala de aula deve ser lugar de interação, de encontro entre sujeitos; as ativida-

des de leitura e produção devem ser significativas, respondendo às questões: Para quê?

Importa ensinar o aluno a usar a língua e não a gramática?

A aprendizagem desses aspectos, esta inserida em situações reais de interven-

ção no âmbito da escola.

OBJETIVOS

• Compreender a leitura; estabelecendo relações entre os textos. Formando

alunos – escritores capazes de produzir textos coerentes, coesos e eficazes.

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos

do cotidiano e posicionando diante dos mesmos.

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• Utilizar as várias formas de representações da comunicação criadas pelo ho-

mem, bem como seus objetivos de interpretação verbal, isto é, entre os sujeitos que inte-

ragem.

• Proporcionar situações de contato de leitura de mundo, para que o aluno de-

senvolva cada vez melhor um controle sobre as situações que se apresentam.

• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e

tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.

• Utilizar a linguagem oral, libra, escrita e braille de modo a atender a deman-

da social, respondendo a diferentes propósitos comunicativos e expressivos.

• Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise lingüística

para expandir sua capacidade de monitoração das possibilidades de uso da linguagem,

ampliando a capacidade de analise critica.

• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamen-

tos críticos e a sensibilidade estéticas dos alunos, propiciando através da literatura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as

praticas da oratória, da leitura e da escrita.

A Proposta Pedagógica Curricular de Língua Portuguesa deve ter nas DCE do

Estado do Paraná a sua concepção de educação. Por isso, é importante saber qual é o

objeto de estudos da Língua Portuguesa, qual é o conteúdo estruturante e qual é o

básico, bem como a importância da disciplina na Educação Básica.

OBJETO DE ESTUDO: A proposta de ensino de Língua Portuguesa dá ênfase à

língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e

produtiva. Dessa forma, o objeto de estudo de Língua Portuguesa não pode ser outro

senão a própria língua. Tal ênfase traduz-se na adoção das práticas de linguagem como

ponto central do trabalho pedagógico.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social.

Conteúdos Básicos: o conteúdo básico da disciplina de Língua Portuguesa é o

gênero textual visto a partir das práticas de LEITURA, ESCRITA, ORALIDADE que são

perpassadas pela ANÁLISE LINGUISTICA. Compreende-se por:

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• LEITURA: identificação do tema e do argumento principal; interpretação

observando conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade, intertextualidade;

linguagem não-verbal; estética do texto literário, leitura não linear do texto, entre

outros.

• ORALIDADE: variedades lingüísticas, intencionalidade do texto, exemplos

de pronúncias e vocábulos estudados em diferentes países; finalidade do texto

oral, elementos extralingüísticos, entre outros.

• ESCRITA: adequação ao gênero: elementos composicionais, formais e

marcas lingüísticas, clareza de idéias, paragrafação, adequação do conhecimento

adquirido à norma padrão, entre outros.

• ANÁLISE LINGUÍSTICA

Coesão e coerência. Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos,

palavras interrogativas, substantivos, preposições, verbos,concordância verbal e

nominal e outras categorias como elementos do texto. Pontuação e seus efeitos

de sentido no texto. Acentuação. Vocabulário, entre outros.

ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS

5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL • LEITURA• Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático- interlocutores- fonte- ideologia- papéis sociais representados- intertextualidade- intencionalidade- informatividade- marcas lingüísticas

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Identificação do argumento principal edos argumentos secundáriosAs particularidades (lexicais,sintáticas e textuais) do texto emregistro formal e informal.Texto verbal e não-verbalORALIDADE

• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas

• Procedimentos e marcas lingüísticastípicas da conversação (entonação, repetições, pausas...)

• Variedades lingüísticas• Intencionalidade do texto• Papel do locutor e do interlocutor:

- participação e cooperação• Particularidades de pronúncia de

algumas palavrasESCRITA

• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas

• Linguagem formal/informal• Argumentação• Coerência e coesão textual• Organização das idéias/parágrafos• Finalidade do texto

Refacção textualANÁLISE LINGUISTICAperpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

• Discurso direto, indireto e indiretolivre na manifestação das vozes que falam no texto

• Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão,negrito, itálico, parênteses, hífen

• Acentuação gráfica• Valor sintático e estilístico dos modos

e tempos verbais• A representação do sujeito no texto

(expressivo/elíptico;

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determinado/indeterminado; ativo/passivo)• Neologismo• Figuras de pensamento (hipérbole,

ironia, eufemismo, antítese).• Alguns procedimentos de

concordância verbal e nominal• Linguagem digital• Semântica• Particularidades de grafia de

algumas palavrasGÊNEROS DISCURSIVOS:história em quadrinho, piadas, adivinhas,lendas, fábulas, contos de fadas,poemas, narrativa de enigma, narrativa deaventura, dramatização, exposição oral,comercial para TV, causos, carta pessoal,carta de solicitação, email, receita, convite, autobiografia, cartaz, carta do leitor, classificados, verbete, quadrinhas, cantigas de roda, bilhetes, fotos, mapas, aviso, horóscopo, regras de jogo, anedotas, entreoutros.

6ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL LEITURA• Identificação do tema• Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático- interlocutores- fonte- intertextualidade- informatividade- intencionalidade- marcas lingüísticas

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

• InferênciasORALIDADE

• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas

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• Variedades lingüísticas• Intencionalidade do texto• Papel do locutor e do interlocutor: -

participação e cooperação• Particularidades de pronúncia de

algumas palavras• Elementos extralingüísticos:

entonação, pausas, gestos...ESCRITA

• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas linguísticas

• Argumentação• Paragrafação• Clareza de idéias• Refacção textual

ANÁLISE LINGUISTICA perpassando aspráticas de leitura, escrita e oralidade:

• Coesão e coerência do texto lido ouproduzido pelo aluno Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto.

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico, acentuação gráfica

• Processo de formação de palavras• Gírias• Algumas figuras de pensamento

(prosopopéia, ironia ...)• Alguns procedimentos de

concordância verbal e nominal • Particularidades de grafia de algumas

palavrasGÊNEROS DISCURSIVOS:entrevista (oral e escrita), crônica de ficção,música, notícia, estatutos, narrativamítica, tiras, propaganda, exposição oral,mapas, paródia, chat, provérbios, torpedos,álbum de família, literatura de cordel, cartade reclamação,diário, carta ao leitor, instruções de uso,cartum, história em quadrinhos, placas,pinturas, provérbios, entre outros.

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299

7ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL LEITURA• Interpretação textual, observando:

- conteúdo temático- interlocutores- fonte- ideologia- intencionalidade- informatividade- marcas lingüísticas

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

• As diferentes vozes sociais representadas no texto

• Linguagem verbal, não-verbal, midiático, infográficos, etc.

• Relações dialógicas entre textosORALIDADE

• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas

• Coerência global do discurso oral• Variedades lingüísticas • Papel do locutor e do interlocutor:

- participação e cooperação- turnos de fala

• Particularidades dos textos orais• Elementos extralingüísticos:

entonação, pausas, gestos... • Finalidade do texto oral

ESCRITA• Adequação ao gênero:

- conteúdo temático- elementos composicionais

• marcas lingüísticas• Argumentação • Coerência e coesão textual• Paráfrase de textos • Paragrafação • Refacção textual

ANÁLISE LINGÜÍSTICA perpassando aspráticas de leitura, escrita e oralidade:

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300

• Semelhanças e diferenças entre odiscurso escrito e oralConotação e denotação

A função das conjunções na conexão de sentido do texto

• Progressão referencial (locuçõesadjetivas, pronomes, substantivos...)

• Função do adjetivo, advérbio,pronome, artigo e de outras categoriascomo elementos do texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão,negrito, hífen, itálico

• Acentuação gráfica• Figuras de linguagem • Procedimentos de concordância

verbal e nominal • A elipse na seqüência do texto• Estrangeirismos • As irregularidades e regularidades da

conjugação verbal • A função do advérbio: modificador e

Circunstanciador Complementação do verbo e de outras palavrasGÊNEROS DISCURSIVOS:regimento, slogan, telejornal, telenovela, reportagem (oral e escrita), pesquisa, conto fantástico, narrativa de terror, charge, narrativa de humor, crônica jornalística,paródia, resumo, anúncio publicitário, sinopse de filme, poema, biografia, narrativa de ficção científica, relato pessoal, outdoor, blog, haicai, júri simulado, discurso de defesa e acusação, mesa redonda, dissertação escolar, regulamentos, caricatura, escultura, entre outros.

8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS• Interpretação textual, observando:- conteúdo temático- interlocutores

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301

DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

- fonte- intencionalidade- intertextualidade- ideologia- informatividade- marcas lingüísticas

• Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários.

• Informações implícitas em textos• As vozes sociais presentes no texto• Estética do texto literário

ORALIDADE• Adequação ao gênero:

- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas

• Variedades lingüísticas• Intencionalidade do texto oral• Argumentação• Papel do locutor e do interlocutor:

- turnos de fala• Elementos extralingüísticos:

entonação, pausas, gestos...ESCRITA

• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas

• Argumentação• Resumo de textos• Paragrafação• Paráfrase • Intertextualidade• Refacção textual

ANÁLISE LINGÜÍSTICA perpassando aspráticas de leitura, escrita e oralidade:

• Conotação e denotação• Coesão e coerência textual• Vícios de linguagem• Operadores argumentativos e os

efeitos de sentidoExpressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente...)

• Semântica• Expressividade dos substantivos e

sua função referencial no texto • Função do adjetivo, advérbio,

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302

pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão,negrito, hífen, itálico

• Acentuação gráfica • Estrangeirismos, neologismos, gírias• Procedimentos de concordância

verbal e nominal • Valor sintático e estilístico dos modos

e tempos verbais• A função das conjunções e

preposições na conexão das partes do texto

• Coordenação e subordinação nasorações do texto GÊNEROS DISCURSIVOS:artigo de opinião, debate, reportagem oral eescrita, manifesto, seminário, relatório científico, resenha crítica, narrativa fantástica, romance, histórias de humor, contos, música, charges, editorial, curriculum vitae, entrevista oral e escrita, assembléia, agenda cultural, reality show, novela fantástica, conferência, palestra, fotoblog, depoimento, imagens, instruções, entre outros.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

LEITURAInterpretação textual, observando:- conteúdo temático- interlocutores- fonte- intencionalidade- ideologia- informatividade- situacionalidade- marcas lingüísticasIdentificação do argumento principal e dos argumentos secundários.

• Inferências

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303

DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL -As particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro formal e informal- As vozes sociais presentes no texto-Relações dialógicas entre textos- Textos verbais, não-verbais, midiáticos, etc.- Estética do texto literário- Contexto de produção da obra literária- Diálogo da literatura com outras áreasORALIDADE

• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas

• Variedades lingüísticasIntencionalidade do texto

Papel do locutor e do interlocutor: - participação e cooperação- turnos de fala

• Particularidades de pronúncia de algumas palavras

• Procedimentos e marcas lingüísticas típicas da conversação (entonação, repetições, pausas...)

• Finalidade do texto oral• Materialidade fônica dos textos

poéticos.ESCRITA

• Adequação ao gênero:- conteúdo temático- elementos composicionais- marcas lingüísticas

• Argumentação• Coesão e coerência textual• Finalidade do texto• Paragrafação• Paráfrase de textos• Resumos • Diálogos textuais• Refacção textual

ANÁLISE LINGÜÍSTICA PERMEADA NAS PRÁTICASANTERIORES

• Conotação e denotação • Figuras de pensamento e linguagem• Vícios de linguagem• Operadores argumentativos e os

efeitos de sentido

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304

• Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação ao que diz, como: felizmente, comovedoramente...)

• Semântica• Discurso direto, indireto e indireto

livre na manifestação das vozes que falam no texto

• Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto

• Progressão referencial no texto • Função do adjetivo, advérbio,

pronome, artigo e de outras categorias como elementos do texto

• Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto

• Coordenação e subordinação nas orações do texto

• A pontuação e seus efeitos de sentido no texto

• Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico

• Acentuação gráfica • Gírias, neologismos, estrangeirismos• Procedimentos de concordância

verbal e nominal • Particularidades de grafia de

algumas palavrasGÊNEROS DISCURSIVOStextos dramáticos, romance, novela fantástica, crônica, conto, poema, contos de fada contemporâneo, fábulas, diários, testemunhos, biografia, debate regrado, artigos de opinião, editorial, classificados, notícia, reportagem, entrevista, anúncio, carta de leitor, carta ao leitor, carta de reclamação, tomada de notas, resumo, resenha, relatório científico, dissertação escolar, seminário, conferência, palestra, pesquisa e defesa de trabalho acadêmico, mesa redonda, instruções, regras em geral, leis, estatutos, lendas, mitos, piadas, histórias de humor, tiras, cartum, charge, caricaturas, paródia, propagandas, placas,outdoor, chats, e-mail, folder, blogs, fotoblog, orkut, fotos, pinturas, esculturas, debate, depoimento, folhetos, mapas, croqui, explicação, horóscopo, provérbios, e

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305

outros...

METODOLOGIA

As aulas serão trabalhadas de forma variada, procurando despertar o interesse

dos alunos pelos assuntos abordados, garantindo a participação dos mesmos no proces-

so de construção do conhecimento.

O ensino da Língua Portuguesa hoje deve abordar a leitura, a produção de textos

e a produção gramatical sobre uma mesma perspectiva da língua como instrumento de

comunicação e interação social. Para isso propõem-se:

· Retomar os temas anteriormente, sob outros enfoques e linguagens;

· Propiciar momentos de vivência, bem como desenvolver outras formas de ex-

pressão e ampliar de forma sistematizado e gradual suas habilidades orais de leitura e es-

crita;

· Trabalhando em grupo aprendendo a ouvir a voz dos colegas, ouvir criticas e de-

las tirar o melhor proveito, a reconsiderar seus pontos de vista, a pensar da melhor manei-

ra e obter sucesso no conjunto;

· Trabalhar diferentes tipos de texto;

· Ampliar seus referenciais e suas leituras de mundo;

· Realizar com alunos estudos e pesquisar de países que falam a língua portugue-

sa. Qual a composição étnica? Apurar as diferenças entre o português falado e o escrito

entre eles: alimentação, música, religião...

· Oferecer um conjunto de atividades aos alunos para utilizá-los de forma efetiva e

criativa;

· Realizar e exercitar determinadas operações como: antecipações a partir do

contexto e do conhecimento prévio que possui;

· Trabalhar levantamentos de hipótese, captando o que não está explícito: rela-

ções entre forma e conteúdo;

As práticas discursivas subdividem-se em:

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306

PRÁTICA DA ORALIDADE

Considerando-se a língua em sua perspectiva histórica e social, esse trabalho

precisa pautar-se em situações reais de uso de fala, valorizando-se a produção de discur-

sos nos quais o aluno realmente se constitua como sujeito do processo interativo.

Compete à escola, no processo de ensino e aprendizagem da língua, tomar como

ponto de partida os conhecimentos lingüísticos dos alunos, promovendo situações que os

incentivem a falar, ainda do “seu jeito”, ou seja, fazendo uso da variedade de linguagem

que eles empregam suas interações familiares, no cotidiano.

PRÁTICA DA LEITURA

A leitura como um processo de produção de sentido que se dá a partir de intera-

ções sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor com a intersec-

ção dos textos midiáticos com os literários, por meio das transposições que a linguagem

cinematográfica, por exemplo, exige podem constituir bons motivos para aprimorar a refle-

xão e fazer proliferar o pensamento.

O professor pode planejar uma ação pedagógica que permita ao aluno não só a

leitura de textos para os quais já tenha construído uma competência, como também a lei-

tura de textos mais difíceis, que impliquem o desenvolvimento de novas estratégias com a

devida mediação do professor.

PRÁTICA DA ESCRITA

Em relação à escrita, resulta-se que as condições em que a produção acontece

(quem escreve, o que, para quem, para quem, por que, quando, onde e como se escreve)

é que determinam o texto. Cada gênero textual tem suas peculiaridades: a composição, a

estrutura e o estilo do texto variam conforme se produza uma história, um poema, um bi -

lhete, uma receita, um texto de opinião, ou outro tipo de texto.

O envolvimento do aluno e do professor com a escrita é um processo que aconte-

ce em vários momentos: o da motivação para produção do texto; o da reflexão, reestrutu-

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307

ração e reescrita do texto, que acaba se constituindo, também, em um produtivo momento

de reflexão.

AVALIAÇÃO

É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um pro-

cesso de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno

ao longo do ano letivo.

A Lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), destaca a

chamada avaliação formativa (capítulo II, artigo 24, inciso V, item a: “avaliação contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;”),

vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e como grande avanço em rela-

ção à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao somativo ou classificatório.

Realizada geralmente ao final de um programa ou de um determinado período, a

avaliação somativa é usada para definir uma nota ou estabelecer um conceito. Não se

quer dizer com isso que ela deva ser excluída do sistema escolar, mas que as duas for -

mas de avaliação – a formativa e a somativa – servem para diferentes finalidades.

Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor deve usar a

observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo

e/ou objetivo.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de

aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibili -

tando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao

aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para

que os alunos aprendam e participem mais das aulas.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados

continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refle-

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tem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoa-

mento lingüístico constante, o letramento.

O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada

que possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na

condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação pedagó-

gica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário aprofundamen-

to teórico.

Portanto, a avaliação será diagnóstica, contínua, cumulativa e formativa.

Através da avaliação formativa, o professor pode perceber que os alunos pos-

suem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica,

aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.

Informando o professor e o aluno acerca do ponto em que se encontram, ajudando-os a

refletir. Faz, ainda, com que o professor procure caminhos para que todos os alunos

aprendam e participem mais das aulas.

Todas as atividades podem e devem ser permanentemente avaliadas, conside-

rando que o caráter da avaliação consiste em verificando se as atividades propostas atin-

giram o objetivo.

O aluno será avaliado através de debates, apresentação oral, atividades diárias,

apresentação de trabalhos individuais e em equipe, exposição de painéis, provas, produ-

ção e interpretação oral e escrita, leitura com fluência, entonação, postura e expressivida-

de.

REFERÊNCIAS

GARCIA, Regina L. No Cotidiano da escola: pistas para o novo. Caderno CEDES,Cam-

pinas, SP: Mercado de Letras, 2000.

EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA/SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO.

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. Departamento de Ensino Fundamental.

Coordenação da Educação Escolar Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.

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309

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: educando para as relações

étnico-raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).

KOCH, Ingedore. A coesão textual. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1991. MURRIE, Zuleika.

O ensino de português: do 1° grau à universidade. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1994.

PARANÁ. DCE – Diretrizes Curriculares da Língua Portuguesa. 2008. Disponível em:

www.diaadiaeducação. /acesso:11/08/2010.

POSSENTI, Sírio. Por que não ensinar gramática. 4. ed. Campinas, SP: Mercado de Le-

tras, 1999.

SUASSUNA, Lívia. Ensino da língua portuguesa: uma abordagem pragmática. Campi-

nas, SP: Papirus, 1995.

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310

11.14 PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Química tem papel essencial na formação do sujeito , pois , ligada diretamente

à vida , é uma ciência que leva ao estudo das substâncias materiais e suas

transformações , portanto deve ser apresentado ao estudante no sentido de possibilitar o

entendimento do mundo , levando–o a pensar criticamente e refletir sobre as razões dos

problemas despertando assim a curiosidade e o interesse pela descoberta.

Levar o estudante a compreender o processo de criação científica , conduzí-lo a

entender os princípios , as leis , as teorias , e analisar os conhecimentos adquiridos ,

sua aplicação prática , sua relevância social e suas implicações ambientais . Além

disso , utilizar os conhecimentos para interpretar os fenômenos relacionados a essa e

reconhecê-la como criação humana , compreendendo os aspectos históricos e suas

relações com o contexto cultural , sócio-econômico e político .

CONTEÚDO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: . Matéria e sua natureza. . Biogeoquímica

. Química Sintética.

CONTEÚDOS BÁSICOS: MATÉRIA

. Constituição da matéria;

. Estados de agregação;

. Natureza elétrica da matéria ;

. Modelos atômicos ( Rutherford , Thomson , Dalton, Bohr ).

. Tabela periódica .

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311

SOLUÇÃO

. Substância : simples e compostas;

. Misturas;

. Métodos de separação;

. Solubilidade ;

. Concentração;

. Forças intermoleculares ;

. Temperatura e pressão;

. Densidade ;

. Dispersão e suspensão;

. Tabela Periódica.

VELOCIDADE DAS REAÇÕES

. Reações químicas ;

. Lei das reações químicas;

. Representação das reações químicas ;

. Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas .( natureza dos

reagentes , contato entre os reagentes ,teoria de colisão );

. Fatores que interferem na velocidade das reações ( superfície de contato ,

temperatura, catalisador , concentração dos reagentes , inibidores );

. Lei da velocidade das reações químicas ;

. Tabela Periódica .

EQUILÍBRIO QUÍMICO

. Reações químicas reversíveis;

. Concentração;

. Relações matemáticas e o equilíbrio químico ( constante de equilíbrio );

. Deslocamento de equilíbrio ( princípio de Le Chatelier ) : concentração ,

pressão , temperatura e efeito dos catalisadores ;

. Equilíbrio químico em meio aquoso ( pH, constante de ionização , Ks );

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. Tabela Periódica .

LIGAÇÃO QUÍMICA

. Tabela Periódica ;

. Propriedade dos materiais ;

. Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais ;

. Solubilidade e as ligações químicas ;

. Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares;

. Ligações de hidrogênio ;

. Ligação metálica ;

. Ligação sigma e pi ;

. Ligações polares e apolares ;

. Alotropia.

REAÇÕES QUÍMICAS

. Reações de oxi- redução

. Reações exotérmicas e endotérmicas;

. Diagrama das reações exotérmicas e endotérmicas;

. Variação de entalpia;

. Calorias;

. Equações termoquímicas ;

. Princípios da termodinâmica ;

. Lei de Hess ;

. Entropia e energia livre

. Calorimetria ;

. Tabela Periódica .

RADIOATIVIDADE

. Modelos Atômicos ( Rutherford ) ;

. Elementos químicos ( radioativos );

. Tabela Periódica ;

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. Reações químicas ;

. Velocidades das reações;

. Emissões radioativas ;

. Leis da radioatividade ;

. Cinética das reações químicas ;

. Fenômenos radiativos ( fusão e fissão nuclear ) ;

GASES

. Estados físicos da matéria ;

. Tabela Periódica ;

. Propriedades dos gases ( densidade / difusão e fusão, pressão x temperatura,

pressão x volume e temperatura x volume);

. Modelo de partículas para os materiais gasosos;

. Misturas gasosas;

. Diferença entre gás e vapor ;

. Lei dos gases.

FUNÇÕES QUÍMICAS

. Funções orgânicas ;

. Funções inorgânicas ;

. Tabela Periódica .

Serão ainda inseridos como conteúdos a cultura e história afro-brasileira ( Lei nº

10.639/03 , sendo obrigatória a abordagem de conteúdos que envolvam a temática de

história e cultura afro-brasileira e africana ) , história e cultura dos povos indígenas

respaldado pela Lei nº 11.645/08 e educação ambiental com base na lei 9795/99 , que

institui a Política Nacional de Educação Ambiental, relacionando–os aos conteúdos

estruturantes de modo contextualizado .

METODOLOGIA

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Os conteúdos serão abordados levando em conta a capacidade cognitiva do

estudante , proporcionando ao mesmo , condições de compreensão do processo de

criação científica.

Serão utilizados textos extraídos de jornais e revistas , para instigar a

curiosidade do estudante , despertar o desejo de aprender e mostra que a Química é

uma ciência extremamente vinculada a realidade ,e sempre que possível , lançaremos

mão de observações presentes no dia a dia dos estudantes para ilustrar os conteúdos

estruturantes , utilizando uma linguagem simples e acessível que provoque a

observação dos fatos , e discussão de suas causas e conseqüências .

Em momentos oportunos serão realizados experimentos de laboratórios que

auxiliem na construção dos conceitos e torne mais fácil , eficiente e agradável o

aprendizado de Química.

AVALIAÇÃO

Se o objetivo da proposta é garantir o estudo da química, então ao avaliar

deve-se considerar a apropriação do conteúdo pelos estudantes. Considerar o

progresso dos estudantes quanto aos aspectos históricos, conceituais e culturais, a

evolução das idéias e não neutralidade da ciência.

Deve-se buscar sempre, uma avaliação do processo de aprendizagem como um

todo, não só para verificar o aprendizado, mas para à partir dela, o professor encontrar

subsídios para intervir.

Partir da avaliação Formativa e Processual .

O estudante será avaliado ao longo do processo ensino aprendizagem através

de observação constante quanto à participação, raciocínio, expressão oral e escrita,

pesquisas diversas individual e em grupos.

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REFERÊNCIAS

EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA/SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO.

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. Departamento de Ensino Fundamental.

Coordenação da Educação Escolar Indígena. – Curitiba: SEED – Pr., 2006.

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA: EDUCANDO PARA AS

RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS/PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.

Superintêndencia da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. – Curitiba: SEED-

PR,2006. (Cadernos Temáticos).

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - DIRETRIZES

CURRICULARES DE QUÍMICA PARA O ENSINO MÉDIO , 2008.

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316

11.15 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais

que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta

encruzilhada da ciência, reconhecida como o saber legítimo e verdadeiro e da sociedade

a clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia.

Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência

disposta a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua

pretensa maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos sem muito tempo

para digeri-los.

Este contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica forma um

quadro amplo marcado pelas consequências de três grandes revoluções: uma política, a

Revolução Francesa de 1789; uma social, a Revolução Industrial, em processo desde o

século XVII, e uma revolução na ciência, que se firma com o iluminismo, com sua fé na

razão e no progresso da civilização.

A Sociologia como uma disciplina no conjunto dos demais ramos da ciência,

especialmente das Ciências Sociais, não se produz de forma independente do trabalho

pedagógico em traduzi-la como parte curricular nas escolas de níveis médio e superior.

São intercomunicantes os caminhos dos estudos e pesquisas acadêmicas e as atividades

curriculares no magistério. Fazer ciência mediante a reflexão acadêmica com base na

pesquisa científica e esta alimentar a dimensão da formação do indivíduo são faces de

um mesmo problema. É pensando uma e outra que se realiza a dimensão histórica da

ciência e, desse modo, é aqui situada a Sociologia no Brasil.

No Brasil, a Sociologia repica os primeiros acordes de análise positiva,

paralelamente à divulgação da obra de Comte, na Europa do último quartel do século XIX.

Florestan Fernandes (1977), ao traçar três épocas de desenvolvimento da

reflexão sociológica na sociedade brasileira, considera aquela a primeira época, uma

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conexão episódica entre o direito e a sociedade, a literatura e o contexto histórico. A

segunda é caracterizada pelo pensamento racional como forma de consciência social das

condições da sociedade, nas primeiras décadas do século XX; a terceira época, em

meados do século XX, é marcada pela subordinação do estudo dos fenômenos sociais

aos padrões de cientificidade do trabalho intelectual com influência das tendências

metodológicas em países europeus e nos Estados Unidos.

Os anos 1930 foram de plena efervescência da Sociologia que se

institucionalizou, no Brasil, graças a um conjunto de iniciativas na área da educação, no

campo da pesquisa e editoração. Nasce o ensino da disciplina e alavanca a reflexão

sobre as peculiaridades da cultura e sociedades brasileiras.

A trajetória da produção sociológica brasileira é uma prova de que ela se constitui

disciplina no debate entre diferentes concepções teóricas responsáveis por respostas a

questões que a sociedade se coloca em momentos diversos e, por isso, não está livre de

contradições. A história das Ciências Sociais, no Brasil, atesta a vitória de uma estratégia

de afirmação quando o quadro social e político do país era adverso, apontam Vianna,

Carvalho e Melo (1995).

A Sociologia demonstra, paradoxalmente, que as condições de democracia para

uma ciência com baixo prestígio social e mercado profissional escasso não foram

decisórias, pois ela se cria e se expande sob a égide de duas ditaduras: a dos anos trinta

e a dos anos sessenta.

Como em outros países, a introdução da Sociologia como disciplina curricular é

parte do seu processo de institucionalização, ampliando e conformando a comunidade

científica pelo reconhecimento no meio acadêmico e o apelo a recursos pedagógicos, que

promovem sua aceitação social e difusão do conhecimento em nível escolar.

De algum modo, essa adoção curricular tende a mostrar a ênfase humanística

nos estudos em diferentes níveis e momentos e a perspectiva transformadora que possa

inspirar projetos de sociedade e visões políticas avançadas. Esta é uma forma de

resposta das sociedades no horizonte da modernidade instalada.

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Os cursos secundários abrigaram a disciplina antes de a Sociologia ser

considerada disciplina acadêmica em cursos do ensino superior. Numa sequência,

durante a década de 1930 surgem os cursos de Ciências Sociais, no país: em 1933, na

Escola Livre de Sociologia e Política (SP), em 1934, na Universidade de São Paulo, em

1935, na Universidade do Distrito Federal (RJ) e em 1938, na Faculdade de Filosofia,

Ciências e Letras do Paraná. Esse lócus institucional da Sociologia acadêmica é estímulo

para a produção do conhecimento e ampliam-se compêndios didáticos elaborados nesse

período, num esforço de sistematização da nova ciência.

Em meados da década de 1920, a disciplina sociológica integrou o currículo para

a formação de educadores primários e secundários dos estados do Rio de Janeiro e

Pernambuco. A centralização do sistema educacional no país e a reforma do ensino

levam a Sociologia aos chamados cursos complementares, de preparação dos estudantes

para estudos superiores nas áreas de Direito, Ciências Médicas, Engenharia e

Arquitetura.

Com a Reforma Capanema, em 1942, desaparece essa participação, que

repercutiu sobre a alta produção de livros didáticos à época. Todas as vezes que a

Sociologia deixa de ser disciplina obrigatória, ausenta-se da formação educacional básica

e evidencia-se a desconsideração para com essa área de conhecimento e forma de

interpretação da realidade social.

O ambiente democrático da política nacional durante a década de 1950 e parte

dos anos 60 colocou a Sociologia presente nos cursos superiores de Ciências Sociais, e

também no currículo de outros cursos graças à expansão das Faculdades de Filosofia,

Ciências e Letras. No ensino médio, entretanto, sua inserção não se fez permanente;

continuou uma disciplina opcional e intermitente nos currículos.

No período da chamada transição democrática, a partir de 1982, houve

movimentação social de professores e estudantes em alguns estados brasileiros e São

Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará, Pernambuco e Distrito

Federal clamaram pela inclusão da Sociologia no Ensino Médio.

Havia expectativa com a Constituição de 1988, mas a partir de 1989, com a

promulgação das novas Constituições Estaduais, frustraram-se as possibilidades e

iniciativas de a disciplina vir a ser obrigatória nos currículos escolares.

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319

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu perspectivas

para a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que em seu art.36, §1º,

inciso III, expressa a importância do “domínio dos conhecimentos de Filosofia e Sociologia

necessários ao exercício da cidadania”. Contudo, durante a sua regulamentação, o seu

sentido foi alterado.

Em 2001, o retorno da disciplina Sociologia foi vetado pelo então presidente

Fernando Henrique Cardoso, justificando-o pela insuficiência de profissionais para suprir a

demanda de professores.

As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio apresentaram como

proposta o tratamento interdisciplinar dos conteúdos de Sociologia, esvaziando sua

especificidade e o caráter de obrigatoriedade. Esta nova derrota para o ensino da

Sociologia impulsionou uma série de discussões e propostas de ações para reverter a

situação em diferentes estados, visto que a obrigatoriedade da disciplina no Ensino Médio

não estava garantida.

A partir do segundo semestre de 2007, todas as escolas têm de oferecer as

disciplinas em duas aulas por semana durante pelo menos um dos três anos do curso,

porque em 7 de julho de 2006, o Conselho Nacional de Educação aprovou, com base na

Lei 9.394/96, a inclusão da Filosofia e da Sociologia no Ensino Médio. A obrigatoriedade

do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada pelo Conselho Nacional de

Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as escolas de Ensino Médio do

estado.

Em função de sua história intercalar como disciplina escolar, a Sociologia não

desenvolveu ainda uma tradição pedagógica, havendo insuficiências na elaboração de

reflexões sobre como ensinar as teorias e os conceitos sociológicos, bem como

dificuldades na delimitação dos conteúdos pertinentes ao Ensino Médio. Por ter se

mantido como disciplina acadêmica nos currículos de Ensino Superior, a tendência tem

sido a reprodução desses métodos, sem a adequação necessária à oferta da Sociologia

para jovens estudantes do Ensino Médio.

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A sociologia, disciplina curricular do Ensino Médio, de acordo com a instrução

01/2004, sendo esta pautada nos documentos oficiais: LDB, DCN e PCNs. A importância

de trabalhar a disciplina com os educandos tem como finalidade, segundo a LDB:

“Desenvolver no educando, assegurando-lhe a formação indispensável para o exercício

da cidadania e fornecendo-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos

posteriores.”

Quando a lei trata do exercício da cidadania, é necessário definir o espaço da

disciplina perante o Ensino Médio, definindo qualquer concepção de cidadania deve

estar implícita em todos professores e alunos. Ainda de acordo com o que

preconiza a LDB 9394/96, art. 36 &1º, inciso III, o aluno tem que ter o domínio dos

conhecimentos filosóficos e sociológicos necessários ao exercício da cidadania.

Partindo deste princípio, é preciso que a sociologia garanta ao educando do

Ensino Médio que, a partir do senso comum e de situações vivenciadas no cotidiano,

busque superar esse nível de compreensão de mundo, desenvolvendo assim

uma concepção científica qualquer atenda às exigências do homem contemporâneo,

crítico e transformador, por meio do qual se possa analisar a complexidade da sociedade

contemporânea. Os conteúdos devem ser abordados de modo claro,dialógico,

diferenciado do senso comum, tendo, por parte do aluno, a incorporação de uma

linguagem sociológica permitindo perceber a realidade e através de conceitos explicar tal

realidade. Permitindo ao educando agir como indivíduo ativo, participante das dinâmicas

sociais, fornecendo, para isto, elementos necessários para a formação de um cidadão

consciente de um mundo social, econômico, político, de suas potencialidades, capaz de

agir e reagir diante desse mundo.

OBJETIVOS

· Identificar, analisar, comparar os diferentes discursos sobre a realidade e as

teorias sociais;

· Desenvolver a criatividade relacionada a cultura;

· Compreender o papel da Sociologia relacionada às questões históricas, políticas

e sociais;

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· Analisar e constatar as origens do estado e de sua reorganização frente ao

mundo globalizado.

CONTEÚDOS

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO1.O Surgimento da Sociologia e Teorias

Sociológicas

* Formação e consolidação da sociedade

capitalista e o desenvolvimento do

pensamento social;

Teorias sociológicas clássicas: Comte,

Durkheim, Engels e Marx, Weber.

O desenvolvimento da sociologia no

Brasil.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO2. Processo de Socialização e as

Instituições Sociais

- Processo de Socialização;

- Instituições sociais: Familiares;

Escolares; Religiosas;

· Instituições de Reinserção (prisões,

manicômios, educandários, asilos, etc).3. Cultura e Indústria Cultural - Desenvolvimento antropológico do conceito

de cultura e sua contribuição

na análise das diferentes sociedades;

- Diversidade cultural;

- Identidade;

- Indústria cultural;

- Meios de comunicação de massa;

- Sociedade de consumo;

- Indústria cultural no Brasil;

- Questões de gênero;

- Cultura afro-brasileira e africana;

Culturas indígenas.

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4. Trabalho, Produção e Classes

Sociais.

- O conceito de trabalho e o trabalho nas

diferentes sociedades;

- Desigualdades sociais: castas, classes

sociais

- Organização do trabalho nas sociedades

capitalistas e suas contradições;

- Globalização e Neoliberalismo;

- Relações de trabalho no Brasil.

METODOLOGIA

O aluno do Ensino Médio deve ser considerado em sua especificidade etária e em

sua diversidade cultural, além de importantes aspectos como a linguagem, interesses

pessoais e profissionais, necessidades materiais, deve se ter em vista as peculiaridades

da região em que a escola está inserida e a origem social do aluno, para que a

metodologia utilizada possa responder as necessidades desse grupo social.

O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que coloque como sujeito de seu

aprendizado, não importa que seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo, ou análise

de filmes, mas importa que o aluno esteja constantemente provocado a relacionar a teoria

com o vivido, a rever conhecimentos e reconstruir coletivamente conhecimentos.

O livro didático público, ou outro material didático, não esgota ou supre todas as

necessidades de ensino de Sociologia.

AVALIAÇÃO

A avaliação no ensino de Sociologia, conforme proposta nas Diretrizes, pauta-se

numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados

com os critérios de avaliação propostos em sala de aula.

Concebendo a avaliação como mecanismo de transformação social e articulando-

a aos objetivos da disciplina, pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise

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“desnaturalizar” conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o

melhoramento do senso crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade.

Pelo diálogo suscitado em sala de aula, com base em leitura teórica e ilustrada, a

avaliação da disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento da

percepção da realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador.

De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando

aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas, e também as que apresentaram

dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado.

Nesses termos, a avaliação formativa deve servir como instrumento docente para

a reformulação da prática através das informações colhidas.

Nesse sentido, a avaliação também se pretende continuada, processual, por estar

presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar a constante

intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

Os instrumentos de avaliação em Sociologia, atentando para a construção da

autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da

disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os

textos ou filmes; participação nas pesquisas de campo; produção de textos que

demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática.

Várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-

las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão,

compreensão, reflexão dos conteúdos pelo aluno e, sobretudo, expressão oral ou escrita

da sua percepção de mundo.

Assim, a avaliação em Sociologia busca servir como instrumento diagnóstico da

situação, tendo em vista a definição de encaminhamentos adequados para uma efetiva

aprendizagem.

As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias

práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates,

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324

que acompanham os textos ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja a

produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática,

enfim várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-

las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da

apreensão//compreensão//reflexão dos conteúdos pelo aluno. Por fim, entendemos que

não só o aluno, mas também professores e a instituição escolar devem constantemente

ser avaliados em suas dimensões práticas e discursivas e principalmente em seus

princípios políticos com a qualidade e a democracia.

· De forma contínua e participativa;

· Através de trabalho de pesquisa;

· Avaliação escrita;

· Apresentação de trabalho.

REFERÊNCIAS

ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Ars Poética, 1996.

CHAUI, M. S. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980.

COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

DURKHEIM, É. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

Educação Escolar Indígena/Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da

Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar

Indígena. - Curitiba: SEED – Pr., 2006.

História e Cultura Afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico-

raciais/Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintêndencia da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-PR,2006. (Cadernos Temáticos).

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325

PARANÁ. DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado

do Paraná. – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de Sociologia.

Secretaria e Estado da Educação. Curitiba: SEED, 2008.

IANNI, Octávio. Sociologia e sociedade no Brasil. São Paulo: Editora Alfa-Omega,

1975.

MORIN, Edgar. Sociologia; a sociologia do microssocial ao macroplanetário.

Apartado 8: Publicações Europa-América,

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11.16 Modalidade: Ensino Fundamental (Sala de Apoio)

Disciplina: Língua Portuguesa

Série:5ª séries Turmas: A ,B , C, D e E

1.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

2.CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

LEITURA

Espera-se que o aluno:

♦Realize leitura compreensiva do texto;

♦Localize de informações explícitas e implícitas no texto;

♦Posicione-se argumentativamente;

♦Perceba do ambiente no qual circula o gênero;

♦Identifique a idéia principal do texto;

♦Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;

♦Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo e denotativo;

♦Conheça e utilize os recursos para determinar causa e conseqüência entre as partes e

elementos do texto.

♦Domínio da mecânica da leitura (fluência, entonação e ritmo) ;

♦Leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema, o mesmo tema em linguagens

diferentes, o mesmo tema tratado em épocas diferentes;

♦Prática de leitura de textos informativos e ficcionais;

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

♦Expresse suas idéias com clareza;

♦Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas

(gênero, interlocutor, finalidade...);

♦Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

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♦Marcas lingüísticas: coesão,coerência, gírias, repetição;

♦Elementos semânticos;

♦Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,repetições, etc);

♦Prepare apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em seu

uso formal e informal;

♦Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação,recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito);

♦Análise da argumentação;

♦Reconhecer as especificidades dos textos informativos e ficcionais;

♦Produzir textos com clareza, coerência, unidade temática e estrutural, bom nível

argumentativo e adequação vocabular.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

♦Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);

♦Apresente idéias com clareza;

♦Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

♦Compreenda os argumentos no discurso do outro;

♦Exponha objetivamente seus argumentos;

♦Organize a seqüência da fala;

♦Respeite os turnos de fala;

♦Analise os argumentos apresentados.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

♦ Interpretação de texto, tipologias textuais, leitura e produção textual.

♦ Exercícios para troca de letras surdas/sonoras

♦ Língua e linguagem

♦ Variedades e registro

♦ Fonema /S/ - regras gerais – s , s, c, ç, x, xc, z, sc, sç.

♦ Fonema /Z/ - s , z ou x – regras gerais OSO.

♦ S e Z nas terminações ÊS, EZ e ESA , EZA.

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♦ Separação de sílabas

♦Ortografia

♦Dificuldades ortográficas

♦Pontuação

♦Caça palavras

♦Cruzadinha

♦Diagrama

♦Reorganização de fragmento de texto

♦Frases com erros ortográficos

♦Ordenação de frases

♦Eliminação de repetição de termos na produção textual

♦Jogos diversos: qual é a letra, quebra cabeça, qual é a palavras, advinhas, qual é a

música, jogo de memória- antônimo,sinônimo; jogo alfabeto silábico, jogo de associação

de idéias, dominó, dama.

♦Gramática contextualizada

♦Produção textual

♦Reestruturação textual

♦Reescrita de histórias

♦Ficha de leitura

♦Linguagem formal e informal

♦Emprego do tempo presente, passado e futuro

♦Sílabas travadas pelas consoantes r/s/l/n/z/

♦Plural das palavras

3. JUSTIFICATIVA

O presente Plano de Trabalho Docente justifica-se pela necessidade em

defasagem de estudo, bem como atender e aprimorar o seu processo de ensino

aprendizagem, sanando as dificuldades detectadas.

4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

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-Aulas expositivas e dialogadas

- Pesquisa em sala de aula e na biblioteca

-Trabalho em duplas

-Leitura de textos diversificados (A hora do conto – pelos alunos)

- Música

5.RECURSOS DIDÁTICOS

♦ Livros didáticos e paradidáticos

♦Textos xerocopiados

♦Rádio

♦Sulfites

♦Revistas

♦Gibis

♦Tiras

♦Apagador

♦Jogos

♦TV Multimídia

♦DVD

♦Caderno, lápis, borracha, lápis-de-cor

♦Pendrive e computador

♦Fantoches

♦Quadro de giz

6. AVALIAÇÃO

Tem como princípios acompanhar, analisar, planejar e intervir, sendo orientadora

do processo de ensino e aprendizagem de cada criança. Assume, portanto, a dimensão

formativa ou continuada tendo função diagnóstica, processual, descritiva e qualitativa,

indicando os níveis consolidados pela criança, suas necessidades e as estratégias de

intervenção, sendo assim o aluno frequentará a sala de apoio pelo tempo necessário

para a superação das dificuldades e obtenção de êxito no processo de aprendizagem na

classe comum.

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7. REFERÊNCIAS

COLETÂNEA DE TEXTOS – LÍNGUA PORTUGUESA –SALA DE APOIO À

APRENDIZAGEM- SEED- DEPARTAMENTO DE E.F.

SEED.DIRETRIZES CURRICULARES DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA OS ANOS

FINAIS DO E.F E PARA O E.M. CURITIBA: SEED 2008.

SCHNEUWLY, Bernard & DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na

escola.Campinas: Mercado de Letras, 2004.

SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento

SOUZA, Lusinete Vasconcelos de. As proezas das crianças em textos de opinião.

Campinas: Mercado de Letras, 2003.

BRITTO, Luiz Percival. Contra o consenso. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2003.

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11. 17 Modalidade: Ensino Fundamental (Sala de Apoio)

Disciplina: Matemática

Série: 5ª séries Turmas: A ,B , C, D e E

1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

2.1. Números e Álgebra

. Sistema de Numeração

. Números Naturais

. Múltiplos e Divisores

. Potenciação e Radiciação

. Números Fracionários

. Números Decimais

2.2.Grandezas e Medidas

. Medidas de comprimento

. Medidas de Massa

. Medidas de Áreas

. Medidas de Volume

. Medidas de Tempo

. Medidas de Ângulos

. Sistema Monetário

2.3. Geometrias

. Geometria Plana; Geometria Espacial

2.4. Tratamento da Informação

. Dados , Tabelas e Gráficos; Porcentagem

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

. Um pouco de História dos Números

. Criando símbolos e regras

. Sistema de Numeração Decimal

. Leitura e escrita de números no Sistema de Numeração Decimal

. Os Números Naturais e os processos de contagem

. A Reta Numérica e os Números Naturais

. Adição e Subtração de Números Naturais

. Multiplicação e Divisão de Números Naturais

. Resolução de Problemas

.Sequência dos múltiplos de um número

. Critérios de divisibilidade

. MMC e MDC entre dois ou mais números naturais

. Potenciação

. Quadrados , cubos e Potências

. O expoente 0 e o expoente 1

. Raiz Quadrada

. Inteiro e partes do inteiro

. Números mistos e frações impróprias

. Frações Equivalentes

. Comparação de frações

. Operações de frações

. Inversa de uma fração

. Potenciação e raiz quadrada de frações

. A notação decimal

. Números decimais na forma de fração

. Comparação de números decimais

. Adição subtração divisão e multiplicação de números decimais

. Divisão de números decimais com quociente decimal

. O que é Medir

. Comprimento no Sistema Métrico Decimal

. Medindo perímetros

. Trabalhando com quilograma: seus múltiplos e submúltiplos

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. Medindo superfícies com unidades padronizadas

. Cálculo de áreas usando o metro quadrado como padrão de medida

. O metro cúbico como padrão de medida de volume

. Como medir o tempo

. Transformação de unidades de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos

. Falando um pouco de Ângulo

. Ângulos – elementos e representação

. Medidas de ângulos

. Utilizando o transferidor

. Retas perpendiculares e retas paralelas

. O que é sistema monetário?

. O Sistema Monetário Brasileiro e sua evolução

. Reconhecer e estabelecer relação entre Ponto, Reta, Semi-Reta e Segmento de Reta

. Conceituar e classificar Polígonos

. Diferenciar Círculos e Circunferência , identificando seus elementos

. Reconhecer os sólidos geométricos bem como os poliedros, identificando suas

particularidades

. Identificar diferentes tipos de gráficos bem como a leitura e compreensão dos mesmos

. Resolver situações-problemas que envolvam porcentagem, bem como estabelecer

relação entre

porcentagem e números fracionários e decimais

3. JUSTIFICATIVA

O presente Plano de Trabalho Docente justifica-se pela necessidade em

defasagem de estudo, bem como atender e aprimorar o seu processo de ensino

aprendizagem , sanando as dificuldades detectadas.

4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

. Estimular o aluno para que pense, crie, relacione ideias, descubra e tenha autonomia de

pensamento para tal é necessário fazer uso de atividades que envolvam desafios, jogos,

problemas curiosos

. Realizar dinâmicas criativas que despertem o interesse pela aprendizagem matemática

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. Trabalhar por meio de situações-problema da vivência do aluno, assim como

informações

audiovisuais que tratam de assuntos de atualidade

. Desenvolver o conteúdo com significado

. Enfatizar igualmente os conteúdos estruturantes da Matemática

. Propiciar atividades que permitam ao aluno condições de solucionar exercícios básicos e

complementares e ainda, exposições para apresentações dos conteúdos

5. RECURSOS DIDÁTICOS

. Materiais didáticos, necessários para dinâmicas

. Textos xerocopiados

. Quadro de giz

. Réguas , transferidor, esquadros e compassos

. Calculadoras

. Material gráfico

. Recursos áudio visuais

. Textos diversos

. Exercícios de apoio , utilizando-se de microcomputador com impressora; pendrive

. Aproveitamento do espaço físico da escola

6. AVALIAÇÃO

Tem como princípio acompanhar , analisar, planejar e intervir, sendo orientadora

do processo de ensino e aprendizagem de cada criança.

Assume, portanto a dimensão formativa ou continuada tendo função diagnóstica ,

processual , descritiva e qualitativa, indicando os níveis consolidados pela criança, suas

necessidades e as estratégias de intervenção , sendo assim o aluno frequentará a sala de

apoio pelo tempo necessário para a superação das dificuldades e obtenção de êxito no

processo de aprendizagem na classe comum.

7. REFERÊNCIAS

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335

ANDRINI, Álvaro, VASCONCELOS, Maria José. Novo Praticando Matemática , 1ª ed. São

Paulo: Editora do Brasil,2002.

BONGIOVANNI, VISSOTO, LAUREANO . Matemática e Vida, São Paulo: Ática, 2002.

DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. São Paulo: Ática , 2009.

GIOVANNI, CASTRUCCI, GIOVANI JR. A Conquista da Matemática. São Paulo: FTD

S.A. 1998.

PARANÁ. DIRETRIZES Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental. SEED,

2008.