projeto de piscinas

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1 PROJETO DE PISCINAS

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Page 1: Projeto de piscinas

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PROJETO DE PISCINAS

Page 2: Projeto de piscinas

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Pág. 1- Introdução ......................................................................................................................................... 03 2- Classificação das piscinas ................................................................................................................ 03 3- Localização das piscinas .................................................................................................................. 04 4- Quantidade de usuários e área do tanque ....................................................................................... 04

4.1- Quantidade de usuários ............................................................................................................. 044.2- Relação entre área do tanque e quantidade de banhistas presentes simultaneamente

na piscina .................................................................................................................................... 06 5- Formato, dimensões e materiais de revestimento do tanque ..................................................... 08

5.1- Formato ..................................................................................................................................... 085.2- Dimensões .................................................................................................................................. 085.3- Revestimento do tanque .......................................................................................................... 10

6- Área circundante ao tanque ............................................................................................................. 10 7- Vestiários e instalações sanitárias .................................................................................................. 11 8- Instalações de pronto atendimento ............................................................................................... 12 9- Qualidade da água .............................................................................................................................. 12

10- Sistema de recirculação e tratamento ............................................................................................ 1211- Tempo máximo de recirculação ..................................................................................................... 1412- Seleção do filtro ................................................................................................................................ 16

12.1- Filtros de areia de alta vazão ................................................................................................ 1612.2- Dimensionamento e escolha do filtro ................................................................................. 1712.3- Bombas de recirculação e pré-filtros ................................................................................... 19

13- Localização e seleção dos dispositivos .......................................................................................... 1913.1- Localização ............................................................................................................................. 2013.2- Drenos e ralos de fundo. Válvulas hydro-relief ................................................................. 2113.3- Coadeiras ................................................................................................................................. 2313.4- Dispositivos de retorno ......................................................................................................... 2313.5- Dispositivos de aspiração ...................................................................................................... 24

14- Dispositivos de hidroterapia ........................................................................................................... 2515- Dosadores de produtos químicos ..................................................................................................... 2516- Visores de retrolavagem ................................................................................................................... 2617- Aquecedores ....................................................................................................................................... 2618- Dimensionamento da tubulação ...................................................................................................... 2819- Instalação elétrica ............................................................................................................................. 3020- Refletores subaquáticos .................................................................................................................... 3521- Equipamentos para borda do tanque .............................................................................................. 35

21.1- Escadas ..................................................................................................................................... 3621.2- Trampolins ............................................................................................................................. 3621.3- Escorregadores ........................................................................................................................ 3721.4- Cadeiras do salva-vidas .......................................................................................................... 3821.5- Plataformas de saída .............................................................................................................. 38

22- Acessórios para demarcação ........................................................................................................... 3823- Equipamentos de manutenção ........................................................................................................ 3824- Casa de máquinas .............................................................................................................................. 3925- Abastecimento de água .................................................................................................................... 4026- Tratamento de água .......................................................................................................................... 40

26.1- Noções sobre tratamento químico de água de piscina ....................................................... 4026.2- Principais causas de água colorida ........................................................................................ 42

27- Operação e segurança ....................................................................................................................... 4327.1- Cuidados com produtos químicos ......................................................................................... 4327.2- Cuidados gerais ........................................................................................................................ 43

28- Manutenção dos equipamentos para piscinas em aço inoxidável ............................................. 4429- Exemplo de seleção de equipamentos ............................................................................................ 45Apêndice 1- Relação de Normas da ABNT referentes a piscinas ..................................................... 46Apêndice 2- Exemplos do procedimento de cálculo da tabela 3 ...................................................... 46Apêndice 3- Segurança em Piscinas ...................................................................................................... 47

PROJETO DE PISCINASÍNDICE

Page 3: Projeto de piscinas

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1- INTRODUÇÃO

Este caderno tem o propósito de auxili-ar o planejamento, o projeto, a escolhade equipamentos e a manutenção deuma piscina moderna. As recomenda-ções aqui contidas, baseadas em nossaexperiência, podem em alguns casosdivergir de legislações locais e de ou-tros métodos e critérios de dimensiona-mento. Várias informações estãonormalizadas pela ABNT e são citadascom eventuais adaptações julgadasconvenientes. Os projetos de execuçãodeverão ser elaborados por um enge-nheiro ou arquiteto qualificado.Não são abordados aspectos referentesà saúde pública, à transmissibilidade dedoenças e à importância epidemiológi-ca das piscinas. Nos absteremos tam-bém de tratar do projeto estrutural dotanque, das exigências legais e das re-gulamentações dos organismos oficiaisdesportivos para as piscinas destinadasa competições.Informações complementares sobreequipamentos e dispositivos podem serencontradas em nosso catálogo e nosmanuais de instruções.Pretendemos colaborar para que as pis-cinas sejam locais seguros e saudáveis,que propiciem tranqüilos momentos delazer a seus usuários.Adotamos a definição de piscina conti-da na NBR 9816: �Piscina - conjuntode instalações destinadas às atividadesaquáticas, compreendendo o tanque edemais componentes relacionados como seu uso e funcionamento�.Portanto, a instalação completa de umapiscina compreende:a) o tanque - que é o reservatório des-

tinado à prática de atividades aquáti-cas.

b) a área circundante ao tanque -constituída pela faixa pavimentadanormalmente utilizada como solário.

c) os vestiários, banheiros e insta-lações de pronto atendimento.

d) o sistema de recirculação e tra-tamento - para a filtragem, aqueci-mento (se necessário) e desinfecçãoda água da piscina.

e) a casa de máquinas - onde ficamabrigados alguns dos equipamentosdo sistema de recirculação e trata-mento.

f) os equipamentos de borda - taiscomo escadas, escorregadores, tram-polins, refletores subaquáticos, ca-deira do salva-vidas etc.

g) os equipamentos de manuten-ção - para a remoção da sujeira eresíduos da superfície da água, dasparedes e do fundo do tanque.

2- CLASSIFICAÇÃO DASPISCINAS

A classificação das piscinas quanto aouso, suprimento de água, finalidade,condicionamento da temperatura, ca-racterísticas químicas da água, recinto econstrução está contida na NBR 9819.Quanto ao uso classificam-se em:a) públicas - destinadas ao uso público

em geral (ex.: centros comunitários).b) coletivas - destinadas ao uso exclu-

sivo dos associados a uma entidade(ex.: clubes, escolas e associações).

c) de hospedaria - destinadas ao usode hóspedes (ex.: hotéis, motéis ecasas de banho).

d) residenciais coletivas - destinadasao uso de residentes permanentes(ex.: condomínios, asilos, penitenci-árias e sanatórios).

e) residenciais privativas - destina-das ao uso de famílias.

Em vários tópicos nos referiremos àspiscinas coletivas, de hospedaria eresidenciais coletivas chamando-as, demodo abrangente, de piscinas semi-públicas.

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3- LOCALIZAÇÃO DASPISCINAS

A localização da piscina em relação aosol, vento e árvores é muito importante.Uma piscina exposta à luz solar direta eabrigada do vento proporciona maiorprazer. A presença de árvores nas ime-diações aumenta consideravelmente otrabalho de manutenção, mas apesardisso, deve-se prever áreas de sol esombra ao redor do tanque. A constru-ção de um muro ou cerca fechada podeauxiliar a abrigar a piscina do vento, agarantir a privacidade, aumentar a se-gurança e desencorajar o uso não auto-rizado. O afastamento do tanque daspropriedades vizinhas deve ser no mí-nimo de 1,50 m.As piscinas internas (cobertas-fecha-das) devem ser construídas em um am-biente isolado de forma a impedir que ovapor se distribua para as demais de-pendências da casa. O ambiente deveser bem ventilado e mantido a umatemperatura pelo menos 5º C acima datemperatura da água para reduzir acondensação nas paredes e janelas.

4- QUANTIDADE DEUSUÁRIOS E ÁREA DOTANQUE

4.1-QUANTIDADE DE USUÁRIOS

A determinação do número provável deusuários de uma piscina, para o corretodimensionamento da área do tanque, éainda um problema não totalmenteequacionado.Normalmente os autores tratam somen-te da relação entre o tamanho dapiscina e o limite de freqüência permi-tido.As orientações a seguir tem o intuito deauxiliar o projetista a pré-estabelecer aquantidade provável de pessoas queirão freqüentar a piscina.

a) Piscinas residenciais privativas

As piscinas residenciais são geral-mente dimensionadas de acordo como espaço disponível, paisagismo dolocal e limites de custos impostospelo proprietário.Piscinas destinadas apenas à práticade natação podem ter tanque relati-vamente pequeno, como 3,50 m delargura por 7 m de comprimento,com profundidade variável de1,10 m numa extremidade até1,60 m na outra. Piscinas para práti-ca de mergulho devem ter no míni-mo 3 m de profundidade.O número de pessoas que usam si-multaneamente a piscina geralmentenão é considerado no projeto de pis-cinas residenciais. Assim, um tanquede 5 m de largura por 10 m de com-primento pode acomodar 20 pessoasna água simultaneamente, proporci-onando quase 2,5 m² de área de su-perfície por pessoa.

b) Piscinas semipúblicas e públicas

O projeto de piscinas públicas, cole-tivas, de hospedaria e residenciaiscoletivas deve estar de acordo comas normas governamentais e, naque-las destinadas a competições, estarde acordo com as exigências dosorganismos oficiais desportivos.Piscinas públicas e semipúblicas de-vem ter tamanho suficiente paraacomodar o grande número de pes-soas que as freqüentam no verão,mas não precisam ser projetadaspara uma freqüência excepcionalque se espera em apenas algumasocasiões.É melhor ter-se uma piscina algu-mas vezes sobrecarregada do quepossuir uma grande instalação comcustos excessivos de construção eoperação.

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1ALEBATEUQNATODOTNEMANOISNEMIDARAPSEZIRTERID

SACILBÚPSANICSIPED

OÃÇALUPOPOMIXÁM

OTNEMICERAPMOCOIRÁID

SEÕSNEMID)m(EUQNATOD

00040006000010000200004

005007001100020013

02x2152x2103x5104x0205x32

A quantidade de usuários de umapiscina semipública deve, obvia-mente, ser estabelecido a partir donúmero de residentes, hóspedes ouassociados. Mas sua determinação éextremamente complexa, pois de-pende de vários fatores que devemser levados em consideração, taiscomo:- se a piscina é o principal ponto de

atração.- condições climáticas do local.- se a piscina terá condicionamento

térmico.- proximidade de praia, de outras

piscinas e de alternativas de lazer.Já a freqüência em piscinas públi-cas depende essencialmente do ta-manho da comunidade que será

atendida. Estudos mostram que, paracomunidades com menos de 30.000habitantes, tem-se:- comparecimento médio diário: 2 a

3% da população.- máximo comparecimento diário: 5

a 10% da população.- máximo de banhistas presentes: 1/3

do comparecimento diário.

A tabela 1 serve como diretriz para de-terminar as dimensões do tanque emfunção da população e do máximocomparecimento diário.Nela considerou-se que a área da faixapavimentada que circunda o tanque ésuperior à do tanque e que a profundi-dade máxima do tanque não ultrapassa1,50 m.

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4.2-RELAÇÃO ENTRE ÁREA DOTANQUE E QUANTIDADE DEBANHISTAS PRESENTESSIMULTANEAMENTE NAPISCINA

Tradicionalmente, para se determinar aquantidade máxima de banhistas quepodem estar presentes simultaneamentena piscina, considerava-se que cada ba-nhista ocupa uma certa área do tanque.Essa visão simplista deixa de levar emconsideração os seguintes fatos:- que o número de freqüentadores que

podem estar presentes em uma pisci-na depende da proporçãoentre a áreapavimentada circundante ao tanquee a área da superfície de água (áreado tanque).Veja a figura 1.

Parece claro que, quanto menor for aárea circundante proporcionalmentemais banhistas estarão no interior dotanque, sendo necessária uma maiorárea de superfície de água para cadafreqüentador da piscina. Quanto mai-or for a área circundante ao tanque,maior será a presença de banhistassimplesmente tomando sol ou prati-cando outras formas de lazer.

- que nas partes rasas do tanque,com profundidade até 1,50 m, háuma maior densidade de usuários,pois uma considerável parcela dosbanhistas permanece em pé.Naturalmente a existência de partesprofundas, acima de 1,50 m,

acessíveis somente aos praticantesde natação, implicará na necessidadede se dispor de uma área maior desuperfície de água por banhista. Vejaa figura 2.

- que tanques destinados à prática desalto, com profundidade superior a3 m, embora com baixíssima fre-qüência, devem ter área suficientepara garantir a segurança dos banhis-tas.

- que se deseja estabelecer a quantida-de de usuários que podem estar pre-sentes simultaneamente na piscina, enão no interior do tanque. Constan-temente existem pessoas entrando esaindo do tanque.

Fica claro que a quantidade de ba-nhistas que podem estar presentes em

uma piscina não depende somente daárea do tanque, mas também de comoe quais são suas profundidades e dotamanho da área circundante ao tan-que.Essas considerações serviram de cri-tério para a elaboração da tabela 2,que está contida parcialmente tam-bém na NBR 9818.

FIG. 2

FIG. 1

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2ALEBATATSIHNABROP)²m(AUGÁEDEICÍFREPUSADAERÁ

AERÁOAETNADNUCRIC

EUQNAT

ROP)²m(AUGÁADEICÍFREPUSADAMINÍMAERÁANICSIPANETNEMAENATLUMISETNESERPATSIHNAB

euqnatodsetraPedadidnuforpmoc

5,1edamixám 0 m

euqnatodsetraPedadidnuforpmoc

5,1aroirepus 0 m

arapeuqnatodsetraPedadidnuforp(otlas

)m3aroirepus

adaeráàroirefnIaugáedeicífrepus

eroiamuolaugIadorbodoaroirefniadeicífrepusadaerá

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adorbodoeuqroiaMaugáadeicífrepus

atsihnab/²m4,1

atsihnab/²m1,1

atsihnab/²m7,0

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atsihnab/²m4,1

atsihnab/²m9,0

eatsihnabrop²m03edotnemapiuqerop

otlas

3ALEBATSETNESERPRATSEMEDOPEUQSATSIHNABEDEDADITNAUQ

ETNEMAENATLUMIS²m054EDEUQNATMOCANICSIPAMUME

EUQNATODLATOTAERÁ ETNADNUCRICADATNEMIVAPAERÁEUQNATOA

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EUQNATODSIAICRAPSAERÁSATSIHNABEDAMIXÁMEDADITNAUQ-IDNUFORPMOC

m05,1ÉTAEDAD-ADIDNUFORPMOCm05,1EDROIAMED

²m054²m003²m051

OREZ

OREZ²m051²m003²m054

123392562732

904083053123

346595745005

Para exemplificar o que foi exposto, consi-deremos tanques com as seguintes caracte-rísticas:- sempre com 450 m² de área de

superfície;- com áreas com profundidade até

1,50 m e áreas com profundidademaior de 1,50 m respectivamenteassim distribuidas:

450 m² e zero m²300 m² e 150 m²

150 m² e 300 m²zero m² e 450 m²

- com áreas pavimentadas circundan-tes de 350 m², 750 m² e 1050 m².

A combinação dessas característicasnos permite calcular a quantidade debanhistas que podem estar presentes em12 possíveis piscinas. O resultado dessecálculo, utilizando os critérios fixadospela tabela 2, está mostrado na tabela 3.

Page 8: Projeto de piscinas

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Exemplos do procedimento de cálculopodem ser encontrados no apêndice 2.Analisando a tabela 3, nota-se que umapiscina com tanque de 450 m² pode ad-mitir uma quantidade máxima de usuá-rios que varia de 237 a 643 banhistas,dependendo das dimensões da áreacircundante e da profundidade do tan-que.Conclui-se que a utilização dos dadosda tabela 2, combinados com as infor-mações do capítulo 5, permitem umagrande flexibilidade de projeto, que po-de e deve ser convenientemente apro-veitada pelo projetista.

5- FORMATO, DIMENSÕES EREVESTIMENTO DOTANQUE

5.1-FORMATO

O formato do tanque não está, a princí-pio, sujeito a nenhuma restrição. Porémdeve ser tal que permita uma perfeitarecirculação de água no seu interior eque não comprometa a segurança dosusuários. Não devem existir áreas comágua estagnada e nem ressaltos,reentrâncias, saliências, quinas ou ou-tras singularidades que possam oferecerperigo aos banhistas.As saliências e ressaltos, se existirem,devem ser contínuos desde o fundo atéacima do nível da água e ser perfeita-mente visíveis, como no caso de�ilhas�. Podem também existir fora daárea principal do tanque, como nos ni-chos destinados à hidromassagem. De-vem ter, entretanto, seção transversalconstante ao longo de toda sua altura.

5.2- DIMENSÕES

a) Profundidade

Não há restrições quanto à profundi-dade do tanque, que basicamente

depende da finalidade da piscina.Deve-se levar em consideração que:- profundidade entre 0,60 m e 1,20 m

garantem boas condições de segu-rança aos banhistas e de circulaçãoda água no interior do tanque.

- a profundidade deve ser, no míni-mo, de 1,10 m para a prática de na-tação.

- a profundidade em áreas para saltodepende da altura do equipamento edeve ser pelo menos de 3 m.

- áreas com profundidades inferioresa 0,60 m devem possuir pisoantiderrapante.

- as piscinas infantis devem ter pro-fundidade no máximo de 0,60 m.Junto à borda, a profundidade nãodeve exceder 0,30 m.

Se alguma parte da piscina for do tipo�praia�, com profundidade inferior a0,20 m, é nela necessário colocar ralosde superfície que coletem permanente-mente a água, impedindo seu refluxo,pois nessa área há má recirculação daágua, grande consumo do agente de-sinfetante e contaminação elevada. Aconstrução de praias não é recomendada.

b) Inclinação do fundo

A inclinação do fundo deve ser, nomáximo, de 10% para profundidadesaté 1,80 m. Para profundidades mai-ores, não deve exceder a 33%. Naspiscinas infantis, a inclinação dofundo não deve ultrapassar a 8%.Veja figura 3.

FIG. 3

Page 9: Projeto de piscinas

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c) Paredes

As paredes devem ser verticais oucom inclinação máxima de 5:1(5 vertical para 1 horizontal) até aprofundidade de 1,80 m.Dentro dessa inclinação máxima po-derão existir saliências (sem superfí-cies voltadas para o fundo do tan-que) ressaltadas no máximo de0,20 m (figura 4).

A construção de quebra-ondas não é re-comendada após o advento das coadei-ras de superfície (vide capítulo 13). Sefor construído, é necessário um sistemaque mantenha o nível de água na alturada borda do quebra-ondas. Haverá ne-cessidade também de um tanque de re-cuperação da água extravasada, quedeverá ser tratada antes de ser reintro-duzida no interior do tanque.

Por outro lado, o quebra-ondas ofereceperigo aos banhistas, é inconvenientepara a virada dos nadadores e sua cana-leta, de difícil limpeza, torna-se um de-pósito de detritos e fonte de contamina-ção da água da piscina.

d) Escadas de alvenaria

Escadas de alvenaria devem estarcontidas entre as paredes do tanque,

ou entre paredes contínuas até acimado nível da água, e ser perfeitamentevisíveis. O piso dos degraus deveser antiderrapante e os corrimãos,obrigatórios, devem ser espaçadosentre si de no máximo 2,50 m. Veja afigura 5.

As dimensões dos degraus devem aten-der às fórmulas abaixo:

FIG. 4

FIG. 5

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5.3- REVESTIMENTO DO TANQUE

a) Materiais

Os materiais empregados no revesti-mento devem ser quimicamente iner-tes à água e aos produtos utilizadosno seu tratamento, não tóxicos aohomem ou ao meio ambiente, durá-veis, resistentes e não causar descon-forto ou ferimento aos usuários.Devem possibilitar uma fácil limpe-za e, preferivelmente, não possuirjuntas. O fundo do tanque não podeser de areia ou terra. A superfíciedos degraus e das partes com menosde 0,60 m de profundidade deve serantiderrapante.

b) Cores

Não há restrição quanto às cores,mas fundos claros asseguram umamelhor visualização e identificaçãode objetos no interior do tanque.A existência, na parte mais profun-da, de um ponto com cor contrastan-te, facilita a verificação visual dalimpidez da água.A cor pode ser utilizada como ele-mento de comunicação visual, sendoutilizada para informar e alertar ousuário sobre:- profundidade mínima e máxima do

tanque e pontos com profundidadede 0,60 m, 1,20 m e 1,80 m.

- pontos de mudança de inclinaçãodo fundo.

- existência de singularidades, comoescadas, ressaltos etc.

6- ÁREA CIRCUNDANTE AOTANQUE

Nota-se que comumente a áreacircundante ao tanque não recebe aatenção devida e torna-se o ponto fraco

de uma bom projeto de piscina. Vamosconsiderá-la sob vários aspectos:

a) Paisagismo

Tem como objetivo a complementa-ção estética do espaço ocupado pelapiscina. A escolha correta de espéci-es vegetais e sua localização develevar em conta:- a relação desejada entre áreas de sombra e ensolaradas.

- sua colaboração para o isolamento físico da área circundante.- a necessidade de existência de uma faixa pavimentada circundando o tanque.

- o desenvolvimento de raízes que possam prejudicar a estrutura e o piso ao redor do tanque.

- o acréscimo de poluição que pos- sam vir a causar, devendo-se dar preferência a espécies que não desfolhem com facilidade e que possuam folhas grandes.

b) Faixa pavimentada

Deve ter largura mínima de 1,80 mnas piscinas públicas e de 1,20 m naspiscinas semipúblicas, tendo declivi-dade mínima de 2% a partir da bordado tanque até o sistema de drenagem.O sistema de drenagem, das águaspluviais e da derramada pelos banhis-tas, deve assegurar que não ocorraescoamento de água dos arredorespara o interior do tanque. Portanto,no dimensionamento do sistema dedrenagem devem ser consideradas ascontribuições causadas por paredes,telhados ou quaisquer elementos quecoletem água de chuva e a conduzampara a área circundante ao tanque. Adrenagem deverá ser efetuada por vá-rios pontos e ser super-dimensionadapara evitar transtornos causados porobstruções de grades e ralos.

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A faixa pavimentada deve ser reves-tida com material antiderrapante, la-vável e que não cause danos ou des-conforto excessivo ao usuário, sendobastante comum em nosso meio a uti-lização da chamada pedra mineira.

c) Isolamento físico - Lava-pés

O isolamento físico do tanque e áreacircundante visa a impedir, nas pis-cinas públicas e semipúblicas, oacesso indiscriminado de pessoas aotanque e à área circundante destina-da aos banhistas. Essa separação im-pede que pessoas calçadas transpor-tem para as cercanias do tanque de-tritos e materiais que possam conta-minar a água da piscina. Principal-mente nas piscinas públicas e coleti-vas, o acesso ao tanque deve ocorrerapós passagem obrigatória pelolava-pés. As dimensões mínimas re-comendadas para o lava-pés são de3 m x 3 m. Se existirem obstácu-los laterais que obriguem o percursoao longo do seu comprimento, a lar-gura poderá ser de 0,80 m. O materi-al de revestimento deve atender aosmesmos requisitos dos destinados aotanque e ser antiderrapante. A pro-fundidade recomendada é de 0,20 m,devendo ainda existir sistemas fixosde drenagem e abastecimento quegarantam a manutenção da qualida-de da água no seu interior.Nas piscinas residenciais privativasrecomenda-se a construção de cercasque impeçam o acesso ao tanque decrianças desacompanhadas ou quenão saibam nadar. Por maior queseja o prejuízo estético que possamproduzir, são o único meio eficientede se evitar lamentáveis acidentesque ocorrem com freqüência infeliz-mente elevada. A cerca deve ter pelomenos 1,20 m de altura com portãodotado de fecho automático que só

7- VESTIÁRIOS EINSTALAÇÕESSANITÁRIAS

A boa higiene corporal é de primordialimportância para a diminuição da con-taminação da piscina e manutenção dascondições de sanidade. Por isso reco-menda-se que os banheiros estejam lo-calizados próximos do tanque, comfacilidade de acesso.Obviamente, se os vestiários foremanexos aos banheiros proporcionarãouma comodidade a mais aos usuários,porém a separação de ambientes deveráser cuidadosamente considerada porcausa das áreas úmidas. É bom lembrarque nas piscinas públicas e coletivas éobrigatório o banho de ducha ou chu-veiro, devendo existir corredores de ba-nho em todos os acessos ao tanque.Algumas características são comunsaos vestiários e banheiros:- o piso deve ser lavável e antiderra-

pante, com declividade mínima de2% sob os chuveiros e de 1% nasdemais áreas, não devendo permitirempoçamento de água.

- o pé direito deve ser no mínimo de3 m devendo as paredes ser lisas elaváveis até 1,80 m no mínimo.

- a área de ventilação deve ser pelomenos igual a 1/5 da área do piso.

- o iluminamento mínimo deve ser de250 lux.

Os vestiários e banheiros devem ser di-mensionados a partir do número de fre-qüentadores que podem estar presentessimultaneamente na piscina (vide item4.2). Se outras pessoas, além dos ba-nhistas, também utilizarem os vestiári-os e instalações sanitárias, o número deusuários será o total de ambos.

possa ser destravado por adultos. Oacesso de animais domésticos ao tan-que também poderá ser impedidode-pendendo do tipo de cerca utilizado.

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Os banheiros devem possuir:- uma bacia sanitária para 50 mulhe-

res e uma para 60 homens, localiza-das em recintos com área mínimade 0,9 m², com portas e divisóriasafastadas do piso.

- um mictório para 40 homens(60 cm de calha equivale a um mic-tório).

- um lavatório para 60 usuários.- um chuveiro para 40 usuários.

Os vestiários devem possuir armáriosindividuais (com ventilação permanen-te) ou cabides para sacola em quantida-de suficiente para todos os usuários.A disposição dos armários e bancosdeve facilitar a fiscalização, permitirboa circulação e separar as áreas detrânsito de pessoas calçadas e descalças.São necessários também bebedouros naproporção de um para 400 usuários.

8- INSTALAÇÕES DE PRONTOATENDIMENTO

As piscinas com grande número defreqüentadores devem possuir instala-ções de pronto atendimento para os ca-sos de acidentes e afogamentos.Essas instalações, obrigatórias para pis-cinas públicas e coletivas, consistemem sala dotada de pia com comparti-mento sanitário anexo, localizada nasproximidades do tanque, com acessodesimpedido.A sala deve ter:- área mínima de 9 m² com largura

mínima de 2,50 m.- pé direito mínimo de 3 m com

área de ventilação para o exterior depelo menos 1/8 da área do piso.

- piso e paredes laváveis.- iluminamento mínimo de 500 lux.O compartimento sanitário deve terpelo menos 1,5 m² de área, vaso sanitá-rio, lavatório e porta abrindo para o in-terior da sala.

9- QUALIDADE DA ÁGUA

A salubridade e a segurança oferecidaspor uma piscina estão intrinsecamenterelacionadas com a qualidade da águano interior do tanque.A água da piscina deve estar isenta demicrorganismos patogênicos, ter baixaturbidez e apresentar condições físicas,químicas e físico-químicas que não pre-judiquem a saúde e o bem estar dosusuários e que não causem corrosão oudanos aos equipamentos.Essas características são obtidas atravésdos tratamentos físico (filtração, aque-cimento etc.) e químico (adição de de-sinfetantes e outros produtos químicos)da água do tanque. O conjunto de equi-pamentos com essa finalidade denomi-na-se sistema de recirculação etratamento.

10- SISTEMA DERECIRCULAÇÃO ETRATAMENTO

O sistema de recirculação e tratamentoinclui toda a tubulação, equipamentose dispositivos destinados à filtração,aquecimento e desinfecção da água.Seus principais componentes são: as tu-bulações, filtros, bombas de recircula-ção, pré-filtros, drenos ou ralos de fun-do, coadeiras, dispositivos de retorno,dispositivos de aspiração, dispositivosde hidroterapia, dosadores de produtosquímicos, visores de retrolavagem eaquecedor.Na figura 6 estão representados diagra-mas esquemáticos do sistema de recir-culação. Vamos efetuar uma breve des-crição dos seus componentes:

FILTRO - Sua finalidade é removerpartículas sólidas em suspensão oucoloidais pela passagem da água atra-vés de um meio filtrante. (Vide itens12.1 e 12.2).

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13FIG. 6

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14

BOMBA DE RECIRCULAÇÃO -Obriga a água a fluir através do filtro eretornar ao tanque. Ela deve serdimensionada de acordo com as carac-terísticas do filtro e com a perda de car-ga nas tubulações. (Vide item 12.3).

PRÉ-FILTRO - A função do pré-fil-tro, localizado antes do bocal de sucçãoda bomba, é reter as partículas maiores(folhas, papel etc.) em um cesto coletorpara evitar que elas causem obstruçãodo rotor da bomba. (Vide item 12.3).

DRENO OU RALO DE FUNDO -Deve ser conectado à tubulação de suc-ção da bomba hidráulica. A água queflui através do dreno arrasta toda a su-jeira que tende a se depositar na partemais profunda do tanque. Ele tambémpermite a drenagem total da piscinapara fins de manutenção. Quando a pis-cina for construída em terreno compresença de lençol freático próximo àsuperfície, torna-se necessária a instala-ção de uma válvula HYDRO-RELIEFno dreno, para permitir a entrada deágua do terreno para dentro do tanquequando este for esvaziado. (Vide itens13.1 e 13.2).

COADEIRA - A coadeira é instaladana parede do tanque na altura do nívelda água e conectada à sucção da bom-ba. Sua função é promover um fluxosuperficial da água da piscina e assimrecolher as partículas flutuantes, taiscomo folhas, insetos, óleo etc. (Videitens 13.1 e 13.3).

DISPOSITIVO DE RETORNO - Odispositivo de retorno é instalado naparede do tanque abaixo do nível daágua, e controla a vazão e a direção daágua que retorna à piscina após afiltragem. (Vide itens 13.1 e 13.4).

DISPOSITIVO DE ASPIRAÇÃO - Odispositivo de aspiração é usado quan-do existe uma tubulação de sucção des-tinada exclusivamente à conexão deaspirador. É instalado abaixo do nívelda água da piscina e deve permanecervedado por um �plug�. (Vide itens 13.1e 13.5).

DISPOSITIVO DE HIDROTERAPIA -O dispositivo de hidroterapia produzum jato de água com grande profusãode microbolhas de ar. Esse jato temação hidromassageadora terapêutica.(Vide capítulo 14).

DOSADOR DE PRODUTO QUÍMI-CO - Deve ser instalado na linha de re-torno da água filtrada para a piscina ede acordo com as instruções do fabri-cante (Vide capítulo 15).

VISOR DE RETROLAVAGEM -Permite observar, durante a operaçãode retrolavagem do filtro, a limpeza domeio filtrante ( Vide capítulo 16).

AQUECEDOR - É normalmente insta-lado na linha de retorno da água filtra-da para a piscina. Pode ser a gás, óleo,energia elétrica (resistência elétrica ou�bomba de calor�) ou solar. (Vide capí-tulo 17).

11- TEMPO MÁXIMO DERECIRCULAÇÃO

Os filtros para piscinas devem serdimensionados a partir do volume deágua contido no tanque e do tempo derecirculação desse volume de água.O tempo de recirculação é o temponecessário à filtração de um volume deágua igual ao volume do tanque da pis-cina, ou seja, é o tempo necessário parapassar esse volume de água através dosistema de recirculação e tratamento.

Page 15: Projeto de piscinas

15

4ALEBAT)SAROH(OÃÇALUCRICEREDOMIXÁMOPMET

EDADIDNUFORPEUQNATOD

SANICSIPEDESSALC

ED,SAVITELOC,SACILBÚPAIRADEPSOH

SAVITELOCSIAICNEDISERE

SIAICNEDISERSAVITAVIRP

AMIXÁMEDADIDNUFORP)1atoN(m06,0ÉTA

AMINÍMEDADIDNUFORPEm06,0AROIREFNI

AMIXÁMEDADIDNUFORP)2atoN(m06,0AROIREPUS

AMINÍMEDADIDNUFORP)3atoN(m08,1Em06,0ERTNE

AMINÍMEDADIDNUFORP)4atoN(m08,1AROIREPUS

SAROH2

SAROH4

SAROH6

SAROH8

SAROH6

SAROH6

SAROH8

SAROH21

SATON.m06,0euqodroiamedadidnuforpmeteuqnatodotnopmuhneN-1

06,0arepusadnuforpsiametrapausem06,0edsonemmeteuqnatodasarsiametrapA-2 m..m08,1em06,0ertneedadidnuforpmetanicsipadasarsiametrapA-3

m08,1euqodroiamedadidnuforpmêteuqnatodsotnopsosodoT-4 .

Esse tempo deve ser inferior ao tempomáximo indicado na tabela 4, reprodu-zida da NBR 10339.O tempo máximo de recirculação é es-tabelecido em função da �velocidade�de contaminação da água do tanque, ouseja, quanto maior for a taxa de introdu-ção de impurezas em função do volumede água, maior deve ser a �velocidade�de filtração. Isto significa que um volumede água equivalente ao do tanque deve-rá fluir através do sistema de recircula-ção e tratamento em um tempo menor.

Várias teorias (todas incompletas) fo-ram elaboradas para tentar dimensionarmatematicamente o tempo máximo derecirculação. A partir dessas teorias eda experiência prática foi elaborada atabela 4. Essa tabela leva em considera-ção o grau de freqüência da piscina(classe de piscinas) e o volume de águadisponível por banhistas (profundidadedo tanque). Quanto maior é a freqüên-cia e menor o volume de água por ba-nhista, menor é o tempo máximo derecirculação admitido.

Page 16: Projeto de piscinas

16

Nos filtros de areia de alta vazão, o me-io filtrante é constituído por uma cama-da de areia de sílica de granulometriaadequada, livre de carbonatos e de ma-téria orgânica, com pelo menos 0,30 mde espessura. Essa camada de areia ésuportada por um sistema interno dedistribuição e coleta de água, resistenteà corrosão, deformação física e desgas-te e à prova de entupimento, que distri-bui uniformemente a vazão de águaatravés do meio filtrante.No caso dos filtros com diâmetro acimade 1,30 m existe uma camada de pedre-gulho, entre o sistema interno de distri-buição e a areia, para aprimorar arepartição da vazão pelo meio filtrante.

FIG. 8

12- SELEÇÃO DO FILTRO

12.1- FILTROS DE AREIA DEALTA VAZÃO

Existem vários tipos de filtros, tais comofiltros de diatomita, filtros de cartucho,filtros de areia rápidos ou convencio-nais e filtros de areia de alta vazão.Os filtros de areia de alta vazão são maiscompactos, fáceis de operar e de gran-de eficiência por causa do seu projetohidráulico (fig.7).

FIG. 7

Defletores colocados sob a válvula sele-tora na entrada do filtro espalham aágua sobre a superfície da areia, man-tendo-a nivelada e isenta de cavidades.Os filtros de alta vazão das séries ET, TPII,SC e SR fabricados pela Jacuzzi operamcom taxa de filtração de 880 m³/m²/dia.A Jacuzzi produz também filtros de altavazão da série CF, denominados Con-centric Flow, que operam com taxa defiltração de 1450 m³/m²/dia (máximataxa de filtração permitida pelas NormasTécnicas para filtros de areia) graças aoseu exclusivo sistema interno de distri-buição da água sobre o leito filtrante(Patente Requerida), sendo, portanto,os mais modernos e eficientes filtrosdisponíveis no mercado (fig. 8).

Os filtros da série CF são disponíveiscom até 0,56 m de diâmetro. A capaci-dade de retenção inicial dos filtros dealta vazão, estando o filtro limpo, é departículas de até 20 micra de diâmetro.Após um período de operação de 8 a 16horas essa capacidade de retenção podechegar a partículas de 5 micra de diâ-metro. Isto porque ocorre no meiofiltrante um processo de aglomeraçãode partículas (floculação) que impede apassagem de resíduos cada vez menores.

VÁLVULASELETORA

CESTODEFLETOR

AREIA

SISTEMAINTERNO DEDISTRIBUIÇÃOE COLETA DEÁGUA

Page 17: Projeto de piscinas

17

d) escolher, na tabela 5, um filtro comvazão de filtração imediatamente su-perior à vazão requerida;

e) anotar a vazão de filtração do filtroescolhido. Esta será a VAZÃO DEPROJETO;

f) calcular o TEMPO DE RECIRCU-LAÇÃO.

Esse tempo, obviamente, será inferior aotempo máximo de recirculação.Note que os filtros com até 0,77 m dediâmetro (Séries ET, TP e CF) têm ostanques construídos em material termo-plástico e são totalmente à prova de cor-rosão. Os filtros a partir de 0,91 m de di-âmetro (Séries SC e SR) são construídosem aço carbono e protegidos contra acorrosão por ânodos de magnésio, po-dendo opcionalmente receber um reves-timento interno de resina éster-vinílicae escamas de vidro que os torna à provade corrosão.Para as instalações maiores há alterna-tivas quanto à quantidade e diâmetrodos tanques com pequena variação devazão. Nesses casos, para a escolha daquantidade e diâmetro dos tanques a se-rem utilizados deve-se levar em consi-deração:- o espaço disponível para a casa de

máquinas.- a largura das áreas de acesso e portas.- a possibilidade de manter a piscina

em operação quando se estiver efe-tuando manutenção de algum tanqueou bomba.

- a compatibilidade das bombas de re-circulação fornecidas com as vazõese perdas de carga do sistema de re-circulação e tratamento (ver capítulo18).

As características e dimensões dos vári-os modelos de filtros estão detalhados

Dessa forma é possível reduzir aturbidez da água do tanque a valoresinferiores a 0,5 NTU (NephelometricTurbidity Unit), sendo que o tempo ne-cessário para isso depende das condi-ções iniciais da água e do tempo derecirculação adotado.Todos os filtros da Jacuzzi são dotadosde válvula seletora, que simplifica enor-memente a operação do equipamento.Neles, para se efetuar a limpeza do meiofiltrante, basta inverter o sentido do flu-xo da água, descarregando-a no esgoto.Para isso coloca-se a alavanca da vál-vula seletora na posição �retrolavar�.O fluxo da água, dirigido no sentido in-verso ao da filtração, sobe através daareia provocando a expansão do leitofiltrante, agitando e atritando os grãosde areia e desprendendo a sujeira acu-mulada. Para que a limpeza seja perfeita,a taxa de vazão de retrolavagem deve serde 880 m³/m²/dia, não devendo ocorrerperda de areia para o esgoto após a pri-meira retrolavagem.Os filtros são constituídos por um oumais tanques (sistema de tanques embateria) e são fornecidos com bombaspré-selecionadas para instalações típicas.

12.2- DIMENSIONAMENTO EESCOLHA DO FILTRO

Como explicado anteriormente (videcapítulo 11), os filtros devem ser dimen-sionados a partir do volume de águacontido no tanque e do tempo máximode recirculação.Deve-se adotar o seguinte procedimento:a) calcular o volume do tanque;b) determinar o tempo máximo de recir-

culação, consultando a tabela 4,página 13;

c) calcular a vazão requerida através dofiltro;

Tempo de recirculação = volume do tanque

vazão de projeto

Vazão requerida = volume do tanque

tempo máx. recirculação

Page 18: Projeto de piscinas

18

5ALEBAT

EDOÃZAVOÃÇARTLIF

)h/³m(

OLEDOMOD

ORTLIF

AERÁLATOT

EDOÃÇARTLIF

)²m(

SEUQNAT SABMOB

ORTEMÂIDONRETNI

)m(.TNAUQ

AICNÊTOP)vc(

.TNAUQAICNÊTOP

LATOT)vc(

0,23,31,46,69,6

0,95,115,218,310,51

3,710,810,420,520,33

6,430,340,840,450,66

0,760,180,680,690,69

801231431261261

271291102612342

862882423483

TE0721FC211PT512FC512PT91

3PT224FC914PT624PT9125FC22

5PT035PT2226CS636PT6227CS24

7PT0328CS848CS6328RS459CS242

8RS069RS6601CS84201RS278CS632-2

01RS4529CS242-211RS06211RS45311RS662

01CS842-221RS27221RS06301RS452-231RS663

11RS062-231RS27311RS662-221RS272-2

550,0550,0

11,011,091,0

52,091,043,083,052,0

74,005,056,086,098,0

49,061,113,184,197,1

28,112,233,226,236,2

69,285,346,324,444,4

66,442,564,529,536,6

82,768,748,805,01

72,072,083,083,094,0

65,094,066,094,065,0

77,065,019,066,070,1

77,022,119,073,170,1

25,186,122,138,119,0

73,170,125,173,186,1

22,138,125,173,186,1

25,138,186,138,1

11111

11121

12121

21112

11214

24232

42343

4344

4/13/13/12/12/1

4/31112/1.1

2/1.12/1.1223

35552/1.7

52/1.701015

012/1.7515151

0102020152

51525102

11111

11111

11111

11111

11112

12111

21121

2122

4/13/13/12/12/1

4/31112/1.1

2/1.12/1.1223

35552/1.7

52/1.7010101

0151515151

0202020252

03520304

.)²tf/mpg7,42uoh/²m/³m4,06(aid/²m/³m0541edoãçartlifedaxatanadaesaboãzavmocsortliFuoh/²m/³m7,63(aid/²m/³m088edoãçartlifedaxatanadaesaboãzavmêtsortlifsiamedsosodoT

.)²tf/mpg51

* *

**

**

**

*

Page 19: Projeto de piscinas

19

12.3- BOMBAS DERECIRCULAÇÃO EPRÉ-FILTROS

A altura total de elevação (altura mano-métrica total) das bombas de recircula-ção deve ser superior à perda de cargamáxima no sistema de recirculação etratamento à vazão de projeto. Nos filtrosfornecidos com bombas pré-seleciona-das, essa condição é obedecida esco-lhendo-se tubulações com diâmetrosadequados (vide capítulo 18 - Dimensi-onamento da tubulação) para que a per-da de carga máxima no sistema de re-circulação e tratamento fique abaixo daaltura manométrica total da bomba derecirculação.As bombas de recirculação podem serdo tipo auto-escorvante ou centrífuga.As bombas auto-escorvantes podem serinstaladas acima do nível da água dotanque, pois, após serem enchidas deágua antes de serem acionadas pela pri-meira vez, têm a capacidade de aspirare expulsar todo o ar contido na tubula-ção de sucção. As bombas centrífugasdevem obrigatoriamente ser instaladas

abaixo do nível da água (afogadas).As bombas que acompanham os filtrosJacuzzi são auto-escorvantes até a po-tência de 3 cv e centrífugas acima dessapotência. As curvas características des-sas bombas, bem como suas dimensões,encontram-se no Catálogo de Equipa-mentos para Piscinas.Queremos lembrar que as Normas daABNT recomendam a instalação deuma bomba de reserva nas piscinaspúblicas e semipúblicas, para permitir aoperação normal do sistema de recircu-lação em caso de necessidade de manu-tenção da bomba de recirculação.Antes da bomba, na tubulação de suc-ção, deve existir um pré-filtro para reterimpurezas que poderiam causar entupi-mento do rotor da bomba. O pré-filtro éum equipamento que contém em seuinterior uma tela ou cesto coletor, à pro-va de corrosão, com abertura máximade 7 mm, pelo qual deve passar toda aágua succionada pela bomba. A tampado pré-filtro e o cesto coletor devem serde fácil remoção para permitir sua lim-peza. As bombas para filtros da Jacuzziaté 3 cv de potência (Séries A e B) sãototalmente construídas em termoplásticoe têm o pré-filtro incorporado; acimadessa potência (Séries G e F) são cons-truídas em ferro fundido e têm o pré-filtro (Série SO) montado em sua suc-ção por meio de flange (vide Catálogode Equipamentos para Piscinas).

no Catálogo de Equipamentos para Pis-cinas. As instruções para instalação eoperação estão contidas no Manual queacompanha o produto.

13- LOCALIZAÇÃO ESELEÇÃO DOSDISPOSITIVOS

Sob a denominação genérica de dispo-sitivos trataremos, neste capítulo, doscritérios para seleção e localização daspeças utilizadas para saída e retorno deágua ao tanque, ou seja, dos drenos ouralos de fundo, das coadeiras, dos dis-positivos de retorno e dos dispositivosde aspiração.

Page 20: Projeto de piscinas

20FIG. 9

13.1- LOCALIZAÇÃO

A localização dos dispositivos deve sercuidadosamente estudada para garantiruma perfeita circulação da água dentrodo tanque, impedir a existência de regi-ões com água estagnada, permitir a re-moção de sujeira, resíduos e detritos e adispersão uniforme de desinfetantes eprodutos químicos.Deve-se observar as seguintes orienta-ções gerais:a) os dispositivos de retorno devem

�empurrar� a água para os drenos ecoadeiras ou movimentar a água em

forma de turbilhão para facilitar acaptação de sujeira e resíduos pelosdrenos e coadeiras (fig.9).

b) as coadeiras devem ser localizadasde forma que os ventos predominan-tes tenham a tendência de arrastarpara elas toda a sujeira flutuante.

c) pelo menos um dreno ou ralo de fun-do deve ser colocado na parte maisprofunda do tanque, para recolher asujeira do fundo e permitir a drena-gem total do tanque.

Page 21: Projeto de piscinas

21

d) deve-se concentrar maior quantidadede dispositivos de retorno nas partesdo tanque e que haja possibilidadede estagnação da água, como nocaso de nichos ou reentrâncias(fig.10).

FIG. 10

e) nas �praias�, partes do tanque comprofundidade abaixo de 0,20 m,deve-se colocar uma quantidademaior de dispositivos de retorno.

13.2- DRENOS E RALOSDE FUNDO. VÁLVULASHYDRO-RELIEF

Os drenos e ralos de fundo devem

possuir tampas que não causem danosaos banhistas e que só possam ser re-movidas mediante o uso de ferramen-tas. A velocidade da água na tubulaçãonão deve exceder a 1,8 m/s (vide capí-tulo 18).Nos drenos antiturbilhão, as tampas de-vem dificultar sua total obstrução porbanhistas imprudentes e permitir o es-coamento da água sem a formação devórtices.

Nos ralos de fundo a velocidade daágua através das grades deve ser nomáximo de 0,6 m/s.Por motivo de segurança, para que ne-nhum usuário corra o risco de ficar pre-so à grade sugado pela bomba derecirculação, nunca se deve instalar umúnico ralo de fundo isoladamente.Deve-se adotar um dos seguintes proce-dimentos:a) instalar dois ou mais ralos de fundo

interligados por tubulação e distan-tes entre si de pelo menos 2 m.

b) interligar o ralo de fundo com umacoadeira, não devendo existir válvu-la ou registro na tubulação deinterligação.

c) utilizar um dreno antiturbilhão.

A Jacuzzi tem disponível os seguintesmodelos de drenos antiturbilhão e ralosde fundo:

Page 22: Projeto de piscinas

22

Nos drenos antiturbilhão, com exceçãodo modelo UMD150, é possível insta-lar a VÁLVULA HYDRO-RELIEF.A instalação dessa válvula é obrigatóriaem piscinas construídas em presença dolençol freático próximo à superfície dosolo. Sua função é permitir que a águado lençol freático escoe para o interiordo tanque no caso de seu esvaziamento.Isto alivia a pressão externa exercida

ODNUFEDSOLAROÃZAV

AMIXÁM)h/³m(

OLEDOM OPIT OÃÇALUBUT LAIRETAM

8,38,30,510,510,510,120,120,120,59

54DGB54DGQ51DR

PQ51DRBPQ51DR

Q51DMPQ51DM

BPQ51DMQ03DM

EDARGEOPROCEDARGEOPROCEDARGEOPROCEDARGEOPROCEDARGEOPROC

EDARGEARUDLOMEDARGEARUDLOMEDARGEARUDLOMEDARGEARUDLOM

PSB"2PSB"2PSB"2PSB"2PSB"2

mm57mm57mm57mm061

SBAeEZNORBSBAeEZNORB

EZNORBSBAeEZNORBSBAeEZNORB

EZNORBSBASBA

EZNORB

ATONsoledomsoN Q51DR , PQ51DR e BPQ51DR sadatimiloãtsesamixámseõzavsa

oãtseseõzavsasoledomsiamedsoN.)s/m8,1(oãçalubutanaugáadedadicolevalep.edargadsévartas/m6,0edaidémedadicolevalepsadatimil

OÃHLIBRUTITNASONERDOÃZAV

AMIXÁM)h/³m(

OLEDOM OÃÇALUBUT LAIRETAM

0,90,90,90,90,90,510,120,23

0251COMB0251COM

0251LOM051DMU051DMV002DMV052DMV003DMV

mm05mm05mm05

PSB"2/1.1PSB"2/1.1

PSB"2PSB"2/1.2

PSB"3

SBASBASBA

EZNORBeSBAEZNORBeSBAEZNORBeSBA

EZNORBEZNORB

:ATON .)s/m8,1(oãçalubutanaugáadedadicolevalepsadatimiloãtsesamixámseõzavsA

pelo lençol freático e evita que a estru-tura da piscina flutue ou deforme erompa quando estiver parcial ou total-mente vazia.As demais características e dimensõesdos DRENOS ANTITURBILHÃO,DOS RALOS DE FUNDO e das VÁL-VULAS HYDRO-RELIEF podem serencontradas no Catálogo de Equipa-mentos para Piscinas.

Page 23: Projeto de piscinas

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Conforme já indicado, as coadeiras de-vem ser localizadas de forma que osventos predominantes tenham atendência de arrastar para elas toda asujeira flutuante. Deve-se levar emconsideração também o esquema decirculação da água adotado e o formatodo tanque.As coadeiras da série WII fabricadaspela Jacuzzi operam com vazões entre1,1 m³/h e 11 m³/h e possuem bocaisque permitem sua interconexão com odreno ou ralo de fundo e à tubulação desucção da bomba de recirculação. Paraessas coadeiras é disponível umadaptador para mangueira de aspiradorque torna dispensável a instalação dedispositivos de aspiração em pequenaspiscinas, onde se utiliza apenas umacoadeira.A Jacuzzi produz também coadeiras dasérie SV, adequadas para piscinasresidenciais privativas com até 75 m²de área de superfície da água. Ascoadeiras SV são fornecidas com tampaadaptadora para conexão da mangueirado aspirador.Maiores detalhes e informações sobrecoadeiras podem ser encontradas noCatálogo de Equipamentos para Pisci-nas.

13.3- COADEIRAS

As coadeiras são essenciais para asalubridade da água da piscina, poismovimentam e removem constante-mente a camada superficial da água,funcionando como um �dreno de super-fície�. A água da superfície é justamen-te a mais contaminada, pois apresentamenor teor de cloro e maior quantidadede microrganismos, além dos detritossobrenadantes como folhas, insetos, pa-péis, cabelos, óleos bronzeadores, se-creções buco-nasais etc.As barragens das coadeiras, que limi-tam a espessura da camada de água queé movimentada, devem ajustar-se auto-maticamente a variações de pelo menos0,10 m do nível da água. As coadeirasdevem conter em seu interior um cestocoletor, de fácil remoção e limpeza,para impedir que partículas maiorescheguem à bomba ou ao interior do fil-tro.Recomenda-se instalar:- uma coadeira para cada 75 m² de su-

perfície de água em piscinasresidenciais privativas.

- uma coadeira para cada 50 m² de su-perfície de água em piscinassemipúblicas e públicas.

13.4- DISPOSITIVOS DERETORNO

Os dispositivos de retorno são instala-dos na parede da piscina e servem para

Page 24: Projeto de piscinas

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direcionar e regular a vazão da águaproveniente da tubulação de retorno.Normalmente são colocados de 30 a50 cm abaixo do nível da água dapiscina.Convém lembrar que devem ser locali-zados de forma a garantir uma perfeitacirculação da água dentro do tanque.Deve-se concentrar uma maior quanti-dade de dispositivos de retorno nas re-giões com tendência de estagnação daágua ou com profundidade abaixo de0,20 m.Devem ser instalados pelo menos doisdispositivos de retorno em uma piscina.A quantidade necessária é calculadacom base em um dispositivo para cada50 m² de superfície de água ou um dis-positivo para cada 50 m³ de volume deágua, devendo-se adotar a maior quan-tidade obtida.Na escolha do dispositivo a ser utiliza-do deve-se considerar que a velocidadeda água na saída deve ser no mínimo de3 m/s e que a perda de carga normal-mente seja inferior a 2 mca.A Jacuzzi possui duas séries de disposi-tivos de retorno, a saber:

- Série IF - totalmente construídos emmaterial termoplástico ABS, destina-dos a piscinas de concreto, em fibrade vidro ou de vinil, que permitem odirecionamento do jato de saída atra-vés de uma esfera direcionadora. Ocontrole da vazão é feito escolhen-do-se o diâmetro do orifício da esfe-ra. São colados diretamente à tubula-ção de PVC.

- Série CF - construídos em bronze edestinados a piscinas em concreto. Avazão desejada é obtida girando-seum disco frontal, que permite seleci-onar um entre vários orifícios de diâ-metros diferentes existentes na placainterior. Possuem bocais com roscapara conexão da tubulação.

As dimensões e vazões desses disposi-tivos estão indicadas no Catálogo deEquipamentos para Piscinas.

13.5- DISPOSITIVOS DEASPIRAÇÃO

Os dispositivos de aspiração destinam-se à conexão das mangueiras dos aspi-radores de fundo. São prescindíveis empiscinas pequenas, dotadas de apenasuma coadeira, onde a mangueira podeser conectada à tampa adaptadora doaspirador.Os dispositivos de aspiração devem serinstalados de 20 a 40 cm abaixo do ní-vel da água da piscina. Sua quantidadee distribuição devem ser tais que possi-bilitem acessar com o aspirador todo ointerior do tanque. Note que a Jacuzzidispõe de mangueiras flutuantes paraaspiradores (vide Catálogo de Equipa-mentos para Piscinas) com 1.1/2� dediâmetro e comprimentos de 8 m e10 m.A Jacuzzi produz duas séries de dispo-sitivos de aspiração:

- Série VP - construídos em materialtermoplástico ABS possuem insertocom rosca em latão para a conexãodo adaptador do aspirador. São mon-tados diretamente colados em tubu-lações de PVC. Disponíveis em mo-delos para piscinas de concreto, emfibra de vidro ou de vinil.

Page 25: Projeto de piscinas

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14- DISPOSITIVOS DEHIDROTERAPIA

Os dispositivos de hidroterapia produ-zem jatos de água com mistura de ardestinados à hidromassagem.A hidromassagem proporciona ao usu-ário uma sensação geral de bem estar,alívio de dores musculares e do cansa-ço e todos os benefícios provenientesdo relaxamento.Nos dispositivos de hidroterapia sériePLC da Jacuzzi há uma perfeita mistu-ra de microbolhas de ar em um jatod�água de intensidade adequada. Istofaz com que as bolhas de ar venham ase chocar contra o corpo, produzindo averdadeira ação hidromassageadora.Esses dispositivos podem ser instala-dos em piscinas de concreto ou em fi-bra de vidro.Em piscinas residenciais podem ser ali-mentados pela própria bomba do filtro.

- Série VF - construídos em bronze edestinados a piscinas em concreto,possuem bocais com rosca para a co-nexão da tubulação.

Todos os dispositivos possuem plug defechamento para quando não estiveremem uso. Suas dimensões e outras infor-mações podem ser encontradas no Ca-tálogo de Equipamentos para Piscinas.

Nesse caso, a bomba deve ter potênciae desempenho adequados para a quan-tidade de dispositivos instalados, sendoque a água deve ser desviada dos dis-positivos de retorno para os de hidrote-rapia por meio de registros, devendo aalavanca da válvula seletora do filtroser posicionada na posiçãoRECIRCULAR.Esta é uma solução bastante econômi-ca, mas que apresenta dois inconveni-entes:a) a bomba do filtro deve ter pelo me-

nos 1/2 cv de potência para cadadispositivo.

b) existe a possibilidade de esqueci-mento de retornar a alavanca da vál-vula seletora para a posiçãoFILTRAR e dos registros paradirecionar a circulação de água pe-los dispositivos de retorno, prejudi-cando a filtração da água.

Portanto, é preferível executar umainstalação específica para os dispositi-vos de hidroterapia com bomba e tubu-lação independentes do sistema derecirculação e tratamento. Isto permiteo dimensionamento correto da bombaem função da necessidade do sistema euma flexibilidade maior na escolha doposicionamento e da quantidade dedispositivos de hidroterapia. Mesmoque a bomba seja esquecida em funcio-namento não haverá nenhum prejuízo àfiltração da água.Recomendamos que a bomba do siste-ma de hidroterapia seja em materialtermoplástico ou em bronze, para quenão haja um jato inicial com ferrugemtodas as vezes que a bomba é posta emfuncionamento.Para maiores detalhes consulte o Catá-logo de Equipamentos para Piscinas.

15- DOSADORES DEPRODUTOS QUÍMICOS

Nas piscinas residenciais privativas, a

Page 26: Projeto de piscinas

26

16- VISORES DERETROLAVAGEM

Os visores de retrolavagem permitem

17- AQUECEDORES

Os aquecedores para piscinas são utili-zados para aquecer a água da piscina emantê-la na temperatura desejada pelousuário. Usualmente a água da piscinaé mantida entre 25º C e 26º C, faixa detemperatura também utilizada paracompetições desportivas. Piscinas paralazer muitas vezes são aquecidas atemperaturas mais elevadas.São disponíveis no mercado vários tiposde aquecedores, alimentados por dife-rentes formas de energia, como aquece-dores elétricos (por resistência elétricaou tipo � bomba de calor �), solares, agás, a óleo Diesel, a óleo combustível,a carvão e a lenha.Para o dimensionamento do aquecedorpode-se utilizar dois métodos:a) levando-se em consideração o tem-

po requerido para aquecer a águaaté a temperatura desejada;

b) levando-se em consideração apotência necessária para manter aágua na temperatura desejada.

Dimensionando-se pelo método b, otempo de aquecimento será resultante.Para calcular a potência necessária paramanter a água na temperatura desejadadeve-se possuir as seguintes informações:

adição de produtos químicos para tra-tamento de água é feita, normalmente,diretamente no interior do tanque.As Normas da ABNT recomendam, pa-ra as demais classes de piscinas, a ins-talação de aparelhos para tratamentoquímico e desinfecção da água no pró-prio sistema de recirculação e tratamen-to. Esses aparelhos devem ser instala-dos na tubulação de retorno, após o fil-tro, para evitar a corrosão de peças eequipamentos. Nunca se deve utilizar aprópria bomba do filtro para succionaros produtos químicos dos seus reserva-tórios.Existe uma grande variedade dessesequipamentos. Alguns são dotados debombas dosadoras e outros de dispositi-vos causadores de pressão diferencial,como tubos venturi, hidroejetores, pla-cas de orifício etc. Os destinados à in-trodução de desinfetantes devem serconstruídos de forma a fazê-lo somentecom a bomba de recirculação em fun-cionamento, devendo ser ajustáveis ecapazes de manter níveis residuais ade-quados de desinfetante na água.Cuidados especiais devem ser tomadospara a seleção de aparelhos destinadosao uso de cloro na forma de gás, dadasua alta periculosidade.

observar a cor da água que flui para oesgoto durante o processo de retrolava-gem do filtro. Isto permite uma grandeeconomia de água, pois possibilita ve-rificar quando a retrolavagem do filtrodeve ser interrompida.Os filtros Jacuzzi das séries ET, TP eCF possuem visor de retrolavagemincorporado na própria válvula seletorado filtro. Para os filtros das séries SC eSR a Jacuzzi dispõe do visor deretrolavagem SGA15 (vide catálogo)que deve ser instalado em um desviolateral da tubulação de esgoto (�by-pass�) num tê roscado de 1.1/2� BSP.

Page 27: Projeto de piscinas

27

Para inicialmente aquecer água até atemperatura desejada, a velocidade mé-dia de aquecimento aproximada será:

e o tempo de aquecimento aproximada-mente:

onde:

A= velocidade média de aquecimen-to em ºC/h

qa= potência do aquecedor em kWV= volume de água do tanque da

piscina em m³H= tempo de aquecimento em htd= temperatura desejada para água

em ºCti= temperatura inicial da água em ºC

É importante lembrar que a perda decarga ao interior do aquecedor deveráser levada em consideração no dimensi-onamento da tubulação do sistema derecirculação e tratamento (capítulo 18).Prefira sempre aquecedores com baixaperda de carga. Outra solução é execu-tar um sistema de aquecimento indepen-dente do sistema de recirculação e tra-tamento, ou seja, utilizar um conjuntode drenos ou ralos de fundo, dispositi-vos de retorno, tubulações e bomba ex-clusivamente para recirculação de águaatravés do aquecedor.Em piscinas já existentes, a intercalaçãopura e simples do aquecedor na tubula-ção de retorno da água para a piscinaeleva a perda de carga no sistema de re-circulação, reduzindo drasticamente avazão através do filtro e aumentandoconsideravelmente o tempo de recircu-lação. Além disso há um aumento dapressão no interior do filtro e da

1- temperatura desejada.2- temperatura média ambiente da épo-

ca mais fria em que a piscina é utili-zada.

3- área da superfície de água do tanque.

Normalmente considera-se a perda decalor pelas paredes do tanque desprezí-vel em relação à perda pela superfícieda água.Supondo-se que a piscina esteja ao arlivre, porém protegida de ventos (velo-cidade dos ventos em torno de 5 km/h),pode-se calcular a perda aproximada decalor pela superfície da água pela fór-mula:

onde:

q = potência dissipada em kW(para velocidade dos ventos5 km/h)

S = área da superfície de água em m²td = temperatura desejada para a água

em ºC.ta = temperatura ambiente média da

época mais fria em ºC.

O aquecedor deverá ter potência igualou superior à acima calculada. A tem-peratura será mantida estável por meiode termostato de controle do aquecedor.

Para conversão de unidades de potência:-multiplique kW por 3412 para obterBtu/h.-multiplique kW por 860 para obterkcal/h.

Para ventos mais intensos a potênciaacima calculada deve ser multiplicadapor:-1,5 para ventos de 10 km/h.-1,9 para ventos de 15 km/h.-2,3 para ventos de 20 km/h.

q = 0,06 S (td - ta)

A = 0,43 qa

V

H = 2,33 V (td - ti)

qa

Page 28: Projeto de piscinas

28

18- DIMENSIONAMENTO DATUBULAÇÃO

O dimensionamento das tubulações dosistema de recirculação e tratamento deágua de uma piscina deve ser feito deacordo com a Norma NBR 10339 daABNT.A escolha dos diâmetros dos tubos de-ve ser feita de acordo com a vazão pre-vista para cada trecho da tubulação, deforma que a velocidade da água nãoultrapasse a 1,8 m/s na tubulação desucção (antes da bomba) e a 3 m/s natubulação de retorno (após a bomba).A tabela 6 indica as vazões correspon-dentes a essas velocidades para váriosdiâmetros de tubulação de PVC.

6ALEBATSADADNEMOCERSAMIXÁMSEÕZAV

LEVÁLOCOBUT)mmORTEMÂID(

LEVÁCSOROBUT).MON.MÂID(

52

"4/3

23

"1

04

"4/1.1

05

"2/1.1

06

"2

57

"2/1.2

58

"3

011

"4

041

"5

061

"6

002

-

052

-

003

-

ANOÃZAV)h/³m(OÃÇCUS

ANOÃZAV)h/³m(AGRACSED

2,2

6,3

7,3

2,6

2,6

01

9

51

51

52

12

53

23

35

05

38

08

531

501

571

061

562

062

034

063

006

Por outro lado, a perda de carga totalno sistema de recirculação (tubulações,filtro, ralos de fundo, dispositivos deretorno, aquecedores etc.) deve ser in-ferior à altura manométrica da bombade recirculação à vazão de projeto. Nocálculo da perda de carga total no siste-ma de recirculação deve-se considerar aperda de carga máxima do filtro, ou seja,aquela na qual deve ser efetuada suaretrolavagem. Essa perda de carga é de7 mca para os filtros Jacuzzi das sériesTP, CF, ET e SC e de 10 mca para osfiltros da série SR. A tabela 7 indica osvalores de perda de carga para tubula-ções de PVC.Se a perda de carga total, resultante dostubos escolhidos conforme a tabela 6,for superior à altura manométrica dabomba, dever-se-á escolher tubos demaior diâmetro para os trechos críticosda tubulação (trechos onde a perda decarga é elevada) para diminuir a perdade carga total. Note que os diâmetrosdos bocais da bomba de recirculação eda válvula seletora do filtro não neces-sariamente determinam o diâmetro datubulação.Utilize luvas de redução onde for neces-sário.

válvula seletora, submetendo-os a umacondição de trabalho anormal.A solução do problema consiste na exe-cução de uma tubulação paralela aoaquecedor (�by-pass�), dotada de regis-tro, para que se possa estabelecer umavazão estritamente necessária (a menorpossível) através do aquecedor, mini-mizando assim o aumento de perda decarga na tubulação e não prejudicandoa vazão do filtro.

Page 29: Projeto de piscinas

29

7ALEBATCVPEDSEÕÇALUBUTARAPm001/SORTEMMEAGRACEDADREP

)mm.MÂID(LEVÁLOC)ALOTIB(LEVÁCSOR)mm(ONRETNI.MÂID

OÃZAV)h/³m(

52"4/34,12

23"18,72

04"4/1.1

2,53

05"2/1.1

0,44

06"20,35

57"2/1.2

6,66

58"36,57

011"48,79

041"5

4,421

061"6

2,241

002

8,771

052

2,222

003

6,662OÃZAV)h/³m(

0,12,14,16,18,10,25,20,35,30,45,40,50,60,70,80,901214161810252035304540506070809001021041061081002052003053004054005006007008

4,40,69,701215122039305

3,17,13,29,25,32,43,66,811418112928384

4,06,07,09,01,14,10,28,27,37,47,59,65,9216191322324

1,02,03,03,04,05,07,00,13,16,10,24,23,33,44,57,60,81141812272

1,01,02,02,03,04,05,07,08,00,14,18,12,28,23,36,40,65,73,911613203

1,01,02,02,03,03,05,06,08,09,01,15,10,25,21,38,36,56,701316191

1,01,02,02,03,03,04,05,06,08,01,14,17,11,20,32,45,59,65,8014181

1,01,01,02,02,03,04,05,06,09,02,16,10,25,20,31,44,59,64,801

1,01,02,02,03,04,05,06,08,00,13,17,12,27,22,34,48,54,7

102,02,03,03,04,05,07,09,02,14,17,14,21,39,38,48,55,8

1,01,02,02,03,04,05,06,08,01,13,17,10,29,21,43,5

1,01,02,02,03,04,05,06,07,00,14,18,13,29,24,37,4

1,02,02,02,03,04,06,08,00,12,14,10,26,23,3

0,12,14,16,18,10,25,20,35,30,45,40,5060,70,80,9012141618102520,35304540506070809001021041061081002052003053004054005006007008

EDSORTEMMEETNELAVIUQEOTNEMIRPMOC.ADAZILACOLAGRACEDADREPCVPEDOÃÇALUBUT

)mm.MÂID(LEVÁLOC)ALOTIB(LEVÁCSOR

52''4/3

23"1

04"4/1.1

05"2/1.1

06"2

57"2/1.2

58"3

011"4

041"5

061"6

002 052 003

°09OHLEOJ°54OHLEOJ

°09AVRUC°54AVRUC

ATERID.SSAP°09ÊTLARETALADÍAS°09ÊTOTREBAATEVAG.GERATREBAOBOLG.VLÁV

LANACEDADÍASLAMRONADARTNE

ADROBEDADARTNEOVIRCEÉP.VLÁV

.ZIROH.TER.VLÁVLACITREV.TER.VLÁV

2,15,05,03,08,04,22,0119,04,00,15,97,21,4

5,17,06,04,09,01,33,0513,15,02,1318,38,5

0,20,17,05,05,16,44,0224,16,08,1619,44,7

2,30,12,16,02,23,77,0632,30,13,2818,61,9

4,33,13,17,03,26,78,0833,35,18,2421,711

7,37,14,18,04,28,79,0835,36,13,3522,831

9,38,15,19,05,20,89,0047,30,27,3723,941

3,49,16,10,16,23,80,1249,32,20,4920161

9,44,29,11,13,3011,1159,45,20,5733191

4,56,21,22,18,3112,1755,58,26,5344112

1,74,38,26,18,4416,1279,68,32,7358182

7,82,44,39,19,5710,2986,87,40,9662243

010,50,43,29,6124,2601

016,511876214

sodonretniortemâidO.51essalcsieválocseõçalubutsàednopserrocoluclácarapodazilituonretniortemâidO.sievácsoresieválocsobutsonetnerefidéeoãsserpedessalcadednepedsobut

.orreedmegramaneuqepmocCVPedoãçalubutedopitreuqlauqarapsodazilituresmedopalebatadserolavsOmm003emm052,mm002edseõçalubutarapsadazilacolagracedsadrepsadsetnelaviuqesotnemirpmocsO

.oãçalopartxeropsaditbomarofortemâided

Page 30: Projeto de piscinas

30

Lembre-se ainda que a perda de cargana tubulação de sucção deve ser tal queo NPSH disponível (pressão absolutana entrada da bomba) não seja inferiorao NPSH requerido pela bomba. As cur-vas características das bombas podemser encontradas no Catálogo de Equipa-mentos para Piscinas.O cálculo exato das perdas de carga emsistemas de tubulação com ramificações,como as existentes em piscinas de mé-dias e grandes dimensões, é bastantecomplexo. O sistema deverá ser subdi-vidido em trechos simples, que sempreestarão associados em série ou em pa-ralelo com outros trechos simples.Deve-se determinar as curvas caracte-rísticas desses trechos e depois somá-las,em série ou em paralelo. Normalmenteé mais fácil efetuar-se essa soma grafi-camente. É óbvio que a vazão será amesma através de todos os trechos emsérie, e a perda de carga total será igualà soma das perdas de carga de todos ostrechos.Para os trechos em paralelo a soma dasvazões dos vários trechos é igual à va-zão da tubulação que os alimenta e aaltura manométrica total no ponto deramificação é igual para todos os tre-chos. Nesse caso a vazão em cada tre-cho será inversamente proporcional àperda de carga no referido trecho.Esse dimensionamento é tratado de for-ma ampla nos bons livros de Hidráulicae Dimensionamento de Tubulações.Convém sempre lembrar que pequenosajustes de vazões podem ser efetuadosnos próprios dispositivos de retorno(vide item 13.4). Ajustes mais precisospodem ser obtidos instalando-se vál-vulas em pontos convenientes da tubu-lação.Embora atualmente seja comum utili-zar-se somente tubos de PVC nas instalações de piscinas, deve-se obser-var que quando houver tubulaçõesmetálicas, como nos aquecedores, a

interligação deverá ser feita por cone-xões construídas em metais compatí-veis segundo a escala eletroquímica oupor conexões em material isolante, paraevitar-se ocorrência de corrosãoanódica.É imprescindível instalar válvulas, re-gistros e uniões em pontos adequadosda tubulação para permitir a remoçãopara limpeza dos cestos dos pré-filtros,possibilitar a utilização da bomba reser-va, impedir a perda de água para o es-goto, ajustar as vazões de filtração, re-trolavagem e aspiração e permitir a re-tirada de filtros ou bombas para manu-tenção.A tubulação dos drenos ou ralos de fun-do deve ser dimensionada para a vazãode projeto. A tubulação das coadeirasdeve ser dimensionada:- para 80% da vazão de projeto nas

piscinas públicas e semipúblicas.- para 50% da vazão de projeto nas

piscinas residenciais privativas.Finalmente, nunca interconecte a tubu-lação de esgoto do filtro diretamente narede de esgotos, para prevenir contami-nações. Sempre deve existir uma sepa-ração vertical, sem obstáculos, de pelomenos 30 cm entre a tubulação de es-goto da piscina e o nível de transborda-mento da rede de esgotos.

19- INSTALAÇÃO ELÉTRICA

Cuidados especiais devem ser tomadosquanto ao projeto e execução da insta-lação elétrica de uma piscina, pois ocorpo humano molhado ou imerso emágua possui baixíssima resistência elé-trica e mesmo baixas tensões tornam-sebastante perigosas.A NBR 5410 trata detalhadamente doassunto, que aqui será abordado de for-ma superficial.A Norma subdivide a piscina em trêsvolumes e estabelece prescriçõesespecíficas para cada um deles:

Page 31: Projeto de piscinas

31

Page 32: Projeto de piscinas

32

a) Volume 0 - que compreende o volu-me interno do reservatório e do lava-pés. Nesse volume são permitidossomente equipamentos e componen-tes com grau de proteção IPX8, ouseja, aqueles adequados para sub-mersão contínua em água, alimenta-dos por extra-baixa tensão de segu-rança com tensão nominal não supe-rior a 12 V, em corrente alternada,proveniente de fonte de segurançainstalada fora desse volume. A fontede segurança pode ser um transfor-mador com tela aterrada que separeos circuitos primário e secundário.As linhas elétricas estão limitadas àsnecessárias para alimentação dosequipamentos. Quando as linhas fo-rem aparentes, ou embutidas até5 cm da superfície, deverão serconstituídas por condutoresisolados contidos em eletroduto iso-lante ou por cabo multipolar sem re-vestimento metálico.

b) Volume 1 - limitado pelo piso daárea circundante ao tanque, pela su-perfície vertical situada a 2 m dasbordas do tanque e a 1,50 m dostrampolins, escorregadores etc. epela superfície horizontal situada2,50 m acima do piso e dos trampo-lins, escorregadores etc.Nesse volume são permitidosequipamentos e componentes comgrau de proteção pelo menos IPX4,ou seja aqueles que não são prejudi-cados por projeções de água emqualquer direção. Esses equipamen-tos devem ser alimentados por extra-baixa tensão de segurança com ten-são nominal não superior a 12 V, emcorrente alternada, ou, se forem fi-xos, devem ser classe II (comisolação dupla ou reforçada). As li-nhas elétricas estão limitadas às ne-cessárias para alimentação dos equi-pamentos, constituídas por

condutores isolados ou cabosunipolares,protegidas por dispositi-vo DR de alta sensibilidade (correntediferencial-residual nominal não su-perior a 30 mA) e contidas emeletrodutos metálicos embutidos in-cluídos na ligação equipotencial su-plementar (ver adiante). Nenhumdispositivo de proteção, comando ouseccionamento pode ser instaladoneste volume.

c) Volume 2 - limitado pela superfícievertical externa do volume 1 e poruma superfície paralela a ela, afasta-da de 1,50 m, pelo piso dessa faixa epela superfície horizontal situada2,50 m acima do piso. Nesse volumesão permitidos equipamentos e com-ponentes com grau de proteção pelomenos IPX2 (que não são prejudica-dos por queda de gotas d´água cominclinação máxima de 15º em rela-ção à vertical) para as piscinas co-bertas e pelo menos IPX4 (videitem b) para as piscinas abertas. Es-ses equipamentos podem ser de clas-se II (com isolação dupla reforçada)ou classe I (isolação simples), masprotegidos por dispositivo DR dealta sensibilidade (corrente diferen-cial-residual nominal não superior a30 mA). As linhas elétricas devemser como as do volume 1, sendo ad-mitidas tomadas de corrente.

Nos três volumes não são admitidasmedidas de proteção contra contatosdiretos por meio de obstáculos ou porcolocação fora do alcance. Todos oselementos condutores dos volumes,0, 1 e 2 (sejam eles massas de equipa-mentos fixos ou elementos estranhos àinstalação) e os condutores de proteçãodos equipamentos situados nessesvolumes devem ser reunidos em umaligação equipotencial suplementar lo-cal, que deve incluir, se possível, as

Page 33: Projeto de piscinas

33

armações de concreto armado utiliza-das na construção.A alimentação dos motores das bombasde recirculação deverá ser feito pormeio de um circuito exclusivo, inde-pendente dos demais. Os motores deve-rão estar instalados no interior de umacasa de máquinas e/ou atender às pres-crições estabelecidas para os volumesanteriormente descritos. Os cabos dealimentação dos motores deverão serdimensionados para uma corrente pelomenos 25% maior do que a correnteindicada na placa do motor. Se o con-dutor alimentar mais de um motor, eledeve ser dimensionado para uma cor-rente igual à soma de corrente nominalde todos os motores acrescida de 25%da corrente do maior motor.As tabelas abaixo indicam as secçõesmínimas dos condutores, em função da

distância até a entrada de força e da po-tência do motor, dimensionados pelacapacidade de corrente e pela quedamáxima de tensão de 5%.A partida dos motores elétricos, sempreque possível, deve ser direta (a plenatensão), por meio de um contator. Vári-as concessionárias de energia elétricapermitem a partida direta de motoresaté 5 cv. Existem conjuntos pré-monta-dos para partida direta de motoresconstituídos por contator, relê térmico efusíveis.Para potências maiores usam-se siste-mas de partida que diminuem a tensãoaplicada aos terminais do motor parareduzir a corrente de partida. Usual-mente esses sistemas são constituídosou por uma chave compensadora comautotransformador ou por uma chaveestrela-triângulo.

8ALEBAT)SOTUDORTELEMESODALATSNI(SOBACESOIFED)²mm(OÃÇCES

SOCISÁFONOMSEROTOMEDOÃÇATNEMILAARAP

OÃSNET)V(

AICNÊTOP)vc(

ADARTNEEDRODIDEMOAROTOMODAICNÂTSID)m(RODAMROFSNARTOAUO

01 02 03 04 05 06 08 001 521 051 571 002

011

4/13/12/1

4/31

2/1.1

23

5,15,15,1

5,15,15,2

44

5,15,15,1

5,25,2

4

46

5,15,15,1

5,246

601

5,15,25,2

466

0101

5,25,2

4

6601

0161

5,244

60101

0161

5,246

010161

6152

466

016161

5252

4601

016152

5253

60101

615252

5353

60101

615253

5305

010161

525253

0505

022

4/13/12/1

4/31

2/1.1

23

5,15,15,1

5,15,15,1

5,15,1

5,15,15,1

5,15,15,1

5,15,1

5,15,15,1

5,15,15,1

5,15,1

5,15,15,1

5,15,15,1

5,25,2

5,15,15,1

5,15,15,2

5,25,2

5,15,15,1

5,15,25,2

5,24

5,15,15,1

5,25,2

4

46

5,15,15,1

5,244

46

5,15,15,2

446

601

5,15,25,2

466

601

5,15,25,2

4601

0161

5,25,2

4

6601

0161

Page 34: Projeto de piscinas

34

9ALEBAT)SOTUDORTELEMESODALATSNI(SOBACESOIFED)²mm(OÃÇCES

SOCISÁFIRTSEROTOMEDOÃÇATNEMILAARAP

OÃSNET)V(

AICNÊTOP)vc(

ADARTNEEDRODIDEMOAROTOMODAICNÂTSID)m(RODAMROFSNARTOAUO

01 02 03 04 05 06 08 001 521 051 571 002

022

3/12/14/3

12/1.1

2

35

2/1.7

015102

52

5,15,15,1

5,15,15,1

5,15,2

4

60161

52

5,15,15,1

5,15,15,1

5,15,2

4

60161

52

5,15,15,1

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Nos circuitos de alimentação dos moto-res deverá haver dois tipos de proteção:a) proteção dos condutores contra cur-

to-circuitos por meio de fusíveis oudisjuntores.

b) proteção dos motores elétricos con-tra sobrecarga por meio de relês tér-micos.

Deverá ser executado também umaterramento de proteção, que consistena ligação à terra das massas dos equi-pamentos (motores, aquecedores, qua-dros elétricos etc.) e dos demaiselementos condutores presentes (tubu-lações, tanques dos filtros etc.), paramantê-los todos no mesmo potencialprotegendo as pessoas contra choqueselétricos por contato indireto.

20- REFLETORESSUBAQUÁTICOS

Os refletores subaquáticos para piscinasdevem ser especificamente construídospara essa aplicação, devendo operarcom extra-baixa tensão de segurança de12 V, proveniente de fonte de seguran-ça e ser totalmente estanques, com graude proteção IPX8 (vide capítulo 19).

Os refletores subaquáticos além de per-mitirem a utilização da piscina no perí-odo noturno têm também caráterdecorativo, pois um reservatório deágua bem iluminado proporciona umespetáculo de rara beleza. São instala-dos na parede do tanque, devendo sercapazes de distribuir a luz uniforme-mente, sem produzir zonas com som-bras, e não ofuscar as pessoas queestejam na área circundante ao tanque.Normalmente o número de refletores écalculado para proporcionar um míni-mo de 5 W/m² de superfície para pisci-nas residenciais privativas e 10 W/m²de superfície para piscinas públicas esemipúblicas.A Jacuzzi produz dois modelos de re-fletores subaquáticos, um para piscinasde concreto e outro para piscinas emfibra de vidro ou de vinil. Os refletorespossuem lâmpadas de quartzo-halogêneo de 115 W de potência, ali-mentadas com tensão de 12 V. Devemser instalados com transformadores desegurança, caixas de ligação eeletrodutos, também produzidos pelaJacuzzi, que garantem total conformi-dade do produto com a NormaNBR 5410, conforme descrito no capí-tulo 19. O circuito de alimentação dotransformador deverá conter um dispo-sitivo DR de alta sensibilidade (corren-te diferencial-residual nominal nãosuperior a 30 mA).Detalhes a respeito dos refletores e seusacessórios podem ser encontrados noCatálogo de Equipamentos para Pisci-nas, onde também são encontradas ta-belas para seleção simplificada doscabos de alimentação dos refletores.

21- EQUIPAMENTOS PARAA BORDA DO TANQUE

São equipamentos complementares,que proporcionam segurança, confortoe recreação aos usuários.

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considerada uma entrada e saída naturaldo tanque.É obrigatória a instalação de escada naparte profunda do tanque se sua pro-fundidade for superior a 1,50 m. Se alargura nessa parte ultrapassar 10 m,deverá haver uma escada em cada ladodo tanque.Em qualquer situação o espaçamentomáximo entre escadas e/ou entradas esaídas naturais não deve superar 20 m.Essa distância deve ser medidaretilineamente, não necessariamente aolongo da borda.

21.1- ESCADAS

Destinam-se a facilitar a entrada e saídade pessoas do tanque com segurança ecomodidade. Devem ser construídas emmaterial à prova de corrosão, tendo opiso do degrau característicasantiderrapantes que não causem des-conforto aos banhistas. As escadas de-vem ser firmemente fixadas à bordapara serem utilizadas com segurança,mas deve ser possível sua remoção, ouseja, não devem ser chumbadas na pa-rede e/ou no piso.A Jacuzzi fabrica dois modelos de es-cadas, com 2, 3 ou 4 degraus em mate-rial termoplástico ABS e corrimãos emtubo de aço inoxidável de 38 ou 48 mmde diâmetro. As dimensões eespaçamentos dos degraus atendemperfeitamente as prescrições da NormaNBR 11239, conforme pode ser consta-tado no Catálogo de Equipamentospara Piscinas.Deve-se sempre instalar pelo menosuma escada na parte rasa do tanque. Sea profundidade dessa parte for inferiora 0,60 m, poder-se-á dispensar a insta-lação de escadas, pois nesse caso ela é

21.2- TRAMPOLINS

A instalação de trampolins requer umaanálise cuidadosa das dimensões dotanque, para que sua utilização seja se-gura. Os equipamentos e tanques desalto devem estar de acordo com os re-gulamentos dos organismosdesportivos oficiais.A Norma NBR 11239 impõe restriçõesbastante severas quanto ao uso de tram-polins em piscinas com finalidade nãodesportiva. No Catálogo de Equipa-mentos para Piscinas damos indicaçõesquanto à instalação de trampolins base-adas na prática adotada por outros paí-ses.Pela NBR 11239, a prancha do trampo-lim deve situar-se no máximo 1 m aci-ma do nível da água. A profundidademínima da água deve ser de 3 m, esten-dendo-se num raio mínimo de 3,50 m apartir da projeção da extremidade daprancha sobre o fundo do tanque. A

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distância das bordas laterais do tanqueao trampolim, ou entre trampolins,deve ser no mínimo de 3,50 m. Reco-menda ainda, a Norma, que o compri-mento máximo da prancha dotrampolim seja de 4 m, com a parte embalanço não excedendo 60% do seucomprimento e avançando pelo menos1 m além da borda, no interior do tan-que. Para evitar ofuscamento do mer-gulhador pelo sol, recomenda-se que ostrampolins sejam voltados para o Sul,com uma variação máxima de 30º paraoeste ou leste.As pranchas para trampolins fabricadaspela Jacuzzi possuem núcleo de madei-ra, revestido por resina poliester refor-çada com fibra de vidro e têm asuperfície superior antiderrapante, aten-dendo ao estabelecido na NormaNBR 11239. São disponíveis em duasséries: FD destinadas a piscinasresidenciais e DBC, para piscinas pú-blicas e semipúblicas, com comprimen-to variando 2,40 m a 4,90 m. Sãodisponíveis suportes, série DS, parapranchas até 3,70 m de comprimento.Consulte nosso Catálogo de Equipa-mentos para Piscinas para maiores de-talhes a respeito de trampolins.

21.3- ESCORREGADORES

Também os escorregadores exigemuma profundidade mínima de água para

que possam ser utilizados sem risco deacidentes. Essa profundidade varia deacordo com a altura do escorregadores,sendo de 0,90 m para escorregadoresde 1,40 m de altura, de 1,20 m para1,90 m de altura e de 1,50 m para2,20 m de altura.Os escorregadores Jacuzzi possuemdeslizador construído em resinapoliester reforçada com fibra de vidro eestrutura em alumínio anodizado. Sãodisponíveis na forma reta ou curva enas alturas indicadas acima. Para outrasinformações consulte o Catálogo deEquipamentos para Piscinas.

21.4- CADEIRAS DOSALVA-VIDAS

São cadeiras que permitem ao salva-vidas observar melhor toda a região dotanque da piscina, garantindo-lhe umaampla visão e facilitando sua atuação.O assento da cadeira deve situar-se apelo menos 1,80 m de altura acima daborda do tanque, conforme prescreve aNorma 11238. Essa Norma torna obri-gatória a instalação, em piscinas públi-cas e coletivas, de uma cadeira dosalva-vidas na proporção de uma para600 m² de superfície de água, devendo

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haver no mínimo uma cadeira. Em pis-cinas de hospedaria e residenciais cole-tivas a instalação de cadeira dosalva-vidas é apenas recomendada.A cadeira do salva-vidas FLC-S produ-zida pela Jacuzzi (vide catálogo) tem oassento situado 2,24 m acima do solo,montado sobre uma plataforma de1,88 m de altura. Possui escada deacesso além de suportes para guarda-sol e gancho para bóia.

21.5- PLATAFORMAS DE SAÍDA

São utilizadas em piscinas para compe-tições. A superfície da plataforma desaída deve ser antiderrapante, com in-clinação para a frente máxima de 10º etendo dimensões mínimas de0,50 x 0,50 m.Sua altura deve ser no máximo de0,75 m e possuir pegadouro para saídasde nado de costas. As plataformas desaída FSP atendem a todos esses requi-sitos, conforme mostrado no Catálogode Equipamentos para Piscinas.Apresentam ainda uma vantagem adici-onal: seu sistema de fixação ao solo ga-rante total rigidez durante o uso epermite sua remoção quando não esti-ver sendo utilizada.

22- ACESSÓRIOS PARADEMARCAÇÃO

São utilizados para demarcar áreas dotanque e raias de competição. A Jacuzzitem em sua linha olhais, CAH200, quesão instalados embutidos na parede depiscinas de concreto para receber gan-chos, série RH, com cordas que susten-tam flutuadores em materialtermoplástico modelo SF102.Informações completas estão no Catá-logo de Equipamentos para Piscinas.

23- EQUIPAMENTOS PARAMANUTENÇÃO

São equipamentos que complementamo trabalho realizado pelo sistema derecirculação e tratamento, sendo im-prescindíveis para manter a limpeza dapiscina.

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ASPIRADORES - Destinam-se a re-mover a sujeira e detritos acumuladosno fundo da piscina. Devem ser dota-dos de mangueira flutuante flexível e,no caso de aspiradores domésticos, decabo telescópico de alumínio.

COADOR DE FOLHAS - Utilizadona remoção manual de folhas e partícu-las do interior do tanque.

ESFREGÕES - Empregados na remo-ção da sujeira aderente às paredes dapiscina. São disponíveis com cerdas denylon, para limpeza geral, ou comcerdas de aço inoxidável, para remoçãode algas e sujeira aderente nas junçõesentre azulejos.

ESTOJO DE TESTES - Permite a ve-rificação instantânea do teor de cloro edo pH da água da piscina.A leitura é feita através de uma escalacolorimétrica após a adição de reagen-tes numa amostra de água da piscina.A linha completa dos equipamentos demanutenção fabricados pela Jacuzzi éencontrada no Catálogo de Equipamen-tos para Piscinas.

24- CASA DE MÁQUINAS

Para maior eficiência dos equipamen-tos, a casa de máquinas deve situar-se omais próximo possível do tanque e emnível inferior ao da água da piscina.Isto evita o emprego de tubulações ex-tensas, proporcionado menor custo naconstrução e escorvamento automáticodas bombas.Deve haver espaço suficiente no interi-or da casa de máquinas para comportartodos os equipamentos e permitir a cir-culação de pessoas para operação e ma-nutenção. Recomenda-se que a áreaseja no mínimo duas vezes e meia mai-or que aquela ocupada pelos equipa-mentos e que o pé direito seja no

mínimo de 2,30 m.Todos os controles elétricos e hidráuli-cos devem estar localizados no interiorda casa de máquinas. O ambiente devepossuir boa ventilação, ser bem ilumi-nado, com piso lavável dotado de siste-ma de drenagem e paredes revestidaspor material não absorvente de umida-de. A área de ventilação deve ser pelomenos igual a 1/4 da área do piso e oiluminamento no mínimo de 250 lux.Deve-se prever fácil entrada e saídapara os equipamentos de maior porte,para a eventual necessidade de reparosque não possam ser feitos no interior dacasa de máquinas. As portas devemabrir para fora e ter largura mínima de0,80 m.A instalação elétrica deve estar de acor-do com a Norma NBR 5410. Consultetambém o capítulo 19 a esse respeito.Se a piscina for aquecida, o combustí-vel do aquecedor deverá ser armazena-do em outro local, nunca no interior dacasa de máquinas.Os produtos químicos devem estar emcompartimento separado, pois os gasesexalados atacam os motores elétricos epainéis de comando, bem como as tu-bulações, bombas, tanques dos filtrosetc. se estes forem metálicos. Cuidadosespeciais deverão ser tomados quandofor utilizado gás cloro no tratamento daágua da piscina, tanto no projeto de seucompartimento de armazenagem quan-to na seleção dos equipamentos, poistrata-se de um gás extremamentevenenoso. As Normas NBR 10339,NBR 10819 e NBR 11238 tratam desteassunto.Deve-se impedir que banhistas movi-dos pela curiosidade adentrem à casade máquinas. Deve haver avisos proi-bindo a entrada, além de se isolar a áreaque lhe dá acesso.No interior da casa de máquinas devehaver equipamento de prevenção de in-cêndio (extintores etc.) e possibilidade

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25- ABASTECIMENTODE ÁGUA

Em princípio, a piscina pode serabastecida com água proveniente dequalquer fonte, mesmo daquelas nasquais a água não apresente condiçõesde balneabilidade.Entretanto a piscina só poderá ser utili-zada quando a água, após sofrer trata-mento físico e químico, tornar-sesalubre e segura (veja capítulos 9 e 26).Quando o abastecimento ou reposiçãode água da piscina for feito a partir darede pública ou predial de água potá-vel, é imprescindível a separação aéreaentre o ponto de alimentação e a águada piscina, para que não exista possibi-lidade de contaminação da água potá-vel. Sempre deve haver uma separaçãovertical, sem obstáculos, entre o pontode alimentação e o nível máximo detransbordamento do tanque de, no mí-nimo, duas vezes o diâmetro da tubula-ção e não inferior a 20 cm.Sugerimos que seja instalada uma tor-neira ou bica 20 cm acima da borda dapiscina, em lugar protegido, por exem-plo sob o trampolim ou o escorregador.Nas piscinas residenciais o abasteci-mento pode ser feito por meio de umamangueira conectada a uma torneiraafastada da borda do tanque. Nas gran-des piscinas pode ser construído um re-servatório de compensação, dotado deválvula com bóia, destinado exclusiva-mente à alimentação do tanque econectado ao sistema de recirculação etratamento.

26- TRATAMENTO DE ÁGUA

Conforme indicado no capítulo 9, hánecessidade de efetuar-se tratamentosfísico e químico da água para

conferir-lhe características debalneabilidade. Resumidamente essascaracterísticas são:- não conter microrganismos

patogênicos.- não conter algas.- permitir a perfeita visibilidade da

parte mais profunda do tanque.- estar livre de detritos e de material

estranho à piscina.- apresentar concentração residual de

desinfetantes equivalente a 0,8 a3 mg/l de cloro livre.

- ter o pH mantido entre 7,2 e 7,8.

A Norma NBR 10818 regulamenta ascondições exigíveis da qualidade deágua de piscina.O filtro efetua o tratamento físico daágua, removendo as partículas coloidaise em suspensão, como foi visto no ca-pítulo 12. Noções sobre o tratamentoquímico estão dadas a seguir.

26.1- NOÇÕES SOBRETRATAMENTO QUÍMICODE ÁGUA DE PISCINA

O tratamento químico da água da pisci-na consiste na adição de substânciasque promovem a desinfecção da água(destruindo e não permitindo a prolife-ração de microrganismos) e que a tor-nam quimicamente balanceada (nãoirritando a pele dos banhistas e nãoproduzindo corrosão dos equipamen-tos).Aqui somente estão algumas informa-ções básicas, sendo que maiores detalhessão fornecidos pelos fabricantes dosprodutos para tratamento de piscinas.Características importantes para a salu-bridade da água da piscina são o teor decloro residual livre e o pH. Existem ou-tras características tais como dureza ealcalinidade que deverão serpesquisadas quando for difícil controlaro pH e a turbidez da água.

de se desligar a energia elétrica rapida-mente.

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O teor de cloro livre no lava-pés deveser mantido sempre acima de 3 ppm.

pH (POTENCIALHIDROGENIÔNICO)

O grau de acidez ou alcalinidade daágua é medido pelo valor do pH. A es-cala do pH (potencial hidrogeniônico)varia de 0 a 14, sendo 7 o seu valorpara a água neutra. Valores abaixo de 7indicam água ácida e acima de 7, águaalcalina. A água ácida produz corrosãodas peças metálicas e a água alcalinaprovoca a deposição de substâncias mi-nerais e dificulta a desinfecção. Valoresde pH muito baixos ou muito altos pro-vocam irritação da pele, dos olhos e dasmucosas dos banhistas, devendo, porisso, o pH estar compreendido entre7,2 e 7,8 (levemente alcalino). Alémdisso, a eficiência do cloro como desin-fetante é menor com o aumento do pH,pois há diminuição da quantidade deácido hipocloroso presente na água.As substâncias químicas maiscomumente utilizadas para corrigir opH da água são: ácido muriático, ácidoclorídrico e bissulfato de sódio para di-minuir o pH e carbonato de sódio(barrilha), bicarbonato de sódio ehidróxido de sódio (soda cáustica) paraaumentar o pH.A verificação do teor de cloro livre edo pH deve se feita diariamente utili-zando-se um estojo de testes para pisci-nas.

DUREZA E ALCALINIDADE

O termo dureza da água é comumenteassociado à dificuldade do sabão pro-duzir espuma. Na realidade são águasque possuem teor elevado de sais decálcio e magnésio dissolvidos, que tor-nam a água turva e produzem incrus-tações. Normalmente a dureza da águadeve situar-se entre 200 e 400 ppm

CLORO RESIDUAL LIVRE

O cloro é uma das substâncias químicasmais comumente empregadas para de-sinfecção da água da piscina. Écomercializado sob várias formas: gáscloro, hipoclorito de cálcio (granuladoou pastilhas) hipoclorito de sódio(líquido), cloroisocianuratos (ácidotricloroisocianúrico ou Tricloro-S-Triazina-Triona e dicloroisocianuratode sódio).A função do cloro é a de manter a águaisenta de microrganismos prejudiciais àsaúde, impedir a proliferação de algas ede oxidar as matérias orgânicas presen-tes na água. A demanda de cloro no iní-cio do tratamento da água normalmenteé elevada devido à contaminação exis-tente na água de enchimento.O cloro residual se apresenta sob duasformas: CLORO RESIDUAL LIVRE -que é fortemente ativo e CLORO RE-SIDUAL COMBINADO - que por es-tar combinado com outras substânciaspraticamente não tem eficiência comodesinfetante. A adição de cloro à águadeve ser feita continuamente para man-ter o cloro livre dentro de valores ade-quados. Esses valores medidos em ppm(partes por milhão), equivalente a mg/l,deverão estar entre 0,8 e 3,0 ppm. Nocaso de piscinas estabilizadas, nas quaissão adicionados cianuratos ou ácidocianúrico para diminuir a dissipação decloro devido à exposição à luz solar, oteor de cloro livre poderá situar-se em1,0 e 1,5 ppm. O nível ideal de ácidocianurico é de 30 a 50 ppm.A formação de cloraminas (provenien-tes da reação do cloro com a urina e osuor dos banhistas) fará com que aágua da piscina apresente odor desagra-dável e produza irritação dos olhos.A destruição das cloraminas deve serfeita por meio de uma supercloraçãoque eleve o teor de cloro livre para 5 a10 ppm.

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expressa em quantidade de carbonatode cálcio. O único modo simples de re-duzir a dureza da água é efetuar suasubstituição parcial.A alcalinidade depende da quantidadede bicarbonatos, carbonatos ehidróxidos presentes na água. Quando aalcalinidade é elevada torna-se extre-mamente difícil ajustar o pH da água,que tende a manter-se elevado. Quandoa alcalinidade é baixa, o pH varia bas-tante ao efetuar-se a adição de qualquerproduto químico na água.A alcalinidade total da água deve situ-ar-se entre 60 a 180 ppm. As substânci-as que reduzem o pH diminuem aalcalinidade da água. Utilize bicarbona-to de sódio para elevar a alcalinidadeda água.

FLOCULAÇÃO

Se a água da piscina, quando de seuabastecimento inicial, se apresentar ex-cessivamente turva, pode-se remover asimpurezas em suspensão efetuando-seuma decantação com coagulação. Paraisso adiciona-se sulfato de alumínio àágua, ajusta-se o pH entre 7,4 e 7,6para que ocorra a floculação do sulfatode alumínio e deixa-se a água repousaraté se completar a sedimentação.Após isto, deve-se aspirar todo o mate-rial depositado no fundo do tanque coma válvula seletora do filtro ajustada naposição DRENAR.Também pode-se acelerar o processode floculação que ocorre no meiofiltrante se, após a retrolavagem do fil-tro, se adicionar pequena quantidade desulfato de alumínio no interior do pré-filtro e ajustar-se o pH nos valores aci-ma mencionados.

OUTROS PRODUTOS EPROCESSOS DE DESINFECÇÃO

A Norma NBR 10818 estabelece as

características que substâncias e equi-pamentos devem possuir para poderemser utilizados no tratamento de água depiscina.Aqueles destinados à desinfecção daágua devem ter eficácia no mínimoequivalente à do cloro livre.Alguns produtos, como os compostospor bromo e iodo, não são encontradosem nosso meio. Os baseados em irradi-ação ultravioleta e ozônio devem sercomplementados por produtos quemantenham a presença de residuais. Autilização de íons metálicos (de cobre eprata) é motivo de grandes controvérsi-as, pois existem indicações de que sem-pre deveriam ser utilizadosconjuntamente (o primeiro comoalgicida e o segundo como bactericida)além de serem controlados rigorosa-mente para evitar formação de depósi-tos e a corrosão de equipamentosmetálicos.Os algicidas, normalmente baseadosem sais quaternários de amônia oucompostos de cobre, somente devemser utilizados em casos de grande con-taminação por algas.

26.2- PRINCIPAIS CAUSAS DEÁGUA �COLORIDA�

ÁGUA VERMELHA - É normalmen-te causada pela presença de óxido deferro (ferrugem) na água. Esse óxido deferro algumas vezes é proveniente dacorrosão das tubulações, das conexõese do tanque do filtro devido a água terum pH muito baixo. Outras vezes aágua de enchimento da piscina já é por-tadora de ferro, mesmo sendo clara elímpida, pois a coloração só ocorrequando o ferro é oxidado pela exposi-ção ao ar e ao cloro. O método usual deremoção do ferro é produzir sua preci-pitação por meio da adição de sulfatode alumínio à água, conforme anterior-mente descrito.

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ÁGUA MARROM - É usualmentecausada pela presença de tanino, umácido orgânico presente nas águas dospântanos. Testes da água indicarão umbaixo teor de cloro. O problema é re-solvido pela supercloração da águacom um posterior restabelecimento dopH correto.

ÁGUA VERDE - É geralmente causa-da pela proliferação de algas em virtu-de de um baixo teor de cloro. Paraeliminá-las deve-se efetuar umasupercloração seguida pelo reajusta-mento do pH correto ou, eventualmen-te, utilizar um algicida.27- OPERAÇÃO E

SEGURANÇA

Estes dois aspectos estão intimamenterelacionados, pois uma piscina, cons -truída conforme todas as prescriçõesanteriores, somente será um local segu-ro e saudável se for corretamente man-tida, se forem obsevados cuidados paraprevenir acidentes e existirem meios desocorro imediato a acidentados.As piscinas públicas, coletivas, de hos-pedaria e residenciais coletivas devemestar sob a responsabilidade de um ope-rador habilitado conforme estabelecidona Norma NBR 11238. Embora essaexigência não seja obrigatória paracondomínios residenciais (prédios deapartamentos ou conjuntos residenciaishorizontais) é altamente recomendávelsua adoção naqueles que possuamgrandes piscinas altamente freqüenta-das. Na norma citada estãoestabelecidas as condições para habili-tação do operador de piscinas e suasatribuições e responsabilidade.Os equipamentos que devem estar dis-poníveis nas instalações de pronto aten-dimento (vide capítulo 8) estãodescritos na Norma NBR 11238. Nessanorma também estão contidas as

exigências, para piscinas públicas e co-letivas, quanto a salva-vidas, examesmédicos e orientações aos banhistas.Nos próximos itens estão descritos al-guns cuidados simples e importantesque devem ser tomados em qualquertipo de piscina.

27.1- CUIDADOS COMPRODUTOS QUÍMICOS

Os produtos químicos devem ser arma-zenados em compartimento específicoe separado, devendo ser adequadamen-te manipulados e empilhados. Devemser mantidos fora do alcance de crian-ças e conservados em suas embalagensoriginais. Não devem ser ingeridos,inalados ou entrar em contato com apele e os olhos. Nunca fume ou produ-za fogo nas proximidades de produtosquímicos e, em caso de seu derrama-mento, ventile e limpe imediatamente olocal. Nunca misture produtos químicosdiferentes entre si e sempre adicione oproduto químico à água e não água aoproduto químico.Conserve as instruções dos fabricantese siga-as rigorosamente. Não deveráhaver presença de usuários no tanque eem sua proximidade quando da adiçãode produtos químicos, se esta for efetu-ada manual e diretamente no interior dotanque.

27.2- CUIDADOS GERAIS

As pessoas somente devem ter acessoao tanque após banharem-se com duchaou chuveiro.Devem ser impedidas de utilizar a pis-cina pessoas alcoolizadas, drogadas eque visivelmente apresentem indica-ções de estarem infectadas (olhos infla-mados, corrimentos, afecções da pele epresença de curativos).Devem ser evitados alimentos, bebidas,cigarros, papéis, óleos, protetores

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solares, recipientes de vidro e materiaisestranhos à piscina nas cercanias e nointerior do tanque.Finalmente é importante a existência deum aparelho telefônico nas proximida-des, com lista de telefones de emergên-cia (hospitais, ambulâncias, médicos ebombeiro).

28- MANUTENÇÃO DOSEQUIPAMENTOS PARAPISCINAS EM AÇOINOXIDÁVEL

OBSERVAÇÕES GERAIS

O aço comum fica totalmente recobertode ferrugem quando exposto ao tempo.Esse processo de oxidação, causadopelo oxigênio da atmosfera, poderácausar a corrosão total da peça a menosque ela seja protegida por uma camadade tinta, por um revestimento metálicoetc.Já o aço inoxidável desenvolve sua pró-pria proteção contra a corrosão atmos-férica quando fica a ela exposto.

O SEGREDO DA MANUTENÇÃODO AÇO INOXIDÁVEL É MANTÊ-LO TOTALMENTE EXPOSTO, SEMNENHUM REVESTIMENTO.

O aço inoxidável é uma liga que con-tém cromo e níquel. Uma fina, densa eprotetora camada de óxido de cromo seforma rapidamente em sua superfíciemesmo após sua remoção. Apesar dis-so, a expressão �inoxidável� é relativa,porque ferrugem, corrosão e manchaspodem ocorrer por diversas razões. Porisso existem vários tipos de aço inoxi-dável destinados a diferentes aplica-ções. Os equipamentos para piscinasJACUZZI são executados com aço ino-xidável com 18% de cromo e 8% de ní-quel, que é o mais adequado para essaaplicação.

CARACTERÍSTICAS QUÍMICASDA ÁGUA EM RELAÇÃO AO AÇOINOXIDÁVEL

A água da piscina afetará rapidamenteas peças de aço inoxidável se o seu pHnão for mantido entre 7,2 e 7,8. Se opH for inferior a 7,0, a acidez da águaprovocará corrosão de todas as partesmetálicas dos equipamentos para pisci-na.Se o pH for superior a 7,8 a água seráexcessivamente alcalina e provocará aformação de incrustações e corrosão. Acorrosão ocorre rapidamente sob asincrustações. As superfícies polidas tor-nam-se opacas se o pH for muito altoou muito baixo.Altos valores do pH tornam cinza ounegras as peças cromadas ou de açoinoxidável.Parte do cloro presente combina-secom a água da piscina formando ácidoclorídrico e ácido hipocloroso. Eles po-dem corroer o aço inoxidável, princi-palmente quando o oxigênio é mantidoafastado da sua superfície devido à su-jeira, graxa, incrustações ou óleosbronzeadores. Sais metálicos ou outrassubstâncias presentes na água da pisci-na, podem formar depósitos sobre assuperfícies quando houver evaporação.

LIMPEZA DO AÇO INOXIDÁVEL

Limpe as superfícies de aço inoxidávelcom um pano limpo e úmido e procedacomo indicado a seguir caso existammanchas remanescentes. Remova man-chas causadas por graxa, óleobronzeador ou resíduos flutuantes comum detergente suave. Use vinagre pararemover pontos de incrustações eenxague bem a superfície após a limpe-za.Remova pontos de ferrugem o maisbreve possível para evitar danos maio-res. Utilize lixa de granulação fina para

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remover a ferrugem e pasta de polirpara restabelecer o brilho. Enxaguebem a superfície após a limpeza.Nunca utilize palha de aço, pois a su-perfície ficará recoberta por uma finacamada de aço comum que enferrujaráapós poucas horas.

29- EXEMPLO DE SELEÇÃODE EQUIPAMENTOS

Exemplos de seleção dos equipamentospara piscinas residenciais privativas po-dem ser encontradas no Catálogo deEquipamentos para Piscinas.Abaixo está um exemplo de seleção deequipamentos para uma piscina coleti-va.

- Piscina recreativa de clubeÁrea: 1500 m²Profundidade da extremidade rasa:1 mProfundidade média: 1,40 mVolume: 2100 m³

- Seleção do filtroPiscina coletiva (ver capítulo 2)Tempo máximo de recirculação paraprofundidade mínima entre 0,60 m e1,80 m: (ver tabela 4): 6 horasVazão requerida (ver item 12.2):350 m³/hFiltro escolhido (ver tabela 5 e Catá-logo de Equipamentos para Pisci-nas): 2-272SR12, composto por qua-tro tanques de 1,83 m de diâmetro,em duas baterias de dois tanques,utilizando duas bombas 20FA6com pré-filtros SO8, de 20 cv de po-tência.Vazão de projeto (ver item 12.2):384 m³/hTempo de recirculação (ver item12.2): 5,47 horas

- Seleção dos ralos de fundo (ver item13.2 e capítulo 18):

Escolhidos 4 ralos MD30Q, sendo avazão de cada ralo 95 m³/h e a vazãototal 380 m³/h, aproximadamenteigual à vazão de projeto.

- Seleção das coadeiras (ver item13.3):Recomenda-se 30 coadeiras WCpelo critério de uma coadeira paracada 50 m² de superfície.

- Seleção dos dispositivos de retorno(ver item 13.4):Devem ser utilizados 42 dispositivosde retorno CF20, baseando-se emum dispositivo para cada 50 m³,pois seriam necessários 30 dispositi-vos pelo critério de um para cada50 m². A vazão por dispositivoserá de 9,14 m/h, devendo em prin-cípio serem ajustados para o orifíciode 31 mm de diâmetro (ver Catálogode Equipamentos para Piscinas).

- Seleção dos dispositivos de aspira-ção e aspirador (ver itens 13.5 e 23 eCatálogo de Equipamentos paraPiscinas):Escolhendo-se um aspirador comer-cial VB600, dependendo do compri-mento de mangueira escolhido,deve-se estabelecer a quantidade dedispositivos de sucção VF20 neces-sários, em função do formato dotanque, para que seja possível a lim-peza de todo o fundo da piscina.

- Seleção de escadas (ver item 21.1 eCatálogo de Equipamentos para Pis-cinas):A quantidade de escadas dependerádo formato do tanque.Deverão ser utilizados os modelos2LA, 3LA e 4LA em função da pro-fundidade do local de instalação.Recomendamos escadas da série LApara piscinas coletivas por causa desua maior robustez.

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- Os diâmetros da tubulação (ver capí-tulo 18) deverão ser dimensionadostrecho a trecho.Se as duas baterias estiverem interli-gadas, teremos, nos trechos ondepassa toda a vazão (ver figura 11 etabela 6):Tubulação de retorno: diâmetro250 mm para 384 m³/hTubulação do dreno de fundo: diâ-metro 300 mm para 384 m³/hTubulação da coadeira: diâmetro300 mm para 307 m³/h (80% de384 m³/h)Se as baterias de filtros e respecti-vas tubulações forem independentesentre si, teremos, nos trechos ondepassa toda a vazão de cada bateria(ver figura 11 e tabela 6):Tubulação de retorno: diâmetro200 mm para 192 m³/hTubulação do dreno de fundo: diâ-metro 250 mm para 192 m³/hTubulação da coadeira: diâmetro200 mm para 154 m³/h (80% de192 m³/h).

- Os cabos de alimentação dos moto-res elétricos dependerão da tensãode alimentação e da distância entre acasa de máquinas e o medidor de en-trada ou transformador (ver capítulo19).

Apêndice 1- RELAÇÃO DE NORMAS DA ABNT REFERENTES A PISCINAS

NBR 5410 - Instalações Elétricas deBaixa Tensão

NBR 9816 - Piscina - Terminologia

NBR 9818 - Projeto e Execução dePiscina (Tanque e área circundante)

NBR 9819 - Piscina - Classificação

NBR 10339 - Projeto e Execução dePiscina (Sistema de Recirculação e Tra-tamento)

NBR 10818 - Qualidade de Água dePiscina

NBR 10819 - Projeto e Execução dePiscina (Casa de Máquinas, Vestiáriose Banheiros)

NBR 11238 - Segurança e Higiene emPiscinas

NBR 11239 - Projeto e Execução dePiscina (Equipamentos para a Borda doTanque)

Apêndice 2- EXEMPLOS DO PROCEDIMENTO DE CÁLCULO DA TABELA 3

A seguir estão 3 exemplos do procedi-mento de cálculo utilizado para a ela-boração da tabela 3 da página 05:QUANTIDADE DE BANHISTASQUE PODEM ESTAR PRESENTESSIMULTANEAMENTE EM UMAPISCINA COM TANQUE DE 450 m².Como já informado, pela combinaçãodas características indicadas na página05, podemos ter 12 possíveis piscinas.Escolhemos 3 delas para os exemplosde procedimento de cálculo abaixo:

Exemplo 1Área total do tanque: 450 m²Área do tanque com profundidade até1,50 m: 450 m²Área do tanque com profundidade mai-or de 1,50 m : zeroÁrea pavimentada circundante ao tan-que: 350 m²

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com profundidade máxima de 1,50 m,temos 0,7 m²/banhista.150 m² ÷ 0,7 m²/banhista = 214 banhis-tasNa tabela 2, para área circundante aotanque maior que o dobro da área dasuperfície de água e partes do tanquecom profundidade superior a 1,50 m,temos 0,9 m²/banhista.300 m² ÷ 0,9 m²/banhista = 333 banhis-tasTotal de 214 + 333 = 547 banhistas

Apêndice 3- SEGURANÇA EM PISCINAS

ATENÇÃO - Leia, conserve, siga e di-vulgue estas instruções, que constamdos manuais da Jacuzzi.

ATENÇÃO - O bom senso e a respon-sabilidade pessoal são de fundamentalimportância para garantir condições desegurança em qualquer ato humano.Objetivamos, por meio destas instru-ções, dar orientações gerais sobre a se-gurança em piscinas, sendo obviamenteimpossível abranger todas as situaçõesde risco.

ATENÇÃO - O projeto, a construção,a operação e a utilização da piscina de-vem ser feitos de acordo com as Nor-mas Técnicas e Legislação vigentes,devendo ser observadas também as ins-truções dos fabricantes dos materiais,equipamentos e produtos químicos uti-lizados. Especial cuidado deve sertomado com relação à instalação elétri-ca e aterramento dos equipamentos.

PERIGO - Deve-se impedir que crian-ças tenham livre acesso ao local ondeestá instalada a piscina. Para evitar aci-dentes, as crianças só devem ter acessoà piscina quando acompanhadas poradulto. A construção de cerca com

Na tabela 2, para área circundante aotanque inferior à área da superfície deágua e partes do tanque com profundi-dade máxima de 1,50 m, temos1,4 m²/banhista.450 m² ÷ 1,4 m²/banhista = 321 banhis-tas

Exemplo 2Área total do tanque: 450 m²Área do tanque com profundidade até1,50 m: 300 m²Área do tanque com profundidade mai-or de 1,50 m : 150 m²Área pavimentada circundante ao tan-que: 750 m²

Na tabela 2, para área circundante aotanque igual ou maior e inferior ao do-bro da área da superfície de água e par-tes do tanque com profundidademáxima de 1,50 m, temos 1,1 m²/ba-nhista.300 m² ÷ 1,1 m²/banhista = 273 banhis-tas

Na tabela 2, para área circundante aotanque igual ou maior e inferior ao do-bro da área da superfície de água e par-tes do tanque com profundidadesuperior a 1,50 m, temos 1,4 m²/banhis-ta.150 m² ÷ 1,4 m²/banhista = 107 banhis-tasTotal de 273 + 107 = 380 banhistas

Exemplo 3Área total do tanque: 450 m²Área do tanque com profundidade até1,50 m: 150 m²Área do tanque com profundidade mai-or de 1,50 m : 300 m²Área pavimentada circundante ao tan-que: 1050 m²

Na tabela 2, para área circundante aotanque maior que o dobro da área dasuperfície de água e partes do tanque

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portão dotado de fecho automático éaltamente recomendada.

PERIGO - Não permita que crianças,pessoas idosas ou debilitadas ouportadoras de deficiência física oumental utilizem a piscinadesacompanhadas, sem a supervisãopermanente de um adulto. Esse adultodeve ser um hábil nadador se a profun-didade da piscina superar 1,20 m.

PERIGO - Pessoas idosas ou portado-ras de doenças crônicas ou que tenhamdúvidas quanto ao seu estado de saúdedevem consultar um médico antes deutilizar a piscina.

PERIGO - Não nade sozinho.

PERIGO - Cuidados extras devem sertomados quando se utilizar a piscinaconsumindo bebidas alcoólicas ou dro-gas ou ainda sob a influência de medi-camentos que possam afetar ascondições físicas, psíquicas ou orgâni-cas das pessoas. Consulte sempre seumédico quanto aos efeitos dos remédiosque estiver tomando. Deve ser impedi-do o acesso de pessoas alcoolizadas oudrogadas à piscina.

PERIGO - Não mergulhe em piscinasrasas. Trampolins e escorregadores sópodem ser instalados em piscinas quepermitem sua utilização.

CUIDADO - Não utilize a piscina apósgrandes refeições.

CUIDADO - Recomendamos às pesso-as com cabelos longos (abaixo dos om-bros) prendê-los à altura da nuca ouusar toucas para natação.

PERIGO - Não pratique e não permitaa prática de brincadeiras estúpidas ouimpróprias.

PERIGO - O piso molhado ao redor dapiscina pode tornar-se escorregadio.Não corra. Caminhe com cuidado.

PERIGO - Não leve para a piscina ob-jetos de vidro, frágeis ou que ofereçamqualquer tipo de risco.

PERIGO - RISCO DE CHOQUEELÉTRICO - Mantenha afastados daárea de piscina aparelhos de som, cai-xas acústicas e qualquer outro equipa-mento ligado à rede elétrica.

PERIGO - Não utilize a piscina se asgrades dos ralos de fundo, tampas dosdrenos antiturbilhão, tampas dos dispo-sitivos de sucção ou plugs dos disposi-tivos de aspiração não estiveremcorretamente instalados. Não permitasua utilização para brincadeiras ou suaremoção indevida.

CUIDADO - A falta de tratamentoadequado da água pode permitir a pro-liferação de microrganismospatogênicos.

ATENÇÃO - Manter a qualidade daágua na piscina é extremamente impor-tante, devendo-se efetuar a filtração e otratamento químico da água regular-mente.

CUIDADO - Os produtos químicos de-vem ser armazenados, conservados,manipulados e utilizados corretamente.Conserve as instruções dos fabricantese siga-as rigorosamente.

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