projeto animação
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Maio 2012
Professor Amílcar Martins
E-Fólio B
Arte Nauta: Isabel Emília da Rocha Paiva
Nº: 903322
Turma 1
Projeto Interventivo Animação Artística
O cigarro
em príncipe
que se transformou
Introdução
A arte, a música e a dança são os ingredientes que compõem o projeto que
se apresenta.
O projeto consiste num pequeno jogo em forma de representação teatral e
surge após um momento de retroação sobre as experiências vividas pelas
10 crianças e respetiva educadora do infantário de XXX, aquando de uma
visita ao hospital de Oncologia no YYYY.
Através do jogo, da representação, da dança e da música, conta-se a
história do cigarro que se transformou em príncipe, onde participam as
crianças, a educadora, os pais e a comunidade. Centra-se essencialmente
em quatro objetivos.
Objetivos
1. Estimular o gosto pela música, pela dança e pela expressão dramática;
2. Desenvolver o sentido de criatividade na construção de acessórios;
3. Sensibilizar para a conduta de cidadania;
4. Alertar para os perigos do tabaco.
Relação Pedagógica, segundo modelo pedagógico de Renald Legendre (in Martins,
2002)
Meio - Hospital de oncologia (momento de retroação); Jardim-de-infância e
comunidade envolvente (onde se desenvolve a experiência)
Sujeito - Crianças entre 4 e 5 anos (para quem se destina a experiência)
Objeto - Teatro, música, dança e trabalhos manuais (linguagens mobilizadas na
experiência)
Agente - Animador do projeto com a colaboração da Educadora infantil.
[1] Adaptado de In MARTINS, Amílcar (Coord) (2002: 29). Didática das Expressões. Lisboa: Universidade Aberta
Relação Pedagógica, segundo o modelo pedagógico de Renald Legendre (in Martins, 2002) [1]
Planeamento do projeto
Preparação: durante 4 semanas, antes das férias de Natal do corrente ano.
Apresentação ao público - (30’’): na semana antes do Natal, em dia e hora
a definir.
Avaliação: feita pelo agente animador, pretende avaliar o impacto que o
projeto teve tanto para as crianças, como para o público em geral. Ao
público, será distribuído um inquérito composto por 10 questões fechadas,
tipo (sim/não - pouco/muito) e duas questões abertas destinadas a
sugestões e/ou comentários. Às crianças, ser-lhes-á dada a oportunidade
de falar sobre as experiências vividas, sendo as suas respostas registadas
numa folha preparada para o efeito. Os resultados obtidos determinarão a
continuidade de projetos deste tipo, que terão em conta as sugestões
registadas.
Agente animador:
ArteNauta Isabel Paiva com a colaboração da Educadora Maurícia.
Figuras principais:
Cigarro (o Luís);
Pulmão (o Ruben);
Fada (a Vanessa).
Figuras secundárias
As restantes crianças (7), onde cada uma representa no projeto um dos
órgãos vitais do corpo humano.
Plateia
Os Pais, os educadores, auxiliares e comunidade.
Atividades
construção de acessórios; dança; música e representação.
O projeto, que consta de um mini teatrinho, tem implícito um jogo.
O jogo consiste numa dança a par, que inicia com uma criança tentando
“roubar” o par ao colega.
A cena repete-se com a criança que vai ficando sem par.
O objetivo é ver no final da dança quem fica sozinho.
Descrição do projeto - O cigarro que se transformou em príncipe
Começa o “espetáculo”. Uma música calma e harmoniosa entra pelos nossos ouvidos, num tom relativamente baixo. As crianças (exceto
o Luís, o Ruben e a Vanessa) encontram-se reunidas a decidir quem é a primeira que fica sem par. Enquanto
isto, entra a ArteNauta Isabel Paiva que se coloca à frente no palco e vai falando sobre a importância da música,
enfatizando a dança, a representação e os trabalhos manuais, como fatores de motivação, quando introduzidos
nas atividades das crianças. Após terem decidido quem fica de fora (sem par), as crianças começam a dançar e a
criança que não tem par inicia também a sua investida, no sentido de “roubar” para si o par ao colega.
Entre entusiasmo e empenho, eis que surge muito sorrateiramente o cigarro (Luís).
Todos param e ficam admirados a olhar... Momento de suspense… e o cigarro pergunta: também posso jogar? E
acrescenta: - sou delicioso e se quiserem até me podem saborear!
Entretanto entra a correr esbaforido o pulmão (Ruben) e grita:
- Alto! Nem mais um passo! Já fizeste muitos estragos! Por tua causa, é que não tenho avozinho… Vai-te
embora.
Quando todas as crianças se preparam para correr com o cigarro, a Educadora Maurícia intervém:
-Vá lá, tenham calma, todos sabemos que o cigarro é mau porque faz mal à saúde, mas se calhar ele não tem a
culpa toda, porque nós também temos que saber o que é bom e o que é mau para nós… e prosseguindo
pergunta:
- Que acham se pensássemos juntos, em como ajudar o cigarro a deixar de ser cigarro? Concordam?
E todos responderam numa só voz: - Siiiiiiim!
Era a fada (Vanessa).
Esta, com a sua varinha de condão, toca no cigarro e esmaga-o.
e o cigarro transforma-se em príncipe.
Faz, plim-plim
E assim, felizes e contentes, as
crianças brincam e dançam, não
havendo lugar para vencedores nem
vencidos, porque o cigarro, agora
príncipe, ao juntar-se ao grupo,
permitiu que todos pudessem
dançar e cada um com o seu par.
Conclusão
“A coragem do teatro cria-se desde a infância, do jogar ao “faz-de-conta”, a forma
primeira de fazer teatro. Curiosamente, essa é também a idade dos porquês.
Porquê? Onde? Quem? O faz-de-conta e o questionar são elementos simultâneos da
infância, ambos primordiais na construção do ser humano.
ArteNauta (Viajante, Animador e Educador pela Arte)
Criação de MAE Teresa Alexandrino
O Teatro é o corpo e a voz, é a coragem de se assumir como ser
individual”.
Citado por Amílcar Martins em Palcos e cenas. Março 2012.
Através do teatro, o jogo apresenta-se como instrumento e veículo que conduz a criança ao
desenvolvimento e à exploração do cognitivo, do psicomotor, do afetivo/emocional, da socialização,
perceção sensorial, da expressão e da comunicação. Martins, Amilcar (coord.) 2002, p. 162). Cremos
portanto, que o teatro, ao dar corpo e voz às crianças, permite que estas se assumam e explorem o
artenauta que há em si, fazendo brotar também no outro a vontade de navegarem juntos, nesta viagem
que é o imaginário. Cabe aos agentes educadores darem tempo e espaço para que tudo isto desabroche
nos seus educandos. Contudo devem também eles desabrochar para a mudança, para a inovação e para
a criatividade. Para quê? Para direcionar a sua atuação numa educação para a dança, para a música,
para a cultura e para a arte. Como? Munindo-se de competências pedagógicas e didáticas e que sejam
Pessoa-Artista-Pedagogo. Porquê? Porque lhes permite planear e intervir ativamente em projetos de
animação artística, dando largas à imaginação, à energia interior, deixando que essa energia desabroche
do se EU para o OUTRO.
Tal como nos sugere a Mandala das Artes, pela flor que a compõe, podemos
imaginar um processo de crescimento que vem de dentro (centro) e se expande no
sentido da reflexão, socialização, colaboração, inovação, ou ação, conceitos que se
ligam à dança, ao teatro à plástica, à música, enfim à arte.
Nota:
“boando” e “biajando” nesta admirável viagem, gostaria de referir o prazer que senti na elaboração
deste projeto, que, aquando da sua conceção, permitiu desabrochar o ArteNauta que há em mim. Em jeito
de declaração de honra, gostaria também de salientar que o projeto é da minha inteira e exclusiva
autoria. Emboras as imagens que o ilustram fossem retiradas do Google, foram adaptadas por mim no
Paint, consoante o que pretendia ilustrar.
Isabel Paiva, 903322-Turma 1
Bibliografia
•MARTINS, Amílcar (Coord.) 2002 Didáctica das Expressões. Lisboa: Universidade Aberta.
•Amílcar Martins em Palcos e cenas - Salada saladinha, muito bem temperadinha.
Acedido a 13.05.2012, disponível em:
•http://agoranos.serafimleite.com/index.php?option=com_content&view=article&id=463:palcos-e-
cenas-salada-saladinha-muito-bem-temperadinha&catid=25:agora-nos
Comentários do Professor Amílcar Martins
Viva Isabel Paiva! O seu E-fólio B está muito bem desenvolvido, e
corresponde inteiramente aos indicadores de avaliação que previamente
anunciei. A classificação atribuída é de 4 valores. PARABÉNS!
Saudações do Amílcar Martins
Avaliação obtida
4,00 / 4,00
100,00%