projeto ana vanessa

32
INTRODUÇÃO A continência urinária na mulher é atribuída à interação de vários fatores, destacando-se a capacidade de transmissão da pressão abdominal para a uretra e sua integridade anatômica e funcional, bem como das estruturas responsáveis por seu suporte específico, do colo vesical e das demais estruturas que constituem o Assoalho Pélvico (AP) (Catium, 2004). O assoalho pélvico é um conjunto de partes moles que fecham a pelve, sendo formado por músculos, ligamentos e fáscias. Suas funções são de sustentar e suspender os órgãos pélvicos e abdominais, mantendo as continências urinária e fecal (Oliveira & Lopes, 2006). Essa estrutura pode sofrer alterações durante as diferentes fases da vida da mulher como na gravidez, parto e no envelhecimento fisiológico. Estes fatores podem comprometer a integridade do AP e conseqüentemente acarretar incontinência urinária (Strohbehn, 1998). A IU é definida como “perda involuntária de urina que é um problema social e higiênico” e pode causar diversas alterações na qualidade de vida das mulheres que possuem (Lopes & Higa, 2006) Durante a gestação o corpo feminino sofre uma série de modificações para adaptar-se ao estado gravídico, são ajustes fisiológicos no organismo materno com o objetivo de criar ambiente propício para o desenvolvimento do feto. As 1

Upload: anon-739502

Post on 06-Jun-2015

692 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: PROJETO ANA VANESSA

INTRODUÇÃO

A continência urinária na mulher é atribuída à interação de vários

fatores, destacando-se a capacidade de transmissão da pressão abdominal

para a uretra e sua integridade anatômica e funcional, bem como das

estruturas responsáveis por seu suporte específico, do colo vesical e das

demais estruturas que constituem o Assoalho Pélvico (AP) (Catium, 2004).

O assoalho pélvico é um conjunto de partes moles que fecham a pelve,

sendo formado por músculos, ligamentos e fáscias. Suas funções são de

sustentar e suspender os órgãos pélvicos e abdominais, mantendo as

continências urinária e fecal (Oliveira & Lopes, 2006).

Essa estrutura pode sofrer alterações durante as diferentes fases da

vida da mulher como na gravidez, parto e no envelhecimento fisiológico. Estes

fatores podem comprometer a integridade do AP e conseqüentemente

acarretar incontinência urinária (Strohbehn, 1998). A IU é definida como “perda

involuntária de urina que é um problema social e higiênico” e pode causar

diversas alterações na qualidade de vida das mulheres que possuem (Lopes &

Higa, 2006)

Durante a gestação o corpo feminino sofre uma série de

modificações para adaptar-se ao estado gravídico, são ajustes fisiológicos no

organismo materno com o objetivo de criar ambiente propício para o

desenvolvimento do feto. As mudanças ocorridas durante a gravidez são

decorrentes principalmente da interação de 4 fatores como alteração do

“status” hormonal, aumento do volume sangüíneo total, crescimento fetal e

alterações do centro de gravidade e da postura (Polden & Mantle, 2000).

A prevalência de incontinência urinária (IU) durante a gestação tende a

aumentar significantemente nos últimos dois trimestres (Hidvman et al, 2002)

tendo como principais sintomas urinários relatados neste período a noctúria,

policiúria e urgência miccional. (Scarpa et al, 2006 ).

O incremento do peso corporal materno e o peso do útero gravídico

aumentam a pressão sobre a musculatura do AP na gestação. O aumento do

índice de massa corpórea (IMC) na gravidez, são fatores que diminuem a força

dos músculos do AP (Polden & Mantle, 2000).

1

Page 2: PROJETO ANA VANESSA

O Diabetes é associado ao risco aumentado de incontinência

urinária (IU). ???, Porém, na literatura existem poucos trabalhos que

relacionam o Diabete Melito Gestacional (DMG) com a IU ou DMAP.

Entretanto, um estudo recente demonstrou que a incidência de incontinência

urinária era maior em gestantes com DMG prévio (Barbosa et al, 2007).

O DMG caracteriza-se por intolerância à glicose de intensidade

variável, detectado pela primeira vez durante a gestação (ADA, 2005), podendo

levar a maior freqüência de anormalidades quando comparada a uma gestação

normal (Montenegro et al, 2000).

É a complicação médica mais comum da gravidez (Katz et al,

2002), e sua incidência varia de 3 % à 7% dependendo da população estudada

e dos critérios de diagnósticos utilizados. No Brasil estima-se que a prevalência

seja de 2,4% à 7,2% (Miranda & Reis, 2006).

A avaliação funcional e o acompanhamento das modificações que

ocorrem na musculatura do assoalho pélvico durante a gestação irão elucidar o

melhor entendimento dessas alterações deste período (Morkved et al, 2004).

A avaliação da força do assoalho pélvico é um importante parâmetro

no meio clínico e científico. Os métodos de avaliação utilizados para mensurar

a habilidade de contração são: observação clínica, palpação digital,

perineomêtria, ultra - som, ressonância magnética e E.M.G (Peschers et al,

2006; Bo & Sherburn, 2005).

O exame bidigital da vagina é o método mais comumente utilizado na

avaliação da musculatura do assoalho pélvico. Este fato deve-se ao baixo

custo e a facilidade da sua realização, tendo em vista que não requer qualquer

tipo de equipamento. Este método é bem tolerado pelas pacientes, pois pode

ser considerado minimamente invasivo. Entretanto, a sua correlação com

métodos objetivos de avaliação do AP e sua reprodutibilidade ainda são

bastante questionáveis (Hundley et al 2005; Amaro et al, 2003; Amaro et al,

2005).

A International Continence Society (ICS) em 2005 em seu consenso, se

refere à palpação vaginal como método fácil de avaliar o assoalho pélvico em

sua função de contração e relaxamento e ainda para testar e reproduzir a dor

sentida pela paciente durante a contração (Messelink B et al, 2005).

2

Page 3: PROJETO ANA VANESSA

O perineômetro foi descrito como método objetivo para avaliação da

força muscular do AP (Kegel, 1948). Pode-se utilizar uma sonda vaginal ou

anal na avaliação objetiva do AP com perineometria (Shull, 2002). É um

método simples, pouco invasivo e de baixo custo (Hundley et al, 2005). A

International Continence Society (ICS), em 2005, validou a perineometria como

método fidedigno na avaliação objetiva da força muscular do AP (Messelink et

al,2005).

A EMG registra os potenciais elétricos gerados pela despolarização

das fibras musculares em repouso e durante a contração voluntária. Na prática

clínica, os eletrodos de superfície são mais comumente utilizados na região

perineal devido a maior sensibilidade. Fisiologicamente, os músculos do

assoalho pélvico diferem de outros músculos estriados esqueléticos, pois

mantêm atividade eletromiográfica constante, exceto durante a micção,

defecação e manobras de Valsava. (Wester & Brubaker, 1998).

Na avaliação funcional dos MAP, podemos observar a diminuição da

força muscular que ocorre com a idade e paridade e pode levar à redução da

consciência da contração e conseqüentemente da função muscular, com isso

identificamos se há recrutamento muscular correto e predizemos alterações

nos MAP (Thompson, 2004).

São escassos na literatura estudos que relacionam o DMG com a

IU e a DMAP, justificando assim a importância da avaliação da musculatura do

assoalho pélvico e outras variáveis que poderiam influenciar na disfunção

destes músculos em gestantes com este diagnóstico.

3

Page 4: PROJETO ANA VANESSA

OBJETIVOS

- O objetivo deste trabalho é avaliar a força da musculatura do

assoalho pélvico em gestantes multíparas normais comparando-se com

gestantes portadoras de Diabetes Melito Gestacional.

-Determinar a prevalência de incontinência urinária nesta população.

-Investigar se as gestantes que apresentam incontinência urinária

possuem alguma alteração em sua qualidade de vida.

4

Page 5: PROJETO ANA VANESSA

PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

O projeto de pesquisa intitulado “Avaliação da musculatura do assoalho

pélvicos (MAP) e determinantes da prevalência de Incontinência Urinária

em gestantes normais e com Diabetes Melito Gestacional (DMG)” terá seu

plano de trabalho desenvolvido em 2 anos, no período compreendido de 2009

a 2010. Durante o ano de 2009 serão realizados levantamentos bibliográficos e

coleta de dados. No ano de 2010, será feita análise estatística dos dados e

realizada a redação da dissertação de mestrado.

Cronograma do Plano de Trabalho

ANO

PLANEJAMENTO

1o SEMESTRE 2o SEMESTRE

2009

- Levantamento

bibliográfico;

- Início da coleta de dados;

- Coleta de dados

2010

- Início da análise dos

resultados e análise

estatística- Redação da Dissertação

de Mestrado.

PACIENTES E MÉTODOS

5

Page 6: PROJETO ANA VANESSA

Serão avaliadas 132 gestantes divididas em 2 grupos. O grupo (GN)

composto por 66 gestantes normais e o grupo (GD) formado por 66 gestantes

com diagnóstico de DMG, acompanhadas no ambulatório de Pré-natal ou

internadas na Maternidade no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina

de Botucatu - UNESP.

Serão selecionados gestantes que preencherem os critérios de

inclusão para ambos os grupos e logo após elas serão orientadas sobre a

avaliação e os procedimentos que poderão ser realizados após sua autorização

e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO I).

A - Critérios de Inclusão das pacientes para o grupo de gestantes

normais:

-Gestante (2 ou 3 partos anteriores, tipo cesárea);

-Concordar e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

B- Critérios de Inclusão para o grupo de gestantes diabéticas:

-Gestantes (2 ou 3 partos anteriores, tipo cesárea);

-Ter diagnóstico de DMG entre a 24ª e 28ª semana gestacional;

-Concordar e assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

C-Critérios de não inclusão em ambos grupos:

-Ter diagnóstico prévio de DM, hipertensão arterial, disfunções

urinárias prévias, doenças neuromusculares, alterações cognitivas, cirurgias

abdominais, gestação gemelar.

6

Page 7: PROJETO ANA VANESSA

Entre a 34 e 38 semana gestacional, irá ser aplicado um questionário

de avaliação clínica (ANEXO II) e logo após deverá ser realizada as avaliaçôes

(subjetiva e objetiva) do AP, eletromiografia e a aplicação de um questionário

sobre qualidade de vida em mulheres incontinentes (ANEXO III), naquelas que

apresentarem alguma alteração. Descreveremos cada um desses parâmetros a

serem estudados:

a) Questionário de avaliação clínica

Na avaliação clínica serão obtidos os dados pessoais, história

clínica, ginecológica e obstétrica, e antecedentes familiares.

Serão feitas medidas do Índice de Massa Corpórea nas gestantes,

utilizando a seguinte fórmula: IMC= P/H², onde P= peso ; H= altura.,

Classificação?

b) Exame ginecológico

Esse acompanhamento será feito rotineiramente pelos obstetras

responsáveis pelo Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia.

c) Avaliação subjetiva do assoalho pélvico

As pacientes deverão ser posicionadas em decúbito dorsal, desnudas

da cintura pra baixo, com os membros inferiores (MMII) fletidos e abduzidos,

apenas recobertas com um lençol. Inicialmente as gestantes serão orientadas a

maneira correta de realizar a contração do AP (realizar uma força como se

fosse “segurar” a urina). Após o examinador deverá introduzir os dedos médio

e indicador no intróito vaginal, na posição posterior e anterior e após deverá

pedir para a gestante realizar 3 contrações perineais com intervalo de 1 minuto

entra elas, logo assim, deverá ser registrada a média entre as medidas. A

classificação do grau de força de contração deverá ser feita de acordo coma

resposta muscular em oposição aos dedos do examinador. Conforme ilustrado

na Tabela 1.

7

Page 8: PROJETO ANA VANESSA

Tabela 1 - Classificação subjetiva em diferentes graus de contração

muscular do assoalho pélvico (Amaro et al, 2003).

Grau Palpação Digital

0 Ausência de Contração muscular

1 Contração leve

2 Contração moderada - não sustentada por mais de

6 segundos

3 Contração normal – sustentada por mais de 6

segundos

d) Avaliação objetiva do assoalho pélvico

O perineômetro ou eletromiograma de pressão registra as contrações

do AP e traduz sua intensidade por sinais visuais numa escala numérica

(mmhg). É composto por um sensor vaginal, monitor com visor de leitura e um

transdutor de pressão. As gestantes deverão ficar na mesma posição descrita

para o teste AFA. O sensor vaginal deverá ser recoberto por um preservativo,

não lubrificado e descartável, e deverá ser introduzido no intróito vaginal.

Posteriormente a sonda deverá ser insuflada com ar, através de uma seringa,

até que houvesse o contato da sonda com a parede vaginal. Neste momento o

aparelho deverá ser zerado, assim então o examinador deverá solicitar a

contração perineal, mantida pelo maior tempo possível, numa seqüência de

três contrações, com intervalo de um minuto entre elas. Deverão ser

registrados os valores das três contrações e estimados os valores de pico,

média e duração. A média destes três registros deverá ser utilizada como a

classificação ilustrada na Tabela 2.

8

Page 9: PROJETO ANA VANESSA

Tabela 2: Classificação objetiva em diferentes graus de contração do

AP, através do perineômetro:

(Barbosa, et al 2004).

E) Avaliação eletromiográfica do assoalho pélvico.

Será realizada avaliação eletromiográfica e registro dessa atividade pelo

equipamento Myotrac da Top Star (Figura 1) conectado a um notebook da

marca Acer. Para tanto, a sonda será introduzida no intróito vaginal com a

mulher em posição ginecológica e após a limpeza da região subcostal (15

centímetros acima da região umbilical) serão utilizados eletrodos de contato

para captação da atividade da musculatura oblíqua abdominal, com objetivo

de evidenciar a utilização de musculatura acessória. Os eletrodos de

referência serão colocados na crista ilíaca ântero-superior bilateralmente.

Serão registradas a linha de base e as contrações musculares rápidas e

lentas.

Figura 1– Eletromiógrafo Myotrac Top Star.

9

1 2

3

4 5

Legenda

1- Eletrodo intra-vaginal2- Eletrodo de superfície fio

terra;3- Aparelho de

Eletromiografia com cristal líquido;

4- Eletrodo de superfície fio terra;

5- Eletrodos de superfície;6- Eletrodos de superfície.

Page 10: PROJETO ANA VANESSA

Após a realização de todos os itens descritos acima, as gestantes

serão estratificadas em quatro grupos: Gestantes Diabéticas com DMAP ou IU,

Gestantes Diabéticas sem DMAP ou IU, Gestantes Normais com DMAP ou IU,

Gestante Normais sem DMAP ou IU.

F) Questionário sobre qualidade de vida em pacientes com IU

“King's Health Questionnaire (KHQ)” (ANEXO III): Os grupos que

apresentarem DMAP ou IU deverão responder a este questionário validado no

Brasil no ano de 2003 (Tamanini et al, 2003).É um instrumento confiável e

válido para aplicação para verificar qualidade de vida (QV) em mulheres

incontinentes (Feldiner et al, 2006). É constituído por oito domínios: percepção

geral de saúde, impacto da incontinência urinária, limitações de atividades

diárias, limitações físicas, limitações sociais, relacionamento pessoal, emoções

e sono/disposição. Os valores variam de 0 a 100 e quanto maior a pontuação,

pior é a qualidade de vida referente àquele critério.

Cálculo do tamanho amostral

Assumindo que 51% das gestantes diabéticas e 20% das gestantes

normais apresentem IU, o tamanho amostral, corrigindo para os efeitos dos

erros (5%) e (20%) atribuídos ao delineamento, será de 33 pacientes por

grupo, totalizando 132 indivíduos, de acordo com o proposto por Pocock

(1996)*.

Análise Estatística

A análise estatística, bem como a escolha pelos testes de comparação entre as

variáveis e grupos serão executados respeitando os pressupostos

determinados pelos resultados, características e comportamento das variáveis

de estudo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

* n=((p1*(1-p1)+p2*(1-p2))/(p1-p2)2)*7,9

10

Page 11: PROJETO ANA VANESSA

1. CATIUM – Curso avançado de tratamento da incontinência urinaria na mulher. Campinas: Disciplina de Urologia, Departamento de Cirurgia. UNICAMP. 2004. p.7 – 17.

2. OLIVEIRA C, LOPES MAB. Efeitos da Cinesioterapia no Assoalho Pélvico durante o ciclo gravídico-puerperal, 2006. Tese (Mestrado – Ginecologia e Obstetrícia) - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

3. Strohbehn K. Uroginecology and pelvic floor dysfunction. Obstet Gynecol Clin North Am. 1998; 25:683-70.

4. Lopes, MHBM, Higa R. Restrições causadas pela incontinência urinária à vida da mulher. Rev. esc. enferm. USP  2006;  40(1): 34-41.

5. Polden M, Mantle J. Fisioterapia em Ginecologia e Obstetrícia. 2nd ed. Santos:São Paulo, 2000.

6. Hvidman L, Foldspang A, Mommsen S, Bugge Nielsen J. Correlates to urinary incontinence in pregnancy. Int Urogynecol J 2002; 13:278-283.

7. Scarpa, KP; Herman, V; Palma, PCR. et al. Prevalência de sintomas urinários no terceiro trimestre da gestação. Rev. Assoc. Med. Bras. 2006, vol. 52, no. 3, pp. 153-156.

8. Diabete e IU

9. Barbosa, AMP. Prevalência e fator de risco para incontinência urinária e disfunção do assoalho pélvico dois anos após Diabete Melito gestacional. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. ,  Rio de Janeiro,  v. 29,  n. 4, 2007.

10.American Diabetes Association (ADA). Diagnosis and classification of diabetes mellitus. Diabetes Care. 2005.

11.Montenegro Jr, RM; Pacolla GMGF; Foss MC; et al. Protocolo de detecção e diagnóstico e tratamento do diabetes na gravidez . Medicina, Ribeirão Preto, 33: p 520- dez 2000.

12.Katz L, Amorim M., Coutinho I., Santos LC. Análise comparativa de testes diagnóstico para diabetes gestacional. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 24(8) 527-32, 2002.

11

Page 12: PROJETO ANA VANESSA

13.Miranda PAC, Reis R. Projeto Diretrizes: Diabetes Mellitus Gesttacional. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 2006.

14.Morkved S, Salvesen KA, Bo K, Eike-Nes S. Pelvic floor muscle strength and thickness in continent and incontinent nulliparous pregnant women. Int Urogynecol J. 2004;15:384-390.

15.Peschers UM, Vodusek DB, Fanger G, Schaer GN, DeLancey JO, Schuessler B. Pelvic muscle activity in nulliparous volunteers. Neurourol Urodyn. 2001;20:269-75.

16.Bo K, Sherburn M. Evaluation of Pelvic Floor muscle function and Strength. Physical Therapy. 2005;85:269-282.

17.Hundley AF, Wu JM, Visco AG. A comparison of perineometer to brink score for assessment of pelvic floor muscle strength. American Journal of Obstetrics and Gynecology. 2005;192:1583-91.

18.Amaro JL, Gameiro MOO, Padovani CR. Treatment of urinary stress incontinence by intravaginal electrical stimulation and pelvic floor physiotherapy. Int Urogynecol J Pelvic Floor Dysfunct. 2003;14:204-208.

19.Amaro JL, Moreira ECH, Gameiro MO, Padovani CR. Pelcic floor muscle evaluation in incontinent patients. Int Urogynecol J. 2005;16:352-54.

20.Messelink B, Benson T, Berghmans B, Bo K, Corcos J, Fowler C et al. Stardization of Terminology of Pelvic Floor muscle function and dysfunction: report from the pelvic floor clinical assessment group of the International Continence Society. Neurourology and Urodynamics. 2005;24:374-380.

21. Kegel AH. Progressive resistance exercise in the functional restoration of the perineal muscles. Am J Obstet Gynecol. 1948;56 (1):238-48. 

22.Shull B, Hurt G, Laycock J et al. Physical examination.In: Abrams P, Cardozo L, Khoury S, Wein A. Incontinence Plynouth, United Kingdom: Plymbridge Distributores Ltd. 2002.

23.Wester C, Brubaker L. Normal pelvic floor physiology . Obst Ginecol Clin North Am. 1998; 25: 707-22.

Thompson JA, O’Sullivan PB, Briffa NK, Neumann P. Assessment of voluntary pelvic floor muscle contraction in continent and incontinent women using transperineal ultrasound, manual muscle testing and vaginal squeeze pressure measurements. Int Urolgynecol J. 2006; (17) 624-630.

12

Page 13: PROJETO ANA VANESSA

24.Barbosa AMP, Carvalho LR, Martins AMVC, Calderon IMP, Rudge MVC. Efeito da via de parto sobre a força muscular do assoalho pélvico. Rev Bras Ginecol Obstet. 2005;27(11):677-82.

25. Tamanini, JTN, D'Ancona CAL, Botega JN, Rodrigues NJR. Validation of the Portuguese version of the King's Health Questionnaire for urinary incontinent women. Rev. Saúde 2003 ;  37(2): 203-211.

26.Feldner PCJ, Sartori MGF, Lima GRD, Baracat EC, Girão MJBC. Diagnóstico clínico e subsidiário da incontinência urinária. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2006 ;  28(1): 54-62.

27.Pocock SJ. Clinicals trials: a practical approach. Chichester: John Wiley & Sons, 1996.

13

Page 14: PROJETO ANA VANESSA

ANEXO I- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Título do Trabalho: “Avaliação da musculatura do assoalho pélvicos (MAP) e

determinantes da prevalência de incontinência urinária em gestantes normais e

com Diabetes Mellito Gestacional (DMG)”.

Essas informações estão sendo fornecidas para sua participação voluntária neste estudo. Nosso objetivo é avaliar a força da musculatura do assoalho pélvico em gestantes normais e comparar com gestantes diabéticas, determinar a prevalência de incontinência urinária nesta população e investigar se as gestantes que apresentam incontinência urinária possuem alguma alteração em sua qualidade de vida. Os procedimentos propostos pelo presente estudo serão os seguintes:

1)Exame bidigital da vagina – examinador introduz dois dedos na vagina e solicita força contra seus dedos;2)Perineômetro – examinador introduz sonda vaginal inflável revestida com preservativo e solicita 3 contrações sustentadas por quanto tempo for possível;3) Questionário de avaliação clínica e de qualidade de vida: A Sra irá responder a perguntas referentes a dados pessoais e qualidade de vida se possuir incontinência urinária.

Riscos e desconfortos

A avaliação da da musculatura do assoalho pélvico, não oferece nenhum risco ou desconforto para a saúde do paciente.

Garantias

Em qualquer momento do estudo o avaliado pode ter acesso aos profissionais responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas ou mesmo para retirar o consentimento e deixar de participar do estudo, sem qualquer prejuízo. O principal investigador é a Fisioterapeuta Ana Carolina Monteiro Santini que pode ser encontrada na Dr Costa Leite, 1255; telefones: 38817701 ou 81470477, sob a orientação do Prof Dr Adriano Dias. Se houver alguma consideração ou dúvida sobre a

14

Page 15: PROJETO ANA VANESSA

ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) – Distrito de Rubião Júnior s/nº, tel: (14) 3811 6143 ou (14) 3815 6205. As informações obtidas serão analisadas em conjunto com outros avaliados, não sendo divulgado a identificação de nenhum avaliado. O avaliado também terá direito de ser informado sobre os resultados parciais da pesquisa. Garantimos o uso dos dados da pesquisa para fins exclusivamente acadêmicos.Não há despesas pessoais para o avaliado em qualquer fase do estudo, incluindo exames e consultas. Também não há compensação financeira relacionada à sua participação. Se existir qualquer despesa adicional, ela será absorvida pelo orçamento da pesquisa. Em caso de dano pessoal, diretamente causado pelos procedimentos, o avaliado será encaminhado ao atendimento médico do Hospital.

Consentimento

Acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações que li ou que foram lidas para mim, descrevendo o estudo “Avaliação da musculatura do assoalho pélvicos (MAP) e determinantes da prevalência de incontinência urinária em gestantes normais e com Diabetes Mellito Gestacional (DMG)”. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que minha participação é isenta de despesas e que tenho garantia do acesso a tratamento hospitalar se for necessário. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidades ou prejuízo ou perda de qualquer benefício que eu possa ter adquirido, ou no meu atendimento neste Serviço.

Eu ______________________________________________ Rg_____________Telefone:_________________________________________ Cel_____________Endereço_________________________________________________________concordo voluntariamente em participar dos procedimentos de avaliação, os quais fui devidamente esclarecida.

Data: ____/_____/_____

_______________________________

Pesquisadora Responsável

Ana Carolina Monteiro SantiniFisioterapeuta- 29177LTFRua Dr Costa Leite, 1255Botucatu- SP81470477 ou 38817701

15

Page 16: PROJETO ANA VANESSA

_______________________________

Orientador Responsável

Prof Dr Adriano DiasDepartamento de Ginecologia e ObstetríciaGrupo de Apoio à pesquisa (GAP).

ANEXO II-QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO CLÍNICA

Data da avaliação:____/____/_____

Número da Amostra:_______

Grupo de Inclusão:

GD ( ) ou GN ( )

Apresenta IU ( ) ou não apresenta IU ( )

* Exclusão ( ).

1. Identificação:

Data da avaliação:____/____/_____

Nome:____________________________________________________________

RG (H.C.):_________________________________________________________

Endereço:_______________________________________________no_________

Bairro:________________________________Cidade:____________Estado:____

Telefone:______________________________Profissão:____________________

Data de Nascimento:____/____/_______ ( )anos

Idade Gestacional:______ semanas* (Entre 34 e 38 semana de gestação).

Peso:__________ Altura:__________ IMC:_________

2. Antecedentes:

- A Sra tem Diabetes ? ( ) Sim ( ) Não

- A Sra já teve alguma gestação gemelar? ( ) Sim * ( ) Não

-A Sra já apresentou perda de urina antes desta gestação? ( ) Sim* ( ) Não

16

Page 17: PROJETO ANA VANESSA

3. Dados Obstétricos:

- Quantas vezes a Sra ficou grávida contando com esta Gestação?____________

-Quantos partos a Sra teve?(mais que 3- encerre* a entrevista).______________

Descrição dos Partos:

Partos Forma de parto: 1-Vaginal* ou 2 Cesário Peso do Bebê ao nascer

1

2

3

* Se houver algum parto vaginal, encerre a entrevista

- A Sra tem DMG? Sim ( ) ou Não ( )

- A Sra teve DMG em alguma das gestações anteriores? Sim ( ) ou Não ( ).

- A Sra teve algum aborto? Sim ( ) ou Não ( )

4- Dados uroginecológicos:

- A Sra tem perda de urina? Sim ( ) ou Não ( )

- A Sra já apresentou perda de urina nas gestações anteriores? Sim ( ) ou Não ( )

- A Sra perde urina quando faz algum esforço? Sim ( ) ou Não ( )

-Quantas vezes a Sra perde urina por semana? Diariamente ( )Poucas Vezes ( )

- A Sra perde urina nas relações sexuais? Sim ( ) ou Não ( )

Sobre perda de urina ao esforço:

Situação Assinale

Sim ou Não

Período 1- antes da gestação, 2 nesta

gestação, 3 antes e nesta gestação

Tosse

Espirra

Ri

Muda de

posição

Carrega algo

Outros

17

Page 18: PROJETO ANA VANESSA

esforços

5- Avaliação Subjetiva e Objetiva do AP:

AFA

AFA

Data Anterior Posterior

Perineômetria

CR CS

1º 2º 3º 1º 2º 3º

Fm

T

18

Page 19: PROJETO ANA VANESSA

ANEXO III- QUESTIONÁRIO SOBRE QUALIDADE DE VIDA

“King's Health Questionnaire (KHQ)”

Versão em Português

PERCEPÇÃO GERAL DE SAÚDE

1. Como Você descreveria sua saúde no momento?

ESCORE ESCALA1 Muito boa2 Boa3 Regular4 Ruim5 Muito ruim

IMPACTO DA INCONTINÊNCIA

2. Quanto você acha que o seu problema de bexiga afeta sua vida?

ESCORE ESCALA1 Nem um pouco2 Um pouco3 Moderadamente 4 Muito

À seguir, estão algumas das atividades diárias que podem ser afetadas por seu problema de bexiga- Quanto seu problema de bexiga afeta você? Nós gostaríamos que você respondesse cada questão, escolhendo a resposta que mais se aplica a você.

LIMITAÇÕES DEATIVIDADES DIÁRIAS

3ª. Quanto seu problema de bexiga afeta seus afazeres domésticos como limpar a casa, fazer compras. etc...?

19

Page 20: PROJETO ANA VANESSA

3b.Quanto seu problema de bexiga afeta seu trabalho ou suas atividades diárias fora de casa?

ESCORE ESCALA1 Nem um pouco2 Um pouco3 Moderadamente 4 Muito

LIMITAÇÕES FISICAS

4a. Seu problema de bexiga afeta suas atividades físicas como andar, correr, praticar esportes, lazer, ginástica, etc...?

4b. Seu problema de bexiga afeta suas viagens?

LIMITAÇÕES SOCIAIS

4c. Seu problema de bexiga limita sua vida social?

4d. Seu problema de bexiga limita seu encontro ou visita a amigos?

ESCORE ESCALA1 Nem um pouco2 Um pouco3 Moderadamente 4 Muito

RELAÇÕES PESSOAIS

5a. Seu problema de bexiga afeta o relacionamento com seu parceiro?

5b. Seu problema de bexiga afeta sua vida sexual?

5c. Seu problema de bexiga afeta sua vida familiar?

ESCORE ESCALAO Não aplicável1 Nem um pouco2 Um pouco3 Moderadamente4 MuitoEMOÇÕES

6ª. Seu problema de bexiga faz com que você se sinta deprimida?

6b. Seu problema de bexiga faz com que você se sinta nervosa ou ansiosa?

20

Page 21: PROJETO ANA VANESSA

6c. Seu problema de bexiga faz com que você sinta mal consigo mesma?

ESCORE ESCALA1 Nem um pouco2 Um pouco3 Moderadamente 4 Muito

SONO E DISPOSIÇÃO

7 a. seu problema de bexiga afeta seu sono?

7b. Você se sente esgotada ou cansada?

ESCORE ESCALA1 Nunca2 Às vezes3 Freqüentemente4 O tempo todo

MEDIDAS DE GRAVIDADE

Você faz alguma dessas coisas? E se faz, quando?

8 a- Você usa forros ou absorventes para se manter seca?

8 b- Toma cuidado com a quantidade de líquidos que bebe?

8c- Troca suas roupas intimas quando elas estão molhadas?

8d- Preocupa-se com a possibilidade de cheirar urina?

8e- Fica envergonhada por causa do seu problema de bexiga?

ESCORE ESCALA1 Nunca2 Às vezes3 Freqüentemente4 O tempo todo

21

Page 22: PROJETO ANA VANESSA

Gostaríamos de saber quais são seus problemas de bexiga e quanto eles afetam você. Da lista abaixo- escolha somente aqueles que você apresenta atualmente.Exclua os problemas que não se aplicam à você.Quanto que os problemas afetam você?

ESCORE ESCALA1 Um pouco2 Moderadamente3 Muito

Freqüência (ir ao banheiro para urinar muitas vezes)Noctúria (1evantar à noite para urinar)Urgência (um forte desejo de urinar e difícil de segurar)Urge-incontinência (vontade muito forte de urinar, com perda de urina antes de chegar ao banheiro)Incontinência urinária de esforço (perda urinaria que ocorre durante a realização de esforço físico como tossir, espirrar, etc...)Enurese noturna (urinar na cama. à noite, durante o sono)incontinência durante relação sexual (perda urinária durante a relação sexual)

Infecções urinárias freqüentes

Dor na bexiga

Dificuldade para urinar

Você tem alguma outra queixa? Qual?_________________ ___________________

Muito obrigado.Agora veja se você deixou de responder alguma questão.

22

Page 23: PROJETO ANA VANESSA

Pontuação e cálculo do ‘RAW SCALE” (O - 100)

PARÁ CALCULAR ÁS PONTUAÇÕES

PERCEPÇÃO GER&L DE SAÚDEPontuação= ((Pontuação da Questão 1 – 1)/ 41) x 100

IMPACTO DA INCONTINÊNCIAPontuação = ((Pontuação da Questão 2 - 1)/3) x 100

LIMITAÇÕES DE ATIVIDADES DIÁRIASPontuação = (((Pontuação das Questões 3a + 3b) - 2) 6) x 100

LIMITAÇÕES FÍSICASPontuação= (((Pontuação das Questões 4a – 4b)-2)/6) x 100

LIMITAÇÕES SOCIAISPontuação= (((Pontuação das Questões 4c+4d + 5c) – 3) 9) x 100**Se a pontuação da Questão 5c >=1; se 0. então -2) 6) x 100

RELAÇÕES PESSOAISPontuação= ((Pontuação das Questões 5a + 5b) -2)/ 6 x l00******Se a pontuação das Questões 5a +5b >= 2.Se(5a +5b)=1: -1)3)x100Se (5a + 5b)= 0: tratar como “missing value” (não aplicável)

EMOÇÕESPontuação= (((Pontuação das Questões 6a+ 6b+ 6c) – 3)/ 90 x100

SONO E DISPOSIÇÃOPontuação= ((( Pontuação das questões 7ª+7b)-2)/6)x100

MEDIDAS DE GRAVIDADEPontuação=(((Pontuação das questões 8ª+8b+8c+8d+8e)-5) /15) x 100

ESCALA DE SINTOMAS

PONTUAÇÃO ESCALA DE GRADUAÇÃO

23

Page 24: PROJETO ANA VANESSA

0 Omitiu resposta1 Um pouco2 Moderadamente3 Muito

24