projecto de subestaÇÕes 1

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Projecto de Centrais e Subestaes

INTRODUO De uma forma geral, qualquer que seja o sistema elctrico de potncia, como uma subestao por exemplo necessita sempre de grandes unidades geradoras para que estas sejam capazes de suportar grandes quantidades de consumidores e dos mais variados tipos, sejam eles dos tipos habitacionais, ou industriais. P orm estas unidades geradoras em grande parte nem sempre encontram-se localizadas prximas dos centros de consumo, pelo que torna necessrio o uso linhas de transmisso para a conduo da energia elctrica por elas geradas, aos consumidores e muita das vezes tambm necessrio fazer a interligao com outras unidades geradoras. Alm disso os nveis de tenso para a gerao, transmisso, e distribuio so distintos uns dos outros. As subestaes elctricas, ou ainda SE s como so consideradas jogam um papel importante para um sistema elctrico, pois atravs delas onde se iniciam e ou terminam as linhas; e ainda nestes locais onde so convertidos os diversos nveis de tenso para os desejveis me diante o uso de transformadores, tambm a partir da onde so instalados os equipamentos de proteco das linhas de transmisso, bem como os equipamentos de manobra com a finalidade do aumento da sua confiabilidade.

OBJECTIVOSElaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

Projecto de Centrais e Subestaes

Este projecto tem como objectivo a concepo de uma subestao redutora de distribuio primria com a finalidade de satisfazer o consumo de loteamentos segundo a carta a escala anexa. Todas as infra-estruturas elctricas includas no mbito do planeamento da subestao sero concebidas, dimensionadas e executadas em conformidade com as peas do respectivo projecto, e de acordo com as normas usuais de execuo e os preceitos legais regulamentares. A concepo deste projecto pautou-se pelos princpios bsicos de segurana geral de pessoas e bens, simplificao e padronizao da construo, facilidade da construo e manuteno. Assim sendo uma subestao deve funcionar com regularidade, sendo econmica (nos seus custos iniciais e finais), segura, e a mais simples possvel. Deve tambm prever uma ampliao e permitir que haja um funcionamento flexvel, assim como a disposio adequada das linhas de transmisso. Deve dispor igualmente de meios necessrios para a realizao da manuteno dos elementos que a compem, como por exemplo linhas de transmisso disjuntores e seccionadores sem a necessidade de interrupo dos seus servios.

MEMRIA DESCRITIVAElaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

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1- GeneralidadesPara a concepo e dimensionamento da referida subestao, foi tida em conta as seguintes premissas: a) Sub-transporte 60KV 50Hz b) Rede de distribuio em MT com postos de transformao 15/0,4KV 50Hz c) Transformadores de potncia com neutro solidamente aterrado na alta tenso e neutro isolado do lado de mdia tenso. d) Consumidores so de segunda e terceira categoria e do tipo 5,4, e 3 para a segunda e do tipo 1 e 2 para a terceira respectivamente. e) O tempo de utilizao da carga mxima de 4500 horas f) Os transformadores de potncia devem entrar em servio no primeiro dia de explorao na condio ONAN e com uma almofada de 25%.

1.1-

Concepo geral da Subestao

Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected]

5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

Projecto de Centrais e Subestaes

Ao conceber de forma geral este do projecto de subestaes AT/MT pautou-se pela satisfao dos seguintes princpios bsicos que sero descritos ao longo do desenvolvimento do mesmo: _ Segurana geral das pessoas e bens _ Simplificao e padronizao da construo _ Facilidade de conduo e manuteno

1.1.1- Regulamentos e Normas de Apoio UtilizadosPara elaborao do projecto tipo de subestaes AT/MT foram tidas em consideraes as seguintes regulamentaes e normas: _ Regulamento de Segurana de Rede de Distribuio de Energia Elctrica em Baixa Tenso. _ Regulamento de Segurana de Subestaes e de Postos de Transformao e de Seccionamento. _ Normas CEI, UTE, BS, VDE e ANSI 1.1Forma de Construo

Relativamente a forma de construo a SE em estudo uma instalao convencional exterior, que tem como sistema de isolamento o ar (e de cu aberto), tambm conhecida por (AIS- Air Insulator System) e os seus transformadores encontram-se posicionados em construo paralela. 1.2.1- Configurao da Subestao (SE) O parque de 60 kV da subestao ser construdo com uma configurao de Barramento Simples ou Singelo de Acoplamento Transversal, com capacidade imediata de ser ampliada sem afectar significativamente a operao da instalao. Esta configurao foi escolhida para garantir a funcionalidade da rede de 60kV e permitir a expanso do sistema em cerca de 25% da sua capacidade nominal. Os barramentos sero de tipo rgido em tubos de cobre.

1.2.2-Filosofia

de Proteco da Subestao Elctrica5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected]

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O sistema de proteco a utilizar na SE em estudo dever ser composto pela proteco das linhas de 60kV, proteco do barramento de 60 kV, proteco dos transformadores de potncia, proteco do barramento de 15 kV e proteco dos alimentadores de 15kV. O diagrama da figura a baixo, mostra o esquema de funcionamento da proteco nas diferentes partes da Subestao Elctrica.

Fi g. 1 Di agrama d e Proteco

Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected]

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1.2.3- Clculo das potncias dos loteamentos

Para o clculo das potncias nos diversos lotes, foram realizadas mediante a soma das potncias de todas as cargas dos referidos lotes devidamente corrigidos pelos factores de utilizao e simultaneidade respectivamente Fu;eKs. Aps o clculo da potncia do quarteiro, sendo esta a soma das potncias nos diversos lotes, finalmente calculou-se a potncia do municpio, multiplicando pelo factor 15 uma vez que segundo dados fornecidos no projecto, o municpio formado por 15 quarteires idnticos. Nota: As potncias totais nos diversos lotes foram incrementadas por um fator de 25% das mesmas representando as almofadas de cada transformador. 1.2.4- Descrio dos Loteamentos O presente projecto est constitudo por um nmero total de 75 instalaes habitacionais distribudas em 6 lotes designadas pelas letras do alfabeto, sendo que os lotes de (A E), possuem 14 habitaes dos 5 tipos, e o lote F possuem apenas 5 habitaes apenas do tipo 5.

1.2.5- Atribuio de Potncia As instalaes foram atribudas de acordo com o tipo de habitaes, assim descriminadas: Tipo 1- Designados por T1-----T1- 10.35KVA Tipo 2- Designados por T2-----T2- 20.7KVA Tipo 3- Designados por T3-----T3- 34.5KVA Tipo 4- Designados por T4-----T4- 41.4KVA Tipo 5- Designados por T5-----T5- 200KVA

1- Potncia atribuda as instalaes.Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

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a) Quadro-1T ip o d e In s tal aes Potn ci a Atr . (K VA) Factor d e Uti l i z. ( fu ) Pot . Corr . Pel o Fu .(K VA) Factor d e Si m. (K s ) Pot.Corri g. p el o Factor K s em (K VA)

T1 T2 T3 T4 T5

10.35 20.7 34.5 41.4 200

0.8 0.8 0.8 0.8 0.8

8.28 16.56 27.6 33.12 160

0.7 0.7 0.7 0.7 0.7

7.245 14.49 24.15 28.98 140

1.2.2- Potncia dos transformadores

A potncia dos transformadores da subestao de 40MVA, e foi escolhida em funo da demanda pelo municpio (no qual veremos mais adiante nos clculos). Os transformadores de potncia devem ter uma proteco especial realizada atravs da montagem de descarregadores de tenso cuja funo ser a de limitar as sobre tenses incidentes a valores compatveis com os nveis de isolamento da aparelhagem a proteger. As caractersticas do transformador so:

Potncia nominal: 40 MVA Tenso nominal AT: 60KV Tenso nominal MT: 15KV Mtodo de arrefecimento: ONAN Tenso de curto-circuito: Ucc=0.15 p.u Impedncia Homopolar: Z0=5UccXATRAT neutro aterrado no primrio: 3

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1.1- Correntes

Nominais e de Curto Circuito

Os valores de projecto de curto circuito estipulada para a subestao so: Valores Nominais da Corrente (A) Transformador Lado de AT Transformador Lado de MT Barramento de 60kV (mx) Barramento de 60kV (min) Valores de Curto Circuito Valor Eficaz da Corrente Valor de Crista Potncia Impedncia Quadro 2- Correntes nominais 24,1 kA 61,35 kA 2500 kVA 0,024 385A 1539,6A 770A 810A

1.1.1. Barramento

de Alta Tenso (60kV)

Os barramentos de AT sero em tubos cobre n, apoiados por isoladores de resina epxil e apresentando as seguintes caractersticas:

Barramento: E Cu F30 Seco Dimetro Externo Dimetro Interno Espessura da parede Corrente Permanente Massa por Unidade deElaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected]

707mm 2 50mm 40mm 45mm 1170A 6,31kg/m5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

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Comprimento Quadro 3- Caractersticas do Barramento de 60kV

1.1.2. Isoladores de Suporte As colunas isoladoras tero as caractersticas que se seguem:

Tipo: C4 325 Tenso Nominal Carga de Ruptura Flexo Carga de Ruptura Toro Dimetro Exterior (mm) Espessura (mm) 72,5 kV 4.000 N

2.000 Nm

50 40

Quadro 4- Caractersticas do Isoladores

1.3.3- Aparelhos de 60 kV 1.3.3.1- Interruptores Automticos de 60 kV. Para a abertura e fecho dos circuitos de linhas e transformadores de potncia em carga, prev se a instalao de interruptores automticos tripolares de SF6 para intempries. Cujas caractersticas se seguem:Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

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Interruptores Automticos Tenso de Servio Tenso de Ensaio com Onda 1,2/50s Tenso de Ensaio 1minuto 50HZ Intensidade Nominal de Servio Poder de Corte Nominal Curto Circuito Frequncia Durao da Corrente de Curto Circuito Cclo Nominal de Manobra Tipo de Ligao 72,5 kV 325 kV 2.000 Nm 2.500A 31,5 kA

50HZ 0,3 seg

O-0,3s-CO-3minCO Trifsica

Quadro 5- Caractersticas do Interruptores Automticos 1.3.3.2- Seccionadores de 60 kV Para se poderem efectuar os necessrios seccionamentos, prev se a montagem de seccionadores no sistema de 60kV. Para o efeito, sero usados Seccionadores Tripolares, motorizados intemprie e sero Tenso Nominal Intensidade Nominal Intensidade Admissvel de Curta Durao (1s) Intensidade Admissvel (valor de pico) Tenso de Ensaio a Impulso tipo raio, Onda 1,2/50s Tenso de Ensaio a 50HZ 1minuto 75,5 kV 1.600 A 40 kA 100A 325 kV (val. pico) 140 kV

formados por trs plos independentes, montados numa estrutura comum:Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

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Quadro 6- Caractersticas dos Seccionadores

1.3.3.3- Transformadores de Intensidade de 60 kV Transformadores de intensidade com a relao 300-600/5-5-5-5A, montados juntamente com os interruptores da posio de transformao de relao 60/15 kV; Transformadores de intensidade de relao 600-1200/5-5-5A montados juntamente com os interruptores das posies de linha. Transformadores de intensidade de relao 100-200/5-5-5A montados juntamente com os interruptores das posies de transformao de ralao 60/15.

1.3.3.4- Transformadores de Tenso em 60 kV Para alimentar os vrios aparelhos de medio e de proteco de circuitos de 60 kV, prev-se a instalao de transformadores de tenso indutivos num extremo das barras e transformadores capacitivos no extremo de cada linha com as caractersticas : 31,5 KA, 2,5cm/kV

1.3.3.5-Pra

Raios de 60 kV

Para proteger a instalao contra sobre tenses de origem atmosfricas, ou outras que possam ocorrer devido a qualquer causa, prev se a montagem de jogos de pra-raios tipo auto-vlvulas (de xido de Zinco com isolamento polimrico) em 60kV, situados tambm nas sadas de transformao, o mais prximo possvel dos transformadores de potncia e nas sadas de linha. Cujas caractersticas so:Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

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Pra Raios ZO Tenso Atribuda Intensidade de Descarga Tenso Residual Mxima ( onda de corrente de descarga nominal) 72 kV 10 kA 180 kV

Quadro 7- Caractersticas do Pra Raios 1.3.3- SISTEMA DE 15 kV (MT) 1.3.4.1- Barramentos de MT Barramento geral em tubos de cobre apoiados em isoladores de resina epxida. Os mesmos sero seccionados por um disjuntor extravel e apresentando ainda as caractersticas a baixo mencionados: Barramento: E Cu F37 Seco Massa por Unidade de Comprimento Corrente Permanente Dimetro Exterior (D) Espessura da parede (d) 443 mm 2 3,95 kg/m 928A 50mm 30mm

Quadro 8- Dimetro e espessura do barramento 1.3.4.2- Aparelhos de (15kv) MT 1.3.4.3- Disjuntores Os disjuntores a usar sero do tipo DIVAC, de plos separados e utilizam o vcuo como tecnologia de corte. A montagem feita sobreElaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

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carrinho extra flexvel. Os mesmos (disjuntores) apresentam as seguintes que a seguir so descritos: Disjuntor DIVAC Corrente Nominal (A) 3150 Poder de Corte (kA) 25

Quadro 9- Tipo de disjuntor 1.3.4.4- Cela Metlica com Interruptor Extravel A cela metlica com interruptor extravel instalados no lado de MT tero caractersticas nominais as que se seguem: com corrente nominal de 360 A de corrente nominal e tenso nominal de 17,5 kV. Celas Metlicas com Interruptor Extravel In Un 1250 A 17,5 KV

Quadro 10- Corrente nominal e tipo de celas

1.1-

Ligadores

Numa subestao, as ligaes entre condutores ns (entre si ou entre estes e a aparelhagem) so realizados por ligadores concebidos de forma a serem de montagem simples e com caractersticas elctricas e mecnicas adequadas. Os ligadores devem: Assegurar uma repartio suficiente da corrente nos condutores a ligar; No aumentar a resistncia elctrica dos elementos do circuito onde estiverem inseridos; No originar aquecimentos suplementares em qualquer ponto do circuito durante a passagem de corrente; No dar origem a uma queda de tenso superior a aquela observada num comprimento equivalente de condutor da mesma capacidade Ser insensveis aos balanos e s vibraes dos condutores, assim como s variaes de tenso mecnica e de temperatura; Ser resistentes corroso e aquecimento;5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected]

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Possuir dispositivos que se oponham eficazmente ao desaperto em servio

Os ligadores podem ser fixos, elsticos ou deslizantes, de acordo com as ligaes a realizar. 1.1Barramentos, factores que influenciam a sua escolha

A energia elctrica transportada em Alta Tenso (AT) ou Muito Alta Tenso (MAT) at s subestaes atravs de linhas areas de condutores nus, sendo a sua ligao feita directamente atravs de um prtico de recepo presente na subestao, ou em alternativa atravs de cabos isolados. A partir daqui, a funo de uma subestao , de converter a energia com nveis de tenso altos em energia com nveis de tenso mais baixos, por exemplo AT em MT (mdia tenso). O elemento da subestao que leva a cabo esta tarefa, e que pode ser entendido como o corao da subestao, o transformador de potncia, que recebe no seu primrio a energia em AT (por exemplo) e no secundrio debita a mesma energia mas com nveis de tenso mais baixos (MT). Porm, para que este processo se possa efectuar em segurana, a rede de AT ou MAT no pode ser directamente ligada ao transformador de potncia. Primeiro tem que passar por um conjunto de outros equipamentos, como seccionadores, disjuntores, transformadores de intensidade, Transformadores de tenso, descarregadores de sobre tenses (DSTs), que garantem a proteco da instalao no caso de ocorrer algum defeito que possa colocar em causa a integridade da mesma. Sendo assim, entre a chegada da energia subestao e a sua ida at ao transformador de potncia, passando pela diversa aparelhagem de, proteco e medida acima mencionada surge a necessidade de encontrar um meio que possa servir de ligao entre as diversas partes. Existem trs alternativas: _ Cabo isolado; _ Cabo nu; _ Condutores rgidos. Ento torna-se necessrio apresentar uma definio de barramento, desta feita considera-se um barramento como sendo um conjunto de trs fases que transportam a energia elctrica atravs da instalao permitindo a interligao entre os diferentes equipamentos que constituem a instalao subestao A alternativa de utilizao de cabo isolado fica fora de questo logo partida, devido ao seu elevado custo. No que diz respeito a ligaes feitas em cabo nu, que quando efectuadas em subestaes tem a designao de barramentos tendidos, so muitasElaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

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vezes utilizados, principalmente nas subestaes de grandes dimenses. Possuem no entanto alguns pontos negativos. Sendo constitudos por material malevel, estaro mais sujeitos a esforos electrodinmicos e mesmo a oscilaes provenientes do vento ou chuva o que far com que seja necessrio aumentar a distncia entre fases de modo a garantir a segurana. Isto pode ser um problema complicado em situaes onde o espao destinado subestao limitado, situao que ocorre diversas vezes no que toca a subestaes particulares (indstria por exemplo). A distncia ao solo outro ponto a ter em ateno quando se utilizam barramentos tendidos, devido s flechas. Alm do j referido problema do espao, este aumento de distncias acarreta outras consequncias: sendo os barramentos tendidos suportados por estruturas metlicas, o aumento da distncia, quer entre fases quer ao solo, ir implicar o fabrico de estruturas metlicas de maiores dimenses, o que obviamente mais caro. Por outro lado, tratando-se de subestaes de grandes dimenses, estes condutores so em certos casos mais vantajosos, pois para situaes em que so necessrias ligaes que cubram grandes distncias, a utilizao de tendidos ir proporcionar o uso de um menor nmero de estruturas metlicas. Resta-nos ento os condutores rgidos, que so baratos e no apresentam as limitaes dos condutores em cabo nu. So basicamente perfis fabricados em material condutor, podendo tomar vrias formas, mas sendo o perfil tubular o mais utilizado nas subestaes. A escolha adequada dos barramentos em subestao deve-se aos seguintes factores: determinada instalao

_ Em funo da condio de aquecimento em regime permanente. _ Em funo da resistncia mecnica de curto-circuito. _ Em funo dos esforos trmicos devido ao curto-circuito. _ Em funo da condio de ressonncia.

Tais factores anteriormente apresentados jogam um papel importante, na escolha adequada dos barramentos e no correcto funcionamento da subestao salvaguardando-a de eventuais defeitos que possam ocorrer ao longo da explorao normal da subestao, pelo que passarei a debruar sobre eles: 1.5.1- Condio de aquecimento em regime permanente

Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected]

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A verificao da condio de aquecimento feita atravs da simples comparao entre a corrente de servio da instalao em questo, e a corrente mxima admissvel pelo barramento escolhido. A corrente mxima admissvel no barramento pode ser encontrada atravs da consulta das tabelas presentes nos dados facultados pelos fornecedores. 1.5.2- Resistncia mecnica de curto-circuito Esta condio permite a verificao de que o barramento escolhido consegue suportar os esforos electrodinmicos a que poder ser sujeito em caso de curto-circuito. Para isso comea-se por calcular a corrente de choque Ich, que a mxima corrente que o barramento ter que suportar em caso de curto-circuito. portanto o valor mximo instantneo da corrente de curto-circuito, e que ocorre na sua fase inicial. aquando da ocorrncia deste pico de corrente que o barramento ser sujeito a um maior esforo electrodinmico. 1.5.3- Esforos trmicos devido ao curto-circuito A verificao desta condio baseia-se no clculo do tempo de fadiga trmica do condutor, que o tempo durante o qual o condutor pode suportar a corrente de curto-circuito.

1.5.4- Condio de ressonncia Nesta condio procura-se garantir que, aquando da ocorrncia de um curto-circuito, a frequncia de ressonncia prpria do barramento, no se encontra perigosamente prxima da frequncia elctrica da instalao. Um condutor rgido, quando apoiado em dois pontos relativamente afastados, est sempre sujeito a oscilaes e vibraes, causadas por vrios factores, um dos quais, os esforos electrodinmicos. Enquanto em regime permanente, estes esforos electrodinmicos so de grandeza desprezvel, porm, aquando da ocorrncia de um curto-circuito, os esforos aumentam consideravelmente. No caso de a frequncia prpria de ressonncia do barramento estar prxima da frequncia elctrica da instalao ou dos seus mltiplos, as oscilaes podero aumentar perigosamente. Convm portanto garantir que tal situao no acontea. 1.2Equipamentos A proteco dos equipamentos contra descargas atmosfricas directas ser efectuada por meio da instalao de um conjunto de condutores de terra cabos de guarda repartidos sobre a rea total do Parque ExteriorElaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

Proteces

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de Aparelhagem, dando continuidade aos cabos de guarda das linhas areas, montados longitudinal e transversalmente nos topos das colunas dos prticos da subestao e da estrutura de suporte de equipamento MT do painel do transformador. Quanto s sobre tenses de origem interna ou atmosfrica que penetram na subestao ir ser realizada uma proteco atravs da montagem de hastes de descarga nas cadeias de amarrao das linhas AT, assim como atravs da instalao de descarregadores de sobre tenso nas fases das linhas. O sistema de alimentao de BT ser protegido por um sistema de proteco contra sobre tenses. Na alimentao de corrente alternada dever ser prevista a instalao de trs nveis de proteco (alta capacidade, primria ou mdia e secundria ou fina) e na alimentao de corrente contnua devero ser instalados dois nveis de proteco (alta capacidade e primria ou mdia).

1.6.1- Pessoas As partes activas do equipamento elctrico devem ser permanentemente protegidas, a fim de se protegerem as vidas e bens contra os perigos devidos corrente elctrica. Assim, devemos tomar medidas especiais de segurana de acordo com a natureza do perigo que representam: _ Proteco contra contactos directos com as partes activas. _ Proteco contra contactos indirectos com componentes elctricos e outras partes electricamente condutoras, que podem ficar em tenso, no caso de defeito acidental de isolamento. A proteco contra contactos acidentais com condutores nus ou aparelhos em tenso, que no se encontrem protegidos por isolamento, prevenida utilizando tcnicas de segurana por afastamento e por obstculo.

Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected]

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1- Potncia instalada total dos loteamentos

2.1 LOTE- A a) Quadro-11Ti p o d e I n s tal aes N d e In s tal aes Pot. Corr . Pel o Fu .(K VA) Pot.Corri g. p el o Factor Ks em (K VA)

T1 T2 T3 T4 T5 Pinstalada

2 3 3 3 3

16.56 49.68 82.8 99.36 480 761.52

14.49 43.47 72.45 86.94 420 637.35

Almofada=0.25Pinstalada(do L. A) Almofada=0.25637.35=159.3375KVA PTdo L.A=Pinstalada+Almofada PTdo L.A=637.35+159.3375=796.6875 KVA

2.2 LOTE- B a) Quadro-12 Tipo de InstalaesT1 T2 T3 T4 T5

N de Instalaes 3 4 4 -3

Pot. Corr. Pelo Fu. (KVA) 24.84 66.24 110.4 -480

Pot.Corrig. pelo Factor Ks em (KVA) 21.735 57.96 96.6 -420

Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected]

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Projecto de Centrais e Subestaes

Pinstalada

681.48

596.295

Almofada=0.25Pinstalada(do L. B) Almofada=0.25596.295=149.07375KVA PTdo L.B=Pinstalada+Almofada PTdo L.B=596.295+149.073755=745. 36875KVA

2.3 LOTE- C a) Quadro-13 Tipo de InstalaesT1 T2 T3 T4 T5 Pinstalada

N de Instalaes 2 3 1 5 3

Pot. Corr. Pelo Fu. (KVA) 24.84 49.68 27.6 165.6 480 739.44

Pot.Corrig. pelo Factor Ks em (KVA) 14.49 43.47 24.15 144.15 420 647.01

Almofada=0.25Pinstalada(do L. C) Almofada=0.25647.01=161.7525KVA PTdo L.C=Pinstalada+Almofada PTdo L.C=647.01+161.7525=808. 7625KVA

2.4 LOTE- D a) Quadro-14 Tipo de InstalaesT1 T2

N de Instalaes 4 3

Pot. Corr. Pelo Fu. (KVA) 33.12 49.68

Pot.Corrig. pelo Factor Ks em (KVA) 28.98 43.475 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected]

Projecto de Centrais e Subestaes

T3 T4 T5 Pinstalada

4 -3

110.4 -480 673.2

96.6 -420 589.05

Almofada=0.25Pinstalada(do L. D) Almofada=0.25589.05=147.2625KVA PTdo L.D=Pinstalada+Almofada PTdo L.D=589.05+147.2625=736. 3125KVA

2.5 LOTE- E a) Quadro-15 Tipo de InstalaesT1 T2 T3 T4 T5 Pinstalada

N de Instalaes 3 2 2 5 2

Pot. Corr. Pelo Fu. (KVA) 24.84 33.12 55.2 165.6 320 598.76

Pot.Corrig. pelo Factor Ks em (KVA) 28.735 28.98 48.3 144.9 280 530.915

Almofada=0.25Pinstalada(do L. E) Almofada=0.25530.915=132.72875KVA PTdo L.E=Pinstalada+AlmofadaElaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

Projecto de Centrais e Subestaes

PTdo L.E=530.915+132.72875=663.64375KVA

2.6 LOTE- F a) Quadro-16 Tipo de InstalaesT1 T2 T3 T4 T5 Pinstalada

N de Instalaes ----5

Pot. Corr. Pelo Fu. (KVA) ----800 800

Pot.Corrig. pelo Factor Ks em (KVA) ----700 700

Almofada=0.25Pinstalada(do L. D) Almofada=0.25700=175KVA PTdo L.D=Pinstalada+Almofada PTdo L.D=700+175=875KVA

3. Potncia Total dos LotesPTdo s Lotes=PTdo L.A+PTdo L.B+PTdo L.C+PTdo L.D+PTdo L.E+PTdo L.F PTdo s Lotes=76.6875+745.3687+808.7625+736.3125+663.64375+875 PTdo s Lotes=4617.025KVA

3.1- Potncia do Municpio Tendo em conta que o municpio formado por 15 quarteires idnticos, ento a potncia do municpio ser a seguinte:Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

Projecto de Centrais e Subestaes

PTdo municpio=15PTdo s Lotes PTdo municpio=154617.025KVA PTdo municpio=69255.375 KVA

3.2- Potncia Parcial por categoria Segundo os dados apresentados no projecto fazem parte da categoria 2 as habitaes do tipo 3, 4, e 5 respectivamente, enquanto para a categoria 3 as habitaes do tipo 1, e 2 respectivamente. Em conformidade com a carta militar anexa neste projecto as habitaes nos diferentes loteamentos encontram-se assim distribudas: a) Quadro-17 Lote A Instalao tipoT1

Lote B 3 4 4 0 3 14

Lote C 2 3 1 5 3 14

Lote D 4 3 4 0 3 14

Lote E 3 2 2 5 2 14

Lote F 0 0 0 0 5 5

TOTAL 14 15 14 13 19 75

2 3 3 3 3 14

Instalao tipoT2

Instalao tipoT3

Instalao tipoT4

Instalao tipoT5

TOTAL

3.2.1- Potncia Instalada, e Total da categoria 2Pinstda C2=24.15NT3+28.98NT4+140NT5 Pinstda C2=24.1514+28.9813+14019=3374.84 KVA Pinstda C2=3374.84KVA PTda C2=1.25Pinstda C2 PTda C2=1.253374.84=4218.55KVA

OBS: Foi considerado 25% como almofada no clculo da potncia total . 3.2.2- Potncia Instalada, e Total da categoria 3Pinstda C3=7.245NT1+14.49NT2 Pinstda C3=7.24514+14.4915=318.78 KVAElaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

Projecto de Centrais e Subestaes

Pinstda C3=318.78KVA PTda C3=1.25Pinstda C3 PTda C3=1.25318.78=398.475KVA

OBS: Foi considerado 25% como almofada no clculo da potncia total .

3.3- Normalizao dos postes de transformao a) Quadro-18 Lote A B C D E F Potncia total do lote (KVA) 796.6875 745.36875 808.7625 736.3125 663.643745 875 Potncia Normalizada (KVA) 800 800 1000 800 800 1000

3.4 - Determinao da seco dos cabos de interligao dos postes de transformao. 3.4.1- Critrio da seco econmica. O mtodo da determinao da seco de um condutor ou canalizao pelo critrio da seco econmica considerado em termos globais a melhor soluo no plano econmico, face as diferentes condies de funcionamento (aquecimento em regime normal, em caso de curtocircuito, e queda de tenso). Pois este critrio leva em considerao a durao de vida dos condutores em estudo. Com efeito os custos totais decompem-se em duas parcelas: _ Investimento inicial, isto correspondente ao valor de compra e de instalao o qual crescente com a seco: _ O custo explorao normalmente corresponde em grande parte ao custo das perdas de energia por efeito de Joule, o qual varia no sentido inverso da seco.Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

Projecto de Centrais e Subestaes

Para um tipo de cabo e um regime de utilizao determinado a soma dos custos em funo da seco, passa por um mnimo correspondente ao valor da seco designado por seco econmica. E na maior parte dos casos a seco econmica superior a seco necessria do ponto de vista tcnica, e a diferena respectiva tem tendncias crescentes, com o aumento progressivo do encarecimento da energia e ainda com o desenvolvimento dos materiais isolantes, permitindo temperaturas de funcionamento cada vez mais elevadas. A partir destes ltimos factores destacados, podemos obviamente que o aspecto econmico no deve esquecido durante a determinao da seco. A soluo escolhida poder no entanto ser determinada em funo dos de vrios critrios, em particular: _ As vantagens a longo prazo da seco econmica. _ As vantagens a curto prazo de um investimento mnimo no que tange a uma taxa de juros elevadas e de um comprimento da canalizao importante. O clculo da seco pelo critrio da seco econmica envolve uma srie de parmetros a considerar e pela incerteza da sua evoluo no tempo (carga a transportar, custos unitrios hipteses financeiras, etc.). Conforme pode ver mediante a seguinte frmula:S0=KIhCA em que:

K = 4.6110 - 2 , para o alum nio. h = 4500 (horaAno), regime de funcionamento do circuito. C = 0.024 USD (tarifa de energia 3.35Kz KW/h, fornecido pela EDEL)Un =15KV no lado de mdia, I=Is=204 A

A=1+t10-1t1+t10=1+1010-1t1+1010=6.14 onde:

N=10; representa a taxa de amortizao de investimento . t = 0.1; taxa de amortizao ou de juros.I=Pn(PTdo L.A)+Pn(PTdo L.B)+Pn(PTdo L.C)+Pn(PTdo L.D)+Pn(PTdo L.E) +Pn(PTdo L.F)3UnElaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

Projecto de Centrais e Subestaes

I=(800+800+1000+800+800+1000)103315000=200. 14 A S0=4.6110-2200.1445000.0246.14 =231.92mm S0=237.59mm (normalizando a referida seco, tem-se: S0=240mm).

4- Dimensionamento da subestao 4.1- Potncia prevista para a subestao Sendo a subestao a projectar responsvel pela alimentao de um municpio, formado por 15 quarteires, e mediante os clculos realizados anteriormente vimos que a potncia prevista para a mesma era de Sprevista=69255.3575 69.26 MVA. a partir deste valor que projecta-se uma subestao redutora de 80MVA, redutora (60/15KV), composta por dois transformadores de fora de 40MVA com a finalidade de alimentao do referido municpio.

4.1.1-Caractersticas

da Rede a Montante

Consideremos a rede a montante caracterizada pelos seguintes parmetros: S c c . m x = 2500MVA, S c c . m i n = 1700MVA e X A T / R A T = 4 4.1.2-Caractersticas da Subestaom=6015 ; Xf=Ucc=15% ; S=80MVA ;Z0=X0=5Xf ;onde:

m: a relao de transformao. S: Potncia nominalXf=Ucc: Tenso de curto-circuito Z0=X0: Reactncia homopolar

Esquema de ligao dos Transformadores

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Projecto de Centrais e Subestaes

4.2.Clculos

elctricos em regime permanente

4.2.1-Tenses:a) Tenses Mxima e MnimaU n.mxima = U n + 2 2,5 0 0 U n = 60 + 2 2,5 0 0 60 U n.mx = 63 kV U n.mnima = U n 2 2,5 0 0 U n = 60 2 2,5 0 0 60 U n.mx = 57 kV

b) Converso dos Valores em Por Unidade: Consideremos como S c c =2500MVA assim: base do sistema os ,Scc = S n 2500 = = 41,67 pu Sb 60

valores

S b =60MVA,

4.1.1-Impednciasa) Impedncia do Sistema A montante da Subestao: calculada a partir da seguinte expresso:Z cc = U2 1 = = 0,024 pu Scc 41,67

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b) Impedncia dos Transformadores: Neste caso deve se transportar a reactncia dos transformadores para a base desejada, sabendo que ambos transformadores so iguais.X T 1 = X T 2 = 15 60 = 22,5 0 0 X T 1 = X T 2 = 0,225 pu 40

A figura a seguir representa o diagrama de impedncias do sistema:

c)

Impedncia Equivalente do Sistema

De acordo com o diagrama de impedncias teremos:X eq = 0,225 0,225 + 0,024 X eq = 0,113 pu 0,225 + 0,225

OPERAO NOMINAL DA SUBESTAO Neste caso os dois transformadores operam normalmente, cada um deles fornece no estado de ventilao normal uma potncia de 40 MVA.

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4.1.1-Corrente

Nominal Para a Linha de Transmisso de 60KV

Uma vez potncia total a cada linha que chega a instalao ser a soma da potncia de cada transformador, ento as correntes nominais que por eles circularo sero as seguintes:S prevista 3 U AT 80 10 6 3 60 10 3

I Servio =

=

= 770 A

I Servio = 770 A S prevista 3 U AT 80 10 6 3 57 10 3

I n.mx =

=

I n.mx = 810 A

4.1.2-Transformadores a) Corrente Nominal Para o Lado de AT de Cada Transformador No lado de AT dos transformadores a corrente nominal :Dados : S trafo = 40 MVA U nom. AT = 60 kV CalculandoVem : S trafo 40 10 6 I nom. AT = = = 385 A 3 U nom. AT 3 60 10 3

b) Corrente Nominal Para o Lado de MT de Cada Transformador No lado de MT dos transformadores a corrente nominal :Dados : S trafo = 40 MVA U nom.MT = 15kV CalculandoVem : S trafo I nom.MT = = 3 U nom.MT

40 10 6 = 1539,6 0 A 3 15 10 3

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4.1.1-Barramento de 60kV a) Corrente Nominal para a Barramento de 60kV Neste barramento as correntes nominais so iguais das linhas de transmisso.S prevista 3 U AT

I Servio =

=

80 10 6 3 60 10 3

I n.mx =

S prevista 3 U AT

=

80 10 6 3 57 10 3

I Servio = 770 A

I n.mx = 810 A

b) Corrente de Curto Circuito Tomando em considerao que para este projecto em particular nesta situao, a gerao est situada a uma distncia considervel da subestao pelo que podemos considerar aceitveis as relaes . I cc = I cc = I km

Dados U n = 60 kV I cc = I cc = I cc Scc = Scc = Scc = 2500MVA

Calculando vem : Scc I cc ( 60 kV ) = 3 Un I cc ( 60 kV ) = 2500.000kVA 24,1 kA 3 60kV

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Projecto de Centrais e Subestaes

c) Corrente

de choque ou Impulso: . Onde x o factor de I i ( 60) = x 2 I cc ( 60 kV ) ( kA)

O valor da corrente de impulso no barramento de 60 kV determina se a partir da expresso

simetria (x = 1,8

)

Assim sendo temos: I i ( 60) = 1,8 2 24,1 = 61,35 kA

d) Proteco Contra Sobreintensidades de Corrente: A partir dos valores das correntes nominais e de curto-circuitos trifsico anteriormente calculadas e recorrendo-se ao catalogo de disjuntores DIVAC, escolhe se o disjuntor com as caractersticas elctricas que se seguem: Interruptores Automticos Corrente Nominal (A) 2500 Quadro-19 Poder de Corte (kA) 31

4.3- Seco

Mnima do Barramento

Com base nos dados obtidos, vamos calcular o valor da seco mnima para barramento, usando a seguinte expresso s min = 7 I i ( 60 kV ) t Onde: t tempo de actuao da proteco para o curto circuito (0,3 seg) Calculando temoss min = 7 61.35 0,3 = 235 mm 2

Assim sendo usar-se- um barramento com uma seco mnima igual ao calculado. Ento a escolha recai ao barramentos tubular E Cu F30, cujas caractersticas apresentam se a seguir:Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

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Barramento: E Cu F30 Seco Dimetro Externo Dimetro Interno Espessura da parede Corrente Permanente Massa por Unidade de Comprimento Quadro-20 4.3.1-Efeitos Dinmicos e Trmicos das Correntes de Curto a) Fora Electrodinmica: Os aparelhos e condutores de uma determinada instalao, quando submetido a um curto circuito, so solicitados termicamente. A fora electrodinmica barramento calcula se .Ft = 2,04 10- 2 I i2( 60 kV ) l a

707mm 2 50mm 40mm 45mm 1170A 6,31kg/m

actuante entre de acordo Esta fora

dois com

condutores do a expresso como

considerada

[ kgf ]

uniformemente distribuda ao longo dos pontos de apoio. Sendo: l o comprimento do vo mximo do barramento (500cm); a a distncia entre barras ( 150cm); Logo, Fe = 2,04 10 - 2 (61,35) 2 substituindo 5,0 256kgf 1,5 os valores vem

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O passo seguinte e verificar se os esforos electrodinmicos so suportados pelo condutor escolher. Ou seja o mdulo de flexo W ter de respeitar a relao , analisemos a seguir: M Wmin mx s

b) Determinao

do Momento Flector Mximo (M m x ):

Os momentos flectores a considerar na base das respectivas estruturas de apoio nas extremidades do barramento e ao eixo deste, obtm se a partir da expresso.M mx = Fe l 256 500 = 16 16 M mx = 8000kgf .cm

c) Valor

Mnimo do Mdulo de Resistncia Flexo:Wmin M mx s

Sendo: Coeficiente de segurana flexo (1000kgf/cm 2 1200kgf/cm 2

s para o cobre) Logo o barramento a escolher ter de obedecer a condio:M mx s

Wmin

Ou sejaWmin 8000 6,67cm 3 1200

Ento o valor mnimo do mdulo da resistncia flexo

Wmin

(D4 d 4 ) = 32 D

;

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Onde: D=5cm o valor do dimetro externo do tubo e d=4cm o valor do dimetro interno do tubo, tal como na figura abaixo:

Dados D = 5 cm d = 4 cm Calculandovem : W=

(5 4 4 4 ) = 7,25cm 3 > 2,195cm 3 32 5Atendendo a condio acima na, podemos dizer que o barramento de

cobre E Cu F30 de 50/40mm seleccionado, serve para suportar as condies anteriores. d) Valor do Momento de Inrcia (J): Determina se de acordo com a expresso a baixo:Calculandovem :

(D4 d 4 ) J= 64

(5 4 4 4 ) J= = 18,11cm 4 64

e)

Verificao de Esforos Trmicos:

Depois de calculada a seco do barramento, temos ainda que garantir que o barramento selecciona do suporta os esforos trmicos solicitados durante o regime permanente aquando da ocorrncia de um curto circuito.

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de

A verificao ser feita para o valor da corrente trmica equivalente curto circuito, e usando a frmula a expresso seguir: mas . I th = I cc ( 60 kV ) m + n2 I th s2

f = i + k t p

Onde: I t h corrente de curo circuito permanente dada em (kA). Levando em considerao que as subestaes geralmente encontram-se localizadas distantes dos centros de produo, podemos considerar pois acorrente se mantm praticamente constante.I th = I cc ( 60 kV ) = 24,1kA

m factor que leva em considerao a componente da corrente contnua (m=0,2) n factor que leva em considerao a componente da corrente alternada (n=0,7) i temperatura antes do curto circuito (50 para barramento de cobre) t p tempo de actuao da proteco para o curto circuito (0,3 seg) k factor que depende do material do barramento (k=0,0061Cmm 4 /A 2 s para o cobre). Logo temos: . Uma vez que a

f = 50 + 0,0061 0,3

( 24,1)7002

2

= 52,1690

temperatura mxima admitida para o cobre 200C vemos que a barra escolhida satisfaz as condies anteriores.

f)

Verificao da Condio de Ressonncia

Neste passo vamos determinar se a frequncia de ressonncia do barramento quando submetido aos esforos trmicos est dentro do intervalo estabelecido. Usando a formula a seguir:f p = 112 Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected]

EJ mb l 2

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Onde: E o mdulo de elasticidade do material d barra (11105kgf / m) m b a massa por unidade de comprimento (6,31kg/m) J o momento de inrcia (18,11cm 3 ) l a distncia entre apoios (500cm) Logo, substituindo os valores vem:f p = 112 11 105 18,11 = 7,96 Hz 6,31 10 2 5004

Nota se que a frequncia prpria de ressonncia do tubo no se encontra suficientemente prxima nem da frequncia da rede nem do seu dobro, ou seja, encontra-se fora do intervalo

[ 54; 66] [108;132] Hz

, no

havendo possibilidades desse barramento oscilar em ressonncia.

Barramento de 15 kV a) Corrente Nominal para a Barramento de 15kVDados : S Barra = 80 MVA U nom. BT = 15kVCalculandoVem : S trafo 80 10 6 I Barra.15 kV = = 3 U nom. BT 3 15 10 3 I Barra.15 kV = 3079 A

b) Potncia

de Curto Circuito:

Tendo em conta que o valor da reactncia at a barra de 15 kVA de 0,324 pu, ento podemos calcular:

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Dados U = 15 kV Z equivalente = 0,324 pu Calculandovem S 60 S cc (15kV ) = b S cc (15kV ) = = 532 MVA X eq 0,11274

c)

Corrente Inicial de Curto ;I cc (15 kV ) = Sk 3 Un = 532 10 6 3 15 10 3 = 20,5 kA I cc = I cc (15 kV ) = 20,5 kA

d) Corrente de Impulso: ; I i (15kV ) = x 2 I cc (15kV )

I i (15kV ) = 1,8 2 20,5 52 kA

e)

Proteco Contra Sobreintensidades:

Com base nos clculos efectuados, escolhem se os disjuntores DIVAC, com as caractersticas elctricas que se seguem: Disjuntor DIVAC Corrente Nominal (A) 3150 Quadro-21 4.3.2-Determinao da Seco Mnima do Barramento:Elaborado Por: Domingos da Silva Damio Email: [email protected] 5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

Poder de Corte (kA) 70

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s min = 7 52 0,3 = 199 mm 2

Assim sendo vamos usar barramentos tubular E Cu F37, cujas caractersticas apresentam se a seguir: Barramento: E Cu F37 Seco Corrente Permanente Dimetro Exterior (D) Dimetro Interior (d) Espessura da Parede (s) Massa por Unidade de Comprimento Quadro-22 443 mm 2 928A 50mm 42mm 5mm 3,95kg/m

Efeitos Dinmicos e Trmicos das Correntes de Curto a) Fora Electrodinmica:Ft = 2,04 10 -2 I i2(15 kV ) l a

[ kgf ]a =32cm

l =225cm; Fe = 2,04 10 -2 (52) 2

2,25 = 388kgf 0,32

Vamos provar que o mdulo de flexo W ter de respeitar a relao , analisemos a seguir:Wmin M mx s

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b)Determinao

do Momento Flector Mximo (M m x ):

M mx =

Fe l 388 225 = 16 16

M mx = 5456kgf .cm

c) Valor

Mnimo de Mdulo de Resistncia Flexo:Wmin 5456 4,55cm 3 1200 M mx s

W min

Ento o valor mnimo do mdulo da resistncia flexo

Wmin

(D4 d 4 ) = 32 D

;

Onde: D=5cm; d=3cmDados D = 5 cm d = 4 cm

Calculandovem : W=

.

(5 4 3 4 ) = 10,68cm 3 > 4,55cm 3 32 5

d) Valor do Momento de Inrcia (J): Determina se de acordo com a expresso a baixo:Calculandovem :

(D4 d 4 ) J= 64

(5 4 34 ) J= = 26,7 cm 3 645 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

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e) Verificao

de Esforos Trmicos: mas . I th = I cc (15 kV ) m + n2 I th s2

f = i + k t p Assim

.I th = 52 0,2 + 0,7 = 49 kA

f = 50 + 0,0061 0,3

( 49)443

2 2

= 50 0

Analogamente, uma vez que a temperatura mxima admitida para o cobre 200C vemos que a barra escolhida satisfaz as condies anteriores.

f) Verificao da Condio de Ressonncia

Neste passo vamos determinar se a frequncia de ressonncia do barramento quando submetido aos esforos trmicos est dentro do intervalo estabelecido. Usando a formula a seguir:f p = 112 EJ mb l 2

Onde: E o mdulo de elasticidade do material d barra ( 1110 5 kgf / m) m b a massa por unidade de comprimento (3,95kg/m) J o momento de inrcia (26,7cm 3 ) l a distncia entre apoios (250cm) Logo, substituindo os valores vem:f p = 112 11 105 26,7 = 31,5 Hz 3,95 10 2 2504

Nota se que a frequncia prpria de ressonncia do tubo no se encontra suficientemente prxima nem da frequncia da rede nem o seu

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mltiplo. Ou seja, encontra-se fora do intervalo

[ 54; 66] [108;132] Hz

, no

havendo possibilidades desse barramento oscilar em ressonncia.

Consideraes Finais Aps a realizao deste trabalho, permitindo a aquisio e desenvolvimento de aptides referentes a concepo de um ante-projecto de uma subestao que encontra-se enquadrado na cadeira de Centrais e Subestaes do curso superior de engenharia electrotcnica na especialidade de Sistemas de Potncias , devo realar que rduo o trabalho no domnio tcnico e cientifico em qualquer ramo da engenharia e sinto-me regozijado de t-lo concludo de forma exitosa, pelo que mais uma vez agradeo primeiramente a Deus pelo dom da vida, agradeo aos meus pais pelo moral e material, de seguida reitero os meus sinceros e profundos agradecimentos ao professor e Engenheiro Joaquim Moreira Lima pela dedicao e pacincia que tem tido na transmisso dos seus conhecimentos tcnico-cientficos, e por ltimo agradeo tambm aos meus colegas e a todos quanto tornaram possveis a realizao deste trabalho.

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BIBLIOGRAFIAS

Caderno de apontamentos da cadeira de Centrais e Subestaes. Material de apoio para o projecto de centrais e subestaes fornecido pelo regente da cadeira Moreira Lima Livro de Subestaes do Centro federal de educao tecnolgica CELSO KUSCOW DA FONSECA, Novembro 1999. Relatrio de visita de estudo a Subestao do Alto Mira; ISEL, Portugal. Estudo e projecto eltrico bsico de uma SE, Fabiano de Sousa Subestao, concepo e projecto Celso Silva, Filipe Rocha e Jos Alexandre

Sistema de Transporte da Regio do Kuito. Associado ao A.H. N Gove. Subestao do Kuito 220/60/15 kV (CHISSINDO 2) Mestrado Integrado em Engenharia Electromecnica e Computadores (FEUP) Elaborado por: Lcio Santos, Mrio Sousa e Pedro Landolt (05/03/ 2007) Projecto de diplomao (Estudo do uso de barramentos rgidos em subestaes): Universidade Federal do rio grande do Sul Aramis Tisott Clculo de Barramentos Integrado em Engenharia Electrotcnica e Computadores (FEUP) Elaborado por: Hlder Jorge Duarte Faria5 ano/Electrotecnia Sistemas de Potncia Ano lectivo 2011

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