prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

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Prognóstico dos pacientes com Adenocarcinoma de Intestino Grosso Seminário de Doenças do Tubo Digestivo Araguaína – TO, 02/06/2012

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Page 1: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Prognóstico dos pacientes com Adenocarcinoma de

Intestino Grosso

Seminário de Doenças do Tubo DigestivoAraguaína – TO, 02/06/2012

Page 2: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

FAHESA - Faculdade de Ciências Humanas, Econômicas e da Saúde de AraguaínaITPAC – Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos

FACULDADE DE MEDICINADocente: José Geraldo Rigotti de Faria

PROGNÓSTICO DOS PACIENTES COM ADENOCARCINOMA DO INTESTINO GROSSO

Grupo A3 – Patologia Geral

ANGÉLICA RIBEIRO DE SOUSAEMILLE NASCIMENTO DIASLÍVIA CAMAROTA BORGESLUIZA MARIANA C. SILVA

RANGEL DE SOUSA COSTASTEFFANY CARMO ROYER

Page 3: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Relacionar a presença de metástase nos linfonodos adjacentes e nos órgãos à distância, o grau de diferenciação, o padrão de crescimento, o local e a intensidade da invasão do adenocarcinoma de intestino grosso ao prognóstico do paciente.

Avaliar o prognóstico do paciente de acordo com os tratamentos mais comuns em cada estadiamento do adenocarcinoma colorretal (cirurgia curativa, quimioterapia e radioterapia), bem como com determinadas variáveis clínicas (idade e sexo).

Relacionar a expressão de Ciclooxigenase 2 (COX-2), Fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e Receptor do Fator de Crescimento Endotelial (EGFR) pelo adenocarcinoma colorretal como indicador de prognóstico.

Objetivos

Page 4: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

IntroduçãoAdenocarcinoma: As células epiteliais neoplásicas crescem em

padrões glandulares. (KUMAR, 2010)

O intestino grosso é o principal alvo dos carcinomas gastrointestinais. (KUMAR, 2010)

Dentre os carcinomas gastrointestinais o adenocarcinoma do cólon é a malignidade mais comum. (KUMAR, 2010)

Fatores prognósticos: Determinação de grupos de alto risco em recidivas (estágio inicial). Determinação da sobrevida global nos estágios iniciais e avançados. (LAOHAVINIJ, 2011)

Page 5: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

IntroduçãoO prognóstico é afetado por um grande número de fatores: - o estágio de apresentação clínica, - qualidade da cirurgia, - localização do tumor, - estágio patológico e histológico, - tipo de tratamento.

(LAOHAVINIJ, 2011)

Page 6: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Classificação MNT do Carcinoma Colorretal

• Método de classificação MNT: Estratifica com segurança o risco individual de morbidade e mortalidade de um paciente.

Adaptado de KUMAR et al, 2011

Page 7: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Linfonodos

Adjacentes

(N)

Característica

NX Os linfonodos não puderam ser avaliados

N0 Nenhuma metástase nos linfonodos regionais

N1 Metástase em um a três linfonodos regionais

N2 Metástases em quatro ou mais linfonodos regionais

Classificação MNT do Carcinoma Colorretal

Adaptado de KUMAR et al, 2011

Page 8: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Metástase Distantes

(M)

Característica

MX Metástases distante não puderam ser avaliados

M0 Nenhuma metástase distante

M1 Metástase distante ou semeação de orgãos abdominais

Classificação MNT do Carcinoma Colorretal

Adaptado de KUMAR et al, 2011

Page 9: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Classificação MNT do Carcinoma Colorretal

Estágio

  T N M

I T1, T2 N0 M0

II T3, T4 N0 M0

III T1, T2, T3, T4 N1, N2 M0

IV Qualquer T Qualquer N M1

Adaptado de KUMAR et al, 2011

Page 10: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Prognóstico com base no estadiamento

• A classificação (MNT) em um alto grau é relacionada com prognóstico desfavorável ao paciente. (LAOHAVINIJ, 2011)

• Quanto maior o número de linfonodos acometidos pelo câncer colorretal metastático, pior é o prognóstico do paciente. (HUANKAI, 2011)

• Estágio IV: Pior prognóstico. É único que possui metástases em órgãos à distância, especialmente no fígado (71%) (LAOHAVINIJ, 2011)

• O envolvimento linfonodal já prevê 60% de índice de recidiva, sendo essas recidivas potencialmente letais. (HUANKAI, 2011)

Page 11: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Gráfico 1- Curva de Sobrevivência global, relativa aos estágios I (100%), II(68%), III(44%) e IV(2%) após cinco anos.

Prognóstico com base no estadiamento (cont.)

(LAOHAVINIJ, 2011)

Page 12: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Prognóstico com base no local

• Adenocarcinomas retais apresentam pior prognóstico, seguidos por cólon esquerdo e cólon direito;

• Câncer retal apresenta mais estágios avançados (III e IV) e mais invasão dos vasos sanguíneos que o câncer de cólon.

• Já o câncer de cólon apresenta maior obstrução pelo tumor do que o câncer retal.

Tabela 1- Curva de Sobrevivência global, relativa aos estágios I (100%), II(68%), III(44%) e IV(2%) após cinco anos.(LAOHAVINIJ, 2011)

(Adaptado de FARHOUD, 2002)

Page 13: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Prognóstico com base no padrão de crescimento

• Os tumores exofíticos são de melhor prognóstico que tumores endofíticos.

• Os carcinomas exofíticos: Menor percentual de recidivas e menor incidência de metástases na medula óssea. (FARHOUD, 2002)

Page 14: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Prognóstico com base no padrão de crescimento

Gráfico 2- Curva de sobrevivência de pacientes com adenocarcinoma de cólon e reto após 10 anos

(FARHOUD, 2002)

Page 15: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Tratamento e Prognóstico

• Ressecção Mesorretal Total: Diminui índices de recidivas de 30% - 40% para 2%-15%. A radioterapia pós-operatória melhora ainda mais os índices. (KEUM, 2011)

Sobrevida maior que 5 anos em 90% dos pacientes após ressecção radical do câncer colorretal de Estágio 1. (KEUM, 2011)

A quimioterapia pós-operatória diminui a recorrência em 40% e aumenta a sobrevivência em 60% dos pacientes com metástase nos linfonodos regionais. (HUANKAI, 2011)

Page 16: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Tratamento e Prognóstico

• Quimioterapia pré-operatória:

Diminui os índices de recorrência Melhora a ressecabilidade do tumor Apresenta retração do tumor colorretal em 28% à 86% dos

casos. (HUANKAI, 2011);

Tratamento após cirurgia (quimioterapia + radioterapia): Bom fator prognóstico. (LAOHAVINIJ, 2011);

Page 17: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Prognóstico e variáveis clínicas

• A incidência é ligeiramente maior no sexo feminino (77% dos casos), com idade que varia de 24 a 88 anos;(FARHOUD, 2002);

• Há maior sobrevida no sexo feminino (razões não são bem esclarecidas); (FARHOUD, 2002);

A idade não apresenta influência significativa na sobrevida ou risco de mortalidade operatória. (FARHOUD, 2002);

Pacientes mais jovens com câncer colorretal apresentam maior taxa de sobrevivência do que pacientes mais velhos. (FARHOUD, 2002);

Page 18: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Prognóstico e variáveis clínicas

(FARHOUD, 2002)

Gráfico 3- Curva de sobrevivência estimada de 10 anos de 320 doentes com carcinoma colorretal segundo o sexo

Page 19: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Prognóstico e variáveis clínicas

(Adaptado de FARHOUD, 2002)

Tabela 2- Sobrevida de 5 anos de 320 doentes com câncer colorretal segundo parâmetros clínicos

Page 20: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

• COX-2( Ciclooxigenase-2):

Crescimento dos tumores e metástase linfonodal (fatores anti-angiogênicos).

Carcinogênese: Interação com VEGF (Fator de Crescimento Endotelial Vascular) e EGFR( Receptor do Fator de Crescimento Endotelial).

Superexpressão de COX-2: Tendência aumentada de metástase linfonodal e uma recidiva precoce (pior prognóstico).

Prognóstico e expressão molecular

Page 21: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Prognóstico e expressão molecular (cont.)

(HAN, 2010)

Tabela 3- Correlação da expressão de COX-2, VEGF e EGFR com parâmetros clinicopatológicos no adenocarcinoma colorretal

Page 22: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

(HAN, 2010)

Prognóstico e expressão molecular (cont.) Figura 1- Expressão de EGFR em adenocarcinomas colorretal com coloração padrão leve(fig.3 A ), anômala(fig.3 B ), e um aumento de expressão (fig. 3 C)

Page 23: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Considerações Finais

• O adenocarcinoma de intestino grosso é a malignidade mais comum dentre os carcinomas gastrintestinais.

• Diversos fatores influenciam no prognóstico do paciente com adenocarcinoma de intestino grosso, os principais são: Intensidade da invasão na parede do intestino, presença de metástase nos linfonodos regionais e presença de metástase distante.

• Esses fatores determinam os estágios do tumor, e o pior prognóstico esta relacionado aos estágios III e IV.

• O tratamento é fator determinante no prognóstico. Em geral o prognóstico melhora quando utiliza-se recursos como radioterapia e quimioterapia antes e/ou após a cirurgia curativa.

Page 24: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Considerações Finais

• Fatores clínicos como sexo e idade também podem influenciar no prognóstico. Mulheres são ligeiramente mais afetadas, porém apresentam melhor prognóstico. Idosos podem apresentar pior prognóstico devido à aspectos fisiológicos.

• Uma visão molecular sobre o prognóstico é essencial, tendo em vista que a expressão de algumas moléculas (COX-2, VEGF, EGFR) afeta a regulação de angiogênese nos tumores, o que é determinante para o crescimento e metástase do tumor.

Page 25: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Referências

CAMPOS, Fábio Guilherme et al. Locally Advanced Colorectal Cancer: Results of Surgical Treatment and Prognostic Factors. Arquivos de Gastroenterologia. São Paulo, v. 48, n.4, p.270-275. out./dez. 2011

FARHOUD, Samer; BROMBERG, Sansom Henrique; BARRETO Elci; GODOY, Antonio Cláudio. Variáveis Clínicas e Macroscópicas que Influenciam o Prognóstico do Carcinoma Colorretal. Arq Gastroenterol. São Paulo. V. 39 No.3 jul./set. 2002

GOLDMANN, Lee; AUSIELLO, Denis. Neoplasias do cólon e intestino delgado. In:_____. Cecil Medicina. 23. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. cap. 203. p.1694-1670.

HAN, Yoon Dae ; HONGI, Ki Young; KANGI, Gu Jung, et all; Relation of the Expression of Cyclooxygenase-2 in Colorectal Adenomas and Adenocarcinomas to Angiogenesis and Prognosis. Journal of The Korean Society of Coloproctology. Seuol. v.26;n.5. p.339-346. Out/2010

HUANKAI, Hu; KRASINSKAS, Alyssa; WILLIS, Joseph; Perspectives on Current Tumor-Node- Metastasis (TNM) Staging of Cancers of the Colon and Rectum. Semin. Oncon.. Pittsburgh. v. 38, n.4. p. 500 - 510 Aug. 2011

KEUM, Min Ae et al. Clinicopathologic Factors Affecting Recurrence after Curative Surgery for Stage I Colorectal Cancer. Journal of the Korean Society of Coloproctology. v. 28, n. 1. p.49-55. Nov/2011.

Page 26: Prognóstico de pacientes com adenocarcinoma de intestino grosso

Referências (cont.)

KUMAR, Vinay et al. O trato Gastrointestinal. In:_____. Robbins & Cotran Patologia: bases patológicas das doenças. 8.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. cap. 17. p.830-833.

LAOHAVINIJ, Sudsawat; MANEECHAVAKAJORN, Jedzada; TECHATANOL, Parapat. Prognostic Factors for Survival in Colorectal Cancer Patients. J. Med. Assoc. Thai. Bangkok. v.93, n.10. p.1156-1566. Nov. 2011.

NEVES, Arnaldo José Pontello; TACLA Mounib. Tumores Malignos Colorretais. In: DANI, Renato. Gastroenterologia Essencial. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. cap. 47. p.462-472.